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org. christian topaloy, stella bresciani, laurent coudroy de lille, hélone rivigre d'are A aventura das palavras da cidade, através dos tempos, das linguas e das sociedades La aventura de las palabras de la ciudad, a través de los tiempos, de los idiomas y de las sociedades rgRolsog A reproduc ov dpc integra paca dest aba sem sueriao omens dos pede decedieer scotia como epepoae nde dor tos acest ines chance {© Christian Topl, Sills Bresin, Laurent Couoy de Le, Helene Ree dave Diets para ext eigio Romano Guera Ealtora a Gea Jd sc 9 ~ Via Barge nage Sioa SPB Tassos Emi ng@ominngiacombr Wet winner Prone in aang Fern depos al dos plas da dae Bans domo dos inguas ede sconces = a aera oes pltras de ida tne dl leap. do iia y de sciedates/ Orgarizaores Cision Tp Sol resi Lent Couoy de il, Hine Rive Br traducdo ‘lei Novick ~ S30 Fale: Romane Guera, 2014 696, (Colsca0 RG blso: 9) ‘Thuooign: Lavenue desmats de vile Aavesle em es agus es sos (SEN 9785-88571. lcd ISN 978-85-88885-25-4 lume) 1 Semiticads peas -Hitin-Vocabliro— Fertuputs span Cid Serta ds prs Vexabulro Fertupite owl Via Seminies dar awa -Voratlo— Pertugits-Epael Now, Aca ta TEI Ste emp aoiaa anol Corde) . * RINALDINI, Julio. Difusiin 6 lor propéstor del Congreso. In Primer Congreso Argentino de Union realizado en ar ae metrépole de Camaro Munisipal de Compinss, Campines,Typogsphia Campincia, 186, p. 20-25 * Reglamenta do Mercad> de Horalias de Campinas. Coll delete poses mips roms pla Asemblea Leia Provide Sao Palo Resolugo. 67. Sao Paul, Typ. do Diana, 1856. * SAINT HILAIRE, Auguste de. Viggen preninia de Sip Plo. Sao Paulo, Edusp. 1076, pazasa. © SIINA, Geraldo Comes da Argues do fro mo Bras 2 edt, Sto Plo, Nebel 98 + ZEMELLA, Mafalda. O abuseciento da epitaia ds Gens no sculo XVII. 2 dig, Soe Paul, Leary gp © metropole (pl. metrépoles) Portugués Portugal e Brasil, substantivo masculine Definigées ‘metrépeli Cidade Metropolitana, ou grea Archiepiscopal sta polovra he tomada do Grego, Mitr, Mitos, Mater ‘matris: & Polis Cidade. Val o mesmo, que Cidade may as outras, ou Cidade principal. Antigamente se aporo rigva ds Cidades, das quaes havido sohida colénias,& Povoosdes cicumnizinhas, & que por esta razdo erGo co ‘gas, & como mys das mais Cdades @ que elas havido ado os rimeras moradores. Fess houve duas Cidades chamadas Metropolis, huma na Phrygia, & outra em ‘Thessalia. Mas coro andar do tempo se deo este nome 5 Cdades capitoes dos Provincia, & Archiepiscopces, das quaes as que 36 eno Episcopoes cependigo, Hoje esta su- _erioridade se considera de hum de tres medi. O primero fem quanto oquella Cidade he superior a hurma Provici, & nella se poem Arcebispo Metropolitana, Segundo, em ‘quanto precede a muitas Provincias, em que ha Arcebispos, ‘que ent seconstitue na tol Cidade Arcebispo Primaz, que ‘he superior a todos os Arcebispos daquelle Reyne. Tecer, 8 toma comma mais principal, & suprema, ra qual se cons- titue Potrirca, que precede, & he superior aos Primazes, @ isto quer dizer Patriarcha, id est, Summus Pater, cu Princeps Patrum caiteos 72 5459) metrépole: cidade principal ou capital de um reino ‘ou de uma provincia (J. Diz-se de qualquer nacdo ‘em relagao ds suas colons (J. Féco, centr, empdria (@icconarcontemporaio ca lingua portuguera 1884) ‘metrépole: Naso considerada relativamente aos pa- ‘ges que dela dependem. Cidade principal de um pois, cde um estado, de uma regido; cidade grande (-Pequeno oni enccopésico Kooga Larousse 575) ‘metrépole: Cidade principal de um estado ou de una arquidiccese, 2 cidade grande e importante. 3 Pas que pssu um império ultramarina pais em relardo Bs suas colénias. 4 Centro de inadiagdo ciulizacional e comer- ial. 5 lgreia arquiepiscopal em relagdo as sufrogdneas (tester 200122460. FERNRO MENDES PINTO, NO SEU FRESCO PITORESCO sobre as deambulagées de um portugués elo cient, utiliza a palavra metrépole no sentido de c- ade-capital.A capital em questio seria a do Império Tirtaro, a que chama Tuymicao. A Peregrinacao de Ferndo Mendes Pinto, que morreu em 1583, foi pur blicada em Lisboa em 1614, provavelmente com al- teragBes. Realidade eficg30 esto entrelacadas com uma force forga presencial mas o universo descrito € cheio de maravilhas, os templos mais ricos, as maiores cidade, os rios mais caudalosos. O uso da palarra mett6pole insere-se nesse contexto de des- ctigdo das grandezas do Oriente. Raphael Bluteau no século 18 isthe dois sentides diferentes. Primeiro 0 de cidade arqui episcopal da qual dependeriam varias cidades epis: copais. Segundo a origem grega tem o significado de cidade mae de todas as outras. Em sentido me- teforico atribui-the ainda o significado de principio (*Bluteau 1712). Em 1831 0 dicionério de Morais 4a metrépole a4 mmetrépole Silva e Velho jé wcrescentava a ests o significado de is de onde safram col6nias, mae patria (*Sihaa & Velho 183,210). Este significado pode ser encontrado em 1822 ro jomal A Borboleta Consitueional, m. 152, num artigo inttulado "Didlogo entre dois Portugueses visinbos":“E assenta V. M. Em que os Portugueses ‘luminados, ¢ que jé nesse tempo Lito por por outra carta, no lamentavam o sistema colonial E no esto VIM. bem vingados com os males que por causa desse sistema refluiram sobre a Metrépole? (Sociedade patrstica... 1822). A Constituigio de "S822 ignora este significado dado i palavta metrdpele Por no reconhecer qualquer diferenca entre os ter- "t6rios do Reino Unido de Portugal e do Brasil. E mesmo preciso cheyar aa Ato Colonial de 1933 para 4 expressio ser utilizada num documento constitu- ional (Constituigdes portuguesas 1992), E no entanto, explicada as criangas em hist6- rias ou na historia de Portugal escolar, @ palavra ‘metrépole tomna-se, num contexto imperial quase ‘exclusivamente sin6nimo de teritério de Portugal nna Europa (Costa ¢.1942). Até 1900 os titulos de livros contend a palavra metrépole, presentes no ficheiro da Biblioteca Nacional de Lisboa, partilham-se quase em igual- dade entre o significado religioso eo significado de pals com coldnias. Assim, em 18a podemos encon- trar uma dissertacio sobre a organizagin religiosa ¢ ‘administratva de Portugal em que a pala metrs- pole éutlizada para significa arquichocese (Sé i872) Até 1950, a 99 titulos referidos a metrépole colonial correspondem apenas seis em que se trata de metrépole religiosa. O significado reli- sioso vai pois desaparecendo lentamente ante a ujanga da utilizagio da palavra no seu sentido de mie patria colonial ‘ As referéncias ao uso da palavra com o signifi- cado de grande cidade séo muito menos numerosas até esta data. E de referirque Ega de Queiroz (1901) no utiliza o termo no seu romance anti-urbane intitulado A cidade e as seras. A Paris de Jacinto & muito esquemiética, simples materializagio da Babilénia, sem detalhes de caréter paisagistico. ‘A descrigio de uma sociedade de beneficéncia situada em Londres, traduzda do inglés mas publ ccada em Lisboa em finais do século 18, usa a pa lara metrdpole no titulo para se referir a esta cidade. Londres € ali a metropole do Império britinico (Anatio 1799) No grande Guia de Portugal dirigido por Raul Proenga, publicado entre 1928 € 1932, encon- tramos a palavra metrpole no sentido de grande cidade. No volume 3 sobre a provincia da Beira, Hipolito Raposo qualifica Covilha de “metrépole da la” por analogia com Manchester 14 Orlando Bibetto publica em 1955,¢m Coimbra, um folheto, proravelmente comespondente a uma conferéncia, eujo tiulo & Sao Paulo metripole do Brasil. O- grande gedgrafo dé-nos uma pista para a parca utiizaglo do.termo no sentido de grande ci- dade em portagutsaié aos anos 197. Qqualificativo rmetropole parece-the-merecido por Sao Paulo de- vido a uma série de fatores: a sua aparénecia de cidade americana, 0 rtmo trepidante do seu centro contras- tando com a pacater da sua periferia, a apidez do crescimento populacional, os tentéculos que langou fora do seu contomo, a taxa de substituigéo dos bairos e finalmente os aranha-céus que Ihe dariam, 1a slhueta das grandes metrépoles” (Ribeiro 1955). a, metrépole 46 metrépole Nio Baye Teas: *Timagal de entio, ne- hana eBieas et nde ante se naga de aistabrate> Geepalaias.s6 teria uso em Lermos comppaitgsrinasimayaBEcursos sobre ci- dades estate, : No endahic ents jin de 1888, tagao na Associacio de Engenheiros Ci caminho-de-fero urbano a construir em Lisboa classificava-o como metropolitano & imagem dos de Londres, Berlim ¢ Nova York. O substantivo me- tropolitano era utlizado por analogia e na descrigéo do caminho-de-ferro subterrineo de Londres. E signficativo que a possbilidade de tal construcdo {osse contestada por um dos engenheitos presentes «que salientou o caréter diminuto da populagio de Lisboa quando comparada com a destas cidades ja equipadas com um metropolitano (Associagdo dos Engenheiros Civis 1888), Apesar de outros projetos s6 em meados dos anos 1942, quando se previa que a cidade atingisse o milhdo de habitantes, se vangou para uma concretizagio da consirucao de tum caminho-de-ferto subterrineo. Desde a sua Jnauguragao, em finais dos anos 1950, 0 caminho- ~de-ferm subterraneo de Lisboa, ficou conhecido por metropolitano, impulsionando 0 uso comum do substantive Eseritor emigado, Jorge de Sena, em Sinais de Fogo, tomance escrito entre 196 © 1969, mas ed tado postumamente,em 1095, utiliza a palavra me- tw6pole, para site soldado, © as experigncias que as ruelas sérdidas tle Lisboa Ihe proporcionam (Sena 1999) Entre especiaistas de planejamento urbano, como © engenbeire Valente de Oliveira, co ‘mecam a discutit-se os limites das éreas metropo- litanas de Lisboa e Porto no inicio dos anos 1970 (Oliveira 198 ’ ‘Vitor Matias Ferreira, dedica a sua tese de dou- toramento ao nascimento da metrépole de Lisboa. Para este autor a cidade de Lisboa terd nascido como metrépole nos anos 1960-1980. A metripole € caracterizada pelo confronto entre © espago cen- tral € os espacos perilérioos (Ferreira 198721). O mesmo autor, em obra datada de 1997, analisa as re- 417 estruturagdes que a competitividade internacional dcasionam na hierarquia das metrépoles e no seio da metr6pole de Lisboa. Desindustrializacao, diver- sidade de estratégias de reurbanizaco e emergéncia de novas centralidades sao afloradas. Perspectiva-se ‘ums comubacdo com duas metrépoles que se es- tenderia de Setabal a Braga (Ferreira 1997-100). Em 1994, na Histéria do Porto, ao descrever aevo- lugao recente da aglomeracio, Francois Guichard, cescreve:“Mas 0 burgo de dimensio restrita, inserido numa ruralidade dominante, transformou-se num, aglomerado tentacular que concentra quase toda 0, dinémica regional. A cidade de ontern & hoje maett pole” (Guichard 1994). constvuigad da mete6fole do Porto ter-se-ia feito em trés fases.A ptimeira seria, 1 da preeminénela, a segunds, a daidjelusivdode @ —— @ terceira, a da hierarquizagao. A tetedic fase tiie Inicio nos anos 1970 com a generaiayzo do trans- ~~ porte individual motorzado. Um pracesso de me~_ ‘copolitanizacéo, com forte crescimento periurbano ‘mas em que, nalguns setores, o Porto seria apenas tum escalio intermédio entre a regido e outros polos de hierarquia superior. Jé Teresa Barata Salgueiro, em A cidade em Portugal, usaré a expresso” irea metropoltana” para descrever as rezides de Lishoa e do Porto (Saleiro metrépole 8 metrépole 1994). A expresso 6a escolhida pela linguagem ofi- cial. Area metropolitana de Lisboa foi criada a2 de agosto de 1991. O seu principal 6rgio & uma junta constitufda pelos autarcas da regiéo presidida ‘por tum dentre eles. Em 2003 a rea metropolitana de Lisboa lancou a revista Metripoles. ‘A113 de maio de 2003, o Governo legislou espe- cificamente sobre a criagdo, quadro de atvibuigées € competéncias das areas metropolitanas. Estas setiam constitufdas voluntariamente por munict pios ligados entre si por um nexo de continuidade territorial, sendo necessérias no minimo nove mu- nicfpios e 350.000 habitantes. A insttuigao da drea ‘metropolitana, seria dependente de decisoes das assembles municipais, competindosthes planear « coordenar em matéria de infra-estruturas de sane~ amento, snide, educagio, ambiente, conservagio da natureza e recursos naturis, acessibilidades e transportes, te. sempre que estejam em causa in- teresses supramunicipais. Magda Pinheiro NA LINGUA PORTUGLEESA, NO INfcIO DO SECLLO 18, © termo metnipale era empregado para designar a ‘cidade principal de uma regiao ou de um reino, ou até do nnundo inteiro, Assim, Bluteau (*1712) desig- nava Florenga como “Metropol da Toscana’, Lisboa ‘como “Metropoti do Reyno de Portugal” e Roma ‘como “Metropoli do mundo”. No Brasil, a nogio de rmetrépole como capital ~seja em relagio a colinizs, ‘um pafs, a1 um estado ou a uma regiio ~ persiste nas defines da palavra ao longo dos séculos 19 «20, No caso das povoagées brasileira, o uso da ‘expressio capital pode ser localizado no século 17 Assim, Gaspar Barléu em sua obra sobre o Governo hholandés no Nordeste, publicada em 1647 em Amsterdam, fala de Olinda e Salvador como capitais de capitanias (Barley [1647] 1974). * No inicio do século 19, a palavea metnipole se referia a uma cidade ou nagdo que se constitui em sede do poder que controla um teritério colonial Mas, este nem sempre era 0 caso. Em um mapa de 1798, apesar da sede do vice-reino haver sido ‘wansferida da Bahia para 0 Rio de Janeiro em 1763, Salvador foi nomeada de cidade capital e, em 1803, © cart6grafo José Femandes Portugal inttulou uma de suas cartas néuticas de "Mappa Hydrogsiphico da Bahia de Todos os Santos, Metrépoli do Estado do Brad!” (apud Costa 1953:131). A designacao de Salvador como uma metrépole ou capital, entretanto, io era generalizada. Na cartografa portuguesa dos los 17-€ 18, Salvador surge designada comp ci- dade e, em 1708 € 1799, 0 portugues Luis dos Santos Vilhena escreveu uma série de cartas nas quai faz ‘uma descrigdo minuciosa de Salvador como “cidade” cu “cidade da Bahia” (Vilhena [1802] 1969). No sé- culo 18,0 Rio de Janeiro também era qualifcada de cidade na cartografa. Todavia, presente em mapa de 1769 (Costa 1953), adesignacao do Rio de Janeiro ‘como capital do Estado ou do Império do Brasil se ‘encontra, em francés, em obras como Voyage pito resque et historique au Brésil publicada entre 1834 € 1839 pelo pintor Jean-Baptiste Debret (1834-1839) 1975). Durante © perindo imperial (1823-188), se costumava chamar 0 Rio de Janeiro de "a core” Com o advento da Repabiica, os vinculos entre os termos metnépole e capital se estreitaram, tanto no que conceme & capital do pals como, progres- sivamente, a algumas capitais de estados, como Sao Paulo, Recife e outras grandes cidades. Coma #9 metrépole 20 metropole 5 apatecia em Bluteau no comego do século-18, os termos capital e metripole se aproximaram desde eetio quando referenciados & organizagao territo- tial dos poderes religiosos ecivis. No século 19, no Brasil, 0 governo local comegou 2 ser organizado em ‘municipios e o municipio onde se encontra a sede do governo da provincia ~ posteriormente estado ~ ficou conhecido como 0 municipio da capital, ogo Préxima daquela de municipio capital. A tendéncia de identifcar uma capital de importancia regional ‘ou nacional como uma mettépole, se atemuaria so- ‘mente no fim de século 26, depois de instauracao das regites:metropoltanas por lei de 1973, exata- mente quando a.expansio das grandes aglomera- Bes urbanas comecou a extrapolar os limites de um Ainico teritSxi mnicipal. O municipio capital con- Uinuow a ser chamigdle cidade capital mas, muitas veres, fazendo parte de numa aglomeragao metro- politana mais vata No Brasil, ao longo dos séculos 19 ¢ 20 novos significados foram sendo associados ao termo me- trépole: um centro de coméreio e de cilizagio ou tuma cidade de grandes dimensdes. Nesta alteraga0 semintica, nta-se que uma metrépol, além de sua importéncia politica, comercial e cultural, deve ser uma cidade grande, importante a nivel regional, na ‘ional ou intemacional. E na década de 1620 que © uso da palavra metrépole para designar grandes cidades brasileias comeca ase dfundirlagzmente Na imprensa de Sao Paulo em 1926, material de propaganda do novo loteamento da Villa Conceigao sublihava a “curta distancia que a separa das duas Ficas metropoles commercias, Sao Paulo e Santos Em 1939, material publictério da Companhia City apresentava os Joteamentos de Jardim América € Pacaembyi como “duas maravilhas de urbanismo na metropole paulistana”. O filme Sao Paulo, snfoia da metrépole, realizado por Adalberto Kemeny & Rodolfo Lustig em 1529, sublinhava o ritmo acele- rado de tansformagie de Sao Paulo: a metropole & revelada naconstrugio de ranba-céus, na atividade das fibricas e na agitacio das ruas disputadas por veiauls e pedestres apressads. Em 1937, Erasto de Toledo descrevia 0 centro de Sto Paulo~qualificada de "grande metr6pole” — como coisa “vertiginosa © atordoante’, com méquinas e engrenagens em mo- vimento, som de buzinas, telefones rédios, inten sificagao do comércio, multiplicagdo dos lugares de dliversio e construgdo de amanha-céus. Asociado ds gandes cidades, o rem urbano subterneo foi nomeado metropotana ou metro, e desde a década de 30 do século 20 estudos propunham a construgso de linhas metropolitaras no Rio de Janeiro. As pala vras metropole e metropoltano também foram am- plamente empregadas para batizar cinemas, hotéis, ‘empresas de dnibus e casas comerciais, Como os précios altos, os antincos de neon e o télego in- tenso, as propria palaas meteépole, metropolitano «metro — exibidas em letreirs, placas e antincios — tomaram-se simbolos das grandes cidades. Em. revistas especializadas de engenharia © uso da palayra metr6pole se toma corrente a partir da década de 1936, quando as populagdes das cidades do Rio de Janeiro ¢ de Sao Paulo ul trapassam um milhio de pessoas. Em 1938, 0 Rio de Janeiro, a maior cidade brasileira na época, é referido, como nossa metrépale. Segunclo matéria publicada na revista Aerépole, desde meados dos anos 1930, “a cidade de Sio Paulo jé era consi- derada uma metripole” (Acrépole 1941). 0 uso t

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