You are on page 1of 9
Capitulo 1 Planejamento reverso Planejar, v.,- Ter propésitos e intencdes; planejar e executar, — Dicionéirio Oxford de inglés ‘Acomplexidade do trabalho de planejamento é frequentemente ‘subestimada. Muitas pessoas acham que sabem muito sobre planejamento. 0 que elas nao percebem é o quanto ainda precisam saber Para planejar bem, com distincao, refinamento e elegancia. — John McClean, “20 Considerations That Help a Project Run Smoothiy, rofessores sao planejadores. Uma ago essencial da nossa profissao 6 a elaboragao do curriculo e das experiéncias de aprendizagem para atingir os objetivos especifi- cados. Também somos planejadores de avaliacées para diagnosticar as necessida- des dos alunos e orientar nosso ensino, possibilitando que nés, nossos alunos e outras, pessoas (pais e administradores) sejamos capazes de determinar se conseguimos atingir nossos objetivos. Da mesma forma que pessoas atuando em outras profissées que requerem planja- mento, como arquitetura, engenharia ou artes gréficas, os plangjadores em educagio devem estar conscientes de seu pablico. Os profissionais nessas reas sao fortemente centrados no cliente, A eficdcia dos seus planos corresponde a0 alcance de objetivos licitos para usuArios finais especificos. Obviamente, os alunos so nosso cliente prin- sae i slo, da avaliacao e do planejamento do ensi- cipal, considerando que a eficacia do curriculo, da av ee no 6, em siltima andlise, determinada pelo alcance das eprendizagens doseiaiss podemos pensar em nosso planejamento como um software. Nosso sea eo Planejado para tornar a aprencizagem mais eice, assim como wm sot tador destina-se a tornar seus usuérios mais produtivos. em as rofissdes que requerem planejamento, 0S pat eat ean ae e moldam nosso trabalho. O desenvolvedor de pe i ‘a ir as falhas que impedem 08 . pore maximizarafaciidade do ilizaio er amano do clntee el i O-erqestaniaipentiadio pelos 0 Beaten ¢ igualmente restringido. N80 ros = ee ic a scolhemose de qualquer maneira.AOCHLT Ts, ee caerinaresnaconah, otatulscmnicis ° } por orient Digitalizado com CamScanner Wiggins & McTighe que especificam o que os alunos devem saber e ser capazes de fazer. ts, necem uma estrutura util para nos ajudar a identificar prioridades dg ., .'*"s Gizagem e para orientar nosso planejamento do curriculo e das avaliagsa zagem. Além dos padrées externos, também precisamos integrar as ac 8 ance nnossos muitos e variados alunos ao planejamento das experiéncias de aprons in exemplo, diferentes interesses dos alunos, niveis de desenvolvimento, tun. 22°" > ¢ resultados prévios devem sempre moldar nosso pensamento sobre ay vn’ aprendizagem, tarefas e atividades avaliativas. ‘No entanto, como nos faz recordar o velho ditado, nos melhores planejamne ao precede a forma. Em outras palavras, todos os métodos e materiais que moldados por uma clara concepcao da visio dos resultados desejados. 1sso sj precisamos ser capazes de indicar com clareza 0 que 0 aluno deve compre capaz de fazer como o resultado de qualquer plano, independentemente restrigdes que enfrentamos. Vocé provavelmente conhece o ditado: “Se vocé nao sabe exatamente para ond» .. indo, qualquer estrada o levaré até la", Infelizmente, essa questo é muito séria sn... cagdo. Somos rapidos em dizer que coisas nds gostamos de ensinar, que atividades , iremos realizar e que tipos de recursos nds iremos usar; mas, sem clarificar 0s resulta. desejados do nosso ensino, como vamos saber se nossos planos s40 apropriados ou ai, trarios? Como vamos distinguir aprendizagem meramente interessante de aprendizayom efetiva? Mais precisamente, como iremos cumprir os padroes de contetido ou ajudar aluno a chegar a compreens6es dificeis a ndo ser que pensemos sobre o que esses 0 vos implicam para as atividades e realizagoes do aprendiz? ‘Um bom planejamento, portanto, tem menos a ver com a aquisigéo de noves habia des técnicas e mais com aprender a ser mais reflexivo e especifico sobre nossos ob) fog atividades tOs af Usamosg ieniticg ender © quaisc Por que “reverso” é melhor Como essas consideragées gerais sobre planejamento se aplicam ao planejamento doo riculo? 0 planejamento de ensino deliberado e focado requer que nés, como profess autores do curriculo, fagamos uma mudanca importante em nosso pensamento so ‘a natureza do nosso trabalho, A mudanca envolve inicialmente pensar muito sobre * ‘aprendizagens especificas almejadas, antes de pensar sobre o que nés, como profes" - Vamos fazer ou oferecer nas atividades de ensino e aprendizagem. Embora consiers* Sobre o que ensinar e como ensinar possam dominar nosso pensamento como wn tho de habito, o desafio 6 focar primeiro nas aprendizagens desejadas a pari ss desenvolver. ae esultados bus sentimos m8 sultados & s aulas, unidades e cursos devem ser logicamente inferidos dos ) derivados dos métodos, livros e atividades com os quais nos ) ‘deve configurar as formas mais eficazes de atingir resulted de sas referéncias deve jetvos tos nente planejados para atender aos ° finalidade a todos os locais impor" plangjamentos derivam retroativa™™ Planejamento para a compreensio quais compreensées especificas pretendemos e como essas compreensoes se efetivam na prética. Poderemos decidir melhor, como guias, quais “locais” faremos nossos “turis~ tas” alunos visitarem e qual “cultura” especifica eles devem experimentar em seu breve tempo ali somente se tivermos certeza das compreens6es particulares sobre a cultura ‘que queremos que eles levem para casa. Somente especificando os resultados desejados podemos focar no contetido, nos métodos e nas atividades mais provaveis para atingir esses resultados. Todavia, muitos professores comegam e permanecer fo- cados nos livros didéticos, aulas preferidas e atividades jé consagradas ~ 0s insumos (inputs) ~ em vez de derivar esses meios do que est implicito nos resultados desejados — os re- sultados (outputs). Mesmo que pareca estranho, muitos pro- fessores focam no ensino, e néo na aprendizagem. Eles pas- sam a maior parte do seu tempo pensando, primeiro, sobre 0 que irao fazer, que materiais irdo usar e o que iréo pedir para os alunos fazerem em vez de primeiro refletir sobre 0 que o aprendiz precisaré saber para atingir os objetivos de aprendizagem. Considere um epis6dio tfpico do que pode ser denominado planejamento focado no contetido em vez de planejamento focado nos resultados. O professor poderia basear uma aula em um t6pico particular (p. ex., preconceito racial), escolher ‘um recurso (p. ex., 0 livro O sol é para todos"), escolher mé- todos de ensino especificos baseados no recurso e no tépico (p.ex., seminério socrético para discutir o livro e grupos coo- perativos para analisar imagens estereotipadas em filmes na televisdo) e esperar, com isso, promover aprendizagem (e atender a alguns padrées de literatura/linguagem). Por fim, 0 professor pode pensar em algumas questdes dissertativas testes para avaliar a compreensao que 0 aluno teve do livro. Essa abordagem é tao comum que podemos muito bem ser tentados a responder: o que poderia haver de errado com ‘uma abordagem assim? A resposta imediata reside nas ques- t6es bésicas de propésito: por que estamos pedindo que os alunos leiam esse romance em particular ~ em outras pala- ‘vras, quais aprendizagens buscaremos ao fazer com que 0 Ieiam? Os alunos entendem por que e como o objetivo deve influenciar seus estudos? O que é esperado que os alunos ‘compreendam e facam depois de lerem o livro em relagao aos nossos objetivos além do livro? A menos que comecemos nosso ‘com uma clara percepcao dos objetivos mais amp visto como um meio para um fim educacional, na ue todos os alunos compreendam o livro (e suas obrig ciéncia das compreensées especificas que buscamos sol © discussfo do livro iréo ajudar a desenvolver tais comp ‘vago: a abordagem é mais “por esperanga” do que “por Pl acaba involuntariamente sendo 0 que poderia ser descrito tividades contra uma parede e esperar que algum deles grude ‘Perennial Classics, 2005. Dica de planejamento Considere estas perguntas que surgem nas mentes de todos os leitores, em cujas respostas iremos estruturar as prioridades da aprendizagem dirigida: por que devo ler o livro? 0 que estou procurando? ‘© que iremos discutir? Como devo me preparar para essas discusses? Como sei sea minha leitura e discuss6es sao eficazes? Para onde os objetivos de desempenho desta leitura e estas discusses esto me conduzindo, para que eu possa focar e priorizar meus estudos e fazer anotacies? Quals grandes ideias, associadas a outrasleituras, esto em jogo aqui? Estas sao perguntas adequadas dos alunos sobre a aprendizagem, ndo sobre o ensino, € um bom planejamento educacional responde desde o inicio e durante um curso de estudo com 0 uso de ferramentas e estratégias,tais como organizadores gréficos e orientagSes por escrito. trabalho de planejamento Jos - em que o livro é apropriadamente 10 um fim em si mesmo -, 6 improvavel rages de desempenho). Sem cons- ybre preconceito, e como a leitura wreensées, 0 objetivo seré muito jlanejamento”. Tal abordagem como jogar algum contetido e Digitalizado com CamScanner Digitalizado com CamScanner Planejamento para a compre $0 vf tas de desempenho explicitas real as realcadas durante sou trabalho. igualmente, os professores com uma orientaghe pares aie dade ou cobertura tém mer REN? n_menos probabilidade de obter res postas aceitaveis &s perguntas principais do planejamento Olea de ptancjamento ‘que os alunos devem compreender como resultado das ati : vidades ou do contetido coberto? O que as experiéncias de Pa eee ene oee a aprendizagem ou aulas expositivas devem equipé-los para Se ee eee SSG ataktiaco tae ae os resultados desejados? Quais seriam as evidéncias de que * Oque pelepe pleated os alunos esto caminhando para alcancar as habilidades e + Porque esté send pedido que descobertas desejadas? Como, entéo, todas as atividades vocé faca isso? e recursos devem ser escolhidos e usados para garantir que + Oque isso vai ajudé-to afazer? ‘0s objetivos de aprendizagem sejam alcancados o as evidén- * Como isso se encaixa com o que cias mais apropriadas sejam produzidas? Como, em outras voc® fez anteriormente? palavras, os alunos serao ajudados pelo planejamento a ver '* Como vocé vai mostrar que © propésito da atividade ou do recurso e sua utilidade para aprendeu isso? ‘alcancar 0s objetivos especificos de desempenho? Estamos defendendo o inverso da prética comum, nese ‘caso. Solicitamos que os planejadores comecem com uma de- ‘laragao muito mais criteriosa dos resultados desejados - as aprendizagens prioritarias ~e desenvolvam o curriculo a partir dos desempenhos requeridos ou implicados pelos objetivos. Entao, diferentemente da prética mais comum, pedimos que os planejadores reflitam sobre as seguintes perguntas depois de estruturarem os objetivos: o que contaria ‘como evidéncia desses resultados? Com o que o alcance desses objetivos se parece? Quais Séo, entdo, os desempenhos implicitos que devem fazer parte da avaliagao, ¢ para qual diregdo todo o ensino e aprendizagem devem apontar? Somente depois de responder a es sas perguntas 6 que podemos derivar logicamente experiéncias de ensino aprendizegem Spropriadas de modo que os alunos possam ter um desempenho bem-sucedido para cor- fesponder ao padréo. A mudanca, portanto, vai muito além de comegar com persintas fomo “Oue livro vamos ler?” ou “Que atividades iremos fazer?” ou “O que iremos discu- ty, mas’0 que eles devem ser capazes de compreender ao cruzarem @ Ports da saida, independentemente de quai atividades ou texto usarmos”” ¢“Quais S30 a8 evidencias de talhabilidade?” e, portanto, “Que textos, atividades e métodos melhor possibilitardo esse tesultado?", Ao ensinar para a compreenséo, precisamos entender @ ideia-chave de que Woe somos treinadores da habilidade dos alunos para jogarem 0 “jogo” de performar 0 ‘conhecimento com compreenséo, e ndo contadores da nossa compreensdo para os ali- ‘nos que ficam nas laterais do campo. Os trés estagios do planejamento reverso tagios de planejamento de “planejament termos mais simples. ‘Chamamos esta abordagem em trés est oxen ‘A Figura 1.1 retrata os trés estégios em Estagio 1: Identificar os resultados desejados Speak a q u de fazer? Que contetido merece saber, compreender 9 ser copeaes deen agi 1, cont et Digitalizado com CamScanner Digitalizado com CamScanner Planejamento para a compreens: nosso planejamento e guiar a agio intencion: dos resultados pretendidos. 0 planejamento reverso pode ser pensado, em outras pa lavras, como a anélise intencional da tarefa: considerando uma tarefa importante a ser cumprida, como melhor equipa. ‘mos a todos? Ou podemos pensar nela como a construcao de um itinerério inteligente usando um mapa: considerando-se um destino, qual é a rota mais efetiva e eficiente? Também podemos pensar nela como planejamento para formacéo, conforme sugerido anteriormente: o que os aprendizes pre- cisam dominar para que desempenhem perfeitamente? O que serd contabilizado como evidéncia em campo, néo meramente nos exercicios, de que eles realmente compreenderam e esto prontos para desempenhar com compreensdo, conhecimento e competéncia por conta prépria? Como a aprendizagem sera al na diregéo oll r ALERTA DE EQUIVOCO! Quando falamos em evidéncias dos resul- tados desejados, estamos nos referindo a evidéncias reunidas por meio de uma va- riedade de avaliagBes da aprendizagem formais e informais durante uma unidade de estudo ou um curso, Nao estamos alu- dindo apenas a testes de fim de curso ou tarefas finais. Ao contrério, as evidéncias colhidas que buscamos podem muito bem incluir minitestes e testes tradicionais, tarefas de desempenho e projetos, obser- ‘vaces e didlogos, assim como as autoava- liacGes dos alunos acumuladas 20 longo dotempo. planejada de modo que as capacidades dos aprendizes sejam desenvolvidas por meio do uso e das devolutivas? Tudo isso tem muito légica quando vocé consegue com- preender, embora seja “reverso” paraa perspectiva corriquei- rae tradicional no nosso campo. Uma mudanga importante da prética comum ocorre quando os planejadores precisam comegar a pensar na avaliacdo antes de decidir o que e como irao ensinar. Em vez de criar avaliacdes quase na conclusao de uma unidade de es- tudo (ou basear-se em testes fornecidos pelos editores dos livros didéticos, o que pode nao avaliar completa ou apropriadamente nossos padroes e objetivos), o planejamento reverso requer que tornemos nossas metas ou padrées mais especificos e concretos, em termos das evidéncias de aprendizagem, quando comecamos a planejar uma unidade ou curso. ‘A logica do planejamento reverso se aplica independentemente dos objetivos de aprendizagem. Por exemplo, ao comegar pelas orientagdes curriculares de um estado, 05 planejadores do curriculo precisam determinar as evidéncias de avaliagao apropriadas explicitas ou implicitas no padrdo, Da mesma forma, um desenvolvedor de equipes deve determinar quais evidéncias irao indicar que os adultos, ala 0 conhecimento ou habilidade pretendida antes de planejar as varias atividades da oficina. ‘As coisas ficam mais complicadas com a avaliagao. Trés professores diferentes podem estar seguindo os mesmos padrées de contetido, porém se as suas avaliagées variarem consideravelmente, como iremos saber quais alunos atingiram 0 qué? O consenso quan- to as evidéncias de aprendizagem necessérias proporciona maior coeréncia curricular uma avaliagéo mais confiavel por parte dos professores. Igualmente imporianies as descobertas de longo prazo por parte do professor, dos alunos e dos pais s0 fe conta e o que néo conta como evidéncia do aleance de padres curriulares complex s ssa viséo de focar intencionalmente na aprendizagem desejada est4 Jonge O Uet radical ou nova. Tyler (1950) descreveu a l6gica do planejamento reverso c ‘mente hé mais de 50 anos: Ineaeiae bas eee 0 objetivos educacionais se tornam os critérios pelos ae ears os - selecionados, 0 contetido é delineado, os procedimentos de : oe 0s testes e exames sao preparados I. eit che nto po mee or que as atividades de int sae Digitalizado com CamScanner ins & MeTighe E, em seu famoso livro, How to Solve It (Como resolvé-lo, em tradui nalmente publicado em 1945, Pélya regressa aos gregos ao discutir di “pensar reversamente” como uma estratégia na solugdo de problei ver um problema concreto trabalhando reversamente; qualqu isso com um pouco de bom senso. Nés nos concentramos na fina visualizamos a posigéo final em que gostariamos de estar. A j ‘sao anterior poderemos chegar 14? (POLYA, 1945, p. 230) Essas consideragées so antigas. O que talvez seja novo é que processo iitil, um modelo, um conjunto de ferramentas e padrées. tornar o plano e o desempenho resultante do aluno mais Provaveis de ser b pela via do planejamento, em vez de contar com a sorte. Como sugere # ano, de Alberta, Canad: “Depois que eu encontrei uma maneira di © final em mente, o restante da unidade ‘entrou nos eixos’”. Os pecados capitais do planejamento baseado na atividade e bast refletem uma falha em considerar o propésito de acordo com a vi zeverso, Tendo isso em mente, vamos revisitar os dois casos fiticios caso das magas, a unidade parece focar em um tema particular (a época meio de um objeto especifico ¢ familiar (mags). No entanto, como a unidade ndo tem profundidade real porque nao existe aprendizagem ente para os alunos. O trabalho é mdo na massa sem usar a cabeca por Precisam (e na verdade ndo so desafiados a) extrair ideias e conexées so ‘do precisam trabalhar para compreender; tudo o que precisam é se eng, de. Unfelizmente, é comum recompensar os alunos pelo mero engajame compreensao; engajamento é necessério, mas néo suficiente como um res Além do mais, quando vocé examina a unidade sobre magas, fica o tem prioridades explicitas ~ as atividades parecem ser de igual valox a hos é meramente participar das atividades preponderantemente razeros: demonstrar que compreendem alguma grande ideia que se encontre no cent Todo o ensino baseado nas atividades —e nao nos resultados compartilha gilidade da unidade sobre magas: pouca coisa no planejamento requer que o: ‘raiam um fruto intelectual da unidade, Podemos caracterizar esse abou geral, 0 professor cobre uma vasta quantidad tetido durante 0 tltimo trimestre do ano, No entanto, em sua Preocupada marcha terminar 0 livro, ele aparentemente nao leva em consideracao 0 que os alunos iro com Preender ¢ aplicar a partir daquele material, ‘Para guiar os alunos pelas ideias importantes? Planejamento para a compreenséo ideias para dar significado aos muitos fatos? Que objetivos de desempenho ajudariam alunos a saberem como fazer anotacoes Para 0 m4ximo uso efetivo aes che; a ao final do curso? O ensino baseado na cobertura implica que o professor Bee fale, cumpra o ensino dos tépicos e siga em frente, nao levando em conta se os alunos compreendem ou se esto confusos. Essa abordagem pode ser denominada “ensino pela mencao”. 0 ensino orientado para a cobertura tipicamente se baseia em um livro dida- tico, que define o contetido e a sequéncia do ensino. Em contrapartida, propomos que o ensino orientado para os resultados empregue o livro didatico como um recurso, nao como 0 programa do curso. Um modelo de planejamento reverso Depois de descrito o processo de planejamento reverso, agora o organizaremos em um formato siti] - um modelo para os professores usarem no planejamento de unidades que focalizam na compreensao. Muitos educadores observaram que o planejamento reverso é senso comum. Todavia, quando comecam a aplicé-lo, descobrem que ele parece nao ser natural. Trabalhar dessa maneira parece um pouco estranho e demorado até vocé se habituar. Mas 0 esforgo vale a pena - assim como a curva de aprendizagem para aprender a usar um bom software vale a pena. Pensamos no planejamento para a compreensao como um software, de fato: um conjunto de ferramentas para, em dltima instancia, tornar vocé mais produtivo. Assim, ‘um dos pilares de planejamento para a compreensio ¢ um modelo de planejamento que visa reforcar habitos mentais apropriados e necessdrios para planejar para a compreen- séo do aluno e evitar os hbitos que esto na esséncia dos pecados capitais do planeja- mento baseado na atividade e baseado na cobertura. ‘A Figura 1.2 apresenta uma visdo preliminar do modelo de planejamento reverso em uma versio de uma pagina com perguntas-chave de planejamento incluidas nos varios campos. Esse formato guia o professor aos varios elementos do planejamento para a compreensao enquanto visualmente transmite a ideia de planejamento reverso. Os pré- ximos capitulos apresentam uma descrigéo mais completa do modelo e de cada um dos ‘seus campos. Embora essa versio de uma pagina do modelo nao permita muitos detalhes, ela tem varias virtudes. Primeiramente, fornece uma gestalt, uma viso geral do planejamento reverso, sem parecer sobrecarregada. Segundo, ela possibilita uma répida verificacao do alinhamento — 0 quanto as avaliades da aprendizagem (Estégio 2) ¢ as atividades de aprendizagem (EstAgio 3) estdo alinhadas com os objetivos identificados (Estégio 1). Ter- ceiro, o modelo pode ser usado para revisar as unidades existentes que os professores ou secretarias de educagéo desenvolveram. Por fim, 0 modelo de uma pégina proporciona uma estrutura de planejamento inicial. Também temos uma verso de muitas paginas, que permite o planejamento mais detalhado, incluindo, por exemplo, um plano para ta- refa de desempenho e um calendério diario para listar e sequenciar os principais even- tos de aprendizagem. Understanding by Design Professional Development Workbook (MCTIGHE; WIGGINS, 2004, p. 46-51) inclui um modelo de seis paginas que permite um Plangjamento mais detalhado. ss ae a __Normalmente observamos que os professores comecam a internalizar o Proceso Tt enquanto trabalham com o modelo de planejamento Pars # Tt considerem 0 que querem demanda que os planejadores va 2a ‘, entéo, que estruturem essas compreensoes na forma de PERE: sduas primeiras segies do Estagio 1 do modelo, 05 ususrios Digitalizado com CamScanner

You might also like