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PO tac a Para a drenagem pluvial do empreendimento adotou-se, como principio basico, a manutengaio das condigées hidrolégicas anteriores a urbanizagao da area. Estas levaram em conta os condicionantes fisicos da drea, principalmente a diversidade do relevo e as condigées hidrologicas de jusante, que apresentam freqUentes inundagées das 4reas urbanas, que levaram a fortes restri¢des ambientais, de forma gerall, e hidrolégica, em particular, para o desenvolvimento do projeto. Portanto, foram concebidas para o dimensionamento dos projetos, diversas tecnologias alternativas de drenagem pluvial. Seréo estabelecidas severas limitagdes concernentes @ ampliagao das vaz6es. O ganho hidrolégico viré também na forma de extenséio dos tempos de base dos hidrogramas, favorecendo os diferentes processos associados a0 ciclo hidrolégico. Assim, de maneira geral, 0 sistema de drenagem foi concebido com as seguintes caracteristicas, dentre outras: * Descida em degraus ~ ON 600: 98 m; + Sarjeta tipo “B": 17.000 m; + Extensao aproximada: DN 400 (CS) ~ 1.885 m; * DN 500 (CS) - 10.715 m; * DN 600 (CA) Tipo PA-2 — 1.300 m; © DN 800 (CA) Tipo PA-2- 960 m; * DN 4000 (CA) Tipo PA-2 - 650 m; © DN 1200 (CA) Tipo PA-2 ~ 580 m; * DN 1500 (CA) Tipo PA-2 - 180 m; Em anexo, apresenta-se na integra, a concepgo do projeto preliminar de drenagem pluvial do empreendimento. Pegina: 114/080 R. Sergipe, 1333 /6° andar - Tel: 3245-6141 Arquivo: 010-AMB-EV-R28-110217 (CEP: 30130-171 - Belo Horizonte - MG www myrprojetos.com br 114 myn ; Reale mere aioe Para o atendimento a demanda de coleta e destinagao dos residuos sdlidos gerados no empreendimento foi considerado o estudo da geracao per capita. ‘A geragao per capita relaciona a quantidade de residuos urbanos gerados diariamente por habitante de uma determinada area. Para a quantificagdo per capita dos residuos gerados na implantacdo do empreendimento foi utilizado os dados da pesquisa realizada pela Associagao Brasileira de Empresas de Limpeza Publica e Residuos Especiais - ABRELPE junto aos municipios brasileiros em 2005, 2006 e 2007 e, subsidiariamente, as pesquisas do SNIS realizadas de 2002 a 2005. Para Belo Horizonte, de acordo com a ABRELPE, é utlizado 0 valor de 1,1 kg/dia/ habitante. TABELAS- QUANTIFICAGAO DOS RESIDUOS SOLIDOS POR UNIDADES HABITACIONA'S. ro Ne de pessoas Cae a ats gucci) (média) Pe ere ye poneeraaeet YT a 2 quartos 11.139 36.758 3 quartos 6.338 4 25.352 1 27.887 TOTAL 64.645 kgidia A tabela TABELA 5 - apresenta os valores de geracao das edificagdes residenciais propostas no empreendimento, considerando 17.477 unidades habitacionais. Haver uma geracdo de residuos de aproximadamente, 64.645 kg/dia. Pasina: 118950 R. Sergive, 1933 /6* andar Tel: 9245-6141 (CEP: 0130-171 - Balo Honzonte - MG Arquivo: 010-AMIB-E1A-R28-110217 \wwrwumyrprojetos.com br 115 myr - # TABELA6- QUANTIFICAGAO DOS RESIDUOS SOLIDOS POR EQUIPAMENTOS COMUNITARIOS, Cee Ce MCT eee Dr LU Escola Infantil ~ UME! 1.150 95 575 Escola Fundamental 4500 | 05 2.250 Escola Ens, Médio 4.500 03 1350 Geniro de Saude 750 05: 375 | [Centro Profissionatizante 750 05 375 | TOTAL 4.925 Via A tabela 2 apresenta o total de geragao dos equipamentos comunitarios a partir do coeficiente de geracao multiplicado pela area total construida. Esse coeficiente é classificado na tabela “tipo de construgao - produgao de lixo didria’ da SLU. Espera- se a geracao de 4.925 I/dia de residuos nos equipamentos comunitarios. Portanto, a partir dos dados apresentados serio implantados sistemas para o correto gerenciamento dos residuos gerados nas unidades habitacionais e nos equipamentos comunitarios. Sdo eles: © Educagao Ambiental; * Coleta Seletiva; * Unidade de Triagem e Compostagem — UTC; 10.8 TECNICAS CONSTRUTIVAS As empresas responsaveis pelo projeto da Granja Wemeck, incorporam e desenvolvem solugées imobilidrias sintonizadas com as particularidades regionais, buscando satisfazer pessoas que aspiram a produtos e servigos inovadores e de qualidade. Por ser um empreendimento destinado @ populagéo de rendas média e baixa, pretende-se incorporar conceitos de cidadania @ qualidade construtiva. O Projeto Pagina: 116/950 R Sorgipe, 1333 /6* andar Tel: 3245-6141 ‘Arquivo: 010-AMB-EVA-R28-110217 (CEP: 90190-171 - Belo Honzonte - MG ‘www myrprejetas.com.br 116 sera desenvolvido com o aprimoramento de técnicas inovadoras e urbanismo desenvolvido, com aproveitamento inteligente de areas e valorizagao da natureza. Para o segmento ao qual se destina o empreendimento, podem ser utilizados elementos pré-fabricados em concreto no processo construtivos, que abrange desde pilares até paredes e escadas. Um conceito muito atrelado com a pré-fabricagdo é a racionalizacao, que nao significa projetar monotonia. E possivel usar a mesma matriz tecnolégica com diferencas de fachada. No projeto do Villa Flora, da incorporadora Rossi, no bairro do Sumaré, em S40 Paulo, usaram uma palavra que se aplica bem, o "chassi padréo", que é racionalizar e padronizar a estrutura depois conferir 0 tratamento que desejar. Em entrevista a revista Arquitetura e Urbanismo, 0 engenheiro Luis Guilherme de Matos Zigmantas, da Caixa Econémica Federal, aponta 0 seguinte: “Um conceito muito atrelado com a pré-fabricagao & a racionalizagéo, que nao significa projetar monotonia. E possivel usar a mesma matriz tecnologica com diferengas de fachada. No projeto do Villa Flora, da incorporadora Rossi, no bairro do Sumaré, em So Paulo, usaram uma palavra que se aplica bem, 0 "chassi padrao", que 6 racionalizar e padronizar a estrutura depois conferir o tratamento que desejar.” Outros materiais comumente utilizados nas edificagdes das construtoras Rossi € Direcional Engenharia so os seguintes: Peigina: 117/950 R. Sergipe, 1333/6" andar - Tek 3245-6141 ‘Arquivo: 010-AMB-EIA.RO8-110217 (CEP: 0130-171 - Belo Horizonte - MG ‘wow myrprojetos.com.br 17 Set ey Peers ae eee SSS ed Pee Tenet on pers Con irremeert yal eer ee ee eee Serena ee pe ry end eee re perro teres Com 0 objetivo de abrandar os impactos ambientais negativos que podem resultar da implantagao e da operacéo do empreendimento, outras medidas foram recomendadas a0 empreendedor, que buscard implanta-las, na medida do possivel, conforme o desenvolvimento do projeto. Sao elas: 1. ENERGIA > Frentes areadas e de cores claras para evitar 0 actimulo de calor; Uso de sensores de presenga (iluminacao automatica) em areas comuns; lluminagdo e ventilagao natural; > > Lampadas de alta eficiéncia para iluminagao em areas comuns; > > Utilizagao de jardim sobre lage nas areas comerciais e de servicos; Paoina: 118950 IR. Sorgipe, 1333 / 6" andar - Tel 3245-6141 (CEP: 30130-171 - Belo Honzonte - MG Arquivo: 010-AMB-EIA-R28-110217 = ue 118 Myr 2, AGUA > Sistema para a captacao, retengdo, armazenamento € utilizagdo de aguas pluviais, coletadas por telhados, coberturas, terragos e pavimentos descobertos nas areas comerciais e de servigos; > Utilizagéo de pisos permeaveis visando a infiltragso de agua de volta ao lengol freatico; Projet de drenagem pluvial de acordo com a topografia do terreno; v » Tormeiras com limitador de vazao, com redugao de até 80% do consumo; 3. RESIDUOS > Reutilizacdo, quando possivel, do material construtivo; > Coleta seletiva de entulhos da construgao civil com direcionamento para usinas de reciclagem; > Sistema de Coleta Seletiva de residuos sdlidos na fase de implantagao e na fase de operacao. 4, MEIO AMBIENTE » Uso de madeiras e diversos materiais devidamente certificados; > Protegdo contra incéndio 5. ACUSTICA > Isolamento acistico, 6. PAISAGISMO PRODUTIVO > Plantio de espécies nativas; > Preservacao de espécies de relevancia ambiental. 8. ESPECIFICAGAO DE PRODUTOS > Adequar o planejamento de todas as etapas do empreendimento; > Verificar a empresa fornecedora de todos os materiais (CNPJ); Pagina: 1199050 R. Sergipe, 1333/6" andar - Tel 3245-6141 ‘Arquivo: O10-AMB-EAR26-110217 (CEP: 30130-1771 - Belo Honzonte - MG ‘wunw.myrprojetos.com.br 119 > Consultar o perfil de responsabilidade s6cio-ambiental da empresa prestadora de servigo; > Verificar a licenga ambiental da unidade fabril; - Materiais adquiridos de fontes locais; > Respeitar as normas técnicas que visam garantir a durabilidade dos produtos especificados e avaliar a sua durabilidade. Pégina; 120950 R. Sergipe, 1333 /6% andar - Tel 3245-6141 ‘Arquivo: 010-AMB-EIA-R28-110217 (CEP: 30130-171 - Beto Horizonte - MG ‘woe myrprojetos.com br 120 11 - DESCRICAO GERAL DO EMPREENDIMENTO © estudo de viabilidade de um empreendimento nao deve ser realizado considerando apenas os aspectos do meio fisico € bidtico. As relagses do homem com o meio também devem ser levadas em conta, como um fator téo relevante quanto os demais objetos de estudo. O simples fato de uma area estar inserida dentro de um ambiente urbano nao indica uma degradago iminente de seus componentes naturais. Fatores como processos erosivos, deslizamentos de terra, assoreamento € mortandade de animais podem acontecer tanto por causas naturais como por intervengéo do homem. Entretanto. tais processos sd usualmente relacionados @ presséo humana e mau uso dos recursos naturais De fato, hd 0 crescimento populacional e a procura por locais de moradia no municipio em que reside e trabalha. Nao obstante, ha presséo por ocupagao de locais que atendam as necessidades de moradia dessa populagao, que vem valorizando, além de uma localizagao privilegiada, a qualidade de vida e a proximidade do ambiente natural preservado. Sob essa 6ptica, é crucial buscar uma forma racional de atender as necessidades da populacéo e a conservagao ambiental Portanto, ao se tratar da ocupagao de uma area que possui importantes atributos naturais @ preciso primar o preventivo sobre 0 corretivo (Principio da Precaugao). Além do elevado Onus da recuperacdo de uma area degradada, certos recursos naturais podem sofrer uma degradag&o tao intensa que sua recuperacdo pode tornar-se inviavel Assim foi concebido 0 projeto urbanistico da Granja Werneck, que vai de encontro a0 conceito do novo urbanismo, em divulgacdo desde a década de 80. Sendo uma vertente do planejamento urbano, o novo urbanismo vem modificando as cidades tanto nas novas ocupagées quanto nos processos de requalificacéo urbana. A Pin: 12880 A Sergipe, 1399/6 andar- Tot 3248-8141 Avo: 10AME-IAROE11017 EP: 90180-71 -Bolo Horizont MG formagao das comunidades baseia-se nos conceitos de walkability (caminhabilidade) e smart growth (crescimento inteligente), valorizando as relagSes entre as pessoas durante seus trajetos, principalmente aqueles “a pé"; desta forma, favorece a interago dos usuarios daquele local com as questées ambientais das areas comuns oferecidas. © empreendimento favorece e estimula os desiocamentos curtos feitos por caminhadas e bicicletas, ocupando o solo com usos mistos: o morador tem a oferta de comércio e servigos basicos a uma distancia maxima de 5 a 10 minutos de caminhada. Ao desfrutar desta estrutura, 0 usuario percorre os espagos publicos Pproporcionando vida e movimento aos mesmos. projeto resgata a forma tradicional dos bairros onde o morador se relaciona com seus vizinhos e permanece mais tempo dentro da sua comunidade, pois encontra naquelas proximidades tudo 0 que precisa para suas necessidades basicas. 11.1 SETORIZAGAO PROPOSTA Os bolsdes de ocupagao distribuidos ao longo do projeto sera ocupados por um mix de usos que visa trazer diversidade e animagao ao projeto. Proximo a cada area voltada ao uso habitacional estaréo localizadas atividades complementares de comércio, servigos e institucionais. Essas atividades teraéo um peso maior na area central do projeto, a “Aldeia’, que funcionara como pélo de atragdo para a area do projeto e também para a ocupacéo de seu entorno, sendo composta preferencialmente por uso misto (comercial, de servigos e habitacional) equipamentos institucionais de maior porte. Junto & via 540 e via coletora que distribui os fluxos principais, também estarao dispostos empreendimentos decorrentes, que serdo implantados de acordo com o desenvolvimento do projeto e a demanda do mercado. Esses empreendimentos iréo suprir a demanda adicional por comércio, servigos e equipamentos institucionais, Pagina: 122/050 Sergipe, 1333 / 6° andar - Tet 3245-6141 ‘Arquivo: 010-AMB-EIA-RO8-110217 SERAEAICERY OER ONS www myrprojetes.com br 122 ay dos de Impacto Ambiental - Granja Werneck que carecem de melhor acessibilidade, ficando resguardado © uso exclusivamente habitacional para as vias com menor fluxo de veiculos. A implantacao do empreendimento se dara em 9 fases, cohforme FIGURA 12 - FIGURA 12 - FASES DE IMPLANTAGAO DO PROJETO Pina: 1257050 R Sorgipe, 1333/6° andar - Tel: 3245-6141 ‘Arquivo: O10-AMB-E1A-R26-110217 ‘CEP: 30130-171 ~ Belo Horizonte - MG www myrprojetes.com br > A“Aldeia” Dentro do conceito de criar centralidades, 0 aspecto mais marcante do projeto ¢ a implantagao da “Aldeia” (Figura x), area com ocupagao mais densa e com desenho urbano mais tradicional (ruas, quadras, pragas), no trecho mais propicio do terreno e proximo as duas principais diretrizes vidrias do projeto, que 0 conectaréo com o restante da cidade — a via 540 e a ligago com a Via Norte Sul FIGURA 13 - INSERGAO DA ALDEIA SOBRE O TERRENO No entorno da "Aldeia” esto situados equipamentos importantes, como o SENAC e a Pedreira; equipamentos institucionais como escolas, posto de satide, creches. Também havera uma maior densidade de usos de comércio e servicos. Algumas referéni 1S importantes para os moradores como a igreja ¢ o mercado podem ser instalados nesse espago, que contaré também com uma via para pedestres. Para que a “Aldeia” possua “vida" durante o dia e também & noite, seu uso sera misto, do exclusivamente comercial (FIGURA 14 - ). Pagina 1240050 I. Sorgipe, 1333 /6° andor Tol 3245-6141 ‘CEP: 3010-171 - Belo Hanzonte - MG vo: O1O-AMB-E1A-R26-110217 i wee wonw myrprojetos.com.br 124 FIGURA 14 - CONCEPGAO DA ALDEIA ~ DISPOSICAO DOS EQUIPAMENTOS Também poderd, de acordo com a demanda, ser implantado um terminal de transportes local, com linhas de énibus para atender os bolsées de ocupacao do projeto e liga-los aos pontos de interesse do entomo, como a Estagao Vilarinho e a CAMG. > Uma Comunidade Diversificada © modelo de ocupacéo proposto busca evitar uma ocupagao com usos e padrées habitacionais homogéneos (FIGURA 15 - ). A intengao é implantar moradias com diferentes tipologias, voltadas principalmente para familias com diferentes perfis e, em segundo plano, considerando-se as faixas de renda. As familias que ocuparem 08 iméveis teréo dentro do proprio projeto alternativas de comércio, servigos, equipamentos comunitarios e de lazer, que atenderao também aos moradores do entorno. Pagina: 126980 Sergipe, 1333 /6° andar- Tel: 32456141 ‘Arquivo: 010-AMB-EIA-R28-110217 BESS SOTERIZ = BG een =A, wanwmyrprojetos.com br 125 ¥ FIGURA 15 - OCUPAGAO E TIPOLOGIAS DE EDIFicIOS. ‘Como mencionado anteriormente, o empreendimento sera construido em 9 fases. O numero de pavimentos é diversificado, mas os apartamentos teréo 2 ¢ 3 quartos sendo 1 vaga de garagem para os iméveis de 2 quartos e 1,5 vagas para os iméveis de 3 quartos (TABELA 7 - ). Paina: 126/960 IR. Sergipe, 1333 /6" andar Tol: 3245-6141 ec iar OR (CEP: 30130-171 - Belo Horizonte - MG ‘Arquivo: 010-AMB-EIA-R26-110217 = whe 126 dos de impacto Ambiental - Granja Warnieck TABELA7- UNIDADES FAMILIARES POR FASE 2e & Pe een) ef ce | 19674,66 1588.20 1.349,73 |1.675,00 1,588.00 | 1350.00 cS a H fae | 1340.00 127040 810,00 226440 41880, 1:540,80 "335,00 317,60 540,00 1.509,60 279,20 1.027,20 Sn eM 1452880 | $37,60| 3081,60 3.81600 3.17280] 371406 69788 256792, 317998 3.774,00 | 698,00 2.568,00 | 3.180,00 Fas Vase! Fated || Fated! | 1.84250 1.74680 | 1.670,00 Para © uso habitacional sugere-se, além da adogao de diferentes tipologias de construgo, a implantagao de edificios com diferentes alturas (por exemplo, 4, 8 ¢ 12 pavimentos), distribuidos de forma a preservar as visuais de topo de morro (FIGURA 16-). FIGURA 16 - CONCEPGAO DO PROJETO: ALTIMETRIA DAS EDIFICACOES: ‘A ocupacao proposta também prevé a criagdo de centralidades em diferentes escalas € niveis hierérquicos, dependendo de sua localizagao e dos usos & equipamentos que iréo abrigar. A “Aldeia", principal centralidade do projeto, tera abrangéncia maior, tanto pela sua localizacao proxima as vias que fazem ligagbes regionais, como pelos seus usos, que compreendem comércio, servigos € equipamentos comunitarios de maior porte e com maior publico, mesclados ao uso habitacional. Pgina: 127/850 I. Sergipe, 1333/6° andar - Tel: 9245-0141 ‘Arquiv: O10-AMB-E1AR28-110217 (CEP: 9010-101 Beto Horizonte 49 wwe myrprojetos.com br 12 Os dois polos secundarios projetados oferecem atividades comerciais, de servigo € institucionais de apoio ao uso habitacional proposto, e se localizam em areas proximas & confluéncias de acessos para os bolsdes de ocupacao. Ja os pélos de vizinhanga atendem a um bolsdo de ocupagao especifico e possuem uma menor gama de equipamentos comunitarios e comerciais. Além das centralidades descritas acima, 0 projeto prevé a destinago de dreas institucionais para atender as ocupagdes do entorno, localizadas na borda do empreendimento. > Verticalizacao e Paisagem Uma preocupagao grande no plano de ocupagao é a de nao interferir negativamente na paisagem natural. Para tal, a proposta € que a distribuicao dos edificios seja feita ao longo dos platés de ocupacao de forma que nas cotas mais altas estejam os edificios mais baixos e vice-versa, evitando interferir na visual dos topos de morro preservados dentro da gleba e nos morros que cercam a area A implantacao dos edificios mais altos nas areas mais baixas do terreno tem a vantagem de descortinar a paisagem dos parques e fundos de vale para essas unidades habitacionais, além de aumentar a densidade de ocupagao no entorno desses espagos pilblicos, aumentando sua apropriagdo pelos moradores. No entanto, deve ser dada especial atengao aos recuos e gabaritos dessas edificagdes para resultar em uma volumetria agradavel aos pedestres e em uma paisagem harménica junto aos parques. > Parques e Equipamentos de Referén As reas com maior relevancia ambiental, além de preservadas, serao transformadas em um grande Parque Publico Municipal, legado que atenderé toda a populagao. As areas que comporao o futuro parque foram delimitadas de modo a formar um corredor ambiental continuo € integrado com as Areas a preservar do entorno. As areas de preservacéo ambiental com menor dimensao e/ou mais Pagina: 128050 R. Sorgipe, 1333/0" andar - Tel: 3245-0141 Arquivo: 010-AMB-EIA-R28-110217 RARER EO ER ONT Ne? www myrprojetos.com br 128 isoladas foram mantidas como areas verdes internas aos bolsées de ocupacao, & quando possivel estarao ligadas ao Parque, integrando todas as areas de preservagao do projeto. Merece destaque nesse contexto o “Espago Cultural da Pedreira’, espago para eventos que usaré como concha acistica o paredao de uma antiga area de mineragao existente no terreno, que seré recuperada e integrada ao parque linear junto a “Aldeia’. Esse equipamento e o Liceu/Senai para capacitagdo da populagao atendero um publico regional e, junto com 0 Parque Publico Municipal, ajudarao a firmar 0 empreendimento como um marco urbano na regido norte de Belo Horizonte. tema Viario e Mobilidade As vias propostas no estudo de ocupagao foram classificadas como coletoras & locais, conforme o seu nivel de mobilidade e acessibilidade, sendo coletora a via que organiza e distribui os fluxos internos ao projeto e local a via que da acesso a um bolséo de ocupacao especifico. Esse sistema vidrio projetado se integra as vias arteriais e de ligagdo regional que cruzam ou esto préximas @ area: as projetadas Via 540 e Via Norte-Sul e a existente rodovia MG-020, todas vias que comportam (ou deverao comportar) maior volume de trafego e conexées de maior importancia. Cabe ressaltar que a ligacdo prevista com a Via Norte-Sul, que segundo dados do VIURBS estara a oeste do empreendimento, visa aumentar a integragao da érea - e especificamente a da “Aldeia" - com o entorno, aumentando sua acessibilidade, melhorando sua ligagéo com os municipios de Belo Horizonte e Santa Luzia e trazendo 0 potencial comercial ¢ de desenvolvimento do entorno para © projeto. Essa permeabilidade no acesso a 4rea é muito importante, ja que pelas vias locais existentes no entorno nao foi possivel fazer conexdes, dadas as dificuldades da topografia do terreno e a existéncia de areas de preservacao envolvendo parte dos limites e confrontagées da area Com relago ao transporte coletivo, de acordo com a demanda, um terminal podera ser implantado na “Aldeia” - local de onde partiréo os énibus que irdo circular nas. Pagina: 1251050 R. Sergipe, 1333 /6* andar - Te. 3245-6141 Arguivo: 010-AMB-EUAR28-11021T CEP SATEMOSTES FERMI aI Me www myrprejatos cam br 129 myr areas comerciais, institucionais e residenciais internas ao projeto e os Onibus que far ligagdio com pontos importantes do entomno, como a Estagao Vilarinho @ 0 CAMG. A integragao entre essas duas hierarquias de linhas de transporte sera feita ‘no terminal proposto, Ainda com relagdo a0 aspecto mobilidade, a proposta prevé a implantagdo de Ciclovias junto a0 sistema viério projetado, estimulando e dando seguranga & ultlizago desse meio de transporte sustentavel nos deslocamentos internos (e quia nos extemos), com previsdo de bicicletérios nos pontos de maior interesse, como parques, polos de servigos, terminal de transporte e “Aldeia’. Além desse percurso ‘mais funcional, uma ciclovia voltada ao lazer deverd ser implantada no parque linear junto & “Aldeia’ > Densidade e Equipamentos Comunitarios Para 0 dimensionamento das areas institucionais do projeto foi felta uma estimativa de demanda baseada no numero de moradores dentro do cenério de ocupagao méxima ~ 17.500 unidades habitacionais distribuidas em aproximadamente 881.000 m2 de area liquida de lotes habitacionais, resultando em uma frag média de terreno de 50,3 m* por unidade. Dentre os equipamentos propostos esto escolas para ensino infantil, fundamental e médio, além do Liceu para ensino profissionalizante, posts de sade, além dos equipamentos de lazer localizados nos parques. Cabe ressaltar que essas unidades sero entregues edificadas e prontas para o funcionamento. Considerando informagdes como numero médio de pessoas por domicilio, pirémide etéria da _populagdo, taxa de escolarizagao, entre outras, cruzadas com a capacidade de atendimento e o raio de abrangéncia dos equipamentos padrao da prefeitura de Belo Horizonte foi possivel estimar o numero necessario de escolas de ensino infantil (creches), fundamental e médio para atender a futura populagao do projeto, bem como a area necesséria para sua implantagao. A distribuigéio dos equipamentos no projeto considerou a hierarquia das centralidades propostas, com Paina 130850 FR Serpe, 1333/6° andar Tol 3245-6141 ‘Argue! O1O-ANG-EIARQE-110217 CEP 301904174 -“Bel Honznte “MS 130 08 equipamentos de maior porte ou importancia locados na Aldeia ou nos Polos Secundarios, ficando nos Polos de Vizinhanga as unidades de ensino infantil, que tem capacidade de atendimento e raio de abrangéncia menor. No caso dos postos de satide, a estimativa de atendimento foi feita considerando a metodologia utilizada pela PBH, sendo que, na area do empreendimento, haverd a distribuig&o de um posto de salide para cada 4.400 habitantes, lembrando que a demanda por atendimento esta mais concentrada nas familias com menor renda, especialmente na faixa entre 1 € 5 saldrios minimos. A proposta também considerou que, conforme a demanda, um dos postos poderé ser transformado em UPA — Unidade de Pronto Atendimento, preferencialmente o de localizagao mais central na “Aldeia’. Pagina: 131950 R Sergipe, 1333 /6° ander Tet 3245-6141 ‘Arquivo: O10-AMB-EIA-R26-110217 SEP SOISD 171 - Rates oceania Ma ww myrprojetos.com br 131 Estudos de lmpacto Aribi 224 Sranja Weriieck FIGURA 17 - DISTRIBUIGAO ESPACIAL DOS EQUIPAMENTOS COMUNITARIOS SOBRE PLANO PRELIMINAR DE OCUPAGAO. Dados sobre Equipamentos Comunitarios: > Ensino Infantil - UME! (Municipal) ~ 4 unidades. © Criangas / UME! = 440 (40 em horario integral e 200 em 2 turnos) * 11 salas de aula e recreio coberto + Area construida = 1.150m* Pésgina: 192/950 R. Sergipe, 1333/6" andar Tel 9245-6141 No: ‘CEP: 30130-177 - Balo Horizante - MG Arguvo: 010-AMB-E1A-R28-110217 Bet Hered 132 Myr «Area terreno = 3.000m? * Custo da Unidade = R$2.425.000,00 * Considerando que 26% da demanda atendida pela rede publica © Criangas de 0 a 5 anos > Ensino Fundamental - Escola Integrada (Municipal) - 5 unidades © Criangas / Escola = 960; * 16 salas de aula, auditorio, patio coberto, gindsio de 800m? e estacionamento ( 20 vagas); Area construida = 4.500m?; «Area terreno = 8.000m*; * Custo da Unidade = R$5.994.000,00; * Considerando que 50% da demanda atendida pela rede publica; © Criancas de 6 a 14 anos. > Ensino Médio (Estadual) - 2 unidades Criangas / Escola = 1.560 (3 turnos) 16 salas de aula de 40 alunos Area construida = 4.500m? Area terreno = 8,000m* Custo da Unidade = R$5.994.000,00 Considerando que 80% da demanda atendida pela rede publica Criangas de 5 a 17 anos > Centro de Satide - 4 unidades Pagina: 130/060 Aruivo: 010-AMB-EIAR28-110217 12 consultérios Area construida = 750m? Area terreno = 1.500m? Custo da Unidade = R$3.000.000,00 1 centro a cada 5.000 unidades FR Sergipe, 1333 /6° andar - Tel. 3245-6147 ‘CEP: 3030-171 - Bolo Honzonte - MG www myrprojetos.com.br 133 > Centro Profissionalizante - 1 unidade + Area construida = 750m? «Area terreno = 2.500m* + Custo da Unidade = R$5.000.000,00 * Considerando que 80% da demanda atendida pela rede publica Conforme demonstrado, as areas institucionais foram estimadas buscando 0 atendimento ideal da populacao por servigos publicos, mas, conforme o perfil das familias que irdo residir no empreendimento, essa demanda podera ser verificada e podem ser efetuados ajustes na distribuigao dos equipamentos ou, se for 0 caso, pode ser feito o comodato de das algumas areas institucionals para implantagao de equipamentos privados, como escolas, universidades e centros médicos. ‘Além das areas institucionais previstas para atendimento da demanda a ser gerada pelo proprio empreendimento, outras duas areas foram destinadas ao uso institucional. Essas reas se localizam nas bordas da gleba, junto as areas ja ocupadas do entorno, e a intengéio é que elas atendam as comunidades vizinhas ‘com os equipamentos piblicos que a prefeitura julgar necessarios. Pagina: 1947050 R. Sorgipe. 1339/6" andar- Tol 3245-6141 ‘CEP. 30130-171 - Belo Horizonte - MG ‘rguvo% 010-AMB-EIA R28-110217 a wnt mmytprojetos.com.br 134 Myr 12 - DIAGNOSTICO AMBIENTAL / URBANO So caracterizados neste capitulo os fatores ambientais e suas interagdes de forma a permitir @ identificagao da situagéo ambiental das areas de influéncia do empreendimento 0 qual se pretende implantar, através do levantamento de dados primarios e secundarios. O diagnéstico ambiental tem como objetivo subsidiar a andlise de impacto ambiental © a proposigao de medidas mitigadoras ou compensatérias a serem realizadas nas fases de implantago e operagao do emprendimento. A anélise ora apresentada foi organizada a partir do estudo dos principais temas considerados relevantes em cada um dos meios, a saber: meio fisico, bidtico antropico, ¢ por Ultimo, ndo menos importante, a situagdo da infra-estrutura urbana local e regional 12.1 DIAGNOSTICO DO MEIO FiSICO 12.1.1 AREAS DE INFLUENCIA A Area de Influéncia de um empreendimento pode ser determinada pelo alcance espacial e temporal dos impactos diretos e indiretos que a atividade poderé causar a0s meios fisico, biolégico e socioecondmico. Neste capitulo 0 enfoque ser o meio fisico, compreendido pelos materiais terrestres abidticos que sofrem constantes modificagSes oriundas das atividades humanas e de outros seres vivos. Essas interagdes, principalmente as promovidas pelo homem, podem alterar a qualidade ambiental de uma determinada area, tendo consequéncias diretas e indiretas sobre a dinamica superficial e subsuperficial. Sob este aspecto e atentando para o Termo de Referéncia emitido para este trabalho, os principais critérios para definico das Areas de Influéncia do Meio Fisico foram os seguintes: Pégina: 135/960 R. Sergive, 1333 /6* andar Tol: 3245-6147 Arquivo: 10-AMB-E1A-R26-110217 (CEP: 30130-171 - Bolo Horizonte - MG www myrprojetos.com.br 135 Mmyr 7 (i) Clima e condigées metereolégicas, com destaque para a diregdo e intensidade dos ventos; (ii) Condigdes geolégicas, geotécnicas e hidrogeolégicas; (it) Geomorfologia, com destaque para as areas de alta declividade e susceptiveis a riscos geolégicos, tais como processos erosivos inundacdes; (iv) Recursos hicricos superficiais e bacias hidrograficas, 12.1.2 DESCRIGAO DAS AREAS DE INFLUENCIA DO MEIO FISICO De acordo com o artigo 5° da Resolugao CONAMA N° 001, de 23 de janeiro de 1986, 0 estudo de impacto ambiental, além de atender @ legisiagéo, devera obedecer a algumas diretrizes gerais, entre elas, a definigao dos limites da area geografica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada area de influéncia do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrografica na qual se localiza Assim, neste topico, sero apresentadas as areas de influéncia do meio fisico para o empreendimento em questo, suas caracteristicas @ especificidades, Devido ao porte e amplitude deste empreendimento, bem como as caracteristicas do local em que esta inserido e de seu entorno urbanizado, foram destacados para efeito de delimitagao das dreas de influéncia os aspectos mais relevantes, visando uma anélise objetiva e clara do que sera realmente impactado. Neste sentido, foram delimitadas trés areas de influéncia, quais sejam: Area Diretamente Afetada (ADA); Area de Influéncia Direta (AID) e Area de Influéncia Indireta (All) (FIGURA 18 - ). Para que tais dreas fossem determinadas foram pesquisados aspectos relevantes do meio fisico que sofreréo impactos em decorréncia das fases de planejamento, implantago e operagao do empreendimento Paina: 198960 R. Sergipe, 1233,/ 6 andar - Tet 3245-6141 fogdees STRATES naatr CEP 30130-171 - Beto Honzonte - MG mm wwm.myrprojetos.com.br 136 aN Zeb yo sy woo’ sojofosdatuu mun OW - 21U02UOH 0/08 - LI-0EL0E dD 1PL9-GPE OL ~ sepue 69 / EEL “ediBrOS y LIZOW-8zeVI-AWW-O10 “ono 620s 09a OOIS/4 OISW OG VIONSMANI 3d SvaeY - 8b VENOIS REGIONAIS ADMINISTRATIVAS DE BELO HORIZONTE E DELIMITACAO DAS AREAS DE INFLUENCIA ible dos Neves 1:170.000 2.000 4000 8.000 12.000 010-GRANJA WERNECK [DADOS TECNICOS: EXECUTADO PROJECAO UNIVERSAL Sees Nena cone" TYE SECON i i MAPA DE AREAS DE INFLUENCIA DO MEIO FISICO 42.1.3 AREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA) A Area Diretamente Afetada- ADA considerada para 0 meio fisico foi delimitada utilizando-se exatamente a area sobre a qual sera implantado o projeto e que sofreré ‘0s impactos decorrentes de seu planejamento, implantagao e operagao. A ADA possui, de forma geral, as seguintes caracteristicas geograficas: «Area total da gleba: 362 ha; + Areas ocupaveis 135 ha (38%) e Areas nao ocupaveis: 17 ha (62%); * Seu limite Norte corresponde ao limite dos municipios de Belo Horizonte e Santa Luzia: * A érea é drenada por dois cursos de agua principais: 0 corrego dos Macacos em sentido Norte-Sul e pelo ribeirdo do Isidoro no sentido Leste-Oeste; * A drea apresenta relevo de colinas alongadas, de topos suavemente ondulados e declividades suaves nas vertentes convexas planares, localizadas em locais de maiores altitudes e também nos fundos de vale; * Dentro de um contexto geolégico, a area estudada encontra-se no Complexo Belo Horizonte, que agrupa rochas gndissicas arqueanas, parcialmente remobilizadas, migmatizadas e milonitizadas. A rea do empreendimento apresenta caracteristicas de area rural ¢ encontra-se j4 alterada pelas atividades antropicas. As pastagens com remanescentes arbéreos dominam a paisagem, alternando-se com manchas de floresta. 12.1.4 AREA DE INFLUENCIA DIRETA (AID) A Area de Influéncia direta -AID- foi demarcada utilizando-se o limite das bacias & sub-bacias hidrograficas, uma vez que estas abrangem organismos que funcionam de forma integrada numa determinada area e que possuem como base comum, 0 Pagina: 138050 R Sergipe, 1333 /6° andar - Tal, 3245-6141 ‘Arquivo: 10:AMB-EIA-R28-110217 ‘CEP: 30130-171 - Belo Honzonte - MG www myrprojetos.com br Myr substrato rochoso, solos e cursos de agua. Desta forma, este geossistema pode ser diretamente afetado pelo empreendimento em questo, além de provocar alteragdes na qualidade ambiental desta érea. Neste sentido definiu-se que a AID, que possui 16 km, contemplaria parte das bacias hidrograficas do ribeirdio do Isidoro e ribeirao do Onga e 13 das sub-bacias hidrograficas que as compe: cérrego Estrada da Pedreira, cérrego Estrada do Sanatério, corrego dos Macacos, cérrego do Sumidouro, cérrego do Angu, cérrego da Rua Areia Branca (Sta.Luzia), cérrego do Monjolo, corrego Tamandua, corrego do Aglomerado Beira Linha, cbrrego da Av. Candido de Oliveira, cérrego da Terra Vermelha. Cabe ressaltar que a divisdo dessas bacias partiram do Plano Diretor de Drenagem Urbana de Belo Horizonte, através do programa DRENURBS. Segundo a PBH, o Programa DRENURBS / NASCENTES foi langado pelo Municipio de Belo Horizonte por meio da Secretaria Municipal de Politica Urbana. Tem como objetivos promover a despoluigéo dos cursos d'agua, a redugdo dos riscos de inundagao, 0 controle da produgéo de sedimentos € a integragdo dos recursos hidricos naturais ao cendrio urbano, Para definigao do perimetro da AID, foram considerados, ainda, dados climatolégicos referentes a intensidade e diregao dos ventos -predominantemente Leste — que pode dispersar materiais em suspensao no ar, gerados, principalmente, na fase de implantagéo do empreendimento. A diregdo do fluxo do lengol subterraneo, 0 qual acompanha a dirego dos cérregos, também foi considerada, apesar de a probabilidade de contaminagao de suas aguas serem minima, uma vez que 0 empreendimento nao prevé componentes que possam causar alteragéo em sua qualidade. 12.1.5 AREA DE INFLUENCIA INDIRETA (All) A Area de Influéncia Indireta (All) pode ser considerada como aquela susceptivel a sofrer impactos resultantes das fases de implantagao e operagéo do Pagina 139980 R. Sergipe, 1333/ 6° andar Tet 3245-6141 (CEP: 30130-171 - Belo Horizonte - MG ‘Arquivo: O10-AMB-EIA-R26-110217 " li ‘www myrprojetes.com.br 139 Myr empreendimento, porém, considerados menos significativos se comparados com as demais areas de influéncia ja delimitadas. Para esta area de influéncia, a bacia hidrografica foi considerada como unidade de analise para este estudo, Acredita-se que o empreendimento iré alavancar o desenvolvimento regional e que agdes advindas tanto do poder publico quanto do setor privado, fruto deste desenvolvimento, possam aumentar a qualidade ambiental dessas bacias. A rea da All, que possui 77,8 km*, foi delimitada levando em conta a bacia hidrografica do ribeirao do Isidoro em sua totalidade e parte da bacia do cérrego do Onga (13,87 km#), a jusante do empreendimento. Na porgao do territério pertencente ao municipio de Santa Luzia, na vertente oposta a bacia do ribeirao do Isidoro, foram consideradas as sub-bacias dos cérregos Sdo Benedito, corrego da Lage e Santa Inés que totalizam 8,7 km’, Tais sub-bacias encontram-se juntas a divisa municipal de Belo Horizonte e Santa Luzia, na contravertente da bacia do ribeiréo do Isidoro, e formam 0 cérrego Baronesa, que desagua no Rio das Velhas. freer er aac Con oa emer elt} aise) © clima & 0 ambiente atmosférico constituido pelo conjunto de caracteristicas meteorolégicas que prevalecem numa determinada regiéo, como temperatura, presso, ventos, umidade e chuvas. Para a determinagao do clima de uma certa regido, os dados utilizados em um estudo devem determinar 0 estado médio da atmosfera e sua evolugao por um periodo de 20 anos. Diferente da definigéo de “tempo”, referente as caracteristicas dos estados instantneos da atmosfera, ou num curto periodo de tempo. (MMA 2008). *O conhecimento das influéncias dos fatores estaticos ou geogréficos que atuam sobre 0 clima de determinada regio, por mais completos que sejam, néo ¢ 0 suficiente para a compreensao de seu clima.” (Nimer 1989). Pagina: 1401950 . Sergipe, 1333 /6* andar - Tel: 3245.6144 (CEP: 30130-1771 - Belo Honzonte- MG ‘Arquivo: 010-AMB-EIA-R28-110217 ww. myrprojetos.com.br 140 +6 my De acordo com Nimer (1989), o Sudeste do Brasil possui uma notavel diversificagao de clima, Isto se deve a sua topografia muito acidentada, com vaste litoral soprado quase que constantemente pelos alisios de E e NE. Além disso, trata-se de um territério de importantes variagbes de latitude e longitude, localizado sob a trajetoria preferida pelas frentes polares (correntes perturbadas S), onde frequentemente o sistema de circulacéo do anticiclone polar das altas latitudes e 0 sistema de circulagéo do anticicione do Atlantico Sul das latitudes baixas se opdem em equilibrio dinamico. ‘A regiao supracitada constitui uma inegavel unidade climatologica, advinda do fato desta regio estar sob a zona onde mais frequentemente o choque entre o sistema de altas tropicais e 0 de allas polares se dé em equilibrio dindmico. Desta circunstancia decorre o carter de transig&o na climatologia do Sudeste, 0 qual é expresso, principalmente, no seu regime térmico. De fato, o que mais 0 caracteriza 6 o olima subquente, 12.2.1 CLIMA E CONDIGOES METEOROLOGICAS EM BELO HORIZONTE Belo Horizonte esta localizada a uma altitude média de 900m acima do nivel do mar e latitude 19,9°S e longitude 43,9°W, 0 que confere a cidade, de acordo com a classificagao climatica de Wladimir Peter Koppen, um clima do tipo Aw-tropical ~ 0 qual possui as seguintes caracteristicas: * Clima megatérmico; * Temperatura média do més mais frio do ano > 18°C; * Estacao invernosa ausente; + Forte precipitagao anual (superior 4 evapotranspirag&o potencial anual); © Chuvas de Verdo. Pagina: 141/950 R. Sergipe, 1333 /6° andar - Tel: 3245-6141 Arquivo: 010-AMB-E1AR28-110217 REPERRIAEIET Ses Heetaorae= MR nwimyrprojetos.com.br 141 myr A FIGURA 19 - demonstra a localizagéo de Belo Horizonte em relagdo & classificagao climatica mundial criada por Koppen. FIGURA 19 - MAPA DE CLASSIFICAGAO CLIMATICA DE KOPPEN-GEIGER - ADAPTADO DO MAPA ORIGINAL PRODUZIDO PELA UNIVERSIDADE DE MELBOURNE~ FONTE: WIKIPEDIA, 2009. Em larga escala, Belo Horizonte, como toda regio tropical brasileira, encontra-se durante todo © ano sob o dominio do sistema estacionario denominado de Anticiclone Subtropical do Atlantico Sul (ASAS), centro barico de alta pressao. Este sistema apresenta um elevado grau de umidade absoluta e temperatura interior elevada, em fungao da intensa radiacao solar incidente, Entretanto, apesar de ser quente © Umido, ocorre a predominancia das condigées de estabilidade atmosférica devido aos efeitos de subsidéncia (correntes verticais descendentes). No verdo, 0 ASA atua sobre a parte leste do continente sul-americano, apresentando um limite latitudinal de 14°S a 33°S, incluindo, portanto, grande parte do estado de Minas Gerais, Pagina: 1427950 R. Sergipe, 1333 / 6° andar - Tol: 3245-6141 sons ‘CEP: 30730-171 - Belo Horizonte - MG ‘Arquivo: 010-AMB-E1A-R28-110217 = ie 142 Myr Segundo IBAMA/CPRM (1998), no inverno, a influéncia do ASAS sobre o estado € intensificada devido @ sua maior penetrago continental, impondo condigoes predominantemente de pouca ou nenhuma nebulosidade e auséncia de precipitaco, caracterizando assim 0 periodo seco. Em mesoescala, no inverno, as massas polares so mais intensas e de maior dimensao que nas demais épocas do ano, apresentando também maior freqUéncia. Elas atingem a regiao sudeste principalmente pelo oeste. Devido 4 pouca umidade, as frentes frias, formadas a partir do deslocamento das massas polares, embora causem queda na temperatura, nao geram precipitagdes expressivas nessa estacao. 12.2.2 TEMPERATURA E PRECIPITACAO > Temperatura Pela auséncia de dados climatolégicos e meteorolégicos recentes e mais préximos ao local do empreendimento, optou-se pela utilizagao dos dados da Estagao Automatica da Pampulha, de responsabilidade do INMET/5°DISME. Além de ser a Unica estado do INMET em Belo Horizonte a estacdo possui todos os dados meteorolégicos necessarios para o desenvolvimento dos estudos, tais como, temperatura maxima e minima, temperatura média e absoluta, temperatura do ar, diregdo e velocidade dos ventos e totais pluviométricos Segundo Ayoade (2001), Os elementos climaticos mais frequentemente usados para caracterizar o clima sobre uma determinada area so a temperatura e a precipitagéo pluvial. A temperatura 6 a condigao que determina 0 fluxo de calor que passa de uma substancia para outra e varia de lugar e com 0 decorrer do tempo em uma determinada localidade, Os principais fatores que a influenciam séo + Insolagao recebia * Natureza da superficie; © Distancia dos corpos hidricos; Relevo; * Natureza dos ventos; Pagina: 143/960 IR. Sergipe, 1333 /6° andar - Tel: 3245-6141 Arquivo: 010-AMB-E1A-R28-110217 (CEP: 30130-171 - Belo Horizonte - MG www myrprojetos.com br 143 Myr * Correntes oceanicas. ‘As maiores temperaturas na regiéo Sudeste do Brasil sao observadas nas estagdes primavera verdo. Trata-se do periodo em que a incidéncia dos raios solares se verifica em maiores angulos e o tempo de radiacao é mais longo (os dias séo maiores que as noites). As temperaturas séo mais amenas de maio a agosto, atingindo © minimo nos meses de junho e julho. De acordo com Nimer (1989), 0 minimo desses meses decorre de uma superposigao de fatores. Durante este periodo o sol encontra-se cerca do zénite do trépico de cancer e, por isso, seus raios incidem sobre o hemisfério sul com maximo de inclinagdo, formando, por conseguinte, seus menores angulos em relagao a superficie deste hemisfério. Para a caracterizacao das condigdes de temperatura do municipio de Belo Horizonte sero utilizados os dados extraidos da Estagdo Automética da Pampulha, de responsabilidade do INMET/S°DISME, para o periodo de 2007 a 2009, conforme TABELA 8 -. TABELA8~ TEMPERATURA MENSAL. ed ac Abr. Ma a COTE Tempera mia das manmas (C) | 27.73 | 2858 | 2307 | 2777 | 2603 | 2567 | 259 | 257 | 286 | 24 | 285 | 2787 Temperatura és das rinmas (©) [19.23 [1943 [19.13 | TOOT | 151 | 142 | 403] 753 | 179] TAT | 98] Be Temperaura Maxima absolute (©) | 31,78 [113 [208 | 3005 [2873 | 284 | 01 [var] we | %6 [e253] 3145 “Tenperaura Minima absouta (©) | 167 | 1783 | te | ist [114 | 1 | 86 [ter] 1473 | 148 | Teas] Year| Temperatura médadoAR [2053 [2307 | 233 | 23 | 2 [198] 194 [z0ss| 2207 [zat | 2318 | a7] No caso especifico de Belo Horizonte, a estado quente é longa, normalmente se estendendo de setembro a margo. Belo Horizonte apresentou no periodo de 2007 a 2009 uma temperatura média maxima de 29,4°C e uma temperatura maxima absoluta de 36,0°C (FIGURA 20 - ). Dentro desse periodo, outubro foi registrado 0 més mais quente do ano, com a média maxima na ordem de 29,4°C e maxima absoluta de 36°C. Pagina: 1481050 R. Sergipe, 1333 /6° andar - Tol: 3245-6147 ‘Arquivo: O10-AMB-EUAR26-110217 (CE 20180-171- Balo Heetaante MG. www myrprojetes.com br 144 “Temperatura meédia das méximas ("C) povebod x» —— © 23 | 28 30 2 ; 2 »} s ol 24 | U zl | ,U fon. Mat. Mal Jul Set, Now. Jan. Mars Mai Jul Set, Now FIGURA 20- GRAFICOS DA MEDIA DAS TEMPERATURAS MAXIMAS E TEMPERATURA MAXIMA ABSOLUTA Em relagao ao inverno, as temperaturas so amenas, sendo que as mais baixas ocorrem, normalmente, devido a invaséo das frentes frias associadas ao anticiclone polar. As temperaturas do periodo mais frio do ano, em Belo Horizonte, foram registradas nos meses de junho e julho, com média de 14°C. Ja a temperatura minima absoluta foi de 9,6°C, no més de julho, conforme FIGURA 21 - recone eas eprtusss 20 a Ses » tity is 5 ‘ FIGURA 21 - GRAFICOS DA MEDIA DAS TEMPERATURAS MINIMAS © TEMPERATURA MINIMA ABSOLUTA Pagina: 145°950 R Sergipe, 1333 /6* andar - Tel: 3245-6141 ‘Arquivo: 010-AMB-EIA.R28-110217 (CEP: 30130-171 - Belo Horizonte - MG wavw myrprejetes com br 145 Myr > Precipitagao De acordo com Ayoade (2001), 0 padrao de distribuigéo da precipitagéo sobre o globo é bastante complexo devido a influéncia de varios fatores, tais como’ * Topografia: * Distancia entre os corpos hidricos; * Diregao e carater das massas de ar A precipitagao nao varia somente quanto ao volume de um ano, estago ou més para outro, como pode também mostrar uma tendéncia de declinio ou de ascenséo durante um determinado periodo. As quantidades de precipitago para o més, estago ou ano, dificilmente indicam a regularidade ou a confiabilidade com as determinadas esperadas. (Ayoade 2001). Segundo Ayoade (2001), os maiores indices pluviométricos se dao no solsticio de Verio, enquanto que o minimo verifica-se no solsticio de inverno, caracterizando um clima tipicamente tropical, uma vez que, na regiéo Sudeste, predominam os sistemas de circulacao atmosférica de origem tropical. A regido é bem regrada por chuvas, no entanto, a distribuicao deste fenémeno se faz de modo muito desigual ao longo do espago regional e do ano. A maior desvantagem no regime de chuvas na regiéo Sudeste nao reside em sua distribuigéo média no espago geograficos € no ano, mas no tempo, isto é, através dos anos. Com efeito, a irregularidade das precipitacdes, expressa em notaveis desvios anuais, constitui seu maior problema. A sua posigéo geografica em relagdo a influéncia maritima e as correntes de circulagao perturbadas, e dos contrastes morfolégicos de seu relevo, advém todas as caracteristicas de seu regime de chuvas (Nimer 1989). Em muitas partes dos trépicos, a precipitagao ocorre principalmente durante 0 vera abrange metade do ano, sendo a outra estacao relativamente seca, principalmente Pagina: 146950 . Sergipe, 1333 /6* andar - Tet 3245-6141 ra “poe. 1004 CEP: 30130-171 - Belo Honzonte - MG ‘Arquivo: 010-AMB-EIA-R28-110217 rooms 146 no inverno. Quanto menos variavel é a precipitacdo pluvial, mais confiavel ela 6. Nos tropicos a precipitagdo tende a ser mais intensa e sazonal. Como pode ser verificado na TABELA 9 - , em Belo Horizonte, a precipitagéo média anual para a regio em estudo no periodo de 2007-2009, foi de 538,46 mm. O ano mais chuvoso foi 2008, com uma média anual de 222,26 mm. © més mais chuvoso foi dezembro de 2008, cujos totais foram da ordem de até 770 mm. Por outro lado, 0s menores registros mensais ocorreram em junho de 2007 e julho de 2007 e 2009, cujo valor registrado foi 0,0mm. TABELA9- PRECIPITAGAO TOTAL NO PERIODO ENTRE 2007-2009 Bre ac Cae en) 2008 [442.2 |218.0|3608|1642| 44 | 96 | 00 | 436 |1368) 147.6 | 361.0 [7700 2009 [442.4 |193.0|242.6|1206) 19.6| 22.8 | 02 | 968 [512 [147.6] 143.6 [606.0 Analisando @ FIGURA 22 - , que apresenta o grafico comparativo da precipitagao total entre os anos de 2007, 2008 e 2009, percebe-se um aumento continuo da precipitacao no periodo chuvoso. Tal fato deve servir de alerta para que se evitem, a todo custo, enchentes, inundagées e deslizamentos de terra, principalmente na Area Diretamente Afetada do empreendimento. Para tal, @ permeabilidade do terreno deveré mantida a niveis étimos e 0 uso de estruturas que permitam o controle hidrico seja amplamente aplicado. Pagina: 147/950 R. Sorgipe, 1333 /6° andar - Tel: 3245-6141 ‘Arquivo: 10-AMB-EIA-R26-110217 (CEP: 30130-171 - Belo Horizonte - MG wan myrprojetos.com br 147 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400 200 —s—Precipitagdo Total (mm}- 2008 a Precipitagao Total (mm)- 2008 —+Precipitacdo Total (mm) - 2007 Jan, Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul, Ago. Set. Out. Nov. Dez. FIGURA 22 - GRAFICO COMPARATIVO DA PRECIPITAGAO TOTAL (2007-2009) 12.2.3 CIRCULACAO ATMOSFERICA (VENTOS) De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Sao Paulo, os fendmenos atmosféricos so meio disseminante dos poluentes emitidos @ s40 os movimentos atmosféricos que definem a durac&o, frequéncia e a concentragao dos poluentes. Varios estudos foram realizados constatando que ha uma relagao entre altos indices de poluigao e fenémenos meteorolégicos que caracterizam uma regido. Os ventos resultam das diferengas de pressdo que 40 produzidas pela quantidade de energia advinda do Sol. A ago dos ventos interfere na geragao, transmissao e distribuigdo de energia elétrica, evapotranspiragéo, adveccao de umidade, calor e dispersdo de gases e materiais particulados que sao liberados diariamente. A diego e velocidade do vento desempenham um papel importante no tocante a dispersdo dos poluentes. Quanto maior a velocidade do vento, maior sera a agitagdo do ar, © que ira gerar um volume maior para a diluigao dos poluentes. De acordo com Ayoade (2001), a atmosiera esta em constante movimento, ocorrendo em varias escalas temporais ¢ espaciais. Afetam o tempo e o clima em qualquer regio. A causa basica e fundamental do movimento atmosférico: Pagina: 148/050 R Sergipe, 1333/6 andar - Tet: 3245-6141 ‘Arquivo: 010-AMB-EIA-R28-110217 ‘CEP: 30130-171 - Belo Horizonte - MG wwwmyrprojetos.com br 148 sh Myr + Topografia; * Distribuigao das superficies continentais e oceanicas; * Correntes oceanicas “Durante todo 0 ano nas regi6es tropicais, sopram frequentemente ventos de E a NE oriundos das altas press6es subtropicais ou seja do anticiclone semifixo do atlantico sul, ou ventos de componente varivel de ocasionais nuicleos de alta do inferior.” (Nimer 1989). Devido a area de alta pressao existente no oceano Atlantico, os ventos que atingem Minas Gerais sdo, em sua maior parte, ventos de E e NE. Entretanto, a diregao do vento possui alteragdes de acordo com o sistema atmosférico atuante. Segundo Barreto (1998) a Regido Metropolitana de Belo Horizonte sofre influéncias de uma variedade de fendmenos atmosféricos de latitudes médias e tropicais que imprimem a esta localidade caracteristicas de um clima de transi¢ao tropicos-extra tropicos. O relevo ondulado, formado por mar de morros, dota a RMBH de caracteristicas, peculiares, podendo interferir diretamente na dinamica de alguns fenomenos como, por exemplo, distribuigéo das chuvas, variagéo da temperatura, da velocidade e diregéo do vento. Esta interferéncia ¢ agravada pelos prédios, que dificultam a circulagao do ar. Neste sentindo a bacia hidrografica assume grande relagao com a circulagéo dos ventos, uma vez que esta é delimitada por relevos de média a alta elevagées. Nos dias de atuagéo de massa de ar seco ou areas de instabilidade ha maior variagéo da dire¢o do vento, assim, o mesmo assume varias diregdes, sendo que na maior parte 6 de SE, NE e N (Tabela Pagina: 149/090 R. Sergipe, 1333 /6* andar - Te: 3245-6141 Arguivo: 010-AMB-EVA-R28-110217 (GEE OTST = Eta Howteaate = a: www myprejetes.com br 149 Os dados de ventos sao relativos ao periodo de 2007-2009. Conforme a FIGURA 23 = a diregio predominante dos ventos na regiéo é para Leste (80,54%), representando a maior parte dos meses do periodo considerado. Foram computados também ventos com direg&o Sudeste (13,9%) e, com menor frequencia, as diregdes Norte (2,78%) e Nordeste (2,78%). DIREGAO MEDIA DOS VENTOS - 2007-2008 o% 80 80 > 054 70 «0 | 50 40 99 25 |} _ 10 —_____ o 278 > 278 NE N SE E FIGURA 23 - DIREGAO MEDIA E DIRECAO PREDOMINANTE DOS VENTOS De acordo com a TABELA 10 -, para 0 periodo de 2007-2009, a velocidade maxima atingiu 2,73 m/s, em setembro, Por outro lado, a menor velocidade mensal, da ordem de 1,77 m/s, ocorreu nos meses de maio e junho. A seguir, o grafico representative demonstra a velocidade média para o periodo considerado (FIGURA 24), Pagina 150980 R. Serge, 1333/6 andar Ter 3245-6141 Arquivo: 010-AMB-EIA-R28-110217, (SER S018 = Bila eaten = wwwmyrprojetes.com br 150 MY" TABELA 10 - DIREGAO E VELOCIDADE MEDIA DOS VENTOS. co ‘2007 E,E/E ‘2008 E[eElE 2008 SE, © |N Velocidade média dos | 1,97 | 2,17|2,07 | 1,9 | 1,77] 1,77) 1,97 | 2,53 |2,73 | 2,53 | 2.27 | 1,93 \ventos (m/s)) Velocidade média dos ventos (m/s) Jan, Fev. Mar, Abr Mai. Jun, Jul Aga, Set, ut, Nov, Dez, FIGURA 24 - VELOCIDADE MEDIA DOS VENTOS. Analisando o grafico supracitado, percebe-se que a velocidade dos ventos em Belo Horizonte @ moderada. No vero, devido a maior incidéncia de radiagao solar provoca instabilidade sobre © continente, favorecendo muito a disperséo de poluentes. No inverno, pelo contrdrio, massas de ar frio avangam mais para o continente ocasionando grande estabilidade (ventos mais fracos, horas de calmaria, diminuigao das chuvas). 12.2.4 CLIMA URBANO » Causas das Mudangas Climaticas Segundo os dados do Ministerio de Meio Ambiente (2007-2008), as aglomeracdes urbanas também séo responsaveis pela produgao de um ambiente climatico muito Posina: 151/950 R. Sergipe, 1333 /6° andar - Tol: 3245-6141 ‘Arquivo: O10-AMB-EIAR26-110217 sheen eens vemsiend wm myrprojetes.com br 151 Myr r peculiar, ou seja, um clima local produzido pelo efeito da progressiva intensidade da urbanizagao. Certamente o clima das grandes cidades, nos dias atuais, nao corresponde aquele que atuava ha alguns anos atrés. Principalmente nas grandes cidades, a temperatura @ superior a de areas periféricas. A oscilagdo de temperatura entre o centro de uma grande cidade e uma zona rural pode variar bastante, o que ocasiona incémodos devido ao calor excessive, além de um significative incremento no consumo de energia elétrica, usada principalmente para climatizagao_ tanto residencial quanto industrial Toda érea urbana possui um tipo de clima, que é resultante de fenémenos de reaco determinados pelo conjunto dos elementos e fatores que constituem as caracteristicas do espago urbano. A verticalizagao das edificagdes, em alguns casos, podem configurar-se como uma verdadeira cortina de concreto, ora canalizando os ventos, ora atuando como barreiras @ livre circulagéo do ar (Danni-Oliveira, 2000). Além disso, conforme Brandao (1996), os prédios podem agir como “armazenadores térmicos", modificando as trocas de energia e assim propiciando a criacdo de campos térmicos diferenciados. Assim, uma vez que a estrutura edificada tende a propiciar 0 confinamento dos poluentes langados pelo intenso transito de veiculos que nela trafegam, a qualidade do ar pode ficar comprometida, principalmente em situagdes de estagnagao atmostérica, onde os vales so correspondentes as ruas e a verticalidade das paredes dos prédios vém configurados como vertentes abruptas (Danni-Oliveira, 2000) As variagdes no clima ocorrem em diferentes escalas de tempo e, portanto, podem- se requerer diferentes teorias para explicar tais variagdes. Acredita-se que varios fatores atuam pera causar uma mudanga no clima. ‘Segundo Linacre (1996), as mudangas no clima urbano nao esto condicionadas & dimenso territorial de uma cidade. De\ jo as peculiaridades dos sitios e a égina: 1821080 . Sergipe, 1333/ 6° andar Tel: 3245-6141 Arcuivo: O10:AMB-EVA-R28-110217 CEP BOTT 1 = Helo Hodson MG: ww. myrprojetos.com.br 152 Myr distribuig&o dos espagos intra-urbanos, as condigdes do clima urbano variam entre as cidades. Condigdes especificas geomorfolégicas, densidade de areas verdes, presenga de lagos ou rios, densidade de edificagao, material construtivo utilizado, diregao predominante dos ventos, sao fatores que podem interferir no clima local. MAITELLI (1991); GOLDREICH (1992) e JAUREGUI (1992) citam que, entre as diversas atividades humanas potencialmente capazes de causar alteragdes meteorolégicas de micro-escala e de meso-escala, 0 processo de urbanizagao apresenta-se como uma das que mais contribui para tais alteragdes. NASCIMENTO (1992), afirma que o processo de urbanizagao em nosso pais e em todos os paises subdesenvolvidos, esta intimamente relacionado com 0 modelo de desenvolvimento adotado. 42.2.5 0 EMPREENDIMENTO E AS CONDICOES MICROCLIMATICAS. Conforme dito anteriormente, varios fatores podem contribuir para as alteragdes climaticas. Neste contexto, 0 rapido processo de urbanizagao e o crescimento populacional dos grandes centros urbanos vém aumentando a pressdo por ocupagéio de areas vazias, quer seja em areas urbanas centrais ou nas periferias. Com isso as areas ocupadas tem a sua cobertura natural modificada por diversos tipos de construgées e solo impermeabilizado, cuja conseqiiéncia imediata 6 um aumento da temperatura, causada por alteragdes no balango radicativo, na circulagao do ar e na taxa evaporativa, gerando assim, um clima urbano espectfico. Assim, a substituiggo do ambiente natural por grande quantidade de casas e prédios, ruas e avenidas e uma série de outras edificagdes, faz aumentar significativamente a irradiagao de calor para a atmosfera em comparacao com outras zonas onde, geralmente, é maior a cobertura vegetal. llustrando que fora supracitado, a FIGURA 25 - apresenta a resposta de ondas de calor (faixa do termal do espectro eletromagnético) captados por sensores a bordo do satélite Landsat 7. Esses sensores captam a energia irradiada por objetos da Pagina: 1539950 R. Sergine, 1333 /6° andar Tel: 3245-6141 (CEP: 2010-171 - Belo Horizonte - MG ‘Arquivo: 010-AMB-E1A-R28-110217 www myrprojetos.com br 153 superficie terrestre e a transformam em numeros digitais que representam, nesse caso, objetos mais ou menos quentes. Esses dados sao apresentados em forma de imagem que, apds sofrerem alguns processamentos, indicam a temperatura aparente do solo. Assim, ao analisar a figura supracitada, observa-se que porgdes da Granja Wemeck, bem como da regido do Isidoro, onde esta contida, possuem zonas de temperaturas mais amenas quando comparadas com o restante do municipio. Pode-se dizer que essas areas coincidem com a massa de vegetagdo & umidade presentes nos locais. Pagina: 154/980 R Serg)pe, 1333 /6* andar - Tet 3245-6141 Arquivo: 010-AMB-EVA-R26-110217 (CER S07 SAAT = Bas Hoitsonts = MS: wwwemyrprejetos.com.br 154 He xucosdeimpacto Ambiental GranjeWemeck Big ——______ eta trons arene — Sra Worn FIGURA 25 - ESPACIALIZAGAO DA TEMPERATURA DE SUPERFICIE E PERFIL TERMICO PARA BELO HORIZONTE. Pagina: 1551950 R. Sergipe, 1333 /8* andar - Tel 3245-6141 ‘CEP: 30130-171 - Belo Honzonte - MG ‘Arquivo: 010-AMB-EIA.R26-110217 _ ae 155 importante destacar que, como os recursos hidricos € as areas verdes proporcionam © eauilibrio de um microclima, algumas areas de vegetagao mais expressivas devem ser preservadas e protegidas. Essas agées, juntamente com a implantagéo de elementos que promovam a sustentabilidade socioambiental da regido, podem contribuir com @ manutengiio do microclima local, incentivando, ainda, a convivéncia da populagdo nesses espagos. Nesse sentido, 0 empreendimento ora proposto, considera tais fatores e os incorpora no seu plano urbanistico e arquiteténico com vistas a preservagao das caracteristicas climaticas da regiao e, porque nao, do municipio. Para minimizer os impactos decorridos da implantagao do empreendimento relacionados a0 microclima, o empreendimento tentar& utilizar algumas das ferramentas atenuantes, tais como * Parques Lineares e Corredores Ecolégicos: A intengao nao é so expandir a rea verde, mas também contribuir para melhorar a permeabilidade do solo — © que reduz a formagao de ilhas de calor e enchentes. Além disso, protege os cursos d'agua nao canalizados. + Asfalto Ecolégico: A utilizagao da borracha de pneus moidos ou po de pneus nas misturas asfélticas é uma boa alternativa ambientalmente adequada. As principais vantagens so: maior fiexibilidade e durabilidade, menos espessos, reduzi os ruidos de trafegos, diminui o risco de aquaplanagem, menor sensibilidade @ temperaturas extremas e maior resisténcia ao trincamento, maior resisténcia a deformagao permanente em altas temperaturas. * Telhado Verde e/ou Parede Verde: O telhado verde e a parede verde podem ser adaptados a qualquer estrutura e possivel fazer com grama ou com plantas. Os beneficios microclimaticos sdo: drenagem urbana, diminuigao da temperatura externa e conforto térmico. Pina: 156/050 R. Semglpe, 1333 /6* andar - Tel: 3245-6141 (CEP: 30130-171 - Bolo Horizonte - MG vo: O1O-AME-EIA-R20-110217 aay www myrprejatos.com.br 186

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