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Helio Oiticica ‘06x 118% 127 an into que 0 quadro nao satisfac de forma alguma as formas de expressdo do nosso tempo. A eliminagao do quadro éa continuagio, de certo modo, da eliminagao da figura Isto porque o quatro é umn espaco a priori ~ tm reténgulo, wm suporte para a contemplagda J No quadro, ‘sentido do espago(¢em are expaco fe tempo sao sempre metairics) est Tiitado ao rtangulo. ..] O espaya, pois, cera wm espag de gaa. Durante sécuos, ‘a pintura no influ na forma do quacro. Entende-se, pois, que nao tomo a pintura por sinnimo de quadra” Para Pensar 1.Nos Metaesquemas, Oticica explora o lespaco e o modo como este é ocupado plas formas. Com suas regras,o artista com frequencia joga com a ordem & 1a desordem, fazendo com que uma cancele a outra, Como voc® acha que @ artista cia a ordem na desordem nesses ‘obras? Ou a desorcem na ordem? 2. Observe um quadro ou uma pintura ‘tradicional: de que elementos ela ¢ compostafiscamente? Observando a obra Sem titulo (da série Relevos Espaciais, de 1958, que atributes 04 legados da pintura e do quadro ppodemos perceber neste trabatho? (Queis as semethancase diferencas que ha entre ambos? at np, So Pal: kav Cutral 2010, 82. Nascido no Rio de Janeiro em 1937, Heo Otcca era filha de um entomalogita (especiaista em isetod), que também se dedicava 8 pinturae a fotograti,e eto de um fllogo(estudosa de ums lingua em todos os seus aspects, e também dos escritos que «a documentaram)e lider anaruista. Em 1954, comegou a esturpintura com han Sepa no Museu de Arte Mederma do fio de Jano, Nos dos ans sequints,Otcicapartipaia i segunda, tec e quartaexposcdescoletivas do Grupo Frente, ierado por Serpa ‘Ao lado de autos destacados artistas da moderidade brasiira, fi um dos patcipantes i Exposcdo Nacional de Arte Corea, realizade nos Museus de Arte Medema de Sto Paulo (1956) edo Rio de Janeiro (1957). Neste mesmo ano, apresentouse nV Bienal de ‘Sto Paulo, Att 1959, Citccatrabalhava com a pintra através dos melas convenconas. CComnecou, ent, 3 trabalhar com a geomet ea cor, crando uma intencéo de superar © ano bidimensional. Em 1859, Oitiicarompeu com o Grupo Frente eexp6sjuntamente cam artistas neoconcretos.& partir de entao,abandona apintura canvencionalbidimensinsl @ passa a car obras tridimensionas que incentvam a partcipaco dos espectadores. Em sua trajetria, Hi Otcica demonstra um foco poético que se desdobra do madera 20 contermporinen, dentro da experéncia da sua propria obra. Oita fez uma progressiva substtuigdo do bindmio abralcontemplacio estética pela elago entre esnaco & participacSo ambiental do espectador,Seustrabalhos exam experimentais 20 longo de tocs {2 sua carteia,rompendo com o conceit de obra de arte. Para Hal, "museu é © mundo; 6 aexperncia ctidiana."? Sua obra passou a propor cada vez mais elacBes snsoviais @ orporeas por parte do espactado,gerando uma nova percepco da obra de ate Desde 0 perodo nici de sua produto, id est presente a busca de um novo espaco ara a pinta, alternative ao quad. Nos seus Metaesquemas ~ compasigoes dinamicas @ ‘tmicas com figuras geomeétrias(sobretudo retanguls e quadtados) sobre funds caros ‘que produzem uma sensacSo de movimento no plana pictrico ~ Oita sinlza que, j al, ainda nos anos 50, est a chave para a desntegraco do quad. (0 desmantelamento comeca a acontecer ainda na fase final dos Metaesquemas, em 1958. Emborao plano pictérico ainda perssta, so geraimente pintados com uma Unica ox, sugerind 0 esfacelamento iinente de sua super. Em sequid, surgem os “Manccromaticos (1958), que sto pequenas quadrades deco, colocados detamente sobre pared, fazendo dest 0 fundo sobre © qual so vstes, como uma composi fora do ‘quadro. ses trbahos, porém, ainda mantém a plano pictérico ea reacso de frontaldade com 0 espectador, como faz 0 quado na pintura tradicional A sequit, Otc aos Batra (1959), os Rlevs Espada (1960) ¢ 0s Nucleos (1960) tes marcam defnitvamente a saida do quatko para 0 espaco, representa avert da forma eda coeds superfice do quacko € coma se Otic esse recanad, metaforkamente, ‘os médulos dos Metoesqueras eos lancado no espaco como corpas de cor a pasagem a corparaoespago. De cert forma, o artista mantém a espessure da superciepcria, orem abre como um corpo opacosuspensa no espaco real. Aqui espectadir nd est mas fontalmentestuado ante um campo destnado a contemplacloesttica, enquackado .separado do espaco real pela moldura.€susctada uma nova atitude no plc, que pode Crear entre esas “pnturas” de modo semethante ao que fzia em rela escultras. Seta os, 185 ‘coke Paces Ces e2tidrmorae otc: Gego ‘Axo inonidael €Chumbo P2010 Fnac Gon Nascda em Hamburgo, na Alemanha, no a 1° de agosto de 1912, Gertude Luise Goldschmidt, mas conhnecida como Gego (pelo formado com a sabas nics de seu rome e sobrenome),estudouarqutturae engenhnara, entre 1932 e 1938, na Technischen Hochschule, hoje Universit Stuttg Foi arguteta,escltor,desenhistae ravadora Devido as medidas antsseritas do recime nazsta na Alemanh, em 1939 ela emigra ara a Venezuela, estabelecendo-se em Caracas. Em 1952, a artstaadota anaconalidade \enezuelana, Em 1953, muda-e para um refigio rua na localdade de Trme, no estado Vargas, vota a morar em Caracas, em 1956. Felece em Caracas, no ano de 1994, deivando uma série de escritos que evlam suas iis sobre arte Geg0 uma artista que explora a duaidade em seus trabalhos: vaziacheio, transparentelopaco, céncavolconvexo, As obras abstratas da artista cram uma tensd0 enire uma geometiargorosae estruturas constuidas & mao. Os tabalhos mals famosas de Gego foram produc entre as décadas de 60 e 70, no auge da arte geométricorastrata € da ate cinta. A artista, embocainfluenciada por essas escola, Clesenvolveu um estilo proprio, destacando-se no cenaia venezuelano. Para Gego, az a transparénce adquirem uma importnca crcl A arta estabelece, assim. um tdlago Snficatv com as tradigBesabstraonstas. da Venezuela, ainda que ce maneiratangencial Nee, transparéna no resulta de ma esta com materia trarsparentes ta como em Soto Cruz-Diez,e sm do fato de suas cbs Srem al ponto _aérease ténues que se dexam penetra pelo espacoe pela luz. os qua integra ego utilise da nha come elemento formal e estutualcapaz de estabelecer uma relaczo enteo desenno eo espaco real. Par a artista, “enquant concito humano, linha expessa @ reac etre pontos."”Gego valine como um ince material ds relaco entre estes pores, ‘6 copaz de exressarvisualmente pensamento humano desc. Desta forma, os desenhos elias sobre pap! so substtudes por “deseo” estrturas ecules, onde aia ganna corpo ese prota no espaco, “sem papal, em conseqénca, sem enquadkamentos”? sta opercio tem por objetivo “ober ranspartni integra oexpaca”? Faz trinta anos que me forme como arquiteta, comprometida em desenhar linhas ‘com sentido definido,lnhas que sempre delimitam formas ou espagos, como simbolos do limite, menca com vida prépria. Muitos anos depois descbrio encanto dda linha em si mesma, atnha no espago tal com atnha desenhada em wma superficie, assim como o vazio entre as linhas o claro quando se cruzam, quando so interrompidas, quando sto de cor ou tipo diferentes. Descobri que algumas vezes ‘entrelina é do importante quanto a propria linha.’ Por is, para ea fo td significative o emprego da palawra “ticular”, pos indcava ume estrutura que, de certo medo, anexae dé forma a zea, ®iéo do espago onde a bra se insreve Ainda fico chocada com o [uso do] termo escultura em relago a minha obra. Esta nao é eseultura no sentido tradicional, ainda que hoje existam dicionérios que associem o construtivo eo ensamblado d escultura, e chegam até a usar a palavra escultur.[..] Para mim, contudo, a escultura sempre evoca a nogao de algo material macigo, nao transparente. E também a forma fechada J rndo me interessa apenas a forma ou o volume, mas também a estrutura, a transpartncia.? Seronad pee eussreaien Eokecen Pavia es Cot Sororveinin cep 26090 Dinos papel 456 Lee sm pp 76,185, Sexi fr leon Pati Pes de Crees "6k sod HU Mara any MARQUE et on) Fade ane ton 05 05 Para Pensar 1. Muitos artistas dos séculos XX e XXI contestaram a nocao tradicional de que apenas alguns materiais deveriam ser empregados em arte. Eles ampliaram 1 gama de materiais possiveis eexpandiram os limites da arte. De que modo Gego contestou a nocdo tradicional de arte? 2. Grande parte do trabalho de Gego desenvolve-se em trés dimensbes. NEO obstante, ela nde achava adequado usar 0 termo “escultura” em relagio 30 que fazia. Como podemos nos relacionar com a obra de Gego independentemente das categorias tradicionals de escultura, pintura ou desenho? 3, Seo material utlizado por Gego para realizar suas obras tridimensionais & ‘9paco, como Gego incorpora a transparéncia em seu trabalho? Que papel pensas que poderia ter 0 peso do material na obra de Gego? 4, Que relacées s8o possvelsestabelecer entre o desenho e as obras ‘ridimensionais de Gego? 5, Pode-se dizer que as constelacbes estelares tem uma certa relagdo com a forma de pensar de Gego. Como vacé descreveria uma constelacSo estelar? Como compararia as palauras de Gego com uma constelaca0? —o Alejandro Otero coca Ctarin , 1960 2ooxsk5227 en (22010 fandasen Siero Ooo [1] Esa série de coves podria ser defini como um conjunto de experéncies~ no sentido de aventura expresiva -, cujo maior interes esté no ritmo e na cor, no poder da formacorasociada ao dinamismo visual do ritmo [..] Ao contrrio do que poderia pensar quem ola supericialment ai composicoes, [elas] nao sto o resutado de um cleulo nem o frto de uma teoria concebida a prior. [.] [No mesmo instante que realizava os esbocos prévios decada uma delasrtmose tenses, {formas-e cores acompanhavamo livre curso da ‘minha intuit. Nao houvenees a intervengio denenwon julgamento ou controle aleio ‘a unidade do ato mesmo de ria. Em cada eshogo a obra buscou, quase por si mesma, 0 seu inicio ea sua concusio |! Para pensar 1. Aarte geométrica geralmente & ‘onsiderada racional e pensada, produto de um plano estrito. Otero, entretanto, afiema o aposto em relacao a sua obra, Afora a razio, ‘que outras faculdades ou habilidades Um artistista pode utilizar para assegurar a qualidade de sua obra? 2. Como 0 gosto pessoal do artista afeta © processo de criagdo de uma obra? 3. Como 0s gostos pessoais do public podem afetar 0 que se pensa sobre a obra de um artista? Nascidoem 7d margo de 1921, na Venezuela, Alejandro Otero encarou o arta polemista «emaderno por exclncia. Estudante de Escola de Ares Pastas e Ares Apicadas de Caracas, ‘entre os anos de 1939 ¢ 1945, inciou sua trata artista com erase paisagens Frequentou espacos de fermacaotradiconais da Veneaula e realzou uma vagem de estos 2 Pati em 1945, ter fol um arta que trasitou do figurative ao abstrato. A mudanga é \demonstaa em uma sie de returezas moras chamadas Cfeteras, a longo destas obras, -eandona progresivamente a pitta como representaco em favor de figuras autonomas, lbertando 2 forma ea corde seus vnculos coma representacao. Gradualmente desioca 2 €nfase no uso mas violent da texturae de cor para uma organzacéo mais ssteatica de reas deco, alias na supertce bidmensional da tela, £m 1950, juntamente com outros artistas veneauelans, Otero ca © grupo Las Disentes, ‘que se manifesta através da eco de uma revista polémica, queleva.o mesmo nome do ‘Tupe. Nels, defendem a bstraczo georética, exaictando confts com asides da arte venezuelana, ainda presa as cinones do sculo MIX. €cante deste conteto que Ote inca, paride 1955, a sua mais celebraa sre de pnturasabstratas, os Cloris. Produzidos lem retangulos de madeira, sem astro algum de exeaxbo manual, presenta vaigBes comatias sob uma estruturarepetia de inhas paras (0s colorrtmnoseram simplesmente umnas tdbuas largas atravessadas de um lato ao ‘outro por fax paralelas brancase escuras cujasinersticias eu ocupava com formas de cores purasebrilhantes. O objetivo de tas inkas ea assegurar a dinamismo total da superficie, estabelecenco um ritmo direcional aberto, tanto para os lados como para as extremidades das tdbuas. As cores moviamt-se entre as linha criandlo um contraponto de dimensbeseespasas a partir da vibrasdo das paralelas eda cores [..]? (ero afnase com as wadkbes abstraconstas venezucanas quanto altura que estes artistas fizerr de Mondhian e de Malach, be mais primes do que se podria chamar de trad impresionista da pint, ou sea, de uma pita cetrada na uz. rm uma tradao es ipo, como a venezslana, o corpo material da obra estaia al apenas como condigso necessria para 0 ogo iridescent da luz no espaco eno tempo. por esse moto que, NO final da décaca de 1950, quando Oreo chega a esas depuradas teas nas quais alguras Inhas de cr futuam sobre ofundo branco, 0 que se percebe¢ ates de tudo uma estrutua ‘epaz de contr ess nhs colordas de mane eloquent econcreta. E quand ee dscreve 25 pimeiras obras realzadas apts o seu encontro com Monciin, 0 que enfatiza seo as fas de cor entreteidas, ese ntestios ~essasluzes, como se iz em espanhal - que surgem centre elas. No 250 de Otero, portato, 0 corpo concreto da obra é essa estrtura na qual a cor ‘se mostra com eloquéncae a forma sed como consequéncia: a énfase no est nesie compo, rmasno que aco sobre ele ou ciate dele? rose oe bse Cat) (coon tect 1907 Seosobe ee IE Al Desenar no Espag~ Artistas abst do Bs ed Vener na Cleo Petia Phelps sero Rao Ase Fran he Camarg 2018, Judith Lauand Fourstar congesado baswa0sen Um quadro no se expica. Um quadro se vé. Aspalavrasndo substituem a visto direta da strata formed, das relacbes das core, dos espacos, da plastcidade, (0 quar — organizagio de elements semelhantes! Para pensar: 1. Os resultados matematicos assoclam- se como inevitével, com 0 seguro. Ex. 124224. Como poderia uma composiga0 baseada em principios matemsticos manter uma aparéncia de casualidade? 2. Compare o ca0s ea ordem. Que possiveis iferencas e semelhancas hd entre ambos? 3. Agora compare a ordem e a matemética.. ‘Que possvelsrelacées hi entre ‘estes termos? ALi, ud ap ANARAL Ay A Peete constratve ‘aero nat (1950-82) se seo Pus ECfanone Muse de te Mrs doa Ge ao Sets a Ctra, Ceca eel do tad cepa, race CavAND, tad MED Po, Land nest leaf Pave Ne, 0 erode 2007 pnt em ze “SMF “hppa rent pp “athpitwnpaain inte gay sae LAUR, sth apd MOL C Ae usr ac ueconcis © Estado de Sb Paul 9 one ‘od nanan arouses Se (ovina 8221, Shim hesto oO ma 2010 LAAN, a ap HRKENAOH Ast van Ar Deke Coty ah aun: bres de 154-1860, (Ste. S9 Fas So Nay Sa Fae ta ge, 386 Taino, sp VOUS Ce ce “ule Pot re Bras. Absaco Geom Pintorae gravadora, Judith Lavand nasceu em Ponta, municipio do Estado de Sao Paulo, em 1922, Estudou pintura na Escola de Blas Artes de Araraquara,formando-se ery 1950 Em Sao Paulo, estudou gravura com artistas como Uvio Abramo e Domenico Lazzarin Entre 1950 e 1952, sue obra caracterizou-e por sr figuatvaexpresonsta, mas a partir de 1953-54, 2s. 0 encontro com Geraldo de Baros e Alexandre Welle, foi modificando-se ara uma representacio abstrata de formas natura, como expica a artista Foi natural, foi muito natura, Aconteceu que eu estavafzendo uma natureza ‘morta e nha um prato visto de cima, edssosaiw um circulo, wn circu, ser ‘mais nada. Quando eu me afasei pra ver melhor 0 que tinha feta, levei um susto, porque tinha abandonado a figura a figura suri ficou completamente ‘abstrato, sem as elementos figurativos, Foi naturalmente, era uma coisa que ndo fiz ‘procuranda, sau espontancamente. Percebi entdo que tina mudado? Achava a abstragao muito mais interessante, wma pesquisa que nao tinha fim, muito mais dversificada.’ £m 1955, a artista passa a intearar 0 Grupo Rupture, promotor da ate concreta pauista, sendo sua nica integrante feinina. part dal, adquie tacos mals concretistas.Patciga, lento, da | Exposigdo Nacional de Arte Concreta, nos Museus de Arte Madema de So Paulo (1956) edo Rio de Janeiro (1957). Em 1956 e 1957, respectivamente partciou da | Exposicéo Nacional de Arte Concreta, os Museus de Arte Madera de Sao Paulo (1956) e do Rio de Jancro (1957). Em 1960, Partcipou da mostra Konkrete Kunst, organizada por Max Hil, em Zurique,na Suga, € da ‘mostra inaugural da Galera NT-Novas Tendéncias, da qual fol uma das fundadoras. Sobre sua fase concreta, Lavand dss: "De 1954 3 1962, fl rigidamente concreta, me torn mais geomeévica” * ‘obra concreta de Lauand se caracterza pelo uso rigoroso da geomet © pela ausncia Ge cores brihantes, ov mesmo pela nao utlizacao de cores. Em rela 3 abolicao das cores por parte dos artistas concretos,Lauand comentou [Nas rabalhvonas com pouens cores. ra mis pret e branco ou eto complementares.Powcs formas também. A superficie de cor preta ustvaos para ter turd austeridade.Eram as complementares pret ebrance, Pouguisima cor. Faia Parte das exigencas da épocn. Abolir um pouco a quantidade de ormas, cor. Tudo que _fosse demas. Fazer uma sites. invert. Ofundo preto éatwante porque éespag. ‘A geometra éa arte do espag,ciéncia do espaga® Cada forma pede sua cor Gosto das cores que fcam no mesmo plano, que combiner, mas meu quadro néo tem nada de perspectiva.® ‘Seus rabalhos apresentam uma base esquemstica formal etém como principio de trabalho uma organizacao de elementos semenantes, dnamzados no espaco por certasintersecGes {que sempre indica formas, em parte fechadas, em parte abertas. A relacao entre 0s ‘elementos no espaco acaba realizando uma estruturaolobal que repete eproionga a forma singular e bisica de onde parti, num esquerna de precisa ergorosa formula. ” Entre 1969 ¢ 1971, nici uma fase de exprimentaco regda pelo rigor materstcn, Uutizando materia inusuais~afinetes,tchinhas, dobraigas etc, os quai, alcados sobre _2 supertce bckmensional, rela geravam itmos edusGes étias controladas, sem abandonar 2 racionaldade da construo. £m 1972, contudo, volta 20s trabalhos da fase conereta rica, ‘em que o desenho e a organizacio das linhas prevalecia sabre a materadade do suporte @ sobre a cor, readquitndo a funcao totale estutual do espaca.? ‘Se a obra conceta da artista se destaca por sua concepcéo matematia, ea mesma ‘essalta a importncia de uma obra para mais além da matemstica pure: Gosto muito da matemética, do pensamento exato, do rigor. Da precisto de idéias. A arte, no entanto, nado pode ser s6intuigao matemtica razao. Tem que haver algo mais.’ 5051305." a ih Jesis Soto Pepeneatie ene, 857 ‘Ao longo de minhas pesquisasplisticas hé algo que me persegue:[..] como fazer para que os elementos com que construo a minha obra sejam absorvidos ‘por uma fusdo espago-temporal, na quel percam sua qualidade de solidez e se convertam em um estado aleatério de vibragées.' Para Pensar 1. Uma das preocupacies de Soto ¢ incorporar ‘© movimento do espectador em suas obras. Para ele, o espaco entre e a0 redor da obra ‘também faz parte desta, Tente descrever fem detalhes © modo come observou uma obra de Soto. Compare essa experiéncia com ‘a de seus colegas. O que a gente aprende ‘quando conhece as experiéncias dos outros? Compare essas experiéncias com 0 mado como convencionalmente observamos uma pintura, 2, Volte a ler 0 que Soto disse ao comentar 0 papel do artista, especialmente quando faz referéncia a *trindade do espaco-tempo- tenergia”. De que maneira o comentario do artista enriquece sua experiéncia? 3. Para Soto e outros artistas, as obras sé ficam prontas quando ha interacao com 0 espectador. (© que voce acha dessa ideia? Como voce a reconhece no contato com as obras de Soto? 4A, Qual oentendimento que temos do espaco 20 ‘observar uma pintura de paisagem, por exemplo? Compare esta experiéncia 8 experinca de espaco {que teros em uma obra de Soto, "ce xa Set. Neu, Si Eas en, 84,25. nl Converse con ei ot, Cas Vel (at ep Meade Ate Contarporins Cs Pi, 185 p27 "Nascido em 1923, em Ciudad Bola, na Venezuela, Jess Rafa! Soto frequentoua Escuela de Bellas Artes de Caracas, etre 1942 e 1947, onde desenvolve uma aba de caster figuratvo, Em 1949, fol nomaado deetor 63 Escuela de Bellas Artes Je Maracaibo, que digi até 1950, quando recebeu boss para continuar sua formacao lem Pars. La estudou a obra de Mondrian, Malevich e dos membros da Bauhaus, ‘aproximandovse de arte abstrata geométria,e dando ino a suas Estructura chetcas, com as quasparcpou, em 1955, da expose Le mouvement, que rmarcou @ nascimento histrco da arte cineca na Europ, da qual fi um dos lideres lnternaconas. Faleceu em 2005, ‘suas obras engendram a iusto Spica de movimento por meio do uso da ‘geomet, da reiteracéoe da combinacso especfica de cores e, também, em alguns casos, da incorporagao de objetos que se mover scamente, como na ‘bra Vibrcin ~ Escritura Neumann [Vibracso ~ Escitura Neumann). Em sus obra Doble transparencia rarsparéncia dupa, de 1956, Soto sabrepe cuss Superticies programadas, uma opaca e outa transparent, distantesente si alguns centimetrs;desse mado, incorporao espaco que se revela entre esses planes, 20 mesmo tempo em que convaca a participagso do espectador, que dinamiza a cbra 20 se deslocar ciate des Pre penetrable [Pé-penetrvel] da rc ao conjunto de obcasdescrtas por Soto ‘como “obras envolentes”, que fcaram conhecdas come Fenetrables[Penetravi] vido ao seu aspecto de interativdade com os espectadores. Os Penetavels

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