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CAPITULO + NOVE EDUCACAO SOCIALIST, PEDAGOGIA Historico-Critica — Os Desarios DA SOCIEDADE DE CLASSES” Dern Saas Ais socyamisione cde abordada neste texto pelo prisma das concepgbes de edueacio, de modo a situar a5 ‘enordenalas de wine tcorin pedagiyca fundamentada na perspec: tiva dialética tal como aparece desenwolvida na obra de Mars, Pare lato, parte-se da eelacio entre educacio € socialism € expleita se a concepcio matxsta de homer, sobre cuja base se evidenctam as ‘Contradigdes da concep burguesa de ensina qual se contsapoe ‘a concepgio socialists de edueagao. Na seqiéacia, exeninase teducagao a2 sociedad de classes ¢ os desafios que els coloes para a pedayoxia histrico: no campo da educagio. rca enquanto expressio terica do markismo ‘Ever vue apa bor rte ator, daa lt Cesar pln ana apecemo re Caloqat Crane raze Canpins Sra Lenora de 2008 Cdn ecg ir sea co, Test ne Semi recto cm Cacavel eo da 3t de oat de 293 + ocr emi dali Ex de Campine Unni, esate o Gonseino Nail de Descnsrirante Crain Teenage ‘tercender do Crapo dc Etre Peque Hes Soi ‘Belo no Baas seca) Diante db tarefa de trata elagio entre educagioe socialism, { pmimeiea questéo que se poe ch respite de ciferentes aces de sotalismo: O Marjo do arid comunsta (Max w ENCES, 1968) ds tingue "Socalismo rescionino", que compreende of socialism fe {h, pequeno-burguése alem2o, “soctalismo conservador ot burguts” «© “socialismo € comunisme critico-utpicos". Depovs, Engels (197) Aiferenciou seciakime utopico de socialismo ctentifico, Para ele © socalsmo ut6pico “eritiava 0 modo de producao eaptalistaexisten- {te € suas conseqiéncias, mas ndo consegua explicé-lo nem podia, portanto, desteui-lo ideclogeeamente, nada mts The restva sendo epudiilo, pura e simplesmente, coro mau” (p. 43). Era necessi, orem, captare mode de produsio cs italia em sn conexdes cern se histriea pondo em evidéncaa sia estretura interna, “yeu carter intimo", que ainda se encontrava oculto. Essa tarefa fot realzada por Mars, que, com “teons dh mais ais", desvendou 0 sepredo da producao captasta Poe esse caminho fs possivel 20 $0: asm tors cieatiico. Nese acepeéo 0 socialism em ugar de ser considerodo um ees! ser conquistado pelo entsiasmo éa venta Ae, pondo em prtica panos araentes, era encaad como produco dis leis de desenvolvimento do capitalism, emergindo como sun negacio np proceste revolicionsno de trangia para © comunsema ond do pelo proteariado, Tendo por reertncia ess concepgio de socialism associada 10 mmarxsm,procuratemos compreender osigninenda de uma educa0 de eunho socialist ‘Considerando que educagho € uma atividade especificamente humana cu engern cennexle com 2 ongem do prepre homem, & n0 «entender da realidad humana cue devernos buscar o entendimen- to da educagio. Cabe, entio, pergutar. qual 3 concepcio de homer Deopris do warsismo? 1. CONCEPCAO MARISTA DE HOMEM, Nos Momus econmico-ilocaficas, redigidos em 1844, Mare procira entender em que consist a esséncia humana, corelato entre ‘tras denomimagdes que também aparecem no texto, como natureza humana realidad humana, F 2 eesposta que enconta para a peng ta formuada €o trabalho, O conteddo da esstncia humana resie no tuabutho. Pertanto is ve apresenta ade forma cara aida que sera dlesenvolvida depot deforms estemainen, obetiva & cienficn: 0 ser dohomem. asia estén, 10 € dado pela natureza, mas € prods «da pols proprios homens: Deiandoa si metmo, submetico 20 jugo da ‘tures, home pevece Paerentemence dos outosanimais que tém sua existenca garaniia pela ratuceza bastando thes adaptar-se a el para scbreviver, ohomem necesita fazer o contri. Precia agi o> austando-as suas necessidades. Em lugar de adaptarse natures, tem deadaptstaai E esse ato deagir sobre a natureza trineformando-3€ 6 que se chama trabalho. Porn. to, € pela trabalho queeshomens produzem asi mesm0s. Loxo oa Dhiomem é, 0 € pelo trabalho, © trabalho é pois, a esséncia humm Mas, diz Sinches Vaeques, “quando Mars vat realidade histoica social, x6 vé esta essncia ~ 20 contro de Hegel ~ por seu ldo ne iznivo. © trabalho que ele encontra na exstencia real, concreta, 60 hhomem & justamente o trabalho ahenido” (StNoez VAzoUuEe, 1977, 1p 415-416), Assim, a essen humana $6 se manifesta como essen ‘io aienada, isto €, negady na relagbes real que os homens mantém {com os prodtos deca atidade, com sta peda atiidade € com os ‘outros homens com que s¢ defronta no processo de trabalho, -Mar«sita aalienagSo num duple ano, objet subyetivo. Di le bres natareza transformant rast shemae: cormetesaeeces cm gualse ze home, 2 edens ohomen desi mene, des rea agi as de si 0 Jase etamtem eahenda str haraso} Elan de tae 6 vide grin an dndrdd send aper cmos segs. de mana abt. added princes nent em std Ferma aban 985,» 11, efor do oral! Vista deste modo, pelo aspectosubjtive siento consnte no rio reconhecimento, pela homem, ce «1 mesma seja ent seus proskt- tos, sja em sun atividede, sj, ainda, nos outros homens) 05 pro Autos de ceu propria trabalho cio vistas como objets estranhos, allcios b) o trabalho, apesar de ser sua prdpriaaividade, €conside- rado como algo externo no qual ele encontra nioa sin realzagio, mas 451m perdido, um for de sonimento,€ nao de saisfagdo €) em re> lagio aor outros homens, «trabalho alenado torns cads homers aie nado por outros oF quas, por sua vez, so alienados da vida hurnara, Mas o trabalho slienado nto se redus a esse aspecto subjetivo apresentando, também, um comes objetivo cans caraeterstcas independem de modo subjetive de seati las, como ocorre com a paupenzagao materiale espintual do trabalhadorcujo mundo se des: ‘alriaa ra proporgie direta dl valerizagio do mundo ds coiss por le produzidas, Com efeito, objetnamente o trabalho alienado, 20, mesmo tempo que produz mercadorias, produz também 0 proprio perio como mercadora Ve-se que a concepgio mersiana da easéacia humana ve dstingae «da concepo corrente, de critrexpeculatvo emetalcco ques con trapbe, portano, 3 existéncia histériea e secil dos homens. Marx em penko-seem compreender a essénca humana ne desenvohamento hi {rico em que ea se manifesta. primetro como nego devo, como, Pina aio devs pasazon ser med cae cipal Ain ato pitas wvtoO coetomesat debe de rch Fem (07 95) £m ‘ded Na Bad broads or Reread,» 39), reakzagio Assim entendido. corecto desewvolvido not Mansi no Coincide com a "iia metafiics de wena escéncia humana abstrata € ‘universal que nso di Iga a sua realzago histérca e socal” (SANCHEZ ‘Vazquez, 1977, p-418).Igalmente, essa concepcio nao se red det também abstratae universal da esstnca humara “como conjunte de a os caracteisticos de tode individuo” wma vez que, no entender de ‘Mars, “enquanto nose chega bustoricamente i fusto de esencla Cex tenia os dv duns wove na negago de su esinci (ie, tbe), Una deteeminagso mais preci da concepgto marxista de hormer emerge, a partir de 1345, quando Marx tedige com Engels A idigia len, conesbida, conforme o depeiment do préprio Mare, como urn ste de contas com sua conscinciefilosstica anterior, Datam dessa esa Epoca a Tet oh Forks, “uma série de afonismos que ora tesbocam ura angumentaczociiica, ora enuncism uma proposigio ls pian is vezes quase uma palaera de orden” (BaLiRaz, 1995, p23), Redigidas em marco de 1845, esas teses no teria so esertss para publicagio. “elas se assemelham 20 meworandia, formulas que S40 langadhs no papel para que nao se percam e sirvam de continus Fonte de inspiragio” (idem, p. 25) [As Tiss, que ce anteciparam a A lois ale, i yevelam a nove concepgio de homem Lemos na VI tse Feverbach le acc relgions mena anarn, Mos a it lahat lg sate, inteners eda indido ote Ee sta ‘entdae 0 coma das egies sc, Feerach que nto empoend cieadnc tinal eS, por tao oben 1 aftec ee omiso destin hates, Faro sentiment reise “ensieuma prepa am ndvidu bara so ba 2 ele + entre hans poder eanecbia coma edi come genera een, md ue eve 3 un tame os Indes (Mons, 197, 9.118, gordo ol Ai ise encontraa definiio de homers como 0 conjunto ds lagdes sci, na qual seencerra a intese do compleno de reflexdes © anslises constttivas da concepeao marsiana da relidade humana, Se os enunciados das Toes poem ser consierados uma espécie de “ontologia da prixs", A deega lend se constituits em uma ontolngi da producto” Com eleito, ays na se trata mais de coms dleraro processo historico como o desenvolvimento da essence hu ‘mara que é primeira negada, depois vsts come possibildade e,final- ‘mente relizads. Agora pare-te de fatos reat, da producto e das relagies sociais que ela engend: Acres de qe ramos so em aa de wnt, no sine rhs deems, pe miss eu use peas siege Si dee lt ced ger da arco aeveas ae etc porns ce a ened or sprigs ala Enar penis poem st conprovada, oneaente yet empiri [Mats + EAs 1474, 919) E, portanto, ma existenciaefetiva dos homens, nas contradigbes de seu mownenco rea e mio numa essen extera 3 essa estén, due sedescobreo que. homem & "tal e como os indviduos manifes- ‘tam sua vida, asim sto, O que sto coincide, por conseguints, com sta ‘rodisto, ‘arto como ge progzem como com 9 modo emo pred em" lider, grifos do original) Na passger dos Momecrtes eur para a Tass se Bekah © A tesa lana o concerto de esséncia humana passa a coincide com a prix, owe, ohomem entendido como ser prio, produtor, tant formdor Em coneequtaca, 0 conceto de aberasio dea de desem penhar o papel centil que desempenhava nos Manueri, Em lugar de Ser 0 fundamentoexplcaivo da stuagSo humana, passa ser consde rado como um fendmeno social que, por sua vez, ¢ fundamentado € cexpliado por outro fendmeno hitérico, a saber, divsbo do abaho, [As premissas estabelecidas em A sdloia lend vio ser aphcadas rigorosamente no extudo do modo de produgio capitalist sistema Jade 2 Ocapiud Tatas, ag, de “piranu 0 cariter socal, buenano, das telagies que os homens contraem dentro de um todo estruturads ‘que determina au ess reas — endo soces,humanas~ se apre Sentem com relacées entre coat” (SAncHez VA7AQUEZ, 1977, 9.427) Metodologicamente, Marx considera que “eller sobre as Forms da via humana earalis-as crenufcamente € seguir ote posta a do seu ‘vetdaceito deservcvimentohistérico. Comeca-se depovs do ato con- sumado, quando est conclsdos o resultados do processo de desen woluimento” (MAE3, 1968, p84), Is0 porque, conforme el escare ce em sexuida, as formas de conversso dos produtos do trabalho emt smereadorias “8 possuem a consistencia de formas naturats da vida “social” antes que os hornens procure apreender 0 seu sigrficado, 2 cles exapando inteiramente o carter historic dessas formas que, 20 contro, eles consideram wnutivess. A mercaducia x toxma mistrio ‘120 encobsir as caracteristicas socisis do trabalho humana, Conse. ‘citement, “um rlagio social dfinda,estabelecida entre os ho mens, asame a for fantasmagGrica de uaa relago entre eoisas* {iden p. 81) Pave explisae esse mecanssmo, Marx recor 3 reli: i, 0 produtos do cérebro humano parecem dotados de via préprie, figuras aucbnomas que mancém relagies entre sie com os seres Ruma tos. Eo que ocorse com ot produtos da mio hurmana, no mundo das reresdorias".E arremata, “chamoa iso de feuichismo, quc esti sen» pre grudacio aos podutos do trabalho quando so gerados como mer- ‘adoris.Einseparivel ds produgSo de mereadonas” (idem), ‘Ocariter msteriove di mercndoraliga-s,entio,bopacidade dae relagbes que caracterizam a sociedade capitalist que outa cove m20 {scalouuma sociedade produtora de mereadonas, Marxembra que “no regime feudal, cjam quns forem os papes que os homens desempe rina, ao se conirontarem, 4 relagBes scias entre as pessoas ma ren. lenge de seus trabllnorrevelamce camo sits proprias relagBes pes ‘03s, mio se dscimulando em relacoes entre coisas, entre proluros do ‘uabalho” (idem, p. 86). Com base nes constaiago, to tratar da con- tradigio entre of objetivo proclamacos eos objerios reais m2 ec cagio, desenvoit 2s seguintes consideraces ‘A fungio de mascarar os objctives eat por moo dos ebjetivos prochmador¢ exatamente a marca dstiniva 63 deotogia ber dad in condiczo de eologiatptca do modo de preicto capitaista 0 ‘gal insoduzia, pla va do“Fetchinmo da mercedena™ a opacidade nas Felagber sociais. Com eleito, se as sociedades escravsta e feudal 36 relagdes sociiseram transpaentes J que o escravo era, no plano ca realdade eno plan da concepsio, de ftorede drt, propriedade do seahor ¢, a cen, para vex esta submetido 20 senor também: de faroe de dueto realeconceiualmente, masocedade capitalist deren tam-se no mercado proprictirios agarentemente iguais, mas de fto decguns,realzando, sob 2 aparéncia da hibercade. a escravizaczo do ‘rabalho ao capital. Insialase a csio entre a aperéacia ea essen, en tre odicte ofato, entre a forma eo conteido (SA¥ss, 2003, p 191). 2. ACONCEPCAO BURGLESA DE EDUCACAO: SUAS CONTRADIGOES As cbt seima mencionadas expressam o caitercontaditorio cs sesogiaibera,contradkao que €ao mesmo tempo asta fra € ua aquesa calor porque € mediante ese mecansmo qu ee con- sete emeapressdo universal apresenanlo-se come representa de todos os homens. Por esis» Cavs quelhe i sutentagfo~2 bur ves form em termos univers os ses ntereses prices © awe oma povta-voz do conju da humana logando, com tho, a hegemoni, to & a cbtengto do consenso das demas cases em tomo da leptimdade de in drego. [Mas €tambem a sun fraqueza, uma vex que 0 cariter universal foi ‘obrido a0 preco de umm concengta abstrata de homem aie. embora histérica, nfo 4 reconhece como tl, buscando justfcar-sea-hstor Entce as mitas contradigoes que se ocultam sob 2 aparente uni dade da concepsio liberal, interesst-nos examina trés delas ews smpheagoes se rlaciomim mais diretamente com 3 questo educa nal, Trata-se das comtradigbesentte o homem € sociedk, entre 0 homers e trabalho e entre © homens ¢ a cultura, ‘A contradiao entre homem € a saciedade conteapoe @ homem ‘nguanto individaoegoiita eo home enquanto pessea mora, sto é, come eidadio abstrato, Porto 08 direitos do cxdadia sia direitos soins que cade indviduo possurs sempre em detriment de outros, °O direto do homem 4 liberdade nfo se basen ma unige do homer ‘com o hamem, mis. pelo contro, ma separacio do homer em rela- sho 9 sou semelhance. A iberdade € 0 die 3 esta dissociagdo, 0 di resto do individao delta, lata 3s: mesmo" (MaRS, «4, p21) Eis como a sociedace ures se constta numa “sociedade que {a com que todo homem encontse outros homens no ealiugie de sua hberdade, zs. pelo contro, amt deste, p32, erfos Aocriginad Em sua ‘sn aetna oie en deeds homo ew exact endl met, 0 pss ge oh ‘memos apn ohomemabitt, arte digi wn home real 0 €reeonbeoto sc aoa de nts e ham ee re emeste se fons docile, p37, gen dora ‘Comprecnde-se,entio, porque 2 escola prima public, univer ‘ol, ratnt, obrigatviaeleign ideal e reslindh pels burguesia pra converter os sites em cidadies,n30 tenha passa de wm a trumentoa servigo da emancipacao polities entendida como "a red Ho do homem, de wn ado, a membro da sociedade burgues, «ind ido wot independents, de outro, a cidade do Estado, apse mera” (idem, p- 88, gsfos door gina) Enquanto @ veisto tradicional de concepgéo liberal de edicagio pbc o acento na formacio da pessoa moral, isto €, 0 cidadio do Esta. do burzuts, a versio moderna (scolerovista) ps o acento ma forma «0 do indviduo egostaindependemte, membro sjustado de scied dle burguesa. Festa a educagao basis, gera e comm quea burguest fol capaz de propiciardhunanidade em sew conjunto ‘A contradigio entre o hornem « 0 trabalho contrapde o hornem, lenquanto individu genéico, x0 trabalhador. Neve content, 0 Ia balho, que consti a avidade especfiamente humana por neo da dual o homem produss si mesmo, se convert, pars o tabalhador, de afrmaczo da essénciahumara, em neacao de sia hamanidade © tra- batho, fonte riadora da existéncia humana, clemento de humanizacio “da mtureza que libert.a humnanidsde do jugo mira, ee conti, ns sociedade burguesa, em elemento de degradacao ¢ escravzacan do tmbslhador, Em conteqiéncs, + educagéo que a bursucsia concebeu e reslizousebeea base do ensino prinsco com ngo paito, ne ne formas mis avancaths, da chis20 dos homens em dows grandes cam- pos: aquele das profissdes manuais pra as qais se requeia uma for- rmagio priticalimitads A execuSo de tarefar mie ox mene delimit das, dspensando-se 0 dominio dos respectivos ndamentos tericos, ‘eaquele das profisdes inclecwais para as quis se requeria domino teérico amplo 3 fim de preparae a6 elites e representantes da caste dirgerte para atar nos eeremtessetores d sociedad A relerida separacto fot taduzidaseja ra proposta daalists de ‘escolasprofieionais pars os tabsthadocese “escolae de ciéncins Inumanidades" para os futuros drigemtes, sea na proposta de escola linea diferenciada que efetunva internamente a dstebuigho dos ‘educandos segundo 26 fungees cats pars 3 quae os destinavam em censoninca com as caracens corigem soc | contradigio entre © homem ¢ 2 cultura contrapde a altura so- cilzade, produzida coletivamente pelos homens, & cultura individ ‘al. aproprinda privadsmente pelos elementos colocados em posigto dominante nasoctedace. Nesse contexto, a par Geum desenvolvimento ‘sem precedentes dos mcios de produgio e dfs cultera, aprofunds 4c 0 Fosto entre a exigénci de generalizagio da ala cultura © a dic que geralmente deconiam de sua culdadescrescenes que a relagessocas hurguess opdem ao desen= volvimento cultural Em tal sitagio, a edueacto burguesa inevitavelmente teve de consderar cultura supetioc Como um peviléxio restrto a pequencs _upos que compacrva cite ds socicdade. No seu perodo revolucio. nivio correspondent fase de mpulcocrador, tal educacio se dest nou 8 formacao de elites dndmicas que impulsionaram o desenvol- mento das eidncias, ds letras, daz artes ed filosotia, No eu period coneervado, a expresoesculturas bunguesas ten a fazer coexist rebaixamento vulgar da cultura para as massas com a sofisticagio citenizadora da cultura das elites Enesse quad que cabe entender a chamada crise atal da educacio em geral,€ do ersino superior, em prticular Gav, 2008, pp. 191-193), 3. CONCEPCRO SOCIALISTA DE EDUCACAO, ‘Tendo presente a concepgio marsista da reaidade humana eve ‘considera o homem com sintese de relagdes sociaise considerando ‘0 socialiemo como produto das leis de desenvolvimento do prGprio socialinta de educagio captalismo, podeios formular a concen pensando o sister de ensino em contrapesigie 3 concepsio burg 13, sto pls negacso do modo como & organza o yscema bungues de ensin. Assim, contrapondo not 3 concepeso liberal, preconizamos uma ‘ducagio de nivel fundamental que supere a conteadigio entre oh. mem ¢ gociedace garantindo uma formagio bisics comm que por sibilte a reconctliagao entre o individu e 0 dac8o de moda que “a homem individu eal recupere em so eidadio abstrato¢ se conver: 13, como homem indwides, em er goo” (MARX, , p28, gros ‘do original). Rortanto, ommodo come estd organiza a sociedad atu <2 relerdncin par a organizagio 60 easing fundamen ra onivel de desenvolvimento atingido pela formagie cocinis ‘contemporineas em gerale pla formacio social braicea em pat ear coloca ex 128 de um acervo minim de conhecimentos six {emticos em 0 que nose pode ser cidadao, st & nao se pode par ticipar ativamente da vida da sociedad, © acervo em referencia inl 2 Hinguagem esceta ea matemat- «a incorporadas ma vida d sociedad moderna, sciences nats, ‘eos elementos bssico® relativos 20 concent da et que rege a natureza sto necessrios pra se compreender 25 ransformagoes, feperadse pela 3c8 soci, por meio dis quis se pode compreender as relagoes entre ax Ado homem sobre 0 meio ambiente, © 35 cigncias homens, as formas come eles se onganizom, 8 insuigbes que exam 1€ regras de convivencia que estabelecen, a6 quae vie implear a efinigio de direitos e deveres. O éltimo componente, as cincas soci, correspond, na atual estrutera, aor contedos de hier € seograia Prosseguind ne delincamnento do sistema de ensino em perspec: ‘va scoalista, propomos uma educacao de nWvel mécko que, centrada ra idéia de poltecnia, permits a superagdo da coatradiczo entre o homer e o trabilho pea tomada de conseinciatericae pritica do trabalho como consttince da esséneia huerara para todos e cada um dos homens 54 for destacado que a propria onganizagio da escola de primar rau est centrada no trabalho, 0 qual determina, em ihtima insane, «0 conteido curricula. Entretanto, se 8 ensino fundamental a relaco «implicit ¢inditeta, no ensino médio a relagio entre educagaoe tra balho, entre © conhecinento ea atividade prtiendeverd ser tratada de maneira explicit e deta, O saber tem uma autonome relative em ‘elagio wo procesie de trabalho do qual se engin O papel fundamen tal da escola de nivel mesh sors, enta0,o de reeuperar essa relaglo “entre o conhecimento ¢ a pritiea do trabalho [Assim no ensine még j ro basta dominar os elementos is cos egerais do conheeimento que resultam € a0 mesmo tempo con ‘nibvem para o provesse de trabalho na sociedade. Tatase, agora, de ‘explicit como o canhecimento (objeto especfico do processo de ensino, sto €, como a ign, potencia espinal, se converte em potencie material no pracesso de produgio, Tal explctagie deve en volver © dominio nao apenas tesco, mas tambein présco sobre © iodo como o saber ve articub com o processo produtiva ‘Un exemplo de como. auwidade praca, manual, pode contribs na explictararelacao entre cignca procucio € a transformagio ds madeira ¢ do metal pelo trabalho hunano [PSTEAK, 1681, pp. $5-0) 1 trabalho com a madeira eo meial tem imenso valor educativo, pom presenta posibildsdes arias de tranlormagSo. Envelve no ape fn a pradugie da msiona dos objetos que compdem 0 prDcess0 pre dutivo moderao, mas também a produgio de instramentos com os ‘unis esses objetr sf produrides: No trabalho pritico com madeira fe metal, alicando os Fandamentos de diversifcads técnieas de pro dducio, pode-se compreender como 3 eine e seus principios sto aplicadas a0 procesco prodatwo, pode-se perceber como as leis da fisca da quimica operam pura vencera resistencia dos materiis © fgerar novos prodites. Faz-te, aim, a ariculacao da pritica com o ‘conhecimento tecnico, iserindo-0 np trabalho conercto realizado no processo produtivo, ‘O encino medio envolvera, pots 0 tecurso 3s oficinas nas quals o> atunos main pulam os processos préticos bisicos da produce, mas mio, se trata de reproduzie na escola a especializagao que acorre na pro ‘e510 produtivo. Oherizonte qu deve norte @organicageo do en= ‘no médio 6 de propveiar 20s akanoso dominio dos fundamentos das tenis diversiicadasuulizadas na producto, €nio 0 mero adesra- _mento em técnicatprodutivas, Nio a formagée de téenicos especial: ‘alos, mas de plitcnicos Politcois significa, aqu,especializacdo como dominio dos fun- ddamentos das diferentes téenicxs utizadas a prodagio moderns [Ness perspeciva 2 ecueagio de nivel médho tratars de se concentrar rs modalidades fundarentais que d30 base multipicidade de pro= cessose eenicas de preducio existenter Esta € uma concepcaoracicalmente diferente ca que prone | censino médio profissionaizante, caso em que profssionalzasso & fetendida como um adestmento em uma deterinada habia sem ‘o combecimento dos fundamentos dessa habilidadee, reno nda, da articeagio desta habilidade com o conjunto do processo prodativo 2 concepsio acima formula implica 3 progressivn generalzagio do crsino medio como formacio necessra para todos. inelependnte- mente do tipo de ocupagio que euds um vena a exercer na sociedad, Finalmente, sande a superecao da conteadiao entre o homem & 2 cultura, atsibuimos §educagéo superior a taela de onganiar a cul> tra superior como forma de possibiitar que participem plenamente «da vida cultural, em sua mansfestagio mats elaborads,totas os mem bros da sociedad, independentemente do ipo de atividade profissio mala quesedeciquem Supers-e, isim, acontacigée entre ohomem cea cultura, Assim, além do ensine supesioc destindo «formar prolissionais de nivel universitno (aimenea gas de proieionae liberi ede c ‘msi ecndlogos de dferentes maize), formila-se a exigénca da ongenizagio ds cultura superior com o objetivo de possibita a tx | populagio a difusaa e discussie dos grandes problemas que sfetam © homem contemporinco, Terminaca 3 formagio coms propiciada pels eduengso basics, of jovens tem dante de st dou czenahos: 2 ‘inculago permanente ao process producivo por meio da ocupacio profissonalowa especiazagio universtii (Ona em lugar de bandon 0 desenvoivmento cultural das tae balhadores a um process difuse, teaa-se de organizé-lo. Eaccesst- Flo, po, que eles disponham de organizacies culturat pel quait osm participat em ikldade de cendigdes com os estudates un ‘versittios, da discussio,em nivel superior, dos problemas que afetarn toda a sociedad e, portanto, dizem respeito aos interesses de cada cidadz0, Com isto, alee de propsciaeo cima estimulante imprescin- ivel 3 continudade do deseavolvimento cultural eda avidade inte lect doe eabalhadores, tal mecaniemo funcions como um expago de aruculagio entre os abulhadores¢ os estudantes unverstis,crlane oa atmosfers incispensivel para vinculr de forma indisseciével 0 trabalho intelectual eo trabalho mater. Ressalte-se que essa proposta é bem divetsa da atual fungio da cextensSo universitiia, No se trata de extender 8 populsgSo trabalha ora, enquanto receptorapassiza algo proprio da ativdade univers: Alri Tiat-se, antes, de evitar qu os trabalhadores cairn na pasiv dade inglectsl, evitando-ce, 30 mesmo ternpo, qe OF univeritvioe ‘aia no acaderiesmo. Ais, Grams’ (1968, pp. 125-127) imagina sa que tal Fangio viessea ser desempenhada exatamente pels Acade- mise que, para tanto, deveriam ser reorganizadae € totalmente revitazadas desando de ser 0s “cemiterios da cultura” a que esta0 reduzidas atunlente (Siv10N, 2008, pp. 38-40 e 193-195, passim) 4. EDUCACRO SOCIALISTA, POLITECNIA E © PANORAMA ATUAL (© conceico de peltecnia est no centro da concepgiosociaisa de cedueagio Imlia unio entre escola e trabalho ou, mss especfca mente, entre insta intelectual e trabalho produtivo.E dest form que e550 questo € abordad por Marx. Entctanto,apés mimuciosos estudosflelogios dh obra de Mary, Manacorca conclu que 3 expres: «40 “educagtotecrlogien” radia com mats preciso a concept mariana do que o term “politecna” ou "educacio politénica". Mes trandoa contemporaneidade entre otexto das "nstrugdes 205 delega 0510 Pineiro Congresto da Associsg3o Internacional dos Tabatha- ores", serto em 1866, e Oca, Manacorda constata que. em ambos ‘6s textos, uma substan kleaidade ma definig20 do ensino que & agjetivado de “teenolgieo" tanto mas Testngies como Ocal, ‘endo 0 terme “politéenico” apenas nas beagSs (Mascon, 1991, 40), Contudo, para aly da questz0 cemoldgiea, st0€, indepen ‘dentemente de preferencia pela denominagdo “educagio teerelbrica” ou “politenia’, €amportante observar que, do pont de vista conce tsa o que ests em caus € um memo contesidoTrta-ce dh wniso en treformaciosntelecual e taal produtive que no texto do Mano parece como “unflcacio da instrusio coma producio materia", nas Insta, como “instrugio politéenis que transmits os fundamentos ‘ienuicos gers de todos 05 processos de producao™¢, n° O cial, ‘enunci-se como “instrugao teenoldpiea, ceric e pric” Sem desconsiderer a smportiacia das distingSes efetuadas por Manacords, penso que, em suma, pode-se entender que, em Mar, 25 expresses “ensino tecnologco"e "ensinopoltéonco™ podem sercon- siderados coma singninos. Naochstante, sea epoca de Mary ocerma “ccnologin snd era poco ailzade nos dscursos econdmicos © 0era snenos ainda nos discursospedogéios da burguesa de i par ces situagao se modifcou sgnifcatnamente. Enquanta 0 termo “tecnoo os defintvamente apropnade pelaconcengio dominant, 0 term “poitecna" sobreviveu apenas ns denominagio de algurns escola adie mividade prodativ,bosiomente ao amo des engeaharis. As fan, 2concepo de poten fi preceeadh ma traigiococalstacend ma das maeras de demarcar essa wo edweaiva em relagzo quel comespondente tconcepgto bunguesa dominante Entendo, em coniegiéncia, que continua pertinente a utilzacéo da expreseio “educacio pohtécnica” com ae 43s derivagies “escola politécnica”, “ensno poltécnico”,“instrugao polteeniea® ete, para nos rferiemos a una concepgio de educagio que busca, apart do desenvolvimento do capitalism ¢ de sua critic, superae 3 proposta burguesa de edueagao E, 2 meu ver, esea denominasio € preerivel 8 educagdo tecroldaica, pots hoje em din. Gest tina expressiogue ‘nos remete imedatamente 3 concepeao burguesa De fato, vem, 30 ‘ouvir agi se posiciona em defess de ura educagio de eariter tee nolégico, conclama teatar-se de wma potigio socialists? © inveri, Ccontudo, nao dex de ter procedénea: 3 defecs de uma edtieagao politenica tend, imeciatarnene, 2 ser Klentfiada com uma posigao socialist, ‘Mae se, do ponte de vita ds terminologi, a politecna resulta periment, exatamente em azao de ctor refed concepgie coc lista de educagio, cabe perguntar sobre sua pertinéncia do ponto de vista histérieo, politico e pedagéico no atu conteato marcado, de um ado, pelo éesmoronamenco da experténcia denominsds de "e003 lism real” e de outro lado, plas tansformaoes que se procescam ra base material da sociedade capitalise traduzidas naquilo que se rca revolugio industria” ‘Qantoao prmeieo aspect, ve oportunidad de me marestae temalgumas ocaices inclusive no calor des acontecimenta quando, entte 1989.€ 1990, produsi o texto "A edacagi pblica na conjunt + meal’, publiado ery 1991 em "Educacio equestdes da auld’ sim como na “Apresentagso” desta mesma obra convencionow chamar de De forma sintéica podemos consderar que 2 obra de Mare, que ‘cio a ser chamada por Engels de “socaitno cienifico”, consist num instrumenco para seanalisar€ comprcendera seciedade capitalist, Stn rmotivacto era colocar9a¢ mos dos trabathadores wa arma de lta representada pela teora rn sua pesquisa Marx se propos a exclave cers leis que regen. nacimento, a exiténci, 9 desenvolvimento e 2 substtuigh do capitalsmo por outa forma socal de mais alto ni vel O cacialigmo & @ nome desta nova forma seca, de mats alto ni ‘el. que se esta no interior do proprio capalismo com base mas com tradigdes que Ihe 280 propre. Vé-se, pos, que Mark no estudou a fociedade socialite, como clentsta, nem podetaf226o plo sim les fate de que ess forma soci ainda ao esta e nem ests, hoi, constitu, Para Mane esta nova forma de sociedad #6 fe constitu ra. apés o esgotamento pleno de ted as possbidades contdas 20 proprio capitalisno, Impde-se, pois, a conchisio: Marx foi um te6r 0 do capitalismo e rio do sccialemo. A lez devise concderacoes, lencerro a apresentagio a0 veo "Edicagio © questoes da atalidade”| com as seguintes paves. Em sia, desmoronnent cos eps do Ls ere gat ‘mk dade Ler em coma cue uma eos € espe coun o monet nic ae cla repro a or uperde cabe ‘onli gee senescent tribe ques pderacloesr ae estar spent de Mar, cont the peo de mance, ns er eee es, pena ae sui re dnt onde Ma tone my de eo apa contins end sins as se eames Herta apnea sinc pir compreedernora tung al St, 191,61 acon send ro aps enreeenca vib Segue-se, pois, que, coma queda dos regimes dites comunistas, fz mais sentido alarem problemas do coctalema em contraponte aos problemas do capitaksmo Todos es problemas que enrentamos ra stuagSo atl fo problemas do eapitalinmo. E precisam see reso os, 1 ea, superados. Ao mesmo tempo, se comprors, 3 cad dk ‘ue ocapitalismo gera problemas que ee nio €crpaz de resolver oque cevige, de fren cada vez mais evident, asin teonsformsio repondo, gor de forma radical,» questan do socialism, Com eco, “soca- lism ni &outra cola senso a categoria concetual por meio da qual 1 pratia Iistoica ea teona dessa priica expressam 0 significado da ‘supcragio do capitalism com base no desenvolvimento de suns con. tradigbesinteras, Se, pois, do ponto de vista hist6rico continua emt uta, no aspectopolltco, a questi do socialism como expressbo da cexigtncia de superagéo da ordem eapitalisia, ainda vigente,entio, no aspecto pedagopicn, se mantem tambem em pauta a questi da ei ‘acto octlista, centrata na politecnia jf que € por meio dessa expres ‘io que pode reconhecer imedistamentea concepcao de educagio ‘que busca, com hase na peopia sociedade capitalist superar a con ‘cepa bunguesa de educacio, Finalmente, cabe um referéncia a0 outeo aspecto da questo, I+ ado ao problema das trasformasbes da base matetia. Comoassnala Manacorda eral marion ext, estamos dan ‘te de uma problemitics que € central no marxismo: 0 caminho da hi- rmanidade movendo-se da genérica natureza humana origina caroc~ terizods por miltiplas ocupagées, passa pela formagio de uma ‘apacidade prodtiva espectica provocada pela divisio natural do ra~ batho e chega 4 conquista de uma eapacidade ommilateral basezda, agora, numa divisie do trabalho seaatins e cence envolvent wn vaniedade mndefnida de ocupacoes prodtvas em que cinca e teabs- Iho coincidem. Exs em ena, af, a momentora questo da passagem do reno da necessidade 30 reina ds liberdade: Se tse dale ida cet, onde exo ebb stad parma ide exter, pr alm seer eh produc ated prepramente dha, ug, de fo, pra Mar verdad blind ale da odesemalenena dt icaechamanat ene) fimems means [NAWUCORD, 196,015) (On, como assinat em outro trabalho (Savant in Fesaerst ta (Cons). 1994, p. 164), a8 transformagSes que vem se pocessande m3 ‘bate material da sociedade captasta desde a década de 1970, corren- ‘temente denominadas de “Tercera Revolugio Industrial’, "Revolucio da Informatica", “Revolucsa Micro-eletronica” ou “Revolucto da ‘Automacio", vém promovendo a transferéncia nie apenas das Fang bes ‘manuais par a miquiaas, coro ocorreu ma pritneira Revolusio Inds trial, mas vem transerindo 2¢ propre fungbesinteectuas para a3 Imquinas. Assim, do mesmo moco que, com 2 primeira Revolugio Industri desapareceram as funghes manvai particule pris do artesanato dindo origem ao tabalhador cm geral, agora também as Funcoes intelectuns especies tendom x desparecer,provacando & necessidade de elevacao do patamar de valiicagio geal. Assim, se ls esse processo converteva escola na fox prncipal edeminante de educagio, aqui parece que estamos aingiado o limiar desse mesmo Drocesso quando. préprio desenvolvimento da base prodativa colo- ‘a necessidade de unersalizzg3 de umn excolsunitiria que desen valve ao miximo as poteacialidades dos individuas (farmacso. Dminiiteral)conduzindo:os ao desabrocharplemo de sus facades inteectiniespintins: Com eft, sea proprinsfungbesntelectuns ‘xpectfica si transferidas para as miqunas,entso todo o trabalho puss ser feito por els, O processo de producao se auornatiea,em ‘oui palavras, se tormautinom, autoreqtve, beter o hornem Data estera do nio-trabatho. Generlia-te, assim 0 dirsto 20 laze, a0 tempo lve, atingitdlo-se 0 “rein da berdade” Contudo, 0 mesmotempo en que o desenvolvimento dis foreas rodutvas materiais aponta aa drecio anteriormente indicada, a lagoes soci vigentes, baceacas na propriedade privaca dos metos de produce, realizamo movimento contritia,confeere consataa Mone em su anise do desenvolvimento hstérco dos mados de prodicao 4 exst2ncs hua, eee age Secrirads ecests ndeer dies a vr ge Ago gic comspnde sm dterminde grande deenabameeto ds fora prestiar mien [Em ete stdin de decencimenta a fora routs materi ds cede ara contrac com a sages de produc occ base aprenden com ab ages de pride no adequate ham mide a erth.De format de deerme di oprah et reagan se se cen etve. Street Epes de remo soa (NAR 1975 pe 28209 Assim, a5 rlagies coca vigenter, x0 dificultar generalisaca0 ‘a produgio baceads na amplaincomporacto das tecnologia avanga- as, dficutam ambémra unversalizacio da escola untiia, vale dizer, 2 foamagio omilatesl preconizada pela concepcio de poltecnia, Em ‘ima instincia, essa tendénca¢6 poder se vabilzar com a univer saligio do taba intelectual geral Com efeto, se todo o trabalho passa ser feito peas miquinas € preciso no esquecer que a mig ras, enquanto extensio dos bragos e do cérebro humanos so instru menos por meio dos qusie © homem reaza sua stvidade vital para sasfazer suas necessdades enistenciats Poranto, 0 rabalhador pro briamente dito continua sendo o homem. Seu trabalho, nessa nova si tuugio, que inclusive ss operagies intlectunisespeciias trio sido transferidoe para as miquins, sers ur tabatho intelectual de cardter {era E.consstiré em comandar e controlar todo 0 corplexo das sins preprias ciaturas. Estamos, pois, mum contexto em que, com dias Cramsci, ava. ce uma lta entre © novo que quer tascere 9 velho que mio quer Sait de cena O desenvolvimento material phe rovas exigencies no que se refere aos process forratios, em gral €h qulificasio da forga de trabalho, especificamente, E oF préprios empre mostrar tis censiveteaesea questio.Decejam eles capaciagzo ger, rapide de ricicino, grande potencal de incorporacie de informa 84s, daplasio mas axl, capacidade de lidar com conceitosabstea os tendem 2 te tos eassim por dhante. Masa realisagioplena desis exigdnciasesbar- 3 nos limites postos pelas laces de produgdo baseadas m proprie- dade prwvada dos meias de produgio. Sendo o saber um meio de pro- ‘uso, sua apropriacio pelos trablhadorescontrana aogiea do expt Segundo qual os meios de produséo so privatvos dos capitalise, sla burguess, do empresariado,cabendo 30 trabalhador a propricdade apenas de sua prdprinforca de trabalho. Em contrapatida, ce of tr bohadores aio possuem algum tipo de saber eles nio podem produ 2 Eis a contradigdo, Com resohe-a Oraylonsme stcociado a0 fordism fi una forna de vesover esta ‘questio no contexto da chamada “Segunda RevoligSo Industral” Ai se procedea objetivagio €20 pareclariento do trabalho por meio ‘stiatéga de expropriagie dos eaberes des rabathadores, sun clabo ‘ago € devolugio na forma parcelada. No contexto stil 9 fordismo ‘ede espa a0 toyotismo introdusindo se a flexbiiacio do trabe tho ¢a chamada “queldade total” Em lugar d produgio em série © «copoma de escals, passa se a predezir segundo demandas detstm= nodas, diversificando:se os processs predtives que se dnigema de teeminados nichos ou segmenios do mercado. Com eft, © que se cham “aualidade (otal” pote ser compreendido com base em dois \etores primeiro, de cariterextemo, che respeito 308 clientes, ne ‘© aspecto qualidade total sigriics a satistagio total do consunidor, ‘ot sj, adequno mcm possvel, 0 produto ae exigencias da elie tela qual ele se destina O segundo vetor, de crite intern, Fere uo envolvimeto do aperdri com o sucesso da empress, proc ‘ando-seinduzir o trabathador a “esti a cams” da empresa, com 0 ‘leno convencimento de que seu sucesso result concomitant com ‘sucetso di empreso assim, a competiio entre as empresas se repro due no interior de cala empeess entre os trabalhadores em busca do imiximo de qualidade” cufemismo da misima produtividad, ito (h tendéncia a elevar 30 fadice miximo possivl a entracao dt mats. vals xacerbando aexploracio da forgs de trabalho, O resukado des se processo para os tabalhadores, enquonto clase, é mis desernpre go, mais exclsao, No cantexto devcrito redite-e, obviamente em terms nove, 0 fenomeno que ocorreu por ecasto da primeira Revolugio Industral ‘quando a introducdo da maquina, de instrumente que poder Hber- ‘ar os tabathadores do trabalho pesado, se convertew em meio que smaximzava a explocagio dos rabalhadores. Ascim, = msiqunae apa- reciam como algozes dos operirios porque cites tinham que se aus tar ao rcmo ferico das magqunas,exgotando tadas 26 suas enersias, Isso evou os tabalhadorcs a se insur concra as miquinas€ oromo- vera sua desteuigi Entetant, este resultado nfo se devine miqu- nas enqwanto tas, mas aos intereses 2 que elas serviam, Em otros termos oque conduzina esse rewukado rao fato de que os quis cram propiedade privada dos caprastas. Poranto,onimge do pro- letaiado no eram as msiquinas, as 0s donos ds mndauinas Atualmente ocorre um procesco cemelhante, O advent doe nova ‘ecnologis acema coma possbildade de iberagzo de ratcamente todo tipo de trabalho mater, smphande ser precedentes a esfera do tem Do vce € nos colocando, portant, no intat do “rein da hiberdade No entant, assim come at miquinas mecinicas, tmbérn as anéquinas letronicas sto mtrodunéas no proceso prodvo sl 3 forma de pro priedade privads dos capitalists. Ness condo, cumprem o panel de umentar a5 taxas de acumlagio A casts da explorago da frga de tra butho aurventando igualpente os indices de mise eexehito, Estamos, enfin, chante deus situacio em que, mais do nunc, se faz necessiio esstir€ lunar pela transiormacao da sociedad de ‘modo a superar 05 entaves que earacterizam a aval orden social, caminhanid er direczo uma forma social em que os homens ~ to os 05 homens ~ possum se benefciar do imensa desenvolvimento das forcas produtvas que resultarim em inestinvele conquistas otis ‘com muito sofrimento pelo conjune da humanidade a0 longo de sia ‘exintnca Evidenterente, no estige histric jf atingido, esse mo ‘mento de cansiormagio io pode mas ser deixado a mercé de uma erolusto micuale espontanen. Necesst, 20 contri, ver ongniza do de forma voluntérae conscente de modo a superar aatual civsto = decumanizagio do homem, se ele consderade como individwo ou como chisse.E por se tratar de um peocesso volunticioe consciente nio pode prescindir do concurco da edcagie. Eis como a educacio ‘socialist, enquanto uma concepcza pedepcgteavlladaexpletamente para superagéo das disses apontodas, result exteramente stale Dertinente no quadro das ransformagoes que se processam na rel dade em que vivemos, Essa realidad € anda ertanto, ma sect dade marcada pela divisio em castes, Faz-re necessrio, portant, considera esa questo, 5, {DUCAGAO E SOCIEDADE DE CLASSES (© nexo da educagio com a estruturaio da sociedad em cesses ‘corre em momento determinade da histria humana, dande origem 4 forms escolar de educagio, Com feito, a origem da educagio coin cide Com a origem do prépeic homer. Iso porque, como i vimos sntcrioomente,o homer nfo tem suz exsténca grand pela rate ez, logo ele necesita produto, per iso, ele tem de agi sobre 8 noturezatransformando-a¢adequand-2 4s cas necessiades, Assim, dierentemente dos demaisanimair que se adapton a natireza, © ho- sem tem de fzero contin. ele precisa adaptaranateza as Este sto de agirsobrea raturea tomando-a como matsiapriia que é trans formaca mediante 0 uso de determina instmentos vised sa air certo objetivo, isto 6 buscando cheyat a determinado resukado,& ‘que ce cham trabalho, Por eso & que se diz que a esséncia do ho sem €0 cabal. Ou sea, os homens so alo que eles preinnioe prodtzem em sua 20 sobre amatueza,Portanto, se ohomem nfo tem sus existGnciagaranida pela ratureza, mas precisa prod-la ele ne- cesuta aprender 3 prod ratureza. [so quer dizer, pois, qt ele necessita ser educado, Eis por ‘que também se diz que 2 edueagio é uma stvidade especificamente humana sendo, 0 homer, produto da educagio, Ora, nas condigies as comunidades primitivas, os homens produziam sua existencia cor letiamente ist €, se apropnavam de forma colew dos metas de vida fornccidos pela natuteza.agindo sobre cles, roduziam acaulo de que ‘ecessitavam para sabreviver Essa forma de existénca coletva, por is mesmo chamada de ‘comuniimo primitivo, rompew-se com a apropringso privadh da terra dando erigem 3 propriedade privada, por epesica0 3 propriedade co. letiva antes vigente Surge, asso, a sociedade de costes, cio signi ‘ado Lenin escloreceu tidaticamente no discuso pronunciado no Ml ongresso da Unio das Javentudes Comunstas da Rissa no dia de ‘outubeo de 1920 ele necessits aprender agir sobre a Eoquesis oelnses em gab Eo que yee sm pine das ade arose tae dh ons Se um ated ocbde aes seve det doscanponcee Seams pnt decide eh aes a ade scapnas, Captor «ade poets: Lean, 1977» 212, ca toro lane don popes dere ca case quam seta abs nes ies tems a dase dos Portant, com a propriedade prvadla surgiram as chsses, vale dt: er, 2 dwvisio da sociedade em clase. E énesse momento que ged ‘escola AtG af ido havia escola A educagio coincidia como proprio. processo de existencia. Era a prépria vida Isso quer dizer qu o prin pio "educacao€ vida" enuncado teoricamente mut séclos depois pelo movimento da Escola Nova, nas comin dades primitivas cra ver ade praca, No proprio ato de viver os homens se educa ed cexvem as novas gerages ‘Coma apropeacao prvsds da terra ce configuram, de urn ldo, 2 classe dos proprietiros de tera, de outro, a classe dos ndo-propit- 248 nan C0¥eAAO ‘tires. Em conseqincia disso surge 2 possidade de se vier sem teabathar Vimos que é 0 trabalho que define a esténci humana por: ‘que, ser teabalar, sem tensformara saturesa, © homem perece, No ‘comunismo primitvo os homens se apropnavam coletwamente das meio de vida, porante todos trabalhavam, Era ienpensve! aur mer ‘bro da tribosebrevivee sem participa dese process, ito 6 sem ta bar No entanto, com a apeoperagao prada da terra cure 3 case dos proprettios culos membros mo pressam tabalhar para sobre- viver porque 0 trabalho dos nio-proprietines (os eserwos no modo de prods sua exisigncia como para aensténcia do seu senor: ose, 0 prop tise da terra onde cle vive taba, Surge, asim, urna dasseccio 1, que ve do evo, 8 que nso precisa taba, pot vive do taba tho alheio. E € nesse contento que surge 2 escola, palavia ue, em rego, significa eatamenteo haga do dco. Vé-se, pois, que dvisio da ociedade em classes ntroduz, também, uma divsiona edueasio, Se ances educagao era comum,sendo definica pelo proprio proces- 0 de trabalho, como sugmento das classes aexkacagio se dvi entre aquelaGestinada 205 ni proprietitios © aquelsdestinada 30s prop «tiles. Os primelzos continuany ase edcar no prone pracessa de trabalho fora da escola. Os segundos terdo ama educacio diferencia: 4a, desenvolvids nas escola, fora do trabalho, emboraiguaimente 0 antigo ou escrnvts) deve prover o& meios tanto para a determinada pelo trabalho #1 que € este que arantia a sua exsténcta permitindo o desfrate do écio, de tempo livre Como advento ds sociedade modera, captasts, burguesa, ed ‘agin escolar, antes resttaa poucos,tende ase generaiar, converte 10 Bela, ase elite de clases (StvDU2s, 1976), Se no prmeiro caso Bourdieu Passeron) a concebuigio do marxsmo é subsumida in fluenca de Weber, o que leva oF autores a asociar sempre 3 categoea “lasso” a categoria “grupo” nema pretensso de msvima univer ds e, Baudelor-Fstblerassumem, 2 pare de Althusser (1970), claamen: {te omansismo amaisandos escola az dz contraposicao entre burgue sine preetariado Isso fica claro logo no praneto capitulo em que, apes esfazcr as “ilusdes da unidade da escola", enunciam as seis ses bi seas que ido demonstrar a0 longo do liveo 1 Biasirararnees tor rode 8) igh ae chimes ede cua fron ete P) ‘6 essed eid po RS ec i as ecarcapasata Ese apis én parched Edo: 5. Enqueota se puch enh pa pe eae seed rgd de produits er die om dei db ds 5, Eons dseedeer cei anaes ee exis em wt {ani ni someste weit a as em ada (og or se como ta) oc mein de et a ees Sauer ESAT 197 9 42. oe don aH ‘onsite mee. No uti capitulo, reeumindo o¢resltadoe 2 que chegaram, oF autores do afin ce a de saci: fergie plete eet rece eyo aco cesta eldest |] aa desig ena plo ado bergen csi qu nite ord clan sc pr omngtes eo 9 20 arf de tres E, ma pig sexuimt, fica explicita a liagiotebrica dos autores: Adagio qu demos pagrersionens dete pao acl wl cnr ba ee ag, sks opie ents prem obs 2 cr ara ess ences pines. acces ara ecesste isla ov ond side tc ect we gcd eo dats dla Tendo em vita os propésitos esses autores € os revultadon aque ‘chegaram observe, 20 concur a anslise de suo teoria no ito Belt ensraia Gan, 20038. pp. 28-20), que se Baudeot ¢ Establet se “empeaham em compreendr escola no quadro da uta de elas, cles | io x encaram como palo ealvo da lata de classes, id que entende ‘sccla como un instrument ds burguesia ra su uta conta 6 prole tariado descartando 2 possiblidade de que a etcoa se canst nem instrumento delta de profetaiado contra a burguesta, Uma vez que a ilcolora proetiia adauie sun forma acsbada no seio das masias © ongonizagdes opeririss, no se cogita de uilzar 3 escola como meio Ue elshorare difuni 3 referids eeloga. Se o proletariat se revela capaz de labora, independentemente da escols, ss propre ideolo- ‘sit de um modo t30 consstente quanto o faz burguesia com 0 mx ods etola, ent, por referencia a0 aparelho escolar, 2 Ita de case ses revelase intl Eis porque Sayders (1977, pp. 338-348) resume sua critica &teorn da exces capitalista com a expresso. “Baudelot € Establet us lata de classes imu” Registre, de passager, te Lenin ina uma visio bastante diferente acerca do popl da escola. No mesmo discursa Unio das Juventudes Comunistas, antes citado, ele alia taxativamente que, embora sta, ac ered velha escola ma nos devera lear a conclusao de que ndo se faz nevessinio assim 0s conecimentos acumulades pela humanidaée: “seria equivocado pen- «ar quebacia aprender ae consignascomunistas, as condlsoes da cin a comunista, semnassinuar a soma de conhecimentos dos quai € ‘comeqigncia © prdprio comunismo” (Less, 1977, p. 206). E, espe ‘oficamente, no que se efere a0 tet cla cultura protetina tratado nor Bagel ¢ Establt, ei como se manifesta taxativamente Lenin precio tern om eta quand lao por exon, da se cra ence cae esa aula a humane sooo dsemcrinent taarmand 3st comprender to, nh deren erpetltrls Acer ntti mo spe dn. mi maven dos aves uma recat cobras. o€ rato. cua pesateen que ero deueslinento teevo de cenecnenton cones pel aman tho je ds ‘fea captala, dso afar, soit este Tedoceses camino do condi «cnn 3a pred do eo mcd 9 em pen, ost aoe deve hepa cea delice 4 emeg deals petri p. 207) Em sintes, problema que permanece em aberto, no que se e- fre a relagdes entre a educagio a estrutara da sociedad de elas- ss, ode ser assim enunciado: €portivel considerara escola como um Instrumento a servigo dos ineresses da Gasse Goma? Especiiea- ‘mente, no caso da sociedade atul de caiter capitalist € possivel articular escola com os ncerestes dos trabathadores? Na tentawva de responder posiivamentea esa pergunta nos deparamos com enormes desalios que precsam sor considerados 6.05 DESAHOS DA EDUCAGAD NA SOCIEDADE DE CLASSES. A perunta formulas anteriormente deiea claro que em sentido radicals desafios posos jt educacie peta sociedad ata, to &, uma sociedad de clsses do tipo capitalist, esto relerdos 3 objetive de aruethir a escola com os interesses da classe dominaca. Com efeito, ‘io faa sentido em se falar de desafios, em terme rics, sto 6m sentido proprio, se se vatasse tio-somente de manter a clucacio a ‘erigo dos mteresies dominantes, ou ej, se io esivesse em causa os imeresses dos trabalhadores. De fat, 3 clsse demsinante no tert interes ne transformacio histérice dh escola. Ao contin, estanda ‘ln erpenhads a preseringio de seu dominio, apenas aionard mec nismos de alapiagao que evitem a transformagio, Segve-se, pols, que ums tech critica, nfo reproduuvista,s6 poderd ser formnlada do ponte de vista dos interesses da cisse fundamental dominada que, 20 ‘aso da Sociedade capitalists, € constituida pelo proetariado ‘Considrancio a escola da perspectva dos inierevses dos taba ores, percebemos que 0s antazonismos da sociedade de asses eo. locam diversos tos de desafies 3 educagio que poderiam ser nome aos eanalsados em suas particulandsces, st come: aimpossibilicde de universalizagio efetiva da escola a impossibidade do acessa de todos ao saber a imposiblidade de una educacio unica 0 que leva ase propor um ipa de edaccao para umn classe €oxtrotipo pra outa chsse ow entdo uma mesma educagio para todos, porem internamen- te, de fata diferenciada para cada dasse soca, c assim sucesivamien- te Pens, contudo, que esses diferentes tipos de desafios decorrem, todos, de um desfto fundamental ligndo 20 proprio cariter da soc dade capitalista que nos fi revelado por Mark ands as meticalosas investigagoes que eeahzou 20 longo de sua vida, cus eapressio mais, sistematizada se encontra na abra O etl Marx (1968, 413) esclarece que ‘os conheine nies a sagcidade 2 voniace”desenvo¥idas pelo campontse arteso independentes no eriodo manulacureiro “passama se exis ems pela aera em set conjunto”, desenvolvende-se as orcas intclectuals num sentido de ‘anaeraidade, concentrand ce no capital een detriment dos tabsl- ores paraas “a dtsao manufatreica do trabalho apdethes as fongas intelectnis do processo material de prodacio como propiedad de trem e como poder que os domins’, Tate de um pracesso que come ‘aina cooperacio simples, “deserwolve-ce na manudater, que muti & traalador, ecicndo-o a una frag des mesmo, e compere rain lixina moderm que fez da cin uma Fores produivandependente de trabalho, recrtando-a para srw ap expt” (em, pp 412-414), Para compensare deformagio dos tabalhadoves, Ada Sith re ccomendava “o ensino popular pelo Extado, embors em doses pra dentemente homeopiticas” (idem, p 415) Mas 0 cenador Carnie, ‘oerentemente se ope a esa ida afmando que “a estr¢ho pop Jar contatia a lei ds divisio do trabalho" Iso mau corto inte oma mas acctindae ms ender ted medida que asocelade || se tom mse ea Come que. owes aur [| Deve ena gunerto cere esas © retards marcha ata Deve erga pete desi bee tan confide mista an eis de tals gue tnde pt meas 5 saa he, ie Essa psig do serador Gomer esti em consoniacia com ose por assim der reahsta, dos econnanstae burgess sobre 3 intragso Ibis. Afrmabes como “o saber ler, escrever€ comhecer a aim <2" consstem em “ares muito nochas para o pobre brigade a gather 0 ‘po deeacadia mediante caf dria, o que sien que “ead hora ‘qucesiesinelzesdedicar ashes outro tantode tempo perdi ara sociedad” (MaNOEVLE, 1982, p. 191), ¢ “nenhum eino necesita de ‘maior igor ma sypressio total do ensin dele eerever” do que ore ‘no portugues (Sancies apa Lis, 2000, p85) mostramacrueea dhs po: sighs defends sem rebugos pelo ines Bernard de Mandeville © pelo portugues Antonio Ribeiro Sanches contastando wamente com 3s pr Garmagdes de que “toto por ial, padres e plebeus, cose noes" € ‘nloapenas “os fils dos ricos ou doscidados principals" devernter aces so, excola(Coubo, 1966, p. 129) que estamos scostumadoe ale not ‘compéndios pedag6gicos Prevavelmentenenbur outro ters fermulado ‘com maior clareza, sinceridale ¢ flldade a visio burgucia da educa- ‘so popu do que Mandeville quando afirmew que “em uma ragio re sm qual mo se perme a eseraidan 3 requeza mais segura consiste nina mulidilo de pods Ieboriosos. Assi, ‘para fazer feliz a sociedad € smarter contenes a pessoas, ainda quem cicunstincias mais hurls, ndigpencivel qa omnce mero dels sejam a0 mesmo tempo pebret totalmente ignorantes” (MANDEILE, 1982, 9.190) Esta odesafio fundamental posto paraa educa pbs aso edad de clase por antonemavia reprecentaa pela sociedade caps tals, ft € a soctedade na qual vivemos. © desernolvimenta da ed cagiee,especficamente, do eiccl publica, entra em contradigfo com ss exixgncios inerentes 8 seciedade de classes de tipo capitalist, Esta, 20 mesmo tempo em que exyge + anversakzaci0 da forma escolar de ‘educacao, moa po realizar plenament, porque 30 implcaria asus pts superayio, Com efit, oacesso de todos, em igualdade de con- {ices §s escolar plas onganizada com o mecmo padraa de quli- dhe, vatuizana a apropriaie do saber por parte dos trabathadores, Mas sociedad capitalist ve funda exatemente ma apropriagto priv dd dos meios de producio. Assim, o saber como forga produtiva nde~ penitente do trabathador se define como prepriedade privat Joc ‘alsa, © trabalhador, 0 vendo propritivi de meios de produsio, rns apcnes des forge de eabalho mio pode, portanto, se aproprar do saber Assim, 2 escola pabica, eoncebida como insttuigio de ins- ‘ugao popilar destinada, porianto, a garanir a todos 0 aesso ao = ‘bes, entra em contradigio com a sociedade capitalist Em suma, na sua radishdade, o desatio posto pela soctedade de classes do tipo captalistad educacio pablia sé poders ser enfrenta do em sentido pr form de vaciedade. Alta pelt escola publi comeide, portato, com 2 lata pelo socialism, por ser este uma forma de producio que soca lies 0 mncios de produ superando si apropriagioprivads, Commivso socslza-se 0 aber vabiliznndo ua apropmacso pelos tabalhadores, sto €, pelo conjunto da papules. Isto, ragicalmente, com a superacio dessa 7.APEDAGOGIA HISTORICO-CRITICA A ssta dos desaios posts pela sociedad de cases avsio socla- Tita de educagio tendeu, dominantemente, com base no marxismo, 2 formulara critica dh edueagio m sociedade capitals, eidenciando seu cariter repractor das elagoes socials Uominantes. Nesse contexso suriram formulagDes como asda "tcoria da escola como aparelho ide obigico de Estado” (Ntusse4, 1970), “teona do sistem de ensino ‘enquanto violets cimbex” BOUHDIEU PasseRON, 1970), “teora da ‘escola eaptatsts”auoetor a Esrury, 1971), além de outras an ‘526 com a mesma enase, como agucls desenvalvidis no lio A rab 1m Amina cot (Bows u Goes, 1976), Para ageupar esse conju ode tear cunhei a expressio“teonas crtico-reprostivistas”. Essa ‘denaminagZo procura tradunio entendimento de que ess corns $30 cfetivamenteertieas, pois postlaen mio ser possivel compreender a ‘edcaso endo cam hase em seus condkewonantes sacs. No entanto, ‘como chegam inyariavelmente 3 conckisto de que a fungio é3 educa. so consist na reprodugio da socedade em que se insere, a0 quai tivo “ertica” se acrescenta oepiteto “enrol” ‘As teria relridas se propsem explicar o fenomena edcatva, ‘ema pretensio de orientarapréica pedagegica,Podermos, prs. dizer ‘ae s teoras se a educagio € no teers da educagto. Dizend de Dutra mane, 20 teas educacoras, mas nfo sio teores pedagéi ‘as, Als, peleriamosatrmar que, ve toda pedagogia é teri da edu ‘acto, nem coda teria da educagao € pedagogia Na verdade 0 conce to de pedogia se reporta a ma teria que se esrutara a patie em fungio ds pritica ducaiva. A pedagogi, como teora da edacagi, buses equaciony de alguna mancira,o problem da rela educadoe. ‘educando, de modo gera, ov, no caso especiico da escola, a relugs0 Professoralano, onentande 0 processo de enine e aprenicagem. Eis Porque nao ce constituem como pedagogia aque teorias que aalisem + educago peloaspecto de ua relago coma sociedad no tendo como ‘objetivo formularcretrizes que onentem a awidade edecativa, como 0 caso das teoras que cham de “eeo-reprodkatstas Feits essa observacio preliminar. podemos cansiderar que, do onto de vista da pedagogis, as diferences concepcdes de educacto podem ser agrupadas em dins grandes tendénchs. a primeira sera ‘composta pels cotrentes pedsgégicas que daiam priridade teria sobre pritica,suordhnando esta Squela send que, no lite isso veram a pritica m teonta. A segunda tendéncis,inversamente, com Oe-se das correntes que subordinam a ceria 4 priticae, no limite clssolver a teoria ma pities [No primeio grupo estanam as divers madahdades de pedago- ‘en radon, sejam eas stuadas va vertente eeligiosa ow ma leiga No ‘segundo grupo se siuusam as eiferentes modaidades da pedagoxta nova, Dizenda de outre modo, poderfames consierar que, no prime ‘aso, a preocuacdo centra-se nas "tcorias do ensino”, enguanko, no seindo caso, a Eniase & posta mas “teorias da aprendizagen” [Na primera tendéncia 0 problema fundamental se treduzia pela pergunta "come ensinar>", cua resposta consistin ma tentatva de se formula métodos de ensino Jina segunda tendénca 6 problema fun damental se wadus pela pergunta "como aprender" © que levou t sgeneralizagio do lena “aprender a aprender En termos histénicos,a primeira tendéncia foi dominante até 0 final do sculo XIX, sendo uma carctritica do séeulo XX, exatarente ‘ desiocamento pars a segunda tendéncia que vei se tornar predo- -mvnante 0 que, entretante, to exch a concent tradicional que se contrapte 3s nowas cortentes,disputands com elas a inuéncia sobre a atwidade edacativa no nterice das escolas ‘Como se pode depreender do expestoanterirmente, 2 opesicio ‘entre a dns tendEncias pedaéeas decorve ds énfasesdstintas com ‘que cade uma dels lida com os virios elementos inegrantes do pro _css0 pedagSigico. A princiratendéncia, a tracicionl, pondo anf se ma teora,reforea 0 pape do professor, entendido como aquele que detendo os conhecimenteselaborades, portant, o saber teoricamen te fundamentado, tem 2 responsabilidade de os ensinat 30s alunos « configuram os métodos de rmedhinle procedimentos adequndos 4 cnsino. A segunda tendénci, 2 renovador, pondo a éaface na pete <3 reforg10 pape doalana, entendida coma quele que 6 pode apren- der nv atviae peste, eta €, ma medida em que, tendo cme da 230, expressa seu imterese quanto Squlo que €valeso aprender, & sim peocedendo relia, com © auxiho do professor os passos de sua brdprin educagte, que configuram o métoda de aprendizagem median te ocual cle, uno, const os préprios conhecimentos Assim contrapostas, as das rads tendénclas pedagess, 20 tratarda relagtoteonae pritica, assim como da rela20 professoralno ‘edi relagdoensino-aprendizagem acabam nos enredando num verda- deizo dca Diem € sm mo dervado do greg (Banya), que € uma pala ‘va composta de des elementos) a particu 8, que € esto da pre- posiio tamibém advérbie Bd. que, nocaso, significa “separande’, vidindo’,“deum ede ovo ldo"; b) ec vocdbulo Arne, sie singiea lms, “tema, “proposicio", “peemissa de wan slogsmo”. Dalene, portato, tem o sentido de “premissa dupla, o que levou. ambém, 20 Serio de uma argame nto com duns conchaes contraditras gual: mente possiveis logicamente partir dessa aceogio técnica, gener -zo1-4¢ 0 significado de dlema como expressnde una swag cr ragosa com dus sits igualimente difeis Vé-se, pois, qu, quand falamos do dilema tora: pric ma ed ‘asso, estamos falando de ums situagio embaragesa, pois a énase na ‘teona interfere negatvamente ma pritics¢ vice-versa Assim, ambos oF caminhos revelam se gualmentedificeie Com efit, o sentimento ge sale que ni se pode abrirmao ca teora, mas trmbém 30 ce pode des cada da prstica Em outeos terms admite-e, de mode mais ou me 0s consenseal que tan 3 teoria come 3 pritca sto importanter no pracesso pedaysgico, do mesmo modo que este procesto ce d3 rates ‘lo proessorauna io serdo, pes, passed exclie ur dos polos da Felagio em benefieio do outro. sea, pols, que eon e prt, a8: sim como professor e aluno, sto elementos inssoerives do process pedagsxico, Nesies terms, a saa do dfema por tin ou por outro de seus péosconstiutivos se revel igualmente dificil, aolinite, pos sive. is poraue a dus tendénclas pedazésicas vigente na atuaidade resultam igualmenteincapazes de resolver o ler pedagésic. ‘A perguta que cabe ser formulada & portanco, a sexuinte exist ria um outro camino, uma outa teadéncia pedasica qu permit ria superar a dilema em que se encontram enredadas as tendéncias pedagogicascomtersporinea® (O encaminhamento da resposta a ess questi implica considerar ‘que a vaudae da Lgiea formal, como 0 nome est dizerdo, se Hina as fori Ela se consndt a partir da linguagem e, portato, regula os rads de expressio do pensatnento € no, propriamente, © modo como pensamos. Enguanto a a ligica formal incce sobre © momen to aaltice, portantaabstrate, quando 0 persamento busca se apo: priar da realidad concreta que, sen sintese de milkplas decermi- nage, €unidade da dversidade, portato, algo complexo.que atid “elementos opostes. a apreender o concreto nds precisemos ker fica os ceus elementos & para sso, n6s 0s destacams, os soln, separamas uns dos outros pelo processo de abstracio,procedimento este que ¢ denominad de anise. Ura vez feito isto, para aprender fo conereto nis precisamas faze 0 caminbo inves, ito €,recompor ‘0¢ elementos kleniicades rearticulandoes no too de que fazem pate de moda perce sis relagbes. Comm sto fs passanes de uma visto confia, eastica, sincrética do fendmeno estudado chegand, pela medagia ca andbse, da abstracio, a uma visio sin tice, tical A, conereta Or esse procedimento que nos permite captar are dade com um trl atculado composto de elementos ave s¢contea- Diem entre si, ue agem e ragem as sobre 0 outs, um processo inimico, €0 que, a histra do pensamente humnano foi explictado sob o nome de Kgica datica formalads a partir de Hegel, no inicio ddaséctlo XIX. Assim, salsa formal €agiea das formas, portant, sia, a Kigion dsl tca € 2 Iga dos contd, logo, uma Kbgien onereta que incocporaaKigica formal como umn momento necessivio Uo processo de conhecimento CConsiseremos o problema d vlagio entre teora¢pritiea tendo presente esse entenimente dakiico, Teoria pritica so aspectos ds tintos¢ Fundarmentis ds experigncia harman. Nessa condigio podem, «edevem, ser consideradas m especficidade que as diferencia, uma da ‘utra, Mas, ainda que dstintos, esses aspectos io inseparéves, defi nindo-se« caracterizando-se sempre um em relagio a0 outro, Assim, 2 pritica € a razao de ver da teora, 0 que significa que 3 teoria 6 se tu € se desenvoveu em fungio ds pritica que opera 20 mes- mo tempo, como sew fundamento, finadadee crtério de verdad. A tcora depende, pots, radicalmente da prtica Ox pecblemac de que la trata sho postos pela pritica e elas faz sentido enquanto ¢ acio- ‘nada pelo homem como tentativa de resolver os pralemaspostos pela pritica. Cabea ela esclorecerapriica tornandosa coerente, consis- tente, conseqiente € efieaz, Portanto, a préticaigunlmente depende ds tom, que sun consisténcia€ determinada pela tora, Assim, sem a teoria a pritca resulta cega, tateante,perdendo sua caraterstica espectica de aividade humana. Com efevto, 3 agso humana € uma at vidi adequada a finalidades. ito 6 guada por um abjetivo que se procura ating Para luster isso Marx do segue exemplo, Una rata exces opercoes seman do tec, 9 tha de sper aiuto so conan edclnéa Mason sng pierargutetodarcho ahs 9H defies a ewe conse antes de tesforms h eakdade No fo pace So be ape recom rss que nti ate ean wo do rab Mar (Mat, 1968 302) Ora, 0 ato de amceciparmemalmente o que srs realizado signi cx extreme que a pritiea humana € determinada pea teors, Por tanto, quate mas slide fora teoria que orienta pritcs, tanto mais ‘comsistente efica:éaatividade prdtica, Por isso, dante d observa ‘40 dos alunos "este curso € muito teérico, deveria ser is prtico” minha vendencia sempre foia de responder. “Oxalé Foe mito ted 9, pols, de teens nee precios muito ‘Az dessas consderagoes,retomemoe 0 confronte entre teoria price que opse profesor ealuno. Exanynaa er termes dtios, rnotamos qu, em lugar de se exclurem matuamente, tori eprética indo camiho para a considera 10 polos opestos que se inclu, a 30 do umidade entre teonse pits Podemos, enti, compreenser por que 3 duns tendéncias peda. sO g136 contempordneas, tratando teora e pratica como polos ops tos muttarnenteexcidentes,seennecaram num clema do qual jamais Poder sate A soluczo do dilema demanda uma outra formulacio. teica que supere essa oposiio encludente consiga articular teoia « pritica, assim como professor €aluno, nua unidade compreensiva esses dois ples que, contrapondo se entre i dinamizam e poem em ‘movimento 0 trabalho pedagdsico. E essa nova formulagio teérica fot a tarela acometida d pedagogis steno ext [Nessa nova frulagia 3 eacagio€ enendca como medagia no ‘eto dh prica social plobal_ A prdvca social se poe, portanto, como @ onto de partida eo ponto de chegada da pritica educativa Dai d corte um método nedaxdxico gue pate da prtica socal em que peo- fessor € aluno se encontram igualment insridos ocupando, porém, porigdesdistintss, condigio para que travem una relagie fecanda ma ‘compreensio « encaminhamenta a olusao os problemas poscos pela Prati saci cabendo 20¢ momentos intermedhitios do metodo den- lifiear as questies suscitadas pela prtica social (problematizacao), «spor os nstrumentosteGricos €priticos para asus compreensio © solves (nstrumentagio) e viabilenr sin incorpomagio como eleren tosintegrantes da prbpria vids dos shames (eatarse) Vesse, polo parigrafo antestor, quea base dessa teora pedagog ca parte do entendimento dx formulagio centida no “metada da eco- roma poitiea” (MAE, 1975, pp. 228-240). Nese txco 0 movimen erque va da sincrese (a isto casica do toi) a intese "uma ica touaidade de determinagées erelagces numerosts") pela mediago da anise (as abstragies determinagdes simples”) constitu uma orien Lagdo segura tanto para o processo de descoberta de novos conhe rmentos (0 método cientifico) como para 0 processo de transmissio avsimilagdo de conheeimentos (0 método de ensino).E 0 termo “entase” que denomina o quart passa do metodo proposto, ques Cconesta no momento culmmanre do processo pedagogicn, € enten- ‘ido na acepsio gramscina de ‘elabocagSo superior da estruturs em superestrurura ma conscéncia dos homens” (Gaus, 1978, p53) Potato, a fontes especies da pedagopa historco-ciia zene porcem 4s motrizestericas do mateialsmo histéuico represents, bosicamente, por Marx ¢ Gramsci bs guns cabe acrescentar, tame, 3 contaibuigae dos autores que procurirm aborda 0: problemas pedagé ficos com base nessas maisizes, Menciono, entte eles, Bogdan ‘Such com as obras Tae mrt de daca (1966, Fears eigen (1970), A dca humane d ben (197) © A plapgat 2 gues ort files (1984), Mario Alighiro Manacorda, O mors moeaelagle (1968), Marea pdigagswodons (1969) €O pind ven Gramai (1977); € Ceonaes Seyders, Plaga rns (1978), Be dew pays lode (1976) sd, dase ns de des (1970) € ‘alin sea (1986).Além dessessutores, stds mais propriamen ‘emo smbito da filvofis da educago, podemos lembrar noms no cam pada psicopecgog, camo osintegranes da “Escola cde Vigotsk”, eda peshgogia, como Pistrak (1981), Maarenko (1977, 1982, 1985) © os int pretes dass pedagogtcas de Gramsct como, além de Manacor, IS ctado, Broccol (1977), Bet (1981) e Regazzni (1978 ¢ 2002), Dei uma indicagao sume da proposta metodolégica« da base teorica da pedagogsa Insterico-critica. Obvamente, ta formlacso contém uma série de outros ingredientes que m0 € possivel caside= rar neste texto que éesté mas longo do que o deseifvel. Esses igre dentes ji se encontram, em boa parte, disponives em minis pl: eactes, em especial ns eo: Buse dea (Si, 20020 ess sabes pani poxmace (Sainant 20036), atm da contrib Aho de outros estatosos con Betsy Ore Newion Dante co seus tabuhos eos de seus oientanos, de Joto Luke Gaspain, com 0 Ir Une dice ara esp bin ri,¢ de Suze Sealon, com seu veo A peda ndepeligacn abodondapcloe bine ‘olarelcoma pesos isinoertes No enorta,goxtoradelembras que io basta oconhecimente da tcoria Para que cl prenatal soucncho SOOM SrA OAGOGN sTONCO CHEN OF HPO. U5 ceducativo desenvolvido ma eecolae &necestino que cam preeach- das determimades condigoes, materits€ pedapeicas, m certo grat revista nappa teorka Portanto, aos desfios socials postos eu casio pela sociedade de classes se acrescentam, tbém, 05 desafios propriamente pedagésicos [No caso da pedagogi istérico-critiea ainda antes do término do regime mia, diane ds oportanidade sugida com a ele de go- vermos que fziam oposicto a0 regine € se efniam come populares demacriticos ante governos estaduats, a exemplo de José Richa, ‘no Porans, Franco Montoro, em So Paulo e Tancredo Neves, em Mi nas Ceri, como municipas em divers cdzdes espalhadas pelo pi), ‘ocorteram tenttves de se assum, no nivel da forrmulacio de polit cas educatvas, a pedagogiahistérico-ritica Tas temtativass€ apre seatara, basicaments, sob duns modalaces: 2) aqua em que determinados governantes langavam mio de ‘des pedagiicasconsderadas progiesista apenas como am recanismo de projegio politica junto ao elitorado, Nessa ‘versio popullsta a quertio relative a0 contetido especfico das idéas que se abrapav, sts ses tenicas. eu significado pe agoiico_ sua capncidade de imterferi rn qualidade do ensino, ficava em segundo plano, suboedinando-se 20 objetivo maior consubstanciado no gonhe politico que se busca¥s ain, by aquelaetentatwas condtusidas por equipes que, asurmindo fan ‘goes no dmbita de secretaras de edcacio estas OU mut ‘ipas, buscavam compreender com sericdade as earacteris 4s da teori excolhida procurando implementé-la como um instrumentoehicae de traneformagio ¢elevagse da qualidade do ensino publico, Para efeitr da ane que estou fazen, imporea considerar 3 segunda modslidade observando que, mesmo nese e340, 0 fato de nfo

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