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INSALUBRIDADE.

DIREITO
INDENIZATÓRIO. INEXISTÊNCIA DE
FATO GERADOR, NR 15. INEXISTÊNCIA
DE DIREITO ADQUIRIDO OU DE
DIREITO SUBJETIVO.

Breve síntese dos fatos: Consulta a M F DA SILVA RECICLAVEIS


LTDA, sobre a exclusão do pagamento do adicional de insalubridade a parcela de
seus empregados, art. 3 da CLT. Nos foi passado as seguintes informações: Não
existe um laudo técnico que identifique o grau e a descrição da insalubridade, nos
termos da NR 15; Os valores foram pagos por mera liberalidade do empregador
para de alguma forma ajudar os empregados.

Iremos responder as seguintes questões:


1- O empregado tem direito adquirido ao adicional de insalubridade?
2- O empregador pode retirar a adicional de insalubridade? Quais as
consequências jurídicas?

Respostas:

1- O adicional de insalubridade tem natureza jurídica de indenização, ou


seja, um valor pago a título de compensação quando o funcionário está
exposto a agentes nocivos à saúde, nos termos da NR 15. O grau mínimo
a máximo, o que pode variar uma alíquota de 10% a 40%.

Ocorre que nos termos do art. 191 da CLT, caso o empregador, comprove
por meio de laudo técnico que conseguiu neutralizar o agente nocivo a
causa de incidência do adicional, já não existe, e logo não é devido o
valor indenizatório. Com isso, podemos afirmar, que o empregado não
tem direito adquirido ao adicional, tanto que se for deslocado de função,
também perdera a verba indenizatória.

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. AGENTES QUÍMICOS -


AVALIAÇÃO QUALITATIVA - FORNECIMENTO DE
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL -

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INSALUBRIDADE NEUTRALIZADA. Tratando-se de
insalubridade por contato com agente químico, a sua avaliação
é qualitativa, o que dispensa medições. Contudo, para que o
trabalhador faça jus ao adicional de insalubridade, necessário
que os equipamentos de proteção individual fornecidos não
sejam eficazes na eliminação ou neutralização dos agentes
agressores, não bastando, portanto, a mera constatação da
existência do agente insalubre. (TRT 17ª R., ROT 0001932-
24.2014.5.17.0005 , Divisão da 2ª Turma, DEJT 22/01/2020).

E M E N T A – APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO INDENIZATÓRIA –


SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL – ACIDENTE DE TRABALHO –
REDUÇÃO DA CAPACIDADE LABORAL – PENSÃO MENSAL –
DEVIDA – ART. 950 DO CÓDIGO CIVIL – INDENIZAÇÃO PELA
PERDA DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – NEGADA –
DANOS MORAIS – MANTIDOS – RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Julgar improcedente o pedido de
pensão na hipótese em que comprova a redução parcial e
permanente da capacidade de trabalho implica em negar vigência
ao art. 950 do Código Civil . 2. Em relação aos lucros cessantes,
pela perda do adicional de insalubridade, não assiste razão ao
apelante. É que o adicional de insalubridade consiste em
compensação pelo serviço insalubre. Deixando de exercer a
atividade insalubre deixa de fazer juz ao adicional. Concedê-
lo a despeito disso, consistirá em enriquecimento sem causa. 3. .

Logo, podemos concluir que o empregado não terá direito de


compensação ou qualquer que valha. Na realidade, a situação e os princípios
do direito do trabalho, dá preferência a saúde do empregado e das condições do
trabalho, do que, o valor indenizatório.

2- A questão seria se o empregador pode retirar o valor pago a título de


adicional de insalubridade. O fato posto é que o empregador concedido
de mera liberalidade o adicional de insalubridade, sem que a sua
atividade colocasse em exposição, qualquer atividade insalubre prescrita
na NR 15.

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. INEXISTÊNCIA DE AGENTE


INSALUBRE. Não havendo contato com agente insalubre,
constatado por Perícia, não há se falar na condenação ao
adicional de insalubridade. (TRT-4 - RO:

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00209366820155040233, Data de Julgamento: 18/06/2018, 2ª
Turma)

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. INEXISTÊNCIA DE


CONDIÇÕES INSALUBRES. Restando devidamente demonstrado
nos autos que o ambiente de trabalho era salubre, deve-se
manter a decisão de primeiro grau, que indeferiu o pleito de
adicional de insalubridade. Recurso Ordinário conhecido e
improvido. (TRT-7 - RO: 00015810220165070024, Relator: JOSE
ANTONIO PARENTE DA SILVA, Data de Julgamento:
14/12/2017, 3ª Turma, Data de Publicação: 25/01/2018)

RECURSO ORDINÁRIO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE.


INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO. O adicional de
insalubridade não integra à remuneração do empregado,
podendo ser suprimido quando cessar a exposição aos agentes
insalubres que lhe originaram. (TRT-1 - RO:
01005834120165010046, Relator: LEONARDO DA SILVEIRA
PACHECO, Data de Julgamento: 15/02/2017, Sexta Turma,
Data de Publicação: 13/03/2017)

Diante dessa situação e informações, podemos afirmar que não


existia o fato gerador impositivo para a ocorrência do direito ao adicional de
insalubridade, logo, inexistindo o fato gerador do adicional, inexiste o direito
indenizatório.

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