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Sétima Edicao Ronald J. Tocci Monroe Community College Neal S. Widmer Purdue University SISTEMAS DIGITAIS Principios e Aplicacdes ‘Tradugao: José Franco Machado do Amaral Mestre em Engenharia Elétrica/PUC- Professor Assistente do Departamento Telecomunicagdes da Universidade do Estado do Rio d Professor Agregado do Departamento de Engenharia E Pontificia Universidade Catélica do Rio de Janeira/PUt Engenharia Eletronica e de neiro-UERJ triea da RJ Jorge Luis Machado do Amaral Mestre em Ciéncias em Engenharia E ‘ica/COPPE-UFRJ Professor Assistente do Departamento de Engenharia Eletrénica e de Telecomunicacées da Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERI Professor Assistente do Departamento de Eletrénica da Escola Naval-EN Oc EDITORA ‘Translation copyright © 1998 by Prentice Hall Inc Digital Systems: principles and applications Copyright © 1998 All Rights Reserved, Published by arrangement with the original publisher Prentice-Hall. Inc. a Simon & Schuster company (Capa: Brian Deep Dircitos exclusivos para a lingua portuguesa Copyright © 2000 by LTC — Livros Técnicos e Cientificos Eaitora Travessa do Ouvidor, 11 Rio de Janeiro, RJ — CEP 2040-040 ‘Telefone: 21-2 Reservads todos os ris. proibida a dupicagio cv eprdugo deste volume: todo ou em pate Sob gusisquer formas ou por quisqur meios (cletnic, mesinico, gavage foracpia ou otros) sem permisso express da Elitora. Para vocé, Cap, por me amar por tanto tempo, e pelas mil e uma maneiras com que vocé ilumina a vida de todos que a conhecem. — RIT Para minha esposa, Kris, e nossos filhos, John, Brad, Blake, Matt e Katie: porque cederam seus direitos sobre 0 meu tempo e a minha atengao para que a reviséo deste trabalho pudesse ser feita. — NSW Prefacio Exte livro é um estudo bastante abrangente dos principios e écnicas utilizados nos modemnos sistemas digitais. Ele deve ser usaido em cursos de Engenharia e de Ciéncia da putagio. Embora algum conhecimento basico de eletrOnica jude, a maior parte deste material nao exige conhecimen- to prévio de eletrOnica. As partes do texto que utilizam conceitos de eletr6nica podem ser omitidas sem que a com- preenstio dos prineipios logicos seja afetada, Melhorias Gerais [A sétima edigao contém diversas melhorias em relagio & ‘sexta edigio. Todo 0 material foi revisado e atualizado quan- do necessirio, Algumas partes do texto foram reescritas para que ficassem mutis claras e completas. Varios novos exem- plos, novas questoes de revisao e problemas foram adicio~ nados, tanto para reforcar as partes novas que foram introduzidas quanto para proporcionar um melhor Suporte As partes que foram mantidas, TECNOLOGIA DE CIRCUITOS INTEGRADOS Esta nova edligio continua a pritica, iniciada na wltima edicao, de dar imiaior énfase 2 tecnologit CMOS como a principal tecnolo: «ser usada em aplicagdes que utilize Cis com baixa & ‘media escalas de integracio. Isto foi feito, € ainda assim ‘mantivemos uma cobertura bastante extensa da [ogica TTI. REVISAO DO CAPITULO Para auxiliar os estudantes a re- ver o que foi visto em cada capitulo, adicionamos um resu- mo e um lista de termos importantes ao final de cada um, PROBLEMAS As quesioes e problemas no final de cada ‘capitulo sto agora classificados de acordo com 0 tipo. Os problemas que precisam que o estucdante utilize o material bsico visto no capitulo nao recebem designacio especial Alem destes problemas haisicos, existem quatro outros tipos que sto classificados da seguinte maneira: @ C (do inglés, Challenging) problema desafiador. Proble- mas que necessitam de im maior grau de raciocinio & esforco do que os problemas basicos. Geralmente, eles exigem que 0 estudante combine o que foi aprendido anteriormente com 0 que esta sendo estudado no capi tulo, WD (do inglés, Design) problema de projero ou modifica ao de circuito. Problemas que envolvem ou © projeto de um circuito logico para uma aplicagio particular nao apresentada no capitulo ou a modificagdo de um circui- to visto no capitulo para que ele funcione de modo dife rente. 1 N (do ingles, New) novo conceito ou técnica nio abor dada no texto, @ T(lo inglés, Troubleshooting) problema de depuracio, Problemas que exigem que os estudantes utilizem 0 r- iocinio analitico necessario ao provesso de pesquisa de falhas (depuracao). ‘Um ndimero de novas aplicagdes reais foi istribuido nesta digo para motivar aqueles estudantes que vive pergun indo “Por que precisamos saber isto?" im exemplo destas novas aplicacdes é o seqilenciador que controla a mistura de dois liquidos e depois cozinha esta mistura. O diagrama desta aplicacio (Pig, 9-28) esta reproduzido na Fig, P-I. Um, outro exemplo de uma aplicagio real que foi acrescentado 1 esta edigao foi o detector de congestionamento de papel em uma maquina copiadora (Fig. 4-10), reproduzido aqui a Fig. P-2. Algumas outras aplicagoes sio o monitor de ensio da bateria de uma espagonave, 0 controle de um motor de paso, um termémetso digital, um termostato di sgital, um gerador de fungdes baseadhas em ROM e 0 contro- le microprocessado de um microondas. Mudancas Especificas AAs prineipais mudaneas na cobertura dos assuntos s20 as seguintes: Cap. 4 Mais sobre PLDs, especialmente usados para implementar circuitos Igicos que foram previamente implementados usando Cis comuns, Mais aplicacoes @ Cap. § Foi adicionado o gerador de clock a cristal ® Cap. 6 Foi retirado 0 material sobre circuitos multiplica: ores e adicionado material sobre circuitos integrados de ULA. Também foi adicionado material sobre representa cao hexadecimal de ntimeros sinalizados. Cap. 7 Este grande capitulo foi dividido em duas partes. A PARTE I (Secdes de 1 a 15) cobre de contadores aassincronos até contadores com registradores de deslo- ‘camento, A PARTE Il (Secdes 16 24) inclui material sobre aplicagdes, registradores e pesquisa de falhas, Também existe uma maior adesio 4 convencio do fluxo do sinal da esquerda para a direita, Foi aumentado 0 material sobre, contadores sincronos, © Cap. 8 Retirado material obsoleto do mérodo de carga unitéria, Foi expandido e atualizado 0 material sobre Sumario CAPITULO 1 Conceitos Introdutérios 1 3-14 Que Representacdo de Porta Légica Usar 53 3-15. Simbolos Légicos do Padrao IEEIVANSI 56 CAPITULO 4 Circuitos Légicos 1 1 1 1-4 Representacdo de Quantidades Bindrlas 7 1-5. Circultos Digitais/Circuttos Logicos 8 1-6 ‘Transmissao Paralcla e Serial 9 1-7 Meméria 9 1-8 — Compuladores Digitats 10 CAPITULO 2 Sistemas de Numeracao e Cédigos 14 Combinacionais 63 Forma de Son Simplificag r-de-Produtos 64 de Cireuitos Légicos 65 Simplificacao Algébrica 65 Projetando Circuitos Logicos Combinacionais 68. Método do Mapa de Karnaugh 73 Cireuitos Exclusive-OR € Exclusive-NOR 79 Cireultos Gerador e Verificador de Paridade 83 Cireultos para Habilitar/Desabilitar 84 21 Conversdes Bindrlo-Dectmal 15 Caracterstcas Basicas de Cl Digtals 86 22 Conversdes Decimal-Bindrio 15 Pesquisa de Fathas em Sistemas Digitals 90 2-3 Sistema de Numeracdo Octal 17 Pathas Internas dos Cls Diatals 91 2-4 Sistema de Numeragdo Hexadecimal 18 Palas Externas 94 2. Cédigo BCD 20 ‘tudo de um Caso de Pesquisa de Falhas 95° 2-6 Relacionando as Representagdes 21 Léelca Programavel 97 27 Opwe2i 2:8 Coulgos Alfanumértcos 22 cia ae a 29 Paridade para Deteccao de Brros 23 CAPITULO 5 Flip-Flops e Dispositivos 210 Correlatos 105 : 5-1 Latel com Portas NAND 107 CAPITULO 3 Portas Légicas e Algebra 5:2 Latch com Portas NOR 111 aod 3.3 Estudo de Casos em Pesquisa de Fathas 112 tea 5-4 Sinais de Clock ¢ Flip-Flops com Clock 113 Bl Constantes e Varidvels Booteanas 30 3:5 FllpeFtop SC com Clock 119, 2 Tabelas-Verdade 91 3-6 Flip-Flop J-k com Clock 118 BB Operagao OR com Portas OR 32 3-7 FipeFlop D com Clock 120 Sod Operagao AND com Portas AND 34 3:8 Latch Dibateh Transparente) 121 3-5 Operagdo NOT 36 5-9 Entradas Assineronas 123 36 Descrevendo Circultos Léglos Algebricamente 375 37 Determinando 0 Valor da Saida de Clrcutos B-11Conslderagies sobre Temporizacto em Fp-Rops 127 Légicos 38 5 Problemas Potenciais de Temporizacao em Circui- 3-8 — Implementando Circultos a Partir de Express Booleanas 39) Portas NOR e Portas NAND 40. Teoremas da Algebra Booleana 43 Teoremas dle DeMorgan 45 Universalidade das Portas NAND e NOR 47 Representaghes Alternativas das Portas Logicas 50 os com Flip-Flops 129 Flip-Flops Mestre/Escravo 130 Aplicagdes com Flip-Flops 130 Sineronizacdo de Flip-Flops 130 Detectando uma Seqiéncia de Entrada 132 Armarzenamento e Transferéncia de Dados 132 Transferencia Serial de Dados: Registradores de Deslocamento 134 vil 19 5-20 5.2 5-22 5-23 5.24 5-25 Sumério Divisdo de Freqiiéncia © Contagem 136 Aplicacao em Microcomputador 139 Dispositivos Schmitt-Trigger 140 Multivibrador Monoestavel 141 Andlise de Circuitos Seqienciais 143 Circuitos Geradores de Clock 144 Depuraco de Circuitos com Flip-Flops 146 CAPITULO 6 Aritmética Digital: Operacdes e 6-19 Circuitos 160 Adicéo Bindria 161 Representacao de Nuimeros com Sinal 161 Adicdo no Sistema de Complemento a2 165 Subtragao no Sistema de Complemento a 2 166 Multiplicacdo de Niimeros Binarios 166 Divisao Bindria 167 Adigao BED 16 Aritmética Hexadecimal 168 Gireuitos Aritméticos 170 Somador Bindrio Paralelo 171 Projeto de um Somador Completo 172 ‘Somador Paralelo Completo com Registradores 174 Propagagao do Garry 175 Somador Paralelo Integrado 176 Sistema de Complemento a2 177 Somador BCD 180 Cireuitos Integrados de ULAS 182 Simbolos IEEB/ANSI 185 Estudo de Caso em Pesquisa de Falhas 185 CAPITULO 7 Contadores e Registradores 191 Contadores Assincronos 192 Contadores de Médulo < 2° 194 Circultos Integrados de Contadores Ass Contador Assfnerono Decrescente 202 Atraso de Propagacdo em Contadones Assineronos 204 Contadores Sincronos 205, Contadores Sincronos Decrescentes ¢ Grescentes/ Decreseentes 207 Contadores com Carga Paralela 207 0 TALS193/1C193 209 Mais sobre a Notacao de Depen Decodificando um Contador 215 Glitches de Decodificacao 218 Ligaedio em Cascata de Contadores BCD 219 Projeto de Contadores Sineronos 220 Contadores com Registradores de Deslocamento 226 a IEEE/ANSI 214 PARTE 716 TT Ta 719 Aplicacées de Contadores: Freqiiencimetro 230 Aplicacdes de Contadores: Rel6glo Digital 233 Circuitos Integrados de Registradores 234 Entrada Paralela/Safda Paralela — 0 74174 € 0 T4178 234 Entrada SeriaVSafda Serial — 0 4731B 237 Entrada Paralela/Safda Serial — 0 74165 TALS169/74HC165 237 Entrada SeriaV/Safda Paralela — 0 74164/ TALS 164/74H1C 164 238, Simbolos IEEE/ANSI para Registradores 240 Pesquisa de Fathas 241 CAPITULO 8 Familias Légicas de Circuitos Integrados 253 Terminologia de Gls Digitais 254 A Familia Logica TTL 260 Caracteristicas da Série TTL, Pada 263 Series Outras Caract Conectando Safdas TTL Juntas 273 ‘Tristate (Terceiro Estado) para TIL. 276 A Familia ECL de Cls Digitais 279, Circuitos Integrados Digitais MOS 282 0 MOSFET 282 Circuitos Digitais com MOSFETs 283 Caracteristicas da Logiea MOS 285, Logica MOS Complementar 286 Caracteristicas da Série CMOS 288 Tecnologia de Balsa Tensao 292 Salddas CMOS de Dreno Aberto ¢ Tristate 294 Porta de Transmissao CMOS (Chave Bilateral) 295) Interfaceamento de Cls 297 ‘TTL Acionando CMOS 298 MOS Acionando TTL. 299, Comparadores de Tensaa 301 Pesquisa de Falhas 302 CAPITULO 9 Circuitos Logicos MSI 314 91 Decodificadores 315 9-2 Decodificadores/Drivers BCD para 7 segmentos 321 9-3 Displays de Cristal Liquido 323 %4 — Codlilicadores 325 9-5. Simbolos IEER/ANSI 329 9-6 Pesquisa de Falhas 329 9-7 Multiplexadores (Seletores de Dados) 332 Aplicacdes de Multiplexadores 335, Demultiptexadores (Distribuidores de Dados) 340 Mais sobre a Simbologia IBBIVANSI 347 Mais Pesquisa de Falhas 347 Comparadores de Magnitude 351 Conversores de Codigo 854 Barramento de Dados 336 5. 0 Registrador Tristate 74173/LS173/HC173 357 9-16 Operacdo do Barramento de Dados 359 CAPITULO 10 Interface com 0 Mundo Anal6gico 376 10-1 Interface com o Mundo Anal6gico $77 10-2 Conversao Digital-Analogica (D/A) 378 10-3 Circuitos Conversores D/\ 383 cificagdes de Conversores D/A 387 Um Circuito Integrado de Conversor D/A 388 Aplicagdes de Conversores D/A 389 Pesquisa de Falhas em Conversores D/A 390 Conversao Analégico-Digital (VD) 391 Conversor A/D de Rampa Digital 391 10-10 Aquisicao de Dados 394 10-11 Conversor A/D de Aproximaco 10-12 Conversor VD Flash 401 10-13 Outros Métodos de Gonversdo A/D 401 10-14 Voltimetro Digital 404 10-15 Circuitos de Amostragem e Retencao (Sample-and= Hold) 406 10-16 Multiplexacao 406 10-17 Osclloscépio de Meméria Digital 407 10-18 Processamento Digital de Sinais (DSP) 409 ces Wvas 396 CAP{TULO 11 Dispositivos de Memoria 418 Terminologia 419 Prinefpios de Operacao da Memérla 422 Ges CPU — Memoria 424 Somente de Leltura 425 Arquitetura da ROM 426 6 Temporizacao da ROM 428 7. Tipos de ROMs 429 8 Memoria Flash 436 9 Aplicagies das ROMS 430 10 Dispositivos de Légica Programével (PLDs) 441 41 RAM Semicondutora 447 42 Arquitetura dla RAM 447 13 RAM Bstatica (SRAM) 449, 44 RAM Dindmica (DRAM) 453 -15 Estrutura ¢ Operacdo da RAM Dindmica 454 -16 Ciclos de Leitura/Escrita da RAM Dinamica 438 efresh da RAM Dindmica 458. ologia da RAM Dindimica 462 10 do Tamanho da Palaxra e da ais dla Meméria 468 apacidade 463 Sumario CAPITULO 12 Aplicacdes de um Dispositivo de Légica Programavel 487 A GAL 16VBA (Arranjo Légico Genérico) 488 Programando PLDs 498 Software de Desenvolvimento 499 Compilador Universal para Légica Programavel (CUPL) 499 ‘5 Comentarios Finais 507 CAP{TULO 13 Introducao ao Microprocessador € ao Microcomputador 510 0 que E um Computador Digital? 511 ‘Como os Gomputadores “Pensam"? 511 Agente Secreto 89512 ganizacdo de um Sistema Computacional bisieo 313 Elementos Baisicos de umn Microcomputador (126) 515 Palavras 516, Instrugées 517 ccutando um Programa em Linguagem de Maquina 519 Estrutura Tipica de um Microcomputador 522 13-9 13-10 Comentarios Finals 525 Apéndice: Folhas de Caracteristicas do Fabricante de C1527 Glossario 560 Respostas de Problemas Selecionados 568 indice de Cls 580 Indice 582 TEOREMAS BOOLEANOS 2 8 FY x+me1 xa Waza beyie (we 4x) 42) = yay 6 ee 42 =Ky x 3. x-x=x x 6 x4te1 1. eee TABELAS-VERDADE DAS PORTAS LOGICAS OR a_aljase| D off o oft 1 off 1 1 if SIMBOLOS DAS PORTAS LOGICAS. Porta OF x= AB ee Porta AND x=AoB EXOR A x=AG8 5 Porta NOR sof xB so—_ } Porta NAND Latch com portas NOR Normalmente em nivel BAIKO Latch com portas NAND Normaimente vel ALTO Flip-Flop S-C com clock Flip-Flop JK com clock Flip-Flop D com clock Laten D Entradas FLIP-FLOPS a Ee a se oc 00 | No muda 1 0 flo —e 8 ° az 1 tnvalido g._ (Simboto aternativoy a - se ds a oo 1 0 ee 8 ° @_(Simboioaernatvo) . Se ae a 30 ft }] Gxfnao muday 1 0 «ot [fr o 1 flo 11 t Jf ampigue 160 OLK nao tem efeito em @ ee E a 9 Tf Gino muda too ot fa o 1 ot ffo 11 t Jf Qi¢comutay do CLK no tem efeito em Q. coele Claeee oars, pa ate - + i | 60 CLK nao tem efeto em eo ob a XT Nao muda” -q segue a entrada D 2 fo fenquanto EN est em ALTO ee 8 i i Pae [GLA a ‘Sem efeito: FF pode responder a J, Ke CLK independent do estado das entradas sincronas ‘Q= 1 independents do estado das entradas sincronas 2_| 0 || Ambiguo indo usado) “CLK pode estar em qualquer ostado ee 4 ee il PL_CAPITULO 1 ee Conceitos Introdut6rios @ SUMARIO 1-1 Representagées Numéricas 1-5, Circuitos Digitais/Circuitos 1-2. Sistemas Digitais e Ana ale 1-8 Sistemas de Numeracao Digital 1-6. ‘Transmissao Paralelae Serial 1-4 Representacdo de Quantidades neue Bindrias 1-8 Computadores Digitais slemas Digitals Principios e Aplicagdes @ OBJETIVOS 4o completar este capitulo, voce devers apto a: 1 Distinguir entre representacdes analégicas e digitais. 1 Relacionar as vantagens ¢ desvantagens das téenicas digitals quando comparadas com as analigicas. @ Compreender a necessidade de utilizagdio de conversores analdgico-digitais (conversores \/D) € conversores digital-analégicos (conversores D/A). Hi Converter mimeros deeimais em bindirios e vice-versa, i Identificar sinais digitais tipicos, 1 Relacionar as diversas tecnologias de fabricacao de circuits integrados WE Identificar um diagrama de tempo. @ Enumerar serial. BW Descrever a propriedade de meméria i Descrever as principals partes de um computador digital e compreender suas funcdes, ® Fazer a distingdo entre microcomputadores, microprocessadores € microcontroladores, a 15 diferencas entre transmmissao paralela & @ INTRODUGAO No mundo atual, 0 termo digital tornou-se vocabuldrio no dia-a-dia por causa da n profuncda pela qual os circuitos ¢ as técnicas digitais tornaram-se ampla ‘mente utilizados em quase todas as dreas de nossas vidas, como: computadores, aulomacao, robds, medicina, trans portes. entretenimento, exploracao do espaco etc. Voce esti prestes a comecar uma excitante jornada. na qual desco- briré os prineipios fundamentals. os conceitos € as oper ‘cdes que siio comuns a todos os sistemas digitals, desde a ais simples chave liga-desiiga até 0 mais complexo com- putador. Se este livro for bem-sucedido, voce adquirira um profundo conhecimento de como os sistemas digitalis funel- nam € deverd estar apto a aplicar este conhecimento na anélise e manutencdo de qualquer sistema digital ‘Vamos comecar introduzindo alguns conceitos basicos que sao a parte vital da tecnologia digital; estes conceitos sero complementados mals adiante, 2 medida que se tor- io. Também introduziremos alguns termos, antes para iniciarmos 0 estudo nesta nova drea de conhecimento, assim como aerescentaremos, a cada capt tulo, novos termos aqueles ja estudados. arte do nosso 1-1 REPRESENTAGOES NUMERICAS. Na ciéncia, na tecnologia, nos negécios e na verdade em qualquer outro campo, estamos constantemente lidando com quantidades, Quamtidades sa0 medidas, monitoradas, gra- vadas, manipuladas aritmeticamente, observadas, ou de al- gum outro modo utilizadas na maioria dos sistemas fisicos, E importante que ao lidarmos com diversas quantidades se- jamos capazes de representar seus valores de modo efict- ente © exato, Existem basicamente duas formas de repre- -ntar 0 valor numérico de quantidades: « anal6gica ¢ a digital. Representacdes Analégicas Na representacao analégica, 0 valor ce uma quantidade € proporcional ao valor de uma tensdo ou corrente, ou ain- da de uma medida de movimento, Um exemplo disso € 0 velocimetro de um automével, no qual a deflexao do pon- teiro € proporcional 4 velocidade do automével. A posigio angular do ponteito indica o valor da velocidade do auto: movel, inclusive acompanhando qualquer mudanca que ‘ocorrer na velocidade do automovel ao ser acelerado ou freado, Um outro exemplo € 0 termostato utilizado para contro lara temperatura de uma sala, no qual a curvatura de uma imina bimetdlica proporcional 3. temperatura ambiente. A medida que a temperatura na sala se altera, a curvatura da lamina também se altera proporcionalmente Ainda um outro exemplo de representacao analogica pode ser encontrado no conhecida microfone de sucio. Neste dispositivo, a tensio de said gerada € proporcional 2 amplitude das ondas sonoras que atingem © microfone: AAs variagdes na tensio de saida acompanham as mesmas variagdes das ondas sonoras na entrada Quantidades representadas na forma analogica tais como aquelas citadas anteriormente possuem uma importante aracteristica: elas podemt variar em wm determinado ine ervalo continuo de valores. A velocidade de um automé- vel pode assumir qualquer valor no intervalo entre zero e, digamos, 160 km/h. De modo similar, a tensao de saida de um microfone pode estar em qualquer ponto de um intervalo de zero a 10 mV (por exemplo: | mV, 2,3724 mV 9.9999 mv), Representagoes Digitais Na representagao digital, 1s quantidades Sio representa- das nao por outras quantidades proporcionais, mas por sim: bolos chamados digitos. Por exemplo, um rel6gio digital, que fornece as horas do dia na forma de digitos decimais que representam as horas, o8 minutos (e dos). Como sabemos, as horas do dia mudam continuamen- te, masa leitura do rel6gio digital nao varia continuamente: em ver disso, ela varia em passos de um minuto (ou um segundo). Em outras palavras, esta forma cle representacao digital das horas do dia varia em passos discretos, quando comparaca com a representagao fornecicla por um rel6gio analdgico, em que as mudangas no mostrador ocorrem de modo continuo, A diferenga principal entre as formas de representagio analdgica e digital pode entao ser simplesmente simboliza: da da seguinte maneira analégica digital continua, discreta (passo a passo) Por causa da natureza discreta da representacao digital, m0 existe ambigiidade na leitura de uma quantidade represen- tact nesta forma, enquanto na representaclo analOgica a leitura € geralmente sujeita a interpretagio, EXEMPLO £ Quais dos itens a seguir referem-se & forma dle representa ‘ho digital e quais se referem a analogica? (@) Chave de dez posicoes (b) A comrente eletrica na tomada na parede (©) A temperatura de uma sala (@) Graos de areia na praia (©) Velocimetro de automovel Solucao (@) Digital (b) Analogica G) Analoaica @ Digital, uma vez que o mimero de grios pode assumie apenas um determinado ntimero de valores discretos Ainteiros) ¢ nao qualquer valor possivel dentro de um intervalo continuo. (©) Analogica, se o velocimetso for do tipo de ponteiro; di gital se possuir um mostrador numérico Questes de Revisio* 1. Descreva, de modo resumido, a principal diferenca entre as formas de representacao digital e analégica. | 1-2 SISTEMAS DIGITAIS E ANALOGI Um sistema digital é uma combinacao de dispositives pro- jetados para lidar com informacoes logicas ou com quantida- des fisicas representadas de Forma digital, isto 6, estas quaan- tidades $6 podem assumir valores discretos, Estes dispositi- vos sa0 geralmente eletrOnicos, mas também podem ser mecanicos, magnéticos ou pneumltices, Dentre os sistemas digitais mais comuns podemos citar computadores e calcul doris digitais, equipamento de atidio e video digital e 0 sis- tema telefonico — o maior sistema digital no mundo, Um sistema analégico contém dispositivos que podem, manipular quantidades fisicas que slo representadas de forma analogica, Em um sistema anal6gico, as quantidades Asicas podem variar sobre um intervalo continuo de valo- res. Por exemplo: « amplitude do sinal de saida de um re~ ceptor dle ridio pode ter qualquer valor entre zer0 eo limi te maximo. Outros sistemas analégicos bastante comuns s0 (os amplificadores de atidio, equipamento de gravacdo reprodugio de fita magnética, ¢ um simples interruptor do tipo dimmer. Conceitos Introdutérios 8 Vantagens das Técnicas Digitais Uma cre ile maioria das aplicagoes na eletrénica, bem como em muitas outras dreas, utiliza téenicas digitais para realizar operagoes anteriormente realizadas através de mé: todos analégicos, As prineipais razées da mudanga para tée- nicas digitais sio: istemas dligitais geralmente sao mais facets de projetar. Isto se deve ao fato de que os circuitos utilizados sto circuitos de chaveamento, em que os valores exatos de tensto ou cotrente no so importantes, mas apenas 0 Intervalo (ALTO ou BAIXO) no qual eles se localizam, 2. Facil armazenamento de informagao. Isto é alcancado por circuitos de chaveamento especiais, capazes de cap- turar a informacao e guardi-la pelo tempo que for ne- 3. Maior exatiddo precisao, Sistemas digitais podem m nipular quantos digitos de preciso forem necessiios, para o que basta adicionar um nimero maior de circ tos de chaveamento. Em sistemas analégicos, a precisio std geralmente limitada a és ou quatro digitos, porque os valores de corrente e tensio sio diretamente depe: dentes dos valores dos componentes dos circuitos ¢ tam- bem sao afetados por flutuagdes randémicas (ruido). A operagdo do sistema pode ser programada, E bastante simples projetar sistemas dligitais cuja operagao pode ser controlada por um conjunto de instrugses, constituindo um programa, & medida que a tecnologia avanea, a pro- grumagio ce sistemas vem se tomando cada vex mais, 4. simples, Sistemas analégicos também podem ser progra- ‘madios, entretanto, a variedade © a complexidade das operacdes disponiveis sto bastante limitadas. - Circuitos digitais sao menos afetados pelo ruido, Flutut- es espiirias na tensio (ruido) ndo sio io eriticas em sistemas digitais porque © valor exato da tensio nao ¢ 0 importante, desde que a amplitude do ruido também do sejt Bo grande que nos impeca de distinguir corre: tamente os niveis logicos, 6. Lim mator mimero de circuitos digitats pode ser colocado ent wn circuito integrado. E verdade que circuitos an dgicos também foram beneficiados com o grande desen- volvimento da tecnologia de fabricagto de cireuitos inte gracos, mas sua complexidade e a uiilizagio de compo- nentes economicamente invidveis de serem integrados (capacitores de alto valor, resistores de precisio, induto- res, trinsformadores) t@m impedido que sistemas anal6- gicos alcancem © mesmo nivel de integragio. Limitacées das Técnicas Digitais Realmente existe apenas uma tinica desvantagem quando utilizamos: digitais: © mundo real é quase totalmente anal6gico. A maioria das quantidades fisicas € originalmente analogi- ca, ¢ elas sio freqiientemente as enti las monito- radas, operadas e controladas por um sistema, Alguns exem- plos sdo temperatura, pressio, posicio, velocidade, nivel de liquidos, vazao etc. EXamoy habittados a expressar estas quantidades digitalmente, de modo que quando dizemos que a temperatura € de 64° (63,8° se quisermos ser mais 4 Sistemas Digitals Prinefpios ¢ Aplicagies tertneo Gana) ta Tenperaum_, (epeaancse Gin ‘arasgea) >] ease =| mage an Camano |) orator oo FF conte sis v0 aie cette Fig. 1-1 Diagrama de blocos de um sistema de controle de temperatura que utiliza téenicas de processamento digital, possiveis gragas is conversoes analégico-digitis. precisos) estamos na verdade fazendo uma aproximacao di- gital de uma grandeza inerentemente analbgica Para tirar proveito das técnicas dligitais quando estiver- mos lidando com entradas ¢ saidas analégicas, trés pasos devem ser seguidos 1. Converter as entradas anal6gicas para a forma digital 2. Processar a informaciio digital 3. Converter as saidas digitais de volta a forma anal6, A Fig. 1-1 mostra um diagrama de blocos dle um tipico sistema de controle de temperatura. Como se pode ver no dliagrama, a temperatura € medida por um dispositive ana logico e © valor medido € entio convertido para uma r presentacdo na forma digital por um conversor analégi- co-digital (conversor A/D). Fsta &, ento, processada por tum cireuito digital, que pode incluir ou nao um computa- «lor digital. A saida digital & entio convertida de volta a for- ma analogica por um conversor digital-analogico (con- versor D/A). Esta saida analogica € fornecida como entra da a-um controlador que realiza algum tipo de agdo para ajustar a temperatura ‘Um outro bom exemplo de conversio entre representa- ‘Goes nas formas analogicas e digitais é a que se verifica na -gravagao ce audio. Compact disks (CDs) se sobressairam tomaram conta da indiistria fonografica por oferecerem melhores meios de gravacio e reproducao de misica. 0 processo de produga0 e reproducito em CD pode ser des- Crito genericamente como se Segue: (1) os sons dos instru- mentos ¢ das vozes produzem uma tensio analégica no microfone; (2) este sinal anal6gico € convertido em um for mato digital, usando um proceso dle conversio de analégi- co para digital; @) a informacto digital € armazenada na superficie do CD; (4 durante a reproducao, 0 CD player coleta a informago digital da superficie do CD e a conver- te em um sinal analégico, que € amplificado e enviado aos alto-falantes de onde pode ser captado pelo ouvido, A necessidade de conversio entre formas analdgicas € ligitais pode ser considerada uma desvantagem por causa do seu custo e complexidade adicionais, Um outro fator que geralmente € importante € 0 tempo extra necessario para realizar estas converses. Em muitas aplicagoes, esses fato- res si0 compensados pelas numerosas vantagens de usar mos técnicas digitais, em razzio das quais a conversio entre uantidades cligitais © analogicas tornou-se algo bastante comum na tecnologia atual Existem situagdes, entetanto, em que a utlizacao de tée- nicas analdgicas € mats simples e economica. Por exemplo: ‘vamplificacto de sinais € mais fcilmente real auxilio de circaitos analogicos comum observar as técnicas analGgicas ¢ digitais se- rem ttiizadas em tum mesmo sistema de modo a se tirat proveito das vantagens de cada uma das técnicas. Nesse Sistemas bibrides, uma das mais importantes etapas co pro jeto € determinar em que partes devem ser empregadas as tecnicas analdgicas e aquelas em que cevem ser utlizadas teenicas digits 0 Futuro £ Digital E bastante seguro prever que a maioria dos futuros avancos ‘em muitas (Sendo em todas) areas da tecnologia sera reali- zada no dominio digital. O ritmo acelerado desses avancos pode inclusive exceder 0 crescimento fenomenal que tem clo verificaclo nos tiltimos anos — um periodo em que vimos: 35% das familias americanas € 50% dos jovens na faixa dos 13 aos 19 anos com computadores pessoais em casa; aproximadamente 30 milhoes de pessoas na Internet ‘5090 de todos os computadores pessoais vendicos em 1995 possuiam moxiems ¢ unidades de CD-ROM; automoveis com 50 microprovessadores; microprocessadores presentes na coisas mais comuns, desde torradeiras, termostatos e car- tes de cumprimentos até secretirias eletronicas, videocas setes ¢ miquinas de lavar. E 0 futuro nos promete ainda mais. No inicio do século vinte © um, suas abotoaduras ou seus brincos polerio se comunicar com outros, através de satéli- tes, € terio mais poder computacional do que o computaclor que woeé possui hoje em cast ou no escrito, Telefones serio capazes de receber, ordenar e talver. até responder chama: das, como um secretiria bemtreinada. Na escola, criancas serio capazes de colher idéias e informacoes e entrar em Contato com outras criancas de toclo o mundo. Quando voce assistrtelevisio por uma hora, 0 que estar vendo foi trans- mitido para sua casa em menos de um segundo e armazena- do na meméria do computador presente na sua TV, para ser visto de acordo com a sua conveniéncia, Ler sobre um lugar 8,000 km de distincia pode incluir uma experiéncia senso- rial de estar ki, Eo € apenas a ponta do tceherg® Em outras palavras, a tecnologia digital vai continuar a invadir rapicamente © cotidiano de nossas vidas, bem como vai alcangar novas fronteiras que talvez nao tenhamos nem sequer imaginado, Tudo 0 que podemos fazer é aprender (0 méximo possivel sobre esta tecnologia, agientar firme & aproveitar a viagem, Questes de Revisao 1. Quais sto as vantagens das téenicas digitais sobre as, anal6gicas? 2. Qual € a maior limitago que existe para se usar técni- cas digitais? 1-3 SISTEMAS DE NUMERACAO DIGITAL Muitos sistemas de numeraglo sto usados na tecnologia di- gital, Os mais comuns s0 6 decimal, 0 bindrio, o octal ¢ 0 hexadecimal, O sistema decimal € naturalmente o sistema mais familiar para todos, uma vez que ele € uma ferramen- ta que utilizamos todos os dias. Examinar algumas de sua caracteristicas nos ajudari a obter uma melhor compreen- so dos outros sistemas, Sistema Decimal © sistema decimal é composio de 10 algarismos ou sim- bolos, Estes 10 simbolos s40 0, 1, 2, 3,4, 5,6, 7, 89. Uti lizando estes simbolos como digitas de um niimero, pode mos expressir qualquer quantidade, O sistema decimal € também chamado de sistema de base 10 porque possui 10 digitos e evoluiu naturalmente do fato de que as pessoas tem 10 dedos. De fato, a palavra “dito” é derivada da pa- lavra latina usada para denominar “dedo’ (O sistema decimal é um sistema de valor posicional, sto &, um sistema no qual o valor do digito depende de sua posicio, Por exemplo: considere © ntimero decimal 453 Sabemos que o digito 4, na verdade, representa 4 cente- nas, 0 5 representa 5 dezenas e 0 3 representa 3 unida- des: Em esséncia, © 4 possui o maior peso dos tres digits, ele nos referimos como digito mats significativo (MSD — Most Significant Digid. O 3 possui o menor peso € € chamado de digito menos significativo (LSD — Least Significant Digit Considere um outro exemplo, 27,35. Este ntimero € na verdade igual a 2 dezenas mais 7 unidacdes mais 3 décimos mais 5 centésimos, ou 2% 1047 X 1+ 3X 041 +5 x 0,01, A vingula decimal € usada para separara paste inteira da pane fracionaria do mtimero De modo mais rigoroso, as varias posigbes relativas a Virgula decimal possuem pesos que podem ser expressos em poténcias de 10. sto pode ser visto na Fig. 1-2, onde o rnimero 2745,214 esti representado. A virgula decimal s para as poténcias positivas de 10 daquelas que sd0 negati vvas. O timero 2745,214 € entio igual a (2X 10) + 7 X 10") + 4X 109 + GX 109) +(2* 10) +1 x 10) + 4x 10) Conceitos Introdutorios 5 Em geral, qualquer nmero € simplesmente a soma dos pro: dutos de cada valor do digito pelo seu peso devido a sua posigao. Vales poscionais poses) Liv roeiotne BEE brat vad cf flores posicionais do sistema de numeragio decimal sio ias de 10, Contagem Decimal {Quando fazemos uma contagem no sistema decimal, come- ‘amos com 0 na posicio da unidads e vamos fomanclo cada Simbolo em progressio até atingiemos 9. Quando isto acon tece, adicionamos | a posicio de maior peso e mais proxima © comecamos de novo com 0 0, a primeira posicao (wei Fig. 1-3), Ente processo continua até que a contagem de 99 seja alcangada. Neste momento, adicionamos 1 a tercei posicdo e comecamos de novo com 0 nas dias primeiras posicoes. Este procedimento pode sr seguido continuamente, {qualquer que seja 0 ndimero que desejemos contae E importante notar que, na contagem decimal, a posigdo comespondente 8 unidades (LSD) troca de valor a cada passo da contagem; a posigio correspondente as dezenas fnuda a cada 10 passos da contagem, « posicao correspon Gente as centenas muda a caca 100 passos da contagem & assim por diant Outra caracterstica do sistema decimal é que, se wilizar- mos dois digitos, podemos contar até 10 = 100 nuimeros diferentes (0 a 99);* utilizando 3 digitos, podemos contar ° 20 108 1 21 2 2 a 23 ' 4 24 | 5 25 ' 6 26 | 7 27 \ 8 28 | 8 29 ' 10 30 | i" v ! 2 1 199 8 i 200 14 it t 5 i %6 99 7 100 8, 301 339 19 102" 1000 Fig. 1-3 Contagem decimal 6 iste Digitais Principios e Aplicagdes 16 1000 niimeros (0 a 999), ¢ assim sucessivamente, De roclo geral, com .Vdigitos, podemos contar até 10° ntimeros distintos, comecando do zero e incluindo-o na contagem, O maior numero possivel seri sempre igual a 10° ~ 1 Sistema Binario Infelizmente, o sistema decimal nao se presta pasa ser im- plementado satisatoriamente em sistemas digitais. Por exem- plo: € bastante dificil projetar um equipamento eletrdnico que possa trabalhar com 10 niveis diferentes de tenstio (um, para cada algarismo decimal, do 0 20 9). Por outro lado, é ‘muito Facil implementar circuitos eletrOnicos simples e pre- cisos que operem somente com dois niveis de tensao. Por esta razo, quase todo sistema digital usa o sistema de nus meragio bindrio (base 2) como sistema de numeracao basi- co para suas operacoes, embora outros sistemas de nume- ragao, As vezes, sejam usados em conjunglo com o sistema binaro. No sistema binario exiscem apenas dois simbolos ou. valores possiveis para os digitos, 0 € 1, Ainda assim, este sistema de base 2 pode ser usado para representar qualquer valor que possa ser representaco no sistema decimal ou em, qualquer outro sistema, Entretanto, de um modo geral, ele utilizar um ntimero maior de digitos binsrios para expres- sar um dado valor, ‘Todas as alirmagdes feitas anteriormente em rekagio a0 sistema decimal si0 aplicaveis do mesmo modo ao sistema bindrio. O sistema bindrio também ¢ um sistema de valor posicional, onde cada digito binario possui seu proprio valor u peso expresso como uma poténcia de dois, Isto é ilus- trado na Fig, 4. Na figura, as posigoes a esquerda da viygula bindria (con- trapartida da virgula decimal) representam as poténcias positivas de 2, e as posicdes 2 direita representam as po- téncias negativas de 2. O numero 101,101 & mostrado na figura. Para encontrar o seu equivalente no sistema deci mal, simplesmente fazemos a somst dos produtos de cada digito (0 ou 1) pelo seu respective peso. 1011101, = 1-29 + OX 29 + AX 29+ Ax 2% +X 2) + OX 24) +X 2 40+ 241405 +0 40225 1,625, Observe que na operaeio anterior os indices (2 € 10) si0, usados para indicar a base na qual o niimero em questio esti expresso, Esta convengiio € usada para evitar confusio are rede dad th PPL t i Viegla 38 Vege ise Fig. 1-4 Valores posicionais do sistema de numerigae bindrio sto. poténcias de 2 sempre que mais cle um sistema de mumeracao estiver sen- do empregado, No sistema binario, o termo dfgito bindrio & geralmente abreviado para bit (binary digi), que usaremos daqui por diante. Assim, para o ntimero mostrado na Fig. 1-4 existem quatro digitos 4 esquerda da virgula bindria, representando 2 parte inteira do ntimero, ¢ t#@s bits & digeita, representan: doa parte fracionaria. O bit mais significativo (MSB — Most Significant Bid & o bit mais 2 esquerda (o de maior peso), © it menos significative (LSB — Least Significant Bid & 0 bit mais 2 direita (o de menor peso). Estes bits esto indica- dos na Fig. 1-4, Contagem Binaria Quando tidamos com nimeros bindrios, gesalmente iremos nos restringira um numero espeeiico de bits, Esa restrigao € aseada no conjunto de circuitos que esti sendo usido part representar estes ntimeros bindrios, Vamtos usa niime- ros de 4 bits para iustrar 0 método para a contagem em binario. ‘A seqiiéncia (mostrada na Fig. 1-5) comeca com todos os bits em 0; €a chamada contagem zero, Para cada conta- sem sucessiva, a posigio referente 3s unidades (2) com ta, isto €, ela troca o seu valor bindrio pelo outro. Cada ve que o bit das unidades trocar de 1 para 0, a posicio de peso dois (2° vai comutar (trocar de estado), Caca vez que 0 bit da posicio de peso dois mudar de 1 pars 0, 0 bit da posi- edo de peso quatro (2°) vai comutar (mudar de estado). Do mesmo modo, cada Vez que © bit cla posicao de peso qua- tro mudar de’ para 0, 0 bit da posicio de peso oito (29) comuta (muda de estado), Este processo continuaria para os bits de mais alta ordem, se 0 nlimeto binstio tivesse mais ddo que quatro bits A seqiiéncia ce contagem bindria tem outra importante caracteristica, como esti mostrado na Fig. 1-5. O bit das uunidades (LSB) muda de 0 para 1 ou de I para 0 a cada contagem. O segundo bit (posigio de peso dois) fica em 0 por duas contagens © depois em 1 por duas contagens, ¢ Decimal equivalente Pesos —> 228 [etna [eine [eat of ofo,o —+ ° ofofofa + 1 cceceececcrccccae | 2 Oe econ ie enee t 8 ofr] o}o ! 4 Nee rere canesced : 5 Oe i leila 6 ofitilti 7 Teer lnonieos | 8 yfofofa | ° rfolafo 3 10 eee eee | n ieee | 2 (ioe 13 iGo 14 afapapa me 15 t se Fig. 1.5 Seqiigncia de contagem bina,

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