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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................3
2. HISTÓRICO..................................................................................................5
3. TRANSMISSÃO...........................................................................................6
4. DIAGNÓSTICO............................................................................................7
5. SINTOMAS...................................................................................................8
6. TRATAMENTOS.........................................................................................10
7. PREVENÇÃO E CONTROLE.....................................................................11
8. LEPTOSPIROSE BOVINA..........................................................................12
8.1. TRANSMISSÃO....................................................................................13
8.2. SINTOMAS............................................................................ ...............15
8.3. DIAGNÓSTICO.....................................................................................17
8.4. TRATAMENTOS..................................................................................18
8.5. PREVENÇÃO E CONTROLE..............................................................19
9. LEPTOSPIROSE SUÍNA............................................................................21
10. LEPTOSPIROSE BOVINA........................................................................22
11. CONTROLE DE ROEDORES EM ÁREAS RURAIS..............................23
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................25
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................26
3
1. INTRODUÇÃO
2. HISTÓRICO
3. TRANSMISSÃO
4. DIAGNÓSTICO
5. SINTOMAS
registros oficiais. A doença pode ser discreta, de início súbito com febre, cefaléia, dores
musculares, anorexia, náuseas e vômitos. Tende a ser autolimitada e cura em poucos dias sem
deixar seqüelas. É freqüentemente rotulada como “síndrome gripal”, “virose” ou outras
doenças que ocorrem na mesma época, como dengue ou influenza. Uma história de exposição
direta ou indireta a coleções hídricas (incluídas água ou lama de enchentes) ou a outros
materiais passíveis de contaminação por leptospiras pode servir como alerta para o médico
suspeitar desse diagnóstico.
Infecção mais grave pode ocorrer, apresentando-se classicamente como uma doença
febril bifásica. A primeira fase, “septicêmica” ou “leptospirêmica”, inicia-se abruptamente
com febre alta, calafrios, cefaléia intensa, dores musculares e prostração. As mialgias
envolvem caracteristicamente os músculos das panturrilhas, mas podem afetar também coxas,
regiões paravertebrais e abdome, podendo até mesmo simular um abdome agudo cirúrgico.
Podem ocorrer anorexia, náuseas, vômitos, obstipação ou diarréia, artralgias,
hiperemia ou hemorragia conjuntival, fotofobia e dor ocular, bem como hepatomegalia e,
mais raramente, hemorragia digestiva (melena, enterorragia), esplenomegalia e pancreatite.
A “fase septicêmica” dura de 4 a 7 dias, após a qual o paciente pode curar-se ou
evoluir com recrudescimento da febre e sintomas gerais, com ou sem agravamento. As
manifestações clínicas da “fase imune” iniciam-se geralmente na segunda semana da doença e
desaparecem em 1 a 3 semanas. As manifestações mais comuns do envolvimento cardíaco
(miocardite) são alterações eletrocardiográficas e arritmias. Pode ocorrer comprometimento
ocular com hiperemia ou hemorragia das conjuntivas, hemorragia intra-ocular e, mais
tardiamente, uveíte. Alguns pacientes apresentam alterações do volume e do sedimento
urinário, porém a insuficiência renal aguda é rara na leptospirose anictérica.
Forma ictérica (moderada ou grave): Em alguns pacientes a “fase septicêmica” evolui
como uma doença ictérica grave com disfunção renal, fenômenos hemorrágicos, alterações
hemodinâmicas, cardíacas, pulmonares e de consciência, com taxas de letalidade entre 10% e
40%. O curso bifásico é raro e os sintomas e sinais que precedem a icterícia são mais intensos,
destacando-se as mialgias, sobretudo nas panturrilhas. A icterícia, de tonalidade alaranjada,
bastante intensa e característica, têm início entre o 3º e 7º dia da doença. A disfunção hepática
é associada à maior incidência de complicações e a maior mortalidade, embora a insuficiência
hepática não constitua importante causa de morte, diferentemente do que ocorre com a febre
amarela.
A insuficiência renal aguda (IRA) e a desidratação acometem na maioria dos
pacientes. A forma oligúrica é menos freqüente que a forma não-oligúrica, mas está associada
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6. TRATAMENTO
7. PREVENÇÃO E CONTROLE
8. LEPTOSPIROSE BOVINA
É uma doença transmissível que causa abortamento nas vacas. Nos animais jovens,
causa febre, amarelão (icterícia), anemia e sangue na urina. Os germes localizam-se nos rins e
são eliminados na urina por longo período.
A leptospirose bovina é uma doença infecciosa de distribuição cosmopolita, causada
por bactérias do gênero Leptospira (LEVETT, 2001), que acomete entre os animais
domésticos: bovinos, suínos eqüinos e cães, podendo ocorrer também em animais selvagens.
Sua relevância se deve a seu potencial zoonótico, podendo levar a doença humana. No
rebanho bovino, assume grande importância devido à marcada perda de produtividade e
prejuízos causados pela presença da doença na propriedade.
O contágio ocorre a partir de pequenos mamíferos de área selvagem, sendo transmitida
por meio de águas paradas contaminadas com urina infectada desses animais, ou por meio da
monta natural (SLEIGHT e WILLIAN’S, 1961, BLAHA, 1965).
As perdas econômicas causadas pela leptospirose bovina estão relacionadas, tanto de
forma direta como indireta, por exemplo, as falhas reprodutivas como infertilidade,
abortamento, queda na produção de carne e leite, além das despesas com médicos
veterinários, vacinas e medicamentos usados no combate à leptospirose. Além dos prejuízos
econômicos, a enfermidade está associada a impactos sociais, pois é uma zoonose capaz de
provocar quadros graves e até mesmo a morte de pessoas infectadas (EMBRAPA, 2011).
Todos os mamíferos são susceptíveis à leptospira, contudo a espécie bovina é uma das
mais afetadas. Uma vez introduzido em um rebanho, o sorovar estabelece níveis variáveis de
infecção, podendo persistir por longos períodos.
No Brasil, a doença é endêmica e tem sido detectada em todos os estados (FÁVERO et
al., 2001). Embora bovinos de ambos os sexos sejam acometidos, as perdas são mais
significativas em fêmeas; em relação ao manejo empregado, rebanhos leiteiros são mais
susceptíveis à ocorrência da infecção.
O gênero leptospira compreende bactérias de morfologia similar, mas que em testes de
soroaglutinação são antigenicamente distintas, sendo assim classificada em diferentes
sorovares. Cada sorovar tem um hospedeiro natural que atua como hospedeiro do agente
(GIRIO; LEMOS, 2002).
A prevalência da leptospirose pode aumentar quando animais tornam-se portadores e
há evidências de que ocorra infecção ativa na ausência de títulos detectáveis pela aglutinação
como, por exemplo, por Hardjo, em vacas leiteiras (BOLIN; ALT, 1999). A soro variedade
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8.1 TRANSMISSÃO
8.2 SINTOMAS
Os sinais de leptospirose em bovinos, vão desde uma forma totalmente inaparente, até
uma forma aguda, febril e severa. Os sintomas clínicos não são específicos ou
patognomônicos para leptospirose. A severidade da doença parece depender da idade e
imunidade do animal, do sorovar infectante, da concentração e virulência. Esses parâmetros
também são determinantes na proporção de mortes em qualquer episódio epizoótico (FAINE
et al,. 1999).
A leptospirose clínica em bovinos pode ser dividida em duas fases distintas: uma fase
aguda na qual o início dos sintomas coincide com a fase de bacteremia da infecção; e uma
fase crônica que afeta de forma notável, o trato reprodutivo (ELLIS, 1984).
As manifestações clínicas mais freqüentes são as da esfera reprodutiva com
abortamento, usualmente no terço final da gestação, infertilidade, esterilidade ou o
nascimento de produtos a termo, debilitados, que morrem nos primeiros dias de vida (ELLIS,
1994). Nos bovinos alguns sinais particulares são observados; em bezerros pode ser
observado um quadro febril com icterícia e hemoglobinúria o qual solicita o estabelecimento
de um diagnóstico diferencial com a tristeza parasitária. Nas vacas adultas das raças com
aptidão leiteira pode haver infecção da glândula mamária com mastite atípica, diminuição da
secreção do leite, úbere flácido, e leite manchado por coágulos de sangue (ELLIS, 1994;
FAINE, 1982).
Infecções acidentais em bovinos, como por exemplo, pelos sorovares grippotyphosa e
icterohaemorrhagiae têm uma incidência maior de doenças aguda e severa, quando
comparadas com infecções causadas pelo sorovar hardjo, para os quais são hospedeiros
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naturais. No geral, infecções em hospedeiros naturais, estão associadas com alta incidência de
infecção subclínica e os sinais clínicos são mais freqüentemente associados com falhas
reprodutivas e infertilidade em infecções crônicas (FAINE et al., 1999).
Leptospirose aguda pode apresentar-se como uma doença severa em bovinos
infectados com uma série de sorovares, particularmente o sorovar pomona. Os sinais clínicos
incluem febre alta, anemia hemolítica, hemoglobinúria, icterícia, congestão pulmonar e,
ocasionalmente meningite e morte (ELLIS, 1984). Os bovinos que se recuperam podem ter o
crescimento prejudicado e lesões renais significativas conduzindo a depreciação ou
condenação de carcaças no abatedouro. Em alguns casos, de acordo com Faine et al. (1999),
lesões detectadas nos abatedouros são ferramentas chave que conduzem a suspeita de
leptospirose no rebanho. Quando vacas prenhes são infectadas por esses sorovares esses
animais podem abortar. Os abortos ocorrem associados com sinais clínicos em vacas, como
febre e inapetência.
Pearson et al. (1980) ainda afirma que a síndrome clínica mais comum associada com
leptospirose aguda ocorre em rebanhos leiteiros com uma febre transitória com queda súbita
na produção de leite por 2 a 10 dias. Nesta “síndrome da queda do leite”, o leite fica
amarelado com consistência de colostro, contendo coágulos e alta contagem de células
somáticas. Esta condição ocorre mais comumente com infecções por hardjoprajitno, mas
pode ocorrer por hardjobovis ou outros sorovares (FAINE et al., 1999).
A Forma crônica devido aos sorovares hardjo, está associada com infecção fetal em
vacas prenhes, apresentando-se como abortos, natimortos, ou nascimento de bezerros
prematuros e fracos infectados (ELLIS, 1994). Alguns bezerros infectados, porém
aparentemente sadios, podem nascer. Recém-nascidos congenitamente infectados são fracos e
afetados por degeneração do fígado e/ou rins, sendo propensos a infecções secundárias. Os
que sobrevivem tornam-se portadores crônicos. No caso de infecções crônicas com estes
sorovares, particularmente o sorovar hardjo, os abortos ou outras seqüelas reprodutivas, como
morte embrionária, ocorrem semanas a meses após o início da infecção das prenhes. Esta
falha na associação temporal entre os sinais clínicos dificulta o diagnóstico, pois os títulos de
anticorpos das vacas podem estar baixos ou caindo no período do aborto (FAINE et al., 1999).
Segundo Dhaliwal et al. (1996), a infertilidade causada por hardjo, aumenta o
intervalo entre partos, o período de serviço por concepção e perda embrionária, ocorre devido
à localização das leptospiras no útero e oviduto dos bovinos infectados.
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8.3 DIAGNÓSTICO
8.4 TRATAMENTO
duas vacinações anuais em rebanhos abertos. A vacinação deve começar com bezerros de
quatro a seis meses de idade e as revacinações devem ser anuais.
Com o tratamento de animais infectados e portadores é possível alcançar o controle da
leptospirose numa fazenda ou até numa região. É importante observar os riscos aos animais
sadios e adotar medidas de prevenção.
É possível obter o controle e até a erradicação da enfermidade nos animais agregando
conhecimentos sobre a epidemiologia da leptospirose e adotando medidas de prevenção,
podendo ser usados dois métodos para isso. Primeiro a erradicação através da identificação
dos animais portadores e seu tratamento. Com as dificuldades que implicam o fato da fauna
silvestre ser portadora, assim como as condições ambientais (riachos, córregos, açudes) que
são muito difíceis de controlar. E também através da prevenção dos efeitos da doença
mediante a correta utilização de vacinas. A vacinação, com vacinas mortas e de boa
qualidade, oferecem uma imunidade de 5 a 6 meses e não elimina totalmente os portadores de
leptospiras.
Para se ter êxito no resultado da vacinação é necessário que esta bacterina contenha as
cepas ou sorovares existentes na região, dado que não existe imunização cruzada de um tipo
de sorovar para outro.
Existem ainda nesse método de controle diferentes modos e estratégias de prevenção
para diferentes tipos de rebanhos bovinos:
Para gado de corte: Vacinar as fêmeas gestantes depois de fazer tato retal. Repetir a
dose aos 20 dias, de forma a prevenir os abortos tardios e dar boa imunidade passiva ao
bezerro recém-nascido. Eliminar do plantel as vacas falhas.
Para gado leiteiro: Vacinar todos os animais a cada 6 meses. Pelo tipo de exploração,
não é possível vacinar somente a fêmea gestante em determinada data.
Ainda há a opção de se fazer um plano de prevenção para criar uma base de
imunidade, que deve ser feita desde os primeiros meses da criação. Uma primeira dose da
vacina entre 3 e 6 meses de idade; segunda dose seis meses após a primeira; terceira dose aos
18 meses; quarta dose em fêmeas antes da primeira cobertura e quinta dose antes da segunda
cobertura.
Após este Plano, não são necessárias vacinações posteriores, já que foi constituída
uma sólida base imunitária, que se manterá corretamente durante toda a vida produtiva do
animal. Para isto, é necessário vacinar animais desparasitados e em correto estado de nutrição.
Julga-se que a imunidade natural conferida pelo contato com as Leptospiras infectantes
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somados à proteção oferecida pelas sucessivas vacinações durante a tenra idade, são
suficientes para resistir o desafio.
9. LEPTOSPIROSE SUÍNA
Os suínos contaminam-se pelo contato direto com urina, pela mucosa nasal ou oral,
conjuntiva e pele. Pode haver infecção a partir da ingestão da ração, água solo, pela urina
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Silos e tuias são os locais de alojamento preferido de roedores. Na grande maioria dos
casos ocorre por conter nesses locais alimentos ensacados (ração, grãos, concentrados),
expostos ou que foram perfurados.
Na lavoura brasileira, as espécies de roedores silvestres que podem ser observadas são
inúmeras, mas o que mais se destaca é a espécie Holochilus. Os roedores têm sido
indiscriminados pela disseminação e transmissão de várias doenças ao homem e aos animais,
como a leptospirose. A presença de roedores em áreas urbanas e principalmente em áreas
rurais gera grandes perdas econômicas e problemas sanitários.
A melhor maneira de se evitar a contaminação por roedores é a prevenção e controle
por meio da redução do risco de exposição, com a adoção de práticas de higiene ambiental
que impeçam o roedor de se instalar no ambiente domiciliar ou de trabalho (Fundação
Nacional da Saúde, 2002).
O controle de roedores tem como objetivo diminuir a população de roedores a níveis
aceitáveis de convivência, de modo a não causar prejuízos ao homem, o mesmo baseia,
atualmente, no manejo integrado, isto é, no conhecimento da biologia, hábitos
24
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