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ENSAIO CONVITE PARA PINTAR — REFLEXOES SOBRE O PERIODO DO ESTAGIO Tafs Quevedo-Marcolino Terapeuts Ocupacional Resumo: Este artigo relata uma viéncia da autora, na época, estagiéria de terapia ‘ocupacional no Hospital-Dia Psiquidtrico da Faculdade de Medicina de Ribeirao Prato da Universidade de Sao Paulo, Refere-se & criagdo de uma oficina de pintura fa partir do convite de um de seus usuérios & estagiéria, ¢ dos significados que ssurgiram, a partir de entéo, para os demais envolvidos. Palavras-chave: terapia ocupacional, satide mental, hospital-dia, esquizofrenia, aprendizagem da clinica INTRODUGAO © Hospital-Dia Psiquidtrico da Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto - USP é um servigo de tengo em sade mental de hospitalizaglo parcial que oferece tvalamento para pessoas portadoras de problemas mentais em crise aguda ou reagudizada (ODA ec al, 19 de continuidade do tratamento pés-alta com grupos de psicoterapia, erapia ocupacional e de terapia individual psicoterépica e medicamentosa, Esta estrutura oferece variedade nos seus usudrios uma grande ‘oportunidades nas quais o individuo pode construir & revonstruir suas vivéncias © significados, tanto para a rmelhora da crise como para a retomada de sua vida fora do hospital 5). Alm disso, oferece possibilidades * ‘A hist6ria que seré contada aqui acontece num momento em que um dos usudrios do tratamento pés alta desenvolveu um projeto de pintura em torno do qual se formou uma oficina de pintura com a participagio de outros usuarios e da estagidria RELATO George! & um raptz timido © introspectivo. Portadar de esquizofrenia parandide, frequentaya grupo de reintegragio do programa pésalta do Hospital-Dia hd mais de tés anos. Solteiro, com segundo grau incompleto, na época deste trabalho tinha 28 anos, Seu projeto de pintura teve inicio quando, no " George & nome fietcio, uilizado aqui para resguardar a Identidade do paciente © para melhorar aestrtura do texto. Cad. Ter. Ocup. UFSCar, 2001, V.9, n.4 250° ano anterior, um amiga que iria se casar pediv-the um_ quacro de presente. Ele sentiu-se na obrigagie de pintar © de produzir algo bom, mesmo duvidando que isto fosse possivel Bu estava no dltimo semestre do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de So Carlos & no inicio do estigio em sade mental quando coaheci George © soube que seu projets envolvia pintura com tinea acrflica, Fiquei muito interessada nesta atividade ppois nfo conhecia a técnica de pintura com essa tinta, Contatos informais entre nés tornaram possivel 0 convite de George para acompanhé-lo na atividade de pintura, Mostrou-se disposto a ensinar © que havia aprendido nos livras nos illtimas seis meses, pois até entdo, também ndo havia utilizado a tinta, Sendo assim, decidi produzir uma tela também. Ble contou-me que decidiv vilizar 0 acrilico pois © uso de tinta 6leo envolvia procedimentos mais complicados como & utilizagao de “solventes derivados de petrslea © que ficara dificil de pimtar no espago do Hospital-Dia” (sic George), estava curioso para experimentar uma tinta a base de égua. Relatou também que muitos de. seus trabalhos 4 6leo ndo haviam ficado bons e que esperava melhorar com a nova séenica. Durante este"periodo de seis meses também havia preparado a tela com gesso acrflico ¢ desenhado & figura de uma paisagem, crag. sua, embora com referéncias de uma revista importada de pintura que possuia, Costumava utilizar a pequena sala de terapla ocupacional para desenvolver esse projet, Geralmente ficava sozinho pois, no horério em que ele realizava esta atividade, havin poueas pessoas que freqitentavam a sala, Com minha entrada na participagio desta atividade © como a sala de terapia ocupacional era muito pequena, George sugeriu que pintéssemos no saldo ambiente do hospital, onde ‘acontecem todas as reunides de grupos. Quando néo hé | aos atividades nesse saléo as portas ficam abertas ¢ os usuétios em semi-intemagao utilizam-no para assistir televisio, jogar jogos de mesa, descansar © conversar Além disso, € um lugar amplo, com uma mesa para {faaer atividades bastante espacosa, Nossa mdanca para esse local pareceu mobilizar a cuiosdade de muitos outras uss, interessacos em saber gue faiamos. les ficavam ao redorenquanto pintvaros, clogiavam 0 deseno de. George. Outtos assuntos foram sparecendo, concomitantemente as explcagées de George sobre 2 ténica, a preparagio da tele o uso da tnt, tis com: semelhancas em nossa histria de vida - 0 gosto pela pinta € pelas artes, © colgio téenico ~ e assuntos com curs usutios - um rap engenheiro mecsinico que falava do deseno das pepas mecinicas © das perpectivas das pegas, das expectativas de wabalho com pintura ¢ de outros trablhos, dos dons de cada um et. Bscolhi uma figura para pintar ¢ decidi utilizar a tinta um poueo aguada, sendo que George pintave com a consisténcia natural. Nas primeiras semanas, tive ‘alguns problemas com a técnica. George parecia muito preocupado com meu possivel insucesso e procurava solugdes nos livros. As vezes me falava das solucées, algumas eu achava interessantes, outras eu discordava € fazia & minha maneira, Tinhamos um jeito muito diferente para resolver as coisis. George era mais sistemstico, sempre recorria livos ¢ anowpées, dlificaldades em ser objetivo nos problemas ¢ era muito lento nas. suas explicagées. Ao contario, eu queria resolyer as coisas rapidamente © tentava procurar nos interessavam Intrigava-me a pouca informagko que ele parecia ter tina arriscava pouco, livros somente as coisas que me tetirado do seu estudo de seis meses. Nio compreendia © porgué de toda sua lentidio. Pensava nos motivos que Cad, Ter. Ocup. UFSCar, 2001, V.9, 1.1 o5t- poderiam ter levado George caminhar lentamente: talvez pela sua prépria forma de ser, talvez porque esse processo precisasse ser lento ¢ significasse algo mais {que ew ainda nao entendia, Em nosso trabalho, George fazia comentarios sobre 0s ertos que ele estava cometendo e eu também ava opinides em sua pintura, Neste momento, muitos usuarios comegaram a pintar também, 2 paticipar da “nossa” atividade. Em pouco tempo, formou-se uma grande oficina de pintura, AS pessoas escolhiam técnicas diferentes des nossas, pediam informagées para mim e para ele. Esse espago tomou-se signficativo no hordtio da terga-feira as onze horas. Criow-se um cima de alegria, descontragdo e boa convivéncia. Ainda assim, mew relacionamento com George continyow com uma certa particularidade, mesmo quando en nao estava com vontade de pinta, ficava a0 sev lado deseahando outras coisas. Parecia que o importante era estar ali, Nossas pinturas estavam ganhando muitas cores, muitas formas e 0 trabalho rendia. Com © passar do tempo, nossos “‘jeitos” diferentes encontraram um equilibrio, Nesta poca, outro fato me chamou atengio. Minha supervisora, a terapeuta ocupacional Rebeca Del Ménsco Drummond Ferreira, disse-me que George havia comentado algo importante com cla, “a solidi esti me incomodando”. Além disso, ela me contou um pouco sobre a histéria de dele no Hospital-Diat hi mais de ts anos ele participava do programa de pés-alta no ‘grupo de reintegragio com pessoas portadoras de esquizofrenia, Durante guase todo esse perfodo, George ppouco falava nas reunies ¢ ficava isolado dos demais participantes. Porém, desde inicio deste ano, juntamente com o inicio do envolvimento no projeto de ppintura acrilica, George, aos poucos, tomou-se mais participative. Naquele momento, estava conseguindo s2 colocar mais no grupo e dividir 0 que pensava € sentia com as pessoas, Comecci a presiar mais atenglio ao que estava acontecendo naquele “espace”. O fato de George estar weamodado com a solidéo poderia estar aconiccendo porque © convivio com as outtas pessoas fazia com 4 no quisesse mais ficar sozinho € percebesse a sua solids €0 sentimento que ela Ihe provocava, © clima eriado com a oficina de pintura, © contato com as pessoas, os elogios recebidos pareciam favorecer este sentimento de George rio mais querer ficar sozinho. Toda aquela lentidio que tanto me incomodava no inicio, mas que também fazia parte de seu modo de sere agi € que 0 caracterizava como pessoa, parecia ter sido necesséria para que ele pudesse ter desenvolvide condigdes para participativa em grupo. a convivéncia mais Bu termined meu quadro ns sims sersana do rex estigio, George precisava dar alguns retoques para que seu quadro ficasse pronto. Conyersamos sobre 0 que havie acontecido nos ts ulkimos meses, como havia sido gostso, sobre os bons momentos. George gestou do seu quadro, ainda apontou alguns detalbes que poderiam ter ficado melhores, principalmente una certa frvore que, segundo ele, “destoou um pouco da armenia do quar”. De qualquer manera, goston do aque produziu, “embora nfo consiere ua obra de ate” (sic George). Meu quadro também havia ficado bom, comentamos sobre alguns eros © como poderis melhorar pai 0 préximo, Ele ainda chegou a eonvidar: re pata a exposigio de Salvador Dali que viria para Ridin Pret a partir da outrasemane ~ em que eu nio seria mais estagitria...Refiz 0 convite para que ele fosse comigo © com outros amigos, pois ex j& havia combinado com eles. George recusou, sitcom pessoas desconhecidas ainda parecia dificil. Despedimo-nos Cad, Ter. Ocup. UFSCar, 2001, V.9, n.1 252 com um abrago e desejos de felicidades, COMENTARIOS Inicialmente, gostaria de comentar que © que me levou a relatar esta experidneia foi o encantamento que ela provocou em mim no momento do estégio, como ‘uma experiéncia de minha propria “transformacdo” Algumas ovlras experiéncias durante meu processo de formagio também tiveram essa caracterftica de transformagio, porém esta me pareceu especial. Um pouco talvez por faltar tao pouco para o final do curso, porque fazia estégio numa institwiglio © com uma olientela que eu estava “curtindo"” mas, priticipalmente, porque me permitiu entrar em contato com varios lementos que compdem 0 processo de terapia ocupacional, Tecnicamente (se € que neste caso posstvel separd-lo das emogées) foi uma descoberta de significados, das possibilidades de significados que 0 fazer pode assumir e que nao € predeterminado, parece como um jogo necessidade x desejo x possbilidade. Como diz MAXIMINO (1995), “fazer junto como uma possibitidade de criar outros sentides através dos diferentes tipos e qualidades de relagio”. A experineia de pintar ao lado de George despertou-me para vécias questées que acredito pertinentes dentro do processo de formagio teraputica: pereeber-se © perceber © outro, lidar com as diferengas, reconhecer 0 seu desejo © 0 jo do outro, ser facilitador/possibilitador para o ‘outro que busca ajuda em suas experimentagées no tratamento, olhar para a triads terapeuta-tividade- paciente ¢ niio somente para um dos lados dela, ou paciente, ou atividade ou terapeata. A. prinefpio, meu interesse por George deu-se pela pintura, curiosidade de aprender ume nova técnica, além € claro, do préprio desejo pela experimentagio, caracte joa do estigio. No entanto, até 0 momento da intervengao de minha supervisora ndo tinha me dado conta de “tudo” 0 que poderia estar significando esta nossa experincia. ‘Mesmo o ser terapeuta estava camuflado para nim até aquele momento, Foi uma viagem rica em surpresas. ‘Comentando sobre 0 processo de George, parece me que a propria mudanga da tinta ¢ da técnica de pintura & qual ele estava acostumado ¢ “que & maior parte de sen trabalho com a técnica antiga niio havia ficado bom” parecem buscar alguma rmudanga, uma rmadanga maior, na vida, pata que algo fique bonito @ possa ser oferecido a outro como presente, Pensando sobre a experifneia da esquizofrenia nas palavras de FERRARI (1997), o psicético € “alguém que nao tem posse de sua histéria, que na auséncia de um discurso proprio repete um diseurso familiar, snico que lhe foi dado, impossibilitando-o de conhecer © contar sue origem...a busea desesperada de um sentido para si, algumas tentitivas de reconstrugio, na maioria das vezes sem éxito.”, a fala de George de que “tudo 0 que tinha feito com a técnica antiga havia ficado maim” parece denunciar essa histéria sem &xito ¢ a mudanga da técnica talvez. aparega como ume outra ientativa de reconstrugio. © pedido do amigo, que segundo a terapenta ocupacional Rebeca, pareceu ter sido em tom de brincadeira © que, no entanto, George levou a sério, como um desafic, uma provocagic’ (MAXIMINO, 1997), fala um pouco de sua histria, Ele pintava anteriormente ¢, mesmo achando que suas telas & éleo * Segundo MAXIMINO (1997), “grupos © atividades realizadas na terapia ocupacional possuem ume ‘poténcia de provoragio’..”" J as_aividades teriam um potenei Provocatvo / provocago como aquilo que afee /provocacSo produtora = aumento de esttmulos que pede uma agtio € que pode conectar iéias. Portanto, esse temo foi ulizado aqui ‘Go como decorrente de uma alividade, mas como um pedido de 2520, essonante em G. como uma necessidade de fazer algo por si. Gad. Ter. Ocup. UFSCar, 2001, V.9, n.t “3 no haviam ficado boas, ests amigo fio achava 0 mesmo. Ficam aqui questées sobre a quem pertencia o discurso de que 0 que George pintava/fazia era ruirn? De qualquer mancira era assim que ele via e se relacionava com o que produzia. Na verdade, “provocagiio” do amigo culminava com um momento na parece que a ceitaglo da vida de George de possibilidade de abertura para o social .. afinal, hd u8s anos ele freqiientava um grupo de reintegragio juntamente com outras pessoas que traziam probleméticas semethantes as dele. Bra um grupo para o SOCIAL. Nao é a tinta em si que provocaria a “melhora da pintura”, Algo mais precisaria mudar, talver 0 olhar para © que se produziu, talvez ‘uma experigneia diferente do pintar. Outra mudanga conereta€ significativa que se insere nesta abertura para © social foi o fato de sair da pequena sala de terapia cocupacional - “espago de um” - e ir para 0 salfo ambiente do hospital -“espaco de todos” Minha participagdo conjunta parece assumir um papel nfo somente coma aprendiz da técnica, pois na verdade ele mesmo no tinha vtilizado a tinta € sew ccenhecimentovinka somente dos livras, mas como companheira quma caminhada que parecia ter um significado especial. Remetendo-me & teotia, parece ter surgido entre nés ums relagéo que permitia um ambiente seguro ¢ confivel. George, ev € as atividades, uma relagdo que possivelmente 0 ajudou a adquirir condigdes que 0 fortaleceram para o contata com 0 outro, mesmo porque apés minha safda, a oficina de pintura contimuou. A solidéo para George e, de uma maneira mais abrangente, a solidio para os portidores de doenga mental grave, embora seja um sentimento dolorido, s6 € sentida em relagio a outros, diferenciando 0 outro de si mesmo, crianda um espago para si © ui espago para 0 outro, George estava percebendo sua solidio € © sentimento que ela the provocaval Ainda sobre minha participagio e sobre 0 conhecimento da téenica das atividades: © cconhecimento da tSeniea, instrumentar o paciemte para que este tenha oportunidade de vivenciar acontecimentos a partir do ‘entrar em contato com contetidos expressivos inacessiveis como intuito de incentivar a até 0 momento, experimentagio de navas formas do fazer, de eriar, de captar 0 mondo, trocar, relacionarse com ¢ sua prépria produgéo e com outros.."(FERRARI, 1997, p.11). Nesta minha expetiéneia com George, 0 que valorizo a respeito do aprender ensinar a fazer atividades foram: 9) o fazer stvidades como facitador da relagio, b) a relagio de igualdade, no iio aver hierarqua dlesconstruindo a iin do paciente que néo tem a oferecet somente reebe no tratamento (quem entrou de aprendiz da téonica foi a estagira-terapenta), ) fazer atividades como possiilidade de trocas. De qualquer maneira, 0 conhecimento prévio de “téonicas de pimura” foi importante porque pBde dar superte a posiveisinsucessos, sentido de 1 possiveis "perdas e desencontras” caso nenhurn dos dois tivesse pego num pincel antes. Esta falta de hierarquia na apréndizagem da técnica, pode ser exemplo também do estilo e da proposta de tratamento que a propria instituigo oferece “... um grupo nao tom existéncia aut6noma, separado da realidade na qual esté inscrido ... (deve) levar em conta a instituigio na qual se insere a compreensio rede de relagies que se materializam em_priticas concrotas” (MAXIMINO, 1997, p. 114). Penso que a ‘compreensio de qualquer outra abordagem terapéutics, nndo somente grupos, necessite levar em conta a instimigfo na qual se insere. © Hospital-Dia enquanto instimuigao de atengdo em satide mental busca utilizar os conceitos da comunidade teraputica, numa proposta de ‘ratamento mais humanizada. Leva em conta 0 cotidiano Cad. Ter. Ocup. UFSCar, 2001, V.9, 0.1 54 dias pessoas ese oferece como lugar de experimentagio de vida para seus usuarios possibilitando vivéncias imtespessoais que propiciam uma dindmica em busca de cexperigneias terepéuticas como a relatada, Foi nesta insttwiglo que George encontrou a possibilidade de consirur esta vivéncia que se tomnou parte de sua hist6xa, CONSIDERACOES FINAIS Como finalizagio deste trabatho, gosteria de ressaltar novamente 0 quanto esta vivéncia também se tomou parte da minha histéria, As reflexes que me foram possiveis nesse momento a respeito do que viveros, George e eu, ajudaram-me 2 finalizar todo em proceso vivido, sritado, cexperimentado, sofrido, prazeroso destes anos de graduacio. Fico feliz por ter finalizado © curso de Terapia. Ocupacional levando comigo além de questionamentos, ricas experiéncias. Acredito que este tipo de trabalho possa contribuir para estudantes e professores refletirem sobre ‘8 aprendizagem no contexto terapéutico © no contexto do estigio (0 aprender do terapeuta, 0 aprender do paciente). Espero que este relato de experiéncia possa servir também como incentivo para gue, cada vez. mais, terspeutas ocupacionais relatem suas hist6rias pois acredito ser um caminho bastante interessante © de grande importéncia na construgio do conhecimento em nossa profissio, REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BENNETTON, Maria José. Trilhas associntivas — ampliando recursos na clinica da terapia So Paulo, CETO — Cento de de Terapia Ocupacional DiagramadeTexto, 1999, 141 p cupacional. Estudos DI LORETTO, Osvaldo. 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