You are on page 1of 134
FOO 8. DUCACAG NESTE NOMERO: “ le Eavesive © tabae it i coho nas ess rene soe ate se Mariano Enguita Reprodugée, contradi estrutura social ¢ atividade hum: fofante: Uma critica da visio de Wills ¢ da grupo de Birmingham Tomaz Tadeu da Siva Retomando as teotias da ‘reproduc: im G3 reprodugao-Entrevista com Claude Grignen SeooeeercesseyssyulyyssUSTSTT TIT FORA &.F Sumario —_ Sumario Crise de acumulagio e resposte educacional da nova dir ‘Sera Morgenstern de Finkel Dossié: AitabetizagBo/tistéria Social dos Saberes Escolores Histérie das disciplines escolaree: perspectives de andlise Luciola Licinio de C. P. Sentos 0 mito do alfabetismo Harvey J. Craft A escolari 1980 dos saberes elementares na época moderna Jean Hébrerd Os processos sociais na construcdo da alfebetizegao Glizebeth de Almeida Puchalski Novo Hist6ria da alfabetizago versus histéria do pensemento, ou seja, da mente humana Antonio Viriao A descrico usual do alfabetismo ¢ seus crlticos lan Winchester A natureza do alfabetismo: uma exploracdo hist6rice Daniel P. Resnick @ Lavren B. Resnick : 6ria das disciplinas escol ‘eflexées sobre um campo de pesquisa ‘André Chervel Tornando-se uma matéria acadéin Ivor Goodson Matemétice madera: progresso e democraci na vis8o de educadores brasileiros nas anos 60 Eiizabete Zerdo Burigo 21 30 65 i 124 136 158 177 230 255 TEFEEEE CCR eeeene VLU LLLLLALLYT LUDTUUGUULULULUCLEVUETEGTESUETEEE ETE FOR SDD ' Assinaturas Padidos @ informagses 1 Tomaz Tadou da Silva on Sn en sobre assinaturas devem : avo 8 Consln Eta Anon Fi ase Set enalo cases ‘oP ee naqus, Monge Lake uo Lalo Boe, 766/305 eto Grice Aldon 720 - Porto Alegre = foro Grace Aone Ricas 31 Se oma avesrbo panda Tan & Eco et Crise de acumulagdo e resposta educacional da nova direita Sara Morgenstern de Finkel A Kite scontmica experimentads desde 2 década dos stents pelo mundo apitalita acentuou a exiticas a0 Estado Benfetor eincentivou o desenvolti mento das propostas monetarsias frente ao keynesianismo. Este movimento ideolsgico, caracterizado muito esquematicamente como Nova Direita, serviu como marco de rferéncia para a justificagto das politicas postas em pritica por ovemos conservadores como os de Reagan, Thatcher, Kdhl e Nakasone Como todo rétulo, a expressio Nova Direita nfo d conta de ume série de matizes, nem comprcende todas as teorizasdes que se the alribuem. FE antes no plano das polticas concretas onds se podem encontrar as caracteisticas que configuram sua identidade, jf que do ponto de vista te6rico, c para além de certas sofisticagdes, no parece trazer novas conhecimentas & cigncia econdmica, Seu ‘xitorelatvo reside na adequaco aos programas politicas das frazdes burgvesss dominantes em alguns paises centrais, mas, como sabemos, esse éxito nao eatd Barantido de antemio, uma vez que depends da resistencia das forgas socials ‘organizadas no contexto histérico de cada sociedade. Por outro lado, a8 poiticas da Nova Direita eftivamente postas em pritica io-se dentro de wm amplo espectro, que seria equivocado limitar a adnifnistray Bes conservadoras como as assinaladas acima. Muitas medidas tomadas por ovemos social-democratasseriam perfetamente compatfveis com os exquemas de eficécia da Nova Dircit, Nio faz muito tempo que 0 ex-ministro Miguel Boyer, como parte de um programa que postulava a necessidade de liberalizasdo {quase total da economia, aconselhava “suprimi a rigider do sistema edvcacional ‘mediante & pressio competitiva do ensino privado, para evitar a manutengia de alas subvengSes publicas a quem tem recursos para estudar”,! ‘Tampovco hé cousenso acerca do que é *aavo” dentro dos setores politicos (radicionalmente considerados de direta. Por exemplo, Bosanquet resringe a Nova Direita exclusivamente ao neoliberalismo, cujas fontes ideol6sices si ‘Adam Smith, Tocqueville, Schumpeter, Hayeck, Friedman e Keith Joseph? Outros autores incluem também certas formas de conservadorism autoritirio, {que ressurgirem nos tltimos anos juntamente com um purtanisoo eepressivo.) Teoria & Edueagao, 2, 1990 | Na realidade, amas as correntes sfo dificilmente distinguiveis quando se tata coil pia, embora seus ®antisarcom encom 9 problema 8 orden ents sus Sided pimp oon ame ergui ice Blab Gis tipos de ideas pari da orden do princtios sabe 0 sis dlscuro polio, a saber: Neoliberalismo Neogonservadorismo javeno fore O individuo Govena toritarismo social Liberdade de escolha Autor Sociedade de mercado — Sociedade disciplinada iesarquia e subordinario Laissee faire rm \ Govemo minime Anagio ciliagdo ou sintese na idcologia da Nova Diceil. Entetanto, rc conta gos uma ideolo iriamente um corpus coerent cada umm das atos polticas que asustentam. A poli ds et bs tes 2 letir a coincidéncia dos setores enfrentadas. Isto ¢ duplament ee Sct scan ies ae pe a arm feed chest tnt we ao menos dae ieee iors ig : ‘na Europa em momentos: estavam organiatva, = io Tm primo hares fran fra al cose de promprdae scondicn do cof n0 fro. A is, eam Coctentcmente vinetladas a uma pola mca global Ue emDLED, + Teoria & Edueacao, 2, 1990 4 | \ | I seguridade sociai, Na Lspanhs, as reformas educasionais si realizadas em meio 4 uma crise global do capitalisrmo, com reconversdo industelal alles tence da dlesomprego, ido iss unid a uma diffcil compatibt econdmica © a politica eduescional do Governo, Em segundo lugar, diferentemente da Europa e dos Estados Unie seformas educacionais na Espania nfo podem svier 0 peso ds tradigan os dlitadure, as distiatas expresses do. buroeratismo, do autosiaieny cs corpontivismo. No plano da pratieae da formacio docente, nfo seré fil apayur ' marca deixad pelo Opus Dei, versio avant la letre da Nova Dein i enire « politica A critica ao Estado do Bem-Estar Desde a privatizagio no Reino Unido até a desregulamenlasio nos Estados Unidos, estamos presenciando uma reconversfo do papal do Estado, Ne feubina dessa reconversio sustenta-se que o mercado deve substitu a politica, e com ince © monetarismo deve tomar o lugar do keynesianisino, enfim, o Estado mivina deve suceder ao Estado Benfeitor, Mas, que se prope nessh argumnntasao? Eom Drieito lugar, devolver ao individuo 6 protagonismo nas decieSes avondmiery f sosiais que the concemem ©, em segundo higar, garantit a eficdeie das inslituigdes publieas, exodidas pelo esbanjamiento do Estado Benfeiton, Mais Aélantevotarmos nesses pontos, que so prtinenls para a anise da edcayio » de vista deserve, o Estada do Bei-Estar compreende, deve aad los valores do. ‘rth go er ina rans oe ‘Soeur denaque Igor culminate que ocupem os ior ino eset, Poes tna sido dsaoroala pels Alminisiaio aun «Nove Dist i, famicom fen Eo, una esosto seametpata "Acs i Arle” (A...) ges propos a tarts de Vig Teoria & Educagao, 2, 1990 1“ pe ra we Ht SSG Heaths ws Gees he « Eig li sss Bo Se rt Tt Tot Uso pepsin der ani cis dott rns snp aa te mm i aig rp Sue rat rea oe Septet eso ate ceva oy al Spiro ea maces mambo tnt eps Te i en Hs nde nln cn ince same heen pn css a a ne Dot eng oa ee ok ii dean Ors aml tom teenage tt Ee pn noc ee an ms di noe Te mi cm gus sv oon “ness meant ses ee Se ee ts mo cg rs ene nein cP in te te ey ma i eas adn ne ee es es ca th hr ese oa tn, oe Sony Timea an age nm Te eae ancien ee su pte sca ae a ert ia oe een ene rn Sponges near eae once tates Me Mey tone oe mi ot art aso cae ne ona peg ince idan Pai oes Nr i ne cee © es end tl ri es Dele Bylo nin scm seta a tr rp a ore i gs ‘trabatho. E neste contexto que se devem entender as tentatives.de Privatizacio da ch ons a ee ae aa i Soe 30 “Centre “*Salysbury Review", eajo Teoria & Edueagao, 2, 1990 1s se vista neoliberal, a privatizagio, fomentada sta wi ee ceo ori Sear esos pease as privadas que nas piblicas. estudanis ¢ mi ablidade de se poder eftivamenteescolher ent sins Kee eb ia pgs st et lene tah comiciedade britinca” € nos Estados Unidos nfo parece tampa eeu yrotagonismo 2 familia mo controle da educaio que ome me an Se at ae ani ea ons pte Srp se tant sks se = eee nservadoras se dirigiram contra as instincias genuinamer sai coe Scrat nb ay 1 a sociedade porque, como assinanala O'Connor, aaa cis, ‘© resultado de Iutas populares, wo mesmo bes mo ae ‘teresa um vepago para 0 desenvolviniento, dos sects" Do poate & tenia” Nous ere Ne Politics of este New Rig, cn Hal SM, fogs (le, The Pics of Geran: vracewnd Wis Les 3. pe TS aR tas, The Hizology of the New Right, Polity Press, Cambridge 10h ai Bevis ee New hig, Socal Order abd Civil ibe”, em Levis the New Right, op. cit, p. 173. sas Mate ee i Ne les del Ea del Beet, Hane ors, Mate 41982, p31, Sit tn, Cone a, "Moles of Clas Struggle and the Captaist Saie™ Ewing Anne, ; 7, 1976, ckado em grande polémica ave Teoria d Eduengio, 2, 1990 6 iP sata também realium tsbalho exsedente, isto &, que trbathans mais tempo gue 0 incorperadonas meresdoriss que consomem. R. Rowthory, “Skilled Labour the Neodt System", Bulletin ofthe Conference of Socialist Economists, Printer 19 10.0°Comor, I, The Fiscal Crisis ofthe Sia, I. Martin's Press, Nove York, 1973, US. Chake, "Capitalist Crisis and the Rise of Moneta”, ea = Re Miliband, ( Pantch ©, Saville, Saal Regiter, Conservation in Britsin ad America: Retr and ‘Realy, The Merlin Press, Londres, 1987 2.8.D Headley, “Behind a Manley Vistry in Jamies 9, fererciro 1987, pp. 17-30. 13,1, Richacdson, “Employment in the Public and Privete Sectors, 1979 to 1985", €.S.0. Economie Trends, 286, dezembro 1985; 0, Thetorn, ~The Prospects of Labour ad the ‘Transformation of Advanced Capitalism”, New Lef Review, 146, auiosunho 1984, pp 538 4.Dadoo carter eonfisensal do Relat, nis dsp de maio de 1987, 15 Sobre a caracterizago do autoriarsmo popula eo problerea da hegemonis, vee 8 debate ere Halle Jessop, B. Jessop eta, "Authoriaran Pupils, te Nations sad ‘Thatcherism”, New Left Review, n° 133, pp. 32-60, §, Hall, “Authorlarian Populeon A Reply”, New Loft Review, n9 ISL, 1985, pp. 115-124; B. Jesop ot al “Tae Bolte (of Hegemony", New Lef Review, n* 153, 1985, po. 87-101 16.8. Whitaker, R., "Neo-conscrvtim anid the Sto" pp. 2428, " 17.Karbel A.HLHaley, Powel and Ieoboge in Educa 1977, pp. 1-85 18 RJohnson, “Educational Politics: Te Old and the New", em Wolpe A.M.: J. Donald 1 There anyone here from Education? Education fr Tuacher, Pte Prev, Lone 1983, 9.15 18.S.Finkel, “Bl Capiul Humano: Concepto Maolégia", en G.Laburca e outros, La Educacion Burguesa, Editorial Nueva lngsn, Mésico, 1997, yp. 26329% M Sone, L Tanguy © M.F Lowi, “A New Ideclogy of Eduction, Sovial Forces, margo de 1811, vol. 50, a3, 20.Nationsl Comission on Excellence in Education, A Nation at Risk, A Report to the US Sceretay of Education, 1983; Tsk Fosee on Eduction for B uleation Comission ofthe Suton, Aeon for Excellence, 198. 21.M.Blavg, An Introduction tothe Economics of Education, Penguin Books, Londres, 1 Monthly Revie, volume 38 omos de ouza fone que El Pais, 13 Sociale Register, 1987, op. et, tion, Oxford University Pres, sonotie Growl ofthe 22.F.A Hayek, Knowledge, Evaluation and Society, Adem Smith Tost, Londres, 1983, pp. 19-20, 23. R.A Hayek, Law, Legiltion and Liberty. A New Statement ofthe Liberal Principles af lustice and Poial Beanomy. Volume: The Mirage of Socal sie, Roedgy ant ‘Kegan Paul, Londses, 1982, pp. 63-64 ¢ 126-129, 24:D Bel, Las Gonradicciones Cultuales del Capitation, Alias Universidad, Mas, pes 25.4.Kricger, “Social Policy inthe Age of Reagan and Thatcher", em: RMilioond eal Socialist Register, 1987, op. et, p. 193 26.5. O'Connor, Acutiton Criss, Bast Blackwell, Oxford, 1984, p. 40, cap Teoria & Educagto, 2, 1990 SEHHUTULULLLULULLEULITISIISHISIIIIIGG 2d, p. 4 28 Dbidem, pp. 127-128 29.S.Hall, “The Great Moving Right Show", em ; SMall © M. Jacques (ed). The Politics of Thatcheriem, op. BOR Levins, The Heology of the New Right, op. cit, p. 5, iteoduio, SIV.Walkerdine, “I's only Natural: Rethinking” Childecnteed Pedagogy", em: AMMWolpee J. Donald, Is There anyone here from Eucaiion?, op. ct, pp. 797. 32.Walkerdine, op. cz, p. 91; H.Catheat, H. © G.Eslnd, "The Compliant Creative Worker: the Ideological Reconsrution ofthe School Leaver", em: L.Bartone S,Walker (cit), Education and Social Charge, Croom Helin, Londres, 1985, p. 177 33.Nejese, por exemplo, Nerwork, érgio da British Sociological Astciation, 54.H.Kaye, “The Use and Abuse ofthe Past. The New Right and the Crisis of History", mm RMilband et al, Socialist Register, op. cit, p. 355. 35,R.Seruton, The Meaning of Conseroaiom, Penguin Backs, Londres, 1980, p. 34. Ver lambém: F.Nount, Tie Subversive anil: Am Alternative History of Lave and Marriage, Jonathan Cape, Londres, 1982, 364.B.Coons © Sugarman, Edweation by Ohoice, University of California PRess, Berkeley, 1978; 3$.Coleman, T Hoffer e 8 Kilgore, High School Achievement: Pabi, Catholic and Private Schools Compared, Basic Books, Nova York. 1982. * 374,0'Connor, Accumulation Cris, op. el, pp. 234-235. o Este artigo foi inicialmente publicado em Revisra de Educacidn, n® 283, 1987. Transcrito aqui por gentil autorizagio da autora © do editor daquela revista, ‘Tradusio de Tomaz Tadeu da Silva, a Sara Morgenstem de Finkel € professora da Facultad de Ciencias Politicas y Sociologia, Universidad Nacional de EducaciGn a Distancia, Madcid, Espank, 18 Teoria & Educagao, 2, 1900 ALFABETIZA HISTORIA SO DOS SABERES ESCOLARES HOE cinerea 2 Histéria das disciplinas escolares: Perspectivas de anilise Luciola Licinio de C. P. Santos tralgio cultural que ocicunseroven © wabao explore algunas qucties em 4 mostrar as diferentes poeigg diver O debate sobre as diferentes abordagens Segundo Martyn Hammerste Sociologia da educaio"® 0, invests: também a inado perfodo, bem coma Teoria & Educasdo, 2, 1999 2 VAL titeteteeceee PEGRULUULTLUSSTRESHSSVVGTITSTIDS DIGS sn ng citi ten, meager a ea a ta earn said s8ncias das diferentes abordagens nest . se tara pot ne re ea tees athe a oa ison erin cree rte (oer geno se fa es ag eat Rag ae ee 2 ae ean Te mete core Sa ns cae sre ee rp es oc ran pons Fer ne a eta pc Coe iste tage tems Hegre a a ft gain ee ee Pe ee en i a a ml a deme ce eo an Silt estar desenvolerexplieates mis epecelatvas do que aq roto to ae hhegemonia e capital cultural* ete ei eat ti a: ie dete ver nen! nie ind nine ei wince wt a Set ra aes Se a sere es rc ae Se nan Ce or ae hls pote mr outer convent J “pont de vss ofl” Neca pongectiva am din onic 6 ia por ma comida de ii th pera prec ee oe te aoe ; i ree ana pas Jvimento acad8mico de um campo do conbécimento. Além disso, pa Gendnon, ox argumonton wades te de borage of tes pn ‘aceitagio como terminam por jusificer 0 currfculo de ori sexdemisita sacar in cca eo a apc och Ei cele te ene mera 2 Teoria & Educagto, 2, 1990 e conhecimentos, corvespondentes Bs areas traicionsis do curfculo acadéinico, « “assim se justfica, 20 invés de se examinar, o que nfo sio mais que construtos séciovhistGrico de uma poca especifica”.” Por outro Indo, para. Goodson, na perspectiva sociolégica, a qual pode ser melhor peresbida nos primeiros trabalhos do Young, as disciplinas ou conteidos Modelos de analise aise tbowio de um modelo de ant isciplina escolares, Goodson” tambét eafat sid s fatiza a necessidade de se andlses @ nivel macro © micro, de tal form que nbinarem “mulanges a avel mac Possum se aivamentereaterpreadas no nivel wiceo™™ cro Uma modelo aualtico baseado em tds hinders i akon eee tntdaes monolticn e t itses: primi, os conten nto so Estes grupos dentro da disciplina in wig mill de ogo etic Mencia e mula fone pice Segundo, no process de estahelecer um conterido escolar : - | | | | f ' | j | ser interpretado em termos de conflito frites de conflite dos conteidos sobre siatus, recuse 2 QA parade Ge pepe dos eduds de into ax tank Egy meh eas slo a x ce dis elonntn Nom: “oo fuudanca ~ mudaneas nas condighes ‘econimicas’e sociais de escol vaske termien, ine ou posbitam muda rope connate extant lag ltizagio que 0 conteido * squelas atividades ¢ Teoria & Educaseo, 2, 1990 PECTULHULALUTUERETHUVUVETTTIVIGTIOEY "37 Ball afirma que esses dois Sel hae was acoso i a ae ce oe oe ae eae pete epee epee eta a sian tocar A en oe al ‘semen sms ar ro, Scena Seliger terete Sn ee ee ae ee Se Conctustes inca, ini inves ik wa tress rico mit 9 ites SS oe ed Sea eter mat oe ect ee Soin stripe oe mepcte dans an si as ag a Yom A SEE Tite a ieee mop coca ee we shang eae Pre se ca oh deta cgiis a ana o stiva hist6rica” . Parece que a perspectiva histérica, & qual Goodson e Bal epee nee a tetra oe ony ‘qu fendimeno aaa isi no context sonic, pcos so Ficeae coma inpresio de que a “histria” a que 0s primeios se ret 9 Sa ee Ne ec canoe F fundamental também reconhecer que as relagSes entre woes intr ee een thcaipi cee SE Da no em te eee ee SE eralon i da incluindo a existéncia ou no Dita errata pete te ee pele oe re as coe pe ey yen pn etal Pr eee de ge eds nero it ease dame cata ee seer pe ssa gm gna aan fart inet pi etre abrir Bann nee Teoria & Edueasao, 2, 1950 26 Por outro Indo, © regime polico, 0 nivel «tipo de desenvolvimento de um p podem ter um grande peso no deseavolvimenta de uma diseiplina, tomantone ais vulaerével aos fatores extemos. A esse respeito € intseasame ans observasio de Geoff Whitty ao anslisar © conteddo dos estudes sociais & 28 no curriculo inglés, O autor afirma que por se tratar de uma soviedade mais estével “a Ingletewa tem geralmente favorecido meios implictos de sovializagdo no status quo, ¢ assim tem sido menos ahertamente obeecada, com 8 nevessidade do inculcar nos alunos a idoologia dominaate que. soviedstee ‘ealidade de uma sociedade estavel ea de um pats que acelerado de transformagies. Concluindo, advogamos a ida de que as mudanyas em uma disciplina, ou conte escolar, sio condicionadas por fatoresinternos e exiemos, que devere set analisados dentro de uma perpoctiva sécio-histérics. O desenvelviments de uma disciptina deve ser compreendido como resultante las contradiodes dentra o préprio campo de estudos, 0 qual reflete © mediation diferentes tendnciae do campo eduescional, relacionadas aoe confios, contradigdes e mudangas que ‘ecorrem na sociedade. Desta, forms, & fundamental analisar como difertstes sbordagens se acticulam no inzior de uns discipline, quais os tpos de relagoes dq elas produzem ¢ de que tipos de relagdes, dentro do campo de exuades sds sociedade, elas resultam. Assim, a andlise da emergéncia e desenvolvimento de uma discplina deve articular 0 educacional a0 sociale lidar com complesas rlagdes existentes entre esses dois niveis, Notas {Maryn Hammerey © Andy Hargreaves, “Inseducton”, in Marin Hammersley € Ady Mararcaves(Orgs.), Curriculum pracice: seme socitogical cate tues po LUA, Falmer Press: Londves, 1983, 2.Sobre a Nova Sociologia da Educagio, veto aitgo de Michael Young, “Currouto © demoeracis: gies de uma erfica 4 “nove soiloga da educagio™™ Etncoron Realdade, *4(1, junho de 1989, pp. 29.39, 3.Ms in Hammersley © Andy Hargreaves, op. ei, p. 5. S.lvor Goodson, School subj Sid, p Tip. 5. Bibid,p. 6, B.D. pS 1O.lvor F. Goodson, “Subjects for study: toward socal history of euticulum", ia or F;Ganiton¢ Stephen J. Ball Orgs), Defning the curieatan:Hisry and ogra Dhies, pp. 25-44, Falmer Pres: Londres. 1988, 39 eis and carriculun change, Croom Helm: Londres, 1983, Teoria & Edueacdo, 2, 1990 2 1H.Stephen Ball, “A subject of privilege: English ad the schoo! curriculum, 1906-35" in Maryn Haromertey © Andy Hargreaves (Orgs), op. its pp 61-88, Pid, p. 6 Bubs. p. 61 .vor Goodson, “Towards Curriculum History" in vor Goodson (Org), Socal Histories fe Secondary Curicuton, Falmer Press: Londees, 985, pp. 18 18 Bi, 9.2 6, p. 2 17.2 {8Mic! FD Young, “Curriculum shange: limits and possibilities in Roger Dale Goof Este Madeleine MacDonald (Orps.), Schooling ant Capitalism a sociological ‘reader, Roaedge & Kegan PaulfOpen Universi, Londres, 1996, pp 185-191 19.Bi, p. 186 20d. p19. 21d p. 190 22d, p. 180, 2Stephen Ball € for Goodson, “Introduction: defining the curriculum: his _chnograpbis’, in oor Goodson ¢ Stephen Ball (Ora), ap. eh 24.bid, pL Bunya Hammeriy, "Making a voice of our vsucs: some woter on theory ia sticeraply and History" a vor F, Goodson e Stephen J, Ball (Ores) op ce 26th p15. Goodson, “ntodvetion: defining the eurticulum: histories and echnogephis”, op. 6, pe 3 li, 734, 50M, p34, 31a A. Reid, Curriculum change and ie evostion of educational eonstsency the Bgish sth form in the ninteeeth eentury", n vor Goodson Org.) Sect hisuni ofthe secondary ewrcatnn, op. 6, yp. 289-311 Sid, p. 290, 3B.ver Goodson, School subjects and curriculum change, op. ct 34. p 3 351i. 3 ‘36-Stephen Bal, “English for the English since 1906", in twor Goodson (Org), Social Hisories of he Seeondary Curriculum, op. ek STi. pot 38 Scien). Ball, “A subjet of privilege: English and the schoo! curriculum, 1906-35", op. i. p. 4. Em outro antigo, Bal acrescenta um componcite a0 sev modelo, De ‘scondo com o aus, tal eomponcoe incl “intiugGcs, organinagien,procedaneaton, pis © pesoas que constiuem os carats formals do ator administrative police de stems eéuesional” (Stephen Ball, “Relations, structures and conde in curvicolons tang: + glial history of English teaching 1970-85", in Ivor Goodson (Org.) IneratnatPrspcive in Curricula History, Croom Hel: Londes, 1987, yp 1742 30. p 8 WO.Geuit Whit. “Soc ‘ules and political education in England since 1945", in vor 28 Teoria & Edueagao, 2, 1990 i im Goodson, Sace! Histories of oe ee steondory curricula, op. ewe. 269-288 a rclola Licino dC. P. Santos € profesora da Universidade Federal de Vigos, Teoria & Educagto, 2, 1990 2» PPP eeeacaee Wiad Wi 1 PEPPERELL RURETEEVUSUUGEUTT TBE DOVY P O mito do alfabetismo Harvey J. Graif reparemos 0 cendro. As afirmasGes seguintes,feitas de uma variedade de perspectives disciplinares ¢ideol6gices, vlo ajudar a nos prepacar para uma ‘econsideragio e uma reconceptualizacto do alfubetismo (lea) taining popula, o alae 6 «carters dsiniva mis Mena de un honem eivlizado e do wma socidade civilzad, ‘prema eaat atiodes io. prontamenteclhidas ma impensa Farce .Npoiglo de que 0 talabtimo 6 um problems. de remains seca © pestis rvs sntetadaRfO ape Por ‘Soe ad tana no ran dos estates ‘Uma ver que alfabetismo popular, como observado antes, depende no pena do afebeto, max da instrugio no alfabeto dada no nivel elementae do desenvolvimento da crianga, e uma vez que esse é um fator politico que vara de pals para pals, as cultures alfabetizadas nfo so todas socialnentealfabetizadas. ois, embora os hstoriadores que ttm abordado o alfabetismo como ‘tm fendmenohistrico tenhamn em goral medido seu progresso em termos ‘da bistéra d esrita, as reais condicies do alfabetismo dependem nio da histéria da escrita, mas da histria da leitura. Ao lidar com o passado, & cobviameate muita mais dificil estar seguro sobre a prética da eitura, sua onduta e extensio, que sobre a da escrta. Pois a ultima pode simples- fnente exist nom artefato... © alfabetismo & uma condigéo social que pode ser definido em termos de leitura.” [No faz muito tempo que 0s antropélogos equacionavam civilizagdo com alfabetismo, Muits axqueologistas trabathando no Oriente Proximo ainda “Para a teadugio da palavea literacy neste & nos outros artigos deste mimero, ver nota 36, a0 final deste artigo (N. do T.) 0 Teoria & Educagao, 2, 1990 I scrim que sexta tends a se disnvoher coo un Usica de armazeanento de dadce quando um dado nivel do completice a Aleangado. lino parece sr demons, por exemple pas eg ‘mente generalizado da escrita para propésitos burocriticos ‘Eglo " Ea tatig.. Condo, « evidscs de Aftiene do Nove Mans seeda he socidadescomplesas podem exis som sistemas deena esses decenvlvden (annie logon) © que aque Conn civliagt ins ue ath nits eam d completa compare rq tnkan. nfo exit neabuma rato Sbvin pel qual tguase tes eves er desnviio sitenas do esia'c oxo nie? © allt 6, em grade pacts, um for propio, anes gue um for caus, fomando posfielodesenvlvimcts de eaturasplns completa, © rciocno slogtico, « pesquisa cesta, core lincare dared, a epeciligio aademicy, a laborian neice etalez certs tos de individ alin, Saber sae fntocs ode fa se devolve, em ae media, end sperromete iulors coucomianies de’ ecologi, ragée lomo ere icolipca interns oestrone farce Para certos wsos da linguagem, 0 slfabetismo & no apenas ierelovante, mas um obstieulo decisivo® = Essus afirmagées podem parecer demasiado devastadoras egeneralizantes para alguns. Elas sf0, pelo contririo, exemplos importantes dos vorretivos ¢ das revis6es que apenas agora estio comecando com respeito & compreensfo dos supostos efeitos e conseqiéncias do alfabetismo Pois até muito recentemente, as concepgées scadémicas © Populares sobre o valor das habilidades de ler ov eserever ttm quase universalmente seguido suposigBes e expectativas normativas, 1 respeito de Vagos — mas 20 mesmo tempo poderasos — efeitos que presumi Yelmento acompanhariam a difusio do alfabetismo, Pelos dois ultimos séculos sles tdm estado inextrcavel ¢ inseparavelmente ligados ts teorias socisis 6 pés- ifuministas, “liberais” es expactativas contemporinedo com reapelto ao papel do Alfabetismo ¢ da escolarizasio no desenvolvimento sécio-eeondmico, na ordein social © mo progresso individual. Esse conjunto de conjecturas — presentes na teoria, mo pensamento, na percepcio e nas expectativas — é enormemente importante. As implicagdes sio demasiademente numerosas para sere deseilas neste breve ensaio. Eniretanto, elas constituom © que vim a chamar de “0 mito 4 alfabetismo”, 0 qual diseuti, com relasfo ao século dezenove, no meu recente liveo, que tem aquele titulo e © qual esquematizei, com relaga® aos tims cinco séculos de civilizagio ecidental, no meu novo trabalho, The Legacies of Literacy. Continuities and Contradictions in Western Society and Culture. Teoria & Edueagao, 2, 1990

You might also like