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SY UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE AN Curso de Engenharia Civil HIDROLOGIA Capitulo 8 - Agua subterranea Importancia da agua subterranea + Grandes reservas, menor variabilidade temporal, grande extensao geogréfca. + Importante para o abastecimento doméstico, sobretudo rural mas também em algumas cidades: Xai-Xai, Chokwé, Tete, Quelimane, Pemba. + Importante em problemas de construgao (fundagdes, estabilidade de taludes, drenagem de fossas sépticas e aterros sanitarios, inftragao de aguas pluviais na origem). Comparagao com agua superficial PROS ~ Beneficia de fitragem natural, melhor qualidade biolégica, nao tem sedimentos. = E uma reserva que perde pouca agua por ‘evaporagao. Estende-se por areas geogréficas mais vastas. CONTRAS ~ Acesso € mais difcil = Estudos s40 mais complexos. ~ Caudais $80 muito mais pequenos. Definigdes e conceitos fundamentais Geohidrologia vs Hidrogeologia Zonas de aeragao (nao saturada) e de saturagao (saturada) Lengol / toalha / nivel freatico Aquifero / aquicludo / aquitardo Tipos de aquiferos: ~ Confinado - Semi-confinado - Freatico ~ suspenso Tipos de aquiferos Caracteristicas dos aquiferos + Ammazenamento de agua ~ Porosidade n: primaria e secundaria « Diminui com o aumento do dlameto das particulas, + Diminui com a compactacao do solo. Porosidade predominante Porosidade Pores [arto aeons ses rose area fra si rose Caracteristicas dos aquiferos . Armazenamento de agua ~ Rendimento especifico ou cedéncia especifica S, relagdo entre o volume de agua drenada por gravidade num sol inicialmente saturado e 0 volume total do solo. = Retengao especifica r= capacidade de campo -n=rtS, = Argila: grande porosidade mas baixo rendimento ‘especifico, Rendimento especifico ater Rendinento espectico ), lareao grossero laa 25 faredo medio [e524 fareao no ea 1088 fa areia mac [26-28 area fina 2a 78 site le largia arenas. I7 larga 2-3 ares Di-3F [eatearo ra Relagdo entre porosidade, rendimento especifico e retencdo especifica Caracteristicas dos aquiferos + Armazenamento de agua - Armazenamento especifico S,: volume de agua libettado por unidade de volume do aquifero para um abaixamento unitario da altura piezométrica Coeficiente de armazenamento S: volume de agua libertado por uma coluna de aquifero de seccao transversal unitéria para um abaixamento unitério da altura piezométrica. 'S=hxS, no caso dum aquifero confinado, sendo ha espessura do aquifero, S=hXxS, +8,,no caso dum aquifer fredtico, sendo h d espbssura saturada do aquifer, Caracteristicas dos aquiferos Permeametro + Condutividade da agua ~ Permeabilidade ou condutividade hidréulica K: capacidade do aquifero de escoar agua ‘subterranea. Determinagao de K em laboratério ‘com permeametro ou no campo através de ensaios de bombagem. . Transmissividade T: produto da permeabilidade K pela espessura do aquifero H. Resistencia hidraulica c dum aquitardo (camada semi-permeavel): ¢=H/K \ Wa ZZ. Permeabilidade Caracteristicas dos aquiferos [aterar [Pemeabiaade (rv) [eae 09-1000 + Homogeneidade - caracteristicas ndo variam [weia grosee [20-100 de ponto para ponto. [aveia mecia 5-20 i 4 tee tne Soe « Isotropia — caracteristicas nao variam com a site ort orientagao a volta de um ponto [arate (oupertce) loot-02 [avai (profunda) fo-07 [eres loz-3 [cated i Doomite [07 Basa loot [Granite meteoreado Fs [Granito nao meteorizade loz. Homogeneidade e isotropia ogee erga Ge eons = Ke coe, ite wed ante We Ke Eee cee ie St Boains tam Ga nd SSS Recarga e ressurgéncia « Recarga R: fracoao da precipitagao que se infiltra e percola até ao lencol freatico. Depende de’ ~ caracteristicas da zona superficial ndo saturada. ~ zona de recarga ~ forma como ocorre a preciptagao. « Fontes de recarga: precipitagao, rios e lagos, inrigagao. « Recarga anual média ¢ fraceao pequena da precipitagao anual média (menos de 20%). « Rendimento seguro - 40-80% da recarga. Recarga e ressurgéncia Em termos médios, recarga ¢ igual a saida (para um rio, lago, fonte ou oceano ou para a atmosfera por evaporagao em aquiferos perto da superficie do terreno), Extracoao de agua do aquifero diminui a descarga (ex° caudal do rio Incomati em Marracuene). No contar duas vezes a mesma agua. Ressurgéncia - agua que sobe de um aquifero para os estratos superficiais. Ocorréncia de agua subterranea Rochas igneas e metamérficas - aquiferos fracos, permeabilidade e porosidade muito baixas, zonas de fracturacao e falhas (porosidade secundaria). Rochas sedimentares — aquiferos com caracteristicas variadas, bons aquiferos em calcarios e dolomitos carsificados. Sedimentos ~ contém a maior parte dos aquiferos, sobretudo com formagées de areia e aredo. Rocha ignea ou metamérfica (Nesta ere} (reoaito) Hidraulica do escoamento subterraneo + Baseia-se na lei de Darcy e na equacao da continuidade. « Lei de Darcy: 0 escoamento da agua através dum meio poroso saturado homogéneo e isotrépico € proporcional ao gradiente hidraulico, = K 21202 L llustragao da lei de Darcy by -—. d Lei de Darcy Velocidade do escoamento subterraneo é muito baixa, componente cinética pode ser desprezada, carga @ = cota piezométrica. (9,7 9,)/L = gradiente hidraulico i Ki K = permeabilidade (midia) v= velocidade aparente de fitragao Lei de Darcy é valida porque 0 escoamento se processa em regime laminar. Lei de Darcy + q=-K Hi—caudal especifico (caudal por metro de largura) «_ Expressées similares nas direcgées y, z {aquifero isotropico: Kx = Ky = Kz = Kk). « Escoamento em meio estratificado: = Na direcgdo perpendicular ao fluxo, Na direcgo paralela ao fluxo. VALET OD HK ig Estratificagao em direcgao perpendicular ao fluxo ~ Caudal e velocidade ao iguais em todas as camadas atravessadas, ~ Para cada camadaj Y= -Kyi)~-K)h,/ll ah) =-vH/K, ~ Perda de carga total do escoamento ao atravessar as varias camadas Sy, SK) Koy AN/H= Koy Sah Estratificagao em direccao paralela ao fluxo = Gradiente hidrdulice igual em todas as camadas atravessadas. ~ Para cada camadaj 4) =-K,-H,-1=-K,-H,-AK/L LLLLLLLLLLD ~ Caudal total que atravessa as varias camadas nthe = a= La =- Leet VO LLITD a DK) Escoamento em meio estratificado - Estralificagao na direceao perpendicular ao fluxo, resisténcia hidraulica é igual a soma da resisténcia hidraulica das camadas. Estralificagdo na direceao paralela ao fluxo, transmissividade é igual a soma das transmissividades das camadas. « Estrafificagao na direceao perpendicular ao fluxo , quase toda a perda de carga dé-se nas camadas ‘menos permedveis, « Estratficagao na direcgo paralela ao fluxo, quase todo 0 escoamento passa pelas camadas mais permedveis. Escoamento em meio estratificado « Escoamento através da fundagao de uma barragem Equagao da continuidade Equag¢ao da continuidade + Caudal de entrada no aquifero - caudal de saida = variagao do volume armazenado por unidade de tempo. « Variagao lenta, regime permanente; apenas em certas situacdes se considera regime variavel. Equacao geral do escoamento subterraneo, regime variavel « Ligando a equacdo da continuidade com a lei de Darcy’ a) Aquifero homogénee anisotrépico confinado b) aquifer homogéneo anisotrépico fresco , ‘espessura saturada varia, sendo H espessura média nthe aks Equagao geral do escoamento subterraneo, regime variavel « Equagées nao sao integraveis analiticamente, tem de se usar integracao numérica (por exemplo, com 0 método dos elementos finitos). « Equagdes podem ser simplificadas para uma série de casos particulares. «Vamos considerar que o meio é sempre homogéneo. Simplificagées da equagao geral, aquifero confinado Meio isotrépico, regime variavel x 2,20, 20 Meio isotrépico, regime permanente - equagao de Laplace Simplificagdes da equacao geral, aquifero freatico Meio isotrépico, regime variavel 5, oh Meio isotrépico, regime permanente - equagdo delaplace a, Escoamento bi-dimensional . Escoamento é bidimensional se as caractersticas do adulferoe condigSes de frontera se repetem em planos paralelos (escoamento piano) ou em plans {odos concorrentes num mesmo elxo (escoamento radial). -_ Escoamento b-dimensionai piano (homogéneo isotrépico) Ho 204 art” ay Fungo potencal © ¢ fungao de corrente \ -redes de fescoamento sdo compostas por linha equipoteneiais (® constante) e por linhas de corrente (‘Y constante) fue se cruzam porpendicularmente. Vip=VO=0 + @ 6 uma fungao narménica 5-2 ov yam ow vew=0 ‘As duas fungées so ortogonais em qualquer ponto W= © +i # (funcao de var. complexa). Rede de fluxo aba asao esos 10S Rede de fluxo ar an An Aq=v, An=“" (@,-0,)=¥,-¥, 0 Anes « Aq 60 mesmo entre sucessivas linhas de corrente, + Se on? linhas de corrente = s+1, 0 caudal que passa entre linhas de corrente adjacentes é Kah Construg&o duma rede de fluxo + Desenhe os limites do dominio do escoamento & ‘mesma escala horizontal e vertical «Trace tentativamente trés ou quatro linhas de Corrente, com uma transicgo suave entre as linhas de Eorrente limitantes do problema, a distancia entre finhas de corrente agjacentes aumenta na direcao do maior raio de curvatura, Trace tentativamente as linhas equipotencials, que dover cortar todas ag linhas de corrente, incline as fimitantes, formando angulos rectos © qué devem formar quadrados (excepto nas proximidades de pontos Singuiares) Ajuste a posigao das linhas de corrente e das linhas equipotenezas ate se able a corecia otogonaldade a formagao dos quadrados curvilineos, num rocedimento de aproximagoes sucessivas, Atribua valores a © e y. . Escoamento bidimensional radial Aquifero confinado homogéneo isotrépico 0,29 oe _S op Em regime permanente, 0 2° membro anula-se. Equagao similar para aquifero freatico isotrépico 18, dh oh (oH Escoamento plano num aquifero confinado ° a oy Aguero |b Escoamento plano num aquifero confinado Escoamento plano num aquifero confinado + Constantes c,, ¢, determinadas a partir das condigées de fronteira Escoamento plano num aquifero confinado « Linha piezométrica & uma recta + Velocidade e caudal aumentam com a permeabilidade. « Caudal aumenta com a espessura do aquifero Escoamento radial num aquifero confinado come ETT Escoamento radial num aquifero confinado - Pogo completo ~ apanha toda a espessura do aquifero, + Escoamento radial & diigido da periferia para o centro, « Simetria radial ~ as superticies equipotenciais sao Gllindricas e concantricas com 0 pogo, as linhas de corrente sao semerectas radia. «A distancia r do centro do pogo, a cota piezométrica P< + 9-9 =8 60 rebaixamento. No pogo (r= r,), acota Biezdmnétrica 6 @, © 0 rebaixamento 6 s, + Q, € 0 caudal constante extraido do pogo. Escoamento radial num aquifero confinado + Simetria radial, espessura constante: 0 escoamento é unidireccional na direc¢ao radial 1d (de, fo 1 pee n(r)+e, rar ar ary «As constantes sao determinadas pelas condigdes de fronteira Lu} 2 Escoamento radial num aquifero confinado + Equagao de Thiem %-9 « Rebaixamento no pogo + Curva caracteristica do pogo Calculo de K por ensaio de bombagem num aquifero confinado Sto Pogo de penetragao parcial Pogo de penetragao parcial Campo de furos « Férmula de TNO, dé 0 acréscimo do i oe Po swt rebaixamento. ZANZ 7: (pp 5p = tn? F,e) 3K, +h) | 7, | 42 pose Causal especifice q, - caudal por unidade de rebalxamento Caudal maximo de um furo num aquifero freatico 1) hahah 2 0, ie rebaixamento s, entre 0,5h, © 0,75h, — Qentre 0,75 € 0,94 de Q,.,, Situagdes particulares + Pequenos rebaixamentos e numa zona afastada do pogo i =(hy 2aKhy \r) + Grandes rebaixamentos no pogo, correceao dada pela formula de Jacobs Problemas de exploracao de aquiferos costeiros Exploragao deve ser cuidadosa, atender ao interface agua doce égua salgada. Exploragao excessiva pode originar intrusao salina (ex? aquifero de Chuiba em Pemba) Recuperagao de um aquifero contaminado demora muito tempo por causa do longo tempo de residéncia. Interface é estacionaria em termos médios; Pequena espessura, pode ser considerada uma transigao brusca. Teoria de Ghyben-Herzberg « Hipoteses: - 0 escoamento da agua doce & horizontal; = ndo existe escoamento da agua salgada; - interface entre os dois tipos de agua é uma superficie, ndo existindo uma zona de mistura. « Verifica-se que a interface aparece a uma profundidade de cerca de 40 vezes a altura da toalha fredtica acima do nivel do mar. Teoria de Ghyben-Herzberg Teoria de Ghyben-Herzberg « Equilibrio hidrostatico num ponto genérico da interface (a+2)p.8 = 27.8 Pty 40h om) Caudal que se escoa para © oceano por metro de costa Teoria de Ghyben-Herzberg « Limitagées da teoria ~ Nao descreve correctamente 0 afloramento do aquifero no mar. ~ Ha aceleracao do escoamento. ~ Ha componente vertical do escoamento, + Escoamento processa-se através de uma faixa, no de um ponto. «Nivel freatico préximo da linha de costa tem de ser superior ao previsto pela teoria. Risco de intrusao salina em aquiferos costeiros Problemas de exploragao de Problemas de exploragao de aquiferos em ilhas maritimas aquiferos em ilhas maritimas eoume + Profundidade de interface € fungao de: cart PELLET EE ~ Bemeaiiade Sieetcin FE, = Tamanho da iha 42 + Muitas vezes, permeabilidade & alta (caleério, 7 al an a areia), a interface & pouco profunda. ows reason 7 [tte LES Problemas de exploracao de aquiferos em ilhas maritimas + Escoamento paraomar Q, =m r'R + Conjugando com a teoria de Ghyben-Herzberg dz, _(p.-p,) dr + Por integrago e considerando a condigéio de fronteira h = 0, z = 0 para x =r, ( 2K(l+yy 50 2eeklysy

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