You are on page 1of 241

Hans Robert Jauss

Las transformaciones
de lo moderno
Estudios sobre las etapas
de la m odernidad estética
La balsa de la Medusa, 76

C o le cc ió n d irig id a por
V alerian o Bozal

T ítu lo o rig in a l: S iu d ie n z u m E p o ch e n w a n d el der ¡ístbetischen M o d e rn e


© S u h rk a m p V erlag, F ran k fiirt am M a in , 1989
<§ de la p resente e d ic ió n , V ssor D istrib u c io n es, S. A ., 1995
T om ás B retó n, 55 - 2 8 0 4 5 M a d rid
ISB N : 8 4 -7 7 7 4 -5 7 6 -5
D ep ó sito leg al: M - 2 1 ,6 0 5 -1 9 9 5
V iso r F o to c o m p o sk ió n
Im p reso en E spaña - P r in tc d in S p a in
G ráficas R ó gar, S. A .
F u e n lab rad a (M a d rid )
Indice

Prólogo ....................................................................................................... 11

1. Los m ito s d el co m ien zo : u n a o cu lta n o stalg ia de la Ilus­


tració n .......................................................................................................... 25

2. El p ro ceso lite ra rio d e la m o d e rn id a d d esd e R o u sseau


h asta A d o r n o ............................................................................................. 63

3. L a a r q u e o lo g ía d e la m o d e r n id a d d e je a n S ta r o b in s k i ... 93

4. El arte com o a n ti-n a tu ra lez a . El cam b io estético d esp ués


de 1 789 ......................................................................................................... 105

5. R evisió n d el C o lo q u io A rte social y arte in d u s t r i a ! ............. 135

6. El recurso de B au d elaire a la aleg o ría ........................................ 143

7. H u e lla y a u ra : o bservacio nes sobre la O bra d e los pasajes


de W alte r B en jam ín .............................................................................. 16Í

8. El u m b ral d e 1 9 1 2 : Z o n e y L u n d i rué C h ristin e , de G u i-


llau m e A p o llin aire .................................................................................. 183

9. U n R o b esp ierre lite ra rio : ¿Paul V alé ry en el co m ien zo de


u n a n ueva recep ció n? ........................................................................... 215

10. Italo C a lv in o : S i u n a noche de in viern o u n viajero. In fo r­


m e so b re u n a e stética p o stm o d ern a ............................................. 2 23

9
Prólogo

L o s tra b a jo s q u e sig u e n h a n s id o re c o p ila d o s en este v o lu m e n en-


n ii) c o n t in u a c ió n de .in fe rio re s m e d ita c io n e s m ías acerca de la h is to ria
de la m o d e r n id a d desde ia I lu s tr a c ió n hasta c! presen te. D o s a m p lio s
rrab ajos: M ito s d e ! c o m ie n z o (1) y A rte c o m o / m li-iin tu r íiie z n ( f V ) se o c u ­
p an de la c u e s t ió n , p la n te a d a en la I lu s tra c ió n , cíe las re la c io n e s en tre
h is to ria , n a tu ra le z a y estética; m a n ifie s ta n m o tiv o s d e u n a a n t r o p o lo g ía
h is t ó r ic a a p a re c id a en t o r n o a l 7 ^ ), q u e ha d a d o lu g a r a u n c a m b io de
h o r iz o n t e cié la e x p e rie n c ia estética. T od os lo s tra b a jo s h a n s id o re d a c ­
ta d o s en el c o n t e x t o de los d é b a le s esté tico s de! ú lt im o d e c e n io , sob re
t o d o c o m o respuesta a c u e s tio n e s q u e m e lia n s id o p la n te a d a s , v n o r o ­
m o u n a s e c u e n c ia p r e t e n d id a cié un p la n h o m o g é n e o d e tra b ajo . Pese a
su r e e la b o ra c ió n y a m p lia c ió n , d e ja n tr a s lu c ir la s it u a c ió n h e ie ro g é n e a
d e su n a c im ie n t o v t e s t im o n ia n el t ip o d e respuesta de m is p o s ic io n e s
e n esos d eb ate s, al p re c io d e a lg u n o s s o la p a m ie m o s y re c a p itu la c io n e s
p o r los q u e p id o d is c u lp a s al le cto r. P o r e llo , h a c ie n d o de la n e c e s id a d
s is te m á tic a u n a v ir t u d h e r m e n é u tic a , p u e d e m u v b ie n ju s tific a rs e ia
id ea d e q u e es c a ra c te rís tic o d e la te o ría estética n o re ch azar el d iá lo g o
h c r m e n c u t t c o , q u e a b re p e rs p e c tiv a s en la e x p e r ie n c ia a rtís tic a d e su
tie m p o , q u e d if íc ilm e n t e serían acce sib les a u n a in v e s tig a c ió n m o n o ló -
g íca . f;n esa m e d id a p are ce n e c e s a rio q u e e s b o ce ah o ra la s it u a c ió n de
los d e b a te s a lo s q u e se re fiere ca d a texto. L a serie de los tra b a jo s n o se
c o r r e s p o n d e c o n la serie de las fechas de su a p a r ic ió n , s in o c o n la o r d e ­
n a c ió n de los u m b r a le s de é p o c a , tal c o m o se e x p o n e en eí s e g u n d o de
los tra b a jo s c u y o te m a es el e s p a c io g lo b a l d e 1(5 m o d e rn o .
I.a h is t o r ia d e ía Q u e r e lla d e /os a it t i u u o s r n m d e r m y ; h a b ía d is c u ir i-
d o le n ta m e n te hasta su d is o lu c ió n p o r la h ¡sto rí?ac:ió n c o m p le t a d el .ir­
t e 1. D e s p u é s d e q u e el arte d e la a n tig ü e d a d se c o n v ir t ió en o b je t o de

l.n c r G T u r v t'ti'h sih ff ¿ h P r i'r fik ,n i» ': . I n n k h j r u i ' ’""*!, c;ip 1 |r r;i<_] i.im . tic hm n
( « t v ió (. u ^ r n : ¡.A IxtvraUn-a cn>7¡o rrovni'/iru'--’ -;. í >t*n ín *-u í:i. í

1l
c ie n c ia e n la a lte rid a d de su m a n ife s ta c ió n h is t ó ric a , y c o n d i n p e rd ie se
su e x c lu s iv o c a rá c te r m o d é lic o , c u a lq u ie r o b ra v c u a lq u ie r é p o c a a r t ís ti­
ca d e l p a sa d o p u d o ser c o n s id e ra d a c o m o "c lá s ic a " v e je m p la r p ara un
id e a l de fo r m a c ió n esté tica, en la m e d id a en la q u e era capa?, d e u n if ic a r
urr ju ic io esté tico: la d is o lu c ió n d e la t r a d ic ió n c a n ó n ic a d e la a n t ig ü e ­
d a d fu e ei p r e c io d e la lib e r a c ió n de la e x p e rie n c ia esté tica a u t ó n o m a v
d e la - a p a r t ir d e S c h le ie r m a c h e r — h e r m e n é u tic a universal-'. A la re c e p ­
c ió n lib e ra d a d e l a rte d e l p a sa d o c o r r e s p o n d e ¡a p r o d u c c ió n lib e ra d a
d e l arte d e l presente. F.ncra así el arte n o s ó lo en el p ro c e s o g e n e ra l de
m o d e r n iz a c ió n s o c ia l - e l c a m b io d e la e x p e rie n c ia d e l « m u n d o d e la v i­
d a ” q u e va p o r d e la n te de c u a lq u ie r e x p e cta tiv a , e n la p ro g re s iv a re v o ­
lu c ió n i n d u s t r ia l- s in o q u e se p o n e al fre n te del m o v im ie n t o a c e le ra d o
de la é p o c a . E l p ro c e s o e s té tic o d e ¡a m o d e r n id a d d is c u rre b a jo el p r i n ­
c ip io de u n p ro g re s iv o a c o r t a m ie n t o d e l t ie m p o de valide/, de las ép o ca s
a rtís tic a s , lo s e s tilo s y las escuelas. E s u n p ro c e s o en el q u e el arre se se­
pa ra de s í m is m o c o n t in u a m e n t e , en el q u e la p r e t e n s ió n de la n o v e d a d
s u c u m b e a u n a p u ja p e rm a n e n te , y en el q u e la e sté tica d e la n o v e d a d
d e s c u b re lo b e llo t r a n s it o r io fre n te a lo b e llo e te rn o , y, s in e m b a rg o , c a ­
da m o d e r n id a d p r o c la m a d a se c o n v i e r t e in e v it a b le m e n t e en
a n tig ü e d a d .
L a m o d e r n id a d e sté tica v u e lta s o b re s í m is m a tie n e c o m o c o n s e ­
c u e n c ia q u e las d is ta n c ia s te m p o ra le s se re d u c e n a g e n e ra c io n e s , d é c a ­
das, año s, en u n r á p id o c a m b io de lo n u e v o en v ie jo , y las v a n g u a rd ia s
d ire c to ra s a p a re ce n p r im e r o s u c e s iv a m e n te , y lu e g o in c lu s o s im u lt á n e a ­
m e n te . A s í p u d o d e c irs e d e l t ie m p o p o s t e r io r al r o m a n t ic is m o ( ú lt im o
p e r ío d o e n q u e h u b o u n a c o n c ie n c ia d e é p o c a q u e a b a rc a b a to d as las
artes): «lo q u e d ife r e n c ia ei arte de la m o d e r n id a d de to d as las ép o ca s
p re c e d e n te s es la p é r d id a d e u n a u n id a d e p o c a l» 1. L a c r ít ic a a c tu a l a la
m o d e r n id a d e sté tica a p u n ta a ese p a ro x is m o ; c o n la c re c ie n te c o n d e n ­
s a c ió n d e in n o v a c io n e s , a u m e n ta e n ig u a l m e d id a la v e lo c id a d d e e n v e ­
je c im ie n t o ; la « p r o d u c c ió n v a n g u a r d is t a p r o d u c e c o n s t a n t e m e n t e lo
q u e q u is ie r a sup e rar, a saber, el p asad o»; n o s ó lo cre a fu t u r o m e d ia n te
e l a rte s in o c re c ie n te « m u s e iz a c ió n » y, pese a t o d o , a b a n d o n o d e l «ca­
rá c te r d e o b lig a c ió n de lo n u e v o » 4.

1 V er para csro el im portante artículo de G ü nth er Buck: «'•Líterarischcr Kanon und


Geschichciichkeit»* en: D eutsche V icneljahnschrift f i i r L ittraturuñíscnschaft u n d G eistciget-
chkhte, 5 7 0 9 8 3 ) , pp- 3 5 1 -3 6 5 -
3 R. W arníng (ver cap. II, nota 17).
A Herm ann Lübb«: «Historisieruftg und Asthetisierung. Ü ber Unverbm diichlíeitcn
rm Fortschrirt#, en Traditian u n d ín n ova tion , XIII. Congreso Alemán de filosofía, t*d. W .
KJuxen, Hamtmrgo, 1 9 8 8 , pp. 4 14 -4 3 0 , esp. pp. 4 1 6 ,4 1 8 ,4 2 0 ,4 2 3 . A hí podemos leer* en

12
A esta re cie n te Querella de antiguos y m odernos , en rre c rític o s v' a p o lo ­
gistas, q u e e q u ip a ra b a la m o d e r n id a d c o n ia é p o c a d e la ilu s t r a c ió n , d e d i­
q u é la c o n t in u a c ió n de m i re fle x ió n h is t ó r ic a ’ . Se c o n c re tó en m i a p o rta ­
c ió n aí X f ¡ C o lo q u io s o b re P o ética y h e r m e n é u tic a , r e x p lic a b a el
p ro b le m a h e r m e n é u tic a d e la p e r c e p c ió n de los c o m ie n z o s h is tó ric o s - l a
d ife r e n c ia e n tre u m b r a l de é p o c a y c o n c ie n c ia de é p o c a - en c o n e x ió n
c o n la re fle x ió n h is tó ric a de R e in h a r r K o s e ile c k , para q u ie n la c o n d ic ió n
fu n d a m e n ta l de la e x p e rie n c ia h is tó ric a y de la c o m p r e n s ió n re c o n s tru c ­
t iv a rad ica en la asim e tría e n rre e x p e cta tiv a v e x p e rie n c ia 1’. L e c o r r e s p o n ­
d e así a la e x p e rie n c ia estética el p ap el de « ad elantad o .', v eso n o s ó lo en
la m o d e rn id a d : los c o n c e p to s epocates —c o m o “ E d a d M e d ia » v « R e n a c i­
m ie n t o — R ie ro n e s ta b le cid o s en p r im e r té r m in o c o m o c o n c e p to s más o
m e n o s lite ra rio s v estéticos, antes cíe ser re elab o rad o s en s e n tid o m ás ge­
neral y c ie n t ífic o en u n la rg o p roceso. C o n el a c o n t e c im ie n to d e 1 7 8 9 y
sus c o n s e c u e n c ia s, apenas es p e rc e p tib le la d is c re p a n c ia en tre e s p a cio ce ­
rra d o de e x p e rie n c ia y h o r iz o n te a b ie rto de expectativa: ta n to el p ro ce so
e c o n ó m ic o - p o lít ic o c o m o ei es té tic o ca e n en el r e m o lin o de u n a p e n ­
d ie n te acelerada. N o o b sta n te, sigu e e s ta n d o esa e x p e rie n c ia te m p o ra l c
h is tó ric a , e s p e c ífic a m e n te rom anizada p o r ias artes, b a jo el p r in c ip io d e la
fo r m a c ió n re tro sp e ctiva de épocas: la s ig n ific a c ió n v tra sc e n d e n c ia de u n
suceso n o se d e d u c e de su tra n s ic ió n de lo a n tig u o a lo n u e v o , s in o sólo
- v e.s m u y d is t in t o — de a q u e llo q u e c o n s titu y e su c o n s e c u e n c ia .
L o q u e R o u s s e a u d ia g n o s t ic ó en t o r n o a 1 7 5 0 en sus d o s p rim e ro s
D is c u r s o s c o m o a lie n a c ió n fu n d a m e n ta l de la v id a s o c ia l, s ó lo se re co ­
n o c e re tro s p e c tiv a m e n te d e sd e la p o s ic ió n de A d o r n o , d e m a n e ra q u e
la D ia lé c t ic a d e ia I lu s tr a c ió n se a n t ic ip a in c lu s o a la fase p r e r r e v o lu c io -
n a ria , y d e sd e e n to n c e s d e t e r m in a la c o m p r e n s ió n m u n d a n a de la m o ­
d e r n id a d . N o s o n los c o n t e m p o r á n e o s de B a u d e la ir e , s in o M a ila r m é y
V a lé ry , d e u n a g e n e r a c ió n p o s te r io r , lo s q u e r e c o n o c ie r o n q u e su re­
n u n c ia a lo r o m á n t ic o fu n d a b a u n a n u e v a é p o c a d e lo m o d e r n o , p ro -

este calendario de acortamiento de los conceptos de época, el sorprendente ejemplo de


que «en el medio siglo escaso enrre 1 8 5 5 y 1 9 0 0 , se señalan siete nombres de época co­
nocidos desde el Impresionismo al M odernism o, mientras que sólo en los años setenta de
nuestro siglo Hay el doble> catorce m ovimientos, desde e! realismo mágico al arre de ins^
taisciones# (416 ).
J T anto H, Lubbe (nota 4, p. 4 1 4 ) como }. Habermas (en: D ie M odem e, ein unvo-
líendetes Projekt, 1 9 8 0 [trad. cast. de R. García Cotareio, «La modernidad: un proyecto
inacabado», en Ensayos p olíticos , Barcelona, Península, 19 8 8 ], y en: D er p h ilcsop b isch e
Diskurs d er M odem c, 1 9 8 5 (trad. cast. de M . Jim énez Redondo: El discurso filo só fico d e la
m o d e r n id a d M adrid, Taurus, 19 8 9 ]) parren de ahí.
6 P o ctrk u n d H e rm e n e u tík X II: E p o c h e n b e g r iff u n d E p o ch en sch w elle, ed. R.
Heriog/R, Kosclleck, MüncHeri, 19 8 7 . p- 564.

13
d u cto de su su brayad o am in atu ralism o . T am b ién p erm an eció o cu lto a los
m ás agudo s con tem po rán eo s ía aportación estética d e las van gu ard ias en
ro m o a 1912, Jam es Jo yce, V irg in ia W oolf, Ezra Pound y M arcel Proust,
con su nuevo u m b ral d e exp erien cia, cosa d e la q u e sólo hubo con ciencia
cu an d o en la m u ltip licid a d heterogénea de escuelas co m petitivas y en el
paroxism o d e m an ifiestos ráp id am en te envejecidos, apareció retrospectiva­
m e n te la u n id a d epocai d e u n a m o d ern id ad «clásica»; y la articu lació n de
esa. n ueva con ciencia d e épo ca ocurre desde la posición post m oderna.
S i h a d e entenderse el arte d e la m o d e rn id ad d espués d el ro m an ticis­
m o co m o u n a ép o ca en el sen tid o d eí e sp íritu objetivo h eg elian o , esta
p érd id a de u n id a d epocal no exclu ye d e n in g u n a m an era q u e el horizonte
de exp erien cia de n uestra m o d ern id ad se rem o n te a d eterm in ad as épocas
d e l pasado y q u ed e co n d icio n ad o p or su exp erien cia, ia cual se a rticu la en
las artes en um brales b ien m arcad o s, de m an era qu e la auto co m p ren sión
de c ad a nuevo p erio d o n ecesita u n a reflexión retrospectiva. Si el p rincipio
de n u estra m o d ern id ad se fijó a m ed iad os d el siglo XVIII, en la revolución
estética d el ro m an ticism o , en la d écad a p osterio r a 1848 (las tres cesuras
q u e corresponden a la época «a caballo» d e K oselieck) y, fin alm en te, en
los años previos a ía p rim era g u e rra m u n d ia l, tales d esp lazam ien tos en el
horizon te ab ierto de la m o d ern id ad no so n c iertam en te posturas arb itra ­
rias, sino hallazgo s históricos. Exigen ser recon struido s en la relación her­
m e n éu tic a d e u m b ral d e épo ca y co n cien cia de época. En este sen tid o , los
trab ajo s sig u ien tes se refieren a cin co u m b rales d e época: M ito s d e l co­
m ie n zo (I) y L a arqueología de la m o d e rn id a d d e S taro b in sk i (III) al u m ­
bral de 1750. E l arte com o a n ti-n a tu ra le za (TV), y A rte social y arte indus­
tria l (V ) al u m b ral de 1 7 8 9. L a apelación d e B audelaire a la alegoría (V I) y
H u ella y aura: la O bra d e los Pasajes de W alter B en ja m in (V II) ai um bral
d e 1848, G uiU aum e A p ollinaire (V III) y C uadernos de P a u l Valéry (IX ) al
u m b ral d e 1912; Italo C aivino (X) al u m b ral de 1967.
Q u isie ra a ñ a d ir algo m ás a ía recien te Q tterella entre m o d e rn ism o y
a n tim o d e rn ísm o . C o n relació n a jü r g e n H a b e rm a s; no h a y p ara m í, ra­
zó n d e e n tre g a r al an tim o d e rn ism o p o lítico la tesis d el p o stm o d e rn is­
m o estético d e q u e la m o d e rn id a d q u e rechaza n o es u n p ro yecto in ac a­
b ad o , sin o ac a b a d o , p u esto q u e canto p ara C a iv in o co m o p a ra otros
e m in e n te s «p o stm o d ern o s» la Ilu stració n sig u e sie n d o en la c u ltu ra de
m asas u n p ro yecto in ac ab ad o . C o n relació n a H erm an n L üb b e, y a d i
m i resp uesta en el C o n g reso d e F ilo so fía: c u a n d o h o y d ía se p o n e en
c u e stió n m ás q u e n u n ca e l p riv ile g io d e lo nuevo, cu an d o se a firm a qu e
h a y q u e fu n d a m e n ta r no la c o n serv ació n d e la tra d ic ió n , sin o su m o d i­
fic ac ió n , cu an d o la «salvació n d el p asad o » v ale com o ú ltim a c o n clu sió n
de la sa b id u ría , d ebe reco rd ar b ien e l h isto ria d o r d e la lite ra tu ra q u e
siem p re h a sid o el p ap el im p re sc in d ib le d e ía e x p erie n cia estética (y h oy

14
d e b e s e g u ir sie n d o su o p o r tu n id a d ), fu n d a m e n ta r e x p e c ta tiv a s p a ra
m o strar lo q u e ein el h o rizo n te d el tiem p o h a y to d av ía d e co gn o scib íe,
p en sab le o d eseab le, a u n c u a n d o no p u e d a ser ju stific a b le d e ig u a l m a ­
n era. A h í veo yo el c a rá c te r d e o b lig a c ió n d el a rte d e n u e stra d irim a
m o d e rn id a d , q u e so la m e n te p u e d e im p u g n a rse si se c o n fu n d e su m o ­
ral, n ecesariam en te p ro v isio n al, con la in d iferen cia e stética7.
FJ seg u n d o trab ajo llega h asta el su p u esto u m b ral d e la p o stm o d e r­
n id a d , c u y o carácter d e ép o ca su ele se r im p u g n ad o . C o m o lo atestig u ó
el C o n greso sobre A d o rn o d e 1 9 8 3 ’, en círcu lo s p o lítico s d e la T eo ría
c rític a se im p u g n ó la p reten sió n d e q u e u n m o v im ien to , au to d efm id o
p o r su carácter d e posi, p u d ie ra o p tar a !a seried ad d e u n a n u eva co n ­
c ie n cia de ¿p o ca. Lo q u e p rim ero se d io a con o cer com o algo m u y d ifu ­
so en el p lan o lite ra rio y co m o p ro p u estas in n o v ad o ras co n cretas de
c a m b io d e estilo en la a rq u ite c tu ra , fue a trib u id o en A le m a n ia p o r la c rí­
tic a id e o ló g ic a a u n a a n tí m o d e rn id a d p o lític a y a u n a an ti ilu stra c ió n
n eo con servado ra, al servicio d e las n ecesid ad es d e la c u ltu ra d e m asas,
en a p a rie n c ia estéticas, pero en re alid ad co n tro lad as p o r los «m ed io s».
Pero tam b ié n ñ ie im p u g n a d a la p o stm o d e rn id ad en círcu lo s d e ia teo ría
estética com o u n ap elativo q u e ap aren tem en te caracterizab a sobre todo
la n ueva c o m p le jid a d , p or d ecirlo con el term in o u sad o p o r H ab erm as
en 1 985 p ara d e n o m in a r la in seg u ra co m p ren sió n epo cal d e un segun d o
fin de siglo . E n las d isp u tas sobre el m éto d o de los años seten ta, fue p ri­
m ero la c rític a n eo m an d sta d e la id eo lo g ía y luego el d eco n stru cio n ism o
los q u e forzaron a las escuelas h erm e n é u ticas, p sico an alíticas y se m ió ti­
cas a ju s tific a r la acció n c o m u n ic a tiv a d e las artes c o n tra la so sp ech a
fu n d a m e n taJísta d e q u e to d a c o n stitu c ió n d e se n tid o n o era m ás q u e
u n a astu c ia d e la razón h ip e rtro fiad a d el lo g o cen trísm o euro p eo y d e su
an ó n im o «discurso d el p o d er». Esta d isp u ta se cen tró en los años o ch en ­
ta en la relació n en tre lo m o d ern o y lo p o stm o d ern o : la cu estió n d e si la
p re te n sió n d ei v a n g u a rd ism o p o ste stru c tu ra l d e ac ce d e r a u n a n u ev a
co n c ie n c ia d e ép o ca , su c rític a a la form a d e rac io n a lid a d d e la m o d e rn i­
d ad y su afirm ac ió n de q u e las n orm as estéticas creadas a co m ien zo s dei

7 T rodítion u n d In novation (noca 4 , p. 4 0 4 en mi conferencia: «Alls A lt mach Ncu?


Tradition und lnnvation in asthetischer Erfehrung*, pp. 3 9 3 -4 1 3 ).
* L. von Friedeburg-j. Habermas (ed.): A dom o-K onftrcnz 19 8 3 , Frankfurt* 1 9 8 3 . El
titubeante reconocim iento de la posm odernidad estática se refleja en La publicación del
Congreso de 19 8 7 : D it Z ukunft d¿r A ufélarung, ed. ]. Riisen y otros, Frankfurt, f9 8 8
(NF 479> ver ahí en especial las contribuciones sobre Ilustración y cultura de masas* p.
2 1 5 s.}. D e la posterior y numerosa literatura, señalemos: P oítm od em e-S trategim d& Ver-
grtsm s. Ein k ritischtr B erich t von B urghart Schm idt, D armstadt-N euwied, I 9 8 6 t y D ie un-
v o lím d tte Vemunft. M ocU m t versus PostmacUme, ed, O . Kampcri'W. v, Re ijen, Frank/urt,
1 9 8 7 ( N F 358).

15
sig lo XX se h ab ían acab ad o , tenía razón histórica de ser o sólo h ab ía de
co n sid erarse co m o u n a so b revalo ració n d e un g ru p o e litista .
M i tesis d e 1 9 83 se lim ita b a a la com prob ació n de q u e la p ro clam ad a
p o stm o d e m id ad a ú n no era cap az de a rticu la r ia novedad sobrevenida en
u n horizonte n orm ativo d e expectativas, a p arrir d e la p ro pia exp erien cia,
pero q u e, en su c rític a ai p arad ig m a ago tad o d e sus predecesores, h acía
aflo rar a la co n c ie n c ia la ú ltim a g ran ép o ca de la m o d e rn id a d estética
com o algo y a pasado. U n horizonte cerrado d e exp erien cia m u n d an a se
en fren ta a un horizonte aú n ab ierto d e expectativas estéticas y políticas.
En ios años siguien tes la p o stm o d ern id ad ha lo grad o in equ ívo cam ente,
com o o bjeto d e u n a d iscu sió n , y a no ociosa, entre defensores y co n trad ic­
tores, el derech o a ser recon o cida com o época en la h isto ria m is reciente
d e las artes. El rechazo p o stm o d ern o del fu n cio n alism o y el co n structivis­
m o , celebrado com o el «red escub rim ien to d el len guaje de la arq u itectu ra,
se an u n cia en todo e! m u n d o en ed ificio s de un nuevo “eclecticism o ac­
tualizad o ”, toleran te con el o rn ato , con u n a fuerza selectiva d e reactiva­
ció n d e las h uellas del p asado», con el p red o m in io de espacios in terp reta­
bles in d iv id u a lm e n te en fu n ció n d e su v alo r d e uso’ . M an ifestacio n es
equivalen tes en la p in tu ra o en la m ú sica h an sid o seriam en te an alizadas.
A su lad o está la co yu n tu ra de u n a estética y un a sem ió tica d e la intertex-
ru aü d ad , qu e c o n q u ista nuevas d im en sio n es de co m pren sió n, a p artir deí
ab and o n o d e la o bra de arte au to suficiente. M ás allá de la p o lém ica d en o ­
m in ació n , lo q u e sí se h a gen eralizad o es el recon o cim ien to ev id en te de
u n a cesura epocal en ios años seten ta. La crisis estética aco m p añ a luego a
la p o lítica. H ace poco se celebró un C o lo q u io alem án con e l títu lo «Post­
m o d ern id ad : ¿un contexto g lo b al?». Se tratab an los p ro blem as globales de
la eco logía, Sa en erg ía nuclear, el desarm e, fenóm enos q u e, con ia am en a­
za de d e stru c c ió n d e! m u n d o m o d ern o , su scitan la c o n c ie n c ia d e u n a
nueva época, q u e, desde el p u n to d e vista estético, se h a m an ifestado p ri­
m ero en la novela p ostm od ern a d e L atin o am érica, y, desde el p u n to de
vista p o lítico , en e! «nuevo p en sam ien to de la era G o rb atch o v'0,
U n a p ru e b a in fa lib le d e q u e se h a im p u e sto u n a n u eva ép o ca es la
p u g n a p o r fech ar a n tic ip a d a m e n te sus in ic io s, a firm a n d o q u e todas las

’ C h. Jendcs: O te Spraehc d erp ostm od em cn A rchitektur [\9&7). Ver ía correspondiente


valoración filosófica de A. W ellm er: '/.tir D ialehik von M odem e u n d P ostm edem e ~ Ver-
nunfthritik nach A dem o, Frankfurt, 19 8 5 , esp. p. I I 5 s. [trad. ca.it. de J. L. AranteguL So­
bre bl dúlücticil d e m odern ida d y postm odem idad- critica d e la razón después d e Adorno,
M adrid, Visor, 1993].
10 Sesión deí Instituto central de ¡historia de la literatura de la Academia de Ciencias
de la R D A : P otTm odem e —e in g h b a le r K onlext?, bajo la dirección de Robert W eim ann en
Bad Stuer, diciembre 1988.

16
in n o vacio n es y a p o d ían c o n tar co n an tecesores. C o n lo q u e se d escon o ­
ce la h erm e n é u tic a d e ia d ista n c ia tem p o ral q u e e xp lica las razones por
las q u e la h isto ria an te rio r sóío es reco n o cib le a p a rtir del g iro p ro d u c i­
d o en u n a h isto ria p osterio r. Esto v a le esp ec ia lm en te en el caso d e jo rg e
L uis B o rges, q u ie n con razón es co n sid e rad o u n a d e ias fig u ras fu n d a ­
m en tale s d e la p o stm o d e rn id a d lite ra ria . C la ra m e n te se p u ed en d escu ­
b rir en su o b ra c riterio s d ecisivo s d e u n a p o stm o d e rn id ad e sté tic a 11, que
só lo —y no p o r a j a r - son n o rm ativ o s v e in tic in c o añ o s d esp ués. Por eso
he e le g id o com o p a ra d ig m a de u n a e stética p o stm o d e rn a p le n am e n te
d e sa rro lla d a e in te rp re ta b le te ó ric a m e n te , un a u to r q u e c ie rta m e n te
su p o n e a B o rges, pero q u e c o n tin ú a co n sid e rab le m e n te sus esbozos. Se
tra ta de Italo C a iv in o y d e su n o vela C u a n d o u n a noche d e in vie rn o u n
viajero ( 1 9 7 9 ). P o lém ico y d o cto p o eta, cread o r de escritu ras p lu rales,
C a iv in o ha c o n cen trad o am p lia m e n te en esa o b ra p ro gram as y teo re­
m as, fo rm u lad o s iró n ic a y p o é tic am e n te , q u e estab an d e m o d a desde
T h e L itera tu re o f E xh a u stio n (1 9 6 7 ) d e Jo h n B arth , {pese a qu e e x p líc i­
ta m e n te n u n c a se ha co n fesad o C a iv in o in cu rso en el «m o v im ie n to "
p o stm o d ern o ). C rite rio s de ese p a ra d ig m a q u e m erece ser lla m a d o post-
m o derno so n e sp e c ia lm e n te los sig u ie n te s: el c a m b io d esd e ei exp eri­
m e n to eso térico d e un m o d ern ism o ascético a la afirm a c ió n exo térica
d e Ía e x p erien cia sen sib le y el gozo co m p ren siv o , el exceso sa tírico y la
c o m ic id ad su b versiva; el c a m b io d esd e la p ro clam ad a m u erte d el su jeto
a la e x p erien cia d e la am p lia c ió n d e la c o n c ie n c ia ; el a b an d o n o d e u n a
o b ra d e arte a u tó n o m a y u n a p o é tic a a u to rre feren c ial a favor d e u n a
a p e rtu ra d e las artes en un m u n d o alta m e n te in d u stria liz a d o y sus n u e ­
vos m ed io s; la lib é rrim a d isp o sició n d e todas las c u ltu ras pasadas («in -
te r te x tu a h d a d » ); la e x ten sió n d e l in te ré s e stético a la re c ep c ió n y el
efecto ; y, no en ú ltim o térm in o , u n a m ezcla d e sp reo cu p ad a d e a lta c u l­
tu ra y c u ltu ra de m asas q u e ap ro vech a la fic c ió n , lo im a g in a rio y lo fan ­
tástic o com o m ed io de c o m u n ic a c ió n , fren te al flu jo in fo rm ativ o de!
m u n d o tecn ificad o .
El m o tivo q u e llevó al trab ajo «M ito s d e! co m ien zo » fue u n a in v i­
ta ció n a e sc rib ir so b re los m ito s d e l p ro greso en el sig lo XVill’2. F ui
c o n sc ien te en to n ces d e q u e el m ito c u ltu ra l esp ecífico d e la ép o ca d e Sa
Ilu strac ió n h ab ía d e ser d e te rm in a d o con m ás p recisió n en la lín ea de
sus nuevos in tereses: el se n tid o de la h isto ria h u m a n a y a no h ab ía de

M V er sobre esro del autor: DU Theorie d er Rezepúon — Rikkschau a u f ihrr uncrbannít


Vorgeschiehte, Constanza, 1 9 8 7 (Discursos de la Universidad de ConsTanra, v. 166), p. 3 0 s,
IJ Serie radiofónica en la Radio de Hesse: Sehnsucht: M ythos - Irrationalismxa oder er-
w eiterte V em unft (2 3 -1 1 -8 8 ) publicada en M achi des M ythos —O hnm acht d er Vemunft,
ed. P. Kem per, Frankfbrt, 19 8 9 .

17
b uscarse m ira n d o a su fin p ro v id en cial o ele g id o , sin o en su o rigen n a­
tu ra l y en los co m ien zo s d e la c u ltu ra h u m a n a . La h isto ria n atu ral pos-
cuiada d e l h o m b re llev ab a al c am b io d esd e u n a a n tig u a e p istem e teo ló ­
g ic a a u n a m o d e r n a g e n é t i c a ; se p r e s e n t a b a a c o m p a ñ a d a d e
rep resen tacio n es m ític a s acerca d e u n a n atu ra lez a d el h o m b re o rig in a ria
q u e b ro tab an cíe !a n ecesid ad de re e n c o n trar la p e rd id a p ureza y p le n i­
tu d d e l co m ien zo , u n a n ecesid ad q u e la rev o lu ció n de 1 7 8 9 , celeb rad a
c o m o ei nuevo co m ien zo d e la h isto ria, p are cía llen ar. M i reflexió n ha
e n c o n tra d o en ei lib ro B eginnings (1 9 7 5 ) d e E d w ard W . S a id un texto
p aralelo q u e c o n tin ú a la h isto ria d e l p ro b lem a d e los co m ien zo s d o n d e
yo m e d etu v e. P ued en valer, p u es, las tesis d e S a id com o un c o m p le ­
m en to d e m i trab ajo .
P arte S a id d e la d iferen cia en tre o rigen y co m ien zo , e n tre lo no d is­
p o n ib le y lo d isp o n ib le , con el a ñ ad id o d e q u e o rigen (origin) en c u a n ­
to c o n d ició n d el c o m ie n zo ( beginning ), n ó m b ra la in sta n c ia h eteró n o -
m a , teo ló g ic a, d e un ab so lu to d el q u e se exclu ye la acció n a u tó n o m a y
sec u la riza d a , pero sólo co n la c o n c ie n c ia d e q u e to d o co m ien zo h u m a ­
no im p lic a u n a p é rd id a (p. 3 7 2 s.}. V isto h istó ric a m e n te , este proceso
in sta u ra la fo rm ac ió n d e u n n uev o m ito c u ltu ra l de los co m ien zo s en la
Ilu stra c ió n , Lo p o d em o s v er en M iito n , q u ie n re iv in d ic a p o lé m ic a m e n ­
te p ara su texto ( Paraíso p erdido) el lu g a r d e u n texto p rim e ro , in a u g u ­
ral; en la n o vela b u rg u e sa en la q u e el a u to r a trib u y e a la ficció n au to -
s u fic ie n te la a u to rid a d d e l c o m ie n z o , u s u rp a n d o e l p a p e l d e l p a d re
(p. 2 1 3 ), y, no en ú ltim o lu gar, en V ic o , con el q u e em p ieza el m o d e r­
no p e n sa m ie n to acerca d el co m ien zo , eí largo d eb ate so b re el o rigen del
len g u a je y la c u ltu ra . El c a m b io d e este p a ra d ig m a se p ro d u jo en ei s i­
glo X iX , y en e! XX c o n d u jo , co n e l m o v im ien to e stru c tu ra h sta , a rech a­
zar, con el lo g o cen trism o , todo p en sa m ie n to acerca d el o rigen (p. 3 1 6 ),
lib e ra n d o el sab er m o d ern o d e c u a lq u ie r referen cia m ític a al o rigen y el
telos d e la h isto ria , y a su , h a sta ah o ra, térm in o m ed io , el su jeto au to -
su fic ie n te .
L a exp o sició n d e S a id a rro ja la m ás viva luz so b re ei recien te d esa­
rro llo , m o stran d o cóm o el p ro b lem a d el o rigen y el co m ien zo es re al­
m en te el p u n to d e p a rtid a y e l foco c o m ú n d e! p en sa m ie n to d e auto res
tan d ife re n te s en los añ o s se se n ta c o m o F o u c a u lt y D e rr id a , L év i-
S trau ss y B arth es, P iag e t y B én vdniste {sin co n tar co n N ietzsche y H ei-
d e g g e r). La p re m isa d e F o u cau lt, según la c u al se ha su straíd o d e m odo
in c o n d ic io n a l a la co n c ie n c ia p en san te su o rigen en la h isto ria y en el
le n g u a je , de m o d o qu e todo c o n o c im ie n to y c o m p ren sió n sólo alcan za
lo q u e y a h a co m en zad o («le d é já c o m m e n c é », p. 2 8 3 )i lis o b stru id o ,
seg ú n S a id la v isió n Inversa d e los au to res d el XVEII q u e esp erab an e n ­
c o n trar u n n uevo co n o cim ien to de la n atu ra lez a h istó ric a d el h o m b re

18
en ei re d e sc u b rim iem o d e su s o rígen es. La razón Jarenre d e la im a g in a ­
ció n fo rm ad o ra d e m ito s era p ara V ic o el d o n p rim ario d ei h om bre (p.
3 5 7 ), la f u e r a n o rm ativ a de un com ien zo q u e im p lic a ia tesis del Ve-
n tm -F a c ru m (no v alo rad a por S a id ), y q u e sóio d esp ués, en el rousseau-
n ian ism o ro m án tic o , y eí p o sterio r e stru c tu ra lista , se p aga con la «p ér­
d id a dei o rigen » («a sense o f loss», p. 3 7 2 ), T am b ién in fravalo ra Said las
co n secu en cias e p istem o ló gicas d el cam b io d e interés en la cuestió n del
fin al, en el co m ien zo d e la h isto ria d e la h u m a n id a d . El d e sc u b rim ien to
d e la p ersp ectiva g en é tica , m an ife stad a en la serie in a lte ra b le d e c id o s
triá d ic o s, fue el p rin c ip io d o m in a n te de ia S cien za N uovit, pero no un
p rin c ip io de d ise m in a c ió n a v a n t la lettre , q u e S aid a trib u y e a las e tim o ­
lo gías d e V ico con sus ram ificac io n es m ú ltip le s (p. 3 5 1 - 3 7 3 ). El p en sa­
m ien to del o rigen de la Ilu stració n no fue luego o rilla d o en el hístora­
c is m o ro m á n tic o . La e x p lic a c ió n d e las in s titu c io n e s c u ltu r a le s a b
origine leg itim ó en el siglo XIX tan to la con versió n de la G ram átic a ge­
n eral en G ram átic a h istó rica y el d e sp lie g u e d e las fam ilias d e len g u ajes
en la c ie n c ia lin g ü ístic a , co m o la o bsesió n d e los fdólogos por retro traer
la p oesía g rieg a y lá poesía m e d iev al a sus o rígen es, raras veces su fic ie n ­
tem en te verificad o s. El p rim a d o de la in v estigació n d e las fuentes filo ­
ló g icas, q u e creyó e n c o n tra r p recisam en te en la poesía p rim itiv a el co-
m ienzo n o rm ativ o d e la id e n tid a d n acio n al, se q u eb ró a p rin cip io s del
sig lo XX por o b ra d e la e stilístic a . A su nuevo interés por el a n álisis for­
m al y la e stética in m a n e n te d e la o b ra, co rresp o n d e ei g iro observado
por Said en los au to res v an g u ard istas, q u ie n es, desde M a lia rm é , p u sie ­
ron en c u e stió n el h asta en to n ces co n cep to e v id en te de texto —su teleo ­
lo g ía y a im p líc ita en la id ea d e co m ien zo — y vieron el p ro b lem a de la
e sc ritu ra en la reflexió n acerca de la resisten cia de lo qu e no está d isp o ­
n ib le en la factu ra del texto (p. 1 8 -2 3 3 ).
El ú ltim o giro d e la e x p erie n cia e stética h ab ría sid o , según S aid , la
a su n c ió n d e un escep ticism o lin g ü ístic o rad ical en los años sesenta. Tal
p o sic ió n su sc ita la s ig u ie n te c rític a : «A ce p tan su d e stin o e x íste n c ia l
d e n tro d el le n g u a je , cuyo m odo de ser es d e sp ia d a d a m en te relacio n al:
las p alab ras o b tien en su sig n ific ad o no d e su v alo r in trín seco sino d e un
d o b le siste m a m etafó rico y m e to n ím lco q u e liga las p alab ras e n tre sí y
q u e g a ran tiz a su flu jo in te lig ib le en o po sició n a su p erm an en c ia exen ­
ta ... L a sig n ific ació n se d isp ersa y d e sp arram a siste m á tic a m e n te a lo la r­
go y p ro fu n d o de la c ad en a h a b la d a y escrita, pero es v irtu a lm e n te in ­
c o m p ren sib le en un p u n to d ad o de la c ad en a, puesto q u e el len g u aje
n u n ca está p resen te to ta lm e n te y a la vez» (p. 3 1 9 ). D espués de q u e
m u riese la ('q u im era d el o rigen » (N ietj.sche) y de qu e la fuerza previa
d ei se n tid o se revelase in a n e , sólo q u ed a d e te rm in a r las form as resid u a­
les del p o d er (p. 3 2 0 ). A sí term in a lo qu e em pezó en la Ilu stració n con

19
la p ro testa c o n tra la a u to rid a d d e u n o rigen h ete ró n o m o , con la a c ep ta­
ció n d e u n su p u esto d estin o in exo rab le qu e nos h ace p risio n ero s d e un
len g u aje sin referen cias en u n a c o rrien te d e d iscu rso an ó n im o sin p rin ­
c ip io n i fin . Esta tran sfo rm ació n d el d eb ate, en u n a c o n tra iíu stra c ió n
no co n fesa d a , es la c o n se c u e n c ia d e u n a g rav e in fra v a lo ra c ió n d e la
fuerza ra c io n a l d el co m ien zo (p. 3 2 0 ), u n a c rític a im p o rta n te q u e re c u ­
p era d el p e n sa m ie n to de la Ilu strac ió n la v e rd ad n eg ad a seg ú n la cual ei
len g u aje era y es d esd e el co m ien zo ~e in c lu so en su m al uso— in s tru ­
m e n to d e c o m u n ic a c ió n .
El trab ajo «A rte com o a n ti-n a tu ra le z a » fue u n a c o n trib u c ió n a u n a
serie d e leccio n es d el S tu d iu m G enerale d e C o n sta n z a sobre «El cam b io
m o d ern o d e l co n cep to d e n a tu ra le z a »13. D esp ués, en un ciclo de co n fe­
ren cias en A u gsb u rgo sobre «C o n secu en cias d e la rev o lu ció n fran cesa»,
se aso ció a la c u e stió n d e con q u é d erech o p u ed e d ecirse qu e el cam b io
p o lítico de ép o ca en 1 7 8 9 tuvo ta m b ié n co m o c o n secu en cia u n a «revo ­
lu c ió n estética » (té rm in o e m p le a d o p rim ero p o r F ed erico S ch leg el)'''. El
c am b io e sté tic o tra sla d ó el e scen ario d esd e F ran cia a A le m a n ia . C o ­
m en zó con el p ro yecto d el Id ealism o a le m á n , con el fracaso d e la razón
p o lític a d e realizar, en u n a fo rm ació n e stética sin co accio n es, el estado
d e los lib res e igu ales. C u a n d o «la leg islació n estética» y el p o stu lad o d e ;
u n a «n ueva m ito lo g ía » 15 se revelaron im p o sib les, se sig u ió el giro h acia
ía filo so fía n a tu ra l ro m á n tic a , h acia lo otro d e la h isto ria: la fuerza sal­
v ad o ra de ia razón in c o n scien te d e la n atu ralez a. La e stética ro m án tica
d e la n atu ra lez a cayó en u n p ro gresivo d esen can to en el proceso de un
reto m o d e lo re p rim id o : el im p u lso n a tu ra l, no id eal, d e stru c to r y d ila ­
p id ad o r, q u e se rep ro d u ce in c e sa n te m e n te . C o in c id e esto con u n a a n ti­
g u a tesis d e O d o M a r q u a r d '6.
C o n tin u a n d o la h isto ria , o cu rre qu e al fracaso d el g iro ro m án tico
h ac ia ía n a tu ra lez a , sig u e el in te n to de la m o d e rn id a d p o stro m á n tica de
e x p u lsar la n atu ra lez a de la e stética. Los o rígen es d e esta e n em istad por
la n atu ralez a en la ú ltim a m o d e rn id a d h a y q u e b uscarlo s - t a l es m i te­
sis— en S ad e y D e M a istre , en C h a te a u b ria n d y H eg e l; c u lm in a el p ro ­
ceso en el S ueño p a risiense d e B a u d ela ire , visió n de u n m u n d o artístico
v a c ia d o d e la n a tu ra le z a o rg á n ic a . La fu n d a c ió n d el a rte m o d e rn o

En el semestre de invierno de 19 8 6 -8 7 , publicado com o vol. 13 de in B iblioteca de


Constanza^ ed. H. D . Weber» Constanza, 1 9 8 9 . El ciclo de conferencias de Í9 8 8 apareció
en Suhrkam p, ed. H.Krauss: F olgen d rr Franzosischen R evoíutíon, Frankfurr, 1989 .
u V er luego Gap. II, nota 28.
V er luego cap. II, V.
16 T rdnszendentdler Idealism os - R om antischc N aiurpbilosophU —P sychoaw iyse, C o lo ­
nia, 1 987.

20
co m o a n tin a tu ra le z a se realiza en eí d o b le proceso d e u n a d e sp o te n c ia ­
c ió n d e la n atu ralez a c ó sm ica y un d escen trarrúen to dei su jeto h u m an o
q u e aJcanza su lím ite en V aléry. Pero este rad ic al d efen so r d e u n a p o é ti­
ca c o n stru ctiv ista puso esto en cu estió n en 1 9 1 3 , cu an d o hizo co n sistir
su g iro b io g ráfico en ei «erro r» de su stitu ir el ser de la n atu ralez a p o r el
hacer. La revisió n de este e rro r es eí p u n to de p a rtid a de u n a filo so fía
d e la h isto ria d e la n atu ralez a, q u e d e n uevo renace al final d e la m o ­
d e rn id a d y q u e se d e sp lie g a h o y d ía e n tre ios p olo s o p u esto s de la v ieja
esp eranza en su resu rrecció n y la lla m a d a a u n a nueva ética.
El seg u im ien to del cam b io d ei con cep to m o d ern o de arte com o an­
tin atu rale za a u n a «estética d e la n atu raleza» p o srm o d ern a, cu an d o no
a n tim o d e rn a (au n q u e no e x p líc itam e n te ), n ecesitaría de u n a m ás a m p lia
exp osición . Podría em p ezar con R ilk e cu an d o en su W orpsw ed e c o m en ­
zó a ac tu alizar estéticam en te la «su b lim e in d iferen cia d e la n atu raleza», la
«g ran tra n q u ilid a d d e las cosas», el «p aisaje com o lo ajen o y lejan o », y la
n atu raleza com o «Ib otro q u e no tien e n in g ú n sen tid o aco g er»17. T en d ría
q u e seg u ir con la ten d en cia d e la m is reciente crític a d e !a razón y su rei­
v in d ic ació n d e la n atu raleza m argin ad a (la có sm ica y la d el cuerpo) co­
m o lo «otro d e la razón», y con el m o vim ien ro d e protesta d e la llam ad a
«eco lírica». Sobre la c rítica rad icalizad a de la razón del ú ltim o decen io
q u e procede de la ap o ría d e la d ialé c tica d e la Ilu stració n , así com o sobre
la génesis d el an tim o d e rn ism o fu tu rista q u e so b repu ja la v ieja filosofía
n atu ral ro m án tica (S ch eliin g: «pues to d a salvació n vien e sólo de la n a tu ­
raleza»), y a se h a d ich o lo co n v en ien te desd e la p ersp ectiva filosófica'".
A q u í interesa sobre todo la c o y u n tu ra actu al d el lem a: un a «E stética de la
N a tu rale z a»19. Frente a la d estru cció n am en azad o ra d e las co n d icio n es de
v id a de la tierra, u n a oferta estética q u iere d ecir: volver a g a n a r u n a rela­
ció n exenta de coacció n con la n atu raleza. Es u n a expresión qu e en su
am b ig ü ed ad -fu s ió n d el g en itiv o o b jetivo y su b je tiv o - m u estra la p ro ­
b le m ática en la q u e parece enredarse el ro u sseau n ian ism o redivivo de es­
te fin d e siglo . Pone d e m an ifiesto qu e lo estético d ebe sig n ificar u n a

’7 Sam tlick t Wrrh? 0n sel), Frankfurr, 1 9 6 5 , vol. 9, p. 2 1 ; además Von d er tan d rrb a jt
(1 9 0 2 ), vol. 10 , pp. 5 2 2 . 5 2 0 -1 .
" Sobre esto J. Habermas: Drr philasapbiscbe Diskurs d er M o d tm e , Frankfurt, 19 8 5 ,
esp. p. 3 5 3 s. {a H. y G. Bóhme: Das A ndete d er Vrmunft, 19 8 3 ): por otra p a rteO . Mar-
quard: KFururisiertef Am írnodernismus — Bemerkungen 7.ur Geschíchtsphilosopbíc der
Natur>, en: O . Schiemm er (ed): Übrr N atur —P hiloíophische B eitráge zum N aturverstiind-
nis , Frankfurt, 1 9 8 7 , pp- 9 !- 1 0 4 .
1,5 T ítulo del «Q uinto C oloquio de Hamburgn sobre F-srctica y teoría de ia cultura”,
9 - 1 S junio 19 8 7 , en el que sometí mi tesis a discusión. A e'l (y al volum en recopilador de
O. Scblem m er. nota 18) se refiere la caracterización que hago de las diferentes posiciones
(el C oloquio no fue objeto de publicación).

21
fuerza b asada en la n atu raleza m ism a o tin a p o sib ilid ad p ro pia de tratar
el h om bre con la n atu raleza. T al am b ig ü ed ad tra icio n a la necesidad d e la
d ia lé c tica d e la Ilu stració n : q u e la razón au tó n o m a no basta e v id e n te ­
m en te p ara m a n te n e r la acció n p o lítica e in stru m e n tal sin p asar a d o m i­
nació n irracio n al. S i, p or el co n trario , la reco n ciliació n de h om bre y ¡a
natu raleza d ebe ser alcan zad a en el c a m in o exento de coacción d e la For­
m ació n estética, ento nces exige la d u d a en este con cep to o rig in ariam e n te
id ealista, situ a r la exp erien cia estética no sólo en sí m ism a, sin o b u scán ­
do le un apoyo en el ser-otro y el ser-sí m ism o d e la natu raleza.
T ai d ile m a p ued e exp licarlo ese ro u sseau n ian ism o p ro p io q u e hoy
d ía —m e p a re c e - caracteriza m u ch as p ostu ras m o d ern as y a n tim o d ern as.
T an to si u n a n ueva e stética d e la n atu ralez a se R inda en el recurso a la
a n tig u a o n to lo g ía , a la teleo lo g ía aristo télica, al u n iverso sem ió rico de
Paracelso, a l ju ic io estético d e K an t, o al id ealism o de la n atu raleza de
S ch e ilin g , com o si la p erd id a relació n in fa n til con la n atu raleza d eb a ser
in m ed ia ta m e n te recob rad a, se p aga, sin em b arg o , en tales in ten to s, la le­
g itim a c ió n , b u scad a en u n co n cep to p rem o d ern o d e n atu raleza, con u n a
n eg ació n d el proceso h istó rico e irreversib le d e la exp erien cia d e la n a tu ­
raleza. U n a e stética m o d e rn a de la n atu ralez a no d ebe d ejar de lad o que
la n atu ra lez a sólo a p rim e ra vista sea c o m p ren d id a com o un a m a g n itu d
in te m p o ra l, pero qu e en re alid ad es o b jeto d e a p ro p iació n p o r ia in tu i­
c ió n y e l c o n o cim ien to h u m a n o en el cam b io h istó rico de su m an ifesta­
c ió n . D ebe recordarse q u e h a sid o la p ercep ció n estética de las cosas,
ab ie rta por el trato con el arte, lo q u e an te to d o ha p o sib ilitad o el d escu­
b rim ien to d e la n atu raleza en el sen tid o m o d ern o , com o un m ed io glo ­
b al qu e to taliza un sen tid o . S i se d e n o m in a al aspecto ev en tual de la n a­
tu raleza en el acto d e su ap ro p iació n estética «p aisaje», ento n ces puede
en ten d erse con Jo a c h im R itte r el d e sc u b rim ien to h istó ricam en te p ro gre­
sivo d e la n atu ralez a co m o un m o v im ien to «en el q u e el sen tid o estético
b usca h acer ap arecer c o n tin u a m e n te la n atu ralez a, com o lo no visto y
no d ich o en c ad a caso, en otros p aisajes siem p re diferentes™. La estética
clásica d e la n atu ralez a, au n q u e se vio le g itim a d a o b jetiv am en te com o
« im ita d o n atu rae» gracias al carácter m o d élico de la n atu raleza, su pu so
siem p re sin em b arg o la ac tiv id ad su b jetiv a estética d el h o m b re: la n a tu ­
raleza sólo p ued e co n testar si es in terro g ad a, sólo p ued e devolver com o
fig u ra d e la to ta lid a d lo qu e el sen tid o estético le ofrece.
L a e x p erien cia d e lo q u e p o d ría ser la n atu ralez a có sm ica en sí m is­
m a, m is a llá d e c u a lq u ie r a c titu d e stética lo h a expuesto a g u d am e n te
P ascal, d esp ués del giro co p ern ican o :

B «Landschaft-Zur Funktion des Ásthctischcii in <ícr m oílcrneii GcscSIschaít», en:


Stibjektivitat, Frankfiirt, !9 7 7 , p. 183-

22
«Si m edito en la corta d u ració n de m i vid a co n su m id a entre la etern i­
d ad an terio r y posterior, si m edito en eí escasísim o esp ad o que ocupo e,
incluso , que veo, inm erso en la a m p litu d in finita de los espacios d e los
q u e n ada sé y qu e no saben nada de m í, entonces m e estrem ezco y m e a d ­
m iro de estar aq u í y no allí; no hay n in g u n a razón por la que yo estoy
a q u í y no allí, por la q u e soy ahora y no entonces. ¿Q uién me ha puesto
aq u í? ¿Q u é orden y disposición han determ in ad o para m í este lugar y esta
hora?... El eterno silencio de estos espacios infinito s m e hace tem blar.»71
Este fam oso texto testim o n ia la e x p erien cia de la p érdid a d e la n a ­
tu ra le za có sm ica, el fin d e la im a g en an tro p o cé n tric a d el m u n d o . Se le
q u ita así a Ía a n tig u a e stética d e la n atu ra lez a su razón de ser. S i, d es­
p ués, el arte asu m e , frente a la c ie n cia n atu ral m o d ern a, la fu n ció n cos­
m o ló g ica, ab an d o n a d a p or la filo so fía, d e reactu alizar en su to ta lid a d la
n atu ralez a p erd id a p ara el c o n o cim ien to co n c ep tu al, p o d ría la idea es­
tética d el m u n d o devolver ía to ta lid a d d e la n atu ralez a aS se n tim ie n to
ro m án tic o en m e d io d e u n a re alid ad o b je tiv ad a, pero sólo en el m ed io
del recu erd o , com o lo h erm o so y b ello en el status de su sfer p asad o ” . Y
si u n a e stética m o d e rn a, d irig id a h acia d e la n te, q u e reconoce en la ru p ­
tu ra d el h o m b re con la n a tu ra lez a qu e o rig in a ria m e n te le p ro teg ía, la
c o n d ic ió n d e su lib e rta d , se a leja de la estética ro m á n tic a de la n a tu ra le ­
za, v o lcad a h ac ia atrás, ento nces d ifíc ilm e n te se lo g rarán n orm as e sté ti­
cas p ara u n a n atu ralez a co sificad a com o o b jeto .
Pero h ay un segun d o ac o n tec im ie n to en la h isto ria d e la e x p erie n ­
c ia de la n atu ralez a, en fren tad o al giro a c tu a l h acia u n a e stética de la
n atu ralez a, y con el q u e tro p ezam o s en la génesis d e la en e m istad con la
n a tu ralez a en la e stética d e la m o d e rn id a d . A la p érd id a de la n atu raleza
c ó sm ica ( n a tu ra natiirata ) sig u ió ía p érd id a d el co n cep to teleo ló gico de
n a tu ra lez a {n a tu ra naturans). L a teo ría d e la ev o lu ció n a p a rtir d e D ar-
w in h a p u esto fin a la im ag en a n tro p o cé n tric a d el m u n d o , in clu so en la
h isto ria d e la v id a o rg án ic a.
D espués de esto, ap o star por u n a ren ovación estética de fa n a tttm
naturans , sea de m o d o aristo télico , recurrien d o a la n atu raleza q u e crea
in clu so com o el arte, sea de m o do n eo rro m án tico , ap elan d o a la gran
M a d re (o a la m ad re n oche) q u e pare la v id a y la m u erte, s ó b p ued e
a y u d a r a la n atu ralez a p erd id a, a la Juz im a g in a ria de la n ostalgia o en la
u to p ía d e la resu rrecció n. C u a n d o hoy, en la ed ad de los viajes espacia-

?s Pascal: Pernees, Ftag. 2 0 5 -2 0 6 [cnul. cast. de Garios R.. de Dampierre: Obras, M a­


drid, Alfaguara, 19 8 1 ).
” Sobre el carácter de pasndo deí concepto mundano de escítica, excesivamente bre­
ve e n j . R iítc r, v er del a u ío r; A sth ctisch e E rfa hru ng u n d Itterarisr.he lla in t'n cu ttk , í nin k -
furt, 1 9 8 2 , p. 1 5 1 .

23
les, la te c n o lo g ía g e n é tica y la m ic r o e le c tr ó n ic a , el h o m b r e - s e g ú n u n
d ic h o d e H e is e n b c r g - s ó lo se e n c u e n tra a sí m is m o en c i c a m p o de ia
na tu ra le za , y o s a n d o parece q u e eS arre s ig u e s ie n d o casi el t ín ic o m e d io
e n el q u e ¡a n a tu ra le z a p u e d e s o b re v iv ir, h ay q u e e x ig ir de u n a estética y
u n a ética atentas a la na tu ra le za , q u e re cu e rd e n la a d v e rte n c ia q u e K a n t
o b je tó al ro u s s e a u n ia n is m o de su tie m p o : la te o ría d e i estad o n a tu ra l d e l
h o m b r e n o ra d ic a e n regresar, s in o en v o lv e r a m ir a r '. L o q u e esta re­
tro s p e c c ió n a la e x tin g u id a estética de la n atu ra le za h ace c o n o c e r, en la
n e c e s id a d d e i p resen te y su fu t u r o a m e n a z a d o , es la d o c t r in a d e q u e va
n o se p u e d e n re c o b ra r las n o rm a s de u n a v id a ex en ta d e c o a c c ió n c o n la
na tu ra le za , e n su im a g e n d e s e n c a n ta d a . N o h a v q u e esp era r n o rm a s de
■<lo o tr o d e la n a tu ra le z a '’, ese ser s í m is m o in d ife re n te , s in o d e lo «otro
d e l h o m b r e " , d e l r e c o n o c im ie n t o d e l s e m eja n te en su ser m is m o y en su
p o d e r ser o tro , q u e el arte n o s p r o p o r c io n a sin v io le n c ia , n o rm a s q u e
j u s t ifiq u e n la re s p o n s a b ilid a d d el h o m b r e (re:¡rre a la n atu ra le za.
E n a p o y o d e esto c a b e re c o rd a r u n a se g u n d a a u to r id a d filo s ó fic a , la
d e K a r l L ft w it h , para q u ie n ya en 1928 - m u c h o antes tic la p o s te r io r c r í ­
tica al lo g o c e n t r is m o - la u n ila te r a lid a d de la ra z ó n c e n tra d a en el sujeto
en la filo s o fía m o d e rn a - y c o n e llo eí d e s tin o d e l d o m in io soctai sob re la
n a tu ra le z a — c o n d u jo a d e s c o n o c e r el p r iv ile g io del m e d io h u m a n o sob re
el m e d io n a tu ra l, d e l s e r- c o n -o tro s o b re el s e r- e n - e l- m u n d o : " c u a n d o el
h o m b r e v u e lv e a sí m is m o casi s ie m p r e n o v u e lv e d e ''o b je to s ” , s in o d e
sujetos, es d e cir, d e sus sem ejantes; p u e s el " m u n d o " al q u e se v u elv e
p re fe re n te m e n te es el m u n d o h u m a n o q u e le co rre sp o n d e » -'1
L a c r ít ic a r a d ic a liz a d a de la ra zó n en el ú lt im o d e c e n io p e r m a n e c ió
a p eg ad a a la m is m a r e d u c c ió n de la r e la c ió n h o m b re - n a t u ra le z a a la re­
la c ió n s u je to - o b je to . P o r eso su e x p u ls ió n de! s u je to (el c o r r e la t o d e l g i­
ro al o tr o d e la ra zó n ) c o m o c a m in o de s a lv a c ió n , re s u ltó fru s tra n te . D e
la c r ít ic a c o r r ie n t e de la ra z ó n c e n tra d a e n el s u je to n o se sig u e n e ce sa ­
ria m e n te la te o lo g ía n e g a tiv a d e la d e s t r u c c ió n d e l s e n tid o , el a b a n d o n o
d e l y o al d is c u rs o a n ó n im o d e l p o d e r o el re to r n o a la fu e rza c u ra tiv a
de u n a n a tu ra le z a alejad a de la ra zó n . P u e d e s e g u irse ta m b ié n d e e lla la
re c u p e r a c ió n d e u n c o n c e p t o d e s u je to n o e g o c é n tr ic o , el in d i v i d u o c o ­
m o « d iv id u u n u ', q u e se c o n s titu y e en la re la c ió n c o n el o tr o de s í m is ­
m o , y q u e p u e d e fu n d a r n o rm a s de ra z ó n c o m u n ic a t iv a en e! r e c o n o c i­
m ie n t o m u t u o d e l h o m b r e c o n eí h o m b r e , n o r m a s a p r o p ia d a s p ara
c o m p r e n d e r d e m o d o n u e v o la r e la c ió n d e l h o m b r e y la n a tu ra le z a , d e l
m e d io h u m a n o y el m e d io n a tu ra l.

E d ic ió n J e b A c a d e m ia . V . 15, p. 8 9 0 .
D t u In¿ih';c{uii)i\ tu d e r R o lle fíes M it m e m c b c a , D n r m s ^ d i , p. 1.

24
1

Los mitos del comienzo: una oculta


nostalgia de ía Ilustración

:í \X t í l t y i i n K P r o is í/ m ln i 137, e n sn
~ 0 n a n iv e r s a r ia

1
E l d e s t i n o d i: la M i t o l o g í a e n la I lu s t r a c i ó n

N i n g u n a é p o c a se nos ap are ce tan e n e m ig a de los m im s com o !a


ilu s t r a c ió n e u ro p e a . A n t e la ra z ó n c r ític a caen ta n to la a u to r id a d p o é t i­
ca de la a n tig u a M i t o l o g í a c o m o la v e rd a d s im b ó lic a de la re v e la c ió n
c ris tia n a . A s í p are ce a p rim e ra vista. Es c ie r to q u e la c r ít ic a ra c io n a lis ta
e h is t ó r ic a d e s e n m a s c a ró los m ito s a n tig u o s y tas h is to ria s d iv in a s c o m o
p ro y e c c io n e s ele lo s a fe cto s h u m a n o s y p ro p ie d a d e s d e la n a tu ra le z a i n ­
d ó m it a , y así d e s m it o lo g iz ó el e d if ic io d e la te o lo g ía c ris tia n a hasta las
s im p le s p ro p u e s ta s de! d e ís m o . S in e m b a rg o , e llo s u c e d ió al p r e c io de
q u e c o n la d is o lu c ió n de los v ie jo s m ito s p r o n t o s u r g ie ro n o tro s n u e ­
v os, a c o m p a ñ a d o s p o r u n vivo in te rés c ie n tífic o p o r el o rig e n de la M i ­
to lo g ía . T a i in te rés se a n u n c ia a n te t o d o e n la c u e s tió n p o r io s o ríg e n e s
d e la h is t o r ia h u m a n a y p o r la in s t it u c ió n de la s o c ie d a d , la r e lig ió n v el
d e re c h o . E s u n p ro c e s o o p u e s to a la c r ír ic a o fic ia l de los m n o s de la
I lu s tr a c ió n , q u e se p u s o en m a rc h a en la m e d id a en la q u e ia fe d e s a p a ­
re c id a d e ja b a s e n tir u n v a c ío en la o r g a n iz a c ió n d e la ra zó n , y en la q u e
el e v id e n te p ro g re s o de! saber n o p a re cía c o lm a r las ansias de fe lic id a d
h u m a n a en u n m u n d o d e s e n g a ñ a d o v u n a n a tu ra le z a d c s d iv tn iz a d a .
V o y a h a b la r a q u í d e u n a de las fu e n te s de las q u e se a lim e n ta la mic-va
M i t o l o g í a d e la ilu s t r a c ió n : su n o s ta lg ia d e i c o m ie n z o , de u n n u e v o i n i ­
c io d e la h is t o r ia d e p ra v a d a , de la q u e fin a lm e n t e p o d r ía s u r g ir u n a so ­
c ie d a d d e lib re s e igtiaies.
E ste regreso d e lo s m ito s n o e n tra sin m ás en a q u e lla d ia lé c tic a de
la I lu s t r a c ió n q u e , seg ú n A d o r n o , s ó lo p u d o d e s tr u ir lo s v ie jo s m ito s

Í5
p ara e n re d a rse m ás a cada p aso e n la m it o lo g ía c o n !a v u e lta in s o s p e ­
c h a d a d e ia n a tu ra le z a r e p r im id a 1. E l c a rá cte r d e s lu m b r a d o r d e la razó n
in s t r u m e n ta l q u e c o n su p ro g re s o d e s a rro lla s im u ltá n e a m e n te el p o t e n ­
c ia l de lib e r t a d v la re a lid a d d e su a p la s t a m ie n to , fu e r e c o n o c id o e n tre
lo s ilu s t r a d o s s ó lo p o r R o u s s e a u . C o n fie s a , en e fe c to , v o lv ie n d o a su
p r im e r D is c u r s o , q u e él m is m o s in t ió p r im e r o a d m ir a c ió n p o r el b r illo
v a p a r ie n c ia d e i saber ilu s tra d o , antes de p e r c ib ir el « e n g a ñ o p ú b lic o »
de q u e n e c e s a ria m e n te c o n el p ro g re s o o r g u llo s o d e las c ie n c ia s y las a r ­
tes ta m b ié n se p e r f e c c io n a r ía n la m o ra l y las c o s t u m b r e s ’. E i m is m o
R o u s s e a u q u e tu v o el valor, el p r im e r o , d e a fir m a r lo c o n t r a r io , o p u s o
sin e m b a rg o en su s e g u n d o D iscu rso al fatal d e s a r r o llo de la s o c ie d a d
m o d e rn a , la c o n t r a im a g e n d e l e s ta d o de n a tu ra le z a , u n a v is ió n d e l c o ­
m ie n z o h ip o t é t ic o de la h u m a n id a d . D e a llí d e riv a r ía el m it o m ás eficaz
de la n a tu ra le z a p rim e ra , y p e rd id a , d e l h o m b r e , q u e h a b ía de ser b u s ­
c a d a antes de e m p r e n d e r el c a m in o h is t ó r ic o de su fracasada s o c ia liz a ­
c ió n .
N o o b s ta n te , el d e s tin o d e i m it o n o se juega, en la a u t o c o n c e p c ió n
d e la ilu s t r a c ió n , en « n a d ia lé c tic a d e su e x p u ls ió n o fic ia l v su regreso
in v o lu n t a r io . E l m u n d o p r im it iv o de los m ito s p e rm a n e c e p re s e n te en
el s ig lo ilu s t r a d o . C o m o lia e x p lic a d o Je a n S t a r o b in s k i1, tal m u n d o se
e x p e rim e n ta en la o p o s ic ió n de F á b u la , el c o n c e p t o c o n t e m p o r á n e o p a ­
ra los a n tig u o s m ito s c o n lo s q u e está fa m ilia r iz a d a c u a lq u ie r p e rs o n a
c u lt a , y M ito lo g ía , su in t e r p r e t a c ió n h is t ó ric a , g e n é tic a y s is te m á tica , se
usa, y se eleva a o b je t o p re fe re n te d e b re fle x ió n c ie n t ífic a . Ed c o n o c i ­
m ie n t o de lo s m ito s v alía, antes y d e sp u é s, c o m o c o n d ic ió n de in t e lig i­
b ilid a d de to d a s las artes y c o m o m e d io de las re p re s e n ta c io n e s festivas,
L a a u to r id a d e c le s iá stica n o se o p o n ía . T o le ra b a m ás b ie n el u so d id á c ­
tic o , e s té tic o y re p re s e n ta tiv o de lo s m ito s p a g a n o s , c o n la c o n d ic ió n de
q u e q u e d a s e e x c lu id o d e l á m b it o d e lo s a g ra d o c o m o alg o n u lo . T a l l i ­
c e n c ia se fu n d a b a e n el a r g u m e n t o o r t o d o x o d e q u e las fá b u la s d el p o l i ­
te ís m o p o d ía n e n s e ñ a r al c r is tia n o lo q u e eran los h o m b re s antes d e la
lle g a d a d e C r is t o , a saber, s e rv id o re s de íd o lo s , q u e c a ía n d e r o d illa s a n ­
te el o ro , ei m á r m o l, Sos a n im a le s y las p la n ta s. C o n sus a b su rd a s c e re ­
m o n ia s c o n tra s ta la s u b lim id a d d e la r e lig ió n y la m o ra l c ris tia n a s y la
s a n tid a d de sus ritu a le s 1. «Si n u e s tro s n u e v o s p u e b lo s s o n c ris tia n o s en

1 M r H n r k h e im e r Eh. W A d o r n o : D ta U 'k ítk d e r A u j lu i r u n ff ( í 9-1‘í)> ír a n k íu r t , 1969,


p. i 8 (trad. casr, d e f. |. Sánchez: D ia lé c tic a tic la Ilu s tra c ió n . M a d r id , 1 r o n A, i 9 9 ‘í ]
V e r lucido c a p . II. nni n 24.
1 « L e m y ih c au d i x - lu j it ie m e s i c d c " , en: ( .'r in q itc , n o v ie m b r e ]97” fn ° 3 6 M .
p p . 9 7 5 -9 9 7 .
* C h a r le s R o ílin : 1 rea té d es ftu d e $ , c ita d o p o r S ta ro b in s k i í n n n 3), p. 980.

26
la m isa, son p a c a n o s en la ópera»: así se b u rla b a V o lt a ir e de esa e s c is ró r
e n tre lo p r o fa n o v lo s a g ra d o '. V o lta ir e . e n n su A p n ln e ín d e ¡a fá hitL :
p e rte n e c ía a esos e s p ír itu s p ro g re s ista s q u e se s ir v ie ro n d e la a n t ic u a m i­
to lo g ía c o m o a rm a d e la I lu s tr a c ió n . T re s estrateg ias e n tra ro n en cmc
ju e g o . L o s m im s d e la a n tig ü e d a d p o d ía n ser rearados c ó m ic a m e n t e p a ­
ra, c o n tal tra v e s d s m o , d e s a c r e d ita r el p o d e r s im b ó lic o d e l A n t ig u o R é ­
g im e n . P e ro p o d ía n ser re n o v a d o s c o n la in t e n c ió n seria d e s u s cita r el
p o t e n c ia l la te n te de in s u b o r d in a c ió n y p ro te sta c o n fig u ra s c o m o las de
P r o m e te o , H é r c u le s y D io n is o . P o r ú lt im o , el a rm a d e la c r ít ic a de los
m ito s , c o n la q u e ia te o lo g ía creía lle v a r u n ju e g o fá c il c o n t ra la s u p e rs ­
t ic ió n , n o p o d ía v o lv e rs e c o n t r a !a d o g m á tic a d e la re v e la c ió n c ris tia n a ,
q u e ya n o ilu m in a b a la c o m p r e n s ió n m o d e r n a d el m u n d o , p o r los liló -
s o ío s d e l d e ís m o .
E n ¡a lu c h a s o b re el o rig e n y s e n tid o de los m ito s , q u e va se p la n ­
teó e n ia p rim e r a I lu s tr a c ió n , se llegé) fin a lm e n t e a u n a d ife r e n t e v a lo r a ­
c ió n de lo s c o m ie n z o s de la h is t o r ia d e la h u m a n id a d : la c u e s t ió n de si
la p r im e r a re p r e s e n ta c ió n d e lo d iv in o re v is tió la fo rm a d e l p o lit e ís m o
o d e l m o n o t e ís m o . I,a te o lo g ía o r t o d o x a a c o s t u m b r ó a d e riv a r el n a ci­
m ie n to d e l p o lit e ís m o d e l fra ca so de la u n id a d d e la fe israelita. Va t o n
lo s s e g u id o re s de N o a h , el p u e b lo d e D io s se d io al c u lt o d e l sol, las es­
tre llas, lo s e le m e n to s de fa n a tu ra le za y los g ra n d e s so b e ra n o s, o lv id á n ­
d o se d e l D io s c re a d o r u n o 1. A esto c o n t e s ta ro n H u m e y b o n ie n e lle c o n
el a r g u m e n to d e q u e c u a n t o m ás arras se m ira b a en el tie m p o , ta n to
m ás se e n c o n tra b a a ¡a h u m a n id a d s u m e rg id a en ia ig n o r a n c ia y la s u ­
p e rs tic ió n " . L a H is t o r ia n a t u r a l d e ¡a r e l i g i ó n d e H u m e ( í ? 5)”’ ) in te n ta
m o s tr a r q u e el e s p ír itu h u m a n o a s c ie n d e p o r g ra d o s d esd e lo in fe r io r a
lo s u p e rio r, y .sólo p a u la tin a m e n te , a b s t ra y e n d o lo im p e r fe c t o , p u e d e
fo rm a rs e la id ea de u n ser p e rfe c to . ; Q u e p u e d e h a b e r m ás ra c io n a l q u e
s u p o n e r q u e lo s p r im e r o s h o m b re s , a n te el h o r r o r d e la n a tu ra le z a sal­
vaje, e m p le a r o n su fa n ta sía p a ra c o n j u r a r las f u e r z a s de la n a tu ra le za ,
m e d ia n te su p e r s o n ific a c ió n en la fig u ra d e p o d e re s s o b re h u m a n o s ,' L!
c o n c e p t o de u n D io s c re a d o r q u e g a ra n tiza el o rd e n la te n te de la n a t u ­
raleza es n e c e s a ria m e n te u n p a so p o s te rio r, u n a se g u n d a respuesta al te­
m o r d e l q u e p r o c e d ió el p o lit e ís m o c o m o p r im e r a fo rm a de la re lig ió n .
H u m e lle v ó su c r itic a tan lejo s c o m o p ara e x p lic a r los a tr ib u to s t r a d i­
c io n a le s d iv in o s c o m o p r o y e c c ió n de las n e c e s id a d e s h u m a n a s . Ya a n ­
tes, en F ra n c ia , fo n r e n e lle h a b ía e x p u e s to ir ó n ic a m e n t e la h is to ria na-

.•l/w/r-jíj.-V efe L) f.ih lr \ 17 6 ^ s.


1 A n r o in e fla n ie r. c i i n<_ío p o r Stnroh in^ ki {nor:i p.
í.);ivici H u m e : 7/¡r AVj t u m i H isíory- n f R e l ig a n : / huirte;,*', r<;r/,77-í,'.v/£ A A V / /
r ir w , ed. C .ajver-Price. O x f o r d . 19^6, p. 2fv. F o r n c n d l r / w v i t i f rf?* fsthie.i ’ I A i1
tu m i d e la r e lig ió n c o m o u n a h is t o r ia de ios e rro re s d e l e s p ír itu h u m a ­
no, L a c u lp a de e llo la re n ía su in c lin a c ió n a la im a g in a c ió n , a n te c u y o
p o d e r n i s iq u ie ra la ra z ó n m o d e r n a está in m u n e 5. H u m e v F o n t e n e lle
e x p u s ie r o n así en su fo rm a n e g a tiv a el o rig e n d e í in te ré s c r ít ic o p o r los
m ito s d e i c o m ie n z o .
A esta in v e r s ió n de la c r ít ic a te o ló g ic a de los m ito s c o n tra ia re li­
g ió n revelad a, a la q u e se re p r o c h a b a su n o c o n fe s a d o s u s tra to m ít ic o ,
s ig u ió u n s e g u n d o g iro en el c a m p o m is m o de ios filó s o fo s . A la d is o l u ­
c ió n ra c io n a lis ta cié los m ito s se o p u s o u n a n u e v a in te r p r e t a c ió n q u e
e m p e z ó a b u s c a r e n las fá b u la s de los tie m p o s a n tig u o s In p rim e r a e x p e ­
r ie n c ia d e l e s p ír itu h u m a n o . C u a n d o la ra z ó n s u p e r io r de los h o m b re s
p o s te rio re s se p o n ía a ju z g a r lo s c o m ie n z o s de la h u m a n id a d , ;estaha
e lla m is m a in m u n e d e e rro r? ¿ N o era u n a a rro g a n c ia m o d e r n a d e s c a lifi­
c a r la im a g in a c ió n m ít ic a c o m o s im p le lo c u ra , en lu g a r d e p re g u n ta rse
p o r lo q u e re a lm e n te in te n ta b a lle v a r a c a b o p a ra el d e s a rro llo de la s o ­
c ie d a d h u m a n a m e d ia n te la a p r o p ia c ió n d e la n a tu ra le za ? C o n ral i n ­
v e rs ió n d e i p la n t e a m ie n t o d e ia c u e s t ió n c o m e n z ó c o n G ia n b a r t is t a V i ­
co la j u s t i f i c a c i ó n m o d e r n a d e lo s m it o s d e l c o m ie n z o ; c o n d u jo a!
d e s c u b r im ie n t o d e la fu e rz a c re a d o ra de c u lt u r a , d e la fan ta sía. N o o b s ­
tan te, la C ie n c ia N u ev a d e V i c o n o h a d i l u id o to d a s las v e rd a d e s c r is t ia ­
nas d e la s a lv a ció n : sig u e s u p o n ie n d o la c r e a c ió n y el p e c a d o o r ig in a l v
se o fre c e c o m o tin a n u eva ju s t ific a c ió n de la p r o v id e n c ia d iv in a . P e ro
s ile n c ia la a p a r ic ió n d e l s a lv a d o r y n o te rm in a c o n ei ju ic io fin a l, s in o
c o n el R ico n o , ei re to r n o c íc lic o d e las tres Fases de la h is t o r ia d e ia h u ­
m a n id a d .
L a o p o s ic ió n de V i c o a la c r ític a o r t o d o x a d e los m ito s s u r g ió más
b ie n de u n a in v e r s ió n de la h is t o r ia de ¡a s a lv a ció n : a b a n d o n ó su p re s u ­
p u e s to e s c a ro ló g ic o , s e g ú n el c u a l el s e n tid o de la h is t o r ia se d e t e r m in a
p o r su fin a l, y lo s u s titu y ó p o r u n n u e v o in te rés p o r el c o m ie n z o , to t a l­
m e n te p r o fa n o . C o n lo q u e la h is t o r ia de A d á n y d e sus d e s c e n d ie n te s ,
vista en ei G é n e s is c o r n o el o r ig e n s o b re n a tu ra l d e l h o m b re , se e n t ie n d e
a u n a n u e v a luz. seg ú n lo s p r in c ip io s n a tu ra le s de la c u lt u r a h u m a n a .
P o d ía leerse en c o m p a r a c ió n c o n ios m ito s p o lite ís ta s , e in te rp re ta rs e
c o m o el s u r g im ie n t o d e l m u n d o h is t ó r ic o y s o c ia l a p a r t ir d e la in o c e n ­
cia d e la n a tu ra le za .
L a fa m o sa tesis d e V ic o , de q u e n o es D io s q u ie n h a h e c h o la h is ­
to ria , s in o los h o m b re s , a b a n d o n a la te o lo g ía d e la h is t o ria e in v ie r te ia

« Ñ a d í! p r u e b a m e jo s q u e la i m a g i n a c i ó n v la r a / ó n 3[>rnas T ie n e n a lg o e n e o n i ú n , V
q u e las c o s a s c o n las q u e la ra/.ó n se d e s e n t o n a p r i m e r a , n o p ie r d e n n a d a d e su a t r a c t iv o

to n r e la c ió n a b im a g i n a c i ó n » ( v e r ñ o r a 7).

28
r e la c ió n t r a d ic io n a l e n tre m ir o e h is t o r ia . En p a la b ra s de I c r d i n a n d
F e llm a n n , a q u ie n d e b e m o s u n a c o m p e t e n t e v a lo r a c ió n de V ic o : «!\!
m ir o n o es v e n c id o p o r la h is to ria , s in o q u e fu n d a la h is to ria en el s e n ­
t id o de q u e p o n e el s u e lo cié a c c io n e s o r ig in a r ia s s o b re el q u e los h o m ­
bres están e n s it u a c ió n de c re a r su m u n d o , in d e p e n d ie n r e m e n t e de tas
v e rd a d e s reveladas»". Aun cu an d o la C iencia N u e v a de V ico p e rm a n e c ió
casi d e s c o n o c id a d e los filó s o fo s ilu s tra d o s , ese c a m b io d e l fin de la h is ­
to ria p o r su p r in c ip io , ese c a m b io d e p a ra d ig m a d e la c o n s id e r a c ió n te-
le o ló g ic a p o r la g e n é tica , se c o n s t it u y ó e n rasgo d o m in a n r e d e la nueva
filo s o fía d e la h is to ria . Se tra ta b a en re a lid a d d e c o n s id e r a r la h isto ria
c o m o la o b ra p r o p ia d e l h o m b re . A p a r t ir de! c o n o c im ie n t o d e q u e , e n ­
fre n ta d a esta o b ra p r o p ia a su re s u lta d o , la d e p ra v a d a s it u a c ió n a c tu a l,
p r o d u c ía u n e fe c to e x tra ñ o , se c o n s ig u ió el m ás in c is iv o a r g u m e n to i l í ­
r ic o c o n t r a la a u t o a lie n a c ió n d e l m u n d o m o d e rn o .
N o s ó lo la filo s o fía ilu s tra d a de la h is t o ria to m ó su a rra n q u e d e es­
ta re n o v a d a M ito lo g ía , s in o ta m b ié n n uevas ram as d e i saber, c o m o la
a n t r o p o lo g ía h is t ó r ic a y la e t n o lo g ía c o m p a ra d a , y, n o en ú lt im o t é r m i­
n o , u n n u e v a te o ría d e ia e sen cia d e la p o esía. A s í, c o n el n o m b r e de
M ito lo g ía se d e n o m in a en la E n c ic l o p e d i a (1 7 (SS) u n a n u eva c ie n c ia , se­
p a ra d a d e la t r a d ic ió n in g e n u a de las fá b u la s, c o n la esp era nza de q u e. a
p a r t ir de sus c o n fig u r a c io n e s fa n tá stica s y m e d ia n te u n a in te r p r e t a c ió n
c r ít ic a , se p u d ie s e r e c o n s tr u ir un c u a d r o n o d e fo r m a d o d e los " a c o n t e ­
c im ie n t o s d e la e d a d p rim e ra , y lo g ra r u n n u e v o acce so a la h is to ria de
lo s p r im e r o s t ie m p o s 1'. L a fa s c in a c ió n d e l in te rés c re c ie n te p o r la ftie r/a
e n g a ñ o s a , p e ro m is te rio s a , de Sa im a g in a c ió n m ític a , p o r la o r ig in a lid a d
de sus m e tá fo ra s y la s ig n ific a t iv id a d de sus c o n fig u r a c io n e s , c o n s t it u y ó
el s u e lo a lim e n t ic io en el q u e, de im p r o v is o , la n u eva c ie n c ia , c o n t ra eí
r a c io n a lis m o d o m in a n t e de la I lu s tra c ió n , p r o d u jo su p r o p io , y m o d e r ­
n o , m iro d e la m ito lo g ía .
E n la m e d id a en la q u e se r e c o n o c ió en los m ito s del t ie m p o p r im i ­
tiv o el c a rá cte r de u n p ro to le n g u a je p o é tic o , e in c lu s o de u n a te o lo g ía
p o é tic a , c o m o se r e c o n o c ió el o r ig e n de lo s u b lim e en el le n g u a je de
H o m e r o , c o n s id e r a d o hasta e n to n c e s b á rb a ro v d e fe c tu o s o , y se v io en

1 Drti ^ ¡co -A x io m : D er M en scfi m a cin d i e ( jc s c h td n v , í ' r e i b m g - M ü n d u - n , p .'8.


' V e r s obr e csrn los n m a i S o s htíbuL i v 3fiwu> g¡¿¡ \\c h F .m 'iilo p f-h ii J e H A l e m K - r r v
D it íe r o r . v . 1 0 . ^ 2 4 : Se p e r s u a d e u n o d e q u e su h i s m r j a e4. el c u a d r o d e s f i g u r a d o di' leu
a c o n t e c i m i e n t o s de la e d a d p r i m e r a v p. ^ 2 ^ : "I-a cr ít i c a d e b e resrrfMecer el nr
den. sí es p o s i b le , h u l e a n d o un e n o x i e n a m i e n r o c o n f o r m e a q u e s n b e m m q u e es
s ím il en el o r i g e n v la m e/ cla d e p u e b l o s , d e s l i n d a r el f o n d o d e tas cfrai nsT nru 'ias cerra rlas
q u e la de^narumÜTnn a tr avés d e las e d a d e s . c o n s i d e r a r l a , en tina p a l a b r a , c o m o u n a m
r r o d u c e i ó n ;t la h i s t o r ia d e In ¡ í n t i í o e d a d " .
ias Voces de los pueblos u n a p o esía o rig in a ! fuera d e todas ias regias de ia
p o ética, se lleg ó in sen sib le m e n te al m ito d e ía p le n itu d in ic ia l. S u rg ió
d e la b ú sq u e d a d e la e x p erien cia in m e d ia ta d e la n atu ralez a, de u n a to ­
ta lid a d p erd id a irre m e d ia b le m e n te b ajo el d o m in io d e la razón y la re­
flexió n . D e tal n o stalg ia d e la in o c en cia d el co m ien zo creció la ex p e­
rie n c ia e stética d e lo se n tim e n ta l. N ació la c o n c ie n c ia de la in g e n u id a d
p e rd id a q u e a g ru p ó el m u n d o d e ía n iñ e z , d e sc u b ie rto en Ja m ism a
ép o ca, las co stu m b re sen cillas d e los in d io s {los «n o bles salvajes») y los
h o m b res a d a m ita s d el p araíso b íb lic o . E! d e sp lie g u e d e estos nuevos
m ito s d el co m ien zo se p u e d e e x p lo ra r so b re todo en el trasfo n d o del
d e b ate so b re el o rigen d el len g u a je q u e atrav iesa el sig lo desd e V ic o ,
F le u ry y W a rb u rto n h asta H a m an n y H erder, p asan d o p or C o n d illa c y
R o u sseau , V alga co m o m u estra el texto e je m p la r d e R o u sseau Ensayo
iobre e l origen d e las lenguas q u e co m p le ta su seg u n d o d iscurso .
L en g u aje y so cied ad son p ara R o usseau in te rc a m b ia b le s en su o ri­
g en . S u fo rm ac ió n no es u n a p rim e ra e x p erien cia del h o m b re n a tu r a l
—así co m ien za su p ro vo cativa tesis—sino un seg u n d o paso a p a rtir de su
estad o n a tu ra l. El h o m b re, seg ú n R o u sseau , no es por n atu ralez a un ser
so cial, y, p o r lo tan to , tam p oco un ser d o tad o de len g u a je. El segun d o
Discurso qu e describ e el h ip o tético o rigen de la h u m a n id a d , d e te rm in a
el h o m b re d e la n a tu ra leza com o ser a lin g ü ístic o , so litario y au to su fi-
c ie n te , q u e sig u e la voz de la n atu ralez a, la c u a l de m o do in m e d ia to , sin
len g u a je, h ace p ercep tib le su ley suave. S u e x isten c ia se c u m p le en un
p uro p resen te. N o n ec e sita le n g u a je p o rq u e está referid o in m e d ia ta ­
m en te a la n atu ralez a. T ie n e q u e a b a n d o n a rla p ara lle g ar a ser un ser
so cial. S eg ú n R o u sseau , la h isto ria d el le n g u a je, com o la d e la so cied ad ,
se fu n d a en un m ito de in m e d ia te z in ic ia l, p erd id a p ara siem p re. C o ­
m ien za con un p rim e r silen cio en la a u to su ficie n c ia de ia existen cia n a­
tu ra l, y te rm in a con un ú ltim o silen cio en la a u to a lie n a c ió n de la so cie­
d a d b u rg u e sa, en la q u e d in e ro , cañ o n es y p rescrip cio n es d o m in a n las
relacio n es en tre los h om bres, y en la qu e el le n g u a je , im p erso n alizad o ,
no p erm ite y a al su jeto co m u n ic arse con el o tro 11.
El paso d e la e x isten c ia n a tu ral a ía social está m arcad o en el se g u n ­
do D iscurso p o r u n a a firm a c ió n e x p líc ita . Es u n a afirm a c ió n d e sig n ifi­
c ació n fu n esta, q u e se p ro d u ce en el m o m en to en ei q u e a lg u ie n , que
h a v a lla d o un trozo d e terren o , d ice p o r vez p rim e ra : «¡esto es m ío !». Se
trata d el p ecad o eco n ó m ico o rig in a l, e! co m ien zo d esco n o cid o d e un
d esarro llo fatal. Pues la p reten sió n d e la p ro p ied ad será la causa d e d esi-

n Sigo aquí la decisiva interpretación de Starobinski: jcn n -Ja cq u cs Rousseau: La trans-


p n r e n c f f t ¡' o b s ta d a París, Cialíimartí. I 9 7 Í , pp. 3 5 6 '3 7 9 , :«quí p. 3 69.

30
g u a ld a d , d o m in io y e x p lo ta ció n : o rig e n d e la alie n a c ió n d el h o m b re
m e d ia n te su so cializació n , en !a q u e la voz de la n atu ra lez a se h ace im ­
p erce p tib le en la m e d id a en q u e se p erfeccio n a el len g u aje com o in stru ­
m e n to de c iv iliz ació n .
En esta h isto ria de la d ecad en cia del len guaje y la sociedad, intercala
R ousseau un segun d o m ito : el p u n to cu lm in an te y precario d e u n a edad
de oro con la felicid ad episódica d e un a co m u n icació n lograda. Aparece,
en el esbozo qu e hace de an tro p o lo gía histórica, entre las fases de la horda
de n óm adas y la civ ilizació n c iu d a d a n a en su fase p atriarcal de fam ilia se­
d e n taria. El len g u aje, aún b alb ucean te, d e la horda era el grito de ia n a tu ­
raleza ; la expresión crud a d i la n ecesidad física, el gesto elem en tal, el grito
de au x ilio («¡ay u d ad m e !») y la p rim era, y pin toresca, d en o m in ació n de
o bjeto s. La h u m an id ad tuvo qu e pasar del n o m ad ism o a! sedentarism o,
del ag ru p am ien to de la horda a la asociación de la fam ilia para escapar a
la coacció n de las necesidades y a d q u irir e! len g u aje d e los sen tim ien to s
en el cam b io regulado de trabajo y ocio, con lo que se abrió u n a p rim era
exp erien cia de lo bello, 1.a capacid ad de len gu aje, así descub ierta, el se n ti­
m ien to de articu lació n con los dem ás en un a relación afectiva, es algo que
se trad uce en m o dulacio n es de la voz, ritm o del discurso y expresividad.
Ei au tén tico o rigen del len gu aje, c u t o sonido no se p ued e separar de la
m ú sica, radica en la m etáfora, que, de nuevo, se relaciona con la voz de la
n a tu r a le z a , en la m e d id a en ia q u e p re te n d e s u s c ita r !a in m e d ia te z
p e rd id a 13. Su p rim era p alab ra no es «¡ayu d ad m e!», sino «¡am ad m e!», y su
p u n to c u lm in an te son e! canto , la danza y el juego de la fiesta p atriarcal:

« A llí se celebraron las prim eras fiestas. Los pies saltaban de alegría,
los gestos corteses no bastaban, la voz acom pañaba una m elodía apasio­
nada; p lacer y deseo, m ezclados, se sintieron juntos: allí estaba p o r fin la
verdadera cuna de los pueblos, y del p u ro cristal de ^as fuentes brotaron
los prim eros fuegos del am or»” .

El len g u aje d e esta « a u té n tic a ju v e n tu d del m u n d o »'* es, sin e m ­


b arg o , al m ism o tiem p o , n atu ra lez a reen co n trad a y co m ien zo d e u n a

V e r sobre esfo J. D c r r id a : De la gram m atafogit, P arís, 1 96 7, p- 3 8 2 s. [edic. casr.:


D e Lt gramatol&gía, México» Siglo X X J, 1978].
13 Essai su r V origívf ¿es langues, cap. IX-
M D tscoun sur /origine d e l'in éga lité en O euvres com pletes, id . Gagnebin-Raymond>
París, 1 9 6 4 [rrad. caít. de Salustiano Masó en Escritos d e com bate, M adrid. Alfaguara,
1 9 7 9 ] , p. 1 7 1 : ejem plo de los salvajes, coincidente en esre punto, parece confirm ar
que ti genero hum ano esrahn hecho para quedar así siempre, que ese csrado es la verda­
dera juventud dei m undo, y que rodos ios progresos ulteriores han sido en apariencia pa­
sos hacia la perfección del individuo, pero, en realidad, hacía In decrepitud de la especie”.

31
e scisió n . E í la «c u n a de los p ueblo s» en ¡a m e d id a en la qu e, con la co ­
m u n ic a c ió n afectiva d en tro de los lazos p atriarcales de la fa m ilia , tu v ie­
ron q u e a b an d o n arse el len g u a je y los gestos d e las n ecesid ad es, im p er­
fec to s, p ero v ín c u lo s d e u n ió n e n tre to d o s lo s h o m b res. El o rig e n
afectivo d el le n g u a je es al m ism o tiem p o el co m ien zo de su sep aració n
en d iferen tes y m ú ltip le s len g u ajes: la a d q u isic ió n de la au to co m p re n -
sión en el c írcu lo ín tim o d e la so lid a rid a d fa m ilia r se p aga con la p érd i­
d a de la c o m u n ic a c ió n u n iv ersal entre igu ales. Los p ueblo s se van h a ­
c ien d o m ás extrañ o s entre sf a m e d id a qu e se afirm an los in d iv id u o s, y
se recorre un c a m in o q u e ten ía q u e acab ar en !a g en e ra lid a d d esp erso ­
n aliz a d a d el len g u a je de la so cied ad m o d e rn a, cu yo carác te r o fu scad or
p reten d ió in v estigar, el p rim ero , R o usseau ,

II
Las costum bres de los salvajes como espejo d e l origen p erd id o

L a fo rm ació n d e los nuevos m ito s d el co m ien zo no se a lim en tó so­


lam e n te en la Ilu stració n d e u n a v aga n o stalg ia q u e h u b ie ra ten id o qu e
c o lm a r las an sias de un estad o d e felicid ad del h o m b re n a tu ra l, estado
o rig in a rio y ah o ra p erd id o , en co n traste con el rac io n alism o de ia c iv ili­
zación a c tu a l. El m ito m o d ern o de la m ito lo g ía su rg ió de un su elo fir­
m e , y a e sta b le c id o e tn o g rá fic a m e n te : e! a m p lio c o n ju n to d e escriro s
qu e m isio n ero s y v iajero s h ab ían red actad o so b re la v id a y co stu m b res
de p ueb lo s lejan o s, extraeu ro p eo s. D e tales fuentes estab leció n o rm a ti­
v am en te M o n ta ig n e el m ito m o d ern o , con p reten sio n es de c rític a de la
c u ltu ra , de! buen salvaje, en el q u e in flu y ó , con la p ro gresiv a tra n sfig u ­
ración del estad o de n atu ra lez a , el m ito an tig u o del reinad o de C ro n o s,
ed ad d o rad a del com ien zo de la h u m a n id a d . L n el siglo de la ilu s tra ­
ció n se p ro d u ce un cam b io en ia co n cep ció n de los p ueblo s p rim itiv o s,
sobre el q u e ha llam ad o la a ten c ió n W ern e r K rau ss!\ Si b ien el m ito
del buen salvaje h ab ía o scurecid o p ro gresivam en te la v erd ad era im ag en
d el p rim itiv o {«So respeta p ara d e ja r d e lado los lados oscuros d el m i­
to »), no d e ja de rep resentar los tiem p o s p rim ero s de la h u m a n id a d , re-
c o n tru y é n d o la e m p íric a m e n te , au n con rasgos m itifica d o s, a p a rtir de
la realid ad e tn o gráfica de la v id a d e los salvajes, e in c lu y en d o lo arcaico
de sus co stu m b res.

En su escrito pósium o: Z ur A nibropologir d 's 18. Jahrhundn-ts, en: P us unstem chaf-


t l t c h f W rrk, vol. I¡, p, 8 ] s.

32
«V em os so cied ad es q u e se están fo rm an d o , y p od em o s así su p o n er
los se n tim ie n to s y accio nes de los h om bres en !a in fan cia de la vid a so ­
c ia l». A sí se expresa W iilia m R o bettson en su H isto ria d e A m érica de
1777!í'. Podem os c o m p ro b ar así el c a m b io p ro d u cid o en la valoració n
d e 1os p ueblo s salvajes del «N uevo m u n d o ». D el p reju icio q u e se in te n ­
ta d estru ir, p u ed en resp o nder auto res tan ilu stres com o M o n te sq u ieu o
Vol taire. Se e n te n d ía p o r salvajes los h om bres q u e «sin ley, sin o rd e n a ­
ció n p o lítica y casi sin relig ió n », vagaban p or los b o sq u es1-. C ie rta m e n ­
te q u e se les a trib u ía el o rg u llo p o r la in d e p en d en c ia q u e co m p en sab a
la ru d eza b árb ara de sus co stu m b res. T odavía en 1 7 7 0 afirm ab a el Abad
de Pauvv, co n tra la ten d e n c ia a ia g lo rific a ció n de los p rim itiv o s, q u e los
in d io s son d e f i c t o «u n a ram a d egen erad a del gén ero h u m a n o , co b a r­
des, im p o ten tes, sin fuerza v ital, in cap aces de elevarse a lo e sp iritu al»'*.
Por el c o n trario , u n a o bra d el sabio d an és Je n s K raft (ap arecid a en
1 7 6 0 , trad u c id a al alem án en 1 7 6 6 ), a n u n cia b a y a en su titu lo , Las cos­
tum bres d e los salvajes. E xplicación d e l origen de ia H u m a n id a d , el c a m ­
b io d e p lan team ie n to d e la c u e stió n . Ya no se tratab a d e c o m p a ra r so la­
m e n te p u eb lo s p rim itiv o s y p ueblo s cu lto s, de los qu e h ab ía an tig u o s
ejem p lo s (escitas y h elen o s, o, según T á c ito , g erm an o s y ro m an o s), si­
no la o p o rtu n id a d , p o r p rim e ra vez en la Ilu stració n , d e co m p arar las
c o stu m b res de los p ueb lo s salvajes d el N uevo m u n d o con los de la a n ti­
g u a E urop a, p ara aclarar así los co m ien zo s oscuros d e la h u m a n id a d .
C o n e llo se c o n firm ab a e! interés filosófico p or la an tro p o lo g ía m o d e r­
n a en sus in icio s. La an tro p o lo g ía ha acep tad o in cluso los an tig u o s m i­
tos d e la ed ad de oro y de la creació n b íb lic a d e A d án al serv icio de la
c u estió n acerca del o rigen n atu ral d e la h u m a n id a d , c o n tem p lán d o lo s
co m o fuentes entre o tras fuentes p ara la ex p licació n del proceso de d e ­
sarro llo de la c u ltu ra h u m a n a . D e este m o d o , la em p resa de K raft g u a r­
d a u n a n o tab le an alo g ía con la ep iste m o lo g ía g en ética de V ico (a u n q u e
d ifíc ilm e n te p udo co n o cerlo ).

Ifi «f'»s en América donde el hombre- se muestra bajo la forma más simpfe qnc poda­
mos concebir de subsistencia. Vemos alií sociedades que empiezan a formarse, v pode­
mos observar los sentimientos v acciones dei hombre en la infancia de h vida social*- {ci­
tado de la erad, franc. París. I 7 7 8 . v. II, p, 2 ló).
1 En E. H i n d i c l- a m a v , Incr. a losep h-Fr an tjOrs l. a f i t a u : M ocur?. d es s/¡uvage*. tim ér i-
Cfi¡nsy P a r í s , 1 9 8 3 , p. 3 6 ; t a m b i é n M o n t e s q u i e u : D e l'e s p r ii d e .r íois, jib. 18 , c s p . i I s.
[ r r a d . cas cíe M . B l á z q u e ? y P d e V e g a : D e l e s p ír itu d e las leyes. M a d r i d , T r e n o s , h W j :
V o k a i r e : Eísüí s u r les m o c u n , ca p . CXL.V1 [e dic . easr. en O b ra s co m p le ta s . T . í l . V a l e n c i a .
M . Scn cnr. I 8^3]-
Cornelina de Pamv: R e c b c n ln s p b ilo s o p h iq u e s s u r les iin ié rie n in s. 17^ 0, I. X )íl: "Uim
especie degenerada dei género humano, cobarde, impotente, sin fuer/,a física, sin vigor,
sin elevación de espíritu».

33
A h o ra b ien , la reco n stru cció n q u e hacc V ico d e los co m ien zo s del
gén ero h u m a n o , p ara la qu e em p leó ta m b ié h fuentes acerca de los pue~
blo s in d io s, no era, desd e lu e g o , n o stálg ica:
«D e to d o e llo h a y q u e c o n c lu ir c u án frív o la es la visió n actu al de
los sab io s sobre la in o c en cia d e la ed ad de oro; en re alid ad h ab ía un fa­
n atism o d e la su p e rstic ió n q u e m an tu v o a los p to to h o m b res salvajes,
in d ó m ito s y o rgu llo so s d el p ag an ism o en un o s cierto s lím ite s gracias al
m ie d o an te u n a d iv in id a d c o n fig u ra d a p or ello s m ism o s».
El o rigen d e la leg islació n su p o n ía , im p líc ita m e n te , según V ico, la
n atu ra lez a c a íd a d el h om bre (ta m b ié n el pecado o r ig in a l)’0: en ú ltim o
térm in o «a p a rtir d e la c ru e ld a d , la c o d ic ia y la a m b ic ió n —los tres vi­
cios q u e d e sarreg lan el gén ero h u m an o — saliero n el arte de la g u e rra, el
co m ercio y el arte d e la p o lític a , es d ecir, la fuerza, la riq u eza y la sa b i­
d u ría d e las c o m u n id a d e s»30.
La an tro p o lo g ía n eg ativ a d e l estad o d e n atu ralez a ap arece en los in ­
form es d e los v iajero s y m isio n ero s co m o u n a a c tu a liz a c ió n del m ito
d el «b u en salv aje» y u n in te n to d e lim ita r los excesos m o rales de los
c o n q u ista d o re s b la n c o s11. E ntre estos escrito s so b resale la o b ra d e un
m isio n ero y sab io , q u ie n , d esp ués de u n a a c tiv id a d d e cin co años en
C a n a d á p u b lic ó en 1 72 4 su o b ra: C ostum bres d e los salvajes am ericanos
com paradas con Las costum bres d e los p rim ero s tiempos. Se lla m a b a Joseph
Francois L afitau . Este je s u ita p resen tab a su trab ajo com o u n a c o n trib u ­
c ió n a u n a «n u ev a c ie n cia d e las co stu m b res», y con razón, p uesto que
h o y p asa p o r ser el co m ien zo d e la e tn o lo g ía m o d e rn a c o m p a ra d a 22. Al
m ism o tiem p o se d e sarro lla siste m á tic a m e n te la tesis de q u e en las for­
m as d e v id a d e los salvajes se p u ed e recon o cer el tiem p o p rim itiv o d e la

^ La scienza HUüva (1 7 4 4 ) t II, III, p. 2 1 9 ftraci. cast. de j. H. Bermudo: P rin d p ioi d e


C iencia Nueva, Barcelona, O rbis, 19 8 5 ].
w La scienza nuovtt I, Ií, parag. 7 . p. 7 7 . Q ue Vico tomase en serio cuestiones teoló­
g ic a marginales c o m o la creación, c! pecado origina! y la providencia, mientras que niega
la aparición del salvador, el juicio final y la escatolngía cristiana, lo confirm a la tesis de C».
von Graevenicz: en ia recepción cristiana de la antigua mitología, ésta se opone a la tradi­
ción cristiana, y, al mismo tiem po, se constituye en m otor del pensamiento dentro del
marco teológico global cristiano. Así el caso central ele G iordano Bruno, quien, en su
proyecto de renovación de la p risca ph iloiopbia , formula su programa de renovación de la
¿poca en el marco histórico de la salvación, «como reducción de los signos a su forma
original, com o reunificación de las imagines con la verdad» (en; M ytbos —Z ur G eschichte
ein er DenkgeniohixhííU Síuttgart, 1 9 8 7 , pp. 5-53). El prim er capítulo de este libro sobre
G iordano Br\mo y la nueva m itología del Renacimiento completa mi tesis con el examen
de la historia anterior italiana, de la que Vico propiam ente se disrancia.
21 V er sobre esto W . Krauss (nota 15), p. 95: «En parte se explica el mito del buen
salvajes, partir del trauma que los terribles abusos de los españoles suscitaron en Europa».
21 Laficau (ñora 17), I, 5; ver W . £. M ühJm ann: G eschichte d e r A nthropobgie, Frank-
fu re-Bonn (2), 1 9 6 8 , p. 4 3 s.

34
h u m a n id a d . C o m o teólogo qu e es, sabe L afitau e n lazar su p ro p io c a m ­
p o de in v e stig ac ió n con am p lio s c o n o cim ien to s de m ito lo g ía c lásica,
h a cie n d o posib le ver, en un a d escrip ció n ta x o n ó m ic a, el o rigen com ún
d e to d as las c u ltu ras del viejo y d el nuevo m u n d o . El G énesis d e la B i­
b lia , las fíb u la s de la an tig ü e d a d g rieg a y los m ito s de los p ueblo s in ­
d io s ofrecen so rp ren d en tes an alo g ías, en las q u e —a u n q u e d e m odo d is ­
to rsio n ad o — se o cu lta la h isto ria d el co m ien zo de la h u m a n id a d . Por
eso es posib le p o stu lar un o rigen co m ú n de todos los p ueblo s, e in cluso
u n a p ro to fa m ilia . C o n tra los ateo s q u e e lim in a ro n de los «b árb aro s»
c u a lq u ie r se n tim ie n to religio so , L afitau a firm a el o rigen religioso de to ­
das las c u ltu ras. Lo testim o n ia n sím b o lo s p arecid o s, m isterio s, sueños
ad iv in a to rio s, c u lto s u n iv ersales d el fuego o d e d o n cellas vestales, in ­
c lu so la c o stu m b re e xtrañ a de la «co u v ad a» se e n c u e n tra tan to en tre los
salvajes de Am érica* corno en tre los israelitas y los p rim itiv o s griegos.
La co n sid e rac ió n c o m p arativ a d e L afitau pone a israelitas, g riego s y ro­
m an o s en u n a m ism a fase d e desarrollo q u e los in d io s: las costum b res
ac tu ale s de los ag ricu lto res h uro n es y de los iroqueses n ó m ad as p od rían
ilu stra r las costu m b res d e los pelasgos y de los p ro to h elen o s, los «salv a­
jes» d e la a n tig u a E uropa23. L a o p o sició n id eo ló g ic a de griegos c u ltiv a ­
dos y b árb aro s in c u lto s se d isu elv e en esta n ueva p ersp ectiv a com o un
p re ju ic io d el h u m a n ism o , com o por o tra p arte ta m b ié n d esap arece la
hybris de la o rto d o xia c ristia n a q u e no reconoce en ios p agan o s se n ti­
m ie n to religioso alg u n o y c o n sid era su re lig ió n n atu ral co m o m era su ­
p erstició n .
La h ip ó tesis etn o gráfica d e L afitau , c o n d ic io n a d a p o r su tiem p o ,
no n ecesita ser a q u í d isc u tid a . S eg ú n ella, casi todas las fábulas de la
m ito lo g ía p ag an a se re m itía n a un m o n o teísm o co m ú n de los tiem p o s
p rim itiv o s, y te stim o n ia b a n en las d iferen tes trad icio n e s la existen cia
d el m ism o d ilu v io qu e p ro d u jo em ig racio n e s d e p o b lacio n es p re h e lé n i­
cas h ac ia el A sia o rien ta l y A m éric a’''. El sig n ific a d o , aún vigen te, de ta­
les textos h a de verse m ás b ien a llí d o n d e buscó en la im a g in a c ió n el to­
p o s p re e sta b le c id o d esd e a n tig u o —en ios p asto res arc á d ico s y en los
h éroes n o b le s - d el salvaje noble, lo an cló en el suelo d e las costu m b res
co n cretas d e u n a c u ltu ra arcaica y lo c o n v irtió en rasgo d e te rm in a n te
d e u n a a n tro p o lo g ía d e los p ueblo s p rim itiv o s en la Ilu stració n . La d e s­
c rip c ió n de L afitau afirm a b a la d ig n id a d h u m a n a d e los «p ieles rojas»
fren te a ia arro g an cia de los b lan cos q u e se creían señores de la c re a ­
ció n . A sí, la im ag en d e un estad o d e n atu ralez a to m ad o d e las form as

” í b i d . II, 5 6 ( v c r l n t r . p. 2 9 ).
71 lbid- I, 43-

35
de v id a d e los in d io s d a lu g a r p ro gresiv am en te a la co n tra im a g en id eal
d e la so cied ad euro p ea en la c u m b re d e su civ iliz a ció n , qu e d e ja ver lo
q u e h a p erd id o co n el lo gro d e sus éxito s.
En un c a p ítu lo sobre el c a rá c te r g en eral d e los salvajes ofrece L afi­
tau el sig u ie n te retrato d e ios in d io s, según el p re ju ic io d o m in a n te d es­
d e P lin to , seg ú n el c u a l v iv ía n d esn u d o s, a u n q u e c u b ie rto s d e pelo, e
in so ciab les com o los a n im a je s” :

«Nacen blancos, como nosotros. Pero su desnudez, el aceite con e!


que se frotan, el sol y el aire fresco van oscureciendo su piel. Pero son,
por otra parte, graneles, superiores a nosotros en la configuración de su
cuerpo, bien construidos, con hermosas proporciones, de buen tem pera­
m ento, ágiles, fuertes y hábiles; en una palabra, por lo que se refiere a
ventajas del cuerpo no quedan en modo alguno detrás de nosotros, sino
que quizás nos sobrepasan... Tienen claro entendim iento, imaginación
viva, comprensión rápida, y una memoria maravillosa. Todos muestran
huellas de tradiciones antiguas heredadas y una forma de gobierno; en
sus negocios son honrados, más honrados que el pueblo entre nosotros;
logran sus metas por caminos seguros; actúan con frío entendim iento y :
una flema que agotaría nuestra paciencia; por honor y magnanimidad
no se alteran jamás, sino que se mantienen siempre dueños de sí mismos
sin caer en la ira; son altaneros y orgullosos, demuestran tener ánimo y
valor inconmovible, una constancia heroica en el sufrimiento, una igual­
dad que no conmueven la injusticia ni el fracaso; entre ellos utilizan una
cortesía a su manera, que guardan con toda conveniencia; su respeto a
los antepasados y su atención a los iguales sorprenden, porque difícil­
mente se asocian a causa de la independencia y libertad de ia que están
tan orgullosos; muestran poca delicadeza o ia muestran poco; pero no
son menos bondadosos, benévolos, y ejercitan con los extraños e infeli­
ces una amistad compasiva que avergonzaría a las naciones de Europa».

E sta d e sc rip c ió n c arac te ro ló g ic a q u e, au n con sus rasgos id e a liz a ­


dos, m u esrra o b serv acio n es co n cretas q u e la f it a u d e sarro llará d espués
d e ta lla d a m e n te , h ab la por sí so la. Es tan to m is creíb le c u a n to q u e L afi­
tau no sile n c ia las d e b ilid a d e s y c u a lid a d e s n egativas d e los salvajes:

«A estas buenas cualidades acompañan sin duda también algunos


defectos; pues son descuidados y veleidosos; vagos sobre medida, extre­
m adam ente desagradecidos, desconfiados, traicioneros, vengativos, y
tanto más peligrosos cuanro mejor y más largo tiempo saben esconder
. sus sentimientos de venganza; son crueles con sus enemigos, violentos
' en sus diversiones, depravados por ignorancia y maldad; pero su ¡ncu I-

” Ibid. i, 6 7 -6 8

36
tura y la circunstancia de que carecen de casi rodo les hace tener en
comparación con nosotros ¡a ventaja de que no saben de los refinamien­
tos del vicio que traen consigo el iujo y el exceso».

Q u e alg u n as de las cu alid ad es n egativas no en cajen con las virtudes


an terio res, p o d ría deberse qui'/is a m alas exp erien cias en el trato con los
b lan cos. En ú ltim o térm in o , p ara L afitau , la in g e n u id a d m oral y la falta
de n ecesidades de tos indio s co n stitu yen su retraso frente a la civilizació n
euro p ea. L lega h asta el p u n to d e ju stific a r su c ru eld ad con los enem igo s,
¿p o r qu é deb erían ser sus bárb aras costum b res en el poste del torm ento
peores qu e el b árb aro d erram am ien to d e san gre en la arena d e los juegos
de g lad iad o res romanos?®. Su defen sa d e las costu m b res p rim itiv as de
los indio s b usca an te todo m o strar qu e y a ios p rim ero s pueblos conocían
felizm en te Lis in stitu cio n es del cu h o religioso, del m a trim o n io m o n ó g a­
m o y de ia o rd en ació n p o lítica, sin n ecesid ad d e códigos legales, ah o ga­
dos ni p ro cu rado res estatales27. H a y sin em b argo sólo un a cosa q u e el eu ­
ro p eo no p u e d e c o m p re n d e r: «¡a p ereza n a tu ra l» d e los salvajes q u e
L afitau no en co n trab a co n firm ad a en n in g u n a fuente literaria del m u n ­
d o a n tig u o . Si los salvajes am erican o s se ríen d e qu e los europeos aco m e­
tan obras p ara ei futuro , c u ya c u lm in a c ió n no p u ed en lo grar en el corto
esp acio de sus vidas, y si los in d io s, pese a la h ab ilid ad d e sus m an o s, no
v alo ran ni desarrollan artes q u e otros p ueblo s han llevado a la perfec­
c ió n , ¿n o h a b rá qu e c o n c lu ir q u e el trab ajo es u n a form a eu ro p ea de
v id a qu e 110 se p u e d e un lversalizar a la h u m a n id a d ?3 . Tal co n clu sió n la
sacó p rim ero R o usseau, no L afitau . Para él, el trab ajo com o p lu sv alía,
com o ascesis m u n d an a qu e va m ás a llá d e las necesidades de la su bsis­
ten cia, q u ed a fuera d e la c rític a del progreso, q u e p one en cuestió n el
nuevo m ito del comierr/.o d e la h isto ria de la h u m a n id a d ,

II!
C ontribuciones a la historia oculta d e la H u m a n id a d
(R o u sseau , Je n s K raft, W ie la n d , K ant)

a) Este títu lo , con el q u e W ie la n d en el to m o 14° d e sus O bras


com pletas (1 7 9 5 ) reún e cin co trab ajo s, q u e tien en com o o b jeto la crfci-

* Tbid. II, 96.


r Jbid., I, 9 1 : «Para sucrre suya, no conocen m código, ni digesto, ni abogados, ni
procuradores» ni guardias: si, además de esto, no tuviesen unos magos que son mu)7 m a­
los médicos, ;n o serían los hombres más felices del mundo?*.
^ f b íd . I, {j 8.

37
ca d e las tesis cic R o u s s e a u s o b re ei \: i o r ig in a r io det h o m b r e , es
m uy ad ecu ad o para s e g u ir la h u ella d«- sí fascin ació n de los ilu strad o s v
sus p o lé m ic a s en t o r n o a ¡os c o m ie n z o s de ia h u m a n id a d . La d is o lu c ió n
d e l p r e j u ic io c o n t r a los p u e b lo s salvajes, a los q u e - c o m o {ens K r a lt
c e n s u r a b a - «apenas q u ie re c o n c e d e rs e ei m u lo h o n o r íf ic o de h o m b re ,

p o rq u e en e llo s , a p a r r e d e la fig u r a , no se c r e e e n c o n t r a r nada


h u m a n o »11, a b r ió u n a p ersp ectiv a in e s p e ra d a y s o r p r e n d e n t e s o b re el
m u n d o a n tig u o . E ste se d e s c u b r ió , d e sd e la o s c u r id a d d e la le ja n ía te m ­
p o ra l, c u a n d o se tu v o o c a s ió n «de c o n o c e r m e jo r los m o d o s d e v iv ir v
p e n s a r de esos a n tig u o s tie m p o s , c o n a y u d a d e lo q u e p o d e m o s c o n o c e r
de lo s salvajes q u e to d a v ía se e n c u e n t r a n en el mundo»» (p. 6 4 ). L a ¡uz
de la c r ít ic a ilu s t ra d a b u s c ó n o s ó lo !a h is t o r io g r a fía o fic ia ! d e Lis a c c io ­
nes im p o r t a n te s y ios estad os, o b je t o d e la m o d e r n a ( ¡lo s o lía de la h is ­
to ria , s in o c a m b ie n ia e s c o n d id a y n o e s c rita " h is t o r ia n a tu ra l d e las
c o s tu m b re s lu im a n a s n (tal es el t ít u lo q u e p o n e W i e i a n d a su p rim e ra
c o n t r ib u c ió n ) . L a n a tu ra le z a d e l h o m b r e , s u p u e s ta m e n te in t e m p o r a l,
s ó lo d e sv e la su v e rd a d e ro ro s tro c u a n d o se in te rro g a p o r lo q u e era el
h o m b r e e n sus c o m ie n z o s , p o r naturat'eza, y p o r lo q u e ha g a n a d o y
p e r d id o en el c u r s o d e su h is to ria , p o r o b ra de su ra z ó n (p. 53). F.l in t e ­
rés m o d e r n o p o r el e s ta d o n a tu ra l d e l h o m b r e se fu n d a b a , d e sd e R o u s ­
seau, en la id ea, q u e se a b ría p aso e n to n c e s , d e q u e ta m b ié n la n a tu r a le ­
za d e l h o m b r e te n ía q u e te n e r su h is to ria . L o q u e se c o n o c ía d e m o d o
n e b u lo s o e n las a n tig u a s in fo r m a c io n e s s o b re la é p o c a p r im it iv a e u r o ­
pea, se r e c o n o c ía a h o ra c la ra m e n te en la historia, d e los p u e b lo s salvajes:
«se a p re n d e d e a h í ei o r d e n con e i q u e, y io s m e d io s m e d í a n t e lo s a n d e s ,
el h o m b r e s a lió p o c o a p o c o d e su ig n o r a n c ia » (p. 1 3).
E l d e s c u b r im ie n t o de ia h is t o ria n a tu ra l del h o m b r e , c o n el c a m b io
d e la c o n s id e r a c ió n i d e o ló g ic a a ia g e n é tic a , n o lle v ó d e m o d o in m e ­
d ia to a los filó s o fo s d e la I lu s tr a c ió n ta rd ía - c o m o era s in e m b a rg o de
e s p e r a r - a u n c o n f l i c t o c o n la v e rs ió n b íb lic a d e l o r ig e n y c a íd a d el
h o m b re : la h is t o r ia de la c re a c ió n , en ta n to q u e a n t iq u ís im a n o t ic ia d e l
g é n e ro h u m a n o , p o d ía in c o r p o r a r s e a la n u e v a c o n s id e r a c ió n a n t r o p o ­
ló g ic a . F u e in t e n c ió n e x p líc ita de K r a f t m o s tra r q u e e x p e rie n c ia y n a t u ­
raleza te s t im o n ia n , j u n t o c o n la ra z ó n , los fin e s d el C re a d o r.

«Por largos que sean ios rodeos y los cam bios que se forje la im a g i­
nación, sin descanso, tiene fin alm en te que encontrar de m o do irrecusa­
ble el p rim er origen del ho m b re en u m creación: una erección que h;i

J c n s K r.ií' S itr e n d e r W d d m . Z a r .-/r' L h i p r u n ^ u n d A u f u i h í u ? d e r


K op cn h ;» pc n. I 7 (»6. [i- H) (se c l ' ,i en 1c , ; n - sn](, : ,i pn^in:»).

38
o to rg a d o la c a p a c id a d de ser n ic io n a ! . p o rq u e lo v a r ia b le de tas tos:!*,

nunca p u e d e ser e n t e n d id o p o r lo q u e h a v e n t a i c o s a s m is m a s - f p . 251.

L a m is m a a r g u m e n ta c ió n e n c o n tr a r e m o s d e sp u é s en K a n !, q u ie n
e n su P r o b a b le c o m ie n z o u n lr / ó esa " im a g in a c ió n in c a n s a b le ' v re v istió
su c r ític a a R o u s s e a u c o n la tú n ic a d e ia f ic c ió n m ític a . A! ig u a l q u e el
te x to d e K a n t, el lib r o tic K r a fr esrá c o m p u e s to en p o lé m ic a c o n t in u a
c o n el .segundo D is c u r s o de R o u s se a u , a u n q u e s ó lo lo c ite u n a ve?, en
u n a n o ta o c u lt a a p ie de p á g in a (p. 3 4 ). L a d is p u ta filo s ó fic a q u e d e ­
s e n c a d e n ó la p r o v o c a c ió n d e R o u s se a u e n tre los e s p íritu s sob re salie n tes
d e la é p o c a t e s t im o n ia la fa s c in a c ió n q u e s u s c itó el p r o b le m a clel o rig e n
d e la h is t o r ia n a tu ra l d e l h o m b re .
L a r e m is ió n c r ític a al h ip o t é t ic o e s ia d o d e n a u u a le ? a es el te rre n o
en el q u e la I lu s tr a c ió n t r a n s fo r m ó el c o m ie r r / o d e la h u m a n id a d , q u e
b u s c a b a en las in fo r m a c io n e s e tn o g rá fic a s , en n u e v o s m ito s d el o rig e n ,
a u n q u e h u b ie s e q u e a d iv in a r la fig u ra p re cisa d e u n m it o e t io ló g ic o en
a lu s io n e s v re v e s tim ie n to s lite ra rio s . Se trata, en su fo rm a e tio ió g ic n .
d e l m it o de u n a h is t o r ia c u v a a u to r id a d se a lim e n ta de la fe en la p e r ­
fe c c ió n d e lo in ic ia l, y p o r lo ta n to en su s u p e r io r d ig n id a d , v que p u e ­
d e ser e n t e n d id o c o m o la respuesta v á lid a a in c u e s t ió n acerca d e u n
p r im e r suce so c o n el q u e se d e c id ió ro d o lo d em ás, a u n q u e su e fe c to n o
sea va e v id e n te en la v id a a c t u a l1’'. í'.l c a m b io d e sd e el p e n s a m ie n to r a ­
c io n a l a la re p re s e n ta c ió n m íric a p u e d e verse en la d ife r e n c ia de s ig n i f i ­
c a c ió n e n tre c o m ie n z a ( q u e p u e d e d eb erse a la p r o p ia c a p a c id a d ) v o r i­
gen (s o b re el q u e n o d is p o n e m o s ) . A s í se e n c ie n d e el s u b t ít u lo del
tra b a jo de K ra ft: E x p lic a c ió n d e l o r i g e n y c o m i e n z o ríe h i I lu jia u ii d iir í. en
el q u e el a u té n tic o " c o m ie n z o * s ig u e al origen* va d a d o p o r la c re a c ió n
com o n a tu ra le za , v d e l q u e n o p o d e rn o s d is p o n e r. A flo r a b ie n , en la
m e d id a en la q u e ¡os m o d e r n o s m ito s d e l c o m ie n z o s u p o n e n q u e el
h o m b r e p u e d e e s ta b le ce r su c o m ie n z o m is m o , v p o r lo r a m o su h is to ria
a h o rig in e , ca en en !n p re te n s ió n q u e re p ro c h a [ens K r a ft c o r n o ab u so
d e la lib e rta d de pensar, v p o r lo ta n t o en u n a a r g u m e n ta c ió n q u e va
in s in ú a la " D ia lé c t ic a de !a ilu s tra c ió n * :

■•Queremos m edir lo in fin ito con un enten d im ien to fum o, v i.nm


prender el com iendo de un tiem p o en el que nuestra vid:? entera nn es
sino un p u n m inoh^ervahle... P.l en ten d im ie n to qne cree que rodo rien<

Á it b fi'.u S 't- I - r f a k r u n ? h ’ 1 /Í h n - r.iritc iu - H r '- t u f n r u í j k . Ir:-tn k í 11 r t . ] l 3X2. p ^ 3

A los r ni io s m o d e r n o * d e l cormen7<> se o p o n e n los m it o s e n n l n g i c o s df:l e r i c e n . i j i k I í. 1’.


D ü r r ha e d i t a d o en r e c ie n te r e e n p i ta c i^ n : .-Ur/rrtt^? nder rtie b rgin n rn d f /nr. f; r :i n k f u r r
A t h c n a u n i.

39
q ue someterse a su d o m in io , cae ¿I m ism o en o p in io n e s falsas e in n u m e ­
ra b le s de innum erables tiranos; el en te n d im ie n to que quiera ser el más
libre, y el más esclavo, enrre rodos, tiene que penetrar en una invencible
o s c u rid a d si q u ie re ver c la ra m e n te el p rim e r o rig e n tic ias cosas-
(p. 2 0 , 2 1 ) .

La h u e lla de ia e sco n d id a h isto ria n a tu ra ! del h o m b re de la Ilu stra­


c ió n , en ia q u e ia n o stalg ia p or su co m ien zo p erd id o y recob rad o hace
q u e a d q u ie ra u n a form a m ític a , se p u e d e se g u ir p erfe c ta m en te en la
h isto ria d e la recep ció n d e R o usseau , en las rép licas de K rafr, W ic lan d
y K ant.

b) Las «C o stu m b res de !os salvajes» d e Jens K raft está in sp irad a, y


a rran c a, en ei m o delo d eí estado de n atu ralez a qu e R ousseau d iseñ ó en
su D iscurso sobre e l origen de l/t d e sigualdad entre los hom bres (1 7 5 5 ). La
versión d e R o u sseau acerca d el com ien zo d e la h isto ria h u m a n a tuvo el
n o tab le d estin o de q u e, a p a rtir d e e lla , frente a la in te n c ió n c rític a de
su reco n stru cció n , m e ram en te h ip o té tic a , del estado d e n atu ra lez a , su r­
giese eS m ito ro m án tico m ás podero so de! co m ien zo : la id ea y el deseo
n o stálgico s d e un «reto rn o a la n atu ralez a». Ya K ant se opuso al error
de R o usseau con la ad v e rten c ia d e qu e ia d o ctrin a d ei estad o d e n a tu ra ­
leza d el h o m b re no co n siste en qu e d eb am o s volver a ella, sino q u e d e ­
b em o s vo lver a v e rla ’ 1. El h o m b re salvaje n o está en el se g u n d o D iscurso
en el co m ien zo real o id eal d e la h u m a n id a d , sino q u e el estad o n atu ral
se recon o ce h ip o té tic a m e n te an tes de c u a lq u ie r h isto ria. En esa visión
re tro sp ec tiv a se p u ed e d e scifrar el fu n d a m e n to d e la h is to ric id a d del
h o m b re en el proceso d e su so cializació n : len g u a je {en iu g a r del sim p le
g rito d e la naturaleza), trab ajo (en lu g a r d e la satisfacció n e sp o n tán ea de
las n ecesid ad es y la o cio sid a d ), d o m in io (d esd e la p rim e ra d e lim ita c ió n
de ia p ro p ie d a d ), d iv isió n d el trab ajo (d esd e el d e sc u b rim ien to d eí h ie ­
rro y la a g ric u ltu ra ), trad ició n (cu an d o se tran sm ite la e x p erien cia de
un a g en eració n a o tr a )'2. A sí se refuta u n a im agen d o m in a n te de ía h is­
to ria : io q u e se g ú n H o b b es es e! h o m b re y a p o r n a tu ra le z a , seg ú n
R ousseau io lieg a a ser por su p ro p ia h isto ria, t i estad o so cial d e « g u e ­
rra de todos c o n tra tod o s» no está d ad o p o r n a tu ra le z a , sin o q u e es
o bra d el h o m b re m ism o. C o n ello se im p u g n a tam b ié n un d o gm a c ris­
tian o : el h om bre no es p ecad o r en su o rig e n , sin o q u e por n atu ralez a es
b ueno.

M K a n t , C eu m x m flts S cb ri/ rs», Ed. Academia» <>0 5 , p. 8 9 0 . Después de ¿i, Schilier.


S W (edición nacional), v. 2 0 .1 , pp. 4 2 8 -4 5 1.
13 C f r . (noca 3 0 ) , p. 6 0 7 -

40
L a h is t o r ia d e l p e c a d o o r ig in a l, c o m o m ir o c r is t ia n o d e l c o m i e n ­
z o , es el m o d e lo e s t a b le c id o al q u e R o u s s e a u se r e m ir e en su d e s c r ip ­
c ió n d e l e s ta d o d e n a tu ra le z a , in t e r p r e t á n d o lo , s in n o m b r a r lo : en l u ­
g a r d e l E d é n , tin a e s c e n o g ra fía c o n á rb o le s c u y o s fr u t o s a lim e n t a n al
h o m b re y u n a r r o y o q u e sa cia su sed. E n c o n t r a m o s a q u í d e n u e v o la
r iq u e z a n a t u r a l d e la m a d r e tie r r a q u e s a tis fa c e ias n e c e s id a d e s d e
h o m b r e s y a n im a le s y a se g u ra su p a c ífic a v id a c u c o m ú n - E ste hnm
b re n a tu ra l está d o t a d o fís ic a m e n t e d e m o d o p e r f e c t o , c o m o Adán,
d e m a n e r a q u e n o n e c e s ita u n c o m p a ñ e r o , y ve c u m p l i d o su d e s e o
d e a m o r c o n la c e rc a n a m u je r. C i e r t o q u e p o n e m e n o s in s t in t o s q u e
io s a n im a le s , p e ro p u e d e a p r o p ia r s e d e sus r e a liz a c io n e s p o r i m i t a ­
c ió n . Se s ig u e ig u a lm e n t e u n a e x p u ls ió n d e i p a r a ís o , p e r o no por
m a n d a t o d i v i n o , s in o p o r c a u sa s e x te rn a s , c lim á t ic a s . T a m b ié n hav
u n p e c a d o o r i g i n a l c o n c o n s e c u e n c ia s in e v it a b le s , el q u e se im p o n e
c o n Sa p r im e r a e m p a lic a d a s e p a r a n d o lo m ío y lo tu y o , dei que p ro ce ­
d e la d e s ig u a ld a d d e lo s h o m b r e s y la c o n f u s ió n d e l p r im e r le n g u a je
u n iv e r s a l.

c) L a o b r a d e j e n s K r a f t es h o y d ía p o c o c o n o c id a " . H u b ie r a
m e r e c id o m e j o r d e s tin o . P u e s sus C o s t u m b r e s d e lo s s a l v a j e s son n o ta ­
b le s t a n t o d e s d e el p u n t o d e v is ta d e ia f ilo s o f ía c o m o d e !a c ie n c ia
h is t ó r ic a . C u m p l e n u n g ir o d e s d e la a n t ig u a e t n o g r a fía t a x o n ó m ic a a
u n a n u e v a a n t r o p o lo g ía g e n é tic a . K r a f t t r a n s f o r m ó lo s h a lla z g o s d e l
« m u y s a b io L a fita u » , su p r in c ip a l fu e n te , d e s d e u n a c o n s id e r a c ió n de
c o m p a r a c ió n s in c r ó n ic a , a u n a p e rs p e c tiv a d e filo s o fía d e ¡a h is t o r ia
(«era m i i n t e n c i ó n c o n e c t a r la h is t o r ia g e n e ra l d e lo s salvajes y la de!
h o m b r e » , p. 4), y c o n e llo s o b re p a s a r el u m b r a l e n rre el " f in d e la h is ­
to r ia n a tu ra l» y u n a h is t o r ia d e ia n a t u r a le z a '4. L ía c a íd o c o m p le t a ­
m e n te en e! o l v i d o q u e el a u to r, p r o fe s o r d e m a te m á tic a s y F ilo s o fía
e n la A c a d e m ia d e S ó ro e , e s ta b le c ie s e c o n su l i b r o u n d iá lo g o c o n
R o u s s e a u v e s c rib ie s e u n d o c u m e n t o c a p it a l en la r e c e p c ió n d e l se­
gundo D iscu rso . Q u i z á esto se d e b a a q u e s ile n c ia a su a u t é n t ic o d e s ti­
n a ta r io . N o c ita el n o m b r e d e R o u s s e a u p r e c is a m e n te en el lu g a r en el
q u e K r a f t e x a m in a las tesis c e n tra le s d e l s e g u n d o D iscu r so y las d i s c u ­
te al m ás a lto n iv e l. L in a in t e r p r e t a c ió n d e l n u e v o c o n c e p t o d e p e r fe c­
tib ilid a d , tan p re c is a y a g u d a c o m o la q u e sig u e , es ra ro e n c o n t r a r la
a n te s d e K a n t:

v m endnnan E, Windie L im av (nota 17} y K n m s s (ñora í ^ ) , pero no b valo­


ran, y falta en la G eschichte d er A tishropologie de W , F.. M ühím anti (nota 12). así corito en
Ja historia de la recepción de Rou^ea'u rayón por la que hago cuas más minuciosas.
w S e g ú n W . L é p e n l e s : D as E n d e d e r N / itu rg n eh ich tr, M i l n c h e n , 11172.

4i
«así es indudable... que n in g ú n origen es más adecuado al h o m b re que
el b íblico ; sobre to d o p o rq u e la razón nos d ice claram ente que el oso
m ayor, m ejor y m is perfecto de las cosas era la in te n ció n prim era del
C reador. L a experiencia y la n a tu ra le s atestiguan esto al m is m o tiem po
que la razón. T o d o s los otros anim ales alcanzan p ro n to su m áxim a per­
fección y se ajustan después perm anentem ente a ella, porque n o está en
su p o d e r oponerse.Solo el hombre, a pesar de que era perfecto desde el
principio, se hace después imperfecto, porque e r a lo suficientemente perfecto
como para echarse a perder (subrayado mío); pues entre todos los an im a­
les de la naturaleza era, con m u ch o , el d ueño de sus acciones» (p. 18 s.).

El carác te r b ásico h u m a n o d e la p e r fe c tib ilid a d q u e, d e m o do p a ra ­


d ó jic o , im p lic a la p erfecció n y el d eterio ro , fu n d a m e n ta n d o así p o r q u é
la h isto ria seg ú n R o usseau no se reduce a u n a d isp o sic ió n telco ló g ica de
la n a tu ra le z a h u m a n a 55, se a c la ra e v id e n te m e n te p o r el m o d o co m o
K raft resu elv e la p a ra d o ja . L a c rític a d e K raft a R o u sseau c o m p o rta
ta m b ié n ia im p u g n a c ió n d e la a u to su ficie n c ia de tos p rim ero s h o m b res,
la su p o sició n d e q u e «eí h o m b re p u d o pro gresar sin so cied ad " {p. 5 4 ).
S i se p ien sa sólo en el tiem p o q u e u n n iñ o necesita d e sus padres p ara
no m o rir en su m is tie rn a in fa n c ia , se co n firm a rá q u e «sie m p re ha h a­
b id o u n a so cied ad en tre p ad res e h ijo s... qu e en todo tiem p o el h o m b re
h a viv id o en a lg ú n tipo d e so c ie d a d , y q u e en todo tiem p o ha h ech o a l­
g ú n uso de la razón» (p .5 4 ). S i, p o r lo ta n to , y a la voz d e la n atu ralez a
e x ig e « u n a so c ie d a d o r d e n a d a d e h o m b re f m u je r, p a d re s e h ijo s»
(p. 6 9 ) y no se e n c u e n tra n in g ú n p u eb lo en el m u n d o en el q u e no u n a
a los h o m b res la aso ciació n d e la n atu ralez a y d el am o r (p. 7 1 ), se re­
q u ie re sólo u n sen cillo fu n d am en to p ara ex p lic a r ia p o sterio r ev o lu ció n
de g ran d es fo rm acio n es d e la so c ie d a d h u m a n a , el c re c im ie n to d e la
p o b lació n d e la tierra:

«Si es p o r lo tanto verdadero que sólo el más n o b le anim a!, el h o m ­


bre, tiene que ser señor y d ueño de !a tierra; que rodo e! que nace tiene
igual derecho a la vida y el crecim iento; que la tierra sin rrabajar n o pue­
de alim entar en la m ism a p ro p o rció n tantos hom bres c o m o el género
h u m a n o es capaz de aum entar... si todo esto es verdad, tam b ién será
c ie n o que la razón es la m ayo r ayuda del hom bre, con la que m antiene
su vida, y sin la cual sólo un a m ín im a parte de los hom bres p o drían go­
zar de Jos grandes bienes de la naturaleza» (p. 56).

Jí C om o ha m ostrado G . Buck («Autoconscrvadun e historicidad» en: P aetik a n d


H erm en n ttik V, p, 2 9 s.) en la recepción alemana por Reimams y Schlosser, p e r fr ctib ili-
t b iii se ha traducido por in d eter m in a ció n , mientras que otros importante aurores la teolo­
gizan de nuevo (en cuanto p e rfeccio n a m ie n to ).

42
El c am in o d e la h isto ria h u m a n a es c irc u n sta n c ia d o , no fin alista,
p ro gresa con los pasos len tos d e la razón cap az de au to p erfecció n , con
lo q u e g ran d es d e sc u b rim ien to s co m o el uso del fuego «se d eb iero n o a
u n a feliz c a su alid ad o a un erro r Feliz, p o rq u e a m en u d o am b o s factores
o casio n an la d ich a d el h o m b re» (p. 1 6 8 ).
En tales térm in o s an aliza K raft el seg u n d o D iscurso d e R ousseau.
R eco n oce el p u n to decisivo d e in flex ió n q u e sig n ific ó el p rim e r d e slin ­
de de la p ro p ied ad («ro d o s esos p ueb lo s no saben ap en as lo qu e rep re­
se n ta ser d u e ñ o d e un d e te rm in a d o terren o », p. 1 7 1 ); sin em b argo , en
c u a n to a su im p lic a c ió n com o cau sa d e la d ep rav ació n {p. 1 7 3 );

«no parece s in o que pasó largo tie m p o antes de que en el m u n d o se


apropiasen de determ inadas posesiones, especialm ente de bienes in m u e ­
bles, incluso m u ch o antes de que hubiera necesidad de leyes... Las Seyes
no em pezaron an te s de que los vicios sembrasen con frecuencia la in ­
q u ietu d en las sociedades» (pp. 101 103)-

Los caracteres fu n d a m e n ta les del estado de n atu ralez a de R o usseau,


q u e K raft e x p lic a en las co stu m b res y el «m o d o d e p en sar» de los salva­
jes: b o n d ad n atu ral (p. 1 0 1 ), lib e rta d n atu ral (p. 7 3 ) e ig u a ld a d p erfec­
ta (p. 119) se m an tie n en en u n a p ersp ectiva g en ética y c rític a . C u a n d o
K raft reflexio n a sobre «las ven tajas q u e van u n id as al estad io salvaje del
h o m b re», su resu m en asu m e rasgos c laram e n te m ítico s; «lib e rta d , fuer­
za n a tu ra l, salu d , escasez d e n ecesid ad es, lib e rta d d e p o d er d isp o n e r de
to d a la n atu ralez a y ser su co m p leto señ o r», e tc... de d o n d e d ed u ce que
«sin em b arg o todas estas ven tajas h an de valorarse en m u y poco frente
a la g ran felicid ad de verse lib re el h om bre salvaje de u n a m u ltitu d de
en ferm ed ad es d el á n im o q u e son la v erd ad era d esgracia d el h o m b re ra­
c io n a l» ( p .5 1)-
A todo ello añ ad e K raft el se n tim ie n to p o r la b elleza de la n a tu ra le ­
za, a lo q u e no p o d ía elevarse el hom bre n a tu r a l A t R o usseau . A! sen tid o
e stético red u ce eí am o r d el sa lv a je p o r su p a tria , q u e sie m p re existe
au n q u e sea un territo rio in h ó sp ito ; «p aises en los q u e rein ab a un in v ie r­
no in so p o rtab le, q u e incluso h acía ro m p erse las p ied ras, ten ían b elleza
a tos ojos de esas gen tes q u e no v alo rab an en ab so lu to zonas m ás ag ra ­
dab les, p o rq u e estaban en su p atria» (p. 7 6 ).
En este exam en crític o d el h ip o té tic o estado d e n atu ralez a se d e sli­
za su b re p tic ia m e n te el m ito d e la felicid a d in ic ia ! d e la h u m a n id a d . No
se d esvan ece ni cu an d o K raft le co n tra p o n e al fin al ía tesis: «las fuerzas
su p erio res d el án im o c o n stitu ye n la v erd ad era felicid ad del h o m b re» (p.
6 3 ). Pues la c o n tra d ic c ió n e n tre n a tu ra lez a y civ iliz a ció n d e sc u b ie rta
p o r R o u sseau , e n tre e x iste n c ia n a tu ra l y so c ia l, p erm an ec e irre su elta

43
c u a n d o o b se rva: «q u e c¡ d e fe c to ck- n u e s tr o s cita d a s c o n s is te en q u e nos
h e m o s a p a rta d o d e m a s ia d o d e lo n a tu ra l, y el d e fe c to de los su y o s en
h a b e rlo s e g u id o d e m a s ia d o » , y se c o n f o r m a c o n q u e «la s it u a c ió n q u e
los h o m b r e s d e b e ría n d esear de m a n e ra m ás ra c io n a l, sería u n t é r m in o
m e d io e n rre ios p u e b lo s salvajes y los n u estro s» (p. 13). C o m o n o tie n e
a m a n o la s o lu c ió n d ia lé c tic a de K a n t , tie n e q u e r e c u r r ir al v ie jo id eal
é t ic o d e l t é r m in o m e d io , lo q u e n o le p e r m ite d a r el p aso d esd e la h is ­
to ria n a tu ra l d e l h o m b r e a u n a filo s o fía de la h isto ria :

"sería q u n as un pésim o m ed io hacer más perfecta i;t h u m an idad extir­


pando rodos los defectos hum anos. U n h o m b re totalm ente raciona! v,
p o r d e cirio así, casi insensible, sería quizás p o r una parte una criatura
tan extraña, com o por la otra parte otro solam ente sensible... ambos en
una cierta p ro p o rció n c on fo rm an un h o m b re peífecto» (pp. 61-62).

d) L a c r ít ic a de W ie la n d a! s e g u n d o D iscu r so r o u s s e a u n ia n o d ic e
así: n o h a y n a d a tan e x tra ñ o c o m o el qtse R o u s s e a u n o h a y a e n c o n t r a ­
d o n a d a m ás n a tu ra l en el p r im e r h o m b r e q u e la in s o c ia b ilid a d , a u n ­
q u e «cal e s ta d o a n im a le s c o q u e él a tr ib u y e a n u e s tro s o ríg e n e s» n o se ha
halSado e n n in g u n o d e lo s p u e b lo s salvajes (p. 134 s.)_
L a tesis c o n t r a r ia d e W ie la n d d ice :

«El hom b re está hecho para la so citih ilid tid , y las fuer/as umdas ele
1a barbarie, la superstición y la opresión han sido siem pre incapaces de
a n iq u ila r com pletam ente esra valiosa sem illa de la virtu d social, esc sen ­
t im ie n to s im p a té lic o que obliga al h o m b re con suave poder a amarse a si
m is m o e n o tro s h o m b res, y que, com o C ic e ró n dice divin am en te, es el
f u n d a m e n t o d e to d o d e r e c h o *

E l p r im e r o d e los c in c o tra ta d o s a p a re c id o s e n tre 1 7 6 9 y 1 7 7 7 e x ­


p o n e esta tesis c o n el re v e s tim ie n to cié u n a le y e n d a s u p u e s ta m e n te m e ­
jicana: la d e K a x k o x y K ik eq u e tz e L SLsta p rim e r a de las « c o n t r ib u c io n e s a
ia h is t o r ia n a tu ra l d e l h o m b r e m o ra l» es el m ás im p o r t a n t e de los m ito s
lite ra rio s d e l c o m ie n z o q u e le g ó la I lu s tr a c ió n . R e p re s e n ta q u e los p a­
d res o r ig in a r io s d e lo s m e jic a n o s s o b re v iv e n s e p a ra d o s al d ilu v io u n i­
versal. K o x k o x , q u e , e n c o n t r a p o s ic ió n a los p em iero si de to d a s las tra ­
d ic io n e s e u ro p e a s, n o n e n e id e a d e lo s m e d io s n e c e s a rio s para s u a v iz a r
la s o le d a d (p . 12), c o m b a t e este m a l in s o p o r t a b le h a b la n d o c o n s ig o
m is m o . E n c u e n t r a u n p a p a g a y o y se e n tre tie n e en e n s e ñ a rle a h ab lar.
D e las c o n v e rs a c io n e s c o n el p a p a g a y o , «q u e al m e n o s eran tan g r a c io ­
sas e in te re s a n te s c o m o la m a y o r ía d e las c o n v e rs a c io n e s de la s o c ie d a d
actu al» , d e d u c e el f iló s o fo m e jic a n o q u e c o m e n t a ia le v e n d a , n ad a m e ­
n o s q u e «el c o m i e n z o d e leí v i d a s o c i a l de su n a c ió n » (p. 16). E n esta v e r­

44
s ió n d e l o r ig e n d e l le n g u a je a p a re ce e n to n c e s la Eva m e jic a n a . A ella le
tra n s fie re K o x k o x eí n o m b r e d e l p a p a g a y o K ik eq u etz A , d esp u é s de q u e
éste fu e ra d e v o r a d o p o r u n a se rp ie n te : «y así m il veces u n a c ir c u n s t a n ­
c ia azarosa ha d e c id id o cosas m ás im p o rta n te s » {p. 2 2 ).
E l p r im e r e n c u e n t r o d e A d á n v Fva (a !n q u e e n c u e n tra d o r m id a
b a jo u n ca ñ a v e ra l), la m u tu a a tr a c c ió n de s e to s ( « K o x k o x n o sabía lo
q u e era u n a m u c h a c h a ni K ik e q u e t z e l lo q u e era u n m u c h a c h o ’», p.
6 5 ), el " m a t r im o n io p a ra d is ía c o » e s p o n tá n e a m e n te c o n t r a íd o , la " i n d o ­
le n c ia feliz» d e i p a sto re o , ei d e s c u b r im ie n t o de ia c u lt u r a en la c o n s ­
t r u c c ió n de su c h o z a , el c u id a d o d e l ja r d ín , la c o n fe c c ió n d e l v e s tid o , el
a d o r n o , el in v e n t o d e l c a n to y la d an za: t o d o esto es t e s t im o n io v e x p li­
c a c ió n d e l s e n t im ie n t o de « sim p a tía » c o m o rasgo e s e n c ia l de la h u m a ­
n id a d , q u e ta n r o R o u s se a u c o m o S w ifr, ei s e g u n d o m is á n tr o p o f a m o s o ,
d e s c o n o c ie r o n c o m p le t a m e n te . Para W i c l a n d este s e n t im ie n t o de s im ­
p a tía q u e o b lig a al h o m b r e a a m arse a s í m is m o en o tr o h o m b r e n o es
« p u ra n a tu ra le za » (p. 5 3 ), s in o va im p u ls o c u lt u r a l: « n o s ó lo la n e c e s i­
d a d , s in o ta m b ié n el a m o r, .son lo s p a d re s d e las artes» (p. 83). «i a na ­
tu ra le z a m is m a , d ic e en ia P eq u eñ a d iv a g a c ió n s o b r e b i n a tu ra lez a y e! a r­
te (par. 17), es lo q u e c o n t in ú a su o b ra e n n o s o tr o s m e d ia n te el arte»: la
o b ra d e la e la b o r a c ió n d e l m a te ria l b r u to , sin fo rm a , y la o b ra d e ia
« p le n it u d d e n o s o tr o s m ism o s» , q u e se nos ha e n c o m e n d a d o y q u e s ó lo
p u e d e ser c u m p lid a en s o c ie d a d , p o r «e! suave p o d e r d e í im p u ls o s im -
p a t c t ic o " (p. i 4 4 ). W ie la n d re cib e de R o u s s e a u el c o n c e p t o de p e r fe cti­
b ilid a d , p ara s u p e ra r la e rró n e a c o n t r a p o s ic ió n d e n a tu ra le z a y arte (así
d ic e ) c o n u n n u e v o c o n c e p t o n o u t iliz a d o p o r R o u s se a u . F.s el c o n c e p ­
to id e a lis ta d e « fo rm a c ió n » :

»F.I hom bre, raí com o se desliza de m ano /7./>,■::,? de ía n.imntU/a


no es sino ca p a cid a d , i iene que desarrollarse a sí m ism o, formarse a sí
m ism o, darse ios ü k im o s roq u es que le dan b rillo v gracia; en resumen-
debe en cierra m edida ser su p ro p io s eg u n d o c r e a d o r . íp. 60).

P o r o tra p a rte , eí m it o lit e r a r io de! c o m ie n z o m e jic a n o d el g é n e ro


h u m a n o , d e W i c l a n d , m u estra q u e «un estad o tan e n v id ia b le s ó lo era
p o s ib le en u n a ú n ic a y p e q u e ñ a fa m ilia » (p. 86 ). N o hay a q u í u n p r i ­
m e r p o ste in d ic a d o r q u e te n g a q u e lle v a r a lo s h o m b re s p o r el e s p in o s o
c a m in o d e la h is t o ria , s in o la a p a r ic ió n d e u n te rc e ro q u e p o n e fin a las
a le g ría s in o c e n te s de u n a vejez in f a n t il c in fo r m a q u e l o s h o m b re s rio
están h e c h o s p ara s e g u ir s ie n d o n iñ o s (p. 1 17). A l fin a l " C o n t r i b u c i ó n
a la h is t o ria n a tu ra l eie! h o m b r e m o ra l» d e W ic la n d im p u g n a ei nrgu-
m e n t o p r in c ip a l de R o u s se a u seg ú n el c u a l el p ro g re s o d e la h is t o r ia da
ta n to s pasos para el p e r f e c c io n a m ie n t o d e l in d iv id u o c o m o para la d e ­

4S
g r a d a c ió n d e la esp ecie: « ¡ju s ta m e n te lo c o n t r a r io , q u e r id o je a n - ja c -
queA, ia u n ió n d e h o m b re s e n g ra n d e s s o c ie d a d e s es m u c h a s veces d e s ­
e l in d iv id u o , p e ro fo m e n ta e v id e n te m e n te la p e r fe c c ió n
ve n ta jo sa para
de la especie» (p. 2 8 0 ). A s í a d e la n ta W i e l a n d u n a d e las p re m is a s d e la
Idea de u n a historia general desde el p u n to de vista cosm opolita d e K a n t ,
a u n q u e en el m a rc o d e u n a f ilo s o fía c íc lic a d e la h is t o ria q u e re cu e rd a a
V i c o (al q u e d if íc ilm e n t e c o n o c ió ) . E n el c u a r t o tra ta d o alab a W ie la n d
e¡ « t é rm in o m e d io e n tre el s a lv a jis m o a n im a l y el e x ce siv o r e f in a m ie n ­
to», d e s c o n o c id o p o r R o u s s e a u , c o m o el e s ta d o p r e c a r io d e fe lic id a d
g e n e ra l s ie m p r e lo g r a d o y d e n u e v o p e r d id o (p. 2 6 4 ) , e n a n a lo g ía e v i­
d e n te c o n lo s ricordi d e V i c o , a u n q u e c o n u n a p e rs p e c tiv a n u e v a y o p ­
tim is t a q u e ex pre sa el q u in t o tra ta d o c o n r e la c ió n a lo s s ig lo s d e o r o o
tie m p o s h e ro ic o s: «el e n g ra n a je in t e r n o d e la n a tu ra le za » en la serie de
la a s c e n s ió n y d e c a d e n c ia d e to d o s los p u e b lo s « c o n s titu y e en ú lt im o
t é r m in o u n a lín e a e s p ira l a p e n a s p e rc e p tib le » (p. 3 2 6 s.).
Lo q u e tal e x p e c t a tiv a p u e d a s ig n if ic a r p a ra la s it u a c ió n a c tu a l,
a p a re ce e n o t r o lu g ar. E n la a c la ra c ió n de «la h is t o r ia o c u lt a d e la h u ­
m a n id a d " , q u e e m p ie z a c o n el m it o lit e r a r io d e l c o m ie n z o m e jic a n o ,
cree W ie la n d r e c o n o c e r p a ra su fu t u r o u n a ú lt im a o p o r t u n id a d d e la
s o c ie d a d c o r r o m p id a d e l a n t ig u o ré g im e n :

«Extrem o refinam iento de las bellas artes, dei gusto y dei m o d o de


vida son al m ism o tiem p o consecuencia y causa de la opulencia y desen­
freno de las costumbres. V a n socavando el Estado hasta que se desploma.
Pero cuando esto ocurre en una parre de la [ierra y en un m om en to en el
que a! m ism o tiem p o se construyen el co n ju n to J e las ciencias y artes
ilustradas y útiles, con no menos celo, se r e a n im a en breve el h ita d o h u n ­
d id o , y de sus ruinas se levanta con u n a f o r m a y co n s titu c ió n in co m p a r a b le ­
m en te m ejo res, haciendo posible con ral experiencia que se aúnen de m o ­
do duradero \a. f e l i c i d a d p r i v a d a y la p ú b lic a . U n fenóm eno que, según
toda prob abilid ad , m uchos de los que esto leen serán testigos» (p. 278 s,}.

E n lu g a r d e l m it o d e l c o m ie n z o fe liz , d e la niñez, d e l g é n e ro h u m a ­
n o , ap are ce la p r e v is ió n u t ó p ic a d e la f e lic id a d d e l h o m b r e m a d u r o , u n
n u e v o c o m ie n z o d e la h is t o r ia q u e s u p o n e u n a a n t ic ip a c ió n de la g ra n
R e v o lu c ió n d e 1 7 8 9 . D e lo q u e se v a n a g lo r ia b a de h e c h o W ie la n d , c o ­
m o re c o n o c e m ás ta rd e e n u n a n o ca a p ie d e p á g in a d e la e d ic ió n de

1795:

«Esto fue escrito hace v e in ticin co años. E í co m ien zo dei c u m p li­


m iento de estas palabras que entonces eran un presentim iento, ha te n i­
do lugar en 1789 en Francia. ¡Q uiera el c ic lo que podam os tam bién v i­
vir su final feliz!».

46
e) N a d a m enos q iic I m m a n u e l K a n t se ha s e rv id o , d e sp u é s, d e la
«sagrada e s c ritu ra » de! G é n e s is p a ra d a r a su c r itic a a R o u s s e a u , a q u ie n
v a lo ra b a p o r e n c im a de to d o , ia fn rm a lite ra ria m ás in g e n io s a . Su texto:
P r e s u m i b le c o m i e n z o d e I? h i s t o r i a d e !a H u m a n i d a d (1 7 8 6 ) es, a! m is m o
tie m p o , c r it ic a d e lo s m ito s v f ic c ió n m ít ic a in te n c io n a d a " '. N o se trata
s ó lo d e u n ju e g o d e la " im a g in a c ió n a c o m p a ñ a d a de ia razón», s in o un

e je r c ic io v e r o s ím il, es d e cir, lib a d o a la e x p e rie n c ia , p u e s ro q u e p u e d e


s u p o n e r s e q u e la e x p e rie n c ia d e l h o m b r e «en el p r im e r c o m ie n z o n o
fu e m e jo r n i p e o r q u e la q u e a h o ra e n c o n t r a m o s " (p. 8 5 ). A s í se sirve
K a n t p r o fa n a m e n t e d e la S a g ra d a E s c r it u r a c o m o de u n m a p a , p ara
d e s c r ib ir en él lo s pasos q u e p u d o d a r "Ja h is t o r ia d e l d e s a r r o llo d e la l i ­
b e rta d d e s d e su o r ig in a r ia d is p o s ic ió n e n la n a tu ra le z a de! h o m b re » íp .
8 5 ). L a ra z ó n se p r o p o n e d e s c u b r ir p o r s u p o s ic ió n lo q u e para la fe va
ha o c u r r id o v e rd a d e ra m e n te : u n a rd id q u e p e r m ite re in te r p r e ta r ei te x ­
to s a g ra d o d e m o d o in a ta c a b le , c o n t r a su t r a d ic io n a l in t e r p r e t a c ió n .
C u a n d o «el c a m in o , seg ú n c o n c e p to s , d e la filo s o fía , se e n c u e n tra c o n
el d e la h is t o r ia sagrada» (p, fió ), e n to n c e s se p o d r ía d e c ir: si n n e x is tie ­
se la r e v e la c ió n b íb lic a acerca d e l p r im e r c o m ie n z o de la h is to ria h u m a ­
na, n o se p o d r ía in v e n t a r m ejor», de m o d o a n á lo g o al fa m o s o d ic h o de
V o ita ire : «si D io s n o existiese, h a b ría q u e in v e n ta rlo » . S o lo q u e la p re ­
g u n ta c e n tra l d e los te ó lo g o s: « ; c ó m o e n t r ó el p e c a d o en e! m u n d o ? » es
a n u la d a s ile n c io s a m e n te al c a m b ia r el e n fo q u e de ia p re g u n ta : « ;có m o
lle g ó el h o m b r e d e s d e la tu te la de la n a tu ra le z a a ía s it u a c ió n d e lib e r ­
tad?» (p. 9 2 ), en el s e n tid o d e la filo s o fía d e la h is t o r ia d e la I lu s tra ­
c ió n ...
E i c o m ie n z o d e ia s u p u e sta h is t o r ia a p a re ce a h o ra e n m a rc a d a b ajo
c o n d ic io n e s de ia e x is te n c ia h u m a n a c o n ias q u e K a n t c o r r ig e i m p l í c i ­
ta m e n te ia id e a d e i e s ta d o de n a tu ra le z a d e R o u s se a u : u n a p areja p le n a ­
m e n te a d u lta y c o n e llo «la m ás a p r o p ia d a d is p o s ic ió n p a ra la s o c ia b ili­
d a d » (p. 86 ) e n lu g a r d e l h o m b r e n a tu ra l s o lita rio ; u n |a rd ín b a jo el
s u a v e c ie lo en lu g a r de la ru d e z a d e ¡a n atu ra le za» (p. 86); la c a p a c id a d
de h a b la r c o n s e n tid o , y p o r io ta n to , de pensar, q u e ya p u d o a d q u ir ir
el p r im e r h o m b re ; la ra z ó n q u e se p o n e p r o n t o en m o v im ie n t o , v con
ella la p r e t e n s ió n d e a m p lia r las n e c e s id a d e s n a ru ra ie s m ás a llá d e ias
fro n te ra s d e l in s t in to . Ya R o u s s e a u h a b ía d e d u c id o d e l d e fe c to h u m a n o
de n o c o m p o r ta r s e in s t in t iv a m e n t e la c a p a c id a d d e p e rfe c c io n a rs e o d e ­
pravarse; K a n t lo d e t e r m in a c o m o el ser q u e, m ás allá d e su a u to s u b s is -
te n c ia es c a p a z de p r o d u c ir n e c e s id a d e s q u e n o son físicas.

1Ji K .i n i: l í > r ¿ r m : '-'t H u itien . cd , v.r . W e i s c H a f t ’ !. W'-'icshsdcn, ¡ % 0 ' S¡ íl'i1 " ~ p


vni. 1I. pp. SS.]Í) 2.

47
E l p r im e r p a so d e s d e la s e r v id u m b r e de la n a tu ra le z a se a d ju d ic a ni
m o r d is c o en la m a n z a n a . N o se p u e d e h a b la r d e la tra n s g re s ió n d e u n a
p r o h ib ic ió n ante s d e q u e la ra z ó n d e s p ie rte . M á s b ie n se le a b r ir ía n los
o jo s al h o m b r e c u a n d o , e n el p r im e r in t e n t o d e u n a e le c c ió n lib re , d e s ­
c u b r ió en s í la c a p a c id a d «de e le g ir p a ra s í u n m o d o de v id a , s in q u e d a r
lig a d o a u n s ó lo c o m o los o tro s a n im a le s » (p. 88). D e m o d o a ú n más
a g u d o in te r p r e t a K a n t el g esto d e v e rg ü e n z a c o n la h o ja d e h ig u e ra .

D e s p u é s d e l in s t in t o d e n u t r ic ió n tu v o q u e s u p e ra r e n u n s e g u n d o paso
ei in s t in t o d e l sexo, p o t e n c ia n d o la m era e s t im u la c ió n s e n s ib le m e d ia n ­
te la im a g in a c ió n . L a h o ja d e h ig u e r a es el p r i n c i p i o de Ía f o r m a c ió n es­
tética:

«la h ab ilidad de pasar de !a mera estim u lació n sentida a ia idealizada, de


cam biar progresivam ente el deseo puram ente anim al en am or, y con ello
ir desde eí sentim iento de lo puram ente agradable al gusto por la belle­
za; todo ello p rim ero en el hom bre, y después tam bién en la naturaleza"
(p- 89).

E l te rc e r p aso estaría en la «espera re fle x iv a de! fu tu r o » (p. 90}, un


p r iv ile g io d e l h o m b r e p la n if ic a d o r y u n a fu e n t e d e su p r e o c u p a c ió n
c o n s ta n te , q u e R o u s s e a u e v it ó al " h o m b r e n a tu ra l» , q u ie n , sin im a g in a ­
c ió n n i c u r io s id a d , v iv e en el s e n t im ie n t o de la e x is te n c ia a c tu a l. l.:,i
c u a r t o y ú lt im o p a so h a c ia ia m adurez, c o n s is t it ía fin a lm e n t e en la p re ­
te n s ió n d e l h o m b r e de ser el f in d e Sa n a tu ra le z a , así c o m o su p r iv ile g io
s o b re to d o s los a n im a le s , c o m o se d e d u c e d e l a c to d e c u b r ir su d e s n u d o
c o n sus p ieles. D e la p r e t e n s ió n d e ser fin d e sí m is m o se s ig u e in m e ­
d ia ta m e n t e la e x ig e n c ia «de c o n s id e r a r a los o tro s h o m b re s c o m o p a r t i­
c ip a n te s p o r ig u a l d e lo s re ga lo s d e la n a tu ra le za » (p. 91 ) y n o u t iliz a r ­
lo s c o m o m e d io p a ra o tro s fin e s. L a ra z ó n m is m a , q u e n o es, c o m o en
R o u s s e a u , c o m p a s ió n c o n lo s ig u a le s, e s ta b le c e en K a n t las fro n te ra s
d e l a m o r p r o p io .
L a r e in te r p r e r a c ió n p o r K a n t d e l v ie jo m it o d e l c o m ie n z o d e la h is ­
to ria de! h o m b re , re d u c e la c r ític a al s e g u n d o D iscu rso a! c o m ú n d e n o ­
m in a d o r d e q u e R o u s s e a u , en su ju s t ific a c ió n d e la n a tu ra le z a , ha a b a n ­
d o n a d o el s e n tid o de la h is to ria :

«pues ¿de qué sirve alabar el esplendor y sabiduría de la creación en la


naturaleza no racional y recom endar su con tem p la ció n , si la parre del
espectáculo se constituye en ob jeció n perm anente al rodo de ia superior
sabiduría que contiene el fin de todo lo demás...?1".

' h i t e Z-U t t n e r A lg e m e in c n C e n h i r h l r ..., ib id . p. 49.

48
L a resp uesta de K a n t era u n a ju s t ific a c ió n , e n ia líne:i de ia filo s o fía
d e ia h is t o ria , de ia p r o v id e n c ia q u e b u sca re so lv e r d ia lé c tic a m e n te la
c o n t r a d ic c ió n de las d o s d is p o s ic io n e s d e l h o m b re : c o m o esp ecie a n i ­
m a l y c o m o e s p e c ie m o ra l: "ia h is t o r ia d e la n a tu ra le z a c o m ie n z a d esd e
el b ie n , p u es es o b ra d e D io s ; la h is t o ria d e la lib e r t a d d e s d e el m al.
p u e s es o b ra d e l h o m b r e ” (p. 93)- L a c o n t r a d ic c ió n e n tre e x is te n c ia n a ­
tu ra l y s o c ia l p u e d e resolverse, y la p é r d id a para el in d iv id u o c o m p e n ­

sarse, c o n la g a n a n c ia p ara la h u m a n id a d g lo b a l, si, tras el c u lt iv o v c i ­


v iliz a c ió n de! h o m b r e , se a lc a n za en u n p a so fu t u r o su m o r a liz a c ió n {¡el
te x to Fue e s c rito e n 1 7 8 6 , tres a ñ o s ante s d e la r e v o lu c ió n francesa!).
C o n e ü o se d e m u e s tra q u e la m o r a lid a d es cosa d e l arre, n o d e ¡a n a t u ­
raleza, y q u e «el a rte p e r fe c to vuelve d e n u e v o a ta n a tu ra le za » (p. 9 5).

IV
h l m r t o r e v o l u c i o n a r i a d e l m t e i'o c o m i e n z o d e leí h i s t o r i a

Si h ay u n su ce so de la h is t o r ia q u e se preste e m in e n t e m e n t e a te s ti­
m o n ia r la fo r m a c ió n d e los m ito s de! c o m ie n z o en la era d e la I lu s tr a ­
c ió n . ése es ia R e v o lu c ió n d e 1789 en la c o n c ie n c ia é p o c a 1 de sus actores
y c o n t e m p o r á n e o s . S in e m b a rg o , este in c o n te s t a b le c a m b io de é p o c a
ha s id o r e c ib id o y c e le b ra d o en re a lid a d c o m o c u m p lim ie n t o del deseo
de u n n u e v o c o m ien zo d e la h is to ria , c o m o a c to fu n d a m e n ta ! d e u n a
s o c ie d a d de lib re s e ig u ales. E s o es lo q u e ín d ic a a n te to d o ia h is to ria
d e l c o n c e p t o d e R e v o lu c ió n . C u a n d o lle g ó la n o t ic ia d e l asa lto a la Bas­
t illa y el rey s o r p r e n d id o ex cla m ó : «¡Es u n a re v u e lta !-, contesté) el a v u d a
de cám ara: «¡no, S ite , es u n a re v o lu c ió n !» '" . E sta fa m o sa a n é c d o ra s u p o ­
n e q u e el a c o n t e c im ie n t o n o p o d ía ser c o n s id e r a d o s ó lo c o m o u n a s u ­
b le v a c ió n d e n t r o d e l a n t ig u o o r d e n . A h o r a , un n u e v o p o d e r e x ig ía
c a m b ia r to ta lm e n te ei o rd e n e x is te n te , d e sd e la a c c ió n p o lít ic a al resto
d e ¡as in s t it u c io n e s de la s o c ie d a d , c o n u n c a m b io d e d ir e c c ió n que no
p e rm itie s e u n regreso ai p u n t o de p a rtid a , c o r n o en el a n t ig u o m o d e lo
d e l c ír c u lo de las c o n s t it u c io n e s . L a p a la b ra «rev o lu c ió n » q u e. d esd e el
c o m ie n z o d e la m o d e r n id a d se va d e s p r e n d ie n d o d e su o rig e n a s tr o n ó ­
m ic o , c o n t r a d ic e a h o ra to d a e x p e rie n c ia n a tu ra l d e l t ie m p o c o m o re­
t o r n o d e lo ig u a l e in a u g u r a su p a p e l m o d e r n o , p r e ñ a d o d e h is to ria .
N o m b r a u n suce so in ic ia l q u e abre u n n u e v o h o r iz o n t e de ex p e cta tiva s.

S e g ú n R. K o s d l c c k , i m í c u i o R cr o h tis o n e n : G a c h i i h t i w h e '■ ¡ i ’ ■c:r:>


c h a I.fx tk vn ~ur TV w D m isch l/ n ift, cd. O . Í V u n m v v nfrns, S u n r -
g a r t, I 9 S 4 , v. 5. p- 7 2 5 . A c u r o reviro v p a g i n a c i ó n m e r e m i t o e n !<■>q u e si^u e.

49
y se re c o n o c e re tro s p e c tiv a m e n te c u a n d o se c o m p r u e b a lo q u e tu v o q u e
s u c e d e r p ara d a r ai c u r s o d e la h is t o r ia u n a n u e v a d ir e c c ió n irre v e rs ib le .
S ig o e n las c o n s id e r a c io n e s q u e van a c o n t in u a c ió n a R e in h a r t K o -
s e llck , a q u ie n d e b e m o s la in v e s tig a c ió n y e x p o s ic ió n clá sica s d e la h is ­
to ria deS c o n c e p t o m o d e r n o de r e v o lu c ió n " ’. Las Fases d e l p ro c e s o de su
im p o s ic ió n son : la fo r m a c ió n d e l c o n c e p t o en las g u e rra s c iv ile s d e s e n ­
c a d e n a d a s p o r las q u e r e lla s re lig io s a s , su a c u ñ a c ió n c o m o c o n c e p to

p ro g re s is ta re fe r id o af fu t u r o c o n las g u e rra s de la in d e p e n d e n c ia a m e r i­
c a n a y en la r e v o lu c ió n fran cesa, y fin a lm e n t e la c o n t in u a c ió n p r o b le ­
m á tic a p la n te a d a c o n la a fir m a c ió n de u n a r e v o lu c ió n m u n d ia l p e r m a ­
n e n t e , y, d e s p u é s d e 1945, con la r e g r e s ió n a una n u e v a s it u a c ió n
p o te n c ia ! d e g u e rra c iv il, c u y a e lim in a c ió n p ara .siem pre h a b ía s id o la
g ra n e sp e ra nza d e 17 89.
A q u í n o s in te re s a s o b re to d o el n o ta b le c a m b io d e s ig n ific a d o q u e
se m u e stra e n el p a so d e la p a la b ra , d e l p lu r a l al s in g u la r. E n la c u m b r e
de ia I lu s t r a c ió n e u ro p e a n o h a y s ó lo m u c h a s h is to ria s s in o una h is t o ­
ria, n o h a y b e lla s artes, s in o un arte a u t ó n o m o , n o ca ra ctere s n a tu ra le s
o s o c ia le s , s in o un c a rá c te r in d iv id u a l, y n o h a y re v o lu c io n e s , s in o una
so la R e v o lu c ió n , g ra n d e e in c o m p a r a b le . E l a c o n t e c im ie n t o h is t ó r ic o
de u n c o m ie n z o q u e tu v o lu g a r en u n in s ta n te im p r e v is ib le (d e m o d o
e s p o n tá n e o o tras larg a p re p a r a c ió n ) , y, p o r lo ta n to , n o d e r iv a b le l ó g i­
c a m e n te d e l p a sa d o , fu e e le v a d o al n iv e l d e l c o n c e p t o d e s d e la n u eva
e x p erie n cia h is tó ric a , p o r lo s ilu s tra d o s , c o m o ¡a r e v o lu c ió n , en s in g u la r,
ya antes de 1 7 8 9 . A s í, p o r e je m p lo , p o r M e rc te r, a u to r de u n a fa m o sa
n o v e la d e f ic c ió n fu tu r is ta El a ñ o d o s m il cu a tr o cien to s a m ie n ta . E s c r i­
b ió en 1 7 7 2 , en u n a a s o m b ro sa a n t ic ip a c ió n , la in m i n e n c i a d e u n
tie m p o d e g u erras c iv ile s , «u n a é p o c a te r r ib le y s a n g rie n ta q u e, s in e m ­
b a rg o , c o n s t it u ir ía la s e ñ a l d e la lib e rta d » , u n t ie m p o d e l q u e p o d r ía
d e c irs e en el a n o 2 4 4 0 q u e de él s a lió la m ás fe liz d e to d as las r e v o lu ­
c io n e s . Esa r e v o lu c ió n c o m p r e n d e r á n o s ó io c ir c u n s ta n c ia s p o lít ic a s , s i­
n o ta m b ié n las c o s tu m b re s , la r e lig ió n , el d e re c h o , la e c o n o m ía y la c u l­
tu ra , es d e c ir, t o d o el m u n d o : « t o t a e s t r é v o l u l t o n d a m c e m o n d e -* " .
A esta ag u d a p e rs p e c tiv a h ay q u e a ñ a d ir q u e el c o n c e p to m o d e r n o
de re v o lu c ió n d e t e rm in a el c a m b io d e lo e x iste n te de d o b le m anera: re v o ­
lu c ió n c o m o fu e rza e s p o n tá n e a y c o m o c a m b io le n to , a p e la c ió n e n fá tica
de n o v e d a d y re g e n e ra ció n m ás tr a n q u ila d e lo a n tig u o llevad a a c a b o
p o r el tra b a jo de la Ilu s tra c ió n , es d ecir, u n ic id a d y re to rn o (p. 7 2 5 ). La

*" F.n su li br o: Vt'rg.'juge-ne / 'u i’u n ft, I r n n k í i n t , 197*), p p . 6 7 - t t íí , y el a m p l í o v ciocu-


m e m a d a a r tíc u lo Rcvo¡iirio>¡ ( n o n 38).
^ V'fTVdngi'tte Z ukuT ifí (not n 3 9 ) , p. 7A y n r t í c u l o R cv n líd in n fiimtíI 3 8 ) . p. 72(1.

50
e x p lic it a c ió n a m e ric a n a de ios d e re c h o s natura le s del h o m b r e fu e s a lu d a ­
da e n F ra n c ia c o m o Lina r e v o lu c ió n feliz, c o r n o el "d ía q u e n o s ha i n t r o ­
d u c id o en u n a n ueva era»1'. P o d ía le g itim a r e n 17 8 9 c o m o a c c ió n e s p o n ­
tánea, q u e s in e m b a rg o c o n fir m a b a u n m o d e lo de! p asad o, ia c a íd a de!
d e s p o tis m o ,
F.ste c ru c e d e s in g u la r id a d v re p e tic ió n se a n u n c ia p ro g re s iv a m e n te
a la c o n c ie n c ia de c a m b io de lo s c o n t e m p o r á n e o s d e P 8 9 . U n o s ven

en la r e v o lu c ió n la r u p tu ra c o n to d o el p a sa d o , euros u n a esp ecie de re­

n a c im ie n t o (p. 7 3 0 ) . A s í a d v e rtía R o b e s p ie r t e a los Franceses q u e su re­


v o lu c ió n , «el p aso d e l re in a d o d e l c r im e n al re in a d o d e la ju s tic ia » , q u e
ya se h a b ía im p la n t a d o en m e d io m u n d o , se re a liza ría a h o ra en t o d o el
m u n d o : «para c u m p lir vu estra m is ió n , te n éis q u e h a c e r p re c is a m e n te lo
c o n t r a r io d e lo q u e se l i b o antes d e vo so tro s» fp . 7 3 6 ). [.I c o m ie n z o del
re m o de la v ir t u d a c o n te c e a h o ra b a jo la c o n d ic ió n d e u n a in v e r s ió n t o ­
tal de! s e n tid o de la a n t e r io r m e tá fo ra a s tr o n ó m ic a . FJ c o m ie n z o de u n a
r e v o lu c ió n q u e « p ro m e te al i;enero h u m a n o u n p e r ío d o de t ie m p o n u e ­
vo» (p. 7 3 7 ), p o d ía ser e n s a lz a d o ta n to c o m o u n a c o n t e c im ie n t o tín ic o ,
"d e l q u e la h is t o r ia n o tie n e n in g ú n e je m p lo » (p. 7 3 7 ), q u e c o m o u n a
« o rd e n a c ió n to ta lm e n te nueva», sep a ra d a d e l a n tig u o o rd e n y e n c a m i­
n a d a a u n fu t u r o a ú n p o r re a liza r (p. 7 3 7 ), L a v is ió n ra d ic a l de lo s d e ­
m ó c ra ta s p o d ía referirse, c o n R o u s se a u , a ia v o lu n ta d s o b e ra n a de u n
«p u e b lo n u e v o y tr a n s fo r m a d o » (p. 7 2 8 ) , a la Volante genérale, una
c o n s t it u c ió n estatal c o n c a p a c id a d d e c a m b ia r en c u a lq u ie r m o m e n to .

Pa ra u n o s era ei d eseo d e c o m e n z a r d e n u e v o la h is t o ria c o r r o m p id a de


la H u m a n id a d , re a liza b le m e d ia n te u n c o m p r o m is o p o lít ic o : el c o n t r a ­
to s o c ia l d e R o u s se a u , q u e o fre c ía la p o s ib ilid a d de in s ta u ra r u n a s o c ie ­
d a d de lib re s e ig u ales. Para o tro s se tra ta b a d e c u m p l i r u n a p ro m e s a re ­
lig io s a : el re in o de D io s , la rg a m e n te e s p e ra d o , q u e el joven H e g e l v sus
a m ig o s d e F u h in g a e s p e ra b a n ver, n o al fin a l d e ios tie m p o s , s in o a q u í
y a h o ra e n la F r a n c ia d e 1 7 8 9 .
Q u is ie r a e x p lic a r a h o ra m e d ia n te u n t e s t im o n io p o c o c o n o c id o c ó ­
m o en este u m b r a l d e é p o c a ia e x p e rie n c ia h is t ó ric a d e l c o m ie n z o de lo
n u e v o re v is tió u n a fo r m a m ític a . M e re fie ro al tra ta d o t ! g r / t n p e r ín r io n

'' * U n Jía hn h e ch o n:R cr unrj rev o lu ció n . U n d ia lu pnm sp r¡?T :H Ío n u n sigín

nuevo», D id c ro r v R avnnfd. i 1 (rim a 3 8 , p. ^ 0 L Al I (pte en í;i e o r n i e n n ; ! pnlíti-

c.t v ta c*férioi d e ’ !o.< c o n re m p o r J n e m «c c ru ? .in b ••pnvsíon de h* d u

c n m r o e n c c m c ’ n r * ' , ‘M a r n b i m k i , e n su Je! m iro solar J e In R e v o l u c i ó n ( v e r cnpírviin

fil J e este líb ro ) K i d e m o s m d o c ó m o en ei p u n t o c u in > ín ;ifu e del n eo clasicism o í;» e i i d w

a In . i n r i ^ ü c d a d se rrnnsform n cti el c o n o c im ie n to de li im p o sib ilid a d i\ c u n reio rn o :il

o rig en —; u n gran rem a J e C h e n te s v M o ld e rlin s ! - lih id . p. i H ).

51
e l r e t o r n o d e la e d a d d e o r a d e u n tal Je a n D c l o r m c i , a b o g a d o y p ro feso r,
p u b lic a d o e n 1 7 9 0 y r e e d ita d o e n 1 7 9 7 y 1 8 6 5 '3-
E i tra ta d o está d e d ic a d o a ¡ oí f r a n c e s e s r e g e n e r a d o s , al p u e b lo francés
en su r e n a c im ie n t o , e n u n a h o ra en la q u e se h a c re a d o el ó r g a n o de u n a
v o lu n t a d g en e ral y se ha e s ta b le c id o la lib e rta d s o b re u n fu n d a m e n t o se­
g u ro , p ara e n s e ñ a n za d e l m u n d o . C o n t ie n e u n a te o ría q u e ya h a b ía s u r­
g id o d o s a ñ o s antes, p e ro q u e h a b ía t e n id o p o c a c ir c u la c ió n . E n tr e ta n to
se h a b ía c o n f ir m a d o p o r la R e v o lu c ió n y se h a b ía h e c h o in s u s titu ib le
c o n su a n t ic ip a c ió n d e l fu t u r o d e l «gran p e río d o » q u e c o m e n z a b a . Se
tra ta n a d a m e n o s q u e de u n s is te m a u n iv e rsa l q u e h a r m o n iz a n a tu ra le za
e h is to ria , física (fu n d a d a e n p r in c ip io s a s tro n ó m ic o s ) y m o ra l (fu n d a d a
en la v e rd a d d e la B ib lia ) . E ste s is te m a p e r m it ía p o r p rim e ra vez d e te r­
m in a r el m o m e n t o c o n v e rg e n te en el q u e ia n a tu ra le z a c ó s m ic a y ia h is ­
to ria d e la h u m a n id a d c o in c id ía n en el su ce so de 1 7 8 9 , y los c a m in o s
a b ie rto s al fu tu r o . E l g é n e ro h u m a n o ha c a m in a d o en el d o lo r y la o s c u ­
rid a d d esd e h a c ía c u a re n ta o c in c u e n t a siglos; p e ro a h o ra se p u e d e c a l­
c u la r q u e en d o c e o c a to rc e s ig lo s a lc a n z a rá la c u m b r e d e la p e rfe c c ió n .
E s tá a h o ra p re c is a m e n te e n el c o m ie n z o de u n g ra n p e r ío d o e n el
q u e se re p ite lo q u e u n a vez. tu v o lu g a r en su p r im e r c o m ie n z o , el p a r a í­
so terrestre de la B ib lia y Sos m ito s a n á lo g o s p a g a n o s d e la e d a d de o ro .
L o q u e c o n la a c tu a l r e v o lu c ió n e m p ie z a de n u e v o n o es u n m e ro regre­
so a! p r im e r o r ig e n , s in o —g ra c ia s a ¡os p ro g re s o s in a u d it o s d e l saber
ilu s t r a d o - u n in c r e m e n t o e n el c a m in o d e la re a liz a c ió n d e u n a in v e s t i­
d u r a m ás p e rfe c ta d e l h o m b re .
E s c a r a c t e r ís tic o d e este n u e v o m it o q u e su a u t o r ha e n c o n t r a d o
fu e rte a p o y o en la filo s o fía , la te o lo g ía , e in c lu s o en la fís ic a y la a s tro ­
n o m ía p a ra f u n d a m e n t a r lo « c ie n tífic a m e n te » . D e lo r r n e l n o s ó lo se re­
m it e a 1a a u t o r id a d d e P la t ó n p a ra in te r p r e t a r lo s m it o s g rie g o s d e l c o ­
m ie n z o de! m u n d o , ei g ra n d ilu v io , la e d a d de o r o o el t r ip le re to r n o de
la v id a e n el e s p a c io d e 3 6 .0 0 0 añ o s, e n c o n c o r d a n c ia c o n u n a c r o n o l o ­
g ía m e jo r a d a de la h is t o r ia b íb lic a (n e ce sita ser c o r re g id a p ara h a c e r q u e
el t ie m p o antes d e l d i l u v i o sea ig u a l q u e el t ie m p o p o s te rio r) . D e lo r r n e l
se re m ite ta m b ié n a to d as las a u to r id a d e s a n tig u a s y m o d e r n a s d e la as­
tr o n o m ía , d e s d e los c a ld e o s hasta N e w t o n , E u le r y sus c o m p e t id o r e s ,
en la m e d id a e n q u e sus o b s e rv a c io n e s p u e d e n s e rv irle p a ra a p o y a r su
d iv is ió n d e l t ie m p o en p e río d o s . E l t ie m p o es c a lc u la b le a p a r t ir de ¡as
a lte ra c io n e s d e Jas ó r b ita s e líp tic a s de lo s p la n e ta s de! s is te m a s o la r y de
la d is m in u c ió n p e r ió d ic a de! á n g u lo de in c id e n c ia d e l sol s o b re el e c u a ­
d o r d e ia tie rra . D e a h í se s ig u e fo rz o s a m e n te q u e el estad o id e a l in ic ia l

C ilo en In que sí^uc de In primera edición de 1 79H. indicando c! núm. de p.ígtnn.

52
d e u n e q u ilib r io c lim á t ic o - u n a p e re n n e p r im a v e r a - te n ía q u e p erd e rse
p ro g re s iv a m e n te c o n el c a m b io de las estacio n es- ; Q u é o tra cosa resta
s in o e x p lic a r a p a r tir d e tal p e r in d iz a c ió n c ó s m ic a ia p é rd id a d e la edad
d e o r o y c o n e llo la a p a r ic ió n d e to d o s lo s m a les d e l m u n d o ?
D e lo r m e l ab re ta m b ié n c o n su te o ría la m ás h a la g ü e ñ a p ersp ectiv a:
el p u n t o de in fle x ió n d e l t ie m p o c ó s m ic o a lc a n z a d o c o n ia r e v o lu c ió n
p o lít ic a hará q u e se va v a n s u a v iz a n d o los c o n tra s te s cíe las es ta c io n e s v
el c lim a se a p ro x im a rá a u n a s e g u n d a p rim a v e ra , e n la q u e ta m b ié n d e ­
sa p a re c e rá n to d o s los m ales d e i m o n d o v flo re c e rá n c o s tu m b re s sanas,
u n a m o ra l s im p le v artes y c ie n c ia ú tile s.
P o r m u c h o q u e h o v nos p are zca s o r p r e n d e n te la a b stm s a e r u d ic ió n
e m p le a d a p a ra h a c e r v e r o s ím il u n n u e v o m it o e n tin a llu s r r a c ió n e n e ­
m ig a d e lo s m ito s , el tra ta d o d e D e lo r m e l m e re ce n u e s tro in te ré s h is t ó ­
ric o , c u a n d o d e s c r ib e el h o rizo n te d e las e x p e cta tiv a s c o n c re ta s que se
p re s e n ta n a n te sus o jo s para el a ñ o 1 7 9 0 , q u e , e n tre ta n to , ya ha tra n s ­
c u r r id o . E l c a p ít u lo n o v e n o e n la z a c o n el su ce so de la Q u e r e lla de los
a n tig u o s y m o d e r n o s , y tra sla d a a C é s a r y C ic e r ó n al p resen te p ara d e ­
m o s tr a r c ó m o tu v ie r o n q u e s o rp re n d e rs e a n te ios lo g ro s (arte d e la g u e ­
rra, im p r e n t a , c ir c u la c ió n de la sa n g re o e le c t r ic id a d ) c o n los q u e ia
m o d e r n id a d h a s u p e ra d o el saber a n tig u o . Y, sin e m b a rg o , se está s ó lo
en el c o m ie n z o d e u n a n u eva ju v e n tu d d e l m u n d o . A e lla a p ela D e l o r ­
m e l, a c u d ie n d o a io s g ra n d e s e s p ír itu s fo r m a d o s e n la e scue la de la ra­
z ó n , p a ra q u e o r g a n ic e n u n s is te m a e d u c a tiv o q u e siga s ó lo el p r in c ip io
d e la u t ilid a d u n iv e rs a l. Ya se a n u n c ia a q u í el e n f r e n t a m ie n t o p o s te r io r
d e las lla m a d a s «dos c u ltu ra s » , la n a tu ra lis ta y la h u m a n is ta . P u e s n o es
Sa v ie ja c u lt u r a h u m a n is ta c o n sus s e d u c c io n e s d e la re tó ric a y la im a g i­
n a c ió n la q u e d e b e ser fo m e n ta d a y e s tim u la d a p o r ía a u t o r id a d p ú b l i ­
ca, s in o , p re fe re n te m e n te , las n uevas c ie n c ia s de la n a tu ra le za , e n m a rc a ­
d as p o r ía m o ra ! y la r e lig ió n , a saber, la m a te m á tic a , la a rq u ite c tu r a , la
q u ím ic a , la b o tá n ic a , la m e d ic in a , ia c ir u g ía la a g r ic u lt u r a y to d a s las
ra m a s de la fís ica . A d e m á s h ay q u e a ñ a d ir al p r i n c i p i o d e u t ilid a d u n
s e g u n d o p r in c ip io , el de la s im p lif ic a c ió n , a fin de d o m in a r ¡a s u m a i n ­
c a lc u la b le d e l saber ilu s t r a d o . L a h o ra d e l c o m ie n z o y d e l e n tu s ia s m o
h a c ia u n fu t u r o m e jo r ex ig e la h o ra de u n a re fo rm a c o n el o b je t iv o de
a p lic a r to d a te o ría a ¡a p rá c tic a , p o r io s m é to d o s m ás ab re v ia d o s:

«Nuestra idea es que, según planes que sólo se necesira trazar, la


educación sea más adecuada, las costum bres más honorables, ios h o m ­
bres más com p ro m etid o s con su estado, las leves menos com plicadas v
su c o n o c im ie n to más fácil de conseguir; que ei cálculo en general, v es­
p ecialm ente el cáfcuío deS dinero, del calendario, def com e rcio v de lus
impuestos, sea m ucho más sencillo v claro v menos expuesto al abuso;

SI
que el cu lto sea más accesible a los ignorantes, más satisfactorio para los
cultos, y más atractivo para todos».

Un lu jo p r o m e d io s u s titu ir á a la p o m p a p r in c ip e s c a p riv a d a , u n a
red d e ca lle s q u e a lc a n c e a to d a s las c o m u n id a d e s hará o lv id a r los c o s ­
tosos c a p r ic h o s d e las a v e n id a s o stencosas. N o s ó lo se m u lt ip lic a r á n los
can ales, s in o q u e h a b rá u n s is te m a c o m p le t o d e d esag ü e q u e c o m p e t ir á
c o n la n a tu ra le za . H a s ta a h o ra s ó lo se ha p e n s a d o en h a ce r m ás c ó m o ­
d o el tr á fic o p ara los ca rru a je s, m ie n tr a s q u e n o se a tie n d e a los p e a to ­
nes. E s ta r e la c ió n se in v e r tir á a m e d id a q u e la d e s ig u a ld a d a c tu a l vaya
d e s a p a re c ie n d o y se fo m e n te la c o m u n ic a c ió n e n tre to d o s los h o m b re s:

«Entontes d ism in u irá el núm ero de coches, y con ello el lujo, e! o r­


gu llo, la ostentación, la irritació n y la in co m o d id a d de rodo tipo, que
son sus consecuencias. E n la m edida en la que los hom bre? vayan a pie
p or ios m ism os cam inos y se encuentren con más frecuencia en los m is­
mos lugares y en igual situación, se irán a p ro x im an do los espíritus y se
tendrán p or menos desiguales".

Y a B u fT o n h a b ía o b s e rv a d o q u e las p la n ta s y lo s fru to s se h a b ía n
d e s a r r o lla d o m e jo r en el ú lt im o s ig lo . ¡Y, q u e e sp e ra n z a p ara la fu tu r a
m e d ic in a ei d e s c u b r im ie n t o d e l s e c re to de la p r o lo n g a c ió n d e la v id a
h u m a n a ! H a y e n la n a tu r a le z a m in e r a le s y p la n ta s c u y o s e le m e n to s
s im p le s y sus c o m p le jo s , si se c o n o c ie s e n m ejor, c u r a r ía n a los h o m b re s
de sus m ales, «v q u iz á s los e v ita ría n » . E l d e s p o t is m o v la e s c la v itu d se­
rán p r o n t o o lv id a d o s si F in a lm e n te se te r m in a de g o b e r n a r c o n c a stig o s
v re co m p e n sa s.
T a l es el m ás n o ta b le p o s t u la d o q u e d e s a rro lla en los c a p ít u lo s s i­
g u ie n te s s o b re las c o s tu m b re s y la r e lig ió n en el «gran p e r ío d o in m i­
nente». A h í e x p o n e el a u to r su c o n v ic c ió n m o d e ra d a , aú n c r is tia n a y
m o n á r q u ic a , seg ú n la c u a l el n u e v o c o n t r a t o s o c ia l se re a liz a rá ó p t im a ­
m e n te e n el m a rc o id e a l d e u n a m o n a r q u ía u n iv e rs a l. N o o b s ta n te era
D e lo r m e ! lo s u f ic ie n t e m e n t e o s a d o c o m o p a ra sacar d e l e s p a c io im a g i­
n a rio d e la a n tig u a u t o p ía la e sp e ra n z a d e l re to r n o de la e d a d de o r o , v
e s ta b le ce r su m it o d e l c o m ie n z o en el t ie m p o c o n c r e t o de u n p o r v e n ir
re a liza b le q u e se in ic ia b a a q u í y ahora:

«Leemos novelas que no nos in d ica n el lugar ni el tiem p o para ío-


m entar nuestra im aginación: ;p or que no encontrarem os un con ten to
más real en ver imágenes de las que sabemos que llegarán a existir en el
futu ro en la naturaleza? Tienen tanto prestigio para el espírítu hum ano
porque exponen cosas que han existido realmente. ; N o podrá estim ular­
nos, y cautivarnos, tanto el espectáculo del fu tu ro com o los sucesos del

54
pasado, que en nuestro presente se nos aparecen sólo a una luz insegura?
Semejante será ei espíritu de ios rom anos, sí es que queda-'

V
t i c a le n d a r i o r e v o l u c io n a r i o , o: h a y q u e e m p e z a r p o r e ! p r i n c i p i o

L o s m i ros d e l c o m ie n z o c u lm in a n en el s ig lo x v n t c o n la in s ta u ra ­
c ió n d e l c a le n d a r io r e v o lu c io n a r io francés.
U n a tesis d e M ic h ac l M e in z e r" ha s a ca d o a lu z re c ie n te m e n te d o ­
c u m e n t o s q u e t e s t im o n ia n v iv a m e n te c ó m o la cesu ra h is t ó r ic a n o s ó lo
fu e r e c o n o c id a v s a lu d a d a p o r tos e s p ír itu s m ás e le v a d o s, s in o q u e ta m ­
b ié n fu e s e n tid a en la e x p e rie n c ia d ia ria y p ú b lic a c o m o u n c o m ie n z o
nuevo y to tal. E l n u e v o c a le n d a r io ra c io n a l, b a sa d o e n el siste m a d e c i ­
m a l, q u e d e b ía s u s t it u ir al a n t ig u o y s a g ra d o c a le n d a r io g r e g o r ia n o ,
c o n s titu y ó ) u n a r u p tu r a ra d ic a l c o n el p asad o . Pu es n o s ó lo d e b ía s a n ­
c io n a r las n u eva era c o n su p r o p io c o m ie n z o d e l t ie m p o h is tó ric o : el 22
d e s e p tie m b r e d e 1 7 9 2 , fe ch a fu n d a c io n a l d e la re p ú b lic a , a ñ o p r im e r o ,
co s a q u e o tras veces h a b ía s u c e d id o , p o r e je m p lo en la c o n t a b ilid a d r o ­
m ana a h u r b e c o n d ita , s in o q u e ta m b ié n d e b ía —co sa n u n c a e m p r e n d i­
d a - d e t e r m in a r u n a nu eva o r d e n a c ió n d e l c a le n d a r io (sem an as d e d iez
d ía s, m eses re g u la re s c o n n o m b re n u e v o , d ía s (e stiv o s in te r c a la d o s ) ,
u n a n u e v a o r g a n iz a c ió n d e la v id a d ia ria , y, c o n e llo , m o d if ic a r el r itm o
v ita l d e l tra b a jo y el d e s ca n s o , d e !a e x is te n c ia re glad a y la festiva, en el
e s p ír it u ra c io n a l de la R e p ú b lic a e m a n c ip a d a .
E l d e c re to c o r r e s p o n d ie n t e d e l 4 de I r im a r io d e l a ñ o II (2 4 -S 1 -
1 7 9 3 ) a n u n c ia en su a r t íc u lo 1: « E l c á lc u lo de! t ie m p o p o r lo s franceses
se h a rá a p a r t ir d e la f u n d a c ió n d e la R e p ú b lic a , q u e, según el c á lc u lo
o r d in a r io , ha t e n id o ius,ar el 2 2 d e s e p tie m b re d e 1792. el d ía en el q u e
el sol ha a lc a n z a d o el e q u in o c io d e o to ñ o » , v e x p lic a la p id a r ia m e n te en
el a r t íc u lo 2: « E l c á lc u lo o r d in a r io d e l t ie m p o q u e d a a b o lid o p ara e iío .í

c iu d a d a n o s » . L a c a n c e la c ió n d e l c a le n d a r io g re g o r ia n o s ig n if ic ó e x p re ­
sa m e n te en to d o s lo s d e b a te s u n ú lt im o a c to s im b ó lic o de r u p tu r a c o n
el d o m i n i o d e las tres in s ta n c ia s d e l a n tig u o ré g im e n : el c a le n d a r io r e ­
v o lu c io n a r io es u n a d e las " in s t itu c io n e s m ás a p ro p ia d a s p ara h a c e r o l ­
v id a r el p r e d o m in io d e la realeza, la n o b le z a y el c le r o ''1'. Q u ie n d is-

“ Dt'r Ri-ioJiíH^ nihilnuín' Sturlien zar fin ••■Xn/rn f r i í - ! csis.


B id e k 'íc l. 198R (p u b lica d a después en txí. O lc íe n h o u rg . M iin d h c n : c ito en ío que’ sigue po r
ei im m is c n r o ! . U n a versión . ¡ h > a p a r e c i ó en: f h r fr a n z m íw h c R c \-n lu ti» n n h B r iw h Ar<
gcsi’lls d m ftliih c n B a ¡ ‘\¿s->hc!n>, a i. p o r R. K o s d k x k v o íro s, M ttn c h e n . pp . 2 3 -íiíl.
D el p r e á m b u l o del D c c r e s o del P i r c c m r i o del 14 g e r m i n é V I , M e i i m -r. p.

5S
p o n g a clci c a le n d a r io —d ic e el a r g u m e n t o d e l d o c u m e n t o e x p lic a t iv o
q u e a c o m p a ñ a la re fo rm a — d is p o n e d e l p o d e r d e re p r e s e n ta c ió n q u e d e ­
te r m in a la m a rc h a t r e m p o r a l d e la v id a d ia ria :

« U n a larga u tiliza ció n del calendario gregoriano ha llenado In m e­


m oria del p ueb lo con un núm ero considerable de imágenes que ha ve­
nerado largo tiem p o y que aun hoy son la fuente de sus errores re lig io ­
sos; es pues necesario p o n e r en el lugar de tales im agin acio n es de ia
ignorancia ias realidades de la razón, y en lugar de la ofuscación de los
sacerdotes la verdad J e la naturaleza»".

E l p r i n c i p i o d e ra zó n , y, m ás c o n c re ta m e n te , el s is te m a d e c im a l de
pesas y m e d id a s q u e se im p o n e en este m o m e n t o , y las ieyes de ¡a n a t u ­
raleza, le g it im a n p o r ig u a l ia a p e r tu ra d e l n u e v o t ie m p o re p u h lic a rio .
P u e s p re c is a m e n te el 2 2 d e s e p tie m b re d e 1 7 9 2 el sol está a las 9 llo ra s,
18 m in u t o s y 3 0 s e g u n d o s e n el e q u in o c io c o n el s ig n o de lib ra , c o n s a ­
g r a n d o así el p r im e r d ía d e la n u e v a era:

«Y así se d ib u jó en el cie lo la Igualdad de día v noche, precisamente


en el m o m e n to en el que se proclam a la igualdad cívica v moral de los
representantes del p ueb lo francés, corn o sagrado fu n d am en to de su nue­
vo g o b ie rn o i'1''.

L a p r o p u e s ta d e ley p re s e n ta d a p o r G i i b e r t R o m m c , « p a d re d e l ca­
le n d a r io r e v o lu c io n a r io » , fu e a p ro b a d a e n b lo q u e p o r la A s a m b le a N a ­
c io n a l; s o la m e n te se p r o d u je r o n d is e n s io n e s c o n la d iv is ió n d e l a ñ o re­
p u b lic a n o y lo s n o m b re s d e lo s m eses, d é c a d a s y d ía s, p e n s a d o s c o m o
in s t r u m e n t o s d e e d u c a c ió n p o lít ic a . F in a lm e n te , fu e u n a c o m is ió n , en
la q u e a c o m p a ñ a b a n al a u to r R o m m e d o s p o etas, M a r ie Josep h C h e -
n ie r y F a b re d 'E g la n t in e , y u n p in t o r , L o u is D a v id , la e n c a rg a d a d e
b u s c a r «u n a n o m e n c la t u r a m ás cia ra y ra z o n a b le » 1 . Su re s u lta d o fu e ro n
lo s n o m b re s d e los m eses, a c e rta d o s ta n t o o n o m a t o p e y ie a c o m o p r o s ó ­
d ic a m e n te : V e n d im ia r lo , B r u m a r io , F r im a r io (p ara el o t o ñ o ) . N e v o s o ,
P lu v io s o , V e n t o s o (para el in v ie r n o ) , G e r m in a l, F lo re a l, P r a d ia ! (p ara la
p rim a v e ra ) , M e s id o r , T e r m id o r , F r u c t id o r (p ara el in v ie r n o ) , c o n lo q u e
se p r e t e n d ía a c e rc a r al p u e b lo fran cés (¡idea fa v o rita d e los fisió cra ta s!)
lo s fu n d a m e n t o s de la a g r ic u lt u r a y el p ro c e s o c íc lic o de la n a tu ra le z a .
Se p o d r ía m e n c io n a r ta m b ié n el n o m b r e , ya o lv id a d o , re se rv a d o p a ra el

Del in fo r m e de Fabre d'üejrmtinc el 2-4 • 1 0 -1 7 9 3 ; Meínzcr, p. 2^.


u Del I n fo r m e s o b r e la e r a He ¡n R epública cid 20-9^93. de Giibert Rommc, pndre del
calendario rcvoíucion.irio: iMeinzcr, p. 20.
*’ Segú n M e in z c r , p. 24.

56
d ccn n o d ía de cada d é cad a , d é c a d i , d ía s d e d e s c a n s o en c o m p e t e n c ia
c o n el d o m in g o , y el n o m b r e d e lo s d ía s a ñ a d id o s al Final d e l a n o , des-
trinados a fiestas, lo s s t t n s c u l c t t i d e s . E n su h s b a z n d e u n c u a d r o h i s t ó r i c o
d e l p r o g r e s o d e l e s p í r i t u h u m a n o (1793), C o n d o r c e t a ñ a d ió a la re fo rm a
d e c im a l d e l c a le n d a r io el p r o y e c to de u n a h is to ria de! m u n d o s o m e tid a
ta m b ié n a la r a c io n a lid a d d e c im a l. L a d i v i d i ó en d ie z é p o c a s y s it u ó el
p re s e n te d e ia r e p ú b lic a Francesa, in t r o d u c id o p o r la g ra n r e v o lu c ió n ,
en la n o v e n a é p o c a , en el u m b r a l d e la d é c im a y ú ltim a , q u e re aliza ría
la ig u a la c ió n de ias n a c io n e s y la s o c ie d a d p e rfe cta para la h u m a n id a d
e n t e r a '5.
E i re s u lta d o d e la m ás re cie n te in v e s tig a c ió n h is t ó r ic a d e n o ta , d o s
s ig lo s d e s p u é s, el a s o m b ro : -<el c a le n d a r io r e v o lu c io n a r io se in t r o d u jo
s in p ro b le m a s y s ó lo c o n tra b a jo p u d o m ás tarde ser a b o lid o " . L o s p r i ­
m e ro s d e b a te s s o b re el c a le n d a r io « te s tim o n ia n u n o p t im is m o a m p lio ,
casi ilim it a d o en ia fu e rza de c o n v ic c ió n d e la re fo rm a» '". L a h is to ria de
su in s t a u r a c ió n , de su d e s m a n t e la m ic n t o p a rc ia l y f ilia lm e n t e d e su
a b o lic ió n p o r N a p o le ó n , a ñ o v m e d io d e sp ué s d e su c o r o n a c ió n c o m o
e m p e r a d o r , el 2 d e s e p tie m b re de 1 8 0 5 . se e x tie n d e a lo la rg o de trece
a ñ o s. Se p u e d e rastrear su e fe c to m ás in c is iv o , p a so a paso, en las m o d i­
fic a c io n e s d e la o r g a n iz a c ió n te m p o r a l d e !a v id a a d m in is tr a t iv a , e m ­
p re s a ria l y a u n p riv a d a , e n lu c h a c o n t r a las a n tig u a s c o s tu m b re s y sa­
g rad as tra d ic io n e s , c o m o el d ía de d e s ca n s o (los v ie jo s d o m in g o s fre n te
a lo s n u e v o s d écn d i). P e ro lo m ás a s o m b ro s o es v e r c ó m o u n m ir o del
c o m ie n z o , lite ra lm e n te , es lle v a d o a la re a lid a d d e la v id a r e v o lu c io n a ­
ria , p l a n i f i c a d o c o n im p u l s o e lit is t a e in c o r p o r a d o a la p r á c tic a . E s
a s o m b r o s o el in t e n t o g r a n d io s o , e! a n h e lo de Sos ilu s tra d o s p o r u n n u e ­
v o c o m ie n z o de la h is to ria , v, p u e s to q u e la s a n g rie n ta r e v o lu c ió n h ab ía
a lc a n z a d o sti o b j'e tivo , h a c e r q u e se c u m p lie s e u n a r e v o lu c ió n p a c ífic a ,
la in s t it u c ió n re p u b lic a n a de u n t ie m p o n u e v o .
E ste in te n to , c u y o im p u ls o s u p u s o e v id e n te m e n te u n c a m in o s o ­
c ia l a la rg o p la z o (la r e e s tru c tu ra c ió n de la o r d e n a c ió n p r e in d u s tr ia i d e l
t ie m p o c o m o c o n s e c u e n c ia d e la r e v o lu c ió n in d u s t r ia l y d e la c iv iliz a ­
c ió n c iu d a d a n a ) " 1, s u c u m b ió a p a re n te m e n te s ó lo a n te u n d e c re to im p e ­
ria l. L a i n t r o d u c c ió n d e l c a le n d a r io r e p u b lic a n o p u s o la c o n c ie n c ia de
la é p o c a de lo s r e v o lu c io n a r io s a n te u n d ile m a d e s c o n o c id o hasta el
m o m e n to : el in t e n t o c o n s t r u c t iv o d e d e t e r m in a r ra c io n a lm e n te el r i t ­
m o v ita l d e l tra b a jo y el d e s c a n s o se c o n s e g u ía a¡ p r e c io de u n re to rn o

“ Iu cju n sc. ed. M . f . H i n k e r . P arí s. 19 . 1. csp. p 25 3 .


" M f i n / e r Kp. 6 9 .
M c í n z e r . p. M),

5?
al o r d e n c íc lic o d e la n a tu ra le z a , q u e a m e n a z a b a c o n a rre b a ta r el fu r u m
ni p ro c e s o lin e a l, p r o g r e s iv o e irre v e r s ib le d e la R e v o lu c ió n . Cuando
R o m m e , el p r o m o t o r d e i c a le n d a r io r e v o lu c io n a r io q u is o , en u n p r im e r
m o m e n to , c o n s a g ra r io s n u e v o s n o m b r e s de ios m eses ai re c u e rd o de
los g ra n d e s m o m e n t o s de ia é p o c a , e n tre la c o n v o c a t o r ia d e los E s ta d o s
G e n e ra le s y la f u n d a c ió n de la R e p ú b lic a , r e c ib ió el re p r o c h e de q u e
im p o n e r , m e d ia n te u n c a le n d a r io , el p a sa d o a lo s a c o n t e c im ie n t o s f u t u ­
ros d e u n a r e v o lu c ió n n o c o m p le t a d a , n o d e ja b a a p e rtu ra a lg u n a v e te r­
n iz a b a el e s ta d o a c tu a l de las cosas11.
; T u v o q u e lle g a r a ser el c a le n d a r io de ia ra z ó n d é c im a !, c o n su h o ­
m e n a je i m p líc it o en el n o m b r e de lo s m eses a la n a tu ra le z a b o n d a d o s a ,
el ú lt im o m it o d e l c o m ie n z o , p ara ser de n u e v o re tira d o , ai ig u a l q u e
fu e s u p e ra d o p o r o t r o fu t u r o p o lít ic o ?

VI
P er sp ectiv a s

L a c o n s id e r a c ió n d e l c a le n d a r io r e v o lu c io n a r io c o m o el ú l t i m o
m it o d e l c o m ie n z o en la I lu s tr a c ió n , q u e , c o n el fracaso de su im p la n t a ­
c ió n p u s o en c la ro q u e, si b ie n se p u e d e h a c e r h is to ria , n o se p u e d e c o ­
m enzar ab ovo, ju s tific a u n a v is ió n p e rs p e c tiv a s o b re la h is t o ria d e sp ué s
d e la r e v o lu c ió n . P o r lo q u e sé, n o se e n c u e n t r a n e n e lla m ito s d e c o ­
m ie n z o d ig n o s de m e n c ió n , a u n q u e si n u e v o s m ito s s o b re la id e n tid a d
n a c io n a l, ia e v o lu c ió n , y ta m b ié n s o b re ia r e v o lu c ió n p e rm a n e n te y la
d e fin it iv a . L a n o s ta lg ia r o m á n t ic a d e u n « re to rn o a la n a tu ra le z a " era u n
m it o d e l c o m ie n z a p er d id o , de! q u e s ó io ias artes p o d ía n d a r a ú n u n a
idea, E l r o m a n t ic is m o p o lít ic o q u is o d e s h a ce r ei c o m ie n z o v o lu n ta r is ta
de u n a r e v o lu c ió n m u n d ia l. Q u is o d e fe n d e rs e de la fu e rz a a n a rq u is ta
q u e b u s c a b a m o d if ic a r ei m u n d o , re h u s a n d o el d e re c h o h is t ó r ic o de la
n o v e d a d . C u a n d o to d a la le g it im id a d d e la a c c ió n se basa en ia c o n s e r ­
v a c ió n d e l ie g a d o d e la t r a d ic ió n , el c o n o c im ie n t o de la h is t o r ia s ó lo
p u e d e b u s c a r la lu?. e n la c o n t in u a c ió n o rd e n a d a , en ia e v o lu c ió n r a c io ­
nal q u e c a m in a a su p le n it u d , o su fin p o te n c ia l, p e ro n o en u n o rig e n
h ip o t é t ic o . L o s m ito s d e l c o m ie n z o , o d e l n u e v o c o m ie n z o de la h is t o ­
ria, c e d e n el paso, c o n la d e c a d e n c ia d e la h e r e n c ia d e la I lu s tra c ió n , a
los m ito s d e i p ro g re s o , y, d esp ué s, a los n u e v o s m ito s de la d e c a d e n c ia
d e ia c iv iliz a c ió n c iu d a d a n a y el fin d e la h u m a n id a d . Si se c o n t e m p la
d e sd e esta p e rs p e c tiv a la c o n o c id a p ro g n o s is h e g e lia n a d e l « fin del pe-

l| M an 71:r, pp.

58
r ío d o de! arre», e n to n c e s m e re ce la p e n a re c o rd a r q u e va la c o b Tnubes
le c o n t r a d ijo c o n la tesis: « n o se tra ta d e l fin d e l arre, s in o d e l fin de la
h is to ria . Si se e n t ie n d e el fin de ia h is to ria , al m e n o s v ir t u a lm e n t e (en el
s e n tid o de la p o s th is to r ia de K o jé v e tras la R e v o lu c ió n fran cesa), e n t o n ­
ces se a d ju d ic a a! arre u n a nu eva tarea: h a ce r c o m o si to d a v ía actu ase » ’ '.
Se e n t ie n d e ei arte c o m o « fo r m a de vid a » , la s e p a ra c ió n dei « m u n ­
d o d e l trabajo», d e la e x p lo r a c ió n d e ia n a tu ra le z a y d e la e x p lo r a c ió n
d e l h o m b r e p o r el h o m b re , m e d ia n te u n “ in u n d o c o m o ju e g o .>. Esta t e ­
sis se o p o n e a to d o s lo s m ito s d e i o rig e n . B ro ta d e u n a esté tica e scaro ló-
s*ica, de la e sp e ra n za e n u n a s u p e ra c ió n d e la h is t o ria m e d ia n te la c o m ­
p le t a e m a n c ip a c ió n de to d o s lo s s e n t id o s hum anos, e in r e n t a
r e c o n c ilia r al jo v e n M a r x c o n S. P a b lo : «Pues el c a rá cte r pnm aU va sea
d e l arte, ya sea d e ia h is t o ria , es a ú n u n ín d ic e d e u n a re a lid a d n o redi
m id a : en ella se re c o n o c e s ó lo a tro zo s. P e ro al fin a l de la h is t o ria , e n el
r e c o n o c im ie n t o m u t u o d e los h o m b re s v en ia r e c o n c ilia c ió n d e la n a ­
tu ra le z a y el h o m b r e , c o n o c e r é c o m o s o y c o n o c id o » ''.
N o o b s ta n te , la a tre v id a tesis d e fa c o b la u b e s d e s e m b o c a en u n a
c u e s t ió n en la q u e el fin a l d e la h is t o ria im p lic a su n u e v o c o m ie n z o : «la
p re g u n ta p o r u n a nu eva ley de la tie rra , u n a c u e s t ió n q u e va n o está en
la fro n te ra d e lo e s té tic o , s in o de lo p o lít ic o » ’1. D e s d e ei p u n t o d e vista
h is t ó r ic o e n c o n tr a m o s a q u í u n a d ir e c c ió n d e !a esté tica a n tir r o m á n t ic a
d e la m o d e r n id a d , q u e, en c o n t r a d ic c ió n c o n la p r o g n o s is d e H e g e l, v
fre n te a lo s m ito s d e l fin , ap are ce a m e d ia d o s d e l s ig lo XIX v c u lm in a en
las v a n g u a rd ia s d el XX. c o n la p re te n s ió n d e q u e s ó lo ei arte p u e d e su ­
p o n e r u n n u e v o c o m ie n z o d e l m u n d o , en u n p ro c e s o a p a re n te m e n te
in c o n t e n ib le . E sta te n d e n c ia se a n u n c ia , m ás allá d e lo p o lít ic o , en u n a
d e t e r m in a c ió n nu eva d e ta p e r c e p c ió n estética: «el g e n io n o es s in o la
in fa n c ia re e n c o n tra d a v o lu n ta r ia m e n t e , u n a in fa n c ia d o ta d a , p ara e x ­
presarse, de ó rg a n o s v irile s y e s p ír itu a n a lític o » . C 'o n esta Fam osa a f i r ­
m a c ió n d io B a u d e la ir e su s ig n if ic a c ió n m o d e r n a a la c a te g o ría estética
d e lo in g e n u o , q u e p o r la m is m a é p o c a R u s k in p e d ía para la p in tu ra :
«el p o d e r té c n ic o e n te ro de la p in tu r a d e p e n d e d e q u e re c o b re m o s lo
q u e p u e d e lla m a rs e la in o c e n c ia d e i o jo » " . ¡Ya n o es la v u e lta n o s tá lg ic a
a la niñez, d e la v id a in d iv id u a l o h is t ó ric a , la tarea y la o p o r t u n id a d de!

F.n: P o c ú k u n d H r r m t 'n c u n k ¡ f¡ f I 9 6 8 ) . p . 6 6 0 .
I b i d . , p . 7 i 8.
i h i d . . p . 7 | 3.
^ B n u d c h i r e : l.€ p e in t r e d t' l i r’ie n w d t- n w ( 1 8 5 ^ ] . e n : O c u v r r í. <d 1;í P l c i n d e , P a r ís
1 9 5 1 , p- 8 8 0 |trn d. C.iFt, d e A t c i r a S n n v c J r a ; [ - ( p m t r tr d e [a vtd si ftindn'W ii, M u r c i a . C o l
O f . d e A p a r e j a d o r a s v A r q t o s . T é c n i c o s . i 9 9 5 | ; R u s k i n : l 'h f o f D r x i ft n g , o t r i d * 1
e n M . I m d a h l . P o c n k u n d H t 'r f f t m r u h k / / f | 9 6 6 : k p. 1 9 7 .
arte m o d e r n o fre n te a u n a re a lid a d a lie n a d a , s in o la re e la h o ra c tó n c o n s ­
c ie n te , a n a lític a , d e ¡a o r ig in a lid a d y ia p le n it u d s e n s ib le d e u n a p o s ih lc
e x p e rie n c ia m u n d a n a ! L o q u e este g ir o s ig n ific a p ara !a esté tica de la
p o e sía y la p in t u r a m o d e rn a s , es a lg o d e lo q u e n o n e c e s ito o c u p a r m e
a q u í de n u e v o '1. B asta c o n a p o rc a r el p aso q u e las v a n g u a rd ia s , antes y
d esp ué s de la p rim e r a g u e rra m u n d ia l, d ie r a n , p a s a n d o d e lo e s té tic o a
lo p o lít ic o , p a ra fija r e n u n a r e v o lu c ió n e sté tica e! n u e v o c o m ie n z o de
ia h is t o r ia b a jo ia d ir e c c ió n d e l arte. E n el e s c rito p r o g r a m á t ic o d e B a ila
y D cp cro La r eco n str u cció n fu tu r is ta d e l u n iv erso ( 1 9 1 5 ) se p ro c la m a :
« N o s o t r o s , f u t u r is t a s , q u e r e m o s r e a liz a r esta f u s ió n c o m p le t a , p a ra
c o n s t r u ir d e n u e v o e! U n iv e r s o ; m ie n tra s lo c o n d u c im o s a la m ás cla ra
a ltu ra d e sí m is m o lo re cre a m o s n u e v a m e n te . A io in v is ib le , lo in a s ib le ,
lo im p o n d e r a b le e im p e r c e p t ib le d a re m o s c a rn e y h u eso s» ' .
L a fu s ió n d e to d a s las artes c o n el fin d e d o m in a r la re a lid a d en ia
o b ra to ta l d e arte, y e le v a r el arte a la fo r m a d e v ¡d a p o r e x c e le n cia , es el
in s u p e r a b le m it o m o d e r n o d e l c o m ie n z o - A c e p t a lite r a lm e n te ia a f i r ­
m a c ió n d e N ie tz s c h e , « sólo c o m o f e n ó m e n o e s té tic o se ju s t ific a la e x is ­
te n c ia d e l m u n d o » '1, y recae s in s o s p e c h a rlo en el in t e n t o de u n a r e a li­
z a c ió n de la m e ta fís ic a d e i e t e rn o re to rn o , c u y a fo rm a p o lít ic a fu e e n el
s ig lo XIX la « r e v o lu c ió n p e rm a n e n te )'. Ia tesis de q u e la g ra n r e v o lu c ió n
n o q u e d a b a c e rra d a c o m o u n a c o n t e c im ie n t o ú n ic o , s in o q u e se p r o ­
lo n g a b a en u n a r e v o lu c ió n p e rm a n e n te , se e n c u e n t r a ya en to d o s ios
c a m p o s p o lít ic o s '1. L a « r e v o lu c ió n p e rm a n e n te » se c o n v ir t ió , tras el fra ­
ca so d e la r e v o lu c ió n de 1 8 4 8 , en el g r it o d e b a ta lla d e l m o v im ie n t o s o ­
cialista™ . A d ife r e n c ia d e las r e v o lu c io n e s b u rg u e s a s d e l p a sa d o , ex ig e
K a r i M a r x d e ¡as r e v o lu c io n e s p ro le ta ria s d e l fu tu ro : «se c r it ic a n c o n s ­
ta n te m e n te a sí m is m a s , in t e r r u m p e n c o n t in u a m e n t e su p r o p io c u rs o ,
v u e lv e n a lo a p a re n te m e n te re a liz a d a p a ra c o m e n z a r d e n u ev o ... r e tr o ­
c e d e n e sp a n ta d a s a n te lo d e s c o m u n a l e in d e t e r m in a d o de sus p r o p io s
fin e s, hasta q u e se crea u n a s it u a c ió n q u e h a ce im p o s ib le la v u e lta » 1".
E n lu g a r d e l m it o d e l n u e v o c o m ie n z o de la ilis t o r ia a p are ce el n u e v o

** V e r so b r e e.s!o el c a p í t u l o .sobre \i A istb esú en m i Á síb etiscín - F r fa h r u n g u n d fifr r a -


rx schc H e r m cn c u tik ( n o t a 3 0 ) . p. 4 2 s., 1 5 2 s. ; s o b r e in f r íi e s c o n c e p tu a li z a c ió n d e ta m i r a ­
d a - el li b r o d e M . I m d a h l : F n r h e - K u m a h c o t e t h c h c R eflex io n en n i F r.in k rcicb . M ü n c h e n .
] 9 S 7 ( c a p . IV d e este li br o) .
C u n d o s e g ú n : D ? r H a n g z u t n G r u v n t k u n m u e r h , cd. H . S z e c m a n n . A a r a u - i r n n k -
f u r u 1 9 3 3 , p. 268.
V e r s o b r e c*ro O . G e u iin s k u ín 'u - e r k - u>¡d }df>!¡ií>ir$$\s!r>n ( t u n a
p. 47.
5 e g ú n K o f e il e c k ( n n r a 3 S ) t p. 7 6 ] s.
“1 Karl M n r x ÍS ^O . s r p ú n KoscHcck ( n o t a 3 8 ) . p, 7í>3.
D e r IR. B n ir ru n rr d e s L o u u B om iparU ' ( I R S 2 ) , MFAX1 v. 8 , p. 1 1 7 s,

60
m it o d e l c o m ie n z o de la r e v o lu c ió n m u n d ia l d e l p r o le t a r ia d o , s ie m p re
in t e n t a d o , s u p e ra d o e in t e n t a d o d e n u e v o , p e ro a! fin a l in c o n t e n ib le .
P e to c o n e llo regresa M a r x a u n a estrateg ia q u e lo s m ito s d e l c o ­
m ie n z o de la I lu s tr a c ió n h a b ía n re ch a za d o , y q u e c in c u e n t a añ o s d es­
p u é s c o n f ir m ó e x p re s a m e n te C ,eorg es S o re l, el f iló s o fo d e ia h u e lg a g e ­
n e r a l en su s R e f l e x i o n e s s o b r e la v i o l e n c i a (1 9 0 8 ), 1.a r e v o lu c i ó n
d e fin it iv a , a la q u e c o n v o c ó al p r o le t a r ia d o c o m o el ú n ic o s a lv a d o r q u e
q u e d a b a , te n ía q u e ser u n a c re a c ió n im p r e v is ib le (en el s e n tid o d e l c la n
v ita l d e R e rg so n ): el m it o , o r g a n iz a d o p o r él m is m o , d e la lu c h a fin a l.
LJn c o m ie n z o p la n if ic a d o y, p a ra d ó jic a m e n te , u n c o m ie n z o , ta m b ié n ,
q u e re to rn a . Pu es S o re l ( u n o de io s p o c o s y g ra n d e s le c to re s de V ic o )
e s ta b le c ió la e q u iv a le n c ia e n tre el c o m ie n z o ra d ic a l d e la -g ra n c a tá s tro ­
fe» y u n rico r w . al p r o le t a r ia d o le era a d ju d ic a d o el p a p e l d e l p u r o c r is ­
t ia n is m o p r im it iv o p ara lle v a r a la h u m a n id a d a su o rig e n o lv id a d o . F,l
m it o fin a l y ra d ic a l de. la m o d e r n id a d n e ce sita b a e v id e n te m e n te t a m ­
b ié n de u n reaseguro. L o b u s c ó y e n c o n t r ó en los m ito s de! c o m ie n z o
de ia I lu s tr a c ió n , t e s t im o n ia n d o así su in e x t in g u ib le fue rza im a g in a r ia .

ó¡
2

El proceso literario de la m odernidad


desde Rousseau hasta Adorno

Un Fan tasm a re c o rre E u r o p a , el Fan tasm a d e la p o s t m o d e r n id a d .


P e ro , para q u e el Fantasm a a b o rre c id o de 1848, c o n tra el q u e "to d o s los
p o de re s d e la vieja E u ro p a se c o a lig a ro n en santa c ru z a d a ''1, sea su a n te ce ­
s o r le g ítim o , y n o m e ra m e n te re tó rico , se necesita u n a c o m p le ta e o m m u t a -
tio reritm en n u e stro d iscu rso . Pues h o v día n uevo s poderes, ta n to en E sta ­
d o s U n id o s c o m o en E u r o p a , ( v a n g u a rd ia s estéticas c o n t r n c u ii u rales,
s o c ió lo g o s con servad o re s que ap elan a la tra d ic ió n , filó s o fo s co n v e rso s q u e
se alzan c o n tra el lo g o c e n tris m o , e tu tli qm tntt) se han a lia d o en n o m b re
d e u n a in sta n cia to d a v ía n o b ie n id e n tific a d a , para acabar c o n la m o d e rn i ­
d a d estética y tal vez para re sp o n sa b iliza r de la crisis actu al de las in s t it u ­
c io n e s claves de nuestra s o c ie d a d a los hered eros d e ia ilu s tra c ió n . N o p u e ­
d e n ser m ás desem ejantes ta n to los cab e cillas c o m o las te n d e n cia s de esta
in n o b le alianza. A p e n a s parecen te ner en c o m ú n el p re fijo pm u e n fá tic a ­
m e n te a ñ a d id o a la d e s ig n a c ió n d e una p o stu ra q u e se s u p o n e actual. C o ­
m e n z ó el b a ile la posthistoria y a antes de 1939 c o n las le c cio n e s de K o jé v e
so b re H e g e l, p ero s ó lo en los años 7 0 se ha c o n v e r tid o en el eslogan de
n u e s tro tie m p o . D a n ie l B e il a n u n c ia en 1973 la sociedadpostindustriaU y
o b serva q u e el post desplaza al trans u tiliz a d o hasta e n to n ce s (m ás allá d e la
traged ia, d e la c u ltu ra , d e l fo rm a lism o ...) c o m o n u e v o c o n m u t a d o r ’. Tan­
to el postcapitahsm o c o m o su o p o n e n te el pm tconm nism o, se re m itiría n a la

1 K- Aíiinifct: der- K ofm nnuiftisi'hm Panr?, M K W v. i. p, 4 ( | J\ ;?rin^ mu!. (..^r. }


•' I ) . Bcíl, 7 h e C a m m g o f t h f p osi- h id tis rriíií S n ciety, N u e v a Y or k. 1 p. ^2 ; el t e r m i ­
no « p o s u n d u s t r i a l » ap ar een en Li d is c u s ió n s o ci o ló g ic a d e s d e 1 9 6 8 . s e g ú n M . Ko hlcr: - T o s í -
modcrnisrna.s-1'.in b c g r if F s g e s c h i c h d k h c r Ü bc r bh c ki -. en A m fnk 'iissudti'n 22 Í1 t)7T 'l. p, ! ,í

63
p o s t c x is t e n c ia d e lo ya e n v e je c id o ' E l p o s te s tru c n ira lis m o re co n o ce en D e -
trid a a su p ad re e s p iritu a l ( U é c r itu r c e s la d i j f c r e m e y D e ia g r a m m a t o l n g i e
a p a re cie ro n en 1967), q u ie n , en A m é r ic a , d e s e n c a d e n ó la o la del d e c o n s ­
tru c tiv is m o q u e aú n p erd u ra. U n p o s tm o d e r n is m o lite ra rio aparece a m e ­
d ia d o s d e los sesenta en las u n iv e rsid a d e s am erica n a s d e n u n c ia n d o p r o v o ­
c a d o ra m e n te u n a « lite rature o f ex h a u stio ti» q u e n o es s in o la m o d e rn id a d
ag o tad a cié la era de los E iio t, P o u n d , Jo v c e y R e c k e tt1. F,n 1971 aparece en
m a n ifie s to fir m a d o p o r Iha b H a ssa n c o m o P O S T m o d e r n í S M O (sic) en
ia revista N e w L ite r a r y H is to r y , q u e e x tie n d e la e tiq u e ta de P o s í- is m o ' &to ­
das las artes (e m p e z a n d o p o r la a rq u ite ctu ra ), ra tific a n d o así el g iro in ic ia ­
d o c o m o el u m b r a l de la e x p e rie n c ia estética de u n a n u eva época.
E n A le m a n ia , p o r ei c o n t r a r io , a p are ce ef P m t-h rn n n o en lo lite r a ­
r io s in o en lo p o l ít i c o c o n u n d e b a te s o b re ia h e re n c ia y el d e s tin o de la
I lu s tr a c ió n . P o r lo q u e sé, fue H e r m n n n I .iib b e q u ie n en 1 9 7 2 a ta c ó al
« N u e v o M o v i m i e n t o d e ia ju v e n tu d * ’ c o m o n e o m a m s t a e n el ú lt im o
o le a je a n t iilu s t r a d o , lo q u e le c o n d u jo , a el y a ios lla m a d o s d e sd e e n ­
to n c e s n c o c o n s e rv a d o r e s a ser c o n s id e r a d o s c o m o im p u ls o r e s d e l d e s ­
c r é d it o d e la I lu s t r a c ió n e n n o m b r e d e u n a p r e t e n d id a P o s tilu s tm á ñ n
L a m o d e r n id a d e s té tic a se v io así i lu m in a d a p o r la a m b ig u a lu z d e l
p o st-ism o , h a c ie n d o q u e su u n id a d c o m o é p o c a q u e d a s e re c o g id a c o n la
d e n o m in a c ió n de v a n g u a r d is m o , a u n q u e csre h a b ía fra c a s a d o en su i n ­
te n to de in te g r a r el arte e n la p ra x is v ita l. E s to p r o d u jo ia d iv is ió n de
lo s e s p íritu s , e n tre los q u e s u p u s ie r o n q u e la p o s t m o d e r n id a d n a c ie n te
era ia liq u id a c ió n d e la h e r e n c ia d e las v a n g u a rd ia s h is tó ric a s y los q u e
v e ía n p o s ib le su s a lv a c ió n . C o n el in t e n t o s a lv a d o r d e P e te r B ü r g e r nace
el p o s tv a n g u a r d is m o , a q u ie n c o r r e s p o n d e r ía la o c a s ió n de h a c e r d e la
n e c e s id a d d e u n a faisa s u p e r a c ió n , la v ir t u d de u n a p ra x is esté tica. E',n
Ita lia se q u is o p r o lo n g a r la c o n t m d ic t io in a d je c to de esa tesis c o n el non
p lu s u ltr a m e t a fó r ic o de la tr a n s v a n g u a rd in , te o ría a n a rq u is ta q u e d e
m odo ló g ic o s ó lo p o d ía ser le g it im a d a p o r una p o s tcr lticd '. P a ra

’ C om o resnmonio de e s to * véaíe el registro de ca n íc r c n á z s de h Universidad de


F riburgo. verano 19 8 3 , p- HG: B. Cyv/inski: La nüi<s>mcc Ae la m cn tu lité postcovim uniste
en hu rope d e lEst. El giro "Lina extraña post-cxi.^rencia*' se encuentra en Adoran. M ínim a
M om ita, Frankfufi. 1973-
1 j o h n R s r t h e m p l e a C5a e x p r e s ió n en: T h e L ite r a tu r e o f h x h a tu tio n { 1 9 6 ? } v en T he
L ite r a tu r e o f R e p lc n is h m e n t ver b i b l i o g r a f í a en A m erik /utuA ien 22 ( I 9 7 7 ) .
T [ N . del F..] I r . i d u c i m o s P o st-ism a p a r a n o c o n f u n d í : c o n el P o íü ím o , m o v i m i e n t o
p o é t i c o « p a ñ o l d e los a ñ o s c u a r e n t a ,
* H. Ltibbc, H ochschulrefornt unA Geger¡aufW ürang. Fribur^o, 19 7 2 , p. 53 s. í "(rege-
naufklíirung» apareció primero en: D eutsche Z eitung, 2 7 -8 -1 9 7 1 .
^ S e g ú n U t e D i e h l , « M ü n d ' s h n u s e n s Z o p í - N e u e K o p f s t a n d e d e t i r a l i e n i s d i e n K u ns r -
kritik- en: FAZ, 8 - 4 -1 9 8 3 .

64
F ra n ^ o is L y o ta r d , p o r su p a rte , ¡a p o s t m o d e r n id a d q u e . en ta n t o q u e
tra n s v a n g u a rd ia , q u ie r e liq u id a r la h e r e n c ia d e la v a n g u a rd ia , n o es o t r a

co sa s in o la falsa c o n c ie n c ia d e la v e rd a d e ra m o d e r n id a d : en lu g a r de
e llo p r e c o n iz a u n a v u e lta a K a n t , e s p e ra n d o q u e «el a r f e m o d e r n o e n ­

c u e n tr e en la e sté tica de lo s u b lim e su fu e rza im p u ls o r a , y la ló g ic a de


las v a n g u a rd ia s sus a x io m a s* '. F in a lm e n te , ta m p o c o el m o v im ie n t o fe ­
m in is t a escapa a la c o y u n t u r a de! p o s t - j s r r i o , y así se in fo r m a en u n c o n ­
greso: « n o h ay ritu a le s de lu c h a , n o h a y te a tro d e a u to rre p resen ra c ió n ,
s in o u n a v e rd a d e ra a tm ó sfe ra p o s tp a t r ia r c a lque s e im p o n e * ’'.
Pese a to d o , parece h a b e r lle g a d o el tie m p o de to m a r en serio el p o st­
um o, de id e n tific a r lo h is tó ric a m e n te y de in vestig a r si en esa s in g u la r d e ­
n o m in a c ió n q u e re cu b re fe n ó m e n o s tan variad o s hav alg o n u evo , to d avía
in d e te rm in a d o , q u e a n u n c ia la c o n c ie n c ia titu b e a n te de! c o m ie n z o de una
n u e v a época. Si p o r fantasm a e n te n d e m o s u n re ap arecid o —r e v e i w n t —, el
regreso del m u e rto o del re p r im id o , es ésta una característica q u e n o se da
en lo p o stm o d ern o . Id pro ce so d e la e x p e rie n c ia estética en la h isto ria de la
lite ra tu ra y el arte e u ro p e o s está sie m p re o rd e n a d o p o r una estructu ra te m ­
p o ra l que, fre n te a to d a m e ta físic a d el re c o n o c im ie n t o , establece, c o m o
d ic e A d o r n o , «el carácter ex clu siv o de lo q u e es p rim e ro » ’, y, c o n ello, el
d e re c h o de lo n u e v o a negar lo viejo, se g re g á n d o lo d e l c a n o n de! pasado.
P o r eso la entera c u lt u ra e u ro p e a se presenta c o m o u n a c o n t in u a d a Q u ere­
l l e d e s A n cie n s e t d e s M o d e r n a , y n o de m o d o azaroso s in o p o r u n a in te rn a
c o n fig u r a c ió n h istó rica , in c lu s o antes d e q u e en el s ig lo q u in t o acuñasen
los c ristia n o s el té rm in o m od em u s (versus a n r iejim s ). in a u g u ra n d o la c o n ­
tra p o s ic ió n c íc lic a de lo a n tig u o y lo n u evo . Se presenta la c u ltu ra europea
c o m o u n a lu c h a in te rm in a b le , s ie m p re renovada en tre viejo y n u e v o estilo,
en tre épocas artísticas d iferente s v en el p ro ce so d e la m o d e rn id a d acelera­
d a c o n el c a m b io de u n a v a n g u a rd ia p o r o tra 1". P o r el c o n tra rio , parece q u e
en las m a n ife s ta c io n e s actuales de lo p o .stm o de rn o , si es q u e en realidad se
trata d e l u m b r a l de u n a nueva era, h a v p o r p rim e ra vez en la h isto ria dei

' « B e a h t w n r t u n q d e r F r a e c : wjí s sst p o s t m o d e r n ? - , e n : I w n u h . R e v . d e i n t e r c a m b i o


c ie n t í f i c o , n° 4 { 1 9 8 2 ) , p p . 133-1 3 T .
f D el i n f o r m e so b r e u n C o n g r e s o fcm m isT a tn t c r d i s c i p l m u r . Co n ^ ta n /i i. j u m o 198 3-
e n : U m - I n f o , n v 329, p. 10-
* T h . W . A d o r n a . M m h n a M o ra íia ( I a p a r r e i 9 4 •i. 2* pa rr e J 9 ^ ! . C i r o po r la e d i ­
c i ó n d e .S u h r k a m p , F r a n k l u r r , í 9 7 3 , c o n Ía.s s igl as M M f in i d , ca s i, d e j . C h . i m o r r n M s e l
ke, M a d r i d , í a u r u s , 1 9 8 7 ) . C o n s i d e r o este r cvt n c o m o u n a o b r a c u m b r e d e la li te r a tu r a
m o r a l i s t a ( g é n e r o in e x i s t e n t e en el s. XX). al q u e p o n d r é en el c e n r r o d e m i r ef le x ió n c o r v
f r o n t á n d o l o co n los d o s D iscurso^ de R o u s s e a u .
Ul C í r . , « L í t c r a r i s c h e T r a d i t i o n u n d g e g e n w i ú n g e s R ew u s st ^ em d e r M o d e r n t r i r - ’ . en
U te r a iu r g c s c h ic h tc a h P r o v o k a tio n . F r a n k f i m . ! ^ 7 0 . p p . ! 1 - 6 6 ftrnd. cnst. cíe J . C o d o
C o s t a , B a r c e lo n a » E d íc i o n s 6 2 . 1 9 7 6] ,

6S
m o d e rn is m o estético la c o n c ie n c ia de u n a ru p tu ra entre lo viejo y lo n u e v o
q u e n o se p u e d e a rd c u ía r m e d ia n te la categ o ría c!e la s u s titu c ió n .
C ie r t a m e n t e ex iste ei p re c e d e n te de u n c o m ie n z o q u e a n u n c ia a ia
c o n c ie n c ia d e los c o n t e m p o r á n e o s de m o d o e n f á t ic o u n p o s t d ife r e n te
d e to d o io a n te rio r: ia ce sura h is t ó r ic a d e i p o s t C h r i s t w n n n t u m , la s u p e ­
r a c ió n d e to d o ei p a sa d o e n el n u e v o m e n s a je d e C r i s t o ' 1. E ste m o d e lo
p r o r o c r is t ia n o d e c a m b io e p o c a l q u e e n t ie n d e el p a so d e lo v ie jo a io
n u e v o c o m o u n a c o n v e r s ió n q u e ex ige ei re ch a z o r ig u ro s o d e lo a n te ­
rio r, e x tie n d e su p a th o s d e in ic ia c ió n a to d a la e x p e rie n c ia h is t ó r ic a d e l
área c ris tia n a , ya se tra te d e i a c to s im b ó lic o d e p r o c la m a c ió n d e lo n u e ­
v o e n la R e fo r m a (tesis d e L u te r o ) , d e lo s m a n ifie s to s d e m o v im ie n t o s
p o lít ic o s , o d e las r e v o lu cio n e s estética s (seg ú n ia f ó r m u la d e S c h ü le r y d e
F. S c h le g e l) q u e d e s d e el R e n a c im ie n t o b u sc a n le g it im a r ei d e re c h o de
lo n u e v o s o b re ¡o p a sa d o p o r u n n u e v o te s ta m e n to q u e p re te n d e la rea-
p r o p ía c ió n d e c ie r ta a n tig ü e d a d . S ó lo las v a n g u a rd ia s d e c o m ie n z o s d e í
s ig lo X X h a n a b a n d o n a d o t o d o t ip o d e le g it im a c ió n m e d ia n te lo a n t i­
g u o , y p a re c e q u e esa es d e n u e v o la c r u z de lo s q u e se re c la m a n p o s t ­
m o d e r n o s . Y a n o f u n c io n a a q u í el m o d e lo p o s tc r is tia n o , p u e s fa lta a la
p o s t m o d e r n id a d el a c o n t e c im ie n t o fu n d a m e n t a l y la fig u r a d e c is iv a a la
q u e se r e m it a n las d ife r e n te s d e c la ra c io n e s de m u e r t e d e ios a ñ o s sesen ­
ta: m u e rte d e ia lite ra tu ra , d e l arte, d e la esté tica. E i n u e v o m o d e lo es la
esp era a c o r t o p la z o , y casi a p o c a líp t ic a , en el u m b r a l d e la p o s t m o d e r ­
n id a d , d e tin a a u t o c o n c ie n c ia in se g u ra , c u y o s s ín t o m a s s o n io s m ú l t i ­
p les la m e n to s d e C a s a n d r a s o b re la irre p a ra b le d e g r a d a c ió n de la e x p e ­
r ie n c ia e n u n m u n d o a lta m e n te t e c n ific a d o e « in g o b e rn a b le » y s o b re la
in e v it a b le d e s t r u c c ió n de [a n a tu ra le z a .
Sea c u a i sea la in t e r p r e t a c ió n de los s ín to m a s d e este fu i d e s icclc en
el u m b r a l d e l te rc e r m ile n io d e la era, y, d etrás de io s m it o lo g c m a s d el
a p o c a lip s is in m in e n t e de la s o c ie d a d in d u s t r ia l y de la o s t e n ta c ió n de
e p ig o n is m o q u e r e iv in d ic a el a rte m o d e r n o , h a y u n h e c h o n u c le a r q u e
se im p o n e a la m ir a d a c rític a : e n el s e n o d e la c o n c ie n c ia , to d a v ía i n d i ­
visa, de ia u n id a d e p o c a l d e l s ig lo X X , se p r o d u c e u n a p ro g re s iv a sep a ra ­
c ió n d e l p a sa d o . P a re c e q u e io n u e v o q u e c o m ie n z a n o es s u s c e p tib le d e
ser a r t ic u la d o c o m o e x p e rie n c ia , p e ro q u e io v ie jo q u e se sep ara s í es
c a p ta b ie en su fig u r a ev an esce nte. E s p re c is a m e n te ia e x p e rie n c ia e sté ti­
ca ia q u e p u e d e ilu m in a r este c a m b io d e h o r iz o n te .
L o s a u to re s q u e en t o r n o a la p r im e r a g u e rr a m u n d ia l re c h a z a ro n
el arte re p re s e n ta tiv o , «realista» o b e llo , a b r ie n d o así el ú it im o h o r iz o n -

11 T e s i s p r o v o c a d o r a d e j . T a u b e s : «el re c u r s o p a s t C h r istu m ,1 h a n t i g ü e d a d d e s e m ­
b o c a en la barbarie»*, en el d e b a t e sobre postm odernidad: « H i r c u n d A v a n t g a r d c i X en
T u m irft ( n o t a 7 ) , p. 7 5 .

66
te d e lo m o d e r n o y q u e c o n su n o rm a s h a n d e t e r m in a d o n u e s tra n u eva
c o m p r e n s ió n d e ia lite ra tu ra y el arte, a p a re ce n h o y c o m o los «clásico s
d e ía m o d e r n id a d ». P o r d ife re n te s q u e fu e se n los p ro g ra m a s de las v a n ­
g u a rd ia s q u e se s u c e d e n en este m o v im ie n t o , ta n to los p re c u rs o re s c o ­
m o lo s re a liza d o re s d e l m is m o se n o s m u e s tra n re tro s p e c tiv a m e n te , p e ­
se a la c re c ie n te d is c r e p a n c ia e n tre h o r iz o n t e de e x p e c ta tiv a estética y
e x p e r ie n c ia h is t ó ric a , ( o r in a n d o u n a u n id a d de u n a é p o c a ce rra d a q u e
n o s p e r m ite r e c o n o c e r y d e lim it a r en su a lte r id a d u n m u n d o c o m ú n
a c o m p a ñ a d o d e ¡a c o r r e s p o n d ie n t e a u t o c o u c e p c ió n , u n a «epistem e* en
el s e n c id o d e F o u c a u ft. Es ia é p o c a lite ra ria m o d e r n a d e lo s e x p e r im e n ­
to s d e a u to re s c o m o A p o l li n a i r e y P o u n d , P r o u s t y jo y e e , B r e c h t y R e c-
k e tt, q u e c u im in a u n p ro c e s o q u e va d e l L llises al F i n n e g a n s W ake, y
q u e , d e m o d o e je m p la r c o n s titu y e el n o n p l u s u l t r a de! te a tro o d e !a
p ro s a n a rra tiv a c o n F in d e p a r t i d a y el N ou vea u rom án .

II

L a s c o n s id e r a c io n e s q u e s ig u e n r e to m a n la h is t o ria c o n c e p t u a l de
la m o d e r n id a d y d e lo m o d e r n o en el p u n t o en el q u e en u n tra b a jo
m ío de 1 9 6 5 creía ve r la ú lt im a g ra n etap a d e la Q ii e r e ll e d e s a n c i e n s e t
d e s m ú d e n le s , la esté tica b a u d e ia ire a n a de la m o d e r n i d a d y su id ea c e n ­
tra l d e lo b e llo e f ím e r o 1’ . F u e ai fin a l d e l r o m a n t ic is m o c u a n d o se p r o ­
d u c e el a b a n d o n o d e u n a t r a d ic ió n s e c u la r en la r u p tu r a c o n el h is to ri-
c is m o y el p la t o n is m o la te n te d e las b e lla s arte.s. P o lít ic a m e n t e esta
m o d e r n id a d e sté tica se s itú a en el h o r iz o n t e de la n u ev a e x p e rie n c ia de
la era in d u s t r ia l de la s o c ie d a d p o s tr e v o iu e io n a r ia , L a o b ra p o s tu m a de
W a lt e r B e n ja m ín , la O b r a d e l o s P a s a je s d o c u m e n t a esta t r a n s ic ió n h is ­
t ó r ic a q u e tie n e lu g a r e n el S e g u n d o I m p e r io , de m o d o m o n u m e n t a l.
E s u n a v is ió n ya casi c a n ó n ic a d e l c o m ie n z o d e n u e s tra m o d e r n id a d , a
c u y a re v is ió n he s id o im p u ls a d o p o r las ideas de A d o r n o y H o r k h e im e r
en su D i a l é c t i c a d e la I lu s t r a c i ó n . L a ilu s t r a c ió n b u rg u e s a c o n su s e p a ra ­
c ió n d e n a tu ra le z a y c iv iliz a c ió n h a p r o d u c i d o la c o n c ie n c ia d e u n a
a lie n a c ió n f u n d a m e n t a l d e la v id a s o c ia l y ha a b ie r t o el c a m in o de! p r o ­
g re s o d e la ra z ó n in s t r u m e n t a l q u e in c lu y e al m is m o t ie m p o u n a re gre­
s ió n , p u e s to que el d o m i n i o d e la n a tu ra le z a e x tra h u m a n a se paga c o n
el r e c h a z o d e la n a tu ra le z a e n el h o m b r e . S o n tesis fam o sas q u e h a c e n
in a p la z a b le qu e n uestra c o m p r e n s ió n e p o c a l de la m o d e r n id a d n o se s i­
tú e a m e d ia d o s d e l s ig lo X I X , s in o ya a n te s a m e d ia d o s d e l X V H I . I,a

S2 Vcf ñora 10. p. a.

67
cuestión del origen histórico de nuestro m undo m oderno deja de ser
una cuestión ociosa si exploramos su prehistoria con preguntas concre­
tas que la teoría estética de A dorno descuida* Primera pregunta: ¿se ha
percibido ya la dialéctica latente de la Ilustración en su fase revolucio­
naria y en qué síntom as se ha reconocido o anticipado?; y ¿cuál es la fi­
gura literaria de su tematización, vista desde la debacle de la razón ins­
trum ental en que estamos y desdé el abismo infranqueable producido
entre vanguardism o estético y cultura de masas? Segunda pregunta:
¿puede el proceso literario de ía m odernidad, desde la autonom ía axio-
lógica del arte en el siglo XVIII hasta el intento de disolución del arte en
la praxis vital del XX, ilum inar el cam bio de horizonte de la experiencia
histórica, si se lo interpreta com o el inten to siempre renovado de hacer
frente a la progresiva alienación de la sociedad burguesa y a la cosifica-
ción universal de la vida moderna?

III

«No hay testigos del um bral de una época. Un cam bio de época es
una frontera inobservable, desligada de cualquier dato im portante, de
cualquier suceso evidente»'3. Esta afirm ación lapidaria de H ans Blu-
m enberg queda refutada por el hecho de que en m edio de la Ilustración
burguesa se da un um bral de cam bio de época, com o se com prueba por
la retrovisión de una m irada diferenciadora y por un em inente testigo
que lo percibió y marcó de m anera provocadora. Se trata de Rousseau,
quien en sus D isam os de 1750 y 1754 reconoció el prim ero el «carácter
de Jano de la cultura (M M 37), ese «carácter am biguo del progreso que
desarrolla sim ultáneam ente el potencial de la libertad y la realidad de ía
opresión» (M M 96). Fue Rousseau el prim ero en reconocer «ía necesa­
ria división social del hom bre en funciones independientes» (M M 84),
y en evocar com o contrapartida ía perdida «imagen de una naturaleza
intacta» (M M 59). Tam bién Rousseau intuyó lo que más tarde A dorno
(en formulación de sus M ín im a Moralia) llamó el «contexto ciego» de
la razón despótica. Adorno, quien había podido convocar a Rousseau
como testigo principal de su teoría de ía m odernidad, apenas lo m en­
ciona ni en la Dialéctica de la Ilustración ni en M inim a Moralia, las dos
obras que ejercieron en mi generación un efecto sólo com parable al de
los dos Discursos de Rousseau.

15 H. Biumenberg, Aspckte der Epochenschwellr: Cusaner und Nobiner, Frankfurt,


1976, p. 20.

68
Este es el m arco histórico de mi reflexión. Se plantea la cuestión de
la transform ación época! que tiene lugar en el centro de la Ilustración
francesa, m o m en to en el que la confianza o p tim ista en el progreso
ininterrum p id o y el triunfo inm inente de la razón ilustrada se cambió
en la conciencia de la incipiente alienación de la vida social, lo que aca­
baría revelándose com o el problem a fundam ental de nuestra m oderni­
dad. Intentaré com prender el proceso de la m odernidad desde la crítica
de Rousseau hasta la dialéctica de A dorno al hilo de los acontecim ien­
tos más destacados, allí donde se articula literariam ente y aflora a la
conciencia pública la ru p tu ra entre expectativa y experiencia en un h o ­
rizonte tem poral e histórico progresivamente acelerado. C on ello abri­
go una esperanza que Benjam ín, en atención a la m oda, y por lo tanto
al arte de la m odernidad, puesto que el paradigm a estético de Baudelai-
re era la m oda, explica así: «El interés más acuciante de la m oda para el
filósofo radica en sus extraordinarias anticipaciones. Es conocido que el
arte, sólo con imágenes, se anticipa en años a lo que será la realidad
perceptible»14. Si creem os al historicism o riguroso cuando m antiene
que lo nuevo in eventu acostum bra a sustraerse a la experiencia cons­
ciente y que sólo ex eventu, retrospectivam ente, es reconocido com o el
lím ite entre lo que «ya no es» y lo que «aún no es»’\ ¿no le quedará a la
experiencia estética esa o portunidad, siempre confirm ada, de apostro­
far, frente a la experiencia histórica, la aparición de lo nuevo, de elevar
a la conciencia las posibilidades que se anuncian, o incluso de dram ati­
zar, com o un nuevo com ienzo o com o un giro único a la manera del
paradigm a paulino-cristiano («mira, todo es nuevo»), ese cam bio de
horizonte todavía im perceptible?16.

14 W . B en jam ín , G esa m m elte S ch rifien , F ran k fu rt, 5 9 8 2 , voí. V , I, p. 1 1 2 .


Según Bíum enberg (nota 1 3 ) , esp. p. 2 2 .
16 E n la crítica que dirige H . Blum enberg al uso hipertrofiado de la metáfora absoluta
«umbral de época» -m etáfora que Ha introdu cido él m ism o— y en su visión retrospectiva
sobre ia historia del concepto griego de ep och é, me parece que este paradigma no juega
ningún papel, aunque sin duda pertenece a «las condiciones únicas en su género» que
Blum enberg concede al com ienzo de ios tiempos modernos (nota 13, p. 18), y que tal vez
es —sospecho— el responsable del cam bio operado en ía historia del concepto de época,
que ha pasado del sentido prim ero de «punto de detención» al de «acontecimiento in i­
cial». Sólo habría que recordar aquí a un testigo irrefutable de esa ruptura de época, U l-
rich von H u tte n , quien, con su famosa exclamación: «O sa ectd u m j O h ttera e¡ tu v a t v i veré,
etsi q u iescrre n ortd u m iuvat* , actualiza el paradigma paulino de la c o n v e n io («veo pues que
todo se ha hecho nuevo»), que parece haber preformado y legitim ado, al menos en el pe­
ríodo progresivo de la m odernidad (como prerendo demostrar), !a experiencia de que las
«revoluciones estéticas» constituven el com ienzo de una nueva era. Parece evidente que la
expectativa estética de lo nuevo precede siempre a su experiencia histórica. R. Koselieck

69
Si se c o m p r u e b a la e x is te n c ia d e r u p tu ra s en el p ro c e s o de la m o ­
d e r n id a d lite ra ria , p o r z w y o fit n d ftm e n tt n n in re p o d e m o s in d a g a r, es d e ­
cir, el a c o n t e c im ie n t o h is t ó r ic o q u e c o n d ic io n a la m a n ife s ta c ió n e s té ti­
ca, en tal caso el c a m b io d e s ig n ific a d o d e lo m od ern a se a r t ic u la en tres
u m b r a le s n o ta b le s q u e e n fá tic a m e n te p o d r ía n d e s ig n a rs e c o m o tra n s ­
fo r m a c io n e s e p o ca le s. U n o es Ja rev o lu ció n estética e n tre el c la s ic is m o y
el r o m a n t ic is m o a le m á n q u e , e n t o r n o al i 8 0 0 y b a jo el s ig n o d e l h is to -
r ic is m o c re c ie n te , re ch a zó la a n tig ü e d a d e n ta n t o q u e a n tig ü e d a d c lá s i­
c a a la le ja n ía d e o t r o p a sa d o , y sa có a la m o d e r n id a d c o n su n u e v a es­
t é tic a d e lo s u b l i m e , in t e r e s a n t e y s e n t i m e n t a l d e l c í r c u l o d e lo
c lá s ic a m e n te b e llo , im p o n ié n d o la c o m o m e ta de ía e d u c a c ió n estética,
q u e h a y q u e e n te n d e r e n ta n t o q u e s o lu c ió n de las a p n ría s de la e d u c a ­
c ió n r o u s s o n ia n a b asad a e n la n a tu r a ie ia . L a s e g u n d a tr a n s fo r m a c ió n
tie n e lu g a r en t o r n o a 1 8 5 0 c o n ía te o ría de B a u d e la ir e d e lo b e llo tra n ­
s it o r io y ia p o é tic a de la p e r c e p c ió n fra g m e n ta d a de F la u b c r t . Se trata
d e la e s té tic a d e u n a m o d e r n id a d c u y a e x p e r ie n c ia t r a u m á t ic a d e ¡o
n u e v o h a ce q u e se e n fre n te a s í m is m a , s e g re g a n d o su p r o p ia a n t ig ü e ­
d a d y tr a n s fo r m a n d o el h is t o r ic is m o en e s te tic is m o , u n e s te tic is m o q u e
d is p o n e lib r e m e n t e d e t o d o el p a sa d o en e! e s p a c io d e l « m u s e o im a g i­
n a rio » . L a te rce ra tr a n s fo r m a c ió n o c u r r e e n t o r n o a 1 9 1 2 en el c ír c u lo
d e artistas p r ó x im o s a A p o llin a ir e . C o n s is t e e n u n a m o d e r n id a d q u e se
a fir m a d e m o d o e u f ó r ic o , u n m o v im ie n t o e b r io la n z a d o a u n fu t u r o
fa n ta s m a g ó r ic o , en el q u e se a b a n d o n a el p a s a d o y el p a r a d ig m a m is m o
e n v e je c id o d e la Q u e r e lle , y en lu g a r d e él se re c u p e ra p a ra la m o d e r n i­
d a d esté tica el h asta e n to n c e s p a r a d ig m a p o l ít i c o d e la v a n g u a rd ia . Las
in n o v a c io n e s q u e tie n e n lu g a r a h o ra n o se s u c e d e n t e m p o r a lm e n t e , s i­
n o q u e c o n c u r r e n s im u lt á n e a m e n t e e n e) tie m p o . S o n tas in n o v a c io n e s
d e las v a n g u a r d ia s m ás re p r e s e n ta tiv a s e n t o r n o a la p r im e r a g u e rr a
m u n d ia l: la p o é tic a basad a e n la p lu r a lid a d de voces, el p r i n c i p i o de si-

( n o t a 1 9 , p. 27 4 s.) hn i n d i c a d o c ó m o o c u r r e es to c o n los g r a n d e s c o n c e p t o s de- é p o c a ,


e m p e g a n d o c o n la s e p a r a c i ó n d e la F.dad M e d i a dei in ic i a l R e n a c i m i e n t o , a! q u e se o p u s o
p r i m e r o co rn o m o v i m i e n t o li te r a r io y es té ti co , m u c h o a n t e s <ic q u e , tra s u n la r g o p r o c e ­
s o, f u es e r e c o n o c i d a c o m o é p o c a h i s t ó r ic a . 1.a c o n c u r r e n c i a d e los p a r a d i g m a s a n t i g u o v
c r i s t i a n o , e n I.i h is í o r í n de ! c o n c e p r o d e é p o c a y en la p e r c e p c i ó n h i s t ó r i c a d e lo n u ev o ,
m e r e c e r í a u n a a m p l i a e x p o s i c i ó n , q u e c o n f i r m a r í a la h i p ó te s is d e l c a r á c t e r tic v a n g u a r d i s ­
m o h i s t ó r ic o d e t o d a e x p e r i e n c i a es té ti c a . O b s e r v e m o s s ó lo q u e el c o n c e p t o d e w m ^ u a r ­
d í a , q u e t u v o su m o m e n t o p o l í t i c o c u l m i n a n t e a m e d i a d o s del si g lo X i X , f u e y a a n t i c i p a ­
d o en los p l a n o s li te r a r io y es té ti c o . F .u e n n e P a s q u í e r va lo u t il iz ó en la e x p l i c a c i ó n de!
d e s a r r o l l o d e ía p o e s í a fr a nc es a : « f u e u n a h e r m o s a g u e r r a la q u e se e m p r e n d i ó e n t o n c e s
c o n t r a la i g n o r a n c i a , c u y a v a n g u a r d i a a t r i b u y o a Sc c v e , R c 7 t y í M l c t i c r ; o. si q u e r é i s , es-
ros f u e r o n los a n t e c e s o r e s d e los o tr o s poe tas-' { T r é w r d e !¿t L m g u e jr<in{ttise, ed. í ! . Im bs .
P arí s, 1 97^> v. 111. p. 1 0 5 7 ) . V e r s o b r e es to m i tesis: -*hav q n e c r n p e 7 a r po r el p r i n c i p i o ' ,
e n : P o ct i k u n d H e r t n e n r u t i k X I! ( n o t a 19 ), p p . 5 6 3 j 5"70.

70
m u it a n e id a d , el o b je t tr o u v é q u e in c o r p o r a la re a lid a d e x t e r io r c o m o
fr a g m e n t o , ei arte n o o b je t iv o q u e e x c lu y e g lo b a lm e n t e la re a lid a d , v fi­
n a lm e n te , la re v u e lta s u rre a lis ta c o n sis in t e n t o d e d is o lv e r d ir e c t a m e n ­
te el arte en la v id a . L a m u lt ip lic id a d h e te ro g é n e a d e estos e n fo q u e s ha
c o n d u c id o a p o n e r en c u e s t ió n el c a rá c te r m is m o de é p o c a d e esta ú l t i ­
m a m o d e r n id a d estética. « L o q u e d ife r e n c ia el arte d e ia m o d e r n id a d
de! d e é p o c a s a n te rio re s , d ic e R a in e r W a r n in g , es la p é r d id a d e su u n i ­
d a d e p o c a L ' . A h o r a b ie n , e n c u a n t o a si la ú lt im a t r a n s f o r m a c ió n
a n u n c ia d a , el g ir o a la p o s t m o d e r n id a d , a u n q u e n o p a re ce c a p a z de
f u n d a m e n t a r sus p re te n s io n e s de n o v e d a d , p e r m itir á re tro s p e c t iv a m e n ­
te r e c o n o c e r u n a u n id a d e p o c a l en !o p a sa d o , cosa q u e in e v e n t v n o es
p e r c e p t ib le , y c o n e llo re p u d ia rá la m o d e r n id a d de la g e n e r a c ió n a n te ­
r io r c o n s id e r a d a c o m o el n u e v o c la s ic is m o , es u n a c u e s t ió n q u e p r e fe r i­
ría d e ja r a b ie rta .

IV

E n ú lt im o t é r m in o , h a n s id o la h is t o r ia d e las ideas y ia h is t o r ia so ­
c ia l ia.s q u e h a n s u s c ita d o ia c u e s t ió n d e l c o m ie n z o de! m u n d o m o d e r ­
n o , c o n el re s u lta d o de q u e el c a m b io d e c is iv o de h o r iz o n t e ha t e n id o
lu g a r e n tre m e d ia d o s d e l s ig lo X V lll y m e d ia d o s del x lx , la lla m a d a p o r
K o s e lle c k « ép oca a caballo-*, c u y o c e n tr o es la R e v o lu c ió n fran cesa. L a
h is t o r ia de ia.s ideas n o se lim it a a d e c ir q u e «viejas p a la b ra s a d q u ie re n
s ig n ific a d o s n u evo s, q u e . c o n la p r o x im id a d al m o m e n t o c o n t e m p o r á ­
n e o , ya n o es n e c e s a rio tra d u c ir» '", C o m o ha m o s tr a d o R e in h a r r K o se -
líe k , el c a m b io p r o d u c id o en t o r n o a ¡ 7 5 0 p u e d e ser d e t e r m in a d o p o r
c r it e r io s q u e , co n c ep tu a liza d o s e n ese m o m e n t o y a lim e n ta d o s p o r las
n u e v a s e x p e r ie n c ia s q u e s u p u s o e! a c o n t e c im ie n t o d e la R e v o lu c ió n
fra n ce sa , p e r m it e n e n te n d e r la m o d e r n id a d c o m o lin a é p o c a en la q u e,
d ic h o e s c u e ta m e n te , «la h is t o r ia n o se re a liza en ei tie m p o ... s in o p o r el
tie m p o » '". L o s c r it e r io s d e K o s e lle k son: '-la d in a m ix a c ió n y te m p o r a li-
z a c ió n d e la e x p e rie n c ia m u n d a n a ; el p o r v e n ir a b ie rto al q u e h ay q u e
a b o r d a r p la n ific á n d o lo ; la c o n t e m p o r a n e id a d d e lo n o c o n t e m p o r á n e o

r R . V í’a r n i n g , - u S u r r n l i s r i s d i e 1 o t a l i t a r u n d d i e P a r a a l i t a r d e r M n d c r n c » , e n : / yr i k
u n d M f í h ' r c i d e r A v a n r g u r d e , e d R . W a r n i n g v VX'. W-eble, M ü n c h e n . 19 8 2 . p . 48 i .
,5 R . K o s e ll e c k . in tr . a G w h i e h t h c h c G r u v d b c g r i f j e . ed . p o r O . B r u n n c r . W . G on 7e .
R. K o scH e ck , S n m g a rr. 1 9 "% vol. L p X V .
R . K o s d l c c k . « D a s 18. l a h r h u n d c r t ais B e g i n n d e r Ncu/cml*, e n E p w h a i t c b u r l l r
u n d E p o c h e n b c w u s s t < f t n , ed- R. K o s e íl c c k - R . H cr / o ^ {Poctik u n d H t'rm erj euiik X l ñ . M ü n ­
c h e n , 19 8 7 , p. 2 7 8 .

71
q u e d ife r e n c ia d e m o d o p lu r a lis t a io q u e o c u r r e en c! m u n d o ; ia m u lr i-
p iic id a d p c rs p c c tiv is ta . fre n te a la q u e d e b e c o n s tr u ir s e v ev a lu a rse el
c o n o c im ie n t o h is t ó r ic o ; y p o r ú lt im o ia c o n c ie n c ia de v iv ir en u n t ie m ­
p o d e t r a n s ic ió n , e n el q u e es c a d a v e z m ás d i f í c i l in te g r a r las t r a d ic io ­
nes r e c ib id a s e n las n ecesarias in n o v a c io n e s "™ . E s e v id e n te q u e c u a n d o
h a y u n c a m b io d e l h o r iz o n t e de la e x p e rie n c ia en u n « m u n d o v iv id o »

q u e se t r a n s f o r m a de u n m o d o más r á p i d o de c o m o n u n c a lo ha hc cho,
n o se deja d e t e r m in a r c o n las d is t in c io n e s de q u e d is p o n e la filo s o fía de
la Ilu s tra c ió n ; y e fe c tiv a m e n te , p o c o d e s p u é s d e 1 7 5 0 a p a re ce n s im u l­
tá n e a m e n te la filo s o fía de la h is to ria , ia a n t r o p o lo g ía f ilo s ó fic a y la esté­
tica. O d o M a r q u a r d h a in te r p r e t a d o re c ie n te m e n te tal a c o n t e c im ie n t o
en el s e n tid o de q u e la f ilo s o fía m o d e r n a q u e c o r r e s p o n d e a tal é p o c a
«bisagra», in t e n t a u n a n u e v a d e f in ic ió n d e l h o m b r e «para c o m p e n s a r la
p é r d id a d e l m u n d o v iv id o q u e tie n e lu g a r e s p e c ífic a m e n te en esa m ita d
de s ig lo » ’ 1. E v id e n t e m e n t e n o es la filo s o fía a c a d é m ic a d e la é p o c a , la
c ris is d e la te o d ic e a le ib n iz ia n a a n te el te r r e m o t o d e L is b o a d e 1 7 5 5 , la
q u e p e r c ib e p r im e r o esta r e d u c c ió n d e l m u n d o .
F u e R o u sse a u el p rim e ro en re co n o ce r p ú b lic a m e n te el "d esen can to
d el m u n d o » p o r la c o s ific a c ió n casi im p e rc e p tib le p e ro progresiva, antes in ­
clu s o del desastre de L is b o a , en sus D is a m o s , p rim e ro (1 750 ) v s e g u n d o
(1 7 5 4 ), c u y o eco se e x te n d ió c o m o la p ó lv o ra p o r to d a E u ro p a . S egún
M a r q u a r d , el re su ltad o del d eb ate sob re la te o dicea en el pro ce so a b ie rto
p o r la Ilu s tra c ió n sob re el p ro b le m a del ''m al en el m u n d o » , c o n s is tió en
a firm a r q u e ya n o es D io s el cre a d o r del m u n d o , s in o q u e es el h o m b re
c o m o sujeto el responsable de su h isto ria, p ero qu e, h a b ié n d o se c o n v e rtid o
así e n ju e z y parte, se ve a b o ca d o a la p re s ió n a b so lu ta de la ju s tific a c ió n y a
la n ecesid ad de la le g it im a c ió n ” . Si tal re su ltad o s ig n ific a d e h e c h o el n a c i­
m ie n to de la m o d e rn a filo s o fía d e la h isto ria q u e carga en ú lt im o té rm in o
c o n el fard o de la te o dicea secularizada, es alg o q u e p u e d e apreciarse va en
los p rim e ro s escritos de R ousseau, y su efecto s e c u n d a rio , la s o b rc ju d ic ia ii-
z a c ió n de! m u n d o d e la vid a, se revela en el s ín d ro m e de p e rs e c u ció n de sus
C o n fe s io n e s tardías; puesto q u e R o u sse au n o se p re g u n tó p o r ei s e n tid o de!
m al en el m u n d o , s in o p o r su causa en la so cied a d c o n te m p o rá n e a , su o r i­
gen h is t ó ric o y el c a m in o de su re m e d io en u n a socied ad n u e v a '.

J0 I b i d . , p. 2 B 0 .
:i « D e r a n g e k l a g t c u n d d e r e n c í s m e te M e n s c h irt d e r P h í l o s o p h i e de s 18 . ] n h r h i m -
dert5>\ cíi A b s c h i f d r o m P r i n z i p i c í í n i , S t a r t e r ! , 1 9 8 1 . p. 4 2 .
” I h í d . , p. s.
'-1 En io q u e s Íejuc re c o jo r e s u iu d m cíe! c a p ít u lo s o b re R o u s s e a u r G o e fh c d e n i i lib ro
A s th fti s i'h f F r f í i h r u n g iw / J ¡ i t m i r i s c b ? H c m t e t t fu t i k , Í íé m k f im , 19 52., p p . [tra d .
o is t. p a r c ia l: F x p e r i e n a n e n é t i c a y h c r n i e n é u t i a i ¡iu r r a r u i, M a d r id . 1 a u r u s , ] 9 8 6 ].

72
E l d ia g n ó s t ic o d e l p r im e r D is c u r s o s o h r c su p r o p io t ie m p o e x p lic a
la c o d ific a c ió n c re c ie n te d e l m u n d o m o d e r n o p o r la e s c is ió n e n tre n a t u ­
raleza y c iv iliz a c ió n , es d e c ir, q u e las c o s tu m b re s y la m o ra l s o c ia l ríe la
g e n te se d e re rio ra n p a r a d ó jic a m e n te en la m e d id a en la q u e la c ie n c ia v
el arte p ro g re s a n a ¡as c u m b re s a lc a n za d a s p o r la I lu s tr a c ió n . L a m ira d a
re tro s p e c tiv a q u e R o u s s e a u la n z a e n su s e g u n d o D is c u r s o al E ta t d e n a -
/)(ff c o m o in ic io h ip o t é t ic o de la h is t o ria d e l h o m b r e , lib e ra a Sa n a t u ­

raleza d e l h o m b r e y tra sla d a sus cargas a la s o c ie d a d en su c o n j u n t o , la


c u a l, c o n las in s t it u c io n e s q u e se d a - p r o p ie d a d , d o m i n i o , d iv is ió n del
tra b a jo , t r a d i c i ó n - hasta ral p u n t o a lie n a al h o m b r e m o d e r n o d e su
v e rd a d e ra n a tu ra le z a , q u e, p a r a d ó jic a m e n te ta m b ié n , le e n fre n ta a su
p r o p ia c re a c ió n , es d e c ir, el re s u lta d o d e su h is to ria , c o m o si fu e ra u n
p r o d u c t o e x tra ñ o . L.a p re g u n ta q u e d e a q u í se sig u e , y q u e h a ce ép o ca,
.se p u e d e r e s u m ir así, p ese a sus d iv e rs a s v a ria n te s : ; c ó m o p u e d e el
h o m b re del mundo m o d e r n o , Frente a su e x is te n c ia dividida en ta n to
que h o m m e c i v i l , v o lv e r a e n c o n t r a r la t o ta lid a d p e r d id a d e l h o m m e n a -
ttireL y c o n e llo la o p o r t u n id a d d e ser feiiz.? A tal c u e s t ió n , R o u s se a u i n ­
te n ta ciar tres s o lu c io n e s d ife re n te s: en el E m ilio , m e d ia n te el p ro v e c to
d e u n a « e d u c a c ió n n a t u r a l' p a ra el in d iv id u o e x c lu id o d e la s o c ie d a d :
e n el C o n tr a to s o c ia ! ( t a m b ié n d e 1762}, m e d ia n te el p ro v e c to d e c o n s ­
t it u c ió n d e u n esta d o fu n d a d o e n u n a ig u a ld a d e fe c tiv a para el s u jeto
q u e s u rg e d e !a v o l a n t e g e n é r a le -, v en la N u e v a H e lo is a (1 7 6 7 ) m e d ia n te
la c o m u n id a d de a m o r de u n a pareja p r im o r d ia l para el p e q u e ñ o c ír c u ­
lo d e a lm a s sen sib le s.
N o v o y a tra ta r a q u í m ex tem o d e las a n a lo g ía s y d ife r e n c ia s de la
c r ít ic a d e R o u s s e a u y d e la d ia lé c tic a de A d o r n o . S u p o n e n u n a in v e r ­
s ió n en R o u s s e a u de la r e fle x ió n filo s ó fic a q u e A d o r n o ha s it u a d o c o m o
p re m is a d e su te o ría c rític a , y lu e g o r e a liz a d o d e m o d o s o b e rb io . E l e le ­
m e n t o fu n d a m e n ta ! d e la c r it ic a d e la id e o lo g ía de R o u s s e a u ra d ic a a n ­
te t o d o en su c o n v ic c ió n d e ser el ú n ic o in ic ia d o en u n a v e rd a d q u e se
o c u lt a a td o s los d e m á s , v, en s e g u n d o lu g a r e n ¡a c u e s t ió n de «la e t ilr u -
ra c o m o id e o lo g ía » (M M 2 2 ), es d e c ir, e n la ¡dea p re s e n ta d a ya p o r
R o u s s e a u y f o r m u la d a d e sp ué s p o r A d o r n o d e este m o d o : «la cu h u ra
p r o d u c e la ilu s ió n d e u n a s o c ie d a d d ig n a d e i h o m b r e , q u e n o existe: d i ­
s im u la las c o n d ic io n e s m a te ria le s s o b re las q u e se le v a n ta lo h u m a n o , y,
m e d ia n t e el c o n s u e lo y a p a c ig u a m ie n t o q u e p r o p o r c io n a , sirv e para
m a n t e n e r la e x is te n c ia en las m a la s c o n d ic io n e s q u e la d e te rm in a n * '
(M M 2 2 ). E n su p r e fa c io al N a r c is s e de 1 7 5 3 , R o u s s e a u e x p lic a las re ­
s is te n c ia s e n o rm e s q u e tu v o q u e v e n c e r para lle g a r a tal idea. Es u n tes­
t i m o n i o q u e a n t ic ip a la c u e s t ió n q u e se p la n te a A d o r n o : si «entre los
m o t iv o s d e la c r ít ic a d e la c u lt u r a . .. n o o c u p a d e s d e s ie m p r e u n lu g a r
c e n tr a l la m e n tira » ( M M 2 2 ). R o u s s e a u c o n fie s a q u e él m is m o , s e d n c i-

73
d o p o r lo s p r e ju ic io s d e su tie m p o , n o s ie m p r e ha p e n s a d o así, y q u t
n e c e s itó m u c h o t ie m p o p ara, c o n m u c h a o b s e r v a c ió n y re fle x ió n , darse
c u e n ta d e ia g ra n « ilu s ió n » en q u e h a b ía c a id o , pese al b r illo y p re s tig io
de! sabe r ilu s t r a d o q u e a d m ir a b a - 4. Es u n a ilu s ió n ta n to m ás en g a ñ o sa ,
c u a n t o q u e las c ie n c ia s y las artes re c u b re n « c o n u n b a r n iz " los v ic io s de
la s o c ie d a d en ia m e d id a q u e lo s d e s cu b re n : « d e stru y e n la v ir t u d , p ero
d e ja n como a lg o b e llo su s im u la c r o p ú b lic o » .
tiste « s in iu la c r o p ú b lic o d e ia v ir tu d » , t r a d u c id o al le n g u a je a c tu a l
sería ía « ce g u e ra " o la «falsa c o n c ie n c ia » . E s c ie r to q u e s ie m p r e ha e x is ­
t id o e n la c r ít ic a m o ra lis ta d e la c u lt u r a el re m a de ia m e n tir a c o n s c ie n ­
te; p e ro lo te rrib le d e l d e s c u b r im ie n t o d e R o u s s e a u es q u e n i la m ala
v o lu n t a d d e lo s in d iv id u o s , n i el p o d e r d e los rico s, n i el p e c a d o o r i g i ­
n a l d e lo s c ris tia n o s , n i el « a m o r p r o p io » d e s e n m a s c a ra d o p o r I,a R o -
c h e fo u c a u ld c o m o el o c u lt o im p u ls o de la n a tu ra le z a h u m a n a , sirv e n
p a ra e x p lic a r p o r q u é « n u e stra s v ir t u d e s n o s o n s in o v ic io s d is fr a z a ­
d o s» 25. D a d o el m a l en el m u n d o m o d e r n o , la c u lp a , q u e se sustrae a la
c o n c ie n c ia , n o c o m p e t e al h o m b r e , n i a sus im p u ls o s , s u p u e s ta m e n te
s ie m p re ig u ales, n i a su a c t iv id a d ra c io n a ! p ro le p c ic a , s in o s ó lo a las in s ­
tit u c io n e s cread as p o r él, o al «sistem a» d e la s o c ie d a d m o d e r n a (y n o es
c a su a l q u e tal c o n c e p t o a d q u ie ra a h o ra su ag u d e za p o lé m ic a ) : n o es lo
p a rtic u la r, s in o - p a r a d e c ir lo c o n el m ás b re v e a fo r is m o d e A d o r n o - «el
to d o lo q u e es falso» ( M M 2 9 ). F iló s o fo s y p re d ic a d o r e s - y R o u s s e a u se
re fie re así r e t r o s p e c t iv a m e n t e a s í m i s m o - h a n v is t o y la m e n t a d o el
m al, p e ro e'l ha d e s c u b ie r to la cau sa e s c o n d id a y a n u n c ia d o la ve rd a d
c o n s o la d o ra : « to d o s lo s v ic io s n o p e rte n e c e n al h o m b r e , s in o m ás b ie n
al h o m b r e m a l g o b e r n a d o " .
C o n c lu ir , a p a r t ir d e este c o n s u e lo , q u e ha lle g a d o el t ie m p o d e re-
c o n fig u r a r , m e d ía n te u n a r e v o lu c ió n p o lít ic a , u n a s o c ie d a d tan m a l g o ­
b e rn a d a , es a lg o q u e , c o m o se sabe, q u e d ó lejos d e ias in t e n c io n e s de
R o u s se a u . L o s tres c a m in o s d e re fo rm a —el E m itía , c! C o n t r a t o so ci/ il y
la N u e v a Hc!ois/i~- q u e p r o p o n e , se c o n t r a d ic e n p o r sus e n fo q u e s ir r e ­
c o n c ilia b le s y d a n lu g a r a la a p o r ía , c u y a s o lu c ió n n i R o u s s e a u n i ia
ilu s t r a c ió n fran cesa, p u d ie r o n resolver. Se trata de la re s o lu c ió n d ia lé c ­
t ic a d e la c o n t r a p o s ic ió n n a t u r a le z a - c iv iliz a c ió n , s e n t im ie n t o - r a z ó n ,
q u e p la n te ó el id e a lis m o a le m á n , d e s p u é s de q u e K a n t , seg ú n la f ó r m u ­
la d e E ñe W e il, « p e n só hasta el fin a l lo s p e n s a m ie n to s de Rousseau»-''.

M j . J . R o u s s e a u , O i n v r t ' í c o m p l e t a , c d . R. G a g n e b í n - M . R a v m i m d , P a r í s . 1 9 6 4 ,
vol. i l t pp . 9 5 9 - 9 7 4 , w p . 9 6 2 , 9 7 2 .
]S A l u s i ó n s In. f a m o s í s i m a m á x i m a de 1.a R o c h c f o u c a u l d : ■Nuestra': v i r t u d e s n o son
c o n f r c t u c n c i n s in o vi ci os disfr aza dos *' ( l e m a d e sus R é jl c x i o m m or a le s).
y' E. VveH, F.s'ius c t c o n f á c n i e u P ar ís , 1 9 7 1 , v. 2 Tp. 1 2 3 s.

74
L a s o lu c ió n de la c o n t r a d ic c ió n e n tre e x is te n c ia n a tu ra l y s o c ia l exige,
s e g ú n K a n t , d a r u n te rcer paso en ía h is t o r ia ele la h u m a n id a d : d e sp ué s
d e la a c u it u r a c ió n y la c iv iliz a c ió n , la m o r a liz a c ió n del h o m b re ; de lo
q u e se d e d u c e q u e '<!n m o r a lid a d es cosa d e l arte, n o d e la n atu ra le za» ,
ya q u e «el arte re a liz a d o p u e d e hacerse n a t u r a l e z a S i la s o lu c ió n d e la
F ilo s o fía k a n tia n a , vistas sus c o n s e c u e n c ia s , ha e x ig id o u n g ra n p re c io ,
«Sa s e p a ra c ió n d e l .s e n tim ie n to y el e n t e n d im ie n to » ( M M 27 ) y la tra n s ­
f o r m a c ió n de la a u c o c ríric a de ia raz.ón en su c o n t r a r io , «el p e n s a m ie n to
q u e d is p o n e d e sí m is m o » ( M M 8 1 ) , a h í e n c o n tr a m o s el m o t iv o f u n d a ­
m e n ta l d e la d ia lé c tic a d e la I lu s t r a c ió n d e A d o r n o y d e l in t e n t o d e s a l­
v a c ió n de la e x p e rie n c ia s u b je tiv a e n sus M í n i m a M n r a lia , o. si se q u ie ­
re, su j u i c i o d ia lé c t ic o s o b re el p r o c e s o q u e h a b ía a b ie r t o c o n t r a la
I lu s t r a c ió n , d o s s ig lo s a n te s y de m o d o n o d ia lé c t ic o , su m ás fa m o so ,
p e ro n u n c a n o m b r a d o , p red e ce so r.

«Parece m a d u r o el m o m e n t o p a ra q u e re a lm e n te ha va u n a r e v o lu ­
c ió n estética , m e d ia n te la q u e lo o b je t iv o sea e le m e n to d o m in a n t e d e la
c u lt u r a e sté tica de! h o m b r e m o d e rn o » , así reza el p o s tu la d o c o n el q u e
c u lm in a el e s c rito d e F. S c h íe g e l S o b r e e l e s t u d i o d e !a p o e s í a g r i e g a , re­
d a c t a d o e n tre 1 7 9 5 )' 1 7 9 6 ’*. Si se a ñ a d e n a este e s c rito Sos tra b a jo s de
S c h iile r h e c h o s e n la m is m a é p o ca , las C a r t a s s o b r e la e d u c a c i ó n e s t é t i c a
y S o b r e leí p o e s í a i n g e n u a y s e n t i m e n t a l j u n t o c o n el lla m a d o M ás a n ti­
g u o p r o g r a m a d e l I d e a l i s m o a l e m á n , se h a b rá d o c u m e n t a d o u n c a m b io
de é p o c a d e l q u e p u e d e d e c irs e q u e p r o c la m ó ia ir r u p c ió n d e u n a n u e ­
v a m o d e r n id a d c o n u n a d e c is ió n y a n te la c ió n c o m o n u n c a se h a b ía h e ­
c h o e n el s e n o d e la c o n c ie n c ia esté tica, e s ta b le c ie n d o al m is m o t ie m p o
sus c a te g o ría s . Y e llo c o m o resp uesta a la d e s ilu s ió n q u e s ig u ió a la es­
p e ra n z a de u n a e m a n c ip a c ió n in m e d ia ta p la n te a d a p o r la R e v o lu c ió n
de 1789 v co m o a n ticip a ció n deI co m ie n z a de] R o m a n t ic is m o e n 1798
(fe c h a de la a p a r ic ió n d e A t h e n a u m ) , la ú lt im a g ra n é p o c a d e la c u ltu ra
e u r o p e a q u e a b arca a ú n to d a s las artes.
S i b ie n a h o ra se p o s tu la lo n u e v o an tes de q u e aparezca, tie n e lu g a r
u n g ir o in e s p e ra d o ( c o m o c o r r e s p o n d e a u n v e rd a d e ro a c o n t e c im ie n t o
h is t ó r ic o q u e n o es a lg o m e ra m e n te a c c id e n ta l): n o es lo o b je tiv o , s in o
la fite r z a estética de lo s u b je tiv a lo q u e va a d o m in a r e n la c u lt u r a m o ­
d e rn a , a lg o , pues, m ás lig a d o a lo a r t if ic ia l q u e a lo n a tu ra l.

r i. K ; m í, L d . A c n d c t n ia . v, 2 . B e r lí n , 1 9 2 3 . p p . ÍÍ 3 6 , H -S7-K96.

^ C i t . ío ^ ú n la e d ic i ó n d e P- H n n k ^ m m e r . C io d e s h e r ^ . 194 ^ , p. 101.

75
D e s p u é s d e ¡ 9 6 8 , ¡n p r e t e n s ió n u t ó p ic a tic esta r e v o lu c ió n estética,
la e m a n c ip a c ió n c o m p le t a d e i arte c o m o a u t o n o m ía esté tica, el p r o g r a ­
m a d e u n a fo r m a c ió n e sté tica e n ia p e rs p e c tiv a de u n E s t a d o e s té tic o
q u e p e r m itie r a el id e a l d e la ig u a ld a d , y, p o r lo ta n to , !a c u lt u r a id e a lis ­
ta d e la é p o c a b u rg u e s a en su c o n j u n t o , t o d o esto ha s id o s o m e t id o a
u n p ro c e s o d e ral m a n e ra q u e h o y —t a n t o si se c o m p a r te c o m o si se re ­
c h a z a el r ig o r is m o d e los a c u sa d o re s en c i p ia n o de la c r ít ic a de las id e o ­
lo g ía s — n o s e x ig e u n a n u eva c o m p r e n s ió n d e esa é p o c a . A saber: n o
p u e d e ser c o n c e b id a en la c o n t in u id a d de la h e r e n c ia n a c io n a l, s in o en
la a lr c r id a d d e su a p a r ic ió n h is tó ric a .
D e s d e !a c r ít ic a d e M a r c u s e e n ei « C a rá c te r a fir m a t iv o d e la c u l t u ­
ra» ( 1 9 3 7 ) hasta la tic O d o M a r q u a r d en « E l arte c o m o c o m p e n s a c ió n
d e su p r o p io Pin» ( 1 9 8 1 ) ’’ - p o r p o n e r d o s e je m p lo s a n r i p ó d ic o s - se
s o s p e c h a c a d a vez m ás q u e el arte «estético» d e l c la s ic is m o a le m á n ha
a p r o b a d o la in ju s t ic ia s o c ia l, p e ro q u e , e n ú lt im o t é r m in o , su « h u id a
en la ir r e s p o n s a b ilid a d » p u e d e ser ju s tific a d a c o m o c o m p e n s a c ió n de ia
p é r d id a d e le g it im id a d y d e la d e s c o m p o s ic ió n d e las esferas de v alo res
d e la s o c ie d a d b u r g u e s a 10. P o r eso, «la id e a de la c u lt u r a c o m o id e o lo ­
gía» n o h a e s c a p a d o a la « p r o p e n s ió n a c o n v e r tir s e e lla m is m a en id e o ­
lo g ía » , c o m o s o s tie n e el m is m o A d o r n o ( M M 2 2 ). Parece, pu es, lle g a ­
d o el t ie m p o d e re c o rd a r q u e ta m b ié n la c u lt u r a id e a lis ta d e l c la s ic is m o
a le m á n e m p e z ó b a jo el s ig n o d e lo q u e L e o L o w w c n t h a l " llam é) la ( u n ­
c ió n in ic ia l m e n te c r ít ic a d e l id e a lis m o b u rg u é s y de lo q u e el m is m o
A d o r n o en sus A lin itn a M o m i t a d e t e r m in ó c o m o el m o m e n t o d i a lé c t i­
c o de la a u t o n o m ía estética: «Et a g ra d o d e s in te r e s a d o q u e, s e g ú n K a n t,
su s cita la o b r a d e arte, s ó lo p u e d e ser e n t e n d id o g ra c ia s a u n n a n títe s is
h is t ó r ic a q u e c o n t in ú a r e s o n a n d o e n to d o o b je t o e sté tico » ( M M 144).
Ed d e b a te en t o r n o a la c r ít ic a de la id e o lo g ía d e i ú lt im o d e c e n io ha
a p r o v e c h a d o p o c o , m e p are ce , esta p r o p u e s ta d e A d o r n o , y, p o r e llo ,
ha d e s c o n o c id o q u e in c lu s o en el ju e g o estético'-’ y a u n en las Form as
lím ite s de la a u t o n o m ía esté tica, c o m o l'ttrt p o u r {'art, o e n la e s c ritu ra
a u t o m á t ic a de lo s s u rre a lista s, p e rm a n e c e a c tiv o u n m o m e n t o d ia lé c t i­
c o d e la I lu s tra c ió n ; «la a u s e n c ia to ra l d e f in a lid a d d e s m ie n te la t o t a li­
d a d de las co s a s s o m e tid a s a fin e s en el m u n d o d e la d o m in a c ió n »

O , M a r iju a r d , fí\í.in st ais K o m p c n s a tío n ¡bres l.?u!cs-\ en: k o U o iiu m m h u m ? a n d


P h ito w p fñ e l : ÁSThethi-he E rfa h ru n g. ed- W . O c jm n ü u r . P.u i^ m iirn . í ÍJ8 i , pp.
IhitL, p. \6 5 s.
M En su e s tu d i o s ob r e C e r v a n te s { 1 9 v ) . A h o r a cti I . l . m v e n t h d . St-f'rifrt'n, voi, 2,
D aí b ü rgi'rlick t' B tw u s s tie in irí d e r U r e ra tu r, F rn nk íur c, 19 8 1. pp . 4 1 -79.
1 V e r M in in u i Mora Ha, n ° 1 4 6 : -‘ La ir r e a l i d a d d e los ju e g o s revel a c]ue lo reñí rvi lo
es t o d a v í a . S o » e je r c i c io s in c o n s c i e n t e s c o n visras a u n a v i d a ju s t a -.

76
(M M 144). P r e g u n t é m o n o s p u e s c u á l fue la a n títe s is h is t ó r ic a q u e p e r ­
m a n e c ió a c tiv a e n la g én e sis de! arte a u t ó n o m o y en la c u lt u r a e sfé rica
d e l id e a h s m o a le m á n .
E n p r im e r lugar, h a y q u e e n te n d e r la re v o lu c ió n estética d e 1795 a
17 98 c o m o c rític a v c o r re c c ió n d e ¡a re v o lu c ió n p o lít ic a de 1789. Para la
e m a n c ip a c ió n d el h o m b re , fracasada p o lític a m e n te , se necesita según S c h i-
Uer d e «una re v o lu c ió n total en su m anera de sentir», antes de q u e u n a «re­
v o lu c ió n en el m u n d o exterior» c u m p la los ideales d e lib e rta d , ig u a ld a d v
fr a t e r n id a d '1. Si ia tarea de la e d u c a c ió n estética co n siste en «crear c iu d a d a ­
nos para ia c o n s titu c ió n antes d e p o d e r d a r u n a c o n s titu c ió n a los c iu d a ­
d a n o s » 1'1, n o estaría sin e m b a rg o esa esfera de a u te n tic id a d exenta de d e p r a ­
v a c ió n : «debería, m e d ia n te u n a le g is la ció n p ro p ia , asegurarla ta n to frente
al d e s p o tis m o de u n g usto lo cal y u n iln reral c o m o frente a la a n a rq u ía de
u n g u sto b á rb a ro e in c u lto » " . Esta le g is la ció n estética, q u e ta m b ié n p r o p u ­
so S ch le g e í c o m o p rim e r « ó rg an o d e la re v o lu c ió n esréttca» n o d e b ía ser sin
e m b a rg o a u to rita ria , s in o d e m o crá tica : «las leves de la teoría estética n o t ie ­
n e n verdadera a u to rid a d s in o en la m e d id a en la q u e son re co n o cid a s y
sa n cio n a d a s p o r la m a y o ría de la o p in ió n p ú b lic a » ''1. U n paso más radical
da aún E l m á s a n tig u o p r o g r a m a s istem á tico c u a n d o , c r itic a n d o el estado
m e c á n ic o s a lid o de la so cie d a d burguesa, p ero e x tra ñ o a su p ro p ia d e te rm i­
n a c ió n , exige: «sólo lo q u e es o b je to de la L ib erta d se lla m a Id ea . ¡D e b e m o s
p u es sobrepasar el E stad o! Pues to d o estado tiene q u e tratar al h o m b re l i ­
b re c o m o u n a rueda m ecánica: y eso n o debe hacerlo; debe, pues, d esap a­
recer»” . L a «Idea de Belleza» necesita, si q u ie re ser p ráctica y c o n d u c ir a la
u to p ía social, ante to d o , de u n a «nueva M ito lo g ía » : d eb e ser c o m p e n sa d a
la p é rd id a de le g itim a c ió n d e la razó n a n a lítica , de m anera que la Poesía
sea d e n u e v o m aestra de la H u m a n id a d 1*.
S ó lo p o d r e m o s c o m p r e n d e r p le n a m e n t e el m o d e r n is m o p r o p io de
este c a m b io e p o c a l, y en lo q u e tie n e in c lu s o d e a c tu a l, si en los p ro g ra -

' ' F\ S c l u íl c r , Rrifft' ü h e r d i e i i fth rri srh e fr.rzifhtittQ o i r t a s 2 ^ v 2~;I ffra d, CHt d e ¡
Fe i j 6 o y j . S ec a : h d ü u i s . ¿ o b r e Lt rd u a t á < m c a t 'tu .i dA h a m b r e . R .u x c l o n n , Anthn'»-
p os , 1 9 9 0 ] .
Vi C a rta a¡ D u q u e F r . O í r . v u n A u g u ^ rc n b u rg t íe l 2 3 - j u l i o 1 d ia d a en: D tr
fi'rtnzosiscJ.’f Rex'oluíion Sptcai’l dvr d a iís c h m I iteratur. ed. C . T n g c i. F r n n k f u n . I 9 ‘7£>.
p. 2 6 9 .
[b td . p. 2 7 0,
v N o c a 2S, p, ! 0 4 .
' C ita d o se g ú n M . F: ra n k . / V ; ■ku ríw tfn d c Co;:- \ b r l ^ u n ^ n tibe! d ir u ru e M vdu'Jú^ic.
Frankfurt. 1^82^. 170.
* V e r pnrn csro M . f_r a n k (nc»cn 3 ' 7). p. ÍH4 s : '-hay q u e c o m p r e n d a q u e la poesía c o m ­
pa rte la .suerte del es píritu a n a lí ti co : d es d e q u e '¡e ha alej ado del m ir o se p r o d u c e en pr iv a do v
se c o n s u m e en pr iv a d o. Por el a m r r a n o . u n p o e m a q u e rep ri“V.,nia.<
>o m m e d i .u .' i m c n r c í;i idea
d e la sínresis social sería u n mico: y s<Wt> d p o d r í a e n g it s c en d e i;« h u m a n i d a d -.
m as q u e h e m o s e x a m in a d o , r e c o n o c e m o s u n a ré p lic a h is t ó r ic a a R o u s ­
seau, q u ie n s ie m p r e está p re s e n te en e s te d iá lo g o , a u n q u e casi n u n c a se
le n o m b r e . E n p r im e r lu g ar, e n e fe c to , la a s u n c ió n , de n u e v o , ta n t o p o r
p arte d e S c h lc g e ! c o m o d e S c h ilie r, d e la Q u e r e lle d e s A n c ic m e t d es M ú ­
d em es, in c o r p o r a d a a h o ra ai h is t o r ic is m o , s u p o n e la a p o ría d e n a tu ra le ­
za y c iv iliz a c ió n ro u s s o n ia n a q u e s ig u e s in resolverse. E l c o n o c im ie n t o
h is t ó r ic o c o n s e g u id o en el s ig lo XVIU de la a lte rid a d d e la a n tig u a c u lt u ­

ra e u r o p e a c o n re la c ió n a la m o d e r n a , h a b la d e ja d o p e n d ie n t e el p r o ­
b le m a d e c ó m o é p o c a s tan alejad as c o m o ia a n tig ü e d a d y la m o d e r n i­
d a d p o d ía n ser vistas c o m o a lg o ú n ic o y e s té tic a m e n te c o m p le t o , y, sin
e m b a rg o , c o m o partes d e u n a s e c u e n c ia h is t ó r ic a e v id e n te e irre v e r s i­
b le. ¿ N o h a b r ía q u e b u s c a r e n to n c e s u n p u n t o d e vista s u p e r io r d esd e
el q u e v o lv e r a e n c o n t r a r la p e r d id a u n id a d e sté tica y 1a c o n t in u id a d
h is t ó r ic a , y así re c o b ra r p a ra el arte d e l fu t u r o la le g it im a c ió n q u e falta?
S c h le g e l y S c h ilie r v ie r o n la p o s ib ilid a d d e ral s o lu c ió n en la in t e r ­
p r e t a c ió n de la d ife r e n c ia d e lo a n t ig u o y lo m o d e r n o a la lu z de In a n t i­
n o m ia ro u s s o n ia n a de la n a tu ra le z a y la c iv iliz a c ió n : c o m o la re la c ió n
de c o n s e c u e n c ia e n tre u n a c u lt u r a n a tu ra l y u n a a r t if ic ia l, lo q u e p e r­
m it ía d a r u ti c a rá cte r p o s it iv o al d ia g n ó s t ic o de R o u s s e a u de la a u to a -
lie n a c ió n d e l h o m b r e y la s o c ie d a d , b u s c a n d o u n a s o lu c ió n estética. E n
e fe c to , p a ra S c h le g e l la te o ría e sté tica o b je t iv a d e la m o d e r n id a d s u p o n e
la e x p e rie n c ia a c a b a d a de ia a n tig ü e d a d c o m o a lg o ya c e rra d o , « u n a h is ­
to r ia n a tu ra l g e n e ra l d e l arte»5’ . Y p a ra S c h ilie r, la p o e s ía s e n tim e n t a l d e
lo s m o d e r n o s es la c o n c ie n c ia d e ia p e r fe c c ió n n a tu ra l e in g e n u a de los
a n tig u o s , p e r d id a p a ra s ie m p re . E s ta « im a g e n de u n a n a tu ra le z a n o d e s ­
fig u ra d a » q u e e n c o n t r ó R o u s s e a u c o m o alg o p e r d id o p a ra s ie m p re , y
q u e «só lo se d e s c u b re e n lo d e s fig u r a d o c o m o su c o n t r a r io » [ M M 59),
h a s id o r e c o n o c id a en este tr á n s ito d e los s ig lo s x v in a XIX c o m o la c ic a ­
triz de la c o n c ie n c ia m o d e rn a , p e ro ta m b ié n c o m o la o p o r t u n id a d de
su e m a n c ip a c ió n . P r e c is a m e n te es la p é r d id a d e la n a tu ra le z a la c o n d i ­
c ió n de p o s ib ilid a d d e l n u e v o arte m o d e r n o q u e n o a lc a n z a rá jam ás su
p le n it u d , s in o q u e d e b e rá b u s c a rla en la p ro g re s ió n de u n fu t u r o a b ie r ­
to, N a d a m ás lejo s d e esta ir r u p c ió n de la m o d e r n id a d , d e la «poesía
u n iv e r s a l p ro g re s iv a " d e l r o m a n t ic is m o t e m p r a n o q u e el le m a de u n a
«vu e lta a la n atu ra le za» , q u e m a le n t e n d ie n d o p o r c o m p le t o a R o u s se a u ,
a n u n c ia r ía p o c o d e s p u é s el g ir o h a c ia u n r o m a n t ic is m o c o n s e rv a d o r.
E n s e g u n d o lug ar, p u e d e verse la a n títe s is h is t ó r ic a s e g ú n la c u a l se
d e s a rro lló la e sté tica a u t ó n o m a d e i id e a lis m o a le m á n c o n re la c ió n a la
ilu s t r a c ió n fra n ce sa , al a s u m ir el p ro b le m a q u e le g a ro n las e x p e rie n c ia s

1-1 N o t a 2 8 , p. 105-

78
d e R o u s s e a u acerca d e la e d u c a c ió n n a tu ra l. A p a re c e ral p r o b le m a en el
E m ilio , c u a n d o el a lu m n o , a p a r t ir de s u e x is te n c ia n a tu ra l v iv id a en In
s o le d a d , d e b e in ic ia r s e en lo s d eb e res de la v id a s o c ia l, h l h e c h o de q u e
R o u s s e a u , en esta fase, hava n e c e s ita d o la c o n fe s ió n d e fe d e l v ic a r io sa-
v o y a n o (ai ig u a l q u e en el C í i n t r a t o so cia l n e c e s itó de ia r e lig ió n civ il),
a c e n tú a la d if ic u lt a d en lu g a r d e re so lverla. ; P n d r ía c o n c e b irs e u n n u e ­
v o E m i l i o e d u c a d o m ás a llá de ia s o c ie d a d , y sin e m b a rg o a ella d e s t i­
n a d o , sustraerse a su d e p ra v a c ió n ? ; P o d r ía lle g a r a ser m ie m b r o de u n a
h u m a n id a d n o e s c in d id a v sin e m b a r g o e d u c a d o en el c a rá cte r m o ra l
d e u n c iu d a d a n o ? E n o rra s palab ras: h a v q u e b u s c a r tsn c a m in o p ara sa ­
li r d e esre c ír c u lo : q u e , para ev ita rlo , o h a y q u e p e n sa r en el m e d io de
a y u d a r al estad o sin e c h a r m a n o d e l carácter, o b ie n d o m in a r el c a rá cte r
s in te n e r q u e n e c e s ita r d e l e s ta d o ""'. C o n esta fó r m u la a s u m ió S c h ilie r
en su c a rta at D u q u e d e A u g u s t e n b u r g d e l 13 d e ju lio de 1 7 9 3 el p r o ­
b le m a d e R o u s se a u , p a ra re s o lv e r lo en !a E d u ca ció n e sté tica d e ! h o m b r e
( 1 7 9 4 ) de u n m o d o q u e el c r ít ic o p u r it a n o de las artes q u e era R o u s ­
seau, n o p o d ía lle v a r a c a b o . S ó lo la b e lle z a p u e d e p r o p o r c i o n a r al
h o m b r e s o lit a r io «un c a rá c te r so cia b le » , y lo m is m o al c iu d a d a n o s o m e ­
t id o a la c o a c c ió n d e lo s d e b e re s 11. G ra c ia s al ju e g o e s té tic o q u e u n e e s ­
p o n t a n e id a d y le g a lid a d , p e r m ite q u e ap are zca e n tre el e s ta d o d in á m ic o
d e l d e re c h o y el e s ta d o e s té tic o d e l d eb e r, «en e! c ír c u lo d e l rra fo c o n lo
b e llo » , u n te rc e r estad o , el «estado e sté tico» q u e c o m o m o d e lo id e a l n o
d e b e ser o lv id a d o e n ios in te n to s d e « r e v o lu c io n e s c u ltu ra le s » d e l s ig lo
XX. Si se c o m p a r r c n las p re v e n c io n e s a b ru p ta s d e A d o r n o fre n te a S c lii-
!le r 4’ , p o d r á e n c o n tra rs e la m is m o s o lu c ió n d ia lé c t ic a d e la e x is te n cia
e s c in d id a d e l h o m b r e y el c iu d a d a n o en u n a o b ra c u m b r e d e l c la s ic is ­
m o d e W e im a r, q u e , p o r lo q u e sé, n o h a s id o to d a v ía re c o n o c id a c o m o
el E m ilio a lem á n : L os a ñ o s d e a p r e n d i z a j e d e W ilh e lm M e is t e r .
D e f ie n d o ia resis d e q u e hay q u e lee r esta o b ra , p re p a ra d a en 1 7 9 6
p a ra su im p r e s ió n , c o m o la ré p lic a de G o e t h e a R o u s se a u , y s ó lo así se
c o m p r e n d e r á e n su m o d e r n id a d p e rm a n e n te , y e llo ra n to d e s d e su m o ­
d e lo b á s ic o d e a c c ió n n o v e le sca c o m o d e s d e la ¡dea d e la fo r m a c ió n es­
té tica , q u e c la ra m e n te s u s titu y e en ei W ilh e lm M e i s t e r al m o d e lo d e la
« e d u c a c ió n n a tu ra l» 11. E n este n u e v o E m ilio el c a m in o v ita l n o e m p ie z a
en la s o le d a d c a m p e stre , s in o q u e va fr a n q u e a n d o las d iv ersas etapas d e l
te a tro . L a f u n c ió n es e v id e n te m e n te la m ism a ; se trata p r im e r o de sus-

" N o t a 3-1 p. 2 68.


11 C a r t a 27 a .
*■ M in trn a M oraiin, N ° > í v 9 4 .
“ M a s exte n sa m e n te en: A sth r iiw h e h .rfih ru n g... ( n o n 23 ), con ím tificacione'; q ue
a q u í n o re pi to .

79
p en d e r el in flu jo d e la «so cied ad in c u lc a», co n la v e n ta ja d e q u e ah o ra el
proceso d e m a d u ra c ió n p u ed e realizarse en el ju e g o so c ia l, y p o r ello
W ilh e lm no q u ed a afectad o p o r la c o n tra d icc ió n fu n d a m e n ta l de E m i­
lio , q u ie n d e b ía crecer co m o u n h o m b re so lita rio y, sin e m b a rg o , lleg ar
a se r u n b uen c iu d a d a n o . El artific io su p u esto de ¡a «ex p ed ició n teatral»
a d q u ie re por relació n a R o u sseau u n a d o b le sig n ific a c ió n .
E n efecto , p o r u n a p a rte , el teatro se revela co m o un lu g a r de fon-
m ació n e stética y, p o r ello m ism o , com o la esfera d e a u te n tic id a d b us­
c a d a , es d e c ir —en la fó rm u la d e K o rn er en su c a rta a Lea H o ra s-, «com o
p u en te en tre el m u n d o real y el id e a l». Es el m u n d o in te rm e d ia rio del
ju e g o q u e d e ja a la n atu ra lez a h u m a n a d esp legarse en la to ta lid a d del
in d iv id u o , y q u e co n d u c e sin co acció n de lo bello a lo ú til, p uesto q u e
«am b o s e lem en to s reu n id o s c o n stitu ye n el h o m b re». El u m b ral de acce­
so a la torre q u e su p o n e p ara el ap re n d iz la lib eració n d e la n atu raleza,
sim b o liza la p re g u n ta q u e se p la n te a W ilh e lm : ¿es F élix su h ijo ? Y así se
sim b o liz a el reco n o cim ien to d el p ap el p atern o , p uesto q u e «co n el sen ­
tim ie n to d e la p a te rn id a d h a b ía a d q u irid o todas las v irtu d e s d el c iu d a ­
d a n o ». S e ría ésta u n a so lu ció n m e ram en te o p tim ista si G o eth e no la h u ­
b ie ra fu n d a d o so b re el p r in c ip io d e la e d u c a c ió n n e g a tiv a , so b re el
ap re n d izaje y la e x p erie n cia p o r el error, p rin c ip io q u e asu m e ia S o cie­
d a d d e la T o rre, en a n a lo g ía co n el g o b e rn ad o r d el E m ilio.
A sí p u es, por o tra p a rte , el a rtific io de la fo rm ac ió n te a tra l se revela
com o u n excelen te c a m in o d e fo rm ació n e s tític a , q u e p o d rá ab a n d o ­
n arse d esp ués c u a n d o se pase d e lo s anos d e ap re n d izaje a los d e v iaje,
cu an d o W iL helm se d e c id a a «v iv ir por los d em ás» co m o c iru ja n o . La
d e b ilid a d d e ta l so lu c ió n - l a tele o lo g ía o rg á n ic a d e u n a n ovela d e for­
m ac ió n — es algo q u e y a p uso d e relieve F ried riech S ch leg el c u a n d o d ijo
iró n ic a m e n te q u e en e l 'W ilh e lm M e iste r «el azar m ism o se c o m p o rta
com o un h o m b re c u lto ». Si se e lim in a la ú ltim a in s ta n c ia d e u n a p ro vi­
d e n c ia in m a n e n te y el ap re n d iz d eb e, sin p ro te c ció n , a d q u ir ir la exp e­
rie n c ia a p a rtir d e la d e silu sió n q u e p ro d u cen los p ro p io s errores, lo q u e
ap arece es en to n ces eí p ro b le m a q u e E n riq u e e l verde p la n te a co m o el
p ro b le m a d el d e stin o : có m o p u e d e realizarse el p rin c ip io d e la fo rm a ­
ció n e sté tic a c u a n d o tien e u n o q u e a firm arse a llí d o n d e la h isto ria c o n ­
tra p o n e la fig u ra d el «h o m b re to ta lm e n te in c u lto ».

VI

El frag m en to d e d ic ad o a B au d elaire en los M ín im a M o ra lia (1 5 0 )


in te rp re ta el c am b io d e la líric a m o d e rn a com o el d esp liegu e d el co n ­
cep to d ia lé c tico d e n o v e d a d El c rip to g ra m a d e Leu flores d e l m a l pued e

80
ser descifrad o co m o «la respuesta p recisa d a d a p o r el su jeto a un m u n d o
q u e se h a hech o ab stracto en la era in d u stria l. El c u lto de la novedad y,
p o r lo tan to , la idea d e la m o d e rn id a d , su p o n e u n a reb elió n co n tra el
h ech o de q u e y a no h a y n ad a n uevo». A do rn o co rrige así im p líc ita m e n ­
te u n a tesis de B e n jam ín : «Los no co n fo rm istas se rebelan co n tra la e n ­
trega d el a rte al m ercad o . Se a g ru p a n b ajo el lem a del arte p o r el arte.
D e tal tesis sale la id ea d e la o bra d e arte to tal q u e p reten d e im p e rm e a ­
b iliz a r el arte frente al d esarro llo de la téc n ic a »4''. N o p u ed e m an ten erse
q u e el «in co n fo rm ism o » francés d e / a r t p o u r l ’a rt (en el q u e sin e m b ar­
go n o deb ería sin m is in c lu irse a B au d elaire'f, ) esté en la m ism a lín ea
q u e el m o v im ien to alem án en pro de u n a a u to n o m ía e stética " .
El p ro g r a m a d el a rte p u ro , a u to s u f ic ie n te , q u e «so u s p e in e de
m o rt» se su strae al sab er ú til y a la m o ra] d om inante'*7, co n d u c e a la
p o esía a u n rep lie g u e sobre sí m ism a p ara a d o p ta r la p o stu ra m ás d e c i­
d id a p o sib le fren te a la so c ie d a d : «e lle c o n tre d it san s cesse le fa it, i
p ein e de né p lu s ítr e » 4*. En la a p a rie n c ia d e su ser en sí se revela com o

41 W . Benjarnin, S ch n ftm , ed. T h .W . y G . A dorno, Frankfurt, 19 5 5 , v, 1, p. 4 1 9 .


Es sobre todo el artículo de Baudelaire sobre Charles D upont el que impide esta
interpretación (redactado en 1 8 5 1 , aparecido en 1 8 5 7 en la edición de Chante et Chan-
s o n s á t D upont), con el sorprendente ataque contra la «pueril utopía de !a escuda del a r­
te p o r e l arte*. Y a la «estéril utopía» de esa escuela opone el carácter verdaderam ente utó~
pico de la poesía de D upont: «Alegre o lamentable, siempre lleva en sí el divino carácter
utópico. C ontradice sin cesar el hecho de no ser apenas. En el calabozo se convierte en
rebelión; en la ventana del hospital, es ardiente esperam-a de curación; en la buhardilla
destrozada y sucia se adorna com o un bada de lujo y elegancia; no solo constata sino que
repara. Doquiera se hace negación de la iniquidad» {Oeuvrts-, París» 1 9 5 1 , p- 9 6 0 s.), El
ataque contra ei a rte p o r e i a rte parece tanto más vivo, cuanto que Baudelaire explícita su
crítica (que parece anticipar in n u ce la estética de la negatividad de Adorno) remitiéndose
a textos que, del modo más sincero (según nuestros conceptos), reflejan una poesía de
puro consum o (cantar al piano...), textos del amigo que después reprochará por sus debi­
lidades. C reo que la m ejor explicación de la relación de Baudelaire con el a rte p o r e l arte
1a ha encontrado G , Hess: *£1 techado del principio autosuficiente a rte p o r e l arte* coinci­
de plenam ente con la crítica de Baudelaire a «n a idealidad pura, que desdeña la materia,
y con su búsqueda de una belleza extraña* (en: D ie L andschaft in Baudelnires *Fteurs du
M al», Heideiberg, 1 9 5 3 , p. 42).
w B. Steinwachs ha puesto de manifiesto que existía en Francia la tradición opuesta
de una estética del efecto, que nace con D iderot y M erd er, se consolida con M m c, de
Stael y su programa de una «literatura republicana» y culm ina en el *arte social» de los
saint-sim onianos. V en «Ende vom Anfang oder Anfang vom Ende der Kunst», en: Lite-
rarisch e K om m unikation u n d ¡Rezeption, ed. Z. Konstantinovic y otros, Innsbruck, 19 8 0 ,
pp. 4 0 5 -1 2 .
4f «La poesía no puede, bajo pena de m uerte o desfallecimiento, asimilarse a la cien­
cia o a la. m ora!; no tiene a la vetdad por objeco, no se tiene más que a sí rrnsma»* en:
«Notes nouvelles sur Edgar Poe», ed. Y. G. Le Dantec, París, 1 9 2 8 , p. 30.
De C harle D upont (nota 45), p. 9 6 1-

81
negación determinada, y, en e! decenio que sigue a 1848, «frente a !a
conciencia primera, de la degradación de la experiencia» (MM 150),
aparece como la respuesta del arte a las exigencias, ilusiones y amenazas
de ia modernidad industrial que hay de nuevo que interpretar.
L a estética b a u d e la iria n a de la m o d e rn id a d ha d e ser e n te n d id a bajo
el con cep to de u n a n oved a d m e ra m en te form al, u n a noved ad q u e, ap e­
nas en v e jec id a, reviste la exp resión d e lo arcaico (M M 1 5 0 ), d ejan d o
tras d e sf su p ro p ia antigüedad. I a o tra fro ntera d iv iso ria q u e se fragua
en este d ecen io de cam b io s su b terrán eo s se co n creta en el rechazo por
B au d elaire d e la n atu ra lez a d e R o usseau , d el su jeto lírico au to co n scien te
y d el sim b o lism o p lato n izan te de un ro m an ticism o acab ad o , al qu e se
opo n e la e stética d e u n a co n cep ció n «so b ren atu ral» d e la p oesía m o d e r­
n a. H a y o tra lín e a d e d em arcació n q u e caracteriza este cam b io d e época,
pero q u e ap arece en la co n c ie n c ia estética d e m o d o d u b ita tiv o , c o n tra­
d icto rio y sin m an ifiesto p ro gram ático algu n o . A penas es v isible en B au-
d elaire, pero sí está claro en M á x im e D u cam p y en T h é o p h ile G au tier:
el d e sc u b rim ien to d e la n ueva «p o esía d e ia in d u stria» q u e reem plaza a
la v ieja p o esía de la n atu ralez a y abre un d eb ate fa tu to sobre la in d u s­
trializació n del arte y, co rrelativ am en te, sobre la estetizacló n d e la p ro ­
d u c c ió n in d u stria l. S in em b argo ei rasgo d o m in a n te en este c am b io de
ép o ca de la e xp erien cia e stética será sin d u d a el v uelco d el h ísto rícism o
d el ro m an ticism o final y su tran sm u tac ió n en u n esteticism o in c ip ien te,
el d el «m u seo im a g in a rio » d e las artes q u e p reten d e d isp o n er lib rem en te
d e l arte d e todas las épocas d el p asad o , pero q u e, sin e m b arg o , es in c a­
p az d e c o m p ren d er el propio tiem p o com o u n a u n id a d epocal.
B a u d ela ire h a d esarro llad o su co n cep to d e u n a poesía «so b re n a tu ­
ral» d e la m o d e rn id a d a p a rtir d e la a n a io g ía qu e p ro p o rc io n a la in te n ­
sificació n de la p ercep ció n e stética en la e b ried ad d el h a c h ís” . A q u í lo
so b re n a tu ra l se e n fre n ta tan to al sim b o lism o tra sc e n d e n te d e los ro ­
m án tic o s co m o a la a n á m n esis p la tó n ic a . Es sólo la se n sib ilid a d e stética
la q u e elev a al h o m b re m o d ern o a p a rtir de su n atu ralez a c a id a , p e rm i­
tié n d o le , p o r los p e ld a ñ o s q u e a s c ie n d e la im a g in a c ió n , lle g a r a la
«m u ltip lic a c ió n d e su in d iv id u a lid a d » . N o p u ed e darse m ás to tal o p o si­
ció n a la tesis d e R o u sseau , seg ú n la c u a i el h o m b re es b ueno p o r n a tu ­
raleza, y q u e B au d elaire co n sid erab a la fu en te d e todos los erro res p os­
terio res c o rrien tes basados e n la a trib u c ió n a la n atu ra lez a d el o rig e n de
lo b u en o y lo b ello 50. U n n uev o A d á n sólo p u e d e form arse d e m o d o a r­

** En L e p o lm c d u haschisch (1 8 5 8 ), y en Fttsécs, XVII. Lo que sigue es un resumen


del capítulo V I de este libro.
w Así en L ep cin tre d i Li v ic m od crtic ( 1 3 5 9 ), Oeuvres, París, 1 9 5 1 , p- 903-

82
tificio so , c o n tra la n atu ralez a, p o rq u e —y a q u í recurre B au d elaire a D e
M a is t r e - el p ecad o o rig in a l no sólo co rro m p ió a la p rim e ra p are ja h u ­
m a n a , sin o ta m b ié n a la n atu ra lez a en tera. El m o d e rn ism o estético de
B a u d e laire liq u id a a sí el id eal clásico d e lo in g e n u o , id eal q u e su £on-
tem p o rán e o M arx , a d m ira d o r d e la p oesía h o m éric a, to d av ía c o m p a r­
tía. P ara B au d elaire esta in v ersió n de valores d e la n atu ralez a tien e ta m ­
b ién im p lic acio n e s m o rales: si So n a tu ra l está co rro m p id o en sí m ism o
y es m ajo , sólo p u e d e ser su p erad o por lo a rtific ia l, q u e ab arc a rá tan to a
la v irtu d co m o a la a c tiv id a d a rtístic a .
E ste d e sco n certan te a n tin a tu ra lis m o d e B au d elaire qu e es un rasgo
d e la ép o ca (en c o n tram o s en C o m te la exp resió n a n tin a tu re , y en M a rx
y E n gels antiphysts) no sólo ab re a la p oesía p o d e rn a a u n a b elleza ajen a
a la n atu ralez a y a la tristeza de la c iv iliz a c ió n d e las g ran d es ciudades^1;
al m ism o tiem p o , rechaza el tem a ro m á n tic o d el acorde en tre el yo y la
n atu ralez a , las «co rresp o n d en cias» d el a lm a y el p aisaje, y, con el d esen ­
c an to de la in te rio rid a d d el su jeto ro m án tico d e la e x p erie n cia estética,
ab re un n uevo h o riz o n te. L a « m u ltip lic a c ió n d e la in d iv id u a lid a d qu e
se descu b re en el Poem e d u haschisck y q u e en las F leurs d u m a l ad o p ta
la fig u ra p erso n ific ad a de los poderes extrañ o s d e lo in c o n scien te, co n ­
fiere a la p o esía m o d e rn a, recu p eran d o la fig u ra p o ética m u erta d e la
a leg o ría, la c a p a c id a d n u e v a d e h acer sen sib le lo ab stracto . Es el m o d elo
p o ético d e u n a m o d e rn a p sic o m a q u ia q u e, tres d écad as an tes d e F reud,
trasp asa las fro n teras clásicas de la c o n c ie n c ia d e sí p ara acced er a lo
aú n d esco n o cid o , «au fond d e l’ in c o n n u p o u r tro u v er d u n o u v eau ».
P ara los co n tem p o rán eo s d e B au d elaire fue la p rim e ra exp o sició n
u n iv ersal de 1851 «e l suceso m ás p o ético y d e m ayo r sig n ific ació n h is­
tó ric a de la ép o c a»” , m u ch o m ás q u e la fracasad a revo lu ció n d e 1 8 4 8.
L a d ecep ció n p o lític a qu e tien e lu g a r desp ués d el golp e de estado de
L u is N ap o leó n ap en as h a d e ja d o en la g en eració n d e B au d elaire y de
F la u b ert o tra h u e lla q u e u n a a c titu d c la ra m e n te an tid e m o c rá tic a , d ifíc il
d e c o n c ilia r co n su m o d e rn ism o estético , cu estió n qu e, co m o se sabe,
c o n stitu y e la c n ix d e la reflexió n m a te ria lista . Por el c o n trario , la cu es­
tió n d e si ¡as épo cas in d u stria le s g en e ra n su p ro p ia p o esía o d e si la re­
d u c c ió n de ía e x p erie n cia d el m u n d o d e la v id a p u ed e ser co m p en sad a
c o n u n a, e stetizació n d e la p ro d u cció n in d u stria l, fue alg o q u e no q u e ­
d ó lim ita d o a la d isc u sió n d e los exp erto s, sino q u e afectó al p úb lico

51 C on relación al antmaruralismo del siglo XIX» en io que el nuevo pathos del trabajo
y la productividad artística dei hom bre se alza contra la naturaleza, ver H. Blumenberg,
«Nachahmung der Nacur*, en: S tudium G eneral? 1 0 (1 9 5 7 ), p- 270.
52 Según el inform e de! emisario prusiano voh Bunsen, citado por U. Hafrern, DU
L ondoner W eltausstellurtgvon ¡8 5 1. M ünster, 19 7 1 , p. 349.

83
c o sm o p o lita d e los v isita n te s d e la e x p o sició n u n iv ersal. Et g ru p o de
trab ajo d e Sa U n iv ersid ad d e C o n sta n za ha c ircu n scrito este c o m p lejo
d e p ro b lem as estab lecien d o q u e el d eb ate estético det S eg u n d o Im p erio
c o n stitu ye u n n u ev a fase d e la Q uerelle des A n cien s e t des M o d e r n a , q u e ,
p or p rim e ra vez ign o ra e l e n fre n ta m ie n to con el a rte a n tig u o 53. En lu ­
g a r d e ello , p o n e sus esp eranzas, con relació n al arte m o d e rn o , en u n a
a lia n z a e n tre in d u stria y a rte , a lia n z a q u e y a an tes —en esp ecial e n tre los
sa m t'sim o n ista s y p o s itiv is ta s - d e b ía c u m p lir la c ie n c ia e n te n d id a co ­
m o Science sacíale ’ h La g ran a u d ie n c ia q u e tu v iero n las e xp o sicio n es
u n iv ersales d e 1851 y 1 85 5 es u n fen ó m en o de g ran in terés p ara la h is­
to ria d e la e x p erie n cia e stética en la p e c u lia r d ia lé c tic a en tre c u ltu ra in ­
d u s tria l y m u n d o im a g in a rio . L a c o n tem p la ció n de un m ar in fin ito de
m ercan cías no sólo hizo q u e los v isita n tes se m arav illase n sin reservas
an te e l pro greso in d u stria l, sin o q u e ta m b ié n p ro d u jo e stu p o r y a n g u s­
tia an te la p o te n c ia d e ia razón in d u stria l, en co n so n a n c ia co n las exp e­
rien cias im a g in a ria s y c o n trastan te s d e l m u n d o m ític o y le g e n d a rio ” .
Por todo esto p arece q u e c u a n d o W . B e n ja m in so stien e la tesis, tan in ­
flu y e n te com o n o stálg ic a, d e! carác te r d e m e rc an cía q u e reviste el arte
en la era in d u stria ] co m o un d e stin o in ex cu sab le, está su b e stim a n d o la
te n d e n c ia c o n tra ria ta m b ié n p resen te en la c o n c ie n c ia d e la época: h a ­
cer q u e las artes, h asta e l lím ite , en las d istin ta s form as q u e co n cu rren
en u n a e stética no a u tó n o m a (a rte so cial, a rte ú til, a rte in d u stria l) hu~ 1
m a n ice n p o r la b elleza ei m a te ria lism o d el d esarro llo in d u stria l, tarea
n u ev a y q u e sig u e sien d o a c tu a l.
. En el p roceso d e la m o d e rn id a d q u e sig u e su curso en la d écad a
p o ste rio r a 1 8 4 8 no se a p re cia n in g ú n u m b ral m arcad o por a lg ú n m a-

” Benjamín ha percibido esto asombrosamente, considerándolo como *el punto mis


débil» de la teoría de lo m oderno de Baudelaire. Le reprocha «que su teoría no ha supera­
do !a renuncia, <¡ue s e presenta en su obra com o un ataque a la naturaleza y a la inocencia»
(en: *Das París des Second Empirc bei Baudelaire-, ed. R. Ticdemann, FnmkFurt, 19 6 9 ,
p, 8 9 [trad. esp, de Jesús Aguirre: Ih im inacion tf H. BaudtLtirc, M adrid, Tatirus, 1972]).
Es un reproche que traiciona ia nostalgia de querer salvar ia naturaleza perdida en el mo­
dernismo de Baudelaire, y ello le impidió ver la nueva fase de la Q ttertllt que ahí se inicia.
54 V er sobre esto mi inform e en el epílogo a H. Pfeifíer, D er w z iale N utzen d er Kunst-
K u m iib eo rtth eb e Ásptkte lUr fr ü h cn G fícllschaJtiihtorU in Frankrtich, M ünchen, 19 8 8 ,
pp. 3 3 9 -3 5 0 . Las páginas que siguen se apoyan en ios trabajos, ahí am pliam ente resumi­
dos de G . Maag, K unst u n d Industrie im ZeitaUer d er m tr n W elutM stellungm M ünchen,
Í9 8 6 ; H. Pfeiííer, R omán u n d h istsrú ch er Kontext, M ünchen, 19 8 4 ; 8 . W ebinger, Parir-
C rinolina Z ur Faszinótion des BoulevarA ibeaters u n d d er M ode itt Partí um 1857, M ün­
chen, J 9 8 8 ; además, B. Sreinwachs, Ep& chenbewiisitsehj u n d K u n sleyfab m n g. Z u r g is -
chirbtsphilúsopbiícben Aítbetik a n d er W en d tvom 18. zrttn 19. J b .} M ünchen, 1987.
Tesis de G , Maag, K a m i u n d In du strie im Z eita ller dar rrtti'n W 'eltttusíiellwigtn
(nota 54),

84
n ifiesto p ro g ram á tic o q u e su stitu y e se a! y a p e ric lita d o d ei ro m a n tic is­
m o. El m an ifiesto , b ien co n o cid o , de 1 8 5 7 , a p arecid o en ei p rim e r n ú ­
m ero d e la revista d e C h a m p fie u ry y D u ran ty, Le Réalísme, no d e ja de
ser un suceso típ ico d e m a n u a l escolar.
Ei escán d alo y el éxito d e las F lenrs d u M a l, el p rim e r p a ra d ig m a de
la Ifrica m o d ern a, d e sm e n tía n el fin d e la p o esía p ro clam ad o en tal m a­
n ifiesto , así co m o el e scán d alo y el éxito d e M a d a m e Bovary, novela en
la q u e F lau b ert d esen m ascarab a la re alid ad o b jetiv a co m o ilu sió n su b je ­
tiva d e sus p erso n ajes, d esau to rizab a la tesis según la cual se asistía ai
n a c im ie n to de u n realism o o b jetiv o y «fisio g n ó m ic o », q u e e x c lu ía de
to d a im a g in a c ió n 56. N o F lau b ert, c u y a id ea, q u e h aría ép o ca, d e u n a
«n o v ela sin te m a» {expu esta sim p le m e n te en u n a c a rta d e 16 en ero
1 8 5 2 a L o u ise C o le t), n i B a u d ela ire , c u y a e stética acerca d e ia m o d e rn i­
d a d exp uso en el catá lo g o d e la exp o sició n del p in to r G u y (1 8 5 9 ), n i ia
in c ip ie n te p in tu ra im p re sio n ista q u e d e ja a la fo to grafía la rep ro d u c­
ció n d e la re alid ad p a ra d e d ic a rse a la d e sco m p o sició n d e ¡a o b je tiv i­
d a d , son algo q u e p u e d a c o m p ren d erse con el co n cep to d e «realism o »
p ara d e sig n a r u n a u n id a d ep o cal. La id ea d e realism o , com o d ijo W .
P reisen d an z, sólo p u ed e u tiliz a rse com o co n cep to d ialéctico . La a firm a ­
c ió n iró n ic a d e B a u d ela ire , «c u a lq u ie r b uen p o eta fue siem p re realista»,
ad q u ie re to d o su sen tid o en e! co n tex to d e la p re te n sió n d e lo nuevo
q u e a v e n ta ja a lo an tig u o en su ca p ta c ió n d e !a v erd ad era re a lid a d ” . El
p roceso lite rario del m o d e rn ism o q u e se im p o n e a m ed iad o s d el siglo
XJX h ace q u e los sucesos co n tem p o rán eo s se in scrib an en u n a no co n ­
tem p o ra n e id a d , in e iim in a b le in actu, lo q u e p on e fin a la esp eran za de
los sa in t-sim o n ia n o s d e un p o rv en ir revestid o d e ia form a d e u n a «é p o ­
c a to ta lm e n te o rg án ic a ». S ó lo d e m odo retro sp ectivo , cu an d o las v an ­
g u ard ias d e co m ien zo s d el sig lo XX se in d e p en d iz aro n de sus an teceso ­
re s , y d e u n m o d o p o lé m ic o , se b a p o d id o e n c u a d r a r b a jo d e l
d e n o m in a d o r d e un realism o afirm a tiv o , el c o n ju n to d e escuelas estéti­
cas d ife re n ciad as d e la ép o ca an terio r.
D esde la p ersp ectiva a c tu a l, es el esteticism o , sobre tod o , el m ovi­
m ien to q u e, com o c o n tra p a rtid a d ei in d u stria lism o , ad q u ie re form as re­
novadas después de las p rim eras exp o sicio n es u n iversales, el rasgo d o m i­
n a n te d e n u e stra c o m p re n sió n d e i m u n d o d e esa é p o c a . Ei fin d e !
ro m an tic ism o , p ro clam ad o m u ch as veces d espués d e 1848 se m an ifiesta
en el m u n d o de la v id a d el S eg u n d o Im p erio en m ú ltip le s p lanos: en el
in te rio r, h ac ie n d o q u e ia fa lta d e u n e stilo p ro p io fu era su p lid o por

54 Ver sobre esro H. PfeifFer (nota 54), p. 1 0 0 s.


' W ege d fí Realismos, M íinchen. 1 9 7 7 , p. 221.

85
ad ap tacio n es d e estilo s p asados, com o en tm «m useo im a g in a rio » de pe­
q u eñ o Formato; en las form as c an ó n icas d e algu n as artes, com o la su sti­
tu ció n d e escenas h istó ricas en ia p in tu ra p o r otras escenas de género de
tip o casi in d u stria l53; en la novela h istó rica, rechazad a a ira d a m e n te por
D u ran ty, q u e e n tra en crisis según la con fesió n d e F laubert: «q u é triste
h ay q u e estar p ara in te n ta r resu citar C artago »-’ ; en ia ópera y la opereta,
sín tesis d e diversas artes, qu e d e jan en la so m b ra el teatro tra d icio n a l; fi­
n alm en te en el d e sc u b rim ien to p o r fa teo ría estética d ei brusco cam b io
de la m o d a, y, con ello , eí atractiv o de lo qu e h o y es b ello y, m añ an a
m ism o , v iejo , tesis d efe n d id a p or B au d elaire en Le p e in tre de hl vie mo-
derne> com o el in ten to rep etid o del h om bre d e lleg ar a ser, en su proyec­
to d e Jo b ello , se m e ja n te a fo q u e é¡ q u isie ra ser. Lo b ello deja así d e ser
un iv ersal p ara p asar a ser so lam en te h istó rico , y sin em b argo , el arte p u ­
ro p ued e ser ex traíd o d el p asad o , de m an era qu e, si se o rd en an seriad a-
m en te todas las c o n fig u racio n es d e la m o d a, d a lu g a r a un nuevo orden
d e lo bello, tan co m p leto , m atizad o y h arm ó n ico com o lo era la an tig u a
naturaleza® . A s i h a e n u n c ia d o B au d elaire m ism o , d e m odo p ro g ra m á ti­
co, el cam b io d el h isto ricism o ai «m useo im a g in a rio » del esteticism o , de
m an e ra q u e la co m p ren sió n h istó rica sóio accede al p asad o m u erto en la
m ed id a en la qu e la co n c ie n c ia e stética puede resucitarlo.
D e h ec h o , este c am b io era p rev isib le en la e stética b a u d e ia iria n a de
la nouveauté. si «to d o p u e d e, e n tan to qu e n u ev o , alie n a d o d e sí m is­
m o, co n vertirse en p lac e r», no so lam en te n au frag an en el ch o q u e de ia
sen sació n to d a fo rm a de ju ic io y d e d isc rim in a c ió n de c u a lid a d e s (M M
15), sin o tam b ié n to d a d ista n c ia h istó ric a q u e «en ta n to m an ifestació n
ú n ic a d e lo le ja n o », p reserva la o bra d e arte. A d o rn o , a q u ie n m e estoy
re firie n d o , ten ía an te los ojos la fun esta sa lid a d el esteticism o cu an d o
co n stara: «en n u estra ép o ca la ap elació n a lo nuevo, de c u a lq u ie r espe­
cie, se h a hech o u n iv ersal, con tal d e q u e sea su fic ie n te m e n te arcaico , y
así es el m ed io o m n ip re se n te de la falsa m im esis» (M M 1 5 0 ). El e ste ti­
cism o d el sig lo XIX no alcan za este n ivel, por su m ism a im p la n ta ció n
p ro gresiva. C o m o el m ism o A d o rn o d ijo , «o p erab a la reb elió n d e lo be-

58 Sobre el Salón de 1 8 5 7 y Castagnary, L aphilosophit du Salón d e 1857* ver G . Maag


(nota 54), p. 18 0 s.
^ Sobre esto W , Benjamin, Ges. S chrifim , vol. V ,] , p. 603-
O etwres , París, 195 Is p. 8B6: Desgraciado el que estudia en la antigüedad sólo el
arte puro, la lógica, el método generai: sumergiéndose ahí demasiado, pierde la memoria
del presente; abdica del valor y los privilegios que suministra la circunstancia: pues casi
toda nuestra originalidad viene dd seilo que el tiem po imprime en nuestras .sensaciones».
La explicación sobre la serie de momentos de lo bello histórico, en la que se manifiesta
una «profunda harmonía», creada por d hom bre mismo y ügacia a su historia, se encuen­
tra en la p. 8 7 4 y s.

86
lio co n tra lo q u e la b u rg u e sía te n ía por b uen o » (M M 5 8 ), esb ozando
con su p sico lo g ía e x c én trica u n a «a n tro p o lo g ía n egativa de ¡a so cied ad
de m asas» (M M 1 0 7 ); lo q u e e xp lica q u e el in fa m a n te ep íteto d e «d e c a ­
d e n te » se h aya p o d id o c o n v e rtir en títu lo d e h o n o r dei m o d e rn ism o
desde B au d elaire h asta P ro ust. Pero con esto no está d ich a la ú ltim a p a ­
lab ra so b re ef esteticism o . H o y d ía sig u e d an d o q u e p en sar c u an d o nos
p re g u n tam o s si el «m u seo im a g in a rio » d e todas las artes y d e todos los
p asado s no es m ás qu e la casa d e p la c e r d e la falsa co n c ie n c ia e stética, o
qu izás to d av ía la casa d e tesoros d e u n a posib le e x p erien cia e stética que
p u d iéra m o s o p o n er a esa form a d e vid a a lie n a d a q u e es la v id a c o n te m ­
p o rán e a, com o p ro yecto in acab ad o d e la m o d e rn id ad .

V II

En la tran sició n del siglo XIX al XX p areció q u e el co n cep to co n v en ­


c io n al d e m o d e rn id ad q u ed ab a retrasad o p a ra d a r cu e n ta de la nueva
c o n c ie n c ia d e la épo ca. Son sin to m ático s, a este respecto, dos testim o ­
n io s, u n o de V elem ir C h le b n ik o v , y otro de G eorges Sorel: «Pero sabe­
m os qu e u n a cosa es b u e n a c u a n d o , com o un a p ied ra de! Futuro, es su s­
c ep tib le d e in c e n d ia r el p resen te»61. D e m o d o m enos p o ético , pero m ás
p o lític o se expresa en Las ilusiones d e l progreso la m ism a c o n c ie n c ia epo-
c al: «L a verd ad era c u e stió n , p ara los rev o lu cio n ario s, es Sa d e ju z g a r los
h ech os d el p resente p or relació n al p o rv en ir qu e ellos p reparan»*1. En
d o n d e «el p resen te se a n tic ip a a sí m ism o co m o un m o m e n to d e la
c o n fig u ra ció n d el fu tu ro »s\ y d e a h í el co n cep to de m o v im ien to por
e x celen cia, e l v a n g u a r d i s m o , qu e A p o llin a ire a d ju d ic a en 1 912 a la m o ­
d e rn id a d e stética. Esta id ea d e te rm in a la a u to co m p ren sió n d e los fu tu ­
ristas italian o s, !os c u b istas y ó rfico s franceses, los exp resio n istas a le m a ­
nes y los d em ás v an gu ard istas rusos y a m e ric an o s. En torno a 1 9 1 2 la
irru p c ió n de lo nuevo, el im p u lso d e u n a afirm a c ió n eufó rica d el m u n ­
do m o d ern o y d e las p o sib ilid ad es in fin ita s d e su civ iliz a ció n in d u strial
se afirm a sim u ltá n e a m e n te en tan to s lugares'"* q u e, in d e p e n d ie n te m e n ­

61 V . C K I c b r iik o w , W e r k e , v. 2, R e m h e k , 1 97 7, p. 10.
G . So rd , Les illxtsions du progres 0 9 0 6 ) , París (5), 1 9 4 7 , p. 2 7 7 : <«<?* esta manera de
pensar lo que no comprenden nuestros profesionales del idealismo».
H. U. Gum brecht, «M odern, M odernitat, M odem e», en: G eschichiliche G rundhe-
g ñ jf e (nota 18 )Tv . 4 , p J 1 2 1 .
M V er G . v. d. Oseen, «Europáische K unst 191 2», en: F.uropá'iscbe Kunst 1912. Zum
50 . Ja h resta g d er A uxteílung des «Sonderbundes u'estdeutscher K unstfretm df» in Koin (catá­
logo), Wallraf-Richarcz-M usetim , C olonia, Í 9 6 2 , pp. 9-1 5-

87
te d e los d ife re n te s e n fo q u e s, ia d is c re p a n c ia e n tre las e x p e c ta tiv a s
a b ie rta s y las e x p e rie n c ia s c e rra d a s se h ace p a te n te . C u a n d o , tras el
c a m b io d e siglo , las v a n g u a rd ia s estéticas d icen u n á n im e m e n te a d ió s al
se n tim ie n to de d e cad en cia d el esteticism o y de m o d o d e cid id o se a p a r­
ta n de la e stética b u rg u e sa fin ise c u la r (del realism o y d el sim b o lism o ,
d e la lite ra tu ra c o m p ro m etid a d e Z o la y d e la poesía p ura de M a lia rm é ,
y, en p in tu ra , d el im p re sio n ism o ) ap en as sí p u e d e recon o cerse >n eventu
en la d iv isa «m a k e it n ew !» u n p rin c ip io c o m ú n a rtic u la d o d e noved ad
acep tad o por todos en ia c o m p e tic ió n d e las v an gu ard ias.
Ei p ro g ra m a d e acció n de los fu tu rista s es, a este respecto, el m enos
su sc ep tib le d e g e n e ra liz a c ió n : n in g u n o d e los fu tu ro s clásico s de este
m o v im ien to q u e d a así su b su m id o . El ra d ic a lism o d e M a rin e tti fue el
p rim ero en su frir el d estin o exp resad o p o r la m etáfo ra: la v a n g u a rd ia
d eb e su p erarse a sí m ism a c u an d o es a lcan zad a p o r el grueso de la tro ­
p a. D e a h í el rechazo g lo b al de lo existen te, el o rd en d el estad o , la ley y
las co stu m b res, las trad icio n e s relig io sas, c u ltu ra les y lin g ü ístic a s, con lo
q u e se in ic ia ia e x p lo ració n d e lo ab so lu ta m e n te n uevo y desco n o cid o .
El cu lto a la in n o v ació n téc n ic a , la v e lo c id a d y la c o m b a tiv id a d , se d es­
p lie g a en u n to rb e llin o d e m a n ifie sto s , rá p id a m e n te su p e ra d o s, q u e
ac ab aro n h acie n d o d e! «o rd en d el d ía » estético u n a fo rm a p o ética m a­
yor. D e este m o d o si no se p ro d u ce el efecto d e b o la d e nieve (este era
el p rin c ip a l sig n ific a d o d el m o v im ien to fu tu rista ), p o rq u e el grueso de
la tro p a no sig u e , p u ed e o cu rrir q u e e l m o v im ien to v an g u ard ista, en lu ­
g ar d e preceder a la re a lid a d en Sa p ro d u c ció n d el arte, se co n v ierta en
un d esesp erad o in te n to de «acció n directa™. Es esto lo q u e pro puso Bre­
tón co n la c o n sig n a d e q u e la im a g in a c ió n e x p erim en tal d eb e so la «rea ­
liz ar lo re al»65. S í el p ro g ra m a d e acció n fu tu rista fracasó, no se deb ió
sólo a q u e, com o o b ra d e a rte to tal, d ire c ta y n eg ativ a, c o n trib u yó a re­
forzar la ilu sió n “ . S u p rim e r im p u lso no fue m ás a llá de 1 9 1 2 , p o rque
n o q u iso a d m itir la co sificació n toral del m u n d o m o d e rn o , m ie n tra s
q u e los auto res qu e a b rían el c a m in o de la m o d e rn id a d e stética, b u sc a­
b an y p ro b ab an nuevos p ro ce d im ien to s en busca de un arte no au rático
q u e, «co m o alie n a ció n se g u n d a d e u n m u n d o a lie n a d o », p u d ie ra p o ­
nerse a l serv icio de su p ro p ia re stitu ció n 67.
H e to m ad o esta fó rm u la d e los «P equ eñ o s c o m en tario s a P roust»
de A d o rn o , a u n q u e ten g an en ese co n tex to u n a im p o rta n c ia m ás bien

65 Según W . W eh lc, «Avantgarde: F.in historisch-sj-stcmatisdies Panorama moderner


L i r e r a t u r u n d K u n s t » { n o t a 1 7 ) , p. 2 7 ,
64 V e r O ►M arquard, «Gesamtkunstwerk ur*d fdcntitarssystem», en: D rr H a n g zum
G natntkunstwfrk, Aarau uncí Frankfurt, 1 9 8 3 , p. 45-
a T k. W . A dorno, No ten zu r L iten ttitr ¡U Fntnkfuri, 19 7 0 , p. 97.
m a r g in a l. P u e d e , s in e m b a rg o , ser u n a c la v e p ara la c o m p r e n s ió n d e la
r u p t u r a e s t é t ic a d e 1 9 1 2 , q u e n o e ra e l o b j e t i v o p e r s e g u id o p o r
A d o r n o '’8, si se d e s p lie g a su c o n t e n id o a n a lít ic o en tres d ire c c io n e s : en
p r im e r lu g a r si se e s tu d ia la e x p e r ie n c ia m o d e r n a d e la re a lid a d d a d a en
ta n t o q u e se resiste a ser o r g a n iz a d a p o r e l s u je to 1™; e n s e g u n d o lugar, si
se a tie n d e a la c o n c ie n c ia c o m o c o r r e la t o d e u n s u je to d e m ú lt ip le s v o ­
ces q u e se sustra e a s í m is m o y, c o m o c o n t r a p a r tid a , se re c o n s tru y e la
e x p e r ie n c ia in d iv id u a ! ; y, e n te rc e r lu g a r, si se o b se rv a , en el n iv e l de la
e s té tic a de la re c e p c ió n , la a p a r ic ió n d e u n a rte p o s ra u r á tic o q u e o b lig a
al e s p e c ta d o r o le c to r a p a r t ic ip a r e n la c o n c r e c ió n d e l o b je t o e sté tico ,
a b a n d o n a n d o su p a s iv id a d c o n t e m p la tiv a .
Se p u e d e ca ra cte riza r, c o n lo s c o n c e p to s e m p le a d o s p o r B e n ja m in ,
el c a m b io d e é p o c a d e 1 9 1 2 , c o m o la r u p t u r a e n tre el arte a u r á t ic o y el
p o s ta u r á tic o , p e ro m a n te n g o la tesis d e q u e h a y q u e r e c o n o c e r q u e e n
la c o n c ie n c ia e p o c a l d e lo s a u to re s m ás re p re s e n ta tiv o s de la « p é rd id a
d e l au ra» n o se s ie n te esto c o m o u n a p é r d id a , s in o m ás b ie n c o m o la
g a n a n c ia q u e im p lic a la e x te n s ió n d e l a rte m o d e r n o a re a lid a d e s e x te r­
n a s e in te rn a s h a sta e n t o n c e s ajenas al arte. E n el m e d io d e la lír ic a m o ­
d e r n a p u e d e re p re se n ta rse este c a m b io d e h o r iz o n t e d e m o d o p a r a d ig ­
m á t ic o c o n lo s in t e n t o s d e A p o llin a ir e , c e n tr a d o s e n lo q u e lla m a el
p o e m a -c o n v e rs a c ió n ^ 0. E ¡ p o e m a « Z o n e » q u e e n c a b e z a d e m o d o p r o ­
g r a m á tic o el lib r o A lc o o h , d e 1912, d ic e a d ió s c o n u n g e sto p a té tic o al
v ie j o m u n d o d e l p a s a d o o c c id e n t a l p a ra en s a lza r la b e lle z a in e s p e ra d a
d e la c iv iliz a c ió n d e la g ra n c iu d a d y el arte in d u s t r ia l. L a s u b lim id a d
o b t e n id a se d e b e al d e s c u b r im ie n t o de u n a n u e v a e sté tica d e la s im u lt a ­
n e id a d q u e tra b a ja c o n lo s m e d io s m o d e r n o s de la d is c o n t in u id a d y el
m o n t a je a m im é t ic o , p r o c e d im ie n t o s a n á lo g o s a lo s u t iliz a d o s e n el v e r ­
so lib r e d e la p o e s ía m o d e r n a y e n la p in t u r a c u b is ta y ó rfic a . L a g ra n ­
d e z a d e A p o llin a ir e se m a n ifie s ta n o s ó lo p o r h a b e r e n s a lz a d o la s u b li­
m id a d d e lo m o d e r n o a la lu z ó r fic a d e un u n iv e r s o h u m a n iz a d o , s in o
t a m b ié n p o r h a b e r r e c o n o c id o e l a lto p r e c io p a g a d o p o r la p r o c la m a ­
c ió n d e la «allégresse u n iverse lle » : u n s u je to fr a g m e n t a d o e s p a c io - te m -
p o r a lm e n t e , a je n o a s í m is m o , y q u e tie n e q u e c o n fo r m a r s e c o n lo s
m o m e n t o s re c o rd a d o s de su p r o p ia v id a p asad a c o m o si p e rte n e c ie s e n a
u n y o e x tra ñ o . E s t a p é r d id a d e e x p e r ie n c ia d e s í m is m o q u e a p e n a s
p u e d e c o m p e n s a rs e c o n la fu e rz a id e n t íf ic a d o r a d e l re c u e rd o es e¡ desa-

S u fa m o so ensayo: « R iic k b lic k e n d a u f d e n S u rre alism o s» { N o te n z u r L i te r a ta r !.


F r a n k fu r t, 1971» p. 1 5 5 s .) se refiere só lo a la se gu n da o la d e la v a n g u ard ia.
w U t ili z o a q u í el concepto d e re a lid a d co n el q u e H . B lu m e n b e r g in te n ta c o m p re n d e r
la m o d e r n id a d estética, P o t ti k u n d H r r m e n e u t ih /, ed. H . R. jauss, M ü n c h c n , 1 % 4 , p. 13.
?!l Las d o s p á g in a s sig u ie n te s son u n resu m en de l c a p ítu lo V I I I d e este lib ro .

89
f í o q u e , p o r la m is m a ¿ p o c a , a s u m e P r o u s t. Su in t e n t o d e r e c u p e r a r la
id e n t id a d y el t ie m p o p e r d id o s p o r u n tra b a jo s in p re c e d e n te s d e la m e ­
m o r ia , n o tie n e n a d a q u e ve r c o n el p la t o n is m o n i c o n el b e r g s o n is m o
(y e n eso se e q u iv o c a A d o r n o ) 71. L a e m p re sa g r a n d io s a d e P r o u s t c o n ­
siste e n r e c o n s t r u ir la e x p e r ie n c ia s e p u lta d a d e l s u je to c o n lo s m o m e n ­
tos de ia m e m o r ia in v o lu n t a r ia q u e p reserv a en la re a lid a d re siste n te d el
in c o n s c ie n t e lo q u e ia v id a c o n s c ie n te y s o c ia l d e s fig u ra ir r e m e d ia b le ­
m e n te .
E l c a m in o q u e A p o l li n a i r e a b re a la e x p e r ie n c ia e s té tic a es d ia m e -
t r a lm e n t e o p u e s to . L a p lu r a lid a d d e v o c e s de u n s u je to e x tr a ñ o a s í
m is m o q u e d e s c u b re e n « Z o n e » es s u p e ra d a e n « L u n d i ru é C h r is t in e » ,
d e m a n e r a q u e el le c to r se v e c o n f r o n t a d o d e m o d o in m e d ia t o , en ia
c o n v e r s a c ió n d e u n a m u l t i t u d a n ó n im a e n la te rra z a de u n café, a u n a
p l u r a lid a d d e v o ce s e x tra ñ a s q u e p r o c e d e n d e u n s u je to c o le c t iv o . L a
id e a e s té tic a d e la s im u lt a n e id a d se p re s e n ta a h o r a e n la m ás p e q u e ñ a
u n id a d d e e s p a c io , t ie m p o y d e s a r r o llo , y la p le n it u d ó r f ic a d e la v id a
s im u lt á n e a s u rg e s ó lo d e l a q u í y a h o ra d e u n a r e a lid a d c o t id ia n a : d e
fr a g m e n t o s d e c o n v e r s a c io n e s y p e r c e p c io n e s de p e rs o n a s d e s c o n o c i­
d as e n e l a n o n im a t o d e u n café. C o n esta in n o v a c ió n r a d ic a l, A p o l i i -
n a ir e re a liz a e n lit e r a tu r a el m is m o g ir o q u e lle v a n a c a b o p o r lo s m is ­
m o s a ñ o s P ic a s s o c o n s u s p r i m e r o s c o lla g e s y D u c h a m p c o n su s
p r im e r o s rea d y -m a d e (la r u e d a d e b ic ic le t a d e 1 9 1 3 ) e n las artes p lá s t i­
cas. Se tra ta d e u n c a m b io q u e c o n s is te en la p r e s e n t a c ió n d e la r e a li­
d a d d ia r ia c o n t in g e n t e , e x tra ñ a h a s ta e n t o n c e s al a rte, re a lid a d q u e el
s u je to r e c o n o c e p o r m e d io d e « u n a a lie n a c ió n s e g u n d a d e la r e a lid a d
a lie n a d a » e n lo o t r o d e s í m is m o , y a la q u e se a b re d e m o d o e s té tic o .
D e a q u í se d e d u c e u n a p r im e r a c o n s e c u e n c ia : al t o m a r c o m o o b je t o
e s té tic o n o u n o b je t o f i n g i d o o a r t if ic ia l, s in o real o e n c o n t r a d o —e l
p a p e l p e g a d o o lo s fr a g m e n t o s y u x ta p u e s to s de la c o n v e r s a c ió n - , n ie g a
el a rte m o d e r n o las fro n te r a s d e la re a lid a d , p o n e en c u e s t ió n el sta tu s
d e l a rte e n g e n e r a l e in c i t a al e s p e c t a d o r a la r e fle x ió n p a ra q u e se
p la n te e la p o s ib ilid a d d e s e p a ra r r e a lid a d y F ic c ió n en el m u n d o m o ­
d e r n o . H a y t a m b ié n u n a s e g u n d a c o n s e c u e n c ia : c o m o el o b je t o e n ­
c o n t r a d o r e m it e a u n m o m e n t o s in g u la r y p r e c is o e n el f lu j o t e m p o r a l
e n el q u e se « in s c rib e » (rasg o e v id e n te en lo s p o e m a s c o n v e r s a c ió n d e
A p o l li n a i r e , p e ro m e n o s o b s e rv a d o e n lo s rea d y-m a d e d e D u c h a m p ) 7i,
re v e la su p u r a c o n t in g e n c ia y h a c e q u e ei e s p e c ta d o r, p a ra q u ie n e!

1 N o t a 6 7 , d o n d e habla d e la « fó rm u la bergsonlan a» y del « P ro u s t p lato n izan te* .


71 L a e x p lic a c ió n d e la e x ig e n cia de D u c h a m p : « p ro y e cta n d o para u n m o m e n to fu t u ­
ro (tal d ía , h o ra , m in u t o ) i n s c r ib ir u n r e a d y -m a d e ^ ctc.» se e n cu e n tra e n P h . R e n a u d , L e e -
í v r e d A p o llin a ir e , L a u sa n n e , 1 96 9, p- 3 04 .

90
m o m e n t o e le g id o es ú n ic o , to m e c o n c ie n c ia d e la i r r e p e t ib ilíd a d d e
to d a e x p e r ie n c ia te m p o r a l- E s t o a p o r t a n u e v a Suz, d i c h o sea d e p aso , al
h e c h o d e q u e Ja m e s jo y e e , fu t u r o c lá s ic o de la m o d e r n id a d , e n su U ii-
sesy n o s ó io c o n c e n t r a la a c c ió n é p ic a en el a q u í y a h o ra de u n d ía d e
D u b l í n ( lo q u e ya h a b ía re a liz a d o A p o llin a ir e : la u n id a d m o d e r n a y la
e v id e n c ia m o m e n t á n e a d e lo s im u lt á n e o ) , s in o q u e ile g a a fe c h a r el
te x to d e m o d o c o n t in g e n t e : el 16 d e j u n i o d e 1 9 0 4 . E n te rc e r lu g ar:
d e la re s is te n c ia q u e o fre c e la r e a lid a d p re s e n ta d a , q u e y a n o p u e d e re ­
la c io n a r s e c o n el e s p e c ta d o r o el Sector d e m o d o d ia ló g ic o o p e rs p e c ti-
v ista , se d e d u c e q u e el re c e p to r, c o m o n o está d a d o n i es a c c e s ib le el
s e n t id o g lo b a l d e la o b r a , d e b e b u s c a r lo y c o m p le t a r lo p r o v is io n a l­
m e n te a p a r t ir d e sus p r o p ia s h ip ó t e s is s ig n ific a tiv a s . Y así, al r o m p e r
c o n la fo r m a c e rra d a y o r g á n ic a d e la o b r a a u t ó n o m a , se a b re e¡ arte
p o s t - a u r á t íc o a u n a re c e p c ió n p r o d u c t iv a . L a m o d e r n id a d es té tic a se
c ie r r a t a n t o al c o m p o r t a m i e n t o m e r a m e n t e c o n t e m p la t iv o c o m o al
s im p le m e n t e c o n s u m is ta .
N o es u n a c a s u a lid a d q u e , d e s p u é s d e la c a tá s tro fe h is t ó r ic a d e la
p r im e r a g u e rra m u n d ia l, la s e g u n d a o le a d a d e v a n g u a rd ia s —s u r re a lis m o
fra n c é s , d a d a ís m o , p r o d u c t iv is m o s o v ié tic o — fracasase, co s a q u e a m e ­
n u d o se ha d is c u t id o , en su in t e n t o d e e lim in a r ia s e p a ra c ió n d e lo esté­
t ic o y lo rea! c o n u n a « a c c ió n d ire c ta » . N o p a re ce a d e m á s q u e h aya
a p o r t a d o a la fase p o s t e r io r d e l m o d e r n is m o u n s ó lo p r o c e d im ie n t o es­
t é t ic o q u e n o h u b ie r a s id o ya c re a d o y s o m e t id o a p ru e b a en su c a p a c i­
d a d n o r m a t iv a en la p r im e r a o le a d a . I n c lu s o la i lu m in a c ió n p r o fa n a e n
p r o d e l e s ta b le c im ie n to d e u n a r e a lid a d r e v o lu c io n a r ia n o es n o v e d a d
a lg u n a d e i s u r re a lis m o , s in o d e la é p o c a d e tr a n s ic ió n a n t e r io r a 1812.
E n su s R e fle x ió n ; s u r la v i o l e n c e ( 1 9 0 8 ) y o t r o s e s c r ito s d e G e o r g e s
S o re l''’ , a p a re ce n las « ilu s io n e s de! p ro g re so » q u e A p o l li n a i r e y M a r in e t -
ti e n s a lz a ro n c o m o p o e s ía d e la m o d e r n id a d in d u s t r ia l, y Sa ca tá stro fe
q u e e llo s n o v ie r o n v e n ir es a n t ic ip a d a p o r S o re l c o m o ia ú lt im a y a p o ­
c a líp t ic a o p o r t u n id a d d e u n a re n o v a c ió n d e l m u n d o . P a ra el f iló s o fo de
la h u e lg a g e n e ra l, ¡a r e v o lu c ió n fu tu r a d e b e s u r g ir de u n a c r e a c ió n i m ­
p r e v is ib le , s e g ú n el m o d e lo d e la E v o lu ció n c r e a d o r a de B e rg so n
{ 1 9 0 7 )Jf, y p r o d u c ir u n a e s c is ió n a b s o lu ta « e n tre d o s s e g m e n to s d e ia
h is t o r ia . S u p o r t a d o r s ó lo p u e d e ser el e s tr ic to p r o ie t a r ia d o , g ra c ia s a su
s e p a ra c ió n d e la s o c ie d a d c o r r o m p id a , a la d ig n id a d q u e le c o n fie r e su
a c t iv id a d p r o d u c t iv a y al m it o de la lu c h a fin a l q u e éi m is m o o r g a n i­

73 E n lo q u e sigue m e a p o y o en el cap. 7 («'Georges Sorel - de r ja n sen isrisch e M a r x is ­


mos») cíe L . K o la k o w s k i, D ie H a u f t s t r o m u n g e n d es M a r x js m tts , M ü n c h e n - Z ü r ic h , 1977,
v. 2, p p . 1 7 3 -2 0 1 .
H D é c im o tercera e d ic ió n d e 1 91 2, y T ra d u cció n e s c a ñ o al alem án .

91
za»7S. L a id e a r o u s s o n ia n a d e p a r t id a s e g ú n ia c u a l se n e c e s ita ría u n s u ­
je to m ás a llá de las c o n s t r ic c io n e s s o c ia le s p a ra p o d e r c a m b ia r la s o c ie ­
d a d a u to a lie n a d a , se tra n s fie re a q u í al p r o le t a r ia d o , c o n s id e r a d o e n el
f o n d o c o m o u n a secta e litista . E n lu g a r d e e llo el s u r r e a lis m o re c u rre a
lo in c o n s c ie n t e e n ta n t o esfera d e lo a u t é n t ic o , y a la im a g in a c ió n «se­
p a ra d a d e la re a lid a d b u rg u e s a n o r m a l y q u e se m a n ifie s ta e s p e c ia lm e n ­
te e n la n iñ e z , el s u e ñ o , la s e x u a lid a d y la lo c u ra » 76. S in e m b a r g o , lo q u e
a q u í c o m e n z ó c o n la escritu r a a u to m á tica , a c a b a ría , c o m o se sabe, c o n
el s u ic id io p o l ít i c o d e las v a n g u a rd ia s , a s e m e ja n z a d e S o re l, q u e lla m a ­
b a a l m a r x is m o al c a ta s t r o fis m o d e la H u e lg a g e n e ra l, y, c o m o id e o lo g ía
d e l p o d e r y a p o lo g ía d e la tira n ía , s e ría a p r o v e c h a d o p o r el fa s c is m o ,
h o n r a n d o e n M u s s o lin i, y d e s p u é s e n L e n in , a lo s h e r a ld o s d e la g ra n
d e s t r u c c ió n .
S i h a y e n la m e tá fo ra d e ia v a n g u a r d ia la p ro m e s a d e u n a s u p e ra ­
c ió n d e sí, c u a n d o se lo g r a e n tu s ia s m a r a las m asas p o r la m e ta asign a-
d a , o c u r r e ta m b ié n q u e la v a n g u a rd ia , q u e d e m o d o e lit is ta q u ie r e es­
c e n if ic a r el m it o d e la r e n o v a c ió n t o t a l, se e n c u e n t r e de re p e n te e n
re ta g u a rd ia , s o b re p a s a d a p o r la h is t o r ia q u e n e g ó 77. C o n r e la c ió n a la
c u e s t ió n d e si h a lle g a d o ia h o r a d e la p o s tv a n g u a rd ia , n o d e ja d e ser u n
te m a a b ie r t o d a d o lo c o n t r a d ic t o r io d e ral l u c a s rt n o n l u c e n d o . Poco
h a y q u e e sp e ra r c ie r ta m e n te d e lo s d e fe n s o re s d ic id id o s de la u ltr a m o -
d e r n íd a d . Y a lo h a b ía a n t ic ip a d o A d o r n o e n 1 9 4 7 , en lo s M ín im a M o -
r a lia , d e m a n e ra , c re o , in m e jo r a b le . E l q u id p ro q u o e n tre p ro g re s o y re­
a c c ió n , q u e h o y c o n t in ú a , « p r o d u c e el e fe c to d e h a c e r e x tre m a d a m e n te
d i f í c i l o rie n ta rs e e n el arte c o n t e m p o r á n e o c o m o en la p o lít ic a , p a r a li­
z a n d o ia p r o d u c c ió n m is m a , p u e s ei q u e se a tie n e a in t e n c io n e s r a d ic a ­
les t ie n e q u e s e n tirs e c o m o u n p r o v in c ia n o , m ie n tr a s q u e el c o n f o r m is ­
ta ya n o se s ie n ta a v e r g o n z a d o e n la g lo r ie t a d e l j a r d ín , s in o q u e a
b o r d o d e u n a v ió n a r e a c c ió n se d ir ig e a lo p lu s c u a m p e rfe c to » .

S e gú n K o la íto w s k i (noca 7 3 ), p, 18 5 : el marxismo de Sorel «cs un a lla m a d a caras-


tr ó fic a a la c o n c ie n c ia d d p ro le ta ria d o , n o para u n p ro g ra m a u t ó p ic o , s in o para un m ito .
E l m ito n o es u n a clase d e u to p ía , s in o su exacto c o n tr a r ío . N o es la d e s c r ip c ió n d e un a
re a lid a d pe rfecta fu tu ra, s in o la p e rsp e ctiv a d e u n a lucha final».
76 S e g ú n B . I.in d n c r , « A u fh e b u tig d e r K u n s t in I.ebenspraxis? U t a r d ic A k t u a lft a t de r
A u s e in a n d e r s e t z u n g m it d e n h is t o r is c h e n A v a n tg n r d e - b c w e g u n g e n » , en T b e o r ie d e r
A vantgardf-A nnvorten a u f P rtrr B iirgrrj Bestitnmxmg von Kunst u n d b ü rgerü ch cr G nells-
c h a ft, ed. M . L ü d k e , Fran k fíirt> 1 9 7 6 , p. 54.
77 S e g ú n ]. T a u b e s (nota 1 1), p. 6 4 s.

92
3

La arqueología de la m odernidad
de Jean Starobinski*

H a b e n t sua f a t a libelli. N o se tra ta s ó lo d e la h is t o r ia c a m b ia n te d el


e fe c to , el o l v id o o ía g lo ria ; b asta u n a le c tu ra re tro s p e c tiv a p ara h a ce r
v e r q u e u n a o b r a está b a jo el s ig n o d e u n a im p o r t a n c ia c re c ie n te o re le­
g a d a al m u s e o d e la h is t o r ia d e la c ie n c ia . L a e x p o s ic ió n g lo b a l d e l «Si­
g lo d e las luces» q u e je a n S t a r o b in s k i h a lle v a d o a c a b o e n d o s lib r o s
c o m p le m e n t a r io s , m a g n íf ic a m e n t e ilu s t r a d o s , s o b re e l s ig lo fra n c a s
{L 'in v en tio n de la liberté, 1964) y s o b re la r e v o lu c ió n fra n ce sa , 1 7 8 9 : les
em blem es de la raison , 1 9 7 3 ), e s c rito s c o n a m p lit u d y e le g a n c ia p ara u n
p ú b l i c o c u lt o , a p e n a s h a s id o , p o r e llo m is m o , to m a d a e n c o n s id e r a ­
c ió n p o r la I n v e s tig a c ió n e s p e c ia liz a d a ; p e ro s o p o r ta d e í m o d o m ás b r i ­
lla n t e la p r u e b a d e u n a re le c tu ra . E l b r u s c o c a m b io de p a ra d ig m a q u e
h a p u e s to e n c u e s t ió n y a lte ra d o e n lo s d o s ú lt im o s d e c e n io s la h is t o ria
t r a d ic io n a l d e ia lite ra tu ra y la in t e r p r e t a c ió n filo ló g ic a , h a a fe c ta d o p o ­
c o a la o b ra d e J e a n S t a r o b in s k i, p o r q u e él m is m o ha a n t ic ip a d o lo s i n ­
tereses d e lo s m é to d o s m o d e rn o s : la a r q u e o lo g ía d e l saber, la c r ít ic a d e
las id e o lo g ía s y la h is t o r ia d e la p s iq u e , la h is t o r ia d e las fo rm a s de v id a
y d e lo s c o n c e p to s , ía s e m á n tic a h is t ó r ic a e in c lu s o la s e m ió tic a .
L a e p is te m e c lá s ic a d e la r e p r e s e n ta c ió n , p a ra e m p e z a r p o r a lg ú n
la d o , h a s id o re c o n o c id a e in te rp re ta d a p r o fu n d a m e n t e d o s a ñ o s antes
de Les m o tí et les chases (1 9 6 6 ). S in e m b a rg o , m ie n tra s q u e e n F o u c a u it
a p a re ce c a íd a d e l c ie lo y u n b u e n d ía es d e s p la z a d a p o r la e p is te m e triá -
d ic a d e l s ig lo XIX, c o m o si la I lu s tr a c ió n te m p ra n a n o h u b ie r a s ig n ific a -

* L'im’ention d e l¿ liberté, Ginebra, A lh e r t Sidra, 1 96 4. 1/89: em b orn es d e la Mi-


so n , M i lá n , I n s titu o E d ito r ia le íta H a n o , 1 9 7 3 [erad. casi, de J. L . C h e c a C re m a d e s:17R9-
Los em blem as d e Li razón, M a d r id , T a u r u s , 1988], Este c a p ítu lo c o n s titu y e el e p ílo g o de
Jauss a la tr a d u c c ió n a lem a n a d d ú lt im o lib r o . M ü n c h e n , W . F in k , 1 988 (citado: E R ).

93
d o u n a cesura h is tó ric a , S ta r o b in s k i e x p lic a el p ro c e s o h is t ó r ic o de su
f o r m a c ió n v d e c a d e n c ia : su c o n fig u r a c ió n p o r la C o n t r a r r e fo r m a q u e en
el a lt o b a r r o c o c o m p e n s a , m e d ia n t e ia re p re s e n ta c ió n d e la re a lid a d
en In a p a rie n c ia e src nc a , la e v id e n c ia ev a n e sce n te d e la p re s e n c ia d iv in a :
su p o t e n c ia c ió n c o m o re p r e s e n ta c ió n de la re p re s e n ta c ió n ( p o r e je m p lo ,
en E n s e ig n c d e G e r s a in t d e W a tte a u , d o n d e !a m ira d a d e l p in t o r se d ir ig e
a p e rso n a s q u e o b s e rv a n su im a g e n ); la fo r m a c ió n de su in s ta n c ia c o n ­
tra ria en la s e n s i b il id a d , q u e , c o m o n u e v a a c titu d estética c e n tra d a en el
p la ce r e s p o n tá n e o , p r e v io a la r e fle x ió n , c o n s ig u e p r o g r e s iv a m e n te el
« ju ic io d e i s e n tim ie n to » ; y, fin a lm e n te , la s u p re s ió n d e la re p re s e n ta c ió n
p r o p u g n a d a p o r R o u s se a u y D id e r o t en la "fie sta ic o n o c la s ta » d e l teatro
fu tu r o , q u e o p o n e al p la ce r p r iv a d o d e l e s p e c tá c u lo la id ea re n o v a d a de
la fiesta a n tig u a c o le c tiv a , p a r a sup erar, c o n el te ló n d el e s c e n a rio ilu s o ­
rio , la s e p a ra c ió n d e a c to r e s y e sp e cta d o re s, d e f ic c ió n y re a lid a d .
E i c a m b io e s tr u c tu ra l d e la re p r e s e n ta c ió n p ú b lic a c o rte s a n a p o r el
e s p a c io p r iv a d o de u n a n u e v a fo rm a d e v id a , q u e el s e n t im ie n t o b u rg es
e r ig ió en in s t a n c ia d e la m o r a lid a d , es a lg o q u e va J ú r g e n H a b erm a s
h a b ía d e s c r it o c o m o o r ie n t a c ió n d e la h is t o r ia de la lite ra tu ra . E n esta
p e rs p e c tiv a h is t ó r ic o - s o c ia l traza la e x p o s ic ió n de S ta r o b in s k i, d e m o d o
in d e p e n d ie n t e , u n a te n d e n c ia o p u esta : m ie n tra s q u e ei m o d o n o b le de
v id a y la o s t e n ta c ió n p r in c ip e s c a de las p o se sio n e s se van p r iv a tiz a n d o
(el lu jo se e sta b le ce a h o ra en las p e q u e ñ a s v iv ie n d a s o a p a rta m e n to s , en
el r e fin a m ie n t o de la d e c o r a c ió n in te rio r, en la m u lt ip lic a c ió n de los
p e q u e ñ o s p a it o s en la a r q u it e c t u r a te a tra l), el h o m b r e p r iv a d o se es­
fue rza, e n c u a n t o h a ce fo r t u n a , p o r a ris to c r a tiz a r su fo r m a de v id a . P o r
o tra p arte , S ta r o b in s k i se a p ro x im a m u c h o a la te o ría c r ít ic a en los c a ­
p ít u lo s d e d ic a d o s a los aspe ctos o s c u ro s d e l S ig lo d e las lu ce s, «las p e sa ­
d illa s d e la razó n ». Si la re c e p c ió n ta rd ía d e la D i a l é c t i c a d e la I l u s t r a ­
ció n de A d o rn o v H o r k h e im e r s ig n if ic ó de h ech o un c a m b io de
p a ra d ig m a en ia c o n s id e r a c ió n de las ép o cas y sus c o n s e c u e n c ia s , el l i ­
b r o d e S ta r o b in s k i c o n s titu y e la m ás v a ria d a d e m o s t r a c ió n d e l c a m b io
de la ra zó n e m a n c ip a d o r a (y d e l e s tu d io d e l p ro c e s o de fin a le s d e l XV'Mi
a ú n p o r hacer).
Su c a ra c te rís tic o a rte d e la in te r p r e t a c ió n es c a p a z d e e x p lo r a r n o
s ó io el « d e s c u b r im ie n to d e ia lib e r t a d " en lo s c a m b io s , a p en a s o b s e rv a ­
bles, de la a c t it u d esté tica y m o r a l en las o b ra s m aestras y en d isp e rso s
te s t im o n io s , s in o ta m b ié n la o tra cara, n o lu m in o s a , de la I lu s tra c ió n .
L a p o m p a y p r o d ig a lid a d d e los g ra n d e s y p e q u e ñ o s s o b e ra n o s d e g e n e ­
ra en la m asa en ritu a le s n arcisista s, así c o m o el fin a l a m e n a z a d o r de la
m o n a r q u ía se s ie n te c o m o u n a p e s a d illa . P o r o tra p arte, tie n e lu g a r un
p ro c e s o en el q u e ia s u b je tiv id a d q u e se d e s p ie rta d e s c u b re su lib e rta d
p r im e r o en el a c to d e l s e n t im ie n t o (« o b ra r y sen tir» ) y lu e g o en ei aero

94
d e la v o lu n t a d , n o s in q u e se m a n ifie s te n s in t o n ía s de u n a n u eva a n g u s ­
tia, ia a n g u s tia q u e p r o d u c e la re s p o n s a b ilid a d tic la m a y o ría de ed ad .
E l p ro c e s o e c o n ó m ic o q u e ia c re c ie n te b u rg u e s ía lleva a to d a la tierra
p a ra a p ro p ia rs e d e la n a tu ra le za m e d ia n te la c o lo n iz a c ió n , el c o m e r u o
y ia in d u s tr ia , c o m o si fu e ra su p o s e s ió n h e re d a d a f-el e x a m e n u n iv e rsa l
d e esa p o s e s ió n es la E n c ic lo p e d ia ! ) , d eja tras d e sí u n s e n t im ie n t o de
c u lp a , la m a la c o n c ie n c ia d e h a b e r c o m p r a d o el d o m i n i o dei saber ilu s ­
tr a d o p o r ei p r e c io d e las fu e n te s n a tu ra le s d e la v id a . Y c u a n d o f i n a l ­
m e n te la fu e rza to ta l de la ra z ó n ilu s tra d a v d e l s e n t im ie n t o s o lid a r io
esta lle a ia cla ra lu z de la r e v o lu c ió n , c u a n d o to d a a u to r id a d v d e p e n ­
d e n c ia q u e va n o p u e d e re m itirs e a u n a lev u n iversa !, caista en la o s c u r i­
d a d , se a p r o x im a el d ía en ei q u e la u n id a d re a liza d a d e los D e re c h o s
d e l h o m b r e v d e la V o lu n t a d g en e ral b a g a n u n fre n te , s u r g id o de su
p r o p io s e n o , fre n te al re to r n o d e la o s c u r id a d .
L o s s ín t o m a s de la la te n te d ia lé c tic a de la ilu s t r a c ió n .se revelan a
u n a m ir a d a q u e p e n e tre en las p r o fu n d id a d e s de la a u t o c o n c e p c ió n de
ia é p o c a , ta n to en el la d o o s c u ro d e las m a n ife s ta c io n e s estéticas l u m i ­
n o sas c o m o en ios m o tiv o s in c o n s c ie n te s de las fo rm a s d e arte e s p e c ífi­
cas d e l m o m e n to . 1:1 sisólo W l l l q u e h a s id o la p r e p a r a c ió n de la estética
m o d e r n a en su r e fle x ió n s o b re la o b ra y el e fe c to , en la fu n d a m e n t a c ió n
d e i p la c e r es té tic o v en el d is fr u te p r o f u n d o d e lo s u b lim e (¡la h is to ria
d e estos c o n c e p to s se h a e n r iq u e c id o c o n s id e ra b le m e n te !) p r o d u jo ta m ­
b ié n e n m ú lt ip le s c o n fig u r a c io n e s d e p la ce r n egro tm a esté tica de la n c-
g a tiv jd a d . h i e s tiio r o c o c ó q u e b u sca en io d e c o ra tiv o , lo in e s p e ra d o v
lo e x tra ñ o , u n a v a rie d a d q u e c u lm in a en ei p la c e r de lo e fím e r o (el in s ­
ta n te p e rfe c to q u e e n s e g u id a se d esvan ece), c o m p e n s a c o n el h e d o n is ­
m o d e la d is p e r s ió n y de ia p ro te sta , el c a n s a n c io la te n te p o r el p r e d o ­
m in io d e l o r d e n q u e se c o n s id e ra n o r m a l en el arre c lá s ic o y au n en el
b a rro c o . \ X a u e a u , q u e « ( o rific a las fiestas q u im é r ic a s d e la a ris to cra cia ,
p e r o q u e t a m b ié n d e s p id e en sus p r e c a r io s m o m e n t o s c u lm in a n t e s ,
c o n fie s a en la fig u ra r id ic u liz a d a de su G ilíe s u n s e n t im ie n t o p r o f u n d o
d e m e la n c o lía q u e te s t im o n ia el e s ta d o d e á n im o en ei h u n d im ie n t o del
m u n d o a r is to c r á tic o en t o r n o a 17 8 9 (tal c o m o lo re fie re n a V e n e cia
G u a r d i y 1 ié p o io ) .
« S ie m p re p la c e r n o es p la c e r" (V o ita ire ): in c lu s o al h e d o n is m o , q u e
ju s tific a ei d is fr u te m á x im o c o m o e je rc ic io de la lib e rta d c re a d o ra , le s i­
g u e el d e s e n g a ñ o y el h a s tío , y tras el e x o t is m o de lo ie ja n o aparece un
« e x o tis m o d e l m a l” q u e h ace o c u lt a m e n t e al e s p e c ta d o r - c o m o en el
C ftU í'h cm a r de F iis s h - c ó m p lic e d e i m al. t.s la fa s c in a c ió n p o r el p la ce r
n egro q u e - - re m itid o p o r R o u sse a u a la ú lt im a e x a lta c ió n de !a v ir tu d , v
le g it im a d o p o r L a C dos v Sade en su in v e r s ió n - p ro m e te tra n s fo rm a r el
d o io r en piacer. L.o q u e S ta r o h in s k i ha e n c o n tr a d o en este reverso del

9S
« d e s c u b r im ie n to tic ia lib e rta d » d e la I lu s tr a c ió n va d e sd e el h a lla z g o d e l
p la c e r n e g a tiv o en lo s u b lim e a lo a n tip a s ro ril, y hasta las fan tasías c a rc e ­
larias de P ir a n e s i, las p e s a d illa s de F iis s h y ¡as escenas de h o r r o r de C o r a ,
en las q u e el e s p a n to a n te la m u e rte y ia a n iq u ila c ió n o c u p a el p u e s to
d e l h a s tio al q u e se creía haberse s u s tra íd o e n el p lstcer n egro. L a m is m a
d ia lé c tic a tie n e lu g a r en la fa s c in a c ió n de la é p o c a p o r las ru in as. A m e ­
d ia d o s de s ig lo , tras las ex ca v a c io n e s de R e r c u la n n y P o m p e y a , se a c tu a ­

liza de n u e v o la c o n t e m p la c ió n n o s tá lg ic a p o r ¡as g ran d ezas d e g ra d a d a s


en restos y p o r la s im p lic id a d y t o ta lid a d de u n a e x is te n c ia p u ja n te p e r­
d id a p a ra s ie m p re . Si la m ira d a s e n tim e n ta l, c o n su c o n t r a p o s ic ió n in g e ­
n ua, d e s cu b re a ú n eí c o n s u e lo de la a p a re n te r e c o n c ilia c ió n d e la n a tu ra ­
leza y la h is t o r ia en las r u in a s ve rd o sas, al fin a l la m e la n c o lía p o r las
rtu n a s —c o n el s u r g im ie n t o d e ia n o v e la «gótica» y tr u c u le n t a c o n sus
Fantasías d e v io le n c ia , in c e s to y ca tá stro fe — se tra n s fo rm a en u n m a c a b ro
ju e g o d e ritu a le s d e a n g u s tia q u e se m o fa n d e la ra z ó n ilu stra d a .
C o m o si ta d e s t r u c c ió n d e la n a tu ra le z a y lo s d esv ío s de la h is t o ria
ex ig ie se n su c a s tig o , a p a re ce e n esta in te r p r e t a c ió n s in t o m á t ic a lo q u e
Odo M a r q u a r d 1 m ás ta rd e ha d e s c r ito c o m o « s u p e r ju d ic ia liz a c ió n d el
m u n d o d e ia vid a» d e l h o m b r e e m a n c ip a d o , q u ie n - e n lu g a r d e D i o s -
ha de ser ju e z y a c u s a d o al m is m o tie m p o , c o n u n p r e c io e x ce siv o . L a
d e s t r u c c ió n d e l A n t ig u o ré g im e n se a c o m p a ñ a s u b lim in a im e n t e p o r u n
p la c e r p o r la d e c a d e n c ia (« p a sió n de fin ir» ) q u e , en sus e m b le m á tic a s f i ­
g u ras ( D o n J u a n , V a lm o n t ) c o n d u c e a la a u t o d e s t r u c c ió n , p e ro t a m ­
b ié n p o r u n n o m e n o s ra d ic a l « p la c e r p o r el c o m ie n z o » (« p a ssio n de
c o m m e n c e m e n t » ) q u e S ta r o b in s k i, e n su a n á lis is d e l r it m o s o la r de la
r e v o lu c ió n , a tr ib u y e a la m is m a en e rg ía . L a d e s t r u c c ió n d e l v ie jo m u n ­
d o y la c r e a c ió n d e u n o n u e v o c o in c id e n d e m a n e ra s o r p r e n d e n te e n eí
c in is m o de R o u é d e S ade, q u ie n en P la ce r n e g r o se a p re su ra h a c ia su
r u in a c o m o o c u r r e en la ira d e las m asas q u e e m p u ja d a s p o r ia a n g u s tia
y la n e c e s id a d a n iq u ila n los s ím b o lo s d e l fe u d a lis m o : « E n e! p u n t o en
q u e arribas fu e rzas c o in c id e n , late el n e g ro c o r a z ó n de la r e v o lu c ió n y
p are su caos c re a d o r. E se es el lu g a r s im b ó lic o del r e g ic id io ; la estrella
re s p la n d e c ie n te de los n u e v o s t ie m p o s es s ó lo la r é p lic a in v e rtid a » ( E R ,
p. 34).
H e in s is tid o e n esta a tre v id a in te r p r e t a c ió n p o r q u e la c o n v e rg e n c ia
a fir m a d a e n tre ei lib e r t in o q u e se a rru m a e n el m is m o P la ce r n e g r o v e!
asalto a la B a s tilla q u e c o n v ie r te en ru in a s la fo rta le z a «gótica» del fe u d a ­
lis m o , p u d ie r a p a re ce r a p rim e ra vista d e m a s ia d o h e rm o s a para ser v e r­

d ad era. Es s in e m b a rg o « n a p ro p u e s ta - l a c o n v e rg e n c ia d e d o s en e rg ías

1 A btchied vom Pr¡nzipiclla\7 Stisttgnrt, 1981, p. 55.

96
e p o c a le s — tic u n in té rp re te q u e en o tro s lug ares es s u m a m e n te c a u te lo s o
en !a s u b o r d in a c ió n d e las m a n ife s ta c io n e s estéticas a los sucesos p o l ít i ­
cos, y, en a m b o s lib ro s , d e s c o n fia n d o d e i p r i n c i p i o a r m o iw a d o r d e l «es­
p ír it u d e l tie m p o » , e la b o ra c o n s ta n te m e n te ia n o c o n t e m p o r a n e id a d de
lo c o n t e m p o r á n e o . L a c o n v e rg e n c ia e n tre la « p asión d e acabar» y la «pa­
s ió n d e l c o m ie n z o » b ro ta en este caso n o ta n to del p o d e r s in c r ó n ic o de
u n c a m b io en ¡os a c o n t e c im ie n to s , c u a n t o d e l d e s e n c a d e n a m ie n to de
fu e rzas, de o rig e n d iv e rs o e in c lu s o a n ta g ó n ic o , q u e d e s e m b o c a n en el
m is m o in s r a n te de u n suce so y p u e d e ser in te rp re ta d a p o r la m ira d a
a n a lític a d e m o d o d iv e rso . E l d e s tin o le g e n d a r io d e l lib e r t in o ya h ab ía
im p r e g n a d o la era de! b a rro c o . E n el m it o d e D o n lu á n n o s ó lo q u e d a
in c o r p o r a d a el ansia in s a c ia b le d e p la c e r q u e tra n sg re d e to d o s los lím ite s
de ia o r d e n a c ió n d iv in a , s in o q u e el s e n t im ie n t o b a rro c o d e la v id a as­
c ie n d e al m á x im o s a c rile g io y se s o m e te así a la m ás ra d ica l c o n d e n a ­
c ió n . E n la s it u a c ió n p r e r r e v o lu c io n a r ia , en v ísp e ras de ia c risis q u e p u so
fin a! m u n d o fe u d a l, p o d ía el lib e r t in o , al p o n e r en c u e s t ió n c o n j u n t a ­
m e n te lo s lím ite s d el o rd e n d iv in o y lo s d e ia s o c ie d a d fe u d a l, ser e n t e n ­
d i d o c o m o d e fe n s o r de la lib e r t a d ra d ic a l (« lib e rtin o » ) y c a stig a r la m ala
c o n c ie n c ia c o n ei ju ic io im a g in a r io de D o n J u a n y de V a lm o n t: «Los
h o m b re s d e 1 7 8 7 (a ñ o d e la ó p e ra d e M o z a r t ) p o d ía n s in d u d a r e c o n o ­
c e r m e jo r en el rayo de D o n G io v a n n i el ú lt im o m o m e n to , el in s ta n te
e x tre m o d e u n a e x is te n c ia h e c h a e n te ra m e n te de m o m e n to s h u id iz o s ;
s a b ía n p o r e x p e rie n c ia q u e el a p e t ito in s a c ia b le de placeres d is m in u y e ,
e n c u e n t r a el re p o so y su a v iz a c o n la m u e rte las in c o m o d id a d e s del tie m ­
po» { E R , p. 29). A s í a d q u ie re la a tre v id a a fir m a c ió n de B a u d e la ir e «Sa re ­
v o lu c ió n ha s id o h e c h a p o r v o lu p t u o s o s " su m ás p r o f u n d o c o n t e n id o
h is t ó r ic o y p s ic o ló g ic o , si se c o n t e m p la n las fig u ra s h eroicas, y ta m b ié n
ro d e a d a s de e s c á n d a lo , d e M ir a b e a u o D a n t o n .
E n u n t ie m p o en el q u e la c ie n c ia d e la lite ra tu ra se m id e p o r su le ­
g it im a c ió n m e t o d o ló g ic a , J e a n S t a r o b in s k i lia r e n u n c ia d o s o b e r a n a ­
m e n te a f u n d a m e n t a r t e ó r ic a m e n t e su n u e v o p la n t e a m ie n t o d e u n a
h is t o r ia e sté tica v p s ic o ló g ic a , y ha t e n id o q u e re sig n arse a ser a d s c r ito a
la lla m a d a « h is to ria d e ideas», a u n q u e tal c o n c e p c ió n , tal c o m o ia re­
p re s e n tó L o v e jo y , q u e d a s u p e ra d a en su m o d o d e e x p o s ic ió n . C ie r t o
q u e ya L o v e jo y h a b ía e x ig id o c a p ta r el a s p e cto a fe c tiv o de las «ideas», e!
« p a th o s m e ta fís ic o » cic las « p alab ras sagradas» de u n a é p o c a y re tro c e d e r
a su p re v ia c o m p r e n s ió n im p líc it a . S in e m b a r g o se a tu v o —d e u d o r del
p a r a d ig m a h e g e iia n o d e l e s p ír it u o b j e t i v o - a su re p r e s e n ta c ió n d e la
« idea u n id a d » , d e la f u n c ió n u n ific a d o r a v e n g lo b a n te de rodas las m a ­
n ife s ta c io n e s c u ltu ra le s , lejo s de la s o s p e c h a p r o p ia d e la c r ít ic a d e las
id e o lo g ía s , s e g ú n ia c u a l las t r a d ic io n e s e s p iritu a le s d e n in g u n a m an era
s o n in m u n e s ai d o m i n i o de los intereses m a te ria le s q u e p u d ie r a n alte rar

97
e l ü b re d iá lo g o e n el p la n o d e las ideas. E l a p a r t a m ie n t o de la h is to ria
id e a lis ta d e l e s p ír itu o d e la h is t o r ia d e la c u lt u r a , y, e n c o n s e c u e n c ia ,
d e la p r e t e n s ió n d e u n a « e x p lic a c ió n in m e d ia ta d e las artes» es c o m ú n a
S t a r o b in s k i y a la h is t o r ia d e las m e n ta lid a d e s (o fo r m a s d e v id a ) q u e
i r r u m p ió p o c o d esp u é s. L o q u e le sep ara de la «nueva h is to ria » , o, d i ­
c h o d e o tra m a n e ra , lo q u e lle v a a c a b o c o n su p la n t e a m ie n t o p s ic o h is -
tórico, es el d e s c u b r im ie n t o d e a c titu d e s la te n te s , su in c lu s ió n en el
p ro c e s o s o c ia l de las im á g e n e s d e l m u n d o q u e se v a n c o n f ig u r a n d o y la
c o n c r e c ió n d e ese c a m b io de h o r iz o n t e en lo s p u n to s de in t e r s e c c ió n de
sus m a n ife s ta c io n e s estéticas. D e este m o d o lo g ra h a c e r v is ib le el m o v i­
m ie n t o d ia c r ó n ic o en la u n id a d s in c r ó n ic a de la c o n c ie n c ia d e la é p o c a ,
s e g ú n las fro n te ra s c a m b ia n te s e n tre la a n tig u a e s tr u c tu ra d e u n a c o m ­
p r e n s ió n d e i m u n d o y la n u eva.
L a c o n t r ib u c ió n , to d a v ía en c u rs o , d e S ta r o b in s k i a la in v e s tig a c ió n
de las fo rm a s de v id a d e l s ig lo X V ill, la a c la r a c ió n m u tu a d e «e stilo d e
v íd a » y « c lim a esté tico» , d e b e r ía ser a h o r a ilu s tra d a c o n a lg u n o s e je m ­
p lo s d e esos d e s c u b r im ie n t o s de c a m b io d e h o r iz o n t e q u e c a ra c te riz a n
la d ia lé c t ic a p ro g re s iv a d e la I lu s tr a c ió n .
C a m b i o d e é p o c a y c o n c ie n c ia d e é p o c a a p a re ce n e n esta c o n s id e ­
r a c ió n d e l S ig lo de las L u c e s c o m o té r m in o s h e r m e n é u tic o s , e n fr e n t a ­
d o s d ia lé c tic a m e n te . N o es u n su ce so in ic ia l n o ta b le q u e a b re u n a é p o ­
ca, c o n ¡a e x p e c ta tiv a e n fá tic a d e a lg o n u e v o , lo q u e m o d if ic a el m u n d o
v ie jo d e u n g o lp e y de m o d o irre v e rs ib le , s in o q u e la p ro g re s iv a sep a ra ­
c ió n d e lo a n t ig u o , e n la p e r c e p c ió n p a u la t in a d e u n h o r iz o n t e a b ie rto
d e f u t u r o , es lo q u e c a ra c te riz a el c a m in o d e la e x p e rie n c ia , c o n la q u e
la ra z ó n , q u e se lib e r a a sí m is m a , c o n s ig u e la m a d u r e z . N o es u n c a m ­
b io d e é p o c a c o n u n a fe ch a , s in o u n p a u la t in o c a m b io de h o r iz o n t e
c o n u m b r a le s d e t e r m in a d o s , q u e al p r i n c i p i o s o n o b s e rv a d o s y a te s ti­
g u a d o s p o r p o c o s , lo q u e m a rc a este p ro c e s o en el q u e 1o a n t ig u o m a n ­
tie n e su re s is te n c ia fre n te a lo n u e v o hasta el su ce so fin a l d e 1 7 8 9 .
L o a n t ig u o es e n esta p e rs p e c tiv a la o r d e n a c ió n c ó s m ic a , a ú n m e ta ­
fís ic a , y la fo r m a d e v id a re p re s e n ta tiv a d e l B a r r o c o (q u e p a ra S ta r o ­
b in s k i c o m p r e n d e el c la s ic is m o fran cés). L o n u e v o se m u e s tra a n te to ­
d o en q u e ei g ir o c o p e r n ic a n o in c lu y e a h o ra la c o m p r e n s ió n d e l m u n d o
y la e x p e rie n c ia d e la n a tu ra le z a d e estrato s m ás a m p lio s . L o s fís ico s,
g e ó m e tra s y filó s o fo s d e l b a r r o c o g a n a r o n su b atalla: se im p u s o la id ea
d e la i n f i n i t u d d e l to d o y la d e s c e n tr a c ió n d e la im a g e n a n t r o p o m ó r f ic a
d e l m u n d o e n u n a c o n c ie n c ia g e n e ra l. E n el m o d e lo c ó s m ic o d e la I lu s ­
tr a c ió n , las n o c io n e s d e « s u p e rio r» e « in fe rio r» , las d ir e c c io n e s s im b ó l i ­
cas d e c ie lo e in f ie r n o , s a lv a c ió n y c o n d e n a c ió n , h a n p e r d id o su s e n tid o
a n a g ó g ic o . T a n t o si se p ie n s a q u e D i o s está fu e ra d e i e s p a c io , c o m o si el
e s p a c io es u n a t r ib u t o de la d iv in id a d , la n a tu ra le z a en su t o t a lid a d c ó s ­

98
m ic a es d e c la ra d a in c o g n o s c ib le , el e s p a c io c ó s m ic o es n e u tra l, is ó t ro p o
y h o m o g é n e o , d e m a n e ra q u e n in g ú n Silgar tie n e p r iv ile g io a lg u n o s o ­
b re o tro . P e ro si el u n iv e r s o carece d e c e n tr o y n o tie n e lím ite s , e n t o n ­
ces c u a lq u ie r c o n c ie n c ia p u e d e a rro g a rs e el d e r e c h o d e o r g a n iz a r el
m u n d o m e d ia n te su p r o p ia a c tiv id a d : «el p u n t o d e vista d e l in d iv id u o
n o es s ó lo el c e n tr o d e u n a o b s e r v a c ió n s in o e! p u n t o d e a p o y o d e u n a
tr a n s fo r m a c ió n activa» ( I L , p. 1 15).
E n esta líric a c o n t e m p la S r a r o b in s k i la p re m is a ú lt im a y m ás c a ra c ­
te r ís t ic a d e la c o n c ie n c ia e p o c a l d e la I lu s t r a c ió n e u r o p e a . R e n u e v a
n u e s tra v is ió n d e la c o m p r e n s ió n d e l m u n d o y d e l eth o s d e la m o d e r n i­
d a d q u e a h o ra c o m ie n z a . C o m p r e n d e ta n t o el d e s a rro llo e c o n ó m ic o y
p o l ít i c o c o m o la lib e r a c ió n d e la e x p e rie n c ia estética. E l e s p a c io n e u tra l
es el e s p a c io de la té c n ic a , d e l c o m e r c io , d e la c o lo n iz a c ió n y d e la i n ­
d u s t r ia , de las F u e r a s lib e ra d a s de la ra z ó n in s t r u m e n t a l q u e se e x tie n ­
d e n p o r to d a la tie rra y d o m in a n la n a tu ra le za c o m o su p r o p ia h e r e n ­
cia. E l d e s c u b r im ie n t o de la s u b je tiv id a d , la lib e r a c ió n y le g it im a c ió n
d e l in d iv id u o , p e ro ta m b ié n la s a lv a c ió n de la n a tu ra le z a en su t o t a li­
d a d , b u s c a n d o e n c o n t r a r y m a n te n e r e n la p o e sía y el arte la c o r r e s p o n ­
d e n c ia e n tre p a isa je y s u je to s e n s ib le , esa es la n u e v a tarea y el e je rc ic io
d e la e x p e r ie n c ia esté tica. C o n v e r g e n e n este p u n t o el p la n t e a m ie n t o d e
S t a r o b in s k i y el t r a ta m ie n to c lá s ic o , s u r g id o d e m o d o in d e p e n d ie n t e ,
d e J o a c h ím R it t e r acerca de la f u n c ió n d e lo e s té tic o en la s o c ie d a d m o ­
d e rn a : «la s u b je t iv id a d ha e m p r e n d id o c o n s e r v a r y a c tu a liz a r lo q u e de
r e lig io s o h a y en el s a b e r s o b re D io s , lo e s té tic o e n So b e llo y lo é t ic o en
la m o r a lid a d , lo q u e está o b je t iv a d o en el s e n o de !a s o c ie d a d , y p u e d e
c o n v e r t ir s e e n m e r a m e n te s u b je tiv o » 2. L a I n v e n c i ó n d e lu l i b e r t a d de
S t a r o b in s k i a c la ta a m p lia m e n t e las te sis de R i t t e r s o b re el d e s c u b r i­
m ie n t o d e la n a tu ra le z a c o m o p aisaje.
Un c a m b io de h o r iz o n t e d e la e x p e r ie n c ia e sté d ea se a p re cia p o r
e je m p lo en 1a a r q u ite c tu r a y lo s ja rd in e s , c u a n d o h a c ia fin e s d e s ig lo se
t r a n s f o r m a n sus re la c io n e s fo rm a le s : «la fa c h a d a b a r r o c a , r ic a m e n t e
a d o rn a d a , o rg á n ic a , viva, d e s e m b o c a b a en u n ja r d ín d is p u e s to g e o m é ­
tric a m e n te ; la c o n s t r u c c ió n c lá s ic a , en la q u e p r e d o m in a n la d is t r ib u ­
c ió n g e o m é tric a , las c o n e x io n e s y lo s p la n o s , acaba e n u n p a r q u e e n el
q u e se d e s p lie g a la n a tu ra le z a c o n su p le n it u d o rg á n ic a » ( I L , p .2 0 5 ) . E n
el e s tilo r o c o c ó , c a ra c te riz a d o c o m o « b a rro c o r e s p la n d e c ie n te y m in ia -
tu riz a d o » , c o in c id e n intereses es té tic o s d e d o s clases. L a b u rg u e s ía c re ­
c ie n t e se e s fu e rza en im it a r el id e a l a r is to c r á tic o d e la v id a hasta en las
cosas d e u s o d ia r io , v a lo ra e! a d o r n o de los o b je to s q u e h a n p e r d id o su

? 1 96 3. a h o ra en: 1- R irte r. S u b j e k t iv i ta t , F r a n k fu r t, 1 97 4. p. 33-

99
f in a lid a d , lo q u e p a ra u n a a ris to c r a c ia q u e ha p e r d id o su f u n c ió n s ig n i­
fic a ía tr a n s m u ta c ió n d e las fo rm a s s im b ó lic a s en o b je to s d e placer- P e ­
ro t r a d ic ió n e in n o v a c ió n p u e d e n c ru z a rs e en ia o b r a dei m is m o au to r:
el e s p ír itu de la c o n t r a r r e fo r m a , q u e en las c o n s t r u c c io n e s sagradas, ran
n u m e ro s a s , d e i s u r de A le m a n ia q u e r ía n re n o v a r el m o d e lo d e l b a rro c o
¡ra lia n o , seg u ía v iv ie n d o , c o m o su ú lt im a in c o r p o r a c ió n , en las m isas
d e H a y d n y M o z a r t , m ie n tr a s q u e los c u a tre ro s d e c u e rd a d e i p r im e r o
i n ic ia n ya la a u t o n o m ía de! c la s ic is m o vien e s, y las ó p e ra s d e l s e g u n d o
c e le b ra n , c o n el e s p ír itu d e la fra n c m a s o n e r ía , el t r iu n f o d e la ilu s t r a ­
c ió n s o b re la o s c u r id a d . Y c u a n d o , fin a lm e n te , en las o b ra s v p ro y e c to s
d e B o u ilé , L e d o u x y P o y e t, el «e stilo r e v o lu c io n a r io de la v o lu n t a d " im ­
p o n e u n m o n u m e n t a lis m o f u n c io n a l, u n a n u ev a e sté tica d e la s o b r ie ­
d a d s u b lim e s u s titu y e a Sa vieja esté tica del a d o r n o c o m p lic a d o y d e s ­
lu m b r a n t e , y u n e s t ilo p r o m e t e ic o o p o n e el p o d e r d e l h o m b r e a la
in s t a n c ia d e lo b e ilo n a tu ra l. E n la p in t u r a de G u a r d i, La a s ce n s ió n d e
u n g l o b o s o b r e e l c a n e t l d e la G i itd e c c a , se c ru z a n lo a n t ig u o y lo n u e v o
d e n u e s tra m o d e r n id a d : el g lo b o , e m b le m a d e l s u r g im ie n t o d e l «estilo
de la v o lu n ta d » es o b je t o d e a s o m b r o p o r p a rte d e tin as fig u ra s e n m a s ­
c a ra d a s de la s o c ie d a d ro c o c ó , q u e n o s o s p e c h a q u e ral a c o n t e c im ie n t o
a n u n c ia el fin a l d e su m u n d o c o n la r u p tu r a de u n fu t u r o t e c n o ló g ic o
q u e se im p o n d r á c o n el im p e r a tiv o de la tra n s g re s ió n de los lím ite s , de
la e x ig e n c ia c re c ie n te d e la v o lu n t a d en la i n f i n i t u d d e l to d o .
H a s ta q u é p u n t o es t it u b e a n te este c a m b io [lacia lo n u e v o , lo d e ­
m u e s tra la in t e r p r e t a c ió n d e l m it o de P ig m a lió n . S u p o p u la r id a d p o ­
d r ía r e s p o n d e r al s e n tid o e m b le m á t ic o seg ú n el c u a l el p in t o r es a h o ra
el p o s e e d o r de lo b e ilo , lo q u e h a sta a h o ra c o r r e s p o n d ía al p r ín c ip e .
¿ Q u ie r e n re c o rd a r c o n e llo lo s p in to r e s —c o m o lo s filó s o fo s de la I lu s ­
t r a c ió n — q u e la p r o p ie d a d d e b e ser u n d e re c h o f u n d a d o en el tra bajo ?
P e ro e n c o n t r a te n e m o s q u e la e sté tica in m a n e n t e de este arte su rg e en
p r im e r t é r m in o d e u n h e d o n is m o realista: el e n c a n to de u n a « p e rfe c ­
c ió n h e c h a carne» o c u lt a u n a c a re n c ia d e - te n s ió n c re a d o ra , n o tie n d e a
la m o d if ic a c ió n d e la c o n v e n c ió n y el o r d e n s o c ia l. E l p r in c ip io d e l p la ­
ce r n o s ig n ific a lo m is m o p a ra la cla se fe u d a l d e s c e n d e n te y p ara la b u r ­
g u e sía a s ce n d e n te : «para el b u rg u é s , el p la c e r n o e n tra ñ a la re n u n c ia a
u n d eb e r, a u n a tarea; es u n acce so a u n a p o s e s ió n m e d ia n te la q u e el
h o m b r e a n u n c ia su in te rés d o m in a n t e p o r los b ie n e s d e este m u n d o .'
( I L , p. 54). A q u í, y e n otras partes, se c o n f ir m a ia a m p lia c ió n a rtís tic a y
s o c io ló g ic a d e la c u e s t ió n d e la r e la c ió n e n tre la o b ra v el re ce p to r: el s i­
g lo de las luce s es u n a é p o c a e n ía q u e, m ás q u e n u n c a , el m u n d o c e rra ­
d o de la p r o d u c c ió n y el c o n s u m o d e lo b e llo se ab re ai re c e p to r de las
artes. E s a lg o q u e c o n f ir m a la c r ít ic a d e l arte a la q u e tie n e a cce so el p ú ­
b lic o ilu s t r a d o . D e s d e 1 7 3 7 e x ig e n ta m b ié n las p u b lic a c io n e s d e las

100
A c a d e m ia s a la hasta e n t o n c e s ú n ic a in s t a n c ia d e i j u i c i o e s té tic o , la
« o p in ió n d e l p ú b lic o ilu s t r a d o " a q u ie n se in v ita a m a n ife s ta r su o p i ­
n ió n s o b re lo s salon es.
L a lín e a d iv is o r ia e n tre lo a n tig u o v lo n u e v o , q u e avanza im p e r ­
c e p tib le m e n t e , es p r ó d ig a en suceso s en ¡a h is to ria d e los g é n e ro s a rt ís ­
tico s. L a v e n e ra b le t r a d ic ió n d e los id ilio s d e c lin a . Su ú lt im o e s p le n d o r
c o n la m e s T h o m s o n y S a lo m o n G e s s n c r v iv e de la ilu s ió n de u n re n a ­
c im ie n t o a rc á d ic o , p e ro d e s p ie rta ta m b ié n la d u d a d e si la fa m o sa s e n ­
c ille z d e la v id a d e í c a m p o p u e d e d is fr u ta rs e sin el re g u sto d e la m e n t i­
ra. L a m is e ria d e la e x is te n c ia c a m p e s in a h ace su e n tra d a c o n la p in tu r a
d e T ié p o lo , G r e u z e o F ra g o n a rd , p e ro va el b u n io de las fá b ric a s hace
ve r in e q u ív o c a m e n t e q u e eí h o m b r e se e n c u e n tra en e s ta d o de g u erra
c o n t r a ía n a tu ra le za . L a n a tu ra le z a lib re e in ta c ta q u e d a fu e ra d e la a c ­
t u a lid a d d e l h o m b re ; tie n e q u e ser b u s c a d a e n la s u b lim id a d d e los
m o n te s , en u n a n t iid ib o . L a d e s t r u c c ió n d e í m it o b u c ó lic o es elevad a a
m o t iv o d e la é p o c a p o r C o l d s m it b y Cirav, v hasta p o r el G o e t h e de
W e r fh e r . L a to r m e n t a d e l la g o en el e p ílo g o d e P a b lo y V ir g in ia es el ú l ­
t im o i d i l i o d e l s ig lo . E n su lu g a r a p are ce ía u to p ía q u e p ro y e c ta en el
fu t u r o la f e lic id a d d e u n m u n d o r e c o n c ilia d o , y ta m b ié n la a c t it u d s e n ­
t im e n t a l r o m á n tic a q u e b u sca el a c o r d e p e r d id o d e l h o m b r e y la n a t u ­
rale za en la r e fle x ió n in f in it a d e u n a « p a sió n d e la au sen cia» .
Va lie m o s h a b la d o d e la p o esía de las r u in a s y de su tr a n s fo r m a c ió n
d e s d e la m e la n c o lía a! p la ce r n egro de la n o vela tr u c u le n t a . A q u í actúa
la fa s c in a c ió n im a g in a r ia p o r la e s c e n o g ra fía m e d ie v a l y el re d e s c u b ri-
m ie n t o d e lo « g ó tico » p o r h is t o ria d o r e s y a m a n te s d e l arte. E n la p i n t u ­
ra h is t ó r ic a d e l s ig lo a b u n d a n las escenas d e m uerte; s in e m b a rg o , en el
M a r a t a s es in a d o (la « p ie d a d ja c o b in a » , de D a v id ) , y en su B r u ñ ís , p are ce
q u e la c o n c ie n c ia e p o c a l d e la r e v o lu c ió n d e s c u b re d e n u e v o la m u erte:
c u m p lim ie n t o a u t é n t ic o d e l ju r a m e n to de lib e r t a d «que d e s c r ib e m a g ­
n ífic a m e n t e la s o le d a d fú n e b re , para tra n s m u ta rla en c o m u n ió n seg ú n
el im p e r a t iv o u n iv e rs a l d e l '['error v la V 'irtu d » (F1R, p. 7 0). F.n el e s tilo
n e o c lá s ic o se e n tre c ru z a n v lim it a n el m a n t e n im ie n t o y la re n o v a c ió n
de la a n tig u a h e r e n c ia de m a n e ra in tr in c a d a . Para la s o c ie d a d de artistas
de la R o m a d e fin d e s ig lo , c o n in flu e n c ia s o b re to d a E u r o p a c o n sus
e s tilo s o p u e s to s d e l b a r r o c o y el r o c o c ó (el lla m a d o « c la s ic is m o de W c i-
m ar» n o es u n m o v im ie n t o a u t ó c t o n o , s in o el vastag o a le m á n ) , la v u e l­
ta a la a n tig ü e d a d era m u c h o m ás q u e u n p e r ió d ic o c a m b io d e gusto.
S u rg ía d e u n a d e c is ió n lib r e v u n a e le c c ió n re fle x iv a d e ¡a razó n ilu s t r a ­
da q u e e m p r e n d ía en las artes lo q u e la r e v o lu c ió n d e I 7 8 9 a c o m e tió
c o n las in s t it u c io n e s p o lític a s : p are cía a c tu a r la g ra n idea de u n n u e v o
c o m ie n z o q u e b u scase, p o lít ic a m e n t e , u n a le g it im a c ió n m e d ia n te la re ­
p ú b lic a r o m a n a y, e s té tic a m e n te , u n a v u e lta a la re v e la c ió n o r ig in a l, a la

101
sim b io sis p rístin a d e la n atu ralez a y arte. C o n ello se observa en ei n eo ­
clasicism o u n a clara lín e a d e d e lim ita c ió n q u e va d esd e F iissli a W in c-1
k e lm a n n (y a G o eth e): en su c rític a al co n cep to a p o lín eo de la b elleza .
id eal, d el lad o la m in o so d el arte g rieg o , exige u n a aten ció n i l lad o o s­
curo re p rim id o , q u e G o eth e rechaza co m o p o rtavo z d e la razón c lásica,
p ara acabar, sin e m b arg o , en el p a n d e m ó n iu m d e su S eg u n d o F austo,
exo rcizan d o su p ro p ia so m b ra. En el p u n to c u lm in a n te d ei n eo clasicis- .
m o, la b ú sq u e d a d e lo b ello o rig in a rio , d e la n atu ralez a ilu m in a d a p o r
el arte, se c a m b ia en el c o n o cim ien to d e la alte rid n d d e lo a n tig u o , en
la c o n c ie n c ia h istó ric a m e n te a g u d iz a d a de qu e la v erd ad q u e u n a vez se
a b rió a los a n tig u o s en lo b ello , sólo se p resen ta a los m o d ern o s en el
sab er: «la p o esía p arece m ás capaz q u e la e sc u ltu ra o q u e la p in tu ra de
p o d e r m e d ir la d ista n c ia , la im p o s ib ilid a d d el regreso ai o rig e n , y, a
p a rtir d e esa im p o s ib ilid a d , se o b tien en los g ran d es tem as de la m o d er­
n id a d : e l lirism o d e la c o n c ie n c ia e sc in d id a , d ei recuerd o y d el p resente
p erd id o » (E R , p. 9 2 ).
N o es c a su a l q u e las lín e a s d e fu g a d e este n u e v o h o r iz o n t e d e las
artes c o n flu y a n , s e g ú n esta c o n s id e r a c ió n , e n la s in c r o n ía d e lo s añ o s
r e v o lu c io n a r io s , p e ro q u e e n e llo s e n c u e n t r e n su f in o sean s u s t it u id o s
p o r n u e v o s m o d e lo s y n o r m a s esté ticas. Se c o n f ir m a a s í b r illa n t e m e n t e
la h ip ó t e s is d e tra b a jo d e S t a r o b in s k i, e x p u e sta en esas d o s o b ra s, la d ia -
c r ó n ic a y n a rra tiv a L a in v e n c i ó n d e ia lib e r ta d , y la s in c r ó n ic a y e s tru c ­
tu r a l L o s e m b k m a s d e la r a z ó n , q u e h a c e d e c o m p le m e n t o : ei a ñ o 1 7 8 9
tra e c o n s ig o u n a r u p t u r a d e é p o c a n o s ó lo e n la h is t o r ia p o lfr ic a d e E u ­
r o p a s in o ta m b ié n e n el e s tilo y la a c t it u d estéticas. L a « p a s ió n de a c a ­
bar» y su c o r r e la t o p s t c o h is t ó r ic o «la p a s ió n d e l c o m ie n z o " se re v elan
así c o m o el m ó v il c o m ú n d e la a c c ió n p o lít ic a y d e la a c t iv id a d estética,
a u n q u e lo s r e v o lu c io n a r io s e ra n c u a lq u ie r cosa m e n o s e s tu d io s o s d e l a r ­
te, y lo s ú lt im o s n o fu e se n m u y p a r t id a r io s d e lo s ja c o b in o s (la « r e v o lu ­
c ió n estética» d e l p r im e r r o m a n t ic is m o a le m á n fu e u n a re sp u esta c r ít ic a
a las e x p e c ta tiv a s d e s e n g a ñ a d a s d e la r e v o lu c ió n y n o su m a n ife s ta c ió n
e sté tica h o m ó lo g a ) . L a p r o d u c c ió n lite r a r ia y a rtís tic a de la é p o c a re v o ­
l u c io n a r ia fra n c e s a es, e n la h is t o r ia d e la lit e r a tu r a y d e l arte, u n a c o n ­
f ir m a c ió n n o t o r ia d e l d íc t u m : in te r a rm a s ile n t m u sa e. S in e m b a r g o , se­
ría u n a a p u e s ta te m e ra ria p r o p o n e r l o c o n t r a r io , q u e to d a t r a d ic ió n
lite r a r ia y a r t ís tic a e n c o n t r ó su f i n c o n el A n t i g u o R é g im e n y q u e los
m o m e n t o s in n o v a d o r e s , q u e c o n fre c u e n c ia en el d o m i n i o d e las b ella s
artes ;s e a p r e c ia n d e m o d o s ó lo re tro s p e c tiv o , h a n d e sér b u s c a d o s en el
c a m b io la te n te d e l s is te m a d e n o rm a s esté ticas, c o m o s ig n o d e u n n u e ­
v o c o m ie n z o .
Q u e je a n S taro b in sk i g an ó tal ap u esta, se d ebe an te todo a su m aes­
tría en la in te rp re tac ió n sin to m á tica , q u e, a la v ista de la escasez d e testi­

102
m o n io s fran ceses d e l a ñ o 1 7 8 9 , e c h ó m a n o d e ias o b ra s lite ra ria s y a rtís ­
tic a s d e lo s c o n t e m p o r á n e o s d e to d a E u r o p a ( G u a r d i y T ié p o lo , G o y a y
F ü s s li, F ia x m a n y C a n o v a , B la k e y S c h ilie r, G o e t h e y M o z a r t , p o r n o m ­
b r a r s ó lo a lo s re p re s e n ta n te s m ás d esta ca d o s) p ara h a c e r c o n v e rg e r la
r u p t u r a e p o c a l e n la s in c r o n ía de c o r r e s p o n d e n c ia s y d iv e rg e n c ia s d e lo
a le ja d o e s p a c ia lm e n te y s in e m b a rg o la te n te m e n te r e la c io n a d o , c o n lo s
su ceso s h is t ó r ic o s m u n d ia le s . A s í p u e d e m o stra rse la m is m a a p a rie n c ia
d e lo s tie m p o s , ilu m in á n d o s e m u tu a m e n e , d esd e el c e n tr o d e l «dram a»
q u e la r e v o lu c ió n fra n ce sa in s c r ib ió e n la h is to ria , y d e sd e la d is t a n c ia d e
lo s te stig o s n o im p lic a d o s d e m o d o in m e d ia t o e n las fases d e su c o n s t i­
t u c ió n d e s e n tid o . S ta r o b in s k i e n t ie n d e r e c o n s tr u ir el d ra m a d e la escena
fra n c e s a d e 1 7 8 9 a u n a n u eva lu z a p a r t ir d e sus m a n ife s ta c io n e s e s t í t i ­
cas, g ra cia s a su acceso c a ra c te rís tic o , q u e él lla m a « e m b le m á tico » . L o
q u e e n t ie n d e p o r e llo , y lo q u e d e e llo h a y q u e a p re n d e r, lo m u e s tra a d ­
m ir a b le m e n t e su y a c lá s ic a in te r p r e t a c ió n de las fe s tiv id a d e s r e v o lu c io ­
n arias: « L a fiesta re v o lu c io n a r ia , c o n v o c a d a e n u n m a rc o o c a s io n a !, es
u n a c o n t e c im ie n t o d e u n d ía q u e pasa, p e ro q u e q u ie re h a c e r é p o c a . E n
eso se d ife r e n c ia de las fiestas de la n o b le z a y su b r illo e fím e ro , q u e se
e x tin g u e s in d e ja r h u e lla » { E R , p. 59). T ra s el p r im e r a c to d e la lib e r t a d
re a liza d a , e l « le n g u a je d e lo s p r in c ip io s u n iversale s» a s u m ió la tarea d e
p o b la r d e n u e v o c o n s ím b o lo s el e s p a c io a b ie rto , p e ro v acío; s in e m b a r­
g o ei c a m b io d e la lib e r t a d a b s o lu ta a l te r r o r d e las p u ra s c o n v ic c io n e s
h iz o d e s c u b r ir p r o n t o q u e el le n g u a je d e lo s p r in c ip io s e s c o n d ía s ie m p re
el p o d e r d e lo s intereses. L a in te r p r e t a c ió n e m b le m á tic a ex ig e in te rro g a r
lo s s ig n o s d e lo s tie m p o s de m o d o « p s ic o h is t ó r ic o " , p a ra r e c o n o c e r en
sus im á g e n e s y m ito s lo s re p re se n ta n te s d e u n a fa n ta sía c o le c tiv a . P r e c i­
s a m e n te su c a rá c te r in d e t e r m in a d o c o n d ic io n a la fa s c in a c ió n d e su a m ­
p lia d if u s ió n , p o r q u e a c tú a n en el p la n o de lo p re c o n s c ie n te , e n ei q u e la
in t e r p r e t a c ió n d e lo d a d o y la c re a c ió n d e u n a n u e v a re a lid a d s o n casi
in se p a ra b le s .
E l d e s id e r á t u m d e c a p ta r y e x p o n e r lo s c a m b io s en la h is t o r ia de
las artes d e m o d o n o s ó lo n a rra tiv o , s in o ta m b ié n s in c r ó n ic o , h a s id o
e n lo s d o s ú lt im o s d e c e n io s u n a p r e t e n s ió n de casi to d a s las te o ría s m ás
s ig n ific a tiv a s y re n o v a d o ra s , p e ro , p o r lo q u e veo, c a si s ó lo lo h a lo g r a ­
d o j e a n S ta r o b in s k i, a u n q u e n o se le h a r e c o n o c id o . S u p a r a d ig m a s u ­
p e ra a ias m e t o d o lo g ía s in flu y e n t e s e n el p a s o q u e va d e lo s p o s tu la d o s
te ó r ic o s a ia a p lic a c ió n real, p o r su tesis de q u e la c o n s id e r a c ió n d ia c r ó -
n ic a s ie m p r e tie n e q u e i n c l u i r a ia s in c r ó n ic a , si se q u ie r e p e n e tra r e n el
p la n o d e ia c o n s t it u c ió n de s e n tid o s . I n c lu s o la lu c h a a b ie rta e n tre se­
m ió t ic a y h e r m e n é u tic a se d is u e lv e e n u n a re la c ió n c o o p e r a tiv a si 1a se­
m ió t ic a e s tr u c tu ra l n o se c o n f o r m a c o n el in v e n t a r io y d e s c r ip c ió n sis ­
t e m á t i c a d e l « c ó d ig o » c u l t u r a l , s i n o q u e l l a m a e n s u a y u d a a la

103
h e r m e n é u t ic a h is t ó r ic a y c r ít ic a p a ra c o m p r e n d e r las « señ ales d e u n
tie m p o » d e m o d o e m b le m á t ic o , es d e c ir, c o m o s ig n o s q u e in te rp re t a n
lo y a d a d o y a l m is m o t ie m p o d a n lu g a r a u n a n u e v a re a lid a d . P r o c e d e r
así e x ig e p o r o t r a p a rte a p ro p ia rs e d e !a v ie ja m á x im a h e r m e n é u tic a , se­
g ú n la c u a i u n a d e s c r ip c ió n p re s u n ta m e n t e o b je tiv a , s u p o n e n e c e s a ria ­
m e n t e el i n s t r u m e n t o s u b j e t iv o d e la p r e g u n t a y la re sp u esta , y q u e
n u e v o s c o n o c im ie n t o s s u r g e n d e c u e s tio n e s to d a v ía n o p la n te a d a s . E s to
l o m u e s tr a d e l m o d o m ás c la r o e l ú lt im o c a p ít u lo d e lo s E m b le m a s d e la
ra z ón c o n su n u e v a in t e r p r e t a c ió n d e la F la u ta m á g ica . L o q u e se ju e g a
e n t re las tres parejas y el c o n f l i c t o e n tre l u í y o s c u r id a d q u e se re su e lv e
e n el n u e v o e s p ír it u d e la ra z ó n ilu s tra d a , s o lu c io n a ta m b ié n la c u e s t ió n
p o lít ic a d e c ó m o p u e d e s e r h u m a n iz a d a la fu e rz a d e lo ir r a c io n a l, u n a
c u e s t ió n s ó lo h o y r e c o n o c ib le e n su to ta l a m p lit u d , y q u e e n el h o r i ­
z o n t e d e 1 7 8 7 n o es u n a n a c r o n is m o , p o r q u e su le g it im id a d h a s id o
g a n a d a p o r la m e d ia c ió n d e lo s d o s h o r iz o n te s .
L a ilu s t r a c ió n e u ro p e a , c o n la r e v o lu c ió n fra n c e s a c o m o su é p o c a
c u lm in a n t e , n o es p a ra J e a n S t a r o b in s k i n i el p a ís im a g in a r io d e s u e ñ o s
r e v o lu c io n a r io s n i el fa n ta s m a d e lo s m ie d o s n e o c o n s e rv a d o re s , s in o u n
« p ro y e c to in a c a b a d o » , q u e c o lo c a su p r e h is to r ia d e n u e s tra m o d e r n id a d
a i la d o d e las e m p re sa s p a ra le la s d e A d o r n o , B e n ja m in y H a b e r m a s , s in
q u e b aste a la b a r u n a o b r a q u e e n eí f o n d o se ig n o r a .

104
4

El arte com o anti-naturaleza.


El cam bio estético después de 1789

a Odo M arquard en su
60° aniversario

«Si fue ra c ie r to el h e c h o , si fu e ra c ie rro el caso e x tra o rd in a rio de q u e


la le g is la c ió n p o lít ic a se h a tra sla d a d o a la ra zó n , de q u e ei h o m b r e se res­
p eta y tra ta c o m o f in p o r sí m is m o , d e q u e la le y h a a s c e n d id o al t r o n ó y
la v e rd a d e ra lib e r t a d es el fu n d a m e n t o d e la c o n s t r u c c ió n d e l E s ta d o , en
ese ca so d ir ía a d ió s p a ra s ie m p re a las M u s a s y d e d ic a ría to d a m i a c tiv i­
d a d a ia m ás so b e ra n a d e to d as ias o b ra s d e arte, la m o n a r q u ía d e la ra ­
z ó n . P e ro ese h e c h o es m ás q u e d u d o s o . E s t o y ta n lejos d e c re e r e n el
p r i n c i p i o d e u n a re g e n e ra ció n d e lo p o lít ic o , q u e los a c o n t e c im ie n to s de
ia é p o c a m ás b ie n m e q u it a n to d as las esperanzas p ara s ig lo s» 1. A s í e s c ri­
b ía S c h ilie r el 13 d e j u l i o d e 1 7 93 al D u q u e de A u g u s te n b u rg , el a ñ o d e
Ía e je c u c ió n d e L u is X V I , de la p r is ió n d e lo s g ir o n d in o s y d e l c o m ie n z o
in m e d ia t o d e la d ic t a d u r a de R o b e s p ie rre . E s ta fa m o sa carta es n o ta b le
e n m u c h o s aspectos. E s te s t im o n io de las altas ex p e cta tiv a s c o n las q u e
lo s p o e ta s y filó s o f o s a le m a n e s h a b ía n s a lu d a d o lo s su ceso s d e 1 7 8 9
c o m o cesura d e la h is t o ria m u n d ia l y c a m b io d e é p o c a p o r ex ce le n cia,
c o m o «la a u ro ra d e l e s p íritu re ju v e n e cid o » . T e s t im o n ia ta m b ié n q u e tal
e x p e rie n c ia —«el p la c e r ju v e n il de la nu eva época»— fu e vista d esd e el la d o
a le m á n c o m o u n c a m b io e n el r e in o de la p o lít ic a y d e ia filo s o fía 2. S e g ú n

1 En: O ie jra n z osiscb t R ew lu tion írrt SpU gel d e r deutseben Lítcratur, ed. C . T rager,
F r a n k fu r t, 1 97 5, p p . 2 6 0 -2 7 0 , a q u í p, 264*
1 G. W . F . H e g t í: E nzyklapádic d t r p h ilo so p h isch m W hsrnschaften , O b r a s (S u h r-
p. 12 [erad. cast. de E . O v e je r o y M a u ry : E nciclopedia d e
k a m p ), V . 8, F r a n k fu r t, 1 97 0,
las cien cias filosóficas, L a H a b a n a , I n s t it u to d e l L ib r o , 1968].

105
las c o n o c id a s p a la b ra s d e H e g e l en sus Lecciones sobre la historia de la f il o ­
sofía, d o s p u e b lo s h a n a p o r ta d o ei c a m b io d e época: el a le m á n y el fr a n ­
cés, « E n A le m a n ia , este p r in c ip io h a a v a n z a d o c o m o p e n s a m ie n to , e s p ír i­
tu, c o n c e p to ; e n F ra n c ia , c o m o re a lid a d » 3. P e n s a m ie n to y a c c ió n , te o ría y
p ra x is c o in c id e n e n la e s p e ra n z a d e q u e la r e v o lu c ió n e s p ir itu a l h a de
c o m p le t a r lo q u e la r e v o lu c ió n m a te ria l in ic ió , y esto ta n to m ás c u a n to
q u e la ra z ó n p o lít ic a de la h is to ria , al c a m b ia r p o r la fo rm a ju r íd ic a d e la
lib e rta d , n a u fra g ó en el re in a d o de la v ir t u d y el terror.
P e ro ia c a r ta d e S c h ilie r es t e s t im o n io d e u n te rc e r p r o b le m a , c u a n ­
d o tr a d u c e la a p o r ía d e la ra z ó n p o lít ic a e n el s ig u ie n te e n u n c ia d o : «se
tie n e q u e e m p e z a r c r e a n d o c iu d a d a n o s p a ra la c o n s t it u c ió n , an te s d e
d a r u n a c o n s t it u c ió n a lo s c iu d a d a n o s » . E s esta ia crtix d e u n a in e v it a ­
b le d ic t a d u r a e d u c a d o r a : « q u e lo s e s c la v o s tie n e n q u e ser libres p a ra su
lib e r a c ió n , a n te s d e q u e p u e d a n ser lib re s » 1. H a y , pu es, q u e e n c o n t r a r
u n a s a lid a p a ra este d ile m a q u e e v it e la E s c ila d e la c o a c c ió n e statal
(« h ay q u e o b lig a r a lo s h o m b r e s a q u e sean lib res» , d e R o u s s e a u ) y la
C a r ib d ís d e la lib e r t a d a u tó g e n a d e l in d iv id u o . S in e m b a rg o , p a ra S c h i­
lie r tal s o lu c ió n n o p u e d e ser « u n a s u n t o d e la c u lt u r a filosófica, sm o;
p re fe re n te m e n te d e la c u lt u r a estética». S u m e d io d e c o n s e g u ir el c a rá c ­
ter s in n e c e s ita r al e s ta d o es e l c a m in o de la f o r m a c ió n e sté tica e n el es­
ta d o e s té tic o , q u e u n a ñ o d e s p u é s d e s c r ib ir á e n las C artas sobre la e d u ­
c ación e stética d e l h o m b r e ( 1 7 9 4 ) . S u esp e ra n z a en u n a r e v o lu c i ó n
e s té tic a la f u n d ó S c h ilie r e n la c o n fia n z a e n la fu e rz a d e l ju e g o lib re , p a ­
ra lib e r a r a l h o m b r e d e las c o a c c io n e s y d e p e n d e n c ia s d e lo p o lít ic o . T a l
id e a n o tie n e q u e p a re c e r h o y ta n e x tra ñ a si se p ie n s a e n el p r iv ile g io d e
la e d u c a c ió n esté tica. P u e s to q u e n o p u e d e ser fo rz a d a , s in o q u e d es­
c a n sa e n el a p re n d iz a je y la a c e p ta c ió n lib re s , y p o r e llo el d e s a r r o llo d e
la p e r s o n a lid a d n o d e b e b u s c a rs e ( c o m o e n el m o d e lo d e l E m ilio de
R o u s s e a u ) e n u n a e d u c a c ió n n a tu ra l a le ja d a d e ia s o c ie d a d , s in o q u e
tie n e q u e e n c o n tra rs e en la lib r e c o la b o r a c ió n d e l ju e g o (eti p a la b ra s de
S c h ilie r : «só lo así p u e d e la b e lle z a p r o p o r c io n a r u n carácter sociable»).
A s í se e x p lic a l o q u e e n la s o lu c ió n d e S c h ilie r h a y a p r im e r a v ista
d e p a r a d ó jic o : la c u lt u r a esté tica, el tra to c o n ía b e lle z a d e las artes l i ­
b res q u e el e s ta d o ra c io n a l p le n o e c o n o m iz a r ía c o m o la «m ás e x q u is ita
d e las o b ra s d e arte», d e b e s e rv ir p re c is a m e n te p a ra fo r m a r a lo s c iu d a ­
d a n o s n o ilu s tra d o s . E l r e p a rto id e a l d e p o d e r e n tre p e n s a m ie n t o y ac­
c ió n , t e o r ía y p ra x is , a d q u ie r e a q u í u n a n u e v a c o n f ig u r a c ió n . E s la o p o ­
s ic i ó n e n t r e lo p o l í t i c o y l o e s t é t ic o la q u e d e b e ser r e s u e lta e n u n

J VorU'unr.'r. ührr d ir G eschíchte d er P hilosophie, O b r a s , v. 2 0 , p . 3 1 4 [:rad. cast. de


El hom b re u n irJimrnuanrtl. B a rc e lo n a , S c ix Barra!, 1969].
A n t o n io E io tza :
* Según H, M a r c u s c : D er rindim ensim iak M ensch, N e u w ie d - B e r im , 19 6 7 , p. 60.

106
p ro c e s o de fo r m a c ió n , m e d ia n te « n a « r e v o lu c ió n estética» p a c ífic a . S i el
t ie m p o d e la R e v o lu c ió n F ra n c e s a —ín te r a rm a silen t m iisa e - n o h a b ía
d e ja d o s u r g ir o b ra s b e lla s d e arte, y m e n o s u n a esté tica, q u e p u d ie r a
ig u a la rs e a la c u lt u r a p o lít ic a ’ , se d e s ta c a e n la m is m a é p o c a la c u m b r e
d e l c la s ic is m o a le m á n , g ra c ia s a u n a c u lt u r a e sté tica q u e s u rg e d e u n n i ­
v e l b a jís im o d e la v id a p o lít ic a . ¿ N o se tra ta rá q u iz á s d e g a n a r d e la n e ­
c e s id a d a le m a n a d e la p o lít ic a la v ir t u d d e la e s té tic a q u e d ie s e u n a s a li­
d a a la n e c e s id a d francesa: la im p o t e n c ia d e la ra z ó n d e s d e el p u n t o de
v is ta c o s m o p o lit a ?
C o n tal c u e s t ió n se re c o n s tru y e la s it u a c ió n e n la q u e la f ilo s o f ía y
la p o e s ía d e l I d e a lis m o a le m á n a s u m ie r o n el p r o y e c to in a c a b a d o d e la
R e v o lu c ió n F ra n c e s a c o m o el m a n d a to d e la h o ra . L o q u e d e a h í se d e ­
d u c e lo h a e x p u e s to de m o d o e s p e c ta c u la r O d o M a r q u a r d en su lib r o
re c ie n te , a u n q u e re d a c ta d o h a ce tr e in t a años: Idealism o trascendental, f i ­
lo sofid ro m á n tic a d e la naturaleza, psicoanálisis. E s u n p ro c e s o d e a u t o r i­
z a c ió n p ro g re s iv a d e l n o - y o —lo o t r o d e la ra z ó n — c o m o c o n s e c u e n c ia
d e la d e s p o t e n c ia c ió n d e Sa f ilo s o f ía tra s c e n d e n ta l, e n el q u e se d ib u j a n
tres fases: !a v u e lt a a la esté tica, Sa v u e lta , tras su fra c a s o , a la filo s o fía
n a tu ra l, y, fin a lm e n t e , el d e s e n c a n ta m ie n to d e la n a tu ra le z a e n la fig u r a
d e u n in c r e m e n t o d e :la re p r e s ió n d e l im p u ls o n a tu ra l. E l g ir o a le m á n
h a c ia la e s té tic a r e s p o n d e al fra ca so d e la r e v o lu c ió n p o lít ic a : « c u a n d o
la h is t o r ia c o n d u c e a la r e a lid a d m o le sta , y su f ilo s o f ía a la n e g a c ió n
d e la h is t o r ia , el a rte c o n s t it u y e p a ra e l f iló s o f o lo m ás e le v a d o » (S ch e-
llin g ) , p o r q u e le a b re lo m ás s a g ra d o 6. L a c ita d e S c h e llin g m u e s tra p o r

^ E n Ixigar d e e llo surge a q u í p o r v r z p r im e r a u n m o v im ie n t o c u lt u r a l r e v o lu c io n a r io


de! q u e p ro ce d e la m o d e r n a te n s ió n e n tre arce c o m p r o m e t id o y arte a u t ó n o m o , c o m o
d ic e B . S te in w a ch s. V e r : E pochenbeuwsstseín u n d K unsterfahrung, M ü n c h e n , 1 9 8 6 , esp.
p. 4 7 s., «La praxis artística d e lo s año s de la r e v o lu c ió n francesa está o a la so m b ra de las
c o n c i s io n e s p o lític a s , sociales y e c o n ó m ic a s , o aj se rv icio d e las te n d e n c ia s cu ltu ra le s re­
v o lu c io n a r ia s q u e e n c u e n tra n ante to d o su e x p re sió n en el n u e v o p ro g ra m a d e fo rm a c ió n
so c ia l e n las loas y fiestas de la nueva so cie d a d , y , e n el á m b ito d e las fo rm as artísticas» en
la a rq u ite c tu ra , la m ú sica , la re tó ric a y la lír ic a p o lític a » . V e r ta m b ié n K . S tie rle (en: Poe-
tik u n d H erm eneutik XIV: Das Fesr, ed. W . H a u g - R . W a r n in g , M ü n c b e n : W . F in k ,
1 98 9, p. 486): «Sí fa época, d e la r e v o lu c ió n france sa n o p r o d u j o gran d es obras d e arte,
p u e d e deberse en el fo n d o a q u e la fiesta, e n la q u e la re a lid a d d ia r ia (una re a lid a d de de-
so rd e n , p o d e r c¡ego> escasez y e rro r) e n c o n tr ó su e xp resió n estética s u b lim a d a s im b ó lic a ­
m e nte, c o n c e n tr ó to d a s las e nergías estéticas d e la época». Y si, p o r o tra parte J . S ta ro ­
b in s k i (ver ca p . 3} m o s tró q u e en el a ñ o 1 7 8 9 el c a m b io d e e s tilo d e la e x p e rie n c ia
e stética fu e ta m b ié n u n c a m b io d e é p o ca , e llo fu e p o s ib le p o r q u e in c lu y ó o bras d e c o n ­
te m p o rá n e o s d e la lite r a tu r a y el arte europeos: así el h o r iz o n te de lo n u e v o se h a ce más
r e c o n o c ib le en la d is ta n c ia q u e en el e scen a rio d e l a c o n t e c im ie n t o m is m o .
* O . M a r q u a rd : Transzendentalsr Idealism us, rom antische N aturphitosophie, Psychoa-
nalyse* C o lo n ia , 1 98 7, p. 142. Se cita en eí te xto la página.

107
q u é e n A le m a n ia se a t rib u y e a la Estética, e xp erien cia reflexiva del arte,
ei lu g a r preferente en la filosofía, y a desde la tercera crítica k a n tia n a:
uno interp reta el arte para c o m p r e n d e r el arte, sin o para c o m p r e n d e r el
m u n d o . Y no in te rp re ta al artista p ara c o m p r e n d e r al artista, sino para
c o m p r e n d e r al h o m b re» (p. 1 3 6). D espués d e K a n t ha recibido la Esté­
tica, so bre todo con S ch e liin g , el p apel de la filosofía de la historia. Por
eso se h a e x ig id o d e m a sia d o a ia Estética con su tarea de c o m p le ta r la
historia. Se n ecesitab a «para salvar la historia, que no p u e d e salvarse a sí
m is m a , salvarla m e d ia n t e lo otro de la historia» (p. 1 5 6 ), u n a fuerza
salvado ra m ás fuerte: la razón in c o n scien te de la natu raleza. La filosofía
ro m á n t ic a d e la n a tu ralez a naturalizó la h isto ria y, co n ello «historiz ó»
la natu raleza. D escub rió en la n atu ra lez a un pasado q u e no es un p asa­
do h isté ric o -p o lític o , y q u e, en tan to qu e razón inconsciente, en tanto
q u e p resencia consciente de lo inco nscien te, necesita del arte para p o ­
d e r actu alizarse y ser e x p e r im e n t a d a en su ser otro. La Filosofía de ia
N a t u r a le z a de S c h e liin g se c o n v ierte así en Estética de la natu raleza,
q u e o to rg a al arte la n u e v a d e te rm in a c ió n de no im itar y a a la n a tu ra le ­
za, sino de ser su m ism a presencia h is té ric a (p. 169).
Ei cam b io h a cia u n a filosofía de la naturaleza para salvarse del pesi­
m ism o histórico se c o m p ró m e d ia n t e u n a presuposición o ptim ista. Se
pensó qu e lo inconsciente, ia experiencia estética de la naturaleza, de lo
qu e se esperaba la salvación tanto de! y o com o de la historia, era io «sa­
grado» (p. 159). La estética rom án tica de la naturaleza e xcluyó lo sim p le­
m e n te im pulsivo y no ideal de la m ism a. N egaba la carencia de finalidad,
la p rodigalidad y la destrucción de u n a naturaleza q u e se autorreproduce
incesantem ente, su forzosidad repetitiva, su indiferencia frente al ind ivi­
d u o y ante el destino del bien y dei mal. «¿Q ué es la vida dei h om bre si se
le q u ita lo que el arte le h a dado? U n espectáculo co n tin u o de destruc­
ció n », escribía S ch ilier a Korner: «E ncuentro tai p en sam ien to especial-1
m en te profundo, pues si se prescinde en la vid a de lo que sirve a la belle­
za, sólo q u e d a la necesidad» (p. 2 0 2 ) . Ei retorno d e l im p u lso natu ral
reprim ido es por eso la am en aza q u e desde el principio gravita sobre ia
estética ro m án tic a de la naturaleza. Se im p o n e en su desencan tam iento
progresivo, cua n d o la estética se reduce a u n a «visión de ia realidad»: "La
naturaleza pierde el carácter d e fenóm eno estético, pierde los atributos de
la h a rm o n ía , de su referencia al yo, de la finalidad, de la racionalid ad his­
tórica y Ja sa n tid a d orgánica» (p. 199). Tras la naturaleza herm osa y bon­
d adosa aparece u n a naturaleza fea y enem iga: «el fracaso d e su e n can ta­
m ie n to estético la d eja d e sn u d a en su ser residual: el c o n ju n to d e las
m ortalid ad es no resueltas h istóricam ente por el h om bre» (p. 4).
O d o M a r q u a r d ha investigado este d esencantam iento de la naturale­
za rom ántica, esp ecialm ente en las manifestaciones literarias de u n a esté­

108
tic a m o d e r n a d e l fracaso, d e lo s u b lim e y de la ir o n ía , p o r e je m p lo en

S c h o p e n h a u e r y N i e m c h e , lo s filó s o fo s d e u n a filo s o fía d e s e n c a n ta d a de


ia n a tu ra le za im p u ls iv a . S in e m b a rg o , ha d e ja d o de a te n d e r a u n a te n d e n ­
c ia o p u e s ta q u e y o q u is ie ra a c la ra r e n las s ig u ie n te s c o n s id e ra c io n e s . L a
p o e s ía q u e h a ce c o n s is t ir su p o s tu ra e n el fracaso d e la v u e lta a la n a tu ra ­
leza m is m a ( c o m o p u e d e m o strarse en los m o d e lo s fu n d a m e n ta le s e n la
é p o c a d e l « d o lo r c ó s m ic o » ) n o h a s id o la ú lt im a y m ás a u té n tic a p a la b ra
d e las v a n g u a rd ia s p o s tro m á n tic a s . A l fracaso d e la v u e lta de la n atu ra le za
s ig u e - d e m o d o p ro g r a m á tic o p o r p rim e ra vez en B a u d e la ire — el re ch azo
d e u n a esté tica b asada e n ¡a n a tu ra le z a e n general. Se le re tira a h o ra la se­
c u la r p re te n s ió n d e ser fa ú lt im a in s ta n c ia de io b e llo , v e rd a d e ro y b u e n o .
L a esté tica d e !a m o d e r n id a d tra n s fo rm a el a tre v id o in te n to de u n a v u e ita
r o m á n tic a a ía na tu ra le za , e n u n g iro co n tr a la na tu ra le za . E l arte d eb e rá
fu n d a m e n t a r s e c o m o a n tin a t u r a le z a . E n la e ra q u e c o m ie n z a , d e u n a
a lia n z a d e l arte y la in d u s t r ia , la a c t iv id a d e sté tica d e l h o m b r e será el
c o m p e n d io d e su p le n a a u t o n o m ía 7. E l c a m b io es té tic o p o s te r io r a 17 89,
q u e e m p e z ó c o m p e n s a n d o «Sa p é rd id a d e la r a c io n a lid a d h is tó ric a c o n la
g a n a n c ia d e u n a n a tu ra le za sagrada q u e se tra n s fig u ra e n salvació n » (p. 4),
se tro c ó , tras el fracaso de la esp era nza ro m á n tic a , e n u n a p ro g re s iv a ex­
p u ls ió n d e la n atu ra le za d e l á m b it o d e la estética. L a estética ro m á n tic a de
la n a tu ra le z a c u lm in ó e n u n a estética s in naturaleza; el p e s im is m o h is t ó r i­
c o d e fin e s d e l XVIII e n u n p e s im is m o «natural» d e l XDC, q u e, s in e m b a rg o ,
n o sería la ú lt im a p a la b ra de la estética de la m o d e r n id a d .
L a s ig u ie n te s o b s e rv a c io n e s p r e t e n d e n s it u a r e n el c e n tr o la ra d ic a l
in v e r s ió n d e l v a lo r d e la n a tu ra le z a lle v a d a a c a b o p o r B a u d e la ir e . Se
o c u p a r á n p r im e r o d e lo s s ig n o s d e u n a d e s p o t e n c ia c ió n p re v ia d e la n a ­
tu ra le za : el d e s m o n t a je de lo b e llo n a tu ra l y la re tira d a d e lo s u b lim e , y
lu e g o d e l p o s t e r io r g ir o e s té tic o , el regreso de u n a n a tu ra le z a y a n o im i ­
ta d a s m o diseñada^ q u e in t r o d u c ir á la e s té tic a d e l s ig lo XX.
E l c a m b io d e s d e la c o n f ia n z a en u n a n a tu ra le z a le g ít im a a ía e x p e ­
r ie n c ia d e u n p o d e r a m e n a z a n te , in c lu s o m o r ta l, se p u e d e rastrear e n el
ro s tro d e J a n o d e l c u lt o r e v o lu c io n a r io al «Ser s u p re m o » , q u e ta n t o e n
su e s c e n ific a c ió n atea c o m o d e is ta fu e , al m is m o t ie m p o , c u lt o a la ra ­
z ó n y a la n a tu ra le z a . A la « s u p re m a in t e lig e n c ia , a lm a d e ía n a tu ra le z a ,
q u e tal v e z es la n a tu ra le z a m ism a » , se d ir ig ía n las p le g a ría s filo só fic a s".

1 V e r so b re esro: G . M a a g : K unst u n d Industrie im Z.eitalter d er m te n WeltaussteUun-


gen , M ünchen, 19 8 6 .
fl C it a d o p o r A . A u la rti: Le cu ite d e la rahon et le cu ite d e l ’é tre sú frem e, P a rís (2),
1975, p- 1 03 s. E n lo q u e s ig u e m e baso en G . V o n G r a e v e n it x « M y th o lo g ie des Pestes,
B iíd e r des T o d e s * . en: Poetik a n d H erm eneutik J \ 7 V ( n o t a 5. p- 5 34 ) y en su lib ro : M yt-
hos. Z u r G escbicbte ein er D en k gew obn h eií S cim gan;, 1987, esp. p . \ 6 5 s.

109
L a fie sta d e l 10 d e a g o sro , «fiesta d e ¡a u n id a d y d e la i n d iv is ib ilid a d cié
la R e p ú b lic a » a b ría la p r im e r a e s ta c ió n en la q u e d e las r u in a s d e la B a s ­
t illa se h a b ía e r ig id o u n « p o zo d é la r e n o v a c ió n » c o n la fig u ra d e u n a
d io s a v e s tid a d e Isis, d e c u y o p e c h o el p re s id e n te d e la fiesta, H é r a u lt
d e S é ch e lle s, re c o g ía a g u a e n u n c á liz , b e b ía y lo p a sa b a a lo s d ip u t a d o s .
E s t a c o m u n i ó n r e p u b lic a n a , q u e s u s titu ía o s te n to s a m e n te a la c ris tia n a ,
p o n ía la d i v i n i d a d a n t ic r is t ia n a d e la n a tu ra le z a en el lu g a r d e l d io s t r i­
n it a r io c r is t ia n o y al p r e s id e n te r e p u b lic a n o en el d e l s a c e rd o te m e d ia ­
d o r d e la g ra c ia . D e s p u é s d e la c o m u n ió n r e p u b lic a n a en el « p o z o d e la
re n o v a c ió n » lle v a b a el c a m in o al a rc o d e t r iu n f o c o n ei re lie v e d e las ca­
b ezas g u illo t in a d a s , y lu e g o a la e sta tu a d e la lib e r t a d fre n te a la g u i l lo ­
tin a . F r e n t e al s ím b o lo d e lo s e n e m ig o s in te r n o s estab a el d e lo s e x te r­
n o s e n la f ig u r a d e u n H é r c u le s q u e a p la s ta b a la h id r a d e la c o a lic ió n
g u e rre ra (c u a rta e s ta c ió n ). L a ú lt im a e s ta c ió n a c a b a b a c o n u n re c u e rd o
e n e! m o n u m e n t o d e lo s h é ro e s m u e r t o s d e ia R e v o lu c ió n , a su s a c r ifi­
c io . E s ta s e rie d e e s ta c io n e s a c tu a b a c o m o la d e m o s t r a c ió n d e u n a l ó g i­
c a m o r t a l r e v o lu c io n a r ia . L a fie sta q u e e m p e z a b a c o n el s ig n o d e l re gre­
so de u n a r e lig ió n d e la n a t u r a le z a d e i n s p i r a c i ó n n e o p la t ó n ic a ,
p ro v o c a b a , c o n las im á g e n e s d e l te rro r y d e l s a c r if ic io r e v o lu c io n a r io , la
im p r e s ió n d e q u e la fie sta d e la v id a re n o v a d a era ta m b ié n u n a fie sta d e
la m u e r t e q u e lo a b a rc a to d o . E n p a la b ra s d e G e r h a r t G r a e v e n it z , a
q u ie n s ig o e n esta e x p o s ic ió n : « L a c o n f r o n t a c ió n d e las id e o lo g ía s s im ­
b ó lic a s c o n la c o t id ia n id a d r e v o lu c io n a r ia d e 1a m u e r t e p r o d u j o u n a es­
p e c ie d e fr o n t e r a c r ít ic a e n la q u e el c á lc u lo p r o p a g a n d ís t ic o se d e s e q u i­
lib r ó e n u n r it u a l d e la m u e r t e d o m in a d o r a » .

II

L a lín e a d e re tira d a de la b e lle z a n a tu ra l se p u e d e rastre ar p a so a


p a so , tras la c u lm in a c ió n d e l r o m a n t ic is m o en la c o n c ie n c ia c re c ie n te
d e q u e la c o n t r a d ic c ió n e n tre la n a tu ra le z a e n c u a n t o o b je t o de la c ie n ­
cia , la t é c n ic a y la in d u s tr ia , y la n a tu ra le z a c o m o c o m p e n d io de lo b e ­
llo y s u b lim e , es irre s o lu b le : «E s u n a a fir m a c ió n v e rd a d e ra y te rrib le : el
in te ré s d e la c u lt u r a y el in te ré s d e lo b e llo , si p o r tal se e n t ie n d e lo be-:
l io in m e d ia t o d e la v id a , están en g u e rra e n tre sí, y c a d a p aso a d e la n te
d e 1a c u lt u r a es u n p a so m o r t a l en las flo re s q u e flo re c e n e n el s u e lo de
la b e lle z a in g e n u a ... E s te f lu j o (d e l p ro g re s o c u lt u r a l) tra e rá e n el ú l t i ­
m o v a lle las s u s ta n c ia s c o r ro s iv a s d e la c u lt u r a s in su c o n tra v e n e n o » .
A tal v is ió n e s tre m e c e d o ra lle g ó F r ie d r ic h T h e o d o r V is c h e r e n el.
a n o 1 8 5 7 . V e in t e a ñ o s a n te s h a b ía c r e íd o a ú n p o d e r d e r iv a r u n a e s té ti­
c a m o d e r n a d e l d e s a r r o llo in m a n e n t e d e lo c ó m ic o y s u b lim e a p a r t ir

110
d e lo b e llo . A h o r a tie n e q u e c o n fe s a r q u e ral in te n to h a fra c a s a d o y q u e
h a y q u e a b a n d o n a r el c a p ít u lo s o b re la b e lle z a n a tu ra l e n su E s té t ic a de
1 8 5 7 ’ . A s í se c o n f ir m a lin a s o s p e c h a e x p re sa d a p o r K a n t y a e n 1 7 9 0 e n
su C r ítica d e l ju i c i o . E n tal lib r o l o b e llo n a tu r a l c e d ía eras la d e t e r m in a ­
c ió n d e lo s u b lim e . E l a g ra d o d e s in te r e s a d o p o r la b e lle z a n a tu r a l c o n ­
s e rv a e l a n t i g u o c o n c e p t o m u n d a n o d e u n a t e o r ía c o n t e m p la t iv a ,
m ie n tr a s q u e ei p la c e r n e g a tiv o d e lo s u b lim e es el re s u lta d o d e l e n f r e n ­
t a m ie n t o c o n la « n a tu ra le za b ru ta » , ilim it a d a y s in o b je tiv o s . L o p r o ­
p ia m e n te s u b lim e n o tie n e p a ra K a n t su fu n d a m e n t o e n u n o b je t o d e
la n a tu ra le z a , s in o s ó lo «en n o s o tr o s y n u e s tr o m o d o d e p e n s a r q u e ,
c o n la r e p r e s e n ta c ió n de la n a tu ra le z a , d a lu g a r a la s u b lim id a d » {parag.
2 3 ). L o q u e d e a h í p o d ía s e g u irse lo p re d e c ía K a n t ya en 1 7 9 0 , e n u n a
a s o m b ro s a a n t ic ip a c ió n d e l fu t u r o a m e n a z a d o r d e la I lu s tra c ió n :
« U n a é p o c a p o s t e r io r s ie m p r e estará m e n o s ce rc a d e la n a tu ra le z a ,
y fin a lm e n t e , s in lo s e je m p lo s p e rm a n e n te s d e ella , a p e n a s será c a p a z d e
fo r m a r u n c o n c e p t o d e la fe liz c o n j u n c ió n , e n u n o y e l m is m o p u e b lo ,
d e la im p o s ic ió n legal d e la m ás a lta c u lt u r a y la fu e rz a y r e c t it u d de la
n a tu r a le z a lib r e q u e s ie n te su p r o p io v a lo r» (parag. 6 0 ).
Y a h a b ía d ia g n o s t ic a d o R o u s s e a u la c o n t r a d ic c ió n e n t re c iv iliz a ­
c ió n y n a tu ra le z a c o m o ú lt im o fu n d a m e n t o d e la e s c is ió n d e la e x is te n ­
c ia c iu d a d a n a y la n a tu ra l, y h a b ía p r o p u e s t o n u e v o s c a m in o s p a ra c u ­
r a r e l m a l d e la s o c ie d a d d e s n a t u r a liz a d a . A i f in a l d e la I lu s t r a c ió n
ta m b ié n !a in s t a n c ia ín te g r a d e s a lv a c ió n p a ra R o u s s e a u , su e v a n g e lio
d e la n a tu ra le z a b o n d a d o s a y m a te rn a , s u c u m b e a la e x p e r ie n c ia d e u n a
a lie n a c ió n in e x t r ic a b le . L a e n e m is ta d d e la n a tu ra le z a e n la m o d e r n a es­
té tic a , q u e a h í cie ñ e su o r ig e n , y h a s id o e x p lic a d a p o r B a u d e la ir e c o n
fr e c u e n c ia , tie n e su o r ig e n la te n te en a u to re s d e la c o n r r a ilu s r r a c ió n c o ­
m o Sade y D e M a is t r e , p e ro ta m b ié n e n u n a « P o é tic a d e l c ris tia n is m o » ,
e la b o ra d a p o r el r o m a n t ic is m o , y, n o en ú lt im o té r m in o , p o r la E s té tic a
d e H e g e l.
En la f ilo s o f ía d e l e x a c e r b a d o e g o ís m o d e S ad e, la lu c h a c o n t r a
D i o s y ía m o r a l es lle v a d a p r im e r o e n n o m b r e d e u n a n a tu ra le z a q u e
tie n e q u e d e s t r u ir p a ra p o d e r c re a ri0. S e g ú n esto , el c r im e n m is m o sería
a c o r d e c o n el e s p ír itu d e la n a tu ra le z a , p o r q u e n o p u e d e h a b e r c r im e n
c o n t r a la n a tu ra le za . S in e m b a rg o , d e a h í se d e r iv a u n c o n o c im ie n t o fa ­
tal: s i el lib e r t in o , al q u e S ad e p r o c la m a c o m o « h o m b re e n é rg ic o » , c o ­
m o c o m p e n d io d e e n e rg ía , p u e d e d is fr u t a r de su c r im e n , e in c lu s o d e

9 F r . T h . V is c h e r : Ü ber das E rhabene u n d d as K om ische, intr. de W , O d rn ü H e r,


F r a n k íu r t , ! 9 6 7 , p p . 8, 2 3 -2 4 .
19 S e g ú n M . B la n c h o t: iM utréam tmt rt Sade, P arís, i 9 6 3 , esp. p . 3 9 s.

111
su p r o p ia d e s t r u c c ió n , a u t o r iz a c o n e llo c o n t r a su v o lu n t a d a la n a tu ra ­
le z a p a ra u n a n u e v a c r e a c ió n . Y así ta m b ié n e lla es al fin a l a b o rre c ib le :
« ¡ O h tú , p o d e r c ie g o y lo c o ! A u n c u a n d o y o h u b ie r a e x t ir p a d o d e

la tie rra to d a s las c ria tu ra s q u e ia p u e b la n , q u e d a r ía ta n t o m ás le jo s d e


m i o b je t iv o . P u e s s ó lo te h a b r ía s e r v id o a ti, m a d r e d e s n a tu r a liz a d a ,
p u e s to d a m i a s p ir a c ió n se d ir ig e a v e n g a rm e d e tu e s tu p id e z y m a ld a d
q u e h a c é n s u f r ir a lo s h o m b re s , m ie n tr a s n u n c a Ies p r o p o r c io n a s m e ­
d io s d e lib e ra rs e d e lo s a b o m in a b le s im p u ls o s q u e tú m is m a has d e s p e r­
t a d o e n elíos».
L a s e g u n d a a u t o r i d a d d e e sté a n t i n a t u r a l i s m o d i r i g i d o co n tra
R o u s s e a u , c o n lo q u e y a se in a u g u r a la c o n t r a ilu s t r a c ió n , fu e J o s e p h D e
M a is t r e . A él h a a c u d id o s o b re t o d o B a u d e la ir e p a ra re c h a z a r el c o n ­
c e p to r o m á n t ic o d e n a tu ra le z a , y c o n e llo h a c a rg a d o a la m o d e r n id a d
e sté tica c o n u n a le g it im a c ió n c o n s e r v a d o ra . L a c r ít ic a d e D e M a is t r e a

R o u s s e a u ” c u l m i n ó e n la v ie ja e x p lic a c ió n c ris tia n a , re n o v a d a , (re c h a ­


z a d a p o r R o u s s e a u ) d e l p e c a d o o r ig in a l, q u e n o s ó lo c o r r o m p e a ia p r i ­
m e ra p a re ja h u m a n a , s in o q u e ta m b ié n t r a n s fo r m a la n a tu ra le z a b e lla
e n n a tu ra le z a fea y m a la . B a u d e la ir e v io a h í la m ás p r o f u n d a e x p lic a ­
c ió n d e i la d o n o c t u r n o d e la n a tu ra le z a h u m a n a , d e d o n d e se s ig u e q u e
lo b e llo e n la c o n c ie n c ia d e la m o d e r n id a d n o p u e d e e n c o n t r a r su m e ­
d id a e n lo n a tu ra ], y m e n o s e n el id e a l c lá s ic o d e la in g e n u id a d . M á s
b ie n , esta n a tu ra le z a c o r r o m p id a d e s d e ei p r in c ip io , d e b e ser s u p e ra d a
e n lo e s té tic o y en lo m o r a l p o r l o a r t if ic io s o 11*. A s í se re m ite a la B ib lia
la e x p lic a c ió n d e la r e la c ió n e n t re el h o m b r e y la n a tu ra le z a .
E l fa m o s o v e r s íc u lo d e la h is t o r ia d e la c re a c ió n : «y v io D i o s t o d o
lo q u e h a b ía h e c h o , y v io q u e era m u y b u e n o » , n o d e b e e v id e n te m e n te
o c u lt a r q u e ia c o m p r e n s ió n c r is tia n a d e la n a tu ra le z a p r o c e d e de la c o ­
l o c a c ió n d e l h o m b r e a d a m ít ic o e n e l j a r d ín d e l E d é n , l o q u e d a lu g a r a
d o s d ife r e n te s in te rp re ta c io n e s : e l e n c a rg o d e tra b a ja r y c o n s e r v a r la n a ­
t u ra le z a d e l j a r d ín d e l E d é n (G é n e s is 2 , v. 15), o s o m e te r la tie rra y d o ­
m in a r to d a s sus c ria tu ra s ( G é n e s is 2 , v. 2 6 ). L a B i b l i a m is m a le g it im a ­
b a d e l m is m o m o d o al h o m b r e c o m o g u a r d iá n y a m ig o d e la n a tu ra le z a
y c o m o su d o m in a d o r , o in c lu s o su e n e m ig o . E s ta r e la c ió n a m b ig u a
c o n la n a tu ra le z a d e l m u n d o c r is t ia n o a p a re ce d e n u e v o e n la m e la n c o ­
lía de la s u b je t iv id a d r o m á n tic a .

11 Les Soirées d e S áint-P elersbourght


Jo s e p h d e M a is tre ; P a rís , 1960, p. 53; ve r M . H .
A b r a m s en: Poeñk u n d H erm eneutik 11\ ed. W , Iser, M ü n c h e n , 1 96 6, p. 121 s., y R . H e r-
z o g en: Poctik u n d H erm eneutik III, ed. H . R . Jauss, M ü n c h e n , 1 968, p. 6 01 .
"* V e r B , S r d n w a c h s : « G ib f es c in e c h r is tÜ c h c A sth e tik?» , en: Antike in derM odem e>
ed. W . Schuilet» C o n s ta n z a , 1985* pp* 3 0 7 -3 2 0 .

112
E se es e! p r e c io q u e tie n e q u e p a g a r C h a t e a u b r ia n d e n el G e n io d e l
c r is tia n is m o d e 1 8 0 2 , c u a n d o se tra ta d e s a lv a r la fe p e r d id a en !a I lu s ­
t r a c ió n m e d ía n t e u n a d e m o s t r a c ió n e s té tic a d e D io s . Q u e la r e lig ió n
c r is t ia n a es m ás v e rd a d e ra q u e la d e la a n tig ü e d a d p a g a n a , p u e s to q u e
la b e lle z a d e la tie rra r e m it e al D i o s c re a d o r, es a lg o q u e s in e m b a r g o n o
es e v id e n te p o r la b e lle z a n a tu r a l. U n a e s té tic a m o d e r n a , q u e q u ie r a
a firm a rs e c o m o c ris tia n a , tie n e q u e d e ja r tras d e sí ta n t o el c o n c e p t o
a n t ig u o d e n a tu ra le z a c o m o el r o u s s e a u n ia n o . T ie n e q u e c o n c e p t u a r lo
b e lio y l o m o r a l c o m o « u n a n a tu ra le z a c o rre g id a » y, p o r l o ta n to , s a c ri­
fic a r e! a c u e r d o in g e n u o d e l y o y la n a tu ra le z a e n u n a r e fle x ió n s e n ti­
m e n ta l. E l h é r o e r o m á n t ic o s o lit a r io s ó lo p u e d e , s e g ú n C h a t e a u b r ia n d ,
s e n t ir el id e a l d e la b e lle z a e n la n e g a c ió n d e l p re s e n te 12, e n la id e a liz a ­
c ió n d e l p a s a d o q u e ya n o está a b ie r t o a fu t u r o a lg u n o . L a e x p e r ie n c ia
m e la n c ó lic a d e la n a tu ra le z a se p ie r d e e n el d o l o r c ó s m ic o d e R e n é , el
W e r t h e r fra n c é s , e n la in d e t e r m in a c ió n d e u n en n u i (es la p a la b ra fr a n ­
cesa d e m o d a ) q u e g ira en t o r n o a s í m is m o d e m o d o n a rc isis ta .
H eg e l, co n tem p o rán eo d e C h a te a u b ria n d , rad icalizó las p osicion es
in te rm e d ia s d e la e stética ro m á n tic o -c ristia n a . S u s Lecciones sobre estéti­
ca d e 1 835 estab lecen d e e n tra d a la exclu sió n d e lo b ello n a tu ra l («h asta
ah o ra la p rim e ra e x isten c ia d e lo b ello»} 13. La p re g u n ta p ro v o cad o ra de
H eg e l: «¿P or q u é es la n atu ra lez a n ecesariam en te im p erfe c ta en su b e­
lleza?» c o n trad ice u n a secu lar tra d ició n y d a el carp etazo fin al al p rin c i­
p io clásico d e la «im ita c ió n de la n atu ralez a». Para la c o n c ie n c ia d e ia
m o d e rn id a d sólo la b elleza a rtístic a , «la b elleza n acid a d el esp íritu y re­
n a c id a p o r é l», p u e d e ser el v erd ad ero o b jeto d e u n a e stética m ereced o ­
ra de su n o m b re: «d esd e el p u n to d e v ista form al, es u n a m ala idea la
o cu rre n cia d el h o m b re de ser m ás elev ad o q u e c u a lq u ie r p ro d u cto n a­
tu ra l; pues en tal id ea está siem p re p resen te el e sp íritu y la lib e rta d ».
N o p o d ía ser e x p licad o de m o d o m ás b rusco ese reb a ja m ie n to d e ía n a­
tu rale za , q u e p ara H egel es ah o ra «lo o tro d el e sp íritu ». A l m ism o tie m ­
po, se d ice ad ió s h istó ric a m e n te , en ía e stética d e H eg e l, a lo su b lim e.
L a « re lig ió n de lo s u b lim e » es p r o p ia d e l p u e b lo ju d ío , la « fo rm a s im ­
b ó lic a d e l arte» es p r o p ia de la p rim e ra d e las tres edades d e l arte, d e d o n d e
se sig u e q u e ta m p o c o lo s u b lim e es a d e c u a d o a la e x p e rie n c ia d e la c o n -

l! « E n ú lt im o té r m in o , las im ágenes p re fe rid a s d e los poetas, q u e se in c lin a n a la e n ­


s o ñ a c ió n , escán casi rod as fo rm a d a s d e cosas negativas-, así el s ile n c io de la n o c h e , !a so m ­
bra d e lo s árbo le s, la so le d ad d e los m o n tes, la pa?. de los se p u lcro s, q u e n o son s in o ia au ­
se n cia d e r u id o , d e lu z . d e h o m b re s y de l trab a jo de ía vida», G é n U d u C h r ís tia n is m e II, i¡,
cap. Í0.
!! A s t h e t i k , ed, F. Bassenge, B e r lín , 1 95 5, p . 4 9 , y ta m b ié n p p . 50, 57, 172 [trad.
casr. de A . B ro r ó n s M u ñ o ?.: L e c c io n e s so b re estética , M a d r id , A iia l, 1989],

113
c ie n c ia c o n te m p o rá n e a . Si, seg ú n esto, s ó lo q u e d a lo b e llo a rtís tic o c o m o
«prim era, e x is te n cia de lo b ello » , e n to n c e s t a m p o c o le a tr ib u y e H e g e l la
m ás a lta m o d a lid a d d e la ve rd a d . P u e sto q u e, en o p in ió n d e H e g e l, la f ilo ­
sofía , es d e cir, el p e n s a m ie n to y la re fle x ió n , d e s b o rd a las b ellas artes, te n ía
q u e F o rm u la r s il tesis, tris te m e n te célebre, d e l fin d e l arte. P e ro , e n u n a h is ­
to ria a m p lia d a d e la e x p e rie n c ia d e lo n a tu ra l, m e p arece m ás c o n s e c u e n te
m a n te n e r q u e la d e t e r m in a c ió n h e g e lia n a d e l p r i n c i p i o d e la in d u s t r ia
c o m o «lo c o n t r a r io d e io lo g ra d o p o r la naturaleza», lo asu m e a h o ra la fu n ­
c ió n p o é tic a q u e d esd e s ie m p re le h a c o r re s p o n d id o al arte14. P u e s «en la
in d u s tr ia es e l h o m b r e m is m o el fin y trata la n a tu ra le za c o m o a lg o q u e le
está s o m e tid o , e n lo q u e im p r im e el se llo d e su a c tiv id a d . E l e n t e n d im ie n ­
to es a h o ra au d a cia , y la h a b ilid a d es m e jo r q u e el v a lo r n atu ra l. A s í v e m o s
a lo s p u e b lo s lib e ra d o s d e l te m o r a la n atu ra le za y a su s e rv ic ia escla vo»15.
0 p aso q u e a ú n falta p o r dar, a tr ib u ir al p r o d u c t o d e l tra bajo h u m a n o
—q u e e n a n a lo g ía c o n el arte « im p rim e a h o ra en la n atu ra le za el sello d e su
a c tiv id a d » - la d ig n id a d a u tó n o m a d e lo b e llo , lo d a el jo v e n M a r x . E n los
M a n u s c r i t o s e c o n ó m i c o - fi l o s ó f i c o s d e 1 8 44 a d q u ie re el c o n c e p to de t r a b a jo su
m á x im a s ig n ific a c ió n . Si ei tra b a jo e n c u a n t o c u m p lim ie n t o d e la serv i­
d u m b re , seg ú n el c o n c e p to a n tig u o , está s u b o r d in a d o a las m usas c o n t e m ­
p lativas de la lib e rta d (la teo ría c o m o acceso a io v e rd a d e ro , b u e n o y b ello ),
el tra bajo será a h o ra s u b o r d in a d o r d e to d a a c tiv id a d h u m a n a y q u e d a rá ele-
v a d o a la fu n c ió n de « a u t o p ro d u c c ió n d e l h o m b re » "5. Y, si esto n o era bas­
tante, c re ía el jo v e n M a r x re co n o ce r ta m b ié n e n la d e te rm in a c ió n s o c ia l del
trabajo la o p o r t u n id a d d e u n a re c o n c ilia c ió n del h o m b r e y ¡a naturaleza:

«La esencia h um an a de ¡a naturaleza está ya en ei h o m b re socializa­


do, pues a llí es ella, para él, un la z o c o n el h o m b r e, eti tanto que ser para
o ero y del otro para él, y en tanto q u e elem ento vital de la realidad h u ­
mana. S ólo a q u í es la naturaleza fu n d a m en to de su p ro p ia existencia hu­
m ana. S ólo a q u í se ha hecho para éi su existencia n a tu ra l existencia hu­
m ana, y ia naturaleza hom bre. P o r lo tanto, la sociedad es la u n id a d
esencial com p leta del ho m b re con la naturaleza, la verdadera resurrec­
c ió n de la naturaleza, e! naturalism o realizado del hom bre, y el h u m a ­
nism o realizado de la naturaleza».

14 E n su c r ít ic a al p r in c ip io d e im it a c ió n , H c g c i u n e la p r o d u c c ió n té cn ica y la e sté ti­


ca: «en este s e n tid o el in v e n to de c u a lq u ie r in s tr u m e n t o té c n ic o tie n e m ás v a lo r, y el
h o m b re p u e d e estar m ás o rg u llo s o de h a b e r in v e n ta d o el m a r tillo , las tenazas etc., q u e de
p r o d u c ir o b ra s im ita tiv a s d e arte» (rb id .} p . 86).
P h ilo s o p h ie d e r G e sc h ic h te , F r a n k A m , 1 97 0, v. 12, p. 2 3 7 [trad. case, d e j ó s e G aos:
le c c io n e s s o b re F ilo s o fía d e U H i s to r ia U n iv e rs a l, M a d r id * R e v . d e O c c id e n t e , 1974].
D i e F r ü h s c h r ifie n , ed. S. L a n d s h u t, Sm cTgnrr, 1971» pp- 2 3 7 , 2 4 5 [varias trad. cas^
rellanas].

114
C o n esta tesis e n tu s ia s ta se a fir m a n a d a m e n o s q u e la m is m a n a tu ­
raleza, q u e en el p ro c e s o m o d e r n o d e in d u s t r ia liz a c ió n es re b a ja d a y ex­
p lo t a d a c o m o s im p le m a te ria , p u e d e re s u c ita r c o m o n a tu ra le z a h u m a ­
n iz a d a . L a c o n d ic ió n d e ta l r e c o n c ilia c ió n u t ó p ic a ( in t e r p r e t a c ió n de
este te x to fa m o s o a la q u e n o s ie m p r e se h a a te n d id o ) c o n s is te e n q u e la
e x tr á ñ e la d e la n a tu ra le z a s ó lo p u e d e ser s u p e ra d a c u a n d o , m e d ia n te el
tra b a jo , la n a tu ra le z a sea a p r o p ia d a n o s ó lo c o m o o b je to , s in o ta m b ié n
c o m o la zo d e l h o m b r e c o n el h o m b r e , sí es q u e la h u m a n iz a c ió n de la
n a tu r a le z a e n el tr a b a jo lib e r a a l h o m b r e c o m o ser s o c ia l. E l n u e v o
p a tb o s d e i tra b a jo , se g ú n esto , p a ra M a r x , tie n e u n fu n d a m e n t o ta n to
in s t r u m e n t a l c o m o in te rs u b je tiv o : la a p r o p ia c ió n de la n a tu ra le z a d e b e
h a c e r q u e el tra b a jo sea la o b ra p r o p ia d e l h o m b r e , y al m is m o tie m p o
re c u p e r a r io s la zo s d e s o lid a r id a d e n tre h o m b r e y h o m b r e . A s í, el a t r i­
b u t o d e la b e lle z a es s u s tr a íd o a la n a tu ra le z a p r im e r a y a t r ib u id o a la
n a tu ra le z a s e g u n d a , o b r a d e l h o m b r e s o c ia l. P o r lo m is m o se d ife r e n c ia
el h o m b r e d e l a n im a l: « E l a n im a l se f o r m a s ó lo s e g ú n la m e d id a y las
n e c e s id a d e s d e la e s p e c ie a la q u e p e rte n e c e , m ie n tr a s q u e el h o m b r e
sabe p r o d u c ir s e g ú n ia m e d id a d e c u a lq u ie r es p e c ie , y sabe in v e r t ir e n
el o b je t o la m e d id a q u e le es in h e r e n te y e n c u a lq u ie r c ir c u n s ta n c ia : ei
h o m b r e fo r m a ta m b ié n p o r e llo s e g ú n las leyes d e la b e lle z a » 17.
E l M a r x ta r d ío h a a b a n d o n a d o este e le v a d o c o n c e p t o d e l tra b a jo
q u e , c o m o p a r t ic ip a c ió n en la h u m a n id a d q u e se p r o d u c e a sí m is m a
h is t ó r ic a m e n t e , d e b ía a v a n z a r s o b re la V o lo n té g é n é r a l e , g a r a n tiz a d o r a
d e la id e n t id a d e n la t e o r ía d e R o u s s e a u . N o te n ía q u e m a n t e n e r lo
c u a n d o M a r x r e c o n o c ió «la c o n t r a d ic c ió n d e l tra b a jo a lie n a d o c o n s ig o
m is m o » y d ic t a m in ó : « E l tra b a ja d o r se s ie n te a s í m is m o , en p r im e r té r­
m in o , fu e ra d e l tra b a jo , y e n el tra b a jo se s ie n te fu e ra d e sí» !*. N o o b s ­
ta n te s ig u e s ie n d o m e m o r a b le ese in t e n t o e s p e c u la tiv o d e r e c o n c ilia r el
h o m b r e s o c ia l y la n a tu ra le z a a je n a y e x p lo ta d a , a u n c u a n d o el te x to d e
M a r x p e r m a n e c ió d e s c o n o c id o hasta 1 9 3 2 y la u t o p ía d e u n a « re su rre c­
c ió n d e la n a tu ra le za » s ó lo fu e re c o g id a p o r A d o r n o y o tro s re p re s e n ­
ta n te s d e u n a re n o v a d a te o ría m arxista.
E n su p r o p io t ie m p o es te s tig o e l jo v e n M a r x d e c ó m o , e n m e d io
d e ias q u e ja s m e la n c ó lic a s a c e rc a de u n a n a tu ra le z a e n m u d e c id a y aje­
na, va a d q u ir ie n d o fig u r a u n a es té tic a d e la m o d e r n id a d q u e b u s c a su
m o d e lo e n eí n u e v o p a ih o s d e l tra b a jo y el a rte in d u s t r ia l. A l f r e d de
V i g n y a n u n c ia e n su p o e m a L a c a r r e ta d e l p a sto r ía , d u d a p o s t r o m á n t ic a
a c e rc a d e l a c u e rd o e n tre a lm a y p aisaje, y o y n a tu ra le za , y el c a m b io de

'■ M F .W ,v. I, p. 5 17 .
s8 Segú n G - Bucle: Rüclru>ege aiis d er Entfremditng ; P a d e r b o m - M ü n c h e n , 1984- p. 196 s.

115
la n o sta lg ia en o d io . A h o ra recon o ce el p o eta so litario e! v erd ad ero ros­
tro d e la n atu ra lez a q u e se opo n e a la a p a rie n c ia d e sus d o n es y su paz:
1a in d ife re n c ia y el d esp recio con los q u e h ace crecer y su c u m b ir a sus
c riatu ras:

«Ella m e dice: soy el escenario insensible


que deja in m óvi! el pie del jugador,
Revuelvo c o n desprecio sin o ír ni m irar
ios pueblos de las horm igas y ¡os hombres...
M e llam an m adre, pero soy rumba» (III, IX)

T am b ié n A n n e tte von D ro ste-H ü lsh o ff, en su p o em a L a m arguera,


h a evocad o lá visió n d e u n a n atu ralez a «en el h o rro r d e la d eso lació n »,
v isió n to d a v ía in h a b itu a l en su m o m e n to 15. Pero a h o ra el h o rro r afecta
a l su jeto líric o , q u e en V ig n y to d av ía p o d ía gozar d e su so led ad y con la
a m a d a . El p re se n tim ien to d e la ru in a d el viejo cosm o s a n iq u ila la d is­
ta n c ia c o n te m p la tiv a d e la q u e ja e le g ia c a ; ía p é rd id a d e la n atu ra lez a
a rrastra co n sigo la p érd id a d el se n tim ie n to p ro p io :

«Ante m í y en torno a m í sólo la marga gris;


n o veo lo que hay más lejos, es !a im agen
de una tierra tierna, calcinada;
yo m ism a parezco una chispa
que tiem b ía aún en la ceniza muerra,
una roca errática de u n m u n d o destruido"

S u c o n tem p o rán eo T h o m a s C a ríy le expresa la m ism a e x p erie n cia


d el fin al d e la p o esía d e la n atu ralez a en la m e táfo ra de u n «A p o calip sis
d e la n atu ra lez a », a u n q u e co n o tra intención™ . Por ap o calip sis d e la n a ­
tu ra le z a e n tie n d e la lite ra tu ra m o d e rn a la re v e la c ió n d e u n m iste rio
h asta en to n ces e sco n d id o , a saber, la v irtu d m ila g ro sa d el h o m b re de
p o d er crear co n el p en sa m ie n to , con m il p en sam ien to s, u n a c iu d a d co ­
m o L o n d res, y, con e lla , u n m u n d o n uevo de b elleza p ro yectad o sólo
p o r el h o m b re. La m ism a im a g e n d el ap o c a lip sis la e n c o n tra m o s en
B au d elaire , q u ie n c u m p lirá d e l m o d o m ás d e cid id o el g iro estético d e s­
d e ia b elleza n a tu ra l de la e stética ro m á n tic a al co n cep to m o d ern o de
a rte com o a n tin a tu ra lez a .

w En: Wtrke in einem Banií, ed. C. Hcsdhaus, M ü n d ien , 1 9 8 4 , p. 95-


30 En el capítulo: The Mero o fM a n o fl.etten * en: I h r Works o f Thomas C arlyíc , Lon­
dres, Nueva York, Toronro, pp.

116
III

« M i querido Desnoyer, solicita usted versos para su pequeño volti­


men, versos sobre la naturaleza^ ¿no es cierto?, sobre los bosques, las gran­
des encinas, el verde, los insectos, ¿también sobre el sol? Pero usted sabe
bien que soy incapaz de identificarm e con el crecim iento de las plantas y
que m i alma se revuelve contra esa religión nueva y tara que, me parece,
tiene algo que choca a cualquier ser espiritual. N u n c a creeré que ‘el aima
de los dioses habita en las plantas’ y, aunque esto sucediera, n o me im pre­
sionaría especialmente y valoraría m í propia religión com o un bien supe­
rior al de las santas hortalizas. Siem pre he pensado m is bien que la n atu­
raleza que florece y se renueva encierra en sí algo im p ú d ic o y enojoso.
C o m o roe es im p o sib le satisfacer adecuadam ente la estricta preten­
sió n del program a, ¡e en vío dos piezas poéticas c o m o muestra de los en­
sueños que me o cup an en las horas deí crepúsculo. E n las profundidades
de los bosques, encerrados en bóvedas que se asemejan a ías sacristías y
[as catedrales, pienso en nuestras asombrosas ciudades, y la m úsica m a­
ravillosa que rueda p o r las cum bres me parece la tra d u cció n de las que­
jas hum anas»1'.

N u n c a se h a e xp resad o d e m o d o m ás p ro v o cad o r y m ás b rusco


q u e e n e sta c a rta d e B a u d e la ire , d e fin ales d e 1 8 53 o p rin c ip io s de
1 8 5 4 , la re n u n c ia a la co m p ren sió n ro m á n tic a de la n a tu ra lez a , ía e x i­
g e n c ia d e q u e el arte m o d ern o ha d e en ten d erse com o an ti n atu ralez a.
L a c a rta no es e stric tam e n te p riv ad a; co n testa a la p e tic ió n d e u n e n ­
c arg o p ara un lib ro d e h o m en a je a D e n e c o u rt, u n a u to d e n o m in a d o
g u ard ab o sq u es, au to r de u n a G u la p a r a excursiones en e l bosque d e Fon-
ta in e b lea u , es d ecir, u n p io n ero , h o y o lv id a d o , d el m o v im ien to eco lo ­
g ista . El h o m en aje, en el q u e p a rtic ip a b a n m ás d e c in c u e n ta re n o m b ra­
do s au to res, d e b ía a y u d a r al e m p o b re c id o b en efacto r d e ía h u m a n id a d
a c o n trib u ir a la g lo rific a ció n d e la n atu ralez a. P o d ría h ab larse d e un
in s ig n ific a n te suceso d e la h is to ria d e la lite ra tu ra si no h u b ie ra p asad o
d e sa p e rc ib id o 22. L a c arta d e B a u d ela ire d o c u m e n ta un g iro en la h isto ­
ria d e la e x p e rie n c ia e stética, q u e en esa ép o ca p u e d e verse en otros lu ­
gares, p. e., en las d e sc rip c io n es d e v ia je s25: la n a tu ra lez a h a d e ja d o de

C arta a Fcrnand D esnoyer (París, finales de 1 8 5 3 o principio de 1 8 5 4 , O euvres ,


vol. 7, París* 19 3 3 , p< 1 11 )<
33 V er F. W . Lealcey, *A F e s ts c h rifr o f 1 8 5 5 : Baudelaire and the Hommage á C. F,
D cnccourr», en; Studies ¡n Frerich IJtera tu re p resen ted t e H. W. Lawtort, ed. j. C . [reson y
otros, M anchester Univensity Press, 1 9 6 8 , pp, 1 7 5 -2 0 2 .
y Según F. W olfr.enei: Ce désir de vagabondage cosm opoiite. Wege u n d Fntivicklung
des jranzosischerj R ñseberichts im 19. Jahrhundcrt. Tubinga, 1 9 8 6 . Sobre el desencanto V
crisis de las descripciones románticas de viajes después de 18 5 0 , ver esp. p. 19.

117
ser eí o b je t o e s té tic o p o r e x c e le n c ia , v, en ta n t o q u e paisaje:, ha h e c h o
v o lv e r p ara el c o n t e m p la d o r s e n s ib le la t o t a lid a d a n im a d a d e l c o s m o s
p t o le n ia ic o d cs \ ¡m e c id o .
E:n ei h o m e n a je d e re fe re n c ia , al m e n o s tres c o n t r ib u c io n e s i r ó n i ­
cas se re s u e lv e n c o n t r a la « r e lig ió n ex trañ a» y o b s o le ta d e los a n s ió n o s

p a n te is ta s d e la n a tu ra le za : C n s iillc , q u e a la b a c! b o s q u e c o m o lu g a r

p r iv ile g ia d o de p o etas y s u ic id a s ; C h n m p flc u r y , q u ie n d e s c rib e el p ick -


n ic k de u n e x c u rs io n is ta p a ris ie n s e ¡ti q u e ro b a n u n a m a g n ífic a e n c in a :
G a u tíe r , q u ie n c a n ta a D e n c c o u r t c o m o el g u a rd iá n d e los b o s q u e s en
u n o c a s o de los d io se s a la m a n e ra d e [{em e. L a re c e n s ió n de B a b ó n
a p u n t a al c o n c e p t o o b s o le t o de n a tu ra le z a : id.a n a tu ra le z a es b e lla v
b u e n a , c ie rto , p e ro m e p are ce q u e h ay q u e g u a rd a rse de lo q u e ¡os a n t i­
g u o s lla m a b a n n a tu ra n a titr a m y q u e a b o ia e q u iv a ld r ía a u n “ b re tó n
b re to n a n re ". P o r p a t r io t is m o p re fie ro a b re to n e s fran ceses, p o r g u s to l i ­
te ra rio s ó lo la n a tu ra le za h u m a n iz a d a " 71. L a c r ític a d e s a liñ a d a de B nu-
d e ia ire va m ás lejos. M u e s tr a q u e la re n u n c ia a la esté tica r o m á n tic a , a
la c o r r e s p o n d e n c ia d e l y o y la n a tu ra le z a , ha h e c h o m e lla en la n a tu r a ­
leza o rg á n ic a . F.s p ic o s a m e n t e la « n a tu ra le z a verde», ia t o ta lid a d :u n -
m a d a de la v id a q tie e te rn a m e n te se re n u ev a y flo re ce , el o b je t o d e ia
b u r la de B a u d e la ir e c o n sus «santas h o rta liz a s " . L a fu e rza in v e n c ib le ,
c re a d o ra d e la u n tu ra n a tu ra n s es a h o ra a lg o « im p ú d ic o v e n o jo s o - , ; P o r
qué? E v id e n t e m e n t e p o r q u e la a c c ió n d e la n a tu ra le z a , q u e s ó lo sirv e a
su a u t o r r e p r o d u c c ió n v q u e en la e v o lu c ió n de las especies «Sio sig n o la
ley c ie g a de la s e le c c ió n y su lu c h a b r u ta l (¡estam os en los a ñ o s de los
d e s c u b r im ie n t o s de D a r w in ! ) , n o p u e d e ser c o n s id e r a d a ya c o m o el
c o m p e n d io de la c re a c ió n . «La n a tu ra le z a n o tie n e im a g in a c ió n - d ic e
en o t r o l u g a r 5. P o r eso ei p o e ta m o d e r n o n o p u e d e ni d e b e p r o d u c ir su
o b ra n i segú n la n a tu ra le z a n i com o la n a tu ra le z a . E n las p r o fu n d id a d e s
d e los b o sq u e s , q u e lo s r o m á n tic o s s e n tía n c o m o b ó v e d a s y c a te d ra le s
d e la n a tu ra le za , él e s c u c h a rá los s o n id o s d e su m is te rio s o s á n s c rito v
p e n s a rá e n la a s o m b ro s a p o e sía d e las c iu d a d e s . P o r eso a c o m p a ñ ó B a u ­
d e la ire o s te n to s a m e n te a la c a rta d o s p o e m a s e n prosa: lil c r e p ú scu lo d e
la m a ñ a n a y E i c r e p ú s c u l o d e la n o c h e , en los q u e ap en as se n e ce sita va

C it a d o en P. \ \ \ I enkcv: R t t u d c L i i t v a n d A !a :u - r t\ M . in c lu ^ r c r l.'n ív c r ^ t v ÍVr-A.


I l)(í9. p. I I 7 .
S egún í.e.ikev fno rn 2 4 . p. 113) on u n a m a n ife s ta c ió n h u ilo n a de P.uuíel.nre ro n
re la ció n a Iris e xcu rsio n e s ai c;tmpr> tic la lla m a d a !lo k o > ¡ e r f> ,n trt}n rc - -U . r o m a ln parte rn-
ra m e n tc en n u csir.is divervion es cam p cíE re s. cncjo nrraruln el verde tlu los ;irbí>3c< denr;Kj.i-
d o soso. Y n qu isie ra , de cía co n su n i re tsn serio, que las pr:ulcr.is esn,¡\-¡;-r.in te ñidas de ru­
jo. io s a rro yo s de n mar ¡lio de o rn y los nrfooícs p in ta d o s d e i a n ;u u rakva n o tiene
Írn;icniAtlÓri=>.

lis
7
'■Ia g ran p a la b ra í ' l ü ; n á/ a - para d e s c u b r ir í;'i b elle za a rtís tic a de m i p a i ­
saje m o d e r n o , u n p aisaje c o m o en ¡Mpuerta / W w/ romántico-. el paisaje
de la t u m c iu d a d de ios Cuadros purísima■
<
.
l o q u e se a n u n c ia a q u í p o r v e z p r im e r a , lo c u lm in a el p r o v e c to
m ás d ia d o d e l fa m o s o c ic lo . S u e ñ o p a ris ie n s e , c in c o a m n d esp u é s: l.i

v isió n d e u n a d c s p n r c n c ia c ió n p o é t ic a de la n a tu r a le z a o r g á n ic a . M
p o e m a es s e g u ra m e n te ia p r im e r a , v p r o v o c a d o r a , c u m b r e d e la l í r k i
y la e s té tic a m o d e r n a s , v s ig n ific a u n a ra d ic a l in v e r s ió n d e v a lm e 1
- de
l a n a tu ra le z a . Se p r e t e n d e a q u e llo q u e lu e g o l a s v a n g u a rd ia s , d esd e
B a u d e la ir e , n e g a r o n . F n p r im e r lu g a r. la r e n u n c ia a la id e a lid a d d e l.i
n a r u r a k v a en s u ú lt im a c o n f ig u r a c ió n esté tica: la erapa ele la r r a n s ío r
m a c ió n d e lo b e llo en s u b lim e . L:.n s e c u n d o lu g a r el r e c h a 7 o ele la a n ­
tít e s is r o u s s e a im ia n a d e n a tu r a le z a v c iv iliz a c ió n , la c o n v i c c i ó n tic
q u e e l h o m b r e es b u e n o p o r n a ru ra ic e a v s ó lo se m alea p o r su s o c i a l i ­
z a c ió n . F n te rc e r lusjar, la r e n u n c ia a ia c o r r e s p o n d e n c ia s e n tim e n t a l
v r o m á n t ic a d e l s u je to v la n a tu ra le z a . de la e x p e r ie n c ia s e n s ib le v la
s u p ra s e n s ib le .
A la vista de la r e v o lu c ió n in d u s tr ia l q u e acelera su c u r s o basta per
d e r el a lie n r o , d e l t r iu n f o de la té c n ic a v las c ie n c ia s d e la n a tu ra le z a ,
q u e p a re ce n p r e s c r ib ir u n tem p o n u e v o a las bellas artes, se p ro d u c e , en
la esté tica, u n e n f r e n t a m ie n t o de la r a d ic a l d e s v a lo rr/ a c ió n de lo n a tu ra l
a u n a r e v a lo n / a a ó n de lo a r t ific ia l. El h n in o j a b r r m o d e r n o v io la n a t u ­
raleza c o m o s im p le m a te ria : c o n si¡ e la b o r a c ió n se c re ó u n a s e c u n d a
n atura ie /a. c o m o o b ra p r o p ia suva v e m p e z ó va en esa é p o c a a ele var k
p r o d u c t o s d e su tra b a jo a! nivel d e l «arte in d u s tr ia !" . ; N o está va a h í ia
a c tu a l e x ig e n c ia de las artes de im it a r la p r o d u c c ió n in d u s t r ia l v revisar
la a n tic u a d a re la c ió n de la estética y la n a tu ra le za ? Q u e e n tre ta n to ral
re v is ió n n o d e s e m b o c a s e en u n a a fir m a c ió n i n c o n d ic io n a l d e ia fe en el
p ro g re s o , s irio q u e ia m era u t ó p ic a d e l d o m in io c o m p le t o de la n ;m n a
leza p o r el h o m b r e fuese d e n u e v o p u esta en c u e s t ió n , es u n t ít u lo de
g lo r ia d e 1a esté tica d e la m o d e r n id a d de B a u d e la ire . Su p ie /a c e n tra l a
e s t e r e s p e c t o , e i S u e fio p n r i s i m s e es !a v is ió n p o é tic a d e u n a n a n ira lc v a
s o ñ a d a , lib e ra d a d e l c a m in o d e la a u t o r r c p r o d u c c k r n . d e u n m undo
p r o y e c ta d o seg ú n la v o lu n t a d de! a r q u ite c to p o é tic o , u n a v i s h h i tan s o ­
b e rb ia c o m o a te rra d o ra q u e se c a m b ia en la a n g u s tia a n te lo -m á s allá
de ia n a ru ra le z a ". v q u e p o r e llo , c o n la ú lt im a g a n a n c ia d e l p o d e r del
y o , pasa la fa c tu ra d e u n a lto p re c io , im p r e v is t o '" .

• 1 ( ,u ;im .ji'i W . ílr e r I k 'n in m r n e n : Z t ^ s r ^ lp ro k . i f i n n . t : • H / i V r v fu;r:s;r> ) t/1. 1:i í;in tn ^ fn d e

t a s fü C T/.;iS p r - : v j t ic n v ; ^ d c T e n u ii^ " . l.í n m . i n d n n im b ir n ;t! rc ^ u ÍT -u lc ’ i k í / i T i e v id n c\p cn

m erm i de u n . i p o c t tí/ . i r - id ic n lm c n t c r o m m i a i v i s u » . a i v n p rn p n c -c r;* h n T d n i m c ' u ^ l , l:s M i p r

r a c i ó n d e ta n . i i u r . d í v . i o r p n i o pnr h ir n p n q d ñ n d e h s I t i c r / n s p r n d u c r f v n v . '» llc rK Í - i.


Sucñn ptirisicnsf

I
D e C5íC form id able paisaje,
c om o jamás m orral lo vio,
aún esta mañana la írnygen,
vaga y lejana, me raptó.

[U n sueño lleno de milagros!


Por un caprich o singular
yo desterre del espectáculo
el vegetal irregular,

Y» p in to r fiero de m i genio,
yo saboreaba en rni cuadro
la em briagante m o no ton ía
del metal, el agua y el m árm ol.

Babel de escaleras v arcadas,


era un palacio in d e fin id o ,
lleno de estanques y cascadas
com o de oro mate o pulido;

G randes cataratas pesadas,


corno cortinas de cristal,
se suspendían, dcslum branrcs,
en [as murallas de mera!.

N o árboles, sino colum natas,


estanques d o rm id o s rodeaban,
en d onde gigantescas náyades,
com o mujeres, se m iraban.

En tre m uelles rosas y verdes


aguas azules, en suspenso,
durante m illones de leguas,
hacia eJ c o n fín del universo;

¡H ab ía piedras nunca viscas


y olas mágicas se ababan,
grandes espejos deslum brados
por codo lo que reflejaban!

Desp reocu pados, raci r u rn os,


Ganges, en el cie lo triunfante,
echaban joyas de sus urnas
en grandes simas de diam ante.
A rq u ite c to de m is e n s u e ñ o s
y o c o n s e g u í a , si 11 c u i d a d o ,
b ajo un tún el d e pedrería
p a s a r u n o c t '. i m 1 d o m a d o ;

V t o d o , h a s ta el m i s m o nc£>ro.
p a r a i a claro, irisado,
h flo rín engastada cíe! líq u id o
en un ravo cristalizado.

¡ N m g ú n n i t r o , n i n g ú n v e s ti g i o
d e so l, n i n g ú n ser c e l e s d a i
pura i l u m i n a r los p r o d i g i o s
c laro s d e fu ego p erso nal!

Y s o b r e ta le s m a r a v i l la n
pesaba (¡d u ra no v ed ad !
jsólo el o j o , n u n c a ei o i d o ! )
un silen c io d e e te r n id a d .

íl

A b rie n d o mis ojos urdientes


vo vi el h o rro r de mí guarida
y sentí, v o lvien d o a mi alma,
la p um a del ansia maldita;

el re lo j, f ú n e b r e , ia h o r a
d a b a , b r u t a l , al m e d i o d í a ,
y el cíelo vafeab a tin ieb las
q u e a! m u n d o , t r i s t e , e n t u m e c í a n .

E l tít u lo : S u e ñ o p a r i s i e n s e mlu d e al s u e ñ o s o b re u n a c iu d a d en u n a
c iu d a d , una fa n t a s m a g o r ía s ó lo p o s ib le e n P a r ís , la " c a p i t a l d e l
s ig lo XIX». E l s u e ñ o se basa en u n p r i n c i p i o de la p o e s ía m o d e rn a , basa­
d o en la p r á c tic a d e l m is m o B a u d e la ir e , la p a ra d o ja d e l " e n s u e ñ o v o ­
lu n t a r io - . L a c o m p o s ic ió n d e l p o e m a nace d e i e s p e c ia l c a p r ic h o d e d e s ­
te rra r d e l p aisaje s o n a d o el v e g e t a l ir r e g u la r , es d e c ir, to d a n a tu ra le z a
o rg á n ic a . Q u e d a e lim in a d a n o la n a tu ra le z a legal y e c o n ó m ic a , s in o la
a n á r q u ic a y d ila p id a d o r a , n o ¡a m a te ria c o m o o b je t o de tra b a jo , té cn ic a
y c ie n c ia , s in o la to t a lid a d v iv ie n t e d e lo q u e H e g e l lla m a b a «lo o t r o de!
e s p íritu » . E sta in v e r s ió n e sté tica de la n a tu ra le z a tra s to rn a la je ra rq u ía
t r a d ic io n a l de sus re in o s . L a p o e s ía - a s í lo e x p re sa b a p o c o a n te s u n

121
c o n t e m p o r á n e o -’*- en c u a n t o c r e a c ió n h u m a n a , tie n e q u e p ro s e g u ir la
d iv in a , r e a liz a n d o In b e lle z a e n la d ir e c c ió n in v ersa a la vida:

■iF.I i n v e s t i g a d o r d e [3 n a t u r a l e z a o r d e n a la n a t u r a l e z a d e c i t e m o d o :
p r i m e r o el r e i n o a n i m a ! , k t e g o el v e g e t a l v d e s p u é s el m i n e r a l : s i g n e el
o r d e n d e la v i d a , í-l p o e t a d i r á : p r i m e r o lo m i n e r a l , d e s p u é s lo v e g e t a l v
l u e g o el r e i n o a n i m a l ; s i g n e eí o r d e n d e la b e l l e / a - .

C o m o si q u is ie ra p o n e r a p ru e b a esa in v e r s ió n d e la v id a o rg á n ic a v
d c la b e lle za a b stracta, p ro y e c ta el p o e ta de ¡as b ln r c s d e ! m a l s.u p aisaje
d e m eta!, m á r m o l y agua, lio in t u id o p o r m o rta l a lg u n o , y cu va " m o ­
n o t o n ía d e s lu m b r a n t e » d e ja e x t in g u ir la " m ú s ic a d e s lu m b r a n t e de la
na tu ra le za » . L o q u e ha d e ser e lim in a d o p a ra h a c e r p o s ib le el a n tirr o -
m á n t ic o s u e ñ o de u n p aisaje s in v id a o rg á n ic a , es p r im e r o a lu d id o y
lu e g o re c h a z a d o e n el h o r iz o n t e de e x p e c ta tiv a s n egadas en ei p o em a:
«en lu g a r de á rb o le s , c o lu m n a ta s » , ía s u p e rh e ie d e l ag u a es u n b r illa n t e
e s p e jo , las ca ta ra ta s, c o r t in a s de c ris ta l, u n t o r r e n te n a tu r a l c o m o el
G a n g e s se irre a liz a h a c ie n d o q u e u n o c é a n o e n tre e n u n tú n e l de p ie ­
d ras p re c io sa s , ¡os c o lo re s p ie r d e n su id e n t id a d o b je t iv a y hasta el n e g ro
tie n e u n b r illo c la ro , n o h a y estrellas n i rastro s d e l sol, pues la m a te ria
d e este a r t if ic io s o p aisaje b r illa p o r s í m is m a , y, fin a lm e n te , la te r r ib le
n o v e d a d : ¡u n s ile n c io e t e r n o lo in v a d e to d o ! « S ó lo el o jo , n u n c a el o i-
do» es u n a a fir m a c ió n q u e n ie g a la m ás a n tig u a e x p e c ta tiv a q u e ya se
d a b a e n la a r m o n ía p ita g ó r ic a d e las esferas: q u e el m o v im ie n t o n o p u e ­
d e ser s ile n c io s o . E l m is m o B a u d e la ire h iz o ia o b s e rv a c ió n ; « P ero el su e­
ño, q u e sep ara y d e s c o m p o n e , cre a la n o v e d a d » J . bsa t r a n q u ilid a d a b ­
s o lu t a e in q u ie t a n t e t r a n s f o r m a lo n o v is t o e n h o r r o r : una ter r ib le
n oved a d afe cta a es t e t e r r i b l e p a i s a j e d e l p r im e r verso , q u e p r im e r o ib a a
ser e s t e f a s t u o s o p a i s a je . E i q u e se d e s p ie rta tie n e q u e r e c o n o c e r - p o d e ­
m o s c o m e n t a r así esta v a ria n te c o n u n fa m o s o verso de R i l k e - q u e tal
b e lle za n o es s in o «el p r i n c i p i o d e l h o rro r» .
S i esta p r im e r a in t e r p r e t a c ió n e sta b le ce q u e el s u je to s o ñ a d o r, “ a r­
q u it e c t o de e n su eñ o s» ha d e s c o m p u e s to la n a tu ra le z a c o m o p aisaje o r ­
g á n ic o - e l fu n d a m e n t o d e la e x p e rie n c ia r o m á n t ic a d e la n a tu r a le z a -
para r e c o n s tr u ir u n m u n d o a r t if ic ia l a p a r tir d e e le m e n to s in o r g á n ic o s ,
h a b ría a h o ra q u e p r e g u n t a r a q u é h o r iz o n te s re m ite esta a r q u ite c tu r a
fa n tá stic a . P u e s este c o n t r a m u n d o d e m e ta l, m á r m o l y agua a lu d e p a ra ­
d ó jic a m e n t e en su « te rr ib le n o v e d a d » a v ie jo s m o d e lo s d e im á g e n e s cós-

y' H e l j - D u g f i i r f f í j H í í í í i ij n c , a p a re cid o en ¡a f t c r u r 1 > '/V !¡t ih r [ nov. I R t S í. d ia d o en


ei c o m e n ta r io de !a e d ic ió n de J . C r é p c t , Parfs, 1 92 2, p. 4 6 3
N o r a 2 6. p. -í63.

122
m ic a s m íric a s y a p o c a líp tic a s . FJ S u eñ o p a risien se in t r o d u c e el re c u e rd o
d e u n a t r a d ic ió n s u b v e rsiv a de fa n ta s m a g o ría s en las q u e lo a r t if ic ia l se
o p o n ía a lo n a tu r a l c o m o la o b r a h u m a n a , p r o v o c a d o r a m e n t e , a la
c r e a c ió n d iv in a . P o d e m o s re c o rd a r D o m a in o f A r n h e ir n de E d g a r A lia n
P o e c o n su p a ra ís o a rtific ia ] d e u n ja r d ín la b e r ín t ic o , a |o h n M a r t i n c o n
sus negras v is io n e s de u n a m o d e r n a B a b e l, a 1 h é o p b d e C ia u tie r c o n sus
d e s c r ip c io n e s d e p a la c io s en U n e n u i l f i e ( jé n p á t r e . v s o b re ro d o a P ira

n cs i c o n su P u erto r o m a n o o sus L á ñ e le s, c u v o s p é tre o s la b e rin t o s e x ­


c lu y e n lo s á rb o le s v p la n ta s . S in e m b a rg o , el p aisaje s o n a d o de R a u d c -
la irc n o es la b e r ín t ic o . No m c lu v e la s u h | e tiv td a d . a d ife r e n c ia de sus
p re d e ce so re s en u n la b e r in t o c o n s t r u id o , s in o q u e d e s c r ib e el s u e n o c o ­
m o u n lím it e del vo q u e a n te n u e s tro s o jo s, en gestos q u e se s o b r e p a ­
san, d e s c o m p o n e la n a tu ra le za , para c o n s t r u ir ia c o n t r a fig u r a d e la b e ­
lleza: u n a « B a b e l de esca le ra s, a rcad as» , s u p e r fic ie s d e a g u a h asta el
in f in it o , c o r rie n te s g ig a n te s ca s d e a g u a en el fir m a m e n r o , q u e v ie rte n
sus te so ro s c o m o d e sd e u rn a s e n a b is m o s d e d ia m a n t e , o c é a n o s o b lig a ­
d o s a c r u z a r tú n e le s de p ie d ra s p re c io sa s , v. fin a lm e n te , c o m o ú frirn a
v is ió n , u n c o lo r n e g ro lu m in o s o y la « m o n o t o n ía e m b r ia g a d o r a " de u n
e t e r n o s ile n c io s o b re u n m u n d o c o n s t r u id o in te r m in a b le .
A s í se c o n e c ta el c o n t r a m u n d o de B a u d e la ir e c o n su m o d e lo m ás
a n tig u o : el A p o c a lip s is de San J u a n (c. 2 1 -2 2 ). « Y y o vi u n n u e v o c ic lo y
u n a n u e v a tie rra ...” . L o n u e v o y n u n c a v is to es, c o m o en el S u eñ o p a r i­
s i e n s e un p aisaje c iu d a d a n o m ás a llá de la a n tig u a n a tu ra le z a o rg á n ica :
« Y la c o n s t r u c c ió n de sus m u ro s era de ja z m ín , y la c iu d a d de o ro p u r o
y f in o c r is t a f'. L a c iu d a d santa q u e d e s c ie n d e d e l c ie lo n o n ecesita ya
t e m p lo a lg u n o , p u e s el S e ñ o r es su t e m p lo , y el c o r d e ro . E n lu g a r d e u n
t e m p lo hay, a a m b o s la d o s d e l to rre n te , q u e flu y e c la ro c o m o el crista!,
árboSes d e la v id a , q u e d a n su fr u t o ro d o s los meses, s o b r e p u ja n d o la
n a tu ra le za . L a n u e v a J e ru s a lé n n o c o n o c e el c a m b io d e í d ía y la n o ch e ;
la c iu d a d c o n su e re rn a c la r id a d , « n o n e c e s ita d e s o l m d e la lu n a q u e la
ilu m in e n , p u e s la g lo r ia d e D io s la a lu m b r a v su lu z es el co rd e ro » . L a
c o n t r n im a g e n d e B a u d e la ir e e x c lu y e la d iv in a i lu m in a c ió n d e la fe. S ó lo
in c lu y e la ilu m in a c ió n p r o fa n a d e la p o e sía , p e ro al fin a l e x p e rim e n ta
q u e la b e lle za a r t if ic ia l d e u n c o n t r a m u n d o n o p u e d e d u ra r. L a n a tu ra ­
leza n e g a d a regresa c o m o lo r e p r im id o , c o n e x tra ñ o p o d e r, y va n o p u e ­
d e ser c a p ta d a m e d ia n te "el p la c e r n e g a tiv o de lo s u b lim e » , p ara u t iliz a r
la f ó r m u la k a n tia n a . E l fin a l d e l s u e ñ o re n u e v a el e s tr e m e c im ie n to de
P asca l a n te el « e te rn o s ile n c io d e los e s p a cio s in fin ito s » , p e ro sin la es­
p e ra n z a de u n salvado r. L a c a íd a d esd e el éxtasis p r o d u c e , al d esp ertar,
el d e s e n c a n ta m ie n to d e ia re a lid a d d e la g ra n c iu d a d y d e s m ie n te la e x ­
p e r ie n c ia d e su p o esía p r o p ia , c u y o d e s c u b r im ie n t o era p re c is a m e n te ei
re m a d e los C u a d ro s p a risien ses. E n esa m e d id a , el S im io p a r isien s e está

123
m ás a llá d e la a n títe s is d e c iu d a d y c a m p o , c iv ü i'/ n c ió n y n a tu ra le za . L a
e sté tica m o d e rn a , e n e m ig a d e la n a tu ra le z a , de B a u d e la ir e h ace c o n s ­
c ie n te s d e hasta q u é p u n t o —s e g ú n u n a tesis d e C e o r g M a a g - la e u fo r ia
d e l p ro g re s o in d u s t r ia l va a la p a r d e nuevas an g u stia s: " L o e s p e c ífic o
d e l c o n t r a p r o y e c t o b a u d e la ir e a n o c o n s is te en i n c l u i r st; p r o p io d e s m e n ­
tid o , y a r t ic u la r c o n la u t o p ía de lo b e llo el e s p a n to a n te la p o s ib ilid a d

d e esa u to p ía» ^ .

IV

A c e r c a de la in v e r s ió n e p is t e m o ló g ic a v e s té tic a d e la n a tu ra le z a
q u e c o m ie n z a en el s ig lo X ! X tu v o lu g a r h a ce u u o s a ñ o s u n a c o n t r o v e r ­
sia q u e h o y vale ia p e n a r e to m a r ’’ . « E n el m o m e n t o en el q u e el h o m ­
b re p e r d ió la ú lt im a d u d a d e q u e la n a tu ra le z a n o h a b ía s id o cread a p a ­
ra él n i estab a a su s e rv ic io , p u d o a c e p ta rla en el p a p e l d e m ate rial» .
C o n tal tesis, c o n la q u e la n a tu ra le z a c ó s m ic a se n iv e la al c o n j u n t o tic
lo s p o s ib le s p r o d u c t o s de la té c n ic a , b u s c ó H a n s B lu m e n b e r g f u n d a ­
m e n ta r el p o r q u e de lo hasta e n to n c e s im p e n s a b le : «q u e la n a tu ra le z a
se h a ce fea»’”. L a n u e v a e x p e rie n c ia d e esa fe a ld a d n o tie n e lu g a r p o r c a ­
s u a lid a d en la é p o c a d e l d a r w in is m o , c o n el e s c á n d a lo q u e p r o d u c e su
falta d e c o m p a s ió n v su in d ife r e n c ia s o c ia l. Se a p lic a p r im e r o - c o m o
h e m o s v is to en el S u e ñ o p a r i s i e n s e -- a las fo r m a c io n e s irre g u la re s y d i l a ­
p id a d o ra s d e la n a tu ra le z a o rg á n ic a , c o n t r a las q u e p u e d e a c tu a r -la au-
t o c o n c ic n c ia h u m a n a y el in g e n io de su p r o d u c t iv id a d cread o ra» , p o r
e je m p lo , en la a n títe s is d e c iu d a d y n a tu ra le z a . P o r eso la esté tica d e la
m o d e r n id a d n o se o p o n e al d e t c r m it iis m o d e la in v e s tig a c ió n e x p e r i­
m e n ta l de la n a tu ra le z a , s in o q u e su c o n c e p t o de n a tu ra le z a está ya p r e ­
s u p u e s to en la d e t e r m in a c ió n m o d e r n a d e l arte c o r n o a n ti-p b y sis, com o
lo m u e s tra de m o d o p a r a d ig m á t ic o el c a m in o q u e va d e B a u d e la ir e a
V a lé r y p a s a n d o p o r M a ila r m é . F r e n t e a esta tesis, |a co h la u b e s ha d e ­
fe n d id o q u e ei p ro c e s o este'tico de la m o d e r n id a d n o a rra n c a en la c o n ­
s id e r a c ió n d e l a rte c o m o a n tm a tu r a le z a , q u e la p ro te s ta c o n t r a la s u b je ­
tiv id a d n a tu ra l d e s d e D e M a is t r e es u n to p o s de la c o n t r a ilu s t r a c ió n , v
q u e d e s d e R im b a u d o L a u t r é a m o n t hasta los s u rre a lis ta s «la ir r c g u la r i-

» Z u m R e v e parisién*-, e n : A rt íúi' hd-Art industru-L « ! . H . Í T d f le r , M s l n c h e n , 1 9 S 7 ,


P. 310.
' n I i r t i n a m n u Á tíh rttk - AsthfUíchi: Ref lcxiim , I. \X‘. ! ser { P o e u h iniA }
íik II 1, M i i n c i i c n , 1 9 6 6 , pp. 4 2 ) - 4 4 2 (te rc er a s e s ió n : s u r r e a l i s m o v g n o s i s ) .
K « N a c h a h m u n g d e r N ü tu r: 7 ,u r V n r g c s c lit d it c (ler Idee des s c h i'p fc r is c h e n M e n s -
eben**, en: Wirkli-, hki-iren, i n d f n n i w i r U b fn, Sruns’ nrr, 1 9 8 1 , p. 91.

124
d a d t r ó p ic a d e la n a tu ra le z a v !a lo c u ra p r o life r a n t e v d ila p id a d o r a d e la
c o n t in u a r e p r o d u c c ió n se e x p e r im e n ta n d e m o d o a fín a los p r o d u c to s
d e la fa n ta sía , y p o r eso..., son e c h a d o s c o m o c o n t ra p e s o de ia le g a lid a d
d e la n a tu ra le za en la b a la n z a de la poesía».
C a r e z c o d e c o m p e t e n c ia p ara ju a g a r acerca d e l p u n t o p r in c ip a l de
la c o n tro v e rs ia , ia re la c ió n e n tre g n o sis v el c o n c e p t o m o d e r n o d e n a t u ­
raleza. P e ro a m b a s p e rs p e c tiv a s m e p a re ce n c o m p le m e n t a r ia s , en u n a
m ir a d a re tro s p e c tiv a al s ig lo XIX, y p re c is a m e n te la e x p e rie n c ia t r a n s fo r ­
m a d a de la n a tu ra le z a en la lite ra tu ra y el arte de la m o d e r n id a d se p u e ­
de c a p ta r m e jo r e n su a m b iv a le n c ia , en a m b as te n d e n c ia s o p u estas. P o r
e llo , a la d e s p o t e n c ia c ió n d e la n a tu ra le z a c ó s m ic a , a c o m p a ñ a u n c r e ­
c ie n t e d e s c e n tra n ] ie n to d e la n a tu ra le za h u m a n a , c o m o c o n razó n sos
tie n e I nubes. E n ia m o d e r n id a d p o st ro m á n tica se c o n fir m a «que n i n ­
g ú n s u je to id é n t ic o se m a n tie n e fre n te a u n a n a tu ra le z a d e s p o te n c ia d a ,
s in o q u e tal d e s p o t e n c ia c ió n se e x tie n d e a a m b o s lados: s u je to y o b je ­
to». E n re a lid a d , el m is m o B a u d e la ire , q u e tan p ro v o c a d o ra m e n te m an
g u ra la te n d e n c ia d e la e n e m is ta d c o n la n a tu ra le za en su lír ic a c iu d a d a ­
na, e v o ca en las F lo r e s f i e ! m a l los p o d e re s a n ó n im o s de! in c o n s c ie n te ,
c o n t r a el s u je to id é n t ic o , a u t ó n o m o , s e g u ro de .sí m is m o , c o n su re c u r ­
so a ia a le g o ría p e r s o n ific a d o r a , tan d e s p re c ia d a p o r el r o m a n tic is m o .
H a a b ie r t o así u n n u e v o c a m in o q u e c o n d u c e al s u r re a lis m o a través
d e l p o s t u la d o nietz-sebeano d e l «sujeto c o m o m u lt ip lic id a d " , q u e d e s ­
tr u y ó la u n id a d d e l y o n o m e n o s q u e la d e la n a tu r a le z a '’ .
N u e s t r o tem a se e x tie n d e , seg ú n esto, a la t o ta lid a d d e l c o m p le j o
d e u n a é p o c a de la e x p e rie n c ia e sté tica en la q u e se juega el d o b le p ro
ceso de u n a d e s p o t e n c ia c ió n d e la n a tu ra le z a c ó s m ic a y d e u n deseen-
t r a m ie n t o d e l s u je to h u m a n o . P o r p arte d e l o b je t o d e la re la c ió n entre-
h o m b r e y n a tu ra le z a , p ie rd e ésta su o b lig a t o r ie d a d e je m p la r, se d e s ­
m o n t a p ro g re s iv a m e n te la b e lle z a n a tu ra l, y el « lib ro de la n atu ra le za»
se dee,rac!a en d iccio n a r io , c o n c u y o m a te ria l c o m p o n e la im a g in a c ió n
un nuevo m u n d o ” . U n nuevo p a th o s de tra b a jo c o n c e p t ú a la n a tu ra le za
d e .sp o te n cia d a c o m o m e d io , e n t o r n o o a m b ie n te , q u e e n las n o v elas de
B a lz a c se e n t ie n d e íis io ^ n ó m ic a m e n te c o m o s e d im e n t o d e la a c c ió n
h u m a n a , p e ro en las n o velas d e Z o la a p a re ce c o m o p o d e r e n e m ig o . P o r
p a rte d e l s u je to de ia r e la c ió n e n tre h o m b r e y m u n d o , p ie rd e la a u to -
c o n c ie n c ia su a u t o n o m ía , y la n a tu ra le za in t e r io r del h o m b r e su id e a li­
d a d , E l a n u n c io d e la u n id a d r o m á n tic a d e l y o y la n a tu ra le z a se a c o m ­
paña de lo s nuevos m ie d o s y e x p e r ie n c ia s de a lie n a c ió n e n el

1,1 S o b re e s ta el c a p ítu lo 6 de* c s r t * l i b r o .

“ S o b r e el b n u d e le rc a n o -In naturale vn n o es irsn.s q u e u n d ic c io n a rio * ', ver lu e s o


cap. 6.

12S
a n o n im a to d el m u n d o in d u stria l d e la vid a. La p ro vo cad o ra d esp erso ­
n aliza c ió n d e la p oesía trajo e n tre tan to la g a n a n c ia d e n uevas p ersp ec ti­
vas en los asp ecto s re p rim id o s o ta b u iz a d o s d e la n atu ralez a fisio ló g ica
y co lectiv a d el h o m b re. La su p e rficie p la n a d e la c o n c ie n c ia d iu rn a a d ­
q u irió p ro fu n d id a d d e in so sp ech ad as d im e n sio n es en lo «in é d ito d el a l­
m a h u m a n a » ^ Y la c o n c ie n c ia d el p o eta, p u rific a d a en el p u rg a to rio de
las «F lo res d el m a l», co m en zó a fu n d a m e n ta r d e n u ev o su id e n tid a d
con la fuerza d el recuerd o , q u e se a p ro p ia d e l m u n d o . Este c o m p lejo
proceso d e in v ersió n estética d e la n atu ralez a llega h asta nuestros d ías.
E xige u n e stu d io m ás am p lio . A q u í sólo p ued o e c h a r un v istazo a la
p ro b le m á tic a q u e h ace d el siglo XIX u n a p re h isto ria d e n u estra m o d er­
n id ad .

«La poesía de la naturaleza se ha ido para siem pre... La poesía ha


encontrado su fuerza impulsora en otros lugares... ¿No es una idea de la
poesía unir a todos los pueblos de la tierra en un solo pensamiento, ape­
lar a su genio com ún?... ¿abrir una competencia universal y fomentar así
la solidaridad de todas las razas de Sa hum anidad? Sí, tal es la gran poesía
de la era que comienza».

A sí e scrib ía un testigo p resen cial en 1 8 5 1 , A lexis d e V allo n , en su


v ia je a la p rim e ra g ran exp o sició n u n iv ersal d e L o n d res” . En su e n tu ­
siasm o no sabe d is tin g u ir a p ro p ia d a m e n te la «g ran p oesía» de la era in ­
d u stria], L a red uce al «g en io de los p ueb lo s q u e c o m p ite n », al nuevo
paihosá< á trab ajo so lid ario . Ju n to á la p o esía de la n atu ralez a, rechaza el
c o n c e p to ro m á n tic o d e l g e n io c re a d o r s o lita rio . In c lu so B a u d e la ire
ab razó el e n tu sia sm o c o sm o p o lita q u e d esen cad en ó la a lia n z a m o d ern a
d el a rte y la in d u stria , p ese a su c rític a v eh em en te a las ilu sio n es del
progreso y la d e m o cracia. En su in fo rm e so b re ia E xp o sició n d e París
de 1 8 5 5 ” , e lo g ia en la a b u n d a n c ia m u n d ia l d e p ro d u cto s d e l a rte in ­
d u stria l y m a n u fa c tu ra d o , ia fa sc in ac ió n tan aso m b ro sa com o e xtrañ a
de u n a b ellez a c u y a c o m p ren sió n su p o n e la in te lig e n c ia y los dones del

ÍJ «AJgún lado iníd ito del alma», en la formulación de Th. G auticr, M a tic e de ia 2a
ed. de h s Fleitrs dit MtiL, París, 1 8 6 9 , p. 19.
M C itado en G . Maagr Ktmst tin d Industrie im Zeit/i!ter d er ersttn WeltamstelUingen,
M ünchen, 19 8 6 , p. 90.
Exposiüon universetie 1855, Oettvres, ed. de la Pléiade, París, 1 9 5 1 , pp- 6 8 0 -7 0 1
[trad. cast. de C . Santos: Salones y otros escritos d e arte, M adrid, Visor, 1995)-

126
c o sm o p o litism o , es d ecir, la c a p a c id a d d e c o m p ren d e r lo n uevo com o
lo b ello no d e d u c ib le d e reg la a lg u n a y c o n sisten te sólo en la relació n
d e fu n ció n y fo rm a. Ei d e sarro llo m o d ern o d e u n a b elleza un iversal e x i­
g ir ía u n seg u n d o W in c k e lm a n n , u n a e stética m o d e rn a m ás a llá d e las
n o rm as ac ad ém ic as d e la im ita c ió n d e la n atu ralez a y d el m o d elo d e la
an tig ü e d a d .
S in em b arg o , la b elleza a rtific ia l, no c a n ó n ic a , d e los p ro d u cto s en
los q u e se m ate rializó el triu n fo d el pro greso in d u stria l sobre la n a tu ra ­
leza d e m o do tan e v id en te, su scitó con el am p lio in flu jo d e las p rim eras
exp o sicio n es m u n d ia le s, no sólo ¡a a d m ira c ió n p ú b lic a sin o ta m b ié n , y
an te s, m ied o s desco n o cid o s. C o m o G e o rg M a a g p u d o m o strar, la n a tu ­
raleza re p rim id a se hizo v aler de nuevo en un curio so cru ce d e c u ltu ra
in d u stria l y m u n d o sim b ó lico*'. A n te el m ar in m en su ra b le d e m ercan ­
cías b u scab an los v isita n tes ex p lic a r su terro r an te lo q u e W . B e n jam ín
lla m ó u n a vez la «p ro to m an ifestac ió n de la téc n ic a »57, en las im a g in a ria s
v iv en c ias en fre n tad as d e lo m ític o , lo leg en d ario o lo exó tico . O tras vo ­
ces d e co n tem p o rán eo s m an ifie stan su p re o c u p ac ió n por si el m a te ria ­
lism o d e la revo lu ció n in d u stria l p o d rá ser h u m a n iz a d o p o r la belleza.
S in e m b arg o , ¿có m o d e b e ría el. arte en c u a n to a n ti n atu ralez a y la «p o e­
sía d e la in d u stria » recién d e sc u b ie rta h acer su rg ir lo b ello co m o p ro ­
yec to lib re de un h o m b re p le n a m e n te v uelto sobre sí m ism o , y al m is ­
m o tie m p o , p ro p o n e r u n a n o rm a p a ra la a c tu a c ió n so c ial? E n este
p ro b le m a se se p a ra ría n las o rie n ta c io n e s d o c trin a le s d e la é p o c a si­
g u ie n te : el llam a d o sim b o lism o , q u e lleva al m áx im o la e n e m ista d por
la n atu ralez a , y el n a tu ra lism o , qu e regresa al p rin c ip io d e la im ita c ió n ,
a u n q u e q u ie re su s titu ir 1a in sta n c ia d e la n atu ralez a p or u n a n ueva in s­
ta n c ia so cial: la n a tu ra lez a es p ara T ain e y Z ola, com o o bservaba B ru-
n etie re , no y a p aisaje , sin o m e d io 3*.
L a h isto ria d el co n cep to d e m ed io tien e en el siglo XIX su co yu n tu ra
m ás a lta , d án d o se el m ism o cam b io q u e caracteriza ia tran sform ació n
d el h o riz o n te desde el p o d er a m ig a b le d e la n atu ralez a a su p od er e n e ­
m ig o , en tre el ro m an tic ism o y el co m ien zo de la m o d ern id ad . C o m o si
la p érd id a de la n atu ralez a tra n q u iliz a d o ra h u b ie ra hech o in e lu d ib le la
n ec e sid ad d e vo lver a e n c o n tra r el ac u e rd o p erd id o co n la n atu ra lez a
có sm ica en el m ed io cosificado d el h o m b re, in tro d u ce ah o ra esa p alab ra,

x Nota 3 4 , cap. 3.
’7 Das Passugen-W erk, G . W . v. 1, C 7 a, 4 : «Las fantasías acerca de la decadencia de
París son un síntoma de que la técnica no fue recibida. De ellas había la sorda conciencia
de que con las grandes ciudades crecieron los medios para no dejar piedra sobre piedra».
M Según L. Spirzer: «Mílieu und Ambiance», en: Essays in H istoricalSem antics, í 9 4 7 .
p. 2 1 2 , a quien sigo.

127
q u e p ro ced e d e o tra tra d ició n , corno m edio am b ien te, en el c írcu lo s ig n i­
ficativo d e un m o d elo a n tig u o . L a p alab ra g rieg a periechon sig n ific a «lo
q u e ro d ea». Es la im ag en d e q u e el cosm o s está rodeado p o r u n p n e iim a ,
q u e el aire es u n espacio b ien tem p erad o en el qu e se m ueven los á to ­
m os, o qu e -c o m o en la física a ris to té lic a - el esp acio d el m u n d o h a de
ser pen sad o com o u n co n ten ed o r en el q u e c u a lq u ie r o b jeto tien e su to­
pos, su lu g a r n a tu ra l. L a a n tig u a sig n ific ació n b ásica d e «lo q u e rodea»
vuelve en la fsgura m o d e rn a d e un m edio am b ién tesele, en m arca todo ser
en su m ed io esp ecífico , d e m o d o protector. D esde la física, en ia q u e el
m e d io se d efin e com o aigo m e ram en te fu n cio n al y n eu tral q u e ejerce su
acció n e n tre su stan cias, a la b io lo g ía, en la q u e, com o flu id o de todas las
c o n d icio n es externas d e la v id a, d e te rm in a esp ecíficam en te los o rg an is­
m os, tal co n cep to h a p asad o a la so cio lo g ía, y con Balzac se c o n v irtió en
e l térm in o clave d e su d escrip ció n d e la so cied ad . La e x p licació n q u e da
C o m te d el m edio a m b ie n te com o a rm o n ía entre los seres vivos y su co­
rresp o n d ien te en to rn o , es an álo g a a la u n id a d fisio g n ó m ica d e carácter y
m ed io so cial en las novelas d e B alzac. R ecuérdese el retrato de la d u e ñ a
d e la p en sió n en P ire Goriot, d o n d e se ap lica en un en u n c iad o fam oso el
p rin c ip io fisio g n ó m ico a la d e n o m in a ció n : «su p erso na en tera e xp lica la
p en sió n , co m o la p en sió n a su vez e xp lica su personan.
E ste m edio a m b ie n te , e n te n d id o p rim e ro co m o algo h arm o n io so y
b en efacto r, y q u e a su m e c la ra m e n te la fu n ció n p erd id a d e la corresp o n ­
d e n c ia ro m á n tic a e n tre a lm a y n a tu ra lez a , se va rev elan d o cad a vez m ás
en el «e n g ra n a je d e la so cied ad » co m o un p o d e r e n e m ig o d el h o m b re y
q u e to d o So d e te rm in a . H ace q u e el h o m b re pase d e p ro te g id o a v íc ti­
m a d e l m e d io , h asta lle g ar a la b u rla d e to d a lib e rta d e in d iv id u a lid a d
e n tas p alab ras de T ain e: «El v icio y la v irtu d son so la m e n te p ro d u cto s
com o el v itrio lo y el azú car». El n atu ra lism o d e Z o la, en la ó rb ita d e u n
m a l e n te n d id o id e a l c ie n tífic o d e l m éto d o e x p e rim e n ta l d el fisió lo go
C la u d e B e rn a rd , h a hech o c ie rta m e n te q u e realid ad es d e la v id a social
h a sta en to n ces e x clu id as, sean o b jeto d e d escrip ció n . Pero la n atu ralez a
así elev ad a a n ivel p ro gram ático q u e d a en Z o la e sc in d id a . E n tre la n a­
tu ra le za co sificad a d e l m e d io a c u ñ a d o r y la n a tu ra lez a de la «b estia h u ­
m an a» re d u c id a a sus im p u lso s ciegos se ab re un ab ism o d esd e el qu e la
a n tig u a n a tu ra lez a re p rim id a le v a n ta de nuevo cabeza co n los nuevos
m ito s d el d arvvin ism o , la h eren c ia y el in c o n scien te co lectiv o .
Por o tra p arte e l sim b o lism o no h a co n seg u id o ren ovar el sím b o lo
com o llave d el lib ro d e la n atu ra lez a , fren te al en gañ o so térm in o acad é­
m ico q u e lo d e sign a. I-a v a n g u a rd ia lite ra ria d e los añ os o ch e n ta, a g ru ­
p a d a en to rn o a M a lia rm é , se o p u so al n a tu ra lism o y, c a lific a d a con el
desp ectivo Los decadentes, tuvo m ás b ien la a m b ic ió n «d e vo lver a g a n a r
p ara la p o esía el m ism o ran g o q u e la g ran m ú sica le h a b ía a rreb atad o ».

128
L a p o esía d e b e ría arreb a ta r al a d m ira d o R ich a rd W a g n e t su p re em in e n ­
c ia e stética . Por eso, en ia e stética d e M a lla rm é , la n a tu ra lez a o b jetiv a
está reb ajad a a su ceso o casio n al o a cosa in d iferen te en sí m ism a (¡p ié n ­
sese en el m o tivo del ab a n ic o y sus tran sfo rm ac io n es!), q u e só lo d ebe
se rv ir co m o p retexto p ara q u e su rja el p u ro len g u a je d el verso tras la
d esap arició n del o b jeto . A l igu al q u e la m ú sica, la p o esía o casio n a un
estad o a n ím ic o q u e, p re su n ta m e n te , d escrib e al p rin c ip io , pero q u e al
fin a l rem ite a sí m ism a, a su p ro p io poetizar.
C o n tales p ro ce d im ien to s, to m a p arte la líric a m o d e rn a en el p ro ­
ceso d e u n a ra d ic a l d e so b je tiv a c ió n , q u e en la p in tu ra im p re sio n ista
c o n d u jo a h acer q u e ia n a tu ra lez a , en tan to q u e algo y a d a d o , id én tico
y d u ra d e ro , gracias a los co lo res, p asase a m ero ac o n te c im ie n to a los
o jo s del esp ectador. M a x Iin d a h l h a m o strad o , paso a paso, en su ú lti­
m o lib ro —e n D elacro ix, M o n e t, C éz an n e , D e la u n a y — cóm o la p in tu ra
m o d e rn a, a p artán d o se p ro gresiv am en te d e la tra d ició n e stética d e la lí­
n ea y la fo rm a, se c o n stitu ye a p a rtir d el co lo r y d esd e el p u n to d e vista
d e l su je to c o n te m p lad o r3’ . L a c o n se c u e n c ia es q u e la n atu ralez a com o
p aisaje q u e d escan sa en sí m ism o , d esap arece en la re alid ad m e ram en te
ó p tic a d e u n a p ercep ció n e stética n u e v am e n te in te n sific a d a , d e m an era
q u e su ser co n siste en su ser p ercib id o , c u m p lie n d o el v iejo p rin c ip io fi­
losófico esse e stp ercip i. A sí, las «H o ras d e las c ate d rale s», en el d iv isio -
n ism o d e M o n e t, red u cen el esp ectácu lo n a tu ra l a lo m o m e n tán e o y
sie m p re ren ovado . C éz an n e , p o r el c o n trarío , en u n a n ueva d ia lé c tica
de d esco m p o sició n y reco m p o sició n , reco n d uce la n atu ralez a v isib le y
y a sa b id a a lo q u e se ofrece só lo an te el ojo in o c en te en m atices de co ­
lo r p ara, frente a la co n stru cció n c o lo rista, h acer q u e la n a tu ra lez a m e ­
ram en te ap aren te se revele d e nuevo com o u n a n atu ra lez a d e lo pro­
fu n d o , en u n «h acerse cosa lo a p aren te».
En el paso del cu b ism o al o rfism o se acaba d iso lviendo to talm en te la
co lo ració n o b jetiva. L a p in tu ra ab stracta se en tien d e com o expresión del
«m o v im ien to vital d el m u n d o » (B ergso n). El ju ego d e los contrastes si­
m u ltán eo s en la p in tu ra no es, e n tretan to , un fin en sí m ism o , sino la
c o n d ic ió n de la fo rm ació n de u n a id ea e stética, la su b lim id a d de u n a
p ro to p o esía ó rfica, de u n universo arm o n izad o p or la luz. A q u í se an u n ­
cia, a com ien zo s del siglo XX el sig u ien te cam b io estético: la «n aturaleza
n atu ral», exp ulsada de la estética d e la m o d ern id ad , regresa en el p un to
c u lm in a n te d e su deso b jetivació n , com o p rin c ip io de u n a h arm o n ía órfi-
ca d e la vida, con el triu n fo d e la p in tu ra ab stracta, y p ara el ojo q u e sepa
leer el juego de los contrastes sim u ltán eo s com o «en u n ciad o s de color».

M Farbt, M linchen (Fink), 1987.

129
VI

L a p ro gresiv a d esp o ten ciació n d e la n a tu ra lez a no d e ja prever, en el


d e sarro llo lite ra rio d e esta ép o ca, las p o sib ilid a d e s d e su retorno . En la
recep ció n d e las Flores d e l m al, la e n e m ig a d e la n atu ra lez a d e B a u d ela i-
re fue p o r p rim e ra vez valo rad a p o sitiv a m e n te p o r T h é o p h ile G a u tie r
co m o un nuevo «estilo de ia d e ca d e n cia » p erte n ec ie n te a la ú ltim a hora
d e la civilización"10. La d ecisió n en favor de lo a rtific ia l, tan p le n a m e n te
re aliz ad a en eí S u e ñ o parisiense, sería la a c titu d ad e cu ad a d el poeta en
un tiem p o q u e no p e rm itía la v u e lta a lo in g e n u o . El poeta d e las Flores
d e l m a l se ría así se g u id o «a m a n e ra d a m e n te » co n el m ism o d erech o ev i­
d e n te co n el q u e en tiem p o s an terio res se a c o stu m b rab a ser n a tu ra !. En
!a estela d e B au d elaire , H u y sm an con su A rebours, la b ib lia d e la v a n ­
g u a rd ia d el «fin d e sig lo », tran sfo rm a la e n e m ista d d e ia n atu ralez a en
un cu ito estético d e lo a rtific ia l. El títu lo C ontracorriente se rebela c o n ­
tra la n atu ralez a física y c o n tra la d e m o cra cia b u rg u e sa al m ism o tie m ­
po. N a tu ra le z a y so c ie d ad , sep arad o s a n tip ó d ic a m e n te desd e R o usseau ,
in c u rre n en el m ism o o d io , g rac ias al p rin c ip io d e la «ig u a ld a d n a tu ­
ral», q u e a fec ta ta n to a la e q u iv a le n te d o tació n física d el h o m b re com o
a su p re te n sió n a la ig u a ld a d so cial'". Este o d io c o n stitu ye la m arca y la
le g itim a c ió n d el d ecad en te. O b lig a a v iv ir co n tra la c o rrien te d e lo sano
y n a tu ra ], co m o d e lo co n sid erad o sag rad o p o r la so cied ad . Por eso no
es ta n to el re fin a m ie n to d e Ja e x trav ag an c ia sin o la b lasfem ia provoca­
d o ra el ú ltim o triu n fo d el d a n d i sobre la n atu ralez a. A sí, p o r e je m p lo ,
D es E sseintes a d o rn a u n a h a b itació n co n o rq u íd e as p ara, a p a re n te m e n ­
te, c o n tra d e c ir lo n a tu ra l d e la n atu ralez a: «A sí com o las flores a rtific ia ­
les im ita n las flores n atu rales, q u e ría flores n atu rales qu e im ita sen las
flores falsas»12. N o es el arte el q u e im ita la n atu ralez a sin o la v id a la
q u e im ita el arte, d irá O scar W ild e , un ad ep to d e H u y sm a n 43.
La ren u n cia d e la n atu raleza term in a a q u í en su vergonzosa su m isión
al arte. S in em b argo , este paso extrem o tuvo con secuencias q u e el círcu lo
d e M a lia rm é no p rev io y q u e H u y sm a n no estab a en c o n d icio n e s de
abordar. En su caso se c u m p lió lite ralm e n te el ju ic io de un co n tem p o rá­
neo , B arb ey d ’ A u rév illy: «D espués d e tal lib ro no le q u ed a a] au to r más

“ En su introducción (N oi¡ct) a la edición de las F ln m d u M a l de 1868.


Según Fran^oise GailSard: «De I'antiphysis i la pscudophysis (L’ejcemple de A Re-
bourf}*, en: R om antism t, v. iO, 3 0 , pp. 6 9 -8 2 .
41 A R eb otín , ecl. M , F um ara!!, París, 1977, p- 197 [trad. case* de Jos¿ de los Ríos:
C on tran iitu ra, Barcelona, Tusqucts, 1980}.
y *The Decay of Lying», en I n ten ú o n s, Londres, 1911, p. 30: -la vida im ita a l arte,
la vtda es en realidad el espejo, y el arte la realidad».

130
q u e e le g ir entre la salid a de u n a pisto la o caer arro d illad o an te la cruz».
L a e n em istad b lasfem a d e la n atu raleza d e H u ysm an term in ó d e hecho
arro d illán d o se an te ia cruz, y el esp ectacu lar exp erim en to d e A rebours, en
la h isto ria de un a neurosis. La co n secuen cia estética de la inversió n del
p rin c ip io d e im itac ió n la sacó sólo Paul Valéry, sig u ien d o a M aflarm é,
cu an d o opuso su P oiítica m o d ern a a la p oética clásica qu e se basaba en la
n atu raleza com o ú ltim a in stan cia d e sen tid o ejem p lar.
El p rin c ip io de la co n stru cció n «p o ié tic a» d e V a lé ry reto m a el co n ­
cep to o rig in a ria m e n te aristo té lic o de poíesis, pero e lim in a n d o los p resu­
p u esto s teleo ló gico s d e la física aristo té lic a. En e lla , la poiesis , en c u an to
acció n p ro d u c to ra, p o d ía co m p ren d e r tan to la a c tiv id a d del artesan o o
a rtista com o !a p ro d u c ció n d e la n atu ra lez a , la creació n d e cosas n a tu ­
rales, p uesto q u e la p o ie ñ s d el h o m b re se e n te n d ía co m o im ita c ió n d e la
n a tu ra n a tu ra n s q u e p ro ced e « p o é tic a m e n te » al crear cosas q u e tien en
e n sí m ism as su o rigen y fin44. S in e m b arg o , la P atética d e V aléry im ­
p u g n a el proceso d el d e v e n ir d e u n a n atu ralez a q u e tie n e q u e rep etirse
e te rn a m e n te p o r la rep ro d u cció n , pero q u e, cu an d o sus c o n fig u ra c io ­
nes p ro ced en d e las ciegas leyes d e la m u tac ió n y !a selecció n , p ierd en
s u c arác te r «p o ié tic o ». S ó lo u n arte no m im é tic o g a n a la p o sib ilid a d de
c re ar en un esp acio d e ju e g o p ro pio lo q u e la n atu ra lez a no h ab ía c o n ­
se g u id o n i com o algo y a d ad o ni co m o p o sib ilid a d , y d e recon o cer q u e
lo v e rd ad e ro , ac ce sib le aJ h o m b re, só lo p u e d e p ro ced er d e lo q u e él
m ism o h a p ro b ad o en su a c tu a c ió n . L a p o esía m o d e rn a, a u n cu an d o , y
p re cisa m en te c u an d o , su p u estam en te sólo d escrib e u n frag m en to d e la
p rim e ra n atu ralez a, o b tien e su o b jeto en su p ro p ia p o sib ilid ad .
La e n e m istad d e la n atu ra lez a d e B a u d ela ire se tran sfo rm a en V a­
le r)' en b u rla , b u rla so b re «el risib le erro r d e R o u sseau » d e q u e la n a tu ­
raleza es u n p aisaje en sí m ism o h erm o so y v erd ad ero , b u rla tam b ién
p o r la n o stalg ia m o d e rn a de lo q u e la n a tu ra lez a tie n e d e co m ien zo sa n ­
to y g lo b al.

(■Ninguna ¡dea es más ingenua que la que cada treinta años condu­
ce al descubrim iento de la “naturaleza". Dicho con m is precisión: lo
que se supone ya dado, ha sido, antes o después, producido. ES pensa­
miento de que se capta las cosas en su originariedad es excitante; suele
uno imaginarse que existe algo así como lo originario. Sin embargo, el
mar, los árboles, ei sol - y hasta el ojo h um ano- rodo eso es arte»15.

** Segíín J. M ittdsrrass: «Das W lrken der Narur^Marerialien w r Geschichtc des Na-


curbegriffs», en: F. Fspp (ed.)» N a tu rb egriff u n d N aturbeherrschu ng , M linchen, 1980*
pp. 3 5 -6 9 .
” O euvreí , cd. de h Pléiade, París, 1 9 6 0 , v. [I, pp. 6 0 3 -6 1 8 ,

131
■ «N o h a y n aru ráie za» sig n ific a : s u im a g en ideal se h a p agad o con ei
o lv id o d e su c o n stitu c ió n , y d escan sa en la ilu sió n d e q u e la n atu ralez a,
sin la rep resen tació n d ei h o m b re, sig u e sien d o n atu ralez a y no algo en
sí ig n o to 116. Y, sin e m b arg o , no con o zco poesía m ás m a ra v illo sa acerca
d el m a r q u e C im etih-e m a r in , n i m ás b e lla ac erca d e los árb o les q u e A u
P latane. ¿P roviene esto re a lm e n te d e q u e V a lé ry sólo h ab la d e l m a r o
d ei árb o l o lv id án d o se d el o b je to y h a cie n d o q u e nos a d m ire m o s só lo de
su p ro ce d im ien to in scrito en el texto ? ¿E x clu irá en to n c es esta revela­
ció n d el p ro c e d im ie n to , q u e se p o s ib ilite a sí u n a p erce p ció n n u ev a,
m ás in te n sa p o é tic a m e n te , d e lo q u e ap arece, y, p o r lo tan to , u n nuevo
h allazg o d e la n atu ralez a? ¿E x clu irá q u e el o jo y el o id o d el lec to r p u e­
d a n e x p e rim e n ta r el m ar y el árb o l d e u n m o d o n uev o y d istin to del
q u e o cu rre en n u estro m u n d o tec n ific ad o , en el q u e la e x isten c ia d e u n
in d iv id u o no es su fic ie n te p ara a b a rc a r el in m en so sab er de la n a tu ra le ­
za y la h isto ria , y m en os p ara tran sfo rm arlo en la e xp erien cia? Por el
c o n tra rio , ¿no p ro ced erá d el arte m o d e rn o , a u n c u a n d o p o n g a en c u es­
tió n e l d erech o d e lo fáctico y el se n tid o d e la razó n p o lític a , la o p o rtu ­
n id a d d e u n a e x p erie n cia d el m u n d o , d e u n a e x p erie n cia p o é tic a de có ­
m o la n a tu r a le z a p u e d e d a rs e e n la p le n it u d im p r e v is ib le d e su s
p o sib ilid ad es?

V II

El tra b a jo , y a clásico , d e B lu m en b erg , Im ita c ió n de la naturaleza:


u n a p rehistoria d e l h o m b re creador, c o n d u c ía a u n a ú ltim a y n o tab le h i­
p ótesis: «H a y m u ch o s in d ic io s d e q u e la fase de ja afirm a c ió n p odero sa
d e lo co n stru ctiv o y a u té n tic o , d e la obra , y d el trabajo , h a p asad o . La
su p e rac ió n d e la ‘im ita c ió n d e la n atu ralez a’ p o d ría d esem b o car en la
a d q u isic ió n d e u n a c o n stitu c ió n d e la n atu ralez a’»'17. C o n tal h ip ó tesis
c o in cid e, al m en o s u n a vez, B lu m en b erg co n ía esp eranza d e A do rn o
d e u n a «resu rrecció n d e la n a tu ra lez a » q u e, de m o d o so rp re n d en te, q u i­
so fu n d a m e n ta r d e nuevo en su Teoría estética co n el co n cep to d e lo b e­
llo n a tu ra l. Pero lo b ello n a tu ra l en u n a e stética m o d e rn a no p u ed e e n ­
t e n d e r s e c o m o a lg o o r ig in a r io , im p e n s a b le , s in o q u e d e b e r ía se r
e n te n d id o —c o n tra su o r ig e n - en u n se n tid o fu tu ro , com o algo q u e to ­

* «El olvido del hombre, ta ausencia del hombre, la inacción del hombre* el olvido
de a n tig u a s condiciones del hom bre.,, eso es de ío que están hechos lo noble y la n a tu r a ­
l e s ... y lo Uamado humano»* (ibid.).
4T En: Stxuiium gen éra le 10 (1 9 5 7 ), p p . 2 6 6 -2 8 3 , ahora, en: Wirk iich ke i ten , in dm<m
w ir Uben, Snittgarr (R edam ), 1 9 8 1 , pp. 5 5 -1 0 3 , aquí p. 93.

132
d a v ía no es, y p re cisam en te p or eso, com o In stan cia c o n tra el d o m in io
ab u sivo d e lo q u e el su jeto a u tó n o m o d ebe a sí m ism o : «Lo b ello n a tu ­
ral es la h u e lla d e lo n o id én tic o en las cosas, en el e n tre d ic h o d e la
id e n tid a d u n iv e rsa l... L a v e rg ü e n z a an te ío b ello n a tu ra l p ro v ien e de
q u e se lesio n a lo q u e to d av ía no es cu an d o se lo to m a en lo qu e es. La
d ig n id a d d e la n atu ralez a es la d e lo q u e to d a v ía no es, lo qu e la h u m a ­
n iz ació n in te n c io n a l exp resa»48.
A m b as p ro gn o sis p u ed en serv ir p a ra c erra r nuestras co n sid e rac io ­
nes, p o rq u e resp o n d en , desd e d iferen tes p ersp ectiv as, al p ro b lem a q u e
la ex p u lsió n d e la n atu ralez a d e la e stética d e la m o d e rn id a d d ejó sin re­
so lver: si el arte, lib re m e n te cre ad o , d ei h o m o f a b e r q u ie re a firm a r sil
m ay o ría d e e d ad sin re m itirse a la n a tu ra lez a , ¿có m o d e b e rá y p o d rá
e v ita r la arb itra rie d a d d e sus p ro d u cto s y p re te n d er u n a v alid ez e je m ­
p lar? ¿N o sería en to n ces al fin al el ser cread o d el arte algo tan fáctico y
d isc re cio n al com o el ser de la n atu ra lez a d esvestid o d e su id ea lid a d ? V a­
léry, el p ad re de u n a e stética sin n atu ralez a h a b ía c ie rta m e n te q u erid o
re d u c ir todo c o n o cer a su fu n ció n d e poder. H a b ía a n tic ip a d o así el to-
d o p o d er d e u n a tecn o cracia qu e creía p o d e r h acer todo lo q u e e l hom o
f a b e r fu e ra capaz de im ag in a r. S in em b argo , ta m b ié n fue V alé ry el p ri­
m ero en p o n e r en cu estió n este exceso d e n u estra m o d e rn id a d . E scrib i­
rá en 1 9 1 3 reflexio n an d o sobre su c am b io b io gráfico :

«Con otras palabras, por instinto transferí el problema y reduje ro­


do: arte poético, análisis, ¡enguaje, trato con io real y posible a un único
y crudo concepto, el del poder espiritual. Com etí, semideliberadamente,
ei error de sustituir el ser por el hacer, como si uno pudiera hacerse a sí
mismo, ¿con qué? Ser poeta, no. Poder serlo, etc.» (1913, K 13, !V ,
9 II)".

La e x p erien cia con la q u e tuvo q u e en fren tarse el ho m o fa b e r al fi­


n al d e n u estro siglo c o n tie n e y a su m ás a n tig u o co n cep to c u y a d esp o ­
ten c iac ió n en el c am b io h istó rico d e su sig n ific ad o no h a p o d id o su p e­
rar to ta lm e n te : la n a tu ra le z a c o m o c o m p e n d io d e lo q u e no se d e ja
h acer, pero q u e - c o m o h o y d ía reconocem os en g ran m e d id a y esp ere­
m os q u e no d e m asiad o ta r d e - sí se d e ja d estru ir.
Q u e la p o te n c iac ió n d el h o m b re a m e n aza tro carse en la auto d es-
tru c c ió n d e la se g u n d a n atu ra lez a cre ad a p o r él es u n a v ic to ria p írrica
so b re la p rim e ra n atu ralez a , p ara c u y a ac ep tació n no d eb eríam o s estar

** Á sthfthchc JjWrj-'r, v. 7 de G . S., pp. 9 8 , i 14, i 1 5 írrad. cast. d i Fdo. Riaza y Feo.
Pérez Gutiérrez: Teoría estética , M adrid, Tauros, 19 7 1 f.
^ C ahíen, V er cap. IX.

133
p rep arad o s. Lo q u e, p o r el c o n trario se im p o n e no es, seg ú n m i o p i­
n ió n , n i u n regreso a la v ie ja estética d e la n a tu ra lez a q u e, desd e la Ilus­
tració n y d esp u és d e D a rw in , in e x o rab lem en te p erten ece a u n a co n c ep ­
ció n p e rim id a d e l m u n d o , n i la esp eranza tard ía en u n a «resu rrecció n
d e la n atu ralez a» q u e A d o rn o o B e n ja m ín creyero n e n c o n tra r en la ca­
p a c id a d m im é tic a d e a p ro p iarse d e «lo o tro d e la razó n ». Yo ap u esto
m ás b ien p o r u n a c a p a c id a d estética, p o r la e sp o n ta n e id a d d e u n a c o m ­
p ren sió n e stética y u n a ex p erim en ta ció n d e sen tid o s q u e, desd e siem p re
en el ju ic io estético , h a sid o c ap az d e fu n d a r u n lazo de so lid a rid a d e n ­
tre h o m b re y h o m b re, y d e p ro m o v er al m ism o tiem p o u n trato con las
cosas, y, p o r lo tan to , co n «lo otro d e la n atu ralez a», exento d e coac­
ció n . A cep to tra n q u ilo e l esp erab le rep ro ch e d e ser un id ealista in c o rre ­
g ib le. Es p ro p io d e la e x p erie n cia e stética p ro clam ar, frente al claro p o ­
d e r d e lo fáctico , la tra n q u ila fuerza d e So p o sib le, y, en c o n secu en cia,
ser n ec e sariam e n te id ea lista .

134
5

Revisión del coloquio


Arte social y arte industrial*

C u a n d o desp ués d e 1 9 6 8 , en los años d el d eb ate sobre la c rític a de


la id e o lo g ía, el p ro b lem a d el arte y la so cied ad d iv id ió a los esp íritu s en
dos cam p o s, u n o m a te ria lista y otro id ea lista , se fraguó un co n cep to del
a rte au tó n o m o e x c esiv a m en te s im p lific a d o , co m o h a y d ía reco n o ce­
m os. U n o de los resu ltad o s de este C o lo q u io es la revisión d e este co n ­
cep to h a b itu a l y m itificad o . S e su p o n ía qu e en la ép o ca d e la e m a n c ip a ­
ció n d el arte y la c o n stitu ció n d e la a u to n o m ía e stética, en el p aso del
sig lo XVIH al XIX, se h a b ía re n u n cia d o a to d o efecto so cial, se h a b ía se ­
p a ra d o el reino de la a p a rien c ia b e lla de la p raxis de la v id a c iu d a d a n a ,
la «in stitu c ió n arte » se h a b ía e n fre n tad o a las esferas d e valor, ig u a lm e n ­
te in d e p e n d ie n te s, de j a c ie n cia , la e co n o m ía, el d erech o y la m o ral, y
así h a b ía q u ed a d o p e n d ien te el p ro b lem a de e lim in a r la sep aració n de
lo estético y lo real m e d ia n te u n a su p e rac ió n re v o lu cio n aria d el a rte en
la p raxis d e la vid a. C o m o se sabe, fracasó esta «acció n d ire cta » d e las
v an g u a rd ias en la m o d e rn id a d d el siglo XX, y, fin a lm e n te , p arece q u e las
«p o stv a n g u a rd ia s» a c tu a le s h an reco b rad o la v isió n p e rd id a , se g ú n la
cu al el arte sólo p u e d e c u m p lir su d e te rm in a c ió n so cial p or la «h eau to -
n o m ía » , y su fu n ció n so cial p o r la d ife re n cia estética.
El c o n cep to de arte a u tó n o m o , a b so lu tizad o id eo ló g ic a m e n te , ha
o cu ltad o tanto su o rigen an titético , la «revo lució n e stética de S ch iller y
S ch legel qu e d e b ía c u lm in a r el p royecto de la Ilu stració n , com o el d esti­
no h istó rico de las artes en el siglo XIX q u e, en sucesivos desarrollos de
u n a estética no au tó n o m a, en p rim er lu g a r en la form a de arte social y de
arte industrial, tuvieron q u e afro ntar la co n cu rren cia d el torm entoso de-

* Árt socia l u ndÁ rt industrial —Funktionen d e r K unst im Z eitalter des índustrialism us,
ed. H. PfdfFer y otros, M ünchen (W . Fink), 19 8 7 .

135
sarro llo d e la in d u strializació n y la d em o cratizació n . Sólo la etap a te rm i­
n al d el a rte p o r el arte, y n o la «h eauro n om fa» del arte en la cum b re de ia
Ilu stració n b urg u esa, h a realizad o la leg e n d aria v u elta d el arte sobre s(
m ism o. Y la p ro gram ática sin gu larizació n de las artes en u n arte a u tó n o ­
m o , qu e llevó a cabo el Id ealism o aJem án, no fun dó luego d e n in g u n a
m an era u n a «in stitu c ió n arte» auto suficien re, sin o q u e, com o testim o n ia
a b u n d an te m e n te la praxis estética del siglo XIX, h a d ejad o el p ro b lem a de
la u n id a d d e las artes com o el p ro b lem a no resuelto d e la época. A este
respecto, los trabajos corresp on d ien tes han co n firm ad o u n a tesis de W er-
n er H o ffm an n : p recisam en te el siglo XIX es la época en la q u e, tras la sin ­
g u larizació n d e las h isto rias en u n a h isto ria, de las bellas artes en u n arte
au tó n o m o , esa lograd a au to d eterm in ació n im p ulsó de nuevo u n a radical
sep aració n d e las artes. «L a o b ra au tó n o m a d e arte tien e en el aislam ien to
su reverso necesario ». Y, a su vez, esto trajo com o co n secuen cia la ten d en ­
c ia su b lim in a l h acia u n a «o b ra d e a rte to tal», b q u e se trad ujo prim ero
en nuevos intentos d e in co rp o rar la o bra de arte a contextos expositivos'.
C o n la sin g u la riz a ció n d el arte a u tó n o m o , q u e en la h isto ria d e la
e stética c u lm in ó en las gran d es sín tesis de la filo so fía de la h isto ria y la
teo ría d e la so cied ad d e H eg e l, S a in t-S im o n y M a rx 2, y, en relación con
la p raxis e stética, aparece p ro b le m á tic a la tan reiterad a p érd id a de (tin ­
ció n d e l a rte y, con ella, la d isc rim in a c ió n d o m in a n te d el esteticism o
(an te todo d el «m u seo im a g in a rio » en tan to q u e «ab stracció n d e la con­
c ie n cia estética» según G ad am er). Y éste, m e parece, es el seg u n d o resul­
tado d el C o lo q u io . El d eb ate h a d ad o com o resu ltad o q u e ia afirm ació n
de la p érd id a d e efecto so cial y d e fun cio n es p rácticas o d id ácticas, qu e
en p rim e r lu g a r se h a b ía co m p ro b ad o con el ab an d o n o de n orm as o b li­
g ato rias d e g usto y d e ju ic io estético , o cu ltó q u e, con la d ism in u c ió n de
la p re p o n d eran c ia d e la estética id ea lista , se p ro d u jo de fa c to u n a tran si­
ció n a u n a nueva p o lifu n c io n a lid a d d el arte en el «m u n d o d e la vida»
d el siglo XIX. A penas serta, p o r e jem p lo , necesario d o cu m e n ta r en el ám ­
b ito d e la lite ra tu ra c u ál d eb ía h ab er sid o realm en te la fu n ció n q u e la
novela o el teatro tu v iero n en el siglo XVIII y q u e d ebiero n p erd er en el

1 « G c s a m tk tif is tw e r k W ien», en: D er H ang zum Gesamtkunstwerk-E uropaische Uto-


p íen seif J800, e d . H . S ? .ec m a n n , A a r a u u n d F r a k fu r t 1983 , p . 84 s.
* Sobre esto B. Sreimvachs: E poehcnbcwusstiein u n d K unstetfahrung. Stitdicn zu r ges-
ch ich típ h tlú scp h isch cn Á slhetih a n d e r W ende vom 18, Ja h rh u n d er t in F rank rcteh u n d
D rutschland, M iinchen, 1 9 8 6 . B. Steinwachs ha sacado a ia luz la. erudición francesa que
procede de D iderot y Mercier» se construye con eí programa de una «literatura republica­
na» de M m e. de Stacl y culmina en el «arre social» de la esférica del efecto de los sainr-sí-
monistas. V er: «Anfang und Ende oder Ende und A nfsng der Kvmsc, Hegels Díkcum ím
Vcrhaltnis zur franzosischcn Tradition der Winkungnasrhetik» en: U terarische K om m uni-
kation urtd Rez¿ption, ed. Z . K onstantinovrc y o t r o s , Innsbruck, 1 9 8 0 , pp . 4 0 5 - 4 1 2 .

136
sig lo XIX. N o se p erdió la fu n ció n social en g en e ral; m ás b ien c am b ió su
lu g a r en la v id a y su ran go en el siste m a d e c o m u n ic ac ió n d e los géneros
lite rario s. En F ran cia, p o r e jem p lo , ia n o vela asu m ió desde S ten d h al la
fu n ció n de la tra g ed ia clásica, c u m p lió el teatro , con u n a d iv ersid ad de
n uevos m ed io s, las n ecesid ad es de e n tre ten im ie n to y evasión , pero ta m ­
b ié n de exp resión , le g itim a c ió n y p a ro d ia , y c o n sig u ió la líric a , q u e en
V íc to r H u g o m an ten ía su carác te r p ú b lico co m o catecism o p ara laico s,
el p riv ile g io , a p a rtir d e B au d elaire, de u n a m o d e rn id ad e litista.
T rad u cid o a la term in o lo g ía de la Teoría d e la acción com un ica tiva
(1 9 8 1 ) de H aberm as: en el proceso de d iferen ciació n de las esferas d e va­
lor, recae en el arte auto n o m izad o y en su nueva p o lifu n cio n alíd ad - s i se
tien e en cu e n ta adem ás el cam in o especial d el id ealism o alem án en el p ro ­
ceso co m p lejo de la h isto ria social dei siglo X I X - un papel interm ed io en ­
tre los sistem as de acció n cu ltu rales y sociales. La exp erien cia estética, an te
la p érd id a in eq u ívo ca de la cap acid ad o b ligan te y ejem p lar de ia exp erien ­
c ia m u n d an a d iaria, se convierte en in stan cia d e m ed iació n de lo heteró-
n o m o ; lo im ag in ario se con vierte en horizonte d el m u n d o alien ad o , h o ri­
zonte q u e abarca los ám b ito s escin d id os d e sentido de la praxis v ital, y
asu m e su creciente exírañ eza, en tan to los h ace co m u n icab les1. La p reten ­
sión d e au to d eterm in ació n con la q u e el arte au tó n o m o se d iso cia d e la
racio n alid ad d e los fines, es la qu e lib era verd ad eram en te, y por su propio
d erech o , a 1a exp erien cia estética. C o n su elevación a la au to n o m ía, no só­
lo h a reivin dicado el arte la «ju risd icció n » d e la o p in ió n p ú b lica «donde
term in a el territo rio de las leyes m u n d an as» —com o y a atestiguab a el escri­
to p ro gram ático d e S ch iller L a escena como institución m oral ( 1 7 8 4 )- , sino
q u e tam b ién h a d iscu tid o a la religión el p rivilegio de ju zg ar sobre m oral
y costu m b res4. Pero tam b ién cu an d o el id ealism o crítico se atrofió en fo r­
m a d e c u ltu ra afirm ativa, han asu m id o las artes en su praxis estética la
e x ige n cia de la civilizació n m o d ern a, h an c o n trad ich o las ilusion es del

' J. H sbcrm aí, Theorie des kotnm unikativen Handelns, Ffaitkfurt, 1 9 8 1 , esp. pp. 3 3 6 -
3 4 1 [erad, cast. de M . Jim énez Redondo: Teoría d e la acción coynunicativa , M adrid, Tau-
rus, 1987].
4 «La religión deja de ser para la mayor parte de los hombres, si aniquilamos sus imáge­
nes del cielo y el infierno ...y sin embargo son sólo imágenes de la famas ía, adivinanzas y se­
ducciones de lo lejano. Qué refuerzo se obtiene para la religión y las leyes cuando se alian con
el espectáculo en el que están la intuición y el vivo presente, en e! que desfilan ante los hom ­
bres vicio y virtud, felicidad y miseria, locura y sabiduría, en mil cuadros verídicos, en cí que
la previsión resuelve ta adivinanza desplegando el nudo ante sus ojos, y en el que el corazón
humano confiesa sus menores sentimientos en el suplicio de ia pasión, cayendo las máscaras y
los afeites, mientras que la verdad permanece incorruptible ante ei tribunal de Radamanto»
(Edición del centenario, E. v. d. Hellen, Stuttgart-Berlin, v, ] 1, p, 9 0 s.)- Texto clave, citado
abundantemente en el posterior y polémico proceso de ía herencia de la religión por eí arte.

137
progreso in d efin id o , h an id en tificad o la am en aza qu e la técnica ind ep en ­
d izad a co n stitu ye sobre el h o m b re, y han b uscado, en num erosos in ten ­
tos, ab rir la estética clásica a u n a realidad social m o d ificad a, a fin de h u­
m an izar m ed ian te la belleza el m aterialism o del desarrollo ind u strial.
El d eb ate en torno al proceso h istó rico de la fo rm ació n de u n a esté­
tica m o d ern a tro p ieza, tan to en el p lan o de las sín tesis ab stractas de filo­
so fía de la h isto ria, co m o en el p lan o de la teo ría d e las artes d iferen cia­
d as y en el d e las relacio nes, in su fic ien te m e n te exp licad as, entre arte y
re lig ió n . M ie n tra s q u e la m o d e rn id a d a n tírro m á n tic a —e v id e n te sobre
todo en B au d elaire—c u lm in ó el d escen tram ien ro d e la im ag en m e tafísi­
ca d el m u n d o , m e d ian te Sa d iso lu ció n d e ¡a triad a p la tó n ica d e lo verda­
d ero , lo b ello y lo b uen o , se va d ib u ja n d o , p rim ero en la filosofía de la
h isto ria y lu ego en el arte social la ten d e n c ia d o m in a n te a reclam ar para
e l a rte ia h eren cia d e la re lig ió n y su fu n ció n so cial {incluso la co rrien te
o p u esta d el a rte p o r e l a rte q u e e stig m a tiza com o «h erejía» lo ú til, in s­
tructiv o y m o ral, se le g itim a com o religión e litista del a rte ). ¿H ab rá que
re m itir la fascin ació n d e esa épo ca, su am b ició n d e d iso lver la religió n
en el arte, a u n a n ecesid ad d e lo religio so , n ecesid ad no aca lla d a y no ex-
tirp a b le p o r la razón au tó n o m a e in stru m e n tal? ¿O b ien a un vacío que
d ejó tras de sí la c rític a a !a relig ió n d e la Ilu stració n ? ¿C ó m o discurre la
h u e ü a de esa n ecesid ad h asta N ietzsche, q u ie n con la afirm ació n p a té ti­
c a «D io s h a m u erto », creyó p o n er el p u n to final en la salid a d el siglo?
D esde el p u n to d e vista a le m á n , el C o lo q u io ap o rtó la sorpresa de
q u e u n ac o n te c im ie n to q u e p arece caracterizar, y en c ie rto m o do c u l­
m in ar, el c a m in o sin g u la r d el Id ealism o a le m á n , la p ro gn o sis tan tas v e­
ces c ita d a d e «el fin al d el p erío d o d el a rte » p o r p a rte d e H egel y H e in e ,
no se p u e d e m a n ten e r com o u n fen ó m en o esp ecíficam en te a lem á n . La
co n c ie n c ia d e q u e p ara el a rte , y en ei a rte , algo estaba lleg an d o a su
fin , e ra algo a c tu a l en m u ch o s an álisis im p o rta n te s realizad o s en los fi­
nales d el ro m a n tic ism o , desd e los sa ín t-sim o n ia n o s q u ie n es, en c o n tra ­
p o sició n a H eg el, veían el m ás alto sig n ific a d o d e! a rte no en el pasado
sin o en la so cied ad fu tu ra, h asta P ro u d h o n q u ie n p ro clam ó un arte so­
c ia l desp oseíd o d e lo estético y lo h istó rico p ara reo rg an izar el a rte to­
talm en te d e ca d e n te de su tie m p o , y h asta las vision es de la d ecad en cia
q u e W a lte r B e n ja m in exp uso en su p ro to h is to ria d el sig lo X IX : «las
fan tasías acerca de la d e ca d e n cia d e P arís son u n sín to m a d e q u e la téc­
nica no h a sid o recib id a. D e ello h ab la la so rd a c o n c ie n c ia de q u e con
las g ran d es c iu d a d es creciero n los m ed io s d e a rra sa rla s»5.

5 W . Bcnjamm, Das Passngcn-W erk, en G S: ed. R. Tiedemarm -H . Schweppenhausor


Frankftirr, 198 2, v. V.I ( C 7 a, 4).

138
U n a h isto ria sin to m á tic a d e las p ro gn o sis y visio n es acerca d e l fin
d el m u n d o b u rg u és y c a p ita lista es algo q u e está p o r escrib ir, p ero ta m ­
b ié n lo está su te m a p arejo : el d e sc u b rim ie n to d e lo q u e de su b lim e h ay
en la fu n ció n in d u stria l y la creació n d e los c o n tra m u n d o s d e lo im ag L
n a n o , p u esto q u e tam b ié n los m ied o s a n te 3a p rim e ra a p a rició n d e la
téc n ic a h an e n co n trad o su p o sitiv iz ació n estética. C o m o o cu rre a la h o ­
ra d e in te rp re ta r los c am b io s d e ép o ca, el d eb ate q u e se en tab ló en to r­
n o a la cesu ra de 1 8 4 8 , p lan tead o a p a rtir d e {a h ip ó tesis d e trab ajo d e!
c am b io d el h isto ric ism o ro m án tic o p o r ei esteticism o m o d ern o , tro p e ­
zó co n el co m p lejo fen ó m en o de la sim u lta n e id a d de ío d iferen te. Sólo
p o d rían o b tenerse resu ltad o s acerca d e tal c u e stió n m e d ía n te u n a n á li­
sis tran sv ersal d el d ecen io p o ste rio r a la rev o lu ció n d e ju lio . H a b ría q u e
re saltar q u e h a so n ad o la h ora d e las g ra n d es fdosofías «h o lísticas» d e la
h isto ria (en esp ec ial la teo ría d e los tres estad io s). D espués d e q u e e l ar­
te p erd ió su v alo r u n iv ersal y p a ra d ig m á tic o en 1a h isto ria d e la e m a n c i­
p ac ió n d e la h u m a n id a d , ap arecen , en ta n to q u e etap as p ro gresivas de
su d e sap aric ió n , las teo rías estéticas p a rtic u la re s d el a rte social y d el arte
p o r e l arte, q u e c o m p ite n e n tre sí y ta m b ié n con el a rte in d u stria l q u e
triu n fa en to rn o a los añ o s d e las p rim eras exp o sicio n es u n iversales. El
a rte social red u ce la u to p ía de u n a re lig ió n so cial cread a p o r el a rte , al
c o m p ro m iso re alista d e m o strar la m ise ria d e la situ a c ió n so cial (p.e.
G eo rge S a n d ), con la esp eranza ilu so ria de d e sc u b rir la re c o n c iliac ió n
d e las clases. El arte p o r el a rte red uce la h ea u to n o m ía d e la lite ra tu ra
b u rg u e sa c lásica y su c o n ten id o de c rític a so cial a u n a relig ió n d el arte
a le ja d a de lo so cial {en la q u e no h a y q u e in c lu ir a B a u d ela ire , com o
d e m u e stra su a rtíc u lo so b re D u p o n t). A m b as escuelas ign o ran q u e la
in d u stria se h a co n v e rtid o en tre tan to en la a u té n tic a rival d e las artes
m o d ern as.
S in e m b arg o , p o r la m ism a ép o ca, co m ien za el arte in d u stria l {que
L ab o rd e b u sca h arm o n iz a r con las ex ig e n cias del a rte social ) a in te n ta r
co m p e n sa r el retraso d e lo estético frente a la p ro d u cció n in d u stria l. Si
se ac e p ta lite ra lm e n te la p ro fu n d a o b servació n d e W a lte r B e n ja m ín , se­
g ú n la c u a l el d esarro llo d e la técn ica h asta co m ien zo s d el sig lo X IX es
m u ch o m ás len to q u e el d el a rte , pero q u e desp ués el proceso técn ico ,
rá p id a m e n te a c ele ra d o , im p o n e su tem po a l arte ( 0 1 ,1 ), en to n ces se
p u e d e c o n te m p lar este c am b io h istó rico com o u n a co m p e tic ió n d e las
artes in d e p en d iz ad as en co n d icio n e s d e p a rtid a d iferen tes y con d istin ­
tas o p o rtu n id a d es d e éxito . La a rq u ite c tu ra , qu e se sep ara d el sistem a
clásico d e las artes p lásticas (¡co m p áren se los p ro gram as d e la an tig u a
É cole des B e a u x A rts y de la n ueva Ecole P o fytecbniquá) tom a la p osición
d ire c to ra , m ie n tra s qu e la p o esía pasa a ú ltim o térm in o {destacados es­
c rito re s la m e n ta ro n su a u se n c ia en las e x p o sic io n es u n iv ersa les). N o

139
sólo a c o m p a ñ a la a rq u ite c tu ra d esd e el p rin c ip io al triu n fo d e la p ro ­
d u c c ió n in d u stria l, sin o q u e ta m b ié n abre esp acio s im a g in a rio s d e ex­
p erie n cia estética co n las m o d ern as c o n stru ccio n es d e h ierro y cristal (la
su stitu c ió n p ro gresiv a d e la a n tig u a ico n o lo g ía m ito ló g ic a p o r un a n u e­
va ico n o lo g ía in d u stria l es u n tem a q u e d eb e ser in v e stig ad o ). S in e m ­
b argo, la p o esía reco b ra el retraso frente a los avan ces de la a rq u ite c tu ra
c u an d o no se co n fo rm a co n m o strar el lado p o ético del progreso d e la
c iv iliz a ció n téc n ic a (p .e. co n el d e sc u b rim ien to de u n a «p o esía d e !a in ­
d u stria » m o d e rn a ), sin o cu an d o in te n ra ap ro p iarse d el «p rin cip io de la
in d u stria » m ism o co m o fu n d a m e n to d e su a c tiv id a d e stética.
El p rin c ip io d e la in d u stria c o n tie n e , según H eg e l, «lo co n trario de
lo qu e se o b tien e de la n a tu ra le z a ... En la in d u stria el h o m b re m ism o se
co n v ierte en fin , y se tra ta a la n atu ralez a com o a lg o so m e tid o , en lo
q u e im p rim e el sello d e su a c tiv id a d »6. En c o n secu en cia, alcan za la p oe­
sía en la d é cad a p o sterio r a 1 8 4 8 su m o d e rn id a d e stética cu an d o y a no
ve en la n a tu ra lez a la in sta n c ia d e lo v erd ad ero , b ello y b u en o , sin o co­
m o m a te ria en la q u e im p r im ir e l sello de !a a c tiv id a d e stética p ara
co m p e n sar la p é rd id a d e se n tid o d e un m u n d o d esen can tad o . La exi­
g e n c ia d e la p ro d u c ció n in d u stria l no rad ica en q u e reviste sus p ro d u c ­
tos con el au ra d e lo b ello p ara elev arlo s así a! ran go d e «arre in d u s­
t r ia l» , sin o q u e p re te n d e se r e l a rte m ás a v a n z a d o en v ir t u d d e su
d e te rm in a c ió n co m o poiesis (construiré est connaitre, d ecía V alé ry ). Así
se e x p lic a la re n u n cia d e B a u d ela ire a la n atu ra lez a , q u e se basa en ú lt i­
m o térm in o en el «p rin c ip io d e co m p o sició n » d e E. A . Poe, y tam b ién
el p ro gram a d e F lau b ert d e un arte d el fu tu ro qu e d e b e ría ab an d o n ar
to d a o rto d o x ia (p ro g ra m a a n tic ip a d o en la E d u ca ció n se n tim e n ta l en
tan to q u e «n o vela sin tem a», «lib ro so b re n ad a ... q u e se m a n te n d ría por
sí m ism o p o r la fu erza in te rn a de su e stilo »), p ara lle g ar a ser lib re «co ­
m o la v o lu n ta d q u e lo producen, p a rtic ip a n d o así en «esa lib e rac ió n de
la m a te ria lid a d qu e se e n c u e n tra en todo y q u e ... tod o s los go b iern o s
h a n s e g u id o , d e s d e lo s d e s p o t is m o s o r ie n t a le s a lo s s o c ia lis m o s
fu tu ro s»7. A esto h ay q u e a ñ a d ir e l giro d ia g n o stic a d o por B au d elaire en
su in fo rm e so b re la E xposición u n ive rsa l de 1 8 5 5 , y en E l p in to r d e la v i­
d a m o d e rn a ( 1 8 5 9 ), d esd e el h isto ric ism o al e steticism o , c u y a v a lo ra ­
ció n n eg ativ a, d eb ería ser h o y revisad a. A la lib e ra c ió n d el m a te ria lis­
m o , e n t a n to q u e t a r e a d e l a r te d e l f u t u r o , c o r r e s p o n d e la lib r e
d isp o sició n so b re los tesoros d el p asad o , q u e ab rió a la e x p erie n cia esté­
tica tan to «el m useo im a g in a rio » com o el in so sp ech ad o p lu ra lism o de

6 P htlosophie d e r G etchichirt od. Glockncr, v. II, p. 2 56 .


7 Carra a Louíse Colcr, del 16 etiero 18 5 2 .

140
Jos p r o d u c to s d e n a cio n es a n tes extra ñ a s y ah o ra reu n id o s en Ja E xp o si­
c ió n u n iv ersal. Esta n ueva e stética rechaza por in ju sto el reproche de
ser u n a sim p le ab stracció n d e la c o n c ie n c ia estética*, p uesto qu e se o p o ­
n e a la in tu ic ió n d el p asado en ta n to q u e falsa co n c ie n c ia d el h is to ria s -
m o , q u e, sin e m b arg o , h ered a. P uede d isp o n e r lib re m e n te d e lo esp a­
c ia l y te m p o ralm e n te lejan o y ajen o , p o rq u e an tes el trab a jo h istó rico
h a lle n a d o los tesoros d el recuerd o , y p o rq u e la co m p ren sió n h istó rica
h a d isp u esto el arte de todas las épocas en el c o n tin u o d ia cró n ico d e la
h isto ria u n iv ersal, d e m an era q u e ah o ra la co m p ren sió n e stética, así fo r­
m a d a , p u ed e escoger en la sin c ro n ía d e los p ro d u cto s exp uestos, es d e ­
cir, d e los p ro d u cto s d e toda la h u m a n id a d d isp u esto s p ú b licam en te.
¿N o c o m en zará y a en el m u seo im a g in a rio , q u e p arece c u lm in a r la p é r­
d id a d el a u ra en la ép o ca d e la rep ro d u cció n técn ica, la h u e lla d e u n a
n u ev a e x p erie n cia e stética, p or no d e c ir d e u n a restau ració n d el a u ra en
el arte? ¿En q u é se n tid o se p u e d e h a b la r d e au ra d el a rte m o d ern o d es­
p ués d e h ab er a b an d o n ad o la c o n fig u ra ció n a u rá tic a d e la o b ra a u tó n o ­
m a d e arte?
A l fin al d el d eb ate q u ed a ab ie rta u n a cu estió n . L a e stética a n tin a ­
tu ra lista de la m o d e rn id a d p o stro m á n tica no p o d ía e v id e n te m e n te e x ­
tin g u ir el in terés p o r c ap tar el h o m b re co m o un ser q u e se d istin g u e del
a n im a l p or su p o d e r de crear n uevas n ecesid ad es, no sólo físicas, en la
fo rm u lac ió n del joven M arx, pero q u e, sin em b arg o no p u e d e e n c o n ­
trar ia felicid ad sin ia satisfacció n d e sus n ecesid ad es p rim a ria s. El lla ­
m ad o n a tu ra lism o d e Z o ía, p o r e je m p lo , cu ya novela regresa d esd e el
an álisis h istó rico a la a n tro p o lo g ía d e u n a m e tafísic a n a tu ra lista , m u e s­
tra este co n flicto m o d ern o en tre e stética y a n tro p o lo g ía, esta v u e lta de
la p rim e ra n atu ra lez a d el h o m b re a la se g u n d a , com o algo no resu elto,
y ello c o n stitu ye u n a d e las m ás in teresan tes p ersp ectivas q u e el C o lo ­
q u io h a ab ierto .

* H. G . Gadam er: W ahrbeii u n d M ethode , Tübingen, 1 9 6 0 , p- 81 [trad. cast, de A.


gud Aparicio y R. de Agnpíto: Verdad y m étodo TSalamanca, Sígueme, I 984}.

141
6

El recurso de B audelaire a la alegoría*

L a aleg oría, ese género tan e sp iritu a l,


q u e los pintores inhábiles nos han acostum ­
brado a despreciar, pero que es en realidad
una de tas form as prim itivas y más naturales
de poesía, recobra su d o m in io le g ítim o en la
inteligencia ilu m in a d a p o r la ebriedad1.

Las p ágin as q u e sig u en son u n a co n trib u ció n a un tem a d e la in v es­


tig a c ió n actu al to d av ía no ag o tad o . Si b ien sabem os m u ch o sobre ia a le ­
g o ría an tes y después del u m b ral q u e sep ara la era a n tig u a y la c ristian a,
y sobre sus fu n cio n es m u n d an as, religiosas y p oéticas, sab em o s m u y p o ­
co so b re su h isto ria p osterio r en la lite ra tu ra m ás n u ev a, d o n d e, com o
es sab id o , es c o n tem p lad a en la m ala p ersp ectiva d e la d e cad e n cia. C ie r­
to q u e la re h ab ilitació n de la aleg o ría, e m p re n d id a p o r C . S. L ew is, W .
B e n jam in y H . G ad am er, no p u ed e ser m en o scab ad a p or su desuso, Tác­
tic a m e n te crecien te, desd e el R e n ac im ien to y la R efo rm a. S in em b arg o ,
p re c isa m e n te ese p roceso co b ra n uev o ín teres si se le in v e stig a com o
u n a p e c u lia r h isto ria in te rru m p id a d e la recep ció n q u e no se aco m o d a a
la fo rm a su stan c ializad a d e un proceso co n tin u a d o . C u a n d o u n o d e los
p ad res fu n d ad o res de la líric a m o d e rn a, C h arles B au d elaire , recurrió a la
aleg o ría de m o d o in esp erad o , h u y en d o d el su b jetiv ism o y e! sim b o lis­
m o ro m án tico s, la aleg o ría p rác tic am e n te h a b ía d esap arecid o de la p oe­
sía y h ab ía caído en el d escréd ito en ¡as artes p lásticas, sien d o sólo usa­
d a , co m o in d ic a el lem a d e este c a p ítu lo , p or p in to res acad ém ico s y
m ed io cres. Lo q u e el a u to r de las Flores d e l m a l {1857) red escub rió en

* Publicada primero en: Formen und Funktionen d er Allegarte Symposium Wolfen-


bütteí 197S. ed. W . Haug, Stiíttgarr, 1980, pp. 686-700.
1 Les paradis artificiéis (1860), en: Ocuvres completes, é¿- de la Píéiade, París, 1951 >
p. 458.

143
este «gén ero tan e sp iritu a l», y puso en c ircu la c ió n a su m an era, no es
algo q u e extrajo d el e stu d io d e la p oesía m ed iev al, sin o p re su m ib le m e n ­
te d e su fa m ilia rid a d co n ¡os c rítico s d e arte d e obras aleg ó ricas fig u ra ti­
vas. D e tod o s m o d o s este recurso d e B au d elaire a la aleg o ría, tan d es­
p re ciad a por los ro m án tico s, y q u e é l ala b a b a p ro v o cad o ram en te com o
«u n a d e las form as m ás o rig in a le s y n atu rales d e la p oesía», p ued e c o m ­
p ren d erse rig u ro sam en te com o u n c am b io en la h isto ria de 1a e x p ed e n -
cia e stética si se co n trap o n e el uso m o d ern o d el c o m p o rta m ie n to alegó ­
rico a sus form as cu m b res en la lite ra tu ra m e d iev a l2.
D esde este p u n to d e v ista en lazan las sig u ie n te s c o n sid e ra c io n e s
con los resu ltad o s d e m is an te rio re s in v estigacio n es sobre la a leg o ría en
la E d ad M e d ia , q u e he exp uesto e n otro lu g a r: «la p o esía a leg ó rica co ­
m o p o esía d e lo in v isib le »3. A ellas m e re m ito , reco rd an d o m i tesis: qu e
la h isto ria d e la fun ció n d e la a leg o ría a n tig u a y la h isto ria de su recep ­
c ió n m o d e rn a d eb en reescrib irse, si se las c o m p ren d e co m o el lad o p o é­
tico d e u n a «h isto ria e sp iritu a l d e lo in v isib le » (H an s B lu m e n b e rg ), q u e
tam p o co se h a escrito . S i se c o n te m p la la p ro gresiv a sim b o liz a c ió n de
las tres esferas trasc e n d e n te s d e lo in v isib le (rein o d e D io s, in stan cias
religio sas in te rm u n d a n a s, m u n d o in te rio r d el a lm a ) co m o el territo rio
p ro p io d e la p o esía c ristia n a frente al a n tig u o can o n d e lo rep resen tab le
y lo d ig n o d e rep resen tació n , en to n ces se revela esta se g u n d a é p o c a, el
giro d el ro m a n tic ism o a la e stética d e la s u b je tiv id a d y la co rresp o n ­
d ie n te fu n d a m e n ta c ió n de u n a p o é tic a de la m o d e rn id a d p o r B a u d ela i-
re, co m o u n n u ev o h o riz o n te d e p re g u n tas.
T e n e m o s, p o r u n la d o , e l n o ta b le retraso c o n el q u e H a m a n n ,
S c h e llin g , C h a te a u b ria n d , Je a n P aul y H eg el h an d esarro llad o u n a esté­
tica e x p líc ita m e n te c ristia n a y u n a «p o ética d el c ristia n ism o », p re cisa­
m e n te en el tiem p o en ei q u e la re lig ió n c ristia n a p erd ía su d o m in io se­
c u la r p o r la c r ític a d e la I lu s tra c ió n . El ro m a n tic is m o a le m á n , q u e
red u jo , co n Je a n P aul, su d e sc u b rim ien to d e la su b je tiv id a d a la n eg a­
ció n d ei a n tig u o m u n d o de ios se n tid o s p o r el c ristia n ism o , rechazó,
p o r su p arte, la fo rm a p o é tic a aleg ó rica (esp e c ia lm e n te la p erso n ific a­
c ió n ), q u e h a b ía sid o el m e d io fu n d a m e n ta ! d e a rtic u la c ió n de ia in te ­
rio rid a d c ristia n a . ¿H a b ría en to n ces q u e e n te n d e r ei p ro gresivo d e sc u ­

2 La función del procedim iento alegórico en la obra de Baudelaire lia sido m uy poco
valorada en ¡a investigación sobre Baudelaire, por otra parte tan abundante, según mi in ­
form ación. C on sid ero insuperable la interpretación de G erh ard Hess en el cap. IV,
«Landschaftén des Ennuí», de su libro D ie Landsckaft in BmtdtLiirei Fleurs d u M aL Hei-
delberg, 1 9 5 3 , pp. 6 1 - 8 6 , Debo a W oífgang Preiscndanz y al Sem inario sobre E. T. A.
Hofifmann y B auddaire en el verano de 1 9 7 8 muchos estímulos.
3 A ltrritat u n d M o d em ita t d er m itttla k erlich m Lilrralur, M iinchcn, 1 9 7 7 , pp. 2 8 -3 4 .

144
b rim ie n to d el m u n d o in terio r, q u e tie n e lu g a r paso a p aso en la aleg o ­
ría m e d iev al, desde la fo rm ació n d e im ág en es n uevas h asta la c o n fig u ­
ració n de p aisajes an ím ic o s c o m p leto s, d e u n m o d o extrañ o p ara noso­
t r o s , c o m o e l e j e r c i c i o d e u n a p o e s ía d e lo i n v i s i b l e , c a p a z ,
p a ra d ó jic a m e n te , de exp o n er la in te rio rid a d , pero no to d av ía ia su b je ti­
v id ad ? ¿Y h ab ría ren o vad o B a u d ela ire de m o d o p ro p io la fo rm a p o ética
c ristia n a p o r e x celen cia, q u e h ab ía su cu m b id o en la e stética d e la v iv en ­
c ia in m e d ia ta y d e ¡a c o rresp o n d en cia d e lo in te rio r y Ío exterio r, a fin
d e p la n te a r d e nuevo la m e d ia ció n p erfecta d el y o y el m u n d o , y fu n d ar
a sí u n a p o esía m o d ern a cap az d e h acer fren te a los p oderes extrañ o s de
lo in v isib le en la escena d e la civ iliz a ció n c iu d a d a n a y d e la au to co n -
c ie n cia? ¿Q ué sig n ific a en to n ces q u e no h a ya sid o la e stética ro m án tica
c ristia n a (o le g itim a d a com o c ristia n a ) sin o la p o esía b a u d e la ire a n a a n -
tirro m á n tic a la q u e in c lu y ó a la n a tu ra lez a en tera en la c a íd a d e la p ri­
m e ra p are ja h u m a n a , asu m ien d o así con secu lar retraso el p o stu lad o de
la a n tig u a tra d ic ió n c ristian a (P ru d e n cio )?4.
El texto c ita d o in ic ia lm e n te , en el q u e se re h a b ilita la a leg o ría, no
sólo co m o «gén ero e sp iritu al)', sin o com o p o rtad o r d e la «aisth esis» de
u n a líric a m o d e rn a, q u e o b tien e su fuerza p ro v o cad o ra d e la d e su b jeti-
v izac ió n d e la in te rio rid a d ro m á n tic a , se e n c u e n tra en el co n tex to de
los escrito s d e B au d elaire sobre los «p araíso s a rtific ia les», es d ecir, sobre
las e x p erien cias con el h ach ís. Sóio o casio n alm en te se h a m an ifestad o
B a u d e la ire acerca d el uso p o ético d e ¡a a leg o ría 5. Pero n i la rareza n i el
c o n tex to de tal m a n ife sta c ió n , d is m in u y e n su im p o r ta n c ia p ara u n a
h is to ria d e la fu n ció n de la aleg o ría en la m o d e rn id a d . P ues los paraísos
a rtificiales d e B au d elaire testim o n ia n , paso a paso , q u e en su d e sc rip ­
ció n d e los m o do s y fases d e las e x p erien cias de em b ria g u ez , se trata, en
ú ltim o térm in o , d e la f u n d a m e n ta d ó n de las p o sib ilid a d es extrem as de
ün estado «p o ético "6. Esa «e b ried a d u ltra p o é tic a » (p. 4 4 3 ) q u e los m o r­
tales co m u n es alcan zan ráp id a m e n te con el a rtific io d el h ach ís, la c o n ­
sig u en el p o eta y el filósofo m e d ian te el «sueñ o v o lu n ta rio », es decir,
m e d ia n te el «trab a jo » p erm a n en te d e la c o n tem p la ció n (p .4 6 9 ). L a ju s ­
tifica c ió n d e la a leg o ría p o r B a u d ela ire está pues en co n exió n sig n ific a ­
tiv a con su co n cep ció n de u n a teo ría so b ren atu ral de la p o esía m o d e r­
n a. R ecu rre a la aleg o ría, y a d e g ra d a d a en su tie m p o , esp ec ia lm en te en

* Ver sobre esto: «Gibe es cine christíiche Asthetik?», en: Poetik und Hermeneutik ///
(cap. IV> nota 11, p. 583 s, y nota 1 la).
$ En Lt p o h n c d u haschisch ( !8 5 8 ) , en O evvres (nota 1), p. 4 5 7 ver también Hess
(nota 2), p, 6 9 s*
6 Por ejemplo, O cuvres (nota í) , p, 24 1: "esta im p e rs o n a lid a d , este objetivismo... qu e
no es sino el desarrollo excesivo del espíritu poético».

145
la p in ru ra , com o «la fo rm a d e p oesía m ás o rig in a l y n a tu ra l», p ara co n ­
v e rtirla en v eh ícu lo de la d e sp erso n alizació n d e la exp resió n p o ética. El
p u n to en el q u e c o in cid en el éxtasis d el h ach ís y la e x p erie n cia d el «en ­
su eñ o » p o ético , es el esfuerzo d e d e ja r tras d e sí la in d iv id u a lid a d p ro ­
p ia 7, p ara c o n se g u ir o tro e sta d o , q u e B a u d e la ire e x p lic a c o n c e p tu a l­
m en te com o « m u ltip lic a c ió n d e la in d iv id u a lid a d , o, m e tafó ric am e n te,
co m o creació n d e u n a «te rc era p erso n a", d e un «h o m b re su p e rio r», ere".
S i b ien en tales fó rm u las resu en a a ú n eS v o ca b u la rio de la e stética vi-
v e n c ia l ro m á n tic a y d e la teo ría d e la in sp ira c ió n , sin em b arg o y a desde
el p rin c ip io se d ife re n c ia la co n cep ció n d e la poesía m o d ern a d e B au d e ­
laire en d o s p u n to s: su su jeto líric o y a no m a n ifie sta un m u n d o en ta n ­
to q u e exp resió n d e u n yo ín tegro y ú n ic o , y lo «so b re n atu ral» q u e es su
p ro d u cto está fuera d e c u a lq u ie r sim b o lism o p la to n iz a n te . Este p lan te­
am ie n to an ti r ro m án tico se m a n ifie sta in clu so c u a n d o B au d elaire alaba
a E. I A . H ofFm ann com o e l m o d elo m áx im o d el ro m a n tic ism o aie-
m án .
D escub re en K reisleriana no ta n to la revelación de un o rig in a l p o ­
seíd o p o r la m ú sica, c u a n to la re alizació n d e u n a «m u ltip lic a c ió n d e la
in d iv id u a lid a d » , p rim ero en el «b aró m e tro p sico ló g ico p ro p io » d el vino
in sp irad o r, d esp u és en la v iv a cid a d d el clu b p o é tic o m u sic a l de K reisler,
y fin a lm e n te en la asp ira c ió n g en eral a «sa lir de m i yo , o b je tiv id a d m á­
x im a , fusió n d e m i ser co n la n atu ralez a» (p. 4 0 4 ). P ara B au d elaire , la
e x p erie n cia de H ofFm ann lleva d esd e la su b je tiv id a d ro m á n tic a a un es­
tad o d e «m á x im a o b je tiv id a d ». Lo q u e ello p u e d a sig n ific ar, lo m u estra
el m ism o en sayo en u n lu g a r p osterio r, en el q u e "o b je tiv id ad » ap arece,
p rim e ro , co m o estad o «p an te ista» en el q u e, «tras la d e sap arició n de la
p e rso n a lid a d », es p o sib le u n a m er.cla co n otros seres o cosas (p .4 1 8 ), y,
d esp u és, «o b je tiv ism o », ju n to co n «im p e rso n a lid a d », c aracteriza el e je r­
c ic io m áx im o q u e p u e d e c o n se g u ir la c o n c ie n c ia p o ética: «esa im p erso ­
n a lid a d , ese o b jetiv ism o d el q u e he h ab lad o y qu e no es m ás q u e el d e­
sarro llo excesivo d e l e sp íritu p o é tic o » (p . 4 2 1 ). El m o v im ien to de la
íththesis líric a corre, p ues, an álo g o al proceso de la e m b ria g u e z d el Ha­
ch ís, pero no reco n d u ce a un estad o n atu ral d ad o p re v iam en te n i a un a
n atu ra lez a ro m á n tic a g lo b al; su b lim a m ás b ien la «n a tu ra le z a an tig u a »
en u n a «n a tu ra le z a n ueva» (p. 4 1 8 ). El «so b ren atu ralism o » d e B a u d e la i­
re no es un p u e n te e n tre la a p a rie n c ia sen sib le y la v e rd ad so b ren atu ral,
sin o un m o d o d e la p ercep ció n e stética realzad a a rtific ia lm e n te {«no es,
d esp u és d e to d o y pese a la e n e rg ía a c cid e n ta l d e sus sen sacio n es, m ás

7 Ibid., p- 4 0 4 .
* V er Ibid. p. 4 0 1 (subtítulo), p. 4 0 4 (en la descripción de E, T. A- HofFmann),
p. 412 .

146
q u e el m ism o h o m b re a u m e n ta d o », p. 4 3 7 ), y el a rte , en tan to qu e p ro ­
d u c to su yo , no es la re c o n c iliac ió n con u n a n a tu ra iez a c o n v e rtid a en
e x trañ a, sin o la co rrecció n d e la n atu ralez a c a íd a con A d án y Eva («c o ­
m o u n en sayo p erm an en te y sucesivo de refo rm a de la n a tu ra le z a »)11.
C o n e llo se trazan las p rem isas de la situ a c ió n a c tu a l, co n las q u e p u ed e
en te n d e rse ad e c u a d am e n te el recurso d e B au d elaire a la form a p oética
aleg ó rica.

«Veam os ahora lo que llegará a ser esa in d iv id u a lid a d llevada al ex­


trem o p o r d hachís. Sigam os esa procesión de la im aginació n hum ana
hasta su ú ltim o y más esp lénd id o descanso, hasta la creencia del in d iv i­
d u o en su p ro p ia d iv in id a d .
Si eres una de esas almas, tu am or inn ato de la fo rm a y del color
encontrará enseguida u n inm enso pasto en los prim eros desarrollos de
tu em briaguez. L o s colores ad q u irirán una energía desacostum brada y
entrarán en el cerebro con una intensidad victoriosa. Delicadas, m ed io ­
cres, o in clu so malas, las pinturas de los techos se revestirán de una vida
pavorosa; los papeles pintados más groseros que tapizan las paredes de
las posadas se ahuecarán c o m o espléndidos panoram as. Las ninfas de
carnes deslum brantes te m iran c o n ojos grandes más p ro fu n d os y lim ­
pios que el cie lo y el agua; los personajes de la antigüedad, revestidos de
sus hábitos sacerdotales o militares, in tercam b ian con una sim p le m ira­
da solem nes confidencias. L a sinuosidad de las líneas es u n lenguaje de­
fin itivam en te claro en e! que lees la agitación y el deseo de las almas. Sin
em bargo se desarrolla ese estado m isterioso y pasajero del espíritu, en el
que la p ro fu n d id a d de la vida, erizada de sus m ú ltip le s problem as, se re­
veía entera en el espectáculo, p o r natural y trivial que sea, que se desa­
rro lla ante los ojos, cua nd o el p rim e r objeto que aparece se convierte en
s ím b o lo parlante. F o u rie r y Sw edenborg, u n o c o n sus a n a lo g ía s, otro
c o n sus co r r e s p o n d e n cia s , se han encarnado en la flora y la fauna que cae
bajo tu m irada, y, en lugar de enseñar p o r la voz, te ad o ctrin an p o r la
form a y el color. L a in teligencia de la alegoría adquiere en ti p ro p o rcio ­
nes d esconocidas; notarem os de paso que la alegoría, ese género tan esp i­
ritu a l, que los pintores inhábiles nos han acostum brado a despreciar, pe­
ro que es en realidad una de las form as prim itivas y más naturales de la
poesía, recobra su d o m in io le g ítim o en la in telig encia ilu m in a d a p o r ia
ebriedad. E l hachís se extiende entonces sobre toda la vid a com o un bar­
n iz mágico; la colorea solem nem ente e ilu m in a en toda su p ro fu n d id a d .
Paisajes dentados, horizontes fugitivos, perspectivas de ciudades b la n ­
queadas p o r la livid ez cadavérica de la torm enta, o ilum inad as p o r ios
ardores concentrados de los soles ponientes -p ro fu n d id a d del espacio,
alegoría de la p ro fu n d id a d del tie m p o -, la danza, el gesto o la declama-

3 Citado de Le p e'sn tre d e l¿¡ v ie m od em e (1 8 5 9 ), O m vres (nota 1). p. 904.

147
c ió n de ios actores, si te has la n ia d o a un teatro —la p rim era frase leída si
tus ojos caen sobre un lib ro —, to d o en fin , la universalidad de los seres se
endereza frente a ti c o n una g lo ría nueva, insospechada hasta enronces.
L a gram ática, las m ism a árida gram ática, se convierte en una especie de
brujería evocadora; las palabras resucitan revestidas de carne y hueso, el
sustantivo en su majestad sustancial, el adjetivo, vestido transparente
que lo reviste y colorea cóm o u n a veladura, y el verbo, ángel del m o v i­
m ie n to que p one en m archa la frase. L a música, otra lengua querida de
los perezosos o de los espíritus p ro fu n d os que buscan el descanso en la
variedad del trabajo, te habla de ti m ism o y te cuenta el poem a de tu
vida; se in co rp o ra a ti, y tú te fundes c o n ella. E lla habla tu pasión, no
de m anera vaga e in d e fin id a , c o m o en cus veladas indolentes, un tifa de
ópera, sin o de un m o d o circun stan ciad o, positivo, m arcando cada m o v i­
m ien to del ritm o u n m o v im ie n to c o n o c id o p o r tu alm a, transform án­
dose cada nota en palabra, y en tran d o el poem a entero en tu cerebro
com o un d icc io n a rio d otad o de vida« (pp. 457-459).

A e ste te x to d e l Poema del hachís ( 1 8 5 8 ) antecede u n a e x p lic a c ió n


de las c o n d ic io n e s e n las q u e « e l h o m b re s e n s ib le m o d e rn o » p u e d e lle g a r
fá c ilm e n te al e sta d o e levado de la p e rc e p c ió n este'tica: u n te m p e ra m e n to
m ita d n e rv io s o m ita d m e la n c ó lic o (e je rc ita d o e n ia p e rc e p c ió n de f o r ­
m as y c o lo re s ), u n a n o s ta lg ia —ya p r o u s t ia n a - d e l tie m p o pa sa d o o p e r­
d id o , u n in te ré s p o r c u e s tio n e s m e ta fís ic a s y, n o e n ú l t i m o t é r m in o , u n a
in c lin a c ió n , c a ra c te rístic a d e l d a n d i, p o r la « v ir t u d a b stra c ta » de lo s es­
to ic o s o m ís tic o s . E n to d o caso n o se tra ta de q u e p a ra B a u d e la ire el ha­
c h ís a b ra n a d a s o b re n a tu r a l, s in o q u e , en el fo n d o , d e ja e x p e rim e n ta r
c o n la m á x im a in te n s id a d alg o q u e ya e stá e n la s e n s ib ilid a d d e l q u e s u e ­
ña . E l q u e carece de fo r m a c ió n e sté tic a n o c o n se g u irá v iv e n c ia s e sté tic a s,
s in o q u e r e p r o d u c ir á s u s m is m o s d e se o s in c o n s c ie n te s , c o m o c u e n ta
B a u d e la ire de u n h o n o ra b le fu n c io n a r io q u e , e n la e m b ria g u e z d e l ha­
c h ís, se p u s o a b a ila r u n in d e c e n te cancán {p . 4 2 1 ) . P e ro q u ie n e sté d o ­
ta d o de la s e n s ib ilid a d d e l h o m b re m o d e rn o , p o d rá p a r tic ip a r en u n a es­
p e c ie de « p r o c e s ió n de la im a g in a c ió n h u m a n a » q u e c o n d u c e a u n a
c u m b re m á x im a y a u n p u n t o de re p o so ; «h a s ta la c re e n c ia d e l i n d i v i ­
d u o e n s u p r o p ia d iv in id a d » . L a a lu s ió n al Génesis 3 , 5 ( eritis sicut dii,
sdentes bonum et malum) es in e q u ív o c a . D e este m o d o , a u n q u e n o s ó lo ,
la m o d e rn a « p a ra is o lo g fa » de B a u d e ía ire se p u e d e le e r d ire c ta m e n te
c o m o u n a n u e v a alego re s is d e l paradina vohtptatis b íb lic o .
P a ra B a u d e la ire , la s e x p e rie n c ia s c o n las d ro g a s se ju s t ific a n an te
to d o p o r s u a n a lo g ía c o n la a c tiv id a d p o é tic a , p u e s to q u e e n ú l t i m o t é r ­
m in o n o es o tra la m e ta de lo s g ra n d e s p o e ta s y f iló s o fo s s in o re c o b ra r
el p a ra ís o p e rd id o : c re a r « p a ra n u e s tr o u s o u n ja r d ín de v e rd a d e ra B e ­
lle z a » (p . 4 6 9 ) y c o n s e g u ir u n e sta d o e n ei q u e c o in c id a n «c ausa y efec­

148
to , s u je to y o b je to , m a g n e tiz a d o r y s o n á m b u lo » (p . 4 2 3 ) . L a s u p e ra c ió n
de e sta s o p o s ic io n e s c o n s titu y e el p u n t o c e n tra l de s u in te ré s p o r las e x ­
p e rie n c ia s c o n el h a c h ís ; é sta s p r e lu d ia n a sí la c re a c ió n de u n « n u e v o
A d á n » , a la q u e B a u d e la ire a lu d e al p r in c i p i o c o n u n p e q u e ñ o m it o
e tio ló g ic o , q u e in c lu y e de m o d o ir ó n ic o la e sp e c u la c ió n t r i n i t a r i a : « e x ­
p lic a rá c ó m o y p o r q u é c ie rta s b e b id a s tie n e n la Fa c u lta d de a u m e n ta r
fu e ra de to d a m e d id a la p e rs o n a lid a d d e l s e r p e n s a n te , y de c re a r, p o r
a s í d e c irlo , u n a te rc e ra p e rs o n a , o p e ra c ió n m ís tic a , e n la q u e el h o m b re
n a t u r a l y el v i n o , el d io s a n im a l y el d io s ve ge tal d e se m p e ñ a n el papel
d e l P a d re y d e l H i j o en la T r i n i d a d , e n g e n d ra n u n E s p í r i t u S a n t o q u e
es e l h o m b re s u p e r io r q u e p ro c e d e de lo s d o s ig u a lm e n te » (p. 4 1 2 ) .
E l n u e v o A d á n , s ó lo p u e d e fo r m a rs e a r tific io s a m e n te , es d e c ir, c o n ­
tra la n a tu ra le z a , p u e s to q u e s e g ú n la c o n c e p c ió n de B a u d e la ire —c la ra ­
m e n te in s in u a d a , p e ro n o d e s a rro lla d a e n este lu g a r - n o s ó lo la p rim e ra
p a re ja h u m a n a s in o to d a la n a tu ra le z a está c o rro m p id a p o r el pecado
o r ig in a l. « L a n a tu ra le z a e n te ra p a rtic ip a d e l pecado o r ig in a l» 10. E n ta l
p re m is a de s u e xé ge sis d e l Génesis, 3 se basa e l u l t e r i o r a n t in a t u r a lis m o
de B a u d e la ire , s e g ú n eí c u a l lo n a tu r a l e stá c o r r o m p id o y es m a ío e n s í
m is m o , y s ó lo p u e d e s e r s u p e ra d o p o r lo a r t if ic ia l, c o n lo q u e c o in c id e n
la v i r t u d y la a c tiv id a d a r tís tic a («la v ir t u d . . . e s a r tific ia l, s o b re n a tu r a l» ,
p. 9 0 4 ) . T a n t o s i B a u d e la ire e n c o n tr ó postfestum en Génesis, 3 u n a le g i­
t im a c ió n p a ra s u a n tin a tu r a lis m o , c o m o s i fu e a la in v e rs a , s u s e s c rito s
so b re el v in o y el h a c h ís re m ite n la s e d u c c ió n de la e m b ria g u e z a la n e ­
c e sid a d de lo i n f i n i t o («e i g u s to d e l i n f i n i t o » , p . 4 3 1 ) , n e c e sid a d p r o ­
fu n d a y n o b le , e x p lic a b le a la l u z de la caída o rig in a l.
P o r e llo es de a d m ira r q u ie n n o se s u s tra e a la te n ta c ió n y es capaz
de s e r lib r e p a ra ta le s e x p e rie n c ia s (p . 4 5 4 ) , p u e s to q u e e n las « o rg ía s de
la im a g in a c ió n » h a y u n s e n tid o p r o f u n d o y d e s c o n o c id o , alg o a s í c o m o
u n « e s ta d o de g ra c ia , al q u e el h o m b re es in v ita d o c o m o a la b e lle za , ta l
c o m o d e b e ría y p o d r ía s e r; u n a e specie de e x c ita c ió n a n g é lic a , u n a lla ­
m a d a al o rd e n b a jo fo r m a lis o n je r a » (p . 4 3 0 ) . L o s a n á lis is de B a u d e la ire
s o b re las e x p e rie n c ia s c o n d ro g a s p u e d e n le erse c o m o d e s c rip c io n e s de
« u n a p r o c e s ió n de la im a g in a c ió n h u m a n a » q u e e vo c a n la s im á g e n e s
d e l c a m in o de la s a n tid a d , c u ya c u lm in a c ió n e n el c a p ítu lo « E l h o m -
b f e - D io s » se in te rp r e ta e x p re s a m e n te re c u rr ie n d o a Génesis, 3■ C u a n d o
se h a b la d e l e sta d o de fe lic id a d d e l q u e ha lle g a d o a la te rc e ra fa se , y se
d ic e q u e cree q u e n a d ie c o m p re n d e lo q u e s ie n te { « s o n Incapaces de
c o m p re n d e r el in m e n s o a m o r q u e e x p e rim e n ta s p o r e llo s . P e ro n o h a y

|D Sobre ci origen de esta frase en et H am artigenie de Prudencio y su actualización


por B au d d aire, ver, del autor: «D ie idassische und die chrisrlíche R echtfertigung des
Hasslichen», en Poetik u n d H cnnencutik II!, p. 1^2 y p. 601.

149
q u e o d ia rle s p o r e so ; ha y q u e te n e r p ie d a d de e llo s » , p. 4 2 ), se e stá a lu ­
d ie n d o d e m o d o p ro v o c a d o r a la s e c u la riz a c ió n d e l a m o r d e l H i j o de
D i o s h a d a el h o m b re . P o d r ía n e n c o n tra rs e p a ra le lis m o s e n tre la d e s­
c rip c ió n q u e hace de la s e x p e rie n c ia s de lo s s e n tid o s lle v a d a s al p u n t o
m á x im o , q u e n o s ó lo a m p lía n i n f in it a m e n t e ias d im e n s io n e s d e l espa­
c io y el t ie m p o , s in o q u e ta m b ié n p r o f u n d iz a n lo s m á s s im p le s g e sto s
de t e r n u r a (p . 4 5 9 s . } , y la s a le g o ría s m e d ie v a le s d e l p a ra ís o , q u e , s in
e m b a rg o , d if íc ilm e n t e p u d o c o n o c e r B a u d e la ir e " . P e ro la d e s c rip c ió n
d e l ú l t i m o é x ta s is e n la e m b ria g u e z d e l h a c h ís es s in d u d a u n a e x p líc ita
p r o fa n a c ió n d e l te x to sa g ra d o . C o m o el q u e se s ie n te a h o ra « h o m b re ­
ó l o s » n o p u e d e s in o « m a r a v illa rs e de s í m is m o » ( p . 4 6 2 ) , se in v ie r t e la
s itu a c ió n in ic ia l y se re s titu y e al n u e v o A d á n lo q u e p e rd ió ei v ie jo : se
a d m ira in c lu s o de s u a r re p e n tim ie n t o ; o y e , c o m o u n eco d e l Génesis, 3,
22 u n a v o z in t e r io r : Ecce Adarn quasi umis ex nobis, « tie n e s a h o ra el d e ­
re c h o de c o n s id e ra rte s u p e r io r a to d o s lo s h o m b re s » (p . 4 6 4 ) ; se c o n ­
v ie r t e e n j u e z de s í m is m o y d ic t a m in a : « s o y el m á s v i r t u o s o de lo s
h o m b re s » ( q u é re c u e rd a lá 'e s c e n a in ic ia l de las Confesiones de R o u s ­
s e a u ); se sabe el c e n tro y m e ta d e la c re a c ió n : « to d a s esta s cosas h a n s i ­
d o c readas p a ra m í . . . L a h u m a n id a d h a tra b a ja d o , h a s id o m a rt ir iz a d a e
in m o la d a p o r m í» (p . 4 6 4 ) , y n o se a s u s ta a n te el m á s o sa d o p e n sa ­
m ie n t o : « m e he c o n v e rtid o e n D i o s » (p . 4 6 5 ) . E i c a p ítu lo s ig u ie n te , t i ­
t u la d o Moral, d e s c u b re e l s a ta n is m o la te n te e n e l é x ta s is de ! h a c h ís
( « a c o rd é m o n o s de M e l m o t h , ese a d m ira b le e m b le m a » , p. 4 6 6 ) y lla m a
ai le c to r al o rd e n c o n la a y u d a de B a iz a c , el « te ó ric o de la v o lu n t a d » , es
d e c ir, lo lla m a al é x ta s is le g ítim o de Sa e x p e rie n c ia p o é tic a .
L a a le g o ría m is m a , c o m o « fo rm a o r ig in a r ia y m á s n a tu ra l de la poe­
sía » , ju e g a u n im p o r t a n t e p a p e l e n la d e s c rip c ió n q u e hace B a u d e la ire
de ia s p e rc e p c io n e s s e n s o ria le s tra n s fo rm a d a s en el e sta d o de e b rie d a d .
In d ic a c ó m o la e x p e rie n c ia e sté tic a de la c o n c ie n c ia e n s o ñ a d o ra pue de
lle g a r a s e r, p o r a s í d e c ir, in m e d ia ta m e n te p o é tic a : « d o n d e el p r im e r o b ­
je to p u e d e lle g a r a s e r « s ím b o lo h a b la n te » , la cosa m i s in s ig n ific a n t e
p u e d e a b r ir «la p r o f u n d id a d d e la v id a : lo s c o lo re s d e sp lie g a n u n a desa­
c o s tu m b ra d a e n e rg ía , p in t u r a s m e d io c re s c o b ra n u n a v id a t e r r ib le , v u l ­
gares p a p e le s p in ta d o s a d q u ie re n ia p r o f u n d id a d de b r illa n t e s p a n o ra ­
m a s , n i n f a s p in t a d a s a b re n io s o jo s a la s m á s p r o f u n d a s m ira d a s ,
ilu s t r e s p e rs o n a je s de la a n tig ü e d a d d a n p a so s o le m n e m e n te a la s a c ti­
tu d e s m á s fa m ilia re s . D o s s o n las d ife re n c ia s q u e h a y q u e d e sta c a r f r e n ­
te ai s im b o lis m o ro m á n tic o : ia to ta l d e s je ra rq u iz a c ió n de ia re a lid a d y

11 V er también: A slhctischc E rfabrung u n d litcrárisrhe ¡itrm tn riin k . del autor, Frank


flirt, 1 9 8 2 , p. 136.

150
la tra sc e n d e n c ia ¡ n tra m u n d a n a de la p e rc e p c ió n e sté tic a p o te n c ia d a p o r
la e b rie d a d . N o se h a b la a q u í e n a b s o lu to de n in g u n a o rd e n a c ió n v e r t i ­
cal de las cosas y lo s á m b ito s v ita le s , o rd e n a c ió n s u p u e s ta p o r el p e n sa ­
m ie n t o te o s ó fic o ; re c u é rd e n s e las « a n a lo g ía s » de F o u r i e r o las « c o rre s ­
p o n d e n c ia s » de S w e d e n b o rg , de m a n e ra q u e las cosa s a d q u ie re n u n a
s ig n ific a c ió n m á s p r o f u n d a p re c is a m e n te e n ia a le a to rie d a d c o n la q u e
se p re s e n ta n a n u e s tra m ira d a . Y e sta s ig n ific a c ió n de las cosas, q u e se
a b re e n este m o v im ie n t o h o r iz o n t a l de la aisthesis, p e rte n e c e a la « p r o ­
fu n d id a d de la v id a » in c e rlo r, e s c o n d id a e n e lla s, y q u e se a bre a h o ra a
n o s o t r o s , s in q u e ha y a n in g ú n re in o tra s c e n d e n ta l de lo b e llo , v e rd a d e ­
ro y b u e n o , s in o , s e g ú n ia f ó r m u la p o s t e r io r de B a u d e la ire , u n a « p r o ­
fu n d id a d d e l e sp a c io » q u e se c o n v ie rte e n «a le g o ría de la p r o fu n d id a d
d e l tie m p o » .
N o es c a sua l q u e e n esta n u e v a c o m p re n s ió n « p o é tic a » , c o n se g u id a
e n la e b rie d a d d e l h a c h ís , u tilic e B a u d e la ire el c o n c e p to de a le g o ría e n
lu g a r de s ím b o lo (« la in te lig e n c ia de la a le g o ría a d q u ie re e n t i p r o p o r ­
c io n e s d e s c o n o c id a s p o r t i m is m o » , p . 4 5 8 ) . P u e s to q u e e n la a c titu d
e s té tic a o c a sio n a d a p o r el h a c h ís , el s ig n ific a d o n o tie n e q u e v e r c o n la
t o ta lid a d , s in o , ra sg o a ra sg o , c o n la s p a r tic u la rid a d e s d is p a re s , a u n q u e ,
y e n eso se a p a rta de la e x p lic a c ió n a le g ó ric a tra d ic io n a l, s in u n a clave
p re v ia . E l l o se c o n fir m a ta m b ié n e n las b r illa n t e s d e s c rip c io n e s de B a u ­
d e la ire , c u a n d o la «seca g ra m á tic a » se hace p o é tic a , y «la s p a la b ra s re s u ­
c ita n re v e s tid a s de h u e s o s y c a rn e ». L o q u e n o h a y q u e e n te n d e r de
n in g u n a m a n e ra m e ta fó ric a m e n te . P u e s a la d e riv a c ió n « g ra m a tic a l» de
la p e rs o n ific a c ió n a le g ó ric a , f o r m u la d a to d a v ía de m o d o a b s tra c to en
e sta « te o ría d e l h a c h ís » , se c o rre s p o n d e e n la p ra x is líric a de B a u d e la ire
u n a u t iliz a c ió n e x u b e ra n te de s u s ta n tiv o s c o n m a y ú s c u la . D e b e m o s a
F r i t z N i e s e sta in v e s tig a c ió n '2. E n c o n t r a m o s p o r e je m p lo e n eí te x to de
la s Flores d el m al y de Spleen de París n o m e n o s de m e d io m iH a r de s u s ­
ta n tiv o s c o n m a y ú s c u la . S u f u n c ió n va e v o lu c io n a n d o , d e sde el s u b ra ­
y a d o e s t ilís t ic o de p a la b ra s c la ve a isla d a s o re c u rre n te s (e n Flores d el
m al «la M u e r t e » e « I n f ie r n o / C ie lo » , en Poemas en prosa, «el T i e m p o » ) a
u n a s a c ra liz a c ió n , a m e n u d o iró n ic a , de la s cosas en el p la n o c u lt u r a l,
p a ra acaba r en u n a r e m itific a c ió n de c o n c e p to s , c ifra d o s a m e n u d o se­
g ú n u n a e m b le m á tic a p e rs o n a l de B a u d e la ire , y q u e d e b ía n s u s c it a r la
e x tra ñ e z a d e l le c to r e n ta n to q u e « p o iite is m o p o é tic o » 1’ . L a p e rs o n ific a ­
c ió n a le g o riz a n te lo g ra de e ste m o d o p a r t ic u la r u n a in e sp e ra d a re s u ­
rre c c ió n . S Í , s e g ú n la e x p lic a c ió n de Jac ob B u r c k h a r d t , esta e x tra ñ a ca-

12 «Kiernigkeitcn wie Grossbuchstaben. Optísche Sígnale in Baudelaires Gedichten»,


en: ¡m a go Lirwuae. Ed. K. Render-K. Berecr-M . W andruszka, M ünchen, 19 7 7 .
11 I b i t i , p 4 3 5 .

151
ra c tc rís tic a d e l m o d o m e d ie v a l d e pensar, lu c e q u e se in tu y a n c o n c e p ­
tos a b stra cto s d e la m a n e ra c o m o p e r c ib im o s o b je to s c o n c r e t o s 1*, B a u -
d e la ire c o n s ig u e , fre n te a la e x p re s ió n in m e d ia ta de s e n tim ie n t o s d e l r o ­
m a n t ic is m o , h a c e r ju s tic ia a ia d e s p re c ia d a p e r s o n ific a c ió n en ta n to q u e
«m aje stad s u sta n cia !» , r e c o b r a n d o p a ra ia lír ic a m o d e r n a u n a n u e v a c a ­
p a c id a d d e s e n s ib iliz a c ió n de lo a b stra cto : el m o d e lo p o é t ic o de u n a
m o d e r n a « p s k o m a q u ia » q u e en ia e c o n o m ía a n ím ic a h a c e d is c u t ib le la
p r im a c ía d e i yo o de la a u t o c o n c ie n c ia , c o m o p o c o d e s p u é s o c u r r ir ía cu
el p s ic o a n á lis is de F re u d .
T a m b ié n es a le g ó ric a , y ya n o s im b ó lic a , la im a g e n d e l « d ic c io n a ­
rio» ai fin a l de n u e s tro texto. A h o r a es ¡a m ú s ic a el "le n g u a je p r iv ile g ia ­
d o d e las cosas», de m a n e ra q u e « n o ta a nota» ( « tra n s fo rm á n d o s e cada
n o ta en p a la b ra » ) el m o v im ie n t o m u s ic a l se tra d u c e a m o v im ie n t o a n í ­
m ic o («cada m o v im ie n t o d e l r it m o m a rca u n m o v im ie n t o c o n o c id o de
tu alm a», p. 4 5 9 ). A la vista d e este p ro c e s o de tr a d u c c ió n , d e t e r m in a
B a u d e la ir e ei le n g u a je d e la m ú s ic a c o m o u n « d ic c io n a r io d o t a d o d e v i­
da», de d o n d e se s ig u e q u e el a c o n t e c im ie n t o m u s ic a l se c o m p le t a en la
ca b e za d e l o y e n te antes q u e «ei p o e m a e n te ro " . E n este e lo g io d e la m ú ­
sic a le s irv e de p a d r in o el a d m ir a d o s o b re to d o s E . T . A . H o fF m a n n .
P re c is a m e n te en K r e is lc r ia n a , que Se c ita e n lo s p a r a ís o s a r t ific ia le s , se
a p lic a a la m ú s ic a , la «m ás r o m á n t ic a de las a r te s » y el le n g u a je q u e ab re
ei acceso ai « re in o r o m á n t ic o d e l e s p íritu » y al i n f i n i t o d e u n m ás allá
terrestre, la m e tá fo ra d e «un m is te r io s o s á n s c rito de la n a tu ra le z a , ex­
p re s a d o e n s o n id o s » 1'. P a ra E . T . A . H o f F m a n n el le n g u a je d e la m ú s ic a
p o se e u n a d o b le re feren cia : h a b ita en el p e c h o m is m o d e l h o m b r e y re ­
m ite al re in o s e ñ o r ia l d e lo i n f i n i t o q u e se a b re c o n la n e g a c ió n de ia re­
a lid a d , q u e está e s c o n d id o en to d a s las m a n ife s ta c io n e s d e la n a t u r a le ­
za, y s in e m b a r g o se e x p e r im e n t a s in e s t é s ic a m e n r e 1''. E n ta n to q ue
« s á n sc rito de la n atu ra le za» e v id e n c ia la m ú s ic a el sa g ra d o a c o r d e d e t o ­
d o s los seres, q u e c o n s t it u y e el m is te r io a u t é n t ic o y p r o f u n d o de 1a n a ­
tu ra le za y la m eta de to d o a n h e lo h u m a n o . E ste « sán scrito » , re p re s e n ta ­
c ió n s in t é tic a d e la « m ú s ic a m is te rio s a de la n a tu ra le z a " q u e el oyente
p u e d e d e s c ifr a r c o r r e c ta m e n t e c o m o al m ú s ic o la v ista le p r o p o r c io n a
u n « o íd o in t e r io r » 1’ , es p ara B a u d e la ir e la re p r e s e n ta c ió n a n a lític a d e u n
« d ic c io n a r io d e la n a tu ra le za » q u e , p a la b ra p o r p a la b ra o, m ás b ie n , pa-

H Citado en L. Spiczcr: R onum hcht LittratttntitAitn 1936-1956, Tohings, 1959.


p. 3 9 7 .
S ü n u lu h ? W e rk e : it t n ia s ie u n d N a ih n t ü ík 'f, c-:J W . M n l i - r S:-kU L M ü n c h t:n ,

1 97 5, p p . 33-39 .
I b k L , p. 3 26.
'' Ib id ., p. 3 2 6 .

152
la b ra p o r s o n id o , hace s u r g ir u n ro d o q u e d e b e su p le n it u d s ó lo a ia a c ­
t iv id a d im a g in a t iv a d e l « u su ario » . L o s lu g a res p a ra le lo s del " d ic c io n a ­
rio * 's, V, s o b re to d o , !a d e fin ic ió n d e im a g in a c ió n d e B a u d e la ir e («des­
c o m p o n e to d a la c r e a c ió n y, c o n los m a te ria le s re c o g id o s v d is p u e s to s
s e g ú n las reglas, c u y o o r ig e n s ó lo está e n la p r o f u n d id a d d e l a lm a , crea
u n m u n d o n u e v o , p r o d u c e la s e n s a c ió n d e lo n u evo » , p. ~ 65) e v id e n ­
c ia n Cjue B a u d e la ir e ha r e c ib id o de E. T . A . H o f f m a n n la p o é tic a de la
sine stesia, p e ro ha d e s e n c a n ta d o el « s á n sc rito de la n a tu ra le/a c o n v n
r ié n d o lo en m e ro d ic c io n a r io d e la n a tu ra le z a » 1 Su r e h a b ilit a c ió n de l.i
a le g o ría n o tie n e su h o r iz o n t e d e s e n tid o n i en la re p re s e n ta c ió n m e d ie ­
va l d e l o r d e n in v is ib le y la p re s e n c ia de D io s e n las cosas c ic a d a s p o r el,
n i en la re p r e s e n ta c ió n r o m á n tic a de la a r m o n ía late n te, m a n ife s ta d a
p o r el arte, e n tre lo in t e r io r y lo e x te rio r, d e la a r m o n ía e n tre el e s p íritu
h u m a n o y la n a tu ra le z a o m n ia b a r c a n te . “ L a n a tu ra le z a n o es m ás q u e
u n d ic c io n a r io » (p. 769); esta a fir m a c ió n q u e B a u d e la ir e re cib e «de un
g ra n p in t o r c o n t e m p o r á n e o » , D e la c r o ix , p u e d e m u v b ie n v ale r c o m o el
p u n t o fin a ! de la h is t o r ia d e u n a a le g o ría secular, el tn p o s ác\ « lib ro de la
n a tu ra le za » . E l h o m b r e de la era c ie n t ífic a , q u e ya n o p u e d e e n te n d e rse
c o m o el c e n tr o d e la c r e a c ió n , t a m p o c o p u e d e re c o n o c e r a la n a tu ra le z a
c o m o u n o r d e n p a r a d ig m á t ic o d e l a rre :n. L a fo rm a p o é tic a re s titu id a de
la a le g o ría , lejos d e c e rra r d e n u e v o el a b is m o e n tre h o m b r e y n a tu ra le ­
za, p r o p o r c io n a a n te to d o , d e m o d o a g u d a m e n te d o lo r o s o , la c o n c ie n ­
c ia de la a lie n a c ió n d e la n a tu ra le z a h u m a n a y de la n a tu ra le z a c ó s m ic a ,
co sa q u e se a p re c ia e n las re fe re n c ia s in t e r c a m b ia b le s d e las escenas i n ­
te rio re s y lo s paisajes e x te rio re s en las F lo r e s d e l m a l d e B a u d e la ire .
P u e d e v ale r c o m o e je m p lo de lo d ic h o el g r u p o d e p o e m a s t it u la ­
dos S p le c n . H a n s id o o b je t o de in te r p r e t a c ió n fre c u e n te y de m o d o e x ­
c e le n t e ’ ’ , d e m a n e ra q u e s ó lo m e resta d e s ta c a r c o n m ás p r e c is ió n la re ­
n o v a c ió n , p o r B a u d e la ir e , d e l p r o c e d i m i e n t o a le g ó r ic o y de la m ás
a n tig u a t r a d ic ió n d e la p o e sía a le g ó ric a . B a u d e la ir e re c u rre p r i n c i p a l ­
m e n te a la a le g o ría c o m o p r o c e d im ie n t o p o é t ic o c u a n t ío p r o fu n d iz a en

" O nn m (nota 1). pp . 4 3 7 . S24, 7 69 , 8 '!6. KR6. ¡0 3 3 . H P S .


” 1.a f ra s e : - i a i m u r a í c ? ; * n o e s m á s r p ie u n d i c c i o n a r i o - , la d í a E ^ iu d c la ir e e n el .‘w -
b n d e 18.59~ c o m o u n d i c h o c a p i í a l d r D e l a c r o i x .
S e g ú n Í-ÍL B l u m e n b e r g : '■S:. : - r c ; t ! ' '. j n i i s u n d C n o s u V , e n : P o c tík u n d H r r r n r n r u l i k //,
e d . W . lse r, M i'm c h e n , 1 9 6 6 , p. 4 3 8 .
T ara n u e s tr o p l a n t e a m i e n t o so n e s p e c ia lm e n t e im eres-am es: A . A u e r b a c h . 'R a m l e -
l a i r e s F l e u r s d u M a l u n d d a s E r b a h e n e * 1, e n : Oes_ A u f j i i í z f z u r o m á n P h ilttl. ed.
S c h ñ l k , B e r n a , 1 9 6 7 , p p . 2 0 - 2 9 0 : 1.. S p ir ? .e r , In le r p r e ín lio r ifT ! z w r ( tr ic h iíh tr ' ( í? r f r a t iz v
n s c h e n I.y r ik , e d . H . j a u . s s - M c y e r y P, S c l u í n k , H c i d d b e r g , 1 9 6 1 ; H e s s ( ñ o r a 3 ) ; O . S a h l -
b e r ^ , B a u d e la ir e 1 8 4 8 G r d ir h tc d e r R n 'n h tt io n , B e r l í n , Í 9 7 7 . i n t e r p r e t a c i ó n p s i c o a n a l i s i c a
con a m p lia liíera íu ra.

153
el te m a r e c ib id o d e l d o l o r c ó s m ic o (« e n m ii» ) en fo r m a d e a n g u s tia c ó s ­
m ic a , c o m o p u e d e c o m p r o b a r s e en la c o n c r e c ió n d e l n u e v o c o n c e p t o
cla v e «spieen» (q u e S tc fa n G c o r g e tra d u c e p o r « T r ü b s in n » , m e la n c o lía ) .
E n t e n d e m o s p o r esa c o n c r e c ió n la o p o s ic ió n a !a e x p e c ta tiv a r o m á n tic a
q u e lig a al h o m b r e s e n s ib le c o n to d a s las cosas d e la n a tu ra le z a m e d ia n ­
te u n a secreta a r m o n ía { « co rre sp o n d e n c ia » ), o, d ic h o d e o tra m a n e ra ,
q u e el e s ta d o in t e r n o d e l á n im o e n c u e n t r a s im b ó lic a m e n t e su e x p re ­
s ió n e n el p a isa je de la n a tu ra le z a e x te rio r. E n la a n g u s tia c o n c r e ta d a en
el «spleen» se c a m b ia , in c lu s o lo q u e e n c ie r r a la p ro m e s a d e u n a c o n s o ­
n a n c ia a r m ó n ic a , en su o p u e s to » ” . E n el «spleen» ia a n g u s tia ab stracta,
in s o n d a b le , b u s c a u n a p o y o al h acerse c o n o b je to s y m a n ife s ta c io n e s d e
u n m u n d o a je n o y al r e u n id o s en esos «paisajes irre a les d e l h astío » re ­
c o n o c id o s y s u t ilm e n t e in te r p r e t a d o s p o r G e r h a r d H e ss , en los q u e se
c u m p le el d e s e n c a n to d e la n a tu ra ie z a y d e l m u n d o s e n s ib le d ia r io . C o ­
m o v e h íc u lo de esta d e s re a liz a c ió n d e l m u n d o f a m ilia r y de ia d e s p e rs o -
n a liz a c ió n d e l s e n t im ie n t o r o m á n t ic o , lo g ra la a le g o ría e n B a u d e la ir e
u n a fu n c ió n e s p e c íf ic a m e n t e m o d e r n a . E s d e c ir, el m is m o p r o c e d i ­
m ie n t o a le g ó r ic o - l a p e r s o n ific a c ió n d e a fe c to s m e d ia n te u n a m a t e r ia li­
z a c ió n d e lo s c o n c e p t o s — c u m p le d ife r e n te s fu n c io n e s p o é tic a s antes y
d e s p u é s d e l u m b r a l e p o c a l d e la p o e s ía d e la s u b je tiv id a d . S i la a ie g o ría ,
en ei c o m ie n z o d e la era d e la lit e r a tu r a c ris tia n a , era el n u e v o m e d io de
re p re s e n ta r el m u n d o in t e r io r d e s c u b ie r t o p o r ia fe c ris tia n a , d e h a c e r
v is ib le s lo s paisajes d e l a lm a , y la lu c h a d e lo s p o d e re s o b je t iv o s en el a l­
ma y p o rz 1 a lm a , c o n lo q u e p r o g r e s iv a m e n te el y o en c u a n t o a lm a a is ­
la d a e n tra b a e n la escen a a le g ó ric a , la a le g o ría a h o ra e n B a u d e la ir e , al
fin a l d e la era r o m á n tic a , s irv e p a ra r o m p e r el a c o r d e e n tre in t e r io r id a d
y m u n d o , y h a c e a p a re ce r lo s p o d e re s d e l in c o n s c ie n t e fre n te al s u je to
a u tó n o m o .
E l te rc e ro d e lo s p o e m a s d e Spleen «Y o s o y c o m o el rey d e u n país
llu v io s o » , e v o ca c o n el t ó p ic o d e l invenís senex o d e l p r ín c ip e tris te que
tie n e q u e m ir a r t o d o c o n m e la n c o lía , el h o r iz o n t e p r e t é r it o d e l «hastío»
d e la t r a d ic ió n . E i p r o c e d im ie n t o a le g ó r ic o tra n s fie re a q u í el y o ¡fr ic o al
d o b le p a p e l s h a k e s p e a ria n o d e l p r ín c ip e y el io c o , c u y a coincidentia op-
posítom m es lle v a d a a h o ra al e x tre m o : e n B a u d e la ir e la m e la n c o lía d e l
fracaso se tru e c a en el v a c ío d e s e n c a n ta d o de la im p o t e n c ia c r e a d o r a 11'.
C u a n d o e n o tro s p o e m a s la c o n v e n c ió n d e l p a p e l lír ic o es so b re p a sa d a ,
y se a b a n d o n a así ei y o l ír ic o re fle x iv o , e n Spleen se a b re la m ir a d a a lo s

27 Hess (nota 2), p. 62.


n S e g ú n J. S ta r o b i n s k i : « S u r q u d q u e s r e p o n d a n t s a líe g o riq u e s d u poete» , Revut
d'hiswtre littér/iire de ¿7 hrancc 6 7 ( i 9 6 7 ) , pp. 4 0 2 -4 I 2.

154
a b is m o s d e ¡a a n g u s tia y e n tra n e n a c c ió n lo s p r o c e d im ie n t o s a le g ó r i­
cos. E l p r im e r p o e m a de S p lem d ic e así:

Plu vioso, irritad o contra la villa entera,


vierte a oías de su urna un frío tenebroso
en los páüdos huéspedes, cerca en el cem enterio,
y la m o rtalid ad en los barrios brum osos.
M i gato en los cristales buscando una yacija
agita sin reposo flaco, sarnoso cuerpo;
y ei alm a de! poeta erra en tos canalones
con la voz tem blorosa y triste de un fantasma.
E l b o rd ón se ¡amerita, y e! m adero hum eante
acom paña en falsete el p é n d u lo acatarrado,
y entretanto, en un juego repleto de perfumes
sucios, fatal herencia de una vieja h id ró pica,
sota de corazones y una dam a de picas
charlan siniestram ente de sus amares muertos.

E l p o e m a c o m ie n z a h a c ie n d o u s o d e la p e r s o n if ic a c ió n c lá sica ;
s in e m b a r g o « p lu v io s o » , t o m a d o d e l c a le n d a r io r e v o lu c io n a r io , t o ­
m a , e n el c a m p o d e im á g e n e s d e u r n a y o le a d a s , rasg os d e m o n ía c o s ,
a m e n a z a d o r e s p a ra lo s m u e r t o s e n el c e m e n t e r io y p a ra lo s v iv o s en
lo s a rra b a le s , q u e se m a t e r ia liz a n e n el e s p e c t á c u lo e n s o m b r e c id o d e
la e s c e n a e x te rio r. A l ig u a l q u e en la e s c e n a e x te rio r, e n la q u e l o i n ­
q u ie t a n t e a fe c ta a lo m ás f a m ilia r —el p a is a je c iu d a d a n o d e l l u v i a y
n i e b l a - , t a m b ié n e n la e s c e n a in t e r i o r está s ie m p r e p re s e n te el m u n ­
d o re a l d e las cosas, :s i b ie n el e s p e c t á c u lo in t e r n o se h a c e c a d a vez
m á s in q u ie t a n t e y el s u je t o l í r i c o se c o n c r e t a e n u n fa n ta s m a : «el a l­
m a d e u n v ie j o p o e ta erra e n lo s c a n a lo n e s / c o n la v o z t e m b lo r o s a
y tr is te d e u n fa n ta s m a » . L a r e fe r e n c ia a le g ó r ic a s u p u e s ta , p e r o n o
e x p re s a d a , re a liz a el c a m b io a lo in q u ie t a n t e : e! g o te o d e la l lu v ia e n
el te ja d o a lu d e a la v o z d e l fa n ta s m a t e m b lo r o s o , a le g ó r ic a m e n te : el
p o e t a m is m o .
Lo m is m o o c u r r e c o n Ias d e m á s t r a n s f o r m a c io n e s d e l in t e r io r ,
q u e tres veces a d o p t a n la c o n f ig u r a c ió n d e u n a p a re ja (s e g ú n la te o ría
d e F r e u d , la r e p e t ic ió n d e lo s e m e ja n te p r o v o c a in q u ie t u d ) : p r im e r o
el g a to fla c o y s a rn o s o (a le g ó ric a m e n t e : la a m a d a ) y la v o z d e l p o e ta
fa n ta s m a q u e g o te a en lo s te ja d o s, lu e g o el d ú o d e l m a d e r o c a r b o n i ­
z a d o y el t i c ta c e n r o n q u e c i d o d e l r e lo j (<<y el m a d e r o h u m e a n t e
a c o m p a ñ a e n fa ls e te al p é n d u lo a c a ta rra d o » ) , y, fin a lm e n t e , la p a re ja
g ro te s c a d e l ju e g o d e cartas, el v a le t d e c o r a z o n e s y ia d a m a de picas.
A h o r a , c o n esta p e r s o n if ic a c ió n e x p líc it a se d a p a so a lo irre aí: fas c a r ­
tas, c o n v e r t id a s d e m o d o im p r e v is t o e n seres v iv o s , c re c e n d e s d e el es­
tra to in f e r io r d e l m a ra s m o d ia r io (« ju e g o r e p le to d e s u c io s p e rfu m e s» ,
etc,) al ra n g o de los seres a le g ó r ic o s . E sta in t e r fe r e n c ia e n t re lo b a jo y
lo a lto , e n tre ia s u c ia r e a lid a d y el s ig n if ic a d o e s p ir it u a liz a d o cae en la
c o n t r a d i c c i ó n e n tre la s u b lim id a d d e l s u je to y el to n o , p o r u n .i p a rte ,
y la in d i g n i d a d d e lo s o b je t o s p o r o tra , q u e , s e g ú n E r ic b A u erba ch
c o n s t it u y e la s it u a c ió n s in g u la r d e las F lo r e s d e l m a l en la t r a d ic ió n
p o é t ic a d e lo s u b lim e . Y e n las fig u r a s q u e ríe n g ro te s c a m e n te , la fia-
reja d e las ca rta s y la v ie ja h id r ó p ic a (a le g ó ric a m e n t e : la a d iv in a ) , a p a ­
rece u n a s ig n if ic a c ió n e s c o n d id a : m ie n tr a s el v a le t d e c o r a z o n e s y la
d a m a d e p ic a s h a b la n fa n t a s m a g ó r ic a m e n t e ( « s in ie s tra m e n te » ) d e sus
« am o re s m u e rto s » , p e r s o n if ic a n las a n g u s tia s y d eseo s q u e d e s p la z a n a
la p r im e r a p areja. L o in q u ie t a n t e e n S p / ir n m u e s tra su o r ig e n - p a r a
d e c ir lo c o n F r e u d - en la s u p r e s ió n d e lo f a m i l i a r ’ 1 y la a le g o ría se re ­
v e la c o m o el p r o c e d im ie n t o q u e re a liz a el p ro c e s o e n el q u e , fr e n te al
d e s a r r o llo d e la re a lid a d e x te rn a , se c u m p le en la escen a i ru e rn a el re­
g re so de lo r e p r im id o .
L a a le g o ría c o m o v e h íc u lo d e t r a n s fo r m a c ió n ( " c o n m u t a c ió n » en
la m o d e r n a te r m in o lo g ía ) , d e i c a m b io m u t u o d e la re a lid a d e x te rn a y la
in te rn a , q u e, d e m o d o ran im p r e v is to c o m o in v o lu n t a r io , o c u r r e e n el
y o l ír ic o d e B a u d e la ir e , m e p are ce q u e a c la ra la d ife r e n c ia e s e n c ia l en tre
eí u s o m o d e r n o v el m e d ie v a l de la a le g o ría . E n la p o e s ía a le g ó ric a m e ­
d ie v a l, lo e x te rn o y lo in te r n o , la re a lid a d s e n s ib le y la e s p ir itu a l p e r m a ­
n e c e n c o m o d o m in io s s u b s is te n te s , e s tr ic ta m e n t e se p a ra d o s, c o n fre ­
c u e n c ia m e d ia n te el u m b r a l d e l s u e ñ o . L a tesis d e C . S. L c w is , s e g ú n la
c u a l el p o e ta m e d ie v a l tie n e q u e in c u r r ir e n ,el d is c u r s o a le g ó r ic o s ie m ­
p re q u e se c o m p o r t a « p s ic o ló g ic a m e n te » , es d e c ir, c u a n d o se d ir ig e al
m u n d o in t e r n o de los a fe c to s 3’ , tie n e su c o r r e la t o en el p la n o e s tilís tic o ,
de m a n e ra q u e la a c c ió n tie n e q u e t r a n s c u r r ir en la e s c e n a e x te rio r,
m ie n tra s q u e e n la escen a in t e r io r se d e s a rro lla el m o n ó lo g o d ia lo g a d o
d e l a lm a c o n las vo ce s d e lo s p o de re s, s u p ra p e rs o n a le s ( A m o r , R a z ó n ,
etc.). C ie r t a m e n t e , este m o n ó lo g o im t a a n ír n ic o n o p u e d e te n e r o tro
f in q u e m a n ife s ta r el s ig n ific a d o m ás e le v a d o de la a c c ió n e x te rio r. Sin
e m b a r g o , tal a le g o re sis s u p o n e la s e p a r a c ió n , y la j e r a r q u iz a c ió n , d e l
m u n d o real y el e s p iritu a l, d e la e v id e n c ia s e n s ib le y la s u p ra se n s ib le ,.,
en ta n to q u e la aieg o re sis im p líc it a en los p o e m a s de S p lccn ro m p e ia
s e p a ra c ió n d e lo in t e r n o y lo e x te rn o y la je r a r q u iz a c ió n d e u n a a p a ­
rie n c ia s e n s ib le y u n a m ás a lta v e rd a d e s p ifit u a l. L a fa m o sa d ir im a es­
tro fa d e l c u a r to p o e m a d e S p lee n d ic e así:

Dds U nhciiníai't'. e n , v. I V , p , 2 6 8 s.
E n j n u s s ( n o c a 35, p. 3 4 .

156
't larpns coches fúnebres. sin lam bnres ni música,
desfilan lentam ente en m i alma; ia esperanza,
vencida, llora; la angustia. atroz, despótica,
en m i cráneo in d in a d o planta bandera negra.

N o h a y a q u í u n a aleg o re sis s u b o r d in a d a q u e se re b e ie p o r fin c o n


era la a c c ió n p re c e d e n te (la d e s e s p e ra c ió n c re c ie n te d e l y o a m e n a z a d o
tres veces d e s d e el e x terio r: « c u a n d o ... c u a n d o ... c u a n d o » ) , y q u e , antes
d e recaer en la a n g u s tia , c o n s tr u y a el p la n o d e u n a v e rd a d «más alta -.
L a p s ic o m a q u ia de la d r a m á tic a im a g e n fin a l ya está en el c o m ie n z o
(«ei e s p ír itu g im e presa d e u n g ra n h a stío * ), la a n g u s tia d o m in a ya la
p r im e r a e stro fa (c o n la im a g e n h o rro ro s a d e l «cieio» c o m o ta p ad era p e ­
sada), la esp era n za s u c u m b e ya en la s e g u n d a (c o n el m u r c ié la g o q u e se
h ie re en la e stre ch e z d e p are de s v techo s); y la llu v ia c o n su e n r e ja d o en
la te rcera es tro fa y la e x p lo s ió n s o n o r a de la c u a rta so n a c o n t e c im ie n to s
q u e tie n e n lu g a r s im u ltá n e a m e n te en el p aisaje e x te rio r y el in te rio r.
L a im a g e n fin a l d e l t r iu n f o m a rc ia l d e ia a n g u s tia s o b re la e s p e ra n ­
za d e l c u a r t o p o e m a de S p le e n está m ás p r ó x im o a! u so m e d ie v a l d e la
a le g o ría : a h o ra h a y u n a s ig n ific a c ió n je ra rq u iz a d a , p ues tie n e lu g a r un
c o n flic t o m o r a l en el e s c e n a rio in t r a a n ír n ic o y, c o n t r a to d a e v id e n c ia
s e n s ib le , la m is m a a lm a , s o b re c u y o « c rá n e o se p la n ta (a b a n d e ra ne­
gra". es al m is m o t ie m p o e s p a c io in t e r io r y o b je t o d e ese e sp a cio . Para
u n le c to r m o d e r n o , q u e ha p e r d id o la a c t it u d a le g ó ric a , d e b e ría a p a re ­
c e r ei s u p u e s to re ch a zo p o r B a u d e la ir e d e ia in t u ic ió n , c o m o u n a n o v e ­
d a d d e especia) fu e rza p o é tic a . A l le c to r m e d ie v a l, p o r el c o n t r a r io , d e ­
b e ría n o m e n o s e x tra ñ a r q u e en el p o e m a d e B a u d e la ir e se c o n f u n d e n
c o n t in u a m e n t e la re a lid a d e x te rio r, se n sib le , y la in te rio r, e s p iritu a l. L o s
h ilo s d e ag u a d e la llu v ia n o so n m e ro s s ig n o s d e «la c á rce l d e ia tierra'-;
« im ita n la reja de la p ris ió n » y s o n . d e m o d o im p r e v is to , id é n tic o s a la
red q u e in fa m e s arañas tejen en el c e re b ro , d e m an era q u e la causa i n i ­
c ia l d e l «spleen», ia llu v ia , es fin a lm e n t e el m is m o p aisaje in t e r io r del
a lm a ’6,
Si la a le g o ría , e n el u so q u e d e ella h a c e B a u d e la ir e , sirv e p a ra a p r o ­
x im a r ta n t o el i n t e r io r v el e x te rio r, d e m a n e ra q u e la t r a d ic io n a l s e p a ­
r a c ió n d e las d o s esferas de la a p a rie n c ia s e n s ib le y el s ig n ific a d o s u p r a ­
s e n s ib le q u e d a s u p e ra d a , tal m o d e r n o p r o c e d im ie n t o d e s h a ce ta m b ié n
el m o d e io r o m á n t ic o de ia " c o r r e s p o n d e n c ia " , d e la c o n s o n a n c ia e n tre
a lm a y n a tu ra le za . A la vista de la e x is te n c ia d e s n a tu ra liz a d a d e u n a ci ­
v iliz a c ió n c iu d a d a n a ca d a ve z m ás in d u s tr ia liz a d a , c u a n d o el m u n d o ya

H e s * (nota 2 } . p. / 9
n o p u e d e s e r e n te n d id o c o m o n a tu ra le z a , c o m o la h a r m o n ía o m n ia b a r-
cance d e l r o m a n tic is m o , a lu m b ra la p e rc e p c ió n e sté tic a las n u e v a s caras
de u n a n a tu ra le z a a je na al s e n t id o . E l « s p le e n » , c o n s u m o n o t o n ía a n ­
g u s tia d a y s u n u e v a d e m o n o lo g fa , a d q u ie re , a p a r t i r de esta p é rd id a del
m u n d o , s u p r o f u n d id a d p r o p ia , m ie n t r a s q u e la a isth esis p o é tic a pu e d e
m a n te n e r la deseada p a rtic ip a c ió n d e l m u n d o y el e n c u e n tr o c o n u n
« t ú » a ú n e fím e ro , c o m o « s o u v e n ir in v o lo n t a ir e » o c o m o im a g e n d e l de-
se o I?. L a p re c a rie d a d de e sta p o é tic a d e l re c u e rd o de B a u d e la ire q u e d a
c o n firm a d a e n el s e g u n d o p o e m a de S p lee n t it u la d o : « T e n g o m á s re ­
c u e rd o s q u e s i tu v ie ra m i l a ñ o s » . D e a h í h a sacado W a f t e r B e n ja m in su
te o ría de la m e m o r ia c o m o f ig u r a clave de la a le g o ría ta rd ía : « L a m e ­
m o ria es e l e sq u e m a de la tr a n s fo r m a c ió n de la m e rc a n c ía e n o b je to de
c o le c c ió n . L a s c o rre s p o n d e n c ia s s o n lo s a c o rd e s in fin it a m e n t e v a ria d o s
q u e , s e g ú n el o b je to , cada re c u e rd o tie n e c o n lo s o t r o s » 38. E l p o e m a
m u e s tra e sta tra n s fo rm a c ió n en el p a n o ra m a c a ó tic o de u n a a lie n a c ió n
e x tre m a . L a p r o fu n d id a d te m p o ra l im a g in a ria de lo s « m i l a ñ o s » en el
p re á m b u lo , se tru e c a e n lo s e m b le m a s e spaciales d e l a r m a rio , ia p ir á m i­
de , la tu m b a , el c e m e n te rio y el to c a d o r, q u e , to d o s e llo s , c o m o m a n te ­
n e d o re s de la s cosas de u n t ie m p o m u e r t o , d e s fig u ra n la v id a pasada a
la q u e se re m ite n .
E l « re c u e rd o » c o m o f ig u r a m o d e rn a de re tira d a de lo a le g ó ric o n o
s ig n ific a a q u í s in o el r e t r a im ie n t o , a je n o al s e n t id o , de u n a s e rie c a ó tic a
de «a le g o ría s de la c o n g e la c ió n » ” . E l re c u e rd o n o es de n in g u n a m a n e ra
(c o m o d ic e la f o r m u la c ió n de B e n ja m in ) e q u iv a le n te a la s « c o rr e s p o n ­
d e n c ia » q u e en las F lo r e s d e l m a l ta n ra ra m e n te ilu m i n a n lo s «p a isa je s
d e l é x ta s is » 30, p o rq u e d e p e n d e n de la s v iv e n c ia s de c h o q u e n o in v e s tig a -
b le s d e la «b e lle z a fu g itiv a » o d e i r e t o m o in v o l u n t a r i o de ¡a v id a v iv id a
( lo q u e B e n j a m in lla m ó « d a to s d e l re c u e rd o » , el « re c u e rd o in v o lu n t a ­
r io » de P r o u s t io p ro y e c tó re tro s p e c tiv a m e n te s o b re B a u d e la ire ). E n e!
s e g u n d o p o e m a de S p lee n cae el y o lír ic o m is m o en u n p ro c e so i n e x t r i ­
cable de c o s ific a c ió n . L a escena e x t e r io r real de u n i n t e r i o r : « u n g ra n
m u e b le de c a jo n e s » ..., se tr a n s f o r m a en la escena i n t e r i o r : «e sc o n d e m e ­
n o s se c re to s q u e m i t r i s t e c e re b ro » , de d o n d e , en u n a u d a z p ro c e d i­
m ie n to de id e n tific a c ió n a le g ó ric a : «y o s o y u n c e m e n te rio a b o rre c id o
de la lu n a ... s o y u n v ie jo b o u d o ir» ( fig u r a a le g ó ric a de la q u e n o c o n o z ­
co p re c e d e n te a lg u n o m e d ie v a l), e! s u je to lír ic o m is m o se p o n e c o m o

17 Ver sobre esro, Hess (nota 2) y Jnuss (nota 1 1)Tp. 3 53 s. I-i interpreta ción que si­
g u e la he d es ar ro llada en «Splee n II», Á stherische E rfa hm n g... (noca 11), parte III, D.
Zcntralpark* e n S cbríjífn, Frankfurt, 1 9 3 5 , v. I, p. 492.
^ Hess (ñora 2), p. Í>1.
w Ibid., p. 107 s.

158
a le g o ría d e l pasad o c o n g e la d o y de u n a in d ife r e n c ia i n f i n i t a . G e rh a d
H e s s ha in te rp r e ta d o c o m o sigue ia ú lt im a fase de la caída: « E n t o n c e s
el y o se o p o n e a s í m is m o c o m o s u a p a rie n c ia c o rp ó re a ; p e ro s ó lo i r ó n i ­
c a m e n te p u e d e c o n s id e r a rlo c o m o ‘m a te ria v iv ie n te ’ . C o m o b lo q u e de
g r a n ito en el d e s ie rto , c o m o e s fin g e o lv id a d a , ha p e rd id o in c lu s o el d o n
de la sa lv a c ió n . L a m o n o to n ía se h a c o n g e la d o »51. A lo q u e c re o q u e se
p u e d e a ñ a d ir q u e e n la im a g e n ú lt im a se lle v a n h a sta el f in a l d o s m it o s
s e c u la re s , la E s f in g e y M n e m o n . L a e s fin g e , g u a rd ia n a de la v e rd a d
o c u lta , se h a c o n v e rtid o en « re c u e rd o p a ra n a d ie » , e n a le g o ría del o ív i-
d o . N o c a n ta c o m o la e s ta tu a de M n e m o n de Te b a s al s a lir el s o l, s in o a
s u p u e s ta , de m a n e ra q u e se hace a le g o ría de « la B e lle z a » y re a liza s u
e p íte to c o m o e xp re sa b a u n p o e m a a n t e r io r de B a u d e la ire : « y o re in o en
el a z u l c o m o u n a e s fin g e in c o m p r e n d id a » 12. S i , se g ú n la f ó r m u la i n o lv i ­
d a b le de W a h e r B e n j a m in , «la m ira d a d e l a le g o ris ta q u e a b o rd a la c iu ­
dad es la m ira d a d e l a lie n a d o » 1', m ie n tr a s q u e la m ira d a d e l a le g o ris ta
m e d ie v a l busc a b a y e n c o n tra b a tra s las a p a rie n c ia s d e l m u n d o la p a tria
de lo im p e re c e d e ro , el p o e ta m o d e rn o es re c o m p e n sa d o c o n la p o e sía
p o r la p é rd id a de la p a tria tra sc e n d e n te : e n la c o m p o s ic ió n de u n p o e ­
m a q u e p re s c rib e s u p r o p io p ro c e so aparece al f in a l lo p ro d u c id o c o m o
«p o e sía de la p o e s ía », q u e e n c u e n tra e n s í m is m a s u o rig e n y a sí ta m ­
b ié n p u e d e m a n te n e rs e para s í m is m a '4.

?! íb id ., p. 81.
L a h c n u fé . O e u v r f í (ñora 1). p. 94.
33 Illumimnionfn, Fra nkíurr , 196 1, p. I f)4 .
34 Pau l d e M a n ha c rit ica do esta inte rp re ta ci ón en: ¡o x r n r d a n A e s th ctic n f R ecep -
tioru M i n n e s o t a Press, 198 2, p. 2 0 s,, a lo q u e yo he re plicad o en: R e a d in g d e M¡iti
R eading. M i n n e s o t a Press, 1989* p. 2 0 2 s.

159
H uella y aura: O bservaciones
sobre la Obra de los Pasajes
de W alter B enjam ín*

L a h u ella es la m a n ife s ta c ió n de una


cercanía, p o r lejos que esté lo que ab an d o ­
na. E l aura es la m anifestación de una leja­
nía, p o r cerca que esté lo que la m otiva. E n
la huella nos apoderam os de la cosa; en el
aura ella nos d o m ina. ( M 16a, 4)

S i el le c to r de la Obra de los pasajes'' p u e d e r e iv in d ic a r e l d e re c h o a


c o n e c ta r s u s re fle x io n e s c o n u n lu g a r p riv ile g ia d o , eso es lo q u e p re te n ­
d e n h a c e r e stas c o n s id e ra c io n e s s o b re « h u e lla y a u ra ». L a fo r m a a f o r í s t i ­
ca q u e se im p o n e , e n e ste caso c o m o e n o t r o s , u n e , e n s u c o n c is ió n
p re g n a n te y s u p re c is ió n lin g ü ís tic a , la s o rp re s a de u n a in t u i c i ó n d e s­
lu m b r a n t e c o n la agud eza de u n a d e f in ic ió n q u e , en t a n to q u e coinci -
dentia oppositorum p la n te a la p le n it u d de s u « im a g e n d ia lé c tic a » , m á s
c o m o u n a n u e v a in te rro g a c ió n q u e c o m o u n a re sp u e sta . P o r lo q u e y o
sé, n o h a basad o B e n j a in in e x p líc ita m e n te s u s in t u ic io n e s c a p ita le s s o ­
b re u n d ia g n ó s tic o acerca de la h is t o r ia y la a c tu a lid a d d e l s ig lo X I X en
la re la c ió n d ia lé c tic a e n tre h u e lla y a u ra . E n s u s e sb o zo s s o b re el c o n te ­
n id o so c ia l de la h u e lla , c o m o e n s u s p ro p u e s ta s s o b re u n a te o ría d e l
a u ra , fa lta p re c is a m e n te , m e parece, Sa c o n tra p o s ic ió n , a q u í im p líc it a .
M á s a ú n , se p u e d e u n o p r e g u n ta r s i n o p ro c e d e n de a h í a lg u n a s c o n tra ­

* Publicado en: Art socia l Art industriel (como d cap. VI).


1 Se cita por W . Benjamín, Gesdmmeite Schrijien{Sff.A), V. V.l/2: Das Passagen-Werk,
Prankfurt, 1982; Baudelaire por Oeiures, ed. de la Pléiade, París, í 951 • Los Primeros esbo-
zos del Passagen-Werk (1927-29) se citan por las síglis P P L en ei n° correspondiente.

161
d ic c io n e s o b s e rv a b le s e n la s te s is de B e n j a m in , q u e e x ig iría n c o n t in u a r
la s p ro p u e s ta s in t e r r u m p id a s .
L a m a n ife s ta c ió n de la h u e lla está lig a d a e s p e c ia lm e n te al fldneur,
q u e B e n j a m in h a c a ra c te riz a d o p re c is a m e n te c o m o u n a fig u ra epocal
d e í s ig lo XIX. S i el p a se a n te , s u p re d e c e so r de ! XVIII, h a b ía d e s c u b ie rto la
n a tu ra le z a lib r e c o m o u n p a isa je e s té tic o , el flAnettr d e sc u b re a h o ra s u
m u n d o c o n tra p u e s to y a lie n a d o : « la c iu d a d se le e n fr e n ta c o m o s u p o so
d ia lé c tic o . S e le abre c o m o p a isa je , lo ro d e a c o m o u n a h a b ita c ió n » ( M
1 , 4 ) . L a m u c h e d u m b re de la g ra n c iu d a d es el e le m e n to v it a l d e l flA-
neur. E s al m is m o tie m p o la b e r in t o y a s ilo , e l ix ir e m b ria g a d o r y cam po
in c o m p a ra b le de o b s e rv a c ió n , e n el q u e se e je rc ita s u m ira d a fis io g n ó -
m ic a ( « a d iv in a r la p r o f e s ió n , ei o rig e n , el c a rá c te r de lo s r o s t r o s » ) , y se
p e rc ib e n la s h u e lla s q u e de ja lo se c re to en la v id a p ú b lic a , p re lu d ia n d o
a s í la f ig u r a d e l d e te c tiv e ( M 3 3 9 , 2 ) . S e tra ta d e la e x p e rie n c ia m o d e rn a
de lo a n ó n im o , ya in ic ia d a d e sde 1 7 8 9 , q u e crece e n las m a sa s de ja
g ra n c iu d a d y se e n c a rn a e n la fig u r a d e l JU n eu ry s u c o n t ra fig u ra lit e ­
ra ria d e l d e te c tiv e de n o v e la s p o lic ía c a s. S u c o n te n id o so c ia l o r ig in a r io
es «la d e s a p a ric ió n de las h u e lla s d e l in d iv id u o en la m u c h e d u m b re c iu ­
d a d a n a » ( I . 2 , 5 4 6 ) . N o s ó lo e n c o n tra m o s e sta p e rs p e c tiv a h is t ó r ic o - Ii-
te ra riá en B e n ja m in , s in o ta m b ié n , e n la m is m a época, e n R o g e r C a i-
l l o i s , q u ie n , e n s u a r t íc u lo in n o v a d o r Parts, m ythe m oderne (1 9 3 7 ),
in t e rp r e ta , h is tó r ic a y s o c ia lm e n re la d is o lu c ió n de la n o v e la ro m á n tic a
de a v e n tu ra s e n la m o d e rn a n o v e la p o lic ía c a , lla m a n d o la a te n c ió n s o ­
b re el m o d e lo de é x ito de Xos.Mohtcans de París y la tra d u c c ió n de la se ­
r ie n o ve le sc a de lo s p ie le s ro ja s de C o o p e r a la «sa b a n a de la g ra n c iu ­
d a d » . L a re c e p c ió n de P o e lle v a d a a cabo p o r B a u d e la ire , q u e B e n ja m in
v a lo ra a m p lia m e n te ( W A 1 , 2 , 5 4 4 s .) , s u p o n e la re c e p c ió n de C o o p e r
p o r B a k a c , S . D u m a s , E . S u e y o t r o s a u to re s de la n o v e la n e g ra , e n la
q u e se c o n s titu y e la to p o g ra fía m ito ló g ic a de P a r ís , «la B a b ilo n ia m o ­
d e rn a » e n t o r n o a 3 8 4 0 : «a la c iu d a d in t e r m in a b le se o p o n e el h é ro e le ­
g e n d a rio d e s tin a d o a c o n q u is ta rla » 2.
E l e sq u e m a de C a illo is c o in c id e c o n el p ro y e c to de B e n j a m in e n s u
Obra de las Pasajes: d is e ñ a r u n a « p r o t o h is t o r ia d e í s ig lo XÍX», e n te n d id a
c o m o a rq u e o lo g ía m ític a de la m o d e rn id a d 3. P e ro , a d ife re n c ia de B e n -

3 En N ouvelle Revue Fritn$aís£'lA% (1937), pp. 682-699; W . B. la cita como C ST4.


Ei proyecto de Caiílois, enunciado en su nota final (p. 699) debía no sólo «estudiar
la literatura independientemente de todo punto de vista estético... y considerar más bien
su papel de influencia, su condicionamiento social, su función de mito por relación con
y
las fases nuevas de la historia de las ideas de la evolución deí medio», sino que tambídn
remite a un catálogo de cuestiones, análogas a las rubricas de Benjamin, como él mismo
observa (N 7, I).

162
ja m in , v io C a illo is la g é n e s is d e l n u e v o m it o de la c iu d a d e n la a c tiv i­

d a d de ia im a g in a c ió n q u e re n u n c ia a la a u to n o m ía e sté tic a - e l a u ra del

a rte id e a lis ta - p a ra , e ri la h u e lla de u ñ a « tr a d u c c ió n le g e n d a ria de la v i ­


da e x t e rio r» ( B a u d e la ire ) , a p o d e ra rse de n u e v o d e la re a lid a d a lie n a d a 1.
E l c a p ítu lo « D e l h e ro ís m o de la v id a m o d e rn a » , e n el Salón d e 1846, de
B a u d e la ire , te s tim o n ia a este re sp e c to el re c o n o c im ie n to de u n a r u p t u r a
ra d ic a l, q u e se p a ra a lo s n u e v o s h é ro e s de u n a « Ilía d a de la v id a m o d e r­
n a » —la a ris to c ra c ia e s c o n d id a d e lo s V a u t r in , R a s tig n a c , B ir o t t e a u —, d e l
d e r r o t is m o de s u s p re d e c e s o re s r o m á n t ic o s , R e n é , A d o lp h e , O b e r -
r n a n n , y s u e n e rg ía im p re g n a d a de d o lo r c ó sm ic o . B e n j a m ín q u is ie ra ,
p o r el c o n tr a r io , s e g u ir s o b re to d o la h u e lla de B a u d e la ire e n la fig u ra
del flAneur, e n la q u e se e n c a rn a la n u e v a e x p e rie n c ia de la s m a sa s d e la
g ra n c iu d a d : « L a m u l t i t u d e n B a u d e la ire . S e p o n e c o m o u n v e lo a n te el
flAneitr, es el m á s n u e v o e s tu p e fa c ie n te d e l s o lit a r io . B o r r a , a d e m á s, t o ­

d as la s h u e lla s d e l i n d iv id u o , es e l m á s n u e v o a s ilo d e l p r o s c r it o . E s , f i ­
n a lm e n te , e n e! la b e r in to de la c iu d a d , e l la b e rin to m á s n u e v o e in a c a ­
bab le- M e d ia n te e lla se a so c ia n a la im a g e n de la c iu d a d m o v im ie n t o s
c ró n ic o s h a sta a h o ra d e s c o n o c id o s » ( M 1 6 , 3 ) . S i n e m b a rg o , la d e m o s ­
t r a c ió n d e ! o b je t iv o id e o ló g ic o , s e g ú n el c u a l u n a n u e v a y a p a re n te
a u ra , la « d e l a lm a de ¡as m e rc a n c ía s» ( W A 1 .2 , 5 5 9 ) se ha a p o d e ra d o
del flA n ru r, es alg o q u e h iz o caer a B e n j a m ín , en el d e s a rro llo d e l c a p í­
t u l o s o b re el flán eu r ( W A 1 . 2 , 5 3 7 s .) , e n c o n tra d ic c io n e s e v id e n te s.
C o m o el flAneur apenas está tra ta d o e n la s FUurs du M al ( h a b ría m á s
b ie n q u e e n c o n tr a r s u s claves e n Spleen de París, m á s c e rc a n o a ia f i s i o ­
lo g ía ), tie n e q u e a p o y a rse s o b re to d o B e n j a m ín e n el e nsa yo s o b re G u y ,
el c u a l, s in e m b a rg o , c o n s u c a p ítu lo «e l h o m b re de la m u l t it u d » , n o
e nc aja e n la p e rs p e c tiv a de la c rític a id e o ló g ic a . E n g e ls se exp resa b a a sí:

« L a in d ife r e n c ia b r u ta !, el a is la m ie n to in s e n s ib le d e l in d iv id u o e n s u s
in te re s e s p riv a d o s , aparece ta n to m á s o d io s o e h ir ie n t e , c u a n to m e n o r
es el e sp a c io e n q u e se m u e v e el i n d iv id u o » ( c it. W A 1, 2 , 5 6 0 ). S in

e m b a rg o ei ju ic io de E n g e ls s o b re el d e a m b u la r e n la s c a lle s de L o n d r e s
e stá e n c la ra c o n tr a d ic c ió n c o n la in t e r p r e t a c ió n de B a u d e la ire d e l
« h o m b r e de la m u l t it u d » . C u a n d o e n ese te x to se p o n e de re lie v e e n la
f ig u r a d e G u y la a c titu d d e l « o b s e rv a d o r a p a sio n a d o » y se le e n sa lza c o ­
m o «un yo in s a c ia b le d e l no-yo », q u ie n «a cada in s ta n te lo e x p re sa en
im á g e n e s m á s v iv a s q u e la v id a m is m a , s ie m p re in e s ta b le y fu g it iv a »
( E d . P l- , p . 8 8 2 ) , n o se tra ta de u n m e ro s ín to m a , s in o de la re sp u e sta
de B a u d e la ire a la a lie n a c ió n de la v id a de la g ra n c iu d a d .

i Ibíd., p. 648 (con relación a Le P eitttrc d e la vie m údem e).

163
La afirmación de Benjamín, de que el flAncur rompe así el aisla­
miento insensible del individuo en la multitud «sólo aparentemente»,
es decir, en la falsa conciencia de su compenetración embriagadora con
el alma de las mercancías, hay que basarla sólo en una sustitución ale-
gótica del prójimo por la mercancía (WA 1, 2, 561). Está además en
contradicción con la afirmación posterior de que Baudelaire, a diferen­
cia de Hugo, debe haber guardado ei umbral «que separa al individuó
de la masa» (WA 1, 2, 569). ¿Puede sostenerse con seriedad que Baudc-
laire «no vio la apariencia social depositada en la multitud» (WA 1, 2,
569)? ¿Y que, como m is tarde se dice en Sobre algunos temas en BauAe-
laire, «no le podemos seguir» cuando «¡guala el ‘hombre de la m ultitud’
con el tipo dc flAncur» (WA 1, 2, 627)? Lo que distingue al flAneur de
Baudelaire del simple mirón no es sólo que «como hombre de la multi­
tud» permanece a soberana distancia de la muchedumbre de la gran
ciudad («el observador es un príncipe que goza siempre de su inocen­
cia», Ed. Pi-, 881), sino que también, como «amante de la vida univer­
sal» se sumerge en ella «como en un inmenso depósito de electricidad»,
y al mismo tiempo es consciente del proceso («se le puede también
comparar con un espejo tan inmenso como la multitud, con un calei­
doscopio dorado de conciencia, etc.»). A! menos en una ocasión Benja­
mín acepta que quizás el fláneur puede ver en la multitud la apariencia
social. «La ociosidad del fláneur es una demostración contra la división
del trabajo» (M 5, 8). Es una hipótesis que habría podido confirmarla
abundantemente con el testimonio histórico deí cuadro fisiológico «Le
fláneur á Paris» en París ou le Livre des cent-ei-un (1831-35). Ahí, e\ flá ­
neur át\ siglo X I X ha ensalzado, como «la más alta expresión de la civili­
zación moderna», satisfacer esa primera necesidad de su tiempo que en
los tiempos anteriores cumplían los poetas o filósofos, pero que ya no
pueden cumplir en la sociedad actual. Ahí, donde todos, en el seno de
ía masa, se preocupan de su ganancia sin reparar apenas en que tienen
un vecino o un competidor, puede únicamente el flAneur, frente a «los
efectos de la división del trabajo», permanecer «dueño de su tiempo y
de sí mismo», llevar una existencia no dividida y constituir, no obstan­
te, el verdadero centro de la masa: «todo le; interesa, todo es para él un
texto de observación...¡cuántas cosas os ensíñá! ¡bajo qué aspecto ines­
perado se ofrece a vuestros ojos, con tal demostración, el panorama
móvil que os rodea! Cada paseante tiene su nombre, cada nombre su
anécdota 5».

1 Parí i ou U L ivretü s etn t-ft-u n , 1 9 3 2 , pp. 9 0 -1 0 3 .

164
Es extraño que Benjamin apenas esté dispuesto a atribuir a la lite-
ratura de las «fisiologías» significación alguna para la protosociología
del siglo XIX: «son ingenuos, de una total bonhomía»... «se colocan, p o r
así decir, las anteojeras del limitado animal ciudadano», del que Marx
dijo una vez que «la primero era, en realidad, dar de las gentes una
imagen amable» (WA 1, 2, 537-541). A esto habría que contraponer
hoy que Balzac utilizó para la H istoria d e costum bres de su C » m e d ia h u ­
m a n a —como ha mostrada Karlheinz Stierle—la tradición de los C u a ­
dros de París , en tanto que incomparable repertorio de la experiencia
diaria, convirtiendo en mitos de la vida diaria lo que ahí se revela como
¡a fisionomía moral cambiante de la gran ciudad6. A eso se añade que
Baudelaire, en su Spleen d e París , el ciclo de poemas en prosa que am­
plía los límites poéticos de las Fleurs d u M a l (como por ejemplo en Les
Y eux des Pauvres , que denuncia la indiferencia social de ¡os amantes),
capta y desarrolla formas de fisiología moralista7. Una pieza como Les
Fotdes (XII) muestra que el poeta, en tanto que fl& n e u r que busca su úl­
timo asilo en la multitud, puede ver la gran ciudad con «la mirada del
extraño» (WA v. 1, 54), y al mismo tiempo toma en la masa su «báño
de multitud»: «multitud, soledad, términos iguales y convertibles por el
poeta activo y fecundo» (Ed. P!., 287). En todo caso, se han caído aquí
«las anteojeras del limitado animal ciudadano», y el flA n e u r ya no ha de
ser desacreditado como «virtuoso de la intuición del valor de cambio»
(M 17 a, 2). Cuando ya Marx, al traer a juicio los M isterios d e París , vio
la tarea «de sacar de !a masa amorfa a la que buscaba adular un socialis­
mo estético, el hierro de! proletariado» (WA 1.2, 619), ¡no tuvo que
superar antes el miedo y el horror a la muchedumbre de la gran ciudad
(WA 1.2, 629) y buscar esa «comunión universal» (Ed. Pl., 288) que
postuló Baudelaire con su equiparación del flA n e u r, ei poeta y el hom­
bre de la multitud?

II

Si se acepta literalmente el aforismo de Benjamin sobre la huella y


el aura, se piensa en el proceso acelerado de la revolución industrial en
el siglo XJX como una época caracterizada por la «manifestación de una
cercanía» que hizo buscar urgentemente la huella en el negativo de la

A En H on or? d e BaízAcy ed . H , U . G u m b r e c h f y o tro s , M ü n c h e n , 1 9 8 0 , p. 17B.


? C fr., «N orw itJ a n d B au d e laire as Contemporari<?5'>, en : T he S tn tctttr? n f th e l.itera ry
Pracess. ed . p n r P . S rc in ^ r y o trn s, A m s tc rd a m , 1 9 8 2 , p p . 2 8 5 -2 9 5 -

165
t o t a lid a d , y m e d ia n te la c u a l jas arres, e n las nuevas fig u ra s d e l a r t e ¡ti­
daly de! a r te in d u str ia l in te n ta r o n d e n u e v o h acerse c o n ia re a lid a d : la
e x p e rie n c ia d is m in u id a e n u n m u n d o de la v id a d e s n a tu ra liz a d o . A e llo
se o p o n d r ía , c o m o « m a n ife s ta c ió n d e u n a lejan ía», el aura d e l arte a u ­
t ó n o m o , c u y o d e s tin o e n la é p o c a d e l c a p it a lis m o t r iu n fa n t e (su p e r d i­

d a p ro g re s iv a c o n el s u r g im ie n t o d e l «arte c o m o m ercancía'» y d e l (-mu­


seo im a g in a r io » ) , ha s id o B e n ja m ín el p r im e r o en r e c o n o c e r v d e s c r ib ir
e fic a z m e n te . S in e m b a rg o , n i en la O b r a d e io s p a s a je s n i en o tro s e n sa ­
y o s se d e s a rro lla a d e c u a d a m e n te la d ia lé c tic a d e la e x p e r ie n c ia esté tica
d e l s ig lo X IX : la te o ría d e l arte a u r á t ic o q u e d a a fe cta d a p o r c o n t r a d ic ­
c io n e s , su d e s tin o e n la m o d e r n id a d p o s t r o m á n t ic a se in te rp re t a c o m o
la h is t o r ia d e u n a d e c a d e n c ia y « n a p é rd id a , sin a p o rta r g a n a n c ia a lg u ­
na. L a s fo r m a c io n e s c o r r e s p o n d ie n t e s de u n a e sté tica q u e ha d e ja d o de
ser a u tó n o m a , n o p o d ía n ser v a lo ra d a s en su in t e n c ió n fu n d a m e n ta l,
h u m a n iz a r el m a te r ia lis m o d e l d e s a rro llo in d u s t r ia l m e d ia n te ia b elle za,
p u e s to q u e B e n ja m ín ve de a n te m a n o su f u n c ió n s o c ia l b a jo la lacra de
u n a « s e rv id u m b re » (p.e. A la , 8; A 2, 2) q u e, p a ra d ó jic a m e n te , seg u ía
s u p o n ie n d o ei p a r a d ig m a id e a lis ta de ia a u t o n o m ía estética.
" L a d e f in ic ió n d e l a u ra c o m o la m a n ife s ta c ió n ú n ic a de u n a leja­
n ía, p o r c e rc a n a q u e esté, n o re p resen ta s in o la f o r m u la c ió n d e l v a lo r
d e c u lt o d e la o b ra d e arte en las c a te g o ría s d e la p e r c e p c ió n e s p a c io -
te m p o ra l» (1. 2, 4 8 0 , n o ta 7). ¿ N o se estaría así in s p ir a n d o ia d e t e r m i­
n a c ió n c e n tra l d e l arte a u r á t ic o en la e x p e rie n c ia d e lo sagrado : la in a c ­
c e s ib ilid a d d e l o b je t o de c u lto ...? E n tai caso la p ro p u e s ta d e B e n ja m ín
c o r re ei p e lig r o de caer e n la tra m p a de u n a te o ría d e la s e c u la r iz a c ió n ,
q u e , se g ú n ia c r ít ic a d e H a n s R iu m e n b e r g 5, n o p u e d e ser s e g u id a sin
d u d a s. P o n e r el p u n t o d e p a r tid a en el o b je t o de c u lt o , en el q u e n o es­
tá n se p a ra d a s las e x p e rie n c ia s sacra y la e sté tica , p o n e a B e n ja m ín , a
p r o p ó s it o d e ia g énesis h is t ó r ic a d e la p o esía, e n d ific u lt a d e s . S i b ie n es
c ie r to q u e en el arte a n tig u o , « p re a u tó n o m o » , la o b ra de arte p lá s tic o
estab a lib a d a d e m o d o n a tu ra l a su « p o s ic ió n en la vida», de m a n e ra
q u e «su e x is te n c ia ú n ic a e n e! lu g a r e n q u e se e n c o n tra b a » a p a re cía c o ­
m o m a n ife s ta c ió n d e su le ja n ía en su a u ra ( W A I, 2, 4 5 7 ), n o o c u r r e lo
m is m o c o n la o b ra p o é tic a en su c o n e x ió n c o n el tie m p o , lu g a r y s itu a ­
c ió n d e su o r ig e n . S u a u r o n o m ía s e m á n tic a , su c a p a c id a d de h a b la r
a cerca de esa e x is te n c ia ú n ic a e n el m u n d o de su o rig e n , fu e ro n e x p re ­
s ió n d e su c a rá cte r e s té tic o d e s d e s ie m p r e ’ . P o r eso se v io o b lig a d o B e n -

* S ijk t if a r t s t r r u r ,^ u u d S e lb s t h e h a x L p ia n g , F r a n U fiirr . 1971.


** So bre esto, P, RÉcneur, i>Dcr Tcxt ai? M o d e l í: h crm cn cu tisc hcs V’ctsrohcrv-. en:
V ersteher.de S o z i o lo p t , cci. W . I,. RühL M i i n d i e n , 1972, pp. 252-2-83.

166
jn m in , en u n n u e v o paso, a s u s t it u ir el s u s tra to d e c u lt o , cíe que* carecía
la p o e sía , p o r u n s u s tra to s u b je tiv o en la estética d e la p r o d u c c ió n . í.a
« u n ic id a d d e l a u to r» p r o p o r c io n a ia a u t e n t ic id a d de su a c c ió n , y «con
ia s e c u la r iz a c ió n de! arte a p a re ce la a u t e n t ic id a d en el lu g a r d e l v a lo r de
c u lto » ( W A 1. 2. 4 8 1 ). B e n ja m ín ha p re s u p u e s to tá c ita m e n te , p e ro n o

ha m o s tr a d o , el p ro c e s o h is t ó r ic o im p lic a d o en tal tesis ( e s c o n d id a a d e ­


m ás en u n a s im p le ñ o ra). Si lo h u b ie ra in t e n t a d o se h a b n a e n c o n t r a d "
c o n q u e la n o rm a esté tica de a u t e n t ic id a d ( d e fin id a p o r H a b e r m a s en
su T eo r ía d e la a c c i ó n c o m u n i c a t i v a c o m o , e n u n c ia d o e x p re s iv o y q u e
e x ig e la tr a n s p a r e n c ia 'd e la a u to e x p o s ic ió n ) p e rte n e ce , d esd e u n p u n to
de v ista h is t ó r ic o , a la fase d e l in d iv id u a lis m o m ilit a n t e d e la era b u tr
gttesa. N o se la p u e d e e n c o n t r a r antes, s in o q u e está in c lu id a en la c r í t i ­
ca al s u je to a u t ó n o m o , v c o n s t it u y e así s ó lo u n e p is o d io en la h is to ria
d e la e x p e rie n c ia e s te tic a 1". B e n ja m in o b se rv a en u n a o c a s ió n : "ía im a ­
g e n d e u n a V ir g e n m e d ie v a l n o era a u té n tic a en la é p o c a d e su c o n f e c ­
c ió n ; es a lg o q u e o c u r r ió en los s ig lo s p o ste rio re s. V q u izá s, m u c h o más
in te n s a m e n te , en lo s a n te rio re s'! ( W A 1. 2. 4 7 6 ). P o r lo q u e n o se p u e ­
d e g e n e ra liz a r a to d a la h is to ria d e l arte la tesis: «el a q u í y el a h o ra d e l
o r ig in a l c o n s titu y e el c o n c e p t o d e su a u te n tic id a d » . E l a q u í y el ah o ra
d e la M a d o n n a d e t e r m in a b a su a u ra c o m o v a lo r d e c u lt o , q u e e x c lu ía
p er se fa c u e s t ió n de la a u te n tic id a d . P o r o tra p arte , el aura d e a u t e n t ic i­
dad dei F a m to c o m o c r e a c ió n ú n ic a d e G o e t h e n o d e p e n d e d e i a q u í v
a h o ra d e su p r im e r a re p r e s e n ta c ió n en W e im a r. ¿ C ó m o y p o r q u é m e - i
d ia c io n e s a p a re ce la a u t e n t ic id a d en el iu g a r d e l v a lo r c u lt u a l? ¿A q u e
ssrve ia h ip ó te s is d e q u e e! au ra d e l arte a u t ó n o m o d e riv a d e l aura d e lo
s ag rad o ?
E l c o n c e p t o b e n ja m in ia n o d e au ra p a rc e a d q u ir ir su fu e rza h e r m e ­
n é u t ic a c u a n d o se e x c iu v e d e ia tesis n o d e m o s tra d a de ia s e c u la r iz a ­
c ió n , y c u a n d o se e n t ie n d e c o m o u n a d e t e r m in a c ió n en el c o n t e x to de
la e s té tic a de la re c e p c ió n y d e m o d o re tro s p e c tiv o : «la m a n ife s ta c ió n
d e u n a le ja n ía , p o r c e rc a n o q u e esté lo q u e evoca». Es a lg o q u e se e x p li­
ca t a m b ié n a p a r t ir d e l fa m o s o te x to h e g e lia n o c it a d o p o r B e n ja m in
( W A L 2, 4 8 2 ): «Las b ella s artes... n a c ie ro n e n la Igle sia m ism a ..., a u n ­
q u e ... ei a rte p r o v ie n e de! p r i n c i p i o d e l arte». P u e s lo b e llo d e la Im agen
d e c u lt o n o d e riv a en H e g e l d e su v a lo r d e c u ito : la p ie d a d s ie m p r e ne-

!t> I a h i s t o r i a d e los c o n c e p t o s m u e s t r a q u e ía c u e s ti ó n d e b s i n c e r i d a d s ó lo se en r i h u ­
y ó a u n a p e rd o n a a p a r t i r d e M o n t a i g n e y S h a k e s p e a r e , y q u e I t u l tn ti e in v ir­
tió en n o r m a es tá ti c a en ci sig lo XVfJL.a p a r t i r d e h p r e t e n s i ó n d e R o u s s e a u d e a f i r m a r su
p i o p i a d e s c r i p c i ó n . i n c l u s o e.fi los er rores y , e n g a ñ o s . I aj p r o u ln u 7 n ln f ó r ­
m u l a d e D i h h e y : « v i v e n c ia v poesía-*. V e r . del a u t o r . A sth etisi'h e hrfahru> i% u n A h t r m r i t c h r
H crm t'n t'u tik . F r an fíf u rr . I 9 ~ 7 . pp. 2 4 0 , >S4.

16 7
c e s itó im á g e n e s p a ra su d e v o c ió n , « p e ro n o im á g e n e s b e lla s , q u e in c lu s o
p o d ía n ser u n o b s tá c u lo » . L o b e llo , a u n q u e se p e rc ib e e n p r im e r lu g a r
e n la im a g e n de c u lt o , es a lg o q u e su rg e p re c is a m e n te de la n e g a c ió n de
su v a lo r d e c u lt o , a saber, en la re c e p c ió n de u n c o n t e m p la d o r q u e ya
n o se p resta al r itu a l d e la d e v o c ió n . Y c u a n d o u n c o n t e m p la d o r m o ­
d e r n o s ie n te d e n u e v o la b e lla a p a r ie n c ia de la o b ra c lá s ic a de arte c o ­
m o u n v a lo r d e c u lt o , o c u r r e q u e la a c r it u d c o r r e s p o n d ie n t e a u n a c o n ­
t e m p la c ió n q u e se o lv id a d e sí m is m a , c o n s t it u y e u n a s a c r , ilin a c ió n
s e c u n d a r ia d e l aura d e a u t e n t ic id a d q u e el g e n io o r ig in a l d e l id e a lis m o
a le m á n h a b ía p r e t e n d id o c re a r p r im a r ia m e n t e c o m o in d i v i d u o a u tó n o ­
m o. E l c u lt o d e lo in d i v i d u a l se c o n s t it u y ó c o m o u n a c to d e p r o v o c a ­
c ió n e n lu g a r d e i c u lt o re lig io s o ; y si se h a b ía de « s e c u la riz a c ió n p r o v o ­
c a d o ra » , e ilo s ig n ific a s o la m e n te q u e el a u ra de la o b r a au tó tio in a.n .g . es
a lg o p r e s ta d o , s in o m ás b ie n a lg o p r o d u c i d o ■}'..l e g i t i m a d o .c a r a o .el.
m u n d o p r o p io d e l p o e ta q u e se cree p r o m e te ic a m e n t e « o tro d io s», S ó lo
u n a re c e p c ió n regresiva h a e n t e n d id o esta e m a n c ip a c ió n de las bellas
artes d e su u t ilid a d s e c u la r (p ro c e s o q u e c u lm in a en ia e s té tic a d e la
ilu s t r a c ió n ) , c o m o el s u s t it u t o d e u n a r e lig ió n d e l arte, s in te n e r en
c u e n ta q u e , c o m o a d v ir t ió H e g e l, « n o s o tro s esta m o s m ás a llá de v e n e ­
ra r d iv in a m e n t e las o b ra s de arte y de s u p lic a rla s» .
E v id e n te m e n te , n o se d e t e r m in a d e m o d o u n á n im e el au ra d e la
o b r a d e arte en el c a m in o h is t ó r ic o d e las artes h a c ia su a u t o n o m ía ,
p u e s to q u e lo e s té tic o n o está f u n d a d o p e r se en el v a lo r d e c u lt o , s in o
q u e lo tra s c ie n d e d e s d e el p r in c ip io , y ta m b ié n d e s p u é s c o n t r a t o d o in ­
te n to de s a c r a liz a d ó n d e l arte. P o r eso, la d e t e r m in a c ió n fu n d a m e n ta l
de! a u ra , q u e B e n ja m ín d ia g n o s t ic ó p r im e r o , d é m o d o c a ra c te rís tic o ,
en la rase a e su d e s a p a r ic ió n , tie n e u n tin te b á s ic o c la r a m e n te n o s t á lg i­
co, y su d e f in ic ió n (« a p a ric ió n ú n ic a d e u n a le ja n ía , p o r c e r c a n o q u e es­
té lo q u e evoca») p u e d e s ig n if ic a r ta m b ié n o tr a cosa: el s u c e d á n e o d e lo
santQ,_ej..aquí.,y a h o r a d e l o r ig in a l, el " t e s t im o n io h is t ó r ic o d e l ob jeto »
( W A 2, 4 7 7 ) , la a u t e n t ic id a d de Sa c r e a c ió n s u b je tiv a , la a p a rie n c ia de
a u t o n o m ía de j a o b r a , d e l arte b e lla ( W A ¡, 2. 4 8 6 ) y, fin a lm e n te , la
a p e r tu ra de la m ira d a , e n la r e la c ió n d e l h o m b r e c o n la n a tu ra le za : «ex­
p e r im e n t a r el a u ra de u n a m a n ife s ta c ió n s ig n ific a h acerse c o n la c a p a c i­
d a d d e a b r ir la m ira d a » ( W A í , 2, 6 4 6 -7 ). E sta b e lla m e tá fo ra , fo rm a d a
al a m p a ro d e i verso d e B a u d e la ir e acerca d e l T e m p lo d e la N a tu ra le z a
(«L’ h o m m c v passe á tra vers des fo ré ts d e s y m h o le s / q u í ¡’ o b s e rv e n t
avec des rega rd s fa m ilie rs » ) , es d e m a s ia d o b e lla c o m o p a ra ser a q u í h is ­
tó r ic a m e n te ve rd a d e ra , es d e c ir, v á lid a c o m o I n d ic e e s té tic o d e la m o ­
d e r n id a d q u e c o m ie n z a . Pu e s, c o n su p o e m a C o í jc s p o n d í t n c e s , B a u d e la i­
re h a . m a r c a d o el u m b r a l e n tre la..experiencia a u rá d e a d e la n atu ra le za
e n el r o m a n t ic is m o v la le ja n ía d e Sa n a tu ra le z a d e .u n a n u e v a era, en la

168
q u e «se h a inscrito... ia decadencia del aura» ( W A I. 2. 6 4 8 ). E n ei p oe ­
m a m is m o se cica la m ira d a a b ie rta d e !a n a tu ra le z a q u e se d e s p ie rta v
se re tira, para a b r ir a ia líric a u n a n u e v a e x p e rie n c ia : !a sinestesia de u n a
p e r c e p c ió n e sté tica q u e d e s c u b re c o r r e s p o n d e n c ia s e n tre olores, c o lo re s
Y ra n o s « q tii c h a n t e n r les tra n s p o rts des e s p rits e t des serts», v p o r eso
d e ja n tras d e sf los v ie jo s s ím b o lo s de u n a c o m p r e n s ió n a n t r o p o c é n t r ic a
d e fa n a tu ra le za . P a ra salvar para la m o d e r n id a d su c o n c e p t o de au ra ha
s u s t it u id o B e n ja m ín '■■las c o r r e s p o n d e n c ia s n atu ra le s» p o r «los lu g ares
cíe la m e m o r ia in v o lu n ta r ia » , V la lír ic a de B a u d e la ir e p o r la p o esía del
re c u e rd o de P r o u s t ( W A I. 2, 6 4 7 ) " . 'Q u e r ía así a p o v a r u n c o n c e p t o de
au ra , q u e in c lu y e s e en el re c u e rd o la " a p a r ic ió n ú n ic a d e la lejan ía», v
c o n e llo «el c a rá c te r d e c u lt o d e l fe n ó m e n o » (es d e c ir, «lo e s e n c ia lm e n te
le ja n o c o m o inaccesible»). M e p a re c e ría m ás c o n v e n ie n t e subordina/
lo s « d atos d e l re cu e rd o » n o al au ra <;i:c ■

:•_■d esvan ece. -.Inu a !:'■ Inn-ll.i
q u e se m a n ifie s ta . Pues lo e s e n c ia lm e n re le ja n o ya n o es en P r o u s t lo
in a c c e s ib le , q u e se sustrae en la in t e m p o r a lid a d de ia im a g e n de c u lt o ,
s in o !a in a c c e s ib ilid a d de u n t ie m p o v iv id o q u e se sustrae a ía m em o r ia
in v o lu n ta r ia . E s lo s u m e r g id o en el o lv id o , lo e n c e r ra d o , p e ro ta m b ié n
c o n s e r v a d o , a q u e llo de lo q u e se a p o d e ra el r e c u e r d o in v o l u n t a r i a , si es
c a p a z d e a b r ir en el in e s p e ra d o «ahora d e l r e c o n o c im ie n t o " u n a p u e rta ,
a lo p a sa d o , h a c ie n d o r e c o n o c ib le la h u e lla en la q u e p o d e r re e n c o n tra r
la re a lid a d p e r d id a en el a u ra d e lo a u té n tic o .
F l s io a de la p o esía d e l re c u e rd o d e s c u b ie r ta p o r P r o u s t, a rra n ca d a
al in c o n s c ie n t e , es el a u ra q u e se o p o n e j,ustail>ente,,.a,jg a n a m n e s is p la ­
t ó n ic a b asad a en la r e fle x ió n . B r o t a d e la 4 ia ié c t K £ „ ¿ c h u elta v au ra q u e
B e n fa m m h a ce v is ib le en el lu g a r en el q u e el arte h a - e s e ¡ p id o t o t a l­
m e n te «del r e in o de la b e lla a p a rie n c ia » ( W A I. 2, 4 9 ! ) , en el c in e , en
c u a n t o 'a rre "e sp e cífic o de la era de la r e p r o d u c c ió n té cn ic a . Es a h í f i n a l ­
m e n te d o n d e se o b t ie n e u n a g a n a n c ia d e la d e s t r u c c ió n d e l a u ra , la
r u p t u r a d e l c u lt o y la s u p e r a c ió n d e la a u t o n o m ía estética: la d e s r itu a li
z a c ió n to ta l del arte q u e lib e ra al c o n t e m p la d o r , hasta a h o ra a is la d o , en
u n a re c e p c ió n c o le c tiv a . D e la q u e B c n ja m in e s p e ra b a u n a a c t it u d d el
p ú b lic o c r ít ic a y g o zosa a la vez ( W A I. 2, 4 9 7 ), y c o n e llo n ad a m e n o s
q u e la i lu m in a c ió n p r o fa n a c a p a z d e a p o d e ra rs e de la cosa m is m a , en
s u m a , la p u e s ta en p r á c tic a d e la e x p e rie n c ia estética. .Sin e m b a rg o , n o
d e b e ría h a b e r s id o la a lte rn a tiv a fatal e n tre e s re ti? a c íó n de la p o lít ic a v
p o lit iz a c ió n d e l arte 1a ú lt im a p a la b ra de la d ia lé c t ic a b e n ja m ín ia n a e n ­
tre h u e lla y aura en el fin a l a p e la tiv o de su a r t íc u lo s o b re La ob ra d e
a r t e ... E l tra b a jo S o b re a lg u n o s tem a s e n B a u d e la ir e , te r m in a d o p o r las

l! C f r .. Á s i h r t i s c h f Frfn h ru r¡$ r.... p. 1 ^4 s.

169
m ism a s fech as, q u ie re s a lv a r el a u ra d e lo b e llo e n la h u e lla de u n a «ex­
p e r ie n c ia se g u ra fr e n te a ia crisis», m e d ia n te la q u e el v a lo r de c u lt o del
arte, tan im p e r t u r b a b le m e n t e b u s c a d o , c o n s ig u e o t r o s e n t id o g e rm in a -
m e n te p r o fa n o y c o m p le t a m e n t e d is t in t o : <.Lo h e lio es, seg ú n su e x is ­
te n c ia h is t ó ric a , u n a lla m a d a p a ra q u e se re ú n a n los q u e antes se h an
a d m ir a d o d e él. E l ser c a p r a d o p o r lo b e llo es u n a d p i a r e s ir é c o m o los
r o m a n o s lla m a b a n a la m u e rte . L a a p a rie n c ia d e lo b e llo c o n s is te , en es­
ta d e t e r m in a c ió n , e n q u e ei o b je t o id é n t ic o p o r el q u e se afa n a la a d m i­
r a c ió n n o se e n c u e n t r a e n la o b ra . L a a d m ir a c ió n re co g e lo q u e g e n e ra ­
c io n e s a n te rio re s lia n a d m ir a d o e n ella» ( W A I. 2, 6 3 8 ). M á s a d e la n te
v o lv e ré s o b re las im p lic a c io n e s h e r m e n é u tic a ; cié esta f ilo s o fía d e la H is ­
to ria e sté tica y te o ló g ic a .

III

« Q u e la in d u s t r ia es riv a l de Jas artes». E s te verso fin a l de la c a n ­


c ió n c ita d a p o r B e n ja m in al c o m ie n z o de su O b r a f i e lo s P a sa jes n o se
d e s a rro lla e x p líc ita m e n te en el c u r s o d e l lib ro . C ie r t o q u e la in m e n s a
d o c u m e n t a c i ó n a p o r t a d a c o m p r e n d e las g r a n d e s r e a liz a c io n e s d e ia
p r o d u c c ió n in d u s tr ia l: c o n s t r u c c io n e s de in g e n ie r ía d e í h ie r ro , e m p le o
d e l c rista l, ilu m in a c ió n , fo to g r a fía , g rá fic a p u b lic it a r ia , fo lle t in e s , e x p o ­
s ic io n e s , u r b a n is m o d e H a u s s m a n n . .. S in e m b a r g o estas p e rs p e c tiv a s
n o c o n d u c e n a u n a h is t o r ia d e la r iv a lid a d e n tre artes tr a d ic io n a le s e i n ­
d u stria le s . E n la s ín tesis fra g m e n ta ria P a rís, c a p i t a l d e l s i g l o A7,v, a p a re ­
c e n e s p e c ia lm e n te lo s pasajes e in te rio re s , los escaparates y lu g a re s de
e x h ib ic ió n c o m o « s e d im e n to s d e u n m u n d o de sueños» («cada é p o c a
s u e ñ a la s ig u ie n te » ), c u y a v is ió n fu e lib e ra d a a n te to d o p o r el s u rre a lis ­
m o , c u a n d o r e c o n o c ió ias « ru in a s de la b u rg u e s ía » p r o n o s tic a d a s p o r
B a lx a c , c o n v i n i e n d o en e s c o m b ro s io s s ím b o lo s d e l d eseo ( W A 1, 59).
C o m o si la id e a h is t ó r ic a d ir e c t r iz d e tin a p r o t o h is t o n a d e l s ig lo X I X y
su c o r r e la t o p o é t ic o , la m o d e r n id a d c o m o t ie m p o de in f ie r n o ( c o n t r a f i­
g u ra d ia lé c t ic a d e i m u n d o d e m e rc a n c ía s s a in t s im o n ia n o ) , h u b ie r a fas­
c in a d o ia m ir a d a m e la n c ó lic a , la s ín te s is de e sb o zo s y, a m e n u d o , b r i­
lla n te s d e s c r ip c io n e s , in c o r p o r a lo q u e e n la m it o lo g ía de la m o d e rn a
B a b ilo n ia o en la p a to g r a fía d e la c o n c ie n c ia c o le c t iv a c o n s t it u y e un
h o m e n a je aj « carácte r fe tic h is ta d e ía m e rc a n cía » . C o n e llo q u e d a casi
fu e ra de c o n s id e r a c ió n lo q u e ta m b ié n se revela en esta c ris is d e la p e r­
c e p c ió n y e n la c r e c ie n te a lie n a c ió n de la e x p e r ie n c ia m u n d a n a , las
h u e v a s fo rm a s d e a rte q u e re c o g e n d e l d e s a r r o llo ,im p e t u o s o de la c i v i l i ­
z a c ió n té c n ic a , el d o m i n i o d e las ru jevas d e t e r m in a c io n e s de su f u n c ió n
s o c ia l y la mediación d e Sos m o d e lo s y e x p e rie n c ia s .d e l v ie jo arte «aurá-

170
rico'*- E l d e s a r r o l l o d o las tu e rz a s m o d e r n a s d e p r o d u c c ió n en el
íig lo XIX n o s ó lo h a ( 'e m a n c ip a d o las fuerzas c o n fig u r a d o ras d e l a r r e
( W Á v. I, 59). s in o q u e t a m b ié n , y a la in v e rsa , ha s a ca d o el arte d e l re i­
n o a u t ó n o m o d e la b e lla a p a rie n c ia y lo ha r e n o v a d o en su d e b e r so c ia l
q u e n o se re d u c e s im p le m e n t e a su « u t ilid a d " . Q u is ie r a a h o ra en los
tres e je m p lo s q u e s ig n e n , a c la ra r la h u e lla d e s c o n o c id a de u n a n u eva
e x p e r ie n c ia e sté tica e n fo r m a c ió n , c a p a z ,le u v q 'íih b t a : h p e d i d a c>;
a u ra e n éf p ro c e s ó a lie n a n te de la p r o d u c c ió n in d u s t r ia l d e m e rc a n c ía s ,
s in p o r e llo p leg arse a la id e o lo g ía d e l p ro g re s o d o m in a n t e .

1. A d o r n o , en su c r ít ic a a !a c o n c e p c ió n n o d ia lé c tic a d e B e n ja m in
acerca d el « carácter fe tic h is ta d e las m e rcan cías,,, ha p u e s to d e re liev e «el
lu g a r de la lib e r a c ió n d e las cosas de su s e r v id u m b r e d e u t ilid a d " , c a ra c ­
te r iz á n d o lo c o m o «el p u n t o g e n ia l d e in fle x ió n para u n a s a lv a c ió n d ia ­
lé c tic a d e ia m e rc a n cía » , y ha d e se a d o u n m ás a m p lio d e s a rro llo d e la
c u e s t ió n ( W A V. í, 1 135.)- Ese lu g a r está en e! c o n t e x t o de u n c a p ít u lo
p r o y e c t a d o .p.oE...Benjani¡.n, s o b re « lo in te r io r » , q u e c o n s id e r a b a c o m o
u n o de los p u n to s m ás d e s ta c a d o s en su p ro v e c to de j n d a g i r ;jeri..,e!„:SÍgnj;~
fieado d e l o s a i t i i b i o s d e .la e x p e rie n c ia m un d an a hasta el a rt n ou vem e.
« p a ra el h o m b r e p r iv a d o a p a re ce p o r p r im e r a vez el e s p a c io v ira ! en
c o n t r a p o s ic ió n c o n el lu g a r de tra bajo . E se e s p a c io se c o n s titu y e en el
in te rio r. E l h o m b r e p r iv a d o , q u e lleva la c o n t a b ilid a d en la o fic in a d e la
re a lid a d , ex ig e d e l in t e r io r el m a n t e n im ie n t o cié sus ilu sio n e s.,, C o n s t i ­
tu y e p ara el h o m b r e p r iv a d o el u n iv e rso . E n él se re ú n e lo le ja n o y lo
j> asado. Su s a ló n es u n p a lc o d e i te atro del m u n d o » ( W A v.I, 52). Se
h a c e así u n d ia g n ó s tic o in n u c e d e !a a p a r ic ió n d e l m u se o im a g in a r io ,
a u n q u e v a lo ra d o to d a v ía peyorativam ente, y c o m ienza para el_cole ccio­
nista u n a h u e lla q.n: p u e d e < . . > > ! la p é r d id a de la e x p e rie n c ia au rá-
tica. Su in t e r io r es el lu g a r d e re fu g io ,3 e [ .arte: «el c o le c c io n is t a n o s ó lo
su e n a en u n m u n d o le ja n o o p a sa d o , s in o ta m b ié n en u n o m ejor, en el
q u e las cosas estén lib re s de la s e r v id u m b r e d e la u tilid a d » ( ib id . 53).
P o r d e s g ra c ia este c o m ie n z o tan a m p lio d e B e n ja m in , q u e h u b ie r a p o d i ­
d o c o n d u c ir le a u n a m ás justa v a lo r a c ió n d e l tan d e n o s ta d o « e steticis­
m o », se q u e d a en la e x p lic a c ió n d e su p r o p io a fo ris m o . C r e e te n e r q u e
c r it ic a r al c o le c c io n is t a p o r q u e p r o p o r c io n a a las cosas q u e tra n s fig iira
«só lo el v a lo r d e l afición,j.clq,.e-n lu g a r d e l v a lo r d e l u su ario» ,..5in e m b a r - ,
g o , la lib e r a c ió n d e las cosas d e su c a rá c te r d e m e rc a n c ía s n o c o m ie n z a
c o n 's u " v a lo r a c ió n p o r el v a lo r d e Qsó (q ue se g ú n A d o r n o p e rte n e c e «al
e s ta d io .a n te r io r a la d iv is ió n deí,.tfab,ajo'!, W Á I, 1 13 0), s in o a su .valor
d e a g ra d o e x e n to d e , u t ilid a d (ver H 3 9 , I), c o m o m u e s tra p re c is a m e n te
la o b ra d e arte que;, en c u a n to ,.« m e rc a n c ía sui generis», se sustrae a la.
« d is tin c ió n te o ló g ic a - de v a lo r de u so v v a lo r de c a m b io .

171
E n o t r o lu g a r ha c a ra c te riz a d o B e n ja m in , p o r el c o n t r a r io , e l. c o le c ­
c ion ism o, en « o p o s ic ió n d ia m e tr a l a ía u t ilid a d » colocándolo b a jo «la
n o ta b le c a te g o ría de ia c o n i p l c t i n i d ' . S e ría u n m a g n íf ic o in t e n t o de s u ­
p e ra r lo ir r a c io n a l d e su m era p re s e n c ia m e d ia n te su in c a r d in a c ió n en
u n n u e v o s is te m a h is t ó r ic o y e x p líc it o , la c o le c c ió n » ( H I a, 2). E l id e a l
d e lo c o m p le t o e n el c o le c c io n is m o in c o r p o r a la a r b it r a r ie d a d d e la tra ­
d i c i ó n e n u n . c o n t e x t o n u e v o q u e , en ta n to q u e s is te m a h is t ó r ic o , su pe­
ra la a r b it r a r ie d a d d e la re a lid a d pasada en. la otclai.ac.ÍQn..del....recucr¡;to.
:l I 2, 7). C o le c c io n a r , c o m o <¡forma d e j.re c u e id Q p r á c tic o s n p .r e s titu y e
¡o a u r á t ic o « co m o r e a lm e n te fue», s in o q u e s ig u e la h u e lla de la a p r o ­
p ia c ió n p a ra tra e r lo le ja n o na la m ás p re c is a m a n ife s ta c ió n d e ia c e rc a ­
nía» ( H ía, 2). E s t o a c la ra u n a r e fle x ió n de B e n ja m in m u y im p o r t a n te ,
a u n q u e al p r i n c i p i o s o r p r e n d e n te : «el v e rd a d e ro m é t o d o d e h a c e r p re ­
sentes a las cosas c o n s is te en re p re s e n ta rla s en n u e s tro e s p a c io (y n o no-
..sp tfós,en ¿I suy o ).,. A s í es tam b ién la m irada, verdadera, a Jas g ra n d e s
cosas de! p a s a d o - l a c a te d ra l d e C h a rtr e s , el t e m p lo d e P a e s t u m - cu.an,r
d i) fu n c io n a : las r e c ib im o s en n u e s tro e s p a cio , R o nos. trqsladam o s -n o -
s o tro s a ellas, e llas e n t r a n e n n u e s tra v id a n ( H 2, 3; P P I, j 2). E l «ver­
d a d e ro m é to d o » se o p o n e así en c u a n t o a p r o p ia c ió n a la in t u ic ió n d e l
h is t o r ic is m o : le afe cta a éste ei re p r o c h e d e la falsa c o n c ie n c ia , y n o el
m u se o im a g in a r io q u e el c o le c c io n is t a se c o n s tr u y e c o n la « m ira d a de
u n g ra n fis o n o m is ta » ( H 2, 7).

2. Con m o t iv o d e l a n á lis is d e lo s d o c u m e n t o s acerca de ias c o n s ­


tr u c c io n e s de h ie r r o y las e x p o s ic io n e s u n iv e rsa le s, B e n ja m in a p ro v e c h ó
la tesis d e M a r x s e g ú n la c u a l «al p r i n c i p i o la v ie ja Form a de lo s m e d io s
d e p r o d u c c ió n d o m in a s o b re su n u e v a Form a» ( F 2 9 , 5), p ara c o m p le ­
ta ría d ic ie n d o q u e este p ro c e s o desata en la c o n c ie n c ia c o le c t iv a im á g e ­
nes d e deseos «en lo s q u e lo n u e v o se m e z c la c o n lo a n tig u o » (1, 46}.■
S in e m b a r g o los s u e ñ o s de los in g e n ie r o s y a r q u ite c to s en la m a rc h a
t r iu n fa l de ias fo rm a s h e rm a n a d a s d e l h ie r r o f u n d id o y ei c ris ta l n o fue-
r o n e n lo s c o m ie n z o s d e ¡a p r o d u c c ió n in d u s tr ia l, regresivos. N o ,se v io
e n la n u e v a té c n ic a d e la c o n s t r u c c ió n d e h ie r ro ta n t o « u n a c o n t r i b u ­
c ió n a la r e n o v a c ió n d e l arte d e c o n s t r u ir en el a n t ig u ó s e n tid o g rieg o »
(I, 4 5 ), c u a n t o su s u p e r a c ió n p o r «otro..arte» d e s tin a d o a «elevarse p o r
e n c im a .d e lo h e lé n ic o y m e d ie v a l ta n to c o m o el s is te m a m e d ie v a l de
b ó v e d a s s u p e ró lo s a rq u itra b e s d e l m u n d o a n tig u o » (B o e rric h e r , c it. F
1, 1). A h o r a b ie n , la r e la c ió n d e lo a n t ig u o y lo n u e v o es d ife r e n te pese
a la a p a rie n c ia d e u n a «m ezcla» c o n t in u a ( W A í , 4 6 ). C u a n d o to d a v ía
n o se re c o n o c e ia n a tu ra le z a f u n c io n a l de! h ie r ro , la vieja fo rm a re cu b re
la n u e v a f u n c ió n (p.e. v a g o n e s de fe r r o c a r r il c o n fo rm a s de c o c h e s , b 7,
3 ). L a f u n c ió n a n tig u a y la n u e v a p u e d e n a p a re c e r h e r m a n a d a s c o m o

172
e n el pasaje, q u e « f u n c io n a lm e n t e e n t r a ya en lo s a m p lio s e s p a c io s
c o n s t r u id o s c o n liie r r o , p e ro a r q u it e c t ó n ic a m e n t e p e rte n e ce to d a v ía a
lo s a n tig u o s « p ó rtic o s» , y p o r e llo c o n s e rv a to d a v ía a lg o sagrado» {«un
resto d e n ave d e ig lesia c o n m e rc a n c ía s q u e es en re a lid a d u n pasaje»).
P e ro el lu g a r de p r o d u c c ió n d e lo n u e v o p u e d e ta m b ié n «citar» viejas
fo rm a s d e v id a p ara e x o r c iz a r lo in q u ie t a n t e d e i m u n d o in d u s t r ia l y h a ­
c e r lo a p a re ce r m ás f a m ilia r (fá b rica s c o n g a lería s y escaleras d e c a ra c o l

e n su in te rio r, F 5a, 6). P o r ú lt im o , io n u e v o p u e d e , c o m o a r te in d u s ­


tr ia l p le n a m e n t e d e s a r r o lla d o , in c o r p o r a r la b e lle za n a tu ra l su p e ra d a ,
c o n s e r v a d a c o r n o e n u n m u s e o ( c o m o Tos fa m o s a s á rb o le s d e las b ó v e ­
das d e los p a la c io s d e c ris ta l q u e se a p r o x im a n a la n u e v a fo r m a de los
invernaderos: F 4, 1: F 4, 2). P e ro el a rte in d u s tr ia l a u tó n o m o puede
ta m b ié n im p o n e r d e m o d o p r o v o c a d o r y t r iu n fa n t e lo n u e v o e n ,e l Iut
g a r d e lo a n tig u o ,} 7
, s a g ra d o , c o m o en la e x p o s ic ió n u n iv e r s a l d e P a rís de
1 8 55: « c u a tro lo c o m o to r a s g u a rd a b a n la e n tra d a d e l a n ex o d e las m á ­
q u in a s , se m e ja n te s a lo s g ra n d e s to ro s d e N í n i v e o a las g ra n d e s e s fin ­
ges e g ip c ia s e n la e n tra d a de ios te m p lo s » ( G 8 9 , 2).

3. L o q u e B e n ja m ín d ic e a c e rc a d e las E x p o s ic io n e s u n iv e rs a le s
p u e d e e x tra ñ a r a u n le c to r a ctu a l. S o n «los lu g ares de p e r e g r in a c ió n de
las m e rc a n c ía s c o m o fe tich e s» , «la alta escue la en la q u e las m asas, a p a r­
tadas cíel c o n s u m o , a p re n d e n el v a lo r de c a m b io : v e rlo to d o , n o c o g e r
nada** ( G 16, 6). P a re c e u n a o p in ió n , c o n s e r v a d o ra en eí fo n d o , q u e
G e o r g M a a g , en su a n á lis is de los d o c u m e n t o s de la é p o c a h a re v isa d o
ra d ic a lm e n te . A lo s te s t im o n io s d e u n a e u fo r ia a m e el p ro g re s o té c n ic o
e in d u s t r ia l q u e d e s b o r d a to d a e x p e c ta tiv a , s u c e d e n a h o ra s ín t o m a s de
u n a a n g u s tia in c o n t e n ib le a n te el exceso d e l p o d e r h u m a n o q u e afe cta
a las v iv e n c ia s y deseos c o le c tiv o s , p e ro q u e ta m b ié n p r o p o r c io n ó el i m ­
p u ls o p a ra u n a n u e v a esté tica d e la era in d u s tr ia l. L l c a p ít u lo de M a a g
s o b re el « P a la c io d e c rista l» d e s c u b re la d ia lé c tic a de in d u s t r ia y sue ñ o ,
q u e B e n ja m ín n o v io , el c a m b io de la r e a lid a d té c n ic a , d o m in a d a en
fa n ta s m a g o r ía , en las viejas p ro m e s a s d e l m it o ( T o rr e d e R a b e l), v la le ­
y e n d a q u e , en e s c rito re s p ro g re s is ta s c o m o G a u t ie r , c r is t a liz a en lo s
n u e v o s m ito s d e i o r ie n t e leja n o : «la e x p e rie n c ia , q u e p e rm a n e c e b lo ­
q u e a d a ..p o r- la .a b s tra c c ió n d e las a u té n tic a s c o n d ic io n e s d e la v id a , se
e v ad e a lo, im a g in a r io » 1". P o d r ía traerse a B a u d e la ir e c o m o te stig o p r i n ­
c ip a l. B e n ja m ín ha c ir a d o su in f o r m e s o b re la E x p o s ic ió n U n iv e r s a l d e
1855, p e ro n o lo h a v a lo r a d o s u f ic ie n t e m e n t e ( G 15 9, 2). B a u d e la ir e
se e n fr e n t a c o n la c o n c ie n c ia ele u n c a m b io d e é p o c a m e d ia n te la pre-

1! K unst itnr! ¡n riu n n e im '/ñ ta ltc r rtrr ersum WelitutsUeHunvcn. M il fic hen, 1 9 8 rt, p. "’R s.

173
g u n ta re tó ric a acerca de q u é d ir ía u n « m o d e rn o W in c k e lm a n n » a n te la
b e lle z a ex tra ñ a , aje n a e in e x p lic a b le m e n t e fa s c in a n te d e u n a e x p o s ic ió n
c h in a . E l c lá s ic o W in c k e lm a n n , y c o n el el c a n o n <le ia estética a u t ó n o ­
m a, de la filo s o fía d e l arte y d e las n o rm a s d e l v ig e n te a c a d e m ic is m o ,
re h u s a ría a b s o lu ta m e n te (« c u a lq u ie r p u e b lo es a c a d é m ic o c u a n d o juzga
a los o tro s , c u a lq u ie r p u e b lo es b á rb a ro c u a n d o es ju z g a d o » , p. 6 8 2 ).
C o m p a r a r y ju z g a r el p lu r a lis m o fu n d a m e n ta ! d e lo s p r o d u c t o s e x p u e s ­

tos d e to d a s las n á d ó r ié s e x ig e u n c a m b io ra d ic a l cíe s e n s ib ilid a d . I I


c o n t e m p la d o r c r ít ic o d e b e ría a p re n d e r a "a p ro p ia rs e de io q u e e x c lu y e el
s u p u e s to c a n o n in t e m p o r a l de la b e lle z a , y r e c o n o c e r en lo e x tra ñ o , e x ­
tra v a g a n te e in d ivid u a l, el c o m p e n d io 3c u n a n u e v a «belleza u n iv ersal» .
L a n u e v a e s té tic a d e las e x p o s ic io n e s u n iv e rs a le s n o p u e d e a d q u ir ir s e
m e d ia n te , u n a f o r n ia c ió n h is t ó r ic a , s in o m ás b ie n m e d ia n te u n a n u eva
d e s p re o c u p a c ió n , o in g e n u id a d , q u e b u s q u e y re c o n o z c a e n .la m u l t i p li ­
c id a d d e lo s p r o d u c t o s a rt ís tic o s la n o v e d a d in d e r iv a b le tic regla a lg u n a
(p. 6 8 3 ),
L a r e n u n c ia ai h is t o r ic is m o y al a c a d e m ic is m o q u e á b re la m ira d a a
la « b e lle za u n iv e rs a l» s in c r ó n ic a de jas artes re u n id a s e n el m u s e o im a g i­
n a r io d e ..k_ex.posici.0n u n iv e rs a l, im p lic a p a ra Baudelaire una vehem en­
te re n u n c ia a ja id e a d e p ro g re so : « q u ie n q u ie ra ver c ia r o en la h is to ria ,
d e b e a n te t o d o a p a g a r ese fa n a l p é r fid o » (p. 6 8 5 )- E ste t e s t im o n io , d i r i ­
g id o al «francés m e d io » , le c to r d e p e r ió d ic o s , « a m e ric a n iz a d o ( ¿ n e o lo ­
g is m o de B a u d e la ire ? ) p o r sus filó s o fo s z o o c r á tic o s c in d u s tria le s !', q u e
ya n o p u e d e d is t in g u ir e n tre las m a n ife s ta c io n e s d e l m u n d o fís ic o y d e l
e s p ir itu a l, p o d r ía a c o p ia rs e m u y b ie n a la p e rs p e c tiv a de B e n ja m ín , así
c o m o ta m b ié n eí r e c o n o c im ie n t o p o r B a u d e la ir e d e u n n u e v o c o s m o ­
p o lit is m o , d e u n a « u t ilid a d ig u al» de to d as las n a c io n e s (fre n te a la « in ­
m e n s a a n a lo g ía u n iv e r s a l d e sus p r o d u c t o s (p. 6 8 0 ). L a o tra cara de j a
m o n e d a d e l in d u s t r ia lis m o n o es s ó lo p o r lo ta n to , en la s e g u n d a m ita d
d e l s ig lo X IX ,-ia n u e v a e s té tic a de u aajiü a n '/.a . d e l- a r te y. la in d u s t r ia ,
s in o ta m b ié n m í a n u e v a s o lid a r id a d de..his.,m;isas q u e se a n u n c ia . e u f ó r i­
c a m e n te ( G ÍG a, 2; G 13a, 1). Pu e s, sí b ie n p o r u n a p a rte «la fa n ta sm a -
g o r ía d e la c u lt u r a c a p it a lis t a a lc a n z ó e n la e x p o s ic ió n u n iv e r s a l d e
1 8 6 7 su d e s a r r o llo m ás re s p la n d e c ie n te » , p o r o tra, las d e le g a c io n e s de
tra b a ja d o re s , c o m o el m is m o B e n ja m ín o b se rv a , in ic ia n ya en 1862 la
f u n d a c ió n de la I n t e r n a c io n a l.
L a o b s e r v a c ió n d e B e n ja m ín , d e q u e el d e s a r r o llo d e la té c n ic a i n ­
d u s t r ia l fu e m ás le n t o hasta c o m ie n z o s d e l s ig lo X I X q u e el d e l arte, p e ­
ro q u e d esp ué s la r e la c ió n se in v ir t ió y el p ro c e s o té c n ic o im p r i m i ó su
r it m o ai arte ( G 1, I), n o s h a ce r e c o rd a r el d e s a r r o llo n o s in c r ó n ic o de
las d ife re n te s artes. M ie n t r a s q u e la p o e s ía en la lase m ás a n tig u a fu e ia
p rim e r a en lib e ra rse d e las fu n c io n e s d e l c u lt o , fu e p o r d etrás de las f o r ­

174
m as a rtís tic a s n o a u rá tica s de la p r o d u c c ió n in d u s t r ia l q u e tr iu n fa b a n
e n lo s e s p a c io s d e ías e x p o s ic io n e s m u n d ia le s . En ia ¡oven a lia n z a de
arre e in d u s t r ia la p o e sía n o juega ap enas p a p e l a lg u n o . T e n e m o s c o m o
t e s t im o n io la q u e ja de H i p p o i y t e B a b o u : «¡El arte y la in d u s tr ia ! Sí,
s ó lo p a ra e llo s se ha re se rv a d o en 1 8 5 5 esa in e x t r ic a b le re d d e g alerías,
en ia q u e ios p o b re s lite ra to s n o h a n o b t e n id o m ás d e seis p ie s c u a d r a ­
d o s , el e s p a c io d e u n a p ie d ra fu n e ra ria " ( G ló a , 2). E l le m a e l a rte p o r
e l a rte, e n t e n d id o c o m o el in t e n t o de im p e r m e a b iliz a r «el arte c o n t ra el
d e s a r r o llo de ia té c n ic a " ( W A í, 56), sería s ó lo p o r ei c o n t r a r ío u n en sa ­
y o im p o t e n t e d e a u r o a fir m a c ió n . E s to p u e d e e x p lic a r e n ú lt im o t é r m i­
n o p o r q u é B a u d e la ir e io re c h a z ó c o m o «u n a u t o p ía p u e r ii» 1*. A l m is­
mo t ie m p o em pezó, a! p r in c ip io de m odo t it u b e a n t e , ei
d e s c u b r im ie n t o d e u n a n u eva «poesía d e la in d u s tr ia » , M a a g ha m o s tr a ­
d o q u e la p rim era c o n c e p c ió n p o é tic a d e l m u n d o in d u s t r ia liz a d o , p e r­
m a n e c ió lig a d a a ia c o m p r e n s ió n de a q u e lla n a tu ra le z a d e ja d a atrás p o r
el d e s a r r o llo in d u s tr ia l. E n el e n t o r n o d e las F lo r e s d e ! m a l n o aparece
to d a v ía el m u n d o in d u s tr ia l. S in e m b a r g o ha s id o B a u d e la ir e el q u e ha
p r e p a r a d o ei c a m in o a u n a e sté tica de la m o d e r n id a d in d u s tr ia l al f u n ­
d a r su lír ic a n o e n el c o n c e p t o n o s t á lg ic o de la n a tu ra le z a d e l r o m a n t i­
c is m o , s in o en la e x p e r ie n c ia e s c in d id a d e l m u n d o , p r o g r e s iv a m e n te
a b s tra c to , q u e el s u je to d e las F lo r e s d e ! m a l s o n d e ó e n p r im e r lu g a r v
e je m p la r m e n te en sus p r o fu n d id a d e s y e n s a lzó en sus éxtasis.

IV

L a riq u e z a de in t u ic io n e s o rig in a le s y de p ersp ectiv as m e re ce d o ra s


d e m a y o re s d e s a rro llo s ( c o m o u n a m i s a m p lia h is to ria d e ¡a re c e p c ió n ),
q u e d e b e a B e n ja m ín ia in v e s tig a c ió n sob re B a u d e la ire , n o d e b e ría d e s ­
c o n o c e r las d ific u lta d e s en q u e se e n re d a u n a tesis b ásica de la O b ra d e
lo s p a s a je s traer a B a u d e la ir e c o m o te stig o p r in c ip a l. E stá ya fo rm u la d a
en las P r im e r a s t w t i c í a s (1 9 2 7 -2 9 ), y d esp ué s se re p r o d u c e lite ra lm e n te :
« L a m o d e r n id a d , t ie m p o d e in f ie r n o . C a s t ig o s in fe r n a le s s o n lo m ás
n u e v o q u e se p ro d u c e . N o se trata d e q u e s ie m p r e su ce d a lo m is m o , y
m e n o s de! d is c u rs o s o b re el e te rn o re to rn o . Se tra ta m ás b ie n de q u e el
p eso d e l m u n d o h ace q u e n o c a m b ie nada, ju s ta m e n te en lo q u e es más
n u e v o , de q u e esa n o v e d a d p e rm a n e c e s ie n d o lo m is m o en to d as sus
partes. Es la e te rn id a d d el in fie r n o . D e t e r m in a r ia to ta lid a d de ios rasgos
c o n lo s q u e se d e fin e lo m o d e r n o e q u iv a le a u n a e x p o s ic ió n d e l in fie r n o »

C f r . , W n r n u r í'r 31 ( 1 9 8 5 } . pp. 1 6 - 2 3 .

175
(S 1 .5 ; PP 1( G 17). Ahora bien, la recepción contemporánea da testi­
monio de que los amigos ele Baudelaire hicieron frente a la acusación de
inmoralísimo, buscando justificar al autor de las Florer del mal como ai
«Dante de una época decadente» («es un Dante ateo y moderno, un
Dante llegado después de Voltaire» J 3a, I)1*. Ciertamente se manifiesta
en sus «paisajes del tedio» un «idilio muerto» de la ciudad en muchos as­
pectos (WA 2, 55). Sin embargo el aspecto infernal no constituye el ca­
rácter global de lo moderno en la obra maestra de Baudelaire. Le condu­
ce más bien al lector —por seguir con el paradigma dantesco- a través de
un purgatorio moderno15 y le abre inesperadamente en ios nuevos «pai­
sajes del éxtasis»16 puntos de reposo para el recuerdo y paraísos artísticos.
Con ello, lá experiencia de lo nuevo y lo novísimo no recae siempre de
ninguna manera en lo mismo o en lo más antiguo (ía buscada «protohis-
toria»). La estética de la novedad de Baudelaire afirma su pretensión mo­
ral con el mantenimiento de una curiosidad exploradora, ciertamente
susceptible de engaño, pero siempre inagotable”El verso final del último
poema: «En el fondo de lo incógnito pa.ra encontrar So nuevo», debería,
segú n Benjamin, hacer reconocer io nuevo como «origen de Ja .aparien­
cia» y «quintaesencia de la falsa conciencia (WA I, 55)». Por el contrado,.
hay que recordar que ahí ha renovado Baudelaire un famoso paradigma
tic Dante: el últimó viaje que Ulises emprende más allá de las fronteras
impuestas al hombre, en Sos antípodas dei mundo antiguo, despreocu­
pado del cielo y de! infierno, como provocadoramente dice Baudelaire:
«Queremos, en tanto este fuego nos queme el cerebro / siirriérgirnos en
el fondo, infierno o cielo, no importa». Precisamente lo nuevo hace que
Baudelaire cite a lo antiguo y despierte un pasado muerto, como mues­
tra e n el paradigma de la moda (Ed. Pl. 837 s .) . E s e es el impulso básico
y la función hermenéutica de la estética de la novedad\ desconocidos por
Benjamín, con los que Baudelaire cumple el giró desde el mstorscismo al
esteticismo. Contradice el concepto benjammíano de la regresión de lo
moderno a su «protohistoria» en la misma medida en que se aproxima a
su teorfa acerca de «la actualidad de lo cognoscible», que, para su desgra­
cia, no llega a desarrollar. La propuesta de Benjamín de una «protohisto­
ria de! siglo X IX » ha suscitado la decisiva objeción de Adorno: «La fór­
mula según la cual lo nuevo se mezcla con lo antiguo, me resulta muy

H B arb e y d'Aurevilly (j. 3 a, 1), Thicrry ( |. 26, 1).


B a u d d a ire m ism o d e fe n d ió su lib ro c o n d a r g u m e n to d e q u e se d esc o n o c e ría su
«te rrib le m o ra lid a d * si n o se a te n d ie s e al p r in c ip io d e su c o m p o sic ió n : «A u n blasfem o
o p o n d ría elev acio n es a! cielo , a u n a o b s c e n id a d , flores p la tó n ic a s ... L ib ro d e s tin a d o a re­
p re s e n ta r la ag ita c ió n del e s p íritu en el m al» (cfr., Á sthrtische E ifahm ng..., p. 8 4 8 ).
S eg ú n G . H ess, DU L a n d sch afi in B audek tires FU uri <1n M al, H e id e fb e r^ , 19 5 3 -

176
p ro b lem ática en el contexto de m i c rític a a la im ag en d ia lé c tica com o re­
gresión . N o se reduce a lo a n tig u o , sino q u e lo m ás n uevo , en cuan ro
ap arien c ia y fan tasm ago ría es p recisam en te lo a n tig u o » (W A 2 , 1 132).
S in em b argo , pese a esta crític a, se salva un n úcleo de verdad si nos are­
nem os a u n a refo rm u lació n de la tesis fu n d am en tal en la q u e B en jam in
rechaza |a id ea d e u n a .arqueolo gía d el siglo x :x (la b ú sq u e d a d e form as
p ro to h istó ricas o ios arq u etip o s d el Inconsciente co lectivo ), y en su lugar
co n sid era: «sólo st el siglo XIX se exp usiese com o form a o rig in a ria d e ia
p ro to h isto ria, es decir, en u n a fo rm a en la q u e la to talid ad d e la pro-
to h isto ria se agrup ase de nuevo en im ágen es q u e realm ente com peten al
sig lo p asado (su b ra y a d o p o r m í), te n d ría se n tid o el c o n cep to d e u n a
p ro to h isto ria d el siglo XIX» (N 3 9 , 2 ). N u estra m o d e rn id ad tien e su es­
p ecífica p ro to h isto ria en el siglo an te rio r —se d ice en el m ism o lu g a r -, o
tam b ié n : el siglo XIX, con la a p arició n , no co n tro lad a de la técn ica, es la.,
p ro to h isto ria d é lo q u e sig u e y, p o r ello , la «an tig ü e d ad » d e nuestra m o ­
d e rn id ad . En co n secu en cia, la creen cia in g e n u a en el progreso, la sen sa­
ció n m eram en te n egativa de lo m ás nuevo.», serían tin a form a im ag in aria
d e los sucesos en Ja c o n cien cia .c o le ctiv a:.«el im aginario-colectivo no tie ­
ne h isto ria. El curso de los sucesos.fluye...en él..com o lo q u e es siem p re
igu al y siem p re nuevo. L a sen sació n de lo m ás nuevo,-de lo m á s m o d e r-
ñó7'es pues igu alm en te la form a im a g in a ria d e ¡os sucesos, com o el ete r­
no retorfíó d e lo m ism o » (S 2 , 1; PP 1, M 14). El d esp ertar de los su e­
ños colectivos, el m o m en to de la d iso lu ció n d e la a p arien c ia h istó rica,
estaría m arcado , en tan to q u e a g u d a c o n c ie n c ia tem p o ral, p o r el m o ­
m en to del desp ertar qu e, según B e n ja m in , es id én tico al «ah o ra» de la
c o g n o scib ilid ad (N Í 8 , 3 ), «en el q u e las cosas m u estran su verd ad ero (y
su rrealista) rostro» (N 3 9 , 3 ), Esto q u ería d e cir no sólo q u e en las im á ­
gen es d ialécticas d e las Flores d e l m a .lv lo y a sid o y e l aEórá c o in cid en en
u n a co n stelació n sú b ita» (N 2 9 , 3 ), sino tam b ién q u e -las flotes del m al»
d e jan ver lo actu al a p artir de la anticipac ión del futuro : el París actu al
en c u an to ru in a de la so cied ad b urguesa y d e la c u ltu ra c ap italista,
■Si se acep ta tal lec tu ra, so b ran los en sayo s forzados d e m o strar en
las Flores d e l m a l u n a in te rp re tac ió n d e lo m o d ern o con lo a n tig u o (clá­
sic o ), y cae el rep ro ch e d e q u e la falta de u n a d isc u sió n con la a n tig ü e ­
d ad clásic a sea el p u n to déb il de la teo ría de la m o d e rn id a d d e B au d e­
la ir e 17. E ntonces la O bra de los Pasajes h ab ría p o d id o n ad a m en os que

r Véase la cuarta de mis «Tesis sobre I r posición de Bsudefaire...’! (nota 1 3 ) . La afir­


mación de Benjnmin: fia antigüedad de Baudelaire es la romana. Sólo una ve7. aparece la
antigüedad griega en su mundo», es desmentida por un examen cíe la temática de las Ffo~
res dA jnaL El poema; Le C ygne , prototipo para Renjsmin de la osmosis de lo m oderno y
lo antiguo, cita a Andrómac.i, a I.eshos y a las mujeres condenadas, .Safo, Dclfinc e Hipó-

177
re a liza r la g r a n d io s a id ea d e M á x i m e D u C a m p s , «de e s c r ib ir s o b re P a ­
rís esc lib r o q u e lo s h is t o ria d o r e s d e ia a n tig ü e d a d n o h a n p o d id o e s c r i­
b i r s o b re sus c iu d a d e s » . B e n ja m ín h a p u e s to v ig o r o s a m e n t e de relieve
en el c a p ít u lo «París a n tig u o , c a ta c u m b a s , d e m o lic io n e s , r u in a d e París'»
el m o m e n t o h is t ó r ic o de esa in s p ir a c ió n , d e lo q u e s a lió el g ra n lib r o
c ie n t íf ic o de D u C a m p s : P a rís, s u s ó r g a n o s , su s f u n c i o n e s y s u v ic ia e n la
s e g u n d a m i t a d d e l s. X/X (6 v o l. 1 8 6 9 - 7 1 ) , s in in c lu ir la t o p o g r a fía q u e
c o n d i c io n ó la d e c a d e n c ia d e la g ra n c iu d a d ( C 4). D u C a m p s . m ie n tra s
o b s e rv a b a p o r p rim e ra vez su p r o p io e n v e je c im ie n t o y la p é rd id a de la
vista, tu v o en el P o n t N e u f l a r e p e n tin a ilu m in a c ió n , m e d it a n d o sob re
«esa le y d e la in e v it a b le d e s t r u c c ió n d e t o d o lo h u m a n o » , d e e s c rib ir,
c o m o su o b ra fin a l, el lib r o s o b re P a rís q u e se h a b ría p o d id o e s c r ib ir s o ­
b re A te n a s en t ie m p o d e P e ric le s o s o b re R o m a e n t ie m p o d e C ésar, las
c iu d a d e s d e s a p a re c id a s d e la a n tig ü e d a d . L o s o r p r e n d e n te n o es a q u í la
« a n tig u a in s p ir a c ió n » , s in o m ás b ie n la a n t ic ip a d a d e c a d e n c ia d e la
g ra n c iu d a d m o d e rn a . B e n ja m ín v u e lv e s o b re e llo en u n a n o ta p o s te ­
rior: «Las fa n ta sía s s o b re h d e c a d e n c ia de P a rís so n u n s ín t o m a d e q u e
la té c n ic a n o fu e re c ib id a . S u rg e así la so rd a c o n c ie n c ia d e q u e c o n la
g ran c iu d a d c r e c ie ro n lo s m e d io s q u e la arra saro n » ( C 7 9 , 4). t i le c to r
a c tu a l n o d e b e ría desear o tra cosa, m e p arece, s in o q u e B c n ja m in , c o n
su in c o m p a r a b le c a p a c id a d de d ia g n ó s t ic o p ara lo n o c o n s c ie n te , lo re­
p r i m i d o ti o lv id a d o , h u b ie r a p o d id o i n c l u i r en su O b r a d e lo s P a sa jes
esa in t u ic ió n f u n d a m e n t a l e n el e s p a c io m ít ic o de la t r a d ic ió n , c o n v ir ­
t ié n d o la en la lín e a b á sic a d e su p r o t o h is t o r ia d e la m o d e r n id a d v e n id e ­
ra, H a b r ía s id o la p ie d ra d e to q u e d e su te o ría de la im a g e n d ia lé c tic a
q u e e x ig e d e i m é t o d o n u e v o , y d ia lé c t ic o , de la h isto ria « s o p o r ta r lo
s id o c o n la in te n s id a d de u n s u e ñ o p ara e x p e r im e n ta r el p re se n te c o m o
el m u n d o e n ve la al q u e el s u e ñ o se re m ite > ( P P h F 7), E ste « g iro co-
pernicano», c o n el q u e «debe re a liza rse la c o n t e m p la c ió n » ( P P 1, Q 6),
n o s ó lo s u p o n e q u e e n ei « aho ra de la c o g n o s c ib ilid a d » se c o m p r e n d a
lo p a s a d o , c o m c t io q tie .c .Q iid ic io n a !o presen te. .Supcm e ta m b ié n q u e la
c o n s te la c ió n de! a h o ra y la h is t o ria sea r e c o n o c id a en la r u p tu ra d e u n
d e s p e rta r q u e s u p o n e la a p a rie n c ia de la c o n t in u id a d é p ic a (la « tra d i­
c ió n d e lo s ve nce d o re s» ), y h ag a p o s ib le el c a m b io d ia lé c t ic o a la a c c ió n

lira; el rcsÉO d e lo q u e pa re ce a n t i c u o se r ef ier e a u n p r c m t i n d n m i n a r J 'd iin c le souicm r


de cts ¿paques /:ms> l.a vie {¡ruérintrcy ÍM Créante. V c o n e^o '•<: el ca rá lo ^ o. 1.1 d a n d i ,
co rn o « ú l t i m o r e s p l a n d o r d e lo h e r o i c o en t i e m p o * d e d e c a d e n c i a - , a p e n a s p u e d e c o m ­
p e n s a r es to . N o e r a d if í c il e s p e r a r tal r e s u lt a d o n e g a t i v o ú se r e c u e r d a d e m o d o m ás serio
tic c o r n o lo h a c e B e n j a m í n al ísnal d e Id I\irfs del se^uudo Imperio n i HtiudeLure, lo q u e
e s c r ib i ó e n S>du( pubíir. « ¡ N o mrís t r a g e d i a s ! ; N o s o m o s h o y m á s g r a n d e s q u e B r u io N
{ ibíd ., p. 6 0 4 ) .
p o lít ic a ( P P 1, O 56), A. lo q u e vo q u is ie ra a ñ a d ir: el «ahora de !a c o g ­
n o s c ib ilid a d » es d e o r ig e n c s rc tíc o , el «ahora d e l d esp ertar» es d e o rig e n
te o ló g ic o - Y en a m b o s c o n c e p to s v u e lv e la c o n t r a p o s ic ió n de h u e lla y
a u ra , s in p o d e r e n c o n t r a r u n a ú lt im a re s o lu c ió n d ia lé c tic a .
U n a im a g e n d ia lé c tic a «es a q u e lla en la q u e lo s id o a p a re ce r e p e n ti­
n a m e n te en u n a c o n s t e la c ió n c o n ei ahora» ( N 2 9 , 3). b,sta d e f in ic ió n
se e x p lic a así: «el ín d ic e Instó rico de las im á g e n e s n o d ic e s ó lo q u e . p e r ­
te n e c e n a u n t ie m p o d e t e r m in a d o , d ic e a n te t o d o .q u e s ó lo .e n u n t ie m ­
po d e t e r m in a d o so n leg ib les» (N 3, 1). No se e n t ie n d e a q u í p r o v is io ­
n a lm e n te c o g n o s c ib ilid a d c o m o le g ib ilid a d , p u e s to q u e la e x p e c ta tiv a
s e g ú n la cu a l: « to d o m o m e n t o h is t ó r ic o e n t e n d id o c o m o p o s ib ilid a d l i ­
b e ra p o s ib ilid a d e s d e ia h is t o ria , y to d a p o s ib ilid a d lib e ra d a d e la h is t o ­
ria v ie n e e n a y u d a de la p o s ib ilid a d d e l p re se n te » ' \ es a lg o q u e se c u m ­
p le de! m o d o m ás e v id e n te en los te xto s lite r a r io s en los q u e , c o m o
m u e s tra c a d a vez m ás la h is t o r ia d e la re c e p c ió n , n o c u a lq u ie r c u e s tió n
p la n te a d a en su é p o c a en u n te x to p u e d e d a r la p le n it u d de su s e n tid o
d e s d e el p r in c ip io , s in o q u e se va a b r ie n d o p ro g re s iv a m e n te , en la m e ­
d id a e n la q u e su p o s ib le s ig n if ic a c ió n es e n t e n d id a y le íd a cíe m o d o
n u e v o en el h o r iz o n t e c a m b ia n t e de la e x p e rie n c ia y, fre c u e n te m e n te ,
c o n t r a la t r a d ic ió n , B e n ja m ín se ha a n t ic ip a d o así a la esté tica d e la re­
c e p c ió n q u e se im p o n e tre in ta a n o s m ás tarde- P o r eso G e r h a r d K a is e r
ha o b s e rv a d o c o n ra zó n , c o n re la c ió n a las T esis s o b r e f i l o s o f í a e le la h i s t o ­
ria y a! E n sa y o s o b r e F u r ia , q tie «se ha lo g r a d o la re p r e s e n ta c ió n de! he-
lio t r o p is m o en la h is t o r ia d e l arte y de ia c u ltu ra , a saber, en la re ce p ­
c ió n de las o b ra s y ios textos»'". F.n re a lid a d la e sp e ra n z a q u e d escansa
en el p a s a d o (« c o m o las flo re s d ir ig e n su cabe?,a al so!, así, g racia s a lu í
o c u lt o h e lio t r o p is m o , lo p a sa d o se o r ie n t a h a c ia el sol q u e sale e n el
c ie lo d e ia h is to ria » 1, 2, 6 9 4 ) c o r r e s p o n d e a la s ig n ific a c ió n e s c o n d id a
en la o b ra , q u e espera a m a n ife s ta rs e c o n la lu z d e u n a o b ra p o ste rio r.
P o r eso p o d ía ta m b ié n d e c ir B e n ja m in : «la recepcicm . de o b ra s d e arte
g ra n d e s v a d m ir a d a s e.s u n a d ¡ d u r e s ire« ( N 7 9 . 4), en u n a e q u ip a r a c ió n
d e la e x p e r ie n c ia e s té tic a c o n u n a r e p r e s e n ta c ió n r e lig io s a q u e h a b la
p o r s í m is m a (la f ó r m u la se a p lic a b a en R o m a a ios m u e rto s ). F.i o rig e n
e s té tic o d e ia e x ig e n c ia d ir ig id a ai d ia lé c t ic o h is t ó r ic o («ser c o n s c ie n te
d e la c o n s t e la c ió n c r ít ic a en !a q u e se e n c u e n t ra ese fr a g m e n t o de! p a sa ­
d o c o n este p resente») n o o b t ie n e su e x p lic a c ió n , e n ú lt im o té rm in o ,
en el E n sa y o s o b r e F u ch s. A p a r e c e en este e s c rito en el e je m p lo d e las

14 G . K c is c r . " R i T i j a m i n s ( tc^ ch ic hr ^p In lo ^o pH isc h c íK e^cn-^ e n A nd tJít’sctr, 7wt<-


ch cn b ih w z cines Cicmautisien, ít¡hiI<Íuj i. pp. 241-2 (,‘a-^ún I1. S/.'iuti- 'Hn!fiun?u
im Vergruii’crKn». thid.. rima
|,J I h i d , pp. 2 1 7 -2 IS .

Í7 V
o b ra s d e arte que .in te g ra n su p re-historia c o n su post-historia: "tin a
h is t o r ia su ce siv a , g ra cia s a ia c u a l se re c o n o c e ta m b ié n su p r e h is to r ia en
r a m o q u e im p lic a d a e n u n c a m b io c o n s ta n te . L e e n s e ñ a n c ó m o su f u n ­
c ió n s o b re v iv e a su c re a d o r, y c ó m o ciar la esp a ld a a sus in te n c io n e s ; c ó ­
m o la re c e p c ió n p o r los c o n t e m p o r á n e o s es u n e le m e n to d e i e le c t o q u e
la o b r a de arre ejerce h o y en n o so tro s ; y c ó m o ese e fe c to se basa n o s ó lo
e n el e n c u e n t r o c o n ella , s in o en la h is t o r ia q u e la ha d e ja d o lle g a r hasta
n u e s tro s días» { W A II, 2, 4 6 7 ).
E ste d e s a fio , q u e a n t ic ip a in n u c e , de m o d o in s u p e ra b le , el p r o g r a ­
m a p o s t e r io r d e la esté tica d e la re c e p c ió n , p u e d e e n te n d e rs e ta m b ié n ,
en su « g iro c o p e r n ic a n o » , d esd e ¡a c o n t e m p la c ió n a la . a c t u a liz a c ió n del
p a sa d o , c o m o u n a d ia lé c t ic a e n tre el aura y la h u e lla . L a a c t it u d c o n ­
te m p la t iv a se o r ie n t a r ía a la a p a r ic ió n d e u n a le ja n ía e n la q u e el aura se
a p o d e ra d e n o s o tro s , V, p o r el c o n t r a r io , la a c t it u d d ia lé c tic a se o r ie n t a ­
ría a la a c t u a liz a c ió n p r o d u c t iv a de lo le ja n o , b u s c a n d o hacerse c o n el
« recue rd o » d e la co sa (en la c o n s t e la c ió n c r ít ic a q u e ex ig e u n a a p r o p ia ­
c ió n c o n s c ie n te de io o lv id a d o , n o s ie n d o s u f ic ie n r c “q u e lo a c tu a l v ie r ­
ta su lu z s o b re lo pasado», N 29, 3). C ie r t o q u e B e n ja m ín n o sa có esta
c o n s e c u e n c ia , s in o q u e in t e n t ó e v id e n te m e n te p re se rv a r u n m o m e n to
a u r á t ic o en el « aho ra de la c o g n o s c ib ilid a d » . L a d e f in ic ió n «'im agen es
a q u e llo en lo q u e io s id o se p re s e n ta re p e n tin a m e n t e e n u n a c o n s te la ­
c ió n c o n el ahora», se e x p lic a a h o ra , de m o d o s o r p r e n d e n te y p o c o ra­
zo n a b le : « im a g e n es la d ia lé c tic a en e s ta d o de d e t e n c ió n » ( N 2 9 , 3). E n
la r e c e p c ió n p r o d u c t iv a d e las o b ra s d e arte n o se d e t ie n e p re c is a m e n te
la d ia lé c tic a : el a h o ra de la le g ib ilid a d im p lic a o tra s le c tu ra s fu tu ra s.
¿ P o r q u é n o v a ld r ía ta m b ié n para ia h is t o ria k> q u e es e v id e n te en la
p a r c ia lid a d d e to d a re c e p c ió n ? E v id e n t e m e n t e p o r q u e a q u í, en c! paso
de lo e s té tic o a lo p o lít ic o , se h a p e d id o la a y u d a d e u n p a ra d ig m a teo-
ló g ic o , la d e t e n c ió n m e s iá n ic a de lo s su c e s o s { W A 1, 2, 7 0 3 ) . Pero,
¿ p o r q u é d e b e rá d e te n e rse la h is t o ria , en v ir t u d d e q u é e s p e ra n z a v para
q u é fin ?
Las T esis s o b r e f ü o s u f i a d e la h i s t o r i a h a c e n p a te n te el re cu rs o a la
te o lo g ía m e s iá n ica : «el p a s a d o lle v a c o n s ig o u n ín d ic e te m p o r a l p o r el
q u e se re m ite a la re d e n c ió n ... Se h a c o n t a d o en ia tie rra c o n n o so tro s.
Se n o s ha d a d o , ai ig u a l q u e a c a d a g e n e ra c ió n q u e v iv ió an tes q u e n o ­
s o tro s, u n a d é b i! Fuerza m e s iá n ic a s o b re la q u e el p a sa d o ejerce d e re ­
cho s» ( il) . A q u í ha c o r t o c ir c u it a d o B e n ja m in el p a r a d ig m a de la e s té ti­
ca de la re c e p c ió n c o n el p a ra d ig m a te o ló g ic o : la r e d e n c ió n d e l p asad o
a p a re ce e n el lu g a r de la o b ra , a la q u e el in te rp re t e ah re su s ig n ific a c ió n
p ara el p resen te, hasta a h o ra d e s c o n o c id a . La fu e rza m e s iá n ic a tie n e e n ­
to n c e s q u e r e n d ir m ás q u e el in té rp re te . D e b e h a c e r n o s ó lo q u e una
o b ra sa lte d e su é p o c a , n o s ó lo q u e u n a é p o c a d e t e r m in a d a salte del

ISO
c u r s o h o m o g é n e o d e la h is t o r ia ( X V I I ) , s in o n o d e te n e rse «hasta q u e el
p a s a d o e n t e r o sea tra íd o al p re s e n te e n u n a apocatástasis h is t ó r ic a »
(N la , 3). Lsta e sp e ra n za está re g id a p o r el p r in c ip io : «sólo a la h u m a
n id a d r e d im id a le c a b e e n te ra m e n te en sue rte su p asad o . E s t o q u ie re
d e c ir: s ó lo a la h u m a n id a d r e d im id a se le ha h e c h o c ita b le su p a sa d o en
c a d a u n o de sus m o m e n to s " (II!). P e ro , al fin a l, ta! p r i n c i p i o es s u p e ra ­
d o d e n u e v o en u n a ag u d a d e t e r m in a c ió n d e c o in c id e n c ia del «ahora» v
d e la h isto ria : n o va u n fu t u r o e s ta d o fin a l, s in o q u e cada in s ta n te v iv i­
d o v d e t e n id o p u e d e ser p ara la r e d e n c ió n de La h u m a n id a d el ú lt im o
d ía (III), o, c o m o a los ju d ío s a los q u e se p r o h ib ió in v e s tig a r el fu tu r o ,
«la p e q u e ñ a p u e rta , p o r la q u e el M e s ía s p o d ía e n trar» ( X V I I I B).
Si a q u í, c o m o o b se rva G e r h a r d K a is e r, la re s u rre c c ió n de la h isto ria
d e b e c u m p l i r tin a e s p e ra n z a , q u e A d o r n o , H o r k h e im e r , M á te n s e y
B lo c h c a m b ia r o n en u n a r e s u rr e c c ió n d e la ?i/ ttur,rlez a c a íd a ’", la s o lu ­
c ió n d e B e n ja m ín se paga c o n u n a ú lt im a c o n t r a d ic c ió n : el «ah ora d e la
c o g n o s c ib ilid a d » y el « in s ta n te d e l d esp ertar» va n o están m e d ia d o s d ia ­
lé c tic a m e n te . E! «ahora de la c o g n o s c ib ilid a d » en el q u e u n d e t e r m in a ­
d o t ie m p o d e l p a sa d o o p r im id o c o n s ig u e la le g ib ilid a d , s u p o n e u n a i n ­
te r v e n c ió n c o n s c ie n te , (a c a p tu ra d e la h u e lla , p a ra p o d e r a p o d e ra rs e de
la cosa, de ia e x p e rie n c ia e n te rra d a . P o r el c o n t r a r io , el «ah ora d e i d es­
pertar» n o está d is p o n ib le para el s u je to h is tó ric o ; s u p o n e u n k a irn s, la
im p r e v is ib le a p e rtu ra de la p u e rta p o r ¡a q u e el M e s ía s p u e d e e n tra r, y,
p o r lo ta n to d a a p a r ic ió n de u n a le ja n ía , tan cerca c o m o p u e d a ser, q u e
la ¡lam a». L sta c o n t r a d ic c ió n atraviesa la O b ra e n te ra d e lo s P a sa jes v las
T esis d e f i l o s o f i a d e ¡a h i s t o r i a , en la fig u ra d e las im á g e n e s d ia lé c tic a s
q u e a c la ra n el a h o ra d e la c o g n o s c ib ilid a d , u n as veces e n s e n tid o a c tiv o
y otras veces en s e n tid o p asivo . A la « e x p lo s ió n '. ( X V I ! ) se e p o n e la « in ­
c u m b e n c i a 1 d e l p a s a d o (III), al p o d e r o s o «salto de tig re h a c ia el p a sa ­
d o » ( X I V ) se o p o n e la d é b il « r e m e m o ra c ió n » ( X V i l l B), a la c ita c r í t i ­
c o - d e s tr u c tiv a ( N II, 3) la c it a c ió n s a lv a d o ra (III), al fr a g m e n t o s u e lto
la e s tr u c tu ra m o n a d o ló g ic a d e l o b je ro h is t ó r ic o ( N 10, 3} y d e n u e v o a
ésta e n su s in g u la r id a d la apocatá.stasis d e l p a sa d o e n te ro ( N la. 3); p o r
ú lt im o , la d é b il fu e rza m esiá m e a (II) q u e n o s ha s id o c o n c e d id a se o p o ­
ne a la lle g a d a d e l M á s G r a n d e q u e realiza la c o n s u m a c ió n , de m an era
q u e el h is t o r ia d o r (y e v id e n te m e n te ta m b ié n el h o m b r e d e a c c ió n ) p u e ­
d e e n c e n d e r la c h is p a de la esp era nza s ó io en el p asad o , n o en el fu t u r o
(V i).

U n a s o lu c ió n d e esta c o n t r a d ic c ió n (q u e n o te n g o ) n o c o n s ta n i en
la in c o m p le t a O b r a d e to s P a sa jes n i en los o tro s en.savos. K s fo e x p lic a ría

>• Nota IB, P. 2 3 í

181
p o r q u é ese te x to -y c o n ¿I el m a y o r p r o y e c to e m p r e n d id o p o r B e n ja ­
m ín a lo la rg o d e su v id a — n o a lc a n z a la c o n f ig u r a c ió n d e u n a «obra», y
q u iz á s n o p u e d a a lc a n z a rla . E s t o a m in o r a su im p o r t a n c ia c o m o c o m e n ­
t a r io s in p a r e n u n t i e m p o a c ia g o , q u e a h o r a p o d e m o s le e r c o m o
p r e h is to r ia d e este f in d e s ig lo («el c o n c e p t o de p ro g re s o se fu n d e c o n la
¡dea de ca tá stro fe . Q u e ‘h a y a q u e s e g u ir es la ca tá stro fe» N 9a, 1), y ia
a d m ir a c ió n d e q u e ral c o m e n t a r io p u d ie r a ser e s c rito e n c o n d ic io n e s
a m e n a z a d o ra s p a ra la e x is te n c ia m a te ria l d ia ria , lo q u e d e b e ría a v e rg o n ­
za r a c u a lq u ie r p r o fe s o r in s ta la d o . E s te re x to . al q u e n i la re c ie n te o r d e ­
n a c ió n d e m a te ria le s p u e d e salv ar c o m o «obra», d e ja tr a s lu c ir u n a ir r e ­
c u s a b le in t e n c ió n , a saber, « e x p lic a r q u e el c o m e n t a r io a u n a re a lid a d
{es lo q u e p re te n d e m o s a q u í) ex ig e u n m é to d o d ife r e n te d e l d e u n te x ­
to. E n u n caso, ¡a c re e n c ia f u n d a m e n t a l es la te o lo g ía , e n el o tr o la f i l o ­
lo g ía » ( P P 1, O , 9). ( ¡ U n m é t o d o h o y d ía d o m in a n t e , e s p e c ia lm e n te en
u n lib r o de g e n e a lo g ía , y q u e s in s o s p e c h a rlo h ace te o lo g ía c u a n d o , sin
v a c ila r, in te rp re t a las re a lid a d e s h is t ó ric a s c o m o textos!). P e ro el te xto
d e B e n j a m ín p la n te a , e n u n a m e d id a e x t r a o r d in a r ia , c u e s t io n e s q u e
d a n la o c a s ió n , al q u e v ie n e , d e s e g u ir p e n s a n d o sus p la n te a m ie n to s y
hacerse c o n u n a h u e lla q u e n o es c o n m e n s u r a b le c o n el au ra a lc a n z a d a .
N o he t e n id o la a m b ic ió n c o n este c o m e n t a r io , q u e s ó lo v a lo ra a lg u n o s
a s p e cto s d e í c o n j u n t o , d e c o m p e t ir c o n la f ilo lo g ía b e n ja m im a n a . P o r
eso n o m e he o c u p a d o de lo s in t r in c a d o s p r o b le m a s d e h is t o r ia te x tu a l,
y s ó lo ju s t ific o m is o b s e rv a c io n e s c o n la ilu m in a c ió n p r o fa n a q u e d e b e ­
m o s a B e n ja m ín : q u e en el « ah o ra d e la c o g n o s c ib ilid a d » h a y q u e p re fe ­
r ir la h u e lla q u e nos d a d e n u e v o u n p re d e c e s o r e n la c e rc a n ía , a ia ma-
n ífe ta ció n :.;d e m: ’. e b r.ía . p o i p c i í c n a q u e p u fcd a ser:
8

El umbral de 1912: Zone


y Lundi Rué Christine,
de Guillaume Apollinaire*

jn m cm o riam M a x Im dahl

U n a n u e v a o le a d a d e n t r o d e i p ro c e s o d e la m o d e r n id a d tie n e lu g a r
en t o r n o a 1 9 1 2 c o n el m o v im ie n t o de i as v a n g u a rd ia s r e iv in d ic a d o p a ­
ra las artes p o r A p o llin a ir e , d is t a n c iá n d o s e d e fin it iv a m e n t e de ¡a s e c u la r
« Q u e r e lle des A n c ie n s et des M o d e r n e s » 1. T a l c a m b io se d o c u m e n t a
c o n p r e c is ió n e n sis p r o d u c c ió n líric a ; a fin e s d e 1 9 1 2 a ñ a d ió A p o llin a i-
re a su r e c o p ila c ió n A lc o o h u n p o e m a in t r o d u c t o r io de c a rá c te r p r o g r a ­
m á t ic o t it u la d o Z on e. E n d ic ie m b r e d e l m is m o a ñ o a p are ce ta m b ié n
L eí P e n e t r e s , p r im e r p o e m a de O rtd e s , u n a serie d e « p o em as a d ife re n te s
v o ce s { ta m b ié n lla m a d o s p o e m a s c o n v e rs a c ió n ) » 2, de c a rá cte r b ie n d is ­
tin t o , q u e in te g r a n la p r im e r a p a rte d e la r e c o p ila c ió n p o s te r io r C a líi-
gra m m es, y están re d a c ta d o s e n tre 1 9 1 2 y 1 9 1 4 , E n la ¡n te rseccié m de
a m b a s re c o p ila c io n e s , o si se q u ie re , e n tre Z one y L es P e n e t r e s se p r o d u -

* P u b l i c a d o e n : S ítz u n p b cn r fM e d e H e id t'lb fr g r r A k ijd n n ir d e r W w r w r h iifu 'n . I9K6.


H eid elb erg , Cari W in te r, 1986.
1 S e c it a p o r G . A p o l l i n a i r e : (J e t a r a onnpli'tt's* c d . A. B a l l m u i - j . I.-ecat, París. 1 9 6 6 ,
v o . f-IV\ y Q n n res p o é tiq u e s , e d . d e la P lc ia d c . cd. M A d t? m ;i - M . D c c n u d i n » Parts, 1 9 ( ó
[ r r a d . ca st. d e C n r í n s F a u t i n i : A lco h o les , C ó r d o b a {Ar gen tin a'). F,d. A s s n n d r i . 1 9 5 8 ] : en la
d
l i t e r a r u r a s e c u n d a r í a m e a p o y o s o b r e t o d o en Tb. R c n a u d : L i'vfure A pol!tn:urt\ l. n u s a n a ,
1 9 6 9 . y en las c o n t r i b u c i o n e s ni 2 ri C o l o q u i o R o m a n i s t a J .y n k u n d M t i l a e i d e r A v tn u ga r-
d e, ed. R. W a r n i n g - W . W c h l e . M ü n d i e n , 1 9 ^ 2 . S o b r e b h i s t o r ia d e la v a n g u a r d i a v¡.-e
M . Sünibolcsí, e n : N ew L ite ra ry H isío ry 3^ 1 ( 1 9 ? 1), pp . 49- 7 0 . V e r t a m b i é n el c a p . II de
esce li b r o .
' C ír., Renaud, 1969, pp. 2 3 7-3 14.

183
ce la g én e sis de u n « A r t N o u v e a u » , al ig u a l q u e se c o n c e n t r a la lu z en
u n a le n te o u n esp ejo u.scorio, d a n d o lu g a r a u n « c a m b io d e ru m b o »
q u e d e m o d o p lu r a l fu e r e iv in d ic a d o p o r n u m e ro s o s m a n ifie s to s te ó r i­
co s d e la é p o c a . E sta p r o c la m a c ió n de a lg o n u e v o se esb o za e n a rrie s g a ­
das a n t ic ip a c io n e s e n el p la n o te ó ric o , a m e n u d o en e x p e cta tiv a s c o n ­
t r a d ic to r ia s , p e ro se p re c is a c la r a m e n te en ia p ra x is p o é tic a . L a lír ic a
m o d e rn a , q u e c o n ra z ó n p u e d e c o n s id e ra rs e la v a n g u a rd ia d e l m o d e r ­
n is m o e s té tic o , p e r m ite ilu m in a r de m o d o e je m p la r el c a m b io d e h o r i ­
z o n t e p r o d u c id o si in te r p r e t a m o s c o n t ra s t a d a m e n te Z onc y L undi R ué
C h r is tin e . P u e s este ú lt im o p o e m a lle v a m ás a llá y c o n m ás r a d ic a lid a d
q u e L es P e n é t r e í ’ el p r i n c i p i o d e s im u lta n e id a d : el acce so a la re a lid a d
c o n t in g e n t e d e u n d is c u r s o a la vez f a m ilia r y d e s fig u ra d o , ia v o z ajen a
de ios o tro s .

A l fin estás cansada cié este m u n d o antiguo


Pastora oh torre EifFe! el rebano de puentes baía esta m añana
Estás cansada de vivir en la antigüedad griega y rom ana
A q u í basta ios autom óviles parecen antiguos
Só lo la religión perm anece toda nueva la religión
H a q uedado sim p le c o m o ios hangares de P u e rto -A v ia ció n
(V. 1-6)

L o s ve rso s in t r o d u c t o r io s d e Z .n n e p r o c la m a n c o n g esto p a té tic o ,


b ie n lejos d e l c a rá cte r e le g ia c o de u n a d e s p e d id a , el re c h a z o d e l v iejo
m u n d o de to d o el p a s a d o o c c id e n ta l. E n el m o m e n t o en q u e hasta los
a u to m ó v ile s , in v e n c ió n b ie n re cie n te , p a re ce n a n tig u o s , ia a n tig ü e d a d
g rie g a y r o m a n a re tro c e d e m ás irre v o c a b le m e n te q u e n u n c a . L a im a g e n
d e la to rr e E iffe l, p a sto ra de u n re b a ñ o de p u e n te s q u e d a n b a lid o s , c ita
ir ó n ic a d e la p o e s ía b u c ó lic a a n tig u a , a n u n c ia c o m o la g r ñ ce d e cette ru é
i n d u s t r ie lie X o q u e será el c o m p e n d io d e la lír ic a v a n g u a rd is ta m o d e rn a :
la g ra n c iu d a d c o m o p a isa je e s té tic o , y c a n te ra de u n a p o e s ía q u e se re­
n u e v a d ia r ia m e n t e en p ro s p e c to s , c a tá lo g o s , carte les q u e « ca n ta n en voz
alta», p o e s ía q u e tie n e su e q u iv a le n te p ro s a ic o en los p e r ió d ic o s , h ojas
v o la n d e ra s , re tra to s d e estrellas y « m ii tít u lo s d iverso s» (v. 11-14}. Ya
B a u d e la ir e h a b ía e le v a d o París, c a p it a l d e l s ig lo X IX , a la a ltu ra de p a ra ­
d ig m a l í r i c o de la m o d e r n id a d p e ro ta m b ié n h a b ía e n t e n d id o esta m o ­
d e r n id a d c o m o e x p e rie n c ia p o é tic a d e la a lie n a c ió n . E l c a le id o s c o p io de
las im á g e n e s d e la g ra n c iu d a d d e Z o n e p a re ce s o b re p a sa r 1a e x p e rie n c ia
d e B a u d e la ir e . E n las F le u r s d u M a l d o m in a el S p í e e n , a u n en las más

s \V. W e h i e h a r e a l i z a d o u n a n o t a b l e i n t e r p r e t a c i ó n d e l .c s f r n r t r r s {U I B 1 1 9 1 ,
pp. 3 8 1 - 4 2 0 ) , q u e r e c o m i e n d o c o m o c o m p l e m e n t o d e lo q u e s ig u e .

184
a u d a c e s e v o c a c i o n e s d e p a r a ís o s a n t i n a t u r a l e s (co m o en el R eve
parisién): u n a e x p e rie n c ia s ie m p re amenazad,-! p o r la a n g u s t ia 4; e n c a m ­

b io el t o n o g e n e ra l de Tableattx p a rh ie n s d e 1 9 1 2 lo m a rca la a d m ir a ­
c ió n in g e n u a p o r las r e a liz a c io n e s d e la c iv iliz a c ió n té c n ic a q u e se im ­
p o n e n rá p id a s y p u ja n te s , y u n a c o n fia n z a c r é d u la e n u n fu t u r o aú n
m ejor. N o se c o n t e n t a c o n d e s c u b r ir p r o v o c a d o r a m e n t e lo b e llo en el
d is c u r r ir d ia r io d e jas m asas tra b a ja d o ra s y en ia «gracia» d e u n a nu eva
c a lle en ei b a r r io in d u s t r ia l d e la c iu d a d (v. ! 5 -2 4 ). L a e u fo r ia d e la a f ir ­
m a c ió n m u n d a n a se ex a lta en u n a fa n ta s m a g o ría d e la c iu d a d , y hace
q u e el verso in t r o d u c t o r io : L a religión seule est restée toute. neuve se abra
a la v is ió n d e l s ig lo X X q u e se lan za c o m o u n a v ió n . E i C r is t o d e esta
m o d e r n id a d , g lo r if ic a d o p r im e r o p o r u n a le ta n ía d e p re d ic a d o s p e rte ­
n e c ie n te s ai c u lt o a n tig u o , e m p r e n d e u n v u e lo celeste b a t ie n d o ro d o s
lo s ré co rd s d e a ltu ra y a b re el h o r iz o n t e de u n n u e v o c ie lo en el q u e ,
c o m o a n ta ñ o e n la p r e d ic c ió n de S. F r a n c is c o , p á ja ro s de to d a s tas la t i­
tu d e s y de to d o s los m ito s a n tig u o s c o n fr a t e r n iz a n c o n la m á q u in a v o ­
la d o r a (v. 4 2 -7 0 ).
S in e m b a rg o , esta a tre v id a p r o fa n a c ió n d e la fe c a tó lic a , arra stra d a
p o r el m o v im ie n t o m o d e r n o , n o tie n e in t e n c ió n b la sfe m a a lg u n a , M á s
b ie n , en las im á g e n e s d ia lé c tic a s y e n los fa n ta sm a s d e estos versos se
a n u n c ia el regreso d e l m u n d o a n tig u o , re c h a z a d o al p r in c ip io . E l p asa­
d o , n e g a d o ta ja n te m e n te p r im e r o , regresa, a u n q u e c o n fig u r a m ític a ,
n o h is t ó r ic a . L o q u e la h o r a c e ro d e l p re s e n te d e b ía d e ja r atrás: el h o r i­
z o n te y la a u to r id a d d e l p a sa d o , p u e b la d e n u e v o el h o r iz o n t e im a g in a ­
r io d e l m u n d o m o d e r n o c o n n u m e ro s a s fig u ra s de in d u d a b le vig or: el
v ie jo y el n u e v o A d á n , lo s p ro fe ta s, S im ó n el m a g o , L á z a ro , e in c lu s o la
to rr e d e B a b e l y Pe n te co sté s. A s í, lo m o d e r n o de Zone q u e d a re v e s tid o
p o r la ¡u z d e i m iro . P e ro «el eje e s c o n d id o d e l m it o d e la T o r r e de B a b e l
es el m it o p r im o r d ia l d e la a lie n a c ió n , así c o m o el m it o d e P e n te c o s ­
tés es el m it o o r ig in a l d e la s u p e r a c ió n de la a lie n a c ió n » '. E s el te m a b á ­
s ic o de la m u e rte y r e n a c im ie n t o d e l u n iv e r s o q u e ya p e rm e a b a 1a p o e ­
sía te m p r a n a de A p o llin a ir e . E n e lla fig u ra b a , ju n t o a M e r l í n , la fig u ra
m ít ic a d e l c a n t o r O r f e o , p re d e c e s o r del o m n ip r e s e n te C r is t o d e Z nne,
q u ie n , fre n te a la m u e rte , « d e scu b re la p o e s ía c o m o p o s ib ilid a d de re su ­
rr e c c ió n y r e n a c im ie n t o d e l m u n d o p e r d id o » 6. N i s iq u ie ra e! p r o n u n ­
c ia d o m o d e r n is m o d e Zone ha p o d i d o p r e s c in d ir d e este m o d e lo p r i ­
m o r d ia l. E s el m it o d e i p o e ra ó r f ic o ei q u e s irv e de fu n d a m e n t o a la

' C f r . , A sth etisch e E r fa h ru n g --> o¡>. c i t , p. 8 4 4 .


1 K. S t ic r l c , e n : U T B 1 1 9 1 , p. 9 8 .
* Ph. R e n a u d ( 1 9 6 9 ) . p p . 101 -1 H .

185
n ueva c o n fian za en la b elleza y felicid a d d ei m u n d o m o d ern o futuro .
S o lo q u e y a no es el su je to lírico el q u e p u e d e lle v a r a cabo la ren ova­
ció n d el m u n d o , co m o h acía aq u el O rfeo q u e en el a n tig u o B estiario
sab ía n o m b ra r y tra n sfo rm a r a n im a le s d esco n o cid o s, o co m o el M a l-
A ir n é á z A lcools q u e se v a n a g lo ria b a d e d isp o n e r d e tod o s los so n id o s de
u n a p o esía cap az de tra n sfo rm a r y c o n ju ra r ios p elig ro s7. P uesto q u e
ah o ra el su jeto Jfrico d e Z o n e está él m ism o afectad o p o r la a lie n a c ió n
q u e c o n stitu y e el e stig m a d e l m u n d o m o d ern o .
C ie rta m e n te sab e el flé tn e u r d e Z o n e, en su v ag ab u n d e o por París,
d e sc u b rir y e x a lta r Sa p o esía d e la téc n ic a y ía b elleza d el «arte in d u s­
tria l». S in e m b arg o , en la m e d id a en q u e a p u ra h asta el fin al la fascin a­
ció n d e la m e tró p o li —d esd e la m a d ru g a d a de los trab ajad o res h asta los
in síp id o s p laceres n o ctu rn o s d e los m ise rab les—, tie n e qu e e x p erim en tar
q u e su p ro p io yo se le escapa, q u e es in cap az d e tran sfo rm ar en d isc u r­
so las voces a lte rn a n te s d e u n yo y d e un tú®. El h o m b re q u e v ag a p o r la
c iu d a d , q u e recib e y d isfru ta eu fó rico en la c o rrien te d e la m u c h e d u m ­
bre c u a lq u ie r v isió n in ten sa d e la v id a m o d e rn a, parece co n d en ad o a
e n fren tarse co n tod o s los recuerd o s d e su v id a p asad a com o sí p erte n e ­
ciesen a u n yo ex tra ñ o ’ . El alto p recio q u e h ay q u e p a g a r p o r la a m p lia ­
c ió n sin p reced en tes d e la e x p erie n cia m u n d a n a m o d e rn a p asa p o r la
p é rd id a d e la id e n tid a d y la m e m o ria. L a an g u stia re p rim id a de) baud e-
lairean o Spleen d e París v u elv e en Z o n e co m o «la a n g u stia d el a m o r que
te e stra n g u la la g a rg a n ta » ( C o m m e si tu n e devais j a m a h etre rfimé, v.
7 4 ), L a e x p e rie n c ia d e la frag m e n tac ió n d el yo en el esp acio y el tie m ­
po, la m a ld ició n d e la p érd id a d el yo , desp lazan la e x p erie n cia eufó rica
d e la e x isten c ia en el sen o d e la m u ltitu d a n ó n im a . L a «a n g u stia del
am o r» h ace a p are ce r an te el flá n e u r «m u jeres en san g ren tad as» (v. 8 1 ),
h a c e in a c c e s ib le la c o n t r a f ig u r a id ílic a d el p o b re e m ig r a n t e ju d ío
{v, 1 2 1 ), co n v ierte el am o r en «en ferm ed ad vergon zo sa» (v. 8 6 ) q u e h a­

7 La siguiente estrofa de La C ham an d u M al-A im é elogia esos sonidos con el estilo de


la ^alabanza juglaresca» (el íilrim o verso alude a Orfeo):
M ol q u i sais des ¡a isp o u r d¿s reines
Les eom plaintts d e m es années
Des b ym n tí d'esclavc aux m uriñes
La rom a n ee d u rflal a im é
Et des cbanson p o u r Ía sirb ia , (ecL Pl., p, 50),
1 Q ue culminan en:
J a i vécu com m e un f o n e i j a i p erd u m on tem ps
Tu n oses p lu s regard er íes m atns et á tous m om ento j e voudrais sangU/ter
Sur tai suT celie que j ’a im e sur touí ce q ui t a ép on van té (v. 1 1 8 -1 2 0 ).
9 C om o indicó P. Sioncií en Schrifien //, Frankfurt, p. 4 1 4 s.

186
brá q u e e x p ia r al fin al co n u n a p a u v re filie a u rire horrible (v. 1 4 3 ). Y
c u a n d o fin a lm e n te v u e lv e a c a sa d e sp u é s d e la n o ch e a je tre a d a p ara
b u sc ar el su eñ o e n tre su s fetich es d e O c e a n ía , y a n o se le ap arece el
C risto m o d ern o en la fig u ra d el a v ia d o r u tó p ico , sin o un D ios d esco ­
n o cid o y tro ceado {C e so n t les Christs inférieurs des obscures esperances, v.
1 5 4 ), y a la visió n in tro d u c to ria d e un v u elo a l cie lo d el m u n d o m o d e r­
no se opo n e la im ag en m a c a b ra y fin al d el sol a n tig u o d ecap itad o :

Adiós Adiós
Sol cuello cortado

A sí, la e x p erien cia d e la frag m en tació n acab a en la p érd id a d el yo lí­


rico y en la visió n d e u n a n atu ralez a frag m e n tad a, y p o r eso se exh ib e en
Z o n e el alto p recio q u e h a y q u e p agar p o r la e n fá tic a a firm a c ió n del
triu n fo de la técn ica m o d e rn a. Por o tra p arte, A p o llin a ire , co n su frag ­
m e n ta c ió n d el su jeto y d e la e x p erien cia d el esp acio y el tiem p o , con si­
g u e u n a fo rm a e stética q u e se p o n e a p ru eb a en Z o n e co n la a p lic ació n
d e n uevos p ro ced im ien to s p o ético s q u e p ro nto ten d rán valo r n o rm ativo
y acab arán m arcan d o u n c am b io d e ép o ca en la h isto ria d e la p ercep ­
ció n estética. M e refiero, en p rim e r lu gar, al verso lib re, desprovisto de
to d a p u n tu a c ió n , qu e p erm ite ju g a r co n la m áx im a d iv ersid ad d e co n fi­
g u racio n es m étricas y rítm ica s (in c lu ye n d o ¡as d efo rm acio n es, y c o n si­
g u e , in clu so co n m o d elo s clásicos y tonos lírico s, la o rqu estació n d e u n a
p o lifo n ía in é d ita . Y, en seg u n d o lugar, aparece u n a n ueva e stética de la
sim u lta n e id a d qu e, con el p ro ce d im ien to d e la frag m en tació n siste m á ti­
c a y el m o n taje a m im é tic o , p erm ite in te g ra r aspectos de la realid ad , c i­
tas y fragm en to s d e recuerdos. D e acuerd o con la m á x im a d e E. A . Poe:
«to d a intención ¿pica es un resu ltad o e v id en te d e u n sen tid o im p erfecto
d e l a rte » 10, el lector se en fren ta a un texto c u y a o sc u rid ad in n o vad o ra no
ra d ic a en sen tid o s o cu lto s o a m b ig u o s, sin o en c am b io s a b ru p to s de
ap arien c ia s, vision es y recuerdos (in d icad o s co n frecu en cia con u n sim ­
ple «ah o ra«) dado s com o tales en la e x p erien cia d ei sujero. C o n ello se
ex ig e a l lecto r y a su p ercep ción e stética u n a a c tiv id a d in h a b itu a l: com o
q u ie ra q u e la situ ac ió n caleid o scó p ica y c a m b ia n te se le escapa, se en ­
cu e n tra relegado el lecto r a la p o sició n d e u n a «tercera p erso n a», incluso
al p ap el de un extrañ o sin relació n co n los sucesos evocados, d e m an era
q u e se le o b liga a fo rm u la r h ip ó tesis sig n ific ativ as y a o rd en ar la irrita n te
re a lid ad d el texto co n ap ro xim acio n es c o n tin u a m e n te renovadas. El tex­
to acab ará p id ie n d o d iferen tes lectu ras o «reco rrid o s», d ad o q u e su ca-

Baudelaire en: N otes rtouvelUs su r Edgar Poe, ed. crítica de F .-K G autíer, París,
19 2 S , p. 2 9 [erad. cast. de Carm en Sanros: Edgar Alian Poe, M adrid, V isor, 19 88].

187
rácter d e sim u lta n e id a d exige saJtos c o n tin u o s de un lu g a r a o tro, exp li-
cicando así la novedad de la e x p erie n cia de la v id a m o d ern a.
C o m o la le c tu ra e x ig id a y a no se a ju sta a la e stru c tu ra d ia ló g ic a ;y
c o m u n ic a tiv a d e la líric a c lásica, la n u ev a situ a c ió n es an á lo g a a la qu e
se d a en la c o n te m p la c ió n d e u n c u ad ro c u b ista , p uesto q u e «la e s tític a
d e la p in tu ra c u b ista rad ica ese n c ia lm en te en la p rác tic a d e cortes id ea­
les o c ateg o ríales q u e tro cean el o b jeto rep resen tad o y lo reco n stru yen
d e n u ev o co n arreg lo a diversos p u n to s d e v ista in m a n e n te s a su c o n fi­
g u ra c ió n , c o n stitu y e n d o así u n nuevo o b jeto e sté tic o »11. Este nuevo o b ­
jeto estético sólo p u ed e c o n stitu irse en ei ojo del esp ectad o r cu an d o su
m ira d a activ a, c o m p o sitiv a y e stru c tu ra n te es cap az d e a su m ir y co m ­
p le ta r la o b ra d el a rtista . Por eso esta n u ev a a c titu d lecto ra no se reduce
a la p ercep ció n d e la m u ltip lic id a d c ale id o scó p ic a de los fen ó m eno s de
la c iu d a d m o d e rn a. S u p o n e , m ás b íe n , la su stitu c ió n de la tra d icio n a l
a c titu d c o n te m p la tiv a p o r o tra p ro d u c tiv a . S u p o n e la d e stru c c ió n de
las exp ectativ as h a b itu a les y la reco n stru cció n de u n a n u eva exp erien cia
de la to ta lid a d : u n a id ea e stética d el m u n d o q u e recon o ce en la ab so lu ­
ta n o v ed ad la in m e m o ria l a n tig ü e d a d . H a y en Z o r ti u n a co n tra d icc ió n
en tre la visió n in ic ia l y la im a g en Final, en tre la ex a lta c ió n in a u d ita de
lo m o d e rn o y la e x p erie n cia d el yo frag m e n tad o y a lie n a d o . Pero todo
ello se co rre sp o n d e co n el «s e n tim ie n to m o d e rn o d e lo su b lim e q u e
p e rm ite a l h o m b re o rd e n ar el caos». T al es la esp eran za d e A p o llin a ire
en el esprit no u vea u d e la p o esía y p in tu ra d e v a n g u a rd ia 11.

II

L u n d i Rué Christine

I 1 La portera y su madre dejarán pasar todo


2 Si eres un hombre me acompañarás esta tarde
3 Y bastaría que alguien sostuviese la puerta cochera
4 M ientras el otro sube

11 KL Stierle, en UTB, 1911, p. 95, según M. Imdahh «Céianne, Braque, Picasso:


Ziím Verhaitnis wUchcn Blldauronomie urui Gcgenstandsehen*, en Wálirajf-Ríchartz-
jahrbuch, 36 (1 974}, pp. 325-365, y en: UTB, 1911, p. 52ÍÍ s.
I !.Apollinaire intentó un tina ocasión, m irando a Braque, explicar y legitimar la gé­
nesis de tina nueva *idea del objeto», con un concepto más antiguo de lo estético, eviden­
temente irrempiazable, el de lo sublim e. «El trabajo...contiene una m ultitud de elementos
estáticos cuya novedad está siempre de acuerdo con el sentim iento de lo sublime, que
perm ite al hom bre ordenar d caos: no hay que despreciar lo que parece nuevo, o io que
está manchado o lo que nos sirve, la falsa madera o el falso mármol de los pintores en las
construcciones. Aunque esas apariencias parezcan triviales, hay que partir de tales trivial i
d a d d cuando la acción lo reclama» {Les frein irn Cubistcs, 1 9 1 3 , en O C IV, p. 33} (trad,
cast. de Lydia Vázque?.: Los p in tores atbistás, M adrid, Visor, 199 4].

188
II 5 Tres luces de gas encendidas
6 La patrona está enferma del pecho
7 Cuando acabes jugaremos una partida de chaquete
8 Un director de orquesta tiene mal la garganta
9 Cuando vengas a Túnez haré que fumes k if

III 10 Parece que esto rima

IV 1 1 P ilas d e p la to s flo res u n c a le n d a rio


1 2 P im P a m P im
i 3 Debo ficha casi 3 0 0 francos a mis fauces
i 4 Preferiría cortarlo antes que dárselos

V 15 Partiré a las 20h. 27


16 Seis espejos miran siempre
17 Creo que vamos a enredarnos más
18 Querido señor
19 Es usted un tío de miga de pan
20 Esta señora tiene la nariz como una solitaria
21 Luisa ha olvidado su abrigo de piel
22 Yo no tengo abrigo y no tengo frío
23 El Danés fuma su cigarrillo consultando el horario
24 El gato negro atraviesa la cervecería

VI 25 Estas tortas estaban exquisitas


26 La fiiente corre
27 Ropa negra como sus uñas
28 Es completamente imposible
29 He aquí señor
30 El anillo es de m alaquita
31 El suelo está lleno de serrín

VII 32 Es verdad entonces


33 La doncella pelirroja ha sido raptada por un librero

VIIÍ 34 Un periodista al que por cierto conozco vagamente


35 Escucha jacques es m uy serio lo que te voy a decir

1 X 3 6 C o m p a ñ ía m ixta de navegación

X 37 M e dijo señor quiere ver lo que puedo hacer con aguas fijerte y cuadros
38 Sólo tengo una criada pequeña

XI 39 Después de comer en el café de Luxembourg


40 Una vez allí me presenta a un tipo grande
4 1 Q u e m e d ice
42 Escuche es encantador
43 En Esmirna en Nápoles en Túnez

189
44 Pero p o r D io s d ó n d e está
45 L a ú ltim a vez que estuve en C h in a
46 Hace ocho o nueve años
47 E i honor depende de la hora que marca el péndulo

XII 48 La quinta mayor

En L u jid i R u é C hristine los m edios p oéticos utilizad o s en Z o n e son


superad o s, p ara ab rirse a u n a e stética co m p letam en te nueva. El poem a
evoca de m o do in m ed ia to u n a escena en u n café en u n a p eq u eñ a calle,
sin referen cia alg u n a a u n a pasado privad o o h istó ric o 13, d eslig ad a tam ­
b ién d eí m u n d o d el m iro , la fan tasía o el sueñ o . La id ea estética d el poe­
m a no es sin o ía sim u lta n e id a d qu e o cu rre en u n m o m en to aislad o d e la
v id a m o d ern a. C o n stitu y e el p ro to tip o d e u n «p o em a-co n versació n », en
el cu al, seg ú n fó rm u la d e A p o llin aire «el poeta se sitú a en m ed io de la
v id a y registra el lirism o de las cosas y las vo ces»'1. L á se g u n d a novedad,
no m enos o sad a, es la sig u ien te: el p o eta m ism o no es el polo tran q u ilo
ni el p u n to de co n v ergen cia d e u n a p ersp ectiva p riv ile g iad a d el texto. En
Z one, e! yo lírico , au n q u e frag m en tad o y red ucido a los in stan tes de un
p u n to d e vista c am b ian te y rep en tin o , no d ejab a d e.ser p ara eí lector el
o rigen de u n a m ira d a d irig id a h a cia afu era y h acia ad en tro . Era el flá n e u r
q u e se g u ía u n cam in o b ien señ alad o en u n a jo rn a d a p arisin a an tes d e re­
gresar a casa. Era a lg u ie n qu e b uscab a la id en tid a d p erd id a en Sos m o ­
m en to s lu m in o so s y dolorosos d el recuerdo y q u e, por ello , se enfren tab a
al yo pasado com o a u n extrañ o. En L u n d i R ué C hristine el su jeto lírico
re n u n cia a esta p ersp ectiva p asajera y resu lta ab so lu tam en te in d e term in a­
d o . A h o ra se exige q u e el lecto r b u sq u e al su jeto perdido en la p ura con ­
tin g en cia de un discurso extrañ o. En todo el d iscurso no h ay cuestiones
p lan tead as u n ív o cam en te. ¿Q u ién h ab la, a q u ié n se d irig e , con qu é in ­
ten cio nes? ¿Es u n pro to colo d el poeta o su so lilo quio ? ¿Es el interlocutor,
u n arm go o b ien otro su jeto an ó n im o ? ¿H ay u n id a d se m á n tic a en los
versos agrup ad o s irreg u larm en te en falsas estrofas (de un o a d iez versos
d e lo n g itu d ) o h ay qu e d escifrarlo s desde diferen tes actitu d es y sig n ifica­
cio n es? ¿C ó m o h a y q u e e n te n d e r los e n u n c ia d o s, com o p ercep cio n es
cu asi-o b jetivas, com o im p resio n es su b jetivas, com o co m en tario s h u m o ­
rísticos o com o p en sam ien to s de otras p ersonas {y q u ié n es)?15.

13 El único índice cíe un recuerdo: ¿ 2 últim a vez q u e h e estado en C hina / h a ce ocho


n u eve años, v. 4 5 rem ke, com o un recazo banal de conversación, a un pasado vacío.
H «El poeta, en el centro de la vida, registra en cierto modo el lirismo ambiente*, se­
gún Ph. Rcnaud, 1 9 6 9 , p+3 1 4 .
15 V er sobre esto el análisis minucioso de Ph. Renaud (1 9 6 9 ), p. 31 5 s.

190
D e esta m ú ltip le in d e te rm in a c ió n d el «lirism o a m b ien te» se sigue
n o sólo q u e el lecto r p u e d a in te rp re ta r el p o em a según d iferen tes pers­
p e c tiv a s , sin o q u e tie n e q u e in te rp re ta r lo en d ife re n te s p ersp ec tiv as,
b u sc a r p o s ib le s c o h e re n c ia s y c o n f ig u r a r c u a d ro s d ife re n te s co n las
«im ág en es ro tas», a fin de c o n se g u ir u n a im p resió n g lo b a l d e lo s im u l­
tán eo en el a q u í y el ah o ra, pero n u n ca d e m o d o d e fin itiv o . «L a s im u l­
ta n e id a d lite ra ria p u ed e p ro d u c irse m e d ian te el em p leo d e los co n tras­
tes de las p a la b ra s»56. Este n uevo p rin c ip io de sim u lta n e id a d tien e que
c o n firm a rse en el in te rm in a b le m o v im ien to d e la p ercep ció n e stética
q u e b usca, d e stru y e y reco n stru ye. P recisam en te p o rq u e la p ercep ció n
e stética no d escan sa en el se n tid o co m p ren siv o d e u n a re a lid a d exp ues­
ta, a p a rtir d el tra b a jo d iacró n ico , co n diversas p ersp ectivas e h ip ó tesis,
p u e d e e x p erim en tarse la sin c ro n ía d el p resen te, d el a q u í y ah o ra: la si­
m u lta n e id a d y u b ic u id a d d e la v id a m o d ern a afirm a d a e m p íric a m e n te
en u n m o v im ien to in acab ab le.
Este in n o v ad o r efecto lite ra rio , co n sid e rad o en su tiem p o com o el
m o d e rn ism o p o r e x celen cia, es an álo g o a la id ea d e la p in tu ra órfica,
e s ta b le c id a ta m b ié n p o r A p o llin a ire , co n la q u e su a m ig o D e la u n a y
fra n q u e a el paso d e la p in tu ra c u b ista a la no o b jetiv a. C o n el ab a n d o ­
no to tal de la p ersp etiv a, los c o n trastes d e colo r resu ltan lib erad o s, de
m a n e ra q u e «c o in c id e n la form a de la im a g en y la ex citació n d el ojo
( ...) L a im ag en es u n d e sp lie g u e d e la m ira d a m ism a, d e m o d o to ta l­
m e n te in m ed iato (...) E! o jo ve s im u l e t sin g u la riter (...) S eg ú n D eláu -
hay, en el proceso de la v isió n d e colores se revela la v ita lid a d d el m u n ­
do no c o n stitu id o p o r u n a su cesió n d e fen ó m eno s, sin o p or u n a acció n
sim u ltá n e a d e co n trastes y c o rre sp o n d e n c ia s»'7. Este ju e g o d e co n trastes
sim u ltá n e o s d e l c u ad ro q u e se d e sp lie g an co m o «frases d e c o lo re s»18 y el
ju e g o an álo g o d e los co n trastes sem án tico s d e p alab ras en el p o e m a, no
se rían p ues u n o b jetiv o en sí m ism o s, ni el ú ltim o acto d e u n a c o m ­
p ren sió n así p u e sta a p ru e b a , sin o la c o n d ició n q u e h ace p o sib le la for­
m a c ió n d e u n a idea e stética en el m o v im ien to sin cró n ico . «E sta acció n
sin c ró n ic a no será sin o el su jeto y su h a rm o n ía re p re se n ta tiv a »1’ . Para
D e la u n a y es la luz m ism a la ú n ic a re a lid a d q u e p erm an ece. «Yo p in to el
so l, q u e no es m ás q u e p in tu ra »20. Para A p o llin a ire es e l «lirism o » am -

16 D e la u n a y : Du cvb ism r h Vart abstraje, París, 1 95 7, p. ! 12; ver ta m b ié n M- Imdah^


en P ocíik u n d H erm eneutik II, p. 4 77 .
IvL Im d a h i: « D ie R o lle d e r F a rb e in d e r ne tiere n F ra n io sisch e n M a le re i» , en: P & etik
u n d H erm eneutik //, pp. 2 2 0 -2 2 2 .
18 Ibid.. p. 220,
19 D e la u n a y { n o ta 16), p. \4 7 .
^ Ibid., p, 161-

191
b ie n te d e u n a p ro to p o esía ó rfica, o, si se q u ie re , 1a so lu c ió n d el sen tid o
m o d ern o d e lo su b lim e .
N o o cu rre, p u es, q u e sea tarea d e l lec to r d a r su sencido al p o em a,
u n sen tid o q u e per se no es «o b jetiv o » y q u e p u d ie ra v a le r ta m b ié n p ara
otro le c to r11. N i o cu rre q u e la im p resió n g lo b al d e u n a escen a irreal en
un paseo se re m ita a la fó rm u la se g ú n ia c u a l «el p o em a in v ita y reh úsa
sim u ltá n e a m e n te » su to ta liz a ció n , c o n lo c u a l to d a co m p ren sió n e q u i­
v a ld ría a l ju e g o sie m p re rep etid o d e u n so lita rio 2*. El rad ical m o d e rn is­
m o d e Lundi Rué Christine no c o n sig u e su c a lid a d e stética sim p le m e n te
p o rq u e p u e d a rech azar y d e sc alific ar c u a lq u ie r ac ercam ie n to h erm e n á u ­
tic o 23. In clu so en tal caso tie n e v a lo r la ex ig e n cia estab le cid a p o r D ieter
H e n ric h en su in te rp re ta c ió n «en á rb o l»: «n o b asta co n in d ic a r el p rin ­
c ip io e stru c tu ra l y d e sc rib ir la té c n ic a p o ética. S i esa to ta liz a c ió n , ba­
sán d o n o s en la téc n ic a co n la q u e el p o e m a está realizad o , exige in te-
p r e ta c io n e s s ie m p r e r e n o v a d a s , n o e s t á t a l in t e r p r e t a c ió n lig a d a
arb itra ria m e n te al d e ta lle ; n i está lib re d e u n a o rie n ta c ió n fu n d a m e n ta l,
d a d a o b lig a d a m e n te p o r la c o n stru cc ió n d e l tex to »M. Si el p o e m a -c o n ­
v ersació n d e A p o llin a ire ap arece frag m e n ta d o d e m o d o tan e x tra o rd i­
n ario , d e m an e ra q u e sus e lem en to s no p u e d en d e d u c irse d e n in g ú n to ­
d o dado p revia m en te , c o n t i e n e s in e m b a r g o un a o r i e n t a c i ó n
fu n d a m e n ta l q u e p e rm ite a l lecto r, p ese a la fa lta d e referen tes d e la
tru n c a d a co n v ersació n , co n stru ir, a p a rtir d e rep etid as lec tu ras simul et
singulariter, u n a to ta lid a d buscada, a u n q u e no u n ív o cam en te.
P or tra u m á tic a m e n te m o d e rn o q u e p u ed a p arecer a p rim e ra vista
el p o e m a , no Hace sin o renovar, y exigir, las co n o cid as u n id a d es clásicas
d e lu g a r y tiem p o . A u n q u e e n m u ch o s versos q u ed e n d ifu m in a d a s las
fro n teras e n tre el ex terio r y el in te rio r, el d iscu rso ex p líc ito y la m era re­
p re se n tac ió n , el lector, si sig u e la o rie n ta c ió n b ásica d el texto , tien e q u e
co n sid e ra r q u e tod o s los e n u n c ia d o s so n «p erfiles» d e u n a situ a c ió n y
d e u n m o m e n to tem p o ral en la Brasserie Rué Christine. D e a h í se d e ri­
va, pese a la serie d e d e ta lle s aleato rio s, u n a im p erce p tib le , p e ra in te n ­
sa, u n id a d d el suceso: el m o m en to p re g n a n te de la v id a sim u ltá n e a . La
le c tu ra d el p o e m a está fu n d a m e n ta lm e n te o rie n ta d a en e l p ro p io texto,
y a e llo se a te n d rá la m u ltip lic id a d y c o n tin g e n c ia d e las in te rp re ta c io ­
n es lecto ras. El lu g a r se m e n c io n a y a en el títu lo , Rué Christine, pero
sólo ap arece en el verso 2 4: Le chat noir traverse la brasserie, y se c o m ­
p le ta co n d e ta lles so b re el a m b ien te y el m o b ilia rio (v. 5 , 8 , 11, 16, 2 6 ,

31 C om o piensa Ph. Renaud (1 9 6 9 ), p. 3 1 7 .


11 L. DacNenbacK, en U T B !91 1, pp. 303-305, según Ph. Renaud (1969), p. 330.
25 L. Daellcnbach, en: U T B 1911, p. 304,
2i En: P oftik urtA fffr m r jtr u tik //, p, 480.

192
31 y q u iz ás 4 7 , 4 8 , si re lacio n am o s estos versos co n e l 12 y el reloj q u e
evoca) y con frag m en to s d e d iálo g o s en tre clie n tes y cam arero s (v. 18,
2 9 ). S i to m am o s los v. 9 (Quand tu viendras á Tunis) y 15 (Jepartimi h
2 0 h. 2 7 ) co m o señ al d e un v ia je , cosa q u e co n firm a el frag m e n to d el
v. 3 6 : Compagnie de navigation mixte (¡a n u n c io o respuesta a u n a form a
d e v ia ja r?), en to n ces la escen a se a m p lía a lu g ares lejan o s e im ag in ad o s
co m o E sm im a , N áp o les, T ú n e z y C h in a . En c u a n to al tie m p o , q u ed a
y a fija d o en el títu lo el d ía d e la sem an a, el lunes (¿d ía d e la c ita de los
co m en sales?), y se c o n creta en el verso 5 en el atard ecer: Trois bees de
gaz allumés, y qu izás en los versos 2 6 y 2 7 25; co n e l to q u e d e cam p an as,
pim, pam, pim (v. 12) se rem ite ai m o m e n to exacto d el v ia je p lan ead o
(v. 15, 2 3 ) y se te rm in a en la h ora so lem n e, l ’heure que marque la pen-
dttle / la quinte mrtjor. L a h o ra so lem n e m a rc a d a en e l ú ltim o verso
o to rg a a la u n id ad d el tie m p o la d ig n id a d d e un gran in sta n te (pese a la
iro n ía d e l v. 4 7 ).

I il

Pero si A p o llin a ire reto m a el trip le y clásico p rin c ip io d e !as u n id a ­


des d e tiem p o , lu g a r y a c ció n , es p a ra ren ovarlo ra d ic a lm en te. El d ía y
e l lu g a r cerrado s q u e d e te rm in a n el d e stin o d e las p erso nas se reduce
ah o ra a u n a u n id a d m ín im a y m o m e n tá n e a , d e m a n e ra q u e en el a q u í
y ah o ra d el ac o n te c im ie n to se m u estra la a c tu a lid a d con su irrita n te d i­
v e rsid ad . E sto su p o n e el ab an d o n o d e las co n d icio n e s clásicas d e la ac­
ció n é p ic a o d ra m á tic a : la situ a c ió n y la m o tiv ació n d e la a c ció n , co n o ­
cid a s y c o m p re n d id a s p o r el su je to , a u n c u a n d o su se n tid o q u ed a se
p ro b le m ad z a d o p o r el co n flicto co n o tras perso nas. A h o ra la acció n se
d isu elv e en m ero su ceso , e l su je to ú n ico y o rd e n a d o r en la m u ltip lic i­
d ad c o le ctiv a d e su jeto s in d e term in a d o s y en el ac o n te c im ie n to d e un
in stan te a rb itra rio , tal co m o ap arece en c u a lq u ie r e x p erie n cia v isu al o
au d itiv a , en la m ira d a q u e lan zam o s a las cosas o en la co n versació n
d ia ria d e las perso nas. Y así, tras la red u cció n d el «lirism o a m b ien te» a

* Cuando en los versos sucesivos:


La fo n ta in e cou le
Robe n oirc com m e ses on glts (v. 26 -2 7 )
leemos «robe noire» como aposición de «la Fontaine coule», aparece (como observa Ph.
Renaud, 1 9 6 9 , p. 3 1 7 ) una atrevida metáfora •'surrealista# (el agua fluyente nocturna co­
mo traje negro) que eí verso siguiente (f cst com ptetem en t ¡m posúble) desmiente de nuevo
irónicamente.

193
la a c t u a lid a d d e l a q u í y a h o ra , y tras el a b a n d o n o d e l s u je to lír ic o , se re­
v e la la te rcera n o v e d a d r e v o lu c io n a r ia e n la h is t o r ia d e la líric a : ia i n ­
c o r p o r a c ió n de p r o t o c o lo s d e F ra g m e n to s de c o n v e r s a c ió n , y de la m is ­
m a c h a r la d ia r ia en la c a lie o el cafe, al d is c u r s o p o é tic o . N o im p o r t a
q u e A p o llin a ir e , d e h e c h o , u n lu n e s, s e n ta d o c o n a m ig o s e n d ic h a c e r­
v e ce ría to m a se n o ta de lo q u e o ía . E l e fe c to sería el m is m o si h u b ie s e
u n id o g ir o n e s de u n a c o n v e r s a c ió n fin g id a . E s u n a in n o v a c ió n q u e va
m ás a llá de la m e n c io n a d a a n a lo g ía c o n la p in t u r a ó r fic a . E n e fe c to , el
p r i n c i p i o de¡ co n tra ste s im u lt á n e o d e c o lo r e s p u r o s e x c lu ía lo s o b je to s,
m ie n tr a s q u e a h o ra e n L u n d i R a e C b r is t b ie , fra g m e n to s de frases reales
q u e d a n in c o r p o r a d o s , si b ie n to d a v ía de fo r m a c o n tra s ta n te . C o n e llo
re a liza e n la lite ra tu ra el m is m o g ir o q u e P ic a s s o c u m p le , p o r las m is ­
m as fechas, c o n sus p r im e r o s c o l lu g e s (a p a r t ir de 1 9 1 2 ) y q u e d a D u -
c h a m p c o n su p r im e r r e a d y - m a d e (ru e d a d e b ic ic le t a d e 1 9 1 3 ) en las a r­
tes fig u ra tiv a s .
L a a n a lo g ía e x is te n te e n t re las artes fig u r a tiv a s y la p o e s ía en ¡a
« n u e v a estética» q u e ap are ce en este c a m b io de é p o ca , p u e d e e x p lic a rs e
d e l m o d o s ig u ie n te : el F ra g m e n to c it a d o - e l o b je t o real in c o r p o r a d o al
cu a d ro c o m o c o lln g e o el g ir ó n de c o n v e rs a c ió n in c l u i d o en el p o e m a -
c o n s e r v a n p a ra el e s p e c ta d o r o el le c t o r el s e n tid o q u e te n ía n e n el c o n ­
te x to o r ig in a r io , p e ro el c o n t e x to d e l n u e v o m o n ta je ios h a ce ap a re ce r
c o m o e x tra ñ o s. L a c ita e s ta b le ce tin a m e d ia c ió n e n tre el a n t ig u o y el
n u e v o c o n t e x t o y a b re así u n n u e v o h o r iz o n t e d e s ig n if ic a c ió n q u e p u e ­
de e n r iq u e c e r ta n t o el s e n t id o d e l te x to a c tu a l c o m o el d e l a n te rio r. P e ­
ro la c it a re a liza d a en el m o n t a je m o d e r n o h ace q u e n o p o d a m o s d is p o ­
n e r d e la r e a lid a d c it a d a . Q u e d a in d is p o n ib le , p e r o s ig u e s ie n d o
re c o n o c ib le . E n este n u e v o u so , la re a lid a d , F ra g m e n ta ria m e n te cita d a ,
se resiste a ser e n t e n d id a y e x p e r im e n ta d a a ia m a n e ra c o m o c re ía m o s
p o d e r d is p o n e r d e ia re a lid a d d ia ria . L o s fra g m e n to s de c o n v e r s a c ió n
m o n t a d o s en el p o e m a s u e le n ser b a n a le s y o sc u ro s, n o p o r q u e sean o s ­
c u ro s e n s í m is m o s o p o r q u e im p liq u e n u n a d ife r e n c ia in s u p e r a b le e n ­
tre lo d ic h o y lo p e n s a d o , s in o p o r q u e están se p a ra d o s d e l o r ig e n y del
o b je t iv o d e l d is c u r s o in ic ia l. N o se tra ta d e u n a c o m u n ic a c ió n e n tre las
v o ce s de lo s c lie n te s , c a m a re ro s y pase an te s lo q u e está en c u e s t ió n (q u e
te n d r ía q u e ate n erse a las c o n d ic io n e s de « fe lic id a d » seg ú n las reglas de
la te o ría de lo s a cto s de h a b la ), s in o d e la c o m u n ic a c ió n e n tre e! «poe-
m a - c o n v e r s a c ió n » y su le c to r. E s ef le c to r a h o ra ei te rc e r e x c lu id o , a
q u ie n n o se d ir ig e n d ia ló g ic a m e n t e lo s e n u n c ia d o s , c o m o o c u r r ía en la
t r a d ic ió n lír ic a a n te rio r. E l s e n t id o a u t é n t ic o (o c u a s i a u t é n t ic o ) de
u n o s e n u n c ia d o s , c la ro s en s í m is m o s , se le o c u lt a ( e n u n c ia d o s l im it a ­
d o s en a m b ig ü e d a d , in te rp re ta b le s de m o d o d iv e rs o , p e ro n o d e m o d o
a r b itr a r io ) , y, s in e m b a rg o , al le c to r se le im p o n e u n t o d o e x tra ñ o y n o

i 94
o b stan te fa m ilia r, el suce so s im u ltá n e o en el a q u í y el ah o ra d e u n café
(cosa q u e c o n fr e c u e n c ia se d e s c o n o c e ). M ie n t r a s q u e ei re a iis m o d e l s i­
g lo XIX u tiliz a b a el d e ta lle a u t é n t ic o p ara g a ra n tiz a r la v e rda d d e la i l u ­
s ió n d e la re a lid a d im it a d a 26, a h o ra la fa c t ic id a d d e l « oh jet tro u v é " en el
ren d y -m a d e o el troz.o d e c o n v e r s a c ió n v e r íd ic a e n el p o e m a sirve para
h a c e r a p a re ce r c o m o fic t ic ia ¡a re a lid a d d ia r ia m o d e rn a , d e s tr u y e n d o así

la a p a r ie n c ia d e su r e a lid a d fa m ilia r, p a ra c o n s e g u ir su re s t it u c ió n según


la b e lla f ó r m u ia de A d o r n o : « m e d ia n t e u n a s e g u n d a a lie n a c ió n d el
m u n d o a lie n a d o " 1-.
D e esta m a n e ra el arre d e v a n g u a r d ia d e !a re cié n pasad a m o d e r n i­
d a d h a a n u ia d o a p a re n te m e n te Is fro n te ra s de la r e a lid a d p ara p o n e r en
c u e s t ió n el c a rá c te r a u t ó n o m o d e la o b ra de arte. S e g ú n esto, la p r o v o ­
c a c ió n p r o p ia d e u n rea d y-m a d e hay q u e ve rla e n q u e es u n o h je ro de
u n a re a lid a d e x tra a rtís tic a q u e s ó lo se eleva al n iv e ! d e la «o b ra de arte»
m e d ia n te su a is la m ie n t o o c o n t e x t u a liz a c ió n m u se a l {zó calo, m a rc o ),
c o n lo q u e se n ie g a la t r a d ic ió n a rtís tic a v ig e n te y se o b lig a al e s p e c ta ­
d o r a r e fle x io n a r acerca de a lg o q u e ya es h a b itu a l: q u é es o n o es arre,
si y c ó m o f ic c ió n y re a lid a d p u e d e n separarse en u n m u n d o c a d a vez
m ás f ic t ic io . H a y , s in e m b a rg o , a lg o m ás. D u c h a m p d e s a fía ¡a c o m ­
p r e n s ió n t r a d ic io n a l d e i a rte c o n ía c u r io s a e x ig e n c ia , to d a v ía s in v a lo ­
rar s u fic ie n t e m e n t e , de q u e u n rea d y -m a d e tie n e q u e ser fe c h a d o c o n
p r e c is ió n (d ía , h o ra y m in u t o ) p ara q u e el e s p e c ta d o r sea r e m it id o a!
m o m e n t o en el q u e q u e d ó in s c r it o en el f lu jo d e l t ie m p o . «Se p ro y e c ta
in s cr ib ir e l rea d y -m n d e p a ra u n m o m e n t o p o s t e r io r (tal d ía , tal m i n u ­
to). A s í el rea d y-m a d e p o d r á ser b u s c a d o c o n to d o s sus d e ta lle s. L o i m ­
p o r ta n te es p u e s ese V e lo j is m o ’ , esa in s t a n ta n e id a d , c o m o u n d is c u rs o
p r o n u n c ia d o en c u a lq u ie r o c a s ió n , p e ro a ta l h ora . E s u n a e s p e c ie de
ren d ez -v o tts, la i n s c r i p c i ó n n a t u r a l d e la fe c h a , h o r a , m i n u t o e n el
re a d y -m a d e c o m o u n i n f o r m e . E se es su la d o e j e m p la r " 3*. E l « s e n tid o
e je m p la r» d e l r e a d y - m a d e h a b r ía q u e b u s c a rlo , seg ú n esto , en fa p a ra ­
d o ja s e g ú n la c u a l el o b je t o e s té tic o en ta n t o q u e « o b je t t r o u v é " n o
s ó lo p o n e en c u e s t ió n la d ic o t o m ía c lá s ic a f ic c ió n y re a lid a d , s in o qu e,
al fija r la te m p o r a lm e n t e , h a c e p a te n te al e s p e c ta d o r la c o n t in g e n c ia de
su p r o p ia t e m p o r a lid a d («el re lo jis m o » ) q u e se ie o c u lta . L o re m ite al
in s ta n te s in g u la r d e l flu jo d e l t ie m p o en el q u e fu e « in s c rito » , in s ta n te
ir r e c u p e r a b le a u n q u e im p o r t a n t e , al q u e el e s p e c ta d o r n o p u d o a s istir

V er sobre esto, del aurcir. Poctik und H r r t n e n c u t i k /, p. 16 0 s.


N o t e n z u r i i t e r a t u r ¡I, F r a n k f u r t , 1 9 7 0 , p. 9 7 .
C i r a .según P h . R e r ta u d p. 3 0 4 , q u i e n n o e l a b o r a ia te o r í a i m p l í c i t a en tal
afirm ación.

195
y q u e , com o no es c a p ta b le en su e v id e n c ia h istó ric a , p u ed e sólo im a ­
gin ar.
L a in fo rm ació n de esa fecha d ebe d isc u rrir en el vacío p ara lo g rar la
p ro vocació n: q u e el objeto no ficticio y el in stan te fáctico d e su conver­
sió n en objeto estético - a lg o au té n tico en u n d o b le s e n tid o - parecen in ­
d ic a r su se n tid o al esp ec ta d o r —q u e n o p u d o ser testigo — y al m ism o
tiem p o negárselo . L a p arad o ja d e esta n u ev a e x p erien cia estética ilu stra
b ellam en te el p o stu lad o ad o rm an o d e «ú n a se g u n d a a lien ació n d el m u n ­
d o a lie n a d o », p o r c u a n to q u e la ru ed a d e b icicleta, o bjeto no sin gu lar,
rep ro d u cib ie en u n sistem a d e p ro d u cció n e n cad en a, o la conversación
n o sin g u la r h ech a d e estereotipos y fragm en to s d e la ch arla d ia ria , m e­
d ia n te la in scrip ció n d e u n a fech a q u e los eleva a «o b jetos estéticos a m b i­
guos» a , recib en la m arca d e lo ú n ico y au tén tico q u e, al m ism o tiem p o ,
b lo q u ea la e x p erien cia esp o n tán ea d e l esp ectador. Y com o si in cu m b iese
al a u to r p o n e r d e relieve el carác te r d e in d isp o n ib le y resistente d e la rea­
lid a d , la in te n c ió n d e D u ch am p a l in scrib ir el ready-made en el tiem p o
p reten d e re m itirlo a u n m o m en to c u a lq u ie ra fu tu ro , pero preciso. D e la
m ism a m an era, el títu lo Lundi Rué 0jristine p u ed e en ten d erse com o un
suceso y a fechado p rev iam en te o com o !a c ita p ara u n d uelo (u n «d u elo
con la re alid ad » no u n d u elo en el co n texto bio gráfico d el a u to r1'1).
. E l h ech o d e q u e, p o r esa m ism a ép o ca, A p o llin a ire p u b licó d o s es-
ten o g ram as a u té n tico s d e co n versacio n es reates, sin m ás c o m en tario s, y
con in d ic a c ió n p recisa de lu g a r y h o ra51, a p o y a la tesis d e qu e sus «p o e­
m as-co n v ersació n » y los ready-made d e D u c h a m p p u e d en e n ten d erse
co m o u n e x p erim en to an álo g o en las v a n g u a rd ia s d e 1 9 1 2 .
S in e m b a rg o , e l e x p e r im e n to d e A p o llin a ir e p la n te a a d e m á s la
c u e stió n d e sí Lundi Rué Christtne p reten d e sólo c o n v e rtir p a ra d ó jic a ­
m en te u n trozo d e re a lid a d d ia ria , ex abstracto, en «o b jeto p u ro » d e u n a
e x p erie n cia e stética. A m í m e p arece q u e , co n este paso , A p o llin a ire no
h a a b a n d o n a d o su p ro fu n d a c o n v icció n ó rfica, sin o qu e in te n tó c u m ­
p lirla en c o n d icio n e s m ás d ifíc iles, d e sc u b rien d o la p o esía la te n te de lo
sim u ltá n e o en e l a q u í y a h o ra p ro saico s d e u n p o em a-co n v ersació n . Se
p u e d e, en p rin c ip io , e sta r d e ac u e rd o co n P h ilip p e R e n a u d y ver en el
ready-made la o tra cara d e la «p in tu ra p u ra »: el «o b jeto p u ro », y c o m ­
p re n d e r la a n tin o m ia d e am b as especies d e artes v an gu ard istas com o la

17 La paradoja del objeto a m bigu o de V'al^ry (Eupalinoi. 1923 [erad, cast, de Jos¿ Car-
ner: El s fe w y l í danza. EupaUnos o e l arquitecto, Buenos Aires, Eíl. Losada, 19 5 8 ]) la he
utilizado en m í A sthetische E rfahrung..., 1 9 8 2 , p. 1 1 7 s., para explicar d cambio de signi­
ficado de la p o teiisa partir de las vanguardias de 1 9 1 2 .
w C om o considera Ph. Renaud (1 9 6 9 ), p. 3 5 4 .
11 V e r sobre esto Ph. R e n a u d (1 9 6 9 ), p. 2 5 8 .

196
resp uesta a la e x p erie n cia e xtrem a d e la a lie n a c ió n d e la co n c ie n c ia en
u n m u n d o c o sificad o 32. S in e m b arg o , ¡n o sería m ás ló g ico su p o n er qu e
A p o llin a ire ha d ad o un paso m ás a llá d el e x p erim en to v a n g u a rd ista de
su am ig o D u ch am p , y q u e h a in te n ta d o su tu ra r a su m a n e ra el ab ism o
ab ierto en tre ia p in tu ra ó rfica, q u e lib e ra el p u ro ju e g o d e co lo res d e to ­
d a o b je tiv id a d , y el ready-made, q u e p resen ta, en un o b jeto aislad o , la
re alid ad c o n tin g e n te y sin sen tid o ? D e h ech o , sólo a p rim e ra v ista en
Lundi Rué Christine la re alid a d sin se n tid o d e los frag m en to s d e co n v er­
sació n es un ju e g o d e azar. En la fo rm a d el p o em a, esos frag m en to s a d ­
q u ie re n , p a ra el lecto r q u e los recib e e in te rp re ta simul rt singulañter,
u n a u n id a d se c u n d a ria q u e se va esp esan d o d e verso a verso , y qu e se
m an ifie sta en el «relo jism o » d e l so lem n e verso fin al, la u n id a d d e un
in stan te p len o , recib id o de m o d o eu fó rico , q u e e v id e n cia en ¡a c o n tin ­
g en c ia d el a q u í y ah o ra33 la in so sp ech ad a sim u lta n e id a d d e la v id a m o ­
d ern a.
L’honneur tient souvent h l ’heure que marque la penduk / La quinte
major (v. 47 / 4 8 ): la c a m p a n a d a a n u n c ia d a en e l verso 12 es ah o ra ia
h o ra p le n a q u e p ro p o rcio n a a! suceso sin cró n ico la co n sag ració n d e u n a
« h a r m o n ía re p re se n ta tiv a » , y p o e tiz a re tro sp e c tiv a m e n te lo s retazo s
p ro saico s de co n versació n y sus co n trastes sem án tico s in esp erad o s. El
p o e m a em p ez ab a, en efecto , d e m o d o p ro v o cad o r (V. 1 -6 ), con u n a
p ro sa to ta lm e n te triv ia l, con el e n cu en tro d e dos lad ro n es q u e p rep aran
un robo. Tras esta a p ertu ra , d o n d e se d a la ú n ica co n versació n co h eren ­
te y u n ív o ca de to d o el p o em a, co m ien za la co n v ersació n tro cead a qu e
su sc ita en el lec to r la tare a y a d is c u tid a d e d e sc ifram ie n to d e las diversas
p o sib ilid ad e s d e in te rp re ta c ió n . A h o ra b ie n , este tra b a jo se co n v ierte en
c o m p ren sió n gozosa, en la m e d id a en la q u e la lec tu ra , resistien d o a la
te n d e n c ia u n ific a d o ra e sp o n tá n e a , c o m ie n z a a p e rc ib ir ios co n trastes
entre versos sucesivos (p. e. v. 2 9 y s. Vbici mondeur / La bague est en
malachite / Le sol est semé de sciure), las ag ru p ac io n es d e versos (p. e.
c u an d o a la estro fa se g u n d a , q u e carece d e to d a rim a y cuyo s versos tie ­
n en un referen te d istin to , se a ñ a d e la estro fa tercera q u e, en u n solo
verso, a firm a iró n ic am e n te: Qa a Vair de rimer), y las series sig n ific a ti­
vas (p. e. el en fo q u e p ró x im o q u e se d a al m o b ilia rio m ise ra b le d el café
f

52 Ph, R enard (I 9 6 9 L p +2 5 9 .
53 Q ue ai ahora contingente debe corresponder un aquí también contingente, es algo
que confirm a una anécdota de la biografía de Apollinaire- Cuando un día quiso sorpren­
der a un grupo de amigos, llevándolos en coche a un sitio tranquilo, comentaba uno de
dios: «Ese camino en xig-tag debía llevarnos a la Rué C hristine „ o, para salvar su noble ca­
ra nuestro amigo, proponía una cervecería que estaba seguro de haber reconocido» (se­
gún Ph. Renaud, 1 9 6 9 , p. 305).

197
en las estrofas IV y V I, y e l e n fo q u e lejan o d e los v ia je s sugestivos en el
v. 9, ia estrofa IX y los versos 42-43). N o p o d em o s d a r paso a q u í a esta
le c tu ra . S ó lo reco rd aré la p o e tiz ació n su b lin ú n a r co n «m etáfo ras a tre v i­
d as» d e l le n g u a je d ia rio (p. e. Cette dame a le nez comme un ver solitaire,
v. 2 0 ), los «h ech o s diverso s» co n c en trad o s en un solo verso ( La serveuse
rousse a été enlevipar un libraire, v. 3 7 ) y el h u m o r resid u al d e m u ch as
exp resio n es (p . e, Vous ¿tes un mee á la míe depain, v. 1 9 ), an tes d e q u e,
de m a n e ra so lem n e e iró n ic a , v u e lv a en el verso fin al el alto cono d e la
p o esía p ara m a rc a r la h o ra en la q u e se reú n en y a n u d a n los aspectos de
la v id a q u e flu c tú a n sim u ltá n e a m e n te en un tu g ar y los p erfiles d ife re n ­
te d e u n in sta n te: VHonneur tient souvent Á l ’heure que marque la pen-
dule / La quinte major.
E ste verso no se p u e d e e n te n d e r co m o si fuera un frag m en to de
co n v ersació n . S e p resen ta c o m o si fu era la c ita d e u n a a n tig u a sen te n cia
de u n có d igo d e h o n o r fu e ra d e uso. Y ta m b ié n su scita la so sp ech a, con
la c o n n o ta c ió n d e u n d u e lo , d e q u e e l títu lo , c o m p le tad o q u iz is con el
v. 3 9 : Aprh déjeuner café du Luxembourg, sig n ific a el m o m e n to d e u n a
c ita, o ta m b ié n , e l m o m e n to , a rb itra ria m e n te a n tic ip a d o , en el q u e el
p o e m a -c o n v e rsa c ió n , co m o si fu e ra un ready-made, se in sc rib e en la
re a lid a d . E sta ev o cació n so lem n e d e la h o ra h a sid o in te rp re ta d a de tres
m an eras d iferen tes, a las q u e a ñ a d iré u n a c u a rta . L a q u in ta m ayo r (en
el ju e g o d el p ó q u e r se d ice royalflash) in d ic a en el ju e g o d e cartas u n a
serie d e cartas d el m ism o p alo q u e em p iezan p or el as, de lo q u e se p u e­
d e d e d u c ir q u e el triu n fo d el verso fin al c o n tie n e la p o é tic a in m a n e n te
a l p o em a, c u y o ju e g o h a y q u e e n te n d e r co n las d iferen tes cartas q u e se
v an in tro d u c ie n d o y las c o n fig u racio n e s resu ltan tes. En seg u n d o lu gar,
la q u in ta m a y o r d e sig n a u n in te rv a lo a rm ó n ico y p o d ría in d icar, co n la
p o sició n n o ta b le d e l ú ltim o verso , c u y o ton o p a té tic o c o n trasta co n el
p ro saísm o d el resto, eí aco rd e fin al d e u n a a rm o n ía ó rfica q u e resuen a
en e l a q u í y el a h o ra a p a rtir d e la c a ó tic a p le n itu d d e la v id a s im u ltá ­
n ea, si n o fuera p o rq u e es u n a d iso n a n c ia no a d m itid a en la m ú sica c lá­
sica, c errán d o se así el ju e g o iró n ico . E n terce r lu g ar, la q u in ta m ayo r
p u e d e sig n ific a r en a rg o t (d ic c io n a rio L arousse) u n a «g ran b o fetad a», lo
q u e p e rm itiría in te rp re ta r el texto en clave d e poesía ap ach e, cu yo p ro ­
vo cativ o co n ten id o (u n a a v e n tu ra tu rb ia ), y c u ya no m en o s p ro v o cativ a
fo rm a, te rm in a ría con «u n a lla m a d a a l o rd en » (¡h asta a q u í hem os lie g a-
d o !)M. En c u arto lu g ar, la q u in ta m a y o r re cu erd a u n a cesu ra sag rad a en
la c o n ta b ilid a d m ed iev al d e l tie m p o 35: en el m isal ro m a n o , los días d e la

34 Claude Dctxm : G u ilbu m e Á pallinsirt a p rh A lcooh, I: CalUgrummfí, Ir p o rte es la


gu rrre, Parfs, 1 9 8 1 , p, 76,
n Observación de Arrio Bonrt.

198
sem an a se n o m b ran , e m p ezan d o p o r el d o m in g o , com o feria p rim a , se-
c u n d a , etc. y a los d ías d e fiesta se les a ñ a d e «m a y o r» (sexta m ayo r en el
viern es san to ), co n lo q u e !a q u in ta m ayo r a lu d iría al «gran jueves» y su
ac o n te c im ie n to de la sa n ta c e n a {feria quinta de cena domini). Si se
acep ta este sig n ific a d o , A p o llin a ire h a b ría co ro n ad o el «relo jism o » de
I.undi Rué Christine con la tran sfo rm ació n d e la h ora d e la c ita , a rb itra ­
ria m e n te e le g id a, en el suceso eu fó rico d e u n a q u in ta m ayo r, la h o ra de
la tran su b stan c ia c ió n d e la c o tid ia n id a d p o ética d e la c o m id a p ro fan a
en el café d e Rué Christine, en Sa h o ra so lem n e d e la h a rm o n ía ó rfica de
la v id a m o d ern a.

IV

«1 9 1 2 es un añ o c u m b re d el arte euro p eo . Lo q u e está sep arad o es­


p ac ia lm e n te y h a em p ezad o con en fo ques d iferen tes, e m p ie z a a c o in c i­
d ir en su s so lu c io n e s. Las g ra n d e s lín e a s ev o lu tiv a s d el a rte e u ro p eo
c o n v erg en »34. E ste es el resu m en d e la situ a c ió n h ech a en el c in c u e n te ­
n ario d e la fam o sa exp o sició n d e la «A so ciació n d e am ig o s d e l a rte y ar­
tistas alem an es» d e 1 9 1 2 , p o n ien d o d e relieve así el u m b ral d e u n a ép o ­
c a d e la m o d e r n id a d q u e h o y , a la v is t a d e la lla m a d a « p o s tm o ­
d e rn id a d » , p o d e m o s c o n sid e ra r c erra d a . L a irru p c ió n d e la n o v ed ad
q u e su p o n e 1 9 1 2 no se c o m p ru e b a sin em b arg o sólo en u n a v isió n re­
tro sp ectiva, sin o q u e está y a en la c o n c ie n c ia d e los co n tem p o rán eo s,
e n ía v a n g u a rd ia in c ip ie n te d e los fu tu rista s ita lia n o s, en los c u b istas y
ó rfico s fran ceses, en los ex p resio n istas alem an e s, en los im a g in ista s an ­
g lo am e ric an o s y en los c u b o fu tu ristas rusos. A p o llin a ire , testigo p rin c i­
p a l, tan to en ia lite ra tu ra com o en la c rític a d e las artes fig u rativ as, h a
e x p re sa d o d e m o d o excesiv o , y ta m b ié n ta ja n te , en su s Méditations
esthétiques", la c o n c ie n c ia q u e ten ía su g en eració n d e h ab er cruzad o un
u m b ra l b ie n n o ta b le e n el m o v im ie n to , v iv id o con e m b ria g u e z , d el
m o d e rn ism o estético .
U n arte c o m p le ta m e n te n uevo ten ía q u e rea liz a r en la p in tu ra lo
q u e y a la m ú sic a h ab ía h ech o an tes q u e la lite ra tu ra : «u n a rte s u b li­
m e ». Lo s u b lim e m o d e rn o no tie n e n a d a q u e ver co n eí «c o n te n id o
u tó p ic o » d el co n c ep to tra d ic io n a l. Es c o m p a ra b le m ás b ien ai d escu -

* G . v. d. Osten: «Europaische Kunsc 1 9 1 2 » , en EuropUíschc Kuttst 1912. Z um 50.


Ja h rrsta g d er A usstellung des Sonderbundrs westeU utschtr K u m tfreu n d t in Kóln (catálogo),
W allraf-Richartz-M uscum , C olonia, 1 9 6 2 , p. 9.
57 Citamos por: O tuvrcs com pletes, v. IV, pp. 15 -2 6 {Le.r p ein tres aibh tes, publicado
en 1 9 1 3 , aunque Apollinaire ya había rebautizado la pintura avanzada como orfism o ).

199
b r i m i e m o d e u n a c u a r ta d i m e n s ió n e n la g e o m e t r ía p o s t e u c lid ia n a
(« l ' i mm e n ú t é d e V esp a ce s ' é t e m i s a n t d a n s t o u t e s le s d i r e c t i o n s a u n m o -
m e n t d é t e r m i n é ») y se d is t in g u e d e l c o n c e p t o c lá s ic o de lo h e lio ( « l e
b e a it d é g a g é d e la d é l e c t a t i o n q u e l ' h o m m e c a u s e h l ' h o m m e » ), p a ra c u m ­
p l i r el m ás o s a d o d e s e o d e l g é n e ro h u m a n o : la ¡dea e s té tic a d e u n u n i ­
v e rso h u m a n iz a d o p o r la lu z . A p o l l i n a i r e p r o p o r c i o n a así ¡a fu n d a -
m e n t a c ió n m e ta fís ic a de las n u e v a s e x p e cta tiv a s: h a c e r r e lu c ir al fin a l
la d im e n s ió n p r o f u n d a d e u n a a r m o n ía c ó s m ic a ó r fic a a p a r t ir de i;s s i­
m u lt a n e id a d d e u n a q u í y u n a h o r a c o n t in g e n t e s en lo s q u e t o d o lo
o b je t iv o q u e d a s u p e ra d o . P a re c e q u e este p r o g r a m a d e A p o l li n a i r e no
está le jo s d e la fa m o s a a f ir m a c ió n de N ie tz s c h e : « só lo c o m o f e n ó m e n o
e s té tic o q u e d a ju s t ific a d a la e x is te n c ia de! m u n d o » '" . Si esto es así, e n ­
to n c e s se v e rá c o n m a y o r c la r id a d la d e s p r e o c u p a c ió n c o n la q u e el
n u e v o a rte ó r f i c o salta p o r e n c im a de la e x is te n c ia s o c ia l a lie n a d a , s o ­
b re las ilu s io n e s d e l p ro g re s o y s o b re la fa t a lid a d de la h is t o r ia , c o n
u n a p a te n te n e g a c ió n .
L a n a tu ra le z a y la h is t o r ia fig u r a n e n el m a n ifie s to d e A p o llin a ir e
c o n los rasgos d e l t r iu n f o d e l arte m o d e r n o : 1a n a tu ra le z a c o m o la in s ­
ta n c ia v e n c id a b a jo sus p ies («la n a tu re terrassée»), la h is t o r ia c o m o ei
c a d á v e r d e l p a d re a b a n d o n a d o a la c o m p a ñ ía de lo s m u e rto s , L o q u e en
el fu t u r o h a b rá de lla m a rs e b e llo n o p ro c e d e rá n i d e la e x p e rie n c ia de
u n c a m b io tr a u m á t ic o en el p re s e n te n i de la a n t ic ip a c ió n e x tá tic a de
u n fu t u r o d e s c o n o c id o . A p o llin a ir e re ch aza a q u í ta n to ia b en u té fitg itiv r
d e B a u d e la ir e c o m o c o m p e n d io d e lo « b e llo h is t ó r ic o " , el h e r m a n a ­
m ie n t o de lo m o d e r n o y !a m o d a , s im p le «m áscara de m u e rte " , c o m o
ta m b ié n el m it o d e l fu t u r o d e lo s fu tu r is ta s ita lia n o s . E l « m o n s t r u o de
lo b e llo » , c o n lo q u e el p i n t o r d e la n u e v a m o d e r n id a d b u sc a d a r ia
« m ira d a d e su p r o p ia d iv in id a d » , n o es a lg o e te rn o , s in o s e m e ja n te a
u n a lla m a q u e d e s tru y e p a ra c a m b ia r el m u n d o a u n a n u e v a luz: u n
« a lie n to s in p r i n c i p i o n i fin», p e ro ta m b ié n u n saber im p e n s a b le q u e
está m ás a llá de la c r e a c ió n y el Fin al d e l m u n d o (" q u e n o u s c o n c e v o n s
a v a n t to u te la c r é a t io n et la fin d u m o n d e » ).
E n la ú lt im a f ó r m u la re su e n a la c o n c ie n c ia d e la é p o c a p re c e d e n te ,
q u e en el p a so d e l s ig lo X IX a l XX se h a b ía p r o n u n c ia d o p ú b lic a m e n t e .
«Se c o n t a b a s e ria m e n te c o n u n h u n d im ie n t o s o c ia l g e n e ra l, q u e , a lo
m á s tardar, se p r o d u c ir ía e n t o r n o al a ñ o m il n o v e c ie n to s , y d e b e ría re­
n o v a r el m u n d o » ; así in fo r m a , e n tre o tro s , el c r o n is ta de M a n u e l Q u ttit,
e l l o c o e n C risto , d e H a u p t r n a n n ” . H a n s H in t e r h a ü s e r y V i k t o r Z m e g a c

M W erk t e n (tre i ft á n d e n , ed. K. S c M e t h r . i , M ü t t c h e n , 1 9 5 4 , I, M , 4 0 , 13 1 .


” G . M a u p trm n n : Das gaam m elu Wrrk, v. 6 , Berlín* 1943* p. ^'13-

200
h a n a n a liz a d o p e r t in e n te m e n te ei « e s p íritu d e l tie m p o » d e fin a le s del
s ig lo XIX, c o m o si «de m o d o t e m id o o d e s e a d o el fin d e s ig lo q u is ie ra
ser e! fin d e l m u n d o » 111. E sta e x tra ñ a « ilu s ió n in c o r p o r a d a a la fe ch a m á ­
g ic a d e l c a m b io de s ig lo » 41 se tra s to c ó en el d e c e n io s ig u ie n te , tras el d e ­
s e n g a ñ o d e la esp era a p o c a líp t ic a , en u n a n u eva e sp e ra n z a q u e tra jo la
tr a n s fo r m a c ió n d e l t ie m p o en lu g a r d e su fin a l. E l F in d e S i e c l e del X i,\

c o n su a n g u s tia có s m ica * 7 y sus te m a s d o m in a n te s : la c iu d a d m u e rta , el


d a n d is m o , la m u je r fatal y la m u e rt e d e l a m o r, c o n la fa s c in a c ió n p o r la
c ie n c ia q u e p o p u la r iz ó la te o ría de la h e re n c ia , la te o ría d e la n e u ro s is y
la p s ic o p a t o lo g ía , c o n sus v is io n e s in c e n d ia r ia s ( W a g n e r , Z o la ) , sus fa n ­
tasías a p o c a líp t ic a s (E r n e s t H e lio , L e ó n B io y ) , sus e sp era n z a s de sa lva ­
c ió n m ile n a ris ta s o s o c ia lis ta s y, n o e n ú lt im o lug ar, la f ilo s o fía d e l s u ­
p e r h o m b r e y d e l e te rn o re to r n o de N ie tz s c h e , t o d o este e s p ír itu de fin
de é p o c a d e c u y a s e rie d a d p r o n t o d u d ó su e s te tic is m o flo ra n te , p a re c ió
a las v a n g u a rd ia s m o d e rn a s d e 1 9 1 2 a lg o can m u e rt o , c o m o de n u e v o
p a re ce o c u r r ir c o n la c o r r ie n t e a c tu a l d e la p o s t m o d e r n id a d . L a s a n a lo ­
gías y d ife r e n c ia s e n tre el e s p ír itu d e la é p o c a d e fin d e s ig lo p a sa d o v
d e l a c tu a l, m e re ce n c ie r ta m e n te u n a c o n s id e r a c ió n esp ecial. C o m o alg o
e s p e c ífic o de a q u e l « e s p íritu d e l tie m p o » re c o rd e m o s q u e las p a té tica s
a f ir m a c io n e s d e N ie t z s c h e : « D io s h a m u e r t o » , y su a ñ a d id u r a por
Barres: « to d o s Sos d io s e s h a n m u e r t o o están lejos», e x ig e n e v id e n te ­
m e n te ia c o m p e n s a c ió n q u e p o r d o q u ie r e n c o n t r ó su e x p re s ió n e n el
regreso m ít ic o d e c o n t r a fig u r a s o d o b le s d e C r i s t o " , C o n e llo n o s ó lo
c r is t a liz ó el s e n t im ie n t o d e d e c a d e n c ia e n u n a m u lt it u d d e la m e n t a c io ­
nes y c r ític a s d e la c u ltu ra . T a m b ié n e n c o n t r ó su p o s it iv id a d en u n a es­
té tic a d e l m o d e r n is m o -v é a s e el e p ílo g o de í h. G a u t ie r a las ¡-lea n du
m u tá c 1 8 6 2 - q u e v io en el a n t in a t u r a lis m o d e u n a p o e s ía a r t if ic ia l e x ­
p líc it a la ú n ic a resp u esta a d e c u a d a a la v id a a lie n a d a d e la c iv iliz a c ió n
c o s m o p o lit a . P o r lo q u e re sp ecta a la lite r a tu r a d e l c a m b io d e s ig lo en
le n g u a a le m a n a , Z m e g a c h a d e m o s t r a d o la d i s o lu c ió n c o m p le t a d e l
c o n c e p t o de e s p ír itu o b je t iv o de H e g e l e n c u a n t o d e t e r m in a n te de la
c o n c ie n c ia de la é p o c a . E l p lu r a lis m o de m o v im ie n t o s c o n c u r r e n te s de
las artes q u e tie n d e n c a d a vez m ás a u n a o b ra d e arte to ta l c o m o fa c to r

^ H . H inrc rha u.se r, f in dr SiecU. Gcsudten imdMythcn, M ü n c b e n , 1 9 7 7 . p. 1 V


11 C i t a de! retrato de h é p o c a e n d M u n n ohrw E tgvm chaftrn ( i . í S [rrad. ca$r. d e l o ­
sé M . San?.: EJ h om bre sin atributos. B a r c e lo n a . Sci x BarrnL 1 9 6 9 ] ) . de Musita e n el q u e se
basa Z m e g a c , « Z u m literarischerj BegrifF der J a h r b u n d e r r w e n d e {en t o r n o a 1 9 0 0 ) " . en
D eutsche L ite rttiu r der ja h r h u n d e r tu e n d e . K d n ig s r e in . 1 9 8 I , p. IX.
H sn te rh íiu se r cit<i a Sscfan (reorge en D er iuhm tcn ftmg- B e rlín . 1 9 1 4 . p. 2 03 : - f J
oscuro tem or ante la in m in e n te pe?, v el a7ufre i el p resentim ie nto de que el fina! está en
la puerta» (nota 4 0 , p. 19).
” Según H a n s H in te rh a u s c r (nota *10). p. 8.

201
c o m p e n s a d o r 11, n o p u e d e e n te n d e rs e ya c o m o u n e s tilo de é p o ca . Si el
h is t o r ic ís m o c u lm in ó en la c o n c ie n c ia esté tica de Sa lib r e d is p o n ib ilid a d
d e to d a s las é p o c a s a rtís tic a s, ig u a la d a s p o r el m is m o rasero, e llo d io l u ­
g ar ta n t o al «m u seo im a g in a r io » d e t o d o arte d e l p a sa d o c o m o m a n ife s ­
t a c ió n de la p é r d id a d e l a u ra e s ta b le c id a p o r W . D e n ja m in , c o m o a ia
d e s in t e g r a c ió n d e la s u c e s ió n d e u n id a d e s e p o c a le s d e s e n t id o d ad as
p o r u n a s escue las q u e n a c e n , p o le m iz a n y se d is u e lv e n r á p id a m e n te ,
p ro c e s o q u e a lc a n z ó su p u n t o c u lm in a n t e en las v a n g u a rd ia s e s p e c ífica s
d e l c a m b io d e s ig lo .
« A p a re c e n n u e v o s n o m b r e s , d e c a d e n t is m o , s im b o lis m o , n e o r r o -
m a n t ic is m o , n e o c la s ic is m o , y, ante s de q u e p u e d a n e x pre sa rse p le n a ­
m e n te , s o n d e s p la z a d o s p o r o tro s n u ev o s» , a firm a H e r m a n n B a h r en
I 9 ¡ 2 en su in v e n t a r io d e la é p o c a 45. L a t r a d ic io n a l d iv is ió n en é p o c a s
d e la h is t o r ia de la lite ra tu ra , q u e en el e s p a c io e n tre el n a t u r a lis m o y el
e x p r e s io n is m o p are ce e s ta b ie ce r u n a s u c e s ió n d ia c r ó n ic a , q u e d a d e s a u ­
t o r iz a d a p o r la m o d e r n a a p a r ic ió n de u n p lu r a lis m o e s tilís tic o c o n e!
q u e la le y d e l m e rc a d o de u n c o m e r c io d e lu jo c u lm in a la c o m p e t ic ió n
esté tica. E l n a tu r a lis m o y el s im b o lis m o c o e x is te n y se e n fr e n t a n d e sd e
el p r i n c i p i o ( E l A s s o m n w ir d e Z o la j u n t o al A p r h - m i d i d ' u n f t i t m e de
M a lla r m é , W e b e r d e H a u p t m a n n j u n t o a A lg a b a ! de C e o r g e ) . E l e s te ti­
c is m o d e c a d e n te y el v it a lis m o a fir m a t iv o se e m p u ja n , de m a n e ra q u e
lo s c o n t e m p o r á n e o s p u e d e n verse « c o m o a d o ra d o re s d e la s a lu d y c o n ­
q u is ta d o re s d e l fu t u r o , y, al m is m o t ie m p o c o m o te stig o s m ó r b id o s y
d e s e s p e ra n z a d o s de u n t ie m p o q u e s u c u m b e » 4'1. Y c u a n d o las v a n g u a r­
d ias d e lo s a ñ o s a n te rio re s a la p r im e r a g u e rra m u n d ia l, c o n las q u e c o ­
m ie n z a n lo s p r im e r o s e x p e r im e n to s d e la m o d e r n id a d d e l s ig lo X X , d i ­
c e n a d ió s ta n t o al s e n t im ie n t o de la d e c a d e n c ia c o m o a la n o s ta lg ia de
ia v id a s e n c illa , y re ch a za n !as fo rm a s fin a le s de la e sté tica d e l s ig lo XIX
(ta n to el re a lis m o c o m o el s im b o lis m o , ta n t o la lite r a tu r a c o m p r o m e t i­
d a d e Z o ia c o m o la « p oesía p ura» de M a lla r m é , o - e n p i n t u r a - el i m ­
p r e s io n is m o ) , a p a re ce n en la p r im e r a o le a d a al m e n o s tres m o v im ie n to s
p r o fu n d a m e n t e d ife re n te s , el f u t u r is m o ita lia n o , el c u b is m o y o r fis m o
fra n c é s y el e x p r e s io n is m o a le m á n , q u e c o m p it e n s im u ltá n e a m e n te en
el e s c e n a rio in te rn a cio n a l'* '.
S i tu v ié r a m o s de (os a ñ o s i 911 y 19 1 2 el c a le n d a r io y la d o c u m e n ­
t a c ió n de las m a n ife s ta c io n e s d e l arte y la lite r a tu r a e u ro p e o s , c o m o los

14 V e r s o b r e es to O . M & r q u a r d . ' f G c í a t i u k i m s ^ 't - ’ rk u n d Idc rm t:H ss v. stc m “, e n : Oít


H iin g z u rrt G cia m tk u m tu v rk , A a r a u y F r a n k í u n : , 1 9 8 3 , p. 4 8 .
,s C i t a d o p o r Z m e g a c ( n o t a 4 1 ) , p . X I V ,
Z m c^ac, (noca 4 1 ). p, X X IV (sobre un testim o n io de MmÜ3.
*’ V er sobre esto S v jb o lcsi (nosa 1), p. 53.

202
c o n fe c c io n a d o s p o r L. B r io n - G u e r r y p a ra ei a ñ o 19 13'<s, v e ría m o s la d i ­
m e n s ió n d e l c a m b io p r o d u c id o p o r e! im p u ls o I n a u d ito en v ísp e ras de
la G r a n G u e r r a , d e u n a m o d e r n id a d estérica re c ie n te m e n te d e s a p a re c i­
da. V a lo r a r h o y d ía re tro s p e c tiv a m e n te , a p a rrir d e sus c o n s e c u e n c ia s y
su p r e s u n to fin a l, el c o m ie n z o d e esa é p o c a , so b re p a sa c ie r ta m e n te la
c o m p e t e n c ia d e c u a lq u ie r h is t o r ia d o r d e la c u lt u r a . C o n s t it u y e u n a de
las m ás h e rm o s a s tareas d e in v e s tig a c ió n in t e r d is c ip lin a r q u e yo s ó lo
q u is ie ra a c la ra r c o n a lg u n a s in d ic a c io n e s p a ra lu e g o re to m a r la c u e s tió n
d e la in t e r p r e t a c ió n d e A p o llin a ir e acerca d e la e x t in c ió n d e u n m o d o
d e in te r p r e t a r ei m u n d o y la fo r m a c ió n d e o t r o n u ev o .
E l a ñ o 1912 fu e in d u d a b le m e n te u n ít n n t ts m i m b i l i s para la poesía
a le m a n a , q u e n o s ó lo a s istió a la ir r u p c ió n d e l e x p re s io n is m o s in o t a m ­
b ié n a la r e v o lu c ió n v a n g u a rd ista : M i c b a e l H a m b u r g e r lo ha d e m o s tra d a
en u n ensayo to d a v ía v á lid o , al q u e hay q u e a ñ a d ir la in v e s tig a c ió n de
F e r d in a n d F e llr m n n q u e h a a n a liz a d o la c o n e x ió n , hasta a h o ra n o vista,
e n tre e x p re s io n is m o a le m á n y fe n o m e n o lo g ía filo só fica * ” . E l e x p re s io n is ­
m o lite r a r io s u r g ió c u a n d o la s o c ie d a d de! s. XÍX se e n fr e n t ó c o n s c ie n te ­
m e n te c o n la n u e v a re a lid a d a m e n a z a d o ra y b u s c ó c o n fu e rza v isio n a ria ,
lib e rá n d o s e d e la vieja re a lid a d , u n a respuesta n u e v a a u n a s it u a c ió n a lie ­
n an te , in te n to p a ra le lo al re a liz a d o p o r H u s s e ri en 1 9 13 c o n su te o ría de
la « re d u c c ió n » ( I d e e n z u e i n e r r e i n e n P h / in o m e n o lo g ie u n d p h a n o m e n o l n -
g i s e b e n P h i ln w p h ie ) . El id e a lis m o fe n o m e n o ló g ic o h u s s e r lia n o y el e x p re ­
s io n is m o lite r a r io se re m ite n a u n a fo rm a m e n ta l c o m ú n : la fig u ra d ia ­
lé c t ic a d e u n a « r e a liz a c ió n d e s r e a liz a d o r a » . E s t a e x p e r ie n c ia d e la
im p o s ib ilid a d d e m a n te n e r u n a « a c titu d n a tu ra l» se a p re cia ta m b ié n en
o tro s poetas de ¡a época: en 1 9 1 2 e m p e z ó R iik e sus D i t i n e s r r E le g te n , y
K a fk a su n o vela fra g m e n ta ria A m erik a , ensayos a m b o s q u e, tras u n a c r i­
sis d e c re a c ió n , c o n d u c ir ía n a u n a n u e v a c o n c e p c ió n de la m o d e r n id a d
estética. C o m o te s t im o n io de esta e x p e rie n c ia de la irre a lid a d de la v id a y
su s u p e ra c ió n estética, léase esta o b s e rv a c ió n de K afka: «Siem pre... te n g o
el p la ce r t o r t u r a d o r d e ver las cosas c o m o p u d ie ra n darse, antes d e q u e se
m u e s tre n c o m o son. A h í están así h erm o sas y tra n q u ila s» .
E l e x p r e s io n is m o a le m á n r e s p o n d ió e n s e g u id a a la p r o v o c a c ió n del
m a n ifie s t o fu tu r is ta de M a r in e r t i ( t r a d u c id o en 1 9 1 1 , en D e r S tu rm ).
L a l ír ic a d e J a k o b v o n H o d d is , A ifr e d L i c h t e n s t e in , G e o r g E le y m ,
E r n s t S ta d le t y A u g u s t S tr a m m , p osee ta m b ié n c o r r e s p o n d e n c ia s n o ta -

íc L 'timih 1913. v. 1. Pnrí?, 19^1.


N í. í 9!2,
H n m b u rg e r; en: Rc/ison tfud F.tit'rgy, (turíies iti (icrm/tn l.itcrdture, I o la­

d re s. 1957 213 236


, pp. - . F. PhaKomenalogie unA Fxprcsíiornsmuí,
F e llm a n n . F rí h u rg o -

K a r! A !h e r, 1982 5
. esp p. ^ (so bre 45
K a ík a , p. 5
) | ir n d . c a t. d o E. M iillc r de! C a s t illo :

Few’irtit'tu'.loziii F.xpreiianiwin.
)' 1984
R a r c c fo n n . A lfa . [,

203
bles c o n el h n a f h t M a n ifes tó in g lé s cic 1 9 1 3 . E l e c o in t e r n a c io n a l q u e
p r o v o c a el fu t u r is m o it a lia n o d a lu g a r a la p r im e r a e x p o s ic ió n q u e tie n e
lu g a r en P a rís en 1 9 1 2 , a la q u e s ig n e L 'a n t it r a d it io n f u t u r i s t e <\c A p o lh -
n n ire d e 1 9 1 3 . E n R u s ia p u b lic a C h l e b n i k o v La b o fe ta d a a l g u s to p ú b li­
co, m a n ifie s t o d e ia v a n g u a r d ia rusa, el c u b o f u m r is m o , s ín te s is o r ig in a l
a p a r t ir d e la re c e p c ió n d e los m o v im ie n t o s e u r o p e o s . P rtcrsb u rgn de
A n d r e j B e ly is , a p a r e c id o en 1 9 1 3 , p u e d e pasar c o m o la v e rs ió n ru sa de
In n u e v a estética de la s im u lt a n e id a d , q u e in t r o d u c e la in n o v a c ió n de]
p r i n c i p i o de in te rte x tu a lid a d '* 1. E n la h is t o ria d e ia m ú s ic a tie n e lu g a r el
c o r te e n tre la te o ría c lá s ic a d e la h a r m o n ía y el d o d e c a f o n is m o (J. M .
H a u s e r, A . S c h ó n b e r g ) , p a so d e c is iv o en la m ú s ic a m o d e r n a e n t o r n o a
1 9 1 2 . D e l m is m o a ñ o s o n lo s p r im e r o s c u a d r o s n o o b je t iv o s d e K a n -
d in s k y y sus te o ría s acerca d e la G ran a b s tr a cció n y la G r a n r e a l id a d , los
d o s p o lo s c o n s t it u t iv o s d e e x p e rie n c ia s fu tu ra s en p in t u r a acerca de lo
n o o b je t iv o y lo o b j e t iv o '1. Y, en ta n t o q u e la e sté tica e so té rica d e esta
m o d e r n id a d d ic e a d ió s al arte m im c t ic o , p o n ie n d o ai re a lis m o b a jo s o s ­
p e c h a de la a fir m a c ió n in g e n u a d e lo ex iste n te , u n n u e v o m e d io , el c i ­
ne, éste sí e x o té ric o , e m p r e n d e la f u n c ió n c o n t r a p u e s ta d e u n a « lib e r a ­
c ió n de ia r e a lid a d física » (a c u y a lu z a d q u ie r e su p e r f il h is t ó r ic o la
p o lé m ic a tesis d e S ie g fr ie d K ra c a u e r ) , la f u n c ió n d e u n a « ilu m in a c ió n
p ro fa n a » q u e e n la r a d ic a lid a d d e l m a te r ia lis m o h a c e a p a re ce r e n lo c o ­
le c tiv o la re a lid a d d e l m u n d o a lie n a d o 11.

E ste c a m b io d e é p o c a c o n s t it u y ó , tras la; vacías e x p e c ta tiv a s d e u n


« fin d e si^lo», u n a a u té n tic a e x p e rie n c ia d e n u eva s p o s ib ilid a d e s p ara el
arte m o d e r n o . S i se lo q u ie r e c a p ta r en la s im u lt a n e id a d d e sus m o v i­
m ie n t o s d iv e rg e n te s , d e t e r m in a n d o c o n u n d e n o m in a d o r c o m ú n las
d ife r e n te s n o v e d a d e s q u e o fre ce , e n to n c e s a p are ce c o m o la m ás a p ro -

’J V e r so b re esto W . W csEsreijn: D, K C hU bm k ov a tííi ih e ¡.)cv d v ^ m en ¡ a f Pru-iim i


en' R m íiiln S ym b vliím a n d F u tu ra m . A n is t e r d a m . 1983. y R, ! .K lirr-.inn - ! n -
rc rre x u ia lita t ais .S m n k o n s n m tio n . A n d r e j B clyjs P cte n iiu r g u n d d ie frettuk-n í en
P oética 15 (1 9 8 3 ), pp. 6 6 - 1 0 7 .
S e g ú n G . v. d. O ste n ín o r.a 3 6 ) , p. l i s . y N i. im d a h l: " h ir a H ag, or is i r a p ain -

tin g ? Ü h c r m o g lich c K o n seq u e n ze n tlcr k o n k r c i c n K unsr», en: \\”. ¡ ¡ r , i f f : R i í i ' c . r t z - j , ¡ / ’ rb iu ~ h

3 U l % 9 ) . p. 2 2 2 .
^ A p a rrir d e 191 2 h.iv p e lícu la s d e m ás d e un a ho ra d e d u ra c ió n , h n Í9 I 5 aparece
el p r im e r film «artístico» d e G rifT irh : B irih o f ti N atw n- V e r ta m b ié n S. K r s c íu c r . 1 h eo ty
o fF ilm . The R eriem ption o fP h y s ic a i R taüty, L o n d re s . 1960, y \V . B e n ja m ín , » D e r S u rrea.
Iímuus.,, en G . S. F r a n k fu r t, 1980. 11, í, p. 310.

204
p ia d a la m e tá fo ra d e « u m b ra l de é p o c a ". P e r m ite c o m p r e n d e r la d e s i­
g u a ld a d d e lo c o n t e m p o r á n e o c o n la d ife r e n c ia h e r m e n é u tic a de ln q u e
t ú d n v í n n o es, p e ro ya n o es, en u n c a m b io de h o r iz o n t e y s in te n e r q u e
s u p o n e r u n « e s p íritu o h je tiv o » , n i la u n id a d h ip o t é t ic a d e u n e s p a c io
h is tó ric o '-1.
D e s d e el p u n t o d e vista de A p o llin a ir e , la e x p e rie n c ia d e la n o v e ­
d a d e n tre el a ú n tw de Z one v el y a no de L u n d i R u é C h r istin e , c o n s t it u ­
ye u n u m b r a l y d e t e r m in a u n a e x p e rie n c ia q u e p o n e de re lieve u n d if e ­
re n te c o n c e p t o d e la r e a lid a d , c u y a p r o b le m á t ic a ha p r o v o c a d o las
d ife re n te s s o lu c io n e s de! arte de v a n g u a rd ia . R e c o ¡ o así la tesis d e H .
B lu m e n b e r g en P o é t ic a y H e r m e n é u t i c a I d e u n a c o m p r e n s ió n m o d e rn a
d e l m u n d o c a p a z de e x p e r im e n ta r la re a lid a d -la. e x te rn a y ia in t e r n a -
en ta n t o q u e es a lg o q u e se resiste y n o se p lie g a al sujeto»'*; e x p e rie n c ia
d e u n a d o b le a lie n a c ió n d e l m u n d o y el y o q u e e m p ie z a a p o d e r ser
m a n e ja d a c o n m e d io s e sté tico s. E ste c o n c e p t o m o d e r n o d e e x p e rie n c ia
cié la r e a lid a d en ta n to q u e re sis te n c ia de lo d a d o , se m a n ifie s ta ta n to
en A p o llin a ir e c o m o en D u c h a m p d e m o d o s o r p r e n d e n te en la p a r a d o ­
ja seg ú n la c u a l el a u t é n t ic o « o b je t tro u v é " o el fra g m e n to d e la re a lid a d
d ia ria , q u e so n la base a rtís tic a d e l rea d y-m a d e y d e l p o e m a - c o n v e rs a ­
c ió n , se s u s tra e n a la c o m p r e n s ió n o r d in a r ia en ia m is m a m e d id a en
q u e se p re s e n ta n p o r la m e d ia c ió n estética, C o n e llo , este c o n c e p t o de
u n a r e a lid a d re sis te n te s u p e ra c r ít ic a m e n t e el v ie jo c o n c e p t o d e u n a
re a lid a d « g a ra n tiz a d a ", q u e d esd e S. A g u s t ín y D e sc a rte s n e c e s ita b a de
u n a señal d iv in a o de u n suce so m a ta fís ic o ( c o m o la h ip ó t e s is d e l g e n io
m a lig n o ) p ara g a ra n tiz a r la c o n fia n z a d e i c o n o c im ie n t o h u m a n o e n ia
re a lid a d d a d a ” . L a a m p lia c ió n d e fro n te ra s q u e re a liza n las arres p lá s t i­
cas y la p o e s ía a u na re a lid a d hasta a h o ra in m u n e al arte, h a c e q u e D u ­
c h a m p y A p o llin a ir e sean c o n s c ie n te s de su re sisten cia. L a p le n it u d de
lo s im u ltá n e o , re cié n d e s c u b ie rta , h a ce a p a re ce r en el a q u í y el a h o ra la
p u ra c o n t in g e n c ia d e l in s ta n te e le g id o , s o b re el q u e el arrisra d is p o n e
a r b itr a r ia m e n te , y q u e ju s ta m e n te ya n o re su lta d is p o n ib le p o r p a rte
d e l e s p e c ta d o r o lecto r.
E l p r o c e d im ie n t o p o é t ic o q u e A p o l li n a i r e ha d e s c u b ie r t o en t u n ­
d í R a e C h r is tin e lo ha u t i l i z a d o m a s iv a m e n t e o t r o c lá s ic o p o s t e r io r de
esa m is m a m o d e r n id a d , Ja m e s J o y c e . Su U lis es n o s ó lo d e s tru y e ia a c ­
c ió n é p ic a d e la n o v e la re a lis ta e n el a q u í y a h o ra d e u n d ía en D u b l í n

V er P o ttik u n /i HerrticTieutik X II: Fpnrherihfujus¡tst'in u n d fip n c h w -'h w e ü e , ed. R.


Hcr /.n g, R. Koselieck. M a n c h e n . 19R5.
' 4 '«Wirk. ík hk eks lKs rif F u n d M ocl ic hlc cit des R o m a n a , en P o ctik u n d H e m u -n t'u tik L
p. 13-

í h i d . . p. 1 2.

205
( u n id a d m o d e r n a y e v id e n c ia m o m e n t á n e a d e lo s im u lt á n e o , p u estas
a p u n t o p o r A p o llin a ir e ) , s in o q u e p o n e u n a ¡e ch a c o n t in g e n t e , ei 4
d e j u n i o d e 1 9 0 4 , a su o b r a p a r a d ig m á t ic a . L o m is m o fu e f o r m u la d o
c o n r e la c ió n a la lír ic a p o r E z r a P o u n d e n B la s t 1 (1 9 1 4 ): «u n a im a g e n
es lo q u e p re s e n ta u n c o m p le j o in t e le c t u a l y e m o t iv o e n u n in s ta n te
d e n e m p o » ,<’. E l c o n c e p t o m o d e r n o d e re a lid a d q u e se o r ig in a en la
e x p e r ie n c ia d e la re s is te n c ia d e u n a re a lid a d a je n a , t a m b ié n d e b e r ía
a rr o ja r u n a n u e v a lu z s o b re el p r o c e d im ie n t o d e l m o n t a je , e n el q u e
T h . W . A d o r n o v io u n ra sg o e s p e c ific o de esta m o d e r n id a d . En lo s
m o n t a je s lit e r a r io s o p ic t ó r ic o s , lo s tro z o s d e p e r ió d ic o s in s e r ta d o s o
p e g a d o s c o r n o « o b je to s e n c o n tr a d o s » q u e d a n e n n o b le c id o s e n la F o r­
m a d e « o b je to s e s té tic o s a m b ig u o s » , y, al m is m o t ie m p o , c o m o re p r e ­
s e n ta n te s d e u n a r e a lid a d n o d is p o n ib le , p r o d u c e n u n a p a ra d o ja h e r ­
m e n é u t ic a . E s t o o c u r r e t a n t o en lo s p r im e r o s c o l la g e s de B ra q u e y
P ic a s s o ( 1 9 1 2 ) c o m o e n lo s p o s te r io r e s C a n to s p í s a n o s de F.zra P o u n d .
A c e r c a d e ia c u e s t ió n d e la e x ig e n c ia d e fe c h a c o m o f ir m a d e u n a
c o n t in g e n c ia d is p o n ib le , p r á c t ic a a b a n d o n a d a d e s p u é s, y d e si e n t o n ­
ces la e x p e r ie n c ia d e la r e a lid a d re sis te n te recae e n u n t ip o de m o n t a je
n e u t r a liz a d o q u e b u s c a m ás b ie n la h a r m o n ía la te n te d e las cosas d ia ­
rias usadas, c o n v ir t ié n d o s e así e n u n a v a r ia n t e m o d e r n a d e las « n a tu ­
ralezas m u e rta s» , es a lg o q u e t e n d r ía n q u e c o n t e s ta r lo s h is t o r ia d o r e s
d e l arte.
E s t e m is m o c o n c e p t o de re a lid a d del u m b r a l d e é p o c a q u e e x a m i­
n a m o s n o s ó lo d e t e r m in a la re a lid a d e x te rn a , s in o ta m b ié n la in te rn a ,
ig u a lm e n t e c a ra c te riz a d a c o m o re a lid a d e x p e r im e n ta d a c o m o n o d is p o ­
n ib le . E s u n f e n ó m e n o q u e ya c o m p r o b a m o s en A p o llin a ir e , en ei des-
c e n t r a m ic n t o y d is m in u c ió n d e l sujeto. E l d ic h o cíe N ie tz s c h e : « M i h i ­
p ó te s is : e l s u j e t o c o m o m u l t i p l i c i d a d » 1' e s ta r ía en el i n i c i o de un
p ro c e s o e n el q u e , c o m o v im o s al in te r p r e t a r Z n n e, el s u je to a firm a e u ­
fó r ic a m e n t e la s u p r e s ió n d e fro n te ra s e n su m o d e r n a e x p e r ie n c ia d e l
m u n d o , p e ro , al m is m o tie m p o , ya n o re cu p e ra su id e n t id a d e n ia fra g ­
m e n t a c ió n d e su p a s a d o c o n v e r t id o e n a lg o ajen o. E sta n u e v a e x p e r ie n ­
c ia de u n a a u t o a lie n a c ió n , c o n p é r d id a d e la fu e rz a id e n t if ic a d o r a d e l
r e c u e rd o , es la base s o b re la q u e M a r c e l P r o u s t, p o r la m is m a é p o c a ,

v C i c a p o r M . H a m b u r g e r ( n o t a 4 9 ) , (>. 2 1 5 -
'' « Q u izás n o es n e c e s a r i a ta s u p o s i c i ó n d e u n sujeter. r a n b u e n a p u e d a s e r la su p o si­

ció n d e u n a m u ltip licid ad d e su jeto s, c u y o ju e g o y lu c h a su b y a c e n a n u e stro p e n sam ien to

\\ en señera!, a n u estra co n cien cia. ;U n a esp cc ie d e aristo cracia d e c / iu U s c n las q u e d e s­

cansa el g o b i e r n o ? ; Q q u iz á s se trara d e ig u ales q u e c o lab o ran en el m a n d o ? M i h ip ó le s^

es: el s u je to c o m o m u ltip lic id a d ” (D e la o b r a p ó stu rn a . K r tt m 'h e G e s íW U .m s g t il} ? , e d . C ’o -

Ili, M o m i n a n , v. V í f , 3 , p . 3 8 2 ) .

206
c o n s t r u y ó su c ic lo en 1 5 to m o s , A In r e c h e r c h e d u t n n p s p e r d u . E n e llo s,
el n a rra d o r, en su viaje p o r el t ie m p o , e x p e r im e n ta de m o d o s ie m p re
n u e v o la « m u e rte d e l yo», c u a n d o e n el p ro c e s o in e x t r ic a b le d e l o lv id o ,
a le g ría y d o lo r d e u n a fase d e la v id a a c a b a n e n ú lt im o t é r m in o s ie n d o
tan in te rc a m b ia b le s , c o m o si p e rte n e c ie s e n a u n yo a je n o . F re n te a e llo ,
el g r a n d io s o in t e n t o de P r o u s t ra d ic a en re c o b ra r la id e n t id a d p e rd id a ,
ju n t o c o n el t ie m p o p e r d id o , en u n tra b a jo de re m e m o r a c ió n i n t e r m i­
n a b le , m e d ia n te la r e c o n s t r u c c ió n de la a u té n tic a e x p e rie n c ia a p a r t ir
d e e le m e n to s d e l re c u e rd o in v o lu n t a r io , q u e p e rm a n e c e n en la re a lid a d
re siste n te d e l in c o n s c ie n te y q u e la v id a s o c ia l c o n s c ie n te tie n d e in e v i­
t a b le m e n te a d e s fig u ra r. A lg o e s p e c ífic a m e n te m o d e r n o de esta e m p re sa
es el re ch a zo c u m p l i d o d e l p la t o n is m o la te n te d e u n a t r a d ic ió n esté tica
s e c u la riz a d a . Si esre c o n c e p t o d e re a fid a d d e 1a « e v id e n c ia m o m e n t á ­
nea» s u p o n e u n a e x p e rie n c ia d e l m im d o q u e in c lu y e el « c o n o c im ie n t o
y r e c o n o c im ie n t o in s ta n tá n e o s de u n a re a lid a d ú lt im a « '\ en tal caso la
re a lid a d o p a c a e x c lu y e para P r o u s t ia p o s ib ilid a d d e ia i lu m in a c ió n de
lo v e rd a d e ro en lo a c tu a l, y ta m b ié n eí acceso re fle x iv o al re in o tra s c e n ­
d e n te d e la v e rd a d , b o n d a d y b e lle z a m e d ia n te la a n a m n e s is. L a p oesía
d e esta etapa d e la m o d e r n id a d s ó lo p u e d e r e c o b ra r p ara el arte esta
f u n c ió n c o g n o s c it iv a q u e se le n ie g a , si r e n u n c ia al r e c o n o c im ie n t o de
lo va c o n o c id o y e n c ie n d e el tra b a jo c o n u n a re a lid a d q u e resiste y n o
está d is p o n ib le , c o m o u n a g e n u in a e x p lo r a c ió n d e l y o y del m u n d o en
el a c to m is m o d e e s c rib ir.
L a e m p re s a de P r o u s t re a liza asi el te rc e r s e n t id o d e l c o n c e p t o de
r e a lid a d p r o p u e s t o p o r B lu m e n b e r g , «la re a lid a d c o m o r e s u lta d o de
u n a re a liz a c ió n » '", b a jo esta d i f í c i l c o n d ic ió n : lle v a r a c a b o la re a liz a ­
c ió n e sté tica d e u n c o n t e x to , u n ív o c o e n s í m is m o , fre n te a la m o d e r ­
n a e x p e r ie n c ia d e l «su je to c o m o m u lt ip lic id a d » , s ó lo m e d ia n te el t r a ­
b a jo d e i r e c u e r d o e n lo in c o n s c ie n t e v o lv id a d o . C ie r t a m e n t e esta
s o lu c ió n se c o n s ig u e al p r e c io d e u n a t o t a liz a c ió n p re c a ria , q u e , en ú l ­
t im o t é r m in o , in t r o d u c e la e x p e r ie n c ia fr a g m e n t a ria en el c ie rre m n -
n á d ic o de u n m u n d o s ó lo r e c o r d a d o p o r el s u je to (en su c r ít ic a a la s o ­
lu c ió n d e P r o u s t en 1931 e n c o n tr a r á B e c k e tt su p r o p io c a m in o ) . N o
o b s ta n t e , este a is la d o e x p e r im e n t o (q u e d e h e c h o n o fo r m a escu e la )
c o n f ir m a , en su te n d e n c ia re s ta u ra d o ra , q u e el u m b r a l d e é p o c a a n t e ­
r io r a ! 9 l 4 n o s ó lo es d e t e r m in a b le p o r el c o n c e p t o m o d e r n o de u n a
re a lid a d n o d is p o n ib le , s in o ta m b ié n p o r el d e s c u b r im ie n t o d e l «su jeto
c o m o m u lt ip lic id a d " . S u c o r r e la t o es la d e s t r u c c ió n d e la p e rs p e c tiv a

B l u m e n h c r p {nota 5 4 ). p. \ \ .
:i J h k l. , p. I 2.

20"
central u n ívo ca, centrada en el sujeto, en la p in tu ra a partir del c u b is­
m o , y la tém atización de la m u ltip lic id a d de voces en la lírica de A p o ­
llin aire , E z ra P o u n d y T . S, E tlio t, así c o m o en la novela de James Joy-
ce y V ir g in ia W o o lf. C o n ello hem os añ a d id o tam b ién la vanguardia
an gloam erican a que plantea la irru p c ió n d e una nueva época de *m o ­
dernismos» (es la palabra que acuña) bajo ia divisa de P o u n d : « M ake it
new!», y q u e creyó, retrospectivam ente, q u e «en to rn o a d ic ie m b re de
19 10 el carácter h u m a n o cam bió» , d e claran d o seg uir este o b jetiv o :
« m aking the m o d e rn w o rld possible fo r art»60. N o se com p ren d erá su­
ficientem ente este m o d e rn ism o si sólo se interpreta el descen trsm iento
del sujeto, p arad ig m áticam ente in icia d o en ese m o m e n to , c o n la cate­
g oría de p é rd id a c o m o sín to m a de u n desvanecim ien to inexorable del
sujeto en u n m u n d o p ro g re siva m en te co si Picado. M á s b ie n ocurre, co ­
m o ha m ostrad o recientem ente G ab rteie S ch w a b 61 que estos «clásicos
d e la m od e rnid ad » c o n la ru p tu r a d e fronteras lin gü ística s ta m b ié n
h a n a m p lia d o y recon stitu id o las fronteras de la subjetivid ad , de m a­
nera que en los procesos estéticos d e d e co n stru cció n y recon stru cción ,
el sujeto adquiere nuevas con fig u racion e s a p artir de la pérdida de su
a u to suficien cia cartesiana y adquiere un a nueva experiencia de a m p lia ­
c ió n d e fronteras a p artir d e la pérdida, supuestam ente irrem ediable,
del m u n d o .

VI

Las consid eracion es anteriores p u e d e n ser retom adas desde otro


p u n to de vista: la q uiebra entre u n arte aurático y u n o postaurátlco que
d e lim ita una clara frontera entre los «antiguos» y los «modernos» en los
anos anteriores a la prim era guerra m u n d ia l. L a tan com entada hoy día
«pérdida del aura», el aura del yo a u tó n o m o y de la obra a u tó n o m a de
arte, es u n Fenómeno ya c o n o cid o p o r los clásicos de esta m o d e rn id a d
ya pasada, pero no c o m o pérdida sino c o m o am p lia ció n de fronteras de
la experiencia estética p ro d u ctiva y receptiva. Esta ganancia dentro de
la pérdida del arte aurático es la otra cara, poco atendida, de la d iso lu ­
ció n de la tradicional u n id a d de la obra, en la que ya A d o r n o (1949) y,
después de él, R . B u b n e r y P. Bürger, vieron la novedad de la m o d e rn i­
d a d del s, XX, novedad que abre un a época y que sobrevive al posterior

“ V e r M , K ohlcr. «Poscm odernism ui, ein begriffsgcschichtliclier Ü berblick», en


Amtrikamulien 22 (1977). p. 19 s.
61 E n tgr cn z u n gcn u n d E n tgren z u n gsm ytb tn . Z u r A n th ro p o lo gie d e r S u b jek íiv ita t im
m o d e m e n a n gia a m erik n n tsch en R om án , Scutrgart, 1987.

208
fracaso d e las v an g u a rd ia s su rrealistas62. Pero esta ap e rtu ra d e! a rte pos-
tau rá tico a p o sib ilid ad es in esp erad as d e e x p erie n cia e stética , sólo se en ­
ten d e rá ad e cu ad am e n te si la ru p tu ra d el p rin c ip io ciásico d e la u n id a d
o rg án ic a d e la o b ra se d e te rm in a no sólo en e l co n tex to d e la p ro d u c­
c ió n {según e l p rin c ip io m o d e rn o d e l m o n ta je ), sin o ta m b ié n en ei
co n tex to de la recep ció n , ro m p ien d o e l id e a l ciásico d e la visió n tran ­
q u ila y d e sin teresad a. El a rte p o stau rátic o lib e ra la recep ció n e sté tic a de
su p asiv id ad c o n te m p la tiv a , h acie n d o q u e el e sp ec tad o r o lecto r p a rtic i­
pe en la co n creció n d el o b jeto estético . S e co n v ierte en c o a u to r d e lá
o b ra en la m e d id a en la q u e a b a n d o n a la ex p ec ta tiv a d e u n a fo rm a ce­
rrad a, p len a d e se n tid o (!a ilu sió n c lá sic a p o r e x celen cia) y e n tie n d e la
in te rp re ta c ió n fu n d ad o ra d e se n tid o y la a c tiv id a d a rtístic a co m o u n a
so lu c ió n so lam e n te p o sib le en u n a tarea in a c a b a b le. En o tra p arte he
esbozado este g iro de la h isto ria d e Sa poiesis d esd e los ready-m ade dé
D u c h a m p h a sta el A rte Pop y el A rte Ó p tic o , y e x p licad o su co m ien zo
teó rico en los Ensayos sobre Leonardo (1 8 9 5 ) d e V aléry, q u ie n , d igam o s
de paso , reto m ó en 1 9 1 2 su p ro d u cció n p o é tic a , la rg a m e n te in te rru m ­
p id a , con L a je u n e p arque. L a fó rm u la tan fam o sa co m o co n tro v ertid a
de V a le iy : «M is versos tien en el se n tid o q u e se les p reste», es, seg ú n lo
d ic h o , el resu m en d el giro h acia u n arte m o d ern o postaurático® .

V II

L a p rim e ra o le a d a d e las v a n g u a rd ia s no so sp ech ó la in m in e n c ia


d el u m b ra l h istó ric o d e la p rim e ra g u e rra m u n d ia l. E sto h ace q u e lá
e u fo ria d e su irru p c ió n y su c o n c ie n c ia d e n o estar al fin a l d el a rte si­
no en u n n u evo c o m ie n z o , co n la g ra n esp era n z a «d e m o d ific a r de
a rrib a a ab ajo las artes y las co stu m b re s en la a le g ría u n iv e rsa l»6*, se
nos revelen p o s t fe s tu m , ilu so ria s, in c lu so fa n ta sm a le s. La c it a está to­
m ad a d e l p ro g ra m a de Parade, la co reo g ra fía d e M a s sin e , c o n d e c o ra ­
do s d e P icasso y m ú sic a d e S a tie , q u e d e b ía re a liz a r p o r p rim e ra vez
u n a «a lia n z a d e la p in tu r a y d e la d a n z a , d e la p lá s tic a y la m ím ic a »,
es d e cir, u n a esp ecie d e o b ra to ta l d e arte. A p o llin a ire v io en ta l e m ­
p re sa la se ñ al de la a p a ric ió n d e u n «a rte c o m p le to », y a c u ñ ó e l n o m -

“ V e r B . L in d íie n « A u f h e b u n g d e r K a rt s í in L e b e n s p ra x is ? Ü b e r d ie A k tu a íita c d e r
T heorie d e r
A u s e m a n d e r s e c itir t g m it d e n h is t o r ls c h e n A v a n tg a r d e b e w e g u n g e n » , e n :
AvanrpirrU. Ant'U'ortm a u f P ttet Bürgers B estím m ttng van Ktirnt u n d bürgeríick cr G tsdh-
c h a fi , e d . M . L ü d k c , F r a n k fu r r, 1 9 7 6 , p . 9 0 s. (v e r ib id ., M . L ü d k e , p . 1 í s.)-
ct A sthrtiíche E rfabrung. ... op. á t.f p. 1 17 s.
M O eiívrtí C om pü’tn, v. I V , p . 4 4 .

209
b re , p re ñ a d o d e f u tu ro , d e surrea lism o . A q u í se a n u n c ia , e v id e n te ­
m e n te , p o r p rim e ra vez en A p o llin a ire ia tan c o m e n ta d a d iso lu c ió n
d el a rte en la p ra x is v ifa i. S in e m b a rg o q u e d a lejo s d e é l la id e a de
M a r in e tt i y d e los p o sterio res su rre a lis ta s d e lo g ra r u n a re a lid a d revo ­
lu c io n a ria m e d ia n te la ex p lo sió n su b v e rsiv a d e to d as las a rte s. L a p re­
te n d id a a lia n z a d e las d ife re n te s a rte s, h a sta a h o ra se p a ra d a s, d e b e ría
a p o r ta r p o r sí m ism a e l estad o p a c ífic o d e u n a «a le g r ía u n iv e rsa l», sin
re p a ra r en q u e la c a tá stro fe d e la g u e rra m u n d ia l, d e la q u e no se h a ­
b la y q u e o cu rre e n tre ta n to , su stra jo o ste n sib le m e n te e l su e lo de tan
b e lla esp eran z a. E ste esc ap ism o , q u e o ca sio n ó q u e la fe d e A p o llin a ire
—y la d e M a r in e tt i— en la e sté tic a m o d e rn a se tro case, tras 1 9 1 4 , en
u n a e sté tic a a fir m a tiv a d e g u e rra , a n tic ip a e n p e q u e ñ a e sc a la , co m o
«o b ra d e a rte to ta l in d ire c ta y n o e x tre m a d a » la g ra n «p o te n c ia ilu so ­
ria », la «o b ra d e arte to ta l d ire c ta m e n te n e g a tiv a » d e la se g u n d a o le a ­
d a v a n g u a rd is ta - e l su rre a lis m o fran cé s, el d a d a ísm o , e l p ro d u c tiv is-
m o s o v ié t ic o - q u e , n o p o r c a s u a lid a d , a c tu a r o n tra s la c a tá s tr o fe
h is tó ric a , y q u e —co m o se h a d is c u tid o s u f ic ie n te m e n te - fracasaro n ,
tam p o c o p o r azar, en su in te n to in g e n u o d e d iso lv e r el a rte en la p ra ­
x is p o lític a . S i b ie n A p o llin a ire se lim itó en 1 9 1 7 a re u n ir ¡as d ife re n ­
tes artes c o n el o b je tiv o d e ju s tific a r e sté tic a m e n te el m u n d o m o d e r­
n o en lo s m a ra v illo so s lo g ro s d e su c iv iliz a c ió n in d u s tria l, d e sp u é s de
la g u e rra este p ro g ra m a p la n te ó , co n ia se g u n d a o le a d a d e v a n g u a r­
d ia s, el e n sa yo , a p a re n te m e n te re v o lu c io n a rio d e su p e ra r m e d ia n te la
«a c c ió n d ire c ta » la se p a ra c ió n d e lo e sté tic o y lo re al. S in e m b a rg o ,
n in g u n a d e estas d o s em p resas c o n stitu ía n en ú ltim o té rm in o u n p ro ­
greso en la re a liz a c ió n d el p ro y e c to in a c a b a d o d e la m o d e rn id a d , sin o
u n a reg resió n m ás a trá s d e l u m b ra l d e é p o c a de 1 9 1 2 , co n su c o n c e p ­
to d e u n a re a lid a d re siste n te y a je n a , q u e no p u e d e sim p le m e n te d e s­
v a n e c e rse , p ero s í se r e la b o ra d a e sté tic a m e n te en la e x p e r ie n c ia d el
a rte m o d e rn o .
Las an terio res o b serv acio n es h an recib id o el ap oyo de an álisis re­
c ien tes en to rn o a la p re h isto ria d e la o b ra d e arre g lo b a l, q u e, si bien
an tes d e 1 9 1 2 era sólo u n a te n d e n c ia s u b lim in a l, a p a rtir de ese um b ral
de ép o c a se m an ifestó co n u n a n u e v a fig u ra . W e rn e r H o fm a n n , p or
e je m p lo , h a m o strad o q u e el paso d ad o en d ire cc ió n al arte a u tó n o m o ,
en la c u lm in a c ió n d e la era b u rg u e sa, co m p o rtó u n a sep aració n de las
artes en gén ero s au tó n o m o s: «la o b ra a u tó n o m a de a rte tien e en su ais­
la m ie n to u n reverso n ecesario »64. A ello se o p o n e, d esd e ei co m ien zo ,

*’ Según O. Mirquard en «Gcsamtkunstwerk und Identitatssystcm» (ñora 44 ),


p. 24.
“ «Gcsamtkunstwerk Wien», en: Der Hangzum Gaamtkunstwerk (nota 44), p. 84.

210
d e m o d o su b lim in a l, Ja ex ige n cia d e su p e ra r ef a isla m ie n to d e las artes y
su sep aració n de la p raxis v ita l, co n la id ea tra n sito ria d e u n a o b ra g lo ­
b al, rep resen tad a en el sig lo XIX p o r «escen ificacio n es en esp acio s p ú b li­
cos», y q u e, d esp ués, d esd e la «ig le sia estética» y el m u seo d e los ro m á n ­
tico s, p asan d o p o r el «p ro yecto d e las h o ras» d e R u n g e, d esem b o ca en
m an ifestacio n es sin estéticas, com o las exp o sicio n es u n iv ersales q u e esti­
m u la n y ap a c ig u a n la n ecesid ad d e esp ectácu lo d el p ú b lic o . O d o M a r-
q u a rd h a in te n tad o re d u c ir la in c lin a c ió n al a rte to tal q u e b u sca to ta li­
zar las artes au tó n o m a s y a isla d a s, d iso lv ie n d o así las fro n teras en tre
arte y re alid a d , a su o rig e n , no reco n o cid o , en «el siste m a estético d el
id ea lism o a le m á n , el sistem a d e la id e n tid a d de S c h e líin g », y h a d em o s­
trado q u e su tran sfo rm ac ió n en la o b ra d e arte to tal d e W a g n e r y en las
escen o grafías p o lítica s d e l sig lo XX su p o n en u n a d o b le reap a rició n de lo
re p rim id o . L a d ife re n cia re p rim id a se v en g aría d e su rep resión «en un
regreso p recario , co m o lo eso térico », y la h isto ria re p rim id a v o lvería «en
u n regreso p recario , com o lo m ític o »6'. El regreso d e la h isto ria n eg a d a
p o r las v an g u ard ias estéticas q u e d a a testig u a d o en este u m b ra l d e épo ca
de m o do p a te n te en el teó rico y p ro feta d e la h u e lg a g en e ra l, G eorges
S o rel. Ya en 1 9 0 8 h a d e n u n c ia d o , en sus Reflexiones sobre la violencia las
ilu sio n es d el pro greso en las q u e cayero n A p o llin a ire y M a rin e tti, y ha
a n tic ip ad o la catástrofe q u e ello s no v iero n v en ir, pero, cayen d o en o tro
tip o de ilu sió n , las h a co n sid e rad o co m o el ap o calip sis p la n ifica d o de
u n a revo lu ció n ren ovad o ra, en u n a afirm a c ió n h eroica. H e tratad o de
esta c u e stió n en otro c o n tex to 65, d e m a n e ra q u e, p ara c o n c lu ir, vo lva­
m o s a A p o llin a ire .

VIII

La h o ra q u e lleg ó a la p rim e ra o lead a d e las v an g u ard ias estéticas


fue la « q u in ta m ay o r» d e 1 9 1 4 . «Q u é sea el hon o r, d e p e n d e de la h ora
q u e to q u e»: el carác te r p a té tic o d e este verso se co n firm a iró n ic a m e n te
en el d estin o u lte rio r d e A p o llin a ire . H a sta q u é p u n to d esco n o ció lo
p ro b le m átic o d e la h ora h istó ric a, cayen d o en la fascin an ció n d e lo ex­
trao rd in ario y en tos m itos co lectivo s y n acio n ales d e la «ex p erien cia de
g u e rra» y sacrifican d o el h o n o r d e la p oesía m ie n tra s c re ía salv arla con
su p o esía d e g u e rra , es algo q u e se c o m p ru e b a en casi to d a la líric a q u e

6’ Ibid.
** Como noca 44, p. 48.
** Cap. II de este libro.

211
sig u ió c o m p o n ie n d o im p e rté rrito h a sta el fin al (cayó en 1 9 1 8) el a rti­
llero v o lu n ta rio . En n in g ú n texto h a y un rechazo ex p líc ito ele la g u erra.
D esp ués d e u n as p rim eras c ritic a s acerb as (an te to d o las d e A n d ré Bre­
tó n )70, p ro n to la h isto ria d e su recep ció n ex ten d ió el m an to g racio so dei
o lv id o so b re e sta «c a id a d e Icaro» (P h . R e n a u d ) d e la V an guard ia de
1 9 1 2 . L a c rític a su rg ió tan to p o r razon es id eo ló g ic a s co m o e stéticas.
Pues la p oesía d e g u e rra de A p o llin a ire es u n testim o n io d e u n a o fu sca­
c ió n id eo ló g ic a q u e ilu stra m u y b ie n có m o g e n u in o s m ed io s poéticos
p u ed en d e grad arse cu an d o tie n e n q u e serv ir a la afirm a c ió n in g e n u a de
u n a re alid a d o m in o sa y fatal: los acen to s ó rfico s d e C aligrttm as tran sfi­
g u rab an lo q u e no p o d ía ser tran sfig u rad o .
E sta tesis h a sid o im p u g n a d a p o r C la u d e D eb on con arg u m e n to s71
q u e, p a ra c errar n u estro e x am e n , m e re c en ser d isc u tid o s. U n ju ic io m ás
ju sto no p u e d e c a rg a r so b re A p o llin a ire lo q u e c o m p ro m ete, en m e d id a
so rp re n d en te, a to d a su g en e rac ió n : la g u e rra la h ab ía afectad o cors un
c h o q u e p síq u ic o q u e c u e stio n a b a ra d ic a lm e n te su e x isten c ia e stética y
no p o d ía ser fá cilm e n te su p e rad o p o r la poesía y el arte. La g u e rra d e­
sen cad en ó reaccio n es q u e, en la fo rm a d e u n a h u id a a l co m p ro m iso , al
esto icism o , a lo im a g in a rio o al silen c io , p u ed en p are ce m o s extrañ as,
pero q u e , en ú ltim o té rm in o , p ro ced en d e la p ro fu n d a n ecesid ad d e au -
to co n serv ació n , y, p o st fe s tu m , n o es fácil ju zg ar. E jem plo s d e u n a a c ti­
tu d d e d ista n c ia m ie n to c rític o e n a q u ello s d ías, q u e p e rm itie se n exp re­
sa r la e x p e r ie n c ia d e la g u e rra en su re a lid a d a b s u rd a (co m o B laise
C e n d rá is en su J ’a i t it é d e 1 9 1 8 ) so n m u y raros, y no sólo en la lite ra tu ­
ra fran cesa. El p erío d o d e 1 9 1 4 a 1 9 18 es en tod as las lite ra tu ra s e u ro ­
p eas m ás o m en o s u n bLick out, un a p ag ó n . Esa g u e rra , la p rim e ra gu e­
rra «ab so lu ta » co n sus b atallas d e m a te ria l, no sólo puso fin al h ero ísm o
g u errero , sin o q u e ta m b ié n m a tó la lite ra tu ra id ea lista d e u n a ép o ca se­
cular. La m o d e rn a e stética d e la n e g a tiv id a d , en c u y o n o m b re c o n d e n a ­
m os h o y la p o esía q u e ap ru e b a la g u e rra , sólo n ació d el rechazo d e ia
tra n sfig u ra ció n d e lo in h u m a n o , d e la e stetizació n d e la p o lític a y de la
p o litiz a c ió n d el arte. Pasa p o r a lto q u e in c lu so u n poeta com o A p o lli­
n aire, c o m p ro m etid o co n la g u e rra y con su p a tria , c reyen te en la « p u ­
reza d e F ran c ia», n u n ca h a d e ja d o d e crear b elleza aú n en sus can to s a
la g u e rra, d e reso lver el c o n flicto en tre el a m o r y la m u erte en u n a m i­
to lo g ía p erso n al, y de d e fen d er im p e rté rrito , en m ed io d e un ac o n tec i-

™ V er sobre esto C l. D ebon (nota 3 4 ), p. 12 6 .


71 En la discusión de mí ponencia en un C oloquio en Nantes, con relación a su libro
{nota 34).

212
m ien to avasallad o r, la idea d e u n a ren ovación d el m u n d o m e d ia n te la
p alab ra p o ética.
Si b ien no p u e d o cerrarm e en b a n d a a la ju stific a c ió n p sico h istó ri-
ca de A p o llin a ire , q u e, c ie rta m e n te , arro ja u n a n u ev a luz a la ap o rta de
lo d e cib le y lo no d e cib le en la ép o ca d e la g u e rra to tal, tam p o co m e
co n v en ce p le n a m e n te el in te n to d e re h a b ilita c ió n e stética d e C la u d e
D eb o n . C ie rto q u e se e n c u e n tra n en su líric a ta rd ía versos y estrofas de
fuerza p o é tic a, o p iezas (co m o Case d ’A rm ons) q u e p ro sigu en e! ex p eri­
m en to v an g u a rd ista de Caligram as. Y cierto qu e la p o esía d e g u e rra de
A p o llin a ire se d ife re n cia d e la m e d io c rid a d d e p lo ra b le d el resto de la
p ro d u cció n d e lite ra tu ra p a trió tic a y b élica, con sus tem as específicos
co m o la fusió n p ro vo cativa o rev ersib ilid ad d e g u e rra y eros, la sacraii-
zació n d el espacio y los h o rizo n tes d e la b a ta lla , la p o te n c ia m á g ic a de
las arm as y el m a te rial, y la ren o v ació n d el tiem p o p o r el b añ o d e sa n ­
g re y el h o rro r d e la lu c h a . S in e m b arg o , ¿b asta esta o rig in a lid a d p ara
reco n o cer ig u al ran go al p o eta guerrero q u e se erig e en p ro feta d e un
tie m p o n uevo y al v a n g u a rd ista d e la m o d e rn id a d estética? ¿N o será
p re cisam en te su d o m in a n te p a th o s d e fu tu ro la ú ltim a razón d e tran sfi­
g u ra r lo no tran sfig u rab le?. «S u e sc ritu ra no es en c o n ju n to n i e n fática,
ni b la n c a, ni d eg rad ad a. S u s p o em as no p riv ile g ia n el asp ecto fan tástico
d el cam p o d e b atalla . T o do en él se h ace e lem en to d e u n a m ú sic a in te ­
rior. Pero el in stru m e n to d e safin a»72. S ean cu ales sean los arg u m en to s
ap o rtad o s p ara u n a m is ju sta valo ració n d e la líric a b élica d e A p o llin a i­
re, su lira d esafin a pero no se q u ie b ra . C o m o e l re y M id a s tran sfo rm ab a
lo qu e tocab a en o ro , c a m b ia el h o rro r y su frim ie n to sin se n tid o d e la
g u e rra en b elleza c ru e l, d e sp ie rta la esp eran za en un u n iv erso m ás h u ­
m an o ren ovado p o r la lu z d el a rte , y en eso la lira d el p o eta no se ro m ­
pe en el c an to m ism o . Se alu d e a la q u ie b ra d e la e x p erie n cia v iv id a de
la g u e rra , a n te la c u al la e x p erie n cia e stética sólo p u e d e salv ar su «h o ­
nor» co n fesan d o su in su fic ien cia .
N o se p u e d e ac h ac ar a los p ro ce d im ien to s p o ético s en c u a n to tales
u n a tra n sfig u ra c ió n no q u e rid a . Q u e el h o rro r d e la g u e rra a b so lu ta
p u e d e ser c ap tad o con m ed io s m o d ern o s e «im a g in a rio s» , con acen tos
p o ético s ó rfico s y q u e, fren te a la te n d e n c ia a la su b lim a c ió n , p u e d a
se rv ir d e e x p e rie n c ia c h o q u e , lo m u estra , p o r e je m p lo , el p o e m a L a
guerra de G eo rg H e y m , del q u e no e n cu en tro e q u iv a len te en A p o ilin a i-
re. El h ech o d e q u e tal p o e m a fuese escrito p o r H ey m tres años an tes
d el e sta llid o de la p rim e ra g u e rra m u n d ia l no im p id e su v alo r ejem p lar.
M is b ien se c o m p ru e b a en este co n tex to q u e el p a th o s d e fu tu ro d e tas

n Ibid., p. 28.

213
v an g u a rd ia s en to rn o a 1 9 1 2 no só lo im p lic a b a ilu sio n e s de un p ro gre­
so ilim ita d o , sin o ta m b ié n - a u n q u e e sp o rá d ic a m e n te - la p re m o n ic ió n
d e u n a in m in e n te catástrofe h istó rica:

Se levanta tras un largo sueño,


se levanta de las bóvedas profundas.
Está en pie, de m adrugada, grande e ignoro,
estrujando la lu n a c o n su negra m ano.

Lejos queda el ru m o r de las ciudades,


h ie lo y som bra de u n a extraña oscuridad.
E l to rb e llin o de los m ercados se congela.
C alm a. M ir a n en to m o . Y nadie sabe..

Pasan bien sus h o m b ro s p o r la trinchera.


U n a pregunta. N o hay respuesta. Palidecen.
A lo lejos tiem b la tenue u n toque,
y ias barbillas tiem b lan en su extrem o.

N o h a y d e sm e n tid o m ás san g rien to d e la «estética d e guerra» - a u n ­


q u e M a r in e tti no q u isie ra reco n o cerlo — q u e los sucesos d e 1 9 1 4 . T am ­
b ién la esp eranza rev o lu cio n a ria y an sio sa d e las v an gu ard ias tras 1 9 ! 8
de ren ovar el m u n d o m e d ia n te u n a p o litiz a c ió n d e la estética, son d es­
m e n tid a s p o r el c u rso d e la h is to ria . A p o llin a ire , q u e in c lu so d io el
n o m b re a esta se g u n d a v a n g u a rd ia , e l su rre alism o , sin pensar, no o bs­
ta n te , en la estra teg ia d e u n a «acció n d ire c ta », nos h ace p en sar retro s­
p ec tiv a m en te , con su esp eran za d e u n «a rte m ás c o m p leto » y co n los
erro res d e su p o esía d e g u e rra, en la e x isten c ia d e un poderoso a n te c e ­
so r d e la m o d e rn id a d e stética , al q u e d eb e m u ch o el su rre a lism o y su
p ro yecto d e «o b ra d e arte to ta l, d ire cta m e n te n eg ativ a» {O. M a rq u a rd ):
F e d eric o N ie tz sc h e . S u fa m o sa te sis, « la e x is te n c ia d e l m u n d o só lo
co m o fen ó m en o estético p u ed e ju stific a rse », serv irá d e m o d elo c u an d o
la c o n c ie n c ia h istó ric a d e las v an g u ard ias e stéticas, an tes y d esp ués d e la
p rim e ra g u e rra m u n d ia l, se tru e c an en o fu scació n id eo ló g ic a. C ó m o la
h is to ria rech azad a y la n atu ralez a n eg ad a su p ie ro n d esp ués vengarse, y
p o r q u é h o y d ía n ecesitam o s d e sm e n tir la tesis fatal d e N ietzsch e, es
alg o q u e , en este fin a l d e sig lo , no n ec e sita se g u ra m e n te m ás e x p li­
cacio n es.

214
9
U n Robespierre literario:
¿Paul V aléry en el com ienzo
de un a nueva recepción?*

U n o de los p rim e r o s e n sa yo s q u e , en ia lite ra ria m e n te aso lad a A le ­


m an ia de p o stg u erra, trajo d e nuevo a Paul V aléry al recuerd o , E l a rtista
com o vicario, d e T h .W . A d o rn o , co m ien za con la afirm ac ió n d e q u e la
recep ció n del au to r q u e rep resentó y d o m in ó la v id a e sp iritu a l d e Fran­
c ia e n tre las dos g u e rras, «n o h a sid o h asta h o y su fic ie n te en A le m a n ia ».
L o q u e se a firm ó en 1 9 5 3 sig u e ten ien d o v alid ez en este añ o c o n m e ­
m o rativ o de las renovadas relacio nes c u ltu ra le s fran co alem an as, pese a
todos los discursos elo gio so s, a la ap lic a ció n d e la in v estigació n filo ló g i­
ca y al resu ltad o d el «C o lo q u io in te rn a cio n a l V aléry». La o b ra v ital de
este «clásico de la m o d e rn id a d » no h a ten id o u n in flu jo n o rm ativ o , ni
s iq u ie ra e stim u la n te , en A le m a n ia h a sta hoy, n i en la lír ic a , n i en la
p ro sa, n i en la teo ría e stética, n i en la filo so fía d e las artes. M ie n tra s
q u e no se p u ed e p re sc in d ir de B au d elaire en la h isto ria d e la m o d e rn i­
d ad lite ra ria , V alé ry p erm an ec ió lejo s d el h o rizo n te d e los auto res y lec­
tores alem an e s, y el reto de la co n cep ció n tra d ic io n a l d e la lite ra tu ra
q u e h izo fam o so su Curso de p oética en el C o le g io d e F ran cia, q u ed ó sin
eco en A le m a n ia . C ie r ta m e n te , y a en esa é p o c a ilu stre s tra d u c to re s
co m o R ifk e, R y ch n er o C u rtiu s h a b ía n v ertid o u n a selecció n d e su poe­
sía (co m o el C im e tñ r e m a r in }, d e su p ro sa (co m o M o n sie u r Teste y E u-
p a lin o s) y d e su s ensayos d e c rític a c u ltu ra l, y g a n a d o p ara el p o e ta fra n ­
cés su s p rim e ro s a d m ira d o re s a le m a n e s. S in e m b a rg o te n ía a lg u n a

* Recensión aparecida en D ie Zeit, 18 marzo 19 8 8 . Las citas del texto se refieren al


volu m en p rim ero de la edición de C a h ien , edición de K oh ier y Schm idr-R adefeíd,
fra n k fu rt, 19 8 7 .

215
razó n A d o rn o aJ h a b la r d e la m ala estre lla q u e p resid ió el e n c u e n tro e n ­
tre R ilk e y V aléry.
La a p ro p ia c ió n d e u n p o e ta p o r o tro p o e ta p u e d e h a c e r q u e se
ap ro x im e tan fu ertem en te lo o tro a lo p ro p io , q u e p ro n to el im p u lso de
la recep ció n se e x tin g u e . Por eso el ran g o d e la p oesía d e V alé ry sóío se
c o n o ció y reco n o ció a d e c u a d a m e n te c u a n d o H ugo F ried rich en 1 9 5 6
ensalzó su p o ética, com o co ro n ac ió n d e la serie c an ó n ic a: B a u d ela íre ,
R im b a u d , M a lla rm é , a p a ra d ig m a d e su E stru ctu ra de la lírica m oderna.
Lo m ism o o cu rre co n E u p a lin o s (y a tra d u c id o en 1 9 2 7 ), q u e sólo fue
v alo rad o en 1 9 6 4 p o r H an s B lu m en b erg en su sig n ific ad o ep o cal: el re­
chazo d el p lato n ism o y d e la tra d ició n o n co ló gica del o b jeto estético . El
h ech o d e q u e el d iscu rso d e V alé ry so b re G o eth e d e 1 9 3 2 , al q u e no
ig u a la n in g u n o d e los te s tim o n io s d e l h o m e n a je a G o eth e d e 1 9 8 2 ,
fuese tan m al a cep tad o p o r los estud io so s d e la g erm an fstic a, com o d es­
p ués lo se ría M i Fausto, ap en as su scita a d m ira c ió n , si se p ien sa en la a d ­
m ira c ió n iró n ic a d el «g e n io d e la tran sfo rm ac ió n », en su a u to g lo rifica -
ció n al lad o d e N ap o leó n , en su c u rio sid a d u n iv ersal - y ab so lu ta m en te
c o n g en ia l—, y en su fig u ra tra n sfig u ra d a - q u e su sc ita su b u rla— com o
P ater aestheticus in a e te m u m . C o n tra e l m ito p ro to alem án d el im p u lso
fáustico q u e M i F austo lleva h a sta el fin al en el ju e g o d e p ap eles o p u es­
tos d e F austo , M efistó feles y M a r g a r ita (M a d e m o is e lle L u st de C rista l),
así com o c o n tra la e stética d el g en io y d e la p ro d u c ció n , p ro fu n d a m en ­
te a rra ig a d a en la tra d ic ió n a le m a n a , p u so V aléry en c u e stió n , tras su
«g iro » b io g ráfico d e 1 8 9 2 , tan to el su je to estético co m o la v erd ad de la
o b ra au to su ficie n te d e arte.
D e esta ép o ca d e cam b io p ro ced e lo m ás c a ra c te rístico d e la p ro ­
d u c c ió n d e V aléry: el in m en so cu erp o d e 261 cu ad ern o s, Cahiers, re­
d actad o s en tre 1 8 9 4 y 1945 en n o tas ap u n ta d a s d ia ria m e n te , d u ra n te
las p rim e ra s h oras d e la m a ñ an a: «es u n a rev o lu ció n , u n in m en so c a m ­
b io lo q u e se h a p ro d u c id o en el fon d o d e m i h isto ria : tra d u c ir el arte,
h asta ah o ra in v estigad o en la o b ra, a la gén esis d e la o b ra ... H ace r un
p o em a es u n p o e m a ... El trab ajo d e e scrib ir no v ale la p en a si no se tra ­
ta d e a lcan zar la c u m b re d el ser, no sólo la d el arte, pero eso es tam b ié n
la c u m b re d el arte» (p. 3 3 2 ). C o n la regresión d e la o b ra a las c o n d ic io ­
n es de su g én esis, con la reflexió n, c o n tin u a m e n te m a n te n id a sobre las
resisten cias externas e in te rn a s d e la e sc ritu ra , c irc u n sc rib e el «p e n sa ­
m ien to d el p e n sa m ie n to » el p ro b le m a d e la c o n c ie n c ia q u e crea, rech a­
za y n u n ca lle g a al fin al, d e m o d o tan p ecu liar, q u e los C ahiers d e V a­
lé ry no p u e d en in scrib irse en n in g u n a tra d ició n lite ra ria . Sus cuad ern o s
d e n o tas son «a n ti-o b ra s, a n ti-p ro d u c to s» (p. 4 0 ); no son m em o rias de
su tiem p o ni u n d ia rio d e su yo , p ues están reg istrad o s c o n tra el se n tid o
cro n o ló g ic o d e la e x p erien cia. S o n frag m e n tario s en un se n tid o m ás ra­

216
d ic a l q u e los Essais d e M o n ta ig n e o los Pensées de P ascal, qu e —a u n q u e
con c o n tin u a s d iv ag ac io n es— sie m p re ab o rd an tem as y a d ad o s y d e ja n
¡m o c a d o el yo co m o ú ltim a in sta n c ia , a u n q u e in d ag an aspectos h asta
e n to n c es d esco n o cid o s o re p rim id o s d e la n atu ra lez a h u m a n a . La co n ­
c ie n c ia de la c o n c ie n c ia no ab o rd a a h o ra su m ism id a d c o n tin g e n te , si­
no q u e sólo an o ta m o m en to s q u e o cu rren «en m í»: «yo no escribo m i
diario; se ría d e m asia d o a b u rrid o esc rib ir lo q u e m e m a n tie n e en vid a a}
o lv id a rlo ... lo q u e no es feo ni b ello , n i v erd ad ero n i falso ... y U> q u e p z -
ra o tro es tan a rb itra rio co m o q u ie ra » (p. 4 2 ).
D e este m o d o la p reten sió n d e sin g u la rid a d d e! se n tim ie n to d e si,
p ro clam ad o p o r R o u sseau (d e lo q u e es a u té n tic a exp resió n d e u n in d i­
v id u o , au n cu an d o se m ie n ta a sí o a los otros) q u ed a rechazado d e m o ­
do tan rigu ro so co m o el a n tig u o id eal d el sab io , m ás tard e id eal m o ral.
El su jeto q u e escribe los Cahíers está en el p o lo o p u esto d e la a c titu d
d e ! estoico q u e sep ara tod a e x p erie n cia en térm in o s d e m ío y no m ió , y
sep ara tam b ié n su v e rd ad era p ro p ie d a d e sp iritu a l, su lib e rta d in te rn a d e
lo q u e p u d ie ra am e n azarla desd e fu era, co n lo q u e sólo e l d o m in io so­
bre sí m ism o , y no la c u a lid a d d e lo p ro p io es lo d ecisivo (el sab io es­
toico no es to d avía u n in d iv id u o co n u n a h isto ria in c o n fu n d ib le ). V a-
léry, q u e no escrib e p o r la tard e p ara no d a r c u e n ta «d el d ía p asad o »,
sin o p o r la m añ an a , p ara d ed icarse, lib re d el trab ajo d el recuerd o , a las
p o sib ilid ad es del in stan te, reclam a sin em b arg o , co n la fó rm u la «C é sa r
de sí m ism o » (p . 4 0 1 ), la tra d ició n q u e rechaza en el ritu a l d ia rio d e su
escritura- Pues su lib e rta d está b ajo la c o n d ició n p ara d ó jic a d e q u e el
p en sam ien to só lo p u ed e lo grarse co n tra la resisten cia d e c irc u n sta n c ia s
extern as: «q u e m i obra... sólo está h ech a d e respuestas a circu n stan c ias
ev e n tu alm e n te e stim u la n te s» (p. 3 5 3 ). Pese a to d o , la o b ra d e V aléry,
q u e d e sm ie n te c o n tin u a m e n te su c a rá c te r d e «o b ra» está sesg ad a con
relació n a la tra d ic ió n m o ra lista y e stética . D e sta c a so b re to d o en el
an álisis d e las fu n cio n es d el trab ajo e sp iritu a l y en la in te rro g ació n de
su in s tr u m e n to e s e n c ia l, e l le n g u a je , f a s c in a d o p o r la f ilo s o fía d e
N ietzsch e, tal com o la o freció K arl L o w ith én su in n o v ad o ra exp o sició n
de 1 9 7 1 , en c u an to h eren c ia d el p e n sa m ie n to m ás lib re d e su tiem p o .
Por eso, la p rim e ra tra d u c c ió n d e C ahiers es a n te to d o u n hecho
e d ito ria l, y, en la tra d u c c ió n , ex c ele n tem en te c o m e n ta d a , de H a rtm u t
K o h ler y Jü rg e n S c h m id t-R a d e fe ld , p e rm ite p o n er en m arch a la ta rd ía
recep ció n a le m an a d e su obra. S u riesgo co n siste en la ex tra o rd in a ria
d ific u lta d de la selecció n noU ns volens d e u n a o b ra a p a rtir d e lo q u e no
es u n a o b ra, d e lle g a r a u n a n ueva g en eració n d e lectores, cu an d o ap e ­
nas p u e d e fo rm arlo s. Pues in clu so la fam a m u n d ia l d e V a lé ry no ex c lu ­
ye q u e a u n a le c tu ra ac tu a liz a d a se o p o n gan e xp ectativas y reservas q u e
n ecesitan ac laració n . Por u n a p arte, la líric a m o d e rn a, d esd e la m u erte

217
d e C e la n ( 1 9 7 0 ), fecha en la q u e se su p o n e se p ro d uce un g iro , h a to­
m ad o u n c a m in o en el q u e la relació n e n tre líric a y m u n d o , e x p erien cia
de sí y re a lid a d so cial h an sid o reto m ad o s, n eg an d o el c an o n estético de
u n a poesía p u r a no m u n d a n a , d a d a en el ju e g o a u to su ficie n te d el len ­
g u aje. L a lite ra tu ra e xo térica d e u n a g en e ra c ió n q u e p re te n d ió , ju n to
con la salv ació n d e la e x p e rie n c ia su b je tiv a , to m a r en serio la d e sa lie n a ­
ció n d e la so c ie d a d , h a n eg ad o el can o n eso térico d e la E structura de la
lírica m oderna, y con e llo ta m b ié n h a a b a n d o n ad o u n a h eren cia d e V a­
léry. P or o tra p a rte los p o rtavo ces e n la lu c h a d e las in te rp re tac io n es
h an ig n o rad o a V a lé ry p re m e d ita d a m e n te desd e los añ o s 7 0 , sin rep arar
en q u e el a u to r d e los Cahters a n tic ip a b a en su s reflexio n es lin g ü ístic a s
y c ríticas casi todo lo q u e en la p o é tic a lin g ü ís tic a , la sem ió tica lite ra ria
y el d e c o n stru c tiv ism o p a sa b a c o m o la ú ltim a n o v e d a d . El m a le sta r
in exp resab le d e L a je a r te p a rq u e (¡tra d u c id a p o r C e la n !) o d el C im e tie rt
m a rin , así co m o las reservas laten tes co n tra las teo rías d e V aléry so b re la
p o esía, h an llev ad o h ace poco a E. M . C io ra n a d e cla ra r a b ie rta m e n te
(en A centos, J98G )\ las p rim e ra s teo rías son en ferm izas en su p ro p e n ­
sió n a u n a p erfecció n v acía, y las ú ltim a s so n «u n p ecad o c o n tra la p oe­
sía m ism a ; esterilizan , p ro m u ev en y san c io n a n p elig ro sam e n te la a u sen ­
c ia d e c re ació n , so m e tie n d o a c á lc u lo el acto p o ético ...P ero la p oesía es
todo m en o s eso: es ru p tu ra , au sen c ia d e p le n itu d , p re se n tim ien to , ca­
tástro fe»:
C io ra n n o se ap ercib e d e q u e su s rep ro ch es m ás graves no afectan a
V aléry, p o rq u e éste y a los h a b ía d irig id o co n tra M a lia rm é . Fue M illa r -
m é, no V aléry, q u ie n «c o n v irtió e l le n g u a je en su d io s»; el len g u a je no
Ríe p a ra V a lé ry su stitu c ió n d el ab so lu to , sin o el in stru m e n to q u e h ab ía
p re v ia m e n te q u e a n a liz a r, p o rq u e se tra ta b a d e c o n o ce r el fu n c io n a ­
m ie n to d el e sp íritu no en su s o bras acab ad as sin o en su trab ajo in c o m ­
p le to en su o b ra. Q u é y p o r q u é la p o esía es a lg o ese n c ia lm en te in c o m ­
p le to , lo sab em o s sólo d esd e V aléry, p ara q u ie n p re cisam en te p o r eso
n o p u ed e ser «ru p tu ra »: «la p o esía m ism a no m e h a in teresad o co m o
u n a esp ecie d e in stin to d e u n ru iseñ o r, sin o sobre todo co m o un p ro b le ­
m a y p retex to d e d ific u lta d e s» (p. 3 1 2 ). El rechazo d e u n co n cep to ro­
m án tic o d e la p oesía, q u e a c tú a su b re p tic ia m e n te (co m o lo c o n firm a
in v o lu n ta r ia m e n te C io ra n ) es a lg o q u e V a lé ry re c ib ió d e M a lia rm é ,
a u n q u e co n la c o n d ició n a g u d iz a d a d e no ac ep ta r la «sim u la c ió n » y el
h a ce r creer (p. 3 3 9 ), m ás a ú n , d e v er só lo en las o bras d el m aestro el
hacer. C o n e ste p a so , q u e d e te r m in a su p ro p ia «ra z ó n d e e s ta d o »
(p. 2 1 0 ), se lib e ra de su in v e n cib le a d m ira c ió n por el arte d el to d o p o ­
deroso M a lia rm é : «en e¡ m o m en to en el q u e vi en él la cabeza - ¡ú n ic a ,
im p a g a b le !— q u e h a b ía q u e d e c a p ita r p a ra d e sc ab e zar a to d a R o m a»
(p. 9 8 ). Si se to m a esta a firm a c ió n , q u e p ro ced e d e C a lfg u la , litc ra l-

218
m en te, ap arecerá en escen a u n «R o b esp ierre lite ra rio », según el in su lto
q u e ¡e d irig ió un c rític o en 1 9 2 5 (p. 1 4 7 ). ¿V erd ad eram en te h ab ía con -
d u c id o V alé ry la p o esía al a g o sta m ie n to , co m o y a p en sab a M aree ! Pré-
vo st en 1914?
P ara el lec to r de n u estro tiem p o , al q u e resuen an desde los añ o s 7 0
las p ro clam as de «m u e rte d e la lite ra tu ra » y «fin d e ia e stética», p u e d en
a su star m en os las m etáfo ras m arciales y caer m ás b ien en la e stilizació n
d e u n a ley e n d a lite ra ria a c u y a fo rm ació n no h a sid o V a lé ry m ism o el
ú ltim o en colab orar. Esto se co n firm a en la m ira d a retro sp ectiv a d e los
C ahiers y su in siste n c ia en u n a a u to ex p lica c ió n y a u to ju stific a c ió n d e la
tran sfo rm ació n rad ic a l q u e V a lé ry vio com o u n a crisis v ita l q u e !e m a r­
có , y q u e fechó en el 4/5 d e o ctu b re d e 1 8 9 2 , u n a noch e d e to rm e n ta
en G en ova. D e a h í n ace la ley e n d a lite ra ria d el jo v en poeta q u e, y a en
el u m b ral de la c e le b rid a d , d ice re p en tin a m e n te a d ió s a !a p o esía y se
refu g ia en un silen c io d e v e in tic in c o añ o s. En los Cahiers, el suceso b io ­
gráfico ad q u ie re cad a vez m ás los co n to rn o s d e u n «g iro », con el q u e
em p ieza !a verd ad era v id a , el co m ien zo d e un p en sam ie n to con con se­
cu en cias im p revisib les p a ra todos los d e m á s, co m o en la ilu m in a c ió n
p ro fan a d e la m a g n itu d d e la n och e d el 10 d e n o viem b re d e 1 6 1 9 para
D escartes o la e x p erie n cia d e R o u sseau en el c a m in o a V in cen n es en
o to ñ o d e 1 749: m o d elo s in eq u ív o co s.
El p a th o s d e u n a épo ca q u e aib o rea, no con la co n c ie n c ia h eg eü an a
d el fin al irre c u p erab le d el tiem p o a rtístic o , d ib u ja u n a «m eta n ap o leó ­
n ica» p ara ei R o b esp ierre literario . S u m á x im a a m b ic ió n era a p lic a r las
ideas m ate m átic as y el sab er exacto de !a m o d ern a c ie n cia d e !a n a tu ra ­
leza p ara re c o n stru ir el m u n d o d e los sen tid o s, so m e tié n d o lo al d o m i­
n io ilu strad o de la in te lig e n c ia . Para la lite ra tu ra , esto sig n ific a : «n o el
au to r, sin o o tro , d eb e a p o rta r sus se n tim ie n to s» (p. 3 0 8 ). E sta e xigen cia
c o n d u c e a u n a m o d e rn a se p a ra c ió n d e p o d eres e n tre a u to r y lecto r,
p ro d u c to r y recep to r: d esp u és d e q u e el p rim ero d e todos los íd olo s de
la trad ició n se h a sac rific a d o al íd o lo ab stracto d el yo p erfecto («la self-
consciousness, leg ad o d e Poe) (p. 3 9 6 ) y q u e M o n sie u r Teste se ha elevado
a su p rem o sacerd o te d e l in te le cto , co rresp o n d e a l ú ltim o (el lector) e!
p apel de c o m p le tar el tra b a jo in e lu d ib le de la poiesis, d e p o n er e n ju ego
su se n sib ilid ad p ara p o n e r a p ru e b a un se n tid o q u e n o está d isp u esto ,
sin o p ro p u esto .
S i h o y d ía , tras esa m etáfo ra d e u n a ilu m in a c ió n p ro fan a lo q u e ve­
m os es e l e m in e n te testim o n io d el c am b io d e ép o c a q u e c o n d u c e a la
recien te c lau su ra d e la m o d e rn id a d , ta m b ié n ap arece e! silen c io d e d ece­
n io s de u n a ley e n d a c recien te. V a lé ry h a escrito en re a lid a d in in te rru m ­
p id a m e n te e n tre 1 8 9 2 y 1 9 1 7 , y ta m b ié n p u b lic a d o (en tre o tros l i ­
bros L a tarde con M o n sie u r Teste y los p rim ero s E studios sobre Leonardo ).

2 19
S u ascesis p o é tic a le llev ab a m is a u n c o n tin u o to m ar notas q u e a u n a
e sc ritu ra esp o n tán ea, d e d o n d e sa ld ría su o b ra m aestra rev o lu cio n aria,
e l p re cip ita d o d e su av en tu ra e sp iritu a l, reacio a to d a sisrem árica. C ó ­
m o p u d o crecer en silen cio la c a p a c id a d p o é tic a p ara lle g a r fin a lm e n te
a d o m in a r ai q u e an tes fuera desafío to d o p o d ero so , R ich ard W agn er, es
alg o q u e p u e d e verse retro sp ectiv am en te en la g én esis d e la J a m e P ar­
que. «Es éste m i d ra m a líric o . U n caso b ien n o tab le. H e am ad o tan to a
Las valq u iria s y h a in flu id o y p en etrad o tan to en m í la co n cep ció n de
W ag n e r q u e la p rim e ra a c tu a c ió n c o n sistió en rechazar, en u n d u elo
im p o te n te , to d o lo qu e e ra lite ra tu ra ... Fue, p o r el c o n tra rio , u n a se ­
g u n d a im p re sió n 1o q u e p ro d u ce m i p o esía d e 1 9 1 5 » (p. 3 8 5 ). Y lo q u e
v ale p ara la p o esía d e C harm es , vafe en m a y o r m e d id a p ara la prosa de
C a h ie r z p re c is a m e n te la fu erza d e la n eg ac ió n p u d o lo im p o sib le, traer
al le n g u a je lo qu e en to d o p en sa m ie n to y le n g u a je está esco n d id o , lo
no e sp iritu a l, lo corp ó reo , lo im p u lsiv o , lo m u d o , d e m a n e ra q u e «p u ­
d ie ra ab rirse u n a p ersp ectiv a in v e rtid a en lo e sp iritu a l, q u e b lo q u ease el
d u a lism o cartesian o b asad o en D io s» (K arl L o w ith ).
« C o m p ru e b o , en m i in g e n u id a d , q u e m is te m a s y m o d e lo s son
sie m p re y sólo o b jeto s in te le ctu a le s, cosas in tern as. N u n c a m e d e d ic o a
u n p a isa je , u n a p erso n a,’ u n a escen a o su ceso ... N in g ú n recu erd o , y, en
to d o caso, tra ta d o d e m o d o ab stracto » (p . 3 8 7 ). Q u ie n no se asu sta, se
e n c o n t r a r á s o r p r e n d e n t e m e n te r e m u n e r a d o . E l «y o p u ro » d e lo s
Cahiers , q u e a firm a d e sí m ism o : «sólo v o y tras el poder..., el am o r, la
h isto ria , la n a tu ra lez a no sig n ific a n n ad a p ara m í» {p. 3 0 6 ), sabe p re ci­
sa m e n te so b re las m u ch as cosas q u e n ad a sig n ific a n , no sólo u n a : «m i
m éto d o so y y o » , sin o ser c ap az sie m p re d e d e c ir algo no c o rrien te, algo
n u n ca d ich o . S ó lo u n p rim e r vistazo a la o rg a n iz a c ió n d e la e d ic ió n ,
d o n d e p o r e je m p lo v em o s q u e se sig u e n : se n sib ilid a d y m e m o ria , sueño
y c o n c ie n c ia , eros y b io s, h isto ria y p o lític a , arte y p o ética, y d o n d e la
te m á tic a tra ta d a alcan za u n c írcu lo q u e se p u e d e c o m p arar con la de la
a n tig u a A r s m a g n a o la E nciclopedia h e g e lia n a , c o n tra d ice la su p u esta li­
m itació n a lo m eram en te in te le c tu a l. C o n stitu y e m ás b ien el in c o m p a ­
rab le e stím u lo d e esta in te rm in a b le le c tu ra , su c a p a c id a d d e a b rir in e s­
p erado s h o rizo n tes d e las e x p erie n cia s m ás co n cretas a los m ás diversos
in tereses: tan to a la fo rm ació n c ie n tífic a co m o a Sa m ed itac ió n h is tó ri­
ca, tan to a la c u rio sid ad p sico ló g ic a co m o al ju ic io estético , si, co n to­
do , se lee co m o exp erto y p rim e r a m a n te , a co n tra p elo del in te le c tu a l.
E ste e s t ím u lo q u e d a a m in o r a d o , ta n to en la e d ic ió n a le m a n a
co m o en la fran cesa q u e le sirve d e base (los d o s tom os d e L a P léiade
de 1 9 7 3 -7 4 a carg o d e Ju d ith R o b in so n ), al a b a n d o n a r la se c u e n c ia
o rig in a l d e las a n o ta c io n e s, p a ra c o n se g u ir u n a C o n fig u r a c ió n , e n c ic lo ­
p é d ic a m e n te o rd e n a d a , m ás leg ib le. C ie rta m e n te , p o d ría h ab erse u t ili­

220
zado u n a clasifica c ió n p la n te a d a p o r V a lé ry en 1 9 2 1 . Pero, al fin a l, él
m ism o d esistió d e tai o rg an izac ió n p o r acertad as razones, com o e x p li­
can los e d ito re s alem an es: L a tip o g ra fía no p e rm ite reco n o cer el a u té n ­
tic o p roceso d e la e sc ritu ra , la p ro testa c o n tra las reglas y co accio n es
o rto g rá fic a s . Por o tra p a rte , co n la o rd e n a c ió n e n c ic lo p é d ic a d e los
p en sam ie n to s se d ifu m in a la d isp o sic ió n d e los p e n sa m ie n to s d e V a­
léry, q u e no es p ro gresiv a, sin o exp lo siv a: retom ar, co rre gir lo q u e es
n ec e saria m e n te fragm en cario y ten tativ o , m e zc la r la selecció n c u id a d o ­
sa d e los tre in ta y u n o «curso s d e p en sa m ie n to y v id a » q u e , co n su c o n ­
s iste n c ia im a g in a ria , tra ic io n a n el d e sig n io re v o lu c io n a rio d e l au to r,
o p o n erse a la p le n itu d de la o bra. La g a n a n c ia d e u n a lec tu ra c ó m o d a
m e d ia n te la fig u ra de los flo rileg io s c o n v en cio n ales, no h ace o lv id a r la
p é rd id a in a lie n a b le : la p ro v o cació n al lecto r p a ra q u e sea co n sc ien te de
ia c o n tra d icc ió n en tre c o n c ie n c ia p ro d u c tiv a y recep tiva. Yo p ro p o n ­
d ría q u e a l m e n o s u n C a h ie r d e la e d ic ió n a le m a n a c o n se rv a s e su
a u té n tic a s e c u e n c ia (q u e h a sid o a d o p ta d a en la e d ic ió n c r itic a d el
C N R S , re c ie n te m e n te in ic ia d a ).
Lo q u e p o d ría g a n a r con esto la ta rd ía recepción alem a n a d e V a­
léry, se e xp lica c la ra m e n te con u n a ú ltim a c ita q u e c o n stitu y e un g ran
testim o n io d e la «esc ru p u lo sid a d d el e sp íritu ». V aléry, el p ad re de u n a
e stética sin n atu ralez a fue io su fic ie n te m e n te a g u d o co m o p ara q u erer
h acer de to d o conocer u n a fun ció n d el poder. H a b ía a n tic ip a d o a sí el
d o m in io d e u n a tecn o cracia q u e creía p o d e r h acer todo lo q u e el hom o
f a b e r p u d ie ra idear. S in e m b arg o , fue ta m b ié n V alé ry e! p rim e ro en p o ­
n er en c u e stió n este exceso de n u estra m o d e rn id a d . El R o b esp ierre lite ­
rario te n ía ta m b ié n la fuerza de retractarse. Ya en 1 9 1 3 esc rib ía con u n a
m ira d a retro sp ectiva a su g iro b io g rá fic o : «co n un im p u lso in stin tiv o
red u je el p ro b le m a y reco n d u je to d o : arte, a n á lisis, le n g u a je, trato con
lo real y p o sib le, a u n p rin c ip io ú n ico y e le m e n ta l, el d el p o d e r espiri­
tu a l C o m e tí, d e m o do casi in te n c io n a d o , el erro r d e su stitu ir e! ser p or
el hacer , co m o si se p u d ie ra h acerse u n o a sí m ism o . ¿C o n q u é? S er
p o eta, no. P o der ser... e tc .» (p. 9 8 ).
A la le c tu ra d e los C u a d e rn o s p o d ríam o s a ñ a d ir u n a b e llísim a lec­
tu ra p aralela, C orrespondencia entre A n d r é G id e y P a u l Valéry , e d ita d a
de nuevo c u id ad o sam e n te p o r la e d ito ria l Fischer, tra d u c id a p o r H elia
y P aul N o ack, y co m en ta d a p or R o b ert M a lle t. C o m p re n d e el m ism o
lapso de tiem p o (de 1 8 9 0 a 1 9 4 2 ), y a p o rta el lad o o cu lto d e un m o n ó ­
logo so litario : la v id a p riv a d a y fam ilia r, la p rivad a y la p ú b lic a , los su­
cesos p o lítico s y lite rario s, reflejados en el espejo d e u n a d u ra d era am is­
tad. C u m p le el id eal d taló g ico d e p o d er h a b la r co n e l am ig o acerca de
lo q u e no se p u ed e h ab la r co n otros, au n q u e esta cu rio sa p areja no es­
tuviese d e acuerd o acerca d e n ad a, co n excep ció n d e la fó rm u la d e la

221
a m ista d d e M o n ta ig n e : «p o rq u e él es eso y p o rq u e yo so y eso», co n la
c u a l eran cap aces d e ren o var las c o n tra d icc io n es q u e su scitan las c o n ­
v icc io n es y p ro yecto s d e la co m p ren sió n d e l m u n d o y d e ia realizació n
p ro p ia. E l in te rc a m b io e p isto la r e v id e n c ia q u e e! «R o b esp ierre lite ra rio »
p o d ía ser el m ás sen sib le d e los am ig o s, q u e M o n sie u r Teste era d e joven
p ro fu n d a m e n te relig io so , y q u e los fu tu ro s p ortavo ces d e la ú ltim a m o ­
d e rn id a d e sté tic a p o d ía n al m ism o tie m p o re c h a z a r to d a a u to rid a d
c o n sa g ra d a y am a r los paseos se n tim e n tales y las e m o cio n es de la n a tu ­
raleza, pero tam b ién c u m p lir su p ap el en la v id a d ia ria triv ia l (G id e co ­
m o a lca ld e y V aléry co m o fu n c io n a rio ). D e la le c tu ra o re lec tu ra d e este
lib ro p u e d en el e sp ec ialista y el afic io n ad o sacar igu al g a n a n c ia . El lite ­
rato p u e d e lo g ra r u n a n u ev a p ersp ectiv a d el p ro yecto in acab ad o d e la
m o d e rn id a d q u e, a la so m b ra d e M a lla rm é (el tercer h o m b re siem p re
en la so m b ra ), co m en zó co n los escrito s d e G id e c o n tra la n ovela realis­
ta y co n e! rechazo d el sim b o lism o p o r V aléry. El aficio n ad o a la lite ra ­
tu ra p u ed e e n c o n tra r en este d o b le lib ro d e co rre sp o n d e n c ia un nuevo
acceso a u n a épo ca su m e rg id a , el f i n d e siécie d e ayer, q u e, d esd e los fi­
n ales d el seg u n d o m ilen io casi p arece id ílic a . Y, p o r ú ltim o , la esp erad a
recep ció n a lem a n a d e V a lé ry p o d ría a rrastrar u n a n u ev a recep ció n de
A n d ré G id e, q u ie n , h ab ie n d o sid o celeb rad o en A le m a n ia en el cu rso
d e los m o v im ien to s d e ju v e n tu d ( N o u rritu res terrestres), pasó co n ello s,
so b rev ivien d o en sus d ia rio s, y h o y m erecería ser leíd o en su o b ra te m ­
p ra n a q u e e stá en el c en tro d e la c o rre sp o n d e n c ia . El recen so r reco ­
m ie n d a a l p ro p en so lecto r u n a p e rla o lv id a d a : Taludes.

222
10

Italo C alvino:
Si una noche de invierno un viajero.
Inform e sobre u n a estética postm oderna*

i
1¿ M u erte d e l sujeto?

¿M u e rte d el su jeto ? C u a lq u ie ra q u e sea el m o d o d e p la n te a r y de


resp o n d er a esta c u e stió n , o cu rre q u e estas p re g u n ta s p o r la «m u e rte
d e» - d e la lite ra tu ra , d e la e s té tic a - co m p o rtan un p a th o s q u e las hace
y a sospechosas y d e sp ie rta el in terés p o r la rep regu n ta acerca de qu é se
tuvo q u e p re sc in d ir p ara p o d er p la n tea rla . El in v e n to r de tal cu estió n
p u e d e ser N ietzsch e, q u ie n red ujo el su jeto a «m e ra ficció n », a u n «p re­
ju ic io p o p u la r» a lim en ta d o por ia g ra m á tic a : «ap en as h a y un y o d el q u e
h ab lar, si se rep ru eb a el e go ísm o ». S i el su jeto no es m ás qu e un «p reci­
p ita d o » de id e n tid a d y re g u la rid a d d en tro d e u n a n atu ra lez a h u m a n a
p o lim o rfa, en to n ces «n u e stra a sí lla m a d a , c o n c ie n c ia no es sin o un co ­
m e n ta rio m ás o m en os fan tástico acerca de un texto d esco n o cid o , q u i­
zás in c o g n o scib le , a u n q u e s e n tid o »1. Ei c u ad ro tra ic io n a su o rigen cla­
ra m e n te filo ló g ic o : la v o lu n ta d d e p o d er, en c u a n to n u e v a y ú ltim a
in s ta n c ia —a u n q u e in c o g n o s c ib le - es un «texto », la c o n c ie n c ia d e é! es
«u n c o m en ta rio Fantástico», y ei ego u n ific a d o r «u n a m era ficció n ». Ni
la o p o sic ió n o n to ló g ic a tra d ic io n a l d e (m era) ficción y re alid ad es filo ­
ló g ica, ni la p rim a c ía d el yo sobre la relació n d e y o y m u n d o es id ealista
en el sen tid o de la filo so fía d el su jeto - a u n q u e N ietzsche la re c h a c e -.
La relació n e n tre y o y otro no es re q u erid a; el texto in co gn o scib le d el

* Redactado para un coloquio sobfe Ciencia de la iiteratura en la Universidad de


Constanza: F iktionalitat in Text u n d L ebensivelt (4-8 julio 19 8 8 ).
1 Cica según M. Franíc D ü Unhintergehbarkeit w rt ¡ndividunlitút, Frankfurt, 1986, p. 8.

223
in c o n scien te sólo es in te rp re tad o en el c írcu lo vicio so d el yo y el m is­
m o , d e la c o n c ie n c ia y h v o lu n ta d d e v iv ir; la c o n stitu c ió n de un s u je ­
to , q u e d e a h í su rg e, es d e sc a lific a d a e n s e g u id a co m o ilu s ió n , co m o
«m e ra ficció n ». L a p o sib ilid a d de fu n d a m e n ta r el eje rc icio de esta fic­
ció n es algo q u e N ietzsche, en su c rític a a la fiio so fía d el su jeto {a la
q u e está lig a d o ), no c o n tem p la : la ficció n ap arece só lo com o m áscara,
tras la q u e se esco n d e e l su jero , su p u esta m en te so b eran o , d e la v o lu n ta d
in c o n scien te.
Ya esta p rim e ra d escrip ció n h ace ver q u e la tesis d e la «m u e rte del
su je to », en su o rig e n n ieczsch ean o , ch o c a con u n a ficció n q u e no se
c o n tem p la com o n ecesitad a d e e x p lic a ció n y q u e, creo y o , q u e d a in ex ­
p lo ra d a . S i se reflex io n a so b re q u e el su jeto , ta n to en sus relacio n es con
su yo in c o n scien te co m o en su s relacio n es con lo o tro {tanto el m ed io
com o los o tro s), p o n e en ju e g o noléns volens la rep resen tació n de la fic­
c ió n , en to n ces se revela el grave d é fic it d e tal teo ría. Su e go cen trism o
fu n d a m e n ta l ch o ca con h allazgo s b ien c o n o cid o s, y c asi triv ia le s, ta n to
d e la teo ría g ra m a tic a l d e la su b je tiv id a d co m o d e la teo ría a n tro p o ló g i­
c a d e la m ism a . N o es n in g ú n «p re ju icio populan» el hech o de qu e el
su jeto se esp ec ifiq u e com o y o en el d iscu rso , se refiera al m ism o tiem p o
a u n tú, y su p o n g a p o r ello q u e este tú se d a a con o cer co m o o tro yo.
S e trata d e la c u e stió n fu n d a m e n ta l d e toda c o m u n ic a c ió n en el a q u í y
ah o ra d e la situ a c ió n p ra g m á tic a d el h ab la3. A n tro p o ló g ic a m e n te , a la
re c ip ro c id a d d e p ersp ectiv as e n el usó d el le n g u a je c o rresp o n d e q u e ,
co n el d e sarro llo d el yo se d a ta m b ié n lá reflexiv id ad : «to d o yo tien e a
su lad o , o fren te a sí, a o tro . El e g o c en trism o p rim itiv o q u e d a así, desde
ese m ism o m o m en to , p erfo rad o . En el otro el h o m b re c a p ta al otro co ­
m o sí m ism o , p o rq u e él es ta m b ié n el o tro »3. T an to en B en v en iste co ­
m o en P lessn er la ficció n b ásica q u e e v id e n te m e n te p o sib ilita tan to la
re lació n d e! y o co n sigo m ism o co m o la in te rac ció n co n el otro, es algo
q u e n o está p ro p ia m e n te tem atizad o . S i ac ep tam o s las p ro p u estas de
W o lfg an g Iser acerca d e la d e te rm in a c ió n d el m o d o d e o p e ra r d e la fic ­
ció n '', en to n ces p o d em o s d e c ir lo sig u ie n te acerca d el p ro b lem a d e la
c o n stitu c ió n d e la su b je tiv id a d :
Para el su jeto aislad o , «q u e es c u a lq u ie r o tro , pero no se tie n e a sí
m ism o », la ficció n se p resen ta co m o « lu g a r v acío o rg an izad o r»: co n él
e l y o acced e a la relació n co n su e x isten c ia física, q u e estab a ro ta, y, re-

2 C om o R. Scholcm, recurricntlo a Benveniste, argum enta contra Dcrrida. Ver «D í-


construction and Com m tm ication», en: C ritica! Inquiry 14 (1 9 8 7 ), pp. 2 7 8-295-
5 H. P lessner: «D er M ensch ais Lebew esen», en: D te F ra gt n n ch d e r C on d iü o
hu m ana , 1 9 7 6 , p. 116*
4 En el programa de! C oloquio antes citado.

224
tro acc io n an d o con su e x p erie n cia o p ro yectan d o sus p ro p ias p o sib ilid a ­
d es, se p o n e d e n uevo c o m o su jeto . S i, ig u a lm e n te , según Plessner, se
su p o n e q u e el su jeto «sóio p u e d e ser a lg u ie n p o r el rodeo a través de
o tros y o tras co sas»5, la ficció n se revelará ta m b ié n co m o el p rin c ip io
o p erativo de la in te ra c ció n d el ego y el alter. En am b o s casos se ría ab ­
su rd o v er sóio en esos p rin c ip io s d e o rg an izac ió n «m áscaras d e ficció n »,
tras las q u e se e sco n d ería u n a a u té n tic a re a lid a d , o un yo m ism o n u eva­
m e n te su sta n c ializ ad o : la v o lu n ta d d e p oder. Lo fic tic io no es en este
caso un c o m en tario so b re u n texto in c o n scien te, sin o u n o d e los p o si­
b les textos en los q u e se e sc en ifica c o n tin u a m e n te un y o q u e n u n c a
p u e d e ser c ap tad o c o m p le ta m e n te en sf m ism o . En ei p ro b lem a d e la
c o n stitu c ió n de la su b je tiv id a d , la e scen ificació n es p rim a ria m e n te —y
es algo q u e yo a ñ a d iría a las ex p licacio n es d e W . I se r- u n a esc en ifica­
ció n d e sí m ism o p ara el o tro o los o tro s. El h ech o d e q u e ta m b ié n la
ficció n p u e d a p resen tarse en el m o d o d e la a u to esce n ific a c ió n , con e x ­
c lu sió n d el o tro , es algo q u e y o co n sid ero co m o un caso lím ite , h istó ri­
cam e n te tard ío . R o u sseaü , q u ie n p re te n d ió tal cosa en sus Confesiones,
tu v o q u e p a g a r el p recio d e q u e su ficció n d e un su je to a u tó n o m o , to­
ta lm en te tran sp aren te a sí m ism o , se tro case en ia lo cu ra d e verse así
p ersegu id o p o r los otros, m ás q u e d ife re n ciad o d e los otros. Q u ie n ex­
clu y e el ro deo p o r el o tro o los otros, q u ie n no p u e d e verse a sí m ism o
en el o tro, sólo p u ed e fin a lm e n te d isp o n e r d e u n a lg u ie n q u e sólo se
afirm a co m o un in d iv id u u m , p o rq u e éste, seg ú n e l h erm o so d ich o de
N o valis, es o rig in a ria m e n te u n d iv id iu m 6.
El sig u ie n te trab ajo q u ie re ex p lo ra r estos su p u esto s acerca d el m o ­
d o d e o p e ra r d e la fic c ió n en u n e m in e n te tex to p o stm o d e rn o , q u e
acep tó la p ro clam ad a m u e rte d el su jeto com o el reto d e v o lver a en co n ­
trar e l tú p erd id o en c a m in o s in tra n sita d o s. S e tra ta d e ia n ovela d e íta -
io C a lv in o Se u n a n o tte d ’i n v e m o u n vidggiM ore*, u n a n ovela q u e p la n ­
tea el uso de la ficció n en tres n iv eles, q u e in te rfie re n e n tre sf: el d e la
relació n de la e sc ritu ra y la le c tu ra q u e su p o n e la re lació n c o m p le m e n ­
taria d el m u n d o e scrito y el no escrito ; ia in te rac ció n d el a u to r y e l lec ­
to r ley e n te y leíd o {lettore che legge e lettore che i letto}, y, en tercer lu g ar,
la e scen ificació n d e sí m ism o p ara el o tro , la relació n y o -tú d e lecto r y
lecto ra, q u e ab re m ú ltip íe s h o rizo n tes p o sib les en la ap ro p iac ió n m u tu a
de d iscurso s ficticio s.

5 N ota 3, p. 61.
‘ «Das achte D ivíduum ist auch das achre Sndividuum» (Das a íigem ein f Broutlhm,
n« 952).
* [Trad. cast. de Esther Betdtcz: Si una n och e d e in viern o un viajero, M adrid, Sinjela,
1989].

225
II
E l h ia to e n tre escritura y lectura

El c a p ítu lo octavo de la n o vela es e sp e c ia lm e n te ilu stra tiv o d e la


c u e stió n esco gid a. A p arece co m o el d ia rio d e un tal S ilas F la n n e ry y h a ­
ce q u e p o r u n a su erte d e e n c a jo n a m ie n to («m ise en a b ym e») el yo q u e
escrib e m e d ite sobre la ficció n del tra b a jo p ro d u c tiv o y recep tivo . Las
d ific u lta d e s co n las q u e se tro p ieza S ilas se trad u c e n en u n a serie d e p a ­
rad o jas. Se sitú a n en la relació n fu n d a m e n ta l a n tin ó m ic a e x isten te e n -
tre lee r y escrib ir, a la q u e Je a n P aul S a rtre d e d ic ó a lg u n a s d e las p á g i­
n as m ás p ro fu n d as d e Q u é ' est-ce q u e la littérature?1.
A h í se expone qu e, y p o r q u é, se ab re u n h iato entre la génesis y la ac­
tuació n d e! texto literario q u e el auto r-p ro d ucto r no puede p asar p or alto:
«Yo no p ued o a la vez desvelar (las cosas) y p ro d u cir a la vez. Lo creado se
hace inesen cial por relación a la a ctiv id ad creadora. En p rim er lugar, in ­
cluso si aparece a los dem ás com o algo d efin itivo , el objeto creado nos p a­
rece siem p re ap lazad o: siem p re p od em o s c am b iar esta lín ea, este m atiz,
esta palab ra; d e este m o do n u n ca se nos im pone » (p. 9 0 ). Ei escrib ir p ro ­
d u ctivo y el leer receptivo son actos q u e se exclu yen entre sí. C o m o el
p ro d ucto r en su activ id ad d e p royección y rechazo siem pre puede, de lí­
n ea en lín ea, c am b iar su objeto im ag in ario , éste p erm an ece p ara él en sus­
penso. Percibirlo com o objeto, com o o bra d e ficción, exige otros ojos, los
o jos d e un lector. Por eso ei q u e escribe tiene q u e detenerse para leerse a sí
m ism o : el hiato entre p ro d ucció n y p ro d ucto im p id e q u e pueda sim u ltá ­
n eam en te escrib ir y leerse. S i sólo se escribiese para sí m ism o , la obra n un ­
ca ap arecería com o un objeto dispuesto: «pero la o peración d e escribir im ­
p lica la d e leer com o su correlato d ialéctico ... Es el esfuerzo co n ju gad o del
au to r y d eí lecto r el q u e h ará su rg ir ese o b jeto concreto e im ag in ario que
es la o bra del esp íritu. Sólo h ay arte p ara, y por, los dem ás» (p. 2 8 ).
E sta a rg u m e n ta c ió n no sólo d a su co n creto se n tid o h erm e n é u tico
al p ro vo cativo d ich o de P aul V aléry: «m ís versos tien en el se n tid o q u e
se les p reste». A n tic ip a ta m b ié n la teo ría d e la recep ció n y d eí efecto de
los añ o s 6 0 , La d e te rm in a c ió n d ia lé c tic a en tre e! y o q u e escrib e y el q u e
lee, q u e h ace S a rtre , ab re al lec to r el á m b ito d e u n a «creació n d irig id a »
en la re c ep c ió n p ro d u c tiv a . «E l lec to r tie n e c o n c ie n c ia d e d esv elar y

1 Situatians //, París, Gallim ard, 1 9 4 8 (trad. cast. de Aurora Bernárdez; ¿Qué & //-
tcratvra?, Buenos Aires, Losada, 19 5 0 ]. Aunque Caivino en el capítulo 8o del V idggidtore
no se refiere expresamente a Sartre, lo presupone evidentem ente. Así, por ejemplo, cuan­
do habla de «esa relación privilegiada con el libro, que sólo posee el lector: la capacidad
de considerar lo ecrito en el libro como algo hecho, algo definitivo, a lo que nada se pue­
de añadir ni quitar» (p. 137).

226
crear a la vez, de d esvelar c rean d o y de c rear d esv elan d o » (p . 9 4 ). La fic­
ció n en ta n to q u e p rin c ip io de o rg an izac ió n fu n cio n a , seg ú n esto, en la
relació n m u tu a d e do s h o rizo n tes: eí h o riz o n te a b ie rto d e la p ro d u c ­
ció n se co n vierte en h o rizo n te cerrad o d e la recep ció n , q u e d e ja al lec­
tor su p ro p io esp acio . S u a c tiv id a d está c ie rta m e n te p re o rie n ta d a , pero
no d e te rm in a d a ; es, ai m ism o tie m p o , re c ep to ra y c re a d o ra . P ues el
proceso de la lectu ra está señ alad o p or m o jo n es con lugares vacío s qu e
exigen ser rellen ad o s p o r las p ro p ias c ap acid ad es, b u scan d o en el se n ti­
d o d ad o el se n tid o p ro p u esto : «sin d u d a el a u to r le g u ía , pero no h ace
m ás q u e g u ia r; los jalo n es q u e h a p u esto están sep arad o s p o r vacío s,
q u e es p reciso c o lm ar, y en d o m ás a llá d e ello s» (p. 9 5 ). El p rin c ip io
o p erativo d e la ficció n su p o n e la c o o p eració n , u n «p acto de g en e ro si­
d ad en tre el au to r y el lecto r», y a h í ra d ic a el ethos carac te rístico d e la
le c tu ra , q u e S a rtre d e n o m in a generosidad, la d isp o n ib ilid a d p ara u n a
c o n stitu ció n de se n tid o e stític o . «A sí, m i lib e rta d , al m an ifestarse, d es­
v ela la lib e rta d d e l o tro » (p. 3 6 ). En ese p acto «c ad a u n o c o n fía en el
otro, e x ig ie n d o de él tan to co m o de sí m ism o ...»
N o n ecesitam o s a q u í o cu p arn o s d e si C a lv in o se h a ap ro p iad o de
la teo ría d e S a rtre , desp ués d e h ab er su p e rad o la teo ría d e la écriture au -
to su ficien te p ro p u esta p o r la n u ev a m etafísica, p uesto q u e el d ia rio d e
S ilas se lee c laram e n te co m o u n a reelab o ració n p o e to ió g ica d e la d ia lé c ­
tica sa rtria n a d e la e sc ritu ra y la lec tu ra y d e sus co n secu en cias im p re -
vistas. El co n o cim ien to d e q u e el p ro ceso de e sc ritu ra no c o in cid e con
el acto d e lec tu ra se tran sfo rm a en u n a situ a c ió n in trin c a d a . M ie n tra s
S ilas escrib e, p u ed e o bservar co n un cata le jo a u n a m u je r q u e está le~
yen d o reco stad a en u n a tu m b o n a en un c h a le t alejad o . La s im u lta n e i­
d ad de su s acto s d e e sc ritu ra y d e lec tu ra le irrita cre cie n tem en te. Le
a sa lta u n deseo ab surdo. «L a frase q u e esto y e scrib ien d o d e b e ría ser la
m ism a q u e ella lee»®. L a ficció n e ró tic a d e u n a u n ific a c ió n d e esc ritu ra
y le c tu ra es im p o sib le d e c u m p lir. Esta im p o s ib ilid a d h ace q u e la ver­
d ad de su a c tiv id a d so lita ria se extrav íe: «A veces y o m e d ig o qu e esa
m u je r lee m i verdadero lib ro , el q u e desd e h ace tiem p o d e b e ría escribir,
pero q u e n u n ca p o d ré esc rib ir» (p. 2 0 4 ). L a ilu sió n d e u n v erd ad ero l i ­
bro in a lc a n z a b le se a lim e n ta d el p rin c ip io d ia lé c tic o se g ú n el c u a l la
v erd ad de la fic c ió n sólo p ro ced e d e lo otro d e la e sc ritu ra , d el proceso
de le c tu ra. S i al q u e escribe se le d esp o ja irre m isib le m e n te d e la figura
ac a b ad a d e !a ficció n p le n a , ta m b ié n a la lec to ra se le su strae n ecesaría-

1 «Eí resultado del esfuerzo antinatural que me impongo af escribir, tendría que ser el
alienta de esa lectora, el acto de lectura convertido en proceso natural, el ílujo que (leva
las frases al filtro de su atención...», p. 2 0 3 .

227
m e n te e l p rin c ip io no a c a b a d o : el p rin c ip io o p e ra tiv o d e la fic c ió n
c o n s tru c tiv a . S i la le c to ra p u d ie r a m ir a r a l e s c rito r p o r e n c im a d e l
h o m b ro , en to n c es -o b s e rv a S ílas—serfa éste in cap az d e se g u ir e sc rib ie n ­
do (p. 2 0 5 ).
S ó lo h a y u n a sa lid a p a ra su p e ra r la d ista n c ia in c o n m en su ra b le e n ­
tre e l yo e sc rib ie n te y el yo lector: si el a u to r se h ace co p ista, será cap az
d e le e r y e sc rib ir en e l m ism o acto . E n to n ces S íla s e m p ie za a c o p ia r el
p rin c ip io d e C rim e n y Castigo p a ra co m p ro b a r la fascin ació n de la tarea
im p re s e n ta b le d e u n co p ista. «E í c o p ista v iv ía sim u ltá n e a m e n te en dos
d im e n sio n es tem p o rales, la d e la le c tu ra y ia d e la e sc ritu ra ; p o d ía e scri­
b ir sin la a n g u s tia d el v acío q u e se ab re a n te su p lu m a ; p o d ía lee r sin la
an g u stia d e q u e su ac ció n no se co n crete en o b jeto ta n g ib le » (p. 2 1 4 ).
C a lv in o reto m a a q u í e l fam oso e x p erim en to d e B orges en Fierre M é -
nard, a u to r d e D o n Q uijote, y d a u n paso m is . S i B orges cjuería m o strar
en eí Q u ijo te d e l co p ista la no id e n tid a d d e io re p etid o , a u n en e! caso
de la re p e tic ió n .lite ra l, q u e a ñ a d e a l v iejo texto u n nuevo sen tid o ap o r­
tado p o r la d ista n c ia te m p o ra l, C a lv in o h ace q u e su S ila s d escu b ra en ia
co p ia u n in so sp ech ad o y m ás elev ad o v a lo r estético . S e e n te ra p o r M a ­
rañ a, u n ag en te lite ra rio , d e q u e u n a e m p resa ja p o n esa se h a ap o d erad o
d e la fó rm u la d e su s novelas y es c ap az d e p ro d u c ir nuevos lib ro s d e S i-
las F la n n e ry d e g ran n iv e l. A la ira d el así ro b ad o sig u e el reco n o ci­
m ie n to p ro gresivo y el e stím u lo so fo can te q u e le p ro p o rc io n a la re p re ­
se n tac ió n «d e m i yo jap o n és q u e e stá im a g in a n d o u n a d e m is h isto rias»,
y la a d m isió n d e q u e cales b aratas im ita c io n e s «c o n tien en u n a sa b id u ría
o cu lta y e x tra ñ a m e n te re fin ad a, d e la q u e carecen p o r co m p leto los a u ­
tén tico s F la n n e ry » {p. 2 1 5 )- L a fa lsifica c ió n , lejos de m o strarse com o
u n a sim p le m áscara d e la fic c ió n , se revela co m o su ú ltim a fig u ra, co ­
m o la m id fic a c ió n d e u n a m istific a ció n q u e y a era lite ra tu ra , y q u e, p or
eso, «es tan to com o u n a verd ad a la se g u n d a p o te n c ia » (p. 2 1 6 ). A sí ar­
g u m e n ta M a ra ñ a , el m iscerioso se d u c to r y p recu rso r d e la fase ele c tró ­
n ic a d e la civ iliz a ció n q u e y a h a co m en zad o , en la q u e d esap arecen ¡as
d ife re n cia s e n tre re a lid a d a u té n tic a y re p ro d u c id a , e n tre n a tu ra le z a y
arte, e n tre «m u n d o d e la v id a » tec n ific a d o y m u n d o artific io so d e los
m e d ro s d e m asas. Y p u esto q u e el n a rra d o r h a sid o , d esd e H o m ero , u n a
p erso n a fin g id a , p u ed e S íla s sin in c o n v e n ie n te ser cre ad o r d e apócrifos
p erfecto s, y, p o r lo ta n to , in c o rp o ra r al a u to r id eal d e la p o stm o d e rn i­
d a d , «es d ecir, el a u to r q u e se d isu e lv e to ta lm e n te en la n ub e d e ficcio ­
nes q u e ro dea nuestro m u n d o » (p. 2 1 6 ). Este m u n d o o paco , sin se n ti­
do , en el q u e la ficció n y a no tie n e c o rre sp o n d e n c ia, en e! q u e H erm es
M a ra ñ a , fu n d a d o r d e u n a «o rg an iz ació n d el p o d er ap ó crifo » (p. 1 5 3 ),
b orra to d as las señ ales y c o n d u c e la u n iv ersal c o n ju ra d e la m istific a ­
ció n a la cen su ra ab so lu ta d el estad o p o lic ia l p erfecto , es el «reto d el la­

228
b erin to »’ q u e afecta en igu ai m e d id a a ia e sc ritu ra y la lec tu ra . El su p e ­
rag en te d e la m istific ació n in te n ta en el m arco d e la in trig a se d u c ir ta n ­
to a S ilas co m o a su lecto ra. Por q u é p ie rd e la a p u e sta, có m o el au to r
d e le g a su y o en el tú d el lec to r y la lecto ra y p u e d e d e sc u b rir en la escri­
tu ra e! m u n d o n o escrito en to d a su m u ltip lic id a d , y p o r q u é, en ú lt i­
m o térm in o , L u d m ilia , la lecto ra id eal, o b tien e la v icto ria , eso es el se­
c re to , larg o tiem p o g u a rd a d o , d e la fá b u la d e C a lv in o y la a p o lo g ía de
la le c tu ra q u e lleva a cab o en Se u n a n o tte d ’in vern o u n viaggiatore.

III
L a interacción entre m u n d o escrito y m u n d o no escrito

« ¡Q u é b ie n e sc rib iría , si y o n o e x istiera! jSi e n tre la h o ja b la n c a y ia


e b u llic ió n de p alab ras, frases e h isto rias q u e a h í to m an fo rm a y se d es­
v an ecen sin q u e n a d ie las escrib a, n o se m e tie ra e n m ed io ese d ia fra g m a
y o b stácu lo d e m i p erso n a!» (p. 2 0 5 ). ¿Por q u é cree S ilas p o d e r su straer­
se con este deseo p arad ó jic o a la sed u cció n d e M a ra ñ a , el C ag lio stro re-
divivo ? El ab a n d o n o d e la a u to n o m ía d el yo q u e escribe no tie n e nece­
sa ria m e n te q u e h acer q u e el a u to r se d isu e lv a en la n u b e d e ficciones
q u e h acen h o y al m u n d o in co gn o scib le. En e lla ra d ic a la o p o rtu n id a d
d e «ser el m e d ia d o r d e algo esc rib ib le q u e esp era ser e scrito , d e algo na-
rrab le q u e n a d ie h a co n tad o » (p. 2 0 5 ). A sí se re p lan tea la c u e stió n d e ia
relació n e n tre el m u n d o e scrito y el m u n d o no e scrito , q u e c o n stitu ye
u n o d e los n ú cleo s d e la teo ría e stética d e C a lv in o y h a sid o o b je to de
u n o d e sus e n sayo s10.
P arte d e u n a o p o sició n fu n d a m e n ta l en la filo so fía co n tem p o rá n ea :
Sa tesis, según la c u a l, sólo nos es accesib le el le n g u a je pero no la exis­
ten c ia d el m u n d o , y la tesis o p u esta seg ú n la c u a l el le n g u a je c o m ú n no
ab re se n tid o alg u n o y e l m u n d o m ism o es in exp resab le. Se exige así a la
lite ra tu ra su p e rar la o p o sic ió n d e len g u a je co m o m u n d o y m u n d o sin
le n g u a je , se g ú n su c ap a c id a d e stética: el d e sc u b rim ie n to p o r Sa esc ritu ra
d e l m u n d o no escrito . La lite ra tu ra p u ed e h acer esto h o y só lo si se en ­
tie n d e la ficció n y a no co m o u n a c a p a c id a d m im é tic a , sin o c o n stru cti-

J Q ue la tarea principal de la literatura, en h época de la segunda revolución indus­


tria! y la civilización mediática, es aceptar el «desafío deí laberinto»* y no naufragar en el
«mar de fa objetividad», es h postura inequívocamente ilustrada de C alvino, que ha de­
fendido desde 1 9 5 9 (// m a rr deU'oggettimtii) y 1 9 6 2 (La sfidá a l ¡abirintó), (Ambos artícu­
los en U na pietra íopra, Turín 19 8 0 ).
m M om io non scritto e m on d o scritto, en: N ew York R evin v ofB ook s (Í 9 8 3 ), y luego en
Lftterct intemazIonaU , 2 { i 9 8 5 ), pp. 16 -1 8 .

229
v a. Et m u n d o en e l lib ro es y e ra o rig in a ria m e n te u n m u n d o b ien o rd e­
n ad o q u e p erm ite ju z g a r so b re lo v erd ad ero o falso, lo ju sto y lo in ju s ­
to, Jo a g ra d a b le o d esa g ra d a b le , en d u ro co n traste co n ei m u n d o real
q u e es d eso rd en ad o , en p erm a n en te flu jo d e sucesos im p rev isib les e in ­
n u m erab les, q u e se escap an a la c o m p ren sió n . P ara el lecto r a p asio n a­
d o , q u e p asa g ra n p a rte d e su s h oras d e v ig ilia en el m u n d o e scrito - u n
«m u n d o d e lín e as o rd e n a d a s, co n p a la b ra s q u e se sig u e n in c a n sa b le ­
m e n te y co n c a d a o ració n en su p uesto fijo »— el paso al m u n d o no es­
c rito —e l m u n d o d e tres d im e n sio n es y cin co sen tid o s, p o b lad o de m iles
de im ág en es— es cad a vez u n a re p etició n d el tra u m a d ei n a cim ie n to . La
p a ra d o ja d e l m u n d o real, en e l q u e v iv im o s hoy, co n siste en q u e a u n no
: h a sid o escrito y, sin e m b arg o , todo h a sid o y a leíd o an tes d e q u e exis­
tie ra p a ra n osotros. El h á b ito d e la le c tu ra h a tran sfo rm ad o al ho m o sa­
p ie n s e n e l curso d e los siglo s en u n h o m o legens, q u e y a no p u e d e p erci­
b ir lo q u e sus p red eceso res, q u e no le ía n , p o d ían ver y oir. R o m p er la
p ro tecció n d e p alab ras y co n cep to s p a ra d ejarn o s ver de nuevo el m u n ­
d o es, por eso, el p o d er p ro p io e in s u stitu ib le d e la lite ra tu ra . C o m o
e q u iv a le n te d el m u n d o no e scrito no d ebe co n fo rm arse el lib ro con tra ­
d u c ir a la e sc ritu ra lo q u e y a era co n o cid o o sie m p re h a e x istid o . Se tra­
ta d e e s c rib ir lo q u e no sa b e m o s to d a v ía , p a ra h a c e r p o sib le q u e el
m u n d o n o escrito p u e d a ac ce d e r p o r nosotros a la p a la b ra .
El e n sayo d e C a iv in o c u lm in a en u n a c rític a al exceso de la teo ría
p a n sem ió tic a . L a m ism a c rític a q u e h ace p oco tra d u jo U m b erto Eco en
u n a fó rm u la la p id a ria : « la E d ad M e d ia se e q u iv o c a b a a l e n te n d e r el
m u n d o co m o texto , la m o d e rn a se e q u iv o ca al c o n tem p la r el texto co -
' m o m u n d o »" . In d e p e n d ie n te m e n te d e q u e p o n g am o s la le g ib ilid a d del
m u n d o en e l lib ro d e !a rev elació n , en e l lib ro d e la h isto ria , o en el li­
b ro d e la n a tu ra lez a , p o r m e d ia c ió n d e l c re a d o r d iv in o , o, m o d e rn a ­
m e n te , p o r la g a ra n tía d e u n siste m a ep iste m o ló g ic o o u n c ó d ig o g en é ­
tic o , el m u n d o sig u e sie n d o p a ra n o so tro s m ás, y o tra co sa, q u e un
texto . Y, p o r o tra p arte, tam p o c o e l texto p erfecto es u n o ís causa sui,
u n m u n d o p a ra sí, cuyo h o riz o n te no re m ite a n in g ú n o tro h o rizo n te.
El m u n d o co m o lib ro y el texto co m o m u n d o están , d e igu al m an era,
c o n d ic io n a d o s p o r la in te rd e p e n d e n c ia d el m u n d o escrito y d el m u n d o
no e scrito , q u e h ace p o sib le la le g ib ilid a d , in d e p e n d ie n te m e n te d e si es
D ios el p rim e r esc rito r o el su jeto au tó n o m o el ú ltim o . La teo ría de
C a iv in o revisa el ax io m a d e l «cierre d el tex to »: la ficció n d e la lite ra tu ra
h a id o m ás a llá , en la tra d ic ió n d e la im ita ría naturae, d e l h o rizo n te de
la m im esis y la anam nesis, El m u n d o e scrito es, tan to en la im ita c ió n co-

" S treit d er hlttrp rcta u oitcn , Constanza, ! 9 8 7 , p- 29-

230
m o en !a c o n stru cc ió n , lo «c o n tra rio d e l m u n d o no e scrito », su m ateria
es «lo q u e no existe ni p u ed e existir, én tan to no h a sid o e scrito , pero
cu yas faltas rastrea d e a lg ú n m o d o lo q u e existe en su p ro p ia im p erfec­
c ió n » (p. 2 0 6 ). El «texto cerrad o » es sólo su p u estam en te un m u n d o au -
to su fic ien te , p o rq u e co m o m u n d o e scrito en el cam b io d e h o rizo n te de
la ficció n , rem ite siem p re a un m u n d o y a escrito y a u n m u n d o a ú n no
escrito , cuyo se n tid o n in g ú n texto p u e d e agotar.
El d ia rio d e S ila s d a u n p aso m ás a llá . El a u to r a c e p ta lite ra l, y
so rp re n d e n te m e n te , la se d u cció n d e d iso lv erse en el m u n d o d e los m e ­
d io s: «ta m b ié n yo q u is ie ra b o rra rm e y e n c o n tra r p ara c a d a lib ro m ío
o tro y o , o tra voz, otro n o m b re, d iso lv e rm e y ren acer. Pero m i m e ta es
c a p tu ra r en el lib ro el m u n d o no leg ib le, el m u n d o sin c en tro , sin yo »
(p. 2 1 6 ). El ab an d o n o d el su je to no d eb e d e n in g ú n m o d o d e ja r e m ­
p o b recer el m u n d o : un m u n d o sin el cen tro d el yo , d el ú n ic o q u e lo
c o n sid e ra co m o su p ro p ie d a d , q u e se ab re a la ficció n d e in so sp e c h a ­
do s h o rizo n tes. El e sc rito r «q u e q u ie re a n u la rse a sí m ism o p a ra traer
aS le n g u a je lo q u e p erm an ec e fu e ra d e él» (p. 2 1 7 ) im p o n e a l so b erano
yo u n té rm in o q u e es al m ism o tie m p o un n u ev o c o m ie n zo : su lim it a ­
c ió n d e n tro de u n a m u ltip lic id a d , q u e !e p e rm ite e n c o n tra r en o tros
y o s, sie m p re d istin to s , el acceso a o tros m u n d o s p o sib le s12. S ilas se re ­
fiere co n e llo a un lib ro q u e h a e x ig id o u tiliz a r el verb o «p en sar» en la
tercera p erso n a , en la fo rm a im p erso n a l. El su je to d e la e sc ritu ra en
c u a n to tal ( écriture ) no d e b e ría y a ser un «y o p ie n so », sin o u n «se p ie n ­
sa». Si C a lv in o a lu d e a q u í a D e rrid a , sig u e d e cerca la c rític a d e L ’é cri-
tu re e t la différencr. «su p o n ie n d o q u e ia e sc ritu ra en c u a n to tal lo gre
su p e ra r la lim ita c ió n d e l au to r, sólo c o n se rv ará u n se n tid o , c u a n d o sea
le íd a p o r u n a p erso n a a is la d a ... El u n iv erso se ex p resará a si m ism o
m ie n tra s a lg u ie n p u e d a d e c ir : ‘Yo le o , lu e g o se e s c rib e ’» (p . 2 1 1 ) .
Q u ie n s e p a r a p r im e r o e l te x to r ig u r o s a m e n t e d e su p r o d u c c ió n
(« a v a n t-te x te » ) y d e su re c e p c ió n (« a p ré s -te x te » ) c o m o si fu e ra u n
m u n d o c errad o en sí m ism o , p a ra d esp u és in tro d u c irlo en el regresstts
a d in fin itu m de u n a «p ro d u c tiv id a d te x tu a l a u to su fic ie n te » , cae en el
p u ro id ealism o q u e d e b e ría p re cisa m en te su p e ra r p o r la e x p u lsió n d el
su jeto . El m u n d o no id ea l, no le g ib le , se d e ja c a p ta r co m o m u n d o sin

11 En ¡a apertura de )a realidad cosificada a una nueva multiplicidad de experiencias


del m undo y de sí mismo, vio C alvino eí común denom inador de la ruptura de los auto­
res «postmodernos» en los años 60. V er L. M arighetti: D aidatische Poetik. U nterrucbungen
ü b cr ¡ta h C alvino... (Constanza. 19 8 8 ). La última tesis ahf defendida «el conocimiento
que la literatura puede lograr es también el Fruto de !a ligereza frente a la resistencia del
mundo impenetrable*, resume los componentes constructivos de la obra de Calvino se­
gún L. M arighetti, complemento de los componentes comunicativos de mi propuesta.

231
su je to en la e sc ritu ra só lo b ajo la c o n d ic ió n d e q u e lo escrito no g ire
en to rn o a sí m ism o - c o m o el c an to d e ios e sp íritu s so b re las a g u a s -
sin o q u e es c o m p u esto p a ra u n su je to lector.
S i S ilas h u b ie ra ten id o la a m b ic ió n d e m e ter la to ta lid a d del m u n ­
do en la e sc ritu ra d e lo no escrito , se le h a b ría n o frecid o d o s cam in o s
q u e eran y a el p ro b le m a d e la B iblioteca d e B a b el d e B orges: «o e sc rib ir
u n lib ro q u e p u e d a ser et lib ro ú n ic o q u e lo c o m p ren d e ro d o , p o rq u e
en sus p á g in a s se a g o ta la to ta lid a d , o e sc rib ir todos ios lib ro s p ara a b a r­
car el to d o m e d ia n te su s im ág en es p arc iale s» (p . 2 1 8 ), Por qu é e! p ri­
m e r c a m in o se ría im p o sib le, a u n en. la fo rm a m ás ab arc ad o ra d e la fic­
c ió n , lo ac la ra S iias co n u n a le y e n d a c o rán ic a: «M a h o m a escu ch ab a las
p alab ras d e A lá y las d ic ta b a a sus escribas. U n a vez... al d ic ta r al escrib a
A b d u la h , d e jó u n a frase in c o m p le ta . In stin tiv a m e n te el escrib a le su g i­
rió la c o n c lu sió n , y, d istra íd o , to m ó e l p ro feta corno p a la b ra d e D ios lo
q u e A b d u la h h a b la d ich o . A n te esto e l escrib a se e scan d alizó , ab an d o n ó
a l p ro feta y p erd ió la fe» (p. 2 1 8 ). ¿ P o rq u é tuvo q u e p erd er su fe A b d u ­
lah? N o p o rq u e le faltase la fe en la p o s ib ilid a d d e e scrib ir {com o m e
p arece q u e a rg u m e n ta C a iv in o d e m o d o no c o n se c u e n te), sin o p o rq u e
le d e sc o n c ie rta el c a rá c te r ab so lu to d e la e scritu ra sag rad a. L a p alab ra
rev elad a p erm a n ec e Como a lg o trasc e n d e n te y no d isp o n ib le, in clu so en
su e sc ritu ra , a u n q u e se tra te sólo d e u n fin al d e frase. El lib ro o m n i-
co m p ren siv o d el a u to r o m n isc ie n te está m ás a llá d e la ficció n h u m a n a
de la p ro d u c ció n y e l p ro d u c to . L a p ala b ra rev elad a en la e sc ritu ra sólo
sé p u ed e d ic ta r, p o rq u e el lib ro d e la revelació n siem p re está y a d e fin iti­
v am e n te escrito , a u n c u a n d o el e scrib ien te ten g a an te sí to d av ía lo no
escrito . R esp ecto a l o tro c a m in o q u e le q u e d a a S ilas, e scrib ir tod o s los
lib ro s, los lib ro s d e tod o s los au to res p o sib les, rep resen ta la o tra fro n te­
ra d e lo im p o sib le. S in e m b a rg o , en esta in c e rtid u m b re , e n c u e n tra u n a
so lu c ió n g e n ia l. Se p ro p o n e e sc rib ir u n a n o v ela q u e co n ste sóio d e co ­
m ien zo s d e n ovelas: «ü n lib ro q u e g u a rd e en to d a su exten sió n la p o ­
te n c ia lid a d d e l co m ien zo » (p. 2 1 3 ) y a sí p u e d a a b rir e! h o riz o n te c erra­
d o d el m u n d o e sc rito a lo no e sc rito (los h o riz o n tes d e los m u n d o s
p o sib les q u e se escalo n an en la le ja n ía ).

ÍV
L a interacción d e l autor, e l lector U yente'y e l lector leído

C o n esta so lu c ió n , no só lo se su strae S ila s a la teleo lo g ía d e ló clási­


co , es d ecir, a la n a rra c ió n e stru c tu ra d a en p rin c ip io , m e d io y d esen lace
(p rin c ip io n arrativ o d e la «c lo ru re d u texte»)- T am b ién se su strae a la
tram p a d e la s u b je tiv id a d q u e se a firm a a sí m ism a: la tele o lo g ía in m a ­

232
n en te d el yo q u e co n fig u ra y escen ifica su id e n tid a d en, y p o r m ed io
d e, la e sc ritu ra. C o m o se d esp ren d e co n to d a c la rid a d d e los a n á lisis de
S artre , el q u e escribe m an tie n e , p o r u n a p a rte , su o b jeto en susp en so ,
p ero, p o r o tra p arte, a d q u ie re u n a cre cie n te e x p erien cia d e sí m ism o.
M ie n tra s q u e lo no e scrito , lo fu tu ro , no c o n sta an tes d e q u e se c o m ­
p lete el texto - e n tan to él m ism o no p u e d a c o n fig u ra r ese fu tu ro d e tál
o c u al m a n e r a - (p. 9 2 ), q u e, p or lo ta n to , en la fo rm u lac ió n d e S artre,
p erm an ece «in esen c ia i», co n sig u e el su jeto q u e escribe, m e d ia n te todos
sus p ro yecto s, lo q u e es p ara él esen cial (p. 9 1 ): u n frag m e n to d e su
id en tid ad e n c o n tra d a en el acto d e la fic c ió n . La p ro d u c ció n a rtístic a
c u m p le fa n ecesid ad d e e x p erim en tarse a sí m ism o d e m o d o esen cial en
relació n co n e l m u n d o (p -9 0 ). A h o ra b ie n , la a m b ic ió n d el e sc rito r S i­
las c o n siste, p o r e l c o n trario , en ver e se n c ia lm e n te e l m u n d o sin el y o ,
sin el p u n to m ed io y la te le o lo g ía det su jeto q u e escrib e. Por lo tan to ,
c o rresp o n d erá d e le g a r a o tra in sta n c ia d el d iscu rso la so b eran ía d el su ­
jeto q u e escrib e. E sta in sta n c ia d iferen te (y es el seg u n d o g o lp e g en ial
d el au to r) no es o tro q u e e l lec to r ai q u e se co n ced e un p ap el ex tra o rd i­
n ario en la e scen ificació n d e la n o vela, y es a lu d id o casi siem p re en ia
form a de la se g u n d a p erso na.
A d ife re n c ia d e los c lá sic o s d e la n o v ela m o d e rn a q u e p o n en en
ju e g o a l le c to r m ism o ( D o n Q u ijo te , T ristram Sha n d y, Ja cq u es le F a ta -
listé), en e l V iaggiatore d e C a lv in o no só lo e stá in s c rita en el tex to la
e x p e c ta tiv a d e l lecto r, y no só lo e l le c to r se h a c o n v e rtid o en in te rlo ­
c u to r d el d iá lo g o , co n el q u e d is c u te el a u to r a c e rc a d e las e v e n tu a li­
d ad e s d e la ac c ió n y su c a s u ís tic a m o ra l. A h o ra está in c lu id o e l lec to r
d e sd e el p rin c ip io e n to d o s los acto s d e e sc ritu ra , y p ro g re siv a m e n te
a su m e e l p ap e l d e l su je to d e un m u n d o e sc rito . A h o ra ta m b ié n se su ­
p o n e -c r e o q u e p o r p rim e ra v e z!3~ q u e e l le c to r asu m e c o m o « tú le c ­
to r» el lu g a r y e l riesg o d e l y o n a rra d o r a n ó n im o , a q u ie n c o rre sp o n ­
d e e n c a d a u n a d e las d iez h is to ria s in te rru m p id a s , su frir ia m u e rte
d e l su je to p ara re su c ita r en la h is to ria s ig u ie n te co n o tra fig u ra . El
le c to r d isp u e sto , a q u ie n p e rte n e c e c o m o le c to r real (le tto re c h e leg -
ge) la c a p a c id a d d e e le g ir u n lib ro y d isp o n e r d e su le c tu ra , no p u e d e
m a n te n e r su d is ta n c ia d e lo le íd o en la m e d id a en q u e , c o m o le c to r
"leyente s e ,tra n s f o r m a en le c to r le íd o , es d e c ir: c u a n d o e n tra c o m o
le c to r fic tic io (le tto re c h e h lerto ) en los p a p e ies e sc e n ific a d o s d el y o

11 A quí, y en los capítulos IÍI y FV intento, con mi análisis de la interacción triádica


de auror, lector que lee y lector leíd o , refutar la argumentación de Cesare Segre, quien,
frente a la pretensión de C alvino de que el Viaggiatore es una novela en segunda persona
(por lo tanto noveb del lector), creía poder seguir afirm ando el privilegio del autor (la
novela del escritor), env T eatro r romanza, T urín, 19 8 4 , pp. 1 5 1 , 1 6 0 .

233
a n ó n im o 14; se v a e n re d a n d o in s e n sib le m e n te , a p a r t ir d e las a p e la c io ­
n es q u e se le d ir ig e n c o m o a u n tú , y d e su in te rc a m b io co n el «yo »
in n o m in a d o , sin p ro p ie d a d e s, m e ra m e n te g ra m a tic a l, en u n a acció n
c a d a vez m ás a m e n a z a d o ra , y n o len s volens se c o n v ie rte en el su je to de
u n su ceso in e s c ru ta b le , d el q u e el a u to r m ism o p are ce h ab e rse re tir a ­
do . Q u is ie ra a h o ra e x p lic a r e l m o d o y m a n e ra en q u e se p ro d u c e la
in te ra c c ió n d e a u to r, le c to r le y e n te y le c to r lefd o con lo s e je m p lo s de
la in tro d u c c ió n d e la n o v e la y d e la p rim e ra d e las h isto ria s.
« T ú te d isp o n es a le e r la n u ev a n o vela d e Italo C a lv in o S i u n a n o ­
che de in vie rn o u n viajero. R e lá ja te . R ecó gete. D eja d e lad o c u a lq u ie r
o tro p e n sa m ie n to . D e ja q u e tu e n to rn o se d ifu m in e en lo in c ie rto »
(p. 7 ). El a rra n q u e d e l p rim e r c a p ítu lo se d irig e al lecto r co n ia a p e la ­
c ió n d e « tú » , y sig u e e l p rim e r co m ien zo d e la novela, co n tad o d esd e el
p u n to d e v ista d el «yo ». E ste m o d elo d e te rm in a la co n stru cc ió n d e toda
la o b ra (co n excep ció n d el c a p ítu lo V III, e l d ia rio d e S ilas, y ios c a p ítu ­
los XI y X II, la c o d a ). Los d iez a rra n q u e s, o e n c u ad res, están en co n e­
xió n co n su p ro p io m arco d e a c ció n , la h isto ria d el lecto r y la lec to ra,
m ie n tras q u e la esp erad a n o vela, d ie z veces reco m en zad a y tru n c a d a , te-
m a tiz a co n su c o m p o sic ió n el co n traste e n tre form a c errad a y fo rm a
a b ie rta , en u n m o v im ien to y c o n tra m o v im ien to q u e o p o n e a la u n id a d
a q u e asp ira la fáb u la, la a p e rtu ra d e lo u n o a lo m ú ltip le (segú n la fig u ­
ra b ásica d el A le p h q u e C a lv in o to m a d e B o rg e s)15. El tú fic tic io realiza
e l p ro g ra m a d e h ace r q u e su rja ia n o vela m ism a con un d iscu rso en se ­
g u n d a p erso n a, d e m an era q u e e l tú lec to r ac ab a rep resen tan d o la lec ­
tu ra d el lecto r. El V iaggiatore es a sí ú n a p o stm o d e rn a «n o v ela sobre la
n o vela», y un espejo d e las lectu ras en la lec tu ra , a sí co m o u n a S u m m a
de to d as las teo rías en b o g a acerca d e la le c tu ra , q u e C a lv in o , p o e ta doc-
tu s llev a h a sta los extrem o s m ás d iv ertid o s.
El V taggintore d esb o rd a la teo ría c o n o cid a q u e se basa en las exp ec­
tativ as d el lec to r d esp ertad as p o r e l títu lo , m e d ia n te u n a evocació n del
h o riz o n te antes de la le c tu ra y h a sta d el co m ien zo de la m ism a. El v er­
d ad ero co m ien zo es u n a h o ra cero , n u n ca v a lo ra d a , el p rim e r h o rizo n te

14 La interacción entre «lector que lee y lector leído», que es « p ir a l en mi análisis, se


explica así en la página 16 9 de la novela: «Hasta ahora este libro estaba cuidadosamente
pensado para dejar abierta al lector que lo lee la posibilidad de identificarse con el lector
que en él es leído. Por eso no tiene él un nom bre que autom áticamente lo hubiera equi­
parado a una tercera persona, a un personaje {mientras que tú en cuanto tercera persona,
tuviste que recibir un nombre, precisamente el de Ludmilfa), sino que fue concebido y
dejado en el estado abstracto de un pronom bre, disponible para cualquier atributo y
cualquier acción».
C fr., Segre (nota 13 , p. 1 <53)r a quien debemos los mejores análisis de las relacio­
nes intercexrualcs de ía obra.

234
aú n vacío q u e se abre a la m u ltip lic id a d sin m e d id a d el m u n d o escrito ,
cu an d o an tes d e c o m p ra r u n nuevo lib ro cru zam o s el u m b ra l de u n a li­
b rería, q u e se o rd en a a la b ú sq u e d a d e l iib ro ú n ico y nuevo, y q u e eras
la selecció n d el lib ro , traslad a de nuevo el co m ien zo d e la lec tu ra a u n
«an tes» q u e la in v e stig ac ió n p ra g m á tic a d e la lectu ra n o a c o stu m b ra a
teo retizar. Es la situ a c ió n fam ilia r, a u n q u e n u n c a in tro d u c id a en u n a
novela y m en o s a ú n ex p lo ra d a siste m á tic a m e n te , en la q u e un lecto r se
d isp o n e , có m o d o y feliz, a e n tra r en el m u n d o e scrito , m ie n tras b usca
la p o stu ra m ás c ó m o d a y v u elve la esp ald a al m u n d o c o tid ia n o . H e d i­
cho siste m átic am e n te con coda in te n c ió n . Pues el in c re íb le n ú m e ro de
gestos q u e an te c ed e n al co m ien zo d e u n a lec tu ra, al a d o p ta r la p o stu ra
a d e cu ad a p ara leer, co m o an tes en la lib re ría o en e l c a m in o h a c ia casa,
es, a p rim e ra v ista, sólo un b urlesco c atálo go : «B usca la p o stu ra m ás có­
m o d a: sen tad o , tu m b ad o , e n c o g id o o acostad o . D e esp ald as, d e co sta­
do , b oca a b a jo ...» (etc., p. 7 ). L uego se h ace co n star q u e el a u to r b usca
ag o tar las p o sib ilid ad es im a g in a ria s (h asta las m ás ex trav ag an tes co m o
leer a c ab a llo ), ap ro v ech an d o , co n iro n ía el p ro ce d im ien to tax o n ó m ico
de la se m án tic a e stru c tu ra l. S i R ab elais y a h ab ía u tiliza d o la fo rm a del
catálo go in te rm in a b le p ara p ro vo car la c o m ic id a d m e d ia n te u n d eso r­
d en in te n c io n a d o , C a iv in o co n sigu e el m ism o efecto al revés, trayen d o
lo n u n c a an tes o rd e n a d o a u n siste m a fic tic io . M o re geom étrico, m e­
d ian te la cate g o riz ació n y p ro gresiva e xclu sió n d e c ateg o rías in v en tad as
de lib ro s, p ro ce d e a la d e sc rip c ió n : «L ib ro s Q u e N o H as le íd o , D e
C u y a L ectu ra Puedes P rescin d ir... L ib ro s Ya L eído s S in N ec esid ad D e
A b rirlo s... Q u e D eb erías A lg u n a Vez Leer, Pero A n tes D eb erías L eer
O tro s... Q u e T odos H an leíd o Ya, D e M a n e ra Q u e Es C o m o Si T u Ya
Los H ub ieses le íd o », e tc ., e tc ., a c ab an d o co n : «L ib ro s Q u e Te Inspiran
C u rio sid a d R e p e n tin a Y N o C la ra m e n te ju stific a b le » , y, d e tod o s ellos,
e lig e el lib ro recién p u b lic a d o d e C a iv in o q u e lleva a casa, m ie n tras q u e
los libros en torno «te m ira b a n con e l aire extrav iad o d e los perros en
las ja u la s d e la p errera m u n ic ip a l qu e ven a un co m p añ ero a lejarse tras
la co rrea d el am o q u e h a v en id o a lib e rarlo » (p, 9 -1 1 ). S i la lib re ría es,
m o d ific an d o la d efin ic ió n d el A le p h d e B orges «u n lu g a r en el q u e se
en c u e n tran to d a clase de lib ro s, sin m ezclarse, y q u e p u e d en ser obser­
vados desde to d as las p ersp ec tiv as»16, la ficció n sig n ific a p ara C a iv in o
dos cosas: la a m p lia c ió n d e la m ira d a a u n a in d e fin id a m u ltitu d d e co ­
sas, visib les y e leg ib les a p a rtir d e un n ú m ero d e fin id o d e p ersp ectivas,
p ara , fin atm e n te p o der e n c o n tra r lo u n o entre lo m u ch o , y ta m b ié n lo
nuevo en tre lo v iejo (p. 11). El m ism o p rin c ip io o p erativo d e a m p lia ­

16 D cfm k ión deí Aleph en Segre. op- cit.

235
c ió n y estre ch a m ie n to d el h o rizo n te v ale no só lo p ara la relació n e n tre
m u n d o escrito y m u n d o no e scrito , sin o ta m b ié n p ara su p u n to m e d io ,
el su je to clásico . En la m e d id a en q u e, co m o p ro ta g o n ista d e las d iez
h isto rias, no tie n e n o m b re n i c a rá c te r p ro p io , sin o sóio ta situ a c ió n ab s­
tra c ta d e l p ro n o m b re «y o », está «d isp o n ib le p ara c u a lq u ie r a trib u to y
c u a lq u ie r acció n » {p. 1 6 9 ). El su je to , e n te n d id o co m o m u ltip lic id a d ,
ab re en C a lv in o -c o m o lo h ace con sus co n tem p o rán eo s Pessoa, M a ­
c h a d o , B o rges y N a b o k o v - i7 e l h o rizo n te d el su jeto clásico a u n a m u l­
titu d d e h o rizo n tes, a la p o te n c ia lid a d d el m u n d o no escrito .
C a lv in o h a escrito este lib ro - q u e p u e d e calific arse com o p ro gram a
p o stm o d ern o — en la se g u n d a p erso n a, d irig id o a un «tu » in d e te rm in a ­
d o , «u n tú q u iz ás h erm an o y d o b le d e un y o h ip ó crita » {p. 1 6 8 ). L a re­
lació n y o -rú no es, en c o n se c u e n c ia, é n el V iaggiatore b ip o lar, sin o t r i­
p o lar: el au to r, q u e d e le g a su yo al tú d el lector, y el lecto r d o b lad o en
u n lec to r leyen te fren te a u n lecto r leíd o . S i la relació n fuese sólo b ip o ­
lar, el tú d el lecto r, al id en tific a rse co n el «yo h ip ó c rita » d e los d iez co ­
m ien zo s d e h isto rias, in e v ita b le m e n te se c o n v e rtiría en u n p erso n aje de
n o vela q u e, en tan to q u e c ria tu ra d el au to r, só lo p ued e realizar lo q u e le
p rescrib e e l p apel c o rresp o n d ien te d el lec to r im p líc ito . Para su straerse a
esta c ircu n sta n c ia «este lib ro está c u id a d o sa m e n te p lan ead o p ara d e ja r
a b ie rta al lec to r q u e lee {lettore che legge) la p o sib ilid a d d e id en tificarse
con el le c to r q u e es leíd o (lettore che i letto)» (p. 1 6 9 ); p o r lo tan to ta m ­
b ié n : la p o sib ilid a d d e no id en tific a rse {o d e id en tific a rse y a ). Pues «(tú
p u ed es) en c u a lq u ie r m o m e n to v o lver a tí. S ig u e s sie n d o u n o d e los tú
p o sib les» (p. 1 7 5 ). S ó lo la d u p lic id a d d e lec to r q u e lee y lecto r leído
p e rm ite sie m p re m a n te n e r la lib e rta d del yo q u e lee fren te a Ja te n d e n ­
c ia a su ab so rció n por el «y o h ip ó crita ».
El yo d e las h isto rias es h ip ó crita p o rq u e ofrece al tú d el lector, en
tan to q u e «d o b le » su yo , la so b eran ía d e u n y o -n a rra d o r y, secretam en te,
se la su strae. Pues este y o a n ó n im o al q u e p u e d e tran sferirse el tú lecto r
no es o m n iscie n te co m o el a u to r q u e se h a d esvan ecid o . Se e n c u e n tra
en m ed io d e un m u n d o q u e le es ajen o , sin sab er d e d ó n d e vien e y a
d ó n d e va, c o m o su je to d e u n a h isto ria q u e, p a ra d ó jic a m e n te , es ta m ­
b ién la h isto ria d e un d esco n o cid o . El tu lecto r p u ed e in tro d u c irse en el
yo q u e se o frece, y, al m ism o tiem p o -g ra c ia s al d o b lete d el yo lecto r y
le íd o - , m a n te n e r la lib e rta d d e la c o n c ie n c ia reflexiva. En tai caso, el
clásico d iálo g o en tre a u to r y lec to r (el ju e g o d e las e xp ectativas fru stra­
d as co m o en D id e ro t) se c o n v ierte en u n a «a u to c o n v e rsa c ió n » e n tre
lec to r q u e lee y lecto r leíd o , con el a u to r com o el tercero au sen te, in te ­

17 Segre (ñora 13, p. 16 5 ).

236
rro g ad o in ú tiim e n te , q u e se su strae o fic ia lm e n te a su re sp o n sab ilid ad ,
pero o fic io sam en te siem p re v u elve c u a n d o —p a ra d e cirlo com o Sartre
ve am en azad o el «p acto d e g en ero sid ad » (p. e ., p. 2 6 2 : ¿c u án to tiem p o
te d e jarás a rrastrar p a siv a m e n te por los ac o n tec im ie n to s?»). La d u p lic a ­
ció n d el yo q u e lee y ei yo leíd o te m a tiz a !a lec tu ra d e la le c tu ra , d e m a ­
n era qu e, an te nuestros o jo s, los h o rizo n tes d e l su jeto y d el m u n d o se
d esco n ectan y se c o n ectan d e n uevo : el h o riz o n te ab ierto d el yo lector
co n el h o riz o n te cerrad o del yo leíd o , así co m o el h o riz o n te q u e se es­
trech a de la e sc ritu ra q u e avan za co n el trasfo n d o d e lo no escrito , la
m u ltip lic id a d in ab arc a b le d e m u n d o s p osib les. La ficció n d e la relació n
y o -tú en la n o vela en se g u n d a p erso n a d e C a lv in o , p e rm ite al lecto r
d isfru tar del p lac e r d e ia le c tu ra , o cu p ar el lu g a r v a c ío d el y o a n ó n im o
y ju g a r a d e se m p eñ ar nuevos p ap eles, co n el castig o d e su c u m b ir c u a n ­
do el yo lec to r a b a n d o n a su d ista n c ia e stética y cae en la fascin ació n del
d estin o ajen o de o tro yo.

V
Interpretación d e l p r im e r com ienzo d e la novela

«L a n o vela co m ien za en u n a estació n d e ferro carril, u n a lo c o m o to ­


ra reso p la, el v ap o r d e Sos p isto n es cu b re el co m ien zo d e l c a p ítu lo , el
h u m o tap a u n a p arte del p rim e r p árrafo » (p. 15). La cita es ap ro p ia d a
p ara añ ad irse a la serie de co m ien zo s fam osos d e n ovelas. L a m ezcla de
im ág en es d e estacio nes y lib ro s, p a rtid a d e lo co m o to ra y co m ien zo de
c ap ítu lo es algo m ás q u e u n a a trev id a m etáfo ra. Eí a m b ien te d e la esta­
ció n y el texto escrito , el p roceso m u n d a n o y el proceso lecto r se refle­
ja n m u tu a m e n te , d e m a n e ra q u e h ace ap arecer c la ra m e n te an te los ojos
el o b jeto m ism o d e la e sc ritu ra . C o n este p ro ce d im e in to d e tem atizar
en la d escrip ció n ia ca p ta c ió n d e lo d e sc rito , p u ed e la m a te ria lid a d de
la e sc ritu ra im p resa a c la ra r la m a te ria lid a d d el m u n d o no escrito , com o
p ,e.: «co m o e n tre los escalo n es d e h ie rro 'd e l p u e n te , así ap arecen lu g a ­
res vacío s entre las frases d e l d iá lo g o » (p. 1 0 0 ). S e tra ta de la p e rm a n e n ­
te y esp ecífica fig u ra de la au to rre fle x iv id ad {«mise en a b y m e ») —¿in ven -
tad a p o r.C alv in o ?—d e este lib ro . S u fu n ció n está clara: ro m p e la ficción
d e la lectu ra a c o stu m b rad a, u n id im e n sio n a l, y o b lig a a! lecto r a p e rc i­
b ir en la lec tu ra el proceso m ism o d e la lec tu ra. Esto im p lic a p re g u n ­
tarse q u ié n es ei q u e v e rd a d e ra m e n te h ab la a q u í, y las cosas q u e percibe
y so n p recisam ente así.
El su jeto de la n arració n está al p rin c ip io esco n d id o . S ó lo aparece
poco a poco en u n m ú ltip le c a m b io d e rep arto de los lu g ares vacíos del
su jeto : «alguien m ira p or los cristales e m p añ ad o s, abre la p u e rta del c a­

2 37
f e .J Es u n a n o ch e llu v io sa; el h o m b re en tra en el café, se d esab ro ch a el
ab rigo h ú m e d o ... d o n d e los ju g a d o re s ... se v u e lv en al recién llegado...
T odas las estacio n es se p a re ce n ... Es u n a m b ien te qu e tú co n o ces m u y
b ie n » (pp . 1 5 -1 6 ). D e¡ alguien ab strac to , p asan d o p o r el ho m b re y el re­
cién llegado al café, se v a c o n cretan d o la fig u ra de un «viajero en u n a
n o ch e d e in v ie rn o », qu e, e v id e n te m e n te , es un d o b le d el lec to r com o
in sin ú a la tercera frase co n su co m p a ra ció n d e los «cristales e m p a ñ a ­
do s» y las «h o jas d el lib ro »; «las h o jas d el lib ro están e m p añ ad as com o
los crisrales d e un v iejo tren , el h u m o sé d ep o sita en las frases». Q u e el
su je to d e lá d e sc rip c ió n e stá esc o n d id o p o rq u e el lec to r m ism o d eb e
p o n erse e n su lu g ar, lo d e m u e stra el c a m b io b ru sco d e la tercera perso­
n a d e l d esco n o cid o p o r el tú d el lector. Se in tro d u c e com o si se tratase
d e reco n o cer u n a situ a c ió n y a sa b id a («d e m a sia d o b ien con o ces rú esre
a m b ie n te ...» ), pero e n se g u id a se recu erd a q u e es u n a situ a c ió n d e le c tu ­
ra; «las luces d e la estació n y las frases q u e estás ley e n d o p arecen m ás
b ie n o scu recer q u e a c la ra r lo q u e aflo ra d e u n velo d e o sc u rid a d y n ie ­
b la». A l c a m b io d el é l p o r el tú sig u e u n sa lto d el tií al ytr. «yo he b ajad o
esta n och e a esra estació n p o r p rim e ra ve?, en m i v id a y y a m e parece
q u e h u b ie ra p asado a q u í m i vid a e n te ra». «D o n d e era el ello d ebe lleg ar
a ser el yo», d e cía F reud. Pero p o r el rodeo d e un tú. El tú o b jeto de
ap e la c ió n se recon o ce en u n so lilo q u io en u n a situ a c ió n d e sc o n o cid a
(lle g a d a a u n a e sta c ió n ), pero com o si o cu rriese p o r p rim e ra vez (pues
en la le c tu ra ap arece d e n uevo lo q u e es b ien c o n o cid o ). Po lo q u e se
sac a la c o n c lu sió n ; «yo so y el h o m b re q u e va y v ien e e n tre el café y la
c ab in a tele fó n ic a. O , m e jo r d ich o , ese h o m b re se lla m a yo, y no sabes
m ás d e é l, a l ig u a l q u e e sta e sta c ió n se lla m a sim p le m e n te estación»
(p. 16). U n y o in n o m in a d o h a tra íd o a su in flu e n c ia (gracias a su fu n ­
c ió n g ra m a tic a l) al tú lecto r; ¡se h a c u m p lid o fa tran sició n d el lecto r le­
y e n te (ex tern o ) al lec to r le íd o (in te rn o )!
Pero el lecto r d e C a iv in o no se ría d ig n o d e su a u to r si se c o m p o rta ­
se p asiv a m e n te en el terren o d o n d e se h a in tro d u c id o , com o si a p a rtir
d e su re a lid a d y d e su d ista n c ia seg u ra p en etrase en el h o rizo n te ficticio
d el y o a lu d id o . S e d efie n d e en su so lilo q u io c o n tra esa ab so rció n : «p o r
m u ch o q u e vaya y v en ga, p o r m u ch o q u e a n d e y d é v u eltas, e sto y en
u n a tra m p a , en la tra m p a in te m p o ra l q u e in e v ita b le m e n te tie n d e n a
u n o las estacio n es» (p. 16). Es en re a lid a d u n a tram p a, com o es b ien
co n sc ien te , p o rq u e tras la tra m p a de la estació n recon o ce la tra m p a in ­
tem p o ral d e la lec tu ra : «seg u ra m e n te es un a rd id p a ra im p lic a rte le n ta ­
m en te, p ara in tro d u c irte en la ac ció n sin q u e te d és cu e n ta» (p. 17).
Pero es ta m b ié n u n a tram p a esp ec ial q u e él m ism o no p u ed e observar,
p o rq u e la h is to ria d el yo , en la q u e se e n red a , sig u e el m o d elo d e novela

238
p o lic íac a cread o p o r B o ile au -N arc éjac , en el q u e el su jeto n a rra d o r es la
v íc tim a d esco n o cid a.
L a tra m p a d o b le d e esta le c tu ra está p uesta p o r un y o q u e sed u ce al
Sector p ara q u e u n a p a rte d e sí m ism o se tran sfo rm e e n e! yo d el p erso ­
n aje novelesco, au n q u e no sabe «q u é clase d e h isto ria a rrastra co n sigo ,
co m o aq u e lla m a le ta q u e co n g usto q u isie ra so ltar» (p. 2 1 ). El p lacer
re fle jad o en la le c tu ra d e la le c tu ra , e n el ju e g o c o n las exp ectativ as
ab ie rtas y d e n uevo cerrad as, a la m an e ra d e S te rn e y D id e ro t, se e m p a ­
re ja a q u í co n !a fa sc in a c ió n d e u n c re c ie n te «p la c e r d e la a n g u stia ».
M ie n tra s q u e en la «n o vela d e la novela» c lásic a la ficció n d e los sucesos
es c o n scien te, p uesto q u e tem a riza las e xp ectativ as fru strad as, tra m a p o ­
s ib ilid a d e s a lte r n a tiv a s , a c u m u la o p in io n e s so b re o p in io n e s , c o n s i­
g u ie n d o así q u e la acció n m ism a se re tro traig a a su p u n to cero , e l texto
de C a lv in o ro m p e ta m b ié n la ficció n cerrad a d e u n a h is to ria en cad a
v ira je d e la n arrac ió n , pero con otro o b jetiv o . A sí p o r e je m p lo cu an d o
ap arece u n d esco n o cid o en el café d e la estació n : «tu aten c ió n d e lecto r
está ah o ra c o n c en trad a en la m u jer, h ace un as p ág in as q u e g iras a su a l­
rededor, yo no, el a u to r es el q u e g ira en to rn o a esa fig u ra fem en in a»
(p. 2 6 ). En el co rto esp acio d e u n a o ració n se n o m b ran las tres posibles
in stan c ias d el su jeto d e la n arra c ió n , com o si fueran in te rc a m b ia b le s, es
decir, com o si d ep en d iese d e c a d a u n o —d el tú lector, d el tú leíd o o del
au to r q u e escrib e— el m o d o d e c o n tin u a c ió n d e la acció n . En tales c a ­
sos, S tern e y D id ero t ac o stu m b ra n a h acer ju g a r la v o lu n ta d so b erana
del au to r, la su p e rio rid a d d el su jeto p ro d u c to r so b re el m e ra m en te re­
cep tor. C alv in o , p o r el c o n tra rio , in v ierte la p o sic ió n , p rim ero co n el
arg u m e n to c o n v e n c io n al: «es tu e x p ec tativ a d e lecto r la q u e e m p u ja al
a u to r h a c ia e lla », y, d esp u és, co n la tran sfo rm ac ió n p a ra d ó jic a d e l tú
lecto r en el yo leíd o : «ta m b ién y o , q u e ten go o tras cosas en q u e pensar,
m e d ejo a rra stra r y h ab lo co n e lla » (p. 2 6 ). L a p a ra d o ja rad ica en el
«tam b ién y o » : el yo n a rra d o r sig u e sólo al tú lector, y su ex p ec tativ a de
co m en zar u n a co n v ersació n con la b ella d esco n o cid a la c u m p le , al p a ­
recer, de m ala g an a, a u n q u e esa exp ectativ a la h a p uesto en ú ltim o té r­
m in o él m ism o , co m o yo narrad o r.
La ficció n d e l tú y d el yo en la relació n q u e se estab lece en tre el
lecto r q u e lee y el lec to r leíd o tie n e u n a e stru c tu ra circu la r: el yo n arra ­
d o r tie n e un c o m p o rta m ie n to h ip ó c rita , p o rq u e p reten d e no co n o cer la
h isto ria q u e n arra y ten er q u e e le g ir paso a paso, a u n q u e seg ú n to d a la
ló g ica n arra tiv a su sa b e r y d isp o n ib ilid a d so b re c o m ien zo , n u d o y d e ­
sen lace lo c o n stitu y e n com o su je to n arrad o r. El a u to r h a lib e rad o e v i­
d e n te m e n te al tú lecto r co m o y o n arrad o r, y, —p ara d e cirlo co m o Sar-
tre — le h a c o n d e n a d o a se r lib re . La so b e ra n ía d el su je to c re a d o r se
revela com o u n a ilu sió n . El p riv ile gio de la ficció n , d e d isp o n e r lib re ­

239
m e n te d el tiem p o en el h o riz o n te d e la n a rra c ió n , tro p ieza con la resis­
te n c ia d e la re a lid a d d ia ria en la q u e e! fu tu ro es tan in c ierto co m o el
p asad o in asib le. El «v iajero en u n a n o ch e d e in v ie rn o » es e! extrañ o re­
cié n lleg ad o q u e d esco n o ce lo q u e p a ra tod o s los d e m ás p arece set fa­
m iliar. T ie n e q u e e x p e rim e n ta r «q u e c a d a u n a d e m is accio n es p ara re­
s o lv e r su c e so s p r e c e d e n te s , d e s e n c a d e n a u n a m u lt it u d d e n u e v o s
su ceso s q u e h a ce n q u e m i s itu a c ió n se a m ás c o m p lic a d a q u e an te s»
(p. 2 1 ). El p o sib le h o riz o n te d e la ficció n , q u e p arece q u e está siem p re
ab ie rto a l tú lecto r (p. e ., en la p. 17: si «tu q u isieras leer m ejo r» q u e
lle g a a u n a estació n v ie ja o a u n a n u e v a ), se estrech a c o n tin u a m e n te
g rac ia s a l h o rizo n te fáctico d e u n a situ a c ió n am e n azad o ra. S i al p rin c i­
p io p arece u n a c u e stió n a b ie rta el h ech o de q u e la m ira d a d el v iajero
p u e d e d irig irs e a las m a n e c illa s d e u n viejo reloj red o n d o de estació n o
q u e los n ú m ero s d el reloj aso m an am en azad o res p o r p o rtillo s re c ta n g u ­
lares en los q u e «c a d a m in u to m e cae e n c im a co m o la h o ja d e u n a g u i­
llo tin a » (p . 1 8 ), lu ego to d o s los h o rizo n tes p o sib les se estrech an en u n
h o riz o n te ú ltim o en el q u e la h is to ria irru m p e con u n a c o n tec im ie n to
q u e afec ta d e h ech o al v ia je ro co m o u n a c u c h illa : «el ráp id o lle g a co m o
u n tru e n o a to d a v e lo c id ad . F ren a, se p a ra , m e b o rra d e la v ista d el co ­
m isa rio , v u elv e a p a rtir» (p. 3 0 ).
N o sab em o s sí el ráp id o p arte co n el v iajero o sin él; d el m ism o
m o d o q u e ei d esco n o cid o d esap arece d e la vísta d e l co m isa rio , ta m b ié n
ei su je to d e la h isto ria «se b o rra» d e la v ista d ei lector. S i se co n o ce el
m o d e lo la te n te q u e sig u e la h isto ria , en to n ces es in e v ita b le la m u erte de
su su jeto. A l ig u a l q u e en las novelas p o licíacas d e B o ile a u -N a rc eja c , só ­
lo al fin a l co n o ce el leco r q u e é l no d escifra el e n ig m a d el asesin ato con
el e n te n d im ie n to reflexivo d e un H ércu les P o irot, ni d esd e la p ersp ecti­
va d el c u lp a b le (co m o en P a tric ia H ig h sm ith ), sin o d esd e la visión d e la
v íc tim a . Lo q u e h asta a h o ra p o d ía sie m p re ver d e m o d o im p a sib le d es­
de el o tro la d o : la situ a c ió n no re a liz a d a d e la p erso n a q u e se e n c a m in a
a la m u erte , a h o ra sin e m b arg o h ace q u e se tran sfo rm e en u n y o d esco ­
n o c id o , so b reco g id o p o r u n m ie d o in a sib le y q u e , al fin a l, co m p ad ece
la m u erte d e u n set in d efen so . A cab a en el p a p e l d e u n tercero ex clu id o
q u e no sabe lo q u e tie n e re a lm e n te q u e ver co n la re a lid a d d e los otros,
d e sc o n o c id a só lo p ara é l: «q u iz á s h a b r ía d e b id o e n c o n tra r a a lg u ie n
a q u í en la e sta ció n ; p ro b a b lem en te en relació n co n esta m ale ta q u e p a­
rece p re o c u p a rm e ta n to » (p . 1 8). S ó lo p u e d e so sp e ch a r lo q u e o tro s
q u izás sab en d e é l, esp eran d e él o tram an co n él: «p ues está claro q u e
no parezco a lg u ie n q u e v ia ja p o r razon es p riv ad as o d irig e su s p ro pio s
n eg o cio s; m ás b ien se m e te n d ría p o r u n rep resen tan te su b a ltern o , u n a
ru e d e c illa en un ju e g o m u y c o m p lic a d o » (p . 1 9 ). Este ju e g o está esc en i­
ficado d e m a n e ra qu e p re cisam en te e l p rin c ip a l afectad o no co n o ce sus

240
reg las, y no p u e d e teer las señ ales en las q u e el c o n o ce d o r d e l m o d elo
y a reco n o ce los a u g u rio s d e su o caso: la m a le ta co n exp lo sivo s, !a ad ­
v e rte n c ia de la d a m a co n a b rig o d e p ie l, la c o n tra se ñ a , el c o m isa rio , la
o rg an iz ac ió n m iste rio sa q u e h ace q u e pare el tren ráp id o . L a c o n tra se ­
ñ a: «Z en ó n d e E lea h a v en cid o » e n g a ñ a con su c o n tra se n tid o o cu lto :
q u ie n se c o m p ro m ete , p ie rd e (co m o A q u ile s en la c o m p e tic ió n co n la
to rtu g a ).
S in e m b arg o , no es el p erso n aje d el a g en te p erfecto d e un th rille r ,
c o n stru id o co n arreg lo al c o n o cid o cliché, lo q u e h ace tan c o m p lica d o
e! ju e g o d ei p rim e r co m ie n zo d e la n o v e la, sin o la in te ra c c ió n q u e en
él se p ro d u c e en tre e l au to r, e l lecto r q u e lee y el lec to r leíd o . C a iv in o
h a lle v a d o , a q u í y e n Jos c a p ítu lo s sig u ie n te s , un m o d e lo d e gén ero
m an o se ad o a l m ás alto n iv el d e reflexió n e sté tic a . H a p ro d u c id o a sí
u n a sim b io sis d e c u ltu ra d e m asas y a lta c u ltu ra q u e es c a ra c te rístic a
de o tras o b ras d e la p o s tm o d e rn id a d , y q u e c u m p le su p re te n sió n de
in tr o d u c ir u n a n u e v a é p o c a d e la e x p e rie n c ia e sté tic a . L a fic c ió n se
c o m p o rta a q u í c o m o e l p rin c ip io o p erativ o p o r e x c ele n c ia. C o m o m e ­
d io d e c o m u n ic a c ió n , no sólo p o s ib ilita la a p ro p ia c ió n m u tu a d e los
d isc u rso s d e d ife re n te s h o riz o n tes m u n d a n o s, sin o ta m b ié n d e los p a ­
p eles del ego y el a lte r en la re la ció n d ia ló g ic a , y d el h o m b re co n los
d e m ás h o m b res. L o q u e la fic c ió n es c ap az d e lle v a r a cabo en la reía-
c ió n y o -tú , la o b ra de C a iv in o !o m u e stra d e m o d o e sp ectacu lar, co m o
n u n c a h asta ah o ra. En el Viaggiatore n o só lo se re p re se n ta la in te ra c ­
c ió n d e l ego y e l a lte r en el c a m b io d e p ap eles d el a u to r y e l lecto r;
ah o ra tam b ié n se ju e g a en e l d e stin o d el tú lector, q u e asu m e el lu g a r
vacío d el yo in n o m in a d o , la y a le g e n d a ria m u e rte d el su je to , d e m a n e ­
ra q u e h ace reco n o cer lo q u e a firm a b a al p rin c ip io : q u e la c o n stitu c ió n
d e la s u b je tiv id a d su p o n e p rim a ria m e n te u n a e sc e n ific a c ió n d e un o
m ism o p ara ei o tro , o los otros.
L a n eg ativ a d el v iaje ro a ser ag en te a pesar su yo , es ta m b ié n , en ú l­
tim o té rm in o , el fracaso d e la ficció n en la relació n y o -tú d e l lecto r q u e
See y ei lec to r leíd o . El trab ajo d e la ficció n tien e q u e caer en tal círcu lo
v icio so si el cú iec to r d a, en el y o n arrad o r, co n un a lte r q u e es sólo u n
a lte r ego, el «d o b le, si cab e, d e u n yo h ip ó crita » (p. 1 6 8 ). La ficció n sólo
p u ed e su straerse al c írcu lo d e la au to esce n ific a c ió n so lip sista si en c u a n ­
to fo rm a d e la au to e x p e rie n c ia se abre a la e x p erie n cia de los o tro s, si el
tú lecto r no sólo afecta a un yo n a rra d o r in n o m in a d o , sin o ta m b ié n a
u n tú co n u n n o m b re, en el q u e se ro m p e la a u to e sc e n ific a c ió n : en
L u d m illa , la lecto ra. En p alab ras d e C a iv in o : si este lib ro en seg u n d a
p erso n a «n o só lo se d irig e a u n t ú m a s c u lin o in d e te r m in a d o ..., sin o
ta m b ié n d ire c tam e n te a tí, q u e d esd e ei seg u n d o c a p ítu lo en traste co ­
m o la tercera p erso na n ecesaria, p ara q u e ia n ovela p u d ie ra lle g ar a ser

241
u n a novela, p ara q u e e n tre esa se g u n d a p erso n a m a sc u lin a y la tercera
fem en in a algo p u d ie ra o cu rrir, p o n erse en m arch a, d e sarro llarse o ta m ­
b ién fracasar, seg ú n los cam b io s d e la v id a h u m a n a » (p. 16 8 ).

V I

Lector y lectora
(a p ro p ia ció n m u tu a d e l d iscu rso ficticio )

S i b ien e l V iaggiatore sig u e en g en e ral e l p rin c ip io o p erativ o d e u n a


fic c ió n q u eb ra d a , e scen ificad a en la relació n en tre yo lecto r y y o leíd o
p ara im p e d ir q u e se o lv id e q u e se está ley e n d o u n a novela, ta m b ié n se
c o m p ru e b a q u e el m arco d e la acció n q u e d a bajo la p rem isa d e u n a fic­
c ió n id ealiza d o ra . A s í, se e n fre n ta al lec to r desde el seg u n d o c a p ítu lo
u n a tercera p erso n a, la c u a l «c la ra m e n te d estacad a d e la m u ltitu d de los
aco stu m b rad o s él y ello s, en sin g u la r y en p lu ra l» (p. 1 75 ), asu m e los
rasgos d e un «o tro » p riv ile g ia d o : la lecto ra L u d m illa . C o n la ap ertu ra
del c írcu lo m o n o ló gico d e l yo lec to r y yo leíd o a la relació n d ia ló g íc a
en tre lecto r y lecto ra, la Ficción d el yo y el tú q u e d a al m ism o tie m p o
p o sitiv iz a d a e id ea liz a d a . Q u e se a trib u y a al yo in n o m in a d o (¡el «h o m ­
bre sin p ro p ie d ad es»!) d e sc u b rir p re cisam en te co m o lec to r en u n a m u ­
jer, q u e in c o rp o ra tod as las v irtu d e s d e ú n a lec to ra, a un in d iv id u o con
n o m b re, c o n creto (a u n q u e in q u ie ta n te ), en su m a , al tú id eal d el o tro ,
es algo q u e en p rin c ip io p o d ría co n sid erarse b u rlo n a m e n te co m o u n a
re c aíd a en la h a rm o n ía p reestab lecid a d e la a n tig u a novela id e a lista . S in
e m b arg o , esto no d e b e ría e x c lu ir la p re g u n ta p o r lo q u e p reten d e c o n ­
se g u ir C a lv in o a l u tiliz a r el m o d elo clásico d e u n a h isto ria d e am o r con
fin al feliz, e n la n u ev a esc en ificac ió n d e u n a h isto ria p o sib le d e un lec­
to r y u n a lecto ra. Lo q u e a q u í se ju e g a e n tre el yo m ascu lin o y el yo fe­
m e n in o , n o só lo c u m p le la in m e m o r ia l n e c e sid a d d e la sa tisfa c c ió n
im a g in a ria d el deseo, sin o q u e p o n e al d e sc u b ie rto ta m b ié n en la id e a li­
zació n d e la relació n y o -tú , q u e a rrastra su tran sfo rm ació n en la re la­
ció n e n tre lec to r y lectora, u n a ficció n b ásica q u e se p o n e en ju e g o en
la e x p erie n cia d el a m o r o la a m ista d . Es la p resu p o sició n h erm e n é u tica
d e la «a n tic ip a c ió n d e la p erfe c ció n », la ex p ec tativ a id eal q u e se d irig e
al o tro , pero qu e con la re sisten cia d e su ser-o tro p u ed e ser ro ta, co rre­
g id a , d e se n g a ñ a d a o su p e ra d a , p a ra p o d e r e x p e rim e n ta r p o r q u é —en
p alab ras d e M o n ta ig n e — «p re c isa m e n te es él eso y p re cisa m en te yo soy
eso».
«¿C ó m o eres tú , lecto ra?» (p. 1 68). E l g ra d u a l d e sc u b rim ie n to del
o tro e n el tú fic tic io , b ajo el sig n o d e u n a p ro gresiva c o m p ro b ac ió n de
los p ro yecto s im a g in a rio s, es el otro tra m o d e u n a in ic ia c ió n q u e d o b la,

242
en el proceso d e la lec tu ra , la p ro p ia in ic ia c ió n . D esde el m o m en to en
el q u e «tú e n traste co m o a través d e u n a e sta n te ría d e lib ro s, com o si la
p le n itu d d e la m a te ria de lec tu ra exigiese la e x isten c ia d e u n a lecto ra»
(p. 1 6 9 ), p asan d o por «el v erd ad ero re trato » q u e p erm ite d e scifrar «su
casa co m o el lu g a r en el q u e tú lees», h a sta la m u tu a «le c tu ra de los
cu erp o s» q u e, a fin d e cu en tas, re c o m ie n d a un g ran lech o com o lu g ar
d e lec tu ras p aralelas (p. 3 1 3 )-.- se v a d esp leg an d o la relació n y o -tú , en
u n a m u tu a ilu m in a c ió n de lec tu ra y v id a , d e e x p erie n cia im a g in a ria y
v iv id a, en el esp acio e n tre el m u n d o e scrito y el no escrito. La p rim e ra
in te rru p c ió n de ia lec tu ra c o m en z a d a d e la n o vela trae el p rim e r en ­
c u e n tro con la d esco n o cid a; «y y a se p o n e so b re la n o vela q u e q u isie ra s
leer, u n a n o vela q u e tú , p o sib lem en te , q u isieras vivir» (p. 3 9 ). La tuerza
d e atrac ció n del lib ro se d u p lic a an te la id ea de no estar y a só lo co m o
lector, si en ese m ism o m o m e n to u n a lecto ra h ojea el m ism o lib ro . U n a
le c tu ra c o m p a rtid a es un d e stin o im a g in a rio co m p artid o , C u a n d o su r­
ge en el lib ro , y el deseo de c o n tin u a c ió n , siem p re fru strad o , p o n e en
m arch a la m ism a causa h a cia lo a u té n tic o , entre sim p les ap ócrifos de
u n a o bra p erd id a, n ace u n a c o m p lic id a d e n tre lecto r y lecto ra, p ara re­
n o var el «p acto d e g en ero sid ad » q u e su o po sitor, H erm es M a ra ñ a , q u i­
so b o rrar en la red d e la m istific a ció n u n iv ersal. B ajo este asp ecto , el
V iaggiatore c o n stitu ye , co m o n ovela de la lec tu ra , tan to su teo ría com o
su a p o lo g ía.
Se o frece a q u í el p la c e r d e la le c tu ra co n h isto ria s q u e a firm a n ,
frente al p o d e r o m n ím o d o d e u n a so la h isto ria u n iv ersal, el d erech o de
n arrar, el derech o d e p o n er el co m ien zo d e m u n d o s p osib les, p a ra ro m ­
p er la fa sc in ac ió n de la m istific a c ió n g en e ra l b a jo la q u e h a c aíd o el
m u n d o a c tu a l. L a b ú sq u e d a d e l lib ro p erd id o en red a al lecto r y a la le c ­
to ra en un n uevo m ico m o n tad o a p a rtir d e e lem en to s gnó stico s: la v i­
sió n d e u n m u n d o to talm e n te acotad o en el q u e lo verd ad ero y ío falso
se h a n h ech o tan in d istin g u ib le s co m o lo in tern o y lo extern o , en el
q u e revo lu ció n y c o n trarrev o lu c ió n lu c h a n con falsificacio n es, en el q u e
el ú ltim o lib ro , re liq u ia d e l pasado , es to d a v ía la m ás costo sa m e rc a n ­
c ía ; por eila lu c h a n los su p erp o d eres, en tre ello s la «O rg a n iz a c ió n del
p o d er A p ó crifo », co n su fu n d ad o r M a ra ñ a , q u ie n no p u ed e im p e d ir su
e scisió n en dos faccion es: «u n a secta d e ilu m in a d o s d irig id o s p o r el a r­
c án g e l d e la luz, y u n a secta d e n ih ilista s b ajo el m an d o del arco n te de
la o sc u rid ad » (p. 2 5 4 ). La v isió n c u lm in a en la ap o ría d e la cen su ra y el
e sp íritu , q u e A rh ad ian P o rp h y ritch , d ire cto r g en eral d el A rch iv o d e la
P o licía d el Estado de Ircan ia (u n a v a ria n te m acab ra d e la B iblioteca de
B a b e l d e B orges, q u e c o n tie n e todos los lib ro s, solo q u e a l serv icio d e la
c e n su ra), p la n tea co n la fó rm u la: «yo creo en el d iálo g o q u e el E S píritu
m a n tie n e in in te rru m p id a m e n te co n sigo m ism o . Y sien to q u e ese d iá lo ­

243
go o cu rre a través de m i m ira d a ; m i m ira d a qu e escru ta estas p ágin as
p ro h ib id as. T am b ién la P O llc ía es E S p íritu , el E Stado, al q u e y o sirv o ,
la C E n su ra, al igu al q u e los texto s co n los q u e se ejerce n u estra a u to ri­
d a d » (p. 2 8 7 ). El círcu lo v icio so , a p a re n te m e n te p erfecto , de la m istifi­
cació n en q u e h a c aíd o la ficció n , es p u e sto , sin e m b arg o , en cu estió n
p o r u n a fu erza in c o n tro la b le y q u e no se p u e d e m a n ip u la r to ta lm e n te:
«e l p lac e r y la c u rio sid a d p o r la le c tu ra », d el q u e gozan tan to los Irca-
nio s p o r la n o ch e, y en el secreto d e las o ficin as vacías, co m o tam b ién
L u d m ilía , q u e viv e le y e n d o lib ro s y q u e h ace al C e n so r la sig u ie n te
co n fesió n : «en la le c tu ra o cu rre a lg o sobre lo q u e no ten go p o d e r», p ues
«su afán p o r la le c tu ra , sie m p re c u rio sa, sie m p re in sa cia b le co n se g u ía
d e sc u b rir verd ad es esco n d id as en las m is ev id en tes falsificacio n es, y fal­
sedades trem en d as en las p alab ras m is v erd ad eras» (p. 2 8 9 ). A sí, en esta
m ito lo g ía p o stm o d e rn a, la p o te n c ia fe m e n in a g a n a la p a rtid a a la p o ­
te n c ia m a sc u lin a , a M a ra ñ a , je fe d e la c o n ju ra c ió n d e los A p ó crifo s, y,
de este m o d o , co m o B eatriz lecto ra,' c o n d u c e al lecto r o rd in a rio , «u n a
esp ecie d e C á n d id o d e nuestro tiempo»'® , al p araíso de la le c tu ra c o m ­
p a rtid a , la le c tu ra de los lib ro s y d e los cuerp o s.
S i b ie n C a iv in o rin d e u n h o m en a je al gén ero fem en in o en la fig u ra
de L u d m illa , y e n ¡as d iez h isto rias rep resen ta las fig u ra s fem en in a s co ­
m o su p e rio re s al su je to m a sc u lin o , sin e m b a rg o , L u d m illa d ebe a n te
to d o su d istin c ió n a su c u a lifica c ió n e stética co m o lecto ra: «¿C ó m o p o ­
d rás se g u ir el paso a esta m u je r q u e sie m p re lee otro lib ro ?» (p. 8 6 ).
S ie m p re e stará p o r d e la n te d e c u a lq u ie r lecto r, al m en os un paso, no
p o rq u e —com o la B eatriz d e D an te— lo sep a to d o , sin o p o rq u e está á v i­
d a d e e x p e rim e n ta r, p o r la le c tu ra , lo q u e no sab e to d a v ía (p. 2 2 2 ).
M ie n tra s q u e el lecto r p asivo es a b so rb id o en el h o rizo n te q u e se estre ­
c h a de las nuevas h isto rias, y nolens volens b u sc a d e scifrar en las figu ras
fic tic ia s d e m u je re s los rasgos d e u n a L u d m illa , la lecto ra d estaca p o r su
c o n d u c ta activ a. S i in te rru m p e la le c tu ra , a c o stu m b ra d a a tran sfo rm ar
su ju ic io so b re lo leíd o en u n a exp ectativ a p o r el p ró x im o lib ro : «p refie­
ro la novelas q u e m e traslad an e n seg u id a a u n m u n d o en el q u e todo es
p reciso , c o n creto y b ien d e fin id o . M e tra n q u iliz a m u ch o sab er q u e las
cosas so n así y no d e o tro m o d o , in c lu so las cosas m ás o rd in a ria s q u e
no m e p arecen en la v id a tan im p o rta n tes» (p. 3 6 ). La id ea, largo tie m ­
po a c a ric ia d a p o r C a iv in o , d e q u e el lecto r m ism o d ebe p a rtic ip a r d e la
su stan c ia d el lib ro , no sólo u lte rio rm e n te en su recep ció n , sin o an tes,
co n su p resen cia en e l acto d e la e sc ritu ra , la h a realizad o no en el lecto r

M Cafvino mismo ha indicado la com paración con Gándído y con Bcatrir.. V er la en­
trevista en P a ts e S e rá (19 junio 1 9 7 9 } ycn : II L avara (15 julio 1979)-

244
an ó n im o , ese p erso n aje p rin c ip a l d e ¡a n ovela en ia se g u n d a p erso n a, s i­
no re alm e n te en la lec to ra q u e le está su b o rd in a d a 15. El h o rizo n te de ex­
p ectativ as d e u n co m ien zo d e n o vela, q u e se c ie rra, se ab re d e nuevo
p ara el lec to r p asivo c u a n d o la le c tu ra activ a p la n te a n uevas e x p ec ta ti­
vas y se so m ete al ju ic io d el au to r aú n d esco n o cid o . C o n ello se v u ln e ­
rarla el «p acto d e g en e ro sid ad », si só lo le q u ed ase al a u to r c u m p lir las
exp ectativas, las n ecesid ad es y los deseos d e L u d m iíla . S e m u estran en
c a d a c o n tin u a c ió n com o alg o qu e se lib e ra , no co m o algo q u e está d a ­
do stricto sensu. A sí co m o el a u to r in c lu y e ia e v en tu al e x p ec ta tiv a de
L u d m illa —co n frecu en cia u n a p o ética in n u c e -, no se d e riv a d e su s p re ­
m isas n i es p rev isib le en q u é clase de n arració n se in je rta la p o é tic a de
L u d m illa , p ara p ro d u c ir u n m o d elo d e estilo suigeneris. En el caso c ita ­
do , Fuera d e l p o b la d o d e M a lb o rk , el m o d e lo arcaico d e u n a sa g a fa m i­
lia r co n o d io s raciales, lu ch as p o r u n a m u ch ach a, d u elo s, sirve d e p re­
texto p ara e x p o n e r u n suceso m o rtal a p a rtir de los d e talles físicos de
u n a g ra n ja p o lac a, in c lu so a p a rtir d e l o lo r ác id o d e un p lato llam ad o
S c h o eb lin tü ja . D e n uevo , un m o d elo d e gén ero y a d esg astad o se e n n o ­
blece m e d ia n te los p ro ce d im ien to s d escrip tiv o s m ás su tiles, y se c o n si­
g u e la sim b io sis de u n c lich é y u n a p ercep ció n e stética co m o y a h ab ía­
m os e n co n trad o en el p rim e r co m ien zo d e la novela.
T ai sim b io sis de a lta c u ltu ra y c u ltu ra d e m asas es u n a c a ra c te rísti­
ca d e la e stética p o stm o d e rn a , y ju stific a la ú ltim a fase d e la c u ltu ra
m u sical in tro d u c id a p o r la «rev o lu c ió n d e los m ed io s». C o n el triu n fo
d e las técn icas de rep ro d u cció n h a ten id o lu g a r un g iro desd e ia a n tig u a
c u ltu ra m u sical, m o n o c é n trica , a u n a n ueva, p o licé n tric a , en la q u e «la
in te rp en etrac ió n d e m ú sic a folk, m ú sica p o p (u ía r) y m ú sica artístic a »,
so b rep asa to d o lo q u e h asta ah o ra en la tra d ició n m u sical eu ro p ea no
e ra d esco n o cid o , pero sí m a rg in a l (co m o p.e. la in te g ra ció n d el fo lk lo re
en la m ú sic a c iásica v ien esa o la reelab o ració n d e viejas m ú sicas co m o
en L iszt o Strawtnski)™ A lg o p arecid o o cu rre en lite ra tu ra con la in ter-
te x tu a iid a d en las o bras p o stm o d ern as. H a y u n a n ueva a c titu d de d e ­
se n v o ltu ra frente a c u a lq u ie r tra d ic ió n , a la q u e se d e sm o n ta , pero ta m ­
b ién se ren u ev a m e d ia n te la c ita , la p a ro d ia , el «tra v e srim ie n to », etc.
(Palimpsestes d e G en ette, L a littérature a u second degré, 1 9 8 2 ), no co m o
algo esp ecífico de la ép o ca, sin o c u a n d o en ¡a ficció n d e las obras post-

Según una entrevista en U om ini c L ibñ (febrero 19 8 0 ): «Es esta una idea mía -u n a
idea que he tenido siempre—, que el lector participe de la sustancia del libro...Q uiero de­
cir que el lector esté ya presente en et acto de escribir*.
* M e refiero aquí a la mesa redonda «Interpenetración de música foík, pop(ular) y
artística en el siglo XX*, en el Congreso Inrernacional de Musicología de Bolonia (27-8 a
1 -9 -1 9 8 7 ).

245
m o d ern as el p rin c ip io o p erativ o recon o ce q u e la in te ra c ció n d e d isc u r­
sos an te s sep arad o s p o s ib ilita la a p ro p ia c ió n d e u n m u n d o . C a lv in o ,
q u e u tiliz a d el m o d o m is co n secu en te este p rin c ip io en su o b ra, resu l­
tado d e la c o m b in a ció n d e d iez co m ien zo s d e n o vela, no ha q u e rid o ,
co n razón , h a ce r p astich es o p aro d ias d e m o d o in te n c io n a d o . Se trata
m ás b ie n d e o tros tan to s «tip o s d e fa sc in a c ió n n arra tiv a » so b re o tras
tan tas «ac titu d e s fren te al m u n d o »11. T o d as estas h isto rias, m ás o m en os
cerrad as, pero siem p re in te rru m p id a s a n te u n a salid a am e n azad o ra, p o ­
seen u n a situ a c ió n fu n d a m e n ta l co m ú ri, q u e se a p re cia m u y b ien en el
c o m en tario retro sp ectivo d e la se g u n d a h isto ria : «d e rep en te esta nove­
la, tan d e n sa m e n te e n tre te jid a d e sen sacio n es, se ab re con u n a p ro fu n ­
d a g rie ta ; ap arecen ab ism o s sin fo n d o , com o si la p reten sió n d e exp re­
sa r ta p le n itu d d e la v id a d e scu b riese el v acío q u e h a y d e b ajo » (p . 5 2 ).
E1 p lacer d e la lec tu ra p o r el q u e ap o sta b a la lecto ra a c tiv a en sus expec­
tativ as, se tran sfo rm a en el lec to r pasivo en u n a ren ovad a fascin ació n
p o r la a n g u stia , la a n g u stia an te la m u e rte d el su jeto , d el m u n d o sin yo.
L u d m ilia e stá in m u n iz a d a a n te tal a n g u stia , p o rq u e no se c o n fo rm a
co n el m u n d o com o es, co m o h ace el lector, sin o q u e siem p re desea,
tras cad a le c tu ra , p o n er a p ru e b a o tras n ecesid ad es, in c lu ir en el lib ro el
m u n d o n o e scrito y p e rc ib ir o tras voces q u e c o rresp o n d an a o tro yo . La
p o ética d e L u d m ilia co n trap esa la m u e rte d el su jeto . H ace q u e el lecto r
reconozca: «¿q u ié n se atrev ería a c o n d e n a rte p o r la p érd id a d el tú?, u n a
catástro fe tan terrib le co m o la p é rd id a d el y o ...» (p. 175)-
Se n ec e sitaría llev ar acabo un a n á lisis d e ta lla d o , a q u í im p o sib le, p a­
ra d a r c u e n ta d e las ap ro p iac io n e s m u tu a s d e los d iscursos ficticio s en
los re fin am ie n to s y atrev id as sim b io sis e stilístic a s d e ia novela fractu ra­
d a en los d iez «in c ip its». O b serv em o s so la m e n te q u e C a lv in o , respon­
d ien d o a su s crític o s, h a caracterizad o co m o sig u e los d iez «tip o s d e fas­
c in ac ió n n a rra tiv a » '2. C o rre sp o n d e n a la p o é tic a d e L u d m ilia y están

31 En ía entrevista en el Pacse Sera (1 9 julio Í 9 79): «Son elecciones que se concretan


en tipos y novelas diversas: este libro mío contiene diez comienzos de novela que se co­
rresponden con otros tantos tipos de fascinación narrativa, de atracción por lina historia
a la cual quiere uno abandonarse. Cada uno corresponde a otras tantas actitudes frente al
mundo».
u Ibíd.: «En una de las novelas, la realidad se esfuma com o una niebla. En otra, por
su parre, rodo es extraordinariam ente preciso, corpóreo» sensual- En una tercera hay u n í
tensión existencia! proyectada hacia la historia, hacia la política y la acción. En otra, to ­
davía» hay un cinismo brutal, en otra un sentim iento de malestar y angustia. H ay la no­
vela erótito-perversa, la telúrico-prim ordial. He intentado también la novela apocalípti-
ca., g én ero lite ra rio h o y d fa m u y fre c u e n ta d o : un ap o calip sis que acaba con un
reencuentro con el m undo, con la esperanza de que el m undo continúe. Y así se cierra el
círculo» (jfaíta la n° VII!}.

246
co n ceb id o s d e m o d o c o n tr a sta n te , c o m o si el a p a c ig u a m ie n to d e un a
n ecesid ad en la lec tu ra d e sen cad en ase o tra n u ev a. C o n relació n a la p ri­
m era p areja de o p u esto s, d e la q u e y a h em os h a b la d o , en (I) «d esap are­
ce la re alid a d co m o en la n ie b la », en (II) «el m u n d o d e las cosas se hace
e x tra o rd in a ria m e n te p reciso , co rp ó reo , sen sib le». En (III) «d o m in a ia
in tro sp ecció n y Sa in tro v ersió n »: el sen sib le e sc rito r de d iario s en un a
p la y a n ó rd ic a reco n o ce en el o rd en p erfecto d el u n iv erso u n a g rie ta
irre m e d iab le : «el m u n d o se d e sm o ro n a e in te n ta a rrastrarm e en su c a í­
d a» (p. 7 7 ). En (IV ) «el y o recu p era el atractiv o p o r la h isto ria, la p o lí­
tica, la ac ció n »: «e l se n tim ie n to d e v iv ir u n a rev o lu ció n sin n o m b re, sin
fo rm a ... q u e su p rim a la u n ió n p o d e ro sa d e los c u e rp o s y los sexos»
(pp . 8 7 -1 0 6 ), en salza ia cró n ic a d e la rev o lu ció n p o lític a y su cu m b e en
los ritu ales de E r o s y Thanatos. En (V ) ei c laro c in ism o d e u n a h isto ria
d e lad ro n es resp o nd e al deseo d e a m o n to n a r h isto rias sin q u erer im p o ­
n erte u n a co n cep ció n d el m u n d o » (p, 1 1 1 ), m ien tras q u e en (V I) un
«su b su elo de m ied o s o cu lto s» se le p resen tan a un profesor d e C a lifo r­
n ia, q u e se eje rc ita en su carrera m a ñ a n e ra , q u e cree ser p ersig u id o por
lla m a d a s tele fó n ic a s (p. 1 5 3 ). En (V II), p o r ei c o n tra rio , «to d o s los
m iste rio s y tem o res so n c o n tro la d o s p o r u n e n te n d im ie n to p reciso »
(p. 1 8 7 ), ei c u a l, e n tre ta n to , cae en los reflejos la b e rín tico s de] m u n d o
de los n eg o cio s (u n a re p o sic ió n d e l tea tro p o lid íp tic o d e A th a n a siu s
K irch er). L uego se o p o n e la fascin ació n «eró tica y perversa» (V III) a la
«o rig in al y lite ra ria » (IX ); la p rim e ra en un escen ario d el lejan o este,
p ara c o n seg u ir un atisbo d e tran sp are n c ia en «u n o villo d e relacio nes
h u m an a s q u e no p u ed en ser m ás o scuras, crueles y perversas» (p. 2 3 1 );
ia se g u n d a, en el escen ario su d a m e rica n o de C ien años de soledad (con
un h o m en aje a G arcía M á rq u e z en la fig u ra d e A m a ra n ta , c ita d a en ia
p. 3 0 0 ), p ara, tras un rep erto rio d e b ú sq u e d a d e la m ad re, u tiliza c ió n
d e u n d o b le y realizació n de u n d u e lo , c u m p iir, an te ia fosa d e L u d m i­
lla , su d e se o d e s e n tir « u n a fu e rza e le m e n ta l, p r im ig e n ia , te lú r ic a »
(p. 2 5 9 ).
D el d écim o y ú ltim o co m ien zo d e novela espera L u d m illa q u e le
d é a u n o «la sen sació n d el m u n d o desp ués d el fin d el m u n d o , la sen sa­
c ió n d e q u e el m u n d o sea el fin al de to d o lo q u e h ay en el m u n d o y
qu e lo ú n ico q u e h a y en el m u n d o sea el fin d el m u n d o » (p. 2 3 9 ). El
a p o calip sis tien e lu g a r e n ia P erspectiva N e w sk ij, d e la q u e van d esap a­
recien d o sus e le m e n to s q u e no m erecen ia e x isten c ia, para en c o n tra r fi­
n a lm en te a F ran zisk a, la ú ltim a fig u ra im a g in a ria de la lecto ra, co n ia
q u e resurge ia esp eranza d e q u e el m u n d o , re d u c id o a u n a h o ja d e p a­
p el (¿re m in isce n cia de M a lla rm é ?) p u e d a reaparecer. L a refu tació n d e ia
fascin ació n ap o c a líp tic a d el seg u n d o m ilen io q u e se e x tin g u e no es s im ­
p le o p tim ism o , sin o q u e se basa en Ja d ia lé c tic a d e C a iv in o en tre m u n ­

247
do escrito y no escrito . P ues !a e x p ec tativ a d e q u e el m u n d o sea el fin al
de to d o lo q u e h a y en el m u n d o , p u e d e, en tan to q u e su fin y a escrito ,
tra e r sólo la ap arien cia, d e k e x tin c ió n d e su s p o sib ilid a d es en tan to q u e
no escrito . P or eso sig u e a la a p o c a líp tic a re d u cció n d e la m u ltip lic id a d
u n fin al qu e n o p u e d e ser to d o lo q u e en el m u n d o hay, n i u n a se g u n d a
co d a, la q u e p ro p o rc io n a a la m u ltip lic id a d d e su d iscu rso fic tic io un
se n tid o in esp erad o , p o ético.
El c a p ítu lo XI h ace q u e el v ia je q u e ese C a n d id e red iv iv o h a re a li­
zad o d e u n lib ro a o tro p or todo eí m u n d o , acabe en u n a g ran b ib lio te ­
ca. A llí, de la m ism a m a n e ra qu e en las novelas p o licíacas d e A g ath a
C h ris tie , e n u n a ú ltim a escen a, H ércu les P o iro t reú n e a todos los im ­
p lic ad o s p a ra le v a n ta r el ú ltim o v elo d e l m iste rio y d e se n m a sc a ra r al
asesin o , se reú n en todos los lecto res p a ra h a b la r del m iste rio d el lib ro 13.
S in em b arg o , n o v uelv en las fig u ras d e lectores d e! Viaggiatore: n i L ot-
h aria, la h erm a n a d e L u d m illa , c o n tra fig u ra sa tíric a de ia c rític a id eo ló ­
g ic a d e la lec tu ra , d o m in a n te en los añ o s se ten ta , ni Irn ero, el q u e no
lee, p o r !a p asió n d e q u erer e x p e rim e n ta r có m o n u estro m u n d o , lleno
d e e sc ritu ra , p u e d e p arecer a l q u e n o h a a p re n d id o a leer {p. 5 9 ), ni
U zzi-T uzzi, p ro feso r d e lite ra tu ra c im e ria q u ie n sólo se in teresa p o r el
le n g u a je m u d o d e los m u erto s, ni D o n C a v e d a g n a , el factó tu m d e la
e d ic ió n , q u e h a leíd o todo co n el se n tim ie n to n o stálg ico d e no p o d er
y a leer co m o en o tro tie m p o c u a n d o era n iñ o y se e sco n d ía en el g a lli­
nero p ara ler, n i H erm es M a r a ñ a , q u ie n , co m o g en io m a lig n o d e la
m is tific a c ió n , se b u rla d e to d a le c tu r a a u t é n t ic a , n i S ila s F la n n e ry ,
q u ie n no p u d e e sc rib ir su ú n ic o y v erd ad ero lib ro p o rq u e su lec to ra
id eal sólo p u e d e am arte co m o au to r, co m o e sc ritu ra im p e rso n a l, y no
c o m o p erso n a.
En ia b ib lio te c a d el c a p ítu lo X I e stá n , com o rep resen tan tes d e los
in ag o tab le s m o d o s d e lec tu ra en u n ú ltim o A le p h , siete tip o s d e le c to ­
res q u e no fig u ran en la novela m ism a. M a n tie n e n Un d iá lo g o p la tó n i­
co so b re la lec tu ra , en el c u al co n ced en a l lecto r d el V iaggiatore el p apel
m ás h u m ild e , la m e n tá n d o se d e q u e «h o y d ía en el m u n d o só lo h ay h is­
to r ia s q u e p e r m a n e c e n e n s u s p e n s o o se p ie r d e n p o r el c a m in o »
(p. 3 1 0 ). H a b ié n d o se le o b ligad o a d a r tin títu lo a u n a h isto ria ap ócrifa
de las M i l y u n a N oches (el p red eceso r d el Viaggiatore), e n c u e n tra , con
este paso q u e d a en el c a m in o d e la m ad u rez, u n a cu estió n d e trascen ­
d e n c ia so rp re n d en te. P ues al p o n e r ju n to s ios títu lo s p o r los q u e ha

11 Acerca del capítulo XI, observa C alvino (entrevista, nota 19), que había rechazado
Sa prim era solución detectivesca (según la cual Flannety buscaba en las M il y una n a ch a
la clave del libro, en d círculo de todos ios personajes implicados) por «demasiado mecá­
nica», y la había sustituido por un «diálogo platónica sobre la lectura en cuanto sai..

248
b u scad o in ú tilm e n te en la b ib lio te c a los co m ien zo s in co nexo s de la no­
vela d iez veces in te rru m p id a , o cu rre q u e ap arece u n se n tid o con exo , al
ig u a l q u e en el esq u em a líric o , c u a n d o Sos e jem p lo s p aralelo s se a c u m u ­
lan , c erran d o la estrofa final:

S i u n a n o c h e d e in v ie rn o un v ia je ro
h ie ra d el p o b la d o d e M a lb o rk
a so m á n d o s e d esd e la a b ru p ta co sta
sin te m o r al v ie n to y ai v é rtig o
m ira h acia a b a jo d o n d e la so m b ra es d en sa
en u n a red d e lín eas q u e se e n tre laz an
so b re la a lfo m b ra d e h o ja s ilu m in a d a s p o r la lu n a
en to r n o a u n a fo sa vacía:
¿C u á ! h is to ria esp era sin fin allá ab ajo ?
p re g u n ta , a n sio so , al re la to .

El p o em a co m p u esto por los títu lo s, al in tegrarse en serie los p ro sai­


cos d iscursos ficticio s, te rm in a con u n a in terro g ació n . Se c o n tin ú a en lias
lectu ras p aralelas - d e los lib ro s y de los cuerpos—q u e sobre el fin al c lási­
co d e la n o vela les está p erm itid o a la p areja u n id a d el lector y la lectora.
A la a n tig u a «sen sación d el m u n d o d espués d eí fin al d el m u n d o » sigue
la n ueva sen sació n d e un nuevo co m ien zo d el m u n d o , siem p re p osib le.
El verd ad ero m isterio de un lib ro - e s a es la ú ltim a p alab ra d e C aiv ín o
sobre la f ic c ió n - no rad ic a en su fin al, sin o en su p rin c ip io ” .

V II
P ostdata

En su Nachm etaphysisches D e n k e n (F ran k fü rt 1 9 8 8 ), y, en un a refle­


xió n sobre «Filosofía y c ie n cia com o literatu ra», h a in clu id o Jü rg e n H a-
b erm as a Italo C alv in o , y se h a referido a m i interp retació n (p. 2 8 1 ). C o ­
m o am b as in te rp re ta c io n e s su p o n en u n in te rc a m b io d e id eas, m e ha
p arecido co n venien te añ ad ir algo a esa «excursión filosófica en la teoría
d e la literatu ra». N o p uedo m enos q u e d eclararm e con form e con la c ríti­
c a d e H ab erm as a la ex p u lsió n furio sa d e todas las c o n n o tacio n es del

” «El m isterio de un libro no está en su final sino en su principio», fórm ula tomada
del cexTo: C óm o h e escrito uno d i m is libros-, redactado por C alvino para un Sem inario de
A* G , G rd m as (Actes Sém iotiques, D ocum ents, VI, 5 1. 19 8 4 ). Según mi entender es un
juego irónico con el sistema semiótico de aerantes, qoe no añade nada al complejo senti­
do del V htggiafore a no ser su traducción a un meta-discurso. N o obstante, dejo con gus­
to la paJabra a semiódeos más competentes.

249
con cep to de su jeto , a la b ip o statizació n del len g u aje com o d estin o época]
del ser y a la d ifu m in ac ió n d e fronteras entre lógica y retórica, entre d is­
curso serio y ficticio, q u e en el v értigo d e ¡os sign ifican tes y los discursos
an ó n im o s se so m etería a la fuerza d el hech o tex tu al gen eral, ad m in istrad o
in d istin tam e n te por pensadores y poetas. Si es cierto q u e este con textua-
lism o rad ical se ap o ya m ás en exp erien cias estáticas q u e en a rg u m en tacio ­
nes filosóficas (p. 2 4 7 ), ento nces tal o pin ió n m an ten id a precisam en te por
C aiv in o , se an o taría m ás a la cu en ta de H ab erm as q u e a la posición co n ­
tra ria . S eg ú n m i e n te n d e r, C a iv in o , con su in te n to d e «in co rp o ra r la
ap ro p iació n de la lite ratu ra p o r ei lector a ia literatu ra m ism a» (p. 2 5 2 ),
in tro d u ce al lector d el Viaggiatore sólo en ese con tex tu alism o p ara sacarle
d e las tram p as d e l c o n te x tu a lism o m ism o , p re cisam en te m e d ia n te un
p lan team ie n to , en la lín ea d e la teo ría de la co m u n icació n , q u e expone
las relaciones q u e se d an entre autor, lecto r q u e lee, lector leído y lectora.
La o p in ió n d e H ab erm as se expresa en los térm in o s siguien tes: «C aiv in o
so stien e q u e en 1a praxis lite raria las fronteras entre ficción y realid ad no
son m ás q u e u n a ap arien cia, u n a d iferen cia p ro d u c id a por el texto m is­
m o, siendo este texto (com o c u a lq u ie r otro) un fragm ento d e un texto ge­
neral, d e u n prototexto q u e no conoce fronteras p o rque p rescin d e de las
d im ensio n es q u e hacen posible tal d e lim ita ció n , el espacio y el tiem p o »
(p. 2 5 2 ). Pero tal o p in ió n a c e rta ría en el caso d e M aran a/ D errid a (p.
2 5 5 ), pero no se ap licaría al m o v im ien to de la estética p o stm o d ern a que
representa C a iv in o , sig u ien d o la c u a l L u d m illa g an a la apuesta.
N o sólo en los personajes de ficció n, sino tam b ié n en las posturas
teóricas m an ten id as p or C aiv in o en la novela, el co n tex tu alism o radical
es p uesto en cuestió n y ab an d o n ad o . L a q u im era de un texto gen eral al
q u e se rem iten ios diez fragm en to s novelescos d e S ilas F lannery, n o se
m an tie n e, puesto qu e se o p o n d ría la p o te n c ialid ad de com ienzos siem pre
nuevos a ese «prototexto» postu lad o . T am b ién se opone a ello la d ia lé c ti­
ca c alv in ian a d el m o n d o scritlo/m ondo non scritto: En la novela de C a iv i­
no, la fro n tera entre ficción y realid ad no es m era ap arien cia, p o rque su
d iferen cia está siend o tem atizad a co n tin u am en te . La ficción del Viaggia­
tore, q u eb rad a en sí m ism a, en la qu e, com o h e m ostrado a pro pó sito del
p rim er c ap ítu lo , tiene lu g a r an te los ojos d el lecto r la escritu ra d e la reali­
d ad no escrita, y en la q u e la ficción com o h o rizo n te m u n d a n o en cu en tra
siem p re la resistencia d el «m u n d o d e la v id a», qu e la rodea com o h o ri­
zonte d istin to ... im p id e qu e el «lecto r q u e lee» se d isu elv a en la ficción
d eí «lecto r leíd o ». La h ip ó stasis d el len g u aje com o lib ro q u e se escribe a sí
m ism o (p. 2 5 4 ) es rechazada por C aiv in o m e d ian te la tesis opuesta: «yo
leo, luego se escribe». El m u n d o escrito sólo p u ed e lleg ar a la escritu ra
com o m u n d o leíd o . El acto d e lec tu ra descub re, m ed ían te lo escrito, la
le g ib ilid a d m ú ltip le d el m u n d o en los h o rizo n tes siem p re d istin to s de

250
u n a h isto ria q u e com ien za. L a exp erien cia del lector, q u e así se va a m ­
p lian d o de h orizon te en h orizon te, no p ued e su cu m b ir a la ley in h eren te
a toda ficció n (p. 2 5 9 ), si su á m b ito d e in flu en cia tien e lu g ar m ed ian te la
operación de ap ertu ra del m u n d o q u e se realiza en el texto m ism o.
C ie rto qu e C alv in o expone en la novela m ism a lo q u e q u iere m o strar
con ia novela Qen qu é otro sitio p o d ría ser?): «la tran sició n de la novela a
la v id a, la esc en ificac ió n d e la v id a co m o lec tu ra. C a lv in o describe en
L u d m illa a la p ersona c u ya v id a es lec tu ra» (p. 2 5 9 ). S in em b arg o , es
tam b ién L u d m illa la p erso na en la q u e, y por la qu e, se realiza el proceso
de ap ren d izaje del lector: un lector in g en u o , q u ie n , siendo al p rin cip io
sólo u n a hoja no escrita, tien e qu e lle n a r cad a vez m ás sus vacíos m e d ian ­
te la do ble exp erien cia de la vid a d ia ria y de la q u e excede a sus fronteras,
y p ued e hacerlo gracias a la ap ro p iació n m u tu a del discurso ficticio q u e le
abren los horizontes m u nd an o s del otro en lugares q u e van de Italia a Po­
lo n ia, y de C alifo rn ia y S u d a m é ric a h asta C h in a y L en ingrad o . Esta auto -
escen ificación m u tu a de lector y lectora es un g en u in o proceso d e c o m u ­
n icació n , y tan to m ás c u an to qu e no p erm an ece en el h orizon te cerrado
d e un «m u n d o de la vid a» lim itad o a la lib rería, la e d ito rial, la u n iv ersi­
dad y el lecho m atrim o n ial de lectu ra, sin o q u e la recepción del discurso
ficticio d el texto dice Cosas sobre m u n d o s actu ales y pasados más allá del
texto. Las diez lecturas en las q u e se enred an el lecto r y la lectora en su
b úsq ued a del otro no acep tan sim p lem en te los géneros desgastados de la
lite ra tu ra de m asas p ara in d u c irlo s a u n c o n s u m o gozoso y lib erad o r.
A p arecen en el Vtagziatore m ás bien com o p rem io s seductores para reco­
brar, m ed ian te su fascin ació n n arrativa, la alta c u ltu ra y la reflexión esté­
tica. Por eso p uede verse aq u í tam b ién el lector real «in d u c id o a un a c ríti­
ca, cuyas preten sion es de valid ez ju e g an en el in te rio r del texto m ism o»
(p. 2 6 2 ). C ie rta m e n te q u e un texto de ficció n no p u ed e p reten d er la
«m ism a fuerza o b ligan te» q u e un texto filosófico o religioso (p. 2 6 2 ). Sin
em b argo , ¿habrá qu e d ed ucirse d e a h í ¡a co n clu sió n q u e saca H aberm as
d e q u e «la relación in te rn a en tre la sign ificació n y el v alo r de lo dicho,
p erm an ece in tacto sólo p ara las figuras novelescas, p ara las terceras perso­
nas o para las segun das personas tran sform ad as en u n a tercera (el lector
rep resentado ), pero no p ara las personas reales»? (p. 2 6 1 ).
¿N o h a ab ierto C a lv in o el esp acio d e ju e g o en tre lecto r ley e n te y
lec to r leíd o p re c isa m e n te p ara h a ce r q u e el ju ic io e stético tie n d a un
p u e n te en tre sig n ific ac ió n e stética y v alo r m o ral? ¿N o p u ed e p reten d er
el ju ic io estético n in g ú n o tro tip o d e valo r p o rq u e p resup o n e la e sp o n ­
tan e id ad d e la c o m p ren sió n e stética d el sen tid o ? ¿Y no sería qu izás la
e scen ificació n d e la v id a co m o lec tu ra, so b re la q u e tie n e lu g a r el ju ic io
estético en la n o vela de C a lv in o , u n aprecsable in stru m e n to p ara u n a
teo ría de la acció n c o m u n ic ativ a?

251

You might also like