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z Q g ey Fo NEF + ANG 19 ARIAS he , Do denuncismo adentincia * ominimo deinstituigao Mercado de titulos #EUO SP. Freud ndoexplica yj Opsicanalista que falava lacanés Da clinica nossa de cada dia — TAMBEM PSICANALISE EM bes | OUTROS VERBETES : Coxinha, {nternet, ‘asmargens da formacdo, ‘ochato do vinho, sofrimento amizade, mimimi SUMARIO PSICANALISTAS intranquilos 08 Inquietacdes 10 Dodemuncismoa dentincia 12 Ominimo de instituicao 14 Mercado det 16 #U@sSP 18 Freudnaoexpli 20 Opsicanalista que 22> Dacii lava lacanés nossa de PSICANALISE: marginal? 26 28 29 31 32 33 35 37 39 40 42 43 44 Apresentagao Sao Paulo Psicandlise coxinha Asmargens da formagio Clinica mitida Amizade Diga-me com quem andas Occhato do vinho Comentadores Internet Softimento Danossa violenta natureza Mimimi COLABORARAM NESTA EDICAO ADELA sTOPPEL. és-doutora em Pscandlia/UER) [ALEXANDRE DE SOUZA PINE este om Psicologia Cnca/PUC-S? ANA GEERIM. outorands am Psicologia Clnica/USP [ANA PAULA PIRES. ‘ase em PlclogiaClnica/UISP e mambo do FCLSP CCARINA FERREIRA GUEDES ‘este om Psicslogia SacisVUSP {CAROLINA CARDOSO TIUSSL utoends em Psicologia Escola USP CCATERINA KOLTAL outs em Piolagi linica/PUC-SP CHRISTIAN INGO LENZ DUNKER professor live docerte/USP DIEGO AMARAL PENHA ‘mesvando om Piologia SociaVPUCSP EDUARDO ALBANO MOREIRA bacharol em Pioloaia/PUC-SP misico pelo Musician Intute of Holywood -ERNANI CHAVES professor edoutor am Fiosof/UFPA GGEDRE MOURA pscanalita/Cenro ds Estudos Picanalticos 4JOKO FELIPE G. M5. DOMICIANO. ‘mesve em Pacologi CeizalUSP LUCAS CHARAFEDDINE BULAMAH roeve om PiologisCnicalUSP LUCIANA Ke SALUM Glutora em Picologia Clinicas SP LUZ MORENO GUIMARAES. reste em PiclogiaJSP [MARCELA ROSENBERG ‘Yedda em Psicalaga/PUC-SP [MARIA TERESA GUIMARAES DE LEMOS outa en Lingua emer ‘ds OUTRARTE/Unicamne [MARTA QUAGLIA CERRUT loutorands am Psicologia Clica/USP [NINA VIRGINIA DE ARAUIO LETTE luton Linguistica emeribre de QUTRARTE/Unicamp [NORA 8, SUSMANSCKY DE MIGUELEZ fechadas, e entre quatro paredes, nio hd dentro c fora. Se hé algum discurso subversivo, nossa pritica tem sua aposta a partir de uma ética: escutar 0 que, aparentemente, no se mostra, © que se tenta calar e apagar ~ a falta. Mais ainda, transforma-a no pivé do movimento, independente de onde este. Tal como a falta, ‘qualquer tentativa de enquadrar 0 discurso psicanalitico repetidamente fracassa, assim ‘como a insistente busca de estabelecer quais portas delimitam os contornos da verdadeira psicandlise ~ como seo enguadre garantisse, ‘ou como se er ou néo coxinha dependesse de estar dentro ou fora do consultério, ‘Também nao podemos deixar de sublinhar ‘que a circulagio da psicandlise em servigos pblicos ¢ movimentos sociais acompanhou desde sempre a histéria do movimento psica- nalitico no Brasil. A questao parece ser © que disso deriva: muitas vezes, os questionamen- tos conduzem menos a uma problematizagio ddo que pode ser psicandlise e mais a uma de- rmiincia de sua nao adequacio ao que suposta- mente ela deveria ser. Como fazer se nem sempre hé uma demanda inicial do paciente? Eo que dizer sobre o pagamento se nos servi- «08 publicos os atendimentos sio, por direito, gratuitos? Como fazer se ndo cabem atendi- ‘entos individuais? Isso nao implicaria mis- turar 0 ouro da psicanalise com o cobre da sugestio direta? Ora, é importante lembrar, ainda, que co- xxinha, antes de ser sindnimo do conservado rismo paulistano, foi, por bastante tempo, sivia para referir-se ao policial, aquele mesmo {que comia o quitute na padaria por extorsao. Ainda que com os pres salgados das sessdes ‘ou com a'grtuidade das mesmas, coxinhas 20 BS See Da psicandlise que nao € cap. de reconhecer as questées sintomatica: do seu tempo, dizemos coxinha slo 0s que se abstém de pagar, ue buscam se apartar, ou esquecer, como se nada tivessemn @ ver com o que desejam. “Como se nada tivessem a ver com 0 que desejam - marca da nossa sociedade, cinismo ‘marcado por um “fingir néo saber, ingir ndo escutar”, Abster-se da implicagio, do engaja- mento, coloca para os sujetos um conforto, ‘uma motna rebeldia que néo faz avangar na- quilo que consideramos fundamental para nossa geragior des-fzer um equivoco de pen- sar que a psicanslise necessariamente esté no ‘campo das solugées individuais, No consultério, na rua, nas instituigdes, a ‘escuta promovida na relacio analitca tem con- Aigdes de promover mudangas num sujeito ¢0 ‘elangar num lago inédito com seus semelhan- tes, Dessa forma, quem sabe, possamos olhar, ver e sentir os tantos problemas advindos da segregagio e do racismo com outros operado- res, necessariamente, no isoladamente. Se possivel, com riso,

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