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INTRODUÇÃO A PODOLOGIA

BELEM – 2021
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Prezado (a) Aluno (a).

Nas últimas décadas, o cuidado com os pés, tem sido cada vez mais valorizado
pelos demais profissionais de saúde, já que uma parcela significativa da população
apresenta problemas podológicos, sem reconhecê-los. A ausência de informação e
orientação sobre os cuidados com os pés pode desencadear e/ou agravar patologias
podológicas, que poderiam ser evitadas ou resolvidas com a intervenção da podologia.
Pés saudáveis são fortes e flexíveis e, além de possibilitar a locomoção, mantêm o
equilíbrio e distribuem de maneira uniforme o peso do corpo quando em pé; no entanto,
comumente estão em desconforto e associados a problemas e afecções que podem ser
evitadas ou até resolvidas com a atuação do podólogo.

Este material tem o objetivo de apresentar as informações básicas de maneira


objetiva e clara sobre a disciplina dando um direcionamento direto ao discente. Este não
substitui a literatura divulgada em livros e periódicos sobre o assunto, deve ser usado
como material complementar. A leitura na bibliografia utilizada é recomendada.
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DEFINIÇOES

É a ciência na área da saúde, especializada na investigação, prevenção,


diagnóstico e tratamento das alterações que afetam o pé e as suas repercussões no
organismo humano, sendo o Podologista, Podiatra ou Podológo o profissional de saúde
devidamente habilitado para o tratamento e prevenção das patologias do pé.
O termo podologia surgiu do Grego, sendo o prefixo Podos = pés e o sufixo Logos =
estudo. Estuda dos pés.
Também é a denominação dos cuidados e tratamentos relacionados aos pés, através de
conhecimentos científicos e técnicos, e é a érea da terapia responsável por aliviar as
tensões, dores, calos, unhas encravadas, entre as outras agressões que atingem essa
área tão importante do corpo.

Os podólogos possuem formação técnica na área, são preparados para cuidar da


saúde dos pés de forma profissional e cuidadosa. Possuem conhecimento específico para
tratar unhas encravadas, micoses de unha, fissuras, calos, infecções e outros. Pode ainda
auxiliar na identificação de causas de dores nos pés, orientando quanto aos melhores
tratamentos e produtos corretivos e preventivos.

Áreas de Atuação

Podologia Geral: Avaliação estática e dinâmica do pé;


Podologia Infantil: Tratamento do pé da criança;
Podologia Geriátrica: Tratamento do pé do idoso;
Pé de Risco: Pé diabético, pé neurológico, pé vascular;
Podologia Desportiva: Avaliação e tratamento do pé do desportista;
Podologia no trabalho: Avaliação e análise do pé adaptado a cada situação profissional;
Podologia Preventiva: (Prevenção das patologias/alterações do pé).

Funcionalidades dos Pés

O pé é uma parte do corpo extremamente importante para o ser humano, sustenta o


peso do corpo e auxilia o deslocamento, suporta o peso e serve como alavanca para
impulsionar. A construção do pé com vários ossos e articulações, permite a adaptação do
pé aos tipos de superfícies, além de aumentar sua ação propulsora. Nossos membros
inferiores e às vezes exclusivamente os pés, são passíveis de serem acometidos por
várias doenças e condições de gravidade variáveis. Daí a importância do profissional, pois
é ele quem vai reconhecer, identificar, tratar e prevenir possíveis podopatias.

http://www.podologiaces.com.br/podologia/?doing_wp_cron=1533506010.7194349765777
587890625

ANATOMIA DO PÉ
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Os nossos pés são muito complexos, são eles que alojam um quarto de todos os
ossos do corpo, além de possuírem uma complexa rede de músculos, ligamentos e
articulações. Os nossos pés são vulneráveis a ferimentos e doenças; existem descritas na
medicina acima de trezentas condições patológicas dos pés.
Por volta dos cinquenta anos de idade, os pés perderam cerca de metade da capacidade
de absorção de choque conferida pelo panículo adiposo do pé (gordura da planta do pé
responsável pela absorção dos impactos durante a marcha).

OSSOS DO PÉ
Em anatomia, o pé é a extremidade dos membros dos animais terrestres que
assenta no solo. No homem e outros bípedes, o termo se aplica apenas à parte final das
extremidades inferiores. O pé tem 26 ossos.

Divide-se em três partes:

Tarso - a parte superior, que liga com os ossos da perna;

https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-esqueletico/membro-
inferior/ossos-do-pe/

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inferior/ossos-do-pe/
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Metatarso - a parte mediana; consiste em cinco ossos metatarsais, numerados a partir da


face medial do pé.

https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-esqueletico/membro-
inferior/ossos-do-pe/

Dedos - o número básico é de cinco dedos que normalmente se encontram virados para
a parte dianteira, mas nos ungulados, é a ponta dos dedos (que geralmente estão
reduzidos em número e composição) que assenta no solo.

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inferior/ossos-do-pe/
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O pé humano se caracteriza como uma complexa estrutura que atua como suporte
do corpo, recebe e distribuição de cargas, sendo indispensável para a locomoção e
estabilidade corporal. O pé ou região do pé é a parte distal do membro inferior, que
contem 26 ossos. O esqueleto do pé é formado por 7 ossos tarsais, 5 metatarsais e 14
falanges.

O pé e seus ossos podem ser divididos em três partes anatômicas e funcionais:


A parte posterior do pé (retropé): tálus e calcâneo.
A parte média do pé (mediopé): navicular, cuboide e cuneiformes.
A parte anterior do pé (antepé): metatarsais e falanges
A parte/região do pé que toca o solo é a planta ou região plantar. A parte voltada para
cima é o dorso do pé ou região dorsal do pé. A parte da planta do pé subjacente ao
calcâneo é o calcanhar ou região calcânea, e a parte da planta subjacente às cabeças
dos dois metatarsais mediais é a bola do pé.

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inferior/ossos-do-pe/

MUSCULOS DO PÉ

Os músculos que atuam sobre o pé pode ser classificada em músculos extrínsecos,


aquelas originárias na face anterior ou posterior da parte inferior da perna e os músculos
intrínsecos, originários da região (em cima) ou região plantar (a base) do pé.

Extrínseco: Todos os músculos com origem na parte inferior da perna. A tíbia e fíbula é a
membrana que separa estes músculos interósseos em grupos anterior e posterior, por
sua vez, subdividem-se em subgrupos e camadas.
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Intrínseco: Por volta (em cima) do pé , os tendões do extensor curto dos dedos e extensor
curto do hálux estão profundamente ao sistema longos de tendões extensores
extrínsecos. Ambos surgem no calcâneo e se estendem até o dorsal aponeurose de
dígitos 1-4, um pouco além das articulações penúltimo.

Dos 20 músculos individuais do pé, 14 estão localizados na face plantar, 2 estão na


face dorsal e 4 são intermediários.

Músculos da face plantar : músculo abdutor do Hálux, músculo flexor Curto do Hálux,
músculo adutor do Hálux, músculo abdutor do Mínimo, músculo flexor Curto do Mínimo,
músculo oponente do Mínimo, músculo flexor Curto (Plantar) dos Dedos, músculo
quadrado Plantar, músculo lumbricais, músculo interósseos Plantares (três músculos),
músculo interósseos Dorsais (sete musculosa).

Músculos da face dorsal: músculo extensor curto dos dedos, músculo extensor curto do
Hálux .

https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-muscular/musculos-do-
membro-inferior/musculos-do-pe/
TIPOS DE PÉ
PÉ CAVO
O pé cavo é aquele que apresenta um aumento da elevação do arco longitudinal
medial. A deformidade em cavo é relativamente comum na população. Pode sentir dor no
calcanhar e metatarsalgia por conta da maior pressão nesses locais, já que a elevação do
arco longitudinal retira parte do apoio no mediopé. Outra queixa frequente é a dificuldade
de se adaptar a calçados, por causa da elevação do arco longitudinal medial. Calosidades
podem aparecer nas áreas de maior atrito como calcanhar, planta do antepé e dorso dos
dedos, quando existe deformidade em garra.
PÉ PLANO
O pé plano (prono ou chato) é o pé com arco longitudinal medial baixo ou
desabado. Não existe um parâmetro clínico ou radiográfico universalmente aceito para
determinado quanto um arco deve ser rebaixado para se considerar um pé plano.Apesar
de a maior parte dos pés planos na população sejam assintomáticos, uma grande parcela
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apresenta algum tipo de dor ou disfunção, acompanhada da avaliação clínica de pé plano.


Alguns pacientes relatam que o pé vem mudando sua estrutura: alguns citam que o pé
aumentou de tamanho, outros que o pé rodou para fora.

http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/guia/pe-cavo-e-pe-chato-descubra-
diferenca-entre-os-tipos-de-pisada.html
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APARELHO UNGUEAL

Anatomia do Aparelho Ungueal

Fonte: dermatologia.net
A unha humana está longe de se comportar como uma simples unidade feita
basicamente de queratina, ao contrário, nossa unha representa um complexo aparelho
cujas partes devem ser minuciosamente analisadas isoladamente, visto que, cada parte
deste aparelho denominado unha, pode ser acometido por diferentes processos
patológicos.
Produzimos unha ainda na vida intra uterina, a partir da epiderme da ponta dorsal
dos nossos dedos na 9ª semana, sendo que, na 50ª semana de vida intra uterina a matriz
de nossas unhas, está suficientemente desenvolvida a ponto de formar nossas unhas, a
partir de agora, num processo ininterrupto, salvo algumas condições, até a morte.
Esta placa semi flexível, translúcida quando saudável, a qual denominamos unha, é
o resultado do amadurecimento de um tipo de tecido produzido na matriz ungueal, que
será envolvido por queratina ao longo do seu trajeto até o bordo ou borda livre da unha,
ou seja, a unha primeiramente se forma como um tecido especializado na matriz ungueal,
atraves da atividade ininterrupta de células nesta região, e, ao longo do seu trajeto até
cobrir a ponta distal dos nossos dedos, recebe constantes injeções de queratina até
tornar-se esta placa dura a qual denominamos unha.
A unha está firmemente aderida ao seu leito ungueal, região de pele abaixo da
unha rica em terminações nervosas e vasos sanguíneos, e esta aderência entre a unha e
o tecido embaixo dela é tão intenso que, microscopicamente, em situações em que há
desprendimento da unha, seja de forma traumática ou não, pode-se observar este mesmo
epitélio, acompanhando a porção inferior da unha que se soltou.
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A lúnula, estrutura em forma de meia lua, visível no corpo da unha próximo a sua
borda proximal, as vezes de difícil visualização principalmente em pessoas que
apresentam unidades ungueais diminuídas, ou seja, unhas muito curtas; representa a
parte visível da matriz ungueal. E esta cor branca que caracteriza a lúnula pode resultar
de 02 fatores anatômicos:
1. A região queratogênica da matriz distal apresentam fragmentos celulares responsáveis
por este aspecto opaco na lúnula.
2. Devido a espessura do epitélio da matriz da unha, os capilares sanguíneos da região
da lúnula tornam-se menos visíveis do que os capilares sanguíneos do restante do leito
ungueal, tornando a região da lúnula mais opaca e pálida do que o restante do leito
ungueal mais rosado.
O eponíquio, conhecido popularmente como cutícula, esta película que recobre e
prende a unha a sua dobra ungueal proximal tem uma importância biológica
inquestionável, uma vez que, proporciona uma selagem que impede a penetração de
microrganismos e produtos químicos à área próxima a matriz da unha.
O hiponíquio, faixa de pele logo abaixo da borda livre da unha, se delimita com o
restante do leito ungueal através da faixa onico córnea. Sequencialmente, observa-se a
borda livre da unha, esbranquiçada devido ao contato com o oxigênio, abaixo o
hiponíquio, em sua porção superior a faixa onico córnea e logo em seguida o restante do
corpo da unha altamente aderido ao seu leito ungueal rosado.
Partes que compõem a anatomia do aparelho ungueal:
➢ Corpo da unha
➢ Bordas ungueais laterais
➢ Borda ungueal proximal
➢ Borda ungueal distal
➢ Lúnula
➢ Hiponíquio
➢ Eponíquio
➢ Faixa onico córnea
➢ Leito ungueal
➢ Sulcos ungueais
➢ Raiz da unha
➢ Matriz da unha
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Lâmina ou prato ungueal: é a parte que vemos da unha e estende-se desde a matriz até
a porção livre. Possui consistência dura, está localizada sobre o leito ungueal e não tem
coloração. Por essa razão, é possível perceber certa coloração rosada resultante da
presença de capilares no leito ungueal. A porção livre apresenta coloração esbranquiçada,
o que resulta do contato com o ar.
Matriz ungueal: apresenta um epitélio germinativo e origina a lâmina.
Leito ungueal: está localizado abaixo da lâmina ungueal, desde a lúnula até o hiponíquio.
Está fortemente aderida ao leito.
Lúnula: está localizada na parte proximal da lâmina ungueal e apresenta-se como uma
meia-lua de coloração esbranquiçada.
Eponíquio: É uma dobra que recobre a porção proximal da unha.
Hiponíquio: Camada da epiderme que se localiza abaixo da borda livre da lâmina
ungueal e faz a junção entre o leito ungueal e a pele.

Composição Química da Unha


A unha basicamente é formada de queratina, mas, tão somente este fato, não é
garantia de unhas saudáveis, é necessário pontes intercelulares para ligar toda essa
queratina e isso só é possível graças ao elemento químico enxofre, que promove essas
ligações químicas na unha conhecidas como pontes dissulfeto. A dureza e força da unha,
que antes era atribuída erroneamente ao elemento cálcio, se devem ao seu grande
conteúdo de queratinas duras, proteínas ricas em enxofre e cisteína e sua flexibilidade é
dependente do conteúdo de água encontrado na unha, se o conteúdo de água diminui
abaixo de 18% a unha torna-se frágil, se o conteúdo de água aumenta acima de 30%, a
unha torna-se opaca e macia.
O principal lipídeo encontrado nas unhas é o colesterol, responsável pelo efeito
plastificante saudável e o seu conteúdo nas unhas é dependente de controle hormonal, a
quantidade de colesterol na unha diminui após a menopausa.
Também encontramos traços de vários elementos como ferro, zinco e cálcio; que
não influenciam em nada a dureza das unhas.

PRINCIPAIS PODOPATIAS TRATADAS NA PODOLOGIA


Dentre as patologias mais comuns em podologia temos as queratopatias (calos,
calosidades), fissuras, verruga plantar, transpiração excessiva, úlceras, Onicomicose
(Micose nas unhas), Onicocriptose (Unha encravada) Onicogrifose (Espessamento das
unhas), etc.
ONICOCRIPTOSE (Unha encravada)
A Unha Encravada ou Onicocriptose é resultante da penetração do canto da unha
na pele vizinha do dedo, que gera dor e inflamação, atrapalhando a qualidade de vida do
portador desta lesão. A maioria das pessoas desconhece que a unha é um apêndice da
pele e que, portanto, o dermatologista é o médico especialista para tratar dos seus
problemas. Outro fato não conhecido pelas pessoas é que existe tratamento para a unha
encravada, com índices de cura superiores a 95% dos casos. Alguns fatores podem
contribuir para o encravamento da unha, quais sejam:
1-Excesso de pele na região vizinha da unha ou, ao contrário, a unha muito larga.
2-Corte inadequado da unha. O ato de cortar os cantos das unhas predispõe a
permanência de alguma "quina" de unha, que pode encravar na pele vizinha. A unha deve
ser cortada de forma reta, mesmo nos cantos.
3-Uso de calçados apertados, o que aumenta a pressão entre o dedo e a unha,
provocando o encravamento. Não é raro nos depararmos com pessoas que, mesmo sem
perceberem, utilizam calçados menores do que aqueles indicados para os seus pés.
4-Traumatismo na unha, por exemplo, qualquer "pancada ou pisão no pé", que pode levar
a unha a penetrar e machucar a pele vizinha.
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5-Obesidade, pois, aumenta a pressão sobre os dedos e gera um maior conflito entre a
pele e a unha. De forma semelhante, a gravidez, pois, aumenta a pressão com
subseqüente edema (inchaço) dos pés.
7-A hiperidrose ou aumento da sudorese dos pés.
8-A micose pode causar uma deformidade das unhas e, algumas vezes, faz com que as
mesmas se encurvem e passem a encravar.
9-Problemas de origem ortopédica podem predispor ao encravamento, como, por
exemplo, o pé "chato" (pé plano).
A ocorrência de unha encravada, na idade entre 14 e 18 anos, é chamada de Unha
Encravada Juvenil, sendo uma das formas mais comuns. Contudo, ela pode se
manifestar em qualquer idade. Os dedos mais suscetíveis ao encravamento são o hálux,
conhecidos como os "dedões dos pés".

Existem 3 graus de encravamento da unha:


Grau I - Há a presença de dor, diante de pressão decorrente do toque ou do próprio
calçado. Pode ocorrer leve avermelhamento,
Grau II - Dor e vermelhidão maiores, mais o surgimento de secreção,
Grau III - Os sintomas descritos anteriormente, manifestados de forma mais exuberante,
além da presença de granuloma, que é citado pelos pacientes como "carninha esponjosa
na beirada do dedo" e de aumento da pele vizinha.
O tratamento da unha encravada dependerá do grau diagnosticado. Porém,
algumas medidas são aconselháveis, em qualquer dos casos. A boa higiene dos pés é
fundamental e deve ser realizada a limpeza da unha encravada com sabonete
antisséptico. Na presença de sinais de inflamação, quais sejam, vermelhidão, dor,
aumento da temperatura local, secreção, comuns no encravamento, está indicada a
realização de compressas com água morna. Deve-se tomar o cuidado para não usar água
fervendo, para evitar queimadura.
Para os pacientes portadores de grau I, podem ser utilizados tratamentos
conservadores, como a introdução de um algodão estéril entre a unha que está
encravando e a pele inflamada. Outra opção é a utilização dos chamados clips ou órteses,
que levantam o canto acometido pelo encravamento, provocando o alívio da dor. Este tipo
de tratamento deve ser realizado por profissional com formação adequada.
A remoção do canto da unha encravada, frequentemente utilizada, mostra-se eficaz
em menos de 30% dos casos, sendo que nos demais, o encravamento retornará, com o
crescimento da unha.
Para os pacientes portadores de unha encravada - grau II e III - a melhor opção é o
espiculaectomia onde o canto encravado da unha deve ser removido e a matriz (a raiz) da
unha correspondente deve ser destruída, para que a unha, neste canto, não cresça,
evitando novo encravamento. Só pode ser realizada por podólogos profissionais ou
médicos.
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ONICOMICOSES
É uma infecção causada por fungos que se alimentam da queratina, proteína que
forma a maior parte das unhas. As dos pés são as mais afetadas por enfrentarem
ambientes úmidos, escuros e quentes com maior frequência do que as das mãos. Esse
ambiente é considerado ideal para o crescimento dos fungos.
A micose de unha ou onicomicose, como também é conhecida cientificamente, é
uma infecção causada por fungos como bolor ou levedura, que deixa a unha amarela,
deformada e grossa.
A micose de unha do pé é contraída principalmente quando se anda descalço em
piscinas ou banheiros públicos, ou se usa sapatos apertados, enquanto que a micose de
unha da mão ocorre especialmente quando se partilha materiais de manicure.
As micoses nas unhas são mais frequentes ao nível dos pés que das mãos, pois os
agentes infeciosos apreciam um ambiente úmido e a escuridão para se desenvolverem,
condições particularmente próprias aos pés. Epidemiologia estima-se que as micoses das
unhas (onicomicose) afetem mais de 20% das pessoas com mais de 40 anos. Por outro
lado, esta infecção micótica permanece sendo muito rara em criança. Causas as micoses
das unhas ou onicomicoses são causadas por fungos microscópicos que em geral, são
dermatófitos (Trichophyton rubrum), leveduras ou bolor. Ressaltamos que para as
micoses das unhas dos dedos dos pés, o responsável é na maioria das vezes (9 de 10
casos), um dermatófito. Para as micoses das unhas dos dedos das mãos, trata-se em
geral, de uma levedura chamada Candida.
O modo como a micose das unhas se desenvolve é geralmente muito relacionado, no
início, à uma infecção micótica da pele (e não na unha) que somente depois se estenderá
às unhas. Por isso é importante ter unhas sempre limpas, para evitar para qualquer
infecção micótica. Ressaltamos também que os traumatismos da unha relacionados à
prática de esportes como o futebol, o tênis, entre outros, podem fragilizar a unha, e com
isso, favorecer o desenvolvimento das micoses das unhas.
➢ O diabetes é um fator de risco para as micoses que atacam as unhas.
➢ O diagnóstico das micoses das unhas é difícil de ser estabelecido, mas é
essencial para definir qual a melhor terapia para elas, pois cada terapia será
escolhida em função do tipo de fungo causador da micose.
➢ Um dos sinais da micose das unhas pode ser a variação da cor da unha, pois esta
pode ter uma parte opaca ou branca, ou outras cores como o amarelo, o verde, etc.
➢ A unha pode também estar levemente descolada, falamos então de onicólise.
➢ Em determinados casos, podem ocorrer variações da espessura da unha ou de sua
textura (aspecto friável).
➢ É possível observar também diferentes estágios nas micoses das unhas, desde
uma pequena mancha até uma unha completamente estragada.
Os aspectos clínicos das lesões dermatofíticas são bastante variados e resultam da
combinação de destruição da queratina associada a uma resposta inflamatória, mais ou
menos intensa, na dependência do binômio parasito/hospedeiro. Na classificação clínica
das dermatofitoses são utilizadas as denominações Tinea seguidas do sítio anatômico
das lesões, exemplo: Tinea capitis (couro cabeludo).
Descrição das principais dermatofitoses e seus agentes mais frequentes:
➢ Tinea pedis (tinha do pé): T. rubrum, T. mentagrophytes, E.floccosum.
➢ Tinea ungueum (tinha da unha, onicomicose): T. rubrum, T. mentagrophytes.
➢ Tinea corporis, Tinea circinada (tinha de pele glabra): T. rubrum, T.mentagrophytes,
M. canis.
➢ Tinea barbae (tinha da barba): T. verrucosum, M. canis, T. violaceum.
➢ Tinea cruris (tinha da região inguino-crural): T. rubrum, E. Floccosum.
➢ Tinea fávica (tinha alopeciante): T. schoenleinni.
➢ Tinea capitis (tinha do couro cabeludo) endotrix: T. mentagrophytes, T. violaceum, T.
tonsurans – ectotrix: M. canis, M. gypseum.
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http://www.sbd.org.br/dermatologia/unhas/doencas-e-problemas/onicomicose/33/

ONICOPATIAS QUE PODEM SER CONFUNDIDAS COM AS ONICOMICOSES

Hiperqueratose subungueal – confunde-se com a “onicomicose distal”. Unhas deformadas


congênitas, deformadas por calçados apertados e outros traumas repetitivos. Quando
removida a causa, muitas vezes a unha pode voltar ao seu formato normal e desaparecer
a hiperqueratose.

http://www.sbd.org.br/dermatologia/unhas/doencas-e-problemas/onicomicose/33/

Onicoatrofia – quadro parecido com a fase mais avançada da onicomicose. Causado por
problemas diversos inclusive traumas, deformação do leito e tecidos adjacentes a unha.

http://www.sbd.org.br/dermatologia/unhas/doencas-e-problemas/onicomicose/33/

Hematomas subungueais – podem ser casados por calçados apertados ou traumas.


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http://www.sbd.org.br/dermatologia/unhas/doencas-e-problemas/onicomicose/33/

Psoríase ungueal – pode ocorrer somente nas unhas.

http://www.sbd.org.br/dermatologia/unhas/doencas-e-problemas/onicomicose/33/

Línquen plano – doença de pele que pode afetar as unhas. Afinamento da unha,
surgimento de linhas longitudinais.

http://www.sbd.org.br/dermatologia/unhas/doencas-e-problemas/onicomicose/33/

CALOS
O termo médico para calos é hiperqueratose e ele possui esse nome, pois há um
acumulo excessivo de queratina na região afetada fazendo com que a região fique mais
espessa e endurecida. Por não haver suprimento sanguíneo no local ocorre a morte
celular da camada córnea que se acumula na intenção de proteger a região pressionada.
Ocorre o espessamento das camadas da pele como resposta do corpo a alguns estímulos
externos, como o atrito e a hiperpressão local. Esse espessamento acontece para
proteger as camadas mais internas da região onde se formam essas calosidades.
Normalmente os calos não causam dor, mas, em alguns casos, podem causar muito
desconforto. Quando não tratados podem afetar várias camadas da pele, se tornando
profundos e doloridos.
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Apesar da maioria não causar dor, podem causar muito desconforto e se não
tratados, podem afetar diversas camadas da pele e se tornarem dolorosos.
Existem duas formas de se classificar os calos, entre moles e duros. Os moles
são esbranquiçados, tem uma textura emborrachada e ocorrem entre os dedos. Já os
duros são mais comuns e ocorrem em áreas de pele firme e mais dura.
A hiperqueratose pode estar associada a diversas doenças como a atrite, artrose,
alterações circulatórias locais, diabetes e fraturas mal curadas.
Em casos graves quando o calo afeta camadas mais profundas da pele, ele pode alterar o
caminhar normal, fazendo com que o individuo altere sua pisada instintivamente com o
intuito de proteger a região acometida.
Há uma sutil diferença entre o calo e a calosidade. Em geral, o calo afeta uma área
mais ampla, ele é achatado, seco e deixa a pele da região grossa e com descamação. A
calosidade é mais localizada e normalmente tem um formato circular ou cônico com o seu
centro mais ressecado.
Uma pesquisa recente mostrou que dentro de um ano mais de 46% dos brasileiros
apresentaram calos nos pés e que as mulheres têm duas vezes mais calos do que os
homens. O surgimento dos calos normalmente está relacionado ao atrito do pé com o
calçado ou a uma hiperpressão exercida durante o caminhar ou correr. Em geral, as
regiões mais suscetíveis estão sobre proeminências ósseas: na sola do pé (por causa de
hiperpressão) e na parte de cima dos dedos (pelo atrito com os calçados).
Os locais mais comuns para aparecimento de calos são:
Metatarsos: localizado na sola dos pés na região anterior aos dedos, os calos do
metatarso podem ser localizados (afetando apenas uma articulação) ou difusos (afetando
todas as articulações da região);
Lateral do 5º dedo: calosidade no menor dedo do pé, muito comum em pessoas que
apresentam supinação excessiva (pisam para fora) ou utilizam calçados mais estreitos na
região dos dedos;
Lateral do 1º dedo: calosidade no maior dedo do pé, muito comum em pessoas que
apresentam pronação excessiva (pisam para dentro), corredores, mulheres que usam
salto alto ou que usem calçados muito estreitos na região dos dedos e pessoas com
joanete;
Entre os dedos: normalmente afeta o espaço entre o 4º e o 5º dedos, também está
associado a calçados estreitos e ocorre pelo atrito na região durante o andar;
Calcanhar: mais comum na borda posterior da região, onde o calçado atrita fazendo com
que a pele reaja aumentando sua espessura. Pode aparecer também na sola do pé,
resultado de uma pisada excessivamente forte na região;
Tendão Aquiles: indivíduos que correm ou mulheres que usam constantemente sandálias
com tiras posteriores estão mais suscetíveis às calosidades nessa região;
Arco longitudinal medial: ocorre em pessoas que possuem a curvatura dos pés baixa
(pés planos ou chatos) e pisada excessivamente pronada (pisam para dentro).

https://www.tuasaude.com/calo/ https://www.tuasaude.com/calo/
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CALOSIDADES
Não tem núcleo. Quando a pressão é exercida sob uma região mais ampla,
formando a superqueratose a chamamos de calosidade, onde também podem aparecer
fissuras (rachaduras) são mais profundas e focais sendo geralmente dolorosas.
Na medida em que suportam o peso do corpo, os pés estão sujeitos a uma tensão
considerável. Para além de suportarem o peso do corpo, os pés estão sujeitos a um
grande desgaste. Por exemplo, os pés de um indivíduo de 70 anos fizeram um percurso
equivalente a três vezes a volta ao Mundo. No entanto, os pés são das partes mais
negligenciadas do corpo.
Noventa por cento dos problemas resultam do uso de calçado inadequado. Com
efeito, sapatos demasiado curtos ou apertados podem causar calos e calosidades. Se
forem usados durante muito tempo, originarão mesmo deformações nos pés. Por outro
lado, calçado demasiadamente largo poderá provocar alterações da musculatura
intrínseca dos pés, pela tentativa dos dedos se ajustarem ao calçado de forma a
permanecerem nos pés.
Por vezes, as pressões exercidas nos pés tornam-se desajustadas e a fricção extra
transfere-se para uma determinada área do pé. Quando isto ocorre, o corpo reage a esta
pressão produzindo um espessamento da camada superficial da pele. Este
endurecimento da pele é conhecido por calosidade e é uma resposta protetiva do nosso
organismo, com o intuito de proteger os tecidos das camadas inferiores da pele. As
calosidades variam de tamanho e forma. Geralmente, não são dolorosas, mas algumas se
tornam tão espessas que a pele se torna rígida e gretada, o que pode causar desconforto.
Se a pressão se manifesta sobre um osso sujeito a fricção constante, um calo
“duro” pode-se desenvolver. Os calos têm um núcleo duro e ceroso que se forma na
epiderme, a camada exterior da pele, e que depois de penetrar no tecido subjacente,
comprime os nervos da derme. Os calos provocam dor intensa quando sujeitos a pressão.
Os calos “moles” normalmente desenvolvem-se entre os dedos (predominância
entre o quarto e o quinto dedo) onde a pele se encontra humedecida pela transpiração ou
pela secagem inadequada. Têm uma cor branca e endurecida, semelhante a borracha e
são também causados por fricção excessiva.
Causas
Os calos e as calosidades são causados por atrito ou pressão sobre a pele, em
regra devido ao calçado inadequado ou a atividade profissional ou desportiva que implica
fricção e pressão constantes. Porém, estas alterações podem ser indicativas de
problemas mais complexos provocados por deformações na estrutura óssea ou
alterações da própria marcha. Algumas pessoas têm uma tendência natural para
desenvolver calosidades devido ao seu tipo de pele, ou por sofrerem de alterações mais
específicas como a diabetes, problemas endócrinos ou vasculares.
Os idosos também estão em potencial risco. Ao longo dos anos, o tecido
subcutâneo presente na planta dos pés diminui, assim como diminui a elasticidade dos
tecidos. As articulações do pé e dos dedos do pé também sofrem alterações
biomecânicas e desgaste. Estes fatores contribuem para o surgimento de calosidades na
planta do pé ou no topo dos dedos.
Também, as pessoas cuja ocupação laboral, exige longos períodos de tempo em
ortoestatismo (de pé), estão mais sujeitas ao desenvolvimento de calosidades.
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https://www.sosaudemulher.com.br/saude-mulher/olho-de-peixe/

VERRUGA PLANTAR
É uma lesão benigna da pele que pode ocorrer em diferentes partes do corpo.
Verruga Plantar, é uma condição que, como o próprio nome diz, aparece na sola do pé e
isso é apenas por causa de sua localização que é muito doloroso para o ponto de impedir
a caminhada de pessoas que sofrem. Essas verrugas são causadas por infecção com um
vírus da família do papiloma humano (HPV), por que elas são contagiosas e a
transmissão é mais comum em chuveiros públicos e centros de banhos de esportes.
Pode aparecer em qualquer lugar nas solas dos pés e podem ser confundidos com
calos, em geral, uma característica que é a diferença são lesões pretas e pequenas
presentes nesses pontos da superfície. Depois de uma verruga plantar aparecer, elas
geralmente proliferam na sola e causam pequenos mosaicos feitos até de verrugas
menores.
Verruga Mirmecia: Esta verruga está relacionada com HPV-1 e é o tipo mais comum de
verruga plantar. É caracterizado por uma verruga profunda e única porque ele comete um
ou muito poucas peças de sola. Esta lesão é sensível ao toque e pressão, de modo que o
principal sintoma é causar dor ao caminhar ou pisar. Tal verruga plantar pode ser
reconhecida por causa de espessura significativamente a superfície da pele, tornando-se
muito mais difícil de tratar.
Verruga Superficial: É a lesão que está associada com o HPV-2 e é muito mais fácil de
reconhecer porque não é única, mas representa um conjunto de verrugas muito
semelhante ao mosaico de calos. Estas lesões são indolores e pode aparecer tanto no
solo e nos dedos dos pés.

Causas
➢ Andar descalço em banheiros ginásios, piscinas e centros desportivos.
➢ Pés descalços em uma sauna.
➢ Usar sapatos emprestados.
➢ Usar meias emprestadas.
➢ Chuveiros sujos.
No entanto, é importante notar que o vírus entra no corpo, ele precisa de uma
pequena lesão no pé que irá servir como um gateway, como um corte, bolha, cicatriz não
curado, entre outros.

Dicas Para Prevenir Verrugas Plantares


➢ Usar sandálias em banheiros públicos, piscinas e saunas.
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➢ Secar os pés cuidadosamente após o banho incluindo no interior dedos.


➢ Não usar meias com os pés molhados.
➢ Não usar qualquer calçado que foi usado durante a infecção com uma verruga
plantar.
Durante o tratamento da verruga plantar é necessário cobrir o resto do pé para evitar
que outra infecção ocorra durante a eliminação.

https://www.sosaudemulher.com.br/saude-mulhe/verruga-plantar/

HALUX VALGO
Deformidade do halux caracterizado por um desvio lateral da falange proximal do
1º metatarso conhecido como “joanete”
O joanete no pé é uma saliência óssea ou um “osso mais saído que o normal” que
pode causar dor mais frequentemente ao caminhar ou quando usa calçado inadequado. É
uma deformidade que afeta com maior frequência o primeiro dedo ou “dedo grande do
pé”, é mais comum nos pés dos adultos, sendo que 30 % da população possui algum
grau de deformidade. É 10 vezes mais comum no sexo feminino do que no sexo
masculino. Nas mulheres a utilização de calçado de salto alto e "bico fino", contribui como
fator extrínseco (externo) importante no agravamento da deformidade e nas queixas de
dor.
Podemos identificar dois tipos de joanetes no pé: O hallux valgus é o tipo de
joanete que afeta o primeiro dedo ou “dedo grande” do pé, sendo esta a deformidade
mais comum (tipo de joanete mais frequente) e Joanete Sastre ou bunionette. O Joanete
que afeta o quinto dedo ou dedo mínimo, popularmente conhecido por “dedo mindinho,
dedo pequeno ou dedinho do pé” é o Bunionett ou Joanete Sastre, também conhecido
como joanete de alfaiate devido à prevalência deste tipo de joanete nesta profissão
(devido ao uso das máquinas de costura).
A deformidade ao nível do 5º dedo do pé é uma forma de joanete menos frequente
que aquela que afeta o 1º dedo (hallux valgus). Esta deformidade situa-se ao nível da
articulação na base do quinto dedo do pé com desvio em varo do dedo mínimo, que fica
angulado para o lado interno do pé.
Causas
Embora as causas para o surgimento do joanete não sejam completamente
conhecidas, sabe-se que uma biomecânica anormal do pé pode levar à instabilidade da
primeira articulação metatarsofalangica, resultando em deformidade. Parece existir
predisposição genética/hereditariedade (pé plano, laxidez ligamentar), que conduz a uma
função anormal do pé. Isto é especialmente frequente em indivíduos mais jovens. Existem
também outros fatores que contribuem para que a deformidade ocorra, nomeadamente,
doenças autoimunes e metabólicas (artrite reumatóide, gota, etc.) e alterações
neurológicas (acidente vascular cerebral, paralisia cerebral, trauma vertebromedular),
entre outras. Outras causas menos frequentes de deformidades são o trauma (entorses,
fraturas, lesões nervosas), distúrbios neuromusculares (poliomielite ou doença de
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Charcot-Marie-Tooth) e dismetrias de membros (uma perna mais curta do que a outra),


em que a perna mais comprida desenvolve
Sintomas
A dor no pé é dos principais sintomas do joanete que pode ir de moderada a
intensa na área envolvida (bunion), que habitualmente é exacerbada ao caminhar ou ao
usar sapatos mais apertados. Em repouso ou quando usa sapatos mais largos tende a
diminuir ou desaparecer a sintomatologia.Em determinadas circunstâncias pode ocorrer
inflamação que pode ser desencadeada por alguns fatores, como o uso de calçado
apertado, por exemplo. O joanete inflamado é caracterizado por um pequeno saco cheio
de líquido (bursa) adjacente ao bunion que inflama (bursite), levando ao “inchaço”,
vermelhidão e dor local. Trata-se de uma inflamação dos tecidos moles que é
caracterizada por dor que pode ser acentuada sendo patente um “inchaço”, vermelhidão e
sensibilidade no local.
O joanete é uma deformidade progressiva que vai piorando com o tempo. O
diagnóstico correto é essencial para definir a gravidade do joanete e deformidades
associadas. Neste sentido, é importante efetuar uma consulta com um ortopedista,
especialista em pé com a maior brevidade possível. Tem cura, mas não existe um
tratamento padrão para todos os casos. Os pacientes devem evitar irritações do joanete
através da otimização do calçado e dos cuidados com os pés. Os sapatos para quem tem
joanete devem ser largos à frente e de preferência com uma sola de apoio, de modo a
deixar o pé “solto” ou sem estar “apertado”. Os sapatos apertados pressionam os lados do
pé e agravam as queixas. O restante calçado, como ténis, botas, etc. devem ser
selecionados de igual forma. Nas mulheres é desaconselhado o uso de sapatos de salto
alto, pois pressionam os lados do pé, agravam as queixas e podem provocar
metatarsalgias.
O uso de um protetor de joanete ou de palmilhas permite aliviar a inflamação do
bunion e atenuar a sintomatologia. É também possível colocar nos sapatos protetores e
separadores de dedos para joanete. Estas órteses são normalmente fabricadas em
silicone e existem à venda nas farmácias e lojas de material ortopédico. Existem talas
especiais ou corretores de joanetes que podem ser utilizados apenas durante a noite
(corretor noturno para joanetes) ou, então, de forma permanente (dia e noite). Este
corretor de joanete funciona como uma tala corretiva, pressionando a articulação, de
forma a diminuir o desenvolvimento da deformidade e desta forma reduzindo a dor. Trata-
se de uma forma de alinhar progressivamente os tecidos moles e as articulações sem os
danificar.
O médico pode prescrever alguma medicação ou remédio para o joanete que
podem ajudar a aliviar a dor e a inflamação, caso elas existam. Estes medicamentos anti-
inflamatórios existem sobre a forma de comprimidos ou de pomada e gel para uso local e
devem ser utilizados sempre de acordo com a prescrição do médico. Esta medicação
permite apenas o alívio da sintomatologia e não permite efetuar a correção das
deformidades. Em alguns casos, a fisioterapia tem indicação, através de exercícios
específicos que podem ajudar no alívio da dor e diminuição da inflamação. É também
importante a reabilitação da marcha, que envolve o equilíbrio muscular e adequado
alinhamento das articulações do membro inferior. Caso o doente pratique alguma
atividade física (prática de desporto) deve aconselhar-se com o médico ortopedista e
eventualmente esta pode ser modificada para reduzir a sobrecarga causada no joanete.

https://www.minhavida.com.br/saude/temas/joanete
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ESPORÃO DE CALCÂNEO
O esporão de calcâneo, ou esporão de calcanhar, é um problema ortopédico que
surge devido ao crescimento anormal de uma parte do osso do calcanhar, formando uma
protuberância, que pode provocar intensa dor na sola do pé.
Calcâneo é nome dado ao osso do calcanhar. O esporão do calcâneo é uma
protuberância óssea, que surge habitualmente na base do osso calcâneo, na sola do pé.
Outro local onde o esporão pode surgir é na região posterior do calcâneo, próximo à
inserção do tendão de Aquiles.
O esporão costuma se desenvolver devido a microtraumas e inflamação crônica da
parte inferior do calcanhar, afetando não só osso calcâneo, mas também os tendões e a
fáscia plantar (ligamento localizado na planta dos pés, cuja uma das extremidades fica
aderida ao osso calcâneo). Os múltiplos microtraumas e a inflamação crônica ao longo de
vários meses favorecem a calcificação dos tecidos ao redor do osso do calcanhar, o que
leva à formação dos esporões.
Causas
Qualquer situação que cause estresse crônico à região do calcanhar pode provocar
o desenvolvimento de um esporão. Como uma das extremidades da fáscia plantar fica
aderida à base do osso calcâneo, a fascite plantar (inflamação da fáscia) possui os
mesmos fatores de riscos que o esporão de calcanhar, sendo comum a coexistência dos
dois problemas ortopédicos.
Fatores de risco
➢ Idade acima de 40 anos.
➢ Obesidade
➢ Pé chato.
➢ Pé cavo.
➢ Prática de esportes de alto impacto nos pés, como corrida, ballet e dança.
➢ Trabalhar muito tempo em pé, como seguranças, professores, cirurgiões,
trabalhadores de fábrica, etc.
➢ Uso excessivo de salto alto.
➢ Uso de calçados pouco apropriados para os pés, como sapatos apertados, largos
ou velhos.
➢ Alterações da marcha, como pisar com o pé torto, principalmente com a parte de
dentro dos pés.

Sintomas
Os esporões de calcanhar frequentemente causam pouco ou nenhum sintoma. A
simples existência de um esporão não é suficiente para causar dor em cerca de 95% dos
pacientes. Para haver dor é preciso existir também inflamação na região ao redor do
calcanhar, geralmente com acometimento da fáscia plantar.
Apesar de ter uma forma pontiaguda, a dor do esporão não costuma ocorrer pelo
espetamento de alguma estrutura ao seu redor. A dor surge pelo processo inflamatório
local que é provocado por microtraumas repetitivos. Em geral, os pacientes com esporão
de calcanhar que se queixam de dor apresentam também o quadro de fascite plantar (é
bom salientar que o esporão do calcanhar não provoca a fascite plantar).
Portanto, não é o esporão em si que causa dor nos pés. O esporão é apenas um
sinal indireto de que aquela região do calcanhar esteve nos últimos meses, ou anos,
exposta a traumas e estresses repetitivos.Quando há inflamação local o sintoma mais
comum é uma dor na planta do pé, especialmente na região abaixo do calcanhar. A dor é
tipicamente pior durante os primeiros passos, como ao sair da cama de manhã ou
levantar-se depois de estar sentado por algum tempo.

Tratamento
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O tratamento do esporão de calcâneo só é necessário quando há inflamação dos


tecidos ao redor, habitualmente sob a forma de fascite plantar. Inicialmente, o controle da
inflamação pode ser feito com repouso e gelo local. Em casos mais resistentes, outras
opções são a fisioterapia, com execícios e alongamentos específicos para os pés e
panturrilhas, e o uso de calçados com palmilhas especiais para reduzir a pressão sobre o
calcâneo e a fáscia plantar. Pessoas obesas devem emagrecer para reduzir o estresse
que o excesso de peso provoca sobre os pés.
A cirurgia para retirada do esporão é a última alternativa e atualmente é raramente
indicada, pois a grande maioria dos pacientes consegue controle da dor com medidas
conservadoras.

https://www.mdsaude.com/2012/09/esporao-calcaneo.html

FISSURAS
São espessamentos significativos acompanhados de desidratação plantar. Podem
estar associadas ou não a hiperqueratose e a fungos causadores de “tínea pedis”. As
lesões lineares são decorrentes de espessamento, endurecimento e perda da elasticidade
da pele, fazendo-a se abrir e rachar.
Levando em consideração sua espessura, podemos observar vários tipos de
fissura calcânea; algumas fissuras fazem lesões superficiais e outras acometem tecidos
mais profundos, ocasionando sangramento, por ocasião de espessamento e
endurecimento da camada superficial da pele.
Causas
➢ Andar e pisar incorretamente;

➢ Causas hereditárias;

➢ Frio, calor (alterações climáticas);

➢ Pouca hidratação ( não beber a quantidade de água recomendada);

➢ Diabetes, pele ressecada, pele sem sensibilidade;

➢ Alterações vasculares;

➢ Complicações da psoríase;

➢ Micoses;

➢ Agressões químicas;
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➢ Andar descalço; usar sapatos abertos nos calcanhares (sandálias);

➢ Nos casos mais complicados, as fissuras poderão sangrar, poderão ficar muito
dolorosas e poderá haver risco de contrair infecções bacterianas, porque o pé
ficará em contato com o chão ao pisar.

http://centrotecnico.shinsei.com.br/hidratacao-fissuras-pes/

FASCITE PLANTAR
Inflamação de uma ou várias aponeuroses (membrana constituída por fibras
conjuntivas densas que envolvem o músculo). Aparece mais naqueles cuja ocupação
exige ficar de pé ou andar excessivamente. Manifesta-se com dor e sensibilidade sob
porção anterior do calcanhar, irradiando para a planta.
A fáscia plantar é uma banda espessa de tecido fibroso que se estende desde o
osso do calcanhar até aos dedos dos pés. Esta banda está recoberta de gordura para
absorver choques e suporta a arcada plantar.
A fascite plantar é a causa mais frequente de dor no calcanhar, afetando entre 3,6
a 7,0% da população. O seu pico de incidência ocorre entre os 40 e os 60 anos de idade,
afetando o sexo feminino (mulheres) e masculino (homens) de igual forma.
É na maioria dos casos unilateral, afetando tanto o calcanhar esquerdo como o
direito. A fascite plantar bilateral, ou seja, que afeta os dois pés em simultâneo é menos
frequente, ocorrendo em cerca de um terço dos casos.
Quanto à duração da sintomatologia é importante salientar que ignorar a fascite
plantar na sua fase aguda, pode conduzir a uma situação de dor crónica.
Causas
Embora as causas de fascite plantar não sejam completamente conhecidas, sabe-se
que existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento da doença tais como:
➢ Obesidade (excesso de peso) - índice de massa corporal (IMC) maior que 30;
➢ Atividade desportiva em carga (correr, saltar, ballet e dançar), ou quando as
pessoas permanecem por largos períodos de tempo de pé;
➢ Idade;
➢ Pé cavo/ pé plano/padrões anómalos de marcha;
➢ Diminuição da dorsiflexão do tornozelo (menor que 0º);
➢ Retração dos músculos gastrocnémio-solear e isquiotibiais;
➢ Doenças inflamatórias sistémicas.

Sintomas
Na fascite plantar, o principal sintoma é a dor no calcanhar, muitas vezes descrito
como "pontada". A dor tipicamente possui um início insidioso e sem irradiação, muitas
vezes ao sair da cama de manhã e tende a aliviar após dar os primeiros passos. A dor
tende a agravar ao subir escadas ou se o doente permanecer de pé durante algum tempo.

A dor tende a aliviar com a deambulação (andar, caminhar) e agrava com o


repouso prolongado. Habitualmente, as dores agravam ao fim do dia com o ortostatismo
24

prolongado. Em alguns casos pode ocorrer algum edema (“inchaço”) do calcanhar e do


tornozelo.

Tratamento
O tratamento de primeira linha passa por alterações no estilo de vida. Em caso de
obesidade o doente deve perder peso de modo a reduzir a pressão exercida sobre a
articulação. Se o doente praticar alguma atividade física deve ser efetuada restrição do
exercício físico. Deve ser realizado repouso e limitação de atividade física de contato com
o solo. Caso não exista dor, pode retomar-se o retorno gradual à atividade física após 4 a
6 semanas de repouso. Na fase aguda não deve forçar o caminhar. No entanto, após a
fase aguda a caminhada é benéfica.
O uso de uma palmilha ortopédica (“calcanheira“ ou “almofada para o calcanhar”
em silicone ou outro material) permite distribuir a carga durante a marcha e desta forma
aliviar as queixas. Estas palmilhas ortopédicas podem ser facilmente adquiridas em
farmácias e nas lojas da especialidade (material ortopédico).
A fisioterapia, através de exercícios específicos de alongamento da fáscia plantar e
do tendão de aquiles são uma boa opção no tratamento. O tratamento fisioterapêutico
deve preferencialmente ser realizado com exercícios que permitam o estiramento (ou
alongamento) da fáscia plantar e do gastrocnémio e solar.

http://www.pessemdor.com.br/dores/diagnostico-de-dores/fascite-plantar/

ELETROTERAPIA NA PODOLOGIA
ALTA FREQUENCIA
Equipamento elétrico que gera ozônio através da descarga elétrica em um eletrodo
de vidro contendo alguns desses gases como: chenon, argon e neon. Os efeitos
acontecem no local onde a molécula de Ozônio é formada, ficando alguns segundos
sobre a epiderme. Quando a frequência das etapas, de intensidade de uma corrente
elétrica, ultrapassa alguns centésimos de amperes, provocam reações no organismo
humano.
Quanto mais rápida a frequência das etapas, chegando à cifra de 1000 por
segundo ou mais, atravessa o organismo dando a impressão de calor. É o que acontece
com a corrente de alta-frequência, pois pela rapidez de alternâncias, neutraliza qualquer
efeito químico e faz com que a percepção sensível, seja impossível.
O aparelho gera corrente elétrica de intensidade controlada e indolor.
Possui uma bobina de alta tensão conectada a um eletrodo de vidro, que contém
um gás, produzindo um fluxo de luz fraca e faíscas, que ao entrarem em contato com o ar,
liberam átomos de oxigênio, gerando o ozônio (O3).
Com a aplicação do eletrodo, a circulação periférica é estimulada pela ação
elétrica. Nesse momento são facilitadas as trocas de metabolismo, que são fenômenos
físicos- químicos que mantêm a vida do organismo, assimilando substâncias essenciais à
vida.
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O ozônio têm propriedades bactericidas, pois, elimina as bactérias anaeróbicas.


Também é usada em tratamentos auxiliares nos fungos. É oxidante, pois, age como
renovador celular. Seu efeito hemostático estanca pequenos ferimentos e destrói agentes
invasivos pelo efeito esterilizante.
Efeitos fisiológicos
Efeito térmico: que atua no metabolismo celular, produzindo um aumento do mesmo, e
melhora da oxigenação celular, isso se deve pela vasodilatação e consequentemente ao
aumento do fluxo sanguíneo.
Vasodilatador: através do estímulo da circulação periférica, causando o efeito
hiperemiante(vermelhidão).
Bactericida: elimina bactérias anaeróbias.
Bacteriostática: diminui a proliferação de bactérias aeróbias.
Fungicida: eliminação de fungos. Ex.: Tinea captis.
Oxigenante: melhora a oxigenação tissular (da pele).
Estimulante: há aumento da circulação sanguínea.
Homeostático: (cauteriza e cicatriza) – estancando o sangramento.
Reduz a resistência elétrica da pele.
Indicações
Para tratamentos estéticos de facial, corporal, capilar e podologia como pós
limpeza de pele, complemento de hidratação e revitalização facial, desinfecção do couro
cabeludo, pós-depilação, tratamento de foliculite, melhora da psoríase, para tratamento de
frieiras e micoses na podologia e etc.
Eletrodos
Saturador (tem uma “mola” dentro): utilizado no faiscamento indireto é o único indicado
para ser utilizado com cosméticos, pois aumenta a vascularização da pele.
Standart (cebolinha ou colher): usa-se em faiscamento direto ou fluxação.
Esférico (cebolão): seu formato anatômico facilita a passagem, usado em fluxação ou
faiscamento direto.
Forquilha: utilizado no pescoço, mamas e braços em faiscamento direto ou fluxação.
Fulgurador ou cauterizador: usado para tratamento de pele acneica com faiscamento
direto.
Poço: aplica-se nas lesões pápulo-pustulosas que não podem ser esvaziadas.
Cachimbo: nas lesões podológicas como onicocriptose e onicomicose.
Rabo de Peixe: para podologia no tratamento das unhas, ao redor das lâminas de
granulomas através de faiscamento.

https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/alta-frequencia/
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https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/alta-frequencia/

LED
O termo LED surgiu de Light Emitter Diode (Diodo Emissor de Luz), cujos princípios
de funcionamento como a fotobioestimulação, atuam em forma de cascata de respostas
celulares resultando na modulação da função celular, proliferação celular e reparação das
células comprometidas. Após a absorção da luz pelos tecidos temos alguns efeitos
principais os Primários, que ocorrem em nível molecular e os efeitos Secundários ou
Indiretos que são decorrentes dos primários.
EFEITOS PRIMÁRIOS
Efeito fotoquímico: os emissores de luz sendo biomoduladores, interferem na produção
de substâncias endógenas, regulando todo o processo para próximo do ideal.
Efeito fotoenergético: uma célula é irradiada ela envia a informação deste estímulo às
outras células, e o valor deste efeito está na extensão de suas consequências, pois com
um estímulo de uma pequena área é possível tratar uma extensão maior e até mesmo
alcançar um efeito sistêmico.
Efeito fotoelétrico: a luz ativa a produção de ATP, energia utilizada pela célula para
equilibrar a bomba de Na+ e K+, restabelecendo o potencial elétrico celular.
EFEITOS SECUNDÁRIOS
Estímulo à microcirculação sanguínea, baseado no fato de ocorrer um aumento
considerável da de granulação dos mastócitos e liberação da histamina, melhora o aporte
sanguíneo promove a drenagem linfática.
Estímulo ao trofismo celular, que se deve principalmente ao aumento da produção de
ATP mitocondrial. Dessa maneira ocorrem benefícios consideráveis como o aumento do
tecido de granulação, atividade mitótica, atividade dos fibroblastos na produção de fibras
colágenas e elásticas.
EFEITOS TERAPÊUTICOS
Analgesia, resultante da consequente ação da luz no processo fotoquímico liberando
histamina, serotonina, prostaglandinas e cininas plasmáticas (bradicinina), que são fatores
analgésicos fisiológicos.
Efeitos anti-inflamatórios, também em consequência da modulação das aminas
vasoativas como histamina e serotonina na fase imediata, nas cininas na fase precoce e
nas prostaglandinas na ação duradoura.
Efeito antiedematoso, devido a melhora da microcirculação e da ação fibrinolítica.
Efeito bioestimulador e trófico tecidual, devido ao incremento da produção de ATP,
proteínas, estímulo a microcirculação, estímulo ao fator de crescimento, colágeno,
angiogênese, etc.
O Led Vermelho (mais usado em podologia) aumenta o metabolismo dos
fibroblastos, com consequente aceleração na produção de fibras colágenas; Otimização
da circulação periférica, melhorando a nutrição celular e proporcionando efeito
antiinflamatório; Estimulo à cicatrização de tecidos no pós operatório
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Tratamento com Led na Onicomicose

Antes Aplicação Após 15 dias

MICROMOTOR
Os micromotores elétricos, mais conhecidos como “micromotor de bancada” – por
ele ficar apoiado em uma bancada –, foram desenvolvidos com o intuito de desgastar,
perfurar, cortar e gravar. Ou seja, é indicado para todos os profissionais que realizam
procedimentos externos. Os profissionais que mais utilizam o micromotor são: técnicos
em prótese dentária nas atividades extra bucais, manicures e pedicures, designers de
unhas e podólogos.
As peças que compõem um micromotor são: caixa de regulagem (rotações e
velocidade), peça reta (onde são alocados: o mandril, lixas, brocas, etc.), cabo (liga a
peça reta na caixa de regulagem) e pedal (regula a peça reta).
As rotações por minuto de um micromotor iniciam de 0 e podem chegar até 40 mil
RPMs. A velocidade é regulável e o controle da rotação também, tanto para o lado
esquerdo quanto para o direito.
Existem muitas utilidades de um micromotor para um podólogo, desde os mais
simples tratamentos como, por exemplo: Lixar, polir, tratar fissuras, desbaste de calos e
calosidades.
Até o cuidado com as patologias mais sérias, como por exemplo: unha encravada
ou infeccionada. Quando a unha torna-se mais rígida e está machucada e/ou inchada, a
alicate não consegue cortar o local desejado e o (a) cliente está com o local sensível.
Com a ajuda de um micromotor, o profissional pode desgastar a região afetada, afinando
a unha e limpando a área, antes de iniciar um tratamento mais invasivo.

http://www.belteconline.com.br/product_detail.php?id=20
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Podologia Atual - Ferramentas da Podologia

Podologia Atual - Ferramentas da Podologia

Podologia Atual - Ferramentas da Podologia -

INSTRUMENTAIS BÁSICOS NA PODOLOGIA.


Suas principais funções são cortar unha, cutícula e pele, isolar, definir e firmar área para
realizar procedimentos, entre outras:
➢ Brocas
➢ Alicate de unha
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➢ Alicate de eponíqueo
➢ Bisturi para calos
➢ Bisturi para calosidades
➢ Bisturi nucleares estreitos
➢ Bisturi nucleares largos
➢ Curetas
➢ Pinças ou espátulas
➢ Bandejas com tampa
➢ Toalhas descartáveis
➢ lâminas para bisturi
➢ Massageador
➢ Estojo
➢ Lixas
➢ Materiais para a confecção de órteses
➢ Aplicador de gaze tubular
➢ Caneta Micromotor
➢ Mandril
➢ Monofilamento
➢ Diapasão

Podologia Atual - Ferramentas da Podologia

Podologia Atual - Ferramentas da Podologia

Lupa com Exaustor


A Lupa aumenta e melhora a visualização no procedimento. Aliado ao exaustor que
aspira impurezas geradas pelo aerossol do micromotor.
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https://www.fiscomed.com.br/visor,lupas-e-luminaria-com-exaustor

PODO = PODOLOGIA / PROFILAXIA = PREVENÇÃO


Embora pareça um tratamento comum e aparentemente sem muita importância,
este é o único que previne um grande número de problemas podológicos, como: unhas
encravadas, calosidades plantares, onicomicoses, verrugas plantares entre outros. Além
de ser o protocolo básico para tratar todas as patologias podológicas.
Durante a Podoprofilaxia o profissional realizará a assepsia dos pés, a Onicotomia (Corte
das Unhas), desbaste de hiperqueratoses (calosidades), helomas (calos) e fissuras.
1- Higienização
2- Corte
3- Aplicação do emoliente
4- Desbaste e retirada de calos periungueais, desbaste de hiperqueratoses (calosidades)
5- Lixamento das Unhas
6- Lixamento Plantar
7- Hidratação
8- Massagem (rachaduras), finalizando com o lixamento e hidratação.
ÓRTESES PODAIS
As órteses são dispositivos construídos para auxiliar na recuperação, na
reestruturação e na modificação postural de um órgão ou estrutura do corpo.
O principal objetivo é corrigir ou adequar uma estrutura do corpo, direcionando o
mais próximo possível do padrão ortostático. Os tipos de órteses podais estudadas
durante o trabalho no ambulatório foram as onicoórtoses, as palmilhas de compensação e
os protetores interdigitais.
ONICOÓRTOSES
Existem várias técnicas de onicoórtoses e todas elas tratam de curvatura da lâmina
ungueal seguindo o mesmo princípio, que são os princípios físicos das forças aplicadas
sobre as unhas.
É uma técnica que corrige o formato da lâmina, atuando como uma alavanca que
força a lâmina em sentido contrário mudando sua curvatura, fazendo assim a correção
desde a raiz evitando o encravamento das unhas.
Objetivos:
➢ Realizar o desaparecimento de lesões dolorosas;
➢ Modificar a curvatura da unha;
➢ Diminuir a pressão da unha;
➢ Fazer a correção da lamina ungueal.
Tempo de tratamento:
Essa técnica leva em média 6 meses para corrigir efetivamente uma unha, mas
também devemos levar em conta que esse tratamento depende muito do grau de
participação do paciente no processo. No caso de unhas encravadas a dor é eliminada na
primeira semana da órtese.
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Tipos de onicoórteses
Fibra de memória reta e fibra de memória molecular é uma fibra de vidro com
resina epóxi, que traciona a lâmina ungueal devolvendo-a ao seu formato ideal.
Antes de começar ao tratamento, realiza-se o procedimento padrão do pé. No
principio do tratamento troca-se a fibra de 15 a 20 dias depois uma vez por mês.

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Órtese metálica
Este tipo de órtese é feito com um material ortodôntico e estruturado com material
adesivo à lâmina ungueal. A função dela é concentrar uma carga de força sobre o centro
da lâmina, aliviando a carga idêntica nas duas laterais. Ela é fixada na lâmina por meio de
ganchos nas bordas, brackts e estruturas de apoio, aderidas com resina de metacrilato ou
resina ortodôntica. Existe também a órtese metálica com elástico que não precisa de
gancho.

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Órtese de tração dinâmica (bóton)


Neste caso aplica-se um mecanismo de tração de forma espiralada junto ao bóton
e este ao invés dos outros, não necessita ser trocado, é o mesmo desde o início até o fim
do tratamento.

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REFLEXOLOGIA
Reflexologia é uma terapia holística que se baseia no princípio de que existem
zonas no nosso corpo que quando submetidas a um determinado estímulo, vão trazer
efeitos benéficos para outras áreas do nosso corpo. A Reflexologia mais conhecida é a
podal, aplicada nos pés, mas existem outras áreas do nosso corpo onde encontramos
zonas reflexas, como por exemplo nas mãos, nas orelhas, na cabeça, no rosto, no
intestino...
A Reflexologia é uma arte curativa de origem milenar. Nos nossos dias, esta arte
foi enriquecida por bases científicas que validam e explicam os motivos fisiológicos de
como e porquê a Reflexologia funciona, tendo sido já eleita por inúmeros estudos
científicos como sendo a terapia com maior eficácia na redução de stress.
Como funciona
A explicação dos motivos porque funciona a Reflexologia baseia-se em teorias
várias relacionadas com o sistema nervoso, a dor e sua percepção, as endorfinas, a
circulação da energia, o toque terapêutico, a circulação sanguínea, o efeito placebo e, a
mais importante de todas, a teoria das zonas.
É provável que demore ainda algum tempo até encontrarmos uma explicação
científica para qualquer uma das teorias relacionadas com a eficácia da reflexologia. Até
lá, o importante é termos em conta que a reflexologia funciona, independentemente de se
saber como ou por que. Sabemos também que atua a vários níveis e que não existem 2
tratamentos iguais, como não existem 2 pessoas iguais.
História da Reflexologia
A Reflexologia é utilizada como ferramenta efetivamente terapêutica há mais de
cinco mil anos. Já no ano 2330 a.c. no Antigo Egito, as pessoas acreditavam que o
estímulo determinadas áreas das mãos e dos pés traria benefícios a todo o corpo. No
entanto, nenhuma cultura em particular reclamou a descoberta desta forma ancestral de
terapia.
Os antigos Egípcios viam o corpo humano como uma sinfonia de vibrações, em
que os órgãos internos faziam parte de uma orquestra complexa e eram os instrumentos
que podiam ser tocados através do estímulo de determinados pontos nas mãos e nos
pés. Antes da mumificação do corpo, as solas dos pés eram removidas, de forma a
libertar a alma do corpo físico e da terra.
Entre as civilizações com uma longa história em terapias por pontos de pressão
estão a Índia, a China e o Japão. Os nativos americanos também já usavam este tipo de
terapias há séculos, antes de a América do Norte ser descoberta pelos Europeus. Eles
acreditavam que a Terra emanava uma energia que os conectava física e espiritualmente
à terra; a doença criava uma desarmonia que impedia o livre fluir desta energia especial
entre eles e a terra; por isso utilizavam essas técnicas para corrigir o desequilíbrio e
trazer a cura.
O presidente dos EUA John Garfield (1831-81), que sofreu severas dores após um
atentado à sua morte, também utilizou a reflexologia como principal fonte de tratamento.
Reflexologia Moderna
O verdadeiro pioneiro da Reflexologia no ocidente foi o Dr.William Fitzgerald (1872-
1942), um laringologista americano. Ele sabia que os nativos americanos usavam um tipo
de terapia por pressão de pontos. Então, após uma cirurgia menor, ele dizia aos seus
pacientes para apertar uma escova nas mãos para aliviar as dores. Molas de roupa de
madeira na ponta dos dedos e elásticos à volta dos dedos também eram eficazes.
Utilizava também a Reflexologia para tratar com sucesso os enjoos matinais em mulheres
grávidas, comprimindo a 1ª e 2ª zonas da área dorsal das mãos. Infelizmente, a classe
médica achou que estes métodos eram muito demorados e tornaram-se supérfluos com o
aparecimento das anestesias.
Em 1917, Fitzgerald publicou um livro sobre Terapia das Zonas no qual abordou a
ligação entre a superfície palmar das mãos e as dores nas costas, bem como a sua
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superfície dorsal com as dores na parte da frente do corpo. Foi também a primeira
pessoa a elaborar um mapa das zonas do corpo.
A palavra “reflexologia” foi criada por Eunice Ingham (1897-1974), tendo ficado
conhecida como a “mãe da reflexologia”. Era uma fisioterapeuta que usava a reflexologia
nos seus tratamentos. Eunice lecionou intensamente por todos os Estados Unidos,
desenvolveu cursos de aprendizagem e ensinou aos outros o seu método de reflexologia.
Contudo, nessa época, a reflexologia era vista com alguma desconfiança e ela foi
presa mais que uma vez por a praticar sem autorização – isto em 1968.
Atualmente, a reflexologia faz parte da vida de muitas pessoas, sendo o tratamento
preferencial para uma série de casos. Como tal, cada vez mais pessoas estão a estudar
esta forma de tratamento tão eficaz.
Reflexologia é classificada atualmente, como uma ciência que se baseia em
estudos fisiológicos e neurológicos. Além de ser também uma arte, porque depende da
habilidade com que o terapeuta aplica o seu conhecimento.
Através de sua técnica suave e extremamente eficaz de massagem terapêutica,
conquistou um lugar de destaque e fascínio, no campo da medicina complementar.
Entre outros benefícios, a Reflexologia, busca o bem estar através de teorias
holísticas. O termo “holístico” é derivado da palavra grega holos, que significa
“inteiro” e, assim, procura tratar o indivíduo como um todo, constituído de corpo, mente e
alma.
Em Reflexologia, o tratamento de uma doença não se concentra especificamente nos
sintomas apresentados pelo cliente, mas em encontrar a causa daquela patologia.
De acordo com a medicina oriental, e holística, o não tratamento da causa de uma
doença implica em alterações energéticas que se manifestam fisicamente.

A aplicação da Reflexologia é feita através de uma técnica específica de pressão


que atua em pontos reflexos precisos dos pés com base na teoria de que as áreas
reflexas dos pés correspondem a todas as partes do corpo.
Por tanto, não deve ser confundida com a massagem básica dos pés ou com a
massagem corporal. Cada parte do corpo e cada função orgânica possui seu ponto
reflexo correspondente nos pés.
Se um órgão ou função orgânica estiver comprometida, os pontos reflexos
daquela área, estarão mais sensíveis ao toque, e o cliente poderá referir dor durante a
palpação dos pontos ou mesmo durante a pressão exercida durante o atendimento.
Os pés representam um mapa do corpo, com todos os órgãos, glândulas e
membros, que estão dispostas também nas mãos e orelhas. Mas no Brasil, o uso da
Reflexologia nos pés, é mais comum.
Usando estas técnicas específicas de aplicação de pressão sobre estas áreas,
ocorrem mudanças fisiológicas no organismo, na medida em que o próprio potencial de
cura de cada pessoa é estimulado. Dessa maneira, os pés podem desempenhar um papel
importante para se conquistar e mantiver uma saúde melhor.
No entanto, para se praticar Reflexologia, é desnecessário a utilização de qualquer
equipamento. O uso das mãos e principalmente da polpa dos dedos, é suficiente para
um bom atendimento.
Com um pouco de sensibilidade, determinação e um toque firme e preciso, uma
sessão de Reflexologia, proporcionará bem estar, relaxamento e bons resultados.
O bom relacionamento entre o beneficiário e o terapeuta é um importante aspecto
do tratamento. O terapeuta atua para aliviar o sofrimento do paciente, e assim, procura
aumentar o potencial de cura do cliente.
O Reflexologista deve ter como meta, durante um tratamento, alcançar o equilíbrio
energético perdido. E assim, devolver ao seu cliente a homeostase corporal natural.
Citando Kevin e Bárbara Kunz, em seu livro The Complete Guide to Foot
Reflexology: "Se a reflexologia nunca conseguisse nada além do que combater o stress
com relaxamento, ela estaria servindo muito bem aos seus propósitos.”
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Quando conseguimos proporcionar, através da massagem o relaxamento corporal,


se torna mais fácil, utilizando a Reflexologia e encontrar os pontos em que existem mais
ou menos energias acumuladas. E assim, iniciar um bom tratamento, com a certeza de
sucesso a ser alcançado.
Sendo assim, concluímos que a Reflexologia tem por principal objetivo, tratar o
corpo como um todo e esforça-se por chegar à causa da doença. Sem tratar apenas dos
sintomas.
Desta forma, podem ser obtidos resultados satisfatórios em um tratamento de
Reflexologia, assim como em qualquer outra especialidade, onde o mais importante é
conscientizar o cliente que sua participação é essencial.
A responsabilidade do cliente jamais deve ser deixada de lado. Assim como na
medicina ocidental, se o doente não tomar o medicamento receitado, não encontrará cura.
Em Reflexologia, não se administram medicamentos, a mente é quem faz este
papel. E acredite, seu poder de cura pode ser maior do que qualquer outro tipo de
tratamento.
Ainda que o Reflexologista seja compreensivo, atencioso e dedicado ao bem-estar
de seu cliente, nenhum terapeuta ou outra pessoa, poderá tomar a decisão de que a cura
será alcançada.
Para obter ou chegar o mais perto da cura, o cliente tem que ter como neta , é
fundamental a disposição de se livrar da doença e adotar uma conduta de confiança no
tratamento. O paciente precisa assumir essa responsabilidade para conseguir alcançar o
objetivo de atingir o pleno equilíbrio energético.
Se o Reflexologista conscientizar seu cliente da importância de se desenvolver o
pensamento positivo e a força de vontade, já é um bom começo para se programar a
mente a buscar a cura.
O corpo humano é uma máquina poderosa que tem a função de manter todos os
nossos sistemas em perfeito funcionamento. Mas é a mente quem controla nossas
emoções.
O stress do dia a dia, a falta de tempo para ouvirmos as necessidades de nosso
organismo, muitas vezes nos leva a adiar os sintomas de uma doença, que vão se
manifestando pouco a pouco.
Se prestarmos mais atenção na linguagem corporal, com certeza iremos conseguir
identificar os sintomas de falência de energia de algum sistema orgânico, e desta forma
procurar a solução antes que a doença atinja se desempenho natural.

O Reflexologista não cura, somente o corpo é capaz de exercer essa função.. Mas
a Reflexologia ajuda a equilibrar todos os sistemas corporais, estimulando uma área
pouco ativa e acalmando uma área hiperativa, ou sendo inofensiva para as áreas que
estão funcionando adequadamente.
Benefícios da Reflexologia
➢ Relaxamento
➢ Acalma o sistema nervoso, proporcionando um total relaxamento físico e mental.
➢ Alívio de dores
➢ Tem um efeito anestésico no sistema nervoso.
➢ Melhoria da circulação do sangue e da linfa
➢ Fortalecimento do sistema imunitário
➢ Estimula o sistema auto reparador do nosso corpo.
➢ Alívio do stress
➢ Estimulação do correto funcionamento dos órgãos
➢ Desintoxicação
➢ Liberta o corpo de toxinas e de produtos tóxicos.
➢ Aumento dos níveis de energia
➢ Conforto psicológico
➢ Recuperação após acidente ou pós-operatório
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➢ Recuperação pós-traumática
➢ Interação humana através do toque

Evidência Clínica
Na última década, foram efetuadas várias investigações na Europa e nos EUA
acerca dos benefícios da reflexologia em variadas situações.
Na Dinamarca foram efetuados muitos estudos clínicos sobre a eficácia da
reflexologia como tratamento.
Obstipação Crónica: Em 1991, foi levado a cabo pelo departamento de Sealand da FDZ
(Associação Dinamarquesa de Reflexologia) um estudo em 20 mulheres com idades entre
os 30 e os 60 anos que demonstrou um aumento da frequência dos movimentos
intestinais de 4.1 para 1.8 dias.
Absentismo: Durante um período de 3 anos, até 1992, foram tratados através da
reflexologia 235 empregados dos Correios com problemas diversos de saúde. Dentre
eles, 170 revelaram grandes melhorias, 60 algumas melhorias e 5 nenhumas. O
absentismo foi reduzido de 11,4 para 8,5 dias por ano por pessoa, representando uma
enorme poupança para a empresa.
Enxaqueca: No início dos anos 90, estimava-se que as dores de cabeça eram
responsáveis pela perda anual de 3 milhões de dias de trabalho e eram a queixa mais
comum na população adulta. Como tal, em 1995, foi efetuado um estudo à escala
nacional pelo SNS, através do departamento de tratamentos alternativos, do
Departamento de Farmácias e da Real Universidade Dinamarquesa de Farmácia.
Parto: Em 1998, no Hospital Gentofte em Copenhaga, 61 das 68 mulheres que
receberam tratamento de reflexologia antes do parto, revelaram ter tido uma atenuação
da dor durante a expulsão. Das 14 mulheres com retenção da placenta, 11 dispensaram
a cirurgia.

Foram efetuados estudos clínicos na América que demonstraram a forma como


um tratamento regular de reflexologia pode beneficiar o corpo e o estado de espírito, de
uma forma global.
Síndrome pré-menstrual: Em 1991, Bill Flocco, fundador da Academia Americana de
Reflexologia juntamente com o Dr.Terrence Oleson, Professor Associado de Investigação
na Universidade da Califórnia, levaram a cabo um estudo sobre os efeitos da reflexologia
no alívio da síndrome pré-menstrual (SPM). Os resultados indicaram uma redução do
SPM em 62% das pacientes sujeitas à reflexologia.
Ansiedade e dor: O Dr.Ray Wunderliche, Jr , da Florida, descobriu que a reflexologia
ajuda as pessoas que sofrem de hipertensão, ansiedade ou dores. Um outro estudo,
efetuado no ano 2000 numa Universidade da Carolina, examinou os efeitos da
reflexologia na ansiedade e dor em doentes com cancro. Todos os pacientes receberam
tratamentos de 30 min e os resultados demonstraram que todas as mulheres sentiram
uma queda brutal nos níveis de ansiedade e as que sofriam de cancro da mama sentiram
um alívio das dores. Os investigadores concluíram que a reflexologia é de grande
utilidade quando utilizada como complemento dos tratamentos médicos convencionais
neste tipo de doentes.
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Aplicação
Acomodar o paciente em uma maca ou cadeira reclinável;
Sentar-se comodamente a frente dos pés do cliente
Esfregar os pés com lenços úmidos, para remover a sujeira superficial ou para refrescar
os pés;
Identificar sinais de pele áspera, calosidades, rachaduras entre os dedos, áreas de
infecções, como uma verruga, e problemas nas unhas entre outros problemas
dermatológicos;
Explicar como será feito o tratamento e tranquilizar o cliente em caso de apreensão
quanto a dor. A reflexologia não é dolorosa;
As áreas sensíveis são tratadas com suavidade e as sensações costumam ser mais de
prazer que de sofrimento.
Utilizar na sessão inicial uma técnica calmante que será então aplicada a todos os pontos
reflexos de ambos os pés. Os pés poderão ser massageados com um pouco de talco.
O talco costuma ser usado no tratamento porque absorve a umidade, caso os pés
estejam um pouco suados, e os torna mais macios se estiverem secos. Em lugar do talco,
alguns terapeutas podem usar óleo,
4 a 6 sessões. Com uma média de 3 sessões (1/semana)
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1 hora de atendimento/sessão
É importante manter uma serie de pelo menos três sessões para garantir que a melhora
se consolide.
Recomendação de sessões preventivas regulares (retomar a cada seis semanas ou dois
meses, para manter corpo sempre bem equilibrado).

ÁREA FÍSICA DE UM ESTABELECIMENTO DE PODOLOGIA

Os Estabelecimentos de Podologia deverão obedecer às normas gerais de edificações


previstas nas legislações municipais, tendo como exigências mínimas:
a) Possuir compartimento de atendimento com área mínima de 5 m² , e dimensão mínima
de 2m, com lavatório e mobiliário para cliente e profissional que atendam as exigências
ergonômicas e higiênicas;

b) Os compartimentos de atendimento devem ser separados por divisórias com uma


altura mínima de 2m de forma a garantir a privacidade visual do cliente;

c) Área de recepção e espera com área mínima de 1,2 m² por pessoa;

d) Possuir sanitário com vaso e lavatório devidamente equipado com sabão líquido
bactericida, papel toalha e lixeira com tampa de acionamento por pedal;

e) Iluminação e ventilação, geral e auxiliar;

f) Paredes, pisos e forros em material lavável, resistente e impermeável, em cor clara;

g) A disposição dos resíduos sólidos deverá estar de acordo com a RDC 306/04- ANVISA
;

h) Sala de Esterilização com autoclave.

Os seguintes equipamentos deverão ser utilizados pelo podólogo no exercício da


atividade:
a)Equipamentos de proteção individual (EPI): luvas descartáveis, máscara de proteção,
óculos de proteção, touca e avental de cor clara;

b)Autoclave (com registro na ANVISA);

c) Instrumentos em quantidade compatível com a demanda e os tempos necessários para


a esterilização dos mesmos;

d) Toalhas descartáveis;

e) Os produtos cosméticos utilizados na atividade de podologia devem possuir registro na


ANVISA.
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EXEMPLO DE CABINE DE PODOLOGIA

GLOSSÁRIO DE PODOLOGIA
Onic: Unha ou lâmina ungueal
Onicocriptose: Encravamento da lâmina ungueal ( unha ).
Onicomicose: Doenças nas lâminas ungueais causadas por fungos.
Onicotomia: Corte normal da extremidade distal da lâmina ungueal.
Onicoectomia: Excisão total da lâmina ungueal.
Onicopatia: Qualquer doença das lâminas ungueal.
Onicquia: Inflamação da matriz da lâmina ungueal.
Onicoatrofia: Diminuição de crescimento da lâmina ungueal: tamanho, espessura e
textura
Onicogrifose: Lâmina ungueal grossa em forma de gancho ou bico de papagaio
Onicause: Hipertrofia da unha.
Onicoelcose: Ulceração da lâmina ungueal.
Onicoeteropatia: Presença de lâmina ungueal situadas anormalmente, nos aspectos
laterais das falanges terminais. É mais comum no 5° pododáctilo
Onicofagia: Ato de roer as unhas.
Onicofago: Individuo dado a onicofagia.
Onicólise: Descolamento da lâmina ungueal do seu leito.
Onicomalacia: Amolecimento anormal das lâminas ungueal
Onicoptose: Desvio da lâmina ungueal em sentido inferior.
Onicorrexe: Estriação longitudinal da lâmina ungueal, com ou sem formação de fissura
Onicose: Qualquer deformidade ou doença da lâmina ungueal.
Onicosquize: Distrofia ungueal que consiste na dilaminação da lâmina em duas ou mais
camadas superpostas.
Onicofose: Queratose que se forma sob os sucos ungueal da lâmina ungueal.
Onicotilomania: Percussão neurótica de uma lâmina ungueal, até que a mesma fique
alterada permanente - roer as unhas.
Espicula: Pedaço de lâmina ungueal.
Espiculaectomia: Extração total da espícula de uma lâmina ungueal encravada.
Anoniquia: Ausência de lâmina ungueal.
Leuconíquia: Descoloração esbranquiçada das lâminas ungueal.
Eponíquio: Camada córnea da prega ungueal ( cutícula ).
Polidactilia: Mal formação congênitas da parte distal do pé.
Oligodactilia: Diminuição numérica dos metatarsianos.
Campodactilia: Dedo em martelo congênito
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Sindactilia: Reunião de dois ou mais dedos em um só.


Macroniquia: Unhas grandes.
Microniquia: Unhas pequenas.
Helconixe: Unhas grossas ou ulceradas.
Onicomadese: Descolamento da unha a partir da matriz.
Platoniquia: Unha plana ou curvatura diminuída.
Melaloniquia: A unha castanhadas.

REFERÊNCIAS
BARAN, Robert. Doenças das unhas. São Paulo: Elsevier, 2011.
BEGA, Armando. Tratado de podologia. 3. ed. São Paulo: Yendis, 2008.
LAROSA, Pauli Ricardo Ronconi; BEGA, Armando. Podologia: bases clínicas e
anatômicas. São Paulo: Martinari, 2010.
AZULAY, Rubem David; AZULAY, David Rubem; AZULAY-ABULAFIA, Luna.
Dermatologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2011.
BARAN, Robert; HANEKE, Eckart. Diagnóstico diferencial da unha. São Paulo: Livraria
Médica Paulista, 2009.
BOMBONATO, Aparecida Maria; JUSTINO, Conceição Aparecida de Paula; JUSTINO,
Jayme Roberto. Patologias da unha. São Paulo:Páginas do Brasil, 2011.
RIVITTI, Evandro A. Manual de dermatologia clínica de Sampaio e Rivitti. São Paulo:
Artes Médicas, 2014.
WOLFF, Klaus; JOHNSON, Richard Allen. Dermatologia de Fitzpatrick: atlas e texto. 6.
ed. Porto Alegre: AMGH, 201

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