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1- O direito internacional é constituído pelas

normas jurídicas internacionais que


PROF. RAVAN LEÃO -
regulam as leis dos Estados. Os acordos e
Contatos em redes sociais tratados internacionais, as convenções, as
Pesquisa da face: Ravan Leão II emendas e os protocolos fazem parte deste
https://www.facebook.com/groups/34632585555848 ramo do direito.
4/?fref=ts 2- O direito internacional subdivide-se em
público e privado. O direito internacional
https://www.facebook.com/ravan.leao.7 público representa o conjunto de
princípios que regulam as relações jurídicas
Grupo:
dos Estados entre si. Portanto, os
https://www.facebook.com/groups/34632585555848
4/?fref=ts indivíduos não são sujeitos imediatos das
suas normas.
Instagram: @profravanleao 3- O direito internacional privado, pela parte
que lhe toca, tem como principal objetivo a
E-mail. ravanams@outlook.com resolução de conflitos de jurisdição
internacional. Incumbe-lhe definir qual é a
Aula 01 lei aplicável e determinar a condição
jurídica dos estrangeiros.
DIREITOS HUMANOS. 1 Estrutura
4- Outro ramo do direito internacional é o
jurídica: Conceitos básicos de Direito
direito internacional humanitário. Neste
Internacional – Direito Internacional
caso, trata-se das normas que, em tempos
dos Direitos Humanos; Direito de guerra, protegem os civis que não fazem
Internacional Humanitário. parte do conflito (pessoas inocentes,
11 Conceitos básicos de Direito Internacional - portanto). O direito internacional
Direito Internacional dos Direitos Humanos; humanitário procura limitar e minimizar o
Direito Internacional Humanitário. 12 Aplicação sofrimento humano inerente aos
da lei. 12.1 Premissas: aplicação da Lei nos confrontos armados. ( CRUZ VERMELHA)
Estados Democráticos; conduta ética e legal na 5- João Baptista Herkenhoff, define que
aplicação da Lei. 12.2 Responsabilidades: direitos humanos “são, modernamente,
prevenção e detecção do crime; manutenção da
ordem pública. 12.3 Poderes: captura;
entendidos aqueles fundamentais que o
detenção; uso da força e de armas de fogo homem possui pelo fato de ser homem,
(práticas de tiro). 12.4 Para grupos vulneráveis: pela sua própria natureza humana, pela
mulheres; crianças e adolescentes; vítimas da dignidade que a ela é inerente. São direitos
criminalidade e do abuso de poder; refugiados e
que não resultam de uma concessão da
deslocados internos. 13 Direito Internacional
dos Direitos Humanos. 13.1 Sistema
sociedade política. Pelo contrário, são
Interamericano de Direitos Humanos. 14 direitos que a sociedade política tem o
Conselho Nacional dos Direitos Humanos - dever de consagrar e garantir”
CNDH (Lei nº 12.986/2014). (HERKENHOFF, João Baptista. Curso de
direitos humanos. São Paulo: Acadêmica,
1994. v. 1. cit. p. 30).
1 Conceitos básicos de Direito 6- Costuma-se apontar como sinônimos os
Internacional Direito Internacional dos termos direitos fundamentais e direitos
Direitos Humanos; Direito humanos. Contudo, tecnicamente não se
Internacional Humanitário. confundem. A primeira expressão deve se
CONCEITO aplicada para aqueles direitos do ser
humano, reconhecidos e positivados na fundamentais, são classificados
esfera do direito constitucional positivo de basicamente em três categorias:
determinado Estado; enquanto que a
segunda deve ser aplicada para os direitos
Os direitos de primeira geração ou
reconhecidos em documentos de direito
dimensão, ou seja, os direitos civis e
internacional, por referir-se àquelas
políticos, considerados aqueles
posições jurídicas de caráter universal, que
correspondentes às liberdades
se reconhecem ao homem como tal,
clássicas, ou direitos negativos, de
independentemente de sua vinculação
cunho individual
com determinada ordem constitucional
(SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos
Os de segunda geração ou dimensão,
direitos fundamentais. 3. ed. Porto Alegre:
ou seja, os direitos econômicos, sociais
Livraria do Advogado, 2003. p. 33-4).
e culturais, correspondentes aos
7- Alexandre de Moraes informa que direitos
direitos prestacionais, positivos, de
humanos são:“Um conjunto
institucionalizado (positivado) de direitos e cunho coletivo;
garantias do ser humano que tem por
finalidade o respeito à sua dignidade por E, por fim, os de terceira geração ou
meio de sua proteção contra o arbítrio do dimensão, considerados aqueles
poder estatal e o estabelecimento de difusos, de titularidade de todos os
condições mínimas de vida e o homens, independentemente de sua
desenvolvimento da personalidade vinculação a um Estado, como, p. ex.,
humana.” (MORAES, 2006). o direito à paz, a um meio ambiente
8- Segundo Flávia Piovesan: “Os direitos sadio etc.
humanos são inerentes à existência
humana e objeto de regulação
internacional.” (PIOVESAN, 1996). Atenção!
A quarta e a quinta dimensão ou
geração ainda não estão sedimentadas
1.1 Como em outros ramos do Direito junto a doutrina sendo respectivamente
surge algumas teorias: ligadas aos direitos genéticos e
1- Jusnaturalista - Onde estão os direitos tecnológicos, e por fim, o direito a paz
universais imutáveis pela condição no mundo.
natural de homem nascido merece Ainda nesta esteira surge alguns
proteção independente de normas; princípios que forma a base dos direitos
2- Positivista - Direitos postos por vezes humanos são eles:
escritos desse modo são reconhecidos
como necessários pela condição humana; Princípio da dignidade da pessoa:
"todas as pessoas devem ser
3- Moralista - O direito é fundamentado na
tratadas e julgadas de acordo com
aceitação e consciência dos povos.
os seus atos, e não em relação a
outras propriedades suas não
1.2 Os direitos humanos, especialmente alcançáveis por eles".
sob o aspecto dos direitos
Princípio da inviolabilidade da historicidade ao invés de
pessoa: Não submissão ou universalidade, motivo pelo qual critica
imposição de sacrifícios a um o eurocentrismo da afirmação universal
indivíduo a fim de satisfazer a dessa classe de direitos. Aqui, a
vontade de outro. autodeterminação dos povos/soberania
e o princípio da não-ingerência são
exaltados. Já o Universalismo detém a
Princípio da autonomia da pessoa: perspectiva de que os direitos humanos
toda pessoa é livre para a realização e seu fundamento decorrem da
de qualquer conduta, desde que dignidade da pessoa humana percebida
seus atos não prejudiquem universalmente. Também se caracteriza
terceiros. pela defesa de um mínimo ético
irredutível, uma espécie de núcleo
1.3 Na mesma toada e recorrente em indivisível.
provas a cobrança das características
1.5 SISTEMA GLOBAL INTENACIONAL
dos DH:
AOS DIREITOS HUMANOS
(1) universalidade: todo e qualquer ser
1- LIGA DAS NAÇÕES (LDN) ou
humano é sujeito ativo desses direitos,
SOCIEDADE DAS NAÇÕES (SDN) –
independente de credo, raça, cor, sexo,
Considerada precussora da ONU
origem, convicções políticas etc.;
em 1919, França – Tratado de
(2) inviolabilidade: esses direitos não Versailhes buscava propor a paz
podem ser descumpridos ou violados e teve suas atividades
por outra pessoa, grupo ou Estado; encerradas pois falhou na o
evitando a segunda guerra
(3) indisponibilidade: esses direitos não
mundial em 1945;
podem ser renunciados pelos seus
2- Organização Internacional do
titulares;
Trabalho (OIT) Ligada a ONU,
(4) imprescritibilidade: eles não sofrem atua na proteção mundial do
alterações com o decurso do tempo, trabalhador criada apo s a
pois têm caráter eterno; e, primeira guerra possui 182
países membros;
(5) complementaridade: os direitos
3- ORGANIZAÇAO DAS NAÇÕES
humanos devem ser interpretados
UNIDAS - Surge em 24/10/1945,
necessariamente em conjunto, de
mesma data da promulgação da
forma a alcançar a maior de eficácia de
Carta das Nações iniciou-se com
proteção possível.
51 países inclusive o Brasil tendo
1.4 DEBATE ENTRE RELATIVISMO X com missa o promover a paz no
UNIVERSALISMO mundo, redução o das
desigualdades socioeconômicas,
Para o Relativismo, os direitos humanos auxiliar a implantação dos
e o seu fundamento são produtos da regimes democráticos,
cultura de cada povo, isto é, de seu descolonização, e
sistema político, econômico, cultural, autodeterminação dos povos.
social e até moral. Possui um viés de
1.6 DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS Artigo 19.º Todo o indivíduo tem direito à
liberdade de opinião e de expressão,
DIREITOS HUMANOS 1948 – Marco
independentemente das fronteiras.
mundial da Artigo 20.º Toda a pessoa tem direito à
INTERNACIONALIZAÇÃO/EXTERIORIZA liberdade de reunião e de associação
ÇÃO DOS DH. (LEITURA OBRIGATÓRIA) pacíficas. Ninguém pode ser obrigado a fazer
parte de uma associação.
Artigo 1.º - Do direito a igualdade liberdade, Artigo 21.º participação na vida pública ,
consciência e fraternidade princípio do interesse público - através de
Artigo 2.º -Não discriminação eleições honestas a realizar periodicamente
nomeadamente de raça, cor, sexo, língua, por sufrágio universal e igual, com voto
religião, opinião política ou outra, origem secreto ou segundo processo equivalente
nacional ou social, fortuna, nascimento ou que salvaguarde a liberdade de voto.
outro estatuto.. Artigo 22.º Direito social e de exigir sua
Artigo 3.ºTodas as pessoas têm direito à satisfação.
vida, à liberdade e à segurança pessoal. Artigo 23.º liberdade laboral, remuneração
Artigo 4.º Ninguém pode ser mantido em digna
escravidão ou em servidão; a escravatura e o Artigo 24.º Toda a pessoa tem direito ao
comércio de escravos, sob qualquer forma, repouso e aos lazeres e, especialmente, a
são proibidos. uma limitação razoável da duração do
Artigo 5.º Ninguém será submetido a tortura trabalho e a férias periódicas pagas.
nem a punição ou tratamento cruéis, Artigo 25.º Diretos sociais alimentação,
desumanos ou degradantes. segurança, saúde etc.
Artigo 6.º -Todos os indivíduos têm direito Artigo 26.º Educação gratuita pelo menos
ao reconhecimento como pessoa perante a fundamental elementar. Os pais têm um
lei. direito preferencial para escolher o tipo de
Artigo 7.º - Igualdade formão e proteção educação que será dada aos seus filhos.
eficiente contra qualquer discriminação. artigo 27.º Cultura, proteção moral de
Artigo 8.º - Direito de recorrer de atos que produção intelectual.
violem seus direitos. Artigo 28.ºToda a pessoa tem direito a que
Artigo 9.º -Ninguém pode ser reine, no plano social e no plano
arbitrariamente preso, detido ou exilado. internacional, uma ordem capaz de tornar
Artigo 10.º -plena igualdade, a uma plenamente efectivos os direitos e as
audiência justa e pública julgada por um liberdades enunciadas na presente
tribunal independente e imparcial em Declaração.
determinação dos seus direitos e obrigações Artigo 29.º No exercício deste direito e no
e de qualquer acusação criminal contra elas. gozo destas liberdades ninguém está sujeito
Artigo 11.º. Presunção de inocência, senão às limitações estabelecidas pela lei
publicidade processual e defesa efetiva, com vista exclusivamente a promover o
anterioridade lei criminal. reconhecimento e o respeito dos direitos e
Artigo 12.º Do direito a intimidade, liberdades dos outros e a fim de satisfazer as
privacidade e proteção da honra. justas exigências da moral, da ordem pública
Artigo 13.º Ir e vir no interior do estado. e do bem–estar numa sociedade
Artigo 14.º Asilo por perseguição ilegítima. democrática. Em caso algum estes direitos e
Artigo 15.º Todo o indivíduo tem direito a ter liberdades poderão ser exercidos
uma nacionalidade. contrariamente aos fins e aos princípios das
Ninguém pode ser arbitrariamente privado Nações Unidas.
da sua nacionalidade nem do direito de Artigo 30.ºNada na presente Declaração
mudar de nacionalidade. pode ser interpretado de maneira a
Artigo 16.º o direito de casar e de constituir conceder a qualquer Estado, grupo ou
família,. indivíduo o direito de se entregar a alguma
Artigo 17.º Toda a pessoa, individual ou atividade ou de praticar algum ato destinado
coletiva, tem direito à propriedade. Ninguém a destruir os direitos e liberdades aqui
pode ser arbitrariamente privado da sua enunciados.
propriedade.
Artigo 18.º Direito a liberdade religiosa e
culto
1.7 A INCORPORAÇÃO DO DIREITO revogar uma norma internacional
INTERNACIONAL DOS DIREITOS constitucionalizada.
HUMANOS NO ORDENAMENTO
e) Doutrina de Alexandre de Moraes -
JURÍDICO BRASILEIRO
Trata sinteticamente do assunto em sua
Piovesan ao sustentar que os tratados obra, sustentando que será opção do
de direitos humanos passam a Congresso Nacional aprovar os tratados
incorporar-se automaticamente em e convenções internacionais que
nosso ordenamento por força do art. 5°, versem sobre Direitos Humanos com
§ 1°, CF/88. Ao se incorporarem status ordinário (art. 49, I, CF/88) ou
imediatamente no ordenamento com status constitucional (art. 5°, § 3°,
jurídico interno brasileiro, passam a ser CF/88).
cláusula pétrea por força do art. 60, § 4°,
MORAES, Alexandre de. Direito
IV, CF/88. Segue o entendimento
Constitucional. 17ª ed. atualizada até EC
doutrinário jurisprudêncial:
45/04. São Paulo: Atlas, 2005. p. 616-
a) Posição majoritária do STF: os 619.
tratados ratificados pelo Brasil
1.8 A regra geral de internalização dos
(quaisquer), ingressam no ordenamento
tratados no Brasil
com status de lei ordinária, podendo
revogar a legislação anterior e, também, Plano interno Plano internacional
serem revogados pela lei posterior
1° CELEBRAÇÃO:
incompatível. Porém em se tratando de
Negociação, assinatura pelo
tratado de direitos humanos aprovado
Presidente da República.
por quórum qualificado com fulcro no
2ª AUTENTICAÇÃO:
art. 5ª § 3ª da CF ou seja, votação em 2
Pelo Pres. da República. Tem o
turnos nas duas casas legislativas
efeito de conceder
federais por 3/5 de seus membros terá
consentimento com relação
valor de NORMA CONSTITUCIONAL e
texto do tratado.
aqueles tratados de DH que forem
3ª APROVAÇÃO:
aprovados por quórum simples terá
Expedição pelo CN do Decreto
valor de NOMA SUPRA LEGAL.
Legislativo autorizando a
c) Posição da doutrina humanista: a ratificação. Ainda não há
grande maioria defende o status de comprometimento
norma constitucional com base na
interpretação do art. 5°, § 2°, CF/88.
4ª RATIFICAÇÃO:
d) Posição do Prof. Celso D. de
Ato típico de DIPúblico e do
Albuquerque Mello o art. 5° não apenas
Poder Executivo. Este é o marco
atribui “hierarquia constitucional” aos
para início da vigência no plano
tratados de direitos humanos, mas faz
internacional, em regra.
ainda com que a norma internacional
5ª PUBLICAÇÃO
prepondere sobre a norma
Por meio do Decreto Presidente
constitucional, mesmo naquele caso em
da República. Esse Decreto
que uma Constituição posterior tente
propicia a vigência do tratado no que a lei lhes impõe, servindo a comunidade e
protegendo todas as pessoas contra actos
plano interno,
ilegais, em conformidade com o elevado grau de
responsabilidade que a sua profissão requer.
ARTIGO 2.º
1.9 INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE No cumprimento do seu dever, os funcionários
responsáveis pela aplicação da lei devem
COMPETÊNCIA PARA A JUSTIÇA respeitar e proteger a dignidade humana,
FEDERAL. manter e apoiar os direitos fundamentais de
todas as pessoas.
1- A federalização dos crimes de direitos ARTIGO 3.º
humanos se insere em um contexto no Os funcionários responsáveis pela aplicação da
lei só podem empregar a força quando tal se
qual, paradoxalmente, em face da
afigure estritamente necessário e na medida
sistemática até então vigente, a União, exigida para o cumprimento do seu dever.
ao mesmo tempo em que detém ARTIGO 4.º
responsabilidade internacional, não é As informações de natureza confidencial em
poder dos funcionários responsáveis pela
responsável em âmbito nacional, já aplicação da lei devem ser mantidas em
que não dispõe da competência de segredo, a não ser que o cumprimento do dever
investigar, processar e punir a ou as necessidades da justiça estritamente
exijam outro comportamento.
violação, pela qual internacionalmente ARTIGO 5.º
estará convocada a responder. Nenhum funcionário responsável pela aplicação
2- Introduzida pela Emenda da lei pode infligir, instigar ou tolerar qualquer
acto de tortura ou qualquer outra pena ou
Constitucional n° 45, de 8 de dezembro
tratamento cruel, desumano ou degradante,
de 2004, a federalização dos crimes de nem invocar ordens superiores ou
direitos humanos já era prevista como circunstanciais excepcionais, tais como o estado
meta do Programa Nacional de de guerra ou uma ameaça à segurança nacional,
instabilidade política interna ou qualquer outra
Direitos Humanos, desde 1996. O novo emergência pública como justificação para
mecanismo permite ao torturas ou outras penas ou tratamentos cruéis,
ProcuradorGeral da República, nas desumanos ou degradantes.
ARTIGO 6.º
hipóteses de grave violação a direitos
Os funcionários responsáveis pela aplicação da
humanos e com finalidade de lei devem assegurar a protecção da saúde das
assegurar o cumprimento de tratados pessoas à sua guarda e, em especial, devem
internacionais de direitos humanos tomar medidas imediatas para assegurar a
prestação de cuidados médicos sempre que tal
ratificados pelo Brasil, requerer ao seja necessário.
Superior Tribunal de Justiça o ARTIGO 7.º
deslocamento da competência do caso Os funcionários responsáveis pela aplicação da
lei não devem cometer qualquer acto de
para as instâncias federais, em corrupção. Devem, igualmente, opor-se
qualquer fase do inquérito ou rigorosamente e combater todos os actos desta
processo. índole.
ARTIGO 8.º
2 Aplicação da lei. Os funcionários responsáveis pela aplicação da
lei devem respeitar a lei e o presente Código.
2.1 Código de Conduta para os Devem, também, na medida das suas
possibilidades, evitar e opor-se vigorosamente a
Funcionários Responsáveis pela
quaisquer violações da lei ou do Código.
Aplicação da Lei
ARTIGO 1.º http://www.cfappm.ma.gov.br/pagina.php?IdP
Os funcionários responsáveis pela aplicação da agina=80
lei devem cumprir, a todo o momento, o dever
2.2 Responsabilidades: prevenção e * provas materiais (testemunhas
detecção do crime; manutenção da silenciosas);
ordem 2pública. * depoimentos de testemunhas.

2.2.1 Prevenção primária, secundária e 1- Evidências podem ser localizadas no local


terciária onde o crime foi cometido, ou onde
indícios deste foram deixados. Portanto, é
Primária
importante que a cena do crime seja
Foco na raiz do conflito (educação, localizada, bem como todos os locais onde
emprego, moradia, segurança etc.); aqui indícios relacionados ao crime tenham sido
desponta a inelutável necessidade de o subseqüentemente deixados. No caso de
Estado, de forma célere, implantar os um assassinato, isto significa encontrar o
direitos sociais progressiva e local exato do crime (se este, por exemplo,
universalmente, atribuindo a fatores não ocorreu onde o corpo da vítima foi
exógenos a etiologia delitiva; a achado), descobrir a rota usada pelo
prevenção primária liga-se à garantia de assassino para chegar e sair do local (ou
educação, saúde, trabalho, segurança e locais), e tentar identificar os locais que o
qualidade de vida do povo, instrumentos assassino possa ter usado para livrar-se de
preventivos de médio e longo prazo. provas incriminadoras.
2- Antes de continuar com o assunto, deve ser
lembrado que ninguém será sujeito à
Secundária
interferência arbitrária em sua vida
Foco em setores da sociedade que privada, família, residência ou
podem vir a padecer do problema correspondência (PIDCP, artigo 17). Em
criminal e não ao indivíduo, uma situação como essa, os encarregados
manifestando-se a curto e médio prazo geralmente necessitam de um mandato
de maneira seletiva, ligando-se à ação judicial permitindo o acesso à residência,
policial, programas de apoio, controle se necessário contra a vontade dos
das comunicações etc. moradores, com o propósito de colher
provas. Esse procedimento é adotado na
Terciária maioria dos países, e visa proteger os
Foco no recluso, visando sua indivíduos contra invasões ilegais e/ou
arbitrárias em sua vida privada.
recuperação e evitando a reincidência
3- O tarefa de proteger, coletar e processar as
(sistema prisional); realiza-se por meio
provas materiais é trabalho para peritos
de medidas socioeducativas, como a policiais. A análise subsequente, em certos
laborterapia, a liberdade assistida, a casos, é deixada para laboratórios
prestação de serviços comunitários etc. forenses. As exigências para que provas
materiais sejam aceitas como prova
irrefutável em um tribunal são muitas e
extremamente rígidas. Estes padrões
2.2.2 detecção do crime /Obtenção de
Provas representam um reconhecimento da
importância de um julgamento justo, ao
qual têm direito todas as pessoas acusadas.
Fator preponderante para a efetivação da 4- O segundo tipo de prova provém de
justa aplicação da lei e a esse respeito, há informações obtidas de depoimentos de
dois tipos de provas importantes: testemunhas. As testemunhas são
importantes para o processo de aplicação da lei envolvidos com tais
investigação, pois elas podem ser transações.
compelidas a depor e, ao fazê-lo, são
obrigadas a dizer a verdade. A situação das Em relação ao interrogatório de
testemunhas é contrastada diretamente suspeitos e pessoas acusadas, a
com a das pessoas suspeitas e acusadas, proibição absoluta da tortura deve ser
que não podem ser obrigadas a mais uma vez reiterada. Não só a
testemunhar contra si mesmas ou a tortura é proibida por lei, mas os
confessar-se culpadas (PIDCP, artigo resultados (confissões ou informações)
14.3(g)). obtidas mediante da tortura nunca
5- Sob este mesmo título, alguns comentários serão confiáveis, pois em nenhum
devem ser feitos em relação à prática momento poder-se-á determinar, sem
comum na aplicação da lei de se sombra de dúvida, se a pessoa
usar informantes confidenciais para a torturada está falando a verdade ou
prevenção e detecção do crime, e a prática meramente confessando culpa para
da infiltração com os mesmos propósitos. que a tortura pare. A tortura é
Em ambas as práticas, a premissa básica é degradante tanto para a vítima quanto
a de que só devem ser usadas quando para o algoz. Ela solapa os princípios
for lícito e necessário para os propósitos básicos da liberdade, segurança e
legais de aplicação da lei. democracia sobre os quais nossas
6- Visto que o uso de informantes sociedades deveriam ser construídas. A
confidenciais geralmente envolve o tortura jamais será justificada em
pagamento de dinheiro pela informação nenhuma circunstância.
dada, chama-se a atenção dos
encarregados da aplicação da lei para os http://www.dhnet.org.br/dados/ma
riscos potenciais que esta prática acarreta, nuais/dh/mundo/rover/c6.htm
incluindo o risco de que:
7- O informante, atraído pela perspectiva de
pagamento, possa incitar outros a
cometer crimes, os quais ele A captura de um suspeito é também
subseqüentemente informa a seu contato cercada de procedimentos de salvaguarda
policial; bem como sua posterior detenção e
interrogatório
o informante pode explorar a relação
com seu contato policial com o O interrogatório dos suspeitos requer
intuito de cometer crimes e evitar a preparação de parte dos encarregados da
detecção; aplicação da lei envolvidos.
o informante pode ser induzido, por
seu contato policial, a instigar crimes 2.2.3 Manutenção da ordem
cometidos por outros que,
subseqüentemente, permitam à O cumprimento eficaz desta
organização da aplicação da lei fazer responsabilidade será muito mais
uma captura; difícil quando as circunstâncias
o dinheiro nas transações com envolvendo incidentes mudam de
informantes têm uma influência pacíficas para violentas, ou elevam-
suscetível se para distúrbios e tensões, estados
de corromper os encarregados da de emergência, ou, em último caso,

para situações de conflito armado. PMSP – SOLDADO 2008
Em todas estas situações, as PMMG – SOLDADO 2008
organizações de aplicação da lei
 SEJUS/GDF – Agente Socioeducativo – Atrs 2010
permanecem como encarregadas da
manutenção da ordem pública - a Secria/GDF – Prova de Conselheiro Tutelar – Sol
Nascente.
menos que uma decisão legal e
contrária seja tomada.  OAB/ exame XXIII - 2017, não aprovado na 2ª fase
Aprovado na prova objetiva e não convocado para a
Direitos e Liberdades Fundamentais x segunda fase.
ordem pública  PCSC – Investigador de Polícia 2008
 GDF/SEJUS- Agente socioeducativo 2008
 TRF1 - Segurança Judiciário 2011
- o direito de ter opiniões próprias sem
interferência (PIDCP, artigo 19.1);  PCTO - Delegado de Polícia 2015
- o direito à liberdade de
 GDF/SEAP/SESIP – Agente de Atividades
expressão (PIDCP, artigo 19.2); Penitenciárias 2015
- o direito à reunião pacífica (PIDCP,
artigo 21);
- o direito à liberdade de
associação (PIDCP, artigo 22.1).

1) O exercício desses direitos tem limite.


Podem ser impostas restrições a este
exercício, desde que:as mesmas sejam
legítimas; e necessárias: para que se
respeite o direito à reputação de outrem;
ou para a proteção da segurança
nacional ou da ordem pública, ou da
saúde pública e moral (PIDCP, artigos
19.3, 21 e 22.2)
2) Observação: além dos acima citados, o
elemento da "segurança pública" pode
ser uma razão legítima para que se
restrinja o direito à liberdade de reunião
pacífica e à liberdade de associação.
Aqui o dilema da manutenção da ordem
pública é apresentado estritamente em
termos legais. As pessoas têm direito a ter
opinião, a expressar esta opinião, e têm o
direito de reunir-se pacificamente ou
associar-se a outrem, desde que
respeitem suas responsabilidades
perante a lei.

Aprovado e convocado para 2º FASE

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