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Agosto - 2002 Da Assisténcia no Processo Penal Da Assisténcia no Processo Penal eee (cera nner Cee a mee Es ugar poral valor spae.ta ronemo peal ne gui palais enemas ete acre ier en ery epee os mu iiey re eae Sainoe se cntacai ea gotamona ys ro sea cami, il pay caso fa Se ice a oe a pear pea Gs cuesun ener alee rctaea em ono da ps Se a Pecan Pa co rez amen ase Sag memes eal fees asec seme zs oo ne a eon te a as oar oni ee comple ginplan.Eporumarmtsm set nt tan seen ee Beech can cose aera ates ee eo ee reaipmac reese eee ee Pee coi mo me aa ee ca ee eterna sea FABIO RAMAZZINI BECHARA subsidira, a viima enquano asistente deacunagio? Nao jticatvalepalmet te aosivel, A nica rexrigdo que se pe € Que a atuagio como asst tem por Tin: Iida complement a avidade Jo MP na relago process ao pass que, enquanto tiular da ago, a atungso mona-se mals mpl. Tanto & verade que seo MP atuar eficzrnente 0 essen se postion na ondigao de mere coadjuvant ‘No que se refere A segunda. que relativa'aoconcelto de ofenio para fins deaseisténciaindspensive aformulaco Aealgumasreflexdet- Oofendido pode ser ‘ist, numa primeira analise-como aquele {que stem les on ameag de Tes. em AEcorncin da. praca de uma infragho penal — porexemplo. um crime de lees Eorporais um fri. umroubo.apropriag indbita, dente outros, Nesse mesmo co esto se inserem no somente pessoas fica; mas igumenteas pessoas jure ca, stjam elas de Dirt publi ou de Dirito prvado..No crime de estelionato, na modalidade emissio. de cheque. sem findos, por exemplo, tanto é possvel que o syjeitopassivo sea wna pessoa tisica uantouma pssoajurdica—“umaempre- Si. uma socedade de economia mista, 8 Unio, os Estados, oF Muniipios. ‘Oproblemaque se pe, entretamorefe- re-se'as nfagbes pena em que nao se iualiza un uj passive determina Como, por exemplo, num eine sm ou nuiterne contra as relagdes de co mo. Como resalver esse impasse? Pare te que nfo admit a figura do assistemte nesses casos € um inerpetagao equlvo- Cade incorreta ate porque se langara mio de um argumenio desproposiiadoe legal mente incoreto, qual see, 0 da no exis tEncia de am sett passive determinado ¢ individvalzado, ‘OCPP. quando rata da eptimidade do ofendido ou de seu repesentante legal, so detng qe 0 fendi, nen ee co etabelee um eniio para permit deniieagio desseofendigo. Tat situae a0 recomenda, portanto, 0 socorro de ou- estampads no at 3° do CBP. o gual pre 4 posibilidade ds aplicagto da andlogia enuuanio eri integrador dss evenuais onissdes legals. E il seria ‘© diploma legal a suplantar a omissio retro destaca- «41? Nos mencionades ermes ambemais © trimes conta as felagdes de constio, os bens juris tuetados — uals seam. 0 mmc ambiente eo consumior — tad ene em intreses de natureza dis, {Sim entendidos nto somente os dilusos mente dito. mas igual ‘Quando se fala na defesa judicial desses interesses, pensa-se logo nas ages coleti= vvas propostas na esfera civel. cuja legitimi- dace € atribufda constitucionalmente 20 MP e aos co-legitimados. na forma do est- belecido na CF (art. 129. § 1°) € na Lei Federal n* 7.347/85, Nessa esteira, indagz se: qual a diferenga entre a tuiela do meio ambiente na esfera civel e a tutela do meio ambiente 1a estera penal? E claro que 0 interesse ou dircito tuielado & o mesmo. A Unica diferenga restringe-se 2s consequicn- cias e efeitos de uma e de outra. (Ora, se 0 direito ou interesse proteg! 6 0 mesmo, pode-se afirmar que os cc. legitimados contemplados na CF e na Lei dda Acio Civil Pablica possuem igualmer- te legitimidade no ambito penal. obvis- ‘mente com algumas restri¢Ges, principal- ‘mente em razdo da titularidade exclusiva da agao penal pelo MP, na forma do an. 129.'I, do texto constitucional ‘Mas, qual seria entio a real extensaio da atuacio dos co-legitimados no processo penal? Nesse sentido, levando em contaa Fessalva acima exposta, tem-se que OS co- Iegitimados podem nao somente propor a acio penal subsididria, mas igualmente podem se habilitar como assistentes. de E qual seria o requisito a set analisado a fim de se alerira efetiva legit- midade? Nesse caso deveri ser abservado ‘odisposto no art. 5°. caput. e ines, Le 1. da Lei Federal a” 7.347/85, Os co-legivirns- ‘dos abrangem tanto as pessoas juridicas de direito piblico como as de direito privadb. sendo certo que, nesse tltimo caso. hi necessidade de existéncia por prazo igual ou superior a um ano, bem como ainclusio dda protecZo ao interesse em discussao den- tte as suas Tinalidades institucionais. Reforca 0 raciocinio acima desenvol- vido 0 fato de que. se assim no 0 fosse, certamente nio Se visualizaria a admi ‘da ago penal privada subsididria nas fragdes penais. que nio possem sujeito passivo determinado, contrariando © t {0 constitucional, 6 qual consagra a ago penal privada subsididria como direito fundamental. Alids, tal previsio da agi penal privada subsididria no rol do art. 3° da CF constitui uma garantia des coibir a eventual desidia e-omisio. por Bo Parte do tituarda ago penal pb Significadizerque, se nesses crimes ni oncebesse a possibilidade da propo: fa da acto subsidiia pelos co-legiti dos, ficaria'o MP desinudo de qualquer calizayao Social na hipotese dem fo. resto, tsi. afrontad a garana _E poressasrazdes que Won da Let 7.347185 mostra cutivelmente justineada e autorizada. Em sums pode-se conclu ques 8) Em primeiro lugar 0 interesse que move a vitima no processo penal Boletim ICCRIM - Ano 10 n° 117 nto & exclusivamente patrimonia, "> Tanto que, quando move Sagi penal privada subsiddta, subaituloMP-erepre- Eenta 0 Estado-adminintragto, ostentando nessa condigdo amples poderes para a pr Me do tos pertinent 20 iar da gto eja enquanto-parte principal na agi nal privada subsidina,seja enguantoas- Sistente de'acusaglo na agio penal bli fea.0 fundamento que jstificn a un pre= Sengago mesmo, qual sea: colbira dstdia 2aomissdo por parte do MP. Assim sendo, 6 ofendido pode perfeitamente apelar para postular 0 agravamento da pena, imposta fo réu na condenagio. 5) Em segundo Nigar © conceito de ofendido para fins de asssténcia ov mes Agosto - 2002 ‘mo para aferigio da legitimidade na agio ‘penal privada subsididria nio se restringe Ao sujeito passive direto da infraglo, mes- mo porque em certas infragdes 0 sujeito passivo nfo é individualizavel. Isso signi- Tica dizer que, nesse ditimo caso, € pertei- tamente concebivel 0 exereicio do al do direito pelos co-legitimados, assim conceituados no art. 5° da Lei Federal n? 7.347185. A aplicagio desse texto legal justifica-se pela omissio e falta de clareza do CPP, cuja integragio resta viabilizada a partir do art, 3° do estatuto adjetivo. ——— © autor é promotor de justica em sao Paulo ‘professor de Direto Processual Penal. O Agente Infiltrado na Investigacao das Associacées Criminosas ISAAC SABBA GUIMARAES maior entrave que a investigagio policial enfrenta no fenémeno do nnarcotréfico, situa-se na zona da Criminalidade especializada dominada por associagdes de criminosos. Estas associa- ‘gbes dispoem de aparatosos arsenais de frmas, veiculos aéreos e embareagoes, far- to contingente de criminosos que formam uma rede, as vezes com informages valio- sas obtidas até mesmo de ertos segmentos da policia. Nao faz muito tempo, 0 Brasil assist estupefato a0 desvendamento. de apenas uma pequena parte da alta crimina- lidade, através daintervengi0 (poucoapro- priada) de uma CPI, cujos resltados, ape- Sar do muito espaihatato, foram pifios. Mais recentemente, a prisio de um cero traficante revelou como os métodos. de investigacio tradicional perdem para esta ‘modalidade criminosa que. inclusive, con- segue burlaro sistema de controle de urna risdo de seguranga maxim (© problema, como se sabe, nio é novo, suscitando da criminologia a arquitetura de conceitos criminais epoliicas de crimi nalizagdo e, principalmente nos paises de cultura juridica anglo-americana, a ado- Gio de ampla oportunidade de negociacao Enire © Ministério Pblico e o criminoso. ‘A partir de meados da década passada, tivemos um grande avango nesta matéria. ALi n®9.034/95, de3 de maio, que dispos sobre os meiosde prevengioe repressio de agbes praticadas por organizagoes crimi nosas. prevendo a redugao da pena de um 2 dois lergos para os que, espontaneamen- te, colaborarem no esclarecimento de in- fragoes penais€ sua autoria (art 6"). Poste- riormente, a Lei n° 9.807/99. de 13 de julho, permitiu'a concessio de perdio ju- ical, ex officio ou a pedido das partes, 20 facusado primério que colaborar com as Jnvestigagdes policiais ou com o provesso. ‘Bem como, a redugloda pena de uma dois Boletim IBCCRIM - Ano 10 - n° 117 tergas para o indiciado ou acusado que voluntariamente colaborar®. E agora, a Lei n? 10.409/02, de 11 de janeiro. que ‘estabeleceu a nova politica de prevenca0 te repressao dos crimes de txicos e ainda 0 procedimento criminal destes erimes,con- Eedeu uma maior margem de oportunidade {0 Ministerio Pablico para que através da negociagio direta com eriminosos. possa investignr as organizagdes_ criminosas®, estando claro, no entanto, que esta fase incipiente de novo modelo de persecugio criminal esbarra na tradicional postura do Ministrio Pablico que. inegavelmente ter de ser remodelado para melhor conduzie as tividades polciais,requerendo umn 6rglo specifica que presida as investigagdes. Mas a nova Lei de Téxicos, apesar das inimerase fundadaserticas sfridas ainda durante o processo legisltivo™,ultrapas- SoU 0s estetos limites da colaboracao esti- ruled azendo um imporante avanco fem matéria de investigacao policial: @in- frodugdo da figura do ageme infiltrado™ ‘ade regraa policia vemse servindode uma praxe muito simples para odesbarata- mento do nareowdfieo, que culmina preci puamente com a prisao dos agentes erimi hosos. O procedimento polcial, de todo no previsto no ordenamento processual penal, consiste em colocar um agente da Policia com a identidade encoberta no ‘nei eximinoso. Em contato com 0 pos Yel taficant, o policalinstiga-o a pra tar algum dos aos tipicos do narcotrstico, vag. vend de determinada quantidede de entorpecente. A pessoa intigada, eva- daa agir daquela forma por supor estar negociando com um usuario, €entio presa incontinent. 0 que a douttina chamna de flagrante provocad. mseufavor, esd umaorientagao doutr- nal ejurisprudeneal que tende a fun- Cionalizaro process penal tomando-

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