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Quarta-feira, 21 de Jutho de 2004 I SERIE - Nimero 29 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICAGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOGAMBIQUE IMPRENSA NACIONAL DE MOCGAMBIQUE, ASSEMBLEIA DA REPUBLICA AVISO Lein 8/2004 ‘A matéria a publicar no <> de 21 de Julho deve ser remetida em e6pia devidamente autenticada, uma _Tendo em conta o répido desenvolvimento que caracteriza 0 por cada assunto, donde conste, além das indicagdes Sint ieccalte mat winks jeidicomaceoal alecoamtal nevesriag para Gre efoto, oaverbamentoseguintassinado Sues «ii endmenos, pot forma fae face soe desis autenticado: Para publicago no “Boletim da Repiblica” —¢mergentes. [Nestes terms, 20 abrigo da disposto no n° 1 do artigo 135 da Constituigdo, a Assembleia da Repiiblica determi SUMARIO CAPITULO 1 DisposigSes Gerais Assembleia da Republica: ‘Awtico1 (Definigses) O significado dos termos ¢ expressées utilizados consta do slossdrio em anexo a presente Lei, de que faz parte integrante, : ‘ntico2 Altera os artigos 1, 2,3, 4, 5, 6,7, 10, 11, 12, 19, 14, 15, 17, 18, 19,1 (Objecto) 20, 21, 23, 24,92, 40,41, 49, $1, 62, $5, 59, 65, 68, 68,73, 77, ‘i Sera gis ad a0erton abe aio A presente Lei tem por objecto a definigdo de bases gerais do sector das telecomunicagdes, de forma a asseguraraliberalizagio ‘do mercado e um regime de concorréncia, 6,11 118, 19. 120, Aso 3 (Objectives) Sao objectivos da presente Lei: 4) a promogao da disponibilidade de servicos de Diploma Ministerial n° 12012004: ‘ telecomunicagdes de uso piblico de alta qualidade; 1 concede anatonaliade magambicana, por natrakzondo, a Astra 8) a promogio do investimento privado na érea de i pryreveneebr : tlecomunicagaes; 6) a promogio do ervico de acesso universal para garantir a existéncia e disponibitidade de servigos piiblicos de "Diploma Ministerial n* 12112004: | Concede a nacichatidade mogambicana, por naturalizagdo, a | telecomunicagdes; 40 estabelecimento de normas de concorténcia entre os operadores ¢ prestadores de servigos de telecomuni- : ‘eagdes para garantir a criagho de condigées no discrimmnatérias © concortenciais para todos os ‘operadores ou prestadores de servigos de telecomuni- L cages: Diploma Ministerial n.* 12872006: H €) a garaniia da prossecugio do interesse ptiblico © a ‘Concede a nacionalidade mogambicana, por naturalzacao, 2 Pedro | preservagio da seguranga nacional ‘A) a garantia da existéncia, disponibilidade e a qualidade das redes de telecomunicagdes de uso pablico que Gabinete de Informagao" satisfagamas necessidades de comanicagao dos cidadios e das actividades econdmicas € sociais em todo 0 territorio nacional, bem como garantir as ligagbes nternacionais, 2) a-promogao do estabelecimento de normas de forma a Criar um clima favorivel para o desenvolvimento global de telecomunicagées e das tecnologias de informagio € comunicago, no interesse do desenvolvimento sustentivel em todo o pats. Ivo Lopes de Matos Neves. Despacho: "Nometa Vietor Fernando Mbebe, pra membro do Conselho de Despacho: Nome Michague José Mambo, para membro do Consetho de ‘Administracho da TVM EP. 264 ARrioo4 (Ambito) 1, O disposto na presente Lei aplica-se a estabelecimmento, gestio ‘eexploragtio de redes e servigos de telecomunicagdes, excepto: 4) os aspectos relacionados coms conteidos dos programas dos servigos de radiodifusio sonore televisiva; +) 8 redes ¢ servigos de telecomunicagbes estabelecides pelo Governo para fins meteoroidgicos, maritimos ¢ aeronduticos; 0) as redes ¢ servigos de telecomunicagtes operadas peles Forgas de Defesa e Seguranga, no exercicio das suas fngdes; 1) as redes ¢ servigos de telecomunicagdes estabelecidos ‘para 0 uso pelos servigos de satide © bombeiros, em situagdo de emergéncia e de calamidade publica e ‘equiparados. 2, Odisposto nas elineas b,c) ¢d) do mimero anterior deve ser ‘entendido sem prejutzo da necessidade de coordenar a atribuigo de frequéncias radioeléctricas, nos termos do n” 3 do artigo 25 da presente Lei 3. As missdes diplomiticas estabelecidas no pais podem ‘estabelecer e operat redes privativas de telecomunicagdes, ineluindo aparellos de radiocomunicagdes, cujos terinos e condigdes sie fixadas em regulamentagto espectfica Anrico $ (Classificagio de servigos ¢ redes de telecomunicagées) 1.As telecomunicagbes cassificamrse em servigos ¢ reds. 2. 0s servigos de telecomunicagbes podem ser: 4) servigos piblicos de telecomunicagdes; +) servigos privativos de telecomunicagdes, 3. As redes de telecomunicagdes podem ser: 4@) redes piblicas de telecomunicagdes; +) redes privatives de telecomunicacdee. ‘Agmig0 6 (Servigos de telecomunieagdes) 1. Servigas piblicos de telecomunicagaes: 4) consideram-se servigos piblicos de telecomunicagdes 0s servigos que se prestam ao pilblico em geral; +) a prestagao de servicos piiblicos de telecomunicagdes esti sujeita a licenga ou tegisto, nos termos da presente Lei; €) 08 servigos pliblicos de telecomunicagbes que fapam 0 uso de frequéncias radioeléctricas, esto sujeitos a0 preceituado no Capitulo IV da presente Lei. 2, Servigos privativos de telecomunicagdes: 4) covisidcram-se telecomunicagdes privativas os servigos que se prestarm a um grupo fechado de utentes, 0 qual rio estd interligado a rede piblica de telecomunicagses; ») a prestagdo de servigos privativos de telecomunicagdes éstd sujeita a registo nos termos da presente Leis 6) 0s servigos privativos das telecomunicegdes que fagam uso de frequéncias radioeléctricas e stio sujeitas ac preceituado no Capitulo IV da presente Lei, nos aspectos a que disser respeito; «) osprestadores de Servigos privativos de telecormunicagdes {que pretenderem prestar servigos de telecomnunicaydes. a0 piiblico devem requerer a licenga ou registo de telecomunicagdes, de acordo como artigo 17 da presente Lei I SERIE — NUMERO 29 Anrico7 (Redes piblieas de telecormunicagdes) 1B liberalizado o estabelecimento, gestio e exploragto de redes pifblicas de telecomunicagdes, 2, O estabelecimento, gestio ¢ exploragdo de redes piblicas de teleconmunicagdes apenas pox ser condicionado por limitagdes do espectro de frequéncias, pela disponibilidade de nimeros suficientes ou por razdes de seguranga e ordem piblicas, 3.Os requisitos a que devem obedecer as entidades que pretendam aceder & actividade de operador de rede pilblica de telecomunicagdes, bem como os termios econdigdes das licengas sto definidos em regutimentagio especitic, Arico 8 (Redes privativas de telecomunicages) 1. Podem estabelecer e utilizar redes privativas de telecomunicagdes pessoas singulares ¢ colectivas para suporte de comunicagdes para uso proprio ou por um niimero restrito 4e utilizadores, edo envolvendo recurso de nummeragio plblica, enderegamento ou qualquer exploragdo comercial 2. Arede privativa de telecomunicagdes nfo pode ser usada para revenda 3. Excepcionalmente, o proprietirio da rede privativa pode revender a capacidade extra existente das suas instalagdes, ceder ou transferie ou, por qualquer forma, alienar os direitos de uso das referidas instalagdes a favor de um operador de rede de telecomunicagbes, para providenciar servigos de teleconmunicagBes de uso piibico. 4, O estabelecimento de redes privativas esté sujeito aos procedimentos de registo preconizados na presente Lei CAPITULO I “Tutela das telecomunicagdes Antico 9 (Competéncias do Governo) Compete 20 Governo: 4) definir as potiticas e as linhas e stratégices para 0 desenvolvimento do sector de telecomunicagdes; +) aprovar a regulamentagdo aplicével para o sector de telecomunicagdes, ©) promover a existéncia, disponibilidade e qualidade de redes plblicas de telecomunicagdes que vi ao encontro das necessidades de comunieagio dos cidados e das actividades econémicas.e sociais emtodo o terrtér nacional, e assegurar as ligagdes internacionais, fomando em consideragdo os requisites de um desenvolvimento econdmico e social harmonioso € equilibrados 4) assegurar a existéncia e disponibilidade dos servigos piiblicos de telecomunicegdes para todos os cidados © promover o servigo de acesso universal de telecomunicagdes; «@) aprovar os principios gerais de fixagio de taxas e de ‘arifas dos servicos de telecomnicagdes, ob proposta, do Instituto Nacional das Comunicagdes de Mogambique, abreviadamente designado por INCM; ‘A formular a politica do servigo de acesso universal com, particular realce para as zonas rurais; «) fixar as tarifas cobradas no ambito do servigo de acesso universal 21 DE JULHO DE 2004 ‘i estabelecer outras clasificagdes de redes e servigos de telecomuniagdes, sob proposia do INCM; ‘)promover investimento no sector das telecomunicages ¢ fomentar a justa concorrGicia, Antigo 10 (Coordenagio das telecomunicagdes em situagio de emergéncia) 1. E daresponsabilidade do Govemnoassegurar uma coordenaga0 adequada das redes e servigos de telecomunicagdes emsituagoes de emergéncia, calamidade piblica, crise ou guerra, de acordo com a legislacio em vigor. 2, Nas cireunstincias mencionadas no niimero anterior, 0 Governo pode, no cumprimento das suas obrigagées, emitir instrupdes com carécter obrigatério para 03 operadores de redes, prestadores dos servigos de telecomunicagdes, bem como os operadores de radiocomunicagdes. 3. Para efeitos do disposto no n° I do presente artigo, oINCM deve organizate disponibilizar ao Governo informagdes relativas, 20 operadores de redes, prestadores de servigos de teleconnnicagdes ¢ demais operadores de radiocomunicagées na fea civil Avrico 1 (Natureza do INCM) 1. 0 Instituto Nacional das Comunicagdes de Mogambique & uma instituigdo publica, autoridade reguladora, dotada de personalidade juridica, autonomia administrativa, financeita e patrimontal que desempenha as suas fungdes em conformidade com a presente Lei e 0 seu Estatuto Organico, assegurando-se- the as prerrogativas necessirias ao exercicio adequado da sua competéncia com base na imparcialidade e transparéncia, 2. Aautonomia financeira referida no niimero anterior obedece 40 disposto na Lei do Sistema de Administrago Financeira do Estado. 3. Acrganizagio eo funcionamento do INCM ¢ regulado pelo Estatuto Organico, aprovado pelo Govern. Arrico 12 (Atribuigbes do INCM) ‘io atribuigdes do INCM, sem prejuizo de outras competéncias que the foremt acometidas, as seguintes: 4) aplicar a presente Lei e 0s respectivos regulamentos, 4) regular actividades especificas ligadas as telecomuni- cagdes; 6) fiscalizar os servigos e actividades especificas de telecomunicagdes, 4) promover 0s tipos © a qualidade dos servigos das ‘telecomunicagdes, tendo em conta ointeresse piblico, © desenvolvimento tecnol6gico ¢ sécio-econémico; @) promover uma concorréneia si na prestacio de servigos € redes de telecomunicagdes, tomando as medidas necessirias para preven prétiea anti-concorrenciais € abusos da parte de operadores com uma posicgdo significativa; A) planificar, fiscalizar, consignare gerir 0 espectro de Frequéncias cas posigdes orbitrais, de acordo com os interesses nacionais, {g) aribuir e emitirlicengas oregistos de telecomunicagaes, incluindo licengés para os scrvigos de radiocomuni- cagaes; 265 4h) coordenar 0 iso do espectto de frequéncias a0 nivel nacional, regional ¢ internacional; 1) regular o acesso a interligagio das redes de telecom cagbes, _J)estabelecere aplicar multas ou outras sangbes ds entidades Jicenciadas e registadas de servigos de telecormeni- cages; i) estabelecer ¢ cobrar as taxas de atribuiglo, alteragao e reniovagio de licenga eregisto, taxas anuais de utilizago do espectro de frequencias, taxas de homologagao do materiale equipamento de telecomunicagbes e outras, que por disposigio especial venhama ser determinedas pelo INCM; D proceder normalizagao, aprovagio e homologagio dos materiais € equipamentos de telecomunicagdes, nomeadamente equipamento terminal fixo e mével € regulamentar as condigdes pare o set s0; 1m) atrbuir, modifica, enovar, suspender,revogarecancelar licenas e registos de tedes e servigos de telecomuni- ‘cagies e radiocomunicagdes; 1) propor os principios gerais de fixag2o das tarifas para a prestacio dos servicos de telecomunicages; 60) regular o servigo de acesso tniversale geri o fundo do servigo de acesso universal; p) regular e gerir 0 plano de numeracao, incluindo a atribuigdo e distribuico de miimeros; @) resolver os diferendos entre operadores, prestadores, de servigos de telecomunicagdes e consumidores, os termos do n® 5 do artigo 52 da presente Lei! 1) fiscalizar 0 desempenho dos operadores € prestadores de servigos de telecormunicagées, tomando as medidas. apropriadas para o cumprimento das dsposigdes legais aplicéveis; s) recother informagdes dos operadores e prestadores de servigas de telecomunicagdes ¢ radiocomunicagdes, Incluindo dados estatisticos, custos, procedimentos contabilisticas, niveis de desempenho ¢ de vendas, ‘bem como outros documentos, registos ov qualquer ‘outa informagdo relevante para o desempenho das suas fimedes ¢ divulger relatérios sobre indicadores do sector de telecomunicagoes; 1)implementar tudo.o que estejarelacionado coma execusio de tratados internacionais, convengdes e acordos relacionados com as telecormunicacdes; 1) representaro pais em organismos nternacionais, reunides ‘e negociagdes no ambito das telecomunicaydes; ¥) promover a cooperag’o com as administragées de telecomunicagdes dos paises da regio, com vista 20 prosseguimento de objectivos e interesses connns; 1) realizar auditorias, inspeesdes e providenciar a produsao de provas, incluindo a audiglo de testemuntas, dos operadores ¢ prestadotes de servigos de telecomuni- eagdes; 23) elaborar e propor regulamentos nos termes da presente Lei Artioo 13 (Comités de consulta) OINCM deve criar comatés de consulta compostos por pessoas com conhecimentos adequados para representar 0s interesses ¢ 0 pontos de vista dos utilizadores, dos consumidores, os operadores ¢ prestadores de servigos de telecormunicagées, com o fim de aconselhar o Instituto em questdes teemscas espec 266 Antigo 14 (Unformagio pablica) ‘OINCM publica anuslmente no Boletim da Repibliea, 0 seu relatério anual, contendo, entre outros, os seguintes espectos: 4) licengas atribuidas, modificadas, renovadas ou revogadas ao abrigo da presente Lei, anexando, sempre que possivel, as condigdes especiais de cada licenga: ») entidades isentas de pagamento de taxas concedidas no Ambito da presente Lei: ) a lista das propostas de referencia de interligacdo e de todos os acordos de interligagdo submetidos ao INCM; 4) 0s mercados definidos € 08 operadores com posigdo significatva; 6) as tanifas registadas pelo INCM. ‘Axrigo 15 (Bulgamento de contas) OINCM apresenta, para efeitos de julgamento, as suas contas a0 Tribunal Administrativo. ‘CAPITULO IMI Licenciamento e registo Antico 16 (Classificagio) Asautorizagdes para operagio de servigos de telecomunicagdes classificam-se em: 4) Neengas de telecomunicagdes; 5) registos de telecomunicagaes; 6) licengas de radiocomunicagdes. Antigo 17 (Attibuigdo de licengas ¢ registos) 1. Carecem de licenga: 4) a prestagio do servigo fixo de telefonia; 5) a prestagio do servigo mével de telefonia celular; €)oestabelecimento de redes piblicas de telecormunicagdes; 0s servigos e redes de telecomunicagées que utilizam frequénciasradioeléctrcas. 2. Os servigas de telecomminicagdes nfo mencionados no nimero, anterior carecem apenas de registo de telecomunicagbes, 3.0 INCM, verificados os requisitos exigidos, atribui: 4a) licengas de telecomnunicagaes a qualquer pessoa colectiva tegistada em Mogambiques ) registos de telecomunicagdes a qualquer pessoa sit € colectiva registada em Mogambique; ©) licengas de radiocomunicagdes a qualquer pessoa singular colectiva registada em Mogambigue. 4. 0s procedimentos para obtengio dos licengas e registos referidos no nimero anterior sto objecto de regulamentacdo especifica ular Antigo 18 (Concursos piiblicos) LB da competincia do INCM a decisio sobre a reslizagio dos concursos piiblicos pare atribuigdo de licengas de telecomunicagdes ou de radiocomunicagdes quando envoivam o uso de espectro de frequéncias, numeragdo ou outro recurso escass0, 2. As regras, formas ¢ procedimentos dos eoncursos publicos devem ser estabelecidos ¢ publicedos pelo INCM nos termos a regulameniar, com pelo menos ums de antecedéncis emrelagto 4 data do langamento do concurso piiblico. 1SERIE — NUMERO 29 Anrigo 19 (Validade das licencas e registos) | Aslicengas para operadores dos servigos de telecomunicagdes tm uma validade méxima de vinte e cinco anos. 2. Os registos para os prestadores de servigos de telecomunicagdes tém uma validade méxima de cinco anos, 3. A renovacio das licengas e dos registos ¢ feta mediante ume avaliago pelo INCM, tendo em conta a manifestagao de interesse ¢ 0 nivel de operacionalidade do operador ou prestador de servigos de telecomunicagdes. 4.0 contelido das licengas e dos registos de telecomunicagdes, ‘bem como das licengas de radiocomunicagdes deve ser determinado nos termos de regulamentagio especitica Agriao 20 (Equipamento terminat) 1. E livre a ligagdo as redes publicas de telecomunicagdes de ‘equipamentos terminais devidamente aprovados, de acordo com as condigdes estabelecidas na lei, tendo em vista a salveguarda da integridade dessas redes de telecomumnicagdes ¢ da adequada nteroperabilidade dos servigos. 2. 0s fabricantes, importadores, vendedores ou outros detentores, ocasionais de equipamento terminal destinado a ser ligado a rede de telecomunicagdes de uso piiblico devem requerer @ sua homologacio a0 INCM, tendo ent vista a salvaguarda do bom. functonamento da rede. 3.0 INCM estabelece os padrées técnicos tendo emconsideracio os undicadores abaixo mencionados: a) obedecer aos padrbes intemacionais aplicaveis no pats, tendo em consideracdo a satide ambiental, seguranca, radiagdes ¢ omissées clectromagnéticas; ‘b) no teptesentarrisco ou ser nociva a satide publica ¢ & tede piblica de telecomunicagdes; 6) utilizar 0 espectro de rédio efective o eficientemente;, 4) ser tecnicamente compativel coma rede 4, A prestagio de servigos de instalagio ¢ manutengdo dos ‘equipamentos terminais dos assinantes da rede de telecomunicagdes de uso piblico 86 pode ser efectuada por pessoas singulares ov colectivas com a necesséria qualificagdo técnica, quando devidamente autorizados pela autondade reguladora, 5. Os operadores de telecomunicagdes de uso piiblico devem, assegurarligagdes adequadas aos pontos terminais das suas redes, independentemente de o equipamento terminal do assinante set ‘ou nto da propriedade dos utilizadores, CAPITULO IV Radiocomunicagées Arrigo 21 (Espectro de frequéneias) 1. 0 espectro de ftequéncias é um recurso natural, lfwitado, ¢ consttui dominio piblico do Estado 2, Compete ao INCM a administragdo, gestdo ¢ controle do cespectro de frequéncias ¢ rege-se pelas disposigdes da presente Lei, pelo plano nacional de atribuigdo de frequéncias, pelos regilamentos especificos dos diferentes servigos de radiocomunt ‘cagdes € pelos convénios e acordos internacionais ¢ regionais. ‘Axrioo 22 (Uso das radiocomunicagdes para propésitos de defesa ¢ seguranga) Em situagdes de crise ou guerra, emergéncia ou catistrofes, declaradas oficialmente pelo Governo, os servigos de radiocomunicagdes, nos seus aspectos operatives, regem-se pelas decisdes emitidas por Srgdos competentes, no controlo das telecomunicagdes do pais. 21 DE JULHO DE 2004 Axrico 23 (Uillizagao do espeetiro de frequénctas) 1. Autilzagdo do espectro de frequéncias est sujei de licenciamento, 2. 0 INCM pode, atendendo aos objectivas da presente Lei, decidir que algumas classes de tilizagio do espectro de frequéncias sejam isentas de licenga de radiocomunicagdes, 20 regime “Antico 24 (Aplicagées industriais, cientificas e médicas) ‘As aplicagdes industriais,cienifieas e médicas devem utilizar as frequéncias atribuidas especificamente no'plano nacional de atribuiglo de frequéncias, nfo devendo causar interferéncias aos servigos de radioconmmicacdes. Armigo25 (Plano nacional de atribuigao de frequéncias) 1. O plano nacionat de atribuigio de frequéncias ¢ elaborado pelo INCM, com objectivo de garantir o uso racional ¢ eficiente doespectto de frequéncias no pas, atribuindo bandas de frequéncias especificas para sua utilizacdo por umou mais servigos de radiocomunicagdes. 2. Na atribuigio de bandas a dois ou mais servigos, tem-se em ‘conta 0 grau de prioridade de cada um deles to uso da referida banda e ainda as normas técnicase os procedimentos para facilitar 4 sua aplicacao. 3, Todas as estagdes de radiocomunicagdes que operem dentro do territério nacional deve fazé-lo obedecendo as frequéncias ‘consignadas pelo INCM, em conformidade com o plano nacional de atribuigao de frequencias, cumprindo os requisitos contidos nas suas disposigdes, 4, O plano nacional de atribuigio de frequéncras é actualizado de dois em dois anos. 5.0 plano nacional de atribuigao de frequéncias deve ser publicado no Botetim da Repiblica Arico 26 (Registo nacional e internacional de frequéncias) 1.0 INCM tem um registo nacional informatizado de todas as consignagdes de frequéncias feitas para cada um dos servigos de radiocomunicagdes estabelecidos, excepto 0 registo das Forgas de Defesa e Seguranga. 2. Ainformagio contida no registo referida no nimero anterior deve terem conta as caracteristicas técnicas necessitias, emissio, coordenadas di instalagdo e outras informagdes que possam ser necessérias. 3. OINCM deve inscrever as consignagaes nacionais no registo intemacional de frequéncias da Unido Intemacional de Telecomunicagdes, em conformidade com os procedimentos estabelecidos no Regulamento de Radiocomunicagoes da Unito Internacional de Telecomunicegdes, nos casos em que se estime necesséria a protecs3o internacional contra interferéncia prejudicial. ‘Axioo 27 (Exposigao a radiagdes electromagnéticas) 1, Compete 20 INCM publicar por Resolugio no Boletim da Repitblica, os niveis de imterferéncia definidos para efeitos de avaliagio da exposigio a campos clectromagnéticos, baseados «em procedimentos de medig20 e céleulo reconhecidos e provados cientificamente, relativos & exposicio da populacdo a campos electromagnéticos 267 2. OINCM pode. de acordo com os elementos a que se refere © mimero anteriot, ¢ em casos devidamente justficados, adoptar ‘medidas condicionantes da instalagto e funcionamento de estagies ou antenas de radiocomunicasoes. Axrigo 28 (Regime de acesso & actividade) 1. O regime de licenciamento radioeléctrico ndo prejudica o cumprimento das disposigdes legais aplicaveis & exploracio de redes piiblicas ¢ servigos de telecomunicagdes de uso piiblico ¢ 20 estabelecimento e utilizagdo de redes privativas de telecomunicagdes, 2, As entidades que pretendam obteruma licenga radioeléctrica ever encontrar-se devidamente habilitadas para 0 efeito, nos termos do regime de acesso a actividade de tetecommunicagies de soublin ou satsfizerascondigbes picvelsao estabelcimento de redes privativas. Antico 29 (Licengas de radiocomunieagées) 1. A atilizagdo de redes © de estages de radiocomunicagdes esti sujeita a licenga, sendoaatribuigdo das mesmas da competéncia do INCM, 2. Os termos ¢ condigdes de concessio das licengas de radiocomunicagdes & objecto de regulamentagao especifica AxtiG0 30 (Transmissibilidade das licengas) 1 As licengas de estagdes de radiocomunicagées que compdem ‘uma rede sio transmissiveis mediante autorizago prévia do INCM, 2. Acentidade & qual for transmitida a licenga deve, sob pena ‘de nalidade da transmissio, estar legalmente habilitada nos mesmos termos da anterior, assumindo todos 0s direitos e obrigagdes. 3. As licengas tempordrias sio intransmissiveis, ‘Arico 31 (Sistemas de radiocomunicagies isentos de licengas) Esto isentos de licengas: 4) os sistemas de radiocomanicagdes, com poténcia radiada aparente correspondent a ume antena vertical curta, igual ou menor que 10 miliwats, @ operarem em frequéncias radioeléctrica aribudas em conformidade ‘com o plano nacional de atribuigio de frequéncias; ») asaplicagdes industriais, centificas e médicas que utilize frequéncias radioeléctricas contidas nas bandas, atribuidas para 0 efito no plano nacional de atribusgo de frequéncias; ©) autilizago de espectro de frequéncias para a realizago de ensaios técmecos ¢ de estudos cientificos, os quai so analisados caso a caso ¢ por periodos limitados. 2. Aclassificagio dos sistemas de radiocomamicagées ¢ demas, caracteristicas refetidos-no mimero anterior carecem de regulamentagio especifica, Axno0 32 (Radiocomunicasées interditas) Sem prejufzo do disposto cm legislagdo especifica, aos utilizadores dle estagdes de radiocomunicagdes & especialmente vedado: 4) efectuar on permitir radiocomunicagdes ilicitas; +) emit sinais de aarme, emergéncia ou perigo, bem como ‘chamadas de socorro falsas ou enganosas. 268 Annigo33 (Taxas radioetéctricas) 1 Osservigos de radiocomunicagdes esto sujeitos 20s seguintes tipos de taxas: 4) pela utilizagio anual do uso do espectro de frequéncia; 5) por cada uma das estagdes da rede. 2. Para. fixagdo dos pardimetros para o célculo dos montantes das taxas a que se refere a alinca a) do mimero anterior, s30 tidos em conta a fungao do servigo, parimettos espectrais de cobertura e de utilizacao, entre outros parmetros. 3. As taxas $30 reduzidas quando aplicadas & licengas de tadiocomunicagdes emitidas em circunstancias especiais. 4. Os montantes e periodicidade de liquidacio das taxas previstas nos niimeros anteriores, bem como as percentagens de redugdes a que se referem, sto fixados por Resolugio do INCM, com base 10s principios xerais aprovades pelo Governo, Anniao 34 (Instalagdo de estagdes «le radiocomunicagdes) 1. A instalagao de estagdes de tadiocomunicagdes respectivos acessérios, designadamente antenes, em prédios nisticos ou urbanos, carece do consentimenta dos respectivos proprietirios, nos termos da lei, 2. O disposto no niimero anterior ndo dispensa quaisquer ‘outros actos de licenciamento ou autorizagio previstos na le, designadamente os da competéncia dos érgd0s autérquicos, 3. Sem preyuiza de outras disposigdes legais apliciveis, 0 proprietirio ou detentor de uma estagio de radiocomunicagdes respectivos acessérios, designadamente antenes, &vesponsdvel pelos danos que causar a terceiros, 4, Para efeitas da presente Lei, presume-se a utilizagio de meios de radiocomunicagdes sempre que e xistam antenas exteriores, sem prejuizo do disposto na alinea a) do n® Ido artigo 4 da presente Le An116035 (Partilha de jnfra-estruturas de radioeomunicagées) 1. Os operadores com posigio significativa devem, sempre que tecnicamente possivel, permitir 0 acesso ds suas torres outras infia-estruturas, ineluindo estruturas de suporte, cabos, aantenas ¢ edificios, nos termos das disposigBes sobre a parttha de infia-estruturas preconizadas nos artigos 44 € 45 da presente Lei. 2, Os outros detentores de licengas de radiocommnicagdes podem celebrar acordos de partlha de infra-estruturas existentes ‘ua instalar para as radiocomumicagdes. Axnico 36 (Estagdes de comprovagi téeniea das emissbes) 1. No cumprimento das suas fungdes de controle ¢ gestio do ‘spectro de frequéncias, 0 INCM instala e opera um sistema nacional de estagdes de comprovagio técnica ‘das emissdes radioeléctricas, composto de estagdes fixas, méveis ¢ portites. 2. As fungdes desias estagées sio estabelecidas em regulamentagio especifica, Arrigo 37 (Bisealizagto radioeléctrica) 1. Compete ao INCM a fiscalizagio do cumprimento do disposto no presente diploma através dos seus agentes de fiscalizagio ou de mandatérios devidamente credenciados 1 SERIE — NUMERO 29 2. 0 INCM deve proceder & vistonia das redes e estagdes de radiocomunicagées, a fim de verificar se a instalagto € 0 funcionamento das mesmas obedecem as condigbes apliciveis. 3. As medigies efectuadas, quando devidamente registadas ¢ identificadas, constituem elementos de prova para determinacio das condigdes de utilizagio do espectro de frequéncias pelas redes « estagdes de radiocomunicacoes. CAPITULO V ‘Unwversaidade de servigos Ariao 38 (Servigo de acesso universal) 1. Compete a0 Governo assegurara existencia e disponibilidade do servigo de acesso universal de telecomunicagaes. 2. OINCM estabelece objectivos anuais para os ervigos a serem oferecidos, como propésito de assegurar que 0 servigo publico de telecomunicagdes, em particular o servigotelefSnico bésico, soja acessivel ao maior nimero de utentes. 3, Para efeitos do disposto no mimero anterior, & garantida a prestago, em termos de servigo de acesso universal, de umservigo. de telefon fixa ¢ mével, o qual pode ser explorado por empresas piiblicas ou privadas. Axrigo 39 (Prestagio do servigo de acesso universal) 1. As licengas atribuidas aos operadores de telecomunicagdes incluem as condigdes de prestagio do servigo de acesso universal, desde que estas obrigaydes sejam de modo proporciona, transparente enio discriminatério, 2, Osservigo de acesso universal é prestado a pregos acessiveis € qualidade de servigo exigidas nas respectivas licengas € regulamentagao especifica, Arrigo 40 (Projectos do servigo de acesso universal) 1. O INCM concebe projectos coneretos do servigo de acesso universal, pelo menos, de dors em dois anos, tendo em conta a8 seguintes pressupostos: 4) a instalagio de sistemas de telecomunicagdes em areas geogrdficas em que a sue operagdo nfo scja ‘econornicamente vidvel, a fim de atingirum nivel maior de penetrago na prestagto de servigos de telecomunicagdes para todas as comunidades rurais; +) © acesso piblico aos servigos de telecomunicagdes ema todo oterrtério nacional através de telecentros.e outros, modos de acesso; €) 05 projects para tornar o acesso aos servigos de telecomunicagdes disponivel aos wentes portadores de deficiéncias fisicas ou outras necessidades especiais; 4) neriagdo de condigdes para a formagio de pessoas para ‘arantirem a manutengio do equipamento e a infra- estrutura de tais projectos, 2. O INCM concede os projecios do servigo de acesso universal através de concurso piblico 0 qual é atribuide de forma nao discriminatéria 3. Os subsidios para os projectos do servigo de acesso unuversal silo pagos pelo Fundo de Servigo Universal. 4, Para efeitos de concepsdo de projectos nos termos previstos non’ 1, oINCM pode solicitar a apresentagao de proposta, realizar consultas e aceitar ideias das partes interessadas, as quais devern ser tomadas em consideragio ne concepgdo de proyectos para 0 servigo de acesso universal 21 DE JULHO DE 2004 269 Arrico 41 (Fundo do servigo de acesso universal) 1. E ceriado o Fundo do Servigo de Acesso Universal, cujo objective tinico é o financiamento dos custos liquids inerentes a prestagdo de servigos no Ambito de obrigatoriedade de prestac4o do servigo de acesso universal e da oferta de tarfes especiais para determinadas categorias de tentes, como objective de garantir a acessibilidade ao servigo. 2. As regras de funcionamento do Fundo do Servigo de Acesso Universal sio estabelecidas em regulamentagao especifica 3, As entidades licenciadas e registadas para a operagio e prestagdo de servigos publicos de telecomunicagdes devem contribuir para 0 Fundo do Servigo de Acesso Universal. CAPITULO VI ‘Acesso ¢ interigagio ‘Aveian 42 (Prinefpios de interligagao) 1. Os operadores de redes ou prestadores de servicos piiblicos de telecomunicagdes tém o direito dese interligar entre si 2. Ainterligacao deve se garantida através de acordos negociais ‘em que as partes actuem de boa fé, para permitir que a sua rede de telecomunicagdess intrligue coma rede de telecomunicagies ‘de outro operador piblico de telecomunicagdes, em qualquer ponto tecnicamente v ivel, segundo e specificado na sua licenga de telecomunicagses. 3. Os operadores com posigio significativa sio obrigados a providenciar a interligagl0 a outros operadores de redes e servigos de telecomunicacdes de uso piibico. 4, 03 operadores com posigdo significativa devem submeter & aprovagio do INCM uma proposta de referéncia de interligasao, nos termes estabelecidos em regulamentagao especifica 5. Os contesidos minimos. da proposta de referencia de interligagio devem ser determinados em conformidade com a regulamentacdo especifica. 6.Ostermos e condigdes bem como as tarifas para intrligaco oferecidas 20s diferentes tipos de operadores de rede ou prestadores ‘dc servigos de telecomunicagSes podem ser diferentes seas mesma forem objectivamente justificadas. 7.Aproposta de referéncia de interligacio estabelece uma lista completa de servigos de interligagao padrao e as facilidades de telecomunicacdes essenciaisa serem oferecidas pelos operadores ‘com posi¢do significativa, nomeadamente as tarifas aplicaveis, {0s termos e condigdes para 0 contrato de interligacio, bem como quaisquer outros termos ¢ condigdes aplicaveis. 8. Ooperador com posigio significativa deve permitira outros ‘operadores de redes ou prestadores de servigos de telecomunicages, (© acesso € a interligagdo sua rede publica de uma forma niio iscriminatéria 9. Todos os operadores de rede ou prestadores de servigos de telecomunicagdes podem encaminhar qualquer disputa de interligagio ao INCM para mediagdo, sem prejutzo de recurso a jjunsdigao competent 10. Os regimes de acesso ¢ interligagao sao fixados em regulamentagao especifica, Arnica 3 (Contratos de acesso e interligagio) 1, O acesso ¢ interligagio devem reger-se por um contrato de interligagao celebrado entre as partes. 2. Os contratos de interligagio envolvendo operadores com ‘uma posigo sighficativa s4o publicados no Boletim ca Republica. Antico 44 (Partilha de infra-estruturas na interligagio) 1. As entidades licenciadas para 0 estabelecimento, gestio ¢ exploragio de redes puiblicas de teleconmnicagdes ¢ gatantido: A) 0 direito de requererem, nos termos da lei geral, a expropriagio € a constituicao de serviddes administrativas indispenséveisa instalagdo, protecga0 © conservagio das respectivas infra-estruturas; 4) 0 direito de acesso a0 dominio publico, em condigdes de igualdade para instalagio ¢ conservacio das respectivas infra-estruturas. 2, Sempre que, por razdes relacionadas com a protecgio do- ambiente, do patriménio cultural, do ordenamento do territdrio € da defesa da paisagem urbana e rural, nio seja permitida, muma situagdo concreta a instalagio de novas infra-estrururas,é garantido ‘oacesso as condutas, postes €outras instalagdes jd existentes, em termos ¢ mediante condigdes de remuneragio a acordar entre as partes, 3. O INCM garante que as condigdes ¢ os eustos relativos a0 acesso as infra-estruturas sejam razoaveis, nfo discriminatérios € distribufdos equitativamente pelos o peradores de redes & prestadores de servicos de tclecomunicagdes que uilizem postes, vias, condutas, instalagdes, serviddes ¢ direitos de passagem. 4. Os operadores com posigao significativa devem, mediante solicitaglo, providentiaro acesso a sua rede de telecomunicagbes ¢ facilidades de telecomunicagdes com hase em termos justos, ‘ransparentes, ndo discriminatérios crazoaveis, a qualquer operador ou prestador de servigo de telecomuinicagdes de uso piibico. Agnig0 45 (Acesso a torres e a facilidades subterrneas) 1. Qualquer operador de rede de teleconnunicagdes de uso publico pode, desde que seja tecnicamente possivel e mediante acordo, providenciar 0 acesso as suas torres de telecomunicagdes locais ¢ facilidades subterraneas a outros operadores. 2. Os operadores com posigao significativa devem providenciar este acesso numa base justa, transparente, nto discriminatoria e razoavel. 3. No processo de planificagio da prestacio de servigos de telecomunicagdes no futuro, 0s operadores com posicio significativa, devem cooperar coms outros operadores de redes de telecomnicagdes com vista a partithar as instalagdes, facilidades subterréneas elegiveis e outros meios. CAPITULO VIL Numeragao e tarifas ‘Awnico 46 (Plano nacional de numerago) 1. OINCM estabelece ¢ gere o plano nacional de numeragao para a distribuicdo de nimeros entre os operadores de redes ¢ prestadores dos servigos de telecomunicagdes, 2. 0 INCM pode realocar e redistribuir os cédigos de acesso as redes e mimeros especiais, quando necessério para a implementagdo e administragio do plano nacional de numeragao. 3. Aalocagao e distribuigio de nimeros é realizada de modo proporcional, transparente, ndo discriminatério, 270. ‘Agnigo 47 (Prineipios tariférios e procedimentos) 1. As tavfas fixadas pelos operadores e prestadores de servigos pplblicos de felecomunicagdes s8o livres, desde que estejam de acordo coma presente Lei, devendo ser justa, razodveis e no discriminatérias. 2. Os operadores e prestadores quando prestem servigos no Ambito do servigo de acesso universal de telecomunicagdes nto podem oferecer servigos sem que as respectivas tarifas tenham sido submetidas ao INCM para efeitos de andlise e recomendacio ‘a0 Govemo para aprovarto, de acordo como disposto na presente Lei 3. As tarifus devem ser fixadas de acordo com os principios gerais que regem a fixacto de tarfas, estabelecidas pelo INCM. 4. As tarifas rferidas no niimero anterior deve ser registadas eno podem sofrer qualquer alteragdo ou revisio sem aprovagio das mesmas. 5. O regime de tarifas do servigo de acesso universal de telecomunicagbes € objecto de regulamentagto especifica, 6.As tarifasfixadas pelos operadores e prestadores de servigos de telecomunicagdes devem ser do conhecimento piiblico & publicadas nos érgios de informagio de maior circulagao. Antigo 48 (Estudos de eustos e procedimentos contabilisticos) 1. OINCM pode exigiraos operadores com posigio significativa arealizagdo de estudos de custos e procedimentos contabilisticos, com o objectivo de estabelecer as bases para o célculo de tarifas. 2. OINCM pode exigira todos os operadores publicos de servigos de telecommunicagdes a adopgfo de procedimentos contabilisticos separados para cada um dos seus servicos ptiblicos de telecomunicagdes, cujos requisitos so especificados em regulamentagdo especifica, CAPITULO VII Qualidade do servigo e protecglo do consumidor Antigo 49 (Informagio sobre os niveis de desempenho) 1. OINCMrecolhe regularmente informagao relativa aos niveis de desempenho global aleangados pelos operadores e prestadores de servigos de telecomunicagdes. 2. 0 INCM pode determinar que 08 operadores ¢ prestadores de servign de telecomunicagdes deve fomecer informagdes relacionadas comos niveis de desempenho alcangados pelo operador em relagdo aos padrdes aplicéveis ¢ és condigdes da licenga de telecomunicagées. amigo 50 (Direitos dos consumidores) |. Sem prejuizo dos direitos que advém das obrigacdes referidas no artigo seguinte, todos os consumidores tm o direito de utilizar 08 servigos de telecomunicagBes de uso piblico com a qualidade de servigo exigida, desde que sejam observadas as disposigdes legais e regulamentares aplicaveis. 2. A aprovacio dos regulamentos dos servigos de telecomunicagdes p restados nos termos do servigo de acesso universal é precedida da audigao das organizagSes representativas dos consumidores, como medida de proteccio dos direitos dos utilizadores. 1.SERIE— NUMERO 29 Antico SI (Obrigagdes dos operadores e prestadores de servigos de telecomunicagées) 1, Cada operador eprestador de servigos tem de tomar piblico 8 todos os tentes informagdes adequadiase actualizadas sobre os termos ¢ condigdes padrio para prestaglo de servigos que sto parte integrante do contrato a ser eelebrado. 2. Os contratos de prestagio de servigos de telecomunicagbes deuso piblico devern conter, entre outras condigdes, as seguintes: 4) prazo para ligacto inicial e entrada em funcionamento; 1) duragio do contrato para cada um dos servigos; ©) tipos de servigos ¢ de manutens3o disponibilizados; 4) custos adicionais com a manutengio; @)regime de compensagio ou reembols0s de valores pagos em caso de incumprimento do contrato; ‘A oferta do servigo pré-pago pslos operadores de telefonia fia £8) procedimentos paraas reclamagBes com vista resolugdo de litigios junto & autoridade reguladora, 3.A facturago correspondente & utilizaglo dos servigos de telecomunicagdes prestados em termos de servigo universal deve ser detalhada sempre que solicitada pelos consumidares, nos termos a definir nos respectivos regulamentos de explorago. ‘Annigo $2 (Diferendos entre operadores, prestadores de se @ comsumidores) 1. Cada operador ou prestador de servigos de telecomunicagdes deve estabelecer um mecanismo para tratar as reclamagdes dos comsumidores e deve publicar esses mecanismos nos termos definidos pelo INCM, devendo providenciar, a titulo gratuito, uma «explicagao destes procedimentos a qualquer pessoa que os solicite, 2. O INCM pode instruir qualquer operador ou prestador de servigos de telecomunicagdes pera rever os seus mecenismos de tratamento das reclamagbes e exigir a sua modificagao, 3, Qualquer diferendo que surja entre um cliente eum operador deve, em principio, ser resolvido por acordo entre as partes, 4. Nao havendo consenso, &resolvido nos termos estipulados no contreto, 5. Qualquer diferendo entre operadores, prestadores de servigos de telecomunicagSes¢ comsumidores pode, mediante acordo entre as partes, ser submetido ao INCM para a arbitragem, quando os ‘meeanismas do operador licenciado tiverem sido esgotados sem que o diferendo tena sido resalvido, 6, Se as partes nfo acordarem em submeter 0 diferendo a0 INCM para efeitos de arbitragem, o dferendo pode ser submetido or qualquer das partes a um tribunal competente. 7.O.INCM deve estabelecer os procedimentos suplementares ‘a serem seguides na solugdo de diferendos, em regulamentagtio especifica CAPITULO Ix Defesa da concorréncia Anniso 53 (Prineipios de concorréneia) 1. As entidades licenciadas e registadas no devem praticar quaisquer actos com 0 objectivo de promover uma concorréncia, desleal, 2. 0 procedimento e as condigdes de determinagdo dos operadores com posigto significativa devem ser objecto de regulamento. 21 DE JULHO DE 2008 3. Para detertninar se um operador detém uma posicéo significativa, oINCM deve analisarorespectivo mercado, devendo 95 resultados da andlise serem publicados. 4,8 decisio do INCM sobre a designagao de um operador com posicao significativa no respective mercado deve ser aplicada imediatamente. Armigo $4 (Concorréncia desleal) 1. Nenhum operador de redes ou prestador de servigos de telecomunicagdes deve assinar acordos, estabelecer entendimentos ‘ourealizar qualquer pritica concertada com outras entidades, com. © objectivo de resttingir ou distorcer a competigo no mercado. 2. Sio proibidas quaisqueralteracScs na estrutura do mercado ‘que resultem de operagdes de fusdo, aquisicio de capital c outras, ‘e que tenham como objectivo ou efeitolimitar a concorréncia no mercado das tclecomunicagdes. 3. O operador com posicao si gnificativa no mercado das telecomunicages ndo pode abusar da sua posigao, excluindo ou Jimitando njustamente a competigdo no mercado, 4. Quaisquer acordos que resultem de praticas anti- -concorrenciais $0 suspensos, declarados nulos © de nenhum feito. Antico $5 (Operadores com posigdo significativa) 1. Considera-se que um operador de telecomunicagies de uso publico configura um operador com posicdo significativa se: 4) constitui um monopdlio de jure; +) detém uma quota de metcado igual ou superior & 25% no respectivo mercado, seja este de telecomunicagies ou geogritico, 2. Umoperador de telecomunicagdes de uso piblico, com uma ‘quota de mercado inferior a 25% no respectivo mercado, pode ser considerado operador com posicéo significativa se, individualmente ou conjuntamente com uma empresa afliada, detiver um poderio no mercado que the permite agir de uma forma substancialmente independente em relagao aos seus competidores € consumidores, devido: 4) a sua capacidade de influenciar o respectivo mercado; ‘b)adimensao da sua quota e volume de negécios em relagio 0 volume total de negécios realizados no respectivo ‘mercado, soja relativamente & rea de telecomunicagdes ou A drea geogrifica de influéncia; «ao grau de influéneia que exerce sobre 0 acesso dos utilizadores finais, ‘d)a0 acesso a recursos financeiros ¢ a sua experiencia na oferta de servigos ao respectivo mercado. 3. Um operador de telecomunicagdes de uso piiblico deve ser considerado operador com posicio significativa noutro mercado estritamente ligado se as ligagdes entre os dois mercados forem {ais que permitamao operador de telecomunicagdes de uso pibhico, detentor de uma posigo significativa num dos mexcados,influenciar ‘outro mercado. Anno 56 (Nomeagiio de agentes de fisealizagio) 1. INCM deve nomear agentes para realizarem as tarefas de fiscalizagdo, os quats no exercicio das sus Fangs sio equiparados a agentes de autoridade. 2 2. Aos agentes aque se refere o nimero anterior sio atribuidos cartBes de identificagao eujo modelo e condigSes so estabelecidos pelo INCM 3. As regras pertinentes & nomeasio, qualificagdes e conduta dos agentes de fscalizagto so estabelecidas em regulamentagdo especifica CAPITULO X Regime sancionatério ‘Avrigo 57 (Interferéncia prejudicial) 1, Todo aquele que usar qualquer equipamento de telecomunicages como propésito de criar interferéncia a qualquer comunicagao dos utentes autorizados a usar frequéncias radioeléctricas, seré punido com a pena de cinco mil milhdes a dez. mil milhdes de meticais. 2. Apersisténcia na interferéncia apés notificago pelo INCM, 420 infractor ser-the-4 aplicada a pena maxima de malta prevista no miimero anterior. Axmigo $8 (Uso indevido de servico de telecomunicagées) ‘Serd punido com pena de sete mil milhdes de meticais, se pena mais grave no couber, todo aquele que, sem licenga para tal, ‘estabelecer uma tede de telecomunicagao ou prestar um servigo de telecomunicagio. Arico 59 (Recusa de prestacdo de informagio) 1. Comete crime de desobediéncia qualificada todo aquele que serecusara fornecerinformagdes sobre cusos e procedimentos contabilisicos, informagdes sobre niveis de desempenho e niveis de venda, bem como apresentar documentos, regidtos ou qualquer informagio exigidos pelo INCM no exercicio das suas fundies de fiscalizagio. 2. destruigo ou alteragio de qualquer documento que tenha informagdes de naturcza titi! ou impedimento de qualquer investigagao sobre aalegada transgressdo, constitu crime de dano ‘ou de fasificagao de documentos e seré punido nos termos da lei penal geral. 3. Comete crime de falsidade e punido nos termos da lei penal ‘geral aquele que fornecer informagées falsas que induzam em erro 0 INCM. Axrigo 60 (Obstrugio da informagio) Comete crime de obstragdo de informagio todo aquele que modificar, enviando através do sistema de informacio, wma :mensagem ofensiva ou interfer, falseando 0 contetido da mesma, com o intuito de provocar perturbagdes, ¢ seré punido com pena de pristo de seis meses a dois anos multa correspondente, Arno 61 nto do sistema de telecomunicagses) (Uso fraudel {A pena de dois a oito anos de prsio maior e multa de dois mil rlhdes a quatro mil mithes de meticais, sera aplicada a todo aquele que fizer uso fraudulento do sistema de telecomuni-cagoes, ‘coma intengio de evtar o cumprimento das suas obrigagdes legs, ‘btiver froudulentamente um servigo de telecomunicagdes ou se tiver 0 seu controlo, 22 AniiG062 (Empedimen Todo aquele que, sendo operador de uma rede de telecomunicagdes, dificultaro acesso e inerligagdo da sua rede ‘ouarecusa ilegal do operador com posigio significativa no mercado fem fomecer uma facilidade essencial, sera punido com pena de trés mil milhdes a seis mil milhdes de meticais » a0 acesso e interligagio) Arriao 63 (Uso de equipamento terminal ndo autorizado) (0 uso de equipamento terminal nio autorizado seré punido com pena de prisio de trés meses a um ano e multa correspondent. Arrico 64 CIntereepeia ilegal das comunicagaes) Todo aquele que intereeder as comunicagdes sem que para tal esteja autorizado pelas entidades competentes comete ainfracgdo de intercepedo tlegal das comunicagdes e seri punid com pena de prisio e multa correspondente. ARr1G0 65 (Penas acessérias) Todo aquele que for condenado pelasinfracgdes previstas neste capitulo aplicar-se-d, cumulativamenteas seguintes penas acessérins: 12) encerramento definitivo do estabelecimento; +) cancelamento do registo ou da licensa. Antico 66 (Unstauragho de processo) 1, Compete ao Director-Geral do INCM, se mpre que tiver conhecimento de infracgio prevista nesta Lei, determinar a instauragao do competente processo crime e remeté-lo& entidade competente, 2. As penas de multa previstas na presente Lei slo aplicadas ‘pelo Director-Geral do INCM, mediante processo de transgress3es € obedece ao formalssmo estabelecido na lei geral, CAPITULO XII Disposigdes diversas ‘Anniso 67 (Telecomunieagies interditas) 1. Sto interditas as telecomunicagBes que envolvam desrespeito 4s leis ou ponham em causa a seguranga do Estado, a ordem publica € 08 bons costumes. 2. A violagio das disposigdes previstas neste attigo consttui infracedo punivel nos termos da legislagao aplicével. Anii00 68 {Sigilo das comunicagées) garantidoo sigilo das comunicagdes transmutidas através das redes de telecomunicagdes de uso pibico, salvo os casos previstos, na led em matéria de processo criminal ou que interesse a seguranga nacional e& prevengio do terrorism, eriminalidade e detinquéncia organizadas. 1 SERIE — NUMERO 29 Anmico 69 (Direitos de autor) A atribuigdo de uma licenga ou registo de telecomunicagaes, licenga de radiocomunicagdes ou outra autorizagao por parte do INCM nif dé ao licenciado ou 20 portador da autorizagdo o diretto de inftingir qualquer diteito de autor que possa existr sobre a rmatéria por ee transmitida, no imbito da sua licenga ou autorizacdo. CAPITULO XID Disposigdes finais transitérins Arrigo 70 (Regime transitirio) 1A prestagaio do servigo fixo de telefone nacional, bem como a instalagto, estabelecimento ¢ exploragdo das redes usadas na prestagdo cesses servigos mantém-se, tansitoriamente, conforme ‘omtimero seyuinte, em regime de exchisividade aiibuldos Empresa Telecomunicagdes de Mocambique, SARL, abreviadamente designada por TDM. 2. A exclusividade referida no niimero anterior extingue-se 331 de Dezembro de 2007. 3. Seas obrigigdes relativas a metas de expanstio da rede piblica de telecomunicagées, conforme estabelecido na respective licenga de telecomunieagdes, no forem cumpridas no prazo estabelecido, @ INCM pode licenciar novos operadores. 4. Os operadores do servigo mével celular de telecomunteagdies podem proceder a instalagao, estabelecimento e exploragao das redes de telecomunicagdes para o seu servico nacional ¢ internacional, em condigdes a serem fixadas em regulamentaglo espeefica. Arrico 71 (Salvaguarda dos direitos adquiridos) 1.0 regime legal aprovado no desenvolvimento da Lei a" 14/ 199, de I de Novembro, bem como os titulos de licenciamento e registos para o exercicio de actividades outorgadas ao abrigo dos regimes legis eregulamentares aprovados no dmbio das referidas leis, mantém-se emt vigor, em prejuizo das alteragdes que decorram da presente Lei ou que venhama ser determinadas pelas respectivas regulamentagdes especificas. 2, Os operadores de redes e prestadores de servigas de telecomunicagdes ¢ de radiocomunicagdes, portedores de titulos de licenciamento ¢ registos, dever actualizar 0 contesido das respectivas licencas ¢ registos no periodo de 9 meses, « contar da data da entrada em vigor da presente Lei. Antico 72 (Norma revogatéria) 1, E revogada a Lei n* 14/99, de 1 de Novembro. 2. Os regulamentos aprovades to abrigo da Lei n’ 14/99, de 1 de Novembro, mantém-se em vigor na parte que no contrarie a presente Lei Aprovada pela Assemblefa da Repiiblica, aos 22 de Abril de 2004. © Presidente da Assembleia da Repiiblica, Eduardo Joaquin: Mulémbwe. Promulgada em 19 de Junho de 2004. Publique-se. (© Presidente da Repiiblica, Joaquin ALsexro Citys 0 21 DE JULHO DE 2004 ANEXO GLOSSARIO Acesso — Disponibilizagao de instalagdes, infta-estruturas e servigos acessivess, a outras entidades licenciadas ou registadas, tendo por objectivo a prestagio de servigos de telecomunicagdes de uso piblico e inclu a ligagao de equipamento por fio ou sem fio, acesso a nfia-estrutuas fisicas,tais como edifcios, condutas e mastros ou torres de antenas, acesso as redes méveis e acesso a tradugio numérica ou a sistemas com fiangdo semelhante. Consumidor ~ Pessoa que faz 0 uso de um servigo de telecomunicagdes bem como das suas faitidades através do acesso ‘rede de telecomumicagaes, Cédigo de acesso is redes Conjunto de caracteres numéricos ou alfanuménicos estabelecidos em Planos de Numeragio, que permite aidentificagaoe vinculagko de forma wnivoca aumelemento de rede. Controto — Detengao da propriedade de mais de cinquenta por cento (30%) das participagdes, ou a capacidade de controlar ‘efectivamente os negécios, seja por mmtermédio de propriedade, contrato ou de outro modo. Empresa afitiada~ Aquela que ditecta ou indirectamente controla é controlade por outra ‘Equipamento terminal ~Aparetho ligado ou aserligado diecta ‘ou indirectamente a um ponto terminal da rede de telecomunicagées com vista transmissio, emissio ou recepgéo, tratamento de informagto, respertando as especsficagdes téenicas apropriadas. Equipamento de radiocomunicagées ~ Todo o eqpamento ‘ou apatelho concebido ou usado para as radiocomuntcagSes. Equipamento de telecomunicagées - Todo 0 aparetho usado. ‘ou que se pretenda usar para as telecomunicagdes, o qual faca parte, estejaligado ou compreenda uma rede de telecomunicagies ‘© que inclu equipamento de radiocomunicagdes. Estagio de radio ~ Conjunto de um ou varios emissores ou receptores, necessitios para possibilitar um servigo de radrocomunicagdes. Facilidade de telecomunicagdes ~ Qualquer parte da mnfia- estrutura de uma rede de telecomunicagdes, inclumdo qualquer linha, equipamento, ore, mastro, antena, pélo ou qualquer outta estrutura que se pietenda usar em conexdo com essa mesma rede. Frequéncias ~ Frequéncias radioeléetricas consignadas & cntidade licenciada para operagao dos servicos, segundo os ermos © condigdes contidas na licenga Fundo de servigo universal ~ Fundo crido para financiar a provisio de setvigos de acesso universal e servigo universal em Mogaiiqu, nos termos do respectivo regulamento de exploracao € gestdo a aprovar pelo Governo. INCM — Instituto Nacional das Comumicagaes de Mocambique. Interoperabitidade — Capacidade de funcfonamento de um servigo de telecomumeagdes, extremo a extremo,-entte dois cequipamentos terminais ligados& mesma rede de telecomunicagies ou a redes distintas, Interligagdo — Ligecdo fisica e Iégica das redes de telecomunicagées uilvzadas pelo mesmo ou diferentes operadores, de forma a permitiro acesso e as comunicagdes entre os diferentes utilizadores dos servicos prestados. Licenga de radiocomunteagies ~ Autorizagio emitida pelo INCM nos termos do Regulamento de Radio para uso do radiofrequéncias, em conexio com a operacio da rede de fclecomunicagdes ou prestacio de servigos de telecomunicagées. LLicenga de telecomunieagdes Autorizaglo emitida pelo INCM aos operadores de redes e de servigos de telecomunicages, nos termos da presente Lei 23 ‘Operador com pasigSo significativa ~ Qualquer operador que, a titulo individual ou em. associag20 com uma empresa fillado, detém um poderio e onémico que Ihe permitaagir de forma consideravelmente independents em relagao aos concorrentes ¢ consumidores. ‘Operador de teleconnunicagbes - Qualquer sociedad comercial quc se dedique a exploragdo ou gestio de uma rede piblica de telecomunicagaes, podendo também prestar servigos de telecomunicagdes ao piiblico em geral Plano nacional de frequéncias — Plano de atribuigio © consignagao de frequéncias para a prestagdo de servigas de radiocomunicagdes. restador de telecomunicagdes ~ Qualquer pessoa singular ou colectiva, que ofereca servigos de telecomunicagdes ublizando a rede ou infta-estrutura de terceiros. Plano nacional de numeragio — Plano preparado e gerido pelo INCM para tribuigao de mimeros de identiicagio relacionados com 03 servigos de telecomunicagiies no pais. Radiocomunicagdes — Transmissio, emissio ou recepcao de mensagens, sons, imagens visuats ou sinais usando ondas clectromagnéticas, que so propagadas no espaco sem 0 uso de 1a artificial e com fiequénctas unferiores 93.000 Gitz,excluindo emissbes radiofnicas. Radiodifusio—Rediocomunicagio cujas emussdes se destinam a serem recebidas directamente pelo puiblico em geral. Rede de telecomunicagdes ~ Conjunto de meios denominados mfra-estraturas ou campos electromagnetics que suportam a transmissio, recepglo e emissto de sinais Rede de telecomunicagdes méveis~ Rede que suportao servigo de telecomunicagdes moveis, Rede Privativa de telecomunicagdes ~ Sistema para prestaga0 de servigos de telecomunicages a uma pessoa ou cntidade, para uso exclusivo, 0 qual ndo esté interligado a rede paiblica de telecomumteagées. Rede pitblica de telecomunicagées ~ Sistema de telecomunicagdes completamente interligado e integrado, consttuido por varios metos de ransmissio.c comutacao, ublizados pata fornecer servigos de telecomumicagdes a0 pablico em geral Registo de telecomunicagdes — Autorizagao emitida pelo INCM aos prestadores de servigos de telecomunicagdes, nos termos da presente Lei Servigo de telecomunicagdes fixo ~ Servigo de telecomunicagdes em que o acesso do assinante ¢ efectuado através de um sistema fixo. Serviga de telefone fixo~ Oferta ao publica em geral do transporte directo da voz, em tempo real, em locas fixos, permitindo a qualquer utlizador, através de equipamento ligado a um ponto {erminal da rede, comunicar com outro ponto terminal Servigo de acesso universal — Conyunto de obrigagdes espectficasinerentes i penetracio de servigos de telecomunicagoes bisicas de uso piiblico, incluido os servigos avangados de ‘elecomunicagées, a pregos acessives, visando a satisfagao de necessidades de comunicagao das comunidades ruraise das actividades econémicas sociais no pais, través do Fundo de Servigo Universal Servigo de telecomunicagdes méveis ~ Servigo de telecomunicagdes 20 qual oacesso do cliente efectuado uilzando 2 piopagacao de ondas radioeléctrica Servico p rivativo de telecomunicagées ~ Servigo de telecomunicagdes prestados a um grupo fechado de utentes, 0 ual ndo esta intertigado coma rede piblica de telecomunicagdes. Servigo pliblico de telecomuniciigdes- Servigo fixoou mével de telecomuanicagdes colocados & disposizao do piblico, 274 Tarifas - Valor aprovado pelo INCM cortespondente & importincia a ser paga por clientes, correspondents aos servigos de telecomunicagées prestados pelos operadores de teleconumicagdes ‘Taxa anual de telecomunicagdes - Velor percentual, constante da licenga de telecomunicagGes a ser pago a0 INCM, proveniente dda receita bruta dos operadores de redes de telecomunicagdes referentes 20 ano fiscal anterior. ‘Taxas - Valor fixo ou percentual a ser pago ao INCM pelos ‘operadores de redes e prestadores de servigos de telecom ‘Telecomunieagies- Transmissdo, emissdo ou recepedo de sinais. representando simbolos, escrita, imagens, sons ou informagdes de qualquer natureza, por fios, meios radioeléctricos, Spticos ou outros sistemas eleciromagnéticos, que ndo sejam emissBes radiofénicas Let n* 9/2004 de 21 de Julho Havendo necessidade de actualizar a Lei n.* 15/99, de 1 de Novembro, Lei das Instituigdes de Crédito ¢ Sociedades Financeiras, a Assembleia da Repiblica, a0 abrigo do disposto no n? 1 do artigo 135 da Constituigdo determina: ‘Avrico 1 {(Alteragto de artigos) Sto alterados os artigos 1, 2,3, 4.5, 6, 7, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 17, 18, 19, 20, 21, 23, 24, 32, 40, 41, 49, 51, 32, $5, $9, 65, 66, 68, 73, 77, 78, 79, 81, 83, 84, 106, 107, 108, 110, 116, 117, 118, 119. 126, da Lei n° 15/59, de 1 de Novembro, que passam ‘a tera seguinte redacgio: “artigo 1 (Objecto da Lei) 2. Nio sto abrangidas por esta Lei as seguradoras e as sociedades gestoras de fundos de pensdes. Artigo 2 (Definigdes) 1. Para efeitos da presente Lei, entende-se por: a) Instituigdes de crédito: empresas que integrem uma das espécies previstas no artigo 3 desta Lei, cuja actividade c onsiste, nomeadamente, em receber do piblico depdsitos ou outros fundos reembolsiveis, quando 0 regime juridico da respectiva espécie expressamente o permita, afim de os aplicarem por conta propria, mediante a concessiio de crédito; ‘b) o - vee res 2. Ainda para efeitos desta Lei, entende-se por: ¢) Casas de cdmbio: sociedades financeiras que tém por ‘objecto principal a compra. venda de moeda estrangeira «¢ cheques de viagem, podendo ainda realizar outras ‘operagdes cambiais nos termos estabelecidos na legislagdo aplicdvel, «dy Casas de deseonto: sociedades financeiras que tém por objecto principal o desconto de titulos ¢ operagdes afins, nos termos estabelecidos na legislacio aplicével 6) Crédito: acto pelo qual uma entidade, agindo a titulo ‘onverso,coloca ou promete colocarfundos &dispasigao de uma outra entidade contra a promessa de esta hos restituirna data de vencimento, ou contai, no interesse da mesma, uma obrigagdo por assinatura; 1 SERIE — NUMERO 29 Sf) Cooperativas de erédito: instituigdes de crédito ‘constituidas sob forma de sociedades cooperativas,cuja actividade é desenvolvida a servico exclusive dos seus sécios; <£) Depétito: contrato pelo qual uma entidade recebe fndos de outra, fleando com o direito de deles dispor para ‘as seus negécios ¢ assumindo a responsabilidade de restituir outro tanto, com ou sem juro, no prazo convencionado ou a pedido do depositante; /h) Filial: pessoa colectiva relativamente & qual outra pessoa colectiva, designada por empresa-ne, se encontra em relagdo de dominio, considerando-se que a filial de uma filial é igualmente filial da empresa mie de que ambas dependem; 4) Insfituigdes de moeda clectréniea: instituicdes de crédito ‘que tém por objecto principal a emissdo de meios de pagamento sob a forma de moeda electronica, nos termos estabelecidos na legislagao aplicdvel, Entende- ‘se por moeda electrénica a valor monetério representado por um erédito sobre o emitente € que: 1. se encontre armazenado num suporte electrénico; I seja aceite como meio de pagamento por outras entidades, que ndo a emitente, J) Mierobancos: insttuigdes de crédito que tém por abjecto principal o exercicio da actividade bancéria restrta, ‘operand, nomeadamente em microfinangas, nos termos. definidos na legislagdo a plicdvel. Entende-se por ricrofinangas a actividade que consiste na prestagdo de servigos financeiros, essenciatmente em operagdes, de reduzida e média dimensdo, 4) Participagao qualifieada: detencio numa sociedade, directa ou indirectamente, de percentagem nko inferior 10% do capital ou dos diets de voto. Consideram- se equiparados aos direitos de voto da participante: i, 08 direitos detidos pelas entidades por aquela dominadas ou que com ela se encontrem numa relagio de grupo; Ji, 08 direitos detidos pelo cdnjuge ndo separado Judicialmente ou por descendente de menor idade; ili, 0s direitos detides por outras entidades, em nome proprio ow alhcio, mas por conta da participante ou das pessoas atris referidas; iv, 08 direitos inerentes a acces de que a participante detena o usufruto, 1) Relaglo de dominio: retagto que se dé entre uma pessoa singular ou colectiva e uma sociedad, quando a pessoa em causa se encontre numa das seguintes situages: i, detonha, directa ou indirectamente, a maioria dos direitos de volo, considerando-se equiparados aos direitos de voto da participant os direitos de qualquer outra sociedade que com ela se encontre numa relagio de grupo: ii. sejasécia da sociedade ¢ controle por si s6, em virtude 4e acordo concluido com outros sécios desta a maria dos direitos de voto; ili, detenha uma participagdo nio inferior 20% do capital da sociedade, desde que exerga efectivamente sobre esta uma inflagncia dominate ou se encontremambas sob direegio tinica; Wy, seja sécia da sociedade e tena 0 direito de designar ‘ou destituir mais de metade dos membros do Srgio de aciministragao au de fiscalizagio;, ¥. possa exercer uma influéncia dommante sobre a sociedade por forga de contrato ou estatutos desta,

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