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te ee eo ADL DO PAR AEGULAMENTO GERAL 00 EUS. PROMARI ence Nii PELO DECRETO N, 100 de 17 de Fevereiro de 1903 = * ‘ BELEM <> -Iyp do «Diario Oiidale “isos. ogee = pre” : A REGULAMENTO GERAL DO ENSINO PRIMARIO DECRETO N. 1190—de 17 de Fevereiro de 1903 Reorganisa o ensino primario do Estado. O Governador do Estado, usando da auctorisagao que lhe cvonfere.a Lei n, 834 de 24 de Outubro de 1902, decreta : .TITULO I Da direcgdo ¢ inspeegio do ensind primario Art. 12—A direcefio e a inspeccao supremas do ensino pri- mario cabem ao Governador do Estado, que as exercera na forma deste Regulamento e teré como auxiliares: @) O Secretario de Estado da Justica, Interior é Instru- egio Publica ; : 4) O Conselho Superior dé Instrucgiv Publica. ~ CAPITULO I DO SECRETARIO DE PSTADO DA INSTRUGGAO PUBLICA Art. 2°—Ao Seeretario de Estado da-Instrucgao Pabte compete: - 1? A fiséalisagio directa e siperintendencia de todas as escolas publicas € particulares; a ata 2° O estudo das questées relativas dinstruccio primaria, sua applicagéo e pratica no Estado; 3° A convocagao e presidencia do Conselho Superior; 4° A expedicao de ordens e instrucedes pedagogicas es- peciaes para o desenvolvimento e progresso do ensino; 5° A organisagio do regimento interno das escolas e progtammas de ensino; com approvagao do Governador ; 6° Attestar a frequencia dos professores da capital e vi- sar os attestados passados aos professores do interior, ou Thes dar outros, quando verificar que as autoridades encar- regadas d’esse servigo negam-se a fazel-o, sem justa causa; “? Mandar annunciar por editaes as cadeiras vagas, abrindo concorrencia para 0 respectivo provimento ; 8° Impér aos fanccionarios do magisterio primario as penas disciplinares, de accérdo com este regulamento, e appli- car as que forem impostas pelo Conselho Superior; 9° Nomear substitulos aos professores e adjuntos effe- ctivos nos seus impedimentos, approvar ou negar approva- go aos. nomeados pelos Conselhos Escolares e dispensal-os quando se tornarem incompativeis para’ exercicio do ma= gisterio ; z ~ : 10. Informar ao Governador em relatorio annual, minu- ciosamente, sobre o estado da instruccho primaria, propon- do as medidas necessarias para o seu melhoramento e diffu— sao no Estado, e fazendo mengao especial dos professores da capital e do interior que mais se tiverem distinguido durante © anno lectivo, tendo em atlengao o-resultado dos exames para diploma de estudos primarios; z 11. Justificar faltas, dos funecionarios do magisterio prima- rio, sendo com direito 4 percepcio do ordenado, até 15 dias; 12. Commissionar professores publicos, de preferencia os que estiverem em disponibilidade, sempre que o servico da instrucgao o exigir, para a fiscalisagao e inspecgao das escolas publicas, cabendo ao commissionado os vencimentos integraes de sua entrancia, passagens por conta do Estado ¢ uma diaria de tres mil réis, ouro, quando a inspecedo for resolvida no in- terior do Estado ; 13. Designar os directores dos esta! clecimentos de ensi- no fara represental-o em servi¢os de insteucgao ; 14, Delegar nos directores dos estabelecimentos de ensi- no 0 chefe da 3 seceao as attribuigdes que lhe cabem, quando 0 servigo publico o exigir. e CAPITULO IL DO CONSELHO SUPERIOR Art. 3°—O Conselho Superior de Instruccao Publica - sera composto de cinco membros nomeados pelo Governador do Estado, dentre os cidadios de comprovada competencia em assumptos de instruc¢ao publica e reconhecida probidade. Compete ao Conselho Superior: 1° Informar e dar parecer sobre questoes e assumptos administrativos com rela¢ao. instrucgdo primaria, nos casos omissos ou de interpretagao de lei e do presente regulamento, quando o julgar necessario 0 Secretario de Estado da Instrucgio Publica ; - z 2? Deliberar sobre a vitaliciedade dos professores e re- solver sobre as concessdes e yantagens, que Ihe.sao conferi- das por este regulamento ; . s 3° Propér as medidas e providencias que entender a hem pe da instrucgao primaria ; 4? Revér no fim de-cada anno a lista dos livros approva- dos para o ensino, fazendo-os substituir pelos que Ihe paré- — cerem mais aproveitaveis ; oe Esta lista sera publicada pelo Diario Oficial e pola A Es- cola, para conhecimento dos professores. oo 5° Interpretar os actos Jegaes ou regulamentares jd de- _ cretados, nao lhe sendo licito crear materia nova e nao exis- tente nas leis e regulamentos do ensino vigente. Art, 42—O voto do Conselho Superior é apenas consul- tivo, salvo quando usar das. seguintes-attribuigous, em que- teré voto deliberativo: == % ¢ 1° Deeidir em gréo de recurso em ultima instaneia as re- clamag6es sobre as penas impostas pelas auctoridades do en- < = sino," na férma d’este regalamento esdos demais estabeléci- 2 mentos de instruccae official. . . 2° Approvar, mediante parecer de uma commisséo por si nomeada, os methodos e systemas praticos de ensino, as sim como a adopgao, revisio on substituigio de compendios 5 e livros escolares ; < e 3° Processar e impér as penas regulamentares aos mem- bros do magisterio publico em 1? instancia. z Art 5°—O Secretario de» Estado da Instrucgio Publica seré o intermediario do Conselho Superior nas suas relagoes ; com o Governo. _ tae ae . Art. 68—O Conselho Superior sera presidido pelo Secre- tario de Estado da Instruegao Publica, com voto de qualidade. § Unico. O Presidente do Conselho sera substituido pelo vice-presidente, escolhido pelo Governador dentre os mem- bros nomeados : @) nos seus impedimentos ; 6) quando se tratar de recursos deactos por elle proferidos. Art. 77—O Conselho funccionara sempre que estiverem presentes quatro membros, inclusive 0 presidente. _ § Unico, Os parectfes do Conselho deverfio ser resumi- dos, mas. sempre fundamentados, assignados pelos membros presentes e lavrados immediatamente pelo chefe da 8% secgio da respectiva Secretaria de Estado de aceérdo com a. opiniao vencedora, devendo o vencido justificar o seu voto No acto da assignatura. Art. Os membros do Conselho, quando deixarem de comparecer a tres sessdes consecutivas, sem participagaéo ou motiyo justo, podeffio ser considerados resignatarios. Art. 92—Annexa ao Conselho Superior e adequada aos seus fins sera constituida uma _bibliotheca. Art. 10.—O Regimento inte:io do Conselho Superior, _ promulgado pelo dec. n, 631 de 18 de janeiro de 1899, sera 2 cei e posto de accdrdo com este ee —: CAPITULO III DOS CONSELHOS ESCOLARES _ Art..11 —Em cada um dos municipios do interior do Es- havera um Conselho Escolar, encarregado da inspecgao e fiscalisagao do ensino.no municipio. ‘Ari, 12.—Os Conselhos Eseolares compor- se-hiio + a) Do Intendente Municipal, como presidente; A De um delegado do Governador; ~e) De um delegado do Secretario de Estado da Instrue- Gao Publica, = § unico. Serviré de secretario do Conselho um profes- sor da séde do municipio designado pelo presidente do Con- selho e nas sédes de grupo o director do mesmo. Art. 13.—Nos logares afastados da séde dos municipios, os Conselhos Escolares deverdo nomear delegades de sua con- fianga encarregados da fiscalisagao do ensino e attestagao do exercicio dos professores. y ; Ta § Unico. Estas nomeagies serao levadas ao conhecimento do Secretario de Estado da Instruegaio Publica, logo que forem feitas. Art. 14.—Aos Conselhos Escolares incumbe : 1. Fiscalisar e inspeccionar as escolas existentes no mu- nicipio, instruindo os professores sobre o bom eumprimento dos seus deveres. 2. Attestar mensalmente 0 exercicio dos _professores das escolas isolacdas do municipio. 3. Annolar no lilulo dos professores nomeados para o municipio a data do exercicio, fazendo immediata commauni- eagao a Secretaria de Estado respectiva. 4. Receber a affirmagio dos professores nomeados para o municipio, quando nao a houverem prestado perante o Se- cretario de Estado da Instrucgao Publica. 5. Informar as petigoes dos professores do municipio so- ‘bre pedidos de licengas. 6. Communicar com a maxima urgencia ao Secretario de Estado da Instruccio Publica as vagas que se derem nas es= colas. s 7. Designar dias para terem Jogar os exames parciaes e elementares nas escolas do municipio e nomear os examina- dores. 8. Nomeara commissio exatminadora e presidir aos exa- mes dos candidatos ao certificado de estudos elementares de escolas isoladas; e nomear ade diplomas de estudos primarios. 9. Informar ao Seeretario de Estado da Instruccao Pu- plica sobre tudo que disser.respeito ao ensino no municipio 10. Nomear pesséas idoneas, preferindo os normalistas, para substituirem os professores nos seus impedimentos, submeltendo a portaria de nomeagio d approvagao a6 Seere- tario de Estado da Instrucgao Publica no praso maximo de 30 dias. 11. Verificar a exactidao dos mappas trimestraés das es- colas, pondo-lhes 0 Visto. 12. Remetter anniialmente ao Secretario de Estado da Instrucgio Publiea um mappa das escolas muniicipaes @ parti- culares existentes com informagao sobre os logares onde func- cionam, nome do professor, numero maximo da matricula ¢ frequencia. média annuaes. * . Fazer proceder dnntalmente ao recenseamento da po- pulacao escolar, de accordo com as disposigoes deste EeeBa mento, » eat 14. Communicar-ao Secretario de Estado da Instrucgao 0 inicio do exercicio dos professores, as interrupcdes que se derem, as entradas em goso de licenga, e quaesquer occurrencias sobre v funccionamento das escolas. 15, Abrir os livros precisos 4 escripturagao das escolas, sendo rubricados pelo presidente. * _ 16. Propér ao Secretario de Estado da Instruégao Pu- blica a dispensa dos professores leigos interinos, que nao es- tiverem nas condigdes de exercer os cargos. 17. Imp6r aos professores encontrados em falta as pe- nas seguintes : 5 a) Advertencia; 6) Reprehensio; “ ¢) Multa de 20 50 mil réis; 18. Designar dentro da area territorial em que forem creadas, os logares onde deveriio funccionar as escolas ele~ mentares, ; 3x ‘ Art. 15.—O presidente do Conselho Escolar tera a seu ‘ cargo a escripturagao referente ao ensino publico do munici- ae livros destinados a-esse fim, abertos e rubricados pelo "che “Dlica, ; is . § Unico, Estes livros scrao'em numeros de trez, e desti- nado: Ao registro da correspondencia mantida com a Se- ia de Estado da Instruceao Publica e professores, bem como dos termos das visitas feitas pelos membros do conselho as escolas do municipio. 2 A’s actas dos exames prestados na séde do munici- pio para diploma de estudos primarios e certificados de estu~ 4 dos elementares e ds das sessdes do Conselho. _3? A’ trauscripgio do recenseamiento definitivo da po- pulagao escolar do municipio. Art. 16.—Aos inspectores de que’ trata o art. 2° n. 12 p 9 Secretario de Estado da Instracgao Publica inyestir das attribuigdes contidas no art, 14, quamdo assim o exigir o servigo publico. « ___ Art. 17.—Quando em algum municipio nao estiver orga- _ nisado o Conselho Escolar, exercerg suas atiribuigoes 0 In- _ tendente Municipal. e . Art. 18.—0s Conselhos Escolares reunir-se-hao em sessio ordinaria para attestagio do exercicio dos professores, infor- s: ee da 3% seceao da Secretaria de Estado’da Instrucgio Pu- - macao de petigdes ou quaesquer outros trabalhos, no primeiro uae dia util de cada mez, ¢ em sess6es extraordinarias sempre que o Presidente os convocar. Art. 19.—Qs Conselhos Escolares farao langar no livro proprio as actas de suas sessdes, nas quaes ficardo eonsigna- das com minuciosidade ‘todos os seus trabalhos. » Art. 20.—As resolugées dos Gonselhos Escolares serao sempre tomadas por maioria de volos, devendo 0 membro discordante assignar-se_ vencido, motivando o seu voto, Art. 21.—Quando qualquer dos membros de nomeacao do Conselho Escolar, se ausentar do municipio por mais de 30 dias, o Presidente communicard o facto ao Secretario de Estado da Instruceao Publica. Art. 22.—O membro do Conselho Escolar que faltar a 3 reunides ordinarias consecutivas poderd ser.considerado de- Mmissionario. “Art.-23.—Os Conselhos Escolares nao deverao visar os attestados dos professores do municipio que deixarem de apresentar os mappas trimestraes, até 15 dias depois do tri- mestre findo. § Unico.—Depois do Visto, esses mappas serdo restitui- dos aos professores para os encaminhar 4 Secretaria de Hs- tado da Instrucgao Publica: S ~TITULO II Do. ensino primario-em--geral Art. 24.—0 ensino primario divide-se em publico e par- ticular. : . Art. 25—O ensino publico é ministrado em esecolas mantidas pelo Estado ou pelo municipio, o particular em es~ colas creadas por iniciativa individual ou por associagdes. Art. 26.—Nas_ eseolas publicas o ensino 6 gratuito, lei- go e uniforme; nas particulares’é amplaa liberdade de en- sino, comtanto que nao seja offensive 4 moral nem contrario ds instituigdes do paiz. ° Art. 27.—O ensino primario, quer publico quer particu- Jar, 6 obrigatorio para as creangas que fesidirem em determi- nada drea escolar e na forma prescripta n’este regulamento, —10— CAPITULO. DO ENSINO PURLICO Art. 28.—0 ensino publico do Estado sera dado em: 1° Grupos escolares ; . : 2° Escolas isoladas. : Art. 29.—As escolas serio especiaes para cada Sexo, OW mixlas em que poderao ser admittidas as creangas de um o outro sexo. “ Art. 30.—As escolas de meninas e as mixtas sé poderao ser regidas por professoras, as de meninos por professores ou professoras, mantida a preferencia dos primeiros. Art. 31.—Quanto ao ensino ministrado, as escolas serio complementares ou elementares, “4 § unico. As eseolas complementares s6 existiraio nos gru- pos escolares, e ‘Art. 82.—No programma de ensino que for decretado, ~_ deverd ficar bem detalhada a divisao das materias em annos ~ eos limites do ensino de cada uma dellas. : rt. 88.—Alény das materias ensinadas sera dada conve- niente educagao physica, comprehendendo nogoes de hygiene pratica, exercicios, jogos e brinquedos ao ar livre. CAPITULO IT < - 0S. GRUPOS ESCOLARES _ Art. 34.—Na_ capital e nas cidades e villas em que a po- » pulagaio escolar o permittir, o Governo podera reunir as escolas em grupos, fazendo-as funccionar em um s6 predio e sob uma 0 uniform. Be RS Art. 35.—A direecao de cada grupo escolar seré confiada a. um director nomeado pelo Governador, tirado de preferen- ‘entre os professores diplomados pela Escola Normal do do ¢ os bachareis formados em direito. Art. 36.—Ao director do grupo escolar compete : ‘ _ 1. A representagao official do grupo em todas as suas relagdesexternas, wis - _ 2. A inspecedo e fisealisagaio de todos os cursog durante 9 seu funccionamento, imprinindo ao grupo o regimen ¢ the- ‘thodo de ensino, de accordo com o respectivo programma @ —li— instruegdes que receber do Secretario de Estado da Instruceao Publica. e ¢ 8. Fazer vaecinar até 30 dias, contados da data da matri- cula, os alumnos que ainda o nao liverem sido, ou nao mos- trarem signaes de haverem tido variola. /4. Propdr ao Secretario. de Estado da Instrueeio Publiza a creagaio e suppressio dos logares de adjuntos de professores. 5. Proceder com 0 auxilio dos professores 4 matricula, classificagao e climinacio dos almmnos. 6. Submetter os alumnos de eada clirso a exames semes- traes e aos: finaes na terminagao do anno lectivo. 7. Elaborar em duplicata e enviar ao Secretario de Es- tado da Instrucgao Publica os mappas trimestraes da matri- cula e frequencia dos aluninos dos diferentes cursos do grup 8. Apresentar ao Secretario de Lstado da Instruceio Publica no fim do anno lectivo ui relatorio minucioso sobre omovimento do grupo, mencionando todas as occorrencias que se deram durante o anno-eacompanhando-o dos mappas e quadros explicativos necessarios e de todos os esclareci- mentos e informagoes que lhe forein exigidos. 9. Justificar alé 3 fallas-em cada mez aos professores. 10. Gumprir e fazer cumprir todas as disposigdes legaes € determinagédes do Seeretario de Estado da Instrucgio Publica relativas ao ensino e regular funecionamento do grupo. 11. Velar pela béa conservagao da casa, bibliotheea, gabi- netes, moveis e objectos escolares. 1 12. Abrir, numerar, rubriecar e encerrar os livros da es- cripturagao do grupo. 3 13. Abrir e encerrar diariamente-o ponto do pessoal, no- tando as fallas de cada um. O ponte do pessoal docente. seré encerrado 10 minutos depois da hora marcada para o inicio das atlas. 14, Propér ao Secrelario de Estado da Instrucgio Pu- blica, a adopgao de medidas que julgar de conveniencia para a béa direcgiio do grupo. 15, Encaminhar ao Seerétario de Estado da Instrucgao Publica as peligdes dos professores, informando-as. 16. Impér ao pessoal as penas que forem determinadas no regimento interno. 17. Tomar as medidas urgentes nos casos nao previstos, sujeitando immediatamente o seu acto 4 approvagio do Se~ eretario de Estado da Insirucgao Publica. 18. Organisar mensalmente, em duplicata, de accordo = oe eel com 0 liyro do ponto, a folha de pagamento do pessoal do = grupo, mencionando as fallas e seu motivo, enviando-a ao Se- e cretario de Estado da Instrucgao Publica, para os devidos fins. 19. Dirigir, emfim, todos os servigos do grupo, manten - doa ordem no pessoal e providenciando pela conservagéio dos objectos cOnfiados a sua guarda, Art. 37.—O Director sera substituido nos seus impedi- mentos menores de 60 dias pelo professor do grupo que o Secrelario de Estado da Instruccao Publica designar e na fal= ta de designagao pelo mais antigo. Art. 38.—O Director do grupo 6 obrigado a permanecer no edificio durante todo o tempo em que fanccionarem as au- las, e nos dias que faliar, o ponto sera encerrado pelo profes- sor mais antigo. Art. 39.—Em eadaseceio dos grupos escolares da capital haveré uma escola do curso complementar e tres do curso elementar © nas do interior uma do curso complementar, e * dnas do elementar, sendo aquelia mixta e commum 4s duas. Secgoes. - ~ §1°-O numero acima prescriplo podera ser augmentado ow! diminuido, tendo-se em attencde as condigoes ‘do predio onde se achar jnstallado o grupo. § 2° Os professores de grupo serao,auxiliados por adjun- tos, verificada a effectiva frequencia de mais dé 60 alumnos em cadu aula.” Art. 40.—Em. cada grnpo escolar Haverd um porteira que nos Servigos a seu cargo seri auxiliado por um servente para a seccio masculinae uma -servente.paraa sec¢io feminina. § 1° O-Portciro “seri nomeado pelo Seeretario de Estado daInstruccio Publicar. $2? Os serventes serio contractados, ¢ e despedidos pelo direetor do grupo, = Att. 41 —Ao porteiro ineumbe : “L. Abrir com a necessaria antecedengia-e fechar, depois adie eo os trabalhos do dia, as portas do estabeleci- 2. Responder pelo asscio eda guanda’do edificio, mo- “Dilia e silensilios do grupo: a . 3. Delerminar 9 servigo diario dos serventes, 4. ‘Ter sob sua guarda 0 livro de ponte’ do” pessoal. do = SS grupo. 6, Receber os requerimentos, officios e mais papeis que — Ihe forem apresentados, remettendo ao seu destino a corres— pondencia official do mesmo grupo e fazendo de tudo assento em livro especial. Art. 42,—Os serventes tém como principaes obrigacdes : conservaro edificic e suas dependencias .em perfeito estado de asseio; cumprir as ordens do director e do porteiro;atten- der aos chamados dos professores para servigos dentro do es- tabelecimento. Art. 43.—Annexo 4 Escola Normal funccionara um grupo em que, alem do ensino primario, os alumnos-mestres da Es— cola Normal farao exercicios praticos. * Art. 44.—O ensino d’este grupo comprehenderé as mes- mas materias do ensino elementar e complementar, na forma que for estabelecida pelo programma do ensino primario. § Unico. As escolas d’este grupo nao poderio conter mais de 50 alumnos matriculados. Art. 45.—O provimento das escolas deste grupo obede-. cerd és mesmas-regras dos mais.grupos. Art. 46.—E” respeitado o direito dos aciuaes professores das escolas-modelo que forem aproyeitados neste grupo, aos vencimentos taxados na lei do orgamento; os nomeados, po- rem, na organisagao, por motivo de vagas, ou interinamente pereeberaio os vencimentos mareados para 0s professores de grupos da capital. Art. 47.—Seraio applicadas a este grupo todas as disposi- gGes d'este regulamento rele ao, ensino e sua obrigatorie- dade. Art. 48.—A nratica do Eeorado serd exereida no grupo “pelos alumnos da Escola Normal, durante todo o curso, em ordem designada pelo’ Director @esta e sob a ‘inspecgao e guia dos professores daquelle. Art. 49.—Os professores d’este grupo ficam sujeitos as mesmas obrigac6es e gozam dos mesmos direitos por este re-- gulamento conferidos aos professores dos grupos escolares. Art, 50.—9 grupo annexo 4 Escola Normal fica sob a dis - recgao do director d’este eslabelecimento de ensino, a quem, competem todas as altribuigdes e deveres dos mais directores” de grupos da capital. Art. 51.—Os professores d’este grupo deverao prestar ao director da Escola Normal, alem do que lhes é inrposto como ~professores, todas as informagaes.e esclarecimentos que lhes forem exigidos sobre habilitagoes, moralidade, pOriveltamemto, e aptidao dos alumnos-mestres, shies Art. 52.—Alem das penas, que, come director de grupo, o director da Escola Normal péde impér, compete-lhe ainda a de suspensio até 30 dias,.com recurso na forma deste regu- lamento para o Secretario de Estado de Instruegaio Publica. Art. 53.—Alem dos seus vencimentos como director da Escola Normal, este percebera a gratificagao de director de grupo. Prt 54.—0O ensino primario ministrado nos _institutos Lauro Sodré e Gentil Bittencourt sera restrietamente confor- me aos programmas do ensino primario e obedecerd ao _regi- men dos grupos escolares, tendo cada um d’esses estabeleci— mentos uma escola complementar e tres elementares, perce-- bendo os respectivos professores os vencimentos referidos na lei do orgamento. ‘Art. 55.—Por occasifio de ser installado um grupo esed- lar, o Governador nomeard os professores que devem servir nos diferentes cursos, aproveitando de preferencia os effecti- vos das escolas que.forem absorvidas pelo mesmo grupo.” _. § Unico. As escolas assim absorvidas, que podem ser em numero superior és creadas no grupo, serao declaradas extin- ctas por acto do Governo. _ Art, 56.—Nos grupos escolares o anno lectivo comegara de 15 de Janeiro a 15 de Novembro; funccionando as aulas todos os dias uteis de 8 horas és 113 da manhi, excepto : @) de 15 de Novembro a 15 de Janeiro. $ 6) os domingos é dias feriados pela Uniao e pelo Estado. ¢) os dias de carnaval. | € Unico. Durante as horas de aula haverd um intervallo de 15 minutos, destinado ao recreio dos alumnos. 3 7.--O Governo esforcar-se-ha para que em breve tempo todas as escolas do perimetro urbano da capital sejam reunidas em grupos. CAPITULO UL ~ “DAS ESCOLAS ISOLADAS ‘Art. 58.—As escolas publicas isoladas serfo todas ele« ~ mentares: ¥ 4 Art. 59.—As eseolas elementares isoladas serio estabele- cidas na capital, cidades, villas e povoagoes e onde quer que age Seepela estatistica escolar haver mais de vinte e cinco” = 5b— - creangas de cada sexo no caso de receberem a instrucgaio pri- maria. Art. 60.—As escolas mixtas elementares serao creadas provisoriamente nas localidades em que a frequencia nao for sufficiente para a creacio de duas escolas unisexuaes. Art, 61.—As escolas isoladas de um sexo funecionaréo de 7 1/2 ds 11 1/2 da manha. Nas escolas mixtas a instrucgao sera dada separadamente aos meninos e ds meninas,em duas setgdes diarias de-tres horas;—a primeira das 8 1/2 ds 11 1/2 da manha, destinada ds alumnas, a segunda das 2 ds 5 da tarde, destinada aos alum- nos. § Unico. As escolas isoladas funccionarao todos os dias uteis, excepto nos de que trata o art. 56, de 15 de Janeiro a 15 de Novembro. Art. 62.—As escolas elementares que em dous trimestres consecutivos apresentarem media de frequencia superior a 60 alumnos serao divididas. ~ Art. 63.—Serd extincta a escola elemeutar que em dous trimestres consecutivos nao obtiver media de frequencia su= perior a 15, ou nao aleangara matricula minima exigida por este regulamento. Art. 64.—As escolas serio removidas ou extinctas quan- do as condicces especiaes do ensino o exigirem. CAPITULO IV 4 DO PROVINENTO DAS ESCOLAS Art. 65.—Os professores do ensino primario seréo divi- didos, quanto 4 forma do provimento, em quatro classes: effectivos, em commissao, interinos e substitutos, § 1° Seraio considerades effectivos os professores que forem titulados pela Escola Normal, e houverem obtido tal provimento na forma d'esle regulamento, e os a que se refe- rem os arts, 79 e 82§ unico do presente regulamento.~ § 2° Serio considerados em commissio os professores effectivos que passarem a reger provisoriamente escolas de classé superior, que estiverem vagas. - § 3% Sao inlerinos os normalistas nomeados para rege~ rem interinamente escolas vagas, ou cidadaos nfo titulados, no mesmio Caso. § 4° Serfio considerados substitutos os que substituirem =16— os professores e adjuntos effectivos, durante os seus impedi- - mentos. E Art. 66.—O professor effectivo nao poderd ser nomeado para reger em commissio uma escola da mesma cathegoria d’aquella em que estiver provido. - = “Art. 67:—Os adjuntos effectivos poderio ser nomeado: . : em Commissfio para’ regerern escolas efementares. Art. 68.—As nomeacdes dos professores ou adjuntos effectivos, interinos ou em commissao serao feitas pelo Gover- nador do Estado, z _ § Unico. As nomeagoes dos substitutos serio feitas pelo Secretario de Estado da Instrucgao Publica, ou pelos, Conse— thos Escolares, com approvagao d’este, Art. 69.—Tedos os funccionarios nomeados para 0 magisterio primario devem solicitar os seus titulos e entrar em exercicio dentro do praso maximo de’ 40 dias, contados da data da publicacio da nomeacao no «Diario Official», sob pena (le ser ella considerada caduca. 3 Art. 70.—Nenhum funccionario do. magisterio primario nomeacio do Governador poderd entrar em.exercicio sem registrar o seu filulo na Secretaria de Estado da Ins- ublica e prestar affirmagao de bem cumprir os de- cargo. . ze. _§ Unico. Esta affirmagio poderd ser prestada pelo ean- See erento © Secretario de, Estado da Instrucgio Publica, 3 enté ou mediante procurador, perante o Conselho ‘do municipio a que pertencer a escola ou perante os x leg 0. interior quanto aos professores destes. =a rl. 71.—Os professores substitutos nomeados peloSecre- 3 Estado da Instruecgao Publica epelo Conselho Fs- o-forem: para. escolas do interior, poderao en- fs oreo n Eee a affirmagio, independentemen- ; registro, que, entretanto, devera ser feito antes de ser o ta presert Secretaria de et ja pata as notas devidas. Art. 72.—As nomeacdes dos. professores substitutos feitas pelos Congelhos, scolares devem ser submettidas 4 ee provacdo do Secretario de Estado da Instrucgao Publica ~ dentro do praso maximo de 30dias, = a ae 12 A approvagao deve serlangada no proprio titulo sdido ao nomeado, que para isso sera encdminhado ao Se- de Estado da Tnstracgao Publica pelo Gonselho Es r que houver feito a nomeacio, z r 2° A affirmagao dos substitutos nemeados pelos Con- me

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