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DE BEBE A SUJEITO: A METODOLOGIA IRDI NAS CRECHES MARIA CRISTINA MACHADO KUPFER LEDA MARIZA FISCHER BERNARDINO ROSA MARIA MARINI MARIOTTO (ORGS.) INFANCIA E PSICANALISE i esa © by Editora Escuta para a edigdo em lingua portus 1° edigtio: novembro/2014 Cara . " [Ana Maria Rios Magalhes, a patir deft rossi, de Pissarro PRODUGAO EDITORIAL Araide Sanches. Dados Internacionais de Catalogagao na Publicagéo (CIP) D278 De bebé a sujeito: a Metodologia IRDI nas creches / M. Cristina M, Kupfer; Leda Mariza Fischer Bernardino; Rosa Maria M. Mariotto (Organizadoras.) — Séo Paulo : Escuta/Fapesp, 2014, 304p. ; 14x21 om. — (Infancia e psicanilise) Inclui bibliografia, ISBN 978-85-7137-362-4 1, Psicandlise infantil. 2. Metodologia IRDI. 3. Criangas — Satide mental. 4, Educadores ~ Creches. 5. Desenvolvimento infantil — psicandlise. I. Kupfer, Maria Cristina Machado. IL. Bemardino, Leda Mariza Fischer. If]. Mariotto, Rosa Maria Marini. CDU 159.964.2-053.2 CDD 618.928917 Bibliotecaria responsavel: Sabrina Leal Araujo — CRB 10/1507 Epitora Escuta Ltpa. Rua Ministro Gastiio Mesquita, 132 5012-010 Sao Paulo, SP Telefax: (11) 3865-8950 / 3862-6241 / 3672-8345 e-mail: escuta@uol.com.br wwweditoraescuta.com.br one OCG Juliana Caleiro Pereira de Menezes Patricia Moratti Metodologia IRDI e a sustentacao da relacdo professor-bebé: holding do holding O presente trabalho discute a sustentagiio da relagdio professor-bebé no ambiente educacional a partir do acompanhamento para a pes juisa “Metodologia IRDI — uma intervengdo com educadores de creche com base na psicandlise” em uma creche publica na cidade de Siio Paulo. Essa discusstio parte da premissa de que a relagao é constitutiva da subjetividade na primeira infiincia, e que a falta ou a fragilidade desta pode gerar consequéncias para a satide mental dos bebés em desenvolvimento. Segundo os eixos tedricos do instrumento IRDI, a relagdo do adulto com a crianga pequena envolve fatores delicados, como supo- sigdes, utilizagdo esponténea de uma linguagem part ular, exercicio das funcdes materna e paterna, leitura de demandas alternancia entre presenca e auséncia (Kupfer et al., 2009). Durante a pesquisa, notou-se que es caracteristicas da rela- Gio podem nao se construirem em um ambiente que nio atenda necessidades dos bebés, ¢ também nio dependem de uma formagio técnica do professor, nao se trata do professor aprender teorias sobre © desenvolvimento do bebé. Na realidade, foi possivel perceber que sto diversos os desatios enfrentados no trabalho com a faixa etaria de zero a [8 meses, ¢ que a Aisponibilidade da professora para exercer esta funedo, para além dos aids corporais, depende de uma relagio de apoio da pro ont ntro do cotidiano da institu se que, desta mane! ™aiores chances de se construirem relagdes de qualidade, viynuncuud CC Iniana Caveino Py oe " i WH CALEINO PEREIRA OF Mme, iy, Apoiar o professor envolve sustenticle oy i + 6 Winnicott, “sexued-l0", oferecer um holding py ed ; IT due 6 9, possa sustentat bebe Hsiea, simbilica © psiquicameme ante sustentagdo do bebé por um adulto, que por sua ye apoiady por outta Pessoa Na relagdo, se constityi para a relagdo entre 0 cuidador eo bebé Protende-se pensar se os modos dat j ganizar podem oferecer es ituigto educag holding do holding com etn de escuta ¢ de fala ¢ 0 “estar junto” com 0 Professor, Tendo em v © O modus operandi das Pesquisador, ereche, procura-se mostrar, através de fragmentos, como se fae na tavam as relagdes entre pesquisadoras, Professoras ¢ bebés ¢ ae sobre algumasintervengdes embasadas na Metodologi : em termos de holding dos professores, 5 om. POS formas ia IRDI € vividas Sobre 0 “holding do holding” O conceito de holding pode ser entendido pela propria traducio da palavra “segurar” e tem um significado amplo, que envolve tudo aquilo que uma mae dedicada comum é e faz pelo seu bebé desde que ele nasce. Nesse modo de pensar, 0 ego do bebé precisa do apoio do ego da mae para sua organizagio. Winnicott (2006) menciona que “a maioria dos bebés tém a sorte de serem bem segurados na maior parte do tempo. A partir dai, eles adquirem confianga em um mundo amigavel. (..) A base da personal dade estara sendo bem assentada se 0 bebé for segurado de uma forma satisfatéria” (p. 54), Ainda em referéncia a relagdo mie-bebé, “a mie, se adequada- mente assistida por seu companheiro, pela Previdéncia Social ou por ambos, esti preparada para uma experiéneia na qual ela sabe, muir tissimo bem, quais siio as necessidades do bebé” (p. 4). Desta forms Pode-se pensar que a mulher, cujo marido oferece apoio e sustentagl durante 0 periodo mais intenso de cuidados com o bebé, poder set uma mile que promove o desenvolvimento do bebé. sie O que permite pensar que “algumas mulheres si0 alee literalmente ‘segurando 0 bebé’, quando o pai nao consegue £05" wrgiiunctGO CO smero00t06i IRDI E A SUSTENTAGRO DA RELAcae PRoresson-neut ‘77 da parte que Ihe cabe © no é capay de dividi me responsabilidade que um bebe deve repre! Boukobza (2002) também Se utili: rtir de sua experiéncia de Acompanhary psiquico e com profunda dificuldade dg S¢ relacionar com seus bebés, criando conceito “holding do holding autora trabalha om mi S i ; opens so apne te eH a funeio matemna quando adequadamene apoia las pi ps ac ‘antes: “Chamo ¢sse trabalho de ‘holding d olding’ ou ‘clinica do holdin, ”, OU seja aad ee Settle is A psicanalista descreye que a mae, em situsgo de angi tia ex- trema diante de seu bebé, 54 Pode virar-se Para, felizmente, encontrar aajuda da atendente, Isso Significa oferecer ‘uma pos: i idade de apoio, de holding, que complementa 0 olhar falho da mae, sem jamais exlui-la ou invalidé-ta (p, 22), No que se refere as profissionais chamadas de “; momentos em que mesmo esta na Sustentagao do e mae com seu bebé talvez precise de apoio de uma on menta-se que “elas encontraram um modo de trabalhar juntas: quando percebem que uma delas esta implicada demais no trabalho com uma mae ou com um bebé, uma outra intervém como terceiro.” (p. 25). Na realidade da creche considera-se que elementos como seguran- ¢a, acolhimento e conforto, mesmo que nao em todo o tempo, possam ser a base para a constituigdio das relagdes entre professores e bebés. com a mulher a enor. entar” (p. 14) ‘4 do conceito de holding, a nento a mées em softimento ‘atendentes”, ha ncontro de uma utra atendente. Co- Contextualizando a creche e seus desamparos ‘A inseredo das pesquisadoras no contexto da creche ocorreu a Parti da Metodologia IRDI. Observando os indicadores clinicos de desenvolvimento na relacdo dos bebés com as professoras, foi possivel Conhecer a realidade da creche ¢ algumas caracteristicas particulares ue se estabeleciam neste cenario. " A primeira impressio observada na creche foi o choro dos bebés, pois as pesquisadoras encontraram um ambiente de muito choro. Bebés de quatro a oito meses choravam durante os Pee de Observagdes semanais, desde trinta ou quarenta minutos ae ‘tas horas seguidas sem atendimento ou com tentativas frustrada Si geceac OCG Dou Cano Penna 0€ MENEZES, Prec lon 178 a fazé-los parat. choros. . are criangas que ndo estavam dormindo, trocando oy ™amandg ficavam em um colchdo no cho, deitados. Como sao Pequenininhos se viravam ¢ ficavam com 0 rosto no colch&o ou rolavam Uns em cima dos outros ¢ ficavam chorando em posicao desconfortaye} . muito tempo. Alguns se cansavam de uma mesma Posi¢ao, em = ficavam por duas ou mais horas seguidas. Outros bebés fetes brincando no mesmo lugar onde em seguida dormiam e acordavam sozinhos, ou entao eram colocadas nos “cercadinhos” quando esta. vam chorando demais. Todos os bebés eram atendidos em suas necessidades fisiolégicas de alimentacdo e higiene, porém alguns pareciam invisiveis as Pro- fessoras, nao se falava o nome deles. Quando chegavam suas mies, os chamavam de “esse ai”, apontando-os. Notou-se também quea coordenadora e a psicéloga nao conheciam os bebés pelos nomes, falavam “Esse, esse, essa...” Quando as criangas estavam chorando muito, as professoras queriam sair da sala para tomar café, descansar, falavam que os choros constantes eram, para elas, mds condigdes de trabalho. As condigdes Pareciam mesmo penosas para as professoras, porém quem gritava eram os bebés. Na experiéncia delas, os choros eram a causa do seu sofrimento, mas nao seriam na verdade uma forma de comunicar di- ficuldades enfrentadas por todos na creche? No inicio das observagdes da relagdo entre as professoras € 0s bebés, indimeros indicadores estavam “ausentes”, mas um em especial nos chamou a atengao. Em nenhum momento, para nenhum beba, cle estava “presente”, e isto foi mantido até o final da pesquisa, dife- Tentemente de outros, nos quais observamos muitas transformagoes Trata-se do indicador 12: “A professora d4 suporte as iniciativas da rianga sem poupar-Ihe o esforgo”. Talvez nfo seja por acaso que Ut Pens que se refere a “dar suporte” tenha ficado sempre leis reeisdvamos entender melhor © que acontecia a partir de outta Perspectivas, sons pho uc pina 8 coordenadoras, até mesmo ee indo fica vam nas classes, as acne sn aluda nas — os yuco do 2 ras podiam experimentar um P° As professoras pareciam ter desistido de lentar cos, Sar wryeieeD CC ero90.0ci8 IRDI € A SUSTENTAGKO DA RELAGKO proresson-aeoE 179 que as professoras viviam, podendo identificar-se com elas. Diante de tantos choros, tentando fazé-los parar ¢ sempre com um bebé reco- megando, compartilhavam um sentiment yontade de que alguém de fora entrasse junto com elas o que fazer, Além dessa falta de disponibilidade das bés, outros aspectos que se observavam na rela¢&o com as professoras eraa presenga de hostilidade, certo fechamento e medo, ocasionados pela inser¢do das pesquisadoras no contexto da creche. Estas questdes também faziam-se Presentes em uma outra classe, cujo ambiente era ainda mais fechado e hostil nas relagdes tanto com os bebés quanto com as pesquisadoras. A psicdloga e a coordenadora da creche confessaram que tinham receio de se apro- ximar das educadoras desta classe Por serem mais hostis, por isso evitavam passar por 14. Esta sala € também um pouco mais escura, menos arejada, localizada ao final do corredor. Ao final da pesquisa, as professoras manifestaram © desejo de conhecer quais foram as impresses sobre 0 grupo. Foi possivel as professoras nomear como sentiam que o grupo a0 qual pertenciam era um pouco mais esquecido do que os outros, sentiam que o trabalho delas era menos visto. As professoras também demonstraram compreender que o mesmo acontecia com a classe que estava na outra ponta do corredor, igualmente localizada no outro extremo. Conclufam que estas duas classes ficavam esquecidas. Talvez, por uma questo de localizacao, Por passarem menos pessoas pelas janelas dessa classe, o trabalho que acontecia dentro delas parecia ter menos visibilidade para as colegas, Para a coordenacao e diregao. Durante 0 acompanhamento, as professoras comentavam que ninguém queria trabalhar neste grupo. Curiosamente, uma das pro- fessoras conta que esta classe era a sua preferida, que gostaria de abalhar 14, porém, queixou-se de nao ser ouvida, nao atenderem este Seu pedido, Buscando entender melhor a trama de relagdes na creche, “S Pesquisadoras se aproximaram também da coordenadora. Uma Profissional que demonstrava interesse no bem-estar das eriangas, = Aabatha com 0 objetivo de sensibilizar as professoras para ‘0 delicado com os pequenos. Interessou-se pela pesd! (0 de impoténcia. Notava-se a na sala para ajudar, pensasse professoras com os be- vignuncuud CC — Jusann CALRINO PERRIER OF Mertzns, Perri 1H0 Men Jy nossa equipe, solicitava ajuda, escutava @ COnve, hers abe sta pratica Parecia tammy sentie fal dhe majg 0 herivontate vertical, de (roca, de rellexo, Nag Acreditay, Pete sua capaciade de abalhar com as educadoras mais’ ioe ypontava que nao era bem recebida por elg diante de uma equipe tio grande de profes pelas quais era responsavel, As classes tinham muitos bebés ¢ 9 atengio cra a quantidade de novos bebi vam na creche a cada semana. Por conta destas entradas, bebe. co maiores, ja adaptados, té » bebés un pouuco maiores, ja adaptados, tém que pass; ‘ar Para uM proxim, 0 gry interromper relagdes formadas e adaptar-se Rovamente, Estas pas, sagens ocorrem de quatro em quatro meses e parecem Penosas para todos, pois os choros aumentam. E as Professoras tém que se despedir de muitas criangas e conhecer Novas a todo tempo. No percurso da pesquisa, compreendemos sui algumas particularidades em seu funcionai | ‘uma instituigdo de satide, esta submetida a uma ordem maior,que | Cxige que receba todos os filhos de funcionérias quando estas voltam da licenga maternidade, a qualquer momento, sem limite de vagas j € sem datas programadas. Isso nos permitiu entender o esquema | de passagem de bebés para as turmas Seguintes com urgéncia, para | dé conta das entradas continuas de pequeninos de quatro que esta creche pos. imento. Por ser ligads que se im, é possivel Supor que o choro dos bebés pode ser a ponta de uma sequéncia de desam caminho, que talv esta submetida, obri sando pela coordena Telagio ao nimero t Ss professoras dificuld paros encadeados, que percorrem um inicie nas exigéncias as quais a creche inte igada a garantir atendimentos sem limites; pas- ‘Go, que parece possuir uma equipe reduzida em io grande de funcionarios e criangas; alcangando quem o: lades em seu coti Observam-se deg s bebés pedem colo, que estéio envoltas e idiano, on ‘encontros horizontais e verticais na institu que despertaram 0 pensar Sobre as condicdes do ambiente-creche i oferecer 0 “holding do holding” Considerando a necessidade de a" Parar as professoras na tarefa dle cuidar dos bebés. viygnuneudO CC {o00.06th IRDI EA SUSTENTACAD DA RELAGAO Povesson-nent 181 me o trabalho de professores de bebés A disponibilidade de um adulto estabelecer uma relagilo particu- ae com un bebe ume cove haturalmente em qualquer contexte; 20 contritio, depende das condi¢des proporcionadas pelo proprio profes- sore por sett entorno. E nec ‘CIO Compreender quais as dificuldades snirentadas por qualquer professor de criangas de zero a trés anos, oriundas nijo apenas de questdes de cada instituigdo, mas também das. especifici lades desta faixa etaria, Ao pensar na Telagito que se estabelece entre a professora ¢ 0 pebé, pode-se considerar que “cuidar de um bebé gera desamparo”, fundamentalmente se houver identificagao com a condig’o de depen- déncia do bebé. Assim, “poderiamos quase dizer que as pessoas que cuidam de um bebé sto tio desamparadas em relagao ao desamparo do bebé quanto o bebé o €. Talvez haja até mesmo um confronto de desamparos” (Winnicott, 2006, p. 91). Ha momentos em que 0 adulto se identifica com a crianga pe- quena de quem estd cuidando; a relagdio com 0 bebé provoca na mie ou no cuidador um contato com vivéncias primitivas da sua historia, que apesar de cronologicamente estarem distantes, no deixam de se fazer presentes. E pode-se mesmo sugerir que esta experiéncia pode se constituir como condi¢io de cuidados com bebés, uma vez que 0 adulto identificado com o bebé tem maiores possibilidades de saber do que este precisa. Podem existir obstaculos que impecam que a professora se en- tregue a relag&io, Um deles pode advir de um fato pratico: 0 bebé con- Yoca muito 0 adulto para um envolvimento, mas esta relagdo costuma terminar ao final de cada ano. Verifica-se que “trata-se de uma relagdio com ‘data marcada’ Para terminar, ela nao durara para sempre, ..) trata-se entio, para © cuidador, de ‘investir para perder” (Aragio, 2007, p. 2). Ou seja, Pedimos que a professora “mergulhe” no trabalho, mas quanto maior a disponibilidade, maior a chance de sofrimento na separagiio, Na cre- che em questio, as passagens ocorrem em um tempo muito menor, de no maximo quatro meses, o que deve intensificar as dores e as dete: sans que, ao entregar “seus” bebés ao grupo seguints : rr. fam a formavam apenas o nome deles as novas profes se de _ iquetas com os nomes nas costas dos bebés, parecendo Nie vignuncuud CC 182 Jase Carte Protinn oe Menezes, Bary NC My : am haver um espago formal para troca de informacies, Pois fapidamente com as Colegas, ja se retirando da sala ¢ sd ‘alam Aflitas, o que € expresso em ditos como: itidamen hein, é methor olhar muitas vezes,." illo coe, € muito fragil, melhor alguém addon Mo esa ea la” Outras educadoras diziam: “Se yocg PERO A crianca, el, 7 a “Se a ic ie : ga mals” ou “Se a gente se apega as Criangas, sofre depos, ne! tem que ser profissional, sem se envolyer'¢ qo CPO: Por gy “pegar nao, se nda sofremos nos, sofrem eles Ne? gar di, i 5... NE? Coy i bonitinha!”. Em seguida a e ome no colo. Mostrou a pesqui: mas prefere ey : : ee Nao ficar muito tempo com uma mesma crianga no colo ou Moning parece ser uma técnica para se Proteger deste sofrimento, oa angustiante das pesquisadoras foi de que até gostariam de conhecé- -los, mas nao seriam capazes, Diferentemente dos primeiros dias da Pesquisa, em que Perguntaram o nome de cada um e se esforcaram para decora-lo: Nesse momento, nao conseguiram investir nergia para conhecé- -los. Como se nao houvesse espago, nao era possivel estar disponivel Para cles. Esta experiéncia ajudou a compreender como é dificil se aprofundar nas relagSes neste contexto, se entregar para novas rela- yes repetidamente. ; Ha ainda outros paradoxos que o professor de creche precisa Suportar, Ao mesmo tempo em que exige-se que ele curse faculdade de pedagogia, sente também que nao é exatamente de seus conheci- mentos técnicos que os bebés mais se beneficiam. Winnicott (2006) sugere, a respeito do contato de um adulto com um bebé, que “seus conhecimentos tém de vir de um ee profundo, ¢ no necessariamente daquela parte da mente on ae palavras para tudo, 5 coisas que uma mie faz com 0 no podem ser feitas através de palavras” (p. 53). " também com o saber nao acadé ie que o professor ae €m favor da constituigao psiquica das criangas pequenas de aes cuida."O desejo de quem educa nao esté no arsenal Pico ae que se disponibiliza ao mesmo, mas na sua posigdo subjetiva daquilo que faz” (Bernardino ¢ Kamers, 2003, p. 56). vignuncuuOd cc Meron0t0

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