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A Cidade Das Bruxas
A Cidade Das Bruxas
Ynys Wydry
NOME
Merlim é derivado de "Merlinus", denominação latina utilizada por Godofredo de
Monmouth na sua obra. O nome é por sua vez uma adaptação de Myrddin, um
bardo de origem lendária da mitologia galesa, o qual tinha o dom da profecia.
Acredita-se que Godofredo latinizou "Myrddin" como "Merlinus" ao invés de
"Merdinus" para que sua audiência de origem anglo-normanda não associasse
o nome do mago à palavra vulgar francesa "merde".
GODOFREDO DE MONMOUTH
Como personagem literário, Merlim é criação do cronista medieval Godofredo de
Monmouth. A primeira obra escrita por Godofredo sobre o mago foi uma série de
Profecias de Merlim (Prophetiae Merlini), cujo texto foi incorporado mais tarde
pelo próprio Godofredo na sua História dos Reis da Bretanha (História Regum
Britanniae), em que Merlim é transformado pelo autor numa figura pseudo-
histórica. Godofredo misturou as lendas galesas sobre o bardo Myrddin com a
história de Ambrósio (Ambrosius), contada por Nênio na História Brittonum, com
origem no século IX. Segundo a Historia Brittonum, Ambrósio era uma criança
com poderes proféticos, que não tinha pai humano e que fora trazida pelo rei
britânico Vortigerno para ser sacrificada na base de um edifício em construção.
Ambrósio escapa da morte ao mostrar ter mais poderes que os magos do rei. Já
na História dos Reis da Bretanha, Godofredo diz que Ambrósio é outro nome
para Merlim e que o mago era filho de um íncubo, o que explica porque seu pai
não era humano.
também descreve Merlim como responsável pelo transporte desde a Irlanda das
pedras usadas na construção de Stonehenge. Na obra de Godofredo, porém,
Merlim não tem uma relação com o rei Artur, como teria em obras de escritores
posteriores. Por volta de 1150, Godofredo voltou a escrever um livro sobre o
profeta, denominado Vida de Merlim (Vita Merlini).