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O processamento de artigos odontolég cos em centros de satide de Goiania The processing of dentistry articles in health centers of Goiania Anaclara Ferreira Veiga TIPPLE* ‘Adenicia Custédia Silva ¢ SOUZA* ‘Adélia Yaeko Kyosen NAKATANT* Marta Valeria Calayud CARVALHO** Raquel Soares de FARIA** fnilza Maria Mendonca de PALVA*** RELEVANCIA CLINICA ‘Trata-se de um estudo realizado nos Centros de Saiide da ‘Secretaria Municipal de Saiide de Goiinia, Goids - Brasil, com @ finalidade de caracterizar 0 processamento de artigos termorresistentes, utilizados nos servigos odontologicos. A inadequaedo do processamento possibilita a contaminactio cruzada entre pacientes, populagdo usudtia destes servigos, RESUMO Estudo descritivo realizado para avaliar o processamento de artigos termorresistentes nos servigos odontolégicos nos ‘Ceniros de Satide de Goidnia-Goids no ano de 2000. Utilizou- se para a coleta um check-list, previamente validado, testado «© aprovado por ura comité de ética, Existem em Goiania 35 ‘entros de sate, 29 com servigo de Odontologia. Os aitigos lerimorresistentes, na maioria dos Centros de Satide, $30 esterilizaios em estufa, Nenhum servigo tinh estrutura fisica andequade/exclusiva para o processamento de artigos, que & realizado, predominantemente, nos consultérios. Notou-se condutas inadequadas referentes a limpeza, a0 uso de ‘equipamento de protesao individual, aos invGlueros ¢ aos [processos de esteilizasdo utilizados. Em alguns servicos tsteilizagio € efetuads por profissionais frea de satide. Considera-se que 0 processamento de artigos cediontol6zicos nos Centros de Saide analisados nto atende is especificagdes do Ministério da Sade, favorecendo # ccontaminscao cruzada, PALAVRAS-CHAVE Odontologia; esterilizagio; controle de qualidade. INTRODUGAO, © controle de infeegao nos estahelecimentos de sade & uma pritica comam que 56 recentemente tornou-se uma realidade na Odontologia, Ha o isco da transmissao de *Professoras Doutoras da Faculdade de Enfermogem/ Universidade Federal de Goids. **Enfermeiras especialistas em Controle de Infeceao Hoxpitalar. **Professora mesire da Faculdade de Odontologial Universidade Federal de Goids. ‘microrganisios, potenciaimente leas, como 0s virus das hepatites B, Ce D, além do virus da imunodeficigneia humana (HIV) 108 consultérios odontolégicos, por meio da disseminagio destes agentes infecciosos pelos membros da ‘equipe, pacientes, equipamentose instrumentos contaminados, (Samaranayake etal", 1995). Conaminagao cruzada 6 definida como a transmissio de agentes infecciosos, que pode ser de duas formas: diretaentre ppacientee equipe no ambiente clinico e indireta. por meio de inados (Samaranayake etal.” 1995), aide considera que 0 controle de infecedes visa impedir a introdugio de :miccorganismos em locais onde eles nio existam e, evitar a ago de novos agentes nas éreas jé contaminadas, garantindo, assim, seguranga aos pacientes e & equipe, Acrescenta ainda ue, para 6 controle de infec na pritiea econtoldgica, 0 profissional deve obedecer a quatro princfpios bisicos: a) adotar medidas para proteger a sua satide © a da sua equipe b) evitar contato direto com a matéria orgdnica; ¢)limitar a propagagio de microrganismos, d) tornar seguro 0 uso dos artigos, pegasanattimicas e superficies Brasil’, 1994; 2000), Cunha et al.!" (2000) relataram a importincia do processamento de artigos, essaltanda que os mesmos sho 0s principais responsaveis pelas iatrogenias infecciosas de borigem ex6gena, ‘Uma das formas de interromper a cadeia de transmissio de microrganismos € por meio da estenlizagao (ras; Entretanto, para a garantis do processo de esterilizacdo & necessario © conhecimento e a execugdo adequada de cada fase deste processamento (Sobece', 2003) Durante nossa pritica profissional em Centros de Sate (CS) da Secresaria Municipal de Satide (SMS) de Gs contato com os. profissionais responsaveis pelo rocessamento de artigos odontol6gicos termorresistentes, nnotcu-se falhas como: inexisténcia de pessoal devidamente qualificado para 2 fungGo; falta de recursos materiais; uso inadequado de equipamentos de prot inobservincia do tempo de exposi¢d0 preconizado pelo MS para os processos de esterlizagio e auséacia de controle de qualidade, ‘A percepgiio desta realidade motivou-nos a propor este estudo com a finalidade de estabelecer um diagnéstico do pprocessamento de artigos odontologicos nos CS da SMS de Goiinia, visando subsidiar propostas de intecvensao nesta pritica Este estudo tem como objetivo analisar 0 processamento de artigos temorresistentes, nos servigos de Odontologia, MATERIAL E METODOS Pesquisa descrtiva, realizada nos CS da SMS, em Goidnia. A coleta de dados foi efetuada apés consentimento prévio dos gerentes ¢ funcionstios dos servigos, no periodo de agosto ‘outubro de 2000, por meio dle observagio direta da pritica dos responsaveis pelo processamento de artigos. Para esta ppritic uiilizeu-se instrumento estruturad do tipo ehedctist, ‘que foi validaco por trés juizes com conhecimento na itea, a fim de verificar a clareza, objetividade, pertinencia e, posteriomiente, submetido # um teste piloto, no Centro de Assisténcia Integral de Saide — CAIS/SMS, para avaliar sua plicabitidade. Observados os aspectos éticos ¢ legais da pesquisa, a ceoleia de dadys georren em um tury de trabalho, em cada tunidade, num total de aproximadamente noventa horas. 0s didos foram processadlos ¢ analisados utilizando-se da estatistica deseritiva RESULTADOS E DISCUSSAO ‘Servigos de Odontologia da Secretaria Municipal de Satide deGoiinia De acordo como relatério de gest (1998-1999) do Sistema Unica de Satie da Secretaria Municipal de Saide da cidade de Goinia, hd 35 CS no municipio (Goidinia”, 1999) desses, 29 (43%) témservigos de Odontologia. Na minuta da caracterizagdo das unidades assistenciais Integrantes do Sistema Unico de Satide (Goids", 1995), 08 CS tém as seguintes caracteristicas: so unidades ambulatoriais de complexidade intermediaria, destinadas a presterem sussisténcia médico-sanitaria e odontol6gica & popalagio de ‘uma determinada érea de abrangéncia. Os CS desenvolvem agdes de promogio, protegiio, recuperagio ereabilitagao da sade; assistincia odontot6zica, priorizando a crianga e o adolescente até quatorze anos: atendimento clinico e alfvio da dor; profilaxia. com for, tartarectomia; dentistica restauradora; atendimentos de urgéncia (hemorragia, drenagem de abscesso, alveolite): prevengao de carie dental; exodontia eencaminhamentos para fs servigos de maior capacidade resolutiva; prevengao do cincer bueal em pacientes maiores de quatorze anos, com tencaminhamentos para as unidades de referencias, quando Indicados, ¢ sutura dos tecidos moles da cavidade oral, nos casos de traumatismos. cram parte do estado 29 unidades, qué tém atendimento ‘oxdontolégico, Os dados que nao puderam ser coletados por meio de obscrvasio, foram inquirides aos funcionérios responséveis pelo processamento de artigos. (Os responsiiveis pelo processamento de artigosodontol6gicos (© Decreton’, 77.052, de 19 dejunho de 1976, do Ministério dda Satie, dispie sobre a fiscalizagao sanitéria das condigdes Hill 2cp2c 2005 de exercicio das profissbes, ocupagées técnicas e auxiliares relacionadas diretamente com a sade © considera que os profissionais envoividos com a prestaydo de servigos de side devem necessariamente possuir documento de habilitagio profissional, registro, expedicao e inscriglo nos conselhos regionals (BrasiP’, 1983), Os responsiveis pelo processamento dos artigos codontolégicos, neste estudlo, so em sua maioria Auxiliar de Consultério Dentirio ~ ACD (48%) ¢ Téenico de Higiene Dentiria - THD (21%). Em nove unidades, no entanto, 05 responsiveis no tinham formagoes espectficas na rea de satide, sendo 6 (21%) auxiliares com experiéncia pratica e 3 (10%) auxitiares de servigos gerais, Apesar do desenvolvimento tecnolégico evidenciado na Greade processamento de artigos, 0 elemento humano continua sendo 0 requisto mais importante para a gerantia de qualidade (Brasil, 1985; Sales, 1998; SOBECC”, 2003). Assim, alguns autores apontam para @ importancia da selegio do pessoal responsive pelo processamento de artigos em Odontologia. Os profissionais de nivel médio com formscdo para cexereerem ess atividade so: ACD, THD, Auxillarese Técnicos de Enfermagem. O provessamenio deartigos, sendo realizado ‘por pessoal sem quallficago especifica, pode comprometer & qualidade do mesmo. Embora, esses profissionais possam desempenhar as atividades técnicas inerentes ao processo, estas deveriam ocorrer sob a coordenagia e supervisio de wim cenfermeiro ou um cirurgido-dentista capacitado, que devem responder pelo controle de qualidade (Silva et al.', 1997; SOBECCI9, 2008), Estrutura Fisica ~ Centro de Material ¢ Esterilizacao (© Ministério ds Satide recomenda que todo processamento de artigos sejacentralizado com fluxo unidirecional por metivos de custo, eficiéncia de operacionalizagao, facilidade de ‘manutengao do padrio de qualidade e aumento do tempo de vvidaiitil dos mesmos (Brasil, 2000) Preconiza-se que este processamento ocorra em espagos especifieos, com separagio de area suja para limpezs dos artigos e, de dreas limpas para a esterilizagao e armazenamento (Brasil, 1994;Silvactal., 1997;Brasi’, 2001) Observou-se, neste estudo, que 0 processamento de artigos desde a limpeza até sesterilizacZo ocorre no ambiente do consult6rio em 16 unidades (55%). Nasoutras 13 unidades (45%), apenasa limpezaé realizaca na pia do consultério, sendo que a esterilizagio € realizado em outros locais do CS, nem sempre adequados. Pode-se observar 0 processo de estentizagao send realizado na cozinha, na sala de reunioes, nos corredores e nos almouarifados. Estes fatos evidensiam que esta importante medida de protegio antiinfecciosa nao tem merecidoa devida atengto. O Ministerio da Saide ressalta que o processamento de artigos edontologicos, tendo em vista o pequeno numero, pode até ser realizado no expaco do consultério, desde que ‘hajauma pia exclusiva para a lavagem dos instrumentos e, que se observe o fuxo do precessamento (Brasil, 2000), Fntretant, cconsiderando que em Unidades de Sade, onde hd demanda dde outros artigos criticos, néo se justifiea esta pritica, uma vez que adescentralizacio dficulta a padronizagdo das etapas € 0 treinamento dos profissionais. Ademais, ha de se cconsiderar a economia relacionada sos recursos materiais © ‘humanos, quando o processamento dos artigos € realizado de forma centralizada(Molina’, 1997). Seguranga ocupacional “Todos os trabalhadores que manuseiam artigos sujos ddevem usar equipamentos de protegao individual (EPD pars prevenir 0 contato com sangue ou quaisquer liguidos. O ‘capotefavental deve ser de material & prova d°4gua, todo fechado e de mangas longas; uso de mascara facial ¢ protetor ‘ocular; Iuvas grossas de borracha de cano longo € botas ou sapslos impermedveis (Brasil, 1994; CDC, 2003; SOBECC”, 20103; APECIH', 2004). Em relagio a seguranga dos profissionais durante © processamenio dos artigos, observou-se que em nenhum ‘Servgo, 0s profissionais utilizavam todos 0s equipamentos dde protegio individual (EPI) recomendados, para a execucao dest tarefa, Para.limpeza dos artigos, 93% utilizavam apenas Iuvas de procedimento, que ndo conferem protecio 2 trabalhador Mevido 4s suas caracteristicas, que as tornam sujeitas 8 ‘perfuragies ou rasgaduras (Brasil, 1985; SOBECC", 2003), AS méscaras que, so importantes barreiras contra Fespingos e across, eram usads apenas em quatro unidades € cm 20 (69%) utilizava-se o jaleco de tecido ou descartével. Entetanio, o avertal impermedvel, 0 gorro, 0§ dculos € as fuvas grossas que so recomendados para a execugio de lavagem de artigos contaminados (Brasil, 1985; SOBECC”, 2003), nao eram utfizados em nenuma unidade. Destaca-se que, em nove unidades (31%), os profissionais niiondotavamnenhum EPI para arealizacio de qualquer etaps do processamento de artigos. Vale ressalar que © processo manual de limpeza aumenta 0 riseo de contaminagao do ‘rabalhador. Segundo o Comité de Recomendagdes Pr Assoctation of Operaning Room Nurses ~ AORN® (1997) utilizagao de detergente enzimatico pura limpeca minual dos artigos diminui 0 risco ocupacional, pois facilita © processo de emogaio da matéria organica, Em relagio aos EPLutilizados para 0 descarregamento das méquinas de esterilizagiio por calor, imido ou seco, & Tecomendado 0 uso de luvas protetoras contra altas temperaturas (Cunha et al!!, 2000; Brasil”, 2000; 2001 POSSARI', 2003; CDC", 2603; SOBECC”, 2003), Constatou- Se que nenhuma unidate disponibilizava as lavas térmicas part esta atividade. as da © processamento de artigos: limpeza, desinfeccio «sterilizagio YVerifcou-se que 28 (96%) dos responsive peta limpeza dos artigos os depositavam sujos nas piss, onde permaneciam até 0 término de um periodo de trabalho, facilitando a aderéncin de material biolbgico, que resseca e dificulta a fimpeza manaal, o quecompromete a qualidade do processo. Observou-se em apenas am servigo (4%), que o profissional imergia os artigos sujos em, solugao de slutraldefdo antes da limpsza manual. Esta conduta nto & ‘ecomendada, uma vez que conféte ao profissional ama falsa Seguranga no manuseio dos artigos, supostamente deseontaminados, além do que este produto utilizado tem sua aco reducida em presenga de matéria orginica além da loxividade para o operador (Souza etal.”, 1998). Em todas as unidades, a limpeza dos artigos odontolégicos era realizada de forma manual ¢ sem cobscrvagdo dos principios que garantem a qualidade do processo. Constatou-se 0 uso de esponja de ago saponiiceos que, danificam os instrumentos, sob a alegagdo de serem os tnicos disponiveis naquele moments. Segundo a SOBECC" (2003) esta pritica promove arranfiadura. no instrumental e facia a adeséncia de microrganismos, dificultando os processos subseqlentes de limpeza. A secagem dos artigos ap6s a lavagem temcomo objetivo ovitar a interferéncia da umidade nos processos posteriores podendo ser realizada com pano impo eseco, com secadora de ar quente on frio, em estufa (regulada para esse fim) ou em ar comprimido medicinal. A secagem dos instrumentos era reatizaéa com toalhas de tecido em todas as unidades. Observou-se que,em 19 CS, (66%) eram utilizadas toalhas de uso restrito para a secazem ce, em dez (34%) eram toalhas de uso irrestrito, Estas io também utilizadas para a secagem das maos. Esta € uma pritica inaceitavel, uma vez que, além da recomendagto de secagem de artigos com toulhas especificas para este fim, a secagem das mios deve ser feita com toalhas de papel de boaqualidade (Brasil, 2000), A elapa posterior 2 secagem dos artigos é 0 condicionamento para a esterlizagio. Verificou-se que, 14 uunidades (50%), utilizavam bandejas abertas para a esterilizagao de instrumental clinico ou caixas de aco inoxiddvel. Em trés (10%) utilizavam 0 uso de papel de embrulho como invélucro para aesterilizagio em estufa/forno, conirariando as recomendagdes (Brasil, 2001). Cinco CS (17%) tinham auioclaves em funcionamento, Os invélueros adotados para a esterilizagio eram: algodao e papel de embrulto. As caracteristicas do papel nto obedecem as recomendagdes preconizadas, principalmente, em relaydo a sua capacidade de barreira contra penetragao de microrgenismos durante o periodo de armazenamento. A reutilizagao do papel foi uma prética observada com frequencia, Esta conduta € inadequada uma vez que, invélucro que passou pelo proceso de esterilizagao presenta mudangas nas suas caracteristicas gue impedem 4 penetragio do vapor. Destaca-se que atualmente este tipo de embalagem nao é recomendado como invéluero para os ‘processos de esterilizagaio (Brasil, 2001; SOBECC”, 2003). ‘Aembalagem ideal, segundo a AORN? (1997), 6 aquels ‘que permite aesterilizaao, mantém aesterlidade do contexido Aalé a abertura do pacote e possibilita a entrega do conteddo semcontaminagao. Observou-se em fodas as unidades inadequagdes no processamento deartigos que comprometem asua qualidade As falhas mais frequentes foram: distribuigao incorreta dos pacotes nos esterilizadores, inobservancis do tempo © temperatura de exposicio ¢ inadequacio no descarregamento, dos aparethos. ‘A utilizagdo de bandejas abertas, embora permita « esterilizacdo, nfo possibilita o armarenamento sem que haja contaminagao. Na tentativa de amenizar esta situacao, freqiientemente observou-se a manutencio dessas bandejas, ‘no interior da estufa até 0 momento de uso. Esta prética nao esté recomendaia © nfo assegura a manutengao da esteriidade. ‘sbrac 2008 Fob Goesgh fs gos! Suclsraneniapeocewo'dh cae ‘A garantia da qualidade da esterilizacdoé feita por meio do Zeuclie dar tues te cieprt sera ta aes Crores MadNC ics ss Litas cate gta realizado nas autoclaves. Nenhum controle de qualidade é fonec wees becca eens wit cui Gea cians San ma oe rion nae eo como a temperatura, ¢ sdo (iteis para distinguir os artigos ed. Si Paulo EPU, 1997. 249p. 19.SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRURGICO, RECUPERACAO ANESTESICA E CENTRO. DE MATERIAL E ESTERILIZAGAO — SOBECC Pritieas recomendadas - SOBECC, 2, «J, Sio Paulo, 2003. 102p. 20S0UZA, ACS, PEREIRA, M.S: RODRIGUES, MAY, Descontaminagdo preva de mateiis médicorvirirgices:extudo dt ‘ficaci de desnictante quimieos © agua © mb, Rey. Lutbo-Ad p. 95-105, jl, 1998, Enfermagem. Ribeiro Pre, v.. SITIPPLE, A. TLV, As interfaces do ew \Doutordo) Kscela de de Sao Paulo, Riveirdo Pres, Enderego para correspondéncta nea Marla Mendenoa de Pai FFaucudade de Gdoatlogia = UFG Praga Unversisina SIN G CEP: 74605- 220. Fone: 62) 209-6052 mil: enilza@ters.combr

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