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REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTERIO DAS MINAS E ENERGIA Departamento Nacional de Aguas e Energia Elétrica — DNAEE CODIGO DE AGUAS VOLUME | CAO DE MOTIVOS DO PROF. ALFREDO VALLADAO LEGISLACAO SUBSEQUENTE E CORRELATA, EXCETO PORTARIAS DO MME. E DO DN.AEE, QUE CONSTAM DO VOLUN BRASILIA — DF MARCO 1980 DEPARTAMENTO NACIONAL DE AGUAS E ENERGIA ELETRICA — DNAEE Em 1920, no Servigo Geoldgico e Mineralégico do Brasil, érgao do entdo Ministerio da Agricultura, Industria e Comércio, foi criada umd Comisséio de Estudos de Forcas Hidraulicas. Mais tarde, em princfpios de 1933, fol conferida uma nova organi zacdo ao Servico Geol6gico e Mineral6gico do Brasil, criando-se na oca- sigo, uma DIRETORIA DE AGUAS que veio, posteriormente, a trans. formar-se em SERVIGO DE AGUAS im agosto de 1984, com a Reforma Juarez, Tavora, surgiu o Departa- mento Nacional da Produego Mineral — DNPM, abrangendo, entre ou tros, 0 SERVICO DE AGUAS, Pelo Regimento do Departamento Nacional da Producdo Miner baixado com o Decreto n.° 6.402, de 28 de outubro de 1940, 0 Servi Geoldgico ¢ Mineralogico do Brasil foi transformado na Divisto de Geo. logia ¢ Mineralogia, 0 SERVIGO DE AGUAS tornou-se DIVISAO DE AGUAS, No ano de 1961, 0 Departamento Nacional da Producéo Min fol destigado do Ministério da Agricultura, passando a Integrar 0 Mi- nistério das Minas e Energia, criado pela Lei n° 3.782, de 22 de julho de 1960. A DIVISAO DE AGUAS do Departamento Nacionel da Producéo al teriormente, transformada no DEPARTAMENTO. NA. 5 AGUAS E ENERGIA — DNAR, pela Lei n° 4.904, de 17 ie 1965, que dispos sobre a organizagéo do Ministério das 1968, alterou a denomi- ao para DEPARTAMENTO NACIONAL DE AGUAS E ENER- GIA ELETRICA — DNAEE taria n.© 234, de 17 de fevereiro de 1977, do Ministro das is © Energia, foi aprovado o Regimento Interno do DNAE A natureza e a finalidade do DNAEE estéo consignadas no Art. 1.9 do referido Regimento Interno: “Art, 1.° — O Departamento Nacional de Aguas e Energia Elétrica (DNAEE), instituido pela Lel n.© 4.904, de 17 de.dezembro de 1965, com autonomia financeira assegurada pelo Art, 18 do Decreto n.° 75.46! de 11 de mareo de 1975, € 0 orgao Central de Direcdo Superior respon- sayel pelo planejamento, coordenagaio e execucdo dos estudos hidrolé- gicos em todo 0 territério nacional; pela supervisio, fiscalizaco e con trole dos aproveitamentos das dguas que alteram 0 seu regime; bem ‘como pela supervisio, fiscalizacdo ¢ controle dos servigos de eletricidade, cabendo-the: I — Supervisionar ¢ estimular 0 uso adequado da agua e da ele- tricidade; II — Dofinir condigées gerais de fornecimento de energia elétrica; TI — Cumprir e fazer cumprir 0 Cédigo de Aguas e a legislacdo especifica, relativa a agua e eletricidade, no ambito de sua atuacéo; IV — Planejar, coordenar e desenvolver estudos hidrologicos; V — Planejar ¢ coordenar o sistema de coleta e armazenamento de informagdes hidrolégicas nacionais, estabelecendo a codificacao para fas estagoes hidrométricas do Pais, além de promover continuo inter- cambio de dados com entidades nacionais e internacionais que se dedi- quem a investigagdes hidrologicas; ‘VI — Participar de controle de qualidade das aguas de dominio da Unido; ‘VII — Acompanhar e participar das trabalhos de planejamento do Setor Blétrico; VIII — Controlar, supervisionar e fiscalizar as concessiondrias de servicos de energia elétriea; IK — Estudar ¢ fixar tarifas de energia elétrica e tarifa fiscal; X — Instruir os processos referentes a concessio ¢ autorizagio para aproveitamento das aguas e servicos de eletricidade; ‘XI — Determinar cocficientes da distribuicio do Imposto ‘nico sobre Energia Elétriea — IUEB, ealcular e distribuir as quotas estaduais e municipais, bem como supervisionar suas aplicagGes; ‘XXII — Elaborar o Plano de Aplicaciio dos recursos da “Reserva Global do Garantia”, bem como controlar a arrecadacio e distribuicao desses recursos; XIII — Fomentar as pesquisas hfdricas e elétricas no campo cien- tifico € tecnolégico; XIV — Assessorar 0 Ministro das Minas Energia em assuntos de sua Tesponsabilidade”. ‘Todavia, necessario se faz, para perfeito entendimento da evoluedo do 6rgio fiscalizador dos servicos de energia clétrica no Pais, mencionar ‘0 Conselho Nacional de Aguas e Energia Elétrica — CNAEE, criado pelo Decreto-lei n° 1.285, de 18 de maio de 1939, diretamente subordinado & Prosidéncia da Reptiblica, como érgao de consulta, orientacao e controle quanto utilizagdo dos recursos hidraulicos e de energia elétrica, com jurisdigéo om todo o territério nacional, e mais tarde também com atribuigdes executives. Al lormente, a Lei n° 3.782, de 22 de julho de 1960, que cricu © Ministério das Minas e Energia, subordinou ao mesmo 0’ CNAEE, Com a organizaedo do mencionado Ministério, conforme as dispost- Ges da Lei n.° 4.904, de 17 de dezembro de 1965, foi criado o Departa- mento Nacional de Aguas e Energia (DNAE), com a finalidade Jé explanada, sem que houvesse uma expresso textual de que 0 CNAEE deixaria de intervir nos assuntos da campeténcia do DNAE. A existéncia de dois érgios com finalidades andlogas criou, durante alguns anos, dificuldades que se refletiam na politica energética nacional. Por outro lado, com a constituicéo da Centrais Elétricas Brasilei ras S.A. — ELETROBRAS, autorizada pela Lei n.° 3.890-A, de 25 bril de 1961, ¢ absorvendo varias atribuicées anteriormente da c tencia do CNAEE, foi realcado o desajuste deste drgao. 'o entdio o Decreto n.° 63.951, de 31 de dezembro de 1968, cue, aprovando a estrutura basica do Ministério das Minas e Energia, disj-os no paragraio tnico, alinea “a”, de seu artigo 1.° Art, 19 Paragrafo tnico — Deverd ser iniciado o proc s Departamentos a seguir indicados, das atribuicdes ora ai adiante mi Pelo DNAE, que passa a se denominar Departamento Na. clonal de Aguas e Energia Elétriea — DNAEE, as atribuicdes do Nacional de Aguas e Energia Elétrica, no prazo c © Decreto-lei n.© 689, de 18 de jutho de 1969, completou os tra Jegais, extinguindo o CNAEE e¢ decretando a definitiva absor pa EXPOSICAO DE MOTIVOS APRESENTADA PELO PROF? ALFREDO VALLADAO, JUSTIFICANDO 0 ANTEPROJETO QUE ORGANIZOU PARA EXAME DA SUBCOMISSAO DO CODIGO DE AGUAS Em exposiedo lida ao se instalarem os trabalhos da Subcomissio Jo Cédigo de Aguas, fiz o histérico, explanei a matéria e defini o espirito do projeto Cédigo das Aguas, que organizei em 1907 a convite do Governo e por este na mesma época remetido para a Camara dos Deputados onde, aprovado com ligeiras modificagoes em segunda diseussfo, estacionow afinal. Salient socializador que j4 0 animava, de tal arte que ainda hoje, sse aspecto, ele resolvia ‘como se impunha o problema das aguas’ me umas alteragdes por mim préprio lembradas, e longamente justificadas, no meu ‘iltimo trabalho — “Direito das Aguas”, para a consagracao das novas normas juridicas adotadas de- pois da Grande Guerra, com referéncia ao assunto da energia elétrica, De algumas outras alteracdes, que apontei na Introduedo do m mo traball “Direito das Aguas”, aind necessitava 0 projeto, prin- cipalmente no sentido do desenvolvimento dos dispositivos de ‘certos de seus institutos, nos limites que estabelec! I u_a Subcomisséo que o projeto fosse tomado para base de scus trabalhos, Deliberou, outrossim, por proposta do ilustrado dr, Castro Nun que 0 assunto da propriedade das aguas com referéneia ao problema. da industria elétrica, fosse examinado como preliminar de seus tra- 10s, em reuniéo conjunta da mesma com a Subcomissio da Lei em face dos pontos de contato entre os principios que ssunto e o da propriedade das minas, a primeira das duas reuniées efetuadas, apresentei um questio- nario sobre a matéria em causa; e, na segunda, procedi & leitura de uma exposicéo desenvolvendo as’ minhas idéias Sobre 0 mesmo, e for mulando as respectivas conclusoes. Foi @ exposico aprovada em suas linhas gerais, Voltando a funcionar separadamente, resolveu a ardar que eu remodelasse 0 projeto de acordo com as idéias que sustentei nos trabalhos a que me tenho referido, para continuar nos seus estudos, Procurei corresponder da melhor forma & honrosa confianca da Subcomissao. Consagrando-me a remodelar 0 projeto conforme aquelas idéias, apresentei nas respectivas reunides que se sucederam as partes do tra: S aos livros I — Das dguas em geral, II — Das dguas em relacdo aos seus proprietdrios, IIT — Do aproveitamento, blicas; aos livros 1V — Do aproveitamento das aguas par- —7 ticwlares, V — Das dguas pluviais, VI — Das dguas nocivas, VII — Da desapropriacdo; ao livro VIII —' Dos consércios; ao livto IX — Da Serviddo legal de aqueduto. E fiz sentir que a redacio dos mesmos ainda sofreria alguma alte- taco mereé da redagéo da parte seguinte que cu ainda estava ela: borando, isto é do livro X — Das foreas hidrduilicas; regulamentagao da indiistria hidrelétrica Sobre esta parte, em reunides subsegtientes, apresentei os artigos inscritos debaixo das seguintes rubrieas: Disposicdo preliminar. Titulo = Concessdo ¢ autorizacdo. Capitulo I — Concessdo. Capitulo TI. Autorizagao, Titulo TI — Competéncia para concessdo ¢ autorizacdo, E a mudanca que a redacio da mesma determinou na redagdo daqueles livros anteriores, ficou, afinal, reduzida: 1.9) a classificacao das correntes nfo navegaveis nem flutudvels, que nao concorrem para Que outras sejam navegaveis ou flutudvels, as quais passaram a deno- minar-se dguas comuns; 2.°) & classificagao do dominio dos Estados sobre as Aguas e terrenos marginais, limitado que passou a ser © mesmo pela servidio conferida A Unio sobre as foreas hidrdulicas. Certo que quanto a alteracdo a que se refere 0 n.° 1.°), denominadas aguas comuns as corrente em causa, nao foi ela mais do que a consa- Graco daquilo que virtualmente jé era norma do projeto, como depois fieard visto. Por fim, redigindo mais alguns artigos sobre o livro X, € mais alguns artigos sobre disposiodes transitdrias e finais, eu poderia ter Gado por terminada a minha tarefa, por coneiuida a elaboracéo do Projeto, se no estudo crescente que ful fazendo sobre a matéria do livro X, a conscléncia de meus deveres néo me levasse mais longe, obrigando-me a maior esforco, a dobrar a mesma tarefa, Obrigando-me de fato a, dentro do projeto, elaborar quase o projeto de um outro Cédigo, o da Regulamentacao dos Servicos de Utilidade Publica, Sem querer, como organizador do projeto, chegar imediatamente & completa socializacto da industria hidrelétrica, estabeleci o sistema da concessao como caminho para a socializacio aconselhado por Nitti na sua obra — La Conquista delta Forza, isto & concessio pelo prazo mae ximo de 30 (trinta) anos, com reversio das instalacées para o con. cedente (Unido, Estado ow municipio) sem indenizacao; e podendo em certos casos a Unido, Estado ou municipio exploré-la diretamente ou em cooperacéio com as empresas, No regular essa concessiio, convenci-me cada vex mais de que era indispensivel adotar no projeto, em tudo que com a mesma fosse com. Pativel, aquele controle que se exerce nos Estados Unidos sobre as empresas hidrelétricas, e de que em parte eu jé havia dado noticia no meu trabalho “Direito das Aguas”, ao referir-me & Federal Power Commission. para Isto 6, controle pela Comisséo Administrativa, com funedo Era mister, para aquele fim, que eu aprofundasse ainda mais os meus estudos sobre 0 assunto quase por completo desconhecido em nosso pais, pondo-me a par, como procurel fazer, da vastissima, opu- Jenta e briihante literatura dos Estados Unidos a respeito, com o trato direto dos seus maiores expoentes na doutrina e na jurisprudéncia B isto era mister ndo somente quanto as normas da regulamentacao especifica das empresas hidrelétricas, sendo ainda quanto as normas a regulamentagao das empresas de utilidade publica em geral, as quais Geviam obedecer aquelas mesmas empresa Nao me poupei a todo esse trabalho. Em longa exposi¢&o lida perante a Subcomissio, dei conta dos estudos que estava realizando, e completados estes, sobremodo desen- volvi ainda a mesma exposiedo que foi assim pubticada no Jornal do Commercio dos dias 10 e 11 de fevereiro do corrente ano, na secdo do mesmo especialmente aberta para a publicaeio dos trabalhos da Co. missdo Legislativa, e no Didrio Oficial, do dia 21 de marco, com excecdo somente do trecho sobre proceso e recursos, da parte {inal, constante da letra “c”, que assim se inscreve — Organizac comissaes; Proceso e recursos, trecho 0 mesmo que a Vai essa exposico transcrita para adiante no n° VII, letra B) Efetuados aqueles estudos eu pude assim realizar, como fiz e como se impunha, isto é, com a mais plena satisfagdo do interesse puiblico em ausa, a elaboragao do mais importante livro do projeto, aquele livro X que se Inscreve — Das forgas hidrdulicas: regulamentacéo da indiistria hidrevétrica redigidos que foram, depois, os artigos sobre disposigées transi- térias e finais, concluida ficou 2 minha tarefa. Com a entrega que faco da parte que faltava do referido Livro X, € com a enirega que também faco desses artigos, possui agora a Sub comissio, em sua integra, 0 projeto remodelado. Isto posto, Em geral, sobre a justificaedo desse trabalho que hei concluido, do projeto remodelado, explicando o espirito que o orientou, 0 método seguido, a doutrina consagrada, e indicando as fontes de que me servi, quer na doutrina quer na redacdo — esta visto — nada mals tenho fazer do que reportar-me 1.0 — Aqueles trabalhos anteriormente referidos, isto 6, 0 meu livro Direito das Aguas e as exposi¢des que apresentei na reuniio em que se talaram os trabalhos da Subcomissio e nas reunides conjuntas da sma com a Subcomissio da Lei de Minas (todas elas em tempo publicadas no Jornal do Commercio); yee mM Publicados: 1° — Regulamentagéo da indiistria hidrelétrica ete.; eoniagde mendes ja ofereciaas ao projeto Temodelado, com relacao 4 ampliagdo do dominio publica eso dominio federal sobre as aguas r A matéria Constitucionay Sustentei naqueles meus trabalhos ¢ consagrei no matéria constitucional, em 8 BotadZ Tespeito federaco, qual sejao ae Cominio da Unido e dos’ Estados nals so as relativas ao aproveltamento das Aguas para a produeao da energia elétrica, A sua consagracio restringe consideravelmente 0 dominio des Es- taies Sobre as éguas publieas, nos terror que fora o mesmo esta. tuldo pela Constituieao de 24 de teverenes mca ampliada, grandemente, a competéncia da Unido sobre o apro- veitamento das mesmas. mea ae, tive orasigo de manifestar na exposi¢do que apresentei, da Lai iauelas referidas reunides conjuntas deste Subcontees com ada Lei de Minas, Deliberou-se, entretanto, em sentido contrario, Deliberowse, como, ao que me parece, fizeram todas as ubcomis- podia eyo, P'S da Comisséo Legislativa nos seus diverecs assuntos Podia afetar a matéria constitucional, ot delenge, Pude consagrar, no projeto remodelado, aquelas idéias ane eu detendia, resiringem 0 doininio dos ‘Estados sore ts aguas, a Aguas maritimas ao dispunha, o projeto primitivo, sobre as éguas maritimas. gore, Com a sua Temodelaco, passa a fazls nes Meee Postos, como me pareceu necessario, mm Aguas comuns Com referéncia as correntes ndo navegévels nem flutuaveis, e que pao, Concorrem para que outras sejam navegavels ou: flutuaveis, nao havia eu aberto titulo especial no projeto prinitics <9 livro I, sobre as dguas em geral, apenas se encontram os publicass gales: 12) das aguas comuns de todos; 27h dguas Pudlicas; 3) das dguas particulates Se fapentes navegivels ou flutudvels, ou aquelas de que as mes. mas se facam, estdo eapituladas nas dguas puitone das HIRES correntes, Isto 6, as que se acham em causa, estZo capi. ‘uladas, junto com as nascentes, nas aguas particutancs ea eae old ato juridico dado as nascentes, € 0 que o projeto mento das anna entes, 20 llvr0 IV, que se insereve —— Bo Q0,troiet® mento das dguas particulares, 2 ae ser Obretao da naseente dispor das suas aguas & vontade teamed 56,40 verifique abuso do diteita, desvigsce sae das prédioy allend me? 44 Populagho, utilizaas dentro cute 56, O88 prédio, aliené-las, Sie e caegente, 0 que o projeto estaberece 6 um direito de uso Sucessivo e eventual, de suns 4 (os das prédios por ela atravessados ou’ banhados, édios, ¥ s0- mente esse direito, com todas es, proprietirios podem ceder ou allenar, a S quais apenas se yerifica relativamente ao leito e as margens da comente inte Exigiam classiticagéo & parte, isto é, entre as aguas pidticas e as dguas particulares, formando as dgues comuns, a semeltianca do que IF hava felto o Cédigo Civil portugues, inspirando-se até certo pont, om wine das doutrinas em voga na Franga sokne' matéria, Assim, a alteragio que agora taco no Projeto, abrindo para elas Um titulo especial, inscrito — das dguas comuns, nem é, proptiamente, Guerra, que videntemente se impinha adotadeg Tene, oe Princfpios novos posteriores Seen ae ja rades ficam, mss uma retifieagso que oy ha redacio do mesmo, ae,,€m 1804, no meu trabalho — “Dos Rios Puiblicos e Parti. Ge Ton emtiguel aue, pelo nosso dircito viene conforme a opinigo de Teixeira de Freitas, Latayette ¢ Canine ae Carvalho, pertenciam ao Sominio particular os ‘rios que nao fesse navegavels, e de que estes nao se fizessem. pquele mesmo trabalho, entretanto, 44 eu havia considerado (§ 79) hoo, gles Pelo Direito Romano, eram Buiblicos os rios caudais ¢ Pevenes, néo importando se navegivels ou nace 20 qué Qrdenacko atribuiu ao dominio real os rios navegé- veis e as de fe ese a mnpo, nde eos BAVeBAvels, quando caudals que ree em todo 0 tempo, nao re : Bavels e de que éstes no se fadam toer art, 331 de seu Esboco: Bacéo 6 possivel, natural ou artifi eapeerte dele, @ pano, remo, ou a singe sspécie como também’ por jangadas, era mister atender, no projeto, aos moldes dessa legislagéio mo- derma, no que exigissem as eondicgoes ai ite r e pr tay ne ap BEC ren de: de} ost qua dai men pub) sito, Cary Corr, marg das ¢ E Ine convenci ainda de que, para tanto, em parte, bastava dar dae see cuteito vigente a interpretagdo que se impbe, a interpretagao que é reclamada pela sua finalidade sociel. Be @ Ordenagio apenas havia silenciado sobre os rios nio nave: Bere “gcepate, estes niio se facam, flearam os mesmos sujeitos so cede se teite Romano, quando conforme com a tazio » com's equldade, segundo determinava a lei de 18 de agosto de 1760, Ora, Como fiz ver, por esse direito, no somente os rlos caudais e perenes eram publicos, senéio ainda as correntes flutudveis Assim, na perfeita interpretagéo do nosso direlto atual, se deviam eonsiderar publicas tanto as correntes navegavels como as’ fluluavele € as de que se facam estas ou aquelas, ratipulande neste sentido no projeto, ndo estabelecia eu de tato, Propriamente, direito novo entre nos sobre a matéria Far fim, quanto as correntes que neste momento se acham dire- famente em causa, Isto 6, as que ndo sio navegavels nem tiated ou, Rem formam outras navegaveis ou flutudvels (as que constituen “y as comuns), quanto a estas estabeleci no projeto que aos Tibeitinhos Bssiste 0 direlto de uso sobre as suas aguas; mas ressalve so iedade dos mesmos sobre o leito, Era o quanto bastava, como terei de expor para diante, Iv Margens externas das correntes Estabeleci, no projeto primitivo, que as margens externas das cor- Anes publicas, isto & das correntes navegaveis ou fluludveis e des Ge Aue essas se fazem, ‘também eram piiblicas, © com a propria figura os forenoa de publica, as mesmas se aplicando as normas que regeiai 0s terrenos de marinha, Isso, de acordo com a tradicéio de nosso direito, como fiz certo, Ga7nse jal medida nao a exigisse imperativamente, agora, o interecg Ga industria hidrelétrica, bens abri exveco para as pequenas correntes de que simples- Pete ae as flutudveis, achando que quanto a estado interes Fito gue aaa convenientemente salvaguardado com a servidgo de tran, sede ficou instituida para os agentes da administragio em seniey as mesmas relativo, Contra 0 que fleou disposto no projeto, se pronunciou, em 1909, Garvalno de Mendonca (M.I.), em’ seu trabalho iy © Aguas Correntes (p, 237 € s.) Enfendeu que sobre aquelas margens, e por isso mesmo sobre as dag sors ies correntes navegaveis flutuavels, e ndo ainda sobre a: as correntes de que essas se facam, o que estava consagrade neneses == Gireito Nigente, era apenas uma servidio para os servicas da policia G Tegulamentagéo geral da navegacéo e flutuacdo, ‘no pedenio na faixa respectiva os particulares executar obra alguma, salvo eon. cessao especial. essa proptia servidao cairia em desuso entre nés. A exceciio dos rios que atravessam povoagées em nosso pais, nao nos consta”, considera ele, “‘que os nossas governos, do extinty € do atual regime, tenham tido em grande conta os reservados & argem dos rios navegaveis. & verdade que sobre tais terrenos ja- mais se tem construido quaisquer obras de uso particular ou dic empresas sem concessao prévia, mas quanto ao gozo de tals ma fens pelos proprietirios ribeirinhos, no interior de nosso pais, cle foi sempre constante e tolerado’ “Nao € raro”, salienta, “antes € muito comum verse A mar- gem de nossos grandes rios extensas e luxuriantes culturas que 33 Prosperam a bordo das correntes”. jess tolerancia”, conclut o ilustre jurisconsulto, “é digna de todos $5 aplausos, em todas as circunstancias ém que ela nao ferir os interoeres imediatos da navegacéo”, De acordo com Carvalho de Mendonca se pronunciou a Comissio {special da Camara dos Deputades, na revisio Ge meu projeto, no sxe fido de que as margens em causa. ndo constituem proprieiade, sexs, apenas, serviddo publica: estabeleceu que 2s mesmas pertencem 20 ae. Ue dos ribeirinhos, ressalvadas as serviddes necessdrias para 0 apro. veitamento das aguas. Defendi, entretanto, em debate oral, no seio daquela Comissio, 0 principio que consagrei ‘no projeto, Ademais, 0s interesses de agricultura nfo ficavam desprotegidos fom o dominio de tal principio, da propriedade publica de semelhenres margens, jcessalvado 0 uso das mesmas para o aproveitamento das dguas no Inleresse das primeiras necessidades da vida, da navegacso de wahee ‘ria, nada impede a sua concessdo especial, para que sejam culties, Remodelando o projeto, restabeleci aquele principio que havia sido rejeitado pela Comissio Especial da Camara dos Depatados Atendt, entretanto, agora, aquela situagio de fato invocada, exis: fente no interior do pais, nos termos do seguinte dispositivo, que passa 2 jigurar no mesmo: “Serd tolerado o uso desses terrends (as margene externas), pelos ribelrinhos, principalmente os pequenos proprictétios, —4— a cc as pe tam esta mes Tecic ‘ria exigi com fiean as de periov naves plesm cente, ja policia podendo. aalvo con osso pa tais mar pais, ele de todos Comissiio ‘a0 apro- missio, 0 ue esti gir o seu via sido que passa que os cultivem, sempre que 0 mesmo néo ci com 0 interesse piblico”. Por fim, no que diz respeito ao titular desse dom{nio pitblico, sobre argens das correntes, sobre os chamados terrenos reservados, direi para adiante, lir por qualquer forma v Consércios Em tempo, foi criticado o pro dispositivos sobre as consorcios hidr Aceitando a dei, agora, maior desenvolvimento aos mesmos dispositivos, ca transplant tares a ex as tao diver jeto por certa deficiéncia nos seus ralicos, entretanto, ainda nao pode o instituto em causa, ¢ da Ttélia, ser posto em execuedo sem normas regulamen- edir, que nao cabem no preceituario de um Cédigo, sobre as ‘modalidades do mesmo vi Ex inedo da serviddo legal de aqueduto Regulando a serviddo legal de aqueduto, no livro IX, 0 projeto também dispunha, no titulo 2°, sobre a sua extingAo. Deliberei, agora, suprimir este titulo, estatuia sobre a extingao das outras ser nesmo se resolve dentro dos prineip ecidos no Cédigo Civil. uma vex que o projeto nao vides, e que o problema do 8 gerais sobre a matéria, estabe. vir Forcas hidrdulicas: regulamenta do da indiistria hidrelétrica © problema do aproveitamento das aguas com aplicaeso a indit ria elétrica, tive-o na maior conta no Projeto que organizel em 1907. ra prineipalmente ele, sustentei na Exposi¢éo de Motivos, que gia a claboracko do Cédigo das Aguas. De um modo geral, aquele Projeto atencen aos reclamos do mesmo, 1 a extensio dada’ao dominio piiblico sobre as aguas atribuidas ficando a esse dominio: a) as correntes navegaveis ou flutudvels, e as de que as mesmas se facam; b) todas as ituadas nas zonas riodicamente assoladas pelas secas; c) gens das correntes navegdvels ou flutudvels e das de que essas se facam (com excecdo das margens das pequenas correntes de que se facam as correntes sim= plesmente flutuaveis). Apenas fiearam no dominio particular as nas- centes, assim mesmo com algumas restrigdes; as proprias correntes nao ig)! Fe oe abereiot Hutuaveis e de que essas no se fagam, sobre as mesmas, agua ones So proprietarios do Teito, tém apenas relativamente & agua o diteito de uso. Joutares, mou, eepecial, no que diz respeito as Aguas comuns ¢ as Fenrulates; sobre tais reclamos providencion comme cs impunha, na conformidade do momento da evolugao juriciea, Como sallentei naquela Exposicio de Motives, ¢ tantas vezes jé taste nip MRIOrAGHO dos atravessadores (barreurs), Gus adquirissem ndustegitOs Para depois impé-los por precas tabuldses ace legitimos Eston, due pretendessem montar as tsinas elétrions para isso, trés sistemas se apresentavam naquele momento: o dae concessdes, 0 das Tiettagag * imdieais ou consdrcios podendo ser ‘obrigatorion.s °> da licitacao conaysistemas, entretanto, ainda néo se achavam concretizados em Ci gonstavam de projetos em estudo nos congressea an eat branca € nos parlamentos, eapettt® disso, néo quis, naquela hora, chegar ao sistema das concessoes. Free inclinel, em principio, para © das associacdes sindicais ou consdreios podendo ser obrigatérios. Puvidel, porém, da sua eficléncia entre nés, & falta de capital e de espirito associative em nossos ribeirinhos, Assim, consagrei-o naquele Projeto, mas passando-se para_o sis- {fina da licitacdo, easo dentro de um determinado peioae Qe no sur- tisse efeito. Por fim, considerados os reclamos do problema em causa, sob 0 rote si, sta das éguas do dominio dos Estados, pela rears que EGS, Por sua vez, pudessem opor ao aproveltamente dvs Aguas interes- feamais, aos mesmes procurei atender o mais que, denier ass moldes ‘ederativos da. Constitul¢ao de 24 de fevereiro, era'permitnte {nterpretando a Constituigéio de acordo com a sua finalidade etal pareceu-me, pelo menos, ser possivel um remédio contre = resisténcia, quando esta fosse de um Estado contra outro oto do eneines Go, aUe> Pouco tempo antes, se havia estipulado no Preneeg Codigo civil da’ Sufea, estabelect, pois, naquele Projeto que oda ser folk a cetetidas aguas para a producdo da energis cieties Powha ser feita pela Unido, a requerimento de um dos eee interes- Sados quando estes no chegassem a um aconlo a respeito, Como acaba de ticar exposto, satisteitas foram da melhor forma, BD prob eet BAduele Projeto, sob os aspectos indicados ne exigéncias Go problema em causa, do problema de aproveltamenie iis ‘Aguas com aplicacdo a industria elétrica ih E indust entio, de lei N Guerre De Aguas’ exposig Ac delado, Das for Cex volvime, Tuc dica em Na delagio mais. de a matér preceitos de maior do direit: remodelac pois da G ‘aproveitar da regula; pro. A resp «®) © o) an o) an Biri Sobre © Problema da prépria reguiamentacio da nidrelétriea, deste assunto nao trate! all, Por me parecer, nao sucede agora, que devia o mesmo Consiit objeto rra, 80 Vicgems as; entretanto, e que culminaram depois da Grande Se vieram fazendo sobre ambos esses problomat gas dnesmas del longa noticia no meu trabalho “Direito das guas”, © fiz a sintese nas exposi odes, a que me referi no inicio desta 0, ficando eotabrreonvinha, desenvolvidamente, no Projeto remo- Gelade, ficando estabelecido um ‘vo especie X, inscrito — Das foreas hidréuticas: regulamentagdo da tavioe es hidretétrica. arto ainda que alguns outros assuntos passaram agora a tei ento maior do que no Projeto primitive, “catise pore, Quanto permitia a natureza da construcio juri m causa: um cédigo, do. Projet 6, “Diteito das Aguas”, salientando que na remo. envoln ne 2S, dispositivos sobre aiguns assuntol den ser nvolvidos, ressalvel: “Desenvolvidos, entretanter sun invadir Jamentar; ¢ considerando ainda o limite son (i os Sade nega devem ser a expressio dd’ pias estabilidade, limite, es; sobe de ponto quanto & materia Miinistrativo, onde mais eélere se opera a ‘evalugees procedi, sruanto a parte regulamentar que 6 mister ser adici mada @ alguns a sor ee EIS, deve a mesma constitulr objere ae ato sepa. sy nr gxPedido pelo Governo na sua funedo de’ poder coy ativo, ‘guem, como atendi, no Projeto que se apresentaram principalmente’ te, sane Sobre os dois problemas em causa: ay’ 1, mento das dguas com apticacdo @ industria elétrica; € B) 0 o da indistria hidretétrica A) Aprovettamento das dguas com aplicagdo a indiistria elétrica A respeito do assunto, o Projeto remodelado ©) consagrou amplamente o sistema das concessdes; °) ampliou © dominio federal sobre as forcas hidraulicas; ©) Smpliou o dominio federal sobre as margens das correntes — 7 4) Estabelece 0 projeto remodelado que a ninguém é permitido dispor da energia das marés, dos lagos e das correntes, sem uma concessao ou autorizacio, da Unido, dos Estados ou dos municipios, segundo a competéncia dessas entidades (salvo quanto A autorizacdo ¢ hipdtese do aproveitamento de potencial inferior a 50 kilowatts); e nem ainda da energia das nascentes, sem essa mesma concess4o, nos casos e nas condigées que ficam indicados. ‘Tem lugar a concessio para a exploracdo da energia: 1° — diretamente pelos Estados ou municipios (consorciados ou no), quando dependerem os primeiros de concessio da Unido, e os segundos de concessao desta ou dos Estados; 2.0 — por empresas que tenham por principal objeto o forneci- mento da mesma energia a servicos puiblicos da Unio, dos Estados, das muniefpios ou a conséreios administrativos, quando 'o poder minimo exceda de 100 kilowatts; 3.° — por empresas que tenham por objeto o comércio de energia em espécie, e cujo poder mfnimo exceda de 150 kilowatts; 4° — por empresas cujo poder minimo exceda de 250 kilowatts, qualquer que seja o seu objeto. Sobre as nascentes, a concessio ter lugar, na hipétese do n° 2.°, sendo a forca no minimo de 150 kilowatts, na de n.° 3.9, de 200, e na do n° 4, de 500; salvo quando pretendida pelo proprio dono da nascente, Estipulado se acha, entretanto, por fim, que concessio, quanto As nascentes, s6 se dard verificando-se que ndo possam as empresas, sem manifesta desvantagem economica, captar a fora nas proprias correntes. b Posto de parte como foram, os dispositivos de Constituledo de 24 de fevereiro, referentes & matéria, eu pude estipular no projeto remo- delado, de acordo com os votos que vinha fazendo desde 1904, no meu trabalho Dos Rios Puiblicos e Particulares, no sentido da ampliagao do dominio federal sobre as forcas hidréulicas. Robustecidos ficaram esses votos, diante dos novos moldes da fede- racdo, langados na Constituigo de Weimar, dos quais dei desenvolvida noticia no meu trabalho — ‘Direito das Aguas, isto é, dos moldes da federagao racionalizada, ee as agi foreas gem-s: transp energi 3s que i emana satisia interes co reserve culare: 205 Es Su cram ¢ Ce mente, ponder Pessoa. Suprer Eduarc Aurelit Otavio sua op de Epii Ra como 1 No disto h Est margen 5 inter Ma limited gacdo € da mes Pude estabelecer no mesmo projeto que o dominio dos Estados sobre 8s éguas fica limitado pela serviddo que se confere A Unido sobre as forcas hidréulicas: 1° — das correntes que se estendem por mais de um Estado, diri- gem-se a territério estrangeiro ou desaguam no oceano; 2° — de quaisquer correntes, quando tals forcas hajam de ser transportadas para fora de um Estado em espécie ou sob a forma de energia produzida; 3.9 — das correntes que fizerem parte do plano geral de viagdo que for adotado pelo Congreso, ou futuramente forem por decreto cmanado do Poder Legislative, consideradas de utilidade nacional, por satisfazerem a necessidades estratégicas ou corresponderem a elevatios interesses de or litica ou administrativa. °) Com referéncia as margens das correntes, aos chamados terrenos reservados, em 1904, no meu trabalho — Dos Rios Piblicos e Parti. culares, custentel que em face da Constitui¢so os mesmos pertenciam aos Estados. Sustentei, ali, de acordo com Joo Barbalho e Rodrigo Otévio, que am do dominio dos Estados os préprios terrenos de marinha, Certo, quanto aos terrenos de marinha, como signifiquei, ultima- mente, na introducdo ao Direito das Aguas, ‘a doutrina que velo a pre- ponderar entre nés, contando com o apolo de Clovis Bevilacqua, Epitacio Pessoa, em magistral trabalho que serviu de base @ jurisprudéncia do Supremo Tribunal Federal no sentido da mesma, Carlos de Carvalho, ‘do Espinola, Carvalho de Mendonca (M.I.), Carlos Maximiliano, Aurelino Leal, é a de que tais terrenos pertencem & Unido. Rodrigo Otavio que também opinava pelo dominio dos Estados, modificouns ‘ua opiniao em face dos argumentos constantes do referido trabalho de Epitéelo Pessoa, Razéo a mais para que, no projeto remodelado, eu os atribuisse, como fiz, a0 dominio da Unido. No que se refere aas terrenos reservados, no fui téo longe, nem disto havia mister Estabelecl que pertencem aos Estados os terrenos reservados as margens das correntes que nao sejam do dominio da Unido, atendidos 3 interesses desta e dos munictpios, Mas, estabelecl que esse dominio dos Estados ficava especialmente limitado pelas serviddes em favor da Unido para os servieos da nave. gacao e de exploracdo das forcas hidraulicas, nos casos da competéncia da mesma. ensign lizacdo. Comissées de Sobre a dada a extraordinaria relevancia de assunto, devo Gesenvolvimento, os dispositives que a respeito remodelado, ovae f,demais que eu comece fazendo a sintese de quanto disse nae oeinatéria no meu trabalho — “Direrte ate Aguas”, e resiimi SS exposigdes a que fiz referénclas no inicio deck exposicfo, os Estados Unidos, a exploracio se faz del $2 oder Publico, por intermédio das Comics Péblica, estabelecida a socializacio potenenn baixo de amplo controle de Servicos de Utitidade asso ontlusio disso & que se 0 Govemo Federal ossuisse e sor cm anas, Wsinas de seus tos navegaveis ligase von podiam imedintarmennUmeresa rede, os beneficios dés rene (om, seriam ‘mediatamente transferidos’ para o piblice conga ae ¥ que niio existe, observou Frederic Sackett, outra industria em com » rice? 28 venda seja to extraordinarianent. desproporcionado com a iy preduedo, para a maioria dos coma: idores, como sucede fom @ inddstria do fornectmento de energia aerate dtistria da produeao 0 que ante indistria iimica, em que 0 prone hoje mais barato do que antes da guerca, Por tal forma baixou 0 preco, na usina, da corrente elétrica, que Se pode afirmar ser 0 mesmo de 3\a 4 décinan Or cent, por k. ww. h. — 29 — socializaedo. Concessao em) emp com reito cede Esco} do U: e pri Muni pelo 1 80% « mos nomig grain ossue um su In mais o servicos que cor da mun como 9: Cer betece 1 sistema mentacé vaaiGtanto, contrastando com isso, na maioria dos centros popu. {ose das Estados Unidos pelo menos, os consumdrres Pagam em suas sans cerca de 6 cents, por kw. i, ato 6, 15 a 20 veaetn cee ees jplante de tal situacio, sem se pronunciar por aquela almejade somata mudanea completa na politica seguida’ nos. ta sobre a matéria, nos métodos ‘ados de uso e disposie’o das Teservas naturais de energia, istado a competit em larga escala com as empresas res — Frederic Sackett concorda em que se tente a experiénc uma qualquer instalagéo moderna pregos para (aa Peduena rede, no sentido em causa’ da tore ice precos para o pequeno consumidor. eee” er que seja, concita os industriais ¢ cientisias a que igual, ene ynoNOS esforeos,’ para a destruicao dessa disperiaade go° de pram guaiduer outra industria, entre o preeo da verge reco G2 producdo, de 15 para 1, que pesa sobre a inclisnin elétrica, e que tanto clamor vai espalhando nas Estados Unidos Na Austria, na Alemanha e na Suica, ao lado da e ploracdo pelas CON as chr deen PlOrAGaO Polo proprio Estado e a coopera deste com as empresas, deracées por mim aduzidas naqu le trabalho — “pi ena hesfues, 7 aereseento o que sucede mais na Alemanharo que su- ole POR gomrorme relere Anhala Mello, iustrado protec; da, § Urbeoutéenica de Sao Paulo, em seu excelente trabalne Problemas o pmeanismo, publicado em 1081, ¢ que agora me tol dado conhecer Munictptidader Yo Otne steed BO Canada, nesse caso da Inn ee ‘municipalidades do Ontario, em face dos dades estarisins apresentadas pelo mesmo autor Iemanha, o progresso na matéria j4 chegou ao seguinte ponto: rrorenn? oa eletricidade © 50% da distribuicdo se aches amin DarreTho nacional, por meio do Ministério Nacional ge es gralmente no eesdemPresas elétricas existentes, 630 pertener’ oe. aimente a0 Estado ¢ 147 sdo pelo Estado contmniedee Porque nelas Possue maioria de acées. E ndo s6 nesse pais como na Inglaterra a Socializacao tem sido am sucesso real, afirma ele. colsea ter aitda que na Inglaterra so justamente as cidades mais conservadoras que mais tém desenvolvido municipalizagso dos re combat saudade publica (seja dito, porque os lideres cones io da munieigainecat? t*€eua o socialismo nacional s0 todos rertaeerss como pasipalizacio por quanto nao a consideram come ee ialismo, ma: como good business) co ng Ctfretanto, que o “Electricity Supply Act”, de 1926 esta- belece no pais, por intermédio da “Contest Electricity Board”, um mavema que fica entre a completa socializacdo © a simples regula mentagéo da indtistria privada de utilidade publica arora Fala muito alto, por fim, realmente, em favor da socializagio esse ce Liga das Municipatidades do Ontario, no Canada wens qual Aupserevo os informes e comentérias constantes daduels trabalho de Annala Mello — Problemas do Urbanismo, e dispsrciedene de citar alguns dos autores af indicados, Hoje, diz Mosher, deve regular 1.400.000 cavalos, Mo ito as_usinas geradoras interconectadas: a maior é a de Niagara, que representa 85% da energia total, As linhas de transmisstio, em outubro de 1927, eram as seguintes: 3.350 milhas de .......... 5.000 volts, 830 milhas de .---°'.!!. 110/000 volts, 200 milhas de |*! 200.000 volts. reaisa mesma data, o capital empregado orgava por $256,164.45 dolares, e a renda total, em 1927, importou em $34.Ge8.700. Para due fiquem bem demonstradas as vantagens dessa modali- dade de sociatizaca com one [ese] Si] anes wee ne Se taadse de Nova York | ewait"| pe 36.000 bs. mnttora a g1.04 | Kingston e708 52.000 noe. Windsor wm] ter 22) Sto. 3.200 ni. Laneen us grr | Senenecteay (2.0m) Ss.e4 122.210 hbo. “Hasmaton oa | Ben Gos 8 tas 18.00 ks, Otawe, sm 6053 | Abeny “7 Gi) Guna 392.100 hie toronto me | Barre 1 (s28.016) $438 sate diferenga de taritas do servic doméstico se nota da mesma sain Ro servigo comercial; no industrial, para grandes cote ge oe sais, a diferenca & menor, mas sempre sexsivel — 22 ? social em nr Ontas E referi: que d falet Mund reco com e em re, ragdes Ja dos Es em exi energia Tespeitc della F. Pay direito “po Sao a acio exerce n do da ¢ de uma dugio”, Ea a mesme Reece derava N ‘© mesmo Para até ali so Estado e Limit atestar 0 20, 25 ou Term Estado a, Nao sel o que dirdo, diante desses tatos coneretos, os inimigos da Seclalizagdo. Os que encaram os fatos com imparcialidade, so unceines Gm Jeconhecer 0 espléndide sucesso da Liga das Municipalidaier ce Ontario” Era a essas usinas da Liga das Municipatidades do Onté: se tere aay Oeinbaixador americano, na Alemanha nas consideraese de Freie Roticla naquete meu trabalho — “Direito das Aguas”, ede que jalei anteriormente — por ele desenvolvidas na Segunda Confeenee Mundial de Energia, ao dizer “este clamor puiblico (contra a alta da proco de fornecimento da energia elétrica nos Estados Unides), arenas cpr gntusiasmo 0s precos de cerlas usinas de propriedade mumcrpat Paomaiites Prézimas, como prova da iniqiiidade dos pregas das exyian racées privadas”. Concessdo como caminho para a sociatizagdio Ja, €m 1920, na resposta aos pareceres remetidos pelos Governo Gos Estados & Camara dos Deputados, sobre o projeto primitive, entas cm exame na mesma, eu me havia pronunciado pela prodacke ae energia hidroelétrice pelo Estado, aceitando o ensinamento de Wirth Fapeite, no seu notavel trabalno, publieado em 1903 — “Le Conyuiste della Forza” Para essa socializacdo, nem era mister sair muito das normas do rreito constituido, Como o Estado cede a Sgua para a irrigacéo”, diz Nitti “pode da mesma forma, dar a forca elétriea para as maquinn Sio, ainda, palavras do insigne economista, pondo em paralelo aedo que exerce 0 Estado na construgéo de uma estrada, ea eae erce na matéria que esté em causa: “é fora de duivida que a feat Gio da energia elétrica pelo Estado nfo é muito diversa ds content Gace estrada: esta € um meio de troca; aquela, tum melo de se ji ainda, de acordo com aquele ensinamento, estabeleci no projeto & mesma socializagdo pelo caminho da concessdo, Recomendando a produe#o da energia elétrica pelo Estado, consi- Freee Nittt que Isto so podia obter, dentro de algun tempo, sem que © mesmo houvesse feito qualquer construcio. ing tal bastava que se seguisse pritica diversa da consagrada iG ail sobre a concessdo, © que consistia em aumentar os orenton as Estado e fazer concessdes longas, jarnitessemse esses eréditos a uma pequena importancia, s6 para Bestar 0 jus imperit, e se abreviassem as concessoes nunca ¢ sane 20, 25 ou 30 anos, darminando © prazo da concesséo, passaria para o dominio do Estado a construcio feita oe Estabeleci, assim, no projeto a concesstio pelo prazo maximo de 30 (trinta) anos, com a amortizacso completa de capital nesse periodo, fevertendo para'o Estado, sem indenizacdo alguma, todas as obras de captagao, de regularizacio e de derivado, principais ¢ acess6rlas, os canais agutores da agua, o conduto forcado e canais de descarga ¢ de fuga, bem como a maguinéria para a produgao da energia, transfor- madores e linhas de transmisso. Pica o éxito do processo na dependéncia da legisiacdo tiscal, de que esta nao pese sobre as empresas, sobrecarregando 0 custo de pro- Guesio, de que o Estado obedeca aquele conselho de Nitti, nd consi- Gerando no'caso os seus interesses financeiros atuais, mas os interesses futuros da coletividade. ‘Nao se opunha, ainda, nem podia se opor Nitti, a que nessa fase preparatéria da socializaedo em causa, o Estado em certos casos, dada 2 iinportancla dos mercados consumidores, ou para a aplicacdo a alguns de seus servicos, explorasse desde logo, dirctamente, a producao da energia elétrica, 'fizesse ele prOprio as construcbes necessarias, Previu isto 0 projeto, e, conseqilentemente, a faculdade para o Es- tado de, a qualquer momento, haver para si, a construcao feita, devida mente indenizada a empresa concessionaria. Nem se objete que aquele processo da socializacio pelo caminho da concessdo € inviavel; que a amortizagio do capital no prazo esta- pelecido torna quase impossivel um empreendimento, ou faz demasiado caro 0 custo de producao, impondo a venda da energia por preco ndc iavordvel ao consumidor. Certamente, isso sucederd em casos especiais de aproveitamento dependendo de ‘obras de engenharia civil de elevado custo, com bar- ragens de acumulagio de grandes yolumes dégua ¢ de regularizacao de descarga, situadas longe dos grandes centros consumidores, obrigando fa construcdo de carissimas linhas de alta tensao. Em semelhantes casos, porém, e principalmente quando de con- junto essas obras possam atender a elevados interesses relativamente 20 abastecimento das populacdes, & defesa contra as inundagoes, & higiene em geral, navegacao, & irrigacdo, deve o proprio Estado rea- ligar 0 empreendimento, hipétese prevista no projeto, e ha pouco refe- rida, ou subyencionar ‘as empresas, hipdtese que também ali ficou prevista, de modo a que o consumidor possa obter a energia por preco comodo. claro 6 que ao Estado cabe agir por esse modo quando, de fato, © éxito do empreendimento esteja assegurado pela importancia dos mercados consumidores. Por fim, previu 0 projeto a cooperaeso do Estado nas empresas, quando se verifica essa mesma citcunsténeia que acaba de ficar apontada, 'Até agui, referime a socializagio da producdo de energia hidro- eléirica e sua transmissao. ape depois anteric Ne conces: sociali que se quer Hidrai N paises nacior tenha, E que, « uma } iz cias n N dos ¢ ic pode toda. cho d ucfettme a0 que propunha Nitti em 1905, ¢ talves umn pouco mais proprlamendy ounbs, No sistema que aconselhou, pois nad ee detive Industelanens, 28 Producdo da energia para que esta tase entregue aos misago ait Da prépria usina geradora, znas ednsiderd eee sua trans- missdo pelas Unhas de alta tensio, agers, passo a tratar da sovializagdo no que diz respeito A distri- cao da energia, para iluminaego publica ne particular, ou para qualquer outro Uso, transportes em eomutn, is gproleto, atendi a esse problema como cle se tem desenvolvido depots daquela obra de Nitti — "ra conquiste det sopte ”, € signifiquet anteriormente. 2o,cas0 de aproveitamento de forcas hidréulicas aecorrente de referido pra pela Unido, as instalacoes de distributed revertem, no Tina ptaz2 maximo de 30 (trinta) anos de mei forma, pata a dos on Manto & empresas que realizem servico reine para Esta- bo ret, municipios, quanto a empresas que reels servieos estadual ou municipal, apiten 2 Zespelto, se, pelo vulto das instalagses, a amortizacao Gerenabital no xeferide prazo tome imposstvet empreendimento, ou dle que tal ye 229, de venda pouco favoravel para ree or, a tim conde {2 nao acontera deve a propria Unde Estado ou munieipio, Grito eatae S Outte e880, realizar o mesmo emprenston ey se 0 seu ou surstver assegurado pela importancia dos mete consumidores, ou subvencionar as empresas, aeatou, © projeto, dessas’hipéteses, bem como da hipétese da co- operacio das mesmas entidades nas empresss Toni & concessdo que ficou estabstecida como caminho para a due se gd0, como no podia delxar de ser, é de one, novo, quer pelo Guer pelo. gue aiORalizacdo, da qual a seguir passy 9 tonne yo letra b, Hitrdutioas. Geo, Cote’ 2 Featlamentacdd pelas Comat de Forcas Mdrdulicas, da qual tratei nas letras seguneie, Nacionatizacéo 2 a Leenilo fas Aguas”, tive ocasiéo de salientar como nos outros dtseng Geo depois da Guerra, se vem forimnde es sentido da tena eneg2 988 empresas, quando, mats do ave isso, ainda nao se ‘enha chegado & propria sociallzacao da indiverg: hidroelétrica, % five, ainda ocasiao de informar quanie dolorosamente certo tina om. Rosso pais, as empresas nacionais teste gener vo caindo, Nina por ma, em mos de capitalistas estrangeladt rag dulster que também, entre nés, © lesan: tomasse providén- cias naquele sentido Rio Mlesconsideret que, pais novo, o Brasil precisa da colaboracio dos capitais estrangeirgs Considerei, entretanto: por mais necesséria que se apresente, nao oan, canes gbOracaO se sobrepor acs altos inte ee nacionais de ao da eels, A Propria defesa nacional, Heeler Produeio e aplics cao da energia clétrica toca Devia 0 Brasil, quanto fosse possivel, sobre a matéria se defender, como vém fazendo’ todos os outras paises. Proclamei: néo h4 considerar no momento escolas econdmicas; hé a considerar, de par com o imperativo do patriotismo, o fato universal. E certamente lastimando que a nossa civilizacio ainda permita que os diversos paises tenham de recorrer a medidas desse genero; lasti- mando que, em antinomia com o espfrito evangélico, 0 interesse pr prio continue ainda a dominar por tal forma individuos e naedes, que nao se haja chegado até o presente a uma compreensio mais alta realizagao mais efetiva do que ver a ser as justas exigéncias do bem Precedentes de nacionalizacio de empresas, signifiquei ainda na- quele trabalho — “Direito das Aguas”, j4 se contavam, alids entre nos, com referénela & navegacdo de cabotagem, & pesca e A navegacio aérea, Providenclei sobre o assunto, da nacionalizago em causa, no pro- jeto remodelado: certo excluindo da mesma as empresas simplesmente autorizadas Com referéncia ao pessoal, ficou estatuido que concesso alguma pode ser conferida, cessdo alguma ou transmissao de concessio pode ser feita sendo a brasileiros. Se o concessiondrio é uma sociedade deve esta ter sua sede no Brasil e ser regida por leis brasileiras, O gerente ou gerentes, sejam sécios ou ndo, bem como os sécios que podem usar da firma social; os administradores ou diretores que representam a sociedade; devem ser brasilelros, Além disso devem ser brasileiros dois tercos dos séclos em nome coletivo, dos administradores ou dirctores € dos membros do conselho fiscal, Em tal sentido dispée, na Franca, a lei de 16 de outubro de 1919. E, ndo obstante outras as condicdes de Portugal, ndo teve diivida Guilherme Moreira em aconselhar no seu trabalho — “As Aguas do Direiio Civil Portugués”, que nesse pais se seguisse a mesma orlenta- cdo, conceituando: ““Trata-se néo s6 do aproveitamento de uma riqueza pitblica, mas da exploracdo de um servico publico, tornando-se assim nJo so convenfente, mas necessério até, afastar catttelosamente quais- quer conflitos de ‘cardter internacional entre 0 Estado e os con- cessionarios”. Com referéncia ao capital, ficou estatuido que um terco pelo me- nos do mesmo, deve pertencer a brasileiros aqui domicillados, Neste ponto, adotei o critério ja seguido pelo decreto n° 20.914, de 6 de janeiro do corrente ano, regulando a execugio dos nossos ser: vigos aeronduticos civis. Afinal, seguindo ainda o exemplo da Franea, estabeleci que as re- gras prescritas sobre a nacionalizacdo das empresas, ndo podem ser excepcionalmente derrogadas, sendo em virtude de decreto do Presidente da Reptiblica assinado pelo ministro da Viacdo e Obras Ptiblicas ¢ pelo ministro das Relacoes Exteriores; ouvida, porém previamente a Co- misséo Federal de Foreas Hidrdulicas, — 26 — Re gia elé delado nacion Po minist teriore: renova = ° estabel nos ter Comiss Asi organiz coun Ess Estado, que por tabilide Issi no seu Law Re riormen “A cols propriec na emp rante p buicéo fazer, © empresa tituise by the and int: so inve: opportu capital His com public s Jax Power ( Tals foram as providéncias que tomei no projeto remodelado. jflativamente & derivacdo para o estrangeiro, da agua, ou de ener- Fetacio ioe, Produzida pela forca hidréulica, estipulel, no projeto reno, serge, gue a mesma s6 seré permitida’ mediante tratados inte nacionais, stro “ae Gao, ttm decreto do Presidente da Reptiblica, assinado pelo tories? 02, Viaco e Obras Publicas, © pelo ministro das Relates eee terlores, poder autorizar, por um prazo de vinte anos no mac repovivel, @ derivagdo da energia elétrica, nas condicdes que learns jadas e que hauri na legisiaedo da Suica sobre a’ mated ainda previamente a Comissio Federal de Foreas Hidn COMISSOES DE FORGAS HIDRAULICAS o controle do poder piiblico sobre as empresas hidrelétricas, eu (lect nos termas os mals amplos, no projeto remodelado; isto & Com kean eis, Zequlamentacdo dos servicos de utiidade piblica eld Comissdo Administrativa, coma se pratica nos Estados Uvides Aiea g estabeleci, traduzindo esse direito de controle da propria ania fae, Sandamento da empresa — “the right to control the berg ion and conduct of the entreprise”, de que fala John ‘Davee ‘ireito que, em nossos dias, ninguém pode desconhecer ao . de “fixar os standards de servicos, as tarifas a cobrar, os Iuctee i poder ser realizados, a estrutura financeita, os métodés de sect abilidade das empresas” 'consideradas de utilidade puibline Justice” Bran fern Bell Tel. Co. (Harvard 1931-1982, pag. 60), na orlentagio de outros ante. “onmente proferidos pela Suprema Corte, dos quais falarel para adianis coisa destinada por alguém (investor) para o uso piblico nao € ving se einwace eSpecifica, tangivel e intangivel, porém, capital aplicade rants pean, Sobre 0 capital assim aplicado a Constitulcao Federal oe, rante para a a 2 oportunidade para obter uma razodvel retvi ruigio. «._Aquele (investor) que aplicoit o capital na empresa, com) qazer, convelo. que os encarges para o piiblico seriam razoavels, Sus Hite ge Substitul ao Estado na prestaeao de um servigo publico con pinise assim um eriado, um servidor do piiblico” (The thing deve Na intopitee 0 he, Public use is not specific property” tangikie So invegaule, but capital embarked in the entreprise: Upon the eagifel oppor any tee geeneral Constitution guarantees to the utility’ the cabttal mag Gaim @ fair return. .. ‘The investor agrees, by embarking fap tal im @ utility, that charges to the publie shall ‘be reasonrine Pupige mbany Js the substitue for the State in the performance ewe Public service; thus becoming a public servante. 34 20 meu trabalho “Direlto das Aguas”, dando notfcia da “Federal Power Commission”, criada nos Estados Unidos em 1020, oa noc! 37 Ihava que se consagrasse em nosso pais o sistema de controle que esté ema eausa, © sistema das Comissdes de Servicos de Utilidade Publica; ajustando-o, entretanto, ao sistema adotado pelo projeto, da concessae como caminho para a socializacao. E intensificando os meus estudos a respeito, cada vez mais me convenci da superioridade do mesmo, com a ressalva que acabou de ficar indicada, Principalmente, entre outras obras, nas de Bauer, a maior auto- ridade sobre a matéria (Effective Reguiation of Public Utilities), obra essa publicada em 1925, e que como ele declara fol escrita na “linha Ge foo” da regulamentacdo (has been written from the “firing line’ of regulation), € nao 86 na como para essa “linha de fogo” (not only frome but for the “tiring line”); de Osear Pond (A Trealise on the Law Ef Public’ Utilities, terceira edicéo publicada em 1925); de Glaeser Poutlines of Public Utilities Economics, publicada em 1027); de William. Mosher, escrita por ele e colaboradores (Eletrical Utilities; The Crisis public Control, publicada em 1929); de Nash (Economics of, Public Utilities, segunda edicdo, publicada em 1931); ena Harwar Law Review; eu pude fiear bem a par do historico, da economia, do desenvolvimento, Gas’ vantagens, da imperiosidade desse sistema, repito, uma vez que Gao se consagre a plena soclalizacio da indistria hidrelétriea. Certo que, na obra de William Mosher se poem ao vivo os defeitos existentes eeu tema, indicando-se medidas de socializagao, apontando-se para 0 exemplo da Liga das Municipalidades do Ontdrio, e para o exemplo do Controle nacional exereido na Inglaterra, com o Electricity Act de 1926. E devo consignar que outras informagées ainda pude colher a respeito, no citado trabalho de Anhaia Mello (Problemas do Urbanismo) Baseado em escolhida bibliografia, o ilustrado professor da Escola Politéenica de Sd0 Paulo, nesse excelente trabalho que tanto o honra, Sopretudo por tratar de assunto até hoje tio pouco versado entre nds, qual seja a regulamentacdo dos servicos de utilidade publica (public dtitities) — apresenta interessante noticia da doutrina ¢ da pratica do sistema em causa, aconselhando a sua adocio aqui. ‘Deixa bem claro Glaeser, na obra que citel — Outlines of Public Utilities Economies, as fases por que passou a regulamentacao nos Estados Unidos: a judicial, a legislativa, e, por fim a da Comissdo Administrativa. Deve-se 0 inicio da regulamentacdo a Suprema Corte, em voto prithante, correndo em socorro das vitimas das empresas, quando domi- havam no pais as idéias do “laissez faire", quando jazia adormecido 0 poder de polfcia do Estado, Foi, em 1876, nesse memordvel Caso Munn. Munn e seu sécio Scott, proprietérios de silos para depésitos de cereais em Chicago, a falta de concorrentes, elevaram sua vontade os precos do armazenamento. — 28 — miccrvit a legislatura do Titinois, em defesa do interese publico, fixando 0 maximo desses precos. ae Ceam Munn e Scott sos tribunals, alegando que esse ato recosae ieestitnigio, despojandoos de stia propriedade sun SSS ato proceso legal Yeneldes, nos iribunais do Ustado, também o foram na Suprema Corte. Pasidin esta que os silos dos reclamantes, situados “in the ry 2 paeeaCr Commerce and taking toll trom all who pase”, hag see @ business, “affected with a public interest” 2 Wain aud0 a opinido da Suprema Corte, sustenton o “c ‘ef yentice” Waite (Munn v. Minois, 94 U. 8. 113): “Une Propriedade se Teale de interesse puiblico quando usada de forma 6 tornar-se de inte. fesse pliblico e afetar a coletividade toda, Cons ‘guintemente, quando interdsce g Cestina a sua propriedade a um uso em que ¢ puiblico tem conte ae a aSOCi# © Piiblico nesse uso, tem que ce meter ao rade eae blieo para o bem comum, proporeiondimente we interesse Wd oan eeerty does become do the with a public interno when used at large, Wee ake it of public consequence, and afect the coin, nity the age. Whe, therefore, one devotes hie property coc use in which ihe public has an interest, he, in effect, grantor tne public an interest commen Ser and must submit to be controlled by the public jor the ceminon good, to the extent of the interest he ‘has Hhme created’ citer ag detisio da Suprema Corte, eomo acentua Bauer, na obra fhrmado © ae cite Regulation of Public Utiities: "0 poder sae firmado iases lancadas, para a regulamentacao dost servises ne utilidade piblica. O principio em st proprio, desde. teaty ace, (The power was upheld, andthe basis mi ao. public “hilly regulation. The prineiple itself has never been Guesioosn since) wed fittt© das indtstrias do interesse piiblico (das indistrias qiijcted with a public interest), sujeltas & requlameniecd es qual eres “Chie! Justin on, © PTOBresso social, 4 em 1920 0° trnceee aoe o Pacing witite” Tatt, no voto da Suprema Corte sobre af rgd Wolff Packing Company, Em suma, como ensina Bauer “a base da Tegulamentacio, con- cipais casey auabeleeido na decisSo azunn, e repetide em tedeene (oe publico, wea {81 auestio se levantou, era o especial fone be tearing Newado as indistrias particulates" ndo imocten variedade oe pootias que se tem construido para earacterizar exe especial interesse reticle pode transformar uma industria pastieae oe industria Particular de utilidade publica — 29 — Certo 6 que Glaeser apresenta como servigos geralmente consi- derados de utilidade publica, os seguintes: * “(1) Servicos de transporte (Common Carriers) a) Rodovias, pontes, ferries. ) ‘Transporte veicular sobre rodovias: taxi-buses caminhoes. ¢) Vias dagua artificiais: canais, ries canalizados e portos. d) ‘Transporte pela gua, navios de qualquer espécie. e) Transporte ferrovidrio de passageiros, carga e correspondéncia. j) ‘Tramways urbanos e interurbanos para transporte de passa- geiros e carga. g) ‘Transporte aéreo de passageiros, carga ¢ correspondéncia. hh) CanalizagGes especiais para transporte de dleos e gas natural, (2) Servigos complementares do transporte: a) Equipamento especializado: earros frigorificos, dormitorios, restaurantes b) Armavéns, depésitas e elevadores. ¢) Docas e servicos de estagées terminais e de transferéncia. (3) Servigos que facilitam as comunicagées: @) Servico postal. b) Servigo telegréfico com ou sem fics; cabos submarinos. ¢) Servigo telefénico, local e de longa distancia, com ou sem d) Radio “broadcasting”. proncettRae's atdule hell, no neu tabaino ProBiemas ao Ur Bbllvcacoat quo ele fez ne. mesmn. plticssoer CUgpensivel aevia eallentar 0 relove, da utildade publics, que se concent a sna Siete elon Re deemtiae campo de aplcasto! ‘Sovey amen, faz Wiliam Borer Judlcloeas conslderagSes, no 6 referido tral r1ec0St Geille” she’ Cris in Pubhe: Control : TO nem estar relativg de grandes masses de populagte depende de, um suprimento de eet ate SNR Geka relative wets of tance section of Hho population was SAtRde gemmaaat a ndaut mippi of poner at Teaeouable. price) enstitve a eletriidade, necesidade da indstria, da mia ¢ do lar"; (\¢ became « neces ox “agosto sleitande, pecan Os Gate ue? poe) a re ieMouise ainda do que Mowker, deizar, entre nos, os tustrados enganbelros Fran uch MBSE Sil Waal ee ee ae cee Fans eae ate on ut Ge asmanars:(de'S, Pha), OSE. Be Sede" amsote ‘esd, page 6h, © teen) iso a tr (4) Fornecimento de forca, luz, calor e frio: @) Instalagées de gas natural e artificial b) Instalagdes para suprimento de energia elétric ©) Instalagdes para suprimento de vapor e égua quente 4) Instalagées para suprimento de gélo. (5) Instalagdes para suprimento de égua e saneamento das comunidades a) Agua potdvel ou nio. b) Esgotos, Suprimento de dgua para a agricultura e defesa contra a @) Obras para irrigacéo. %) Protecdo contra inundacées. ¢) Drenagem. , epresentando esse quadro dos servicos geralmente considerados de utilidade publica, adverte ainda Glaeser: A dificuldade para dar uma exaustiva enumeracéo e classi Hoagdo dos servicos de utilidade publica 6 aparente. Assim servicos gomo @ proviso de combustivel, leite, habitaco, banco, seguro, {acllitaedo de crédito, acougues, packing plants sio de pert controlados, e muitas vézes pela propria administracdo publica rea, lizados. Devemos reconhecer, como eu disse anteriormente, uma zona crepuscular em que as indtistrias enquanto nao atingindo o completo status de utilidade publica, so contudo sujeitas a um tal equllfbrio de interésse particular e puiblico que autoriza especial Classificacao e especial regulamentagao pelo govérno’ “Fora desta zona crepuscular, cai a grande maioria das indtis- trias e atividades privadas a cujo respeito 0 govérno age com um tal grau de indiferenca que justifica a denominac&o que Ihes 6 dada “private business”. © interésse puiblico ai se apresenta, ndo porém em sentido superior”, E, por fim, dispensdvel seria saliontar o relevo da utilidade publica, que se concentra na industria elétrica de desmedido campo de concen. tracdo! a Sobre a mesma faz William Mosher judiciosas consideragées, no J4 referido trabalho. — Eletrical Utilities; The Crisis in Public Control “0 pem estar relativo de grandes massas de populacio, depende de um suprimento de eletricidade abundante e barata”. (The relative Welfare of large sections of the population was dependem upon abundant supply of power at reasonable prices). “Constitue a eletricidade, necessidade da indiistria, da rua, do lar”, (It became a necessity not only in industry but in the home and on the city streets). E mais a mostra ainda do que Mosher, deixam, entre nés, os ilus- trados engenheiros Francisco Monlevade, Plinio de’ Queiroz ¢ Antonio Cardoso, a importancia da energia elétrica, nas seguintes consideracSes constantes de um breve estudo sobre o problema geral da energia entre nos, publicado no Boletim do Instituto de Engenharia (de $. Paulo) vol. XI, n, 51, de agosto de 1929, pag. 63 e segs.): “Nas indiistrias fundamentais — a agricola, pastoril, extrativa ¢ manufatureira — em tddas as suas ramificagoes, a energia elé- trica é a base da producéo econémica e em grande escala das rique- zas; na indtstria dos transportes que, aproximando 0 produtor do Consumidor, faz circular essas riquezas, a eletricidade, barateando © custo désses transportes e tornando-os mais rpidos, vem alargar mnais ainda o raio de agio dos mereados ¢ a atividade do seu comér- cio; na utilizacdo dessas riquezas é sempre a energia elétrice que transformando-se nas suas miltiplas aplicagdes, em energia mecd- nica, térmica, guimica e luminosa, permite o funcionamento dos mais variados aparelhos inventados para o beneficio coletivo e indi vidual, e, finalmente é ainda a eletricidade que nas suas aplicacdes por assim dizer social, desempenham o papel predominante na vida Priilizada dos nossos dias, j4 fornecendo o movimento, a iluminacdo, 6s meios de comunicacéo, da transmissio da palavra e até da visio Q enormes distancias, j@ nas suas aplicagdes & medicina, contri buindo para diminuir o sofrimento umano”. ‘Mas, voltando ao assunto da regulamentagdo judicial em si mesma. Era esta regulamentagdo um processo caro € moroso. ‘Ademais, aos juizes das cOrtes judiciérias faltavam conhecimentos técnicos especializades para bem prover as reclamacoes. , sobretudo, a maquina das cortes nfo tinha a suficiente expedicéio nem espontaneidade, agia quando provocada para o caso individual, para corrigir, endo para prevenir o abuso: quando, como pondera Glaeser, a regulamentaeao para ser eficiente, precisa ser preventiva e construtiva (Regulation to be effective must be preventive and promo- tive, as well as remedial and exemplary) — 32 — cag cae de pol tari abt deq pre con pel: que dac day me ak con me (th fer) intl Est esti luz hoj tad

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