You are on page 1of 33
= Renato Velloso ’ Lecionando FILOSOFIA PARA ADOLESCENTES Praticas pedagdgicas para o Ensino Medio Dados Internacionais de Catalogagio na Publicagio (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Velloso, Renato Lecionando Filosofia para adolescentes- prticas pedagogicas para 0 Ensino Médio / Renato Velloso. ~ 2, ed, revista e ampllada, Petrépolis, RJ: Vores, 2015, ISBN 97885.326-4280.9 1. Adolescentes e Filosafia 2, Filosofia - Estudo e ensino I. Titulo. 1112799 cpD-108.35 Indices para catélogo sistemético: y EDITORA 1 Filosofia para adolescents: Estudo eensino VOZES 108335 Petrépolia 4 Métodos ou modos para ensinar Filosofia Agora voce vai embora, ¢ eu ndo sei o que fazer, Ninguém me explicou na escola, ninguém vai me responder. Kid Abelha “Por onde comeco?” Eis a pergunta mais frequente no infcio de ano Ietivo, sendo a maior preocupacio, de todo professor de Filosofia, princi- palmente do iniciante. “Comeco com o surgimento da Filosofia, na Antiga Grécia?” “Comeco com Sécrates ou com os présocraticos? “Ou comeco com os temas filos6ficos, como a questo do Ser?” Ou “Ser melhor falar de Btica?”... Alids, qual professor nunca passou por isso? Ocorre que, como falta orientacao sobre o assunto, o profissional acaba repetindo os métodos universitérios tradicionais, a saber: trazer um texto filosofico para sala de aula para depois comenté-lo ou debatélo com os alunos. Isto talver. pareca indicado para a graduacio, mas o professor deve saber que este modo de ensinar Filosofia nao pode ser 0 exclusivo para os alunos do Ensino Médio. No ensino de Filosofia para adolescentes, 0 profissional deve levar em conta que esté lidando com uma faixa etéria entre 14 e 18 anos (em sua maioria). Logo, nao deve pensar que s6 importa o contetido filoséfico em si, mas igualmente a prética que melhor conduzird este pubblico a atingir 0 seu objetivo. E 0 método escolhido (a via) faré grande diferenca. Ao longo de minha experiéncia, como professor de Filosofia para 0 Ensino Médio, posso afirmar que existem, basicamente, quatro métodos ‘ou caminhos possfveis que podem ser trilhados. B 0 que chamo de “quatro vias para lecionar Filosofia”. Sao elas: 1) Por meio da Histéria da Filosofia. 2) Por meio das Areas da Filosofia. 3) Por meio dos Fildsofos e suas Obras. 4) Por meio dos Temas ou Questées filos6ficas. objeto de estudo € 0 mesmo: a Filosofia. A dessemelhanga € que cada ‘um segue por caminhos distintos. Por exemplo, inevitavelmente, todos os métodos deverdo ensinar sobre os fildsofos, independentemente de ter uma via prépria para isso. Sécrates, Platao e Aristételes deverao ser menciona- dos nos quatro caminhos, porém a diferenca esté no foco do método. No presente capitulo, ofereco ao professor quatro planejamentos de en- sino, correspondentes a cada método (ef. mais adiante). O mais importante & saber que, ao eleger 0 seu método preferido, o profissional deve entender que ele seré o norte de seu planejamento. Todavia, isso ndo impede que esses métodos possam ser mesclados durante o ano letivo. Por exemplo, talvez o professor nao goste de trabalhar sé por meio de dreas da Filosofia, entio opte, num outro periodo (trimestre, semestre ou ano), trabalhar atra- vvés de temas de Filosofia. Talvez prefira aprofundar certa obra ou doutrina filos6fica, entio lecione por meio dos filésofos e suas obras. Isso sempre dependeré da preferéncia do professor. Particularmente, penso que, na pratica, 0 docente acaba trabalhando um pouco de cada método no seu planejamento de ensino, Por exemplo, um professor planeja lecionar sobre 6 “materialismo hist6rico”, conceito do fildsofo Karl Marx, a partir de um capitulo da obra Manifesto do Partido Comunista. Na primeira aula, ele explana sobre o filésofo Karl Marx. Na segunda aula, explica todo o contex- to histérico da idealizagao do conceito acima destacado, Na terceira aula, explica esse conceito através da leitura de um capitulo da obra citada. Na quarta aula, aborda a questao do Capitalismo x Socialismo. Como pode- ‘mos observar, s6 nesse exemplo o professor foi capaz de abordar as “quatro vias”: trabalhou com Karl Marx e 0 Manifesto (Filésofo e suas obras); tra- balhou com a Filosofia no século XIX (Hist6ria da Filosofia); trabalhou com a teoria marxista - Politica (Area da Filosofia); trabalhou com o socialismo a2 versus 0 capitalismo (Tema/Questio filoséfica). E todas estas abordagens podem ser ainda enriquecidas através da exibicdo do filme Che Guevara, um longametragem bastante atual, que ilustra 0 contetido, por meio da Revolucao Cubana (1959). Nesta obra nao privilegio nem um nem outro método. Cada método tem suas vantagens e desvantagens. Cabe ao piofessor estudé-los, testlos e tentar aplicar o mais conveniente para seu alunado, sempre, claro, res peitando o limite de exigéncia da faixa etéria. Inclusive, o professor poderd lecionar através de um método num determinado ano e trocar de método no ano posterior (exemplo: por meio de Temas de Filosofia na 1* série de 2015 e por meio de Histéria da Filosofia na 1° série de 2016). Poderd também trabalhar por meio de um método numa determinada série e com outro método numa outra série (por exemplo: Fildsofos e suas obras na 1 série e Areas da Filosofia na 2* série). Até mesmo os objetivos podem ser modificados entre um método e outro. Por exemplo, ao analisar a obra Ett ca a Nicémaco (Fil6sofos e suas obras) 0 professor pode ter como objetivo clarear ou solucionar uma questéo moral atual em vez de ilustrar toda a ética de Aristételes (Area da Filosofia). 0 ideal é que o profissional procure trabalhar com 0 mesmo método durante todo ano e com as mesmas séries, porém, podese considerar que a sala de aula é o seu laboratério, isto é, errase e acerta-se até chegar a um resultado satisfatério. Da mesma forma podem-se programar as chamedas atividades didati cas € as avaliagdes em Filosofia (veremos estas em capitulos posteriores). 0 professor pode trocar, inverter, deslocar, ampliar, reduzir, enfim, mo- dificar conforme a melhor manera que Ihe convém. Costumo dizer que 0 professor é 0 “maestro” em sala; logo, sé ele sabe o melhor modo de reger a sua orquestra, Por exemplo, através de uma simples exibicdo de um fil: me, professor pode realizar um debate com os alunos (na mesma ou na préxima aula). Pode também realizar um juiri simulado. Igualmente, como avaliacéo, pode pedir um simples relatério ou este com uma resenha sobre 0 que foi exibido. Quanto a pontuaedo, os critérios vao depender da rede de ensino, da escola e até do professor. Decerto que hd variagdes, contudo, o ideal é 48 que se use de bom senso na distribuigdo dessa pontuacao. Por exemplo, ddigamos que determinada rede de ensino (privada ou publica) tenha como regra, em cada perfodo ou etapa (bimestre ou trimestre), a totalizagio de dez pontos. E 0 aluno deve obter, minimamente, seis pontos em cada etapa, para ficar com nota suficiente para ser aprovado. O professor pode dividir 1a pontuagio da seguinte maneira: a prova (prética ou teérica) vale quatro pontos; os trabalhos/atividades valem quatro pontos; e a participagao/assi- duidade vale dois pontos (4 + 4 + 2 ~ 10). O aluno tem boas chances de con- seguir estar acima da média. Como se pode observar, o professor esta sendo equilibrado na divisao de sua pontuagao durante cada etapa do ano letivo. ‘Também 0 professor deve estar atento aos prazos das atividades, ou seja, a duracio das atividades e entrega das avaliagées, que vai depender tanto do seu proprio planejamento quanto do calendario escolar. Por exem- plo, uma pesquisa sobre a filosofia de Platao pode ser entregue em até duas ou trés semanas, mas um simples exercicio de casa nao pode passar da proxima aula. Nesse contexto, corroboro aqui a opinido de que tudo vai depender das condicdes propicias para que seja efetivado o cumprimento de (qua- se) todo o planejamento do professor. Nao adianta o profissional plane- Jar muita coisa se, na prética, nem metade do planejado sera aplicado, devido a falta de tempo e até de apoio pedagégico ou administrativo. ‘Assim, como j4 mencionei ha pouco, aconselho o profissional a utilizar sempre o bom senso. O bom senso é filho da sabedoria. Ele auxilia 0 filé- sofo na aplicacao desta & realidade. Nos planejamentos que se seguem apresento as “quatro vias do ensino de Filosofia" propostas nesta obra. Sdo Planejamentos de Ensino anuais. Procurei preenchélos conforme o padrio pedagégico atual, deixandoos 0 mais completo possivel, indicando os seguintes componentes: cabecalho, justificativa, objetivo geral, objetivos especificos, contetido, competéncias ou habilidades, desenvolvimento, recursos didaticos e avaliagdo. Adotei um modelo bem préximo da maioria dos sistemas de ensino, dividindo-os em quatro bimestres, com oito aulas cada um. A bibliografia donde retirei os contetidos esté no final desta obra. Vale lembrar que estes planejamentos a4 nao pretendem se constituir um “plano-padrao”, mas um modelo ou gi para que 0 professor possa obter éxito em suas aulas. 4.1 Trabalhando com a téria da Filosofia Por meio da histéria da Filosofia, o professor tem 2 oportunidade de mostrar toda a formagao da Filosofia, a partir da Antiga Grécia até os dias atuais. Trabalhar por esta via tem a vantagem de demonstrar uma evolugao cronolégica das ideias filoséficas, pelo menos as mais importantes. Isso implica, certamente, conhecimento de Histéria da parte do docente, pois envolve contextualizacio politica, social, econdmica, cultural e religiosa da 6poca em que o contetido esté se concentrando. Neste método, o professor deve abordar todas as divisdes historicas, a saber: a) Idade Antiga. b) Idade Média. ¢) Idade Moderna. 4) Idade Contemporanea. Em cada fase, o professor deve trabalhar os principais acontecimentos, enfocando, obviamente, as ideias filoséficas. Vale destacar, nao se trata de um ensino de Histéria puramente, mas da evolugdo ou do desenvolvimento da Filosofia na histéria. Essa é a vantagem desta via. Neste método, por ser mais extenso, 0 ideal é que se trabalhe en passant com filésofos, obras, doutrinas ou temas filoséficos. Lembrese: nem mesmo no Curso de Filoso- fia, no nivel superior, em quatro anos, os professores conseguem trabalhar todos os contetidos. Desse modo, o professor pode ja prever que nao seré possivel trabalhar (ou esgotar) determinado assunto em apenas um bimestre, nem mesmo num semestre. Por exemplo, a histéria da Filosofia Contemporanea ¢ muito mais intensa e volumosa do que a histéria da Filosofia Medieval. Logo, devera usar de bom senso para selecionar os melhores contetidos e saber dividitos nos quatro bimestres, e até mesmo, quando possivel, entre os trés anos do Ensino Médio. 45 8) 0104 x ogbeand Seid open oun 0 ou spopara | “oppawos o IME aL | eSiyas 9 JES ous9)41 0. rem 8 | _sepuesicu0g ‘pause ‘sep “syoR01) Oy | © 6 ejay ewor: ‘euowy | epjes08 anroto> ones | osopuoaicwon " rasue ‘2p eyosoyy #seoeuueseN De | “soBaif sos exqos ured | te 2 89 ‘omed| ousuaed o |” siedouud 20 "eubaosiu05 | aiperb apiozenyt = speyosoy eeoomeney | eimede) — uRuep| T spueigueS oyosous © owas | ax opened o ‘eine @ | Jepuecidue, ‘oune sop webepues™ | (aweueveuns) puewa— = so=iaey ‘wouysjonueseg | sepepuigeniserouaredwon (opezy aay OotLyYOOs-g’d OGOLad Oa) voUNY 3aval '3avaINn (svinv 9) Sasa sb ‘2 sca se1ueosuoo sogpepie uve © sueuiny sossod ep ope "Sutcpspeven euyeasp 9p ded o eyosony @ abiaNO Cz § sas aa vices Fa goles Stemi nae eae tangs Sea TC ‘yoson EP euOVEH oporeHE OP emu oUysu3 ep omvowrefouerd | eegEL ~"Sasaui ot opus (e088) eaelgo encad leseatea! 9p zede> es = ‘ansoung | aseUN 200 sepepryso sopnanioa noid Sp ops: sensvown ~ ine 8 renenarine osroags , | Teuensjedonobiave sengalgo p1sonb woo ‘opyoded op ewjos— upent op ope — eysnomus ond seyuntiod se wo9 ‘oueaded ap 204 eonayied eo ousunsi O cae op opSerexdiul 3 emo" — ‘ensocna Sn — ne eed SoBe — corseneny Lsosiroeu quounnlonuesea eusiedweg (Gort ay 9° 029) viaaw aavar :n 3avaINn (sviny 9) aisanraz Sop ogSusa ensuouted ~ “ans0uia op souewsyio> so ens: une eer ‘srpsvodses sop opsezpoine wa (opewres6ord ‘qveweyast) snag vevguodwaiuog eed ewepoHy eospiep od a un) 9p owen o sme ‘Goqusno vaW ‘a9) on 99 osnoou~ eurspou enue y mine unt 9 01907 voDe ‘9y089 80 9004U0001 9 QuSIEUIS 0 .9puEIUS ~ owswua 0 ‘mine xe |e 9pueexduoD ‘un 2998 ennevossip optepes eun J1098%3 ‘open op epearer4— -sojoso So seoeuuogel @ ‘eaysodke gny — | ousjouoDew 0 sopuew3 — dime mez repunw soe ro edeyd— “saipesueg 80 otaio9 ep ona = pea ve 8 couaig | soenaey sepepmceH wounaonuoseg, seougieduion sopneiwoo ‘seoupedso sonnetao (Gai: anv eev1 2a) vwuacom aavar mt 3avaINn (ovinv a) suisawiat ((e1goeisap jus ou sapsans 49) seIougH9jeR ‘seqioigo segisenb rensowg Se wo oF yo- noe ded @p etyo}~ seine «8 soy eyosona y RIN wd lee & e104 so.inier3 ~ ‘aayosey oe} 2p ordereudiqu 8 esmiey— ennisode ery — ‘areqep o eed ‘upent op sopeareyy— 2 eyo 2906409 ‘stene sep - ‘opteznewesp e ered oSeds 0 seredaie ~ "coygsow ova 2p oxberaidioy 2 ejoy— ‘enteoce en uspusiug = seine -soyosons ‘eaojouswoues ‘Seyosoy se apusesctio5 sosinoey owounjonusssa, peepousieduiay sopnaquog (sivnuy svia so 31V 6821 30) vaNywoanaiNOO Zaval ‘Al aavaINA (Syinv 8) suisaWia.? seyosoy se ‘oupent op sopearen sepuseuien, ‘aon 0p coussaysog 08 ‘caupioeuia}00 jew e oss208 ‘Opo}ad 09 woo se1opainciuco ‘xraidoo © op01, "0 3209310N— sepusiua— me} | sepueescweg | SPEPIIGEH sooyjoodse: ‘sontalag, 4.2. Trabalhando com Areas da Filosofia As dreas da Filosofia so os campos de saber filos6fico. Ao escolher este método, o professor, tal como na histéria da Filosofia, deve ter uma visio panoramica da disciplina, E entender que essas dreas foram sendo cons. tituidas e desenvolvidas nao somente no inicio da Filosofia (na Grécia Antiga), mas ao longo dos séculos, através do trabalho dos préprios fi- I6sofos ¢ historiadores da Filosofia. Assim, esse método de ensino trabalha com as principais ramificagdes da Filosofia, a saber: 1) Metatisica; 5) Btica; 2) Logica; 6) Politica; 3) Teoria do Conhecimento; 7) Bstética; 4) Filosofia da Ciencia; 8) Filosofia da linguagem. Alguns autores ampliam essa diviséo, acrescentando outros ramos, como a Filosofia da Historia e até a Filosofia Analitica, assim como a Fi- losofia da Educagao e a Filosofia do Direito; entretanto, particularmente, prefiro nao os considerar como campos auténomos da Filosofia, mas sim partes especificas dela. Ademais, tratase de Ensino Médio e, por esse motivo, ndo ha necessidade de trabalhar tais campos. Jé a Filosofia da Lin- guagem tem a sua peculiaridade. 0 seu objeto de estudo esta muito ligado & Légica e parece uma subdiviso desta. Até o século passado nao era reconhecida como independente. Contudo, ha algum tempo € consenso entre os autores que a Filosofia da Linguagem conquistou sua autonomia no conhecimento filoséfico. Neste planejamento, arranjei as areas conforme a afinidade. Por exem- plo, a Metafisica esta sendo lecionada no mesmo bimestre que a Légica; ja Politica, junto com a Etica. Inclui neste método 0 campo da “Cultura”. Ela esta ao lado da Estética. Embora a Cultura nao se constitua uma drea filosétfica especifica, penso que ela tem a sua importancia, até porque é muito discutida em quase todos os campos da Filosofia, Também destaquei a Filosofia brasileira neste método de ensino. Penso que nossos alunos 5A devem ter a oportunidade de aprender - pelo menos um pouco - sobre 0 desenvolvimento do pensamento brasileiro. B perceber que a tradi¢ao europeia nao é a tinica do universo filoséfico, Vale lembrar que as respectivas areas podem ser deslocadas de sua ordem ou até mesmo de periodo. A ordenacao abaixo é apenas um modelo para orientagao do trabalho do professor de Filosofia, néo uma cartilha inflexivel. Como venho afirmando, a ordenacao vai depender da realidade e ¥ avaliacao de cada profissional. 55 Teasowig enoia | $0 anotos cure Tene @ | oss se=ulIA ‘uy 99 ogdiayx3 one5i0}01 eine od ‘euenant un ezjeey | cipend ep opeareyy— cogssaidis op amano y -sojonbeu se wed ousting niger 0 op8s05 ep onal = ‘pebtes oud | of sojuod x 2ofen ‘sep ep sue, © anbursig wonisa ep OWoWEINS ted ego eas 1p 2 Bbaty e919 "Bp ysee spesiuce ‘oupuwos 0 eed sodrb 0 regal = ose 1 ‘entsode etry eOquy 29919 op eniesqo~ tp opme 9 aigoe esd ered soja 18204 eatsyerony ep owauiaine © nee s5pu2ei6u05 SepepnigeH orsejeny | _sosinoey, ouounnjonusssq serougiedutog Sooyjsadse soppeweg | sontefao seoq ceaieuea Sogpep9 seo} Buon 20ss0d ep apepUDI eid uaD “muonpeuen sono fd © eyosoyy @ Bone ez & Beutel gt Sue 6002 :OnUST ONY aumion mi osaauON aunvzrvynovssi4o¥a/o1a : WO ‘8002 6 2008 ‘002 wn eyosold :WNITIOSIO W ONIGNA ‘savariwaoN/ TAIN SI WEG VOINDZL V10983 ‘yosora Ep seezy oporpy op enuy oulsug ep owowrfourra z equ, a7 56 | “asswaq 7 ov opeusus 1 | ‘ansouig op | galgo seoisenb ansowig «2 ou sotuewpouuos | ‘sopepnise sopenics sop | (ens0wg enoig| s0'aneia ot ‘Oebvote: Jeasuoweg ~ Seine 8 | oes veoieA, ‘opyo-eded ep eyjos — ‘sucpestiog 80 on69}09 ep ova, = Topebede 8 020 | conpent 9p sopeaieW= | uu estos ios weds ce yeu 9p og%20)100 et oionew's oped 20 ogSojog ep ove Sepebae s nue capenb ep cpr 58 80 ogap09 ef ome — Sopebede » cove cupen apuopesieW = 80 oxtejen ep onal = ‘ayos Sepesede 2 coueig | ogdeiaiieiul i op pougvedue > ‘pen op 29Fe5:0)4 = ‘encode einy— | web uo e Jeoequonen— s0pepHGeH sosinoey ‘weumsjonuoseg sseiougiedweg sopnetwoo | ‘ionato va vi40S0T 3 OANMoaHINo9 Ca viuoaL ‘ll ZavaINn (svn @ 3uisaWa «2 "Sood (21.080) ensego enord ‘nse op ou opeusua le seaye0! op zedeo 195 — “onsawig op yo a bu | emseung ssagisano 62 sop bo ofyo-eded 6p euiod = oor | canes easew | ‘uv opens) iusnueo opus ‘9p ooquguooeotoos ‘Sconyod enxswoo ‘ouspueeidluog — 61 ‘neeaanow 2, S8qRoH iensso8 ‘expend ep 203801044 ‘fy e003 ‘amet (ouvssavou os) cupen ep 0380/071— “eoquy 210919 #9 edeyy— paopesued “o6aiB enxojuco ou e203 * 50 o8e105 ep oe ep opiuio iepusaidiuog =| noemigep| —_aueaize0 sopeDede's coueig Teuon | wsuibis — ougpodiu e Pyelueuioe aununsey | cypenb ep opeoeN— ‘ensodre ery | __epeanganéunsiq| BME} | Jeooyuoney sepepiice ‘sooyivadse ovbeneny sosinony ‘owueuajonueseg psepoupiedwog —_sopnaiog | saaiiafao \vou04 a vous :i1 3avainn (sviny 8) 3uLsaWia we (emg eis uy 08 sags960 0) sseouRLaIoN, ‘ansaug ay 0 opeusue pneu Proud sezIeoy, {e080} emtelgo ‘nord w sezyeos op zede> 105 — anseuig sf ou sopepnise sopneiuco Sop ogtuejs: seqsu0wog ~ 1000 x uoqen ‘opejnus uno ed ‘squeiquie 0 sexedsig ~ ‘a seadone | seeats ‘xomtesnp (eMevsesp fn) Sava ‘aos ene exoqe19 eyoson ¥ Ine 6 | | ebepal eun se1oge3 ezqewerp © aed ca oreeseid Oona “epee ny ‘eouguodw!® Jopuse1dwoo oupuuss 0 eed sponte 9 seedaig | cxseyeny | sosmany | onouonieseg sepepnigenisejougreduog sopnewues, ‘sooyjoedso sonnelao | ‘VaISTISVE VIJO8O"14 3 MSWNONIT YO VIdOSOT ‘VOIOgT ‘Al 3aVGINA l (svinv 6) SuLSaWia 62 4.3 Trabalhando com os Filésofos e suas obras Este método também poderia ser intitulado “Grandes mestres da Fi losofia”. Ensinando Filosofia através dos fildsofos e de suas respectivas obras, o professor devera ser bastante criterioso, haja vista que sao cente- nas de filésofos. E, provavelmente, ndo seré possivel ensinar sobre todos, Assim, concentre seu furor pedagégico para os principais pensadores: os filésofos clissicos. Alias, como venho afirmando, o professor deve ter em mente que esta lecionando para o Ensino Médio e no para a graduagao. & claro que vai depender do contetido e objetivo que o professor quer focar. Por exemplo, o docente pretente lecionar sobre o Empirismo, porém the falta tempo, pode entio trabalhar o conceito apenas em Locke e Hume e dispensar Bacon e Berkeley. 0 que no pode ocorrer ~ 0 que é muito comum nas universidades - 6 a supervalorizagéo de um fil6sofo cujo docente é especialista. Por exemplo, se o professor tem s6 um bimestre para falar dos fildsofos modernos, entdo tenha cuidado para nao se prolongar nos filésofos do Movimento Hluminis- ta, Da mesma forma, cuidado para nao detalhar a biografia dos filésofos, digo, apenas deve-se mencionar aquilo que é importante para o seu enten- dimento. Se o profissional acha que isso é importante, entio deve procurar destacar 08 pontos cuja vida esté atrelada a sua filosofia e obra. Naturalmente, nao é necessario descrever e discutir todas as obras dos principais filésofos. Bastam as principais, isto é, as cldssicas do autor. Ain- da assim, caso nao tenha tempo (e néo ter mesmo!), sendo possivel, divida a apreciagdo dessas obras para os anos seguintes. A leitura destes filésofos pode ser enriquecida com textos de comentadores. E ainda: aproveite para encionar 0s filésofos brasileiros e sua contribuicdo para a cultura e filo- sofia de nosso pais. 0 Diciondrio de Filésofos (cf. Referencias) nos apresenta, melhor di zendo, nos disponibiliza mais de cento e setenta filésofos. A Colegio Os Pensadores, por sua vez, deixa-nos algumas dezenas deles para serem tra- 6 balhados com nossos alunos. Se 0 método enfatiza o pensamento e obra dos filésofos, acredito que, se o professor conseguir apresentar os classicos, ja fez um bom trabalho! E quanto 8 leitura das suas obras, procure selecionar as de facil en- tendimento, pois a maioria dos adolescentes (como nao gestam de leitura, muito menos filos6fica) vai reeitar os fildsofos tediosos. Se tiver que os ler, com certeza, nao sera por prazer, mas por interesse dos preciosos “pontos” para compor a média final. Outra consideracao importante: procure, na me- dida do possivel, trazer as obras para sala de aula, a fim de que os alunos se familiarizem com seus escritos. Lembre-se: s6 passamos a desgostar ou gostar de algo a partir do momento que o conhecemos. Particularmente, acho esse método bastante interessante e proveitoso, alé porque, se nao fossem os fildsofos, 0 que seria da Filosofia? Vejamos, a seguir, o método em questao. 65 ‘ansouig op renseung | soweuoeyuco «1 0u sopepnise sopnetuco Prold | $0 ensie cune ep opSusian zensuowen eine ge | 0 as JeONAN | (sone soap wo cou opeuais ‘op. es poe) 2204 cum | Cpnan sogsema epue5 0 -coupen opaved | epogies | ows! ‘eypuexsty oul 0.19 ~| _o.aiqos cjueussayuon oseNsuRY | SeINe ad Suen -zaropesued 80 e199 Bu soj08N) souewoys S080 ‘eine buy edoing| P edew op agsenresqO = consuoton ‘aypsows Ket p ‘po}ag op oxderexdiqu 9 einyoy~ eH op seyosoy sep | sojOSDi "sp uopenien— ‘eausodks einy—| _sjepuesse soquod so spuawg-| syne ye enw | 0p ogsoajueo wes "ered sodn8 9 Jered — reuyeu opoy — seiopesued 80 0950100, |. mu supms essen ert ‘2p sancio So;ionsv 9p e4os015 ep Sebuosss sewed s0 apueNS= je augos ese | © coveiq aspen ‘Sei 9 se6:05 seinbpoid ap sowauesued so “eas essou leoeyuoos! 9 OwsYOS ted sopjaierg | ep JOPRIEN Op olubulesued 0 opusyua— “26 done 9 sueoua somepydug ‘sawod | eppi9 ep edew— “savopesvea ‘ebuuy 20819) 80 0880)06 | ep edew op ogbensasa0— ‘2p 0pe21e"|~ | sounje sop uroGepUOS — opseyeay ‘oquewynionvesea, ‘sepepmigeniserousreduoy | sopnewep _s0nelao ar ou op ow ued 08 opus ‘open fo]@ BUBUNY 808800 ep epepmubip e e18d anqunuED 206 onpolgo OWoD TWAIWOIaUSTT (78918 Buy SODUIVEDOS ad GO) vouuNy aaval vo SOdOSO 1 BaVGINA (sviny 9) SuisaWia ot "E006 © Z0OE “F008 "VIAL Loz :0ALa1 ONY ‘eyosol.s ‘YNAIOSIC ‘oye Bene 'wOSSa4ONd (onsaistovn) THON / O103N ONISNa :3aVOMVGON /T2AIN oue .¢ :33S ‘a0vid Nvar OyS¥ONGA 3d OLNLILSN! ‘seago sone 9 sojosois OPCIeM OP Enuy ousu ap ploUfoueid +c EIEGEL 67 squod x uojen‘soduoy ‘semyoiga segicenb ge wes o@ yo sToded 9p e403 — ‘soppeiues sop opines ‘neq eu 126 — ‘Uopurs no 1aho4d ana) Teasioppne o4ysiedy— 0p og’veja zensuowed ~ | ‘pen pent | savopesues 0 oxbeten ep ome — opebiede » coueia co1pend ep iopensey) ~ ‘uenseyedo wed ‘quayaule 0 10304 — “u9=o8 ope 9p opbeexdiaits eum lensode erry — comend op opea1209 — ‘enisodte ery — ‘201019 oMeOY — ‘ssopesve 80 o¢6aH09 ep eral =| Sopetede 9 o0u89 |___ caper or senessort = 2900 ered sonora ~ ousyeuoey, ‘0p s0j08004 eine » | ope edomns ep sede “opebede 0 cOU23 yenoypayy edoang ep ede op oFS@NOSG0 — ‘saiopesusd 50 eu sepco 68100 sexeie “OUBEN 0 ogtoteo ep ove — ee cove ceupantb 33 zopeniey) = “=ai0pe5Uee op Bu sepnuC ns 9 oyutsoy ‘emysodeo en — sosinoey L__oebeneny “sopepiigeHrsejoueredog | ewouinonuesea sopne3uop ‘sooyjoedse ‘sonnalao, (svinv 8) auisamuie «2 “(eax ZAV shi 30) vNUSGOW A (CGP> BLY 929 3a) ViagW 3aval va SO4OSOTIS il 30VOINN 69 (ewose) emo ‘enous sezyb01 p zedeo 195 — ‘ansoug op | wag snonb covsopegne cam) tog couetadice neuen 2o- cou sopnawwes ‘Bald | S0.9n0}0) ded 9p eyes Sopogivetaiseqsuoweg-| e.g os seoyuen sionestodsas sonorieneye nsw woo (opeuret ‘amsoug | (opewes6ox) | ou sopeu03| | jene-ojsses| — sopnatuoa | mine. | ——soueneny | ion sa) in eaieey ep sopearn— ‘eAsock EF — -sojuod x orn coaun xian "Ge1eq@p, 2 “saiopesung 80 ‘sous Jembisvoyy | oBSet09 ep aXe] — | x eonendeu, sewer “opebece iqos sieqep | s.cowegqcipenb L tun sezjeoy | ep sopearen— ‘(gore op op, sen) S000 {eR eu} sees apeprends20, | op 220, ojos "eine | 299U80,0100 | | 2190 2 sojos0iy 70 epsojesgiis| _eyossil4 "INEZ | _Jepuseiduioo Tep08“coUlOU ‘eoIU09 0 JepuBaidilog — ‘oupen® op sopeaue1n — sooyjoadso ont | somnoe cwownonueseg | sepepmigeniseounieduon | sopneweg | _soanelao Teivnuy svi $0 alV 682} 30) VaNYwOANaLNOD aQVOI va a (681! SLY Per! 3A) wNRIIGOW Bava! va SO4OSOTIA mI BavaINN je isvinv@) aausawta I "igo ep jeuy of ei © 4p ‘sopeyreqea nbe seigo 9 so}oeOY Sedu ‘Geigo eisapleuy o2 seqisetns 10) :e5;oUgIB}oH “sengofgo somisonb ‘5232 20" -jeded 2p e4joa— “assareiu! 2p gai wu steuotesyaid woo opbetueo seosng — uojssyoid BaseD op sonsdo 2 elvawepunjoud sesinbeog— ‘Ouse op 9 fes0s pin exed e1ugD ep eoie ED 9p 10}8h 0 eoaKUOIBY~ 10 Y009310N = ‘sen sep ooveig opend 9p 0pe0R "I~ "ape eed sojjexg ‘ay9sem O81 =P opbeieidiqu 9 euro ~ ‘egteod ey — sayosoqy son ney “oupuwes owed ‘atua}que 0 seredoie ~ "eoyosoy ova 9p equewpeuuog, ogberaudion 2 ejay = entsodeo ey — | ‘oypsou one 29 ‘ecouelg apen® | opdeyechaqu 9 eure] — Sp s0pea—N— ‘eisodxe einy— seropesues 50 | _“opejnus ufo eved o889}00 ep oxeL—| stuequieo Jeledalg — ‘opebede ‘aos ome # o2vexq aipand | opbejaxdieqy 9 e1nj=7— ‘penuie Unf wn Jaze | ep s0pE.eN— ‘ealisock ejny~| “eu ep ogéuny € eneyuened ~ optereny sosinsoy ‘owowiajonuesea | sepopiigeHiserouredwion | sopnajuog | sontolao (Svanv a) Suisswie (Sivnuy svia $0 lv 682) 30) VaNyOAWaINOD 3 (682) aly ESr1 3a) VNUBGOW JavaIva SO4OSOTId ‘Al AavGINN n

You might also like