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‘1pDnPm Departamento Nacional de Produgae Mineral Ministério de Minas e Energia Memorando-Circular n°} /2016 ~ DIRE/EXPEDIGAO/DNPM/SEDE Brasilia, O5 de OY 2016. Aos Senhores Superintendentes e Diretores do DNPM Assunto: Incidéncia de sancao por nao apresentagio do Relatério Final de Pesquisa em caso de impossibilidade de acesso a area — Parecer n® 142/2016/MCC/PF-DNPM- DF/PGF/AGU. Senhores Superintendentes e Diretores, 1 Encaminho-thes, para ciéncia e providéncias pertinentes, cépia do Parecer n* 142/2016/MCC/PE-DNPM-DF/PGF/AGU, aprovado por esta Diretoria-Geral, com orientacdes relativas a incidéncia de sangao por nao apresentagao do Relatorio Final de Pesquisa em caso de impossibilidade de acesso a area, considerando que 0 novo posicionamento se aplicara no Ambito do DNPM a partir de 01 de Setembro de 2016. Atenciosamente, VICTOR HU .ONER BICCA Dirétpr-Geral ADVOCACIA-GERAL DA UNIAO PROCURADORIA-GERAL FEDERAL PROCURADORIA FEDERAL JUNTO AO DNPM ~ BRASILIA (DF) PARECER N® 142/2016/MCC/PF-DNPM-DF/PGF/AGU. PROCESSO N? 48400-000449/2016-67 INTERESSADO: Diretoria de Fiscalizagao da Atividade Mineréria - DIFIS. ASSUNTO: Consulta acerca da incidéncia de sancéo por nao apresentacéo do Relatério Final de Pesquisa - RFP em caso de impossibilidade de acesso 3 area, | Consulta acerca da possibilidade de incidéncia da sango prevista no art. 22, § 12, do Cédigo de Mineracao, a qual pune o titular em razéo da ‘ndo apresentacao do relatérid, na hipétese de obste ao ingresso do titular na rea a ser pesquisada. Il_- © impedimento do acesso @ drea néo afasta, de per si, 8 luz de pardmetros técnicos, a possibilidade de inicio dos trabalhos de pesquisa e a consequente apresentaco de relat6rio dos trabalhos de pesquisa. I - Direito Administrativo Sancionador. A inobservancia das exigéncias insertas nv art. 22, inc. V, do Cédigo do Minera¢do implica no dever de aplicar a sangao prevista no § 12, do referido artigo, ainda que no expedido o offcio ao qual alude o art. 27, inc. VI, do referido Cédigo. IV - Superago do entendimento até entéo prevalente no 4mbito desta PROGE, inserto no Parecer n°479/2010/PSSN/PROGE/DNPM, que condicionava a regularidade da aplicacdo da sango & possibilidade de acesso 8 érea. V — Recomendacao pela manutencio dos autos de infragio lavrados nas circunstancias ora tratadas, mantendo-se a interpretacéo da Diretoria de Fiscalizagso da At Minerdria — DIFIS, com a qual ora se linha esta PROGE. jade / SAN, Quadra 01, Bloco B, Ed. Sedg do DNPM — 3° andar - CEP 70040-200 - Brasilia-DF (61)3312675 Continuagéo do PARECER N® 142/2026/MCC/PF-DNPM-OF/PGF/AGU. Vi-Devolucéo & Diretoria Geral, com vistas & DIFIS, para ciéncia da integratidade da presente manifestacdo, Senhor(a) Coordenador(a) de Assuntos Minerdrios, Do relatério. 1 Trata-se de consulta formulada pela Diretoria de Fiscalizacéio da Atividade Minerdria — DFIS, através da Nota Técnica n° 001/2016-CFPM/DIFIS-KROS (fls. 06/07), por meio da qual se almeja @ uniformizaca de entendimentos e procedimentos no mbito da atuagao fiscalizatéria, notadamente no que se refere & possibilidade, ou nao, de autuagao do titular por forca da auséncia de entrega do relatério de pesquisa na hipétese de impossibilidade de ingresso na area delimitade no alvard 2, Inauguram os autos 0 Despacho n° 51/2016-CFPM/DIFIS, por meio do qual é suscitada, ao Chefe da Divisio de Controle da Atividade Mineréria, a necessidade de harmonizacg&o dos entendimentos juridicos acerca da caracterizagdo de infragées no ambito da pesquisa mineral, especialmente em razio de divergéncia entre @ interpretacao inserta na Nota n° 101/2014-AB (cépia as fis. 03/04), elaborada pela PF/DNPM/BA, © a posic&o manifesta pela prépria DIFIS, por meio da Nota Técnica n° 001/2016-CFPM/DIFIS-KROS (fis. 06/07). 3 0 dissenso reside no fato de que @ Nota n° 101/2014-AB, elaborada pela Procuradoria Federal que assessora a entidade no Estado da Bahia, sustenta o entendimento de que # auséncia de ingresso na 4rea “seria motivo para deixar de autuar 98 titulares do direito minerdrio em processes que néo apresentam relatério final de pesquisa na vigéncia do titulo”. Lado outro, entende a Coordenacio de Fiscalizacdo da Pesquisa Mineral que “quando ndo houver solicitacdo de prorragacao de prazo para a autorizacao de pesquisa e também auséncia de apresentacso do relatério dos trabalhos realizados, 0 entendimento atual das equipes técnicas do DNPM & que houve uma infracdo cometida, considerando que nesses casos o titulo minerdrio se encerrou com 0 vencimento do prazo do lavard, e que caberia a lavratura do auto de infracao por néo entrega do relatorio de pesquisa". Neste contexto, entende a DIFIS que @ auséncia de ingresso na drea somente poderia fundamentar pedido de prorrogacaa do prazo de validade da autorizacio de pesquisa, nos termos da Portaria n° 23/1997, nao se Prestando, contudo, a justificar a auséncia de realizacao de pesquisa na éree, tampouco @ falta de apresentacéo do resultado da pesquisa 20 DNPM, na forma do relatério. pagina 2 Continuacao do PARECER NP 142/2016/MCC/PE-ONPM-DF/PGF/AGU. 4. Em razao da citada divergéncia, recomendou-se, através do Despy 52/2016-CFPM/DIFIS (fl. 08), 0 envio dos autos & Procuradoria-Geral para que fosse dirimida a questéo. E 0 relatorio do necessario. Passa-se a anilise. 5 Ressalto, pretiminarmente, que o presente exame limitar-se-6 aos aspectos juridicos da matéria proposta e de regularidade processual, abstendo-se quanto aos aspectos técnicos, financeiros ou que exijam exercicio da discricionariedade administrativa dos setores e gestores competentes desta autarquia. Nesta senda, registra-se, que cabe a este Org3o Juridico de execugéo da Procuradoria-Geral Federal, vinculada 8 Advocacie-Geral da Unido, prestar consultoria sob o prisma estritamente juridico, sem adentrar em aspectos relatives & conveniéncia e oportunidade dos atos praticados, nem, reitere-se, analisar aspectos de natureza eminentemente técnico- administrativa, & luz do que dispde o art. 131, da Constituigdo Federal de 1988, ¢ 0 art, 10 de Lei n® 10.480, de 2 de jutho de 2002 c/c art, 11, da Lei Complementar n® 73, de 10 de fevereiro de 1993. Registra-se, por fim, que a presente manifestacao toma por base os elementos constantes dos autos do processo administrative em epigrafe 0 qual, até a presente data, contém 09 folhas. Das raz6es de mérito da consulta. 6 Objetiva-se, concisamente, seja esclarecido se a impossibilidade de Ingresso em rea objeto de autorizacio de pesquisa justificaria a auséncia de apresentacao de relatério dos trabathos realizados, afastando-se, neste contexto, 2 incidéncla da sang&o fixada no texto do art. 22, § 12, do Cédigo de Mineracao, a qual pune o titular em razo da ‘ndo apresentacéo do relatério 7. A autorizacao de pesquisa tem suas principais condicdes ou requisitos de deferimento elencados no art. 22 do Cédigo de Minerac&o, cujo texto assim dispée, in verbis: Art, 22. A autorizac3o de pesquisa serd conferida nas seguintes condigdes, além das demais constantes deste Cédigo: (Redacao dada pela Lei n? 9,314, de 1996) 1-0 titulo poderd ser objeto de cessio ou transferéncla, desde que 0 cessionério satisfaga os requisitos legais exiaidos, Os atos de cessao ¢ transferéncia sé terdo validade depois de devidemente averbados no DNPM; (Redacao dade pela Lei n® 9.314, de 1996) I1= & admitida a rendncla & autorizaglo, sem prejuizo do cumprimento, pelo titular, das obrigacées decorrentes deste Cédigo, observado o Gisposto no Ingigo V deste artigo, parte Thal, tomando-se operante o efeto da extinito do titulo autorizative na data de protocoltzagso do pfgina 3 Continuagio do PARECER N° 242/2016/MCC/PF-ONPM-DF/PGFIAGU. instrumento de rendincia, com a desoneragao da érea, na forma do art. 26 deste Cédigo; ——_(Redaco dada pela Lei n? 9.314, de 1996) I= 0 prazo de vatidade da autorizago nao serd inferior a um ano, nem superior a tr8s anos, 2 critério do DNPM, consideradas as caracterfsticas especiais da situacao da rea e ds pesquisa mineral objetivada, admitida 2 sua prorfogacdo, sob as seguintes condigdes: (Redacdo dade pela Lei 1n# 9.314, de 1996) a) a prorrogagao poderd ser concedida, tendo por base @ avaliagio do desenvolvimento dos trabalhos, conforme critérios estabelecidos em portaria do Diretor-Geral do ONPM; —_—_(!ncluido pela Lei n? 9.314, de 1996) b) a prorrogacdo deverd ser requerida até sessenta dias antes de expirar-se 0 prazo da autorizagao vigente, devendo o competente requerimento ser instrufdo com um relatério dos trabalhus efetuados justificativa do prosseguimento da pesquisa; (inciuido pela Lei ne 9.314, de 1996) ¢) a prorragaco independe da expedi¢ao de novo alvard, contando-se 0 respective prazo a partir da data de publicacdo, no Diério Oficial de Uni&o, do despacho que a deferir; (inclufdo peta Lei n? 9.314, de 1996) IV - 0 titular da autorizacSo responde, com exclusividade, pelos danos causades a terceiros, direta ou indiretamente decorrentes dos trabalhos de pesquisa; (Redaco dada pele Lei n® 9.314, de 1996) \V- o titular'da autorizaco fica obrigado a realizar os respectivos trabalhos de pesquisa, devendo submeter 3 aprovacao do DNPM, dentro do prazo de vigéncia do alvaré, ou de sua renovagio, relatério circunstanciade dos trabalhos, contendo os estudos geoldgicos e tecnolégicos quantificativos de jazida e demonstratives da exeqtibilidade técnico-econdmica da favra, elaborado sob a responsabilidade técnica de_profissional legalmente habllitado. Excepcionalmente, poderé ser dispensada 2 apresentacdo do relatério, na hipétese de rentincia & autorizacdo de que trata o inciso Il deste artigo, conforme critérios fixados em portaria do Diretor-Geral do DNPM, caso em que no se aplicaré 0 disposto no § 1° ceste artigo. (Reciaco daca pela Lei n® 9.324, de 1996) 5 12. A no apresentagdo do relatério referido no inciso V deste artigo sujelta 0 titular 8 sancdo de multa, calculada 4 razdo de uma UFIR por hectare da drea outorgads para pesquisa. (Redagio dada pela Lei n® 9.314, de 1996) § 22, € admitida, em caréter excepcional, a extracao de substéncias minerais em area titulada, antes da outorga da concessao de lavra, mediante prévia autorizagdo do ONPM, observada e legislacéo ambiental pertinente, (Redacéo dads pela Lei n? 9.324, de 1996) a © Inciso I, alfnea ‘b’ estabelece que o requerimento de prorrogecéo ‘deveré” ser instruido com um relatério dos trabalhos efetuados e Justificativa do prosseguimento da pesquisa. Jé 0 inciso V do citado artigo estabelece que o titular da autorizacao fica obrigado a realizar os respectivos trabathos de pesquisa, devendo submeter & aprovacdo do DNPM, dentro do prazo de vigéncia do alvaré, ou de sua renovacao, 0 relatério circunstanciado dos trabalhos. A auséncia da apresentac3o do pagina 4

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