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Entre a perspectiva ou a orientagdo dos investigadores africanos e as ldeologis dos analistas europeus em relago a Africa, sua hstrla, suas clilizagbes, suas lin- ‘guase seu futuro poltco,cava-se um fosso cada vez ‘mais fundo. De um lado situa-seo paradigma herdado da historigrafia de Hegel, ue deu origem ao prim- tivismo etnoldgico, com as suas andlises e conceltos terceiro-mundistas; do outro lado, emos o paradigma ‘oncebido por Cheikh Anta Diop, que goza das boas aragas de toda a inteigentsia africana espalhada pelo ‘undo. Sao também designagdes para o paradigma ‘etnoldgico oafrcanismo, o eurocentrismo e outros ter- cviro-mundismos. 0 racismo manifesta-se frequente- mente de forma bem visivel em estudos africanistas ‘eurocentristas. Nos EUA, designadamente, paradigma aficano €conhecido através do termo “afrocenricidade’ fe nio “afrocentrismo’, como gostam de dizer os aft canistas 0 autor examina escrupulosamente, sem pablo, mas com rigor em sina de resposta aos ataques violentos dos aicanstas,o trabalho colectivo publicado no ano 2000 pelas Editions Karthal,intituladoAfrocentismes. EHistoire des Africains entre Egypte et Amérique. (0 que devers entenderse, através destas querelas académicas, & a asconsdo iresistivel,exraordinéria, slobal, da consciénclahistricae cultural africana, em todo o mundo, obra da Renaissance Afrieaine,enquanto ‘que o africanismo recua fatalmente, expondo novos anfcios, mas sendo incapazde fazer uma auto-eritica saudével ede reformulat, assim sendo, 0 seu discurso 6s-colonial “oa JM OSENTIDO DA LUTA CONTRA O AFRICANISMO EUROCENTRISTA THEOPHILE OBENGA Coleccao Reler Africa Nota de Apresentagao ‘Uma das lacunas do mercado editorial dos paises de lingua ofl Portuguesa auséncia, em lingua portuguesa, de obras de referencia de autores aficanose aricanstas, que fizeram eftedra no dominio dos chamados“estudosaicanos" nas academia dos alses angio. os francsfonos, ‘Coleco Reler Africa pretende colmatar essa lacuna. Trata-se de ‘uma colecsdo especazada em temtcasafricanas no dominio das Ciéncas Socaise Humanas. Ao inaugurar esta coleego, as Edigbes Mulemba da Faculdade de Ciencias Soclas da Universidade Agostino Neto {Luanda ~ Angola) eas Edges Pedago (Mangualde ~ Portugal) pretendem criar um espago de debate, alteridade« rflexio etc Sobre ocontinenteaficano. ‘A colegio publicars obras, textos e artigos eompiads de reconheci- dos autores alticanos eafricanstas, que contrbuam para. compreen so ea reintrpretagio do continents afieano ‘Alem de apresentar uma vio endgena (de dentro) do continent, acolego est aberta comunidade clentifiea internacional quetem@ ‘continenteafrcano como objecto da sua pesquisa, Pablicare divuigae conhecimentosesaberes sobre Afiae provenien« tes de Aiea assim, um desafo que coleepi abraga, de contribu ‘ara a construsdo de uma nova epistemologiae uma nova hermenéu tica dos estudos africanos no espagolusSfono livre de esterestipos © 4d um ofharfleérico e exdtieo. Ao abragar esse desi, a colecy30, Dretende ser uma galeria de conhecimentos saberes de Africa € sobre Arica, que interpele os leitore einvestigadores espeializados reer Africa para compreendé-lae reinterpret la Luanda, 19 e Agosto de 2012, Vitor Kabangn (Coordenadr da Coles ler Ars) O SENTIDO DA LUTA CONTRA O AFRICANISMO EUROCENTRISTA THEOPHILE OBENGA indice I Assuntos afrcanistas, Sua insigificdncla EX FawvelleAymar -P-Cheétien CH. Perrot |. Copans n Apsicologia ea fragilidade cientiica do novo ‘ricanismo eurocentrista eX Fawwele-Aymar Pecartledge € Walker H.Tourneux Alainé O Bgipto farasnico:africano e negro, ‘0 pavor dos africanistas W.VanBinsbergen 1. Midant-Reynes PVernus M.evenne Como os africanistas eurocentrista cariaturam ‘trabalho dos Aficanos ME Leflowitz B.ortie de Montellano IP Chrétien SiHlowe v, Os afticanstaseurocentristas contra a consciéncia ‘africana ea Renaseenca Africana Ve Morano PSchireina € Dowraml Vinenot 1 Satarbalehsh-Liberge ‘Bo bando parisense de |. Copans vi ‘Como os africanistas se agarram a futlidades, por fal ide argumentos, A trapalhada aficanista, TEX Fauvelle Aymar JP-Chrétien| Cll Perrot vu. Os aficanista julgam que a historiografia ocidental data do seco XIX. A Tonga tradigio desta historiografia vit CO palayreado como modo de ser filoséfico ‘do discurso africanista, EX Fauvelleaymar J-P.chrétion (Ctl Perrot H.Tournewx Alain B.MidantReynes .Verns M. Etienne Ww (Que os africanstas meditem no caso de Churchill, ‘ena sua propria Europa, Conclusio Referéncias bibliogriticas (comentadas) 89 6 n ns 98 “0 essencil parsum poo, ao rede tanta ‘em poder angltiarse de um paseo nas ou menos grandiose como em deotenr dar continudade sustentvel ase passa, qualquer quo ele tna sido fe nati eet 6 en 1954) Ao leitor Nio 6 habitual o tom que vou utilizar, mas & que vow responder, Airectamente, aos ataques bem violentos dos afrcanistas eurocen trstas racistas reunidos' por FrangoisKavier Fauvelle Anat, Jean-Pierre Chrétien e Claude Helene Perrot, em geval. conta todoy (os investigadoes afeicane,afro-americanos, brasileiros ou ania hnos que trabalham segundo a orienayo da historiogratia de Cheikh Anta Diop qu noo, também ele, poupado pela iris neo-afrcansta patrocinada por Jean Copans: vim ¥ Estamos habituados, de resto, a8 agressBes cultural, falsidades pedagdgleas eas injrias constantes dos africanistas. Terfamos preferido no reir ndofosseo caso de estar em jogo uma quest30, fundamental: a consciénca histria africana, o futuro, cultural © politico, african. ‘Vendo bem, assistims, neste inicio do sée. XXI, ao desabar do africanismo eurocentrsta, enquanto emerge wm imenso moviment® planetirio em toeno da eonsciéncia africana: 0 Pan-Afrcanismo, Unidade Africana e a Renascenca Africana esto agore, mals do que fem qualquer outa altura, na ordem do dia das actividades intel: {uals e das causas politias dos afticanos, no mundo, essa 8 verda deiraranto do Odio visceral do africanisma eurocentista LLatamos contra afrcanismo racists, antigo ou maderno, colonial ‘ou ps-coloial, que ndo ve gutra coisa para além da dominagto dos povos“exiticos:"primitvos “sub-desenvolvdas, com elites pouco trediveis, de acordo com os rpistos da histariograia mundial Mas, ‘quanto mais aluta se val acendendo, mals 0 arianismo eurocen- trsta se v8 acossado. & que ¢ diel ganhar quando se ment sist mmaticamente ‘Vamos abordaro problems como se impe que queremos otriunfo a vordade sobre a mentira, da featernidade humana sabre a itn agio ea intolerineia africanistas. ‘foam Fete eC (Oe) (200) Aerie Ee spi Papeete I. Assuntos africanistas. Sua insignificancia PX Fawvelleymar IP Chrétien (CoH Perrot 1 Copans ‘Se,por mero.ciso, um nvestigadoraftcan escrevesse, po exemplo, “a Borgonhaé um pals de bom vino", os avicansts,especialstas es. twangelros em cvilzaces africana, combaté-lo-am inapelavelmente:2 Borgonha no 6 um “pas mas uma "reo" e, quanto 20 "bom vnbo" dda Borgona, no é mais queuma opine discutvel para os prltos. que ‘no podem debar de ser europeus.Atese do investgadoraficano m0 Seri aceitive a ndo ser que ele escrevesse sob orientacioafcaist,¢ contra todaaevidénciao seguinte:“a Borgonka no ¢ uma regio rae fsa debom vino! 0 desvarlo das afcansta desafa tao e qualquer bom senso. Ainge o cimulo quando se tata de "questes alrcanas: Nao cstaverifcar Isso através da obra colectiva,edtada por Francois-Xavier Fawvele- -Aymar,ean-Perre Chrétien e Claude-Helene Perrot, initulada Ar entrismes. stotr des Afcuins entre Egypte et Amérique, wna obra ‘de 402 pginas, com contrbutos de 19 autores, publicada na colecy30 ornmes et Société, da Kartal, rigid por Jean Copans. pobre, abr, até dizer hasta De umaironiamesqunh,As“ertcs, ‘mal formbladas, mal apresentadas frequentemente cram confusto. As "dlalcicas” metodoogieas sto de um nivel histariogrtico mediocre. (0s editoes pretenderam, sem dvida, apresentara obra conjunta mm estilo arrogante Mas, vejamos a5 cosas um poco mals de pete, mas tendo-nos, porém, viglantes quanto ao retorno, as daras, do Homer © pretext dos editors era o sogunte: a Africa pode ser estudada sigotosamente,Podemaplicar-se-the os métodose procedmentas us os, hoje, nas spina universitras Estas intengbesiualtras no td asus origem em Fauvell Aymar Chren ou Perot Os afecanstas pretendem sempre deisar a impresste do ser as melhores em metodo- Togias da Histria, Durante virios ans, a UNESCO invest fortemente na aplicago dessas metodologias& Arica: coléquios, documenta, tbras de prande qualidade, que existem traduzidas em varias linguas. ‘Alguns ineompetentes, poucs africansta franceses (historiadores, fintropSlogos linguists, gedrafos) deram a sua contibuigao para teste trabalho imenso da UNESCO. Eo Homem menor rgressou, 38, laras. “Trata-se de atacat Cheikh Anta Diop e seus disipulos, em nome de um aovoafrieanismo,Asclaras,o Homem menor regress, devidamente suipado, Mantenhamo-nos despertos. “A"qustio" do Eglpto faradnica & sem dvi, central na obra de Fa velleAymar etal Cheith Anta Diop, osu promotor com maior visib: Tidade, €atacado e maginalizado. Primsira Parte “Um Nove Afianismo? Cheikh Anta Diop eos seus dsrfpulos Martin Bernale Mole K Asante so atacados por causa desta questio do Vale do Nilo, egipel-nubiano, ‘queria alguma ineomodkdade aos afrcanistas. Segunda Parte"No Comego era o Bip ‘As velhas torias da mesticagem do Ego faranico slo reaprecia- dda por Béatrx Midant Reynes.Quantoa Pascal Vernus dsseta sobre 0 *amitosemfte com um alo vago (stuaea0 do esipcio nas lings domunda, pp. 169-208), Asia do mundo nose limitam 35 li {guts do "Préximo-Oriente antigo. Mare tionne faz malabarismos em ome da oreanidade do Eats fradnic, que, segundo ele, est longe de implica a sua negriude Alrocentrstasecolecpes epics, Gstos ‘eum ca pp209-223), Tereera Part: “Projecsies no Passadot ‘A eologla afcanista apresenta-se no seu melhor com interven ies inflamadas de Mary Lefeowit (pp.229-247), Jean-Pierre Chrétien {pp.271-298)e seephen Howe (pp295-316),respectvamente, sobre o ‘undo antigo visto pelos aficanistas, os Bant-Indo-Europeusnegres, ‘ea Africa como object nobre da ieologa (Quarta Part: "Redes o Metamorfoses Gamo er de expert canis combate «Renscenga Ae ‘da Africa do Sul a Un dost tors Cae Hen Pere apresento qualquer tex seu Actaram-se sutares de deste pace Gr Bret fan £2: la lac, Gudslpe Os aroumericanon ws normal ‘Rene otenna-Arocentrcidade nao "Arocentrsmfjado pls neesiades cus, Sempre em se vig aldol afcanst, Os ivengnore cans cntnenas {use nines emprepam os enna Aroen iad’ Acetone “Aticaa te Entetant, ox canis flies com seu achat, integra todos os nego a Ter os seu ocean em tome dos seus Furecentsmos:Ahitriograia sfc no mada desde Hegel Emma. pont deneregfan aos tale Primela Pare (Un Nowe! Arcane?) stad, Aresposta dos etre ste Aentements, oni As contibulses mas larga portato mals importantes: so de sw ecrema pobreza clr para casa da olin 8 Confit pec ere npost como rg Aion cnisn ‘Mo alta nun on ees do shes canta teros eft ds rears poisons orepesso do Home menor aprovetando-sedo sol do caro dia Sissomesmo omen menor rosa Haque estar ila II. A psicologia e a fragilidade cientifica do novo africanismo eurocentrista PX FowvelleAymar Pcardedge Walker A Tourmenx ‘Alainé FauvelleAymar tem um problema psicolgico real. Para ele, Cheikh ‘Anta Diop tem uma eputagio incontestvel mas uma “reputagio tar ia (p28); essa “fama ao retandado”arrasa consigo“ambiguidade” ‘que é que quer dizer exactamente este acanista genuine? Aqules ‘que acompanharam Cheikh Anta Dp quando ele era vivo, sabem bern que ele nio procurava reputao, qualquer dstinelo ou promosio académica. Nao wabathava no sr para obem de Arica e dos seus, Sento huano ehistérco da sua obra ¢ hoje confrmado por toda a Juventud aficana, Os africanstas, esses, correm ats de promogies, de fama, dstingbes,medalhas eoutras benesses. Fauvell-Aymar tem srandes difculdades psteoldgeas para que possa compreender a ‘grande humildade de Cheikh Anta Diop. Custame falar disso, mas & ena que FauvlleAymarseja capaz de se comportar como se fosse lum amigo ou um parente preocupado com a gra péstuma de Diop. Fauvele-Aymar deve dar atengio a0 sentido exacto das lavas “africanisa" 6 um temo inapropriad pare ser aplieado am invest ‘dor de origem africana Seno, chega-se a monstruosidades exes enero “Cheikh Anta Diop, Slsofedahistéraearianist ou se focentrists-afrcanst’ 4 que Cheikh Anta Diop 6 “afrocentrista: averia, portant, “aficanistas afrocentrstas” e“aficanntas euro centristas”(Fauvell-Aymar eos seus). Ui professor de Ingles © de Civlizago nglesa,na Universidade de Londres, de origem ingles, no 6 um “anges, mas sim um “investigador ings. Fauvelle-Aymar & lum exemplo pereito de esprito confuso. No hi germanistas entre ‘ossibios alomaes,n Alemanha: hi historiadoes, linguists, antroplo 0s socilogns efilsofs alemaes, endo "germanistas Um professor srancés que ensne Alemao e Civlizaso Alma € um “germansta’ © reo um alemdo, Basta de miopasarianistas, ‘Mjunaeapirito mais confso que ode Fauvelle-Aymar: “Cheikh Anta isan and nas africana, mss fundow uma mem6ra para toda Pre (ytd) Vale aqui perguntar se Fauvele-Aymar chega. 3 com ‘voor agile escrve-Sabe-scomo “nag africans oi fur Premoe anes 1960-£ ponto assent. Na sequéncia dss, alguns ‘pals antalores” monopolzaram o poder do Estado, a0 longo de décadas. naar da memérlahistoricaaicana, pr Cheikh Anta Diop, €0 ‘Aieterdadeirmente conta, hoje, como sendo a nossa Tundacdo, em ‘ica nas Caraibas e nas Antihas, ou na América do Norte Tanto pior fara nosso "erie" e”taléteo” Fauvele-Aymar, se vera ser posto Paul Carlee comesa ose trabalho com uma declaragio interes: sante"Nés, os europeus estamos habituados, actualmente 3s subsie~ ‘Mo ceomplesdades da etnidade do sex (géneo) edo multcuralismo ‘BeSpretud, As suas impliapbes no que toca a contedoe 3 tans hiss do ensino superior” (-Cartedge, Marin Bernal tb fareur ‘lack Athens”, p47 da obra em aprego. O termo ‘actualmente foi stblinhado por mi). ‘para sermos cares, presentement, ov melhor, a partir de agora muito tempo apés a queda dos impos colonials, a supremacta cul {ural do ocidente encontra-se abalda. Os impasses enogrifcos af ‘inistasdevem, portant se ltrapassados, Os africanos, os inios, oS abantes da Oceania em sum, os poos ours sevens ei tives azabaram por agarrar nas sias proprias mos os seus destinos “ultras, sem engi ualguer eparagdo ao imperialismo cultural do Ocidente ("novo africansm” de Fawvelle Aymar eC? no pass de umatctca ae recuperagie engandino-nos durante muito tempo, pois aqu eam ‘sos desculpas: Prometemos, para, fazer melhor, problema & que ninguém valley, em Afia, a Iiteraturaafricanista. Os quadros ‘Etnograficos continuarRo a ser quadros etnogificos, anda que “re~ ‘modelados” lux do "novo afrcanistn’ Que jogads, mais uma vez! ‘Que arifici dialético! Uma manguelra nto pode dar cocs, natura mente Um pedago de madeira nfo pode nunca tornar-se um croeodilo, binda que se mantenba durante séeulos nas éguas do rio. Paul Cartledge, “professor de bistria greg’ sabe que jéninguérs credit no milagre prego Martin Bernal descostrl ess dia. absur- a do “milagre greg tanto tempo ensinadae difundida no mundo plas deologias da supremacia cultural do Ockdente (ortentalismo, inologiaafricansmo”e outros "nazisos” cultras).Ohelenismo, convert em helenomana, tem alguma difcldade em acta essa desconstrgio, Cabethe esse papel. S80, potém, os proprio sibiog fregos modernos que admitem, sem problemas, “inuencias orien {ais designadamente“epipcias’ na Gricia antiga. Até nos elementos Ionics, sabe-se que o alfabeto grego nada tem de helénico (veja-se David Diringer, Writing, Londres: Thames & Hudson, 1962, pp.149-168), Clarence Walker, da Universidade da Clini (Davis, USA) deina-nos ‘Eine to faz minima dein dagull de que est falar «atribuira Cheikh Anta Diop paternidade da dela da africanidade ‘otxipa (.)inexacto. 0 Epps dopende de igual mancira do mn~ i cumticn devid 8 sua posi googréfica © estratéyca” (9.211) oreo quo Bgipto situado em Afric, pode depender,"devido sua Dosigzo aeografca’ da mundo semitico, que se enconta loclizado Fouad continents aficano, no Proximo-Orlente na Nesopotimis? uma outa questo: por que é que Crea, vizinba do Egipto, nao de pande,“evldo asia posiaoestatégis do mundo semtico? Epon pe que coneeto de ‘cruzamento” no colhe em relara0 a Chipre are creta,a Grecia da Asia? Chelks Anta Diop esfreou'se por rs fats o coninuum histrio africano desde a Antiguidade faradnica [itd aos problemas, cultural e outros, da Aftica moderna e conter~ ‘onines Mare Etienne, simpatio arquedogo, nem sequer leu 0 Eubsttlo da obra Nations Magres et Culture (Pais 1954), 10 problema que agu se discute tem wer com a qualifeaglo ¢0| Scoekto ds termos“Atcano” e "Nepe’“Aticano”remete para“ ue érlatvo on pertence & Ai Posto ato, o Rglpo é afrcano, SAN 0 Magrebe Stabe também o & "Negro, tendo como sub-enten- ‘Bas pete nega’, nf designanecessariamente os Arianos, como de ser testemuhado pelas populaces do Sul da India ou pelos Molanésios®(p.212).Anasemos esta literatura: 4) 0 Bio Antigo 6 afrcano; assim sendo, os antgos Esipelos lam AiFicanos. © Magrebe arabe 6 membro da Organizagio da ‘Unidade Arieana (OUA).O presidente Boutefika fi recentemente presidente em exericio da OUA.Onde est o problema? Berto fara seguinte afirmagi: os Exlpeios ttm a pele negra thlanchroes eu eos caeosem crapnba (ka ouiche)- eam ‘Seas stores, lr I (Buterpe") $104: ‘Gietare que os Eeiptosantgos eram Aricanosnogros, como to {dos os outos naurais do contnenteafrcano. Naturalmente que ‘hs neqros nutras partes que nao 2 Africa, como a fadia do Sul ea Melanésia por exemplo. ierégfos:"O terme para Egtpt, Kemet aparece’ por vere eadeor da por Diop de reer, como Pals des nepon cape ronan rs gong Fo Gonna a ast ts eee egipclos entre, por um indo, aterra negra” (Ik), isto a teres dos ‘Sirens pore treo SNe eae lado, a “terra encarnada’ do deserto. termo km significa “estar a leo’ no sentido de realizado, acabado em que se inscreve a stun G0 deunidade do Espo, materaliada na uno de dos terres {aoe Bsn Eppa Como tmben na concep do ps enmeone ‘india aa elena aes ada no gusto rau deste er pp2T 4215 tte {Up Mar Btenn das Fé rae are un conePadr das Ae _guidades egipcias do Museu do Louvre, em Paris. = que ert nfo quluer sen 2) chi nt Dip trans Kot pore pa ret pore pats ds ners" qe obra € pagina? Eu retomei essa tradugio, “¢ fe Gm sree re, mana epgina Porque mentsisonatcaent ans Soetoro neat tera nega prac tnmar em conse ‘ao qung-estar compare ecb: qual ent. {Tac tal da eps usu cosacon tenancy, Compe ou "ters nop eo Quer ie ao ee forte a dale sent 20 mesmo empa nee esa ne Phe Btmesnaconsetmen cia eros sinner hoor em pel Confundo com ea itn rel amos sates parade pr are Wns ay 27 210 acetvo}ohierofo do ocho (ve) ‘emprega-se como complementofonético, ‘om completar estar complet it > : nplet"-osigno ergo MA inte que se ata de cone denotes abstactas Existem, portanto, dus palavas km, que so hom a sindnimas:o adjectivo “negro” eo verbo “estar complet Verfice se verbo “str complete Verifies Quen aoreng, a nivel fo lexis da pam para ode o egiptélogos da terra, com excep do erudite conserva epitsagos ceppio do erud fdr do Louvre, smo ner a goto eg mts que arceio aa te er por fata desi Hn, ¢ pi ven nol deve os ear de oe ete eon, gund sean eros ieee oem que st nsrevea stung de nidade do ipo oa ict rn (os aba bt 0 Sa meme" tn or 2s “unio count soma,“ de Dols Temas Fea rae em so deeb A «rh tae eDiets ex eee rc loadin ds a Since ape Waal teen mont oro seu @NAG ene-orss regret county’ cm ins sa ate “tented Pts Nog homens mulheres do Pas Negro sto 6 8 petos dos tempos farabnicos. - ‘Oshabitantesde Alea negrasdoafricanos negro. 08 regro-alticangs, Os babantes do Pals Negro sone fos ou pretos: a mesma oientao. Os Melanésios nese mesinalina Inslares negro (melas "ne fro esos, o dri nds," em reo} A propa de ues cei do atin Eni ni 1. Renn pnt ters ctl 9 prove oo recente Wotemes hen, u consereadr de muse mals qualiendo: "The ees had seterat names oar wn cout Indudng 3-7 Faeroe" cmap.) hematoma ame. owere sun uy ts lan Ao ade im de ota anes: wearer propre Esp nln snus erie Ear Eons que mor a terse nica ese dee etd pobre cpa dare Benne ts da sel das coreg Eaotarsne Ossi an dearer dor

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