PROF. RAVAN LEÃO - regulam as leis dos Estados. Os acordos e Contatos em redes sociais tratados internacionais, as convenções, as Pesquisa da face: Ravan Leão II emendas e os protocolos fazem parte deste https://www.facebook.com/groups/34632585555848 ramo do direito. 4/?fref=ts 2- O direito internacional subdivide-se em público e privado. O direito internacional https://www.facebook.com/ravan.leao.7 público representa o conjunto de princípios que regulam as relações jurídicas Grupo: dos Estados entre si. Portanto, os https://www.facebook.com/groups/34632585555848 4/?fref=ts indivíduos não são sujeitos imediatos das suas normas. Instagram: @profravanleao 3- O direito internacional privado, pela parte que lhe toca, tem como principal objetivo a E-mail. ravanams@outlook.com resolução de conflitos de jurisdição internacional. Incumbe-lhe definir qual é a Aula 01 lei aplicável e determinar a condição jurídica dos estrangeiros. DIREITOS HUMANOS. 1 Estrutura 4- Outro ramo do direito internacional é o jurídica: Conceitos básicos de Direito direito internacional humanitário. Neste Internacional – Direito Internacional caso, trata-se das normas que, em tempos dos Direitos Humanos; Direito de guerra, protegem os civis que não fazem Internacional Humanitário. parte do conflito (pessoas inocentes, 11 Conceitos básicos de Direito Internacional - portanto). O direito internacional Direito Internacional dos Direitos Humanos; humanitário procura limitar e minimizar o Direito Internacional Humanitário. 12 Aplicação sofrimento humano inerente aos da lei. 12.1 Premissas: aplicação da Lei nos confrontos armados. ( CRUZ VERMELHA) Estados Democráticos; conduta ética e legal na 5- João Baptista Herkenhoff, define que aplicação da Lei. 12.2 Responsabilidades: direitos humanos “são, modernamente, prevenção e detecção do crime; manutenção da ordem pública. 12.3 Poderes: captura; entendidos aqueles fundamentais que o detenção; uso da força e de armas de fogo homem possui pelo fato de ser homem, (práticas de tiro). 12.4 Para grupos vulneráveis: pela sua própria natureza humana, pela mulheres; crianças e adolescentes; vítimas da dignidade que a ela é inerente. São direitos criminalidade e do abuso de poder; refugiados e que não resultam de uma concessão da deslocados internos. 13 Direito Internacional dos Direitos Humanos. 13.1 Sistema sociedade política. Pelo contrário, são Interamericano de Direitos Humanos. 14 direitos que a sociedade política tem o Conselho Nacional dos Direitos Humanos - dever de consagrar e garantir” CNDH (Lei nº 12.986/2014). (HERKENHOFF, João Baptista. Curso de direitos humanos. São Paulo: Acadêmica, 1994. v. 1. cit. p. 30). 1 Conceitos básicos de Direito 6- Costuma-se apontar como sinônimos os Internacional Direito Internacional dos termos direitos fundamentais e direitos Direitos Humanos; Direito humanos. Contudo, tecnicamente não se Internacional Humanitário. confundem. A primeira expressão deve se CONCEITO aplicada para aqueles direitos do ser humano, reconhecidos e positivados na fundamentais, são classificados esfera do direito constitucional positivo de basicamente em três categorias: determinado Estado; enquanto que a segunda deve ser aplicada para os direitos Os direitos de primeira geração ou reconhecidos em documentos de direito dimensão, ou seja, os direitos civis e internacional, por referir-se àquelas políticos, considerados aqueles posições jurídicas de caráter universal, que correspondentes às liberdades se reconhecem ao homem como tal, clássicas, ou direitos negativos, de independentemente de sua vinculação cunho individual com determinada ordem constitucional (SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos Os de segunda geração ou dimensão, direitos fundamentais. 3. ed. Porto Alegre: ou seja, os direitos econômicos, sociais Livraria do Advogado, 2003. p. 33-4). e culturais, correspondentes aos 7- Alexandre de Moraes informa que direitos direitos prestacionais, positivos, de humanos são:“Um conjunto institucionalizado (positivado) de direitos e cunho coletivo; garantias do ser humano que tem por finalidade o respeito à sua dignidade por E, por fim, os de terceira geração ou meio de sua proteção contra o arbítrio do dimensão, considerados aqueles poder estatal e o estabelecimento de difusos, de titularidade de todos os condições mínimas de vida e o homens, independentemente de sua desenvolvimento da personalidade vinculação a um Estado, como, p. ex., humana.” (MORAES, 2006). o direito à paz, a um meio ambiente 8- Segundo Flávia Piovesan: “Os direitos sadio etc. humanos são inerentes à existência humana e objeto de regulação internacional.” (PIOVESAN, 1996). Atenção! A quarta e a quinta dimensão ou geração ainda não estão sedimentadas 1.1 Como em outros ramos do Direito junto a doutrina sendo respectivamente surge algumas teorias: ligadas aos direitos genéticos e 1- Jusnaturalista - Onde estão os direitos tecnológicos, e por fim, o direito a paz universais imutáveis pela condição no mundo. natural de homem nascido merece Ainda nesta esteira surge alguns proteção independente de normas; princípios que forma a base dos direitos 2- Positivista - Direitos postos por vezes humanos são eles: escritos desse modo são reconhecidos como necessários pela condição humana; Princípio da dignidade da pessoa: "todas as pessoas devem ser 3- Moralista - O direito é fundamentado na tratadas e julgadas de acordo com aceitação e consciência dos povos. os seus atos, e não em relação a outras propriedades suas não 1.2 Os direitos humanos, especialmente alcançáveis por eles". sob o aspecto dos direitos Princípio da inviolabilidade da historicidade ao invés de pessoa: Não submissão ou universalidade, motivo pelo qual critica imposição de sacrifícios a um o eurocentrismo da afirmação universal indivíduo a fim de satisfazer a dessa classe de direitos. Aqui, a vontade de outro. autodeterminação dos povos/soberania e o princípio da não-ingerência são exaltados. Já o Universalismo detém a Princípio da autonomia da pessoa: perspectiva de que os direitos humanos toda pessoa é livre para a realização e seu fundamento decorrem da de qualquer conduta, desde que dignidade da pessoa humana percebida seus atos não prejudiquem universalmente. Também se caracteriza terceiros. pela defesa de um mínimo ético irredutível, uma espécie de núcleo 1.3 Na mesma toada e recorrente em indivisível. provas a cobrança das características 1.5 SISTEMA GLOBAL INTENACIONAL dos DH: AOS DIREITOS HUMANOS (1) universalidade: todo e qualquer ser 1- LIGA DAS NAÇÕES (LDN) ou humano é sujeito ativo desses direitos, SOCIEDADE DAS NAÇÕES (SDN) – independente de credo, raça, cor, sexo, Considerada precussora da ONU origem, convicções políticas etc.; em 1919, França – Tratado de (2) inviolabilidade: esses direitos não Versailhes buscava propor a paz podem ser descumpridos ou violados e teve suas atividades por outra pessoa, grupo ou Estado; encerradas pois falhou na o evitando a segunda guerra (3) indisponibilidade: esses direitos não mundial em 1945; podem ser renunciados pelos seus 2- Organização Internacional do titulares; Trabalho (OIT) Ligada a ONU, (4) imprescritibilidade: eles não sofrem atua na proteção mundial do alterações com o decurso do tempo, trabalhador criada apo s a pois têm caráter eterno; e, primeira guerra possui 182 países membros; (5) complementaridade: os direitos 3- ORGANIZAÇAO DAS NAÇÕES humanos devem ser interpretados UNIDAS - Surge em 24/10/1945, necessariamente em conjunto, de mesma data da promulgação da forma a alcançar a maior de eficácia de Carta das Nações iniciou-se com proteção possível. 51 países inclusive o Brasil tendo 1.4 DEBATE ENTRE RELATIVISMO X com missa o promover a paz no UNIVERSALISMO mundo, redução o das desigualdades socioeconômicas, Para o Relativismo, os direitos humanos auxiliar a implantação dos e o seu fundamento são produtos da regimes democráticos, cultura de cada povo, isto é, de seu descolonização, e sistema político, econômico, cultural, autodeterminação dos povos. social e até moral. Possui um viés de 1.6 DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS Artigo 19.º Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, DIREITOS HUMANOS 1948 – Marco independentemente das fronteiras. mundial da Artigo 20.º Toda a pessoa tem direito à INTERNACIONALIZAÇÃO/EXTERIORIZA liberdade de reunião e de associação ÇÃO DOS DH. (LEITURA OBRIGATÓRIA) pacíficas. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. Artigo 1.º - Do direito a igualdade liberdade, Artigo 21.º participação na vida pública , consciência e fraternidade princípio do interesse público - através de Artigo 2.º -Não discriminação eleições honestas a realizar periodicamente nomeadamente de raça, cor, sexo, língua, por sufrágio universal e igual, com voto religião, opinião política ou outra, origem secreto ou segundo processo equivalente nacional ou social, fortuna, nascimento ou que salvaguarde a liberdade de voto. outro estatuto.. Artigo 22.º Direito social e de exigir sua Artigo 3.ºTodas as pessoas têm direito à satisfação. vida, à liberdade e à segurança pessoal. Artigo 23.º liberdade laboral, remuneração Artigo 4.º Ninguém pode ser mantido em digna escravidão ou em servidão; a escravatura e o Artigo 24.º Toda a pessoa tem direito ao comércio de escravos, sob qualquer forma, repouso e aos lazeres e, especialmente, a são proibidos. uma limitação razoável da duração do Artigo 5.º Ninguém será submetido a tortura trabalho e a férias periódicas pagas. nem a punição ou tratamento cruéis, Artigo 25.º Diretos sociais alimentação, desumanos ou degradantes. segurança, saúde etc. Artigo 6.º -Todos os indivíduos têm direito Artigo 26.º Educação gratuita pelo menos ao reconhecimento como pessoa perante a fundamental elementar. Os pais têm um lei. direito preferencial para escolher o tipo de Artigo 7.º - Igualdade formão e proteção educação que será dada aos seus filhos. eficiente contra qualquer discriminação. artigo 27.º Cultura, proteção moral de Artigo 8.º - Direito de recorrer de atos que produção intelectual. violem seus direitos. Artigo 28.ºToda a pessoa tem direito a que Artigo 9.º -Ninguém pode ser reine, no plano social e no plano arbitrariamente preso, detido ou exilado. internacional, uma ordem capaz de tornar Artigo 10.º -plena igualdade, a uma plenamente efectivos os direitos e as audiência justa e pública julgada por um liberdades enunciadas na presente tribunal independente e imparcial em Declaração. determinação dos seus direitos e obrigações Artigo 29.º No exercício deste direito e no e de qualquer acusação criminal contra elas. gozo destas liberdades ninguém está sujeito Artigo 11.º. Presunção de inocência, senão às limitações estabelecidas pela lei publicidade processual e defesa efetiva, com vista exclusivamente a promover o anterioridade lei criminal. reconhecimento e o respeito dos direitos e Artigo 12.º Do direito a intimidade, liberdades dos outros e a fim de satisfazer as privacidade e proteção da honra. justas exigências da moral, da ordem pública Artigo 13.º Ir e vir no interior do estado. e do bem–estar numa sociedade Artigo 14.º Asilo por perseguição ilegítima. democrática. Em caso algum estes direitos e Artigo 15.º Todo o indivíduo tem direito a ter liberdades poderão ser exercidos uma nacionalidade. contrariamente aos fins e aos princípios das Ninguém pode ser arbitrariamente privado Nações Unidas. da sua nacionalidade nem do direito de Artigo 30.ºNada na presente Declaração mudar de nacionalidade. pode ser interpretado de maneira a Artigo 16.º o direito de casar e de constituir conceder a qualquer Estado, grupo ou família,. indivíduo o direito de se entregar a alguma Artigo 17.º Toda a pessoa, individual ou atividade ou de praticar algum ato destinado coletiva, tem direito à propriedade. Ninguém a destruir os direitos e liberdades aqui pode ser arbitrariamente privado da sua enunciados. propriedade. Artigo 18.º Direito a liberdade religiosa e culto 1.7 A INCORPORAÇÃO DO DIREITO revogar uma norma internacional INTERNACIONAL DOS DIREITOS constitucionalizada. HUMANOS NO ORDENAMENTO e) Doutrina de Alexandre de Moraes - JURÍDICO BRASILEIRO Trata sinteticamente do assunto em sua Piovesan ao sustentar que os tratados obra, sustentando que será opção do de direitos humanos passam a Congresso Nacional aprovar os tratados incorporar-se automaticamente em e convenções internacionais que nosso ordenamento por força do art. 5°, versem sobre Direitos Humanos com § 1°, CF/88. Ao se incorporarem status ordinário (art. 49, I, CF/88) ou imediatamente no ordenamento com status constitucional (art. 5°, § 3°, jurídico interno brasileiro, passam a ser CF/88). cláusula pétrea por força do art. 60, § 4°, MORAES, Alexandre de. Direito IV, CF/88. Segue o entendimento Constitucional. 17ª ed. atualizada até EC doutrinário jurisprudêncial: 45/04. São Paulo: Atlas, 2005. p. 616- a) Posição majoritária do STF: os 619. tratados ratificados pelo Brasil 1.8 A regra geral de internalização dos (quaisquer), ingressam no ordenamento tratados no Brasil com status de lei ordinária, podendo revogar a legislação anterior e, também, Plano interno Plano internacional serem revogados pela lei posterior 1° CELEBRAÇÃO: incompatível. Porém em se tratando de Negociação, assinatura pelo tratado de direitos humanos aprovado Presidente da República. por quórum qualificado com fulcro no 2ª AUTENTICAÇÃO: art. 5ª § 3ª da CF ou seja, votação em 2 Pelo Pres. da República. Tem o turnos nas duas casas legislativas efeito de conceder federais por 3/5 de seus membros terá consentimento com relação valor de NORMA CONSTITUCIONAL e texto do tratado. aqueles tratados de DH que forem 3ª APROVAÇÃO: aprovados por quórum simples terá Expedição pelo CN do Decreto valor de NOMA SUPRA LEGAL. Legislativo autorizando a c) Posição da doutrina humanista: a ratificação. Ainda não há grande maioria defende o status de comprometimento norma constitucional com base na interpretação do art. 5°, § 2°, CF/88. 4ª RATIFICAÇÃO: d) Posição do Prof. Celso D. de Ato típico de DIPúblico e do Albuquerque Mello o art. 5° não apenas Poder Executivo. Este é o marco atribui “hierarquia constitucional” aos para início da vigência no plano tratados de direitos humanos, mas faz internacional, em regra. ainda com que a norma internacional 5ª PUBLICAÇÃO prepondere sobre a norma Por meio do Decreto Presidente constitucional, mesmo naquele caso em da República. Esse Decreto que uma Constituição posterior tente propicia a vigência do tratado no que a lei lhes impõe, servindo a comunidade e protegendo todas as pessoas contra actos plano interno, ilegais, em conformidade com o elevado grau de responsabilidade que a sua profissão requer. ARTIGO 2.º 1.9 INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE No cumprimento do seu dever, os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem COMPETÊNCIA PARA A JUSTIÇA respeitar e proteger a dignidade humana, FEDERAL. manter e apoiar os direitos fundamentais de todas as pessoas. 1- A federalização dos crimes de direitos ARTIGO 3.º humanos se insere em um contexto no Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei só podem empregar a força quando tal se qual, paradoxalmente, em face da afigure estritamente necessário e na medida sistemática até então vigente, a União, exigida para o cumprimento do seu dever. ao mesmo tempo em que detém ARTIGO 4.º responsabilidade internacional, não é As informações de natureza confidencial em poder dos funcionários responsáveis pela responsável em âmbito nacional, já aplicação da lei devem ser mantidas em que não dispõe da competência de segredo, a não ser que o cumprimento do dever investigar, processar e punir a ou as necessidades da justiça estritamente exijam outro comportamento. violação, pela qual internacionalmente ARTIGO 5.º estará convocada a responder. Nenhum funcionário responsável pela aplicação 2- Introduzida pela Emenda da lei pode infligir, instigar ou tolerar qualquer acto de tortura ou qualquer outra pena ou Constitucional n° 45, de 8 de dezembro tratamento cruel, desumano ou degradante, de 2004, a federalização dos crimes de nem invocar ordens superiores ou direitos humanos já era prevista como circunstanciais excepcionais, tais como o estado meta do Programa Nacional de de guerra ou uma ameaça à segurança nacional, instabilidade política interna ou qualquer outra Direitos Humanos, desde 1996. O novo emergência pública como justificação para mecanismo permite ao torturas ou outras penas ou tratamentos cruéis, ProcuradorGeral da República, nas desumanos ou degradantes. ARTIGO 6.º hipóteses de grave violação a direitos Os funcionários responsáveis pela aplicação da humanos e com finalidade de lei devem assegurar a protecção da saúde das assegurar o cumprimento de tratados pessoas à sua guarda e, em especial, devem internacionais de direitos humanos tomar medidas imediatas para assegurar a prestação de cuidados médicos sempre que tal ratificados pelo Brasil, requerer ao seja necessário. Superior Tribunal de Justiça o ARTIGO 7.º deslocamento da competência do caso Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei não devem cometer qualquer acto de para as instâncias federais, em corrupção. Devem, igualmente, opor-se qualquer fase do inquérito ou rigorosamente e combater todos os actos desta processo. índole. ARTIGO 8.º 2 Aplicação da lei. Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem respeitar a lei e o presente Código. 2.1 Código de Conduta para os Devem, também, na medida das suas possibilidades, evitar e opor-se vigorosamente a Funcionários Responsáveis pela quaisquer violações da lei ou do Código. Aplicação da Lei ARTIGO 1.º http://www.cfappm.ma.gov.br/pagina.php?IdP Os funcionários responsáveis pela aplicação da agina=80 lei devem cumprir, a todo o momento, o dever 2.2 Responsabilidades: prevenção e * provas materiais (testemunhas detecção do crime; manutenção da silenciosas); ordem 2pública. * depoimentos de testemunhas.
2.2.1 Prevenção primária, secundária e 1- Evidências podem ser localizadas no local
terciária onde o crime foi cometido, ou onde indícios deste foram deixados. Portanto, é Primária importante que a cena do crime seja Foco na raiz do conflito (educação, localizada, bem como todos os locais onde emprego, moradia, segurança etc.); aqui indícios relacionados ao crime tenham sido desponta a inelutável necessidade de o subseqüentemente deixados. No caso de Estado, de forma célere, implantar os um assassinato, isto significa encontrar o direitos sociais progressiva e local exato do crime (se este, por exemplo, universalmente, atribuindo a fatores não ocorreu onde o corpo da vítima foi exógenos a etiologia delitiva; a achado), descobrir a rota usada pelo prevenção primária liga-se à garantia de assassino para chegar e sair do local (ou educação, saúde, trabalho, segurança e locais), e tentar identificar os locais que o qualidade de vida do povo, instrumentos assassino possa ter usado para livrar-se de preventivos de médio e longo prazo. provas incriminadoras. 2- Antes de continuar com o assunto, deve ser lembrado que ninguém será sujeito à Secundária interferência arbitrária em sua vida Foco em setores da sociedade que privada, família, residência ou podem vir a padecer do problema correspondência (PIDCP, artigo 17). Em criminal e não ao indivíduo, uma situação como essa, os encarregados manifestando-se a curto e médio prazo geralmente necessitam de um mandato de maneira seletiva, ligando-se à ação judicial permitindo o acesso à residência, policial, programas de apoio, controle se necessário contra a vontade dos das comunicações etc. moradores, com o propósito de colher provas. Esse procedimento é adotado na Terciária maioria dos países, e visa proteger os Foco no recluso, visando sua indivíduos contra invasões ilegais e/ou arbitrárias em sua vida privada. recuperação e evitando a reincidência 3- O tarefa de proteger, coletar e processar as (sistema prisional); realiza-se por meio provas materiais é trabalho para peritos de medidas socioeducativas, como a policiais. A análise subsequente, em certos laborterapia, a liberdade assistida, a casos, é deixada para laboratórios prestação de serviços comunitários etc. forenses. As exigências para que provas materiais sejam aceitas como prova irrefutável em um tribunal são muitas e extremamente rígidas. Estes padrões 2.2.2 detecção do crime /Obtenção de Provas representam um reconhecimento da importância de um julgamento justo, ao qual têm direito todas as pessoas acusadas. Fator preponderante para a efetivação da 4- O segundo tipo de prova provém de justa aplicação da lei e a esse respeito, há informações obtidas de depoimentos de dois tipos de provas importantes: testemunhas. As testemunhas são importantes para o processo de aplicação da lei envolvidos com tais investigação, pois elas podem ser transações. compelidas a depor e, ao fazê-lo, são obrigadas a dizer a verdade. A situação das Em relação ao interrogatório de testemunhas é contrastada diretamente suspeitos e pessoas acusadas, a com a das pessoas suspeitas e acusadas, proibição absoluta da tortura deve ser que não podem ser obrigadas a mais uma vez reiterada. Não só a testemunhar contra si mesmas ou a tortura é proibida por lei, mas os confessar-se culpadas (PIDCP, artigo resultados (confissões ou informações) 14.3(g)). obtidas mediante da tortura nunca 5- Sob este mesmo título, alguns comentários serão confiáveis, pois em nenhum devem ser feitos em relação à prática momento poder-se-á determinar, sem comum na aplicação da lei de se sombra de dúvida, se a pessoa usar informantes confidenciais para a torturada está falando a verdade ou prevenção e detecção do crime, e a prática meramente confessando culpa para da infiltração com os mesmos propósitos. que a tortura pare. A tortura é Em ambas as práticas, a premissa básica é degradante tanto para a vítima quanto a de que só devem ser usadas quando para o algoz. Ela solapa os princípios for lícito e necessário para os propósitos básicos da liberdade, segurança e legais de aplicação da lei. democracia sobre os quais nossas 6- Visto que o uso de informantes sociedades deveriam ser construídas. A confidenciais geralmente envolve o tortura jamais será justificada em pagamento de dinheiro pela informação nenhuma circunstância. dada, chama-se a atenção dos encarregados da aplicação da lei para os http://www.dhnet.org.br/dados/ma riscos potenciais que esta prática acarreta, nuais/dh/mundo/rover/c6.htm incluindo o risco de que: 7- O informante, atraído pela perspectiva de pagamento, possa incitar outros a cometer crimes, os quais ele A captura de um suspeito é também subseqüentemente informa a seu contato cercada de procedimentos de salvaguarda policial; bem como sua posterior detenção e interrogatório o informante pode explorar a relação com seu contato policial com o O interrogatório dos suspeitos requer intuito de cometer crimes e evitar a preparação de parte dos encarregados da detecção; aplicação da lei envolvidos. o informante pode ser induzido, por seu contato policial, a instigar crimes 2.2.3 Manutenção da ordem cometidos por outros que, subseqüentemente, permitam à O cumprimento eficaz desta organização da aplicação da lei fazer responsabilidade será muito mais uma captura; difícil quando as circunstâncias o dinheiro nas transações com envolvendo incidentes mudam de informantes têm uma influência pacíficas para violentas, ou elevam- suscetível se para distúrbios e tensões, estados de corromper os encarregados da de emergência, ou, em último caso, para situações de conflito armado. PMSP – SOLDADO 2008 Em todas estas situações, as PMMG – SOLDADO 2008 organizações de aplicação da lei SEJUS/GDF – Agente Socioeducativo – Atrs 2010 permanecem como encarregadas da manutenção da ordem pública - a Secria/GDF – Prova de Conselheiro Tutelar – Sol Nascente. menos que uma decisão legal e contrária seja tomada. OAB/ exame XXIII - 2017, não aprovado na 2ª fase Aprovado na prova objetiva e não convocado para a Direitos e Liberdades Fundamentais x segunda fase. ordem pública PCSC – Investigador de Polícia 2008 GDF/SEJUS- Agente socioeducativo 2008 TRF1 - Segurança Judiciário 2011 - o direito de ter opiniões próprias sem interferência (PIDCP, artigo 19.1); PCTO - Delegado de Polícia 2015 - o direito à liberdade de GDF/SEAP/SESIP – Agente de Atividades expressão (PIDCP, artigo 19.2); Penitenciárias 2015 - o direito à reunião pacífica (PIDCP, artigo 21); - o direito à liberdade de associação (PIDCP, artigo 22.1).
1) O exercício desses direitos tem limite.
Podem ser impostas restrições a este exercício, desde que:as mesmas sejam legítimas; e necessárias: para que se respeite o direito à reputação de outrem; ou para a proteção da segurança nacional ou da ordem pública, ou da saúde pública e moral (PIDCP, artigos 19.3, 21 e 22.2) 2) Observação: além dos acima citados, o elemento da "segurança pública" pode ser uma razão legítima para que se restrinja o direito à liberdade de reunião pacífica e à liberdade de associação. Aqui o dilema da manutenção da ordem pública é apresentado estritamente em termos legais. As pessoas têm direito a ter opinião, a expressar esta opinião, e têm o direito de reunir-se pacificamente ou associar-se a outrem, desde que respeitem suas responsabilidades perante a lei.