Resumao Processo Penal

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QUADRO SINOTICO ed Tt) Direito pUblico subjetivo da parte acusadora de pedir ao Estado-Juiz que, mediante o devido processo legal, aplique o direito penal ‘objetivo em um caso conereto. = Publico © Subjetivo © Abstrato * Auténomo Delimitado e especifico ory reread instrumental Condicdes genéricas Condicées especificas © Legitimidade + Representacio do ofendido # Interesse de agir * Requisicao do Ministro da Justica © Justa causa © Provas novas quando o inquérito for arquivado por fata de provas * Provas novas apés a precluséo da decisdo de improntncia * Autorizacao da Camara dos Deputados Transit em julgado da sentenca que anule casamento por erro ou impedimento epee ares) Subjetivos Objetivos Juiz PARTES EXTRINSECOS INTRINSECOS + Investidura © Capacidade de» Litispendéncia. ——Regularidade do * Competéncia ser parte © Coisa julgada oe + Imparcialidade ¢ Capacidade processual * Capacidade postulatéria yee ane ‘+ Exposicéo do fato criminoso com todas as suas circunstancias ‘© Qualificacao do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificé-lo ‘+ Classificagao do crime + Rol de testemunhas, quando necessério aNd Incondicionada 4 representacéo do Dra eu ata ofendido Condicionada . . & requisicao do Ministro da Justiga Propriamente dita Dra re uN7 aU Petsonalissima Subsididria da publica anole Wao cena PRINCIPIOS DA ACAO PENAL PUBLICA PRINCIPIOS DA ACAO PENAL PRIVADA Principio do ne procedat iudex ex officio _—Principio do ne procedat iudex ex officio Principio do ne bis in idem Principio do ne bis in ile Principio da intranscendéncia Principio da intranscendéncia Principio da obrigatoriedade Principio da oportunidade Principio da indisponibilidade Principio da disponibilidade Principio da divisibilidade Principio da indivisibilidade Principio da oficialidade Principio da autoritariedade Principio da oficiosidade DAS PRISOES E MEDIDAS CAUTELARES Classificagao medidas (Die ry Caracteristicas das medidas Crier Principios Tied a els (let) Medidas cautelares de natureza patrimonial: sao aquelas relacionadas a reparacio do dano e ao perdimento de bens como efeito da condenagio. Medidas cautelares relativas @ prova: séo aquelas que visam & obtencio de uma prova para o proceso, com a finalidade de assegurar a utilizacdo no processo dos elementos probatérios por ela revelados ou evitar o seu perecimento. Medidas cautelares de natureza pessoal: sao aquelas medidas restritivas ou privativas da liberdade de locomogao adotadas contra o imputado durante as investigagdes ou no curso do processo, com o objetivo de assegurar a eficécia do proceso, a exemplo da prisdo preventiva, temporaria. Jurisdicionalidade. Provisoriedade. Revogabilidade (ou variabilidade). Excepcionalidade. Instrumentalidade hipotética e+ —qualificada, —_—Preventividade Cumulatividade. Substitutividade. Exige-se que tanto para a prisdo como para as demais medidas cautelares diversas da prisao fossem observadas a necessidade e a adequacéo como de elementos sao impostos pela norma a titulo de critérios norteadores sua aplicacao. Tais principios ¢ devem nortear e fundamentar a decisio do Juiz sobre aplicar ou nao as providéncias cautelares, bem como eleger qual delas se mostra cabivel ao caso concreto | Fumus comissi delicti é indispensdvel para a ES decretacao da prisao preventiva e de toda e qualquer medida cautelar, esté previsto na parte final do art fel Eley 312, do CPP: prova da existéncia de crime e indicio suficiente de autoria. E necessario, portanto, que o juiz verifique que a conduta supostamente praticada é tipica, ilicita e culpavel Periculum libertatis. caracteriza-se pelo fato de que a demora no curso do proceso principal pode fazer com que a tutela juridica que se pleiteia, ao ser concedida, ndo tenha mais eficécia, pois 0 tempo fez com que a prestacao jurisdicional se tomasse inécua, | ineficaz PN eT PMC T Eg conforme 0 51° do Art. 262 do CPP, as medidas cautelares podero ser aplicadas isolada ou CUTE cu ulativamente, Ou seja, a depender da adequacio medidas da medida e da necessidade do caso concreto, € possivel que o juiz adote uma ou mais das medidas cautelares E : acautelatérias, devendo, verificar a compatibilidade | entre elas Vedacaio BAY Ace 2 entrada em vigor da Lei n° 13.964/2019, 0 Cédigo de Processo Penal vedava a decretagéo de LTT ta Te} Ce nedidas cautelares de oficio pelo juiz apenas na fase asthe investigatéria, admitindo-o, todavia, quando em curso no processo criminal. Com a nova redacéo ret ET [TSCM cada pelo pacote anticrime, aos art. 282, §§2.° e 4°, e APART MEEN 217. 20 podera mais o Juiz decretar nenhuma ; MENPEEE) medida cautelar de oficio, pouco importando o ee ey onto da persecucéo penal e hry itt processual Contraditério A Lei n° 12.403/11, 0 art. 282, §3.° passou a prever 0 oe BM contraditério prévio a decretacao da medida cautelar. PIS Le Ea Todavia, com o advento da Lei n° 13.964/2019 i Prarietetey REE (pacote anticrime), caso o juiz entenda que nao deve dar prévia ciéncia ao acusado da possibilidade de medidas imposi¢ao de medida cautelar de natureza pessoal CLUE ley contra sua pessoa, deveria fazer constar de motivacaio de sua deciséo a situac3o de urgéncia ou de perigo de ineficdcia da medida que justificasse a imposigéo da cautelar inaudita altera pars. PERE aIE com © advento da Lei n° 13.964/2019, suprimindo do §4° do art. 282, do CPP, a expressao “de officio’, o njustificado das Cy Later ttf iniciativa quanto as cautelares, mesmo durante o legislador objetivou retirar do magistrado qualquer i curso do processo, 0 que, de certa forma, visa a aed i ‘i preservacao do sistema acusatério e da garantia da medidas imparcialidade do magistrado. fries PeMeye ey tee © juiz podera de oficio ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou substitui-la quando hed) verificar a falta de motivo para que subsista, bem PALTRY CER Ty come voltar a decreta-la, se sobrevierem razSes que a a justifiquem medidas Crt ty Eee CN Tete Piss extrapenal: tem como subespécies a prisdo civil e a prisao militar, Prisdo penal (prisio pena ou pena): é aquela que decorre de sentenca condenatéria com transito em julgado, Priséo cautelar, proviséria, processual ou sem pena: tem como subespécies a prisdo em flagrante, & priséo preventiva e a priséo temporaria. Com a reforma de 2008 (Lei n° 11.689/08 e Lei n® 11.719/08), foram expressamente extintas as prisées decorrentes de pronuncia e de sentenca condenatéria recorrivel Hes PTI PT a Prisdo cautelar é aquela decretada antes do transito en se objetivo de assegurar a eficacia das investigagées ou CUSTODIAM) do processo criminal. Trata-se de medida de natureza excepcional, que nao se pode ser utilizado em julgado de sentenga penal condenatéria com 0 come cumprimento antecipado da pena, na medida em que o juizo que se faz, para sua decretacdo, nao Do relaxamento [iemaumenel a ilegalidade da prisdo, e deferido o | relaxamento da constrigdo, © agente nao fica sujeito da prisdo ilegal J 20 cumprimento de deveres e obrigagées. Permanece Jo agente livre de quaisquer énus ou restrigées de | direito. Trata-se de liberdade plena, diferenciando-se, | portanto, das hipéteses de liberdade proviséria com | vinculagdo. Todavia, se presentes 0 fumus comissi | celct’ © 0 periculum Iibertatis, € perfeitamente | possivel a imposigdo de medidas cautelares de J natureza pessoal. Ree BPR Audiéncia de custédia, apés as mudancas do Pacote J Anticrime (Lei n.° 13.964/2019) pode ser conceituada CES IMC como a realizacio de uma audiéncia sem demora Been Japss a prisso em flagrante (preventiva ou J temporéria) de alguém, permitindo © contato J imediato do custodiado com o juiz das garantias, J com o defensor (ptiblico, dativo ou constituido) | com 0 Ministério Publico. Pier PY A prisio em flagrante independe de prévia | autorizagao judicial, estando sua efetivacao limitada & flagrante J presenca de uma das situages de flagrancia j descritas no art. 302 do CPP. Perare | Flagrante préprio, perfeito, real ou verdadeiro: J agente que é surpreendide cometendo uma infragao flagrante S Behal ‘SUNqUaRNS SeBE Te URSA, O agen. | encontrado imediatemente apés cometer a infragio J penal, sem que tenha conseguido se afastar da | Vitima e do lugar do dele | Flagrante impréprio, imperfeito, irreal ou quase- | flagrante: ocorre quando o agente é perseguide logo apés cometer a infragdo penal, em situagao que | faca presumir ser ele 0 autor do ilicito (CPP, art. 302, | inciso 1) | Flagrante presumido, ficto ou assimilado: o agente & preso logo depois de cometer a infragio, com J instrumentos, armas, objetos ou papéis que facam | presumir ser ele o autor da infracdo, Nese caso, a lei nao exige que haja perseguicao, bastando que a pessoa seja encontrada logo depois da pratica do ilicito com coisas que traduzam um veemente indicio da autoria ou participacao no crime. Flagrante preparad, provocade: ocore quando alguém (particular ou autoridade policial), de forma insidiosa, instiga o agente a pratica do delito com o objetivo de prendé-lo em flagrante, ao mesmo tempo em que adota todas as providéncias para que © delito ndo se consume. Flagrante esperad valendo-se de investigacao anterior, sem a utilizagdo de um agente provocador, a autoridade policial ou terceiro limita-se a aguardar ‘0 momento do cometimento do delito para efetuar a priséo em flagrante, respondendo o agente pelo crime praticado na modalidade consumada, ou, a depender do caso, tentada Flagrante prorrogade, protelado, retardade ou diferido: acao controlada e entrega vigiada: Consiste no retardamento da intervencao policial, que deve ocorrer_no momento mais oportune do ponto de vista da investigacdo criminal ou da colheita de provas. Flagrante forjado, fabricado, maquinade ou urdid provas de um crime inexistente, a fim de ‘legitimar’ ocorre quando policiais ou particulares criam {falsamente) uma prisdo em flagrante. PEED OTTTEME © cspécie. de priséo cautelar decretada pela autoridade judiciéria_- competente, mediante representacao da autoridade_—policial ou requerimento do Ministério Publico, do querelante ou do assistente, em qualquer fase das investigacdes ou do processo criminal (nesta hipétese, também pode ser decretada de oficio pelo magistrado), sempre que estiverem preenchidos os requisites legais (CPP, art. 313) € ocorrerem os motivos izadores listados no art. 312 do CPP, e desde gue_se_revelem inadequadas ou_insuficientes as autori medidas cautelares diversas da prisao (CPP, art. 319). CEM EICMEED 8° 2 entrada em vigor da Lei n° 13:964/2019, 0 Codigo de Processo Penal vedava a decretagao de decretacao da medidas cautelares de oficio pelo juiz apenas na fase EEC EME (*vestiseterie, admitindo-o, todavie, quando em curso no processo criminal, Com a nova redacdo dada pelo pacote anticrime, aos art, 282, §§2.° € 4°, 311, ndo poderé mais o juiz decretar nenhuma medida cautelar de oficio, pouco importando o momento da persecugao pen Com a nova redagao dada pela Lei n.° 13.964/2019 5 (pacote anticrime) ao caput do Art. 312 do CPP, na arte final do referido dispositive, o legislador passou a exigir além da prova da existéncia do crime Pressupostos da € indicio suficiente de autoria, a presenca de uma situacdo de perigo gerado pelo estado de liberdade do caso. Contudo, para que a prisdo preventiva seja decretada, ndo necessério que 0 perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado esteja evidenciado com a presenca concomitante de todas as hipéteses do art. 312 do CPP, ou seja, garantia da cordem publica, da ordem econémica, garantia da aplicagao da lei penal e conveniéncia da instrucao criminal, Basta a presenca de um tnico destes para que o decreto prisional seja expedido. nos crimes dolosos punides com pena privativa rely Cry | de liberdade maxima superior a 4 (quatro) anos admi TITSETSCOSED 1) ce tiver sido condenado por outro crime doloso, PCCM Tey ce sentence transitada em julgado, ressalvado 0 disposto no inciso | do caput do art. 64 do Decreto- Lei no 2848, de 7 de dezembro de 1940 - Cédigo Penal; (art. 313 do CPP) lil - seo crime envolver violéncia doméstica e familiar contra a mulher, crianga, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiéncia, para garantir a execucdo das medidas protetivas de urgéncia; IV - Divida sobre a identidade civil da pessoa ou Fundamentacao da decisio que (oT) Peal) Revogacgao prisio da priséo preventiva Prisdo temporaria (Lei 7.960/1989) Da fuels arity ndo fornecimento de elementos suficientes para seu esclarecimento ‘A nova redagao conferida ao art. 315 do CPP pela Lei n& 13:964/2019 (Pacote anticrime), exige que toda deciséo que decrete, substitua ou denegue a prisio preventiva seja_ sempre fundamentada, Todavia, meras ilagdes ou conjecturas desprovidas de base empitica conereta nfo autorizam a segregacio cautelar da liberdade de locomogao A deciséio que decreta a pristio preventiva pode ser revogada, caso o juiz verifique a falta de motivo para que subsista. Com a nova redacdo dada pela Lei n° 13.964/2019, essa decisdo de revogagdo ou substituicdo pode ser proferida de oficio pelo juiz, ou mediante pedido de qualquer das partes. Uma vez decretada a prisio preventiva, deveré 0 érgao emissor da decisdo revisar a necessidade de sua manutencao a cada 90 (noventa) dias, mediante decisao fundamentada, de oficio, sob pena de tornar 2 priséo ilegal E espécie de priséo cautelar decretada pela autoridade judiciéria competente durante a fase preliminar de —_investigacées, com _prazo preestabelecido de duragao, quando a privagdo da liberdade de locomocéo do individuo for indispensével para a obtengdo de elementos de informagao quanto a autoria e materialidade das infracdes penais mencionadas no art. 1°, inciso Ill, da Lei n’ 7.960/89, assim como em relagao aos crimes hediondos e equiparados (Lei n” 8.072/90, art. 2°, § 4), viabilizando @ instauragéo da persecutio criminis in judicio. (Renato Brasileiro). A priséo domiciliar medida substitutiva da priséo preventiva. Mantém 0 mesmo caréter cautelar da prisio preventiva, isto é, a prisiio domiciliar também possui natureza cautelar © 2 sua finalidade sera a mesma da priséo substituida nea POPPE | comparecimento periédico em juizo, no prazo © nas condigées fixadas pelo juiz, para informar e ETS CCIE stificar atividades: PRCA MMEststeteryp || proibicao de acesso ou frequéncia 2 determinados lugares quando, por circunstancias CoN Let el litt fo} relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infracées Ill = proibig&éo de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstancias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; IV - proibigdo de ausentar-se da Comarca quando a permanéncia seja conveniente ou necessaria para a investigagao ou instrugéo; V = recolhimento domiciliar no periodo noturo ¢ nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residéncia e trabalho fixos; VI - suspensio do exercicio de fungio publica ou de atividade de natureza econémica ou financeira quando houver justo receio de sua utilizacao para a pratica de infragdes penais; Vil - internagao proviséria do acusado nas hipéteses de crimes praticados com violéncia ou grave ameaga, quando os peritos concluirem ser inimputavel ou semi-imputavel (art. 26 do Cédigo Penal) e houver risco de reiteracao; Vill ~ fianga, nas infragées que a admitem, para assegurar 0 comparecimento a atos do proceso, evitar a obstrucao do seu andamento ou em caso de resisténcia injustificada 4 ordem judicial; IX - monitoracao eletrénica Art comunicada pelo juiz as autoridades encarregadas de 320. A proibiggo de ausentar-se do Pais seré fiscalizar as saidas do territério nacional, intimando- se © indiciado ou acusado para entregar 0 passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas LIBERDADE PROVISORIA Consideragées gerais Liberdade eee E] fianca necessaria motivacao judicial | Revogada liberdade provisdria sem fianca pela E direito subjetivo do cidadao preso frente ao Estado, quando ausentes razées de cautela, e nao de um poder discricionério atribuido ao juiz, que nao pode impor uma prisao cautelar sem a Revogada liberdade proviséria sem fianga nas hipéteses em que o conduzido livrava-se solto: com a nova redagio do art. 321 do CPP, pode-se concluir que foi extinta a antiga hipstese de liberdade proviséria sem fianga em que o conduzido se livrava solto, apés a lavratura do auto de priso em flagrante. Destarte, é de se concluir que o art. 309 do CPP foi revogado tacitamente, ja que referido dispositive era aplicavel 8s hipéteses em que o conduzido se livrava sotto. Liberdade proviséria sem fianca nas hipsteses de descriminantes: De acordo com a nova redacao do art. 310, $1.9, do CPP, com redaco dada pela Lei n.® 13.964/2019 (Pacote anticrime), se o juiz verificar, pelo auto de prisdo em flagrante, que o agente praticou 0 fate acobertado por uma das excludentes da ilicitude listadas no art. 23, incisos |, Il e Ill - estado de necessidade, legitima defesa, estrito cumprimento de dever legal ou exercicio regular de direito -, podera, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade proviséria, mediante termo de comparecimento a todos os atos do proceso, sob pena de revogacio inexisténcia de hipdtese que autorizasse a prisio preventiva (antiga redagéo do art. 310, pardgrafo linico): essa hipétese de liberdade proviséria sem fianca reduziu 0 instituto da fianca a uma quase absoluta inutilidade. Por esses motivos, e objetivando valorizar a fianca, a Lei n° 12.403/11 pés fim & liberdade proviséria sem fienca do antigo paragrafo tinico do art. 310 do CPP, outrora cabivel quando _o_juiz_verificasse_a_inocorréncia_da: lq onan, Un Goin | Liberdade proviceria sem fianga por motive de | pobreza: Nos casos em que couber fianga, o ju verificando a situagao econémica do preso, podera conceder-Ihe liberdade proviséria, sujeitando-o as obrigagSes constantes dos arts, 327 © 328 deste Codigo e a outras medidas cautelares, se for 0 caso. Liberdade | A fianca & a caucdo real destinada a garantir o a cumprimento das obrigagées processuais do réu pre Pode ser prestada de duas maneiras: por depdsito eee Jou por hipoteca, desde que inscrita em primeiro J ugar. © depésito pode ser de dinheiro, pedras, J objetos ou metals preciosos, e titulos da divida | federal, estadual ou municipal (art. 330, CPP). J8 os J bens dados em hipoteca estéo definidos no art. 1.473 do Cédigo Civil (On EOP PA) Reputa-se quebrada a fianca quando o acusado. i Fi sraguilarepente!tintimecis: para atc to. jprocessoy cll) deixar de comparecer, sem motivo justo; J - deliberadamente praticar ato de obstrucéo ao | andamento de processe; Ji - descumprir medida cautelar_imposta | cumulativamente com a fianga: [o> resiea mijeeicednivion Yara SierAMOAITaL | V - praticar nova infragéo penal dolosa, Perda da Deiendareeis jpetttion qa Squat. co ASF Sail fianga, 20, condenade, © acusade nic te apresentar | Jara 0 inicio do cumprimento da pena | cefinitivamente imposta. TS | Quando for concedida por equivoco (CPP, art 336); Quando ocorrer uma inovagio na tipificagto do J celito, reconhecendo-se a existéncia de infracto f inafiancavel (art. 339, CPP); Se houver aditamento da dentincia, acarretando a DeTator] | inviabilidade de concessao de fianca Reforco da J Conforme art. 340 do CPP sera exigide © reforco da | fianca J) quando a autoridade tomar, por _engano, fianca | insuficiente; Il) quando houver depreciacéo material ou perecimento dos bens hipotecados ou caucionados ‘ou depreciagéo dos metais ou pedras preciosas lI) quando for inovada a classificagae do delito. Em face de situacao de pobreza, o agente podera ser dispensado do reforgo, permanecendo em liberdade, com pleno efeito da fianga prestada INQUERITO POLICIAL Conceito E procedimento administrativo inquisitério e preparatorio, presidido pela autoridade policial, o inquérito policial consiste em um conjunto de diligéncias realizadas_ pela policia _investigativa objetivando a identificagdo das fontes de prova e a colheita de elementos de informagao quanto a autoria matetialidade da infragao penal, a fim de possibilitar que o titular da acdo penal possa ingressar em juizo. REECE © 7 procedimento administrative: o Inquérito polcial no é processo, mas sim um procedimento. Tendo natureza de procedimento, néo resultara na imposicéo de sangao penal de imediato. Além disso, tratando-se de um procedimento inquisitorial, destinado a angariar informagGes necessarias a elucidagio de crimes, ndo ha ampla defesa no seu curso. Tem natureza instrumental. sities © inquérito policial possui a finalidade de identificar fontes de prova e proceder com a colheita de elementos informatives acerca da materialidade e autoria da infragao penal. Valor Pied sid Os tribunais patrios consolidaram o entendimento no sentido de que o inquérito policial possui valor probante relativo, isto é sua utilizacéo como instrumento de conviccao do juiz esté condicionada as provas nele produzidas. Assim, essas provas precisam ser renovadas ou a0 menos confirmadas, pelas provas judicialmente realizadas conforme o devido processo legal e dos demais principios informadores do processo, Presidéncia A presidéncia do inquérito policial incumbéncia do | delegado, conforme previséo do Art. 2°, §1.°, da Lei n° 12.830/2013 eae eisress Procedimento: escrito, dispensavel, _sigiloso, inquisitorial, discricionario, oficial, oficioso, indisponivel, temporario. nee eee) Nao se pode admitir a deflagracéo de um procedimento investigatério sem um minimo de indicios acerca da materialidade e/ou autoria de um ilicito Formas BPR Crimes de aco penal publica incondicionada: |. de oficio; |. mediante requisicgo da autoridade judiciaria Hats oUt g Toc Te} ou do Ministério Piiblico, ou a requerimento do ofendide ou de quem tiver qualidade para represent- lo. Crimes de agdo penal publica condicionada e de ago penal de iniciativa privada Nos crimes de acdo penal ptblica condicionada, a deflagracdo da persecutio criminis esta subordinada a representa do ofendido ou & requisigao do Ministro da Justica JA os crimes de aco penal privada, o Estado fica condicionado ao requerimento do ofendido ou de seu representante legal. No caso de morte ou auséncia do ofendido, o requerimento podera ser formulado por seu cénjuge, ascendente, descendente ou irmao. Em relacio aos crimes de agdo penal publica condicionada e de agao penal de iniciativa privada, a instauracao do inquérito policial também poderé se dar em virtude de auto de prisdo em flagrante. Notitia criminis £ a comunicagao espontanea ou provocada de um fato criminoso a autoridade policial para que a mesma dé inicio & persecugao penal, verifique se de fato o crime ocorreu e quem o cometeu. Trata-se do inicio da fase investigatoria Ai cain E a comunicagao de um fato feita pela vitima ou qualquer do povo com identificagao. Tem como espécies a delatio criminis postulatéria e a delatio criminis simples Notitia Prati E impossivel a instauragéo de procedimento criminal baseado Unica e exclusivamente em dentincia anénima, CUTS iCto) haja vista a vedagéio constitucional do anonimato e a necessidade de haver pardmetros préprios 8 responsabilidade, nos campos civel e penal. Nesses casos, 0 Delegado de policia, estando diante de uma denincia anénima, deve antes de instaurar o inquérito policial, verificar a procedéncia e veracidade das informacées por ela veiculadas. Pye ate Art. 6° Logo que tiver conhecimento da pratica da . ; infragdo penal, a autoridade policial devers: investigatorias | = dirigir-se ao local, providenciando para que nao se alterem 0 estado © conservacao das coisas, até a chegada dos peritos criminais, Il - apreender os objetos que tiverem relacdo com o fato, apés liberados pelos peritos criminais; Ill = colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato suas circunstancias, IV = ouvir 0 ofendido; V = ouvir © indiciado, com observancia, no que for Titulo Vil aplicével, do disposto no Capitulo Ill d deste Livro, devendo 0 respective termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI = proceder a reconhecimento de pessoas ¢ coisas a acareacoes; Vil - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e @ quaisquer outras pericias, Vill = ordenar a identificacdo do indiciado pelo proceso datiloscépico, se possivel, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes, IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob 0 ponto de vista individual, familiar e social, sua condigéo econémica, sua atitude e estado de animo antes e | depois do crime ¢ durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuirem para a apreciagéo do seu temperamento e caréter. X = colher informagées sobre a existéncia de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiéncia e 0 nome e€ © contato de eventual responsavel pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa CCT ECHR EG Eg ©222 incomunicabilidade nao exceders de 3 (trés) dias, a, sera decretada por despacho fundamentado do juiz, a do indiciado preso requerimento da autoridade policial, ou do érgao do Ministério Publico, respeitado, em qualquer hipdtese, o direito do advogado de se comunicar, pessoal ¢ reservadamente, com o seu cliente, ainda quando este se achar preso ou detido em estabelecimento civil ou militar. ee E © ato por meio do qual se imputa a alguém, no inquérito policial, a pratica da infracdo penal investigada. Havendo, pois, indicios de que determinada pessoa perpetrou 0 crime que é alvo da investigagao, cumpre a autoridade policial proceder a seu formal indiciamento eee BP Conforme se infere do art. 10 do CPP, a regra é a de que o inquérito deva ser concluido em de 30 dias, caso MSC acteja em liberdade o investigado, e em 10 dias, ce estiver preso Com relacéo & inobservancia desse prazo para a conclusio do inquérito policial, entende-se que, no caso de investigado SOLTO, esse prazo de 30 (trinta) dias é impréprio. Ja 0 investigado PRESO, com a entrada em vigor da Lei n° 13.964/19 (Pacote anticrime), o Art. 3°-B, §2° do CPP, é expresso ao afitmar que a duragio do inquérito de investigado preso poderé ser prorrogada um tinica vez, por até 15 4 , apés © que, se ainda assim a investigagao nao for concluida, a prisio sera imediatamente relaxada RSTO COREE) © Minsterio Publico pode tanto determiner acne arquivamento do inguérite policil, como também das Pt STM LITE UI ciemais pecas de informagées a que tenha acesso. PPPS 8-25. orcenaco 0 crauivamento ao inquento pole redacaéo dada pela Lei rise 13.964/2019 Desarquivamento (noticia de provas novas) Recorribilidade contra a _ decisio de arquivamento ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, 0 érgéo do Ministério Publico comunicara a Vitima, a0 investigado e autoridade policial encaminhara os autos para a instancia de revisao ministerial para fins de homologacdo, na forma da lei § 1° Se a vitima, ou seu representante legal, néo concordar com © arquivamento do inquérito policial, podera, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicagao, submeter & matéria & revisio da instancia competente do érgdo ministerial, conforme dispuser a respectiva lei organica) § 2° Nas agdes penais relativas a crimes praticados em detrimento da Unido, Estados e Municipios, a revisio do arquivamento do inquérito policial podera ser provocada pela chefia do érgdo a quem couber a sua representacao judicial A eficdécia desse dispositive, a redacao dada pelo Pacote Anticrime, foi suspensa em virtude de medida cautelar concedida pelo Min. Luiz Fux nos autos da ADI n° 6.305 (22.01.2020) Com a nova redac&o do Art. 28 do CPP, dada pela Lei n° 13,964/2019 (Pacote Anticrime), houve a retirada o controle judicial do arquivamento do inquérito policial (ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza), e passa a prevé-lo como tarefa exclusiva do Ministério PUblico. Para 0 desarquivamento do inguérito policial, é necesséria apenas a existéncia de noticia de provas novas, tal qual prevé o art. 18 do CPP. Lado outro, para que © Ministério Publico possa oferecer denuincia, & indispensével existéncia de provas novas. Em regra, ndo cabe recurso contra a decisdo judicial que determina o arquivamento do inquérito policial nem tampouco agdo penal privada subsidiéria da publica, Excepcionalmente, nos crimes contra a economia popular ou contra a satide publica ha previséo legal do recurso de oficio. PNT alc) implicito PNR NTT ce) indireto Trancamento ( encerramento anémalo) inquérito policial ou do ‘A maioria da doutrina e da jurisprudéncia nao admite essa modalidade de arquivamento. Ocorre quando o titular da agéo penal deixar de incluir na denuncia algum fato investigado ou algum dos indiciados, sem expressamanifestagdo. ou —_justificagdo deste. procedimento. Este arquivamento se consuma quando © juiz néo se pronuncia na forma do art. 28 com relacdo 20 que foi omitido na peca acusatoria Ocorre quando 0 juiz, em virtude do nao oferecimento de denuncia pelo Ministério Publico, fundamentado em razées de incompeténcia da autoridade jurisdicional, recebe tal manifestagdo como se tratasse de um pedido de arquivamento. Verificando-se que a instauracao do inquérito policial ¢ manifestamente abusiva, 0 constrangimento causado pelas investigagdes deve ser tido como legal, afigurando-se possivel o trancamento do inquérito policial. E medida que acarreta a extingo prematura do procedimento —_investigatério, _—_ determinada exclusivamente pelo Poder Judiciario, através do julgamento do habeas corpus SENTENCA CaPECiTe TELM: (fy) Despachos de mero expediente: Sao aqueles destinades ao impulso do processo, desprovidos PRERTITEEES de qualquer carga deciséria. ADCS Decisées interlocutérias simples e mistas (nao terminativas e terminativas): 6 aquela dotada de carga deciséria, podendo acarretar (ou nao) a extingo do proceso. E simples quando resolve questées processuais controvertidas no curso do processo, sem acarretar sua extingdo, Jé as decisdes interlocutérias mistas sdo aquelas que, julgando ou nao o mérito, péem fim ao procedimento ou a uma de suas fases, Decisées definitivas: Sao aquelas que julgam o mérito, acarretando a extingéo do processo ou do procedimento. Sentenga: £ a decisdo que julga o mérito principal, ou seja, a decisao judicial que condena ou absolve 0 acusado. Decisées subjetivamente simples, subjetivamente plirimas e subjetivamente complexa: Decisées subjetivamente simples: sao aquelas proferidas por apenas um érgéo monocratico Decisées subjetivamente plurimas: sao aquelas que provém de um érgao colegiado homogéneo, como cémaras, turmas. * Decisées subjetivamente complexas: sao aquelas que resultam do pronunciamento simultaneo de mais de um érgao monocratico, importando em prevaléncia do que for decidido pela maioria Decis6es suicidas, vazias e autofagica: * Decisées suicidas: sao aquelas em que o dispositive (ou concluséo) néo se coaduna com a fundamentacdo, sendo nulas caso nao corrigidas. * Decisées vazias: sao aquelas que nao incorporam a necessaria fundamentagao. * Decisées autofagicas: sao aquelas em que ha o reconhecimento da imputacéo, mas o juiz acaba por declarar extinta a punibilidade, a exemplo do que ocorre com o perdao judicial | Decisées _ condenatérias, declaratérias, constitutivas, mandamentais e executivas: * Decisées declaratéria so aquelas que se limitam a declarar uma situagdo juridica preexistente. * Decisdo constitutiva: é aquela que tem como eficdcia preponderante a modificacao de situacao juridica, « Deciséo mandamental: pode ser encontrada no Ambito do habeas corpus, quando o juiz ou o Tribunal determinam a emisséo de alvaré de soltura ou a expedicao de um salvo-conduto. * Sentenca executiva: sede de processos instaurados de oficio ou a requerimento do Ministério PUblico ou do ofendido, ou Estrutura requisitos sentenga Sentenga absolutoria mediante representacéo da _autoridade policial. Relatério: Trata-se do primeiro _requisito obrigatério da sentenga criminal, encontrando-se previsto, implicitamente, no art. 381, | e Il, do CPP, quando dispdem que a sentenca contera “os nomes das partes ou, quando nao possivel, as indicagées necessdrias para identificd-las” e “a exposigéo sucinta da acusagio e da defesa”. Fundamentacao: Incumbe ao juiz, nesse momento, enfrentar todas as questées de fato e de direito que sejam relevantes para a solucdo do caso concreto, de modo a certificar a realizacéo da hipétese de incidéncia da norma e os efeitos dela resultantes, justificando, assim, a conclusao a que chegara ao dispositivo Dispositivo: Trata-se da concluséo da sentenca, isto é, © momento em que, levando em consideracéo © raciocinio légico realizado na etapa anterior, 0 julgador condena ou absolve o réu, indicando os respectivos dispositivos legais Autenticago: Consiste no quarto requisito da sentenga (art. 381, VI, do CPP), correspondendo & aposicao da assinatura do juiz. A sua falta torna a sentenca inexistente, pois é a subscricao pelo julgador que Ihe confere autenticidade. Fundamentos: © juiz absolvera o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheca: | - estar provada a inexisténcia do fato; Il - nao haver prova da existéncia do fato; Ill - no constituir o fato infragao penal; IV — estar provado que o réu ndo concorreu para a infracao penal; Ryall ale} condenatoria V — nao existir prova de ter 0 réu concorrido para a infragao penal; VI — existirem circunstancias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1° do art. 28, todos do Cédigo Penal), ou mesmo se houver fundada duvida sobre sua existéncia; Vil — nao existir prova suficiente para a J candlandish J Efeitos principais: Como efeito principal da sentenga absolutéria prépria (absolvicao sem imposigao de medida de seguranca) esté a liberdade do réu, nao importando, para tanto, fatores outros como seus antecedentes, a circunstancia de ter ou nao transitado em julgado a deciséo absolutéria e a natureza do crime pelo qual processado. Efeitos secundarios: Trata-se de outros efeitos que podem ser produzides pela sentenca absolutoria em relacao a hipéteses especificas, como, por exemplo: Levantamento do sequestro incidente sobre bens do acusado supostamente adquirides com © produto da infracéo penal (art J 131, Il, do CPP): — aquela que reconhece a responsabilidade criminal do acusado em decorréncia de infracdo a uma norma penal incriminadora, imputando- lhe, em consequéncia, uma pena Fixagao da pena: A individualizagao da pena tem assento constitucional, tratando-se direito fundamental do cidadao posicionado frente ao poder repressivo do Estado. Sao trés os momentos distintos em que se dé essa individualizacao: I legislativa, judicial e executéria Efeitos decorrentes da sentenca _ penal condenatéria: subdividem-se em penais extrapenais. Os efeitos penais, por sua vez, podem ser clasificados em principais (ou primarios) e reflexos (ou secundarios). Efeitos penais (ou primarios): * Cumprimento da pena: 0 inicio do cumprimento da pena sé pode ocorrer apés © transito em julgado de sentenca penal condenatéria * Inclusie do nome do acusado no rol dos culpados: Com o advento da Lei n° 12.403/11, houve a revogacao expressa do art. 393, Efeitos penais reflexos (ou secundarios): Induzi a reincidénci Regressio do regime carcerario; Revogacgaéo do sursis; Revogacéo do livramento condicional. Efeitos extrapenais obrigatérios e genéricos: | = tornar certa a obrigacdo de indenizar o dano causado pelo crime; Il - a perda em favor da Unido, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienacao, uso, porte ou detencao constitua fato ilicito; b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a pratica do fato criminoso Efeitos extrapenais especificos: Nao sao Publicagao Ta ala] da automaticos e tampouco obrigatérios. | - a perda de cargo, funcéo ptiblica ou mandato eletivo: a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violagéo de dever para com a Administragao Publica; b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos. Il = a incapacidade para o exercicio do poder familiar, da tutela ou da curatela nos crimes dolosos sujeitos 4 pena de reclusdo cometidos contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar, contra filho, filha ou outro descendente ou contra tutelado ou curatelado; Ill - a inabilitagao para dirigir veiculo, quando utilizado como meio para a pratica de crime doloso. Ponto importante acerca desses efeitos é que a sua aplicacdo no esta condicionada, pelo menos em regra - a excecao fica por conta do confisco alargado de bens (Art. 91-A, §3.° do CP, incluido pela Lei n.° 13.964/2019 — Pacote Anticrime) - existéncia de requerimento expresso nesse sentido constante da pesca acusatéria Em face do art. 389 do CPP, tem-se que a sentenga seré publicada no momento em que é recebida pelo escrivao, que lavraré nos autos o respectivo termo, registrando-a_ em __livro especialmente destinado a esse fim. A parte toma conhecimento do contetido da sentenca Emendatio libelli Mutatio libelli J sentenca com a intimacao. E importante observar a forma de intimagdo de cada uma das partes envolvidas no processo penal, cuja inobservancia pode acarretar o impedimento do transito em julgado da sentenca, considerando-se nulos os atos posteriores que tomarem como base o | transito em julgado. Conforme o art. 383, caput, do CPP, com redagao | determinada pela Lei n° 11.719/08, 0 juiz, sem modificar a descrigéo do fato contida na dentincia ou queixa, poderé atribuir-Ihe definicgéo juridica diversa, ainda que, em consequéncia, tenha de aplicar pena mais grave. Da mesma forma, segundo o art. 418 do CPP, aplicavel 4 prontincia, o juiz podera dar ao fato definicao juridica diversa da constante da acusagéo, embora o acusado fique sujeito 4 pena mais grave. E dominante o entendimento de que, em regra, a emendatio libelli s6 deve ser feita pelo juiz na fase da sentenca. E plenamente possivel que a emendatio libelli seja feita pelo érgao jurisdicional de 2° instancia por ocasiao do julgamento de eventuais recursos, desde que respeitado o principio da ne reformatio in pejus. Ocorre quando, durante o curso da_instrucao processual, surge prova de elementar ou circunstancia nao contida na peca acusatéria. Nesse caso, como ha uma alteragdo da base fatica da imputacdo, € evidente que ha necessidade de aditamento da peca acusatéria, com posterior oitiva da defesa e renovagéo da instrugéo processual, pelo menos para fins de realizagao de novo interrogatério do acusado. © procedimento a ser observado quando houver a mutatio libelli esté regulamentado pelo art. 384 e seus paragrafos. O Ministério Publico tera o prazo de 5 (cinco) dias para aditar a dentincia ou queixa. Esse aditamento pode ser feito oralmente, ou seja, no ambito da audiéncia una de instrucao e julgamento. A Mutatio libelli em 2° grau de jurisdicao nao é possivel, porque se o Tribunal, em grau de recurso, apreciasse um fato nao valorado pelo juiz, haveria supresséo de instancia. Nesse sentido é a Sumula n° 453, STF. NULIDADES Saree Nulidades sao os vicios que contaminam determinados atos processuais, praticados sem observancia da forma prevista em lei, podendo levar & sua inutilidade e consequente renovacao. Pec ta oe [d Irregularidades ou defeitos sem consequéncia: apesar de o ato processual nao ter sido praticado irregularidades em fiel observancia do modelo legal, esta irregularidade nao tem o condao de acarretar qualquer consequéncia Irregularidades ou defeitos que acarretam tao somente sangées extraprocessuais: nesse caso, a irregularidade nao tem 0 condao de produzir a invalidagéo do ato processual, porém pode dar ensejo & aplicacdo de sancdes extraprocessuais. Irregularidades ou defeitos que podem acarretar a invalidagéo do ato processual: atenta contra o interesse publico cu _—contra__interesse preponderante das partes, Irregularidades ou defeitos que acarretam a Espécies de atos Fleet ty Espécies de nulidade Principios inexisténcia juridica: a violagéo ao devide processo legal é tao absurda que acarreta a propria inexisténcia do ato juridico. Atos perfeitos: sdo aqueles praticados em fiel observancia ao modelo tipico Atos meramente irregulares: sao aqueles dotades de irregularidades sem consequéncia, ou de irregularidades que acarretam téo somente sangoes extraprocessuais. Atos nulos: tendo em vista a inobservancia do modelo tipico ou a auséncia de requisite indispensavel para a pratica do ato processual, sao passiveis de decretacdo de _ineficdcia, reconhecendo sua nulidade absoluta ou relativa. Atos inexistentes: tamanha a gravidade do vicio que sequer podem ser tratados como atos processuais, sendo considerados pela doutrina como espécie de “nao ato" | Nulidade absoluta: Sao vicios que atinge normas | de ordem plblica, como tais consideradas aquelas que tutelam garantias ou matérias tratadas direta ou indiretamente pela Constituigao Federal. Nulidade relativa: Sao nulidades relativas aquelas | que atingem normas que nao tutelam o interesse pUblico, e sim o interesse privado da parte. Aqui o ato existe, mas sua validade e eficacia dependem da ocorréncia de uma condigao suspensiva, ou seja, de evento posterior que suspenda o ébice existente ao aproveitamento do ato e a produco de seus efeitos no processo penal: trata-se do saneamento (ou convalidacao). Principio da tipicidade das formas: Em regra, todo ato processual tem sua forma prescrita em Pee) Dito beve [ard lei, cuja inobservancia pode dar ensejo a decretacdio de sua nulidade. Principio do prejuizo: Previsto no art. 563 do CPP, significa que nao se decreta a nulidade relativa e nao se declara a nulidade absoluta sem que haja resultado prejuizo para qualquer das partes (pas de nullité sans grief), sendo isto cabalmente demonstrado pela parte interessada Principio da instrumentalidade das formas: também conhecide como principio da finalidade, entende que o desrespeito a uma formalidade legal sé levara ao reconhecimento de nulidade do ato se esta prépria finalidade pelo qual a forma foi instituida estiver comprometida pelo vicio, ou seja, se, ainda que nao obedecida a formula legal, © ato atingiu sua finalidade, ndo haveré que se falar em nulidade. Principio da eficdcia dos atos processuais: Os atos nulos sao aqueles em que a falta de adequacao a0 tipo legal pode acarretar o reconhecimento de sua inaptidao para produzir efeitos juridicos. Principio da restrigéo processual a decretacdo da ineficacia: A decretacao da_ ineficdcia, a invalidagao de um ato processual defeituoso somente pode ser decretada se houver instrumento processual adequado e se o momento ainda for oportuno. Principio da causalidade (efeito expansivo): Este principio encontra-se disposto no art. 573, § 1.°, do CPP, segundo o qual a nulidade de um ato ocasiona a nulidade dos que lhe forem consequéncia ou decorréncia. Principio da conservacdo dos atos processuais (confinamento da nulidade): Por conta deste

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