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i ( TECNIGAS DE AVALIAGAO PSICOLOGIA | [auxe } (Bac Rta SoNALES ee ) Cauarunno = DATA. eeincatibo ain (Oat, Hana Lia Siueka deo claborederen O proceso palcodegndse os ances prselvs, S80 Pave: Marne Fores 7986, Capitulo I : F ee O processo psicodiagnostico Caracterizagio, Objetivos. Momentos do Processo. Enquadramento. Maria L. $, de Ocampo ¢ 2 obra, é relativamente nova. ‘ ‘ “Tradicionalmente era considerado “a partir de fora”, como uma situaco em que o ps ‘um teste em alguém, e era nestes termos que se fazia 0 encaminhamento. Em alguns casos especificava-se, inch ue teste, ou testes, se deveria aplicar. A indicagao era formulada ‘como “fazer um Rorschach” ou “aplicar um desiderative & De outro ponto de vista, “a partir de dentr ‘as de una demanda a ser satisteita waando os instrumentos indicados por outros (psiquiatra, psicanelista, atta, neurologista, etc.). O objetivo fundamental de seu contato com mmte era, entdo, a investigagéo do que este faz frente aos estimulos apresentados. Deste modo, o psicélogo atuava como alguém que aprendeu, ‘melhor que pode, a aplicar um teste. O paciente, por seu lado, reps ‘ava algudm caja presenga € imprescindivel; alguém de quem se expera gue colabore docilmente, mas queso iaieressa.como objeto parcial, ia-é, como “aquele que deve fazer Rorschach ou o Tes ‘Dado que se desviasse deste propos considerado.como uma perturbacio.que-afeta ¢ complica o trabalho, ‘Terminada a aplicagao do i te ¢ enviava-se ao remetente t do, isto 6, teste por teste, © com uma ampla gama de detalhes, a ponto de jincluiz, em alguns casos, o protocolo de registro dos testes aplicados, sem Jevar em conta que © profissional remetente néo tinha conhecimentos expecificos suficientes para extrair alguma informacéo itl de todo este material, Este tipo de informe psicolégico funciona como uma prestagdo de contas do psicélogo ao outro profissional, que é sentido como um superego exigente e inquisidor, Atris desse desejo de mostra detalhada: mente © que aconteceu entre seu paciente ¢ cle, escondese uma grande inseguranga, fruto de sua frégil identidade profissional. Surge, entfio, uma necessidade imperiosa de justficar-se e provar (e provar para si) que proce: B (0 PROCESSO PSICODIAGNOSTICO es Isto trouxe, paralelamente, uma distorgo € um empobrecimento de ¢: o dos dain anterior. Exiquessuse a compesensio ind * dade e a objetivi Em nossa opini age — por carecer de wi ce qual é seu verdadeiro idagacio de tdo_o que se-eferia jogos agiram de acordo com ¢: ojo 4 uma aproximagio aut! ontrato te “algu- | mas snusyistas"-e ds vezes até se especifica mais ainda, ssclarecendo que a a . Baan acearseaios nto proloneados tiagnéatico em que tenia operade corresio posterior. Devido & difusio crescente da_psi que restam no Teen, somites pos 0a ue possa ser conchuido no mo- 16 (OPROCESSO PSICODIAGNOSTICO F AS TECNICAS PROJETIVAS mento preciso. Pode ocorrer ent que prolangue a entrevista, sompendo / seu_enquadramento, ou interrompa_o testes tudo iste persurha.o-paciente ©! eanula se i este ni ido ni Ess mesmo atzaso significa, nesie segundo caso. um_ataque mais sério ao vin- com 0 profissional. porque ataca diretamente o enquadramento pre- ‘Nao resta a menor divide de que a teoria © a técnica psicanaliticas derain a0 psicblogo um marco de referéncia imprescind entender corretamente o que acontecia em seu contato com o paciente- Mas, assim como uma vez teve que se rebelaf contra sa prapria tendéncia 4. ser ui aplicador de testes, submetido a um modelo de trabalho frio, [edinamos que estamos vivendo este moi suas semelhancas e Uierengas ei rel este processo se dey, ent pelo fato de ser uma profisso nova, peli formagio recebida (pré out antipsicanslitica) e fatores pessoais. Do nosso ponio de vista, até a incluso da ieoria e da técnica psicanaliticas, atarefa psicodiagndstica carecia de um marco de referéncia qu consistincia ¢_utilidade clinica, especizimente quando o.diagndst prognéstico exam realizados.em fungio-de-uma possivel terapia. A magio entre a tarcff psicodiaghéstica ¢ a teoria ¢ a técnica psicanaliticas realizou-se por um esforgo miituo. Se o psic 6 prio marco de referéncia, 0 psicanalista deposit gas-na-corregio'e na-unszsde ta informagao que re Jista se abriu_mais & a rnada-pelo psicdlogo, e este, par recebido, redabrou seus esfarcos para dar algo cada vez melhor. Até hi pouco tempo, o fato de o informe psicold. sico incluir a enumeragio dos mecanismos defensivos utilizados pelo paciente constitufa uma informagio importante. No estado atual das 108 que dizer que o paciente utiliza a dissociagio, a iden lificagao projetiva e a idealizaczo, € dar uma informaco até certo ponto -_titil mas insuficiente. Possivelmente, todo ser humano apela para todas as defesas conhecidas de acordo com a situagao intema que deve enfrentar. Por isso, pensamos que o mais itil € descrever as situagbes que poem em Jogo essas defesas, a sua intensidade e as probabilicades de que sejamm efi 265, Consideramos que o terapeuta extiairé uma informagio mais umn informe dessa natureza, O psicdlogo teve que percorrer as mesmas etapas que um individuo Percorre em seu crescimento, Buscou figuras boas para se id adcriu ingénua e dogmaticamente a certa ideologia ¢ identificou-se jetivamente com outros profissionais que funcionaram como imagens parentais, até que péde questionar-se, is vezes com crucldade exeessiva m_que teve que de 10 terapeuta psiranalitico. Todo (0 PROCESSO PSICODIAGNOSTICO wv (como adolescentes em crise), sobre a possibilidade de no ser como cles. Pensamos que o psicélogo entrou num periodo de maturidade ao perceber izava uma “pseud fosse qual fosse, » pensar criticamente no qui pletamente ¢ fortalecerd sua identidade propria, como também poderd pensar mais ¢ melhor em si mesmo, contribuindo para © enriquecimento da teoria e da pritica psicolégica inerente & seu campo de agio, éis bem definicos ente) pede queaajudem,¢ outra (¢ colo, promete_a stisfazd-lo na medida de suas possb bipewoal (psicdlogo-paciente ou psicdlogo-grupo familia), de_svtagio limitada, cujo objetivo & conseguir uma descrigio ¢ compreensdo, o mais profunda ¢_completa possivel, da personalidad total do paciente ou do upo familia, Enfatiza também a investiga cular, segundo a sintomatologia € as caracte Objetivos adiantamos algo a Dizemos que Em nossa caracterizacio do processo psicodiag global. Uma vez aleangado um _panor Lincluindo_os_aspestos patoligicos « 05.1 recomendagies terapéuticas adcquadas dual, de casal, de grupo au de grupo fa recomendivel um terapeuta homem ow mull Iitica ou de orientagio an: aio {a ee 18° + OPROCESSO PSICODIAGNOSTICO £ AS TECNICAS PROJETIVAS “Momentos do processo psicodiagnostico Segundo nosso enfoque, reconhecemos no processo psicodiagnéstico os seguintes passos: 1.2) Primeiro contato ¢ entrevista inicial com o paciente. 2.0) Aplicagio de testes ¢ técnicas proj 5.*) Encerramento do processo: devolucio oral ao paciente (c/ou seus pais). 4°) Informe escrito para o remetente, No momento de abertura estabelecemos © primeiro contato com paciente, que pode ser direto (pessoalmente ou por telefone) ou por inter- médio de outra pessoa. Também incluémos aqui a primeira entrevista ou , A qual nos referiremos detalhadamente no capitulo IL fento consiste na aplicago da bateria previamente selecio- de acordo com © caso. Também incluimos aqui o tempo ‘que 0 psicélogo deve dedicar ao estudo do material recolhido. O terceiro € 6 quarto momentos sio integrados respectivamente pela entrevista de devo- lugio de informagio ao paciente (¢/ou aos pais) ¢ pela redagao do informe ente para o profissional que o encaminhou, Estes passos possibilitamm rca do que pensamos que se passa com ele ¢ orien- itude mais recomendivel a ser tomada em se caso. mar © pucie forma ¢ © contetido do informe dependem de quem 0 s pediu que foss. i:vestigado mais especificamente.~ Enquadramento {Ja nos referimos & necessidade de utilizar am enquadramento 20 longo do Drocesso pricodiagndstico. Definiremos agora o que entendemos por enquadramento ¢ eslareceremos alguns pontos s rxpeito disto. Uitilizar um enguad:amento significa, pare nés, manter constantes certas-variveis que intersém no proceso, a saber: — Baclarecimento dos papéis respectivos (natureza¢ limite da fangio aque cada parte integrante do contrato desempenha). = Langates onde se realizario as entrevista, Horirio e duragio do processo (em termos aproximados, endo 0 cuidado de nao estabelecer uma duragio nem muito curta nem muito longa). — Honordrios (caso se trate de uma consulta particular ou de uma instituieao paga). Nio se pode definir 0 enquadramento com maior preciso porque set. contetido ¢ seu modo de formulagao dependem, em muitos aspectos, das ‘aracteristicas do paciente e dos pais. (0 PROCESSO PSICODIAGNOSTICO a9 Por isso recomendamos esclarecer desde 0 comego os clementos imprescindiveis do enquadramento, deixando os restantes para o final da primeira entrevista. Perceber qual 0 enquadramento adequado para 0 caso ¢ poder mantélo de imedisto € um clemento tio importante quanto difi cil de aprender na tarefa psicodiagnéstica, O que nos parece mais recomen- vel é uma atitude permed to para com as necessidades do -paciente como para com as proprias) para nio estabelecer condigBes que loge se tornem insustentéveis (falta de limites ou limites muito xigidos, prolongamento do processo, delineamento confuso de sua tarefa, etc.) © aque prejudiquem especialmente o paciente. A plastcidade aparece como ~ uma condigio valiosa para o psicblogo quando este a utiliza para se situar acertadamente frente a0 caso ¢ manter o enquadramento apropriado. Também 0 quando sabe discriminar entre uma necessidade real de modi- ficar 0 enquadramento prefixado ¢ uma ruptura de enquadramento por atuagio do psicélogo induzida pelo paciente ou por seus pais. A contr “identificagio projetiva com algum deles (pacieate ou pai) pode induzir a tas erros.

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