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i 8 étrica Cabos para linhas de transmissao de energia el Kc Por GeratioR. dealnetsa* Capitulo | Revisitando o conceito de EDS para cabos Resumo Na melade do século XIX (1850), os engenhelros comegaram «8 fazer cilculos sobre a resstéacin de estraturas importentes, {ais como pontes. Eles calcularam a maior e provivel tensio de solctagao na estrutura pelos métodos de entio, ees viram que {sis solictagdes eram menores que a tensio mixima de solictacio ddos materizis. Para ter bastante certeza, eles fizeram que as mais clevadas tensbes de trabalho nas strutara fossem muito menores ~ trés, quatro, ou mesmo sete ou oito veres ~ que a tensio do material conforme determinado por ruptura simples, em teste suave ¢ parallamente, executado sobre amostra. Dai determinava ‘denominedo “ator de segurange apicivel. Qualquertentativa de ceconomizar peso da estrutura com redugio de custo com mudanca ro fitor de seguranga era muito provivel levar a0 desasre. (LE. Gorton, 1978, p64) 0 projeto clissico [01] de um cabo suspeaso entre esireturas de uma linha de transmissio também usou o mesmo conceit dos antigos projetsts de pontes Se para uma ponte pénsil o projeto clissico recomendava uma tensio maxima de 25% (EDS - Every Day tress) da tenslo de ruptura, os cabos com alma de ago (ACSR Aluminum Conductor Ste! Reinforced) também seriam capazde suportaro mesmo STRESS. ‘No projet clissco de uma linka aéreadetransmissiodeenergia| clétrica, as cargas mecinieas que os cabos deveriam suportam seriam: (i) seu proprio peso; (i) carga lateral do vento; (i) sobre [peso de uma canada de geloe (iy) variayio da temperatura, Estes cesforgos comparados aos esforgas mecinicas nama ponte pérsil seriam rises. Todavia, ao longo de experiéncia em escaa real, os engeniiros projetstase canstrutores foram abservando que, apd alguns anos de us, es fos de aluminio dos cabes ACSR se rompiam por fadign iclica ea primeira medida para mitigar o fendmeno fo reduzir 0 EDS dos cabos, pois o encordoamento mais “frouxs” servira de amortecimento (por fricgio de Poisson) ¢ assim 0 EDS dos cabos ACSR fol reduzido para 18% Entreanto, a quebra dos fos de aluminio eve uma melhor, mas no tempo de vida espera (50 anes) ainda contnuava incidindo numa menor frequéncia, Viriasconstrujdes novas de cabos foram aparecend, sempre explorando conceit derivado de autoamortecimento [02]. Porém, além de trazerem novos cusos para 0s condutores 0 problema de ruptuca por fadiga cilica, devi a vibrgies eslicas, permaneci “ua indicava que © EDS ni era # inca varivel que coateoaria 6 fendmeno ¢ nem que a solugio estava na forma de acomodar os atetais sobre 0 abo. Este trabalho revisia 0 conceito EDS, deste o projtoclisic, até a concep de novos materiais que foram trazides com @ nano tecnologia ‘Umma linha de wansmissio comegou a ter uma engenharin secinica aplicada muito mais daborada apartr de 1920, quando oF ‘condutores de aluminio substtuiram defnitivamente 0s condutores decobre Na austncis de calculsdorss¢ cutras ferumentas modernas, 0 projetocléssico [01] eraem grande parte dependente de experiéncia ‘€ mula heurstica. Para defini localizagto de torres de suspensio dos condatores consiruiam-se gabaritos para conformar as “paribolas’ dos cabos suspensos entre as torres. Considerendo que ‘cabo suspenso trabalhava sempre no estado mals relaxado, abusca da conformagio da linha elistica era de determinar 0 estado mais my ‘cLAMPER Nove tracionade o estado menostraclontd para os cabos. ‘OESTADO mais tracionado dos cabos er construe com at seguintes hipSteses: temperatura ambiente extemamente FRIA: corrente circulante nos cabos MINIMA; vento lateral sobre 0s ] para tensbes de cisalhamento abaixo de 300 Mpa. Por outro lado, as igas de aluminio, 0 comportamtento S-N, a tensio deciesce monotonamente com 0 aumento do nimero de ciclos para rupture. Quando 0 materal resiente (a fadiga) € 0 Fatigue linet ess & 2018-76 aluminium ‘Stress amplitude (MNin') sluminto (igt),o ertério de engenharia € aguele de 10° ciclos. Na llustragdo acims, linha de comportamento refere sea una média de valores medi [Na mecca do meio continuo, existe também uma Jetura para 6 fato.o material aluminio mudar de comportamento quado the & retirada a fase elistica, Na figura a seguir es apresentado um grafico de um ensaio tense e deformagio sob corpos de provacilindricos construilos ‘com aco e aluminio, TENSAO [MPa} A linha continua preta representa 0 comportamento tensio deformaydo de um ago. A linha vermelha tracejada representa © aluménio. A linha azul € uma tangente a tracejada vermelha © representa 0 médulo de elasticidadeinicil do alaminio. ‘Quando o aluminio é trebalhado «fri, o vetor azul (tangente) desloca sem mudar de intensidade sobre a curva vermelha, No «caso de ign fortes, esta deformazin evolu aé 0 valor de0,2% de deformazao. Como a propriedade do material ¢invariante com a transformasao, tudo se apresenta como uma rotagdoetransagio de xo, conforme dustrado na figura a seguir, mato mates ‘com sua estrutura original quimicamente, aperas mocificada em sua subestrutara de crientagio. 3 continu A eliminagao da fase elistica nas ligas de aluminio nae altera 0 médulo de elistcidade do material (ele continua sendo aluminio), subtral 0,2% de deformacio, diminul a evolugao dt fuencis, mat torna o material de compostamento frigil. Um EDS de 2595 43 numa liga de auminio nao é sustentével nem teoricamente, nem. ‘empiricamente. © material apresenta uma fluéacia pronunciada pelo seu baixo modulo de elasticidade. Conciwsoes ‘Oconceito de EDS pars alocar esforcos num cabo suspenso ‘de uma linha de transmissio foi revisitado e resumem-se aqui 45 principais conclusdes: 2) @ EDS continua sendo 0 conceito mais simples para um projetista alocar esforyos sobre materisis de construgio mecinica em linhas de transmissio de energia elétrica; 2) © EDS sobre os matcriaisdevelevar em conte aconfiabilidade do material sobre um determinadoesforgo. Nopassado, quando ainda nio havia uma teoria formal de confiabilidide aplicada 4 materiais em missdo de engenbaria era tolerado 0 conceito FATOR DE SEGURANCA APLICADO. Hoje, este fator foi substituido pelo MITT do material; 3) 0 EDS em materias conjugados (como eabos ACSR) deve ser escolhido de sorte que todos os esforcos sejam suportados pelo AGO; 4) & EDS para materiais ni ferrosos deve ser dimensionado pela teoris da confiailidade com o parimetro MITE m probabilidade de falhar antes do MTT; 5) 0 EDS para cabos de linhas de transmissio para consesio eum parimetro de suprema impostincia no ‘sto anual das perdas e na disponibilidade de linha, {de 30 anos torn: AGRADECIMENTOS ‘Oautor, consultor do grupo INTELLL, agradecea permissio para publicar este trabalho, Rererencias (01) "PROJETOS MECANICOS DAS LINHAS AEREAS DE TRANSMISSAO™ Pao Roker Lagan, José Ayrton Laban, Rubens Dario Fach Mio Tadeu de Abmeida- Eton Bucher 02} Sas Chao Sun = Joe ung “Vibatin Daring Jor Traseison Line Conductor Son SC. A Mael of Tennison Line Vinton, PhD The, The Driver of Qucesld, Artal, 1998 103) Caller J W.D. Matra Seonce and Tahnalagy: Am heradt Wiley and Sane 2000 (04) NBR 7386 - ABNT Ausocagao Erle de Novae Tenees — Conduteres etrian de sleinio ~ Tesi « defrmayo om condeons de lei ‘METODO DE ESSAr0. [05] AKA (ALUMINUM ASSOCIATION OF AMERICA) ~ siess-StramCrvep ures for Aluminim Overiead Hecrcal Gendaciors. A echnical reper for ‘lumina asocation’s EecalTcheal Comme. [06] Gites Kalfinan Aluminum Alley nd Tepes ASM itertional 2300 a5tep {107} Amer nteodscto o Physic Metallurgy Me Gra Hl 1974 [08] Deter GE Mesalugia Nectnva GuandbraKoopan AS bn EN

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