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POLTTICAS EM LATINO-AMERICANOS CONTEMPORANEOS ALESSNDRA BRANDAO [DLA JULANO] RAMAYANA Ej ORGANIZADORAS FIGUEIROA, A. O cinema super-8 em Pernambuco: do lazer doméstico & resisténcia cultural. Recife: Fundarpe, 1994, Cinema pernambucano: uma histiria em ciclos. Recife: Fundasio de Cultura da Cidade do Recife, 2000. FREUD, . Cinco ligdes de psicandlise; A historia do movimento psicanalitico; O futuro de uma ilusio; © mal-estar na civilizagdo; Esboco de psicandlis. In. Os pensadores: Freud, Trad. Durval Pontes (etal) Sao Paulo: Abril Cultural, 1978. IANNI, O. Enigmas da modernidade-mundo, Rio de Jancito: Civilizagao Brasileira, 2000 KOLTAI,C.Totem e tabu: um mito freudiano,Rio de Janeiro: Civilizagao Brasileira, 2010. (Para Ler Freud) MARCUSE, H. Eros ecivilizagao: uma interpretacio filosofica do pensamento de Freud. 8+ ed. Trad. Alvaro Cabral, Rio de Janeiro: LTC, 2008, ‘METZ, C.O significante imaginaio: psicanalise ¢ cinema, Trad. Antonio Durto, Lisboa: Livros Horizonte, 1980 MOSER, W Présentation. Le road movie: un genre issu dune constellation moderne de locomotion et de meédiamotion, ln: Cinéma, vol 18, n* 2-3, Quebec: Univ. du Montréal, 2008, pp. 7-30. NAGIB, L. O cinema da retomada: depoimentos de 90 cineastas dos anos 90.Si0 Paulo: Editora 34, 2002, NOGUEIRA, A.M.C. 0 novo ciclo de cinema em Pernambuco: a questio do estilo, Recife: Editora Universitaria - URPE, 2008, SOARES,R.L, Margens da comunicagao:discurso.emidias. Sio Paulo: Annablume, 2009, XAVIER, I. Pais humilhados,flhos perversos: Jabor filma Nelson Rodrigues, In — O olhar e a cena: melodrama, Hollywood, Cinema Novo, Nelson Rodrigues ‘io Paulo: Cosac & Naify, 2003, p.285-322 to mar: Glauber Rocha e a estética da fome. Sto Paulo: Cosac & ‘Naif, 2007, 10 A construcao do espaco cinematografico: do bi-dimensional ao hibrido contemporaneo Angélica Coutinho drios pensadores ¢ literatos refletiram sobre ¢ tematizaram 0 espaco urbano. De Michel de Certeau a Marc Augé, passando por Lima Barreto, Jodo do Rio e Walter Benjamin. O cinema também tem 0 espaco como tema e base de sua propria construgio desde as primérdios. a B05 conceitos de limites e fronteiras e sobre eles constr6i um territ6- rio fluido marcado por espacos permedveis no qual o préprio concei- to de identidade deixa de fazer sentido. A proposta deste ensaio é fazer um breve panorama das vérias formas significantes do espago, seja geografico ou simbélico, ¢ suas implicagdes na producio cine- matografica de um certo cinema dos anos 90, no qual a autoria deixa deer uma unidade de referéncia, assim como o lugar, entendido em seu conceito geogrifico ou antropolégico, perde sua unidade. Comegamos com o antropélogo Marc Augé (1994), que é quem define a contemporaneidade como marcada pela abundancia factu- al com a “histéria nos nossos calcanhares’, pela abundancia espaci com 0 paradoxal “encolhimento do planeta’ ¢ pela abundancia de si 187, -ALESSANDRA ARANDO| ILIA ULIANO [RAMAYANA Lit | ORGAMTADORAS ‘mesmo, do excesso de presenca do ego, da individualizagao das refe- réncias, cuja consequéncia é a criagao de nao lugares, definidos como instalagdes necessiias a circulacdo acelerada de pessoas e bens (as expressas, trevos rodovirios, aroports) quanto os pr Prios meios de transporte ou grandes centros comerciais, ou ainda os campos de trinsito prolongado onde sio estacionados 05 refugiados do planeta, (AUGE, 1994 p. 36) Ideia que se contrapée a cidade moderna, que estabelece uma fronteira a partir de um lugar inventado cujas caracteristicas se asse- melham ao que Augé chama de lugar comum. £ comum porque per- tence a todos que se definem como cidadaos em contraposi¢do aos exclutdos. E geométrico porque a partir de fronteiras permite a iden- tificagdo ou 0 estranhamento, a definigdo do eu e do outro. tempo- ral, pols o lugar também se realiza no tempo ao ser definido a partir do percorrido e do datado. Ou seja, a cidade moderna ¢ relacional, ‘demtitaria ¢ histérica, £ um lugar inscrito na meméria e simboliza- do como o lugar antropolégico que Augé compara ao munco fecha- do da fantasia dos indigenas no qual nao se conhece, mas se reco- nhece porque exprime a identidade do grupo a partir do lugar que 0 funda, congregae une, mesmo que as origens sejam diversas. O lugar comum que se quer pensar aqui é esse identitario, de origem, proxi- ‘mo das culturas pré-modernas, nas quais sua definigao se dé em ‘Conjunto com o tempo, como diz Antony Giddens (1991, p. 26): “Lugar"é methor conceitualizado por meio da ida de lcalidade, «ue se refere ao ceniofisico da atividade social com situado sopraficamente, Nas sociedades pré-modernas, espace tempo ‘cincidem amplamente, na medida em que as dimensdes espa- GIDDENS, Anthony. As consequéncias da modernidade. Sao Paulo: Unesp, 1991 HARVEY, David. Condigdo pés-moderna, Sio Paulo: Loyola, 1992,

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