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pros les so ma ajuda conclu {ide umaveadad emp para a eco eee eee New esses fae nga hes em um pric peer aresenes ore a pane rapt aetodoligics para atibuigdo wading eicslaeareter fica eens individu 0 que as pesquisas at ea ig pesquisa atuais no campo da consciéncia hi phere plo i cera serio no conespndem a consiencis histricas pied sous, masa ects, estates pads dos ipicas de Beconpeo ode santos eno edad ii pu senses Mee isavotaaes ae e lgicas de artiulagao ane ca aeremtes ae 5 gins de articulso entre os modos de es enemies considerando oconcito de vont eae aiken Bs no capitulo seguinte scene istic, ums et Capitulo 3 consequéncias para 2 pratica do| profissional de historia «¢ atravessando os séculos XIX, XX ¢ ria vem sendo a produgao STentidade nacional. Com suas origens 40 ven ustéria que conhecemos se vincua sa0 da educasio publica para o con” ‘com os avangos do sufrigio .gdes baseadas na soberania Por muitas décadas, Xx, a fungio do ensino de hist6 e reprodusdo da i século XIX, o ensin ‘um contexto de expan junto da populagdo (juntamente luniversal e a consolidacao das na popular, ¢ no mais na soberania monarquica) Tm tipico produto liberal ¢ihuminist, © censino de hist Faaaar ag hoje por suas origens. N3o Poe 2280 politi- cos, jornalistas ¢ outras pessoas fnculadas 3 discussio poli- ‘ica do espago piblico sto os primeiros * fazer soar o alarme Gquando as pesquisas demonstra 0 lesconhecimento de fatos, datas e personage? S38 fg histSria nacional por parte dos alunos. io ¢ incomum que os tepOrer js saiam a campo fazendo en- Nabe, em datas civics expec apenas PAP constatar que a essons nas ruas nao sabem @ mel Wy vo do feriado. Trata-se PY Favde Bolso mesmo tipo de escindalo que causa 0 fato de, de miime o pleras do hino sfo de um rebiscane wo Conplexidade completamente eitistas, a8 pessoas com te jgadores de futebol ~ ndo saberem cantar corretgne at oto Nacional. Ou sea, trata-se de um “escdndalg ae no qual as bases da nossa comunidade politica parecer comejando a se desfazer. A reacao de muitas professors,” mniia éreforgar a “hora civica” semanal, porque, sem sp quem sio os preres,quas io as datas civicas que dean fguardar e, finalmente, as oragdes civicas cantadas, oa ‘oshinos, parece ser impossivel termos um cidadio brasil Esses exempls ratificam a ideia de que, socialmente, espe -se que oensino de histéria contribua de modo decisive ee, 4 farmasio do cidadio em nossas sociedades, cimentarnnt 4 espirito plbico, 0 amor pelo pais, aos interesses wig: 0s, por meio da vinculagio de todos a um passado comun tlt nonin do ensino de hist, toda ssou a sofersucessivas mudangas: ense Christ sil, pr exemple em argo publica me ee ca de xia Lavi 1999), aponta a mudane ee ternar ado ensino dhiécs nos piste degen aa ee none hse nos paises desenvolvides SR ecient 0 fin da Segunda Guerra Mundial fo co de uma etspa importante. reeultad Perebido como a vitila det eran Pind tS focal, uma democraca cae Fraps nce in 2 Fede nto masque pres. ig, toma nat YO sj, coma partiipagde dos cde (ta parctpne ote demoertco, A idea de “cid leixou de ganhar com isso. Ao con i ia democritica rio, viu a Fungi deed cid: 7 casio para a cidadani = stiursuafungdoaneriog de instruga Ensino de histria@ conscitncts histérlea 1 aville generaliza 05 pafses ocidentais, mas a maior parte ga américa Latina tem traetorias distntas. No € totalmente de foto diet, nes86s paises, que oensino de histriaexteve a serigo da educagdo para a vivéncia e a prética da democra- semypes a 1 Guerra Mundial. Nossas experiéncias politias foram diferentes entre si, mas com muitos tracos semelhan- tes sobretudo entre o$ anos 1960 e 80, em que o continente wu, quase todo, sob o pesado dominio das ditaduras mili- fares, Nelas, o civismo 0 ensino de historia continuavam a ‘ervigo daquela instrucdo nacional, e a escola, por sua vez, finha incluida em sua missdo a tarefa de reproduzir 0 con- Senso fabricado da associag20 dos interesses nacionais com 6 governo militar, € toda oposisao a eles com um crime de_ lesa-patria, Mas, no Brasil, essas imagens passaram a perder forsa ainda nos anos 1970, e jé nos anos 1980 a Igreja Catoi~ ca, as universidades e as escolas eram espagos importantes de. resistencia a0 regime. Os anos 1980 ¢ boa parte da década de 1990 foram marcados por tentativas, dos professores ¢ inte- lectuais preocupados com 0 ensino de historia, de formulag30 de propostas que congregassem a nova identidade a formar junto aos alunos: nacional, mas também socialmente critica, revisando a histéria dos vencedores ¢ abrindo espayo para outras histérias, como a dos vencidos; tentando trazer 0 ho- rmiem e a mulher comuns para a sala de aula e convencé-los do protagonismo essencial do povo nos processos historicos. Fot ©'tempo das propostas oficiais de cunho marxista, ou inspi- radas na nouvelle histoire. Para muitos ese foi um periodo em 1ue o ensino em geral, ¢ com o ele oensino de historia, estava a a ava em condigdes em franco declinio, e a aprendizagem entr de verdadeira indigéncia, Sobretudo nas escolas secundaria, as aulas de historia com vigor eivico/nacionalista ¢ 2° ¢ FGVde Bolso smoragbes civics tradicionaisescasseavam. A ojeria ¢io da epoca do regime militar, sua estética e sug aad parscem ter ciado uma indsposisdo com qualques 8 toltada& educasdocivica, Por isso, aformasao da ide tte nacional pode se ter deslocado para outros espayog te meios de comunicagdo de massa, para os jogos ae fa para alguns les, ou para parte alguma. a ‘No caso brasileiro a onda das posturas neolibe, dis pelo Estado demorou até 0 inicio dos anos er et seus efeitos, e ainda assim com ee 5 4 renincia/impedimento do presidente Collor. Pode st ase que a politica publica federal, sistematicamente gree pela visio neoliberal, teve lugar com a eleigao do presides Femando Henrique Cardoso, a partir de 1995, a bone deses fatores~a predominancia do pensamento neolibest? do consenso de Washington, a forga da tese do fim da hin sfia,de Francs Fukuyama, o maremoto da globalizacao sobre /2 ida dis pessoas (mais fortemente sentida pelo desempre, {9 com o fim das barreiras protecionistas da industris ¢ dp emércio nacional) os efeitos da queda do socialismo coma { alternativa global de sociedade ~ constituiu 0 contexto da |; (tise do ensino de histéria no Cone Sul. rais assum, Ensinar histéria para que, afinal? Essa crise vincula- nossor a incula-se 20 problema da identidade. Embora denaea! i Tracguham vivido ainda as promessas da mo- das teses dy po ns sS¥antagens e as agruras dos efeitos Lae 2 Pos modemidade ° quadro da pés-moderni- mudanca de ord elas identidades fluidas, pela constante ordem dos fatores de pertencimento no qua Y Ensino de histéria« conslénca histrkca ” ro hierarquizado que compomos a0 responder & pergunta: ‘quem sou?’ SD sujelto pés-moderno, segundo Stuart Hal, € marcado cla fluidez e interpenetracdo entre diversos pertencimentos Peandigoes, o que nubla a identidade coletiva, cada ver mais fragmentada. O politico tende a ser cada vez mals pessoal, ‘co espaco puiblico se esvazia como campo da definigio dos fdestinos. As lutas sociais sio cada vez menos por transfor masio global da sociedade, e cada vez mais pela resolusio de Gquesides pessoais que nio afetam decisivamente a estrutura social: a defesa dos interesses de minorias étnicas e sexuais, o feminismo, a cultura de paz. Mesmo o famoso Movimento dos Sem-Terra, saudado pela esquerda como safda para 0 ma- rasmo das lutas populares, tem por efeito principal, quando tbem-sucedido em suas jornadas, multiplicar a quantidade de pequenos proprietérios rurais, que ganham o direito de fe- quetaro mercado caplalista de cabepaenguda, Jue papel pode ter a aprendizagem escolar da historian rnoment? Com formar atenticresteaientidade do ah no, na auséncia de uma identidade global, sobreposta 2 todas as outras, como era o caso da identidade nacional? Claro que o naconalismo continua tendo ose papel, mas, no resets ‘momento, ele ¢ temperado por outros clamores identitirios, ¢ ‘bom cidadio no é aquele que apoia o governo, entendendo- -0 como encarnagio da nacionalidade. Pelocontririo, ir contra governos ndo raro é um ato de civismo! Mas como formar 6 civismo diante da necessidade académica de ensinar também as mazelas e dilaceragées da historia nacional? Como assumir 3 fdentidade nacional, como amar o pais 0 mesmo temps 8°55 compreende todo 0 drama, as desonestidadss ¢ 35 WTS que estio presentes até hoje, ainda que enterradas } y FGVde Bolso gr como é que se aprende a amar a nacag ser atent0, ‘questionador, portador da dy © a9 arformam o senso cTitico? Como conf, ida to aeiade de destino” (nos dienes de Otto Braet ine! mnfando de modo a tomar a distancia minima pa ‘ie continuas analises criticas? Pary da consciéncia histérica, essas oon primero lugat, porque recolocam ae a ar de histéra na sua dimensio real. Carretero (2007 ma Stpuou com os ruidos entre o que se espera oficiaimenne* queefetvamente faz 0 ensino escolar de historia. Olivro a eee fundamental da distancia e convivéncia confitivy {eda levis escolar historia como disciplina que buse alcancar 0 conhecimento cientifico d sre a into cientifico do passado. Esta ultima vem do paradigma racionalista ilustrado, aspira a verdad. assépticas, sem carga moral. Na escola, pelo ‘tio, do. SEE sEeacctve, miedo de construlrIdentidade ‘iva, isso de construir identidade, com o que estaria a negar ¢ hostilizar os “outros”, que nio participam da narrativa candnica sobre a nagdo n aaa Em Carretero, a possibilidade de conciliar 5 hi ras ee eee cessas historias (es ace eearern ula, e quem ganha a batalha Reese sumeneenle racionalidade da fina clenifica no capas de gear identidades e Ident a, & todo com o ator, Ness quatro estamos Pt cntender ese enduro coe de Carretero é tentativa de fiat de hate Fe See atoleiro/encruzilhada do ‘em parte continua sendo, me ‘autor, o ensino de histéria foi, ¢ Ballo da meméra ogo, memérahistrica; faz, assim, 0 tr om 0 surgimento da disci a acionlizasdo Isso em parte se fa modernizasio no séoule eins oa crise de ‘identidade ‘, a qual é resolvida com saida ser capaz ‘Do ponto de vista | Ensino de historia consclncishistélea mu romantica € nacionalista de que a historia escolar partici Fpetamto, 0 panorama dos conflitos surgidos nos fii stem relagao 20 ensino de histria sustenta que hé uaa anos entre faz critica eemotividade tential Berontexto dessa discussio & 2 recolocaéo das identidades subjetivas em escala planetiria, dante do quadro oliticas € 5 Jizacio de todos 0s aspectos da vida. Essa discus- de mundial te desenrola em dois polos opostos na atulidade:o bu- sie famo eritico (em busca de uma identidade pos-nacional mamstilo da discuss¥o proposta por J. Habermas) ¢o oman- emo de perspectiva nacionalista srjes que recentemente sairam do socialismo, como vimos. stem uma experiencia particular no que se refere 20 conteido sem Mentido de sua educas30 historia escolar. Os casos da Sania e da antiga Alemanha Oriental sio estudados como fnemplos da convivencia de uma histéra de vis humanisia ce rtesnacionalista ~ 2 histéria oficial, pro-soviética ~ que se da Unio Sovietica; afinal 0 Gesmancha muito antes do fim urge chocava-se com a pratica imperialista de Mos: Tnanteve-se ~ e depois chegou 20 poder cola sabversao da historia oficial, de carater aacionalista esa cubversio, cultivada em cariter privado, ¢ dada a !uz fom a estruturagao de governos pés-socialistas. Nos Estados Unidos da América, a busca neoconservadora por exceléncla na aprendizagem histérica nas escola abre 0 debate dos "0 tional standards. Todavia, a configuracio final dessas o's tacoes curriculares oficiais ~ resutantes de amplo ¢ demo” cratico debate — abre-se a uma perspectiva multicultural {Questionadora dos Estados Unidos como nagio bransa © ar que levard neoconservadores do governo de Bush Pa! desestimular (!) a utilizagao dos standards oficiais. seu dis cou. Subjacente a ela FGV de Bolso. m2 storia na escola teria perdido seu pode, da concorréncia de tantos outros recy, asi fam a formacao da identidade dos individuos que Ce ‘continua sendo, em diversas partes do mundo, out fandamental do debate politico. Podemos conc} js sentidas opostos: ou 0 debate pulico esta mal tado,e diseute sobre a historia ensinada quando ela ‘rise pode promover entre os educandos, OU a ideia de historia ndo tem mais um papel significativo na formas identidades politico-territoriais precisa ser olhada com cuidado antes de ser dada como certa. O onceto de consiéncia histrica entende que a interpre. tacio do proprio individuo e da coletividade no tempo come, 2.2 ser formada muito antes da escolarizagao das criancas, Estas chegam is escolas, por exemplo, com preconceitos ra, Ciaisj arraigados, de modo que é muito mais facil que a edu. casio humanista¢ igualitiria seja mais um verniz que uma conviesdo dos futuros adultos educados. Podemos concordar ue a historia escolar tem uma funcio de orientacao no tem. Po, mas ela ndo esta sozinha nesse papel: ao existir, ao deci. dir, 20 gir todo ser humano necesita constituir e colocar em fancionamento sua conscigncia histérica. Nao se espera pela «escola para ter orientagio temporal afar esi de histra nas escolas condenado, entdo,& fua fing 80. No que se refere a identidade social ae identidade, sane Piblico ~ é prevenie a formasio E 0 tazoaveis. No que se refere a ci or um lado ahi suasio diante lair eq, SSe55q, Pouca quea 0 de mais contribui- > além de preparar para a expresso € de Naver epee autodefesa intelectual” (ss ‘y}, 0u seja, ajudar no sentido Re Ensino de historia consciéncahistérea w de que 0 cidadao nlo seja suscetivel a bjuguem a interessesalheios. Alem diso, deve contbess ra que 08 futuros cidados nio fiquem presos no "presene Eontinuo”, que acabaré porter caractersticasentropens destrutivas para a sociedade. Nesse conjunto de tareies eon, sino de hist6ria participa do trabalho socializador da escolg, tirando 0 sujeito do egocentrismo e introduzindo-o ne vid publica, com o que nos confrontamos com 0 individualismo Pesvaziamento do espaco piiblico que vivenciamos. © que seriam as identidades nio razoiveis a prevenir? A terminologia trai 0 pressuposto racionalista desse programa: trata-se de um ponto de vista racionalista. Mas ndo se trate de um racionalismo cartesiano, em que a verdade esté em algum lugar somente, e ndo esté em outros, e nem um racionalismo relativista, em que a verdade, por estar com todos, nio existe. ‘Tratamos de uma raz4o comunicativa ou dialégica, que nio é absoluta nem relativa, mas relacional, ou seja, a verdade se constitui no didlogo entre os sujeitos ¢ nos consensos mini- mos que é possivel ir construindo, respeitando ao maximo as diferengas e, a0 mesmo tempo, evitando as indiferengas em relagdo a coletividade ~ a coletividade é uma tarefa comum que transcende a tolerancia e demanda trabalho comum: as- sumir a responsabilidade pelos outros como forma de cons truir protecdo para si mesmo. ‘Uma identidade cegamente nacionalista — por exemplo, que vincula nagdo com o sangue, com a natureza, com 0 chao, com a etnia ~ ou religiosamente fundamentalista ~ que submete tudo a um destino sagrado apresentado por uma divindade — nio é uma identidade razoavel. Baseia-se em elementos no. Clonais, miticos ou misticos, com a verdade apresada e subju- Gada a um s6 grupo em uma sociedade ou regio. Também no manipulagies que o sul FGvde Bolso a sqnal uma identidade cientifcista, que tenba fe eden oa tooo bles ge sos, que acaba por Resconsiderar aS pessoas COMO sujeitos seus problemas ¢ olugaes. Essa perspectiva hoje tem tomadg forma da tecnologia como ideologia, ou seja, a crenga de ques cso eientifico ou tecnoligico nos redimir. Pelos ome pls, podemos perceber q¥¢ nao é razodvel uma identidade que se apropria da vverdade, pois é potencialmente autoriticig 3 eerutiva, a que tem por principio que as outras identids, des nao sio verdadeiras. Erigit a propria posicdo em verdade, ‘ou mesmo em dogma, é ee a eae alt definigao pode ‘muito bem ser o principio de que o melhor argumento tenquanto nao forem superadas por argumentos melhores. ‘Sho razoaveis as identidades que se sustentam na forca de seus argumentos principais, mas ndo negam a possibilidade I a emenoy veniam ae significa que eles podem ser postos a prova, podem ser discu- tidos ¢, portanto, trata-se de uma razio sustentada no didlo- {g0. Identidades nao razodveis séo potencialmente destrutivas € desprezam, em maior ou menor grau., 0 outro, a democra: cia e, em ltima instancia, a integridade fisica ¢ a vida. AS ete nacionais podem ser assassinas, ¢ de certa forma fi fe aie elas serviram: para produzir motivos part mare inimigos nas guerras. Mas nao é somente de guertas sarees ees Por isso as identidades nacionais no sibilidad . loo ‘tempo, assassins, embora essa pos bilidadeesteja sempre I, guardada Sena ms _ néo resolveram suas questdes fu” icdo de renda, adesio consciente 405 Ensine de histéra ¢ conscléncia i ws cidaddos 4 um projeto minimamente com iyo futuro imediato € 0 mais idistante pe, nat pate verb para a manutengo minima 2 cee seals 2 come dialogar com 35 ideas cas da popula do comers. Em scledades, ent, nat al ag apes fundamentals encontram-seresolidas ou _ ai equacionadas, bem como em setores mais bem pie “Js de sociedades desiguais, 0s novos desafios que colocam oF spata, despolitizagio, individualism, ndiferensa, Ess sit ages decorrem de identidadesndo rzaéveis, que 0 ersino 3 historia — em tese — combate no proceso contemporinco of formagio dos cidadios. Mais que propostas autoritrias de fetus esses fendmenos comesam a corroerdemocracis ‘smsolidadas, demandando um novo papel para » escola c fara oensino de hiséra, Este jé poderd considers» maior oan missio curmprida se, com seus dadoscargumen a vpsepuir que os sueitos apercebam-e de guests po Sigdes sio fundamentadas em argumentos ¢ cena, « assim Sigponham-se a conversar sobre elas fateroalmente, Pris? ‘dela de que temos que ensinar uma determinada quantida de de contetidos, sem 0s quais 0 potencial cognitive €0 €sPr- rito civico dos nossos alunos ficara irremediavelmente mance ‘ou paralitico, é um tanto quanto contraproducene i Pecadermia de artes marciais do pensamento™ 22 qual + hiseéria participa com seu estilo especiico de combate, liga ve he tavefas de instrumentalizagio cognitiva do aluno som Sr heres fazerestipicos da historia. A metodologa da" téria consiste essencialmente em ‘saber 0 que aconteceu & em aque nos baseamos para conheser esses fates. historiador Frocuracertificar-se de quem produziva infos Po Isso aconteceu e quais eram as possbilidades de FGVdeBolso ue | ido de outra forma, O método histérig, its, suas ligagdes socials, suas intengog™ gests em jogo, Fara entender a Snformacdo que cate incre asim, dimensiond-la corretamente ¢ relay “ta se o nosso aluno puder fazer isso ¢ identificar pess ted. interesses por tris de reportagens, processos histéricos, pode scemnamentais, a historia tera cumprido outra de suas ‘i goes educativas. x eatar os jovens do presente continuo € abrir as po para a sensbiidade em relagdo a0 passado € & covipren fl By Gindmica do tempo. Trata-se da competéncia de experign. | Gin, como se viu anteriormente, que integra a competéngi, | | | tivessem acontes aquadrinha os su) rarrativa, Conhecer a8 surpresas, as mudangas im do desenrelar dos acomecimentosabre as portas daintelgg Gina possbildadehistrica, Viver apenas o presente tay | a reproduzir a condiggo atual ~ com todas as suas Tnzela | ~ pela auséncia de sujitos i jos em = pea aici de sts nteresados em tentar fara ‘Mas nio pod a podemos ter a iluséo de que o ensino de histéria | Mas nio pod nsino de histéria demiurgia soci nem a inutilidade, mas um espaco de dogo {eformaraconsiéncia histria ds alunos ~ eles jéchegan om suas consciéncasformadas em seus trapos fundamentais anpliagio ¢ complenifcagio das formas de atribuir sentido tempo que os alunos trzem com els, ais insistir que conscientizar nfo é doar (ou im- } 9F) consciéncia a quem nai ose 0a tem, mas um processo de didlo- stintas de gon entre desea aa ntintas de gerasao de sentido para o tempo. | liso dialogica, podemos avangar um pouco Ensino de historia e conscléncishistérca na especificidade da aprendizagem histri ; een angio de claberar prs on een no passado ¢ no presente - sejam estabeleci- mals na escola & das narrativas dose discutidos, ‘ye fazer com esses sentidos? Da mesma forma que mio Bod sua conhecer letras, silabase palavras par ter letramento bamielagio aos codigos linguisticos (ou sja air da condigao Gm Mpalfabeto funcional), saber historia ndo basta para que de meonhecimento seja Utila vida dos aprendizes. utilida Sea historia se dé pela consciéncia de como os acontecimen- $e que nartamos ganbam sentido ¢de como oconbecimento ts eihos ajuda a nos orientar no tempo, articulando as aos- sereciases com nossa experiéncia pessoal ou aprendida dos ‘20 0s sobre 0 passado, € por fim com as nossas expectativas i fwiduais e coletivas. De uma forma nova critica © com- a historia tem condigdes de reassumir a condigio de aetna da vida. Se o ensino de histéria no leva asso, ndo se Zompletou 0 processo educativo de letramento histériso, ou Sejaco conhecimento ndo voltou a vida pratica, ‘Eom base na obra de Thomas Kuhn e na ideia de paradigma ientifico, Risen propde uma matriz disciplinar para a histo- tia que seja capaz de contemplar a artculasio efetiva entre » Conhecimento e a agdo, entre a ciéncia especializada ¢ 0 uso Cotidiano da historia pelas pessoas. A historia, nas soviedades contemporaneas, existe porque algumas pessoas, que vivem 4 vida cotidiana de todo mundo, tornam-se historiadoras em seu trabalho. Esse nexo é fundamental, pol historica faz com que a orientag3o tempo! no comum a todos. A metodizayo desse que permite a existéncia da historia, que. nio deveria ser tratada como) um assunte ¢ plexa, al seja um fensme- fendmeno comum & portant, aio ¢ (ou sotérico, SO Para rovate 4 0 mesmo porque seus mecanisMOS essencials sz, plo so comum. Se & assim, uma consequecia imegig® | Gur hisria se discut,nlo s impde como saber de esp a4 ge i iseuso competente” de historiador. Deeee® | tess oncepgio da matrizdisciplinar da histria, porn as bases para uma perspectivadialdgica no ensino de hist nas agbes de vulgarizasao® cientifica, Segundo Rasen, 2 relaio entre a disciplina cientifia q bistva e a vida prtica € intrinseca, € ocorre segundo ia alo de demandase respostas que atravessam os Campos aN) vida prtica cd cléncia especializada, As caréncias de one tagoda pita humana no tempo compdem o fundamento, autre dsciplinar da historia; Sto, assim, seu primeiro fy trent es canis vical se oa Tose ee se cogitivo pelo passado, na construcao de respostas acel vel para a quests identitrias fundamentais, como “qu marge Ses wena indo oo en outros’ que nfo partilham de nossa identidade”. Essas caréw, cias se transformam em interesses precisos no conheclmento histérico, em reflxdo especifica sobre 0 passado e trabalho | para conkec-o o suciente para suprie tals interesses. Es send arta o oore sem determinados criterisde_| iniciados, Tes ldeias sio fundamentos de todo pensamento histéri- 0, mas nfo bastam dele abt bastam para constituir a especificidade cientifca sentido, que so requeri ie ue slo requeridos para a orientasio no tempo. Inte- | sem as fontes nic fontesnio se pode reconstituir um passado que 2 Into de tote ads pars ding Sie el else Ensino de histéria @conselnciaNsérca aca sentido como histora, €€ quando se fazem efetivos na ex- encia concreta do passado que possibilitam a base de “bis- jg” como conhecimento cientfico. Na matrizdisciplina de toten, e350 €0fator métodos, ou sj as regras que orentama Fesquisa empiria que permitem que a produto do cone: pemdito nio seja arbitréria ou moldada impunemente, exclu- Geamente de acordo com os interesses e idias (embora estes SStinuem presentes no resultado de toda essa operacic). ° quarto fator dos fundamentos da ciéncia da histéria nos permite vislumbrar mais claramenteo papel do ensino (com- Ffeendido como o trabalho da disciplin escola, mas tam- Bem como todo 0 conjunto de priticas, espagos, materials e midias que envolvem 0 conhecimento histérico) na matriz Uisciplinar da historia. Esse fator é composto pelas formas de apresentacio do conhecimento obtido na pesquisa empi- fica que tem um grau de importincia tio grande quanto 0 dos métodos da pesquisa. Ao apresentar-se, 0 conhecimento histérico remete as caréncias de orientagio que o originaram. Evidentemente, esse ciclo “gira” diversas vezes, porque as caréncias se modificam 0 tempo todo, ¢ um dos fatores dessas mudancas nas caréncias de orientagao é 0 préprio acimulo de conhesimentos que atendeu a caréncis anteriores Quando tomamos a matriz disciplinar da histéria em com- sideragdo, nao sé fica facil explicar qual pode ser 0 resultado pritico de seu ensino na vida dos alunos, como fica dificil compreender que uma disciplina to fundamental nio tenba pelo menos a mesma dimensio, no curriculo escolar, de disei- plinas instrumentais, como a lingua materna ¢ a matemitica (@lém de delinearmos melhor a inconformidade com a falta de spaco e interesse nos estudos sobre ensino de histéria den- tro de muitos departamentos universitarios voltados a esse > Fav de Bolo lina de histéri do conkecimento) A disp 1 rae camp nea (como cement de um conjunta ant sosentese attudes que 28 BeTaves Precedentese a pretendem ‘wansmitir 4 geragao em formacao) para interfer Positivamente na formagao da consciéncia historica, a qua Pos amenterelaionada a questdo dos valores e dog me en tgo A conscencia histérica€ pré-requisito ares de ie pente a moral 2108522620, NOSSa personalidadeg aasras orientacdes valorativas (Risen, 1992). . rt os a insistir que, diferentemente do que se ima eee mum, infuenciado por séculos de uma visto his Toriea tradicional, limitada e conservadora, a histéria no ¢ wee Jado pmado, nem como ciéncia nem como enna, A hustcaé um neo sigaiicativo entre passado, presente efi turo, nio apenas uma perspectiva do que aconteceu, nao le. vantamento do que “realmente aconteceu”. Conforme Rusen, ‘esse nexo envolve a produgao dos posicionamentos morais: [a heii uma tadupto do passdo a0 presente, uma inter reas da eldade passida via ua concepio da mudanga tempor gue hac op, o presente ea expecta de ‘ntcnefstos. F concept aol os valores mo fl corpo tepe (or exempo, corpo da valde comin dm ane tad)» htriareveste os valores expen tpl cones irc arms ims mersemtoadade paras age, concede formas de compreensio do temp 0s valores e as experién ‘periéncias estio mediatizados e sintetizados em tals concep oncepydcs de muda bistcca amalgama “nor coe emPoral:[~] A consciénela ficante que relive aconnecg 2% ua narrative signi ecimentos passados com 0 objetivo de Ensina de histérla @consclénca histélea aver Intelighvel 0 presente, € conferir uma perspectiva tet ne ata. Dea frm soacne Nate 2 tan ibugdoessencia 3 consign is mor (Rosen, 1992:29)!9 endizagem escolar da histéria é, sobretudo, apren- jentidade coletiva mais ampla; dai ee ante que atravessa os séculos ao ensino da formacio do cidadio, que é a identidade po- pity central da modernidade, na qual as relagtes entre os lentes si0 organizadas com base nos Estados nacionas aifewnjs que questionemos, na atualidade, a educagio civia For osado, a pedagogia da nacio através de uma pedagoga So assividade e da obediéncia,¢ outros usos do sonhect da Di nst6rico para controle e no para emancipasio socal. reve pode fugir & necessidade de educagio civic. porque 720 ig nao hi Estado. Isso independe do nome que dermos a “formasao para a cidadania”, tio.em ‘A apr dizagem da id demanda cons historia para cla (como, por exemplo, ‘yoga atualmente). w’Plentidade ¢ cidadania so, hoje multidimensionais. Fato- vcs como etnia, género, op¢do sexual, religii ¢ regionalismo interfere fortemente na constituisio da identidade dos in- dividuos ¢ alternam-se, juntamente com identidade politica fou cidadania, no topo da hierarquia variavel de pertencimen- tos que caracterizam 0 sujeito pés-moderno, Nesse seatido, G ensino de historia hoje ests colocado diante do desafo de trabalhar as identidades para além de seu objetivo iniciay que era a formacao da cidadania, objetivo este mbes £00 froverso desde o inicio, visto que a concepyao de sidadania nao é consensual. Wradugio no : — FGV de Botso Fodese dizer, considerando a perspectiva da didétic, intro quese renova como conceito de consciéncia hisase ce vl educativo principal da historia a formaca Competéncia narrativa, que se subdivide em trés categorise <"K primeira categoria da competéncia narrativa é oe téncia de experiincia, que se refere a aprender a olhar oe ab’? resgaiF sua qualidade temporal, diferenciando-s dy presente eo futuro. Identfcar 0 passado como tal ese le qu €possivelconhecé-lo melhor, integrando essa rei do’ propria vida de modo significative & 0 que define e Compstat, Progessivamente, o sujlto val entendendo e incprando dmensoy a profundidade © a extensio do pasado sa especildde, nossa incapacidade de muds possibilidade de interpreti-lo e narré-lo de outras for rs Es compet € ental, porque sem ela tnde a imaginar o tempo como uma continu 7 te. Gm in aconselota hindrica do sufelta acaba spe Em seja possivel imaginar, na pratica, um tipo ideal uma consciéncia de historia di comple oe um msc lesprovida completamente a pans Fate do pstado (porque o conhecimenta im compennaatlPedeaeconstatar, na tulad houvesse pasado ou futuro vem come ve mE ‘A segunda subdivisio de da por Risen de cp capacidade de deseny do da competénci io da competincianarrativa é chama- céncia de interpretagdo. Consiste na imorar constantemente uma Wwolver e apis Enslno de histéra e consciénca hitéica (ouos sentidos) da historia, de modo a poder julgar 0s even- (ergo passado. Por mals que, na escola, evitemosfornecer 1 jos fechados sobre 08 process histricos, isso 0 que semssoas procuram 20 buscar o conhecimento histrco, € as pe que tendem a constru com base nel. Tal ato s6 sera 5 problema se ses sistemas de significago do tempo fo um Pompletamente fechados a madaneas reavallagdese ci vee forma que a competéncia de interpretasdo acabara Jegmdtia inflexivel, sem utilidade para o desenvolvimento dda pessoa e da sociedade. “Petfim, a competéncia narrativa € composta também pela de orientagado. Essa competéncia também poderia hhistorico”, em uma comparag3o sara # Tula nacional e o concei- mnal: no basta dominar a leitura € P escrita; & preciso conseguir usar essas competéncias para a ender as instrugdes de um manual ou deixar um bilhete Gompreensivel para alguém. Nao basta conhecerfitos¢ Pro Soars rbrices, € preciso ter capacidade de interpreta ¢ fempo e usar esse conhecimento para a propria vida agindo fem eonformidade com os préprios principios e objetivoe vA competéncia de orientagdo consiste ma capacidade ae ulilanr ce conhecimentos e anlises histicas adquitidos ¢ organizaos para estabelecer tum curso de aslo pessoa), OS inelui tanto um projeto pessoal de futuro quanto o coe nts ue veis de serem uno Bode contra onvenetonal, mas Kerpretagdes pass ia, que envolve eee eee nsino de striae consciencia hist » educasio histérica escolar, se realizada com sucess deve a cdat os elementos cognitivos para que o seta Post Froduzir sentido historico de todas a formas, som ficar pre- prodfnodo tradicional ou exemplar. Iso nio significa que wo woos coaformar consciénelas para que produzim seo, (go predeminanterente dentro de um ou outro modo, © sujeito.¢ dono de saber quando produz narratvas tito e genético, saber que suas produsdes de sentido sie passiveis de discussio e precisam sustentar-se n0 aFgumey” Bp ainda que este vera a sero argumento da toler3ncia com uullo que ndo se sustenta no peasamento racional, 25 Ge produ vida dignidade efelisdade. Ainda que o argamen* Peites da racionalidade instrumental. tecno- Tégieaecartesiana ainda que se tate de apontar que 3 3230 produz, tantas vezes, um mundo ieracionsl orm 9 eidadio em noss0s tempos, 0 que envolve forma io do senso erftco e da reflexdo autonoms, exige ComPre fessor de historia (assim como os professores cael um intelectual, Esa afrmatva ce 3 sn, 9 Se Sepa, uma consatago « um programa. preston 8 £6 ae palha com usa form de conecimento que 9 Pro” escola patio de bistra,o Ristoriaor “er senso es, test aor parte das vezes no domina, Bsse dominio # mu pra um dilogo horizontal sm os demas “itade que despidos do preconceito ¢ das hierar se fiviades socials do trabalho trouxeram, de ‘no qual universitiries ¢ ocupantes rio ou seeretarias de educagio seja indicar 0s intelectwais, aquizagdes que foedisme, do taylorismo, tte cargos pablices no mintst oo! 132 FGV de Bolso seriam engenheiros, e o professor seria apenas um operirio, executor. Esse esquema nunca funcionou com a educagio, Por fim, entao, um dos efeitos mais importantes do conceito de consciéncia histérica é recolocar o papel do professor de historia. De um operario do saber histérico, ele passa a poder ser considerado o mediador privilegiado entre as contribui- gdes da ciéncia historica e as diversas conformagées da cons- ciéncia histérica dos alunos e comunidades em que se insere devido ao seu trabalho. Essa historia esta apenas comegando.

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