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Terceiro Domingo da Quaresma EEE Se TT Primeira leitura (Ex 20,1-17) Um dos temas basilares propostos para meditagao do cristio durante a Quaresma, € a lei de Deus, “os 10 mandamentos”, que constituem um dos argumentos centrais da catequese de quem se prepara para receber 0 batismo. Essas formulas, curtas ¢ faceis de serem lembradas, sfio uma sintese das normas que regulavam no povo de Israel as relagdes das pessoas entre si e em relag&o a Deus. Na homilia deste dia os pregadores da Palavra nao devem co- mentar cada um dos mandamentos: se assim for, nao terminam 0 sermio antes da noite... A hora certa para uma explicagio detalha- da € acatequese, nado o sermio. E suficiente que sublinhem o senti- do dessas “10 palavras” para os cristios dos nossos dias. Como subsidio, proponho algumas consideragées. 1. Israel nao era o tinico povo que tinha leis justas, promulga- das em nome de Deus. Sao conhecidas varias coleténeas de leis, emanadas por soberanos naqueles tempos antigos. Num estudo comparativo, observa-se facilmente que quase todos os “10 mandamentos” se encontram nesses cédigos pagiios. A legisla- ‘do biblica, portanto, nao é completamente original, embora apresente algumas caracterfsticas importantes a serem destacadas. A primeira € 0 modo como esses mandamentos sido enuncia- dos. As leis dos outros povos sempre sao formuladas da seguinte “Se alguém fizer tal coisa... serd castigado desta ou da quela maneira...” A diferenga com 4 enunciagio das preserigbes do maneira: “decdlogo” salle imediatamente & vinta, As leis dos outros povos tm uma forma impessoal, falam gene- ricamente: “Se alguém...” As de Israel sao, ao contrario, uma pala- yra que Deus dirige diretamente a cada pessoa. Ele diz. peremptoria- mente: “Tu fards ou nao fards isto ou aquilo”. Para 0 israelita piedoso a fidelidade a um mandamento nunca reduz fria observancia de uma norma, mas inclui sempre uma resposta pessoal ao Deus que se revelou a ele. O Deus de Israel nao 6 um soberano que vive num palacio, distante dos seus stiditos, que estabelece as suas leis e exige uma rigorosa observancia e que ameaca com castigos severos. Ele é um Pai que conhece seus filhos pelo nome, dialoga e Ihes indica 0 ca- minho do bem e da felicidade. Por quais motivos observamos n6s os mandamentos: porque Nos sao impostos, porque tememos os castigos de Deus, neste mun- do € no outro, porque temos medo de ser descobertos ou de contrair alguma doenga grave, ou entéo porque confiamos nas palavras de um Pai que nos ama e por esta razio sempre respondemos com o nosso “sim” 2. Uma segunda caracteristica do “Decdlogo” é 0 modo como ele comega. Antes de manifestar as suas exigéncias, Deus se apre- senta ao Seu povo com estas palavras muito densas de significado: “Eu sou o Senhor que te fez sair da terra do Egito” (v. 2). Quando nos é imposto um determinado comportamento, quando nos € proibido fazer alguma coisa, sentimo-nos limitados na nossa liberdade. Temos a sensagéo que alguém quer impedi de ma- nifestarmos plenamente a nds mesmos, de realizar os nossos dese- jos e de sermos felizes. Mas em fim, em verdade, sao as leis uma constrigéo? Algumas com certeza 0 sao. Os homens que detém 0 poder as vezes emanam disposigdes que, em vez de favorecer o bem dos stiditos, tém a fina- lidade de perpetuar situagdes de injustiga. Os 10 mandamentos nao estao inclufdos nesta categoria de leis opressivas do ser humano. Nao foram decretados por um tirano, mas por um Deus “libertador”, que foi ao Egito para salvar 0 seu Povo, porque no tolera situagdes de escravidao, Ne sna perspectiva é que devem ser enquadradas as “10 pala- viun" do Devdlogo, Nao ve traty de loin severas, diffceis, ds vezes ALE THeATHO HbAUTdaN e Ineompreennfvels, Imports Ho homem ome nos prova da propria fidelidade. Ao contrério, podem ser comparadas coma sinalizagao das rodovias, que nao é implantada para limitar a liberdade, mas para indicar 0 caminho certo. Quem segue 0 cami- nho proposto por Deus nfo se torna escravo das proprias paixdes e do préprio egofsmo, nao destréi a prépria vida e a dos outros, mas se torna uma pessoa livre e feliz. De que forma consideramos nés a “lei de Deus”? Nunca nos ocorreu 0 pensamento que Deus nos projbe tudo, que nos proibe de nos divertir e de fazer 0 que nos agrada? Nunca nos passou pela mente a idéia que as pessoas alegres ¢ felizes sfio as que nao se preocupam com os mandamentos e que sempre fazem 0 que que- rem? Sera isso verdade? 3. Vamos para a terceira consideragdo: os 10 mandamentos continuam vigorando em nossos dias, ou tinham valor somente para os israelitas do Antigo Testamento? Sabemos que Jesus, inicialmente, os reduziu a dois: “amar a Deus e amar 0 pr6ximo” (Mt 22,34-40); mais adiante a um s6: “amar © irmo” (Jo 13,34-35). Fora do Evangelho, porém, ja nao se fala de dois mandamentos, mas de um s6: 0 amor ao ser humano. Ensi- na-nos S. Paulo: “Quem ama o irmao cumpriu toda a lei. Pois os preceitos: ‘Nao cometeras adultério, nao matarés, nao furtards, nao cobigaras’ e ainda outros mandamentos que existam, se resumem. nestas palavras: ‘Amarés 0 teu préximo como a ti mesmo” (Rm 13,8-9). FE evidente que o mandamento do amor engloba todos os man- damentos. Tentemos, porém, perguntar-nos: esse tinico mandamento & mais ou menos exigente do que todos os demais juntos? E suficiente refletir um pouco para entender que o amor é mui- to mais exigente do que qualquer outra lei. Por exemplo, nenhum dos “10 mandamentos” me obriga a amar os inimigos, perdoar sem limites e sem condig6es, a dar com generosidade os meus bens a quem deles precisa, a sacrificar a minha vida pelo irméo (mesmo que seja meu inimigo e me tenha prejudicado). Nada disso é exigi- do pelos “10 mandamentos”. E a lei do amor que me obriga a sempre p! star atengao para descobrir em todos os instantes o que posse fazer para tornar meu jnmio feliz, Por experiéncia nés sabemos que 0 amor nao pode ser reduzi- do ao cumprimento de algumas normas. Um marido com certeza nao pode dizer: “Eu amo minha mulher”, s6 porque nao a mata, nao pratica aberragGes sexuais, nao a priva dos bens, nao a calunia... Faltava mais esta! O amor vai muito além dessas prescrig6es. Que fungao tém, ent&o, os 10 mandamentos? Servem para tra- gar as fronteiras minimas do amor. Apontam os primeiros passos, os mais elementares, os mais indispensdveis, mas nao esgotam toda a lei de Deus, porque, como ensina S. Paulo, “Somente o amor é a plena perfeigo da lei” (Rm 13,10). Quem nao observa sequer os mandamentos deve conscientizar- se da sua condigio dramatica: pulou a tiltima cerca que ainda o separava das escolhas de morte. Segunda leitura (I Cor 1,22-25) Os quatro versiculos que compdem essa leitura nos apresen- tam 0 ponto fundamental de toda a pregaciio de Paulo: o Cristo crucificado. Diante desse sinal avassalador do amor de Deus, os homens, nao podem permanecer indiferentes: devem tomar posi- go. As respostas negativas sao duas: a dos judeus,para os quais Jesus crucificado é um escndalo e a dos gregos que 0 consideram uma loucura. Por qué? Os judeus esperavam que Deus manifestasse o seu poder, re- solvendo os problemas dos homens através de milagres (v. 22). Tinham certeza de que Deus haveria de intervir para derrotar os inimigos do seu povo com legides de anjos. Jesus, ao invés, nao se apresentou como um vencedor, mas como um derrotado, como um homem aparentemente amaldigoado por Deus. Os sabios gregos, ao contrario, nao acreditavam em milagres, confiavam somente nos raciocfnios e na sabedoria (v. 23). Ora, a morte de Jesus na cruz ndo se enquadra dentro de ne- nhuma l6gica humana: é uma auténtica loucura. Fim nosson dias também existem esses dois grupos de pessoas © estilo presentes mbém em nossas comunidades, Ha cristios que sho como Of “judeuN') consideram a religiio como fonte de mi pen, de gragad de euriy, Freqiientam a igreja para serem preservados dos contratem- pos, para se imunizarem contra as desgragas que atingem os outros homens. Rezam s6 quando estio doentes e querem recuperar a boa satide, ou quando estio a procura de um bom emprego e (por que néio?) quando esperam ganhar na loteria esportiva. Por que sera que alguns consideram 0s cristdos mais como “milagreiros” do que como mensageiros daquele que deu a vida pelos irmaos HA também os que se comportam como os “gregos”. Trata-se da- queles que julgam ser possfvel convencer as pessoas a aderir a fé medi- ante raciocinios, aduzindo provas. Este caminho esta errado. A sabedo- ria dos homens julga felizes aqueles que se divertem, que pensam so- mente em si mesmos, nos préprios prazeres € nas préprias satisfagdes, ao passo que 0 cristao faz uma proposta que é uma loucura: a cruz de Cristo, isto é, a vida transformada em dom desinteressado de si. E me- lhor estar conscientes que a légica do Evangelho niio pode ser colocada no mesmo patamar da légica do mundo, pois assim se evitam dois graves perigos: o de modificar a mensagem do evangelho (para conse- guir um maior nimero de adeptos) ¢ o de desanimar ou de espantar-se se alguém o recusa. Evangetho (Jo 2,13-25) ‘A cena da expulsio dos vendilhdes do templo € narrada pelos quatro evangelistas, ¢ isto mostra a importancia atribufda por eles a este gesto dramiatico e violento executado por Jesus. E 0 tempo da Pascoa e Jerusalém esta superlotada de peregri- nos, vindos de todas as partes do mundo para celebrar a festa, para oferecer sacrificios e cumprir as suas promessas. A cidade normalmente conta com 50.000 habitantes, mas, por ocasiao da Pascoa, atinge até 180.000; por isso todas as familias se dispdem a receber em sua casa algum hdspede Muitos peregrinos vém de longe; trabalharam ¢ economi ram durante anos para conseguir, uma vez na vida, realizar a “v gem sagrada”, com sua familia. Durante os dias da festa nao me dem os gastos: comem carne em abundancia, bebem bons vinhos, compram presentes para levar para casa ¢ especialmente freqiien- tam o templo para rezar, para pedir conselhos aos sacerdotes 6 para oferecer um sacrificio Ho Senhor, Os comerciantes sabem muito bem que a Pascoa é uma é6tima ocasiaio para fazer bons negécios: em poucas semanas tém a opor- tunidade de ganhar mais do que no ano inteiro. Os pregos sao ele- vados, mas as lojas estiio lotadas desde as primeiras horas da ma- nha até tarde da noite. Considerando-se tudo isso, nao haveria muito a objetar (algumas trapagas dos comerciantes, nés bem sabemos, podem até ser conside- radas normais!). Nao falta soldado para provocar as mogas ou alguém que aproveita a confusio para “consolar” a mulher do vizinho (Jo 8,1- 11). Hd também algum peregrino que exagera na bebida, mas em tem- po de festa tem-se tendéncia de tolerar tais fraquezas. Os acontecimentos mais graves se verificam no templo. Trés semanas antes da Pascoa a praga na frente do mesmo é transforma- danum mercado. Ha as bancas dos que trocam as moedas dos pere- grinos pelas usadas no lugar sagrado e retém para si uma boa por- centagem pelo servigo prestado; ha os vendedores de cordeiros (cer- ca de dezoito mil sfio abatidos para a ceia pascal); ha os que nego- ciam bois e€ outros animais; ha os curtidores que, em conluio com os sacerdotes, aguardam que lhes sejam entregues as peles dos ani- mais. Todo este comércio é controlado por uma familia muito po- derosa de Jerusalém: a dos sumos sacerdotes Anas e Caifas. Qualquer pessoa religiosa e honesta ter-se-ia sentido profun- damente indignada diante desse espetaculo deprimente: a casa de oragao foi transformada num covil de mercadore: A passagem do evangelho de hoje comega apresentando-nos Je- sus que chega ao templo justamente por ocasiaio da festa (vy. 13-14). Nenhum evangelista narra 0 que ele sentiu ao ver a casa do Pai profa- nada desse modo, mas é facil imagind-lo:por aquilo que fez. Nao pro- nuncia uma sé palavra, faz um chicote com as cordas nas quais esto amarrados os animais e furiosamente comega expulsar todos e jogar pelos ares as mesas, as cadeiras, 0 dinheiro, as gaiolas das pombas. Entre os quatro evangelistas, somente Joao observa que, além dos ven- dedores, foram expulsos também os bois e as ovelhas (v. 15). A reagdo de Jesus é surpreendente: ninguém poderia imaginar que ele pudesse chegar a gesto tao violento. Tinhamos a conviccao que ele se mantives- se Sempre calm, Manso, sorridente, tranqiiilo, mas nessa ocasiao ele Mostra um aNpeeto Muito diferente, Qual € 6 sentido deave procedimento tio pouco habitual por parte de Jeyua A explicagio nos é dada por duas frases que Jesus pronuncia para comentar 0 que esta fazendo. A primeira: “Tirai daqui tudo isso e nao fagais da casa de meu Pai uma casa de negociantes” (v. 16). Com essas palavras ele se refere A profecia de Zacarias, que tinha predito: no dia do Messias “nao haveré mais nenhum negoci- ante na casa do Senhor do universo” (Zc 14,21). Purificando 0 templo dos mercadores, Jesus declara que che- gou 0 reino do Messias e condena de maneira enérgica qualquer mescla, qualquer confusio entre religiao e interesses econémicos. Esse ensinamento sera sempre atual também para a nossa reli- gio crista. A histéria da Igreja esta permeada de pecados dessa espécie. A religidio foi usada muitas vezes para esconder ou justifi- car interesses, vantagens, beneficios que nada tinham a ver com 0 evangelho. Estes pecados nao podem e nao devem ser negados ou justificados. E preferivel pedir que Deus no-los perdoe e’ cuidar para nao repeti-los. E importante e urgente que a Igreja e as comu- nidades cristas sejam irrepreensiveis nesse ponto. Nada de truques, nada de jogadas fraudulentas, nada de favoritismos no uso dos bens da comunidade, pois, naio sendo assim, a mensagem que anuncia- mos perde imediatamente sua credibilidade! 2. O ensinamento mais importante, porém, é outro e é destaca- do pela segunda frase pronunciada por Jesus: “Destrui este templo e em trés dias eu o reerguerei” (v. 19). Nesse ponto ele nao se referia mais ao comércio e as transa- ces torpes que eram executadas no santudrio, mas fala da inaugu- ragao de um novo templo e do inicio de um novo culto. Logo em seguida, de fato, 0 evangelista observa: “Ele falava do templo do seu corpo” (v. 21). Os judeus tém a plena convicgao que Deus habita no templo de Jerusalém e é ali que eles vao para oferecer-lhe sacrificios. Jul- gam que Ihe agradem 0 perfume do incenso e 0 sangue das vitimas Jesus afirma que essa espécie de religido j4 terminou sua fungiio, Em breve Deus constituira para si um novo templo no qual serio oferecidos sacrificios que Ihe agradam. No didlogo com a samaritana Jesus retoma o mesmo argumen “Acredita-me, mulher, ehegou a hora na qual nem neste monte, nem em Jerusalém adorarely oO Pal... Ox verdadeiros adoradores lhe prestarao culto em espirito e verdade. Sao estes, em verdade os adoradores que ele quer” (Jo 4,21-24). Que templo novo é esse? Quando comegou a sua construgaio? Quais sao os sacrificios oferecidos? O novo templo nao sao as nossas igrejas de pedra ou as nossas capelas construfdas de alvenaria ou de taipa. Deus no necessita dessas casas para morar, como nunca teve necessitado da maravi- Ihosa construgao erguida para ele em Jerusalém. O novo templo é uma realidade completamente diferente: a sua construgao ja comegou — como ensina o evangelho de hoje — “depois de trés dias” (v. 20), isto é, no dia da Pascoa. Ressuscitando dos mortos 0 préprio Filho, o Pai colocou a pe- dra fundamental do novo santudrio. Em seguida, sobre essa pedra, ele colocou outras pedras vivas, que siio os discfpulos de Cristo. Todos juntos formam o corpo de Cristo, o novo templo onde Deus habita. Dird ainda Jesus: “Se alguém me ama, observaré a minha palavra; meu Pai o amara e nés viremos a ele e¢ nele estabelecere- mos a nossa morada” (Jo 14,23). Eis qual é a nova casa de Deus, o lugar onde ele habita: é Cris- to e com ele a comunidade dos crentes. Esse pensamento é desenvolvido muito bem na primeira carta de Pedro. Nela 0 apéstolo exorta os neobatizados a permanecerem unidos a Cristo “pedra viva, recusada pelos homens, mas escolhida e preciosa diante de Deus’. Continua em seguida: “Vés também vos tornais como pedras vivas para a construgiio deste edificio es- piritual, para oferecer vitimas espirituais agradaveis a Deus” (I Pd 2,4-5). Cristo e os membros da comunidade crista formam em con- junto o novo santudrio do qual se elevam a Deus em todas as horas os perfumes dos incensos e dos sacrificios que Ihe sdo agradaveis. Ja nao se trata das ofertas da carne e do sangue dos cordeiros, mas das obras de amor em favor dos homens. Devemos ter a plena convicgiéo de que os nossos cantos, as HOSSas PLoeissHes, AS NOSsas CerimGnias solenes n&o proporcionam nada para Deus, Os tinicos sacrificios que Ihe sao agradaveis sao as obras dé AMOH, O KeFVIgO generoso prestado ao ser humano, especi- Almente HO MAIN PAbre, Ho doente, Ho Marginalizado, ao faminto, ao Ceanide, THe yer que How Inelinamoy para o irméo a fim de servi ree cnn Jo, eleva-se para 0 céu 0 perfume da nossa oferta e nds nos transfor- mamos, unidos a Cristo, em templo de Deus. Os tiltimos versiculos do trecho deste dia (vv. 23-25) oferecem um detalhe que pode parecer estranho: Jesus, durante a festa, opera alguns milagres e muita gente acredita nele, mas ele ndo confia, porque conhece a todos. Por qué? O motivo é que essas pessoas se aproximaram dele nao porque atraidas pela sua mensagem, mas porque testemunha- ram prodigios. A fé que precisa ver, constatar obras extraordindri- as, € muito fragil. Em nossos dias também ha cristaos nos quais Jesus nao confiaria: sao os que baseiam a prépria fé em gragas ou milagres que esperam conseguir com suas oragGes. A verdadeira Fé em Cristo é diferente: consiste em aceitar transformar-se, junto com ele, em pedras vivas do novo templo e em dedicar a prépria vida em favor dos irmaos. Tema do Domingo A PURIFICAGAO DO TEMPLO E DA RELIGIAO O Evangetho fala da purificagdo do templo, ou melhor, da subs tituigdo do templo antigo pelo novo. Nés somos 0 novo templo, po- rém, freqtientemente precisamos ser purificados de tudo aquilo que ndo nos deixa oferecer sacrificios agraddveis a Deus. ‘A segunda leitura indica uma purificagdo que deve ser feita na Igreja: devemos parar de raciocinar como “judeus” ou como “gre- gos”, dos quais nos fala Paulo. A primeira leitura, apresentando-nos 0 decdlogo, sinaliza para nés quais so os sacrificios que sao agradaveis a Deus e nos convida a purificar a nossa religido dos falsos cultos que ndo dizem respeito ao amor em favor dos homens.

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