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Extensivo

Entendimento de Texto
prof. Eloy

Apostila 1; Pág. 106; Aula 2


Os dois níveis de leitura
O que nos permite entender um determinado texto?

Apreender

Interpretar
Compreender
O que nos permite entender um determinado texto?

Apreender
- Sentido das palavras isoladas
(vocabulário)

Interpretar
Compreender
O que nos permite entender um determinado texto?

Apreender
- Sentido das palavras isoladas
(vocabulário)
- Sentido das palavras combinadas
(estrutura frasal)
Interpretar
Compreender
O que nos permite entender um determinado texto?

Apreender
- Sentido das palavras isoladas
(vocabulário)
- Sentido das palavras combinadas
(estrutura frasal)
Interpretar
Compreender
- Intertextualidade ou interdiscursividade
(referência implícita ou
explícita a outros textos)
O que nos permite entender um determinado texto?

Apreender
- Sentido das palavras isoladas
(vocabulário)
- Sentido das palavras combinadas
(estrutura frasal)
Interpretar
Compreender
- Intertextualidade ou interdiscursividade
(referência implícita ou
explícita a outros textos)
- Informações que não estão no texto
(contexto histórico)
O que nos permite entender um determinado texto?

Apreender
- Sentido das palavras isoladas
(vocabulário)
- Sentido das palavras combinadas
(estrutura frasal)
Repertório
Interpretar
Compreender
- Intertextualidade ou interdiscursividade
(referência implícita ou
explícita a outros textos)
- Informações que não estão no texto
(contexto histórico)
Apreender é o mesmo que capturar os significados presentes no texto; é “trazer
para a mente” os seus sentidos. Para atingir esse resultado, é necessário dar dois
passos, basicamente:

- reconhecer o sentido das palavras (Vocabulário);

- identificar as relações que existem entre elas, o modo como foram combinadas
(Sintaxe – estrutura frasal);

- saber fazer uma paráfrase (explicá-lo com outras palavras).


Compreender o sentido é relacionar os significados apreendidos com outras
informações e dados contidos em outros textos do universo cultural. Assim, a
passagem da apreensão para a compreensão consiste em:

- associar o sentido do texto lido com outros textos já produzidos


(Intertextualidade ou interdiscursividade);

- associar o sentido do texto lido com o conjunto de informações que circulam


na sociedade (contexto histórico da produção do texto ou que o texto
retrata: social, cultural, político, econômico, etc.).
Exercício Extra 1 - FUVEST
Exercício Extra 1 - FUVEST
Contra a maré
A tribo dos que preferem ficar à margem da corrida dos bits e
bytes não é minguada. Mas são os renitentes que fazem a tecnologia
ficar mais fácil.

Nesta nota jornalística, a expressão "contra a maré" liga-se,


quanto ao sentido que ela aí assume, à palavra.
a) tribo.
b) minguada.
c) renitentes.
d) tecnologia.
e) fácil.
Exercício Extra 1 - FUVEST
Contra a maré
A tribo dos que preferem ficar à margem da corrida dos bits e
bytes não é minguada. Mas são os renitentes que fazem a tecnologia
ficar mais fácil.

Nesta nota jornalística, a expressão "contra a maré" liga-se,


quanto ao sentido que ela aí assume, à palavra.
a) tribo.
b) minguada.
c) renitentes.
d) tecnologia.
e) fácil.
A tribo dos que preferem ficar à margem da corrida dos bits e
bytes não é minguada. Mas são os renitentes que fazem a tecnologia
ficar mais fácil.

tribo = grupo de pessoas

ficar à margem = não participar

a corrida dos bits e bytes = competição nos avanços na informática

minguada = pequena

renitentes = teimosos
A tribo dos que preferem ficar à margem da corrida dos bits e
bytes não é minguada. Mas são os renitentes que fazem a tecnologia
ficar mais fácil.

tribo = grupo de pessoas

ficar à margem = não participar

a corrida dos bits e bytes = competição nos avanços na informática

minguada = pequena

renitentes = teimosos
Exercício Extra 1 - FUVEST
Contra a maré
A tribo dos que preferem ficar à margem da corrida dos bits e
bytes não é minguada. Mas são os renitentes que fazem a tecnologia
ficar mais fácil.

Nesta nota jornalística, a expressão "contra a maré" liga-se,


quanto ao sentido que ela aí assume, à palavra.
a) tribo.
b) minguada.
X
c) renitentes.
d) tecnologia.
e) fácil.
Exercício Extra 2
Exercício Extra
“Que a morte apressada seja tributo do entendimento, e a
vida larga atributo da ignorância.”
Pe. Antônio Vieira - Sermão nas exéquias de D. Maria de Ataíde, 1649

Pe. Antônio Vieira: foi um religioso, filósofo, escritor e orador português da


Companhia de Jesus. Uma das mais influentes personagens do século XVII em
termos de política e oratória, destacou-se como missionário em terras brasileiras.

Exéquias: sf pl Cerimônias fúnebres; obséquias.

D. Maria de Ataíde: Filha dos condes de Afougia, Dama de Palácio.


Exercício Extra
“Que a morte apressada seja tributo do entendimento, e a
vida larga atributo da ignorância.”
Pe. Antônio Vieira - Sermão nas exéquias de D. Maria de Ataíde, 1649

Quais são os significados das expressões abaixo?


tributo pagamento
atributo característica
Que figura de linguagem elas formam? Paronomásia
Exercício Extra
“Que a morte apressada seja tributo do entendimento, e a
vida larga atributo da ignorância.”
Pe. Antônio Vieira - Sermão nas exéquias de D. Maria de Ataíde, 1649

Quais são os significados no texto das expressões abaixo?


morte apressada Viver pouco, sacrificar-se.
vida larga Viver muito, com conforto.
entendimento Conhecer nosso propósito: pecado, expiação e salvação.
ignorância Desconhecer nosso propósito: querer desfrutar a vida.

Que figura de linguagem elas formam? Antítese


Dica de filme: A Missão, 1986 (Roland Joffé)
Tratado de Madri, 1750
Guerras Guaraníticas, 1750-1756
Tratado de Madri, 1750 / Guerras Guaraníticas, 1750-1756

© Prof. Eloy Gustavo


Dica de filme: O silêncio, 2016 (Martin Scorsese)
Japão – 1640
Resistência japonesa à pregação e tentativa de conversão cristã feita
pelos jesuítas
Exercício Extra 3
Exercício Extra 3
Chacal (pseudônimo de Ricardo de Carvalho Duarte; Rio de Janeiro, 24 de maio de 1951) é
poeta e letrista brasileiro
Divisa
O barro basta
sem dádivas
sem dívidas
sem dúvidas.

1) Qual é o significado do termo “divisa” no texto?


Exercício Extra 3
Chacal (pseudônimo de Ricardo de Carvalho Duarte; Rio de Janeiro, 24 de maio de 1951) é
poeta e letrista brasileiro
Divisa
O barro basta
sem dádivas
sem dívidas
sem dúvidas.

1) Qual é o significado do termo “divisa” no texto?


divisa sf 1 Sentença ou frase que exprime a ideia ou sentimento
predominante de alguém, o nome de um partido etc.; emblema.
Exercício Extra 3
Chacal (pseudônimo de Ricardo de Carvalho Duarte; Rio de Janeiro, 24 de maio de 1951) é
poeta e letrista brasileiro
Divisa
O barro basta
sem dádivas
sem dívidas
sem dúvidas.

2) Qual é um possível intertexto religioso do termo “barro”?


Exercício Extra 3
Chacal (pseudônimo de Ricardo de Carvalho Duarte; Rio de Janeiro, 24 de maio de 1951) é
poeta e letrista brasileiro
Divisa
O barro basta
sem dádivas
sem dívidas
sem dúvidas.

2) Qual é um possível intertexto religioso do termo “barro”?


Gênesis (Antigo Testamento) E formou o Senhor Deus o homem do
pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem
foi feito alma vivente.
Exercício Extra 3
3) Com base nas duas questões anteriores, interprete o sentido de cada
um dos versos abaixo:

Divisa (lema)
O barro basta
sem dádivas
sem dívidas
sem dúvidas.
Exercício Extra 3
3) Com base nas duas questões anteriores, interprete o sentido de cada
um dos versos abaixo:
1 Minha condição de ser efêmero é
Divisa (lema) suficiente.
1 O barro basta
2 sem dádivas 2 Nenhuma deidade me concedeu a vida,
3 sem dívidas sou fruto do acaso.
4 sem dúvidas. 3 Não devo obediência a nenhum deus.
4 Não me angustio sobre se serei digno
dessa dádiva ou se terei direito ao paraíso.
Exercícios da apostila
Em classe desenvolvendo habilidades
Exercício 1 FUVEST
Leia o seguinte texto, extraído de uma matéria jornalística sobre
supercomputadores:
Supercomputadores são usados para cálculos de simulação pesada. Um
exemplo recorrente do uso desse tipo de equipamento é a de simulação
climática: com quatrilhões por segundo de processamento, torna-se possível
que um computador tenha capacidade de calcular as oscilações
meteorológicas. Isso ajuda a prevenir desastres, ou a preparar políticas de
apoio à agricultura, se antecipando a cenários os mais variados.
Evidentemente, há outros usos, como pesquisas científicas que precisam
também simular cenários, com uma ampla gama de variáveis. Estudos
militares e de desenvolvimento de tecnologia também se beneficiam do poder
computacional desse tipo de equipamento. Disponível em: <www.techtudo.com.br>. Acesso em: 24 jun. 2016.
Exercício 1 FUVEST
a) Reescreva o trecho “é a de simulação climática: com quatrilhões por
segundo de processamento”, levando em conta a correção e a clareza.

b) A palavra “cenários” (sublinhada no texto) foi empregada com o


mesmo sentido em suas duas ocorrências? Justifique sua resposta.
Exercício 1 FUVEST
a) Reescreva o trecho “é a de simulação climática: com quatrilhões
por segundo de processamento”, levando em conta a correção e a
clareza.
Uma forma possível de reescrita seria:

“é a simulação climática: com o poder de processar


quatrilhões de dados por segundo”.
Exercício 1 FUVEST
b) A palavra “cenários” (sublinhada no texto) foi empregada com o
mesmo sentido em suas duas ocorrências? Justifique sua resposta.
Na primeira ocorrência, a palavra cenários se refere à antecipação
dos eventos climáticos consequentes das oscilações meteorológicas. O
termo assume, portanto, um sentido restrito a um determinado campo
científico.
Na segunda, cenários faz referência à situação em que se
inscrevem acontecimentos de qualquer natureza. Dessa forma, o sentido
se amplia e o uso não se limita a uma área específica de pesquisas,
como ocorreu anteriormente.
Exercício 3 UNESP
Observe o cartaz, difundido durante a II Guerra
Mundial (1939-1945).
Exercício 3 UNESP
A imagem representa:
a) a nacionalização de empresas estrangeiras pelo governo japonês.

b) a propaganda norte-americana contra o Japão nos anos anteriores a Pearl


Harbor.

c) a superioridade do guerreiro samurai japonês diante das forças dos Aliados.

d) o bombardeio das cidades de Hiroshima e Nagasaki pela aviação norte-


americana.

e) a aliança entre o Japão e a União Soviética contra o imperialismo capitalista.


Exercício 3 UNESP
A imagem representa:
a) a nacionalização de empresas estrangeiras pelo governo japonês.

b) a propaganda norte-americana contra o Japão nos anos anteriores a Pearl


Harbor.

X
c) a superioridade do guerreiro samurai japonês diante das forças dos Aliados.

d) o bombardeio das cidades de Hiroshima e Nagasaki pela aviação norte-


americana.

e) a aliança entre o Japão e a União Soviética contra o imperialismo capitalista.


Extras!
Exercício 1 UNICAMP
O poema abaixo vem impresso na orelha do livro Psia, de Arnaldo Antunes.

Psia é feminino
de psiu;
Para transformá-las em coisas,
que serve para chamar a atenção
em vez de substituírem
de alguém, ou para pedir
as coisas.
silêncio.
Calos na língua; de calar.
Eu berro as palavras
Alguma coisa entre a piscina e a pia.
no microfone
Um hiato a menos.
da mesma maneira com que (Arnaldo Antunes, Psia. São Paulo: Iluminuras 2012.)

as desenho, com cuidado,


na página.
Exercício 1 UNICAMP
Na orelha do livro, Antunes apresenta ao leitor seu processo de criação
poética. É correto dizer que o autor se propõe a

a) revelar a primazia da comunicação oral sobre a escrita das palavras.

b) discutir a flexão de gênero, que torna a palavra “psia” um substantivo.

X
c) defender a conversão das palavras em coisas, mudando seu estatuto.

d) explorar o poder de representação da interjeição exclamativa “psiu!”.


Exercício 1 FUVEST
Leia este texto.
É conhecida a raridade de diários íntimos na sociedade escravocrata do
Brasil colonial e imperial, em comparação com a frequência com que surgem
noutra sociedade do mesmo feitio, o velho Sul dos Estados Unidos. Gilberto Freire
reparou na diferença, atribuindo-se ao catolicismo do brasileiro e ao
protestantismo do americano: aquele podia recorrer ao confessionário, mas a este
só restava o refúgio do papel. Esta é também a explicação que oferece Georges
Gusdorf, na base de uma comparação mais ampla dos textos autobiográficos
produzidos nos países da Reforma e da Contrarreforma. Ao passo que no
catolicismo o exame de consciência está tutelado na confissão pela autoridade
sacerdotal, no protestantismo, ele não está submetido a interposta pessoa.
MELLO, Evaldo C. de. “Diários e ‘livros de assentos’”. In: ALENCASTRO, Luiz Felipe de (Org.). História da vida privada no Brasil 2.
Exercício 1 FUVEST
a) De acordo com o texto, em que grupo de países os diários íntimos surgiam com
maior frequência e por que isso ocorria?

b) A que expressões do texto se referem, respectivamente, os termos destacados no


trecho “ele não está submetido a interposta pessoa”?
Exercício 1 FUVEST
a) De acordo com o texto, em que grupo de países os diários íntimos surgiam com
maior frequência e por que isso ocorria?

O texto afirma que os diários íntimos surgiram com maior frequência


no Sul dos Estados Unidos do que na sociedade escravocrata do Brasil
colonial e imperial. De acordo com o sociólogo Gilberto Freire, citado no
trecho, isso se explica pelo fato de, no catolicismo, haver a possibilidade de
confessar-se a uma “autoridade sacerdotal”, com poderes para redimir os
pecadores de seus pecados e promover o alívio de consciência. No
protestantismo norte-americano, por outro lado, a ausência dessa figura –
que se interpusesse entre o indivíduo e o divino – levou as pessoas a recorrer
a textos autobiográficos, a fim de analisar suas questões mais íntimas.
Exercício 1 FUVEST
b) A que expressões do texto se referem, respectivamente, os termos destacados no
trecho “ele não está submetido a interposta pessoa”?

O termo ele refere-se à expressão “exame de consciência”; já


interposta pessoa, à expressão “autoridade sacerdotal”.
Exercício 2
Voltou à moda o velho “faça você mesmo” ou bricolagem. A
ideia de que às vezes é melhor trabalhar com a mão na massa,
engajando os cidadãos, se tornou uma metáfora para práticas
pedagógicas, ações políticas, retórica empreendedora. Mas poucos
usam, no Brasil, o termo que melhor representa essa potência
criativa de que as pessoas são capazes: gambiarra. Palavra menos
nobre, gambiarra existe, no Brasil e em outros países de língua
portuguesa, quase sempre como um termo popular, dialetal ou
depreciativo. Porque é um faça-você-mesmo rebelde que recombina
peças já existentes, no interior de regras dadas, para inventar novas
funções e afirmar novas regras.
Exercício 2
Escolhi cinco livros que mostram as gambiarras em ação, entre
eles, A invenção do cotidiano: Artes de fazer, de Michel de Certeau.
Nesse livro, o historiador e teólogo francês apresenta um estudo
analítico e um elogio político da criatividade do “cidadão comum”.
Ao traçar uma distinção entre estratégias (as regras do jogo
formuladas pelos que têm o poder de estabelecer regras) e táticas (os
gestos, ações, invenções dos subjugados, que tentam lidar com as
regras, mas também achar um jeitinho de driblá-las), Certeau revela
as gambiarras que fazem com que o cotidiano se invente e reinvente.
(Adaptado de Yurij Castelfranchi, Livros para imaginar, apreciar e fazer gambiarras.
Disponível em https://www.nexojornal.com.br/estante/favoritos/2019/5-livros-paraimaginar-apreciar-e-fazer-gambiarras. Acessado em 10/08/2019.)
Exercício 2
a) Explique por que a gambiarra é, ao mesmo tempo, indisciplinada e
criativa.

b) Segundo Castelfranchi, como Michel de Certeau associa a ideia de


gambiarra às ações políticas do cidadão comum? Responda com base
em dois exemplos citados no texto.
Exercício 2
a) Explique por que a gambiarra é, ao mesmo tempo, indisciplinada e
criativa.
?
Exercício 2
b) Segundo Castelfranchi, como Michel de Certeau associa a ideia de
gambiarra às ações políticas do cidadão comum? Responda com base
em dois exemplos citados no texto.
?

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