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SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE PASSOS – SRE

6ª Semana: 14 a 18 de março de 2022. (1º Período)


Nome: ___________________________________________________________________________________________________
Professor (a): ________________________________________________________________ Componente Curricular: História
Escola: _________________________________________________________________________________Turma: 9º ano: _____
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Aula 01 – Primeira República (EF09HI02; EF09HI05)

A Primeira República, além de República Velha, é muito conhecida também como República Oligárquica e isso porque esse
período ficou marcado pelo predomínio das oligarquias sobre nosso país. As oligarquias eram forças políticas que baseavam o
seu poder em suas posses, isto é, na terra (os oligarcas eram, em geral, grandes proprietários de terra). O predomínio das
oligarquias sobre a política do Brasil começou a ser consolidado a partir de 1894, quando Prudente de Morais foi eleito
presidente. A eleição de Prudente de Morais também marcou o fim do citado período conhecido como República da Espada. O
predomínio das oligarquias resultou em algumas características que são consideradas grandes marcas da Primeira República.
Essas características são o mandonismo, o clientelismo e o coronelismo. Essas três simbolizam o poder das elites agrárias do
país manifestado na posse de terras, além de manifestar o poder dos coronéis sobre as regiões interioranas do Brasil e a troca
de interesse, elemento fundamental para a sustentação das oligarquias no poder. Outras características muito importantes
desse período foram as políticas que sustentavam as estruturas no âmbito político do Brasil. Aqui estamos falando da  política
dos governadores e da política do café com leite. Essas políticas foram muito importantes, porque reduziram os conflitos entre
as oligarquias, mas não acabaram com eles.

A política dos governadores, também conhecida como política dos estados, foi criada durante o governo de Campos Sales,
presidente do Brasil entre 1898 e 1902. Foi com a política dos governadores que o funcionamento político brasileiro na Primeira
República foi estruturado. Por meio dessa política, foi possível realizar uma aliança entre executivo e legislativo. Na prática,
essa política funcionava da seguinte maneira: o Governo Federal daria apoio à oligarquia mais poderosa de cada Estado. Em
troca, o governo exigia que cada oligarquia apoiasse as propostas do Governo Federal no legislativo. Assim, as oligarquias
deveriam eleger deputados dispostos a atuar em favor do governo no legislativo. Com o apoio à oligarquia mais poderosa, o
Governo Federal esperava que os conflitos políticos respingassem o mínimo possível no âmbito federal e ficassem reduzidos
apenas ao âmbito estadual. O funcionamento da política dos governadores dependia consideravelmente da figura do  coronel,
pois seria ele que, a nível regional, mobilizaria os votos necessários para eleger os candidatos certos, de acordo com o interesse
de cada oligarquia. O coronel usava seu poder financeiro para pressionar as pessoas a votar em determinado candidato. Essa
intimidação dos eleitores é conhecida como “voto de cabresto”. Além da intimidação, a fraude das atas que registravam os
votos eram uma prática comum. A política do café com leite é um conceito clássico quando nos referimos à Primeira República.
Essa política ganhou força no Brasil, sobretudo a partir de 1913, com a assinatura do Pacto de Ouro Fino, entre as oligarquias de
São Paulo e Minas Gerais. Esse conceito refere-se ao revezamento dos candidatos lançados à presidência por essas duas
oligarquias. Segundo esse pacto, paulistas e mineiros alternavam-se na presidência da República. O nome “café com leite” faz
referência ao fato de que São Paulo era o maior produtor de café do Brasil, enquanto que Minas Gerais era o maior produtor
de leite. O uso desse conceito para explicar a Primeira República tem sido criticado pelos historiadores, porque as oligarquias
mineira e paulista eram importantes, mas o funcionamento jogo político desse período não passava exclusivamente por elas,
uma vez que existiam outras oligarquias no país.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/primeira-republica.htm

Acesso: 22/02/2021

1) Sobre a Primeira República é correto afirmar que:

a) Foi considerado o período mais democrático do período republicano brasileiro, ao garantir o voto universal e o sufrágio
feminino.
b) Foi fortemente dominada pelas oligarquias ligadas à agricultura, principalmente a paulista e a mineira.
c) Na prática, a Política dos Governadores tornou os Estados da federação independentes da União.
d) O voto de cabresto, significava que apenas aqueles que possuíam animais de fazenda em determinado número,
poderiam votar.

Aula 02 – Os Coronéis e o Voto de Cabresto (EF09HI02; EF09HI05)

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Em razão da ausência de um corpo militar nacional, bem como de muitas circunstâncias nas quais alguns conflitos armados em
defesa dos interesses da Coroa ou do Império brasileiro careciam de homens para a luta, o Estado delegou por vezes um poder
militar e de polícia a muitos senhores de terras e patriarcas (formando a Guarda Nacional), os quais ganharam o título de
“coronel”, haja vista a capacidade destes em mobilizar braços para montar um “exército”. Com a situação regularizada, sem
questões de segurança pendentes e levantes por acontecer, para os quais estes senhores de terra haviam adquirido tais títulos,
tais patriarcas continuaram a usar esta patente que lhes foi dada, e através dela só ganharam ainda mais destaque e prestígio
nesta rede de relacionamentos pautada na subordinação pessoal. Ao passo que o direito ao voto vai se ampliando de forma
paulatina, outros atores sociais começam a fazer parte desse eleitorado, mas sem significar mudanças consideráveis no cenário
da política, uma vez que o cerceamento feito pelo coronel, através do voto de cabresto, iria “vigiar” a forma como aquele eleitor
se comportaria nas eleições. Este é o caso dos primeiros pleitos eleitorais marcados pelo “voto de cabresto”. Ao se falar de voto
de cabresto, conceitos como mandonismo e coronelismo vêm à tona. Estes conceitos definem-se como instrumentos da prática
do mando e da coerção, utilizados pela elite agrária para perpetuar sua influência no seio do Estado e, dessa forma, refletem os
sinais da deformação ou não construção de um legítimo espaço político, uma vez que esta estrutura de relações subordinadas
impedia a manifestação de outras expressões e interesses políticos que não os da elite agrária (do coronel). Ao passo que o
Estado vai ganhando forma dentro de uma perspectiva liberal positivista, vai tendo de confrontar com o verdadeiro poder, com
o poder da prática, do cotidiano agrário, com o poder do patriarca, do coronel. Este, por sua vez, será peça chave para estreitar
a distância entre o poder público do Estado (entre a elite que governa na prática) e o eleitorado do campo que na verdade não
sente a presença do Governo, mas sim a do coronel, ao qual realmente se deve lealdade dentro desta estrutura moral de
respeito e de dependência. O coronel, dessa forma, possuiria uma relação de dominação pessoal sobre seus agregados, e outra
de barganha de favores com os políticos que lhe garantiriam “regalias” em troca do apoio eleitoral de sua gente, de seu curral
eleitoral. Pode-se, talvez, para ilustrar esta relação, pensar na constituição de um tripé em que o coronelismo seria um dos
pilares fundamentais para se compreender como, na política de um Brasil de estruturas agrárias, poderia ser possível um diálogo
entre elementos tão distantes como “povo” e Estado.

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/coronelismo.htm

Acesso: 22/02/2022

1) Quais os motivos que levaram ao surgimento e ao fortalecimento dos Coroneis como figuras militares e políticas no
Brasil?

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Aula 03 – Clientelismo e Mandonismo (EF09HI02; EF09HI05)

No bojo do patriarcalismo e do coronelismo em si estão de forma latente tanto o mandonismo, como o paternalismo. Por meio
do próprio mando, da austeridade de suas regras, é que o patriarca fazia valer seu poder. Era assim, na figura do paternalista, e
personalista de seu caráter, que para si conclamava toda a direção e regulação de suas terras, de sua gente, e até mesmo – de
maneira direta ou indireta – do Estado. Não somente o coronelismo, mas também a promoção de políticas clientelistas são
fatores que criam as condições para o estabelecimento de uma sociedade (ou de um eleitorado) inclinada à apatia em relação
aos acontecimentos políticos, mas corrompida pelo desejo do atendimento de seu interesse, da esfera privada. O clientelismo
representa a troca de favores dentro de uma relação política por apoio, tendo no voto uma possível moeda de troca por
benesses entre aqueles que detêm o controle do Estado e o eleitorado, prática muito presente na história política do país, lado a
lado com outras como o coronelismo e o mandonismo.  Remeteu-se, dessa forma, grande parte da autoria dos principais
acontecimentos políticos a uma elite intelectual, a qual “falava” em nome da nação. À população coube o papel de espectadora,
de coadjuvante de passagens como a Proclamação da República, uma vez que estava tutelada pela elite política.

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/coronelismo.htm

Acesso: 22/02/2022

1) Quais os impactos para a sociedade e para a política das práticas clientelistas e mandonistas?

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