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Peles Mot CeCe aris Cee Ria ese Rat Considera-se crime a infragao penal que a lei comina pena de reclusdo ou de detencao, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de mula; contravencao, a infragao penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisdo simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente. © Brasil é adepto do sistema dualista, dividindo a infragao penal em crime e contravengao (crime anao, delito iliputiano, crime vagabundo) SISTEMA CLASSICO: Ven Liszt, Beling e Radbruch. O dolo e a culpa estao na culpabilidade. SISTEMA NEOCLASSICO (NEOKANTISTA): Reinhart Frank Desenvolveu a Teoria da Normalidade das Circunsténcias Concomitantes (Teoria da Evitabilidade) SISTEMA FINALISTA: Hans Welzel. Em relago a culpabilidade, adotou a Teoria Normativa Pura, pois os elementos psicolégicos (dole e culpa) foram deslocados para a conduta. Sujeito ativo é a pessoa que realize direta ou indiretamente a conduta criminosa Sujeito passive do crime é 0 titular do bem juridico protegido pela lei penal violada por melo da conduta criminosa Objeto juridico: o interesse ou valor protegido pela norma penal. Objeto material: a pessoa ou 3 coisa que suporta a conduta criminosa CLASSIFICAGAO DOS CRIMES Crimes comuns ou gerais: Podem ser praticados por qualquer pessoa. © tipo penal nao exige nenhuma condi¢aéo especial ee Crimes préprios: 0 tipo penal exige uma situagao 5 xi fatica ou juridica diferenciada por parte do sujeito PCE helt) wes Crimes de mio prépria: Somente podem ser praticados pela pessoa expressamente indicada no tipo penal. £ 0 caso do falso testemunho. TPO TIPE crime simples: £ aquele que se amolda em um Unico tipe penal eR Tarte) : : Crime complexe: Resulta da unido de dois ou Ca 2s tioos penal Crimes materiais: © tipo penal descreve uma conduta e um resultado naturalistico, sendo a CNP PEE ERT SE EEE ccomencis deste limo necessaria. para a _ consumagao, DET co ly . : Crimes formais: 0 resultado é desnecessario para Darr consumagao, embora previsto. Grimes de mera conduta: nao contém resultado naturalistic. Crimes instantaneos! A consumacao se verifica em um momento determinade, sem continuidade no tempo. Crimes permanentes| Sio aqueles—cuja PR REMEENEE consumacio se prolonga no tempo, por vontade : do agente FRET ASI Crimes Instantaneos de efeitos permanentes: Seus efeitos subsistem apés a consumacao, independentemente da vontade do agente Grimes @ prazo: Sao aqueles cuja consumacao exige @ fluéncia de determinado periodo. Crimes unissubjetivos: Sao praticados por um nico agente. eee MTEL Crimes plurissubjetives: reclama 2 pluralidade de Cees agentes Crimes eventualmente coletivos: a diversidade CoE oe TMT STL Pele eile Prat eR) pe T Reo mca iry eT eT he Pol Uc Teer med catty pele CME et Perc enc Sa cy rT Thc) eT M lee) de agentes atua como causa de majoracdo da pena. Crimes de subjetividade passiva Gnica: uma Gnica vitima. Crimes de dupla subj de duas ou mais vitimas Crimes de dano ou lesio: A consumagao somente se produz com a efetiva lesdo do bem juridico Crimes de perigo: Se consumam com a mera exposigao do bem juridico penalmente tutelado a uma situacéo de perigo Crimes unissubsistentes: A conduta se revela mediante um Unico ato de execugéo, capaz de por si s6 produzir a consumagio Crimes plurissubsistentes| A conduta se exterioriza por meio de dois ou mais atos, os quais devem somar-se para produzir a consumagao. Crimes comissivos ou de agdo: séo os praticados mediante uma conduta positiva Crimes omissives: sao os cometides por meio de uma conduta negativa, de um nao fazer. Crimes de conduta mista: E aquele em que o tipo penal € composto de duas fases distintas, uma inicial e positiva, outra final e omissiva. Crimes de forma livre: Admitem qualquer meio de execucao, Crimes de forma vinculada’ podem ser executados pelos meios indicados no tipo penal Crimes transeuntes: nao deixam —vestigios materiais Crimes nao transeuntes: Sao aqueles que deixam vestigios materiais. A faita de exame de corpo de delito leva a nulidade da agdo penal, salvo quando impossivel a sua realizagio a distncia; A conduta e resultado cocorrem em paises diversos. precise tea Pie Lele ere rested Crimes plurilocais: A conduta © resultado cocorrem em paises diversos. Crimes em transito: Sao aqueles em que somente uma parte da conduta ocorre em um pais, sem lesionar ow expor a situagdo de perigo bens juridicos de pessoas que nele vivem, Crime gratuito: ¢ 0 crime sem motivacao, Nao se confunde com 0 motivo fut Crime de impeto: & cometido sem premeditagéo, como decorréncia de reagio emocional repentina Crime exauride: E aquele em que o agente, depois de ja alcangada a consumagéo, insiste na agressao ao bem juridico. Crime de atentado ou de empreendimento: £ aquele em que a lei pune de forma idéntica o crime consumado e a forma tentada. Crime de opiniao ou de palavra: € © cometido pelo excesso abusivo na manifestacao do pensamento, Crime multitudindrio: & aquele praticado pela multidao em tumulto, Crime vago: € aquele em que figura como sujeito passive uma entidade destituida de personalidade Juridica Crime habitual: Crime habitual préprio é 0 que somente se consuma com a prética reiterada € uniforme de varios atos que revelam um criminoso estilo de vida do agente. Crime habitual impréprio ¢ aquele em que uma s6 aco tem relevancia para configurar 0 tipo, ainda que a sua reiteragéo néo configure pluralidade de crimes Crime obstaculo: £ aguele que retrata atos preparatérios. Crime progressive: E aquele que para ser cometido deve 0 agente violar obrigatoriamente outra lei penal, a qual tipifica crime menos grave, chamado de crime de acdo de passagem Progresso criminosa: H3 mutac3o no dolo do agente, que inicialmente real um crime menos grave ¢, apés, quando ja alcancada a consumacao, decide praticar outro delito de maior gravidade. FATO TIPICO No aspecto material, fato tipico € 0 fato humano indesejado, norteado pelo principio da intervencao minima Gubsidiariedade € fragmentariedade), consistente em uma (PEE conduta produtora de um resultado e que se ajusta formal € materialmente 20 tipo penal. No aspecto analitico, fato tipico é primeiro substrato do crime Conduta: € @ acéo ou omisséo humana (e da pessoa juridica nos crimes ambientais) consciente e voluntaria (0 agente sabe 0 que esté fazendo) que produz modificagao no mundo exterior. Resultado naturalistico: £ 0 segundo elemento do fato tipico. Resultado ¢ 0 efeito, a consequéncia da conduta do agente. RET EEE Relasso de causalidade (nexo causal): £ 0 terceiro elemento do fato tipico. Eo vinculo formado entre a conduta praticada por seu autor e 0 resultado por ele produzido Tipicidade: € 2 adequacéo de um ato praticado pelo agente com as caracteristicas que © enquadram & norma descrita na lei penal como crime. TEORIA DO TIPO Tipo penal é 0 modelo genérico e abstrato, formulado pela lei, descritive da conduta criminosa ou da conduta permitida Tipos incriminadores ou legais: so 0s tipos penais que definem a conduta criminosa Ce Tipos permissivos ou justificadores: so os tipos penais que contém a descricdo legal da conduta permitida, autorizando a pritica de um fato tipico. POSER EMCEE Garantia. Fundamentadora. Seletiva. Indi Cerro) ilictude. Diferenciedora do erro. TIPO PENAL = Nucleo (verbo) + Elementos + PEER ORE Circunstancias (somente para figuras qualificadas ou privilegiadas) Tipo normal ¢ tipo anormal: 0 tipo normal prevé, além do ndcleo, elementos de ordem objetiva, Jé 0 tipo anormal, possui niicleo, elementos objetivos e, ainda, elementos subjetivos e/ou normativos. Tipo fechado e tipo aberto: o tipo fechado ou cerrado apresenta descrigéo minuciosa da conduta criminosa. © tipo aberto néo contém descricéo detalhada da conduta criminosa Tipo simples e tipo misto: © tipo simples possui OE OREULELEM apenas um niicleo, uma nica conduta tipica. O tipo conor simples possui apenas um nucleo, uma Unica conduta pica Tipo congruente e tipo incongruente: No tipo congruente ha perfeita coincidéncia entre a vontade do agente e © resultado produzide. No tipo incongruente, nao ha coincidéncia entre a ventade do autor € 0 fato descrito na lei penal. Tipo preventivo: Ha a incriminagao de forma auténoma o que seria um ato preparatério de outro crime. DOLO. CULPA. PRETERDOLO. Para o finalismo penal o dolo integra a conduta, e, consequentemente, 0 fato tipico. £ elemento psicoligico do tipo penal e inerente a todo crime doloso. Foram duas as teorlas adotadas pelo Cédigo Penal: a da vontade, 20 dizer “quis o resultado”, e a do Preterdolo assentimento, no tocante 4 expressdo “assumiu 0 risco de produzi-lo” ‘A culpa é 0 elemento normative da conduta, pois @ sua aferigéo depende um juizo de valor do operador do direito. Os crimes culposos, em regra, sao previstos por tipos penais abertos. Crime culposo € aquele que se verifica quando o agente, deixando de observar o dever objetivo de cuidado, por imprudéncia, negligéncia ou impericia, realiza uma conduta voluntéria que produz um resultado naturalistico nao previsto nem queride, mas objetivamente previsivel, e excepcionalmente previsto e querido, © qual podia, com a devide atencéo, ter evitado, Nao se admite a compensagio de culpas no Direito Penal Verifica-se quando a conduta dolosa acarreta a producéo de um resultado mais grave do que o desejado pelo agente. Versari in re ilicita: aquele que reelizar um ato ilfeito penal responde por todas as consequéncias derivadas deste fato, ainda que em sua inicial atuacdo nao houvesse nenhum nexo subjetivo. ERRO DE TIPO E a falsa percepcio da realidade acerca dos, Cotes elementos constitutivos do tipo penal Escusavel, inevitavel, invencivel ou desculpavel: nao deriva de culpa do agente. Ainda que agisse com a cautela e a prudéncia de um homem médio, ndo poderia evitar Inescusdvel, evitivel, veneivel ou indesculpavel: provém da culpa do agente erro de tipo, seja escusavel ou inescusavel, sempre exclui © dole. O erro de tipo escusavel exclui o dolo 2 culpa. Jd 0 erro de tipo inescusdvel exclu o dolo, mas permite a punigao por crime culposo. Erro quanto aos pressupostos faticos da causa Teotia Limitada da Culpabilidade: Erro de tipo. Teoria normativa pura da culpabilidade, extrema estrita (FCC): Erro de proibigao (teoria unitaria erro) Erro quanto & existéncla da causa excludente Peo ilicitude: cre Teoria Limitada da Culpabilidade: Erro de proibicao. Teoria normativa pura da culpabilidade, extrema ou estrita (FCC): Erro de proibigéo. Erro quanto aos limites da causa excludente ilicitude Teoria Limitada da Culpabilidade: Erro de proibicao. Teoria normativa pura da culpabilidade, extrema estrita (FCC): Erro de proibigao. falsa percepcao da realidade no que diz respeito Perl elementos constitutives do tipo _penal_em PPPRPAIIE cecorcencia de acto provocede por outra pessoa, denominada de agente provecador Recai sobre cireunstancias secundarias do crime, sobre dados diversos dos elementos constitutives do CRU tipo penal, ou seja, sobre as circunstancias gee (auslificadoras, agravantes genéricas @ causas de aumento da pena) ¢ fatores ielevantes da figura tipica Erro sobre a pessoa ou error in persona: O agente com sua conduta criminosa visa certa pessoa, mas por ero de representagio, acredita ser aquela em que efetivamente deseja atingi Erro sobre o objeto: o agente supee estar praticando 2 conduta contra 0 objeto material que deseja, mas pot erto acaba atingindo outro Erro sobre ac qualificadoras: 0 agente age com falsa percepcio da realidade desconhecendo a presenca de uma qualificadora do crime. PEEP EREIPS E120 sobre 0 nexo causal ou aberratio causne: & 0 Side erro relacionado a causa determinante do crime. © STS recultado buscado pelo agente ocorreu em razz de um acentecimento diverso daquele que ele inicialmente idealizou Erro na execugdo ou aberratio ictus: Ocorre quando © agente por execucéo imperfelta acaba atingindo um terceiro que, em regra, néo fazia parte do seu "animus" Resultado diverso do pretendido, aberratio delicti ou aberratio criminis: © agente queria praticar determinado crime, mas por erro acabou praticando um crime diverso, ITER CRIMINIS O iter criminis, ou "caminho do crime’, s20 as fases que ort) sucedem a pratica de um fato previsto em lei como infragao penal Prout) Interna - Cogitagao: £ a ideagao do crime na mente do agente. Externa: se divide em outras trés: preparagao, execugo e consumacio. Atos preparatérios: cria condicdes prévias adequadas para realizacao do crime. Em regra, nao sao puniveis. Excecdo: crimes-obstaculo. Atos executérios: € 0 momento em que o agente realiza 0 nticleo do tipo. Consumagao: & a reunido de todas as elementares descritas pelo preceito primario de uma lei penal © exaurimento néo integra o iter crimini Ocorre quando a o inicio da execucao de um crime que no se consuma por circunsténcias alheias & vontade do agente. Possui trés elementos: Inicio da execucao: Nao consumagao do crime por circunstancias alheias Dolo de consumagéo. E causa obrigatéria de diminuigao da pena. © critério decisive € a maior ou menor proximidade da consumagdo, ou seja, a distancia percortida do iter eriminis. Espécies de tentativa Tentativa branca ou incruenta: o objeto material nao 6 atingido Tentativa eruenta ou vermelha: o objeto material ¢ atingido. Tentativa perfeita, acabada ou crime falho: pratica todos 0s atos executérios, mas o resultado nao se consuma, por circunstancias alheias a sua vontade. Tentativa imperfeita, jinacabada ou tentativa propriamente dita: 0 agente inicia a execugao sem, contudo, utilizar todos os meios que tinha ao seu aleance, ¢ 0 crime néo se consuma por circunstancias alheias a sua vontade NAO admitem tentativa: Crimes culposos (com excegao da culpa imprépria), Crimes preterdolosos, Crimes unissubsistentes, Crimes omissivos préprios ou puros, Crimes de perigo abstrato, Contravengdes pr itary voluntaria Ns a) eficaz te ad Peas ray ec penais, Crimes condicionados, Crimes subordinados a condigo objetiva de punibilidade, Crimes de atentade ou de empreendimento, Crimes com tipo penal composto de condutas amplamente abrangentes, Crimes habituais, Crimes-obstéculo. © agente, por ato voluntario, interrompe © processo executério do crime, desiste de prosseguir por vontade propria. E durante a execucao. Os atos executérios no 28 RegoGrane pasa pRRRGUEAN ne qua € compativel com a tentativa imperteita ou inacabada. agente pratica todos os atos executérios, no entanto, antes que a consumacdo ocorra, impede a consumacdo. corre apés execugio. Compativel com a tentativa perfeita ou acabada corre quando © responsavel pelo crime praticade sem Violéncia & pessoa ou grave ameace, voluntariamente € até 0 recebimento da dendincia ou queixa, restitui a coisa ou repara o dano provocado por sua conduta Eo que se verifica quando, 0 comportamento do agente nao tem condigdes de gerar o resultado delituoso, seja por ineficécia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto. Trata-se de uma causa de exclusao de tipicidade eis) Cet Cosine cy CL een cece CULPABILIDADE A culpabilidade € um julzo de reprovabilidade (de censura) sobre a formagao e @ manifestagao de vontade do agente, pelo qual se conclui se © sujeito envolvide na pratica de uma infragao penal deve ou nao suportar uma pena Teoria psicolégica: idealizada por Franz von Liszt e Ernst von Beling, culpabilidade é um vinculo psicolégico entre 0 agente imputdvel e 0 fato tipico ilicito Teoria normativa ow psicolégico-normativa: Idealizada por Reinhart Frank, 0 conceito de culpabilidade passa a ser composta por trés elementos: imputabilidade, dolo ou culpa € exigibilidade de conduta diversa. A imputabilidade deixa de ser pressuposto da culpabilidade, para funcionar como seu elemento Teoria normativa pura: divide-se em: 1. Extremada extrema ou estrita; 2. Limitada. Para teoria normativa pura, extremada, extrema ou estrita: as descriminantes putativas sempre caracterizam erro de proibicao. J para a teoria normativa pura limitada, as descriminantes putativas podem caracterizar erro de proibigdo ou erro de tipo, a depender das peculiaridades do caso concreto. A partir da reforma da parte geral, 0 Cédigo Penal, adotou a Teoria Normativa Pura em sua vertente limitada. Desenvolvida por Zaffaroni. Defende que essa carga de valores sociais negativos deve ser considerada, em prol do réu, como atenuante inominada. STJ nao tem admitido. sas: fundamenta-se na reprovagao_penal_mais severa no tocante aos crimes praticados por pessoas dotadas de elevado poder econémico prac So assim chamadas as causas de exclusao da culpabilidade. A culpabilidade @ composta por trés elementos, quais sejam: —_Imputabilidade; Potencial consciéncia da ilicitude; e Inexigibilidade de conduta diversa IMPUTABILIDADE Corre Capacidade mental de entender o caréter ilicito do fato de querer (autodeterminaco) 0 seu resultado, Beer Iégico: Para alguém ser inimputével, basta uma causa CCE TIEMEE mental deficiente ERUEEEREME) Psicolégico: Basta que a pessoa apresente uma alteracdo de PRCT GE comportamento no momento da conduta para ser inimputavel. Biopsicolégico: Basta que a pessoa apresente uma alteracéo de comportamento no momento da conduta para ser inimputével, Em regra, © Brasil adota o sistema psicolégico (art. 26, caput, do CP). Todavia excepcionalmente foi adotado 0 sistema biolégico no tocante a menoridade (CF, art. 228, ¢ CP, art. 27), bem como © sistema psicolégico, em relagao 8 embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou forca maior (CP, art. 28, § a Causas de Menoridade: Sao penalmente inimputaveis os menores de PIUEEMICEEM clezoito anos, sujeitos as normas da legislacdo especial. A emancipacao civil do menor de 18 anos néo alterada em nada a inimputabilidade penal Inimputabilidade por doenga mental: A doenca mental deve estar presente no momento da conduta e que suprima do ser humano a capacidade de entender o caréter ilicito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento, Inimputabilidade por desenvolvimento mental incompleto € retardado: © desenvolvimento penal incomplete abrange os menores de 18 anos e os indigenas. Por outro lado, no desenvolvimento mental retardado 0 agente ainda nao possui plena capacidade, devido a uma lentidao, isto &, no se mostrando em sintonia com os demais individuos que possuem sua idade cronolégica Embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou forga maior: se completa, capaz de ao tempo da conduta tomar © agente inteiramente incapaz de entender o carater ilicito do fato ou de determina-se de acordo com esse entendimento, exclui a imputabilidade penal Ce A pena pode ser reduzida de um a dois tergos, se o agente PREECE em virtude de perturbacdo de satide mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado nao era inteiramente capaz de entender 0 caréter ilcito do fate ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. € causa obrigatéria de diminuigéo da pena OPER Emocao e paixdo PSCUCERESEE EE A embriaguez, voluntéria ou culposa, pelo éleool ou POSSIEEEEM) substancia de efeitos andlogos. POTENCIAL CONSCIENCIA DA ILICITUDE Perret A potencial consciéncia da ilicitude € © segundo elemento da culpabilidade. € afastada pelo erro de proibicao escusével POE EPCEEMEE A falsa percepco do agente acerca do caréterilicito do fato tipico por ele praticado, de acorde com um julzo profano, isto & possivel de ser alcangado mediante um procedimento de simples esforco de sua consciéncia PEE EESCECH Erro de proibicéo escusdvel, inevitdvel ou invencivel: 0 Cones sujeito, ainda que no caso concreto tivesse se esforcado, néo poderia. evité-lo. Nesse caso, exclui-se a culpabilidade. Erro de proibi¢ao inescusdvel, evitével ou vencivel: aquele que poderia ser evitado se houvesse o emprego de diligéncias normais. Subsiste a culpabilidade. PREECE Erro de proibicéo direto: 0 agente desconhece 0 Coe contetido de uma lei penal proibitiva, ou, se 0 conhece, interpreta-o de forma equivoceda Erro de proibigéo indireto, também chamado de descriminante putativa por erro de proibigao, o agente conhece © caréter ilicito do fate, mas, no caso concreto, acredita erroneamente estar presente uma causa de exclusao da ilicitude. Erro de preibigée mandamental: o agente, envolvido em uma situacdo de perigo a determinade bem juridico, erroneamente acredita estar autorizado a livrar-se do dever de agir para impedir o resultado, EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA ond Ceres eee oes Perey E 0 elemento da culpabilidade, que sustenta que a culpabilidade sé estaré presente quando o agente praticar © fato tipico e ilicito em uma situagio de normalidade, isto & quando Ihe era exigivel uma conduta diversa. coagido ameagado/intimidado pelo coator. © fato é tipico e ilicto, mas exclui a culpabilidade pela falta de exigibilidade de conduta diversa Obediéncia hierarquica: £ a excludente de culpabilidade, fundada na inexigibilidade de conduta diversa, que se verifica quando © funcionério publico subaltemo pratica um fato tipico ¢ ilicito no estrito cumprimento de ordem nao manifestamente ilegal, emitida pelo seu superior hierarquico. CONCURSO DE PESSOAS E @ colaboracdo empreendida por duas ou mais pessoas ome) Peeters para a realizacéo de um crime ou de uma contravencao penal Pluralidade de agentes culpaveis Relevancia causal das condutas; Vinculo subjetivo: Unidade de infragao penal para todos os agentes Existéncia de fato punivel: A teoria adotada pelo Cédigo Penal que fomece 0 conceito (ee Pope innres distinta Tere ey eeirorry Peer Coens de autor foi a Teoria objetivo-formal, autor ¢ quem realiza © niicleo ("verbo") do tipo penal, ou seja, a conduta criminosa descrita pelo preceito primério da norma incriminadora. J4 0 participe & quem de qualquer modo concorre para o crime, sem praticar o nucleo do tipo. Acontece quando um dos concorrentes quis participar de crime menos grave. Assim, além de nao existir entre eles o concurso de pessoas, o crime mais grave nao pode ser imputado, em hipétese alguma, aquele que apenas quis participar de um crime menos grave. COAUTORIA: Caracteriza-se pela existéncia de dois ou mais autores unidos entre si pela busca do mesmo resultado. PARTICIPAGAO: £ a modalidede de concurso de pessoas em que © sujeito embora nao pratique © niicleo do tipo, colabora para o crime, Possui dois requisites: a) propésite de colaborar para a conduta do autor (principal): € a b) Colaboracao efetiva Cireunsténeias incomunicdveis so as que néo se estendem, isto é ndo se transmitem aos coautores ou participes de uma infragéo penal, pois se referem exclusivamente a determinado agente, incidindo apenas em relagio a ele Elementares sao os dados que integram a modalidade basica do crime, ou seja, formam o chamado tipo penal fundamental. Exemplo: no homicidio o "matar” alguém Circunstancias: sdo os fatores que se agregam 20 tipo fundamental, para o fim de aumentar ou diminuir a pena, a exemplo das qualificadoras, privilegiadoras, das causas de aumento e de diminuicao da pena. TEORIA GERAL DA PENA Bir Ree eet) Oe any ee RCo Cth) Teoria absoluta e finalidade retributiva: A finalidade da pena é, unica e exclusivamente, punir. Teoria relativa ¢ finalidades preventivas: Teoria relativa ¢ finslidades preventivas. A prevencao geral € destinada 20 controle da violéncia, aos demais membros da sociedade, Pode ser negativa ou positiva. A prevengio especial, direcionada exclusivamente a pessoa do condenado. Teoria mista ou unificadora e dupla finalidade: retribuigdo € —prevencdo: A pena deve, simultaneamente, castigar 0 condenado pelo mal praticado e evitar a prética de novos crimes, tanto em relagao a0 criminoso como no tocante & sociedade © Brasil adotou esta Teoria, consagrada no art. 59 do CP. Griada por Zaffaroni, também chamada de Teoria Negativa, sustenta que a pena ndo possui nenhuma Utilidade pratica. Hé uma descrenga nas finalidades da pena eno poder punitivo do Estado. E um movimento que surgiu na Holanda (Look Hulsman) e na Noruega (Nils Cristie e Thomas Mathiesen), segundo 0 qual © Direito Penal e a criminalidade devem ser pensados de uma nova forma, visando uma severa diminuicéo deste ramo do direito ‘A justiga restaurativa tem como principal finalidade no a imposigao da pena, mas o reequilibrio das relagSes entre agressor e agredido, PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE oegimes Regime fechado: A execucao da pena em estabelecimento de seguranca maxima ou média; Regime semi-aberto: A execugao da pena em colénia agricola, industrial ou estabelecimento similar. Regime aberto: A execugdo da pena em colénia agricola, industrial ou estabelecimento similar ee ey das execugdes penais (LEP, art. 1°) crate ur) POE) UTE PRPC PECRRECOMEE 4 pena de reclusao deve ser cumprida inicialmente em regime fechado, semiaberto ou aberto. Os critérios para a determinagéo do regime sdo os seguintes, a teor das alineas "a’, "b’ e “c’ do § 2° do art 33 do Cédigo Penal Circunstancias judiciais reincidente: primério e as PERRIER CenT EEE & pena de detencao deve ser cumprida inicialmente em regime semiaberto ou aberto. Os critérios para fixago do regime inicial de cumprimento da pena de detencao so os seguintes: + Reincidente: regime semiaberto: + Primério + pena superior a 04 anos semiaberto; + Primério + pena igual ou inferior a 04 anos regime aberto. DEERE © pene de prisdo simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciario, em estabelecimento especial ou Brad seco especial de prisio comum, em regime semiaberto ou aberto. Een PETRIE Sumula n° 440, ST) Freda 2 pena base no minimo oe legal, € vedado o estabelecimento de regime prisional Coe Be aes mais gravoso do que o cabivel em razao da sangao regime prisional imposta, com base apenas na gravidade abstrata do eee) PPE EIE EEE © Codigo Penal ea Lei de Execucao Penal adotaram © sistema progressivo ou inglés. Esse beneficio esté rere " previsto no art. 112, caput, da Lei de Execucao Penal. Cumpre dizer, que esse dispositive foi extremamente modificado pela Lei n° 13.964/19 (Pacote Anticrime) Raises To Sdmula n° 491, ST: € inadmissivel a chamada _— progressao per saltum de regime prisional progressao “por ee CREE simula no 534, STL A pritica de interrompe a contagem do prazo para a progresséo falta grave Pee Ec) de regime de cumprimento de pena, o qual se Cee reinicia a partir do cometimento dessa infracao. eee E a transferéncia do condenado para regime prisional mais severo do que aquele em que se encontra. Exemplo: preso estava no regime semiaberto e é transferido para o regime fechado. CERAM & admissivel a regressio “por saltos’, isto é a a assagem direta do regime aberto para o fechado, Priel Bea a tendo em vista que o art. 118, caput, da LEP refere-se a ransferéncia para qualquer dos regimes mais rigorosos" MTEC ER EEE © Br2sil adota o sistema trifésico. Idealizado por Nélson Hungria, sustenta a dosimetria da pena Pana Tee privativa de liberdade em trés etapas. Na primeira, juiz fixa a pena-base, com apoio nas circunsténcias judiciais. Em seguida, aplica as atenuantes ¢ agravantes genéricas, ¢, finalmente, as causas de diminuigao e de aumento da pena Elementares e circunsténcias Elementares, ou elementos, sao os fatores que compéem a estrutura da figura tipica, integrendo o tipo fundamental. € 0 caso de “alguém” no crime de homicidio (CP, art. 121, caput) J4 as circunstancias s8o os dados que se agregam a0 tipo fundamental para o fim de aumentar ou diminuir a quantidade da pena, tais como 0 “motivo torpe” eo relevante valor moral’, qualificadora ¢ privilégio no homicidio doloso, respectivamente. Formam o tipo derivado Agravantes genéricas e causas de aumento da pena - As agravantes genéricas esto previstas taxativamente na Parte Geral do Cédigo Penal e sao aplicada aos delitos em geral. Incidem na segunda fase de aplicagao da pena. ‘As causas de aumento da pena, obrigatérias ou facultativas, por sua vez, situam-se na Parte Geral, na Parte Especial do Cédigo Penal, e também na Causas de aumento da pena e qualificadoras As causas de aumento da pena funcionam como percentuais para a elevacéo da pena em quantidade fixa ou varidvel. J4 as qualificadoras tém_ penas préprias, dissociadas do tipo fundamental, pois séo alterados os préprios limites (minimo e maximo) abstratamente cominados. Atenuantes As atenuantes genéricas. esto _localizadas Pe ETPEREE 2

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