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OLGARIA C. F. MATOS Livte-docente pels Universidade do So Paulo A Escola de Frankfurt luzes e sombras do Iluminismo I edigaa. 7! IMPRESSAO echo 1a. i 4 aes S7 EDITORA MODERNA, Gada iamacong &Cononorn na abl ‘Eonar oie dor, bros pres Mopenna Ls Sumario HBB introdugao, 5 SCOLA DE FRANKFURT — O que é a Escola de Frankfurt i Um tragado histérico, 10; Fundago da Escola de Frankfurt, 5 frankfurtianos eo marxismo, 13; A modernizacao ale- ma, 17; A Escola de Frankfurt ea (ria da filosofia, 18 A Teoria Critica ontem e hoje ‘O materialismo na Teoria Critica de ontem, 24; Hegel e afilo- sofia da hist6ria, 26; Marx e a Teoria Critica, 28; Violéncia e progresso, 30; Teotia Critica e emancipago, 30; @ pessimismo, 31; O triunfo da técnica, 35; A reificagao do desejo, 36; O enigma da “servidao voluntaria’, 38 O eclipse da raz4o natureza, 45 ncia e histéria Historia e principio de identidade, 49; A dialética frankfurtiana, 51; A politica da traigéo, 51; Teoria e ideologia, 53 dade: redafinindn da ra7Sn AA: Hietiria @ dacnatiiraliza. (© materialismo da Teoria essa rendigo do tempo, 0 rein- HISTORIA E & ascensdo do nazismo na Al Critica, revisitado, sé pode signi-“< vestimento da recordagao em DESNATURALIZAGAO ‘manha —, porque no tempo mi ficar uma consideragao do singu- seus direitos (..) 6 uma das mais 0 todas as épocas so contem- lar e a tedengéo das geragdes _/nobres tarefas do pensamento As referéncias.a.Kant.e. pordineas. Seo Drama barrocove que passam pela historia. O “in- ¢'[...]. © tempo perde seu poder penhauer explicitam 0 ponto ruinas, a desinuigao ea morte teiramente outro” é a meméria da, quando a recordagao redime o de vista da Escola de Franklut como cendrio petificado 6 porque dor como condigao de possibilida- “passado’. a historia se converteu em natui- de de sua supressao, pois é o tni- Em meio a uma “causali- é, 0 tesouro que a histéria néo dade” histérica “sem normas" pode arrancar ao homem sem produzida por esse mesmo des- seu consentimento: “Devemos —_regramento, sem ilusao de atin- nos ligar pela nostalgia do que gir qualquer objetividade trans- acontece no mundo, © horror e a cendental garantidora do curso obra de Baudelaire ‘seu ensaio “Paris, capital dosé- jamin —, ele contempla as ruinas culo XIX'.refiete sobre as ques- de Paiis 6 48 silas proprias, ago- 1688 da hist6ria, historia que ¢ ra converiidas em sua propria his- injustiga nao sao a titima palavra, dos acontecimentos, a Teoria 4\ violéncia, ruina, destruigéo © téria natu ha um outro”. Critica procura os meios racio- catastrofe. Nesse horizonte, 0 Todo ¢ Dado que os frankfurtia-__nais de repard-la. Nas palavras heréi. nao é mais 0 militante 1 romper o ciclo fatal de uma his- nos nao aceitam a idéia de que de Adorno: t6ria que se naturalizou, perdou exista uma “ciéncia da historia’, “A filosofia que s6 pode se possibilidade de controlar os _justificar diante do desespero é 0 acontecimentos, é necessdria_intento de considerar todas as uma racionalidade capaz de nos coisas como se se apresentas- inserir nas contingéncias das coi sem do ponto de vista da reden- sas. Eumade suas modalidades 0; 0 conhecimento ndo tem ou- 6 ser memoriosa, lembrando 0 tra luz a ndo ser a que emana da seu papel humano, e de ima natureza que sé arti alegorista, 0 conspirador, 0 ve- Iho, 0 forasteiro, a crianga, 0 nartador, 0 colecionador, fu- mante de haxixe — todas as {i- guras_que.a cidade, nao. inclui mas.marginaliza.como iniitais to transcendental, o.hamem mo- sofrimento passado para que a redengao do mundo: tudo o mais sem_localiza¢do_praduiva.def- demo vaga sem um “princinia de... catdstrofe nao se repita. Segun- se esgotana reconstrugao a pos- ida. Paris néo 6 56a capital do razao.suficiente’, do Marcuse: toriorie é parte da técnica”. Capital. Paris 6 uma época. A 0 pertencimanto.ao.mundo, $e 0 -~ — "Esquecer é esquecer 0 Trata-se, para Adomo, de €poca do desamparo do indivi- _cogito cartesiano fomecta uma “s, que foi, mas também 0 que pode —_estabelecer as perspectivas nas i duo. A modernidade nos dia referencia esiavel e per te nx Ser. Esquecer é perdoar o que quails o mundo revele suas fratue | experiéncia de um mundo “do para o sujeito, hole se duvida,da », no seria perdoado sea justicae ras, “tal como um dia apareceré | qual os deuses ja partiram ou prépria identidade do “eu penso’: alliberdade prevalecessem. Esse débil & luz messianica”. “Obter | ainda nao chegaram’. quem é esse “eu” que pensa atra perdao reproduz as condi¢ées _essas perspectivas sem arbi Num universo sem historia _vés de mim? Sem_a aarantia dos que produzem a injustiga e a es- _riedade e sem violéncia, do sim- © sem meméria, Benjamin reine principios légicos da identidade, cravidao. [...] As feridas que se ples contato com os objetos, © Drama barroco alemao do sé da nao-contradioao © de. uma.fa- ‘curam com o tempo séo também essa e apenas essa é a tarefa do culo XVII com os “modernos" zo suficiente, o homem deve ‘aS que contém o veneno. Contra pensamento.” anos 30 — aqueles que assistem —_construir sua propria hisioa.te- ‘ # 64 pensar a questao da atividade do sujeito em um quadro diverso do de Marx, no horizonte da revolu- do-redencdo. Nao por acaso a persona- gem emblemética da metatisica da acdo é Hamlet — 0 “principe do pensamento especulativo”, 0 “grande tragico do acaso”. A esse respeito escreve Adorno: “A irracionalidade que sempre volta a emergir da praxis, — seu protétipo estético so as agées repentinas com as quais Hamiet realiza o planejado, nessa realizagao fracassa — re- cria incansavelmente a ilusao da separago absoluta entre sujeito e objeto”. Também Benjamin, no Drama barroco, se refere a Ham- let: 0 principe age quando é ne- cessério pensar, pensa longa- mente quando se trata de agir imediatamente. Isso quer dizer que o pensamento e a vida, a teo- ria e a praxis, dificimente coincl- nola chega tarde E necessaria uma nova fi- gura da razao que reconcilie seus aspectos de dominagao @ de cél- culo com sua passividade e re- ceptividade. Uma racionalidade capaz de'nos inserir nas incerte- zas da histéria, como diz Benja- min no Drama barroco. HISTORIA E FRAGMENTO: OESPACO EO TEMPO ‘A figura benjaminiana do colecionador de objetos pode aqui ser esclarecedora. Ele 6 guiado por uma paixio barroca, acumula em um mesmo espaco objetos cuja procedéncia é outro espago @ outro tempo. Quanto & colegio, esta sempre incompleta, tal como a histéria, Em vez de se pensar a ra- 780 como dominagao, & preciso amplié-la na diregao de sua rede- finigao, que abarque seus aspec- tos controladores ¢ os emancipa- térios. Uma racionalidade que no se confine nas determina: ‘ges espaco-temporais, mas uma “razao estética’, em sentido eti- motégico de sensagao, sensi dade e sensualidade. E preciso reconailié-los, o que 66 se tomard possivel com uma nova apreen- so do tempo e da frui¢do que no seja a do dia industrial, tam- pouco a do tempo histérico do Progresso: “As leis da razo", es- jenn Ser fe- interesses Benjamin: “A consciéncia de fazer explodir 0 continuum da histéria 6 propria das classes revolucio- narias no momento de sua ago. A grande revolugao [a de 1830, esse caso] introduziu um novo calendério. O dia com o qual co- mega um novo calendario fun- ciona como um recothedor hist5- rico do tempo. E no fundo o mes- mo dia que retora sob a forma dos dias de festa, que so dias de comemoracao. Assim, 05 ca- lendarios no contam 0 tempo ‘como os relégios. SAo monu- mentos de uma consciéncia his- térica cujo minimo rastro parece ter desaparecido da historia ha mais de cem anos. ‘A revolugao de julho com- portou um incidente no qual essa consciéncia pode fazer va~ ler o seu direito. Na noite do pri- meiro dia de combate, soube-se que em diversos lugares de Pa- ris, independentemente, € no mesmo momento, atirou-se con- tra os relégios publicos. Uma testemunha ocular, que deve talvez sua adivinhagao a rma, escraveu entéo: ‘Quem o acreditaria? Dir- se-ia que irritados pelas horas Novos Josués ao fim de cada via Atiravam nos quadrantes para parar o dia’.” Se historia_em_senti ‘rankfurtiano & salto para fora da linha do progresso, ela ¢ interrup- ‘no continuidade historica, saio "Para uma critica da violén- cia’, Benjamin diz que a violencia 6 humana e a redengao é mes- sidnica, Trata-se de um “messia- rismo sem Mesias”, porque tudo © que 6 histérico e passa pela ‘ago dos homens ndo se funda ‘em nenhuma ciéneia ou garantia, Redencao significa restituigao, devolucso daguilo de, que. fomos privados, contra nossa vontade, Saquilo.qua.nos,folfoubado. E a redeng&o nao comporta violencia, tal como em yenes*: “O Mes- sias vird e salvara primeiro os ino- centes; em seguida salvard os culpados. No final, todos serao salvos". Para reconhecer o instante da “salvagio”, da revolugdo, para reconhecer os sinais anunciado- res do futuro, necessita-se de “presenga de espitito’, tal como Benjamin o diz. E esta “corpé- rea presenga de espirito”, é sen- sorial e sensual: “Todos aqueles que inter- rogam os videntes sobre o futuro dao sem saber uma indicagao in- 1a sobre o que vai ocorrer que ‘vezes mais precisa do que é + Fil6sofo e tedlogo grego (c. de 185 —c. de 254). tudo que the é dado ouvi 1. Transformar uma ameaga em um ‘agora’ pleno, o nico milagre te- satico digno de ser desejado, tal 6 a obra da corpérea presenga de est A racionalidade controla- dora deve-se associar uma ou- tra racionalidade capaz de aprender 0 futuro no presente — "de prever, por assim dizer, © presente”. Nesse sentido, Benjamin escreve: *O dia jaz cada manha, como uma camisa limpa sobre nosso leito; 0 tecido incomparavel- mente fino, incomparaveimente denso, de limpa profecia, nos as- ‘senta como uma luva. A felicidade das préximas vinte e quatro horas depende da maneira de apreendé- las no momento do despertar. Esse instante, para os frankfurtianos, tal como a revolu- (G80, 6 risco, possibilidade de fra- casso, esperanca de éxito. | | Conclusao: industria cultural versus imaginagao estética A partir do exposto, pode- mos compreender a conhecida critica a inddstria cultural feita pe- los frankturtianos. O conceite de industria cu tural, elaborado por Adorno & Horkheimer na obra Dialética do juminismo, diz respeite a uma teoria social do conhecimento. De acordo com seus pressupostos, tudo se transforma em artigo de consumo. No mercado, todas as teorias se equivalem, seja a de Marx, Hitler ou Lenin, Também a musica popu- lar, em particular 0 jazz, sucumbe A uniformizagao e & pseudo-indi- vidualidade. A esséncia da au @o de massas é, para Adorn e Horkheimer, o reconheci ia.a promove @ re- pete sompre o mesmo padrio. passividade social. E a uniformi ago técnica leva, por sua ver, & lizada’_ A jonica’, para utilizar tural criou uma “bar a”. Como esc “A arte ‘sombra da arte auténoma. E ama consciéncia social da arte séria vidade da cultura que as diteren- tes esferas constituem. E menos ainda pode a antitese ser reconci- liada absorvendo-se a arte ligeira nna sérla ou vice-versa. Mas & que @ indostria cutural tenta {..] ‘A abolicao do privilégio educacio- nal através do mecanismo de ven- das de produtos culturals no abre para as massas as esferas das ‘quais foram anteriormente exctui- das, mas, dadas as condig6es so- clais existentes, contribui direta- mente para a decadéncia da edu- cago e 0 progresso da inexpres- sividade barbara’. Accultura de massa é “uma psicanalise ao revés’, 6 regressi- Para Adomo @ Horkheimer, a ultura de massa” nao é nem cul- tura nem 6 produzida pelas mas- sas: sua lei 6 a novidade, mas de modo a ndo perturbar habitos e expectalivas, a ser imediatamen- te legivel e compreensivel pelo maior nimero de espectadores ou leitores. Evita a complexidade, oferecendo produtos a interpreta- 0 literal, ou methor, minimal. Assim, a midia realiza uma “caga a polissemia’, pela demagogia da facilidade — fundamento da legi- timidade desse sistema de comu- nicagao. Adorno critica a “indlis- {ria cultural" nao por ser democra- tica, mas por ndo o ser. A midia transmite uma cultura agramatical e desortogratica, de tal forma que ‘a educagao retorna a condigtio do segredo, conhecimento de uma elite: “A luta contra a cultura de massa sé pode ser levada adian- te se mostrada a conexao entre a cultura massificada e a persistén- cia da injustiga social’, Esse mecanismo que vive da auséncia de pensamento au- ténomo 6 apontado pela Teoria Critica, em particular nos efeitos da televisdo. Nos noticiarios, por exemplo, a voz em off do apre- sentador funciona como um supe- ego sonoro que nos leva a con- Cluir 0 que ja esta decidido antes de nossa reflexdo. Também nas entrevisias, 0 tempo da palavra cedida s6 é permitide a fim de que © entrevistado diga 0 que ¢ indu- ido a dizer. Adomo e Horkheimer observam, ainda, que o mesmo procedimento de indiferenciagZio entre objetos e individuos na tro- ca no mercado esta presente na televisao. A uma noticia de catds- trofe natural ou social segue o di- vertissement do nascimento de um ursinho Panda no zoolégico de Moscou, Foram essas concepcdes frankfurtianas que inspiraram uma critica a politica que toma prioritariamente a questao da téc- nica como dominagao. Nao se trata, pois, de discutir a democra- cia, mas de questionar a tecnolo- gia. © modus operandi da televi- so é, para os frankturtianos, uma das formas da destituigao © do ata- que aos direitos humanos, pois Obltera a autonomia do pensamen- to 6 inflaciona a mente de precon- ceitos © adestramento das cons- ciéncias de maneira subliminar. Na mesma direg&o encon- tramos outras observagées na Dialética do luminismo, que in- fluenciaram amplamente o movi- i de 1968 na Ale- manha e que hoje esto presen- tes no movimento ecologista: de- pois da tuta pelos direitos huma- nos, surgem as reivindicacées dos direitos da natureza. A natu- reza no deve ser explorada vi- sando 0 aumento da produtivida- de e do lucro. A industializacdo intensiva jé ndo 6 mais a expres- 0 por exceléncia do progresso, ‘mas, como escreveu Walter Ben- jamin, 0 citculo do inferno, O que uma das tendéncias do movimen- to ecologista prope hoje — a re- cconciliagdio do homem com a na- tureza — nutre-se das criticas frankturtianas, Na utopia de Fou- fier, Benjamin encontrou 0 lema da contemporaneidade. Na tese numero XI de “Sobre 0 conceito de historia’, e-se: “Tal como 6 hoje concebi- do, 0 trabalho visa a exploragao dda natureza [.]. Quanto a Fourer, Co eito do trabalho social bem-or- ganizado deveria ser que quatro luas iluminassem a noite da Ter- fa, que 0 gelo se retirasse dos pélos, que a égua do mar deixas- sse de ser salgada © que os ani- mais ferozes se colocassem a sservigo do homem, Tudo isso lus- ‘ra um trabatho quo, longe de ox: plorar a natureza, esta a altura de fazer germinar as criagbes que Gormitam em seu seio”. S ‘Contra a concepeao de na- Sree como objeto disponivel © Cmanipulével para a exploragao, uv ix 08 frankfurtianos propéem a gra- > tuidade da frulgdo estética e da arte. Na dimensdo estética deli- neiam-se as potencialidades libe- radoras da imaginagdo produtora @ ctiadora, os poderes de Eros contra a civilizagao repressiva porque @ arte transcende as de- terminagées espaco-temporais, vonce a morte. A arte 6 tostemu- nha de um outro principio de rea- lidade que nao o da submissao & produtividade; ao desempenho produtividads; 3 Tio mundo competitive do trabalho e da rendincia ao prazer. Trata-se de um principio que reconcilia homem com a natureza exterior, interior e com a historia, Para os ‘rankfurianas. Horkheimer. Adar. / no, Marcuse © Benjamin, a arte 6 antidote contra a barbarie. ‘Os meios de comunicagaio de massa so 0 oposto da obra de pensamento que é a obra cultural _// —ela leva a pensar, aver, a refle- / ‘graves, ceriménias religiosas, ca- tastrofes naturais © das cidades, obras de arte, obras de pensa- mento. A culture, 20 contrétio, 6 para os frankfurianos a quintes- Sbicid Gos Wslios Tumanos,. Em iiftélectual, antiteo- Fico e inimigo do pensamento au- t8nomo, a razio ocupa lugar cen- tral. Cultura 6 pensamento e refle- do, Ponsar 6 0 contig de obe- decer. A indstia cultural cra um simulacro de parTSpagae naa tura quando, por exemplo, desfi- wra_a Sinfonia n® 40.de Mozart ‘em chorinho,.Assim adulterada, ‘nao & Mozart tampouco ritmo po- pular. Tanto a sinfonia quanto o samba véem-se privados de sua forga propria de bens culturais considerados em sua autonomia, O direito a cultura 6 0 direito de acesso aos bens culturais, e @ compreensao desses bens é 0 onto de partida para a transfor- maga das consciéncias. Os bens culturais nao nas- cem apenas do esforgo dos grandes génios que os criaram, mas também da “anénima cor- véia imposta aos contempora- neos desses génios". Sob esse ponto de vista, todos os exclui- dos da “alta cultura” a ela tém di- reito. O processo de exclusao dos individuos com relagao as realizagdes espirituais da socie- dade nao para ai: a industria cul tural destitui os individuos de sua ‘prépria cultura” ao desfiguré-la em “arranjos" de massa. Por essa raza, Adorno escreveu que “os deserdados da cultura so os verdadeiros herdeiros da cultura’. Biografia dos principais fildsofos da Escola de Frankfurt MAX HORKHEIMER, Max Horihoimer, fariiarizado desde a |iwentude cor 0 "pessimism tosético de Schoneahauer, desenvolve uma crtica & ancmia das sociedades contemporaneas. Max Horkheimer nasceu ‘em 1885, em Stuttgart, ¢ faloceu ‘em 1973. Como todos os inteleo- tuais da Escola de Frankfurt, era judeu de origem, filho de um in- dustrial — Mortitz Horkheimer —, ele proprio estava destinado a dar continuidade aos negécios paternos. Aproximou-se, porém, das letras, tendo estudado litera- tura e chegando mesmo a escre- ver alguns romances Entre 1913 e 1914, viveu ‘em Londres e Bruxelas para eper- feigoar seus conhecimentos de inglés e francés, em companhia de um amigo, Friedrich Pollock, com quem viria a freqiientar as Uuniversidades de Muniquo, Fre burg e Frankfurt. Nessa ép0ca in- teressou-se por psicologia, sob a orientagao de Adhemar Gel tedrico da Gestalttheorie (Teo da Forma), depois por filosofa, iniciando-se na letra da obra de Schopenhauer ¢ defender, em 1922, sob orientagdo de Hans Cornelius, uma tese de doutora- do sobre o pensamento de Kant, que se intitulava “Contribuigao & antinomia da faculdade de julgar teleoldgica’. Em seguida, desco- briu Marx e Engels. Por intermédio de seu ami- {g0 Pollock, Horkheimer associou- e em 1929 a criagao do Instituto para a Pesquisa Social, do qual foi diretor, em 1931, sucedendo o historiador austrlaco Carl Grin- berg. Este jd era conhecide como F do periédico Arquivo para a

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