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ESTADO DO MARANHÃO
POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
COMANDO GERAL

São Luís-MA, 15 de fevereiro de 2022 (terça-feira)

BOLETIM GERAL N° 032

CONFERE ________________________________

PARA CONHECIMENTO DA POLÍCIA MILITAR E


DEVIDA EXECUÇÃO, PUBLICO O SEGUINTE:

PRIMEIRA PARTE – SERVIÇOS DIÁRIOS

1.1 – SERVIÇO INTERNO

ESCALA DE SERVIÇO PARA O DIA 16/02/2022 (QUARTA-FEIRA)

Superior de Dia: (24h) Ten Cel QOPM Antonio Carlos Araujo Castro..........................20º BPM
Fiscal de Dia: (24h) 1º Ten QOPM Ericka Magalhães Freitas de Castro.................................DP
NOTA Nº 20220216100528 – Ajudância
Cmt Gd do Quartel: (24h) 2º Sgt QPMP-0 Francinaldo Conceição Araujo.....................CC/AJG
Permanência: (24h) Cb QPMP-0 Ivan Sousa Fereira.......................................................CC/AJG
Permanência: (24h) Cb QPMP-0 Jonas Gomes De Oliveira............................................CC/AJG
Sentinela: (24h) Sd QPMP-0 Lierbethson Galvão Carvalho............................................CC/AjG
Sentinela: (24h) Sd QPMP-0 Rosana Da Conceicao Barbosa..........................................CC/AjG
NOTA Nº 20220214095545 - CC/AJG
Guarda da DAL: (24h) 2º Sgt QPMP-0 Isaias da Silva Dias.................................................DAL
Guarda da DAL: (24h) 3º Sgt QPMP-0 Luiz Alberto Lisboa Junior.....................................DAL
Eletricista de Dia: (24h) 1º Sgt QPMP-0 Marcelo Lopes Sousa............................................DAL
Cassineiro Geral: (1º QTU) 1º Sgt QPMP-0 Claúdio Sérgio Rocha Melo............................DAL
Motorista de Dia: (1º QTU) 2º Sgt QPMP-0 Cleyton Maia Siqueira....................................DAL
Serviço de Dia ao CSM/COM: (1º QTU) 2º Sgt QPMP-5 Julio Carlos Teixeira Da Silva...DAL
NOTA Nº 20220209115004 - DAL

1.2 – SERVIÇO EXTERNO

Sem alteração.
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 920 -

SEGUNDA PARTE – ENSINO E INSTRUÇÃO


em
Sem alteração.
TERCEIRA PARTE – ASSUNTOS GERAIS E ADMINISTRATIVOS

3.1 - ASSUNTOS GERAIS

Sem alteração.

3.2 - ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS

A. ALTERAÇÃO DE OFICIAL

1) ATO DO COMANDANTE GERAL

a) Designação de Gestor de Contrato

(1) PORTARIA Nº 003/2022-GCG, de 11/01/2022

(a) O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO


MARANHÃO, no uso de suas atribuições legais que lhe são conferidas pelo Art. 4º e o
disposto no Art. 6º, da Lei Estadual n° 4.570, de 14 de julho de 1984, Art. 58, inciso III e
considerando o disposto no Artigo 67, ambos da Lei Federal n° 8.666 de 21 de junho de 1993.

RESOLVE

Art. 1º Designar o Chefe da DAL/1 – SIGA da PMMA, na pessoa


do Cap QOPM Daniel Fernandes, matrícula n° 1711944, ID n° 417940-0, CPF nº
015.144.943-02, como GESTOR DO CONTRATO, bem como designar o Auxiliar do
Aprovisionador Geral da PMMA, na pessoa do 1º Ten QOAPM Idelci Silva dos Passos,
matrícula n° 91074, ID n° 00412534, CPF nº 376.973.663-04, como FISCAL DO
CONTRATO, para acompanharem e fiscalizarem a prestação dos serviços, anotando em
registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução e determinando o que for
necessário à regularização de falhas e/ou defeitos observados, referente ao Contrato nº
01/2022-PMMA, cujo objeto é a Contratação de empresa especializada no preparo, transporte
e fornecimento de refeições prontas e acondicionadas para a PMMA, na Região da Grande
Ilha, inerente ao Processo Administrativo nº 219.441/2021-PMMA, Pregão Presencial nº
18/2021-CSL/PMMA, firmado com a empresa: OLIVEIRA ALIMENTOS LTDA, CNPJ nº
01.838.199/0001-94.
Art. 2º Designar o Chefe da DAL/1 – SIGA da PMMA, na pessoa
do Cap QOPM Daniel Fernandes, matrícula n° 1711944, ID n° 417940-0, CPF nº
015.144.943-02, como GESTOR DO CONTRATO n.º 02/2022 – PMMA, cujo objeto é a
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 921 -

Contratação de empresa especializada no preparo, transporte e fornecimento de refeições


prontas e acondicionadas para a PMMA, nas Regiões do 23º BPM (São Mateus); 25º BPM
(Cururupu); e 32º BPM (Cidelândia), referente ao Processo Administrativo nº 219.441/2021-
PMMA, inerente ao Pregão Presencial nº 18/2021-CSL/PMMA, firmado com a empresa
SHERRY COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA -EPP, CNPJ Nº 17.368.296/0001-09.

Art. 3º Os Comandantes das Unidades: 23º BPM – São Mateus, 25º


BPM – Cururupu e 32º BPM - Cidelândia, no âmbito de suas UPM’s, deverão designar, por
meio de Portaria, os FISCAIS DO CONTRATO n.º 02/2022 – PMMA, para acompanharem e
fiscalizarem a prestação dos serviços, anotando em registro próprio todas as ocorrências
relacionadas com a execução e determinando o que for necessário à regularização de falhas
e/ou defeitos observados, devendo remeter relatório mensal da execução dos serviços até o 5º
(quinto) dia útil do mês subsequente ao Gestor do Contrato, referente ao Contrato nº 02/2022,
Processo Administrativo nº 219.441/2021-PMMA, inerente ao Pregão Presencial nº 18/2021-
CSL/PMMA, firmado com a empresa: SHERRY COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA -EPP,
CNPJ Nº 17.368.296/0001-09.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua assinatura.

DÊ-SE CIÊNCIA, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.

Quartel do Comando Geral em São Luís/MA, 11 de janeiro de


2022. Cel QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis - Comandante Geral da PMMA. NOTA Nº
20220113145639 - GCG

b) Movimentação em Função

(1) PORTARIA Nº 0026/2022-DP/2, de 11/01/2022

(a) O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO


MARANHÃO, no uso de suas atribuições legais, e de acordo com o Decreto Estadual nº
22.708 de 27 de novembro de 2006,

RESOLVE

Cessar os efeitos do afastamento do Tenente-Coronel QOPM


LÉLIO PINHEIRO MARTINS, matrícula 110593, ID 414210, do exercício da função policial
militar de Tenente-Coronel QOPM Comandante do 9º BPM, em razão de término de licença-
prêmio e EXONERÁ-LO da referida função.
Efetivar, o Tenente-Coronel QOPM RAIMUNDO MULUNDU
MARTINS SERRA JÚNIOR, matrícula nº 133116, ID 415682, no exercício da função policial
militar de Tenente-Coronel QOPM Comandante do 38º BPM.
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 922 -

Efetivar o Major QOPM HÉLDIO MÁRLIO FERNANDES


PEREIRA, matrícula 134841, ID 415836, no exercício interino da função policial militar de
Tenente-Coronel QOPM Comandante do 9º BPM.
DESIGNAR o Major QOPM JEFFERSON DE OLIVEIRA
VIEIRA, matrícula nº 1146968, ID 416636, para responder pelo exercício da função policial
militar de Major QOPM Chefe da 4ª Seção do 9º BPM, durante o afastamento do titular,
cumulativamente com as funções de Subcomandante.
Cessar os efeitos do afastamento do Major QOPM BERNARDO
REIS DA COSTA, matrícula nº 92098, ID 412612, do exercício da função policial militar de
Major QOPM Chefe da 1ª Seção do 8º BPM, em razão término de licença-prêmio, e mantê-lo
na referida função.
AFASTAR o Capitão QOPM WERLLYSON DOS SANTOS DE
SOUSA, matrícula 1830454, ID 4179873, do exercício da função policial de Major QOPM
Chefe da 4ª Seção do 9º BPM, em razão de licença-prêmio, no período de 05/01 a 05/04/2022.
Cessar os efeitos do afastamento da Capitã QOPM THIANE
DURANS CHUMAN, matrícula nº 1830280, ID 417966, do exercício da função policial
militar de Capitão QOPM Chefe da 3ª Seção do 1º BPM, em razão de licença-prêmio e mantê-
la na referida função.
EXONERAR o Capitão QOPM JOSÉ PEDRO CUNHA MENDES
JÚNIOR, matrícula 2328953, ID 819397, do exercício da função policial militar de Capitão
QOPM Chefe da 3ª Seção do 1º BPM.
DISPENSAR, em razão de término de licença-prêmio, o Capitão
QOPM MAYRON CARVALHO COSTA, matrícula nº 1711886, ID 417934, do exercício
interino da função policial militar de Major QOPM
Subcomandante do 13º BPM e DESIGNÁ-LO para o exercício
interino da função policial militar de Major QOPM Chefe da 4ª Seção do 13º BPM.
DISPENSAR o Capitão QOPM BARTOLOMEU SANTOS
NETO, matrícula nº 2180859, ID 806417, do exercício interino da função policial militar de
Major QOPM Chefe da 4ª Seção do 13º BPM e NOMEÁ-LO para o exercício da função
policial militar de Capitão QOPM Chefe da 1ª Seção do 13º BPM.
EXONERAR, em razão de transferência, o Capitão QOPM
HAROLDO POSSAS DE SOUSA NETO, matrícula nº 91371, ID 412556, do exercício da
função policial militar de Capitão QOPM Chefe da 1ª Seção do 13º BPM.
DISPENSAR a Capitã QOPM ALESSIA RAYANE FRANÇA
ALMEIDA, matrícula nº 1711928, ID 417938, do exercício interino da função policial militar
de Major QOPM Chefe da 1ª Seção do 8º BPM e NOMEÁ-LA para o exercício da função
policial militar de Capitão QOPM Auxiliar do Chefe da 1ª Seção do 8º BPM.
Manter os efeitos da nomeação do Capitão QOPM HIGOR
CARLOS CARDOSO FURTADO, matrícula nº 2250587, ID 814476, no exercício da função
policial militar de Comandante da 3ª CP do 8º BPM.
Cessar os efeitos do afastamento do Capitão QOPM ANTONIO
CARLOS LIMEIRA BARROS, matrícula 91108, ID 00412536, do exercício da função
policial militar de Capitão QOPM Chefe da 4ª Seção do 33º BPM, em razão de término de
licença-prêmio e mantê-lo na referida função.
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 923 -

DISPENSAR o 1º Tenente QOPM BRUNO RICARDO DE


CASTRO PEREIRA, matrícula nº 2447605, ID 838220, do exercício interino da função
policial militar de Capitão Comandante da 3ª CP do 8º BPM, em razão de término de licença-
prêmio.
DISPENSAR a 2º Tenente QOPM IKSA ROSA DE SOUSA
MANO, matrícula 2617306, ID 00855834, do exercício interino da função policial militar de
Capitão QOPM Chefe 4ª Seção do 33º BPM e DESIGNÁ-LA para o exercício interino da
função policial militar de 1º Tenente QOPM Comandante do 1º Pelotão (sede) do 33º BPM.
DÊ-SE CIÊNCIA, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.
Quartel do Comando Geral em São Luís, 11 de janeiro de 2022.
Cel. QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis- Comandante Geral da PMMA. NOTA Nº
20220119075027 - DP/2

(2) PORTARIA Nº 0043/2022-DP/2, de 17/01/2022

(a) O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO


MARANHÃO, no uso de suas atribuições legais, e de acordo com o Decreto Estadual nº
22.708 de 27 de novembro de 2006.
RESOLVE

NOMEAR o Tenente Coronel QOPM RAIMUNDO BORBA


LIMA, matrícula nº 118224, ID 414955, para o exercício da função policial militar de TC
QOPM Chefe do Estado-Maior do CSC.

DÊ-SE CIÊNCIA, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.

Quartel do Comando Geral em São Luís, 17 de janeiro de 2022.


Cel. QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis - Comandante Geral da PMMA. NOTA Nº
20220119110924 - DP/2

B. ALTERAÇÃO DE OFICIAL E PRAÇA

1) ATO DO COMANDANTE GERAL

a) Designação de Gestor de Contrato

(1) PORTARIA Nº 005/2022-GCG, de 07/01/2022

(a) O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO


MARANHÃO, no uso de suas atribuições legais, de acordo com o Art. 6º, da Lei Estadual n°
4.570, de 14 de julho de 1984, Art. 58, inciso III e considerando o disposto no Artigo 67,
ambos da Lei Federal n° 8.666 de 21 de junho de 1993.
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 924 -

RESOLVE

Art. 1º Designar o Comandante do Pelotão de Obras da PMMA, na


pessoa do 1º Ten QOAPM Edmilson de Jesus Sá Meneses Caldas, CPF n° 331.205.953-49,
Matricula n° 113.241, ID nº 414470, como Gestor do Contrato e o Auxiliar do Pelotão de
Obras da PMMA, na pessoa do Cb PM n° 197/14 Renato da Silva Santos, CPF n°
023.745.223-50, Matricula n° 2413698, ID nº 822136, como Fiscal do Contrato, para
procederem o acompanhamento, controle, fiscalização e cumprimento do Contrato nº 44/2021-
PMMA, referente ao Processo Administrativo nº 221.337/2021-PMMA, Pregão Presencial nº
20/2021-CSL/PMMA, firmado com a empresa: W. B. RIPARDO & CIA. LTDA – ME, CNPJ
n° 41.617.945/0001-34, cujo objeto é a contratação de empresa especializada na prestação dos
serviços de instalação e desinstalação de aparelhos de ar condicionado, nos prédios
administrativos e operacionais da Polícia Militar do Maranhão.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua da assinatura.

DÊ-SE CIÊNCIA, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.

Quartel do Comando Geral em São Luís - MA, 07 de janeiro de


2022. Cel QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis - Comandante Geral da PMMA. NOTA Nº
20220113160856 - GCG

C. ALTERAÇÃO DE PRAÇA

1) ATO DO COMANDANTE GERAL

a) Transcrição de Relatório e Solução em Sindicância

(1) PORTARIA Nº 026/2021-DP/3, de 10/02/2021

(a) RELATÓRIO. I. INTRODUÇÃO. A presente sindicância foi


instaurada, por determinação do Sr Coronel QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis,
Comandante Geral da Polícia Militar do Maranhão, pela Portaria de Instauração de
Sindicância nº 026/2021 - DP/3 de 10 de fevereiro de 2021, para apurar o suposto recebimento
indevido do Auxílio Emergencial do Governo Federal por parte dos Policiais Militares lotados
no 16º BPM, conforme documento de fls. 04, tendo como sindicados: SD PM/19 Cleilson
Silva Almeida (ID 870446), SD PM/19 Deusdete de Carvalho Florentino (ID 871837), SD
PM/19 Francisco Leonardo Barroso de Albuquerque (ID 871874), SD PM/19 Ronaldo Sousa
dos Santos (ID 869425), SD PM/19 Thyago Kayque Menezes de Sousa (ID 869445), SD
PM/19 Valdinar da Silva Carvalho Júnior (ID 870454) e SD PM 259/18 Walber Carvalho da
Silva (ID 871617). II. DILIGÊNCIAS REALIZADAS. Com o escopo de reunir elementos
probatórios que pudessem esclarecer o fato objeto da presente sindicância, este encarregado
houve por bem diligenciar conforme despacho de fls. 25, tendo sido procedidas as seguintes
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 925 -

diligências: 1.Oficiou-se o P/1 para que providenciasse as cópias das fichas individuais e
certidões de assentamentos dos policiais militares envolvidos (fls. 27); 2.Oficiou-se o
Comandante do 16º BPM dando ciência da apuração da sindicância e dos policiais envolvidos
no processo (fls. 28); 3.Oficiou-se os policiais militares arrolados no processo, por meio de
seus respectivos comandantes imediatos, para se fazerem presentes para prestarem depoimento
na condição de sindicados (fls. 29 a 33); 4.Termos de Inquirições dos Sindicados (fls. 63 a 76);
e 5.Oficiou-se os policiais militares arrolados no processo para darem vistas ao processo e
defesa prévia (fls. 172). Além do mais, providenciou-se no intuito de serem juntados aos autos,
conforme especificados nas Juntadas de fls. 03, 34, 77, 92, 107, 131, 138, 144 e 163, os
seguintes documentos abaixo discriminados: 1.Portaria de Instauração de Sindicância nº
026/2021-DP/3 de 10 de fevereiro de 2021 do Senhor CEL QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos
Reis, Comandante Geral da Polícia Militar do Maranhão (fls. 04); 2.Ofício Circular nº
018/2020-UDAI/SSP-MA de 27/08/2020; Despacho nº 413/2020-GAB/SSP/MA de
07/08/2020; Ofício Circular nº 01/2020-GAB/STC de 06/08/2020; Decisão Normativa
TCE/MA nº 37 de 29/07/2020; Relatório de Recebimento de Auxílio Emergencial COVID-19
de 04/09/2020; Cópia da página de Devolução de valores do Auxílio Emergencial COVID-19
(fls. 05 a fls. 22); 3.Cópias das fichas individuais e certidões de assentamentos dos seguintes
policiais militares: SD PM/19 Cleilson Silva Almeida (ID 870446), SD PM/19 Deusdete de
Carvalho Florentino (ID 871837), SD PM/19 Francisco Leonardo Barroso de Albuquerque (ID
871874), SD PM/19 Ronaldo Sousa dos Santos (ID 869425), SD PM/19 Thyago Kayque
Menezes de Sousa (ID 869445), SD PM/19 Valdinar da Silva Carvalho Júnior (ID 870454) e
SD PM 259/18 Walber Carvalho da Silva (ID 871617) (fls. 35 a 62). 4.Informe de Rendimento
Financeiros do SD PM/19 Cleilson Silva Almeida (fls. 78); 5.Declaração de Imposto de Renda
do SD PM/19 Cleilson Silva Almeida (fls. 79 a 88); 6.Diagnóstico Fiscal na Receita Federal e
Procuradoria Geral da Fazenda Nacional do SD PM/19 Cleilson Silva Almeida (fls. 89);
7.Print do Primeiro acesso ao aplicativo ―CAIXA TEM‖ (fls.90); 8.Consulta de motivo de
exclusão do benefício do SD PM/19 Cleilson Silva Almeida (fls. 91); 9.Informe de
Rendimento Financeiros do SD PM/19 Thyago Kayque Menezes de Sousa (fls. 93);
10.Informe de Rendimento Financeiros da senhora Ozana do Nascimento Oliveira (fls. 94);
11.Declaração de Imposto de Renda do SD PM/19 Thyago Kayque Menezes de Sousa (fls. 95
a 103); 12.Devolução do Auxílio Emergencial do SD PM/19 Thyago Kayque Menezes de
Sousa (fls. 104); 13.DARF (fls.105); 14.Recibo de Pagamento do valor supostamente recebido
do SD PM/19 Thyago Kayque Menezes de Sousa (fls. 106); 15.Informe de Rendimento
Financeiros do SD PM/19 Ronaldo Sousa dos Santos (fls. 108); 16.Diagnóstico Fiscal na
Receita Federal e Procuradoria Geral da Fazenda Nacional do SD PM/19 Ronaldo Sousa dos
Santos (fls. 109); 17.Consulta do Auxílio Emergencial (fls. 110 a 112); 18.Certidão de
Divórcio do SD PM/19 Ronaldo Sousa dos Santos (fls. 113); 19.RG civil do SD PM/19
Ronaldo Sousa dos Santos (fls.114); 20.Comprovante de Residência que consta o Imóvel que
adquiriu com sua ex-esposa pelo Programa Minha Casa Minha Vida do SD PM/19 Ronaldo
Sousa dos Santos (fls. 115); 21.Declaração do SD PM/19 Ronaldo Sousa dos Santos que
consta que tinha vínculo de dependência com sua ex-esposa, a senhora Elissandra da Silva
Barbosa (fls. 116); 22.RG civil de sua ex-esposa a senhora Elissandra da Silva Barbosa (fls.
117 ); 23.Certidão de Casamento do SD PM/19 Ronaldo Sousa dos Santos (fls. 118);
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 926 -

24.Contrato (872001758076) de aquisição de imóvel pelo Programa Minha Casa Minha Vida
(fls. 119 a 122); 25.Cópias da Carteira de Trabalho de sua ex-esposa, a senhora Elissandra da
Silva Barbosa (fls. 123 a 125); 26.Cópias de consulta ao benefício Auxílio Emergencial do SD
PM/19 Ronaldo Sousa dos Santos (fls. 126 e 127); 27.Recibo de pagamento das parcelas
supostamente recebidas do SD PM/19 Ronaldo Sousa dos Santos (fls. 128); 28.Cópias da
Carteira de Trabalho do SD PM/19 Ronaldo Sousa dos Santos (fls. 129 e 130); 29.Informe de
Rendimento Financeiros do SD PM 259/18 Walber Carvalho da Silva (fls. 132);
30.Comprovante de Cadastramento do SD PM 259/18 Walber Carvalho da Silva (fls. 133);
31.Cópias de consulta sobre Devolução de Valores do Auxílio Emergencial COVID-19 do SD
PM 259/18 Walber Carvalho da Silva (fls. 134 a 136); 32.Recibo de pagamento dos valores
supostamente recebidos do SD PM 259/18 Walber Carvalho da Silva (fls.137); 33.Declaração
de Imposto de Renda do SD PM/19 Valdinar da Silva Carvalho Júnior (fls. 139 e 140);
34.Boleto DARF do SD PM/19 Valdinar da Silva Carvalho Júnior (fls. 141); 35.Recibo de
pagamento dos valores supostamente recebidos do SD PM/19 Valdinar da Silva Carvalho
Júnior (fls. 142); 36.Cópias de consulta sobre Devolução de Valores do Auxílio Emergencial
COVID-19 do SD PM/19 Valdinar da Silva Carvalho Júnior (fls. 143); 37.Declaração de
Imposto de Renda do SD PM/19 Deusdete de Carvalho Florentino (fls. 145 a 147); 38.Cópias
de consulta sobre Disponibilização de Benefício do Auxílio Emergencial COVID-19 (fls. 148
a 151); 39.Print do aplicativo ―Caixa Tem‖ (fls. 152); 40.Print de Informe de Rendimentos do
SD PM/19 Deusdete de Carvalho Florentino (fls. 153); 41.Cópias de consulta sobre Devolução
de Valores do Auxílio Emergencial COVID-19 do SD PM/19 Deusdete de Carvalho
Florentino (fls. 154 e 155); 42.Print e extratos de informações de Rendimento da mãe do SD
PM/19 Deusdete de Carvalho Florentino que comprovam que ela é beneficiária do Programa
(fls. 156 a 162); 43.Cópia do Cadastro Único para programas sociais do Governo Federal o
qual mostra que o SD PM/19 Francisco Leonardo Barroso de Albuquerque era dependente de
sua ex-companheira e que indica a data da sua exclusão (05 de novembro de 2020) como
dependente (fls. 164 e 165);44.Cópia de Recibo de Entrega de Declaração de Imposto de
Renda do SD PM/19 Francisco Leonardo Barroso de Albuquerque (fls. 166 e 167); 45.Cópias
de consulta sobre Devolução de Valores do Auxílio Emergencial COVID-19 do SD PM/19
Francisco Leonardo Barroso de Albuquerque (fls. 168); 46.Boleto DARF do SD PM/19
Francisco Leonardo Barroso de Albuquerque (fls. 169); e 47.Recibo de pagamento das
parcelas supostamente recebidas do SD PM/19 Francisco Leonardo Barroso de Albuquerque
(fls. 170). III. PARTE EXPOSITIVA. Foi assegurado aos sindicados o direito ao contraditório
e à ampla defesa, conforme preconizado nas Instruções Gerais para a Elaboração de
Sindicância no Âmbito do Exército Brasileiro – EB-10-IG- 09.001. Como se sabe, diante das
adversidades causadas pelo Coronavírus, como o isolamento social, o Governo Federal editou
a Lei 13.982, de 02 de abril de 2020, e o Decreto 10.316, de 07 de abril de 2020, ambas, com o
objetivo principal de socorrer pessoas impossibilitadas de prover seu próprio sustento. Ocorre
que, a Polícia Militar do Maranhão, com o efetivo de mais de 11 mil homens da ativa, dentre
os quais contemplam policiais militares inclusos nas fileiras castrenses recentemente, formou
mais de 1.000 soldados nos anos de 2018, 2019 e 2020, os quais realizaram um grande sonho,
de fazer parte de um seleto grupo de agentes de Segurança Pública do Estado do Maranhão
para fazer frente ao combate à criminalidade, servindo a sociedade maranhense. Acontece que,
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 927 -

os sindicados, antes de serem nomeados Servidores Públicos do Estado do Maranhão, eram


assistidos por algum tipo de programa de assistência social ou eram dependentes de algum
ente que faziam ou faz parte, ou seja, eles trabalharam ou eram assistidos por algum tipo de
programa social (Cadastro Único e Bolsa Família) antes de incorporarem nas fileiras da
Instituição Polícia Militar do Maranhão, tendo como consequência disso um cruzamento de
seus dados nos sistemas governamentais e a inserção de seus nomes no ―Painel de Vínculos‖
expedido pelo Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (fls. 14 a 21). Com isso, antes de
trazer um julgado a respeito do caso em evidência, o qual é objeto desta sindicância,
primeiramente precisamos definir o que é crime, e, para isto, usamos o conceito trazido pela
Lei de Introdução ao Código Penal: Art. 1º. Considera-se crime a infração penal que a lei
comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou
cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina,
isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.
Também podemos entender como um Sistema Tripartide, o qual conceitua crime como fato
típico, antijurídico e culpável. Neste caso, na ausência de um desses elementos o fato não será
caracterizado como crime. Para tanto há de se fazer a seguinte análise. Aos militares em geral
(agentes públicos pela Lei e Decreto) não é possível se candidatar para receber o benefício
assistencial, que como regra, é para atender quem deixou de ter renda no período estabelecido.
Desta feita, em uma análise superficial, em tese, quem recebeu o auxílio emergencial pode ter
cometido o crime de estelionato com a causa de aumento de pena por ter sido o delito
cometido contra a entidade de direito público do Código Penal Comum, in verbis: Art. 171.
Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo
alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento‖. [...] § 3º. A
pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito
público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. Conforme se
verifica no tipo penal, o estelionato não exige qualquer especialidade, tanto do sujeito ativo,
quanto do passivo, de modo que qualquer pessoa poderá ser o autor do crime ou poderá figurar
como vítima, sendo necessária, para a sua configuração, a presença de três elementos: fraude,
vantagem ilícita e prejuízo alheio. Trata-se de crime doloso, que não admite a conduta culposa,
consistente na vontade livre e consciente do agente em induzir ou manter alguém em erro, com
a finalidade de obter indevida vantagem, para si ou para outrem, admitindo-se a tentativa, caso
o agente obtenha êxito ao induzir a vítima ao erro porém, quando da obtenção da vantagem
ilícita, referida vantagem não se consume por circunstâncias alheias à sua vontade. Pode-se
arguir se existe, ainda, o cometimento do crime de falsidade ideológica, mas esse
entendimento esbarra na Súmula 17 do STJ, ―Quando o falso se exaure no estelionato, sem
mais potencialidade lesiva, é por este absorvido‖. Através desta Súmula entende-se que o
crime meio, quando foi utilizado para chegar ao crime fim, é por este absorvido. Art. 299.
Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir
ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar
direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. Note-se que,
fazendo uma análise mesmo que perfunctória, constata-se que os policiais em questão, assim
que identificaram o recebimento dos valores de natureza ilegal, providenciaram a imediata
devolução de tais valores, conforme recibos anexados às fls. 106, 128, 137, 142 e 170, do
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 928 -

processo em destaque. Tal conduta reflete a clara postura dos policiais investigados, em
agirem sob o manto da boa-fé, mantendo-se em sintonia às normas e regulamentos de qualquer
cidadão, em especial, dos regramentos militares. Outro viés de pensamento é quando o militar
da ativa se cadastrou e não recebeu o Auxílio. Neste caso, tal ato incorre em transgressão
disciplinar, mas se se cadastrou e recebeu, estamos diante de um crime, o qual será apurado
através de Inquérito Policial, porém quem não se cadastrou e recebeu é salutar que restitua os
valores aos cofres públicos por não se enquadrarem nos pré-requisitos para a concessão do
benefício. Cabe ressaltar que, embora o militar não tenha feito nenhum ―movimento‖ para o
recebimento do Auxílio Emergencial, ou seja, apenas foi surpreendido com os valores em suas
contas, mas não devolveu, ainda sim pode incorrer em crime tipificado no Art. 169 do Código
Penal Comum: Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito
ou força da natureza. Pena de detenção, de um mês a um ano, ou multa. Novamente, apenas
quem não restituir, comete crime comum, em tese. Com a decisão de devolução de valores
recebidos ilegalmente, os policiais militares, além de afastar qualquer incidência da prática de
crime de Apropriação Indébita havida por erro, caso fortuito ou força da natureza (art. 169 do
CPB), agem com total sentimento de dever e com a observância dos preceitos da ética policial
militar, contidos nas normas do artigo 40, em especial, nos incisos II, IV, XI e XII e XVIII, do
Estatuto da Policia Militar do Maranhão, senão vejamos, in verbis: Art. 40 - O sentimento do
dever, a dignidade policial-militar e do decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes da
Polícia Militar, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com observância dos seguintes
preceitos da ética policial-militar: [...] IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as
instruções e as ordens das autoridades competentes; V - ser justo e imparcial no julgamento
dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados; VI - zelar pelo preparo próprio, moral,
intelectual, físico e, também, pelos subordinados, tendo em vista o cumprimento da missão
comum; [...] XI - cumprir seus deveres de cidadão; XII - proceder de maneira ilibada na vida
pública e particular; [...] XVIII - zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um dos seus
integrantes, obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos da ética policial-militar. (destaque
nosso) Afora isso, a postura acima, que representa ainda claro indicativo de probidade e
lealdade, enquadra-se nos preceitos contidos no artigo 43, inciso III do mesmo Estatuto em
epígrafe. Ficou comprovado ainda, que os sindicados já tinham cadastro antes de serem
Servidores Públicos do Estado do Maranhão, afastando assim, qualquer conduta de falsidade
ideológica ou mesmo de má-fé para captação de valores ilícitos, eximindo-os de qualquer
responsabilidade pela solicitação em comento, restando evidente a inexistência de nexo causal
entre a conduta dos policiais e o resultado, objeto de apuração, fato tal que homenageia o
Princípio da Individualização da Pena, sitiado no artigo 5º, inciso XLVI da Constituição
Federal de 1988, bem como o disposto no artigo 13 do Código Penal que assim dispõe: O
resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa.
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Importa
sublinhar que, tratando-se os investigados, de policiais militares, é necessário fazer a
subsunção dos fatos aqui elencado, ás normas e preceitos do Regulamento Disciplinar do
Exercito (RDE) que trata das transgressões militares com as devidas punições. Portanto, com
as balizas da boa-fé e probidade dos policiais investigados, bem como a falta de nexo causal
de suas condutas, não há falar em prática de transgressão militar, vez que o artigo 18 do
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 929 -

Decreto 4346/2002 (RDE) estabelece que: Art. 18. Haverá causa de justificação quando a
transgressão for cometida: [...] V - por motivo de força maior, plenamente comprovado; e
(destaque nosso). Deveras, poder-se-ia pensar, ante a subsunção fria dos presentes fatos à
norma, que em tese, os policiais aqui investigados poderiam ter praticado as transgressões
disciplinares de número 01; 34 e 101 do RDE. Acontece que, de acordo com o mandamento do
artigo 18 do Regulamento acima, tais transgressões ficam devidamente justificadas pela
comprovação do ―motivo de força maior‖. Desta feita, há que se ressaltar que a grande questão
em foco é a conduta praticada pelos sindicados, a intenção de tal ato, do recebimento indevido
do Auxílio Emergencial. Com isso, o elemento da culpa recai sobre aquele que tem
consciência da maneira de como se portar e discernimento suficiente para distinguir o certo do
errado, de modo que o Estado pode exigir desse policial que ele se comportasse de maneira
diversa, dentro do esperado para um bom convívio social. Sendo assim, os sindicados (SD
PM/19 Cleilson Silva Almeida [ID 870446], SD PM/19 Deusdete de Carvalho Florentino [ID
871837], SD PM/19 Francisco Leonardo Barroso de Albuquerque [ID 871874], SD PM/19
Ronaldo Sousa dos Santos [ID 869425], SD PM/19 Thyago Kayque Menezes de Sousa [ID
869445], SD PM/19 Valdinar da Silva Carvalho Júnior [ID 870454] e SD PM 259/18 Walber
Carvalho da Silva [ID 871617]), pelas análises dos seus depoimentos e peças anexas nos autos,
não fizeram nenhum procedimento de cadastro e nem tão pouco nenhum ―movimento‖ para
recebimento de forma voluntária e dolosa no sentido de usufruir do benefício assistencial do
Governo. Simplesmente receberam os valores de forma automática pelo simples fato de já
estarem cadastrados no banco de dados do Governo Federal antes de serem Servidores
Públicos do Estado do Maranhão ou serem dependentes de algum ente familiar que foi ou é
bolsista dos programas assistenciais, tendo como oitivas, que esboçam suas defesas, as
seguintes explanações proveridas pelo SD PM/19 Cleilson Silva Almeida quando disse ―QUE
antes de ser Policial Militar do Maranhão, fez parte do Programa Bolsa Família como
dependente de sua mãe, no entanto já foi excluído do procedimento por desligamento no dia
30 de setembro de 2019‖ (fls. 63); pelo SD PM/19 Thyago Kayque Menezes de Sousa quando
disse ―QUE antes de ser Policial Militar do Maranhão era dependente de sua ex-esposa no que
se refere ao Programa Bolsa Família, bem com seu filho que tem 2 anos, o qual nasceu em 01
de outubro de 2018‖ (fls. 65); pelo SD PM/19 Ronaldo Sousa dos Santos quando disse ―QUE
não solicitou nenhum benefício e que tal situação se deu por ter vínculo familiar com sua ex-
esposa, a qual é beneficiária do Programa; QUE a sua ex-esposa se cadastrou no Programa
Habitacional Minha Casa Minha Vida‖ (fls. 67); pelo SD PM 259/18 Walber Carvalho da
Silva quando disse ―QUE este cadastro foi realizado antes de ser Policial Militar do Estado do
Maranhão; QUE na ocasião este cadastro foi realizado por conta de uma exigência do Estado
do Piaui para lecionar na rede Estadual de Educação‖ (fls. 69); pelo SD PM/19 Valdinar da
Silva Carvalho Júnior quando disse ―QUE foram depositadas duas parcelas de R$ 600,00 cada
na conta da Caixa Econômica Federal; QUE já tinha conta na Caixa Econômica Federal desde
quando começou em Regime Celetista nos anos de 2016 e 2017; QUE não sacou as parcelas e
nem o banco fez a retiragem; QUE as parcelas caíram em sua conta da Caixa Econômica
Federal‖ (fls. 71); pelo SD PM/19 Deusdete de Carvalho Florentino quando disse ―QUE não
solicitou o Benefício, nem tão pouco recebeu; QUE sua mãe foi até a Caixa Econômica
Federal para retirar e constatar, por meio dos comprovantes que será anexado nos autos, que
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 930 -

nem ela e nem o sindicado sacou o dinheiro que consta nas denúncias‖ (fls.73) e pelo SD
PM/19 Francisco Leonardo Barroso de Albuquerque quando disse ―QUE antes de ser militar a
sua companheira recebia o Bolsa Família e era dependente dela‖ (fls. 75). E embora tenham
―recebidos‖ os valores, os sindicados, SD PM/19 Thyago Kayque Menezes de Sousa, SD
PM/19 Ronaldo Sousa dos Santos, SD PM 259/18 Walber Carvalho da Silva, SD PM/19
Valdinar da Silva Carvalho Júnior e SD PM/19 Francisco Leonardo Barroso de Albuquerque,
realizaram de imediato a sua devolução, constatando-se uma conduta de boa fé, tal como se
ver nos recibos de pagamentos os quais foram anexados nos autos (fls. 106, 128, 137, 142 e
170. Porém cabe ressaltar uma particularidade no que se refere ao SD PM/19 Cleilson Silva
Almeida que nem sequer teve valores recebidos em sua conta. Tal fato se mostra plausível no
Informe de Rendimentos Financeiros que há um total zero de rendimentos recebidos (fls. 78),
bem como uma regularidade na ficha do Diagnóstico Fiscal na Receita Federal e Procuradoria
Geral da Fazenda Nacional (fls. 89) e ―QUE alega não ter recebido nenhum rendimento do
Governo Federal referente ao Auxílio Emergencial como consta na Receita Federal, em
diagnóstico fiscal expedido pela Procuradoria Geral da Fazendo Nacional e também na
Declaração de Imposto de Renda do Exercício 2021 ano calendário 2020; QUE ao realizar a
Declaração de Imposto de Renda do Exercício 2021 ano calendário 2020, não houve nenhum
problema nos procedimentos, pois se constassem irregularidades, referente ao Auxílio
Emergencial, seria automaticamente gerado um DARF, como aconteceu em diversos casos,
cobrando o valor supostamente recebido; QUE ao consultar o Informe de Rendimentos
Financeiros referente ao Auxílio Emergencial e ao Auxílio Emergencial Residual, expedido
pelo Ministério da Cidadania, também foi constatado um total zero de rendimentos‖ (fls. 63).
Outro caso particular é do SD PM/19 Deusdete de Carvalho Florentino que também não
usufruiu de nenhum valor e ao consultar os rendimentos supostamente recebidos não foi
encontrada nenhuma informação sobre rendimentos do auxílio emergencial para o seu CPF
(fls. 152 e 154) e nem identificado nenhum pagamento por parte do Governo (fls. 153) e
―QUE não fez nenhum requerimento solicitando Auxílio e que a grande confusão se deu por
conta de que no passado era dependente de sua mãe; QUE ao realizar a Declaração de Imposto
de Renda do Exercício 2021, ano calendário 2020, houve total regularidade no processo; QUE
não solicitou o Benefício, nem tão pouco recebeu; QUE os valores debitados na conta da sua
mãe foram estornados automaticamente para os cofres da União; QUE declara que não tinha, e
nem sua mãe, conhecimento de nenhum benefício do Governo Federal em seu nome, QUE em
2019 foi nomeado na Polícia Militar do Maranhão e que após ser nomeado entrou em contato
com sua mãe para que podesse retirar o seu nome do Cadastro Único do Bolsa Família, QUE
os funcionários do CRAS informaram que como ela já tinha dado entrada na sua
aposentadoria, automaticamente o Cadastro Único do Bolsa Família seria cancelado; QUE
com o passar dos anos não tinha conhecimento que seu nome ainda estava ativo no Cadastro
Único do Bolsa Família; QUE só tomou conhecimento após a referida notificação da referida
sindicância‖ (fls. 73). Da análise de todas as peças que compõem a presente sindicância, restou
apurado que os sindicados não agiram de má fé no intuito de usufruir dos valores ―recebidos‖
do Auxílio Emergencial, mas sim entraram na lista do Governo, no Painel de Vínculos (fls.
14), pelo simples fato de fazerem parte de algum tipo de programa social (Cadastro Único e
Bolsa Família) ou serem dependentes de algum ente familiar antes de serem nomeados
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 931 -

Servidores Públicos do Estado do Maranhão, portanto não fizeram nenhum ―movimento‖ que
comprovasse uma conduta no sentido de se cadastrarem de forma voluntária com desejo de se
beneficiar de forma direta de tal benefício (Auxílio Emergencial). Logo, não se vislumbra, no
presente caso, qualquer tipo de punição, seja ela disciplinar, penal ou cível, considerando a
postura de total boa-fé dos investigados, circunscrita na devolução dos valores recebidos
erroneamente, bem como na clara falta de nexo causal entre suas condutas e o resultado em
análise, exaltando ainda o Principio da individualização da pena, de status constitucional. IV.
PARTE CONCLUSIVA. Em face do exposto e que dos autos consta e conforme análise
realizada na parte expositiva, verifica-se que o fato do suposto recebimento indevido do
Auxílio Emergencial do Governo Federal por parte dos Policiais Militares lotados no 16ºBPM,
objeto da presente sindicância não se acerca de indícios de crime ou transgressão disciplinar,
posto que não agiram de forma dolosa em se cadastrarem para recebimento de benefício e já
devolveram de imediato, quando da ciência do fato gerador, os valores que constaram em suas
contas. Em consequência, considerando a falta de justa causa para seu prosseguimento, sou de
parecer que os presentes autos sejam arquivados com a observância de todos os efeitos legais
de seu estancamento. Chapadinha/MA, 05 de maio de 2021. 1º TEN QOPM José Almir Araújo
Neto – Sindicante. TERMO DE ENCERRAMENTO DE SINDICÂNCIA. Aos cinco dias do
mês de maio de dois mil e vinte e um, nesta cidade de Chapadinha, no quartel do 16º BPM,
encerro os trabalhos à presente sindicância, do que, para constar, lavrei o presente termo. 1º
TEN QOPM José Almir Araújo Neto – Sindicante. Chapadinha/MA, 05 de maio de 2021.
Ofício nº 09/2021 – SIND. - 026/2021 - DP/3. Do: 1º TEN QOPM Araújo – Sindicante. Ao:
TEN CEL Nelson Pereira Santos Júnior – CMT do 16º BPM . Assunto: Remessa de
Sindicância. Anexo: 01 (uma) via física e original dos autos da Sindicância nº 026/2021 - DP/3
com 188 folhas e 01 (um) CD-ROM (contendo 01 (um) Relatório). Senhor Comandante,
Remeto-vos os autos da sindicância instaurada por intermédio da Portaria de Instauração nº
026/2021 - DP/3 de 10 de fevereiro de 2021 para as providências cabíveis. Respeitosamente,
1º TEN QOPM José Almir Araújo Neto – Sindicante.

SOLUÇÃO DA SINDICÂNCIA Nº 026/2021-DP/3, DE 10 DE FEVEREIRO DE 2021.

Trata-se de processo administrativo que teve como Sindicante o 1º Ten


QOPM José Almir Araújo Neto, matrícula nº 2447522, ID nº 838213, do 16º BPM, cuja
portaria inaugural foi instaurada nos termos do art. 4°, inciso I, do EB10-IG-09.001, adotado
na PMMA, em conformidade com o art. 166 da lei nº 6.513/1995, c/c o inciso I, art. 1º da
Portaria nº 055/2009-GCG, de 01 de outubro de 2009, para apurar, em tese, o suposto
recebimento indevido do Auxílio Emergencial do Governo Federal por parte de policiais
militares, o Sd PM /19 Cleilson Silva Almeida, ID 870446; Sd PM/19 Deusdete de Carvalho
Florentino, ID 871837; Sd PM /19 Francisco Leonardo Barroso de Albuquerque, ID 871874,
Sd PM /19 Ronaldo Sousa dos Santos, ID 869425; Sd PM/19 Thyago Kayque Menezes de
Sousa, ID 869445; Sd PM/19 Valdinar da Silva Carvalho Júnior, ID 870454 e o Sd PM 259/18
Walber Carvalho da Silva, ID 871617 do 16º BPM (Chapadinha).
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 932 -

O Oficial encarregado analisou todas as peças que compõem a presente


Sindicância dos referidos policiais supracitados, que em tese, estariam supostamente
recebendo valores do Auxílio Emergencial do Governo Federal. Portanto foi analisado cada
caso:
Sendo assim, os Sindicados arrolados, pelas análises dos seus depoimentos
e peças anexas nos autos, não fizeram nenhum procedimento de cadastro e nem tão pouco
nenhum ―movimento‖ para o recebimento de forma voluntário e doloso no sentido de usufruir
do benefício assistencial do Governo. No entanto, os Sindicados receberam os valores de
forma automática pelo simples fato de já estarem cadastrados no banco de dados do Governo
Federal antes de pertencerem à Polícia Militar do Maranhão ou serem dependentes de algum
ente familiar que foi bolsista dos programas assistenciais.
O SD PM Almeida em seu depoimento afirma que antes de ser policial
militar, fez parte do Programa Bolsa Família como dependente de sua mãe, no entanto, alega
que já tinha sido excluído do procedimento por desligamento no dia 30 de setembro de 2019,
fls.63.
Já o Sd PM Thyago declara que antes de ser policial era dependente de sua
ex-esposa, no que se refere ao Programa Bolsa Família, bem como seu filho que tem 2 anos, o
qual nasceu em 01 de outubro de 2018, fls.65.
Ressalta o Sd PM Sousa Santos que não solicitou nenhum benefício e que
tal situação se deu por ter vínculo familiar com a sua ex-esposa, a qual é beneficiária do
Programa, o mesmo relatou que a sua ex-esposa se cadastrou no Programa Habitacional Minha
Casa Minha Vida, fl.67.
Relatou o Sd PM Walber que o seu cadastro foi feito antes de ingressar na
Polícia Militar do Maranhão, que na ocasião o cadastro foi realizado por conta de uma
exigência do Estado do Piauí para lecionar na rede Estadual de Educação, fl.69.
O Sd PM Valdinar informou que foram depositadas duas parcelas de R$
600,00 (seiscentos reais) na conta da Caixa Econômica Federal, pois o mesmo já tinha conta
na Caixa Econômica Federal desde quando começou em Regime Celetista nos anos de 2016 e
2017, que não sacou as parcelas e nem o banco fez a retirada, fl.71.
No entanto, o Sd PM Deusdete declara que não solicitou o Benefício, nem
tão pouco recebeu, que a sua mãe foi até a Caixa Econômica Federal para retirar e constatar,
por meio de comprovante que será anexado nos autos, portanto afirma que nem a mãe e nem o
Sindicado sacou o dinheiro que consta nas denúncias, conforme fl.73.
Por conseguinte, o Sd PM Barroso declarou que antes de ser policial
militar a sua companheira recebia o Bolsa Família e era dependente dela, fl.75.
Desta feita, embora os policiais militares o Sd PM Thyago, Sd PM Sousa
Santos, Sd PM Walber e o Sd PM Valdinar, tenham recebidos os valores, os Sindicados
realizaram de imediato a devolução dos valores, constatando-se uma conduta de boa fé, tal que
os comprovantes de pagamentos estão apensos nos autos, fls. 106, 128, 137,142 e 170.
Acontece que, os Sindicados, antes de serem nomeados Servidores
Públicos do Estado do Maranhão, eram assistidos por algum tipo de programa de assistência
social ou eram dependentes de algum ente que faziam ou faz parte, ou seja, eles trabalharam
ou eram assistidos por algum tipo de programa social (Cadastro único e Bolsa Família) antes
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 933 -

de incorporarem nas fileiras da Instituição Policia Militar do Estado Maranhão, tendo como
consequência, um cruzamento de dados nos sistemas governamentais e a inserção de seus
nomes no ―Painel de Vínculos‖ expedido pelo Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, fls.
14 a 21.
Destarte, não se vislumbra, no presente caso, qualquer tipo de punição,
seja ela disciplinar, penal ou civil, considerando a postura de total boa fé dos investigados,
circunscrita na devolução dos valores recebidos erroneamente, bem como, na clara falta de
nexo causal entre suas condutas e o resultado em análise, exaltando ainda o Princípio da
individualização da pena, de status constitucional.
Sendo assim, conforme análise na parte expositiva, verifica-se que o fato
do suposto recebimento indevido do Auxílio Emergencial do Governo Federal por parte dos
policiais militares lotados no 16º BPM, objeto da presente sindicância não se acerca de
indícios de crime ou transgressão disciplinar, posto que não agiram de forma dolosa em se
cadastrarem para recebimento do benefício e já devolveram de imediato, quando da ciência do
fato gerador, os valores que constaram em suas contas.
Em consequência, o Oficial encarregado da Sindicância sugeriu, salvo
melhor juízo, em seu parecer, que os presentes autos sejam arquivados.
Acerca dos aspectos formais do processo administrativo, esse se
desenvolveu em observância aos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido
processo legal. Foi oportunizado ao Sindicado o direito de apresentar defesa prévia, alegações
finais, de participação nos atos instrutórios e de constituir defensor particular, assim como,
cumpridos todos os prazos procedimentais aplicáveis à espécie.

Face ao acima exposto e o que dos autos consta, RESOLVO:

a)Concordar com o parecer do Oficial encarregado;


b)Arquivar a Sindicância, por entender que não há um conjunto
indiciário mínimo que indique a presença de quaisquer ilícitos penais ou administrativos na
conduta dos Sindicados;
c)Determinar a Diretoria de Pessoal (DP/3), que notifique os Sindicados
do teor desta decisão;
d)Publicar em Boletim Geral, o Relatório e esta Solução de Sindicância;
e)Arquivar uma via dos presentes autos de Sindicância na Diretoria de
Pessoal (DP/3), para fins de controle.
Quartel do Comando Geral em São Luís-MA, 01 de agosto de 2021. Cel
QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis - Comandante Geral da PMMA.NOTA Nº
20211215151052 - DP/3

(2) PORTARIA Nº 023/2021-DP/3, de 10/02/2021

(a) RELATÓRIO. 1. INTRODUÇÃO. A presente Sindicância foi


instaurada por determinação do Cel. QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis – Comandante
Geral da PMMA, através Portaria n° 23/2021 – DP/3, de 10 de fevereiro de 2021, para apurar
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 934 -

o suposto recebimento indevido do Auxílio Emergencial do Governo Federal por parte do Sd


PM 387/18 Rafael Monteiro de Oliveira, lotado do 10º Batalhão da Polícia Militar do
Maranhão. 2. DILIGÊNCIAS REALIZADAS. As diligências realizadas almejaram coletar as
informações pertinentes ao fato, para corroborar ou refutar a tese de recebimento indevido de
recursos provenientes do Governo Federal, por parte do policial citado, e direcionados a
pessoas que passavam por dificuldades em razão da Pandemia de Covid-19. Para tanto, foram
exarados os despachos que seguem: 1.Oficiar ao Comandante da 2ª CP informando a abertura
do processo administrativo em desfavor do Sd PM 387/18 Rafael Monteiro de Oliveira,
instaurado pela Portaria 023/2021- DP/3, solicitando a apresentação do policial; 2.Oficiar ao
Chefe do P/1 do 10º BPM solicitando ficha individual e histórico Policial Militar do Sd PM
387/18 Rafael Monteiro de Oliveira; 3.Oficiar o Gerente da Caixa Econômica Federal
solicitando informações sobre existência de cadastro em nome do sindicado; O processo
administrativo de sindicância foi iniciado apenas no dia 05 de abril de 2021 devido a
suspensão dos prazos administrativos de que trata o decreto do Governo do Estado n° 36.531
de 03 de março de 2021 assim como o Decreto n° 36.630 de 26 de março de 2021 que
suspendeu os prazos para os processos administrativos do dia 05 de março de 2021 a 04 de
abril de 2021. Foram juntados aos autos, com intuito de fundamentar e auxiliar na formação de
juízo do sindicante, os seguintes documentos: 1.Ficha Individual e Histórico Policial do
militar; 2.Comprovante de Cadastramento CADÚNICO em nome de Maria Monteiro
Mercedes; 3.Comprovante de Pagamento de DARF em nome de Rafael Monteiro Oliveira;
4.Dados do site do Governo Federal Consulta Auxílio, referente a busca relacionada ao nome
do policial sindicado. 3. PARTE EXPOSITIVA. O Auxílio Emergencial é um benefício
financeiro concedido pelo Governo Federal e tem por objetivo fornecer proteção emergencial
no enfrentamento à crise causada pela pandemia do Coronavírus - COVID 19, em
conformidade com a Lei nº 13.982, de 2 de abril de 2020. Com base nessa premissa o presente
procedimento administrativo buscou por meio da documentação anexa aos autos identificar a
prática de ação que incorresse em transgressão de normas e regimentos militares, aos quais a
Polícia Militar do Maranhão está submetida, bem como em crimes previstos no Código Penal
Militar (CPPM). O processo foi instruído pelos documentos anexos a portaria de instauração,
pelo interrogatório do Policial Militar Sindicado (fls.27e 28) e pelo levantamento de
informações realizado junto ao site do Governo Federal, onde constam dados cadastrais do
policial. É importante destacar que fora oficiada a agência da Caixa Econômica Federal na
cidade de Pinheiro, a fim de que fossem repassados dados de solicitação de auxílio motivada
por parte do policial militar, contudo, até a finalização deste procedimento não houve resposta
por parte da instituição. Em razão disso, esta parecerista buscou o sítio do governo de consulta
a auxílio (https://consultaauxilio.cidadania.gov.br/consulta/). Em seu termo o Sd PM 387/18
Rafael Monteiro de Oliveira afirmou ter recebido o valor de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos
reais) em sua conta, referente a duas parcelas do auxílio emergencial, sem ter feito solicitação
do mesmo. ―QUE recebeu duas parcelas do Auxílio Emergencial do Governo Federal referente
a pandemia de COVID-19, totalizando R$ 1200,00 (mil e duzentos reais), QUE o mesmo não
solicitou em nenhum momento este valor, QUE ao abrir o seu aplicativo do Banco do Brasil
verificou que havia uma variação de conta diferente da utilizada habitualmente, que é a
variação 51, referente a sua poupança. QUE nessa nova variação estava depositado o valor do
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 935 -

auxílio emergencial de R$ 1200,00 (mil e duzentos reais).‖ (fls.27) O policial cita em seu
termo que antes de ingressar na Polícia Militar participou de Programas Sociais, como Bolsa
Escola, tendo sempre sido inscrito por sua mãe. Destacou que sua genitora ainda faz parte do
CADÚNICO, juntamente com os demais membros da sua família elegíveis a programas
sociais, fato corroborado por meio do documento apresentado pelo sindicado, onde constam
nome de sua mãe e demais familiares, dela dependentes. (fls. 46) O sindicado informou que
realizou a devolução do valor em questão de forma integral por meio de DARF cujo recibo
está datado de 11/03/2021. Relatou ainda que a devolução ser feita nessa data foi utilizar os
serviços do contador no momento da Declaração do Imposto de Renda. Ao ser questionado
sobre quando tomou de ciência dos depósitos do auxílio em sua conta, disse não recordar
quando identificou estes. Assim, como negou ter realizado ou atualizado cadastros em
programas sociais no ano de 2020. (fls.27) A fim de confrontar as informações apresentadas
pelo sindicado fora solicitada documentação à Caixa Econômica, contudo a mesma não
respondeu a solicitação. Desse modo foi feito levantamento por meio do sítio
https://consultaauxilio.cidadania.gov.br/consulta/, onde foi obtido um registro de cadastro em
que o sindicado é dependente da sua genitora, o que de certa forma corrobora o seu relato de
que era dependente de sua mãe em cadastro de programas sociais em anos passados. No
cadastro em questão há após o pagamento da segunda parcela de auxílio o cancelamento do
processo, sem que tenha havido nova solicitação ou pedido de revisão de suspensão. Ao que
parece o próprio sistema identificou os parâmetros que desqualificavam o sindicado como
elegível ao benefício, sendo, portanto, sustado. O questionamento vigente nesse caso, ao ver
deste parecerista, recai sobre: ―teria o policial motivado o Estado a conceder-lhe benefício,
mesmo sem atender requisito, de forma premeditada, com intenção de obter vantagem?‖. O
Governo exarou a Portaria nº 351, de 7 de abril de 2020, nela estão descritos os requisitos para
seleção de pessoas previamente cadastradas para recebimento de valores, e, como o sindicado
constava como membro de núcleo familiar cadastrado, pode ser que esse fato tenha levado o
mesmo a receber valores indevidos. Diante dos fatos, do relato do policial, do levantamento
documental, não há como imputar uma reprovação a conduta do agente, pois para isso seria
indispensável um conjunto probatório denso, que não deixasse dúvidas quanto a pratica do ato
e do dolo do agente público na solicitação do benefício, não sendo possível caracterizar o fato
enquanto crime ou transgressão. 4. PARTE CONCLUSIVA. Em face do exposto e que dos
autos consta, acredita-se que não há como culpabilizar o policial militar, Rafael Monteiro de
Oliveira, por cometimento de transgressão ou crime de natureza militar ou civil, posto que não
há como comprovar o ato, intenção de obter vantagem por meio de cadastramento ou
falseamento de informações com objetivo de obter vantagem. Caso houvesse o dolo em obter
vantagem indevida, o policial incorreria em pratica de estelionato. Contudo, pela analise
realizada não houve como identificar a existência de um novo cadastro ou que cadastro já
existente tenha sido atualizado por ele para obter vantagem. Cabe ainda informar, de acordo
com a Portaria nº 351, de 7 de abril de 2020, aquele que realizara devolução integral dos
valores não sofrerá responsabilização. Dito isto, salvo melhor juízo, sou de parecer que os
presentes autos sejam arquivados. Quartel do 10º BPM, em Pinheiro – MA, 03 de maio de
2021. 2º Ten QOPM Ana Caroline Silva Sardinha - Sindicante
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 936 -

SOLUÇÃO DA SINDICÂNCIA Nº 023/2021-DP/3, DE 10 DE FEVEREIRO DE 2021.

Trata-se de processo administrativo que teve como Sindicante o 2º Ten


QOPM Ana Caroline Silva Sardinha, matrícula nº 261732, ID nº 00855820, do 10º BPM, cuja
portaria inaugural foi instaurada nos termos do art. 4°, inciso I, do EB10-IG-09.001, adotado
na PMMA, em conformidade com o art. 166 da lei nº 6.513/1995, c/c o inciso I, art. 1º da
Portaria nº 055/2009-GCG, de 01 de outubro de 2009, para apurar, em tese, o suposto
recebimento indevido do auxílio Emergencial do Governo Federal por parte do policial militar,
o SD PM 387/18 Rafael Monteiro de Oliveira.
Em relatório, conforme fl. 52, o Oficial encarregado da Sindicância
constatou que houve o depósito de duas parcelas do Auxílio Emergencial do Governo Federal,
totalizando R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) para o Sindicado, sendo que as referidas
parcelas foram creditadas na sua conta do Banco do Brasil.
Em seu depoimento (fl.27), o Sindicado afirma ter recebido o auxílio, mas
que não solicitou em nenhum momento o valor citado, e não fez o cadastro único ou atualizou
no ano de 2020. Vale ressaltar, que foi realizado levantamento de informações junto ao site do
Governo Federal, onde constam dados cadastrais do policial. É importante frisar, que a agência
da Caixa Econômica da Cidade de Pinheiro foi oficiada, a fim de que fossem repassados dados
de solicitação de auxílio motivada pelo referido policial militar, contudo, até a finalização
deste processo, não houve resposta por parte da instituição.
Segundo a sindicante, no seu relatório, aduz que o policial antes de
ingressar na Policia Militar do Maranhão participou de Programas Sociais, como Bolsa Escola,
tendo sempre sido inscrito por sua mãe. Destacou ainda, que a sua genitora ainda faz parte do
CADÚNICO, juntamente com os demais membros da sua família elegíveis a programa sociais,
fato corroborado por meio documento em apenso apresentado pelo Sindicado, onde consta
nome de sua mãe e demais familiares, dela dependentes, conforme fl.46.
Observa-se que o sindicado realizou a devolução do valor em questão de
forma integral por meio de DARF cujo recibo está datado de 11/03/2021, conforme preconiza
a Portaria nº 351 de 07 de abril de 2020, do Governo Federal e a Decisão Normativa do
TCE/MA nº 37, datado de 29 de julho de 2020 que trata― Recomenda aos fiscalizados
estaduais e municipais a aplicação imediata das determinações previstas na Nota Técnica
Conjunta nº 1361/2010/CGU-MA/TCE-MA, que trata da devolução de valores indevidamente
recebidos por servidores ativos, inativos e pensionistas, estaduais e municipais, a titulo de
auxilio Emergencial, auxílio financeiro criado pelo Governo Federal para enfrentamento da
crise econômica causada pela pandemia do Coronavirus – Covid – 19‖. Por sua vez, o Oficial
encarregado da Sindicância sugeriu, em seu parecer, que os autos sejam arquivados, por
entender que o fato denunciado não se acerca de indícios de crime e nem de transgressão
disciplinar, por achar que não há como imputar uma reprovação a conduta do agente, pois para
isso seria indispensável um conjunto probatório denso.
Acerca dos aspectos formais do processo administrativo, esse se
desenvolveu em observância aos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido
processo legal. Foi oportunizado ao Sindicado o direito de apresentar defesa prévia, alegações
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 937 -

finais, de participação nos atos instrutórios e de constituir defensor particular, assim como,
cumpridos todos os prazos procedimentais aplicáveis à espécie.

Face ao acima exposto e o que dos autos consta, RESOLVO:

a)Concordar com o parecer do Oficial encarregado;


b)Arquivar a Sindicância, por entender que não há um conjunto
indiciário mínimo que indique a presença de quaisquer ilícitos penais ou administrativos na
conduta do Sindicado;
c)Determinar a Diretoria de Pessoal (DP/3), que notifique os Sindicados
do teor desta decisão;
d)Publicar em Boletim Geral, o Relatório e esta Solução de Sindicância;
e)Arquivar uma via dos presentes autos de Sindicância na Diretoria de
Pessoal (DP/3), para fins de controle.
Quartel do Comando Geral em São Luís-MA, 18 de agosto de 2021. Cel
QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis - Comandante Geral da PMMA. NOTA Nº
20211215153234 - DP/3

b) Transcrição de Relatório e Solução em IPM

(1) PORTARIA Nº 081/2020-DP/3, de 01/12/2020

(a) RELATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL MILITAR Nº 81/2020


– DP/3. I – OBJETIVO. O presente Inquérito Policial Militar foi instaurado por determinação
do Ilmo. Sr. Cel. QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis, Comandante Geral da PMMA,
através da Portaria de Instauração e Delegação nº 081/2020 – DP/3, de 01/12/2020, a fim de
apurar os fatos, que em tese, quando de serviço na Cidade de São Luís – MA, no dia 02 de
julho de 2018, por volta das 10h40min os policiais militares 1° SGT PM n° 117/88 Samarone
Holanda Cantuário Assunção, Matrícula n° 82735, ID n° 411884, e CB PM n° 421/07 Paulo
César de Lima Araújo, Matrícula n° 1692235, ID n° 417437, teriam agredido fisicamente o
adolescente Wesley Ferreira Gomes que culminaram em lesões corporais, incorrendo, em tese,
no crime capitulado no Art. 129 do Código de Penal, conforme Autos do Processo nº 12797-
25.2018.8.10.0001 (134742018) da 9° Vara Criminal, encaminhado por intermédio da
Auditoria da Justiça Militar, tendo como objeto o fato acima descrito. II - DILIGÊNCIAS
REALIZADAS E RESULTADOS OBTIDOS. Com o escopo de reunir elementos probatórios
que pudessem esclarecer o fato objeto do presente Inquérito Policial Militar este encarregado
houve por bem diligenciar conforme despachos de fls. 139 a 188 tendo sido procedidas as
seguintes diligências: 1. a) Ofício nº 001/2020 – IPM. Oficiar o Cel. QOPM Diretor de
Pessoal, informando sobre a abertura do presente procedimento e em sintonia com o artigo 5º
da CRFB/88, o 1° SGT PM n° 635/92 Francisco de Jesus Santos Silva, foi designado para
servir como Escrivão do presente Inquérito Policial Militar; b) Ofício nº 002/2020 – IPM.
Oficiar o Sr. Maj. QOPM Eduardo José Guimaraes Machado Albuquerque, Comandante do 6°
BPM, comunicando-lhe os fatos que estão sendo apurados em desfavor do 1° SGT PM n°
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 938 -

117/88 Samarone Holanda Cantuário Assunção, Matrícula n° 82735, ID n° 411884 e CB PM


n° 421/07 Paulo César de Lima Araújo, Matrícula n° 1692235, ID n° 417437, seus
comandados, solicitando-lhe Cópias do histórico policial e Assentamentos do militar
envolvido e Cópia da escala de serviço do dia 02/julho/2018; c) Ofício nº 003/2020 – IPM.
Oficiar o Sr. Maj QOPM Adonias Everton Dias Filho, Comandante da 4ª Cia Ind,
comunicando-lhe os fatos que estão sendo apurados em desfavor do CB PM n° 421/07 Paulo
Cesar de Lima Araújo, Matrícula n° 1692235, ID n° 417437, seu comandado.; d) Ofício nº
004/2020 – IPM. Oficiar o Sr. Wesley Ferreira Gomes para que o mesmo seja ouvido na
condição de vítima, no dia 06/01/2021 às 09h00, na sede da 4ª Companhia Independente,
localizado na Rua 16, Travessa P, s/n°, Cidade Olímpica, São Luís- MA; e) Ofício nº 005/2020
– IPM. Oficiar a Sra. Maria Ribamar Carneiro Serra para que o mesmo seja ouvido na
condição de vítima, no dia 06/01/2021 às 10h00, na sede da 4ª Companhia Independente,
localizado na Rua 16, Travessa P, s/n°, Cidade Olímpica, São Luís- MA; f) Ofício nº 006/2020
– IPM. Oficiar o Cel. QOPM Diretor de Pessoal da PMMA, solicitando-lhe a apresentação do
1° SGT PM n° 117/88 Samarone Holanda Cantuário Assunção, para que tome ciência da data
de sua inquirição; g) Ofício nº 007/2020 – IPM. Oficiar o Maj. QOPM Comandante da 4ª Cia
Ind, solicitando-lhe a apresentação do CB PM n° 421/07 Paulo César de Lima Araújo, para
que tome ciência da data de sua inquirição; h) Ofício nº 008/2020 – IPM. Oficiar o Maj.
QOPM Comandante do 6° BPM, solicitando-lhe cópia integral do livro do CPU do 6° BPM
referente ao dia da ocorrência; i) Ofício nº 009/2020 – IPM. Oficiar o Sr. Wesley Ferreira
Gomes para que o mesmo seja ouvido na condição de vítima, no dia 26/01/2021 às 09h00, na
sede da 4ª Companhia Independente, localizado na Rua 16, Travessa P, s/n°, Cidade Olímpica,
São Luís- MA; j) Ofício nº 010/2020 – IPM. Oficiar a Sra. Maria Ribamar Carneiro Serra para
que o mesmo seja ouvido na condição de testemunha, no dia 06/01/2021 às 14h00, na sede da
4ª Companhia Independente, localizado na Rua 16, Travessa P, s/n°, Cidade Olímpica, São
Luís- MA; k) Ofício nº 011/2020 – IPM. Oficiar o Cel. QOPM Diretor de Pessoal da PMMA,
enviando remessa de IPM; Este Encarregado juntou aos autos do presente Inquérito Policial
Militar, os documentos que iniciaram tal procedimento, conforme juntadas de fls. 06 a 138: a)
Ofício n° 1233/2020 – CPM – Seç. Adm. de 16/12/2020; b) Ofício n° 853/2020 – DP/3 –
Just/IPM de 10/12/2020; c) Portaria n° 081/2020 – DP/3 de 01/12/2020; d) Ofício n°
1057/2020 – JME/MA de 19/11/2020. e) Processo n° 12797-25.2018.8.10.0001 (134742018)
contendo 127 folhas enumeradas e rubricadas. f) Termo de Inquirição do 1° SGT PM n°
117/88 Samarone Holanda Cantuário Assunção g) Termo de Inquirição do CB PM n° 421/07
Paulo César de Lima Araújo h) Escala de serviço 02 de julho de 2018 dia da ocorrência i)
Histórico Policial e Assentamento Militar do 1° SGT PM n° 117/88 Samarone Holanda
Cantuário Assunção, Matrícula n° 82735, ID n° 411884; j) Histórico Policial Militar e
Assentamento Militar do CB PM n° 421/07 Paulo César de Lima Araújo, Matrícula n°
1692235, ID n° 417437; l) Cópia do livro do CPU do dia 02 de julho de 2018. O Inquérito
Policial Militar conforme prescreve o Art. 9° do Decreto-Lei n° 1.002, de 21 de outubro de
1969, in verbis: Art. 9º. O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos
termos legais, configure crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória,
cuja finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal.
(grifo nosso) Incide na apuração sumária dos fatos que ensejaram a sua instauração e possui
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 939 -

natureza provisória, pois como bem narrado, tem o objetivo de formar elementos para dar
pulso a ação penal. O Inquérito Policial Militar deverá ser iniciado de ofício pela autoridade
com circunscrição onde o fato tenha ocorrido, desde que observada a hierarquia do infrator,
conforme prescreve o Art. 10 do Código de Processo Penal, in verbis: Art. 10. O inquérito é
iniciado mediante portaria: a) de ofício, pela autoridade militar em cujo âmbito de jurisdição
ou comando haja ocorrido a infração penal, atendida a hierarquia do infrator; (grifo nosso)
Caso o escrivão não tenha sido designado através de portaria, o encarregado deverá fazer
constar conforme os Art. 11 do CPPM, devendo recair sobre um sargento, sendo que este
deverá prestar compromisso. Art. 11. A designação de escrivão para o inquérito caberá ao
respectivo encarregado, se não tiver sido feita pela autoridade que lhe deu delegação para
aquele fim, recaindo em segundo ou primeiro-tenente, se o indiciado for oficial, e em sargento,
subtenente ou suboficial, nos demais casos. Parágrafo único. O escrivão prestará compromisso
de manter o sigilo do inquérito e de cumprir fielmente as determinações deste Código, no
exercício da função. (grifo nosso) As primeiras providências a serem tomadas pelo
Encarregado, deverão ser, ouvir as testemunhas, ofendido, caso exista, e o indiciado,
preferencialmente por último, para desta forma, juntar as provas testemunhais necessárias,
neste sentido: Art. 13. O encarregado do inquérito deverá, para a formação deste: a) tomar as
medidas previstas no art. 12, se ainda não o tiverem sido; [...] c) ouvir o indiciado; d) ouvir
testemunhas; (grifo nosso) A princípio, a natureza do Inquérito é sigilosa, mas caso o
advogado do indiciado solicite acesso aos autos, não deverá ser negado, desta forma: Art. 16.
O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dele tome conhecimento o
advogado do indiciado. (grifo nosso) As inquirições das testemunhas e do indiciado não
deverão ultrapassar o período de quatro horas, também, deverá ser observado que os mesmos
devem ser ouvidos durante o dia, conforme prescreve o art. 19 do CPPM, in verbis: Art. 19. As
testemunhas e o indiciado, exceto caso de urgência inadiável, que constará da respectiva
assentada, devem ser ouvidos durante o dia, em período que medeie entre as sete e as dezoito
horas. [...] §2º. A testemunha não será inquirida por mais de quatro horas consecutivas, sendo-
lhe facultado o descanso de meia hora, sempre que tiver de prestar declarações além daquele
termo. O depoimento que não ficar concluído às dezoito horas será encerrado, para prosseguir
no dia seguinte, em hora determinada pelo encarregado do inquérito. (grifo nosso) Os prazos
deverão ser fielmente observados, sendo que para indiciados presos, deverá ser concluído
dentro de vinte dias, porém, para indiciados soltos, o prazo deverá ser de quarenta dias,
podendo este prazo ser prorrogado por mais vinte dias, mediante motivação do encarregado, à
autoridade delegante: Art. 20. O inquérito deverá terminar dentro em vinte dias, se o indiciado
estiver preso, contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão; ou no
prazo de quarenta dias, quando o indiciado estiver solto, contados a partir da data em que se
instaurar o inquérito. §1º. Este último prazo poderá ser prorrogado por mais vinte dias pela
autoridade militar superior, desde que não estejam concluídos exames ou perícias já iniciados,
ou haja necessidade de diligência, indispensáveis à elucidação do fato. O pedido de
prorrogação deve ser feito em tempo oportuno, de modo a ser atendido antes da terminação do
prazo. (grifo nosso) As peças deverão ser reunidas em um só ―volume‖ e por ordem
cronológica, sendo estas rubricadas pelo escrivão do mesmo: Art. 21. Todas as peças do
inquérito serão, por ordem cronológica, reunidas num só processado e datilografadas, em
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espaço dois, com as folhas numeradas e rubricadas, pelo escrivão. Parágrafo único. De cada
documento junto, a que precederá despacho do encarregado do inquérito, o escrivão lavrará o
respectivo termo, mencionando a data. (grifo nosso) Ao final do Inquérito Policial Militar
deverá ser realizado um Relatório, o qual deverá ser redigido em três partes, sendo a primeira
destinada ao objetivo, a segunda às diligências realizadas e resultados obtidos, e por fim, a
terceira destinada à conclusão do Encarregado, observando as minucias do fato, onde o
encarregado deverá constar as diligências realizadas, as oitivas feitas, manifestando-se,
justificadamente, pela prisão ou não do indiciado. Art. 22. O inquérito será encerrado com
minucioso relatório, em que o seu encarregado mencionará as diligências feitas, as pessoas
ouvidas e os resultados obtidos, com indicação do dia, hora e lugar onde ocorreu o fato
delituoso. Em conclusão, dirá se há infração disciplinar a punir ou indício de crime,
pronunciando-se, neste último caso, justificadamente, sobre a conveniência da prisão
preventiva do indiciado, nos termos legais. § 1º No caso de ter sido delegada a atribuição para
a abertura do inquérito, o seu encarregado enviá-lo-á à autoridade de que recebeu a delegação,
para que lhe homologue ou não a solução, aplique penalidade, no caso de ter sido apurada
infração disciplinar, ou determine novas diligências, se as julgar necessárias. (grifo nosso) A
Portaria nº 055/2009 – GCG, de 07 de outubro de 2009, à qual dispões sobre as Instruções
Complementares sobre Inquérito Policial Militar e Sindicâncias no âmbito da Polícia Militar
do Maranhão, versa, in verbis, que: Art. 1º. São autoridades competentes no âmbito da Polícia
Militar do Maranhão, para determinar a instauração de Sindicância e Inquérito Policial Militar:
[...] IX – Comandantes de Batalhões, Comandantes de Companhias Independentes e
Comandante da Companhia de Comando Geral; [...] Art. 3º. Quando da instauração de
Inquérito Policial Militar, a autoridade delegante, além da imediata remessa da Portaria de
Instauração à Diretoria de Pessoal, deverá também, ao final do procedimento, encaminhar
original integral dos autos à Diretoria de Pessoal em 02 (duas) vias, acompanhada de CD-
ROM contendo o Relatório e a Solução, para que o mesmo seja devidamente homologado e,
posteriormente, remetido à Auditoria da Justiça Militar Estadual. § 1º. A Portaria de
Delegação de Inquérito Policial Militar deverá conter a delimitar do objeto de apuração, bem
como, desde que possível, os dados de identificação do investigado. [...] Art. 4º. Os prazos
para a conclusão dos processos e procedimentos administrativos militares deverão ser
rigorosamente obedecidos, conforme legislação vigente, sujeitando os responsáveis pelo não
cumprimento dos prazos a responsabilidade administrativa e/ou penal. (grifo nosso) O
normativo próprio da Corporação sobre o presente procedimento, versa que o Comandante do
Batalhão é autoridade competente para Instaurar a Portaria de Inquérito Policial Militar e de
delegação de encarregado e escrivão do mesmo, bem como, após apurado todo o
procedimento, o mesmo deverá ser remetido, integralmente à Diretoria de Pessoal (DP/3), em
duas vias, e o Relatório acompanhado da Solução. A Portaria referida deverá conter o objeto e
os dados do investigado, sendo que os prazos para conclusão do mesmo já estão previsto na
norma vigente. Desta forma, passo a análise das provas documentais e dos termos de
inquirição das testemunhas e dos termos de interrogatório da vítima e dos indiciados
constantes nos autos deste Inquérito Policial Militar, no que passaremos a relatar, as partes
cruciais de tais provas para a formulação do convencimento deste Encarregado. Através da
Portaria de Delegação n° 81/2020 – DP/3, de 01 de dezembro de 2020, foi Instaurado o
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 941 -

presente Inquérito Policial Militar para apurar as condutas do 1° SGT PM n° 117/88 Samarone
Holanda Cantuário Assunção e CB PM n° 421/07 Paulo César de Lima Araújo. Trata-se de
notícia de crime formulada pela Fundação Da Criança e Adolescente – FUNCAC/MA onde
relata: Que o adolescente Wesley Ferreira Gomes, deu entrada na referida unidade com lesões
corporais provenientes de violência supostamente praticada pelos policiais militares que
realizaram a apreensão do mesmo. O Boletim de Ocorrência nº 760/2018, de 04/07/2018,
tendo como comunicante a Sra. Maria Ribamar Carneiro Serra, avó materna do adolescente
Wesley Ferreira Gomes, constante de fls. 28, versa que: [...] COMUNICANDO QUE SEU
NETO SUPRAMENCIONADO FOI VÍTIMA DE ARMA DE FOGO, O QUAL RECEBEU
VÁRIOS TIROS, DESFERIDO PELO POR POLICIAL MILITAR MARONE DE TAL, QUE
ATINGIU AS DUAS PERNAS, SENDO QUE O PROJÉTIL ENCONTRA-SE ALOJADO
NA PERNA ESQUERDA. INFORMA QUE O ADOLESCENTE FOI ABORDADO PELO
POLICIAL MILITAR CÉSAR, QUANDO O MESMO ESTAVA PILOTANDO A MOTO
QUE ESTAVA FAZENDO ASSALTO JUNTAMENTE COM UM COMPARSA.
CONHECIDO POR ―BOBO‖. INFORMA QUE SEGUNDO O ADOLESCNTE OS
AGRESSORES RODARAM A MANHÃ INTEIRA DENTRO DA VITURA COM
FERIMENTOS A BALA. QUE O ADOLESCENTE FALOU A COMUNICANTE QUE OS
PMS ENFIARAM O DEDO DENTRO DO FERIMENTO DO ADOLESCENTE E
COLOCARAM SPRAY DE PIMENTA NO LOCAL DO FERIMENTO. QUE O
ADOLESCENTE APÓS SER PRESO E TER PASSADO HORAS DENTRO DA VIATURA
SENDO TORTURADO PARA FALAR ONDE ESTAVA O COMPARSA E DEPOIS FOI
LEVADO PARA O HOSPITAL DE EMERGÊNCIA SOCORRÃO II. INFORMA A
COMUNICANTE QUE O ADOLESCENTE FOI LEVADO DUAS VEZES PELOS
MONITORES PRA O SOCORRÃO I, POIS O MESMO ESTAR COM A PERNA
INFECCIONADA E DANDO FEBRE. [...] Os policiais militares arrolados informaram
durante oitiva de apreensão em flagrante delito, de 02/07/2018, que após a abordagem,
encaminharam o adolescente infrator, encaminhando primeiramente ao Hospital do Socorrão
II. O Termo de Interrogatório do adolescente Wesley Ferreira Gomes, constante de fls. 41,
versa que: [...] SE ENCONTROU COM SEU AMIGO ―BOBO‖, NA RUA DA VITÓRIA,
NO BAIRRO DA CIDADE OLÍMPICA, CONVERSANDO COM O MESMO, SENDO QUE
TIVERAM A IDEIA DE PRATICAREM ASSALTOS, PELA REGIÃO; QUE NA
OCASIÃO ESTAVA DE POSSE UMA MOTOCICLETA DE COR VERMELHA, DE
PROPRIEDADE DE UM CONHECIDO, A QUEM PEDIU EMPRESTADA; QUE ―BOBO‖
NÃO PORTAVA UM REVÓLVER, MAS SIM UMA FACA, CUJO CABO PARECE SER
DE UMA ARMA DE FOGO; QUE POR VOLTA DAS 10H40MIN, OBSERVARAM UM
HOMEM QUE ANDAVA NA RUA, FALANDO NO CELULAR, SENDO QUE
RESOLVERAM ABORDÁ-LO; QUE ―BOBO‖ SACOU DA FACA, DANDO VOZ DE
ASSALTO, SE APODERANDO DO CELULAR DA VÍTIMA; QUE EM SEGUIDA,
SURGIU UMA VIATURA DA POLÍCIA MILITAR; QUE, EMPREENDEU FUGA NA
MOTOCICLETA, COM BOBO NA GARUPA; QUE, NA PERSEGUIÇÃO OS POLICIAIS,
OS POLICIAIS EFETUARAM VARIOS DISPAROS DE ARMA DE FOGO, EM TORNO
DE DEZ DISPAROS, SENDO ATINGIDO NA PANTURRILHA DIREITA E ESQUERDA,
QUE MESMO BALEADO, CONTINOU EMPREENDENDO FUGA NA MOTOCICLETA,
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 942 -

SÓ PARANDO QUANDO COLIDIU DE RASPÃO EM UM CICLISTA, TENDO SE


DESIQUILIBRADO, CAINDO AO CHÃO, QUE SEU PARCEIRO ―BOBO‖ CONSEGUIU
FUGIR, LEVANDO A FACA E O CELULAR ROUBADO DA VÍTIMA [...] QUE, FOI
ENCAMINHADO ATÉ O HOSPITAL DO SOCORRÃO II, ONDE FOI MEDICADO E
DEPOIS RECEBEU ALTA. Deste fato depreende-se que, conforme alega a vítima, os
policiais militares 1° SGT PM n° 117/88 Samarone Holanda Cantuário Assunção e o CB PM
n° 421/07 Paulo César de Lima Araújo teriam agredido fisicamente durante sua apreensão em
flagrante que resultaria em lesão corporal. O Exame de Corpo de Delito e Lesão Corporal
realizado pelo Sr. Wesley Ferreira Gomes no dia 03/07/2018 pelo Dr. Fábio António Alves
Magalhães, Médico Legista, por requisição do Delegado de Polícia de Plantão na Delegacia da
Cidade Operária, Cláudio Márcio Assis Chaves, constante nas fls. 32 a 33, versa que: Ao
constatamos: ferida pérfuro-contusa, formato ovalar, bordos invertidos, medindo um
centímetro de diâmetro, localizada na região terço inferior da perna direita (figura 01. Orifício
de entrada do projétil de arma de fogo de entrada P1) ferida pérfuro-contusa, formato ovalar,
bordos invertidos, medindo um centímetro de diâmetro, localizada na região posterior da perna
esquerda (figura 01, orifício de entrada do projétil de arma de fogo P2); ferida pérfuro-contusa,
formato ovalar, bordos evertidos, medindo um centímetro de diâmetro, localizada na região
posterior da perna direita (figura 01, orifício de saída do projétil de arma de fogo P1). Um
segundo Exame de Corpo de Delito e Lesão Corporal n° 692/2018 – Perícia Médica/CPTCA,
realizado pelo Sr. Wesley Ferreira Gomes no dia 04/07/2018 pela Dra. Flavia Soares Barroso
Maia Figueiredo, Médica Legista, por requisição da Delegada de Proteção à Criança e ao
Adolescente, Bianca Almada Araújo, constante na fls. 30 a 31, versa que: Ao exame
periciando em cadeira de rodas, apresentando ferida pérfuro-contusa medindo um e meio de
centímetro de diâmetro, localizada na face posterior do terço médio da perna esquerda,
compatível com orifícios de entrada (OE) de projétil de arma de fogo (PAF); ferida pérfuro-
contusa medindo um centímetro de diâmetro, localizada na face lateral do terço inferior da
perna direita, compatível com OE de PAF; ferida perfurocontusa medindo um e meio por um
centímetros, localizada na face anterior do terço inferior da perna direita, compatível com
orifício de saída (OE) de projétil de PAF, [...] Em ambos os laudos afirmam que o Sr. Wesley
Ferreira Gomes, encontrava-se com as lesões conforme descrito no Exame de Corpo de Delito
e Lesão Corporal, pois afirma no 1º Quesito: Se há ofensa à integridade corporal e a saúde do
paciente? Sim, questionado se resultou perigo de vida? Não. Se resultou ou resultará
incapacidade para as ocupações habituais por mais de trinta dias? Não. Se resultou ou resultará
incapacidade permanente, perda ou inutilização do membro para o trabalho? Não. Constante
nas fls. 30 a 32. A Escala de Serviço do dia 02/07/2018 (segunda-feira), constante de fls. 151 a
153, versa que: A Guarnição era composta pelo 1° Sgt PM 117/88 Samarone e Cb PM 421/07
César. No Termo de Inquirição do 1° SGT PM n° 117/88 Samarone, de 21/01/2021, constante
de fls. 208 a 209, versa que: Que no 02 de julho de 2018, encontrava-se de serviço na área do
6° BPM, juntamente com o CB PM n° 421/07 Paulo César de Lima Araújo, motorista da
viatura, quando por volta das 10h40min, nas proximidades do Bairro da Janaína, avistou (02)
dois indivíduos em uma motocicleta, no mesmo instante que presenciou uma dupla de
assaltantes tomarem de assalto um celular, onde o garupa portava uma arma de fogo tipo
revólver na mão, a guarnição na viatura tentou se aproximar da dupla de assaltantes, contudo
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 943 -

os mesmos ao visualizarem a viatura policial empreenderam fuga na motocicleta, sendo


iniciada uma perseguição; Que durante a perseguição o garupa apontou sua arma em direção a
guarnição policial, que o declarante reagiu efetuando (02) dois disparos em direção a dupla de
assaltantes. [...] A guarnição conseguiu deter o condutor da motocicleta, que estava ao solo e
havia sido atingido nas panturrilhas direita e esquerda, durante a perseguição, que identificou-
se sendo WESLEY FERREIRA GOMES, enquanto seu comparsa conseguiu fugir, levando
consigo a arma de fogo que portava e alguns objetos roubados. [...] Diante da situação, o
adolescente infrator foi encaminhado ao Hospital Socorrão II para receber atendimento
médico, e em seguida apresentado na Delegacia da Cidade Operária, junto com a motocicleta
para que fosse adotado os procedimentos legais cabíveis. O 1° SGT PM n° 117/88 Samarone e
CB PM n° 421/07 César ao avistaram uma dupla realizando assalto a mão armada, tentaram
realizar a abordagem, no entanto os mesmos empreenderam fuga, e durante a perseguição o
garupa apontou uma arma de fogo em direção a guarnição de serviço, e devido o iminente
risco, desferiu 02 (dois) disparos de arma de fogo em direção aos assaltantes, o que veio
atingir nas panturrilhas direita e esquerda do Sr. Wesley Ferreira Gomes, que após foi
encaminhado para o Hospital para receber atendimentos médicos. Após receber alta, foi
apresentado na Delegacia de Plantão da Cidade Operária. No Termo de Inquirição do CB PM
n° 421/07 César, de 21/01/2021, constante de fls. 202 a 203, versa que: [...] Perguntado ao
declarante, se a dupla de assaltantes portava arma de fogo durante o cometimento do delito?
Respondeu que sim, que o garupa portava uma arma de fogo tipo revólver. Perguntado ao
declarante, se o garupa apontou a arma de fogo em direção a guarnição? Respondeu que sim.
Perguntado ao declarante, se o garupa efetuou disparos de arma de fogo contra a guarnição?
Respondeu que não. Perguntado ao declarante, se a guarnição efetuou disparos de arma de
fogo contra a dupla de assaltantes, enquanto empreendia fuga? Respondeu que sim, após o
garupa apontar sua arma contra a guarnição; Perguntado ao declarante, quantos disparos foram
realizados durante a perseguição? Respondeu que somente (02) dois disparos. Perguntado ao
declarante, se foi possível deter o garupa identificado pela acunha de ―BOBO‖? Respondeu
que não, que após caírem da motocicleta, empreendeu fuga e tomou rumo ignorado.
Perguntado ao declarante, se em algum momento houve risco a integridade física do detido?
Respondeu que não. Perguntado ao declarante, se a guarnição agrediu com chutes nas pernas
WESLEY FERREIRA GOMES ao colocarem na viatura, conforme relatado no termo prestado
pela de acusação, constante nas fls. 28 do processo 12797-25.2018.8.10.0001? Respondeu que
Não. Perguntado ao declarante, se a guarnição chegou a colocar os dedos e spray de pimenta
nos ferimentos a bala para que o mesmo confessasse o paradeiro do seu comparsa ―BOBO‖,
conforme relatado no termo prestado pela testemunha de acusação, constante nas fls. 28 do
processo 12797-25.2018.8.10.0001? Respondeu que Não. O declarante afirma que não houve
agressão por parte da guarnição, que após presenciarem a assalto em andamento, tentaram
realizar a abordagem, havendo a reação de empreender fuga e no segundo momento o garupa
apontou seu armamento em direção da guarnição, e diante do iminente perigo foram efetuados
disparos de arma de fogo. Que a lesão apresentada pelo sr. Wesley Ferreira Gomes, de acordo
do Laudo Médico de Corpo de Delito constante de fls. 30 a 33 fora proveniente dos disparos
sofridos durante a perseguição, conforme relatado no Auto de Apreensão em Flagrante de Ato
Infracional. A Cópia do Livro de Parte Diária do CPU do 6° BPM, referente ao serviço do dia
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02 de julho de 2018, de 1° QTU, constante de fls. 193 a 200, versa que: O livro do
Coordenador de Policiamento da Unidade (CPU), consta que a ocorrência foi lançada em livro
para que fossem tomado conhecimento e adotadas as medidas legais cabíveis. Ao relacionar
todos os fatos acima, e, da análise dos mesmos, passamos a opinar na parte conclusiva deste
procedimento, sendo assim, após a exposição dos fatos a fim de apurar as circunstâncias
envolvendo o 1° SGT PM n° 117/88 Samarone Holanda Cantuário Assunção, Matrícula n°
82735, ID n° 411884, e CB PM n° 421/07 Paulo César de Lima Araújo, Matrícula n° 1692235,
ID n° 417437, os quais teriam, em tese, quando de serviço na cidade de São Luís – MA, no dia
02 de julho de 2020, por volta das 10h40min, teriam agredido fisicamente o adolescente
Wesley Ferreira Gomes que culminaram em lesões corporais, incorrendo, em tese, no crime
capitulado no Art. 129 do Código de Penal, conforme Autos do Processo nº 12797-
25.2018.8.10.0001 (134742018) da 9° Vara Criminal, encaminhado por intermédio da
Auditoria da Justiça Militar, foram analisadas e suprimidas as dúvidas decorrentes do objeto
do presente Inquérito Policial Militar, do que passaremos à conclusão a seguir. III –
CONCLUSÃO. Em face do exposto e que dos autos consta e, conforme a análise realizada na
parte expositiva verifica-se que, com relação a conduta do 1° SGT PM n° 117/88 Samarone
Holanda Cantuário Assunção, Matrícula n° 82735, ID n° 411884, e CB PM n° 421/07 Paulo
César de Lima Araújo, Matrícula n° 1692235, ID n° 417437, teriam agredido fisicamente o
adolescente Wesley Ferreira Gomes que culminaram em lesões corporais, incorrendo, em tese,
no crime capitulado no Art. 129 do Código de Penal. Da a análise das provas documentais
juntadas através da Portaria de Instauração de Inquérito Policial Militar e Delegação de
Encarregado nº 081/2020 – DP/3, de 01/12/2020 e, também pelas demais provas juntadas e
diligências realizadas, restou apurado que a não se pode comprovar com verossimilhança, que
os autores teriam, em tese, agredido fisicamente o Sr. Wesley Ferreira Gomes, pois carece de
provas, apesar de constar dos autos o Exame de Corpo de Delito e Lesão Corporal realizado no
dia 03/07/2018 (dia seguinte à ocorrência), e outro Exame de Corpo de Delito e Lesão
Corporal realizado no dia 04/07/2018 (dois dias após a ocorrência), ambos os laudos
apresentam feridas perfurocontusa nas panturrilhas esquerda e direita, provenientes de projétil
de arma de fogo, os quais foram efetuados no momento da perseguição, após um dos
assaltantes ter apontado o armamento em direção a guarnição. Não sendo possível localizar o
endereço da vítima e testemunha que consta nos autos do processo, não sendo possível a
realização de mais diligências com a finalidade de aprofundar possíveis dúvidas sobre a
alegada agressão física. Sobre os indícios do 1° SGT PM n° 117/88 Samarone Holanda
Cantuário Assunção, Matrícula n° 82735, ID n° 411884, e CB PM n° 421/07 Paulo César de
Lima Araújo, Matrícula n° 1692235, ID n° 417437, os quais, em tese, teriam agredido
fisicamente o adolescente Wesley Ferreira Gomes no momento de sua prisão que culminaram
em lesões corporais, contudo, não se pode asseverar com plena convicção que os indiciados
provocaram ou agrediram fisicamente após a detenção da vítima. Desta forma, podemos
elencar que: a) não há indícios de crime militar, pois o fato aludido nesta ocasião não constrói
todos os elementos necessários à proposição de crime da competência da esfera castrense,
pois, apesar dos indiciados se encontrarem de serviço, as consequências da sua atitude não
trouxeram qualquer resultado para outro militar e, apesar de se encontrarem de serviço, o local
do fato não estava sob a administração militar, então não podemos elencar a atitude dos
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 945 -

mesmos como crime militar na interpretação mais adequada, fato que afasta a natureza militar
da questão em tela; b) Já com relação ao indícios de crime de natureza comum, podemos
asseverar que, conforme entendimento, que não se pode afirmar com certeza que os mesmos
cometeram crime da competência comum, ou seja, o crime de Lesão Corporal, pois conforme
os Exames de Corpo de Delito e Lesão Corporal constante dos Autos, as lesões sofridas foram
feridas perfurocontusa nas panturrilhas esquerda e direita, provenientes de projétil de arma de
fogo, os quais foram efetuados no momento da perseguição, após o iminente perigo de vida
dos policiais. c) a conduta dos acusados não ferem a honra pessoal, o pundonor militar ou o
decoro da classe, tendo em vista que a conduta destes não elencam os aspectos para tal; d) a
atitude dos indiciados não se caracterizam como transgressão militar, pois a conduta destes
não confrontam normas administrativas; Diante do exposto, o presente Inquérito Policial
Militar a fim de apurar os fatos envolvendo o 1° SGT PM n° 117/88 Samarone Holanda
Cantuário Assunção, Matrícula n° 82735, ID n° 411884, e o CB PM n° 421/07 Paulo César de
Lima Araújo, Matrícula n° 1692235, ID n° 417437, que teriam agredido fisicamente o
adolescente Wesley Ferreira Gomes que culminaram em lesões corporais, incorrendo, em tese,
no crime capitulado no Art. 129 do Código de Penal, sou de parecer, salvo melhor juízo, que
do presente procedimento, sejam estes autos arquivados por falta de provas. São Luís - MA, 27
de janeiro de 2021. 1° Ten QOPM Deyveth Phillp de Sousa Dias - Encarregado do IPM

SOLUÇÃO DE IPM N° 081/2020-DP/3, DE 1° DE DEZEMBRO DE 2020.

Soluciono o Inquérito Policial Militar (IPM), do qual foi encarregado o 1°


Ten QOPM Deyveth Phillp de Sousa Dias, matrícula n° 417542-01, da 4a CIPM, mandada
proceder por este Comando, mediante a Portaria de Delegação Inquérito Policial Militar n°
081/2020-DP/3, de 1° de dezembro de 2020, com a finalidade de apurar os fatos ocorridos, em
tese, no dia 02 de julho de 2018, por volta das 10h40min, quando o 1° Sgt PM 117/88
Samarone Holanda Cantuário Assunção, Matrícula n° 82735, ID n° 411884, e Cb PM 421/07
Paulo César de Lima Araújo, Matrícula n° 1692235, ID n° 417437, ambos do 6° BPM, durante
serviço na cidade de São Luís/MA, teriam perpetrado agressões físicas ao adolescente Wesley
Ferreira Gomes, culminando em lesões corporais, conforme Autos do Processo n° 12797-
25.2018.8.10.0001 (134742018) da 9° Vara Criminal, encaminhado por intermédio da
Auditoria da Justiça Militar. Em seu relatório, o Encarregado de IPM apontou a inexistência de
indícios de crime comum ou militar praticados pelo 1° Sgt PM 117/88 Samarone Holanda
Cantuário Assunção, matrícula n° 82735, e Cb PM 421/07 Paulo César de Lima Araújo,
matrícula n° 1692235, assim como ausência de elementos que revelem eventual transgressão
disciplinar, pugnando, ao fim, pelo arquivamento do IPM. O Encarregado informa, ainda, que
as lesões sofridas por Wesley Ferreira Gomes, nas panturrilhas esquerda e direita, são, de fato,
provenientes de projétil de arma de fogo, os quais foram efetuados no momento da
perseguição, diante do iminente perigo de vida dos policiais, os quais alegam que uma arma de
fogo foi apontada por um dos elementos (o garupa da motocicleta), enquanto tentavam se
evadir de abordagem policial ocorrida após a suposta vítima e seu comparsa terem praticado
ato infracional análogo ao crime de roubo.
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 946 -

Face ao acima exposto e o que dos autos consta, RESOLVO:

A) Concordar com o Relatório do Oficial Encarregado do Inquérito


Policial Militar (IPM), por entender que os fatos apurados não revelam indícios de crime
militar, comum ou transgressão disciplinar, diante da evidente ação em legítima defesa
praticada pelo 1º Sgt PM 117/88 Samarone Holanda Cantuário Assunção, matrícula n° 82735,
e Cb PM 421/07 Paulo César de Lima Araújo, matrícula n° 1692235, o que exclui a existência
do crime, conforme a inteligência do art. 44 do Código Penal Militar;

B) Deixar de indiciar o 1° Sgt PM 117/88 Samarone Holanda Cantuário


Assunção, matricula n° 82735, e Cb PM 421/07 Paulo César de Lima Araújo, matrícula n°
1692235;
C) Publicar em Boletim Geral, esta Solução de Inquérito Policial Militar
(IPM);
D) Remeter os presentes autos do Inquérito Policial Militar (IPM), ao
Exmo. Sr. Juiz de Direito Titular da Justiça Militar do Estado do Maranhão, na forma do que
preceitua o caput do artigo 23 do Código Penal Militar (CPPM);
E) Arquivar 01 (uma) via dos presentes autos do IPM, na Diretoria de
Pessoal (DP/3), para fins de controle.
Quartel do Comando Geral, em São Luís/MA, 23 de agosto de 2021.
Cel QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis - Comandante-geral da PMMA. NOTA Nº
20220114135319 - DP/3

(2) PORTARIA Nº 051/2020-DP/3, de 10/08/2020

(a) RELATÓRIO DE IPM N° 051/2020 — DP/3, de 10 de agosto de


2020. 1 INTRODUÇÃO. Fundamentalmente temos que o Inquérito Policial Militar é um
procedimento inquisitorial, investigatório e desenvolvido unilateralmente pela administração
militar a fim de coletar os mais diversos elementos à propositura da ação penal, mas inexiste o
"jus acusationis" (o direito de acusar), logo, busca apontar indícios de autoria e materialidade
que possam consubstanciar o início da persecução penal. O presente Inquérito Policial Militar
foi instaurado por delegação da Ilm°. Sr. Cel. QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis.
Comandante Geral da Polícia Militar do Maranhão, através da Portaria de Delegação n°
051/2020 — DP/3, de 10 de agosto de 2020, com a finalidade de apurar o fato e as
circunstâncias pelas quais fora ingressado nas dependências do Pavilhão de Prisões da PMMA,
01 (um) aparelho celular marca Samsung. 03 (três) carregadores e 01 (um) cartão de memória,
material encontrado na cela do Sd PM 1129/14 Mailton Pereira Pacheco, matrícula n°
2420784, durante revista realizada no dia 16 de novembro de 2017, por policiais do Batalhão
de Choque da PMMA Da análise de todas as peças que compõe o presente processo.
observando-se atentamente tudo o que foi juntado e reexaminando todos os detalhes do que foi
levantado. chega-se aos resultados abaixo detalhados. II DILIGÊNCIAS REALIZADAS Com
o fim precípuo de reunir todos os elementos e fatos que pudessem elucidar a irregularidade em
análise, além de juntar aos autos os documentos acostados este encarregado houve por bem
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 947 -

diligenciar conforme despacho de fls 07, 29, 36 expedindo os seguintes ofícios: 1) Oficie-se ao
Cel QOPM Diretor de Pessoal da Polícia Militar do Maranhão, informando-o sobre a abertura
do presente Inquérito Policial Militar 2) Oficie-se ao Comandante do 1° Batalhão de Polícia
Militar solicitando a apresentação do Sd PM 1129/14 Mailton Pereira Pacheco, bem como
cópia do Histórico Policial Militar do mencionado policial. 3) Oficie-se ao Comandante do 14°
Batalhão de Polícia Militar solicitando realização de Carta Precatória para o Sd PM 1129/14
Mailton Pereira Pacheco. 4) Oficie-se ao Comandante do Batalhão de Policiamento de Choque
solicitando a apresentação do Cap QOPM Denys Silva de Sousa para inquirição. na condição
de testemunha. 5) Oficiou-se ao Coordenador do Pavilhão de Prisões solicitando informações
acerca da distribuição de presos custodiados nas celas do Presídio. 6) Oficiou-se ao
Comandante Geral da PMMA solicitando prorrogação de prazo para conclusão do presente
IPM. 7) Oficiou-se a Sra Francisca Flávia Moraes dos Santos solicitando que a referida
compareça a inquirição, na condição de testemunha. Juntou-se os seguintes documentos
recebidos em resposta aos Ofícios despachados nos autos de IPM: 1) Portaria de Delegação n°
051/2020 — DP/3, datada de 10 de agosto de 2020; 2) OFC — 6ª PJE/SLZ — 1262020, de
28/07/2020; 3) Deliberação de arquivamento, Notícia de Fato n° 000972 —500/2019; ,.._ 4)
Notícia de Fato n° 037800 — 500/2018; Ofício n° 165/2018 0 Seç. Op. BPChoque, de
07/11/2018; Ofício n° 201/2017 — Seç Op. BPChoque, de 16/11/2017; Oficio n° 063/2017 —
Cia de Choque, de 16/11/2017 5) Ofício n° 393/2020 — P11 — 1°BPM 6) Histórico Policial
Militar do Sd PM 1129/14 Mailton Pereira Pacheco 7) Cópia de lançamentos por matrícula, do
sistema de Gerenciamento de Informações (SGI) 8) Oitiva do Cap QOPM Denys Silva de
Sousa 9) Ofício n° 983/2020 — P11 — 14° BPM, de 05 de outubro de 2020 10) Oitiva da Sra
Francisca Flávia Morais dos Santos 11) Ofício 331/2020 — PPPM, de 07 de outubro de 2020
12) Cópia autêntica 029/2017 — PPCG, referente ao dia 16 de novembro de 2017. 13) Mapa
de presos n° 77/2017, de 10 de novembro de 2017. 14) Ofício n° 740/2020 — DP/3 —
Just/IPM, datado de 23 de outubro de 2020. 15) Portaria n° 028/2020 — DP/3 — 1PM —
Prorrog. de prazo, de 20 de outubro de 2020. Toda documentação acima citada fora
prontamente atendida, bem como juntadas aos autos do procedimento administrativo militar.
III DOS FATOS Frente a documentação e provas obtidas durante o transcorrer do presente
Inquérito Policial Militar, verifica-se os fatos que levaram ao ingresso de 01 (um) aparelho
celular marca Samsung, 03 (três) carregadores e 01 (um) cartão de memória, material
encontrado na cela do Sd PM 1129/14 Mailton Pereira Pacheco não puderam ser plenamente
elucidados a partir da apuração realizada por meio do presente Inquérito Policial Militar. A
priori, pode-se afirmar que o material supracitado não foi encontrado na cela onde se
encontrava o Sd PM Mailton Pereira Pacheco, sendo localizado na cela onde se encontravam,
na verdade, os detentos Sgt R/R Jorge Benedito Pinho Sousa, Cb PM 200/07 Karuzo Silva
Oliveira. Sd PM Brenno Duarte Bezerra e Sd PM Jorge Lucas Melo Garcia. não se podendo
identificar no transcorrer da investigação quem estava de posse dos citados materiais.
tampouco de qual maneira se deu tal ingresso. IV ANÁLISE DAS PROVAS. Das provas
acostadas nos autos do presente Inquérito, tomando por base as informações trazidas à baila
pela Notícia de Fato n° 000972-500/2019 (fls 08), oriundo da 6ª Promotoria de Justiça
Especializada — ia Militar da Comarca de São Luís, que afirma que — considerando após
uma revista realizada pelo Batalhão de Choque na cela do detento Mailton Pereira Pacheco sua
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 948 -

esposa. Sra Francisca Flávia Moraes dos Santos, compareceu a Sala do Coordenador do
Pavilhão de Prisões dirigindo palavras exasperadas ao TC QOPM DEça acerca da mencionada
revista — a Sra Francisca Flávia teria sido informada de tal situação por meio de uma ligação
telefônica do interior do presidio. afirmando ainda que este aparelho celular utilizado para tal
ligação fora um encontrado na cela do detento Mailton Pereira Pacheco. Contudo, ainda nos
documentos que acompanham a Portaria de Delegação, mormente o Oficio n° 063/2017 — Cia
de Choque (fis 13), o qual relata detalhes da revista no Pavilhão de Prisões da PMMA no dia
que foram localizados os materiais mencionados na Portaria desta IPM, a cela onde se
encontrava o Soldado Mailton Pereira Pacheco era a cela 2J: ao passo que — tomando ainda
por base o Oficio oriundo da Cia de Choque — os materiais mencionados na Portaria de
Delegação foram localizados na cela 5A. Neste ponto insta esclarecer que não existe nenhuma
cela com a numeração 5A. contudo, considerando que o Pavilhão de Prisões do Quartel do
Comando Geral possui dois pavilhões. a saber: Pavilhão -A- e Pavilhão -B", deduz-se que o
signatário do referido Ofício esteja se referindo a cela 5J. que se localiza no Pavilhão "A".
Para além das informações trazidas pelo relatório da Companhia de Choque, o Capitão QOPM
Denys — signatário do citado Ofício — ratificou em sua oitiva (fls 48) que o aparelho celular,
carregadores e cartão de memória não estavam na mesma cela que o detento Mailton Pereira
Pacheco. conforme vemos: o aparelho celular não foi localizado na cela onde estava o detento
Mailton Pereira Pacheco, haja vista que o mencionado policial estava custodiado na cela 2-J e
o telefone celular foi localizado na cela 5-A. O Mapa distribuição de presos 77/2017 (fls 63), a
seu turno, aponta que o detento Mailton Pereira Pacheco estava na cela 3J, numeração que não
coincide com a apontada pelo Cap Denys, contudo também não coincide com a cela onde
foram encontrados os matérias. Durante inquirição realizada com a Sra Francisca Flávia
Morais dos Santos (fis 58), a depoente, quando perguntada como soube das supostas agressões
cometidas contra seu esposo, o Sd PM Mailton Pereira Pacheco. pelos policiais do BPChoque,
afirmou que "o dia narrado no documento onde a declarante teria indo ao Pavilhão de Prisões
não foi a mesma data das supostas agressões, uma vez que as supostas agressões ocorreram em
2017 e sua ida. conforme consta na Notícia de Fato foi em janeiro de 2019". Assim, a
indagação levantada na Noticia de Fato 000972-500/2019, sobre como a Sra Francisca Flávia
Morais dos Santos soube das supostas agressões a seu esposo ficam esclarecidos. haja vista,
após a data da agressão, a depoente e o custodiado terem se encontrado durante as visitas
previamente programadas no presídio. Da mesma forma, conforme visto. não há nenhum
indício que aponte que o celular encontrado durante a revista do BPChoque no Pavilhão de
Prisões da PMMA seja de propriedade ou posse do detento Mailton Pereira Pacheco. V
CONCLUSÃO. Frente ás provas acostadas aos autos do presente Inquérito Policial Militar,
não resta comprovado de que maneira se deu o ingresso de 01 (um) aparelho celular marca
Samsung. 03 (três) carregadores e 01 (um) cartão de memória no Pavilhão de Prisões da
PMMA. restando comprovado somente que tais materiais não se encontravam na ceia do Sd
PM 1129/14 Mailton Pereira Pacheco, tendo sido encontrados na cela "5- do Pavilhão "A-
onde se encontravam os detentos Sgt R/R Jorge Benedito Pinho Sousa. Cb PM 200/07 Karuzo
Silva Oliveira, Sd PM Brenno Duarte Bezerra e Sd PM Jorge Lucas Meio Garcia. não se
podendo identificar no transcorrer da investigação, como afirmado alhures. quem estava de
posse dos citados materiais. tampouco de qual maneira se deu tal ingresso Por fim, encaminho
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 949 -

os presentes autos de IPM à douta apreciação do limo. Sr. Cel QOPM Pedro de Jesus Ribeiro
dos Reis. autoridade delegante, a que compete solucioná-lo e posteriormente remetê-lo à
autoridade competente. São Luis - MA, 25 de outubro de 2020. Cap QOPM Gildson Márcio
Leite Souza Júnior - Encarregado do IPM

SOLUÇÃO DE IPM N° 051/2020 — DP/3, de 10 de agosto de 2020.

Soluciono o Inquérito Policial Militar (IPM), do qual foi encarregado o


Cap QOPM Gildson Márcio Leite Souza Júnior, matrícula n° 2180974, ID n° 806440, de
acordo com a Portaria de Delegação n° 051/2020 — DP/3, de 10 de agosto de 2020, com a
finalidade de apurar o fato e a circunstância pelas quais fora ingressado nas dependências do
Pavilhão de Prisões da PMMA, 01 (um) aparelho celular da marca Samsung, 03 (três)
carregadores e 01 (um) cartão de memória, material encontrado na cela do SD PM n° 1129/14
Mailson Pereira Pacheco, matrícula n° 2420784, durante revista realizada no dia 16 de
novembro de 2017, por policiais militares do Batalhão de Choque da PMMA, tendo o Oficial
encarregado pelo Inquérito Policial Militar (IPM), mediante apreciação e análise de todas as
peças que compõem o presente auto, concluído que os materiais acima mencionados, não
foram encontrados na cela do SD PM n° 1129/14 Mailson Pereira Pacheco (cela 3-J do
pavilhão "A"), e sim na cela 5-J do pavilhão "A", onde se encontravam os detentos: Sgt RIR
Jorge Benedito Pinho Sousa, Cb PM n° 200/07 Karuzo Silva Oliveira e o Sd PM n° Jorge
Lucas Melo Garcia, não tendo sido possível identificar, no transcorrer da investigação, quem
estava de posse dos citados materiais, nem tampouco de que maneira se deu tal ingresso, por
conseguinte, não havendo indícios de crime militar praticados pelo SD PM n° 1129/14
Mailson Pereira Pacheco, matrícula n° 2420784.

Face ao acima exposto e o que dos autos consta, RESOLVO:

A) Concordar, em parte, com o relatório do Oficial encarregado do


Inquérito Policial Militar (IPM);
B) Deixar de indiciar o SD PM n° 1129/14 Mailson Pereira Pacheco,
matrícula n° 2420784, por não haver em sua conduta indícios de crime militar;
C) Sugerir ao Membro do Ministério Público, que determine diligências
complementares para: 1. Solicitar informação ao Coordenador do Pavilhão de Prisões da
Polícia Militar do Maranhão se houve autorização para a entrada dos materiais acima
encontrados na Cela 5-J do Pavilhão "A", bem como, se há sistema de câmeras e/ou circuito
interno que pudessem ter captado as imagens, tanto dos detentos como dos visitantes, e em
havendo, que encaminhe uma cópia em DVD-R para se tentar chegar aos responsáveis pelo
ingresso dos materiais acima; 2. Identificar e inquirir os policiais militares que compunham a
guarda/ permanência do Pavilhão de Prisões da PMMA, em um lapso temporal que
compreende desde o dia 10 de novembro de 2017 até o dia 16 de novembro de 2017 (dia da
revista pelo policias do Batalhão de Choque da PMMA), para tentar descobrir a (s) autoria (s)
e como se deu as circunstâncias do ingresso de tais materiais;
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 950 -

3. Solicitar ao Coordenador do Pavilhão de Prisões da Polícia Militar do


Maranhão a cópia da RELAÇÃO DE PESSOAL PARA VISITA AOS DETENTOS DO
PPPM das Celas 3-J e 5-J do Pavilhão "A", contemplando os meses de outubro e novembro de
2017, para serem inquiridas no intuito de tentar identificar os responsáveis pelo ingresso dos
matérias acima mencionados; 4. Inquirir o SD PM n° 1129/14 Mailson Pereira Pacheco,
matrícula n° 2420784, da Cela 3-J do Pavilhão "A", bem como, o Sgt R/R Jorge Benedito
Pinho Sousa, o Cb PM n° 200/07 Karuzo Silva Oliveira e o Sd PM n° Jorge Lucas Melo
Garcia, todos da Cela 5-J do Pavilhão "A"; 5. Anexar aos autos cópia do Regimento Interno do
Pavilhão de Prisões da Polícia Militar do Maranhão.
D) Publicar em Boletim Geral, esta Solução de Inquérito Policial Militar
(IPM);
E) Remeter os presentes autos do Inquérito Policial Militar (IPM), ao
senhor Juiz de Direito, Titular da Justiça Militar do Estado do Maranhão, na forma do que
preceitua o caput do art. 23 do Código de Processo Penal Militar (CPPM);
F) Arquivar 01 (uma) via dos presentes autos do IPM, na Diretoria de
Pessoal (DP/3), para fins de controle.
Quartel do Comando Geral, em São Luís/MA, 23 de junho de 2021. Cel
QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis - Comandante Geral da PMMA. NOTA Nº
20220114171731 - DP/3

(3) PORTARIA Nº 055/2021-DP/3, de 12/07/2021

(a) RELATÓRIO DE IPM Nº 055/2021-DP/3, DE 12 DE JULHO DE


2021. 1. OBJETIVO DO IPM. O presente procedimento foi mandado instaurar por
determinação do Sr. Cel QOPM PEDRO DE JESUS RIBEIRO DOS REIS, Comandante Geral
da PMMA, através da Portaria de Delegação – IPM nº 055/2021 – DP/3, datada de
12/07/2021, com o escopo de apurar os fatos ocorridos no dia 07 de julho de 2021, em que o 3º
Sgt PMMA Sebastião Amâncio Gonçalves, teria entregue para o Sr. Josias Ferreira Lopes,
uma Pistola PT-100, calibre .40 de nº 93572, com carregador e duas munições intactas,
patrimônio da PMMA, enquanto adentrava na Caixa Econômica Federal do Bairro do João
Paulo sem documento que o identificasse como policial, tampouco autorização de Carga de
Arma de fogo – ACAF. Por conseguinte, foi preso e autuado em flagrante por policiais civis
da SEIC, como incurso nas penas dos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido,
previsto no Art. 14, Caput, da Lei nº 10.826/2003. 2. DILIGÊNCIAS REALIZADAS E
RESULTADOS OBTIDOS. Com o objetivo de reunir todos os fatos e traçar o encadeamento
lógico das ações e com o propósito de elucidar as causas e consequências do extravio da arma
de fogo, este signatário houve por bem diligenciar conforme despachos deste IPM, expedindo
os ofícios e juntando os documentos que se seguem: 2.1. Oficie-se o Sr. Maj. QOPM Márcio
Carlos Rodrigues de Oliveira, Comandante do BOPE, solicitando homologação da designação
do escrivão; 2.2. Oficie-se o Sr. Cel. QOPM Glauber Miranda Silva, Diretor de Pessoal,
encaminhando-lhe uma cópia da Portaria de Instauração e dando ciência do início dos
trabalhos de investigação; 2.3. Oficie-se o Sr. TC. QOPM Antônio Carlos Araújo Castro ,
Comandante do Batalhão do 20º BPM, solicitando cópia autêntica do livro do CPU do dia
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 951 -

07/07/2021 de 1° QTU e 2º QTU,cópia de assentamento e ficha individualdo policial militar:


3º SGT PM Sebastião Amâncio Gonçalves Filho, cópia autêntica da cautela permanente ou
cópia autêntica da cautela diária da arma: pistola PT -100, calibre .40 de nº 93572, que estava
na posse do policial militar, 3º SGT PM Sebastião Amâncio Gonçalves Filho, no dia
07/07/2021, cópia autêntica do livro do CPU onde está registrada a comunicação feita pelo 3º
SGT PM Sebastião Amâncio Gonçalves Filho, sobre a perda de todos os seus documentos. 2.4.
Oficie-se o Sr. Delegado de Polícia da SENARC, Pedro Henrique Hottes Adão, solicitando
cópia dos autos da prisão em flagrante do 3º SGT PM Sebastião Amâncio Gonçalves Filho,
que fora preso e autuado em Flagrante Delito, na Superintendência – área Oeste, nesta data
(07/07/2021), como incurso nas penas dos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso
permitido, previstos no Artigo 14, Caput, da Lei n º10.826/2006; Termo que prestou o Sr.
Josias Ferreira Lopese apresentação dos Policiais Civis: CONDUTOR - JESSE MAURO
ARAUJO ROCHA E TESTEMUNHA – IDEQUEU SILVA RABELO. Para prestar
informações nos autos do IPM N° 055/2021 – DP/3 – datado de 12 de julho de 2021; 2.5.
Oficie-se o Sr. TC. QOPM Antônio Carlos Araújo Castro, Comandante do Batalhão do 20º
BPM, solicitando apresentação da policial militar 3º SGT PM Sebastião Amâncio Gonçalves
Filho – Matrícula: 122366 para ser ouvido na qualidade de investigado, no IPM dia 12 de
agosto de 2021, às 10h 00min, na sala do Cmt da Rotam. 2.6. Ao Sr. Josias Ferreira de
Freitas,solicitando que compareça na Rotam, na sala do Cmt, para ser ouvido na qualidade de
testemunha, no IPM 055/2021 – DP/3 no dia 17 de agosto de 2021, às 10h 00min, na sala do
Cmt da Rotam. 2.7. Junte-se aos autos o ofício nº 223/2021 – P/1 – 20º BPM de 29 de julho de
2021. 2.8. Junte-se aos autos acópia do Livro Digital do CPU/1º QTU do dia 07 de julho de
2021. 2.9. Junte-se aos autos a cópiado Livro Digital do CPU/2º QTU do dia 07 de julho de
2021. 2.10. Junte aos autos o Histórico Policial Militar do 3º Sgt Sebastião Amâncio
Gonçalves. 2.11. Junte-se aos autos o Histórico do Servidor do 3º Sgt Sebastião Amâncio
Gonçalves. 2.12. Junte-se aos autos o Termo de Declaração do Investigador Idequeu Silva
Rabelo. 2.13. Junte-se aos autos o Termo de Declaração do 3º Sgt Sebastião Amâncio
Gonçalves. 2.14. Junte-se aos autos oRecibo de Entrega de Preso. 2.15. Junte-se aos autos o
Termo de Declaração de Josias Ferreira Lopes. 2.16. Junte-se aos autos o Comunicado de
Prisão à família ou a Pessoa Indicada de Josias Ferreira Lopes 2.17. Junte-se aos autos o
Despacho de Classificação da SENARC. 2.18. Junte-se aos autos o Auto de Apresentação e
Apreensão. 2.19. Junte-se aos autos o Laudo de exame de constatação – ILAF. 2.20. Junte-se
aos autos a Nota de Ciências de Garantias Constitucionais de Josias Ferreira Lopes. 2.21.
Junte-se aos autos a Nota de Ciências de Garantias Constitucionais do 3º Sgt Sebastião
Amâncio Gonçalves. 2.22. Junte-se aos autos a Nota de culpa de Josias Ferreira Lopes. 2.23.
Junte-se aos autos a Nota de culpa do 3º Sgt Sebastião Amâncio Gonçalves. 2.24. Junte-se aos
autos o Comunicado de Prisão. 2.25. Junte-se aos autos o Termo de Fiança. 2.26. Junte-se aos
autos o Alvará de Soltura. 2.27. Junte-se aos autos o Termo de Declaração do Sr. Josias
Ferreira de Freitas. 1. Parte expositiva. Em torno do fato e a fim de ficarem esclarecidas suas
circunstâncias, determinando a responsabilidade do possível envolvido pela suposta
irregularidade em causa, ouviu-se o Investigador Idequeu Silva Rabelo, o Sr. Josias Ferreira de
Freitas (guardador de carro) e o 3º Sgt Sebastião Amâncio Gonçalves. Além da oitiva do
militardo 3º Sgt Sebastião Amâncio Gonçalves, providenciou-se a juntada do Histórico
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 952 -

Policial Militardo mesmo, assim como seu histórico policial militar, Cópia da cautela de
armamento que se encontrava sob sua responsabilidade, Cópia do Livro Digital do CPU/1º e 2
º QTU do dia 07 de julho de 2021, com o objetivo de subsidiar o esclarecimento dos fatos
sobre o IPM 055/2021 – DP/3. 2. Os Fatos. Do que foi apurado, constata-se que os fatos
ocorreram da seguinte forma: Que no dia 07 de julho de 2021, por volta das oito horas e trinta
minutos, o 3º SgtPMMA Sebastião Amâncio Gonçalves se dirigiu até o Banco da Caixa
Econômica Federal para fazer um saque; Queo 3º Sgt PMMA Sebastião Amâncio Gonçalves,
estava de posse de uma arma de fogo, Pistola da Polícia Militar do Maranhão – PT100 -
TAURUS – STC 93572 / .40, com 2 munições, cautelada pela Instituição PMMA; Que o 3º
Sgt PMMA Sebastião Amâncio Gonçalves,ao tentar adentrar no Banco, foi impedido pelo
vigilante, que não o deixou entrar, pois estava sem seus documentos que o identificassem
como militar; Que para adentrar ao Banco da Caixa Econômica Federal, entregou a Pistola da
Polícia Militar do Maranhão – PT 100 -TAURUS – STC 93572 / .40, com 2 munições, para
um flanelinha (guardador de carros), identificado como JOSIAS FERREIRA LOPES, para que
guardasse a sua arma enquanto fazia o saque no Banco; Que o 3º Sgt PM Sebastião Amâncio
Gonçalves entrou na agência, deixando sua arma com o flanelinha (guardador de carros),
identificado como JOSIAS FERREIRA LOPES e ficou aguardando ser chamado pela senha;
Que o 3º Sgt PMSebastião Amâncio Gonçalves, foi abordado por três policiais civis que
haviam sido acionados pela Gerente do Banco; Que perguntaram se ele era policial, pediram o
documento e perguntaram pela arma de fogo; Que o 3º Sgt PM Sebastião Amâncio Gonçalves
respondeu que era policial, porém tinha perdido todos os documentos e que tinha entregue a
arma de fogo, Pistola da Polícia Militar do Maranhão – PT 100 -TAURUS – STC 93572 / .40,
com 2 munições a um flanelinha ( guardador de carro); Que os policiais civis perguntaram
para o 3º Sgt PM Sebastião Amâncio Gonçalves, onde estava o flanelinha (guardador de
carro); Que o 3º Sgt PMMA Sebastião Amâncio Gonçalves levou os policias civis até o
flanelinha (guardador de carro); Que os policias civis abordaram o Sr. JOSIAS FERREIRA
LOPES - flanelinha ( guardador de carro) e perguntaram se o Sr. JOSIAS FERREIRA LOPES
teria recebido uma arma de fogo de algum policial; Que o Sr. JOSIAS FERREIRA LOPES
afirmou que recebeu uma arma de fogo e que arma de fogo estava nas proximidades do Banco
da Caixa Econômica Federal, dentro de uma bolsa; Que os policiais se deslocaram até o local e
acharam a bolsa pendurada em uma cerca de ferro, em uma altura de aproximadamente 1,5
metros, pertencente a Agência Bancária; Que logo em seguida os policias civis abriram a bolsa
e constataram que a arma de fogo - Pistola da Polícia Militar do Maranhão – PT 100 -
TAURUS – STC 93572 / .40, com 2 munições, estava dentro da bolsa; Que foi encontrado
também na bolsa uma pedra de craque. Que os policiais civis deram voz de prisão para os dois
(3º Sgt PMMA Sebastião Amâncio Gonçalves e Josias e o Sr. JOSIAS FERREIRA LOPES –
flanelinha (guardador de carro); Que foram conduzidos para a Delegacia da SENARC, Que
foram apresentados a autoridade policial; Que foi feito o APF pelo crime de porte ilegal de
arma de fogo de uso permitido. Que o militar, o 3º Sgt PMMA Sebastião Amâncio Gonçalves,
não apresentou o Boletim de Ocorrência sobre a perda dos documentos enão comunicou o seu
Batalhão - 20º BPM, onde trabalha. 3. Conclusão. a) Há indícios de cometimento de crime de
natureza militar praticado pelo 3º Sgt PMMA Sebastião Amâncio Gonçalves, por entender que
o ilícito penal cometido pelo referido militar, encontra tipificação no dispositivo do Código
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 953 -

Penal Militar no Art. 9º, inciso II, alínea ―e‖, que prevê o crimecometido contra a Ordem
Administrativa Militar, conforme redação: ―por militar em situação de atividade, ou
assemelhado, contra opatrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa
militar‖. Posto que, o referido militar portava arma de fogo pertencente à Instituição Policial
Militar – PMMA, sem qualquer documento que o identificasse como policial militar, tendo
ainda, cedido a referida arma de fogo, sob sua responsabilidade à um terceiro, não habilitado
legalmente para portá-la, indo de encontro a Legislação Vigente da PMMA, entendendo-se
assim, o cometimento de crime militar na modalidade dolosa, visto que houve intenção na
prática do crime. 4. Despacho Final. Sejam os presentes autos encaminhados ao Sr. Cel QOPM
PEDRO DE JESUS RIBEIRO DOS REIS, Comandante Geral- para os fins de direito; Quartel
da ROTAM- MA, 01 de setembro de 2021. WESCLEY GEYSON SILVA MOURA– CAP
QOPM - ENCARREGADO DO IPM

SOLUÇÃO DE IPM N° 055/2021 - DP/3, de 12 de julho de 2021.

Soluciono o Inquérito Policial Militar (IPM), do qual foi encarregado o


Cap QOPM Wescley Geyson Silva Moura, matrícula: 1693001, ID: 417512, da ROTAM, de
acordo com a Portaria de Delegação n° 055/2021 - DP/3, datada de 12 de julho de 2021, com a
finalidade de apurar os fatos ocorrido no dia 07 de julho de 2021. em que o 3° Sgt PM n°
231/94 Sebastião Amâncio Gonçalves, matricula: 120295, ID: 415157. do 20° BPM, teria
entregue para o Sr. Josias Ferreira Lopes, uma Pistola PT-100, calibre .40 de n° 93572, com
carregador e duas munições intactas, patrimônio da PMMA, enquanto adentrava na Caixa
Econômica Federal do Bairro do João Paulo, sem documento que o identificasse como
policial, tampouco com a Autorização de Carga de Arma de fogo - ACAF, por conseguinte, foi
preso e autuado em flagrante por policiais civis da SEIO, com o incurso nas penas do crime de
porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, previsto no art. 14, caput, da Lei n°
10.826/2003. Em seu relatório, o Oficial Encarregado do Inquérito Policial Militar (IPM),
objetivando coletar os maiores números possíveis de elementos informativos para subsidiar a
conclusão deste IPM, realizou algumas diligências no sentido de constatar a (s) autoria (s) e a
materialidade delitiva, além das circunstâncias que se deu a fato em apuração, e após
apreciação e análise minudente de todo conjunto probatório carreado nos autos, concluiu que o
fato realmente ocorreu no dia 07 de julho de 2021, por volta das 08h3Omin. quando o 3° Sgt
PM n° 231/94 Sebastião Amâncio Gonçalves. matrícula: 120295, ID: 415157, do 20° BPM, o
qual portava uma arma de fogo. tipo Pistola PT100, marca: Taurus, n° STC 93572, calibre .40,
com um carregador e duas munições intactas, cautelada pela Instituição PMMA, sob o n°
183/2021, .fls. 035, dirigiu-se até o Banco da Caixa Econômica Federal do bairro João Paulo
para realizar um saque, porém, ao tentar adentrar no Banco, foi impedido pelo vigilante, pois o
mesmo estava sem seus documentos que o identificasse como policial militar, e por conta
disso, entregou a referida arma de fogo, pertencente a Polícia Militar do Maranhão, para um
flanelinha identificado como Josias Ferreira Lopes, para que este guardasse enquanto fazia o
saque no Banco. Contudo, o encarregado do Inquérito Policial Militar (IPM), a fim de analisar
a tipicidade da conduta descrita, concluiu que no tocante aos fatos apurados, o investigado teve
e agiu com dolo, havendo indícios em sua conduta de cometimento de crime de natureza
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 954 -

militar praticado pelo 3° Sgt PM n° 231/94 Sebastião Amâncio Gonçalves, matricula: 120295,
ID: 415157, do 20° BPM, por entender que o ilícito penal cometido pelo referido militar,
encontra tipificação no dispositivo do Código Penal Militar no Art. 9°, inciso II. alínea -e", que
prevê o crime cometido contra a Ordem Administrativa Militar, conforme redação: "por
militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração
militar, ou a ordem administrativa militar". Posto que, o referido militar portava arma de fogo
pertencente à Instituição Policial Militar - PMMA, sem qualquer documento que o
identificasse como policial militar, tendo ainda, cedido a referida arma de fogo, sob sua
responsabilidade a um terceiro, não habilitado legalmente para portá-la. indo de encontro a
Legislação Vigente da PMMA.

Face ao acima exposto e o que dos autos consta, RESOLVO:

A) Concordar. em parte. com o relatório do Oficial encarregado do


Inquérito Policial Militar (IPM);
B) Indiciar o 3° Sgt PM n° 231/94 Sebastião Amâncio Gonçalves,
matrícula: 120295, ID: 415157, do 20° BPM, por entender que sua conduta se acerca de
indícios suficientes de autoria e materialidade de crime militar, conforme previsão disposta no
art. 90, inciso II, alínea "e", e art. 324, ambos do Código Penal Militar, c/c art. 14, da Lei n°
10.826/2003;
C) Determinar que o Comandante do 200 BPM, expeça Formulário de
Apuração de Transgressão Disciplinar (FATD) em desfavor do 3° Sgt PM n° 231/94 Sebastião
Amâncio Gonçalves, matrícula: 120295, ID: 415157, por entender que sua conduta se amolda
aos itens 12, 43, 82, e 83 do Anexo I do Regulamento Disciplinar do Exército (RDE);
D)Publicar em Boletim Geral, esta Solução de Inquérito Policial Militar
(IPM);
E) Remeter os presentes autos do Inquérito Policial Militar (IPM), ao
senhor Juiz de Direito, Titular da Justiça Militar do Estado do Maranhão, na forma do que
preceitua o caput do art. 23 do Código de Processo Penal Militar (CPPM);
F) Arquivar 01 (uma) via dos presentes autos do IPM, na Diretoria de
Pessoal (DP/3), para fins de controle.
Quartel do Comando-Geral, em São Luís/MA, 30 de novembro de 2021.
Cel QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis - Comandante Geral da PMMA. NOTA Nº
20220118110747 - DP/3

(4) PORTARIA Nº 084-2020-DP-3, de 02/12/2020

(a) RELATÓRIO. I. INTRODUÇÃO. O presente Inquérito Policial


Militar foi instaurado, por determinação da Portaria de Delegação nº 84/2020-DP/3, datada de
02 de dezembro de 2020, pelo Ilmo Sr. Cel QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis,
Comandante Geral da PMMA, com a finalidade de Apurar as circunstâncias em que
apresentaram condutas de agressões físicas, que culminaram com lesões corporais
supostamente praticadas por policiais militares contra o adolescente Pablo Henrique dos
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 955 -

Santos, no dia 28 de março de 2018, aproximadamente às 14H00min no bairro do Bequimão


nessa capital, durante perseguição ocorrida após o adolescente ter praticado um ato infracional
análogo ao crime de roubo majorado pelo emprego de arma e concurso de pessoas. II.
DILIGÊNCIAS REALIZADAS. Com o escopo de reunir elementos probatórios, que
pudessem esclarecer o fato objeto do presente Inquérito Policial Militar, inicialmente, este
Encarregado, houve por bem diligenciar conforme despachos abaixo discriminados, tendo sido
procedidas as seguintes diligências: 1º despacho às fls. 195. 1. Oficie-se ao Sr. Cel. QOPM
Diretor de Pessoal, encaminhando cópia da Portaria de Instauração, para conhecimento do
início dos trabalhos, bem como informando que, nos termos do artigo 11 do Código de
Processo Penal Militar, o 1º Sgt/PM nº 151/94 - Getúlio Protásio de Vasconcelos, foi
designado para servir como Escrivão do presente Inquérito Policial Militar; 2. Oficiar aos
indiciados, a fim de formalizar suas notificações, dando-lhes ciência do fato que lhe são
imputados, possibilitando o acompanhamento do feito e a ciência da data de seus respectivos
interrogatórios. 3. Oficie-se ao Sr. Maj QOPM comandante da ROTAM, requisitando a escala
de serviço do dia 28 de março de 2018 e Ficha individual ou informações do SGI sobre o 2º
SGT/PM ROGÉRIO FRANÇA COSTA e o SD/PM NEYDSON BARROS COSTA. 4. Oficia-
se aos Senhores, Pablo Henrique dos Santos e Thiago do Nascimento Machado, a fim de
serem ouvidos na qualidade de ofendidos, nas respectivas datas e horários de
14/01/2021(quinta-feira), às 09h:00min e 14/01/2021(quinta-feira), às 09h:40min, na sala onde
funciona o P-1 da Companhia de Rondas Ostensivas Tático Móvel -ROTAM, localizada na
Av. São Maçal 268 - Outeiro da Cruz. 2º despacho às fls. 207. 5. Oficia-se ao Senhor, Thiago
do Nascimento Machado, a fim de ser ouvido na qualidade de ofendido, na data de 21/01/2021
(quinta-feira), às 09h:00min, na sala onde funciona o P-1 da Companhia de Rondas Ostensivas
Tático Móvel -ROTAM, localizada na Av. São Maçal 268 - Outeiro da Cruz. 6. Oficiar ao
Ilmo Sr. Cel QOPM, Comandante do BPCOQUE/PMMA, solicitando dilação de prazo do
inquérito. 3º despacho às fls. 218. 7. Oficie-se ao Sr. Maj QOPM comandante da ROTAM,
requisitando a presença do SD/PM J. Araujo e SD/PM FEM Seixas a fim de serem ouvidos, na
data de 28/01/2021 (quinta-feira), às 09h:00min e 09h:30min respectivamente, na sala onde
funciona o P-1 da Companhia de Rondas Ostensivas Tático Móvel - ROTAM, localizada na
Av. São Maçal 268 - Outeiro da Cruz. 4º despacho às fls. 255. 8. Oficie-se ao Sr. Maj QOPM
comandante da ROTAM, requisitando apresentação do CB/PM Paulo, a fim de ser ouvido, na
data de 01/02/2021 (segunda-feira), às 09h:30min, na sala onde funciona o P-1 da Companhia
de Rondas Ostensivas Tático Móvel -ROTAM, localizada na Av. São Maçal 268 - Outeiro da
Cruz. Foram ouvidas em Termos de Inquirição Sumária as seguintes testemunhas: 1 - Foi
ouvido em Termo de depoimento, a vítima, SR. PABLO HENRIQUE DOS SANTOS, no dia
14/01/2021, conforme fls. 205 e 206. 2 - Foi ouvido em Termo de Qualificação e
Interrogatório, o SD/PM Nº - 361/15 NEYDSON BARROS, no dia 22/01/2021, conforme
fl.213. 3 - Foi ouvido em Termo de Qualificação e Interrogatório, o 2 º SGT/PM, Nº 592/92 -
ROGÉRIO FRANÇA COSTA, no dia 22/01/2021, conforme fl. 216. 4 - Foi ouvido em Termo
de Inquirição, o SD/PM, Nº 423/16 - JONE ELSON SANTOS ARAÚJO, no dia 28/01/2021,
conforme fl. 253. DEIXOU DE SER OUVIDA EM TERMO DE INQUIRIÇÃO A
SEGUINTE TESTEMUNHA: A testemunha Thyago do Nascimento Machado, em função de
ter, segundo informação consignada em depoimento do Sr. Pablo Henrique dos Santos, fl.202,
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 956 -

que o mesmo não se encontrava mais residindo na cidade de São Luis- MA, tendo retornado
ao Estado do Piauí, do qual é oriundo. FORAM JUNTADOS AOS AUTOS OS SEGUINTES
DOCUMENTOS: 1. Portaria de Delegação de Inquérito nº 84/2020-DP/3, datada de 02 de
dezembro de 2020, instaurada pelo Ilmo Sr. Cel QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis,
Comandante Geral da PMMA; 2. Ofício nº 1050/2020- JME/MA, referente a processo nº
11978-88.2018.8.10.0001 (126482018). 3. Ofício nº 842/2020 – DP/3- Just/IPM 4. Cópia de
Processo nº 11978-88.2018.8.10.0001 (126482018), da Auditoria de Justiça Militar do
Maranhão. 5. Oficio 011/2020- P-1/ROTAM, datado de 21.01.2021. 6. Cópia de relatório de
CPU, contendo Escala de Serviço, todos datados de 28.03.2018. 7. Históricos funcionais do 1º
Sgt/PM Rogério França Costa e Sd/PM Neydson Barros Costas 8. Cópia de oficio 017/2020-
P-1/ROTAM, datado de 29.01.2010 disponibilizando OFÍCIO DE APRESENTAÇÃO DO
Cb/PM Paulo Fernando da Silva Marques. III. PARTE EXPOSITIVA. 3.1 Dos fatos objeto de
apuração do presente IPM. Segundo constatação realizada, no decorrer do processo nº 11978-
88.2018.8.10.0001 (126482018), de indícios de crime militar tipificado como lesão corporal,
supostamente produzida no momento em que se deu a abordagem policial ao, na época menor,
Pablo Henrique dos Santos, no dia 28.03.2018, servindo como embasamento para a requisição
pelo MPE, de instauração de Inquérito Policial Militar para a devida apuração de tais indícios,
conforme preceitua o Art. 10, alínea ―c‖ do Decreto Lei nº 1002/69, tendo sido entregue a este
encarregado, cópia do supracitado processo, que constatou no decorrer da investigação
realizada por este encarregado, que, no dia 28/03/2018, por volta das 15h:30min, quando a
guarnição designada para realizar policiamento ostensivo da área do Bequimão, composta pelo
1º Sgt/Pm Rogério, Cb PM Paulo, Sd/PM N. Barros e Sd/PM J. Araújo, por volta das
15:h00min, quando da preleção para o inicio do serviço diário, um cidadão adentrou a base da
ROTAM, solicitando um apoio para resgatar uma moto que havia sido roubada da sua esposa a
algumas horas atrás, informando que o sistema GPS da moto demostrava que a mesma
encontrava-se na área do bairro Bequimão, de imediato o CPU de dia, 1º Sgt/Pm S. Luz,
determinou a equipe composta pelo Sgt PM Rogério, Sd PM J. Araujo, Sd/PM N. Barros e
Cb/PM Paulo, que acompanhassem o denunciante até o local indicado pelo localizador GPS.
Ao chegarem ao bairro do Bequimão, iniciaram incursões juntamente com outros policiais que
estavam de serviço com uma viatura e motocicletas do policiamento de área, que
determinaram a localização da moto roubada estacionada por detrás de alguns condomínios
daquela localidade. O 2º Sargento PM Rogério, comandante da guarnição, determinou o
deslocamento para delegacia, para que fossem tomadas as providências de praxe, tendo em
vista que junto com a moto foram subtraídos outros pertences da vítima. Ao iniciarem o
deslocamento observaram que o denunciante que os acompanhava, reconhecendo um dos
indivíduos que participou do roubo da sua esposa, começou a gritar ―ladrão‖, de imediato o
comandante da viatura determinou o retorno da mesma, e quando chegaram ao local um dos
suspeitos encontrava-se detido pelos policiais de área, que encontraram com o mesmo um
simulacro de pistola e o telefone celular de propriedade da vítima, nesse momento a guarnição
acompanhou o suspeito até um endereço fornecido pelo mesmo como sua residência, onde foi
localizado o seu primo e comparsa no delito, Sr. Thyago e vários objetos supostamente
derivados de furto e roubo, além de uma porção de produto similar a maconha. Foi dado voz
de prisão aos dois suspeitos e juntamente com todo o material apreendido, apresentados a
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 957 -

delegacia de polícia, sendo que o Sr. Pablo, na época inimputável em decorrência da


menoridade, foi apresentado a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente- DPCA.
Tendo sido assegurado aos indiciados o direito ao acesso aos autos, pessoalmente ou por
procurador habilitado, conforme preconizado a Constituição Federal e outros, da análise de
todas as peças que compõem o presente IPM, restou apurado que, conforme escala de serviço
da ROTAM, datada do dia 28.03.2018, fl. 26, os indiciados 2º Sgt/PM 592/92- Rogério e
Sd/PM 361/15- N. Barros, se encontravam escalados neste dia de serviço, atuando em uma
VTR de prefixo VP-18-356, no bairro Vinhais e Fialho, no horário de 13h:30min do dia
28/03/2020 até as 02h:00min do dia 29.03.2020. Transcrevo para melhor apreciação, trechos
de depoimentos contidos no conjunto probatório da sindicância em análise. 1. Trechos do
depoimento do ofendido, SR. PABLO HENRIQUE DOS SANTOS, fls._ 205 e 206: [...]O
DECLARANTE ENCONTRAVA-SE SENTADO EM UMA ESQUINA AO LADO DA
IGREJA ADVENTISTA NO BAIRRO RIO ANIL, QUANDO CHEGOU UMA VIATURA
POLICIAL E DUAS MOTOS, QUE O DECLARANTE ACHA SER PARENTES DA
VITIMA[...] . [...]AS PESSOAS DAS MOTOS ABORDARAM O DECLARANTE,
PERGUNTANDO SE O MESMO TINHA UM CELULAR ROUBADO. [...] [...]APÓS
ENTREGAR O TELEFONE PARA OS POLICIAIS, OS MILITARES QUE ESTAVAM NO
CARRO SE APROXIMARAM DO DECLARANTE E COMEÇARAM A AGREDI-LO [...]
[...]PERGUNTADO SE: COMO SE TRAJAVAM AS PESSOAS QUE LHE ABORDARAM?
RESPONDEU QUE: OS QUE ESTAVAM NAS MOTOS, ENCONTRAVAM-SE COM
ROUPAS NORMAIS, SEM SER FARDA, PORÉM, OS DA VIATURA ESTAM
FARDADOS, COM FARDA CINZA. [...] [...]PERGUNTADO SE: SABE ESPECIFICAR A
COR DA VIATURA? REPONDEU QUE: ERA DE COR PRETA. [...] [...]PERGUNTADO
SE: SABE ESPECIFICAR O NOME DE ALGUM DOS POLICIAIS QUE LHE AGREDIU?
REPONDEU QUE: NÃO, POIS OS POLICIAIS NÃO USAVAM NOME NA FARDA E
ESTAVAM TODOS DE MÁSCARA PRETA (BALACLAVA). [...] [...]PERGUNTADO SE:
AS PESSOAS QUE ESTAVAM NA MOTO, TAMBÉM O AGREDIRAM? REPONDEU
QUE: SIM. [...] [...]PERGUNTADO SE: NO MOMENTO DA SUA AGRESSÃO HAVIA
ALGUMA VIATURA OU POLICIAL COM NOME ROTAM? REPONDEU QUE: NÃO.
[...] 2. Trechos do Termo de inquirição da testemunha da testemunha, SD/PM JONE ELSON
SANTOS ARAÚJO, fls. 253: [...]QUE: AO CHEGAREM AO LOCAL, A EQUIPE OBTEVE
ÊXITO EM LOCALIZAR A MOTO ROUBADA, ONDE IRIAM INICIAR O
DESLOCAMENTO PARA A DELEGACIA DE POLÍCIA. QUE: NO MOMENTO EM QUE
INICIARAM TAL DESLOCAMENTO, O AMIGO DA VÍTIMA DO ROUBO
RECONHECEU UM DOS ASSALTANTES QUE PARTICIPOU DO ROUBO. QUE:
NESSE MOMENTO O CIDADÃO DA MOTO, GRITOU ―LADRÃO‖, E O SUSPEITO
CORREU E ADENTROU A UMA INVASÃO LOCALIZADA ONDE SERIA A FEIRA DO
BEQUIMÃO, SENDO SEGUIDO PELOS AMIGOS DA VÍTIMA E IMEDIATAMENTE
CAPTURADO. [...] [...]QUE: AO RETORNAREM AO LOCAL, O SUSPEITO JÁ HAVIA
SIDO DETIDO E NA REVISTA ENCONTRARAM O CELULAR DA VÍTIMA. [...]
[...]PERGUNTADO SE: NO MOMENTO DA ABORDAGEM, ALGUM DOS POLICIAIS
AGREDIU O SUSPEITO, SR PABLO? RESPONDEU QUE: NÃO SABE INFORMAR,
POIS NÃO FOI A EQUIPE DO DECLARANTE QUE EFETOU A DETENÇÃO. [...]
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 958 -

[...]PERGUNTADO SE: SABE INFORMAR QUE FARDAMENTO UTILIZAVAM NO


MOMENTO DA ABORDAGEM? RESPONDEU QUE: FARDAMENTO RAJADO, DA
ROTAM, CAMUFLADO URBANO. [...] [...]PERGUNTADO SE: OS POLICIAIS
USAVAM O ROSTO COBERTO POR BALACLAVA, NO MOMENTO DA OPERAÇÃO?
RESPONDEU QUE: NEGATIVO, APENAS BOINA PRETA. [...] [...]PERGUNTADO SE:
HAVIA O NOME DA ROTAM NA VIATURA OU NO FARDAMENTO DOS POLICIAIS?
RESPONDEU QUE: TANTO O NOME QUANTO O NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO DA
VIATURA. [...] [...]PERGUNTADO SE: HAVIA ALGUMA VIATURA DE COR PRETA
NO LOCAL? RESPONDEU QUE: NÃO, MAIS HAVIA UMA DE COR BRANCA,
POSSIVELMENTE A VIATURA DE ÁREA. [...] [...] PERGUNTADO SE: VIU ALGUÉM
QUE NÃO ERA POLICIAL AGREDIR ALGUM DOS SUSPEITOS? RESPONDEU QUE:
NÃO VIU, PORÉM, LEMBRA QUE OS POLICIAIS QUE O ACOMPANHAVAM,
COMENTARAM QUE OS CIVIS ESTAVAM AGREDINDO O SUSPEITO COM
CAPACETES. [...] 3. Trechos do Termo de inquirição da testemunha, CB/PM PAULO
FERNANDO SILVA MARQUES fls. : [...]QUE: HAVIA CHEGADO UMA VIATURA DE
ÁREA E ALGUMAS MOTOS DA POLÍCIA MILITAR, PORÉM, AS MOTOCICLETAS O
DECLARANTE NÃO SABE PRECISAR O MOMENTO DA SUA CHEGADA AO LOCAL.
[...] [...]QUE: EM UM DETERMINADO MOMENTO, O DECLARANTE VIU ALGUNS
POLICIAIS E CIVÍS QUE SE ENCONTRAVAM NO LOCAL, INICIAREM UMA
PERSEGUIÇÃO AOS INDIVÍDUOS, QUE POSTERIORMENTE, O DECLARANTE FOI
INFORMADO SEREM OS AUTORES DO ASSALTO. [...] [...]PERGUNTADO SE: NO
MOMENTO DA ABORDAGEM, ALGUM DOS POLICIAIS AGREDIU O SUSPEITO, SR
PABLO? RESPONDEU QUE: NÃO SABE IDENTIFICAR QUAL DOS DOIS SUSPEITOS
SERIA O PABLO, NEM TAMPOUCO VIU NENHUM POLICIAL AGREDIR ALGUM
DOS SUSPEITOS. [...] [...]PERGUNTADO SE: SABE INFORMAR QUE FARDAMENTO
UTILIZAVAM NO MOMENTO DA ABORDAGEM? RESPONDEU QUE: OS POLICIAIS
DA ROTAM, UTILIZAVAM O FARMAMENTO PADRÃO, CAMUFLADO COM BOINA
PRETA E OS POLICIAIS DE ÁREA O FARDAMENTO CINZA, NORMAL DA POLÍCIA.
[...] [...]PERGUNTADO SE: OS POLICIAIS USAVAM O ROSTO COBERTO POR
BALACLAVA, NO MOMENTO DA OPERAÇÃO? RESPONDEU QUE: OS DA ROTAM,
NÃO, PORÉM, NÃO LEMBRA DOS POLICIAIS DE ÁREA. [...] [...]PERGUNTADO SE:
PODE INFORMAR QUAL A COR DA VIATURA QUE FOI UTILIZADA PELA
GUARNIÇÃO NA OCORRÊNCIA? RESPONDEU QUE: FOI UTILIZADA A VIATURA
CAMUFLADA, MAS NÃO LEMBRA O MODELO E A MARCA. [...] [...]PERGUNTADO
SE: HAVIA O NOME DA ROTAM NA VIATURA OU NO FARDAMENTO DOS
POLICIAIS? RESPONDEU QUE: COMO DE PADRÃO SEMPRE HOUVE O NOME
ROTAM NAS VIATURAS E PARTICULAMENTE O DECLARANTE UTILIZA O
EMBORRACHADO COM O NOME ROTAM, NAS COSTA E UM PEQUENO
EMBORRACHADO NO PEITO. [...] [...]PERGUNTADO SE: VIU ALGUÉM QUE NÃO
ERA POLICIAL AGREDIR ALGUM DOS SUSPEITOS? RESPONDEU QUE: NÃO
PRENSENCIOU, PORÉM, DEVIDO A UM SUPOSTO ROUBO DO VALOR DE R$
2.000,00 (DOIS MIL REAIS), REFERENTE A COBRANÇA DE EMPRÉSTIMOS DE
COLOMBIANOS, E O FATO DE TEREM APONTADO UMA ARMA PARA A ESPOSA
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 959 -

DO INFORMANTE, O DEIXOU O MESMO BASTANTE REVOLTADO, E POR CONTA


DISSO, O DECLARANTE HOUVIU FALAR QUE O INFORMANTE QUE OS
ACOMPANHOU NA OCORRÊNCIA, AGREDIU OU TENTOU AGREDIR OS
INDIVÍDUOS SUSPEITOS, COBRANDO O VALOR SUBTRAIDO. [...] 4. Trechos do
Termo Qualificação e interrogatório do indiciado, SD/PM NEYDSON BARROS COSTA
fls.213: [...]QUE: APÓS ENCONTRAR A MOTO, UMA DAS VITIMAS DO ROUBO, QUE
ESTAVA COM A ESPOSA DO CIDADÃO QUE ACOMPANHAVA O DECLARANTE E
A EQUIPE POLICIAL, RECONHECEU UM DOS ASSALTANTES, QUE SE
ENCONTRAVA SAINDO DA FEIRINHA, PROXIMO DO LOCAL ONDE ACHARAM A
MOTO. [...] [...]QUE: APÓS SEREM INFORMADOS SOBRE A PRESENÇA DO
ASSALTANTE NO LOCAL, OS POLICIAIS RETORNARAM A VIATUTRA QUE JÁ SE
ENCONTRAVA EM DESLOCAMENTO PARA A DP E ABORDARAM O SUSPEITO
QUE JÁ SE ENCONTRAVA DETIDO POR POPULARES E PELO ESPOSO DA VITIMA,
ONDE O MESMO FOI IDENTIFICADO COMO PABLO, SENDO ENCONTRADO ESTE,
O TELEFONE CELULAR DA VÍTIMA.[...] [...].PERGUNTADO SE: NO MOMENTO DA
ABORDAGEM, ALGUM DOS POLICIAIS AGREDIU O SUSPEITO, SR PABLO?
RESPONDEU QUE: NÃO, PORÉM, QUANDO DO RECONHECIMENTO DO SUSPEITO
PELA VÍTIMA, NO LOCAL ONDE FOI ENCONTRADA A MOTO, ESTA, SE DIRIGIU
PRIMEIRO AO SUSPEITO, PABLO, E PASSOU A AGREDI-LO COM UM CAPACETE
QUE PORTAVA, SENDO IMEDIATAMENTE INTERROMPIDA TAL AGRESSÃO, NO
MOMENTO EM QUE OS POLICIAIS ALCANÇARAM O SUSPEITO, RETIRANDO-O
DO ALCANCE DA VITIMA QUE O AGREDIDA. [...] [...].PERGUNTADO SE: SABE
INFORMAR QUE FARDAMENTO UTILIZAVAM NO MOMENTO DA ABORDAGEM?
RESPONDEU QUE: UTILIZAVAM O CAMUFLADO URBANO. [...] [...].PERGUNTADO
SE: OS POLICIAIS USAVAM O ROSTO COBERTO POR BALACLAVA, NO MOMENTO
DA OPERAÇÃO? RESPONDEU QUE: NÃO, POIS É VEDADO O USO DE BALACLAVA
SEM AUTORIZAÇÃO DO COMANDO. [...] PERGUNTADO SE: OS POLICIAIS
USAVAM O ROSTO COBERTO POR BALACLAVA, NO MOMENTO DA OPERAÇÃO?
RESPONDEU QUE: NÃO, POIS É VEDADO O USO DE BALACLAVA SEM
AUTORIZAÇÃO DO COMANDO. PERGUNTADO SE: OS POLICIAIS USAVAM O
ROSTO COBERTO POR BALACLAVA, NO MOMENTO DA OPERAÇÃO?
RESPONDEU QUE: NÃO, POIS É VEDADO O USO DE BALACLAVA SEM
AUTORIZAÇÃO DO COMANDO. PERGUNTADO SE: OS POLICIAIS USAVAM O
ROSTO COBERTO POR BALACLAVA, NO MOMENTO DA OPERAÇÃO?
RESPONDEU QUE: NÃO, POIS É VEDADO O USO DE BALACLAVA SEM
AUTORIZAÇÃO DO COMANDO. [...]PERGUNTADO SE: SABE INFORMAR QUAL A
COR DA VIATURA QUE FOI UTILIZADA PELA GUARNIÇÃO NA OCORRÊNCIA?
RESPONDEU QUE: A CAMUFLADA RAJADA DA ROTAM [...] [...].PERGUNTADO SE:
HAVIA O NOME DA ROTAM NA VIATURA OU NO FARDAMENTO DOS POLICIAIS?
RESPONDEU QUE: SIM, NAS PORTAS DA VIATURA E NO COLETE DE TODOS OS
POLICIAIS. [...] [...]PERGUNTADO SE: SABE INFORMAR QUANTOS POLICIAIS
COMPUNHAM A GUARNIÇÃO, NESSA OCORRÊNCIA? RESPONDEU QUE: SIM,
QUATRO POLICIAIS. DA ROTAM, PORÉM, HAVIAM OUTROS POLICIAIS
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 960 -

ENVOLVIDOS NA OCORRÊNCIA, QUE ACHA SEREM POLICIAIS DA ÁREA DO


BEQUIMÃO. [...] [...]PERGUNTADO SE: HAVIA ALGUMA VIATURA PRETA NO
LOCAL? RESPONDEU QUE: PRETA NÃO, MAS HAVIA VIATURAS DE ÁREA QUE
SÃO BRANCAS COM VERMELHO E AZUL, PORÉM, COM PREDOMINANCIA DA
COR BRANCA. [...] 5. Trechos do Termo Qualificação e interrogatório do indiciado, 2º
SGT/PM ROGÉRIO FRANÇA COSTA fls. 216:[...]QUE: QUANDO A GUARNIÇÃO JÁ SE
DESLOCAVA PARA A DELEGACIA, OS CIVIS QUE O ACOMPANHAVAM
COMEÇARAM A GRITAR ―LADRÃO‖, ABORDANDO UM CIDADÃO NESTE
MOMENTO, [...] [...]QUE: QUANDO O DECLARANTE E SUA EQUIPE RETORNARAM
AO LOCAL, OS POLICIAIS QUE ESTAVAM EM UMA OUTRA VIATURA JÁ HAVIAM
DETIDO O SUSPEITO E ENCONTRARAM O TELEFONE CELULAR DA VITIMA. [...]
[...]PERGUNTADO SE: NO MOMENTO DA ABORDAGEM, ALGUM DOS POLICIAIS
AGREDIU O SUSPEITO, SR PABLO? RESPONDEU QUE: NÃO SABE INFORMAR,
PELO FATO DE TEREM IDO ATÉ MAIS ADIANTE PARA FAZER A MANOBRA DO
VEICULO QUE SE ENCONTRAVA E QUANDO RETORNOU O SUSPEITO JÁ SE
ENCONTRAVA COM POLICIAIS DE OUTRA EQUIPE. [...] [...]PERGUNTADO SE:
SABE INFORMAR QUE FARDAMENTO VOCÊS UTILIZAVAM NO MOMENTO DA
ABORDAGEM? RESPONDEU QUE: FARDAMENTO RAJADO, DA ROTAM. [...]
[...]PERGUNTADO SE: OS POLICIAIS USAVAM O ROSTO COBERTO POR
BALACLAVA, NO MOMENTO DA OPERAÇÃO? RESPONDEU QUE: NENHUM DOS
POLICIAIS UTILIZAVA BALACLAVA. [...] [...]PERGUNTADO SE: PODE INFORMAR
QUAL A COR DA VIATURA QUE FOI UTILIZADA PELA GUARNIÇÃO NA
OCORRÊNCIA? RESPONDEU QUE: FOI UTILIZADA A VIATURA CAMUFLADA DA
ROTAM. [...] [...]PERGUNTADO SE: HAVIA O NOME DA ROTAM NA VIATURA OU
NO FARDAMENTO DOS POLICIAIS? RESPONDEU QUE: SIM, NA VIATURA E NO
COLETE DE TODOS OS POLICIAIS. [...] [...]PERGUNTADO SE: HAVIA ALGUMA
VIATURA DE COR PRETA NO LOCAL? RESPONDEU QUE: NÃO, MAS HAVIA UMA
PADRONIZADA DOS BATALHÕES, QUE ACHA TER SIDO A VIATURA DE ÁREA,
DO 8º BPM OU DO 21º BPM, PORÉM, NÃO TEM CERTEZA. [...] [...]PERGUNTADO SE:
VIU ALGUÉM QUE NÃO ERA POLICIAL AGREDIR ALGUM DOS SUSPEITOS?
RESPONDEU QUE: SIM, NO MOMENTO EM QUE O SUSPEITO FOI ABORDADO
PELOS CIVÍS QUE ESTAVAM NA MOTO, MESMO DA VTR EM MOVIMENTO,
VIRAM ESTES, INICIARAM UMA SESSÃO DE AGRESSÕES COM SEUS CAPACETES
NO SUSPEITO, DE IMEDIATO A VIATURA DO DECLARANTE MANOBROU PARA
RETORNAR AO LOCAL, JÁ ENCONTRANDO A SITUAÇÃO CONTORNADA PELOS
POLICIAIS DA OUTRA GUARNIÇÃO. [...] O que podemos verificar na análise dos
fragmentos aqui expostos, são inúmeras incoerências ou confusões perpetradas pela própria
vítima em seu depoimento, das quais passaremos apontar, senão vejamos: Em depoimento
constante na fl.205 e 206, o Sr. Pablo Henrique dos Santos informa que quem o abordou,
encontrava-se em motos e estavam de roupas comuns e os policiais que estavam na viatura,
encontravam-se de farda cinza, segue: [...]PERGUNTADO SE: COMO SE TRAJAVAM AS
PESSOAS QUE LHE ABORDARAM? REPONDEU QUE: OS QUE ESTAVAM NAS
MOTOS, ENCONTRAVAM-SE COM ROUPAS NORMAIS, SEM SER FARDA, PORÉM,
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 961 -

OS DA VIATURA ESTAM FARDADOS, COM FARDA CINZA. [...] No mesmo


depoimento, a vítima especifica a cor da viatura como ―preta‖, segue: [...]PERGUNTADO SE:
SABE ESPECIFICAR A COR DA VIATURA? REPONDEU QUE: ERA DE COR PRETA.
[...] Afirma que os policiais encontravam-se com ―balaclava‖, segue: [...]PERGUNTADO SE:
SABE ESPECIFICAR O NOME DE ALGUM DOS POLICIAIS QUE LHE AGREDIU?
REPONDEU QUE: NÃO, POIS OS POLICIAIS NÃO USAVAM NOME NA FARDA E
ESTAVAM TODOS DE MÁSCARA PRETA (BALACLAVA). [...] Afirma que foi agredido
pelas pessoas que estavam de moto, segue: [...] PERGUNTADO SE: AS PESSOAS QUE
ESTAVAM NA MOTO, TAMBÉM O AGREDIRAM? REPONDEU QUE: SIM. [...] Afirma
não ter presente no momento da sua agressão, nenhuma viatura ou policial identificado com o
nome da ROTAM, segue: [...]PERGUNTADO SE: NO MOMENTO DA SUA AGRESSÃO
HAVIA ALGUMA VIATURA OU POLICIAL COM NOME ROTAM? REPONDEU QUE:
NÃO. [...] Em todos os depoimentos colhidos pelas testemunhas e pelos indiciados, como
consignados nas frações de depoimentos acima, a própria vítima, Sr. Pablo em seu depoimento
afirma existir no local do qual sofreu a abordagem e consequentes agressões, pessoas de
motos, trajando roupas civis, além de policiais uniformizados com fardamento cinza, ou seja, o
fardamento tradicional da PM, utilizado por batalhões de área. Frise-se que, a Unidade
especializada Rotam, caracteriza-se pelo fardamento e cor das viaturas padronizadas em
camuflado urbano, fardamento e viatura, confirmados a sua devida utilização por todos os
policias que foram ouvidos. Além disso, no mesmo depoimento o Sr. Pablo informa que os
policiais que o agrediram encontravam-se utilizando balaclava, acessório proibido pelo
comando, exceto em situações pontuais previamente autorizadas pelo comando do CME,
Unidade de comando a qual o BOPE, e consequentemente a ROTAM, por ser uma das
companhias que compõem este Batalhão, são subordinados. No seu depoimento, o ofendido
informa claramente que foi agredido por policiais ―de farda cinza‖ e por pessoas que estavam
―na moto‖, informa que não viu nenhuma viatura ou policial fardado ostentando o nome
―ROTAM‖, além de declarar que os policiais que perpetuaram tal agressão, estavam com
―máscara preta‖, ou seja, todas essas afirmações nos levam a crer que tais ofensas não foram
praticadas pelos indiciados, tendo em vista os próprios e as testemunhas, sustentarem em suas
declarações, situações que torna improvável o contato inicial destes policiais com o ofendido.
Conforme descrito nos trechos de depoimentos acima mencionados, e confirmados pelo
ofendido, quando cita que os seus agressores estavam de balaclava, alguns estavam de moto e
trajando roupas civis, e os policiais fardados com roupa cinza, enquanto os indiciados e suas
testemunhas trazem informações totalmente diversas, ou seja, que estavam de farda rajada,
com viatura rajada, ostentando, tanto no fardamento quanto na viatura o nome ROTAM, sem
balaclava, e só tiveram contato com a vítima, após realizarem o retorno da viatura que já se
encontrava em deslocamento e apenas quando chegaram ao local receberam a vítima Sr.
Pablo, das mãos dos policiais de moto e viatura de área que ali se encontravam, juntamente
com os parentes da vítima que estavam de moto, trajando roupas civis. Podemos constatar
alguns pontos de divergência entre os relatos dos depoentes em tela e a realidade fática, em
alguns momentos pela controvérsia entre os depoimento e em outros pela confusão mental da
própria vítima, tais dados nos levam a perceber que as agressões perpetradas contra o Sr. Pablo
Henrique dos Santos, não partiram dos indiciados, que encontram-se lotados na ROTAM, mas
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 962 -

sim, dos paisanos que ali se encontravam e possivelmente dos policiais de área, que tiveram o
primeiro contato com a vítima, já que no depoimento do SD/PM N. Barros, acostado no autos,
fls.181 a 183, o depoente informa que o Sr. Pablo, no momento em que foi reconhecido e
detido, foi agredido com capacete pelos seus detentores, segue: ―PERGUNTADO SE: NO
MOMENTO DA ABORDAGEM, ALGUM DOS POLICIAIS AGREDIU O SUSPEITO, SR
PABLO? RESPONDEU QUE: NÃO, PORÉM, QUANDO DO RECONHECIMENTO DO
SUSPEITO PELA VÍTIMA, NO LOCAL ONDE FOI ENCONTRADA A MOTO, ESTA, SE
DIRIGIU PRIMEIRO AO SUSPEITO, PABLO, E PASSOU A AGREDI-LO COM UM
CAPACETE QUE PORTAVA, SENDO IMEDIATAMENTE INTERROMPIDA TAL
AGRESSÃO, NO MOMENTO EM QUE OS POLICIAIS ALCAÇARAM O SUSPEITO,
RETIRANDO-O DO ALCANCE DA VITIMA QUE O AGREDIA.‖ Quanto da possibilidade
de ouvir outras testemunhas, um dos quais o Sr. Thyago do Nascimento Machado, tornaram-se
inviáveis, tendo em vista a informação repassada pelo Sr. Pablo, quando da oportunidade do
seu depoimento, em que ressalta que o Sr. Thiago do Nascimento Machado, não se encontra
mais em São Luís, tendo regressado ao seu Estado de origem, o Estado do Piauí. fls 205. No
bojo do processo nº 11978-88.2018.8.10.0001 (126482018), que instrui o IPM em pauta,
consta Exame de Corpo de Delito, com protocolo nº 5000/2018- IML/SSP, que realmente
atesta: ―escoriação de região malar direita, de cerca de 2cm; escoriação de ombro direito de
cerca de 3cm; escoriação de joelho direito de cerca de 2,5cm‖. Porém, no depoimento do
próprio ofendido, este sustenta que as agressões sofridas foram, em parte, em local diverso da
constatada no referido laudo, senão vejamos: ―PERGUNTADO SE: LEMBRA EM QUE
PARTE DO CORPO SOFREU AS AGRESSÕES? RESPONDEU QUE: NA COSTELA E
NO ROSTO.‖ fl.206. Observa-se que consta de fato no laudo um hematoma na região malar
direita, porém, o mesmo laudo não trás referência a nenhum hematoma na costela, local que,
segundo o ofendido, sofreu as agressões pelos policiais. E para confundir mais ainda, o laudo
afirma haver um hematoma no joelho direito, local não apontado pela vítima como um ponto
que sofreu nenhum tipo de agressão. O que nos leva a entender que ainda que exista os
hematomas, não se pode correlacionar estes, taxativamente, a ocorrência sob investigação, ou
mesmo se atribuir os hematomas, a agressões perpetuadas por policiais, quando existem
diversos relatos que comprovam a tentativa de fuga do Sr. Pablo, no momento em que fora
reconhecido como autor do ato infracional de roubo, o que per si, pode ter ocasionado às
referidas lesões, além da possibilidade de ter sofrido tais agressões pelos paisanos que se
encontravam de moto. Segue: 1. Auto de Apreensão em flagrante emitido pela delegacia de
Plantão do Cohatrac, fl 199. ―os adolescentes foram entregues com pequenas escoriações, pois
tentaram fugir por um beco, no momento em que foram abordados‖ 2. Termo de Inquirição Sd
Jone Elson Santos Araújo. fls.253 e 254. ―QUE: NESSE MOMENTO O CIDADÃO DA
MOTO, GRITOU ―LADRÃO‖, E O SUSPEITO CORREU E ADENTROU A UMA
INVASÃO LOCALIZADA ONDE SERIA A FEIRA DO BEQUIMÃO, SENDO SEGUIDO
PELOS AMIGOS DA VÍTIMA E IMEDIATAMENTE CAPTURADO.‖ As controvérsias
acima pautadas demonstram uma completa incoerência, vincular os supostos agressores aos
policiais da ROTAM, já que os componentes desta Unidade Operacional, nunca utilizaram do
fardamento cinza, sendo o Rajado urbano, o fardamento peculiar dos integrantes da ROTAM
desde sua fundação em 28 de fevereiro de 2014. Na mesma linha de pensamento, no momento
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 963 -

da ocorrência, havia policiais militares de viatura e de motocicletas, responsáveis pelo


policiamento de área, além de pessoas civis envolvidas com a ocorrência e que participaram
efetivamente do reconhecimento, da perseguição e da captura do Sr. Pablo. As afirmações
feitas pelo Sr. Pablo, sobre o fardamento cinza, viatura preta, policiais com balaclava,
descaracterização do nome da ROTAM, nas viaturas e coletes, afastam qualquer possibilidade
de vinculação entre os agressores com tais características arguidas pela vítima, com os
indiciados. Apesar da ocorrência ter se dado em um horário de total disponibilidade de
iluminação natural, ou seja entre as 15h:30min e 18h:00min, conforme os depoimentos
acostados aos autos. Ressalta-se também que, em nenhum momento a vítima demonstrou
interesse em apresentar alguma testemunha do fato, conforme verifica-se no depoimento de
fls. 253 e 254: [...]PERGUNTADO SE: NO MOMENTO DA SUA ABORDAGEM, ONDE
FOI AGREDIDO, HAVIA ALGUEM QUE PRESENCIOU E POSSA SERVIR DE
TESTEMUNHA? RESPONDEU QUE: NÃO. [...] [...]PERGUNTADO SE: APÓS O
OCORRIDO ENCONTROU-SE OU SABE INFORMAR O PARADEIRO SO SR. THIAGO?
RESPONDEU QUE: NÃO, E ACHA QUE O THIAGO FOI EMBORA DAQUI, POIS ERA
DO ESTADO DO PIAUI. [...] [...]PERGUNTADO SE: SABE INFORMAR O ENDEREÇO
DE ALGUM PARENTE DO SR. THIAGO? RESPONDEU QUE: NÃO [...] III. PARTE
CONCLUSIVA. Constatadas todas as contradições acima elencadas, depoimentos eivados de
inconsistências, agrega-se a dificuldade de obter-se informações mais minuciosas e precisas,
tendo em vista o extenso lapso temporal, decorrido entre a ocorrência do fato e a apuração
substancial, tornando-se temerário aludir taxativamente a incidência da materialidade
evidenciada no exame pericial, aos acusados como responsáveis incontestes da autoria da
prática delituosa, sem deixarmos de incidir em ofensa ao princípio do in dubio pro réu,
princípio fundamental em Direito Penal que prevê o benefício da dúvida em favor do réu, isto
é, em caso de dúvida razoável quanto à culpabilidade do acusado, nasce em favor deste, a
presunção de inocência, uma vez que a culpa penal deve restar plenamente comprovada, neste
diapasão, concorre o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. TJ-MG -
100240305280380011 MG 1.0024.03.052803-8/001(1) (TJ-MG) Data de publicação:
09/08/2007. Ementa: ABUSO DE AUTORIDADE - INCOLUMIDADE FÍSICA - PROVA
FRACA E VACILANTE - ABSOLVIÇÃO - PRINCÍPIO DO ""IN DUBIO PRO REO"" -
Inexistindo prova segura a demonstrar ter o acusado praticado o crime de abuso de autoridade,
a absolvição impõe-se a absolvição com fundamento no princípio ""in dubio pro reo"", já que
é preferível absolver um culpado a correr risco de condenar um inocente. - Recurso provido.
Em face do resultado da apuração, devidamente respaldado pela legislação em vigor, este
encarregado concluiu que, não há indícios de infração penal, de natureza comum ou militar, na
conduta dos indiciados, nem foi possível constatar o cometimento de transgressão disciplinar
estipulada no Regulamento Disciplinar do Exército, em vigor nesta Corporação, uma vez que,
mesmo admitida a materialidade do fato, não é possível, apesar de todos os esforços,
corporizados nas diligências realizadas por este encarregado, comprovar a autoria da infração.
a) Em face do acima exposto e que dos autos consta, tendo em vista que não ficou comprovada
a autoria do fato, este Encarregado conclui que não há indícios de prática de crime militar,
nem comum, por parte dos policiais militares, SD/PM Neydson Barros Costa e do 2º Sgt/PM
Rogério França, qualificados nestes autos às fls. 181 e 184, respectivamente. b) E como os
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 964 -

fatos apurados são de competência da Justiça Militar Estadual, sejam os presentes autos
encaminhados ao Sr. Cel QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis, Comandante Geral da
PMMA, a quem compete solucioná-los e remetê-los à Auditoria da Justiça Militar Estadual, na
forma da legislação vigente. São Luís - MA, 10 de fevereiro de 2021. JOEL GUTERRES DOS
SANTOS – 1º TEN QOA/PM - ENCARREGADO DO TERMO. ESTADO DO
MARANHÃO. POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO. COMANDO DE MISSÕES
ESPECIAIS - BATALHÃO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS-BOPE. RONDAS OSTENSIVAS
TÁTICO MÓVEL – ROTAM. TERMO DE ENCERRAMENTO. R E C E B I M E N T O.
Aos dez dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e vinte e um, recebi estes autos do Sr.
Ten. QOAPM Encarregado do Inquérito Policial Militar. Getúlio Protásio de Vasconcelos - 1º
Sgt/PM – Escrivão. R E M E S S A. Aos oito dias do mês de janeiro do ano de dois mil e vinte
e um, nesta cidade de São Luís – MA, na base da ROTAM, faço a remessa destes autos de
Inquérito Policial Militar, ao Sr. Cel QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis, Comandante
Geral, do que, para constar, lavrei este termo. Eu, Getúlio Protásio de Vasconcelos - 1º
Sgt/PM, servindo de Escrivão, o digitei e subscrevo. Getúlio Protásio de Vasconcelos - 1º
Sgt/PM – Escrivão.

SOLUÇÃO DE IPM Nº 084/2020 - DP/3, de 02 de dezembro de 2020

Soluciono o Inquérito Policial Militar (IPM), do qual foi encarregado o 1º


Ten QOAPM Joel Guterres Santos, matricula nº 63594, de acordo com a Portaria de
Delegação de Inquérito Policial Militar nº 84/2020-DP/3, de 02 de dezembro de 2020,
instaurado com a finalidade de apurar o suposto crime de lesão corporal praticado por policiais
militares da ROTAM contra o nacional Pablo Henrique dos Santos, durante abordagem e
apreensão deste pela prática do ato infracional análogo ao crime de roubo circunstanciado,
ocorrido no dia 28 de março de 2018, por volta das 14h, no bairro Bequimão, São Luís – MA,
o Oficial Encarregado concluiu que, apesar de estarem presentes elementos informativos da
materialidade de lesão corporal leve atestada por exame de corpo de delito, não existem
indícios de que as referidas lesões foram praticadas pelos policiais da ROTAM 2º Sgt PM
Rogério França Costa, matrícula nº 101873 e Sd PM Neydson Barros Costa, matrícula nº
2516391.
Face ao acima exposto e o que dos autos consta, RESOLVO:

A) Concordar em parte com o relatório do Inquérito Policial Militar


(IPM) da lavra do Oficial encarregado, por entender que, restam evidenciadas provas de
materialidade de crime militar cometido por policiais militares a serem identificados;
B) Sugerir após análise do Ministério Público, que sejam realizadas as
diligências complementares:
i. Identificar e inquirir os policiais militares que participaram da
ocorrência e integram a ROTAM;
ii. Inquirir as possíveis vítimas do roubo, que conforme o testemunho
dos policiais militares da ROTAM foram os possíveis responsáveis pelas agressões no ato da
prisão;
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 965 -

C) Publicar em Boletim Geral a presente Solução de Inquérito Policial


Militar (IPM);
D) Remeter os presentes autos do Inquérito Policial Militar (IPM), ao
Exmo. Sr. Juiz de Direito Titular da Justiça Militar do Estado do Maranhão, na forma do que
preceitua o caput do artigo 23 do Código de Processo Penal Militar (CPPM), sugerindo que os
autos sejam devolvidos para que novas diligências sejam realizadas em relação aos outros
policiais militares que participaram da ocorrência;
E) Arquivar 01 (uma) via dos presentes autos do IPM, na Diretoria de
Pessoal (DP/3), para fins de controle.
Quartel do Comando Geral, em São Luís/MA, 10 de agosto de 2021. Cel
QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis - Comandante Geral da PMMA. NOTA Nº
20220110104021 - DP/3

(5) PORTARIA Nº 062/2020- DP/3, de 29/10/2020

(a) RELATÓRIO. 1. OBJETIVO DO IPM. O presente Inquérito Policial


Militar foi instaurado por determinação do Sr. CEL. QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis,
Comandante Geral da PMMA, por meio da Portaria de Delegação de Inquérito Policial Militar
nº 062/2020-DP/3, datada de 29 de outubro de 2020, com vistas a apurar as circunstâncias
pelas quais, em tese, o 1° Sgt PM R/R Antônio Gouveia Neto teria tomado pose da arma de
fogo, uma pistola cal. 380 Nº KEY 92320, de propriedade do 2° Ten PM R/R José de Ribamar
Pereira de Abreu, que encontrava-se internado à época do ocorrido, vindo a falecer no dia
01/06/2019. 2. DILIGÊNCIAS REALIZADAS E RESULTADOS OBTIDOS. Inicialmente,
este Encarregado determinou, por meio dos despachos abaixo discriminados, que fossem
expedidos os seguintes ofícios: 1° despacho às fls 042; 1. Ofício ao Senhor Coronel QOPM
Diretor de Pessoal da Polícia Militar do Maranhão, comunicando a designação, como
Encarregado do Inquérito Policial Militar; 2. Ofício ao Senhor Coronel QOPM Diretor de
Pessoal da Polícia Militar do Maranhão, encaminhando a cópia da Portaria de Instauração
firmada por este encarregado; 2° despacho às tis 047; 1. Ofício ao Senhor Coronel QOPM
Diretor de Pessoal da Polícia Militar do Maranhão, solicitando a apresentação do 1° Sgt PM
R/R Antônio Gouveia Neto, às 10h00 do dia 30/ 11/2020, na sala aonde funciona a Ajudância
Geral da PMMA; 3. Ofício o 1º Sgt PM R/R Antônio Gouveia Neto, notificando-o sobre a
coleta de seu Termo de Qualificação e Interrogatório às 10h00 do dia 30/11/2020, bem como
do Termo da Ofendida, a Sra Maria da Conceição Sousa de Abreu e o Termo de depoimento
de testemunha do Sr Maykon Costa Sousa no dia 30/11/2020, respectivamente às 08h00 e
09h00 na sala aonde funciona a Ajudância Geral da PMMA; 4. Ofício à Sra Maria da
Conceição Sousa de Abreu e ao Sr Maycon Costa Sousa informando-os da abertura do
presente Inquérito Policial Militar, bem como solicitando que se façam presentes,
respectivamente às 08h00 e 09h00 na sala aonde funciona a Ajudância Geral da PMMA no dia
30/ 11/2020. 3° despacho às fls 055. 1. Ofício ao Delegado Titular da Delegacia Especial do
Idoso, solicitando a cópia do procedimento aberto mediante denúncia da Sr<1 Maria da
Conceição Sousa de Abreu no dia 14 de junho de 2020; 4° despacho às fls 068. 1. Ofício ao
Senhor Coronel QOPM Diretor de Pessoal, solicitando a cópia dos assentamentos e Ficha
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 966 -

Individual do Sgt PM R/R Antônio Gouveia Neto; 2. Ofício o Senhor Coronel QOPM Diretor
de Pessoal, solicitando que seja localizado e notificado para coleta de termo de testemunha, o
Sgt PM R/R Farias citado no depoimento do 1° Sgt R/R Antônio Gouveia Neto. Juntaram-se
os seguintes documentos : • Portaria de Delegação Nº 062/2020 - DP/3, datada de 29 de
outubro de 2020, do Sr. Gel QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis Comandante Geral da
PMMA; º Ofício nº 1509/2020 - Corregedoria Adjunta da Polícia Militar, datado de 02 de
outubro de 2020; o Investigação Preliminar Nº 477/2019; •Termo de Declaração de Ofendida
(Maria da Conceição Sousa de Abreu); • Ofício nº 5451/2020 -D/P3, datado de 25 de
novembro de 2020; º Termo de Qualificação e Interrogatório do Investigado (1° Sgt PM R/R
Antônio Gouveia Neto). Foi ouvido em Termo de Declaração o seguinte ofendido: 1. Maria da
Conceição Sousa de Abreu, fls 060 e 061. Foi interrogado em Auto de Qualificação e
Interrogatório o acusado: 1. Antônio Gouveia Neto, 1° Sgt PM R/ R tis 063, 064 e 065. 3.
PARTE EXPOSITIVA. Fundamentalmente temos que o IPM é um procedimento inquisitorial,
investigatório e desenvolvido unilateralmente pela administração militar a fim de coletar os
mais diversos elementos à propositura da ação penal, mas inexiste o 'jus acusationis" (o direito
de acusar), pelo que não se prescinde de ampla defesa e contraditório, não se admitindo a
defesa técnica por escrito, bem como outras fundamentações legais. O processo ora
apresentado seguiu fielmente todos os ritos e lapsos temporais determinados na legislação
pertinente. Da análise de todas as peças que compõe o presente processo, observando-se
atentamente tudo o que foi juntado e reexaminando todos os detalhes do que foi levantado,
chega-se à conclusão de que o fato em apuração passou da seguinte forma: - Da acusação
contra o 1° Sgt PM RR Antônio Gouveia Neto de "tomar posse" de arma de fogo pertencente
ao 2° Ten. PM R/R José de Ribamar Pereira de Abreu. O 1° Sgt PM R/R Antônio Gouveia
Neto (então amigo da família da denunciante), costumava frequentar a residência da ofendida
no Bairro Centro, quando o esposo da mesma, o 2° Ten. RR José de Ribamar Pereira de
Abreu, passou por sérios problemas de saúde, ficando internado por mais de 06 meses, vindo à
óbito no dia 01 de julho do ano de 2019. No transcorrer deste momento de crise, o 1° Sgt PM
R/R Gouveia começou a frequentar com maior intensidade a casa da ofendida sempre
questionando a mesma sobre a pistola do seu esposo. Temos então no Autos deste IPM, duas
versões dos fatos, na primeira versão, a Sr.ª Maria da Conceição Sousa de Abreu relata em
todos os termos que prestou até o presente momento, ter sido procurada por diversas vezes
pelo acusado que estava interessado na arma do esposo (internado em estado grave) e que em
certo momento entregou o referido armamento para que o acusado providenciasse a limpeza e
manutenção da pistola, de modo que a pistola seria devolvida posteriormente, in verbis: [...)
Que, o Ten. RR Abreu se internou em 10/ 10/2018 e desde então o policial militar reformado
Antônio Gouveia Neto o qual costumava frequentar uma casa na rua da declarante, passou a ir
na residência da declarante e sempre perguntava se a declarante tinha interesse de vender a
pistola do seu esposo; Que em 05.03.2019 o policial militar reformado Antônio Gouveia Neto
foi a casa da declarante e pediu para levar a arma do Ten. PM RR Abreu para realizar uma
limpeza no referido armamento[ ...] (Trecho do Termo de Declaração em Investigação
Preliminar Nº 477/2019 que presta a Sr.ª Maria da Conceição Sousa Abreu, fls. 011). [...]
QUE, em março corrente, o amigo da família - SARGENTO GOUVEIA - esteve na casa
declarante onde insistiu para a declarante entregar essa pistola para ele que alegou que ia fazer
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 967 -

uma limpeza e que devolveria essa arma em três dias [...] que chegou até querer comprar a
arma, mas a declarante disse que não podia vender a arma que não era sua; QUE, Gouveia
nunca devolveu essa arma; QUE, sempre procurou receber essa arma de Gouveia, mas ele
alegou que o armeiro havia sido preso e a arma sumiu [...]" (Trecho do Termo de Declaração
prestado na Delegacia Especial do Idoso que presta a Sr.ª Maria da Conceição Sousa Abreu no
dia 14/06/2019, fls. 015). [...] QUE, todas as vezes que ia em sua casa e no hotel de
propriedade da declarante , também perguntava pela rama de seu esposo, uma pistola cal. 380
Nº KEY92320. Que, o Sgt Gouveia sempre perguntava se a declarante tinha intenção de
vender a referida arma. QUE, todas as vezes a declarante respondia que NÃO. QUE, a
declarante não poderia vender a arma, pois não era sua, era de seu marido e a mesma era
devidamente registrada. QUE, o Sgt Gouveia mudou as suas investidas e resolveu se
prontificar para realizar a limpeza da pistola. QUE, a declarante informou ao mesmo que iria
mandar fazer a limpeza no Clube de tiro CLAM ou no quartel da polícia militar. QUE, o Sgt
Gouveia com muita insistência solicitou que a declarante entregasse a arma para efetuar a
limpeza. QUE, pelo fato de estar em uma situação emocional muito complicada em virtude do
quadro de saúde de seu marido, entregou a referida pistola ao Sgt Gouveia, para que este
fizesse a devida manutenção. QUE, só entregou a arma ao Sgt Gouveia, pois o mesmo havia
dito que na CLAM só havia ladrão e que os mesmos poderiam subtrair a pistola. QUE, a
declarante afirma que o Sgt Gouveia informou que em 03 (três) o serviço estaria pronto e
devolveria a referida pistola. QUE, a entrega da arma ao Sgt Gouveia se deu no dia 05/03/2019
, por volta das 09h00 da manhã, que se lembra do horário pois havia acabado de chegar do
hospital Português. QUE, o seu sobrinho ouviu toda a história desde o início e também
testemunhou o momento da entrega da arma de fogo ao Sgt Gouveia. (...]" (Trecho do Termo
de Declaração prestado em IPM que presta a Sr.ª Maria da Conceição Sousa Abreu no dia
30/10/2020 , fls. 060). Na segunda versão dos fatos, temos o relato do 1° Sgt PM R/R Antônio
Gouveia Neto que negou a acusação objeto de apuração, relatando que não tomou posse do
armamento para realização de manutenção e/ou limpeza. E no que diz respeito à pistola cal.
380 Nº KEY 92320, o Sgt PM R R Gouveia alega ter feito um favor solicitado pela Sr.ª Maria
da Conceição Sousa de Abreu, no que se refere à venda da pistola, visto que esta última,
estaria com problemas financeiros em virtude da internação de seu esposo. Vale ressaltar que
todos os três depoimentos prestados pelo Sgt PM RR Gouveia, apesar de negar a autoria,
apresentam contradições pontuais, conforme consta nos trechos abaixo, in verbis: [...]Que, o
interrogado pegou a arma de fogo com a senhora CONCEIÇÃO, esposa do Tenente Abreu,
para limpar, mas deixou com ela logo R$ 200,00 (duzentos reais); QUE depois de uma semana
conseguiu vender a arma de fogo e entregou à Sr.ª CONCEIÇÃO o valor de R$ 2.000,00 (dois
mil reais). Que depois CONCEIÇÃO pediu para o interrogado vender mais uma arma de fogo
e o interrogado lembrou que aquela arma estava em seu nome e que tinha vendido para o
tenente ABREU ; QUE o interrogado comprou a arma de fogo para si pelo valor de R$ 500,00
(quinhentos reais), pois ficou com medo de CONCEIÇÃO ser presa por estar com arma de
fogo e ainda causar problema para o interrogado porque a arma de fogo (revólver calibre .32)
estava em seu nome [...]" (Trecho do Termo de Qualificação e Interrogatório que presta o 1°
Sgt PM R/R Antônio Gouveia Neto, fls. 016). [...] Acrescentou que na oportunidade, a
denunciante pediu emprestado R$ 1.000,00 (Hum mil reais). Porém, o declarante não tinha o
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 968 -

referido valor. QUE, o declarante conseguiu apenas R$ 200 ,00 (duzentos reais) pois era o
único valor que tinha em mãos. QUE passado 01 (uma) semana a denunciante chamou o
declarante em seu Hotel "Renascer", localizado na Rua da saúde, nº 201, Centro, São Luís.
QUE, naquela ocasião, a denunciante perguntou se o declarante não queria comprar a arma
(calibre.380 não recorda a marca) de seu esposo. QUE o declarante alegou estar sem condições
financeiras para comprar a arma, quando então a denunciante pediu ao declarante que
conseguisse um comprador para comprar a referida arma de seu esposo [...] QUE o declarante
intermediou a venda da mencionada arma. QUE o declarante entregou a denunciante a
importância de 2.000,00 (dois mil reais) que recebera do Sgt PM RR Farias, como pagamento
da arma [...]"(Trecho do Termo de Declaração do 1° Sgt PM R/R Antônio Gouveia Neto na
Investigação Preliminar Nº 477/2019, tis. 023, 024). Nota-se que inicialmente no Termo de
Qualificação e Interrogatório prestado no dia 26 de junho de 2018 na delegacia do idoso tis
016, o 1° Sgt PM Gouveia alega que no ato do recebimento da arma de fogo pelas mãos da Sr.ª
Maria, o mesmo entregou a quantia de 200,00, não ficando claro no depoimento se o valor era
emprestado ou era o adiantamento da venda da referida arma "[...]Que, o interrogado pegou a
arma de fogo com a senhora CONCEIÇÃO, esposa do Tenente Abreu, para limpar, mas
deixou com ela logo R$ 200,00 (duzentos reais); QUE depois de uma semana conseguiu
vender a arma de fogo e entregou à Sr.ª CONCEIÇÃO o valor de R$ 2.000,00 (dois mil
reais).[...]" , para tanto, temos na segunda declaração (Termo de Declaração tis 063) do 1° Sgt
Gouveia, que o valor de 200,00 reais fora entregue à Dona Maria como um empréstimo, visto
que segundo o mesmo, a Dona Maria estaria com dificuldades financeiras em virtude da
situação de seu esposo, porém o que chama atenção é a cronologia da entrega desse suposto
valor de 200,00 com a entrega da referida pistola, que nessa segunda declaração foram em
momentos diferentes "... a denunciante pediu emprestado ao declarante a importância de R$
1.000,00 (Hum mil reais). Porém, o declarante não tinha o referido valor. QUE o declarante
conseguiu apenas R$ 200,00 (duzentos reais), pois era o único valor que possuía em mãos.
QUE passado uma semana, a denunciante chamou a declarante em seu Hotel "Renascer ",
localizado na Rua da saúde, nº 201, Centro, São Luís. QUE naquela ocasião, a denunciante
perguntou se o declarante não queria comprar a arma (calibre.380, não recorda a marca) de seu
esposo. QUE o declarante alegou estar sem condições financeiras para comprar a arma,
quando então a denunciante pediu ao declarante que conseguisse um comprador para comprar
a referida arma de seu esposo, o Sub Ten PM José de Ribamar Abreu. [...]. QUE o declarante
conseguiu o comprador para a rama, o Sgt PM RR Farias, que reside no interior ". Temos aqui
uma divergência de relatos do acusado, na qual, em sua terceira declaração, desta vez em seu
Termo de Declaração e Interrogatório no presente IPM fls 063, mantém a segunda versão das
suas declarações ao relatar "QUE, ela falou que estava necessitando de dinheiro emprestado
para dar suporte ao seu marido e por esse motivo deu à mesma uma quantia de R$ 200,00 para
ajudá-la. QUE, após dar a referida quantia à Dona Maria, a mesma o procurou cerca de três
dias depois para que lhe oferecer a pistola de seu marido. QUE, disse à dona Maria que não
tinha interesse na compra. QUE, a mesma então lhe pediu que providenciasse a venda da
referida arma. QUE, três dias depois que levou a arma, conseguiu realizar a venda para o Sgt
PM RIR Farias (que só sabe informar o nome de guerra do mesmo). QUE, passou a referida
arma ao Sgt Farias e posteriormente repassou à Sr.ª Maria o montante de 2.000,00 (dois mil
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 969 -

reais) [...]" . Vale ressaltar que a única testemunha da venda da referida arma de fogo, não
atesta que a intenção da venda partiu da vítima, visto que, temos apenas a presença de uma
suposta transação comercial entre o acusado e um terceiro, que supostamente seria um policial
da Reserva Remunerada, cujo nome de guerra seria "Farias", não repassando qualquer outra
informação pertinente para a localização do indivíduo "QUE, três dias depois que levou a
arma, conseguiu realizar a venda para o Sgt PM RIR Farias (que só sabe informar o nome de
guerra do mesmo)". Mediante requisição da defesa do acusado, a Diretoria de Pessoal foi
oficiada solicitando a possibilidade de identificação desse suposto policial para então figurar
como testemunha , o que infelizmente não foi possível, visto que, como já foi dito, não existe
um teor substancial de informações para a localização do suposto policial. De acordo com a
Certidão presente nos Autos do IPM, temos a figura de uma testemunha que não foi localizada
por este Encarregado, o Sr Maykon Costa Sousa, visto que, segundo relato da Sr.ª Maria da
Conceição Sousa de Abreu , o mesmo fora embora para o Estado de São Paulo, sem deixar
qualquer tipo de contato, que porém, foi ouvido em Investigação Preliminar 477/2019-CAPM ,
e relata que de fato o 1° Sgt PM Gouveia sempre insistia em comprar a arma de fogo do
esposo da Dona Maria e que a mesma nunca esboçou interesse na venda e segundo o mesmo
relato, depois de várias tentativas, o Sgt Gouveia conseguiu a posse da arma, mas não para a
venda e sim para a manutenção, conforme disse "[...] QUE, inicialmente o denunciado insistiu
com a denunciante para comprar a mencionada arma. Contudo, ao perceber que a denunciante
não tinha a intenção e não iria vender a arma, passou a ludibria-la no sentido de levar a arma
para limpar. QUE a denunciante sempre quis realizar tal limpeza na arma. Assim o denunciado
se valeu da profissão militar, demonstrando conhecer a aram e ser capaz de realizar tal
limpeza. QUE após sucessivas tentativas o denunciado enfim conseguiu convencer a
denunciante a entregar a arma para que realizasse o procedimento de limpeza. QUE há pelo
menos 03 (três) meses a denunciante entregou a arma para o denunciado e este, por sua vez,
segundo declaração da denunciante não devolveu mais a mencionada arma {...]" . Não
obstante, temos nos Autos a presença de uma segunda arma de fogo que fora referenciada nos
Termos coletados, um revólver Cal 32 de numeração desconhecida. Tal armamento foi citado
inicialmente no Termo de Qualificação e Interrogatório que prestou o 1º Sgt PM RR Gouveia,
quando disse [...] "QUE depois CONCEIÇÃO pediu para o interrogado vender mais uma arma
de fogo e o interrogado lembrou que a arma estava em seu nome e que tinha vendido para o
tenente Abreu. QUE o interrogado comprou a arma de fogo para si pelo valor de R$ 500.00
(quinhentos reais), pois ficou com medo de CONCEIÇÃO ser presa por estar com arma de
fogo e ainda causar problema para o interrogado porque a arma de fogo (revolver cal 32)
estava em seu nome; [...] ". Já no Termo de Qualificação e Interrogatório, o 1º Sgt PM
Gouveia diz "{...) PERGUNTADO se foi procurado uma segunda vez pela s,-a Maria para
vender uma segunda arma de fogo, um revólver cal 32, RESPONDEU que foi procurado, mas
não para comprar a referida arma, pois tal arma já era de sua propriedade, porém estava
emprenhada para o Ten. Abreu por um valor de 500,00 reais. QUE, repassou tal quantia para a
s,-a Maria e recuperou o revólver. PERGUNTADO, se possui ou possuía a documentação da
referida arma, RESPONDEU que não, pois era uma arma clandestina. [...)". Portanto temos
mais uma divergência nas declarações do acusado, primeiro quando diz que tinha vendido o
revólver para o Tenente Abreu e que comprou de Dona Maria pelo valor de 500,00 e
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 970 -

posteriormente em novo depoimento quando diz que a arma estava empenhada ao Tenente
Abreu e que a teria recuperado pelo mesmo valor de 500,00 citado no primeiro depoimento,
também relata inicialmente que a referida arma estava em seu nome, já no segundo
depoimento, ao ser indagado pela documentação do armamento , relata que a arma seria
clandestina. 4. CONCLUSÃO. Os fatos segundo o que resultou apurado nestes autos
ocorreram da seguinte maneira: No dia 05 de março de 2019, o 1° Sgt PM Antônio Gouveia
Neto se apropriou da arma (Pistola Taurus cal 380 Nº KEY92320) do falecido 2° Ten. RR José
de Ribamar Pereira de Abreu , quando ofereceu-se à esposa do Ten. Abreu para realizar a
manutenção do referido armamento, visto que, a Sr.ª Maria da Conceição Sousa de Abreu não
queria vende-la ao Sgt PM RR Gouveia. Em face do acima exposto e que dos autos consta,
concluo que há indícios de crime militar e transgressão disciplinar conforme incisos n.0 01,
09, 37 do Anexo 1, todos do RDE (Regulamento Disciplinar do Exército) praticados pelo 1°
Sgt PM R/ R Antônio Gouveia Neto, dadas as circunstâncias do fato, portanto, salvo melhor
juízo. E como o fato é de competência da Justiça Militar , que os presentes autos sejam
encaminhados ao Senhor Comandante Geral da Polícia Militar do Maranhão, a quem compete
solucioná-los e remetê-los a autoridade judiciária competente para os devidos fins, em
conformidade com o § 1° do art. 22 do Código de Processo Penal Militar (CPPM). Quartel em
São Luís - MA, 14 de dezembro de 2020. Denilson Georsevan Machado Barbosa- Capitão
QOPM - Encarregado do IPM

SOLUÇÃO DE IPM Nº 062/2020 - DP/3, de 29 de outubro de 2020.

Soluciono o Inquérito Policial Militar (IPM), do qual foi encarregado Cap


QOPM Denilson Georsevan Machado Barbosa, matrícula nº 2250579, ID nº 00814474, de
acordo com a Portaria de Delegação nº 062/2020 - DP/3, de 28 de outubro de 2020, com a
finalidade de apurar as circunstâncias pelas quais o 1º Sgt PM RIR Antônio Gouveia Neto,
matrícula nº 3236, teria, em tese, no dia 05/03/2019, tomado posse da arma de fogo, tipo
pistola, marca Taurus, calibre 380mm, número de série KEY92320 , de propriedade do então
2º Ten RIR José de Ribamar Pereira de Abreu, matrícula nº 6163, cujo se encontrava internado
à época do ocorrido, vindo a falecer posteriormente no dia 01/06/2019. Tal evento fora
noticiado pela Sra. Maria da Conceição Sousa de Abreu, viúva do Ten RIR Abreu, junto à
Corregedoria Adjunta de Polícia Militar, a qual informa que até a presente data não fora
realizada a devolução do armamento pelo Sgt Ref. Gouveia, conforme se depreende dos autos
da Investigação Preliminar nº 477/2019-CAPM, de 15/07/2020, tendo o Oficial Encarregado
do Inquérito Policial Militar (IPM) concluído que há indícios de crime militar praticado pelo
1º Sgt PM RIR Antonio Gouveia Neto, matrícula nº 3236.

Face ao acima exposto e o que dos autos consta, RESOLVO:

A)Concordar com o relatório do Oficial encarregado do Inquérito


Policial Militar (IPM);
B) Indiciar o 1º Sgt PM R/R Antônio Gouveia Neto, matrícula nº 3236,
por haver em sua conduta indícios de crime militar;
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 971 -

C) Publicar em Boletim Geral, esta homologação de solução de


Inquérito Policial Militar (IPM);
D) Remeter os presentes autos do Inquérito Policial Militar (IPM), ao
senhor Juiz de Direito, Titular da Justiça Militar do Estado do Maranhão, na forma do que
preceitua o caput do art. 23 do Código de Processo Penal Militar (CPPM);
E) Arquivar 01 (uma) via dos presentes autos do IPM, na Diretoria de
Pessoal (DP/3), para fins de controle.

Quartel do Comando Geral, em São Luís/MA, 29 de janeiro de 2021.


Cel QOPM Pedro de Jesus Ribeiro dos Reis - Comandante Geral da PMMA. NOTA Nº
20211230095749 - DP/3

2) ATO DO CORREGEDOR PM

a) Transcrição de Relatório e Solução em Investigação Preliminar

(1) PORTARIA Nº 2021, de 28/09/2021. 1. DA FINALIDADE. O


presente relatório tem por finalidade apurar os fatos denunciados pelo Ministério Público
Estadual, em que consta como vítima o Sr. Felipe Jacinto Silva que seria, em tese, vítima de
disparo de arma de fogo efetuado por policial militar logo após sua detenção. Fato que recai
em desfavor da Sd PM Thais Beatriz Oliveira de Lucena, mat. 872943, pertencente ao 30º
BPM, durante fato ocorrido no dia 25.12.2019, Buriticupu/MA, sendo registrado nesta
Corregedoria no dia 16.07.2020. Diante da notícia dos fatos aqui denunciados, o Coronel PM
Corregedor Adjunto da PMMA determinou a instauração da presente Investigação Preliminar.
2. DAS DILIGÊNCIAS. Foram juntados os seguintes documentos: - SIMP nº 009379-
500/2020, de 07.07.2020, e seus anexos, incluindo 01 (um) projetil de arma de fogo (fl. 19),
fls. 03-30; - Ofício nº 575/2021 – Seç. Adm – CPA-I/3, de 21.05.2021, e seus anexos, fls. 39-
62. Foram colhidos os seguintes depoimentos: - Não foram colhidos termos por esta CAPM.
Os termos constantes nesta Investigação Preliminar foram colhidos na sede do 30º BPM. 3.
DOS FATOS. O Ministério Público Estadual, imbuído de sua função fiscalizadora da
atividade policial, constante no art. 129, inciso VII da Constituição Federal, remeteu a esta
correcional notícia-crime de possível lesão corporal praticada por policial militar no ato da
abordagem do nacional Felipe Jacinto Silva. Segundo o nacional Felipe Jacinto Silva, em
termo prestado no 30º BPM, declarou que estava andando na rua e veio a viatura por trás,
tendo escutado o disparo e caído. Em seguida, foi revistado e colocado na viatura com destino
a UPA para atendimento médico, fls. 46-47. O Sd PM 1217/17 Marcos dos Santos Oliveira,
em termo prestado no 30º BPM, declarou que estavam fazendo acompanhamento policial dos
indivíduos por terem se evadido da abordagem, e na rua contrária se depararam com os
mesmos, colocando a viatura para impedir a fuga. Desembarcaram da viatura, o declarante
pelo lado direito e a Sd Lucena pelo lado esquerdo, quando ouviu um disparo, percebendo o
armamento da Sd Lucena no chão e a vítima havia sido alvejada pelo disparo, fl. 48. O Sd PM
421/17 Jhonton Sousa Gomes, em termo prestado no 30º BPM, declarou que estavam fazendo
acompanhamento policial de dois indivíduos em atividade suspeita, sendo que os mesmos
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 972 -

estavam em uma motocicleta em alta velocidade. Em uma rua colocaram a viatura para
impedir a fuga, tendo os suspeitos colidido com a viatura. O declarante ouviu um disparo sem
saber a direção, desembarcou e percebeu que o Sr. Felipe Jacinto Silva havia sido alvejado, fl.
50. O Sd PM 470/17 Virmundo Marinho do Ó Loiola, em termo prestado no 30º BPM,
declarou que estavam patrulhando quando fora dado ordem de parada para dois indivíduos em
atividade suspeita, sendo que os mesmos estavam em uma motocicleta em alta velocidade.
Colocou a viatura estrategicamente para impedir a fuga dos indivíduos e, ao tentar
desembarcar, ouviu um disparo, sem saber a direção, se abrigou e percebera que o Sr. Felipe
Jacinto Silva havia sido alvejado, fl. 52. A Sd PM 170/18 Thais Beatriz Oliveira de Lucena,
em termo prestado no 30º BPM, declarou que ao desembarcar da viatura para que fosse feito o
procedimento de abordagem padrão policial, a pistola bateu na porta e caiu, quando
acidentalmente aconteceu o disparo, fl. 54. 4. CONCLUSÃO. Com fulcro no Art.4º, inciso IV,
da Portaria nº 076/2015-GCG, publicada no Boletim Geral nº 217, de 04 de dezembro de 2015,
do Cel QOPM Comandante Geral da PMMA, que aprova as instruções gerais para a
elaboração do procedimento de Investigação Preliminar no âmbito da Polícia Militar do
Maranhão, o Cel QOPM Corregedor Adjunto da PMMA determinou a instauração da presente
Investigação Preliminar, mediante a Portaria nº 252/2020-CAPM, de 16 de julho de 2020, com
o objetivo de apurar as notícias de fatos registrados nesta Corregedoria Adjunta de Polícia
Militar, fl. 02. A Polícia Civil de Buriticupu, com fundamento nas alterações legislativas
trazidas pela Lei Federal nº 13.491/17, encaminhou ao Ministério Público peças e relatório
mencionando situação de lesão corporal por arma de fogo decorrente de intervenção policial.
Segundo o relatório emanado pela Polícia Civil, a autoridade policial tomou conhecimento que
o Sr. Felipe Jacinto Silva havia sido submetido a intervenção cirúrgica para retirada de um
projetil de arma de fogo, e ao se deslocarem unidade de saúde, constataram que o disparo foi
efetuado por um policial militar de forma acidental, fl.10. Da intervenção cirúrgica realizada
na vítima restou a retirada um projetil de arma de fogo que se encontra anexo aos autos, fl. 19.
A integridade física de qualquer nacional é objeto de amparo pela Constituição Federal e
legislações infraconstitucionais que regulam o direito pátrio. O próprio Código Penal e o
Código Penal Militar possuem capítulos que sancionam e regulam o crime de Lesão Corporal.
Da análise perfunctória dos autos, este encarregado constatou que a lesão ocorrida no Sr.
Felipe Jacinto Silva se deu em decorrência de evento não quisto pela guarnição policial militar
(queda do armamento policial), principalmente pela Sd PM 170/18 Thais Beatriz Oliveira de
Lucena, que, em conformidade com os autos, buscou minimizar os efeitos do ocorrido levando
a vítima para atendimento médico e custeando seus gastos com medicamentos, fls. 54-55.
Ocorre que, mesmo não prevendo ou querendo o evento danoso, o fato existiu e tornou-se
típico de acordo com a legislação pátria que prevê a possibilidade de crimes culposos quando
previstos. A lesão corporal culposa encontra-se prevista no art. 210 do Código Penal Militar e
art. 129, §6º do Código Penal Brasileiro; sendo que o Código Penal Militar ainda prevê a
incidência no § 1º de agravante quando o evento decorre da inobservância de regra técnica de
profissão. Essa inobservância de regra técnica e consequente aplicação da agravante
mencionada, é objeto constante de julgados nos tribunais, principalmente os militares, sendo
que os tribunais militares entendem de forma pacífica que a maioria dos disparos acidentais
são decorrentes da inobservância de regras técnicas da profissão, e não caracterizam fato
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 973 -

atípico, vejamos: EMBARGOS INFRINGENTES. DPU. LESÃO CORPORAL CULPOSA.


ARTIGO 210 DO CPM. INOBSERVÂNCIA DE DEVER DE CUIDADO.
PREVISIBILIDADE DO RESULTADO. CONSTATAÇÃO. EMBARGOS CONHECIDOS E
NÃO ACOLHIDOS. MAIORIA. 1. Age com culpa o acusado que causa lesões em outrem,
por meio de descuidado acionamento da arma de fogo que porta em função das atribuições
militares. 2. A constatação de alguns defeitos no armamento não exime a responsabilidade
criminal do acusado, quando afastada de maneira adequada a hipótese de disparo fortuito. 3. A
inobservância do dever de cuidado traduz-se na não adoção dos procedimentos regulamentares
aptos a impedir o disparo em momento inadequado. Embargos conhecidos e não acolhidos.
Decisão por maioria. (STM - Relator(a):CARLOS AUGUSTO DE SOUSA; Data de
Julgamento: 29/08/2019, Data de Publicação:12/09/2019) (Grifo nosso). APELAÇÃO.
PRESCRIÇÃO. AFASTADA. MATERIALIDADE E AUTORIA. DELITO CULPOSO.
COMPROVAÇÃO. NEGADO PROVIMENTO. DECISÃO UNÂNIME. I. A denúncia foi
recebida em 30/9/2019 e a sentença de piso foi publicada em 26/8/2020, fluindo menos de
1(um) ano, logo, fica afastada a prescrição. II. A materialidade está provada à exaustão, tanto
pelos Exames de Corpo de Delito nas vítimas quanto pelos exames de vestígios encontrados
no Apelante, assim como pelo Laudo de Eficiência na arma de fogo. III. Os depoimentos das
testemunhas que presenciaram o fato, assim como as declarações dos ofendidos e o
interrogatório do apelante, comprovam, de forma inequívoca, ter sido ele o autor do disparo
que atingiu as duas vítimas. IV. O conjunto probatório leva à evidente conclusão de que houve
o cometimento de lesão culposa, em conformidade com o modelo legal do art. 210 do CPM.
Trata-se de fato ilícito, não querido, mas previsto, que poderia ser evitado se o Apelante
tivesse agido de forma cuidadosa. V. Negado provimento ao apelo defensivo. Sentença
mantida. Unânime. ( STM - Relator(a): LUIS CARLOS GOMES MATTOS, Data de
Julgamento: 08/04/2021, Data de Publicação: 23/04/2021) Policial Militar – Art. 210, caput e
§ 1º, do CPM – Sentença condenatória – Recurso exclusivo da Defesa – Prescrição retroativa
reconhecida – Em havendo recurso do sentenciado, adentra-se ao mérito, pois que a decisão
pode ser mais favorável. Lesão corporal comprovada por Laudos de Exame de Corpo de
Delito – Disparo de arma de fogo em vítima civil durante perseguição a pé. Depoimento da
vítima em sintonia com a versão do próprio acusado, que reconhece o disparo acidental da
arma de fogo. Provas suficientes para embasar decreto condenatório. Exame pericial que
atestou o perfeito funcionamento da arma, que só poderia disparar mediante o acionamento,
ainda que involuntário, do gatilho. Caracterizada a culpa e a circunstância agravante de
inobservância de regra técnica de profissão em razão de o policial militar empreender
perseguição a civil com o dedo no gatilho da arma de fogo – Condenação mantida. Recurso
não provido, mas reconhecida, ex officio, a prescrição, pela pena em concreto, entre a data dos
fatos e o recebimento da denúncia. (TJMSP – Relator: Clovis Santinon, Julgamento:
21/10/2013). No corpo material da presente investigação, consta a anexação de um laudo
pericial pela Sd PM 170/18 Thais Beatriz Oliveira de Lucena em que, em tese, demonstraria
um defeito em sua pistola. Ocorre que o mencionado Laudo (fls. 57-62), realmente constatou
um defeito no mecanismo de segurança: desarmador do percussor. Entretanto, o defeito
constatado no mecanismo não era capaz, por si só, de efetuar o disparo acidental, pois, de
acordo com o laudo pericial ― [...] ocorreu a percussão da espoleta sem a
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 974 -

detonação/deflagração pelo pino percutor, ou seja, o percutor deslocou-se até a espoleta sem
energia suficiente para a ocorrência da ignição da espoleta e propelente. [...] ‖ (Grifo nosso).
Como se denota da leitura do laudo pericial mencionado, foram realizados 26 (vinte e seis)
testes de queda com o armamento da policial, porém, em nenhuma das tentativas ocorreu a
deflagração da munição, fl. 61. Ante o exposto, conforme as peças juntadas aos autos desta
Investigação Preliminar constataram-se que há indícios de autoria e materialidade dos fatos
denunciados pelo Ministério Público Estadual, em desfavor da Sd PM 170/18 Thais Beatriz
Oliveira de Lucena, o qual, em tese, praticou o crime de lesão corporal culposa previsto no
Código Penal Militar e Código Penal Brasileiro. 5. DO PARECER. Em face do exposto,
sugerimos que seja instaurado o devido processo legal, para propiciar a Sd PM 170/18 Thais
Beatriz Oliveira de Lucena a ampla defesa e o contraditório, conforme o art. 5º, inciso LV, da
CF/1988, que assim dispõe: ―Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a
ela inerentes‖. São Luís (MA), 27 de julho de 2021. Wellington Pereira da Silva – MAJ.
QOPM. Encarregado da Investigação Preliminar

SOLUÇÃO DE INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR DA LAVRA DO CORREGEDOR


ADJUNTO DE POLICIA MILITAR (CAPM).

Pela conclusão das averiguações policiais a que chegou o Maj QOPM


Wellington Pereira da Silva, matrícula nº 134155, mandado proceder por esta Corregedoria
Adjunta de Policia Militar, mediante a Investigação Preliminar nº 252/2020-CAPM, de 16 de
julho de 2020, com a finalidade de apurar os fatos constantes da denúncia de lesão corporal
causada por disparo de arma de fogo, oriunda da 6ª PJE - 1ª Justiça Militar - São Luís, tendo
como vítima o Sr. Felipe Jacinto Silva, praticada, em tese, pela Sd PM nº 170/18 Thais Beatriz
Oliveira de Lucena, matrícula 872943, lotada no 30º BPM, fato ocorrido no dia 25 de
dezembro de 2019, no município de Buriticupu/MA, tendo o Encarregado da Investigação
Preliminar concluído pela existência de indícios de crime culposo, sugerindo pela instauração
de Processo ou Procedimento Administrativo com observância das garantias estabelecidas na
Constituição da República Federativa do Brasil em Vigor. Em consequência, RESOLVO: a)
Concordar com o Relatório do Encarregado da Investigação Preliminar; b) Publicar em
Boletim Geral, o Relatório e a Solução da Investigação Preliminar; c) Determinar ao Chefe do
Serviço de Cartório que faça remessa de cópia do Relatório e Solução, da presente
Investigação Preliminar, à Corregedoria Geral da SSP/MA, para conhecimento e medidas
pertinentes; d) Determinar ao Chefe do Serviço de Cartório que faça remessa de cópia do
Relatório e Solução, da presente Investigação Preliminar, à 6ª PJE - 1ª Justiça Militar - São
Luís, para conhecimento e medidas pertinentes; e) Determinar ao Chefe do Serviço de Cartório
que faça remessa de cópia dos Autos da presente Investigação Preliminar ao Comando de
Policiamento de Área do Interior-3 (CPAI-3), para que instaure o competente Processo ou
Procedimento Administrativo; f) Solicitar ao Comando de Policiamento de Área do Interior-3
(CPAI-3) que, após a conclusão do Processo ou Procedimento Administrativo, seja
encaminhado o resultado a esta Corregedoria Adjunta de Policia Militar; g) Inserir os Autos
desta Investigação no banco de dados da Corregedoria Adjunta de Polícia Militar para fins de
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 975 -

controle e estatística; h) Arquivar os presentes Autos de Investigação Preliminar no arquivo


respectivo. São Luís - MA, 29 de julho de 2021. Ten Cel QOPM Carlos Henrique Abreu
Fonsêca. Resp. p/ Corregedoria Adjunta de Polícia Militar. NOTA Nº 20210928153651 –
Corregedoria

QUARTA PARTE – JUSTIÇA E DISCIPLINA

4.1 - JUSTIÇA

4.1.1 - CRIME COMUM

Sem alteração.

4.1.2 - CRIME MILITAR

A. ALTERAÇÃO DE PRAÇA

1) ATO DO SUBCOMANDANTE GERAL

a) Transcrição de Alvará de Soltura

(1) ESTADO DO MARANHÃO. PODER JUDICIÁRIO. TRIBUNAL


DE JUSTIÇA. ALVARÁ DE SOLTURA (com cautelar). O DESEMBARGADOR VICENTE
DE PAULA GOMES DE CASTRO, PRESIDENTE DA SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO, NA FORMA DA LEI ET
COETERA...Pelo presente, faço saber às autoridades e a quem o conhecimento deste pertencer
que, a Segunda Câmara Criminal deste Tribunal de Justiça, em sessão via videoconferência
realizada em 19 de agosto de 2021, julgando o HC 0812899-12.2021.8. 10.0000 - Juízo de
Direito da Auditoria da Justiça Militar/MA, em que foi Relator o Desembargador José Luiz
Oliveira de Almeida, proferiu a seguinte decisão: ``UNANIMEMENTE E EM DESACORDO
COM O PARECER DA DOUTA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, A SEGUNDA
CÂMARA CRIMINAL CONCEDEU PARCIALMENTE A ORDEM IMPETRADA PARA
SUBSTITUIR A PRISÃO PREVENTIVA POR CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO,
DETERMINANDO A EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ DE SOLTURA EM SEU FAVOR, NOS
TERMOS DO VOTO DO DESEMBARGADOR RELATOR``. Dessa forma, determino que
seja posto em liberdade, SALVO SE POR OUTRO MOTIVO NÃO ESTIVER PRESO, o
paciente TIAGO DOS SANTOS BRITO, brasileiro, policial militar, portador do Registro
Geral nº. 22563, inscrito no CPF n.º 603.149.653-43, residente e domiciliado na Rua
Presidente Dutra, bloco 02, apt 101, Eco Parque, VII- Anil, na cidade de São Luís MA, preso
por ordem do Juízo de Direito da Auditoria da Justiça Militar/MA, nos Autos de Prisão em
Flagrante 0827796-42.2021.8.10.0001, devendo ainda cumprir, sob pena de revogação, as
seguintes cautelares: I) comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas,
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 976 -

para informar e justificar atividades; II) recolhimento domiciliar noturno, nos prazos e
condições a serem fixadas pelo magistrado; III) proibição de ausentar-se da comarca, salvo nas
hipóteses de viagem, devidamente justificada, devendo comunicar seu itinerário e datas de
partida e retorno, previamente, ao juízo; e IV) proibição de frequentar locais que sirvam
bebidas alcoólicas, considerando as circunstancias do fato, no qual o paciente desacatou
militares e superiores em aparente estado de embriagues alcoólica. O descumprimento das
condições impostas implicará na revogação das medidas e decretação da prisão preventiva,
com o consequente recolhimento ao cárcere. O compromisso legal deverá ser tomado no juízo
de origem, cujas especificidades serão fixadas pelo magistrado condutor do feito, de acordo
com as particularidades do caso, devendo ser notificado do teor desta decisão, incontineti. Eu,
Lauber Jorge do Carmo Queiroz, Secretário, em exercício, da Segunda Câmara Criminal
Isolada do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, subscrevi. ASSIM O ENTENDAM E
CUMPRAM. Palácio da Justiça ``Clóvis Bevilácqua``, em São Luís/MA, 27 de agosto de
2021. Desembargador VICENTE DE PAULA GOMES DE CASTRO. Presidente da Segunda
Câmara Criminal Isolada/TJMA.

- Em consequência:

a) O Comando do 10° BPM faça constar nos assentamentos do SD


PM 92/19 TIAGO DOS SANTOS BRITO, matrícula n° 870095.

b) A Diretoria de Pessoal, a Comissão de Promoção de Praças PM


(CPPPM) e demais órgãos competentes tomem conhecimento e providências. NOTA Nº
20220110161807 - DP/3

(2) SERVIÇO ESPECIALIZADO EM INFORMAÇÕES JUCIÁRIAS.


VITORIA REGIA MATOS PRADO. RUA NITERÓI, 69, CHÁCARA BRASI L, Chácara
Brasil. 65066868 - São Luís/MA. Edição: 0 - TJ Maranhão - Judicial - DJMA - Página: 0 a 0.
Data de Publicação: 11/08/2021. Data de Disponibilização: 10/08/2021. VARA: VARA DE
AUDITORIA MILITAR DE SÃO LUÍS. PROCESSO: 0013529-69.2019.8.10.0001. TERMO
ENCONTRADO: VITORIA REGIA MATOS PRADO. DIÁRIO DE JUSTIÇA
ELETRÔNICO NACIONAL (DJEN) Processo 0013529-69.2019.8.10.0001 Data de
disponibilização: 10/08/2021 Órgão: VARA DE AUDITORIA MILITAR DE SAO LUÍS Tipo
de comunicação: Intimação Meio: Diário Eletrônico de Justiça Nacional Inteiro teor: Parte(s):
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL POLICIA MILITAR DO MARANHÃO.
AGOSTINHO ABREU LIMA. ALTAIR DA COSTA MARQUES. ALTAIR DA COSTA
MARQUES. CARLOS MURILO SANCHES VALE JUNIOR. CELSO RUBEM CUTRIM
CARDOSO. CLEONE SILVA DO NASCIMENTO. CLISTENES NEY DE MEDEIROS
ARAUJO. ENGELBERTH FARIAS RIBEIRO. FABIO FERNANDES DE SOUSA. FABIO
FERNANDES DE SOUSA. IGOR RODRIGUES COELHO. ITALO DE SOUZA ALMEIDA.
JHONATAN LIMA GARRETO. JOSE FERREIRA DE ARAUJO FILHO. LUCIANO
GARCEZ DE CARVALHO. LUCIANO GARCEZ DE CARVALHO. MAURO JORGE
SOARES SERRA. PAULO ROBERTO SOUSA ARAUJO. SERGIO LUIS BRANDÃO
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG - 977 -

SANTOS. VALDEMAR JERONIMO PIRES JUNIOR. WINDSON ITALO COSTA


ALMEIDA Advogado(s): VITORIA REGIA MATOS PRADO - OAB MA-10958. VITORIA
REGIA MATOS PRADO - OAB MA-10958. ANGELO RIOS CALMON – OAB-MA –
12638. PROCESSO Nº 0013529-69.2019.8.10.0001 (129232019) CLASSE/AÇÃO: Ação
Penal - Procedimento Ordinário. AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL e POLICIA
MILITAR DO MARANHÃO. ACUSADO: AGOSTINHO ABREU LIMA e ALTAIR DA
COSTA MARQUES e ALTAIR DA COSTA MARQUES e CARLOS MURILO SANCHES
VALE JUNIOR e CELSO RUBEM CUTRIM CARDOSO e CLEONE SI LVA DO
NASCIMENTO e CLISTENES NEY DE MEDEIROS ARAUJO e ENGELBERTH FARIAS
RIBEIRO e Fabio FERNANDES DE SOUSA e FABIO FERNANDES DE SOUSA e IGOR
RODRIGUES COELHO e ITALO DE SOUZA ALMEIDA e JHONATAN LIMA GARRETO
e JOSE FERREIRA DE ARAUJO FILHO e LUCIANO GARCEZ DE CARVALHO e
LUCIANO GARCEZ DE CARVALHO e MAURO JORGE SOARES SERRA e PAULO
ROBERTO SOUSA ARAUJO c SERGIO LUIS BRANDÃO SANTOS e VALDEMAR
JERONIMO PIRES JUNIOR e WINDSON ITALO COSTA ALMEIDA. ANGELO RIOS
CALMON (OAB 12638-MA) e VITORIA REGIA MATOS PRADO (OAB 10958-MA) e
VITORIA REGIA MATOS PRADO (OAB 10958-MA). Processo nº. 129232019. Ação Penal
Incidência Penal: Art. 315 do CPM Acusados: Valdemar Jerônimo Pires Júnior, Windson Ítalo
Costa Almeida e Emgelberth Farias Ribeiro. Advogada: Vitória Régia Matos Prado - OA
B/MA 10.958 SENTENÇA. O Ministério Público celebrou Acordo de Não Persecução Penal
com os acusados, sob a forma de prestação pecuniária, correspondente ao valor de R$3.500,00
(três mil e quinhentos reais), no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data da cientificação da
homologação judicial, destinado à execução de melhorias na estrutura física e de segurança do
Pavilhão de Prisões Militares da PMMA. Audiências de homologação dos acordos realizadas
em 18/05/2021 e 20/05/2021, em que os acusados ratificaram o termo do acordo realizado com
o Ministério Público e expressaram sua voluntariedade na aceitação do mesmo (fls. 784 e
812). Pagamento das prestações realizadas dentro do prazo determinado (fls. 883,887 e 891).
Manifestação do Ministério Público pela extinção da punibilidade pelo adimplemento integral
dos Acordos de Não Persecução Penal (fl. 880). Eis, em resumo, o relatório. Pelo que se extrai
dos autos, os acusados já cumpriram integralmente as condições de Acordo de Não Persecução
Penal. Desse modo, tem-se que o reconhecimento e declaração da extinção da punibilidade é
questão de rigor, em razão de que resta cumprida a totalidade das exigências do ANPP, Ante o
exposto, extingo a punibilidade dos acusados VALDEMAR JERÔNIMO PIRES JÚNIOR,
WINDSON ÍTALO COSTA ALMEIDA E EMGELBERTH FARIAS RIBEIRO, tendo em
vista o cumprimento integral das condições do Acordo de Não Persecução Penal, nos termos
do artigo 28-A, §13, do Código de Processo Penal. Após o trânsito em julgado da presente
decisão, oficie-se ao Comando Geral da Polícia Militar do Estado do Maranhão para q ue
exclua da ficha funcional dos acusados qualquer referência a este processo. Publique-se.
Registre-se. Intime-se. São Luís, 09 de Agosto de 2021. NELSON MELO DE MORAES
RÊGO. Juiz de Direito Titular da Auditoria da Justiça Militar do Estado. Resp. 193250. id:
8081380.
- 978 -
BG nº 032, de 15 de fevereiro de 2022 - AjG

- Em consequência:

a) O Comando do BOPE faça constar nos assentamentos do 3º SGT


PM 546/93 VALDEMAR JERÔNIMO PIRES JÚNIOR, matrícula n° 114652; o Comando do
7º BPM faça constar nos assentamentos do 3º SGT PM 592/93 WINDSON ÍTALO COSTA
ALMEIDA, matrícula nº 109801; o Comando do 28º BPM faça constar nos assentamentos do
3º SGT PM 1149/93 EMGELBERTH FARIAS RIBEIRO, matrícula nº 116293.

b) A Diretoria de Pessoal, a Comissão de Promoção de Praças PM


(CPPPM) e demais órgãos competentes tomem conhecimento e providências. NOTA Nº
20220110163034 - DP/3

4.2 - DISCIPLINA

Sem alteração.

4.2.1 - RECOMPENSA

Sem alteração.

CEL QOPM PEDRO DE JESUS RIBEIRO DOS REIS


Comandante Geral da PMMA

CONFERE COM O ORIGINAL

_________________________________________
TEN CEL QOPM RAIMUNDO BORBA LIMA
Ajudante Geral da PMMA

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