Professional Documents
Culture Documents
JAUSS Hans Robert - Las Transformaciones de Lo Moderno Estudios Sobre Las Etapas de La Modernidad Estetica
JAUSS Hans Robert - Las Transformaciones de Lo Moderno Estudios Sobre Las Etapas de La Modernidad Estetica
Las transformaciones
de lo moderno
Estudios sobre las etapas
de la m odernidad estética
La balsa de la Medusa, 76
C o le cc ió n d irig id a por
V alerian o Bozal
Prólogo ....................................................................................................... 11
3. L a a r q u e o lo g ía d e la m o d e r n id a d d e je a n S ta r o b in s k i ... 93
9
Prólogo
l.n c r G T u r v t'ti'h sih ff ¿ h P r i'r fik ,n i» ': . I n n k h j r u i ' ’""*!, c;ip 1 |r r;i<_] i.im . tic hm n
( « t v ió (. u ^ r n : ¡.A IxtvraUn-a cn>7¡o rrovni'/iru'--’ -;. í >t*n ín *-u í:i. í
1l
c ie n c ia e n la a lte rid a d de su m a n ife s ta c ió n h is t ó ric a , y c o n d i n p e rd ie se
su e x c lu s iv o c a rá c te r m o d é lic o , c u a lq u ie r o b ra v c u a lq u ie r é p o c a a r t ís ti
ca d e l p a sa d o p u d o ser c o n s id e ra d a c o m o "c lá s ic a " v e je m p la r p ara un
id e a l de fo r m a c ió n esté tica, en la m e d id a en la q u e era capa?, d e u n if ic a r
urr ju ic io esté tico: la d is o lu c ió n d e la t r a d ic ió n c a n ó n ic a d e la a n t ig ü e
d a d fu e ei p r e c io d e la lib e r a c ió n de la e x p e rie n c ia esté tica a u t ó n o m a v
d e la - a p a r t ir d e S c h le ie r m a c h e r — h e r m e n é u tic a universal-'. A la re c e p
c ió n lib e ra d a d e l a rte d e l p a sa d o c o r r e s p o n d e ¡a p r o d u c c ió n lib e ra d a
d e l arte d e l presente. F.ncra así el arte n o s ó lo en el p ro c e s o g e n e ra l de
m o d e r n iz a c ió n s o c ia l - e l c a m b io d e la e x p e rie n c ia d e l « m u n d o d e la v i
d a ” q u e va p o r d e la n te de c u a lq u ie r e x p e cta tiv a , e n la p ro g re s iv a re v o
lu c ió n i n d u s t r ia l- s in o q u e se p o n e al fre n te del m o v im ie n t o a c e le ra d o
de la é p o c a . E l p ro c e s o e s té tic o d e ¡a m o d e r n id a d d is c u rre b a jo el p r i n
c ip io de u n p ro g re s iv o a c o r t a m ie n t o d e l t ie m p o de valide/, de las ép o ca s
a rtís tic a s , lo s e s tilo s y las escuelas. E s u n p ro c e s o en el q u e el arre se se
pa ra de s í m is m o c o n t in u a m e n t e , en el q u e la p r e t e n s ió n de la n o v e d a d
s u c u m b e a u n a p u ja p e rm a n e n te , y en el q u e la e sté tica d e la n o v e d a d
d e s c u b re lo b e llo t r a n s it o r io fre n te a lo b e llo e te rn o , y, s in e m b a rg o , c a
da m o d e r n id a d p r o c la m a d a se c o n v i e r t e in e v it a b le m e n t e en
a n tig ü e d a d .
L a m o d e r n id a d e sté tica v u e lta s o b re s í m is m a tie n e c o m o c o n s e
c u e n c ia q u e las d is ta n c ia s te m p o ra le s se re d u c e n a g e n e ra c io n e s , d é c a
das, año s, en u n r á p id o c a m b io de lo n u e v o en v ie jo , y las v a n g u a rd ia s
d ire c to ra s a p a re ce n p r im e r o s u c e s iv a m e n te , y lu e g o in c lu s o s im u lt á n e a
m e n te . A s í p u d o d e c irs e d e l t ie m p o p o s t e r io r al r o m a n t ic is m o ( ú lt im o
p e r ío d o e n q u e h u b o u n a c o n c ie n c ia d e é p o c a q u e a b a rc a b a to d as las
artes): «lo q u e d ife r e n c ia ei arte de la m o d e r n id a d de to d as las ép o ca s
p re c e d e n te s es la p é r d id a d e u n a u n id a d e p o c a l» 1. L a c r ít ic a a c tu a l a la
m o d e r n id a d e sté tica a p u n ta a ese p a ro x is m o ; c o n la c re c ie n te c o n d e n
s a c ió n d e in n o v a c io n e s , a u m e n ta e n ig u a l m e d id a la v e lo c id a d d e e n v e
je c im ie n t o ; la « p r o d u c c ió n v a n g u a r d is t a p r o d u c e c o n s t a n t e m e n t e lo
q u e q u is ie r a sup e rar, a saber, el p asad o»; n o s ó lo cre a fu t u r o m e d ia n te
e l a rte s in o c re c ie n te « m u s e iz a c ió n » y, pese a t o d o , a b a n d o n o d e l «ca
rá c te r d e o b lig a c ió n de lo n u e v o » 4.
12
A esta re cie n te Querella de antiguos y m odernos , en rre c rític o s v' a p o lo
gistas, q u e e q u ip a ra b a la m o d e r n id a d c o n ia é p o c a d e la ilu s t r a c ió n , d e d i
q u é la c o n t in u a c ió n de m i re fle x ió n h is t ó r ic a ’ . Se c o n c re tó en m i a p o rta
c ió n aí X f ¡ C o lo q u io s o b re P o ética y h e r m e n é u tic a , r e x p lic a b a el
p ro b le m a h e r m e n é u tic a d e la p e r c e p c ió n de los c o m ie n z o s h is tó ric o s - l a
d ife r e n c ia e n tre u m b r a l de é p o c a y c o n c ie n c ia de é p o c a - en c o n e x ió n
c o n la re fle x ió n h is tó ric a de R e in h a r r K o s e ile c k , para q u ie n la c o n d ic ió n
fu n d a m e n ta l de la e x p e rie n c ia h is tó ric a y de la c o m p r e n s ió n re c o n s tru c
t iv a rad ica en la asim e tría e n rre e x p e cta tiv a v e x p e rie n c ia 1’. L e c o r r e s p o n
d e así a la e x p e rie n c ia estética el p ap el de « ad elantad o .', v eso n o s ó lo en
la m o d e rn id a d : los c o n c e p to s epocates —c o m o “ E d a d M e d ia » v « R e n a c i
m ie n t o — R ie ro n e s ta b le cid o s en p r im e r té r m in o c o m o c o n c e p to s más o
m e n o s lite ra rio s v estéticos, antes cíe ser re elab o rad o s en s e n tid o m ás ge
neral y c ie n t ífic o en u n la rg o p roceso. C o n el a c o n t e c im ie n to d e 1 7 8 9 y
sus c o n s e c u e n c ia s, apenas es p e rc e p tib le la d is c re p a n c ia en tre e s p a cio ce
rra d o de e x p e rie n c ia y h o r iz o n te a b ie rto de expectativa: ta n to el p ro ce so
e c o n ó m ic o - p o lít ic o c o m o ei es té tic o ca e n en el r e m o lin o de u n a p e n
d ie n te acelerada. N o o b sta n te, sigu e e s ta n d o esa e x p e rie n c ia te m p o ra l c
h is tó ric a , e s p e c ífic a m e n te rom anizada p o r ias artes, b a jo el p r in c ip io d e la
fo r m a c ió n re tro sp e ctiva de épocas: la s ig n ific a c ió n v tra sc e n d e n c ia de u n
suceso n o se d e d u c e de su tra n s ic ió n de lo a n tig u o a lo n u e v o , s in o sólo
- v e.s m u y d is t in t o — de a q u e llo q u e c o n s titu y e su c o n s e c u e n c ia .
L o q u e R o u s s e a u d ia g n o s t ic ó en t o r n o a 1 7 5 0 en sus d o s p rim e ro s
D is c u r s o s c o m o a lie n a c ió n fu n d a m e n ta l de la v id a s o c ia l, s ó lo se re co
n o c e re tro s p e c tiv a m e n te d e sd e la p o s ic ió n de A d o r n o , d e m a n e ra q u e
la D ia lé c t ic a d e ia I lu s tr a c ió n se a n t ic ip a in c lu s o a la fase p r e r r e v o lu c io -
n a ria , y d e sd e e n to n c e s d e t e r m in a la c o m p r e n s ió n m u n d a n a de la m o
d e r n id a d . N o s o n los c o n t e m p o r á n e o s de B a u d e la ir e , s in o M a ila r m é y
V a lé ry , d e u n a g e n e r a c ió n p o s te r io r , lo s q u e r e c o n o c ie r o n q u e su re
n u n c ia a lo r o m á n t ic o fu n d a b a u n a n u e v a é p o c a d e lo m o d e r n o , p ro -
13
d u cto de su su brayad o am in atu ralism o . T am b ién p erm an eció o cu lto a los
m ás agudo s con tem po rán eo s ía aportación estética d e las van gu ard ias en
ro m o a 1912, Jam es Jo yce, V irg in ia W oolf, Ezra Pound y M arcel Proust,
con su nuevo u m b ral d e exp erien cia, cosa d e la q u e sólo hubo con ciencia
cu an d o en la m u ltip licid a d heterogénea de escuelas co m petitivas y en el
paroxism o d e m an ifiestos ráp id am en te envejecidos, apareció retrospectiva
m e n te la u n id a d epocai d e u n a m o d ern id ad «clásica»; y la articu lació n de
esa. n ueva con ciencia d e épo ca ocurre desde la posición post m oderna.
S i h a d e entenderse el arte d e la m o d e rn id ad d espués d el ro m an ticis
m o co m o u n a ép o ca en el sen tid o d eí e sp íritu objetivo h eg elian o , esta
p érd id a de u n id a d epocal no exclu ye d e n in g u n a m an era q u e el horizonte
de exp erien cia de n uestra m o d ern id ad se rem o n te a d eterm in ad as épocas
d e l pasado y q u ed e co n d icio n ad o p or su exp erien cia, ia cual se a rticu la en
las artes en um brales b ien m arcad o s, de m an era qu e la auto co m p ren sión
de c ad a nuevo p erio d o n ecesita u n a reflexión retrospectiva. Si el p rincipio
de n u estra m o d ern id ad se fijó a m ed iad os d el siglo XVIII, en la revolución
estética d el ro m an ticism o , en la d écad a p osterio r a 1848 (las tres cesuras
q u e corresponden a la época «a caballo» d e K oselieck) y, fin alm en te, en
los años previos a ía p rim era g u e rra m u n d ia l, tales d esp lazam ien tos en el
horizon te ab ierto de la m o d ern id ad no so n c iertam en te posturas arb itra
rias, sino hallazgo s históricos. Exigen ser recon struido s en la relación her
m e n éu tic a d e u m b ral d e épo ca y co n cien cia de época. En este sen tid o , los
trab ajo s sig u ien tes se refieren a cin co u m b rales d e época: M ito s d e l co
m ie n zo (I) y L a arqueología de la m o d e rn id a d d e S taro b in sk i (III) al u m
bral de 1750. E l arte com o a n ti-n a tu ra le za (TV), y A rte social y arte indus
tria l (V ) al u m b ral de 1 7 8 9. L a apelación d e B audelaire a la alegoría (V I) y
H u ella y aura: la O bra d e los Pasajes de W alter B en ja m in (V II) ai um bral
d e 1848, G uiU aum e A p ollinaire (V III) y C uadernos de P a u l Valéry (IX ) al
u m b ral d e 1912; Italo C aivino (X) al u m b ral de 1967.
Q u isie ra a ñ a d ir algo m ás a ía recien te Q tterella entre m o d e rn ism o y
a n tim o d e rn ísm o . C o n relació n a jü r g e n H a b e rm a s; no h a y p ara m í, ra
zó n d e e n tre g a r al an tim o d e rn ism o p o lítico la tesis d el p o stm o d e rn is
m o estético d e q u e la m o d e rn id a d q u e rechaza n o es u n p ro yecto in ac a
b ad o , sin o ac a b a d o , p u esto q u e canto p ara C a iv in o co m o p a ra otros
e m in e n te s «p o stm o d ern o s» la Ilu stració n sig u e sie n d o en la c u ltu ra de
m asas u n p ro yecto in ac ab ad o . C o n relació n a H erm an n L üb b e, y a d i
m i resp uesta en el C o n g reso d e F ilo so fía: c u a n d o h o y d ía se p o n e en
c u e stió n m ás q u e n u n ca e l p riv ile g io d e lo nuevo, cu an d o se a firm a qu e
h a y q u e fu n d a m e n ta r no la c o n serv ació n d e la tra d ic ió n , sin o su m o d i
fic ac ió n , cu an d o la «salvació n d el p asad o » v ale com o ú ltim a c o n clu sió n
de la sa b id u ría , d ebe reco rd ar b ien e l h isto ria d o r d e la lite ra tu ra q u e
siem p re h a sid o el p ap el im p re sc in d ib le d e ía e x p erie n cia estética (y h oy
14
d e b e s e g u ir sie n d o su o p o r tu n id a d ), fu n d a m e n ta r e x p e c ta tiv a s p a ra
m o strar lo q u e ein el h o rizo n te d el tiem p o h a y to d av ía d e co gn o scib íe,
p en sab le o d eseab le, a u n c u a n d o no p u e d a ser ju stific a b le d e ig u a l m a
n era. A h í veo yo el c a rá c te r d e o b lig a c ió n d el a rte d e n u e stra d irim a
m o d e rn id a d , q u e so la m e n te p u e d e im p u g n a rse si se c o n fu n d e su m o
ral, n ecesariam en te p ro v isio n al, con la in d iferen cia e stética7.
FJ seg u n d o trab ajo llega h asta el su p u esto u m b ral d e la p o stm o d e r
n id a d , c u y o carácter d e ép o ca su ele se r im p u g n ad o . C o m o lo atestig u ó
el C o n greso sobre A d o rn o d e 1 9 8 3 ’, en círcu lo s p o lítico s d e la T eo ría
c rític a se im p u g n ó la p reten sió n d e q u e u n m o v im ien to , au to d efm id o
p o r su carácter d e posi, p u d ie ra o p tar a !a seried ad d e u n a n u eva co n
c ie n cia de ¿p o ca. Lo q u e p rim ero se d io a con o cer com o algo m u y d ifu
so en el p lan o lite ra rio y co m o p ro p u estas in n o v ad o ras co n cretas de
c a m b io d e estilo en la a rq u ite c tu ra , fue a trib u id o en A le m a n ia p o r la c rí
tic a id e o ló g ic a a u n a a n tí m o d e rn id a d p o lític a y a u n a an ti ilu stra c ió n
n eo con servado ra, al servicio d e las n ecesid ad es d e la c u ltu ra d e m asas,
en a p a rie n c ia estéticas, pero en re alid ad co n tro lad as p o r los «m ed io s».
Pero tam b ié n ñ ie im p u g n a d a la p o stm o d e rn id ad en círcu lo s d e ia teo ría
estética com o u n ap elativo q u e ap aren tem en te caracterizab a sobre todo
la n ueva c o m p le jid a d , p or d ecirlo con el term in o u sad o p o r H ab erm as
en 1 985 p ara d e n o m in a r la in seg u ra co m p ren sió n epo cal d e un segun d o
fin de siglo . E n las d isp u tas sobre el m éto d o de los años seten ta, fue p ri
m ero la c rític a n eo m an d sta d e la id eo lo g ía y luego el d eco n stru cio n ism o
los q u e forzaron a las escuelas h erm e n é u ticas, p sico an alíticas y se m ió ti
cas a ju s tific a r la acció n c o m u n ic a tiv a d e las artes c o n tra la so sp ech a
fu n d a m e n taJísta d e q u e to d a c o n stitu c ió n d e se n tid o n o era m ás q u e
u n a astu c ia d e la razón h ip e rtro fiad a d el lo g o cen trísm o euro p eo y d e su
an ó n im o «discurso d el p o d er». Esta d isp u ta se cen tró en los años o ch en
ta en la relació n en tre lo m o d ern o y lo p o stm o d ern o : la cu estió n d e si la
p re te n sió n d ei v a n g u a rd ism o p o ste stru c tu ra l d e ac ce d e r a u n a n u ev a
co n c ie n c ia d e ép o ca , su c rític a a la form a d e rac io n a lid a d d e la m o d e rn i
d ad y su afirm ac ió n de q u e las n orm as estéticas creadas a co m ien zo s dei
15
sig lo XX se h ab ían acab ad o , tenía razón histórica de ser o sólo h ab ía de
co n sid erarse co m o u n a so b revalo ració n d e un g ru p o e litista .
M i tesis d e 1 9 83 se lim ita b a a la com prob ació n de q u e la p ro clam ad a
p o stm o d e m id ad a ú n no era cap az de a rticu la r ia novedad sobrevenida en
u n horizonte n orm ativo d e expectativas, a p arrir d e la p ro pia exp erien cia,
pero q u e, en su c rític a ai p arad ig m a ago tad o d e sus predecesores, h acía
aflo rar a la co n c ie n c ia la ú ltim a g ran ép o ca de la m o d e rn id a d estética
com o algo y a pasado. U n horizonte cerrado d e exp erien cia m u n d an a se
en fren ta a un horizonte aú n ab ierto d e expectativas estéticas y políticas.
En ios años siguien tes la p o stm o d ern id ad ha lo grad o in equ ívo cam ente,
com o o bjeto d e u n a d iscu sió n , y a no ociosa, entre defensores y co n trad ic
tores, el derech o a ser recon o cida com o época en la h isto ria m is reciente
d e las artes. El rechazo p o stm o d ern o del fu n cio n alism o y el co n structivis
m o , celebrado com o el «red escub rim ien to d el len guaje de la arq u itectu ra,
se an u n cia en todo e! m u n d o en ed ificio s de un nuevo “eclecticism o ac
tualizad o ”, toleran te con el o rn ato , con u n a fuerza selectiva d e reactiva
ció n d e las h uellas del p asado», con el p red o m in io de espacios in terp reta
bles in d iv id u a lm e n te en fu n ció n d e su v alo r d e uso’ . M an ifestacio n es
equivalen tes en la p in tu ra o en la m ú sica h an sid o seriam en te an alizadas.
A su lad o está la co yu n tu ra de u n a estética y un a sem ió tica d e la intertex-
ru aü d ad , qu e c o n q u ista nuevas d im en sio n es de co m pren sió n, a p artir deí
ab and o n o d e la o bra de arte au to suficiente. M ás allá de la p o lém ica d en o
m in ació n , lo q u e sí se h a gen eralizad o es el recon o cim ien to ev id en te de
u n a cesura epocal en ios años seten ta. La crisis estética aco m p añ a luego a
la p o lítica. H ace poco se celebró un C o lo q u io alem án con e l títu lo «Post
m o d ern id ad : ¿un contexto g lo b al?». Se tratab an los p ro blem as globales de
la eco logía, Sa en erg ía nuclear, el desarm e, fenóm enos q u e, con ia am en a
za de d e stru c c ió n d e! m u n d o m o d ern o , su scitan la c o n c ie n c ia d e u n a
nueva época, q u e, desde el p u n to d e vista estético, se h a m an ifestado p ri
m ero en la novela p ostm od ern a d e L atin o am érica, y, desde el p u n to de
vista p o lítico , en e! «nuevo p en sam ien to de la era G o rb atch o v'0,
U n a p ru e b a in fa lib le d e q u e se h a im p u e sto u n a n u eva ép o ca es la
p u g n a p o r fech ar a n tic ip a d a m e n te sus in ic io s, a firm a n d o q u e todas las
16
in n o vacio n es y a p o d ían c o n tar co n an tecesores. C o n lo q u e se d escon o
ce la h erm e n é u tic a d e ia d ista n c ia tem p o ral q u e e xp lica las razones por
las q u e la h isto ria an te rio r sóío es reco n o cib le a p a rtir del g iro p ro d u c i
d o en u n a h isto ria p osterio r. Esto v a le esp ec ia lm en te en el caso d e jo rg e
L uis B o rges, q u ie n con razón es co n sid e rad o u n a d e ias fig u ras fu n d a
m en tale s d e la p o stm o d e rn id a d lite ra ria . C la ra m e n te se p u ed en d escu
b rir en su o b ra c riterio s d ecisivo s d e u n a p o stm o d e rn id ad e sté tic a 11, que
só lo —y no p o r a j a r - son n o rm ativ o s v e in tic in c o añ o s d esp ués. Por eso
he e le g id o com o p a ra d ig m a de u n a e stética p o stm o d e rn a p le n am e n te
d e sa rro lla d a e in te rp re ta b le te ó ric a m e n te , un a u to r q u e c ie rta m e n te
su p o n e a B o rges, pero q u e c o n tin ú a co n sid e rab le m e n te sus esbozos. Se
tra ta de Italo C a iv in o y d e su n o vela C u a n d o u n a noche d e in vie rn o u n
viajero ( 1 9 7 9 ). P o lém ico y d o cto p o eta, cread o r de escritu ras p lu rales,
C a iv in o ha c o n cen trad o am p lia m e n te en esa o b ra p ro gram as y teo re
m as, fo rm u lad o s iró n ic a y p o é tic am e n te , q u e estab an d e m o d a desde
T h e L itera tu re o f E xh a u stio n (1 9 6 7 ) d e Jo h n B arth , {pese a qu e e x p líc i
ta m e n te n u n c a se ha co n fesad o C a iv in o in cu rso en el «m o v im ie n to "
p o stm o d ern o ). C rite rio s de ese p a ra d ig m a q u e m erece ser lla m a d o post-
m o derno so n e sp e c ia lm e n te los sig u ie n te s: el c a m b io d esd e ei exp eri
m e n to eso térico d e un m o d ern ism o ascético a la afirm a c ió n exo térica
d e Ía e x p erien cia sen sib le y el gozo co m p ren siv o , el exceso sa tírico y la
c o m ic id ad su b versiva; el c a m b io d esd e la p ro clam ad a m u erte d el su jeto
a la e x p erien cia d e la am p lia c ió n d e la c o n c ie n c ia ; el a b an d o n o d e u n a
o b ra d e arte a u tó n o m a y u n a p o é tic a a u to rre feren c ial a favor d e u n a
a p e rtu ra d e las artes en un m u n d o alta m e n te in d u stria liz a d o y sus n u e
vos m ed io s; la lib é rrim a d isp o sició n d e todas las c u ltu ras pasadas («in -
te r te x tu a h d a d » ); la e x ten sió n d e l in te ré s e stético a la re c ep c ió n y el
efecto ; y, no en ú ltim o térm in o , u n a m ezcla d e sp reo cu p ad a d e a lta c u l
tu ra y c u ltu ra de m asas q u e ap ro vech a la fic c ió n , lo im a g in a rio y lo fan
tástic o com o m ed io de c o m u n ic a c ió n , fren te al flu jo in fo rm ativ o de!
m u n d o tecn ificad o .
El m o tivo q u e llevó al trab ajo «M ito s d e! co m ien zo » fue u n a in v i
ta ció n a e sc rib ir so b re los m ito s d e l p ro greso en el sig lo XVill’2. F ui
c o n sc ien te en to n ces d e q u e el m ito c u ltu ra l esp ecífico d e la ép o ca d e Sa
Ilu strac ió n h ab ía d e ser d e te rm in a d o con m ás p recisió n en la lín ea de
sus nuevos in tereses: el se n tid o de la h isto ria h u m a n a y a no h ab ía de
17
b uscarse m ira n d o a su fin p ro v id en cial o ele g id o , sin o en su o rigen n a
tu ra l y en los co m ien zo s d e la c u ltu ra h u m a n a . La h isto ria n atu ral pos-
cuiada d e l h o m b re llev ab a al c am b io d esd e u n a a n tig u a e p istem e teo ló
g ic a a u n a m o d e r n a g e n é t i c a ; se p r e s e n t a b a a c o m p a ñ a d a d e
rep resen tacio n es m ític a s acerca d e u n a n atu ra lez a d el h o m b re o rig in a ria
q u e b ro tab an cíe !a n ecesid ad de re e n c o n trar la p e rd id a p ureza y p le n i
tu d d e l co m ien zo , u n a n ecesid ad q u e la rev o lu ció n de 1 7 8 9 , celeb rad a
c o m o ei nuevo co m ien zo d e la h isto ria, p are cía llen ar. M i reflexió n ha
e n c o n tra d o en ei lib ro B eginnings (1 9 7 5 ) d e E d w ard W . S a id un texto
p aralelo q u e c o n tin ú a la h isto ria d e l p ro b lem a d e los co m ien zo s d o n d e
yo m e d etu v e. P ued en valer, p u es, las tesis d e S a id com o un c o m p le
m en to d e m i trab ajo .
P arte S a id d e la d iferen cia en tre o rigen y co m ien zo , e n tre lo no d is
p o n ib le y lo d isp o n ib le , con el a ñ ad id o d e q u e o rigen (origin) en c u a n
to c o n d ició n d el c o m ie n zo ( beginning ), n ó m b ra la in sta n c ia h eteró n o -
m a , teo ló g ic a, d e un ab so lu to d el q u e se exclu ye la acció n a u tó n o m a y
sec u la riza d a , pero sólo co n la c o n c ie n c ia d e q u e to d o co m ien zo h u m a
no im p lic a u n a p é rd id a (p. 3 7 2 s.}. V isto h istó ric a m e n te , este proceso
in sta u ra la fo rm ac ió n d e u n n uev o m ito c u ltu ra l de los co m ien zo s en la
Ilu stra c ió n , Lo p o d em o s v er en M iito n , q u ie n re iv in d ic a p o lé m ic a m e n
te p ara su texto ( Paraíso p erdido) el lu g a r d e u n texto p rim e ro , in a u g u
ral; en la n o vela b u rg u e sa en la q u e el a u to r a trib u y e a la ficció n au to -
s u fic ie n te la a u to rid a d d e l c o m ie n z o , u s u rp a n d o e l p a p e l d e l p a d re
(p. 2 1 3 ), y, no en ú ltim o lu gar, en V ic o , con el q u e em p ieza el m o d e r
no p e n sa m ie n to acerca d el co m ien zo , eí largo d eb ate so b re el o rigen del
len g u a je y la c u ltu ra . El c a m b io d e este p a ra d ig m a se p ro d u jo en ei s i
glo X iX , y en e! XX c o n d u jo , co n e l m o v im ien to e stru c tu ra h sta , a rech a
zar, con el lo g o cen trism o , todo p en sa m ie n to acerca d el o rigen (p. 3 1 6 ),
lib e ra n d o el sab er m o d ern o d e c u a lq u ie r referen cia m ític a al o rigen y el
telos d e la h isto ria , y a su , h a sta ah o ra, térm in o m ed io , el su jeto au to -
su fic ie n te .
L a exp o sició n d e S a id a rro ja la m ás viva luz so b re ei recien te d esa
rro llo , m o stran d o cóm o el p ro b lem a d el o rigen y el co m ien zo es re al
m en te el p u n to d e p a rtid a y e l foco c o m ú n d e! p en sa m ie n to d e auto res
tan d ife re n te s en los añ o s se se n ta c o m o F o u c a u lt y D e rr id a , L év i-
S trau ss y B arth es, P iag e t y B én vdniste {sin co n tar co n N ietzsche y H ei-
d e g g e r). La p re m isa d e F o u cau lt, según la c u al se ha su straíd o d e m odo
in c o n d ic io n a l a la co n c ie n c ia p en san te su o rigen en la h isto ria y en el
le n g u a je , de m o d o qu e todo c o n o c im ie n to y c o m p ren sió n sólo alcan za
lo q u e y a h a co m en zad o («le d é já c o m m e n c é », p. 2 8 3 )i lis o b stru id o ,
seg ú n S a id la v isió n Inversa d e los au to res d el XVEII q u e esp erab an e n
c o n trar u n n uevo co n o cim ien to de la n atu ra lez a h istó ric a d el h o m b re
18
en ei re d e sc u b rim iem o d e su s o rígen es. La razón Jarenre d e la im a g in a
ció n fo rm ad o ra d e m ito s era p ara V ic o el d o n p rim ario d ei h om bre (p.
3 5 7 ), la f u e r a n o rm ativ a de un com ien zo q u e im p lic a ia tesis del Ve-
n tm -F a c ru m (no v alo rad a por S a id ), y q u e sóio d esp ués, en el rousseau-
n ian ism o ro m án tic o , y eí p o sterio r e stru c tu ra lista , se p aga con la «p ér
d id a dei o rigen » («a sense o f loss», p. 3 7 2 ), T am b ién in fravalo ra Said las
co n secu en cias e p istem o ló gicas d el cam b io d e interés en la cuestió n del
fin al, en el co m ien zo d e la h isto ria d e la h u m a n id a d . El d e sc u b rim ien to
d e la p ersp ectiva g en é tica , m an ife stad a en la serie in a lte ra b le d e c id o s
triá d ic o s, fue el p rin c ip io d o m in a n te de ia S cien za N uovit, pero no un
p rin c ip io de d ise m in a c ió n a v a n t la lettre , q u e S aid a trib u y e a las e tim o
lo gías d e V ico con sus ram ificac io n es m ú ltip le s (p. 3 5 1 - 3 7 3 ). El p en sa
m ien to del o rigen de la Ilu stració n no fue luego o rilla d o en el hístora
c is m o ro m á n tic o . La e x p lic a c ió n d e las in s titu c io n e s c u ltu r a le s a b
origine leg itim ó en el siglo XIX tan to la con versió n de la G ram átic a ge
n eral en G ram átic a h istó rica y el d e sp lie g u e d e las fam ilias d e len g u ajes
en la c ie n c ia lin g ü ístic a , co m o la o bsesió n d e los fdólogos por retro traer
la p oesía g rieg a y lá poesía m e d iev al a sus o rígen es, raras veces su fic ie n
tem en te verificad o s. El p rim a d o de la in v estigació n d e las fuentes filo
ló g icas, q u e creyó e n c o n tra r p recisam en te en la poesía p rim itiv a el co-
m ienzo n o rm ativ o d e la id e n tid a d n acio n al, se q u eb ró a p rin cip io s del
sig lo XX por o b ra d e la e stilístic a . A su nuevo interés por el a n álisis for
m al y la e stética in m a n e n te d e la o b ra, co rresp o n d e ei g iro observado
por Said en los au to res v an g u ard istas, q u ie n es, desde M a lia rm é , p u sie
ron en c u e stió n el h asta en to n ces co n cep to e v id en te de texto —su teleo
lo g ía y a im p líc ita en la id ea d e co m ien zo — y vieron el p ro b lem a de la
e sc ritu ra en la reflexió n acerca de la resisten cia de lo qu e no está d isp o
n ib le en la factu ra del texto (p. 1 8 -2 3 3 ).
El ú ltim o giro d e la e x p erie n cia e stética h ab ría sid o , según S aid , la
a su n c ió n d e un escep ticism o lin g ü ístic o rad ical en los años sesenta. Tal
p o sic ió n su sc ita la s ig u ie n te c rític a : «A ce p tan su d e stin o e x íste n c ia l
d e n tro d el le n g u a je , cuyo m odo de ser es d e sp ia d a d a m en te relacio n al:
las p alab ras o b tien en su sig n ific ad o no d e su v alo r in trín seco sino d e un
d o b le siste m a m etafó rico y m e to n ím lco q u e liga las p alab ras e n tre sí y
q u e g a ran tiz a su flu jo in te lig ib le en o po sició n a su p erm an en c ia exen
ta ... L a sig n ific ació n se d isp ersa y d e sp arram a siste m á tic a m e n te a lo la r
go y p ro fu n d o de la c ad en a h a b la d a y escrita, pero es v irtu a lm e n te in
c o m p ren sib le en un p u n to d ad o de la c ad en a, puesto q u e el len g u aje
n u n ca está p resen te to ta lm e n te y a la vez» (p. 3 1 9 ). D espués de q u e
m u riese la ('q u im era d el o rigen » (N ietj.sche) y de qu e la fuerza previa
d ei se n tid o se revelase in a n e , sólo q u ed a d e te rm in a r las form as resid u a
les del p o d er (p. 3 2 0 ). A sí term in a lo qu e em pezó en la Ilu stració n con
19
la p ro testa c o n tra la a u to rid a d d e u n o rigen h ete ró n o m o , con la a c ep ta
ció n d e u n su p u esto d estin o in exo rab le qu e nos h ace p risio n ero s d e un
len g u aje sin referen cias en u n a c o rrien te d e d iscu rso an ó n im o sin p rin
c ip io n i fin . Esta tran sfo rm ació n d el d eb ate, en u n a c o n tra iíu stra c ió n
no co n fesa d a , es la c o n se c u e n c ia d e u n a g rav e in fra v a lo ra c ió n d e la
fuerza ra c io n a l d el co m ien zo (p. 3 2 0 ), u n a c rític a im p o rta n te q u e re c u
p era d el p e n sa m ie n to de la Ilu strac ió n la v e rd ad n eg ad a seg ú n la cual ei
len g u aje era y es d esd e el co m ien zo ~e in c lu so en su m al uso— in s tru
m e n to d e c o m u n ic a c ió n .
El trab ajo «A rte com o a n ti-n a tu ra le z a » fue u n a c o n trib u c ió n a u n a
serie d e leccio n es d el S tu d iu m G enerale d e C o n sta n z a sobre «El cam b io
m o d ern o d e l co n cep to d e n a tu ra le z a »13. D esp ués, en un ciclo de co n fe
ren cias en A u gsb u rgo sobre «C o n secu en cias d e la rev o lu ció n fran cesa»,
se aso ció a la c u e stió n d e con q u é d erech o p u ed e d ecirse qu e el cam b io
p o lítico de ép o ca en 1 7 8 9 tuvo ta m b ié n co m o c o n secu en cia u n a «revo
lu c ió n estética » (té rm in o e m p le a d o p rim ero p o r F ed erico S ch leg el)'''. El
c am b io e sté tic o tra sla d ó el e scen ario d esd e F ran cia a A le m a n ia . C o
m en zó con el p ro yecto d el Id ealism o a le m á n , con el fracaso d e la razón
p o lític a d e realizar, en u n a fo rm ació n e stética sin co accio n es, el estado
d e los lib res e igu ales. C u a n d o «la leg islació n estética» y el p o stu lad o d e ;
u n a «n ueva m ito lo g ía » 15 se revelaron im p o sib les, se sig u ió el giro h acia
ía filo so fía n a tu ra l ro m á n tic a , h acia lo otro d e la h isto ria: la fuerza sal
v ad o ra de ia razón in c o n scien te d e la n atu ralez a. La e stética ro m án tica
d e la n atu ra lez a cayó en u n p ro gresivo d esen can to en el proceso de un
reto m o d e lo re p rim id o : el im p u lso n a tu ra l, no id eal, d e stru c to r y d ila
p id ad o r, q u e se rep ro d u ce in c e sa n te m e n te . C o in c id e esto con u n a a n ti
g u a tesis d e O d o M a r q u a r d '6.
C o n tin u a n d o la h isto ria , o cu rre qu e al fracaso d el g iro ro m án tico
h ac ia ía n a tu ra lez a , sig u e el in te n to de la m o d e rn id a d p o stro m á n tica de
e x p u lsar la n atu ra lez a de la e stética. Los o rígen es d e esta e n em istad por
la n atu ralez a en la ú ltim a m o d e rn id a d h a y q u e b uscarlo s - t a l es m i te
sis— en S ad e y D e M a istre , en C h a te a u b ria n d y H eg e l; c u lm in a el p ro
ceso en el S ueño p a risiense d e B a u d ela ire , visió n de u n m u n d o artístico
v a c ia d o d e la n a tu ra le z a o rg á n ic a . La fu n d a c ió n d el a rte m o d e rn o
20
co m o a n tin a tu ra le z a se realiza en eí d o b le proceso d e u n a d e sp o te n c ia
c ió n d e la n atu ralez a c ó sm ica y un d escen trarrúen to dei su jeto h u m an o
q u e aJcanza su lím ite en V aléry. Pero este rad ic al d efen so r d e u n a p o é ti
ca c o n stru ctiv ista puso esto en cu estió n en 1 9 1 3 , cu an d o hizo co n sistir
su g iro b io g ráfico en ei «erro r» de su stitu ir el ser de la n atu ralez a p o r el
hacer. La revisió n de este e rro r es eí p u n to de p a rtid a de u n a filo so fía
d e la h isto ria d e la n atu ralez a, q u e d e n uevo renace al final d e la m o
d e rn id a d y q u e se d e sp lie g a h o y d ía e n tre ios p olo s o p u esto s de la v ieja
esp eranza en su resu rrecció n y la lla m a d a a u n a nueva ética.
El seg u im ien to del cam b io d ei con cep to m o d ern o de arte com o an
tin atu rale za a u n a «estética d e la n atu raleza» p o srm o d ern a, cu an d o no
a n tim o d e rn a (au n q u e no e x p líc itam e n te ), n ecesitaría de u n a m ás a m p lia
exp osición . Podría em p ezar con R ilk e cu an d o en su W orpsw ed e c o m en
zó a ac tu alizar estéticam en te la «su b lim e in d iferen cia d e la n atu raleza», la
«g ran tra n q u ilid a d d e las cosas», el «p aisaje com o lo ajen o y lejan o », y la
n atu raleza com o «Ib otro q u e no tien e n in g ú n sen tid o aco g er»17. T en d ría
q u e seg u ir con la ten d en cia d e la m is reciente crític a d e !a razón y su rei
v in d ic ació n d e la n atu raleza m argin ad a (la có sm ica y la d el cuerpo) co
m o lo «otro d e la razón», y con el m o vim ien ro d e protesta d e la llam ad a
«eco lírica». Sobre la c rítica rad icalizad a de la razón del ú ltim o decen io
q u e procede de la ap o ría d e la d ialé c tica d e la Ilu stració n , así com o sobre
la génesis d el an tim o d e rn ism o fu tu rista q u e so b repu ja la v ieja filosofía
n atu ral ro m án tica (S ch eliin g: «pues to d a salvació n vien e sólo de la n a tu
raleza»), y a se h a d ich o lo co n v en ien te desd e la p ersp ectiva filosófica'".
A q u í interesa sobre todo la c o y u n tu ra actu al d el lem a: un a «E stética de la
N a tu rale z a»19. Frente a la d estru cció n am en azad o ra d e las co n d icio n es de
v id a de la tierra, u n a oferta estética q u iere d ecir: volver a g a n a r u n a rela
ció n exenta de coacció n con la n atu raleza. Es u n a expresión qu e en su
am b ig ü ed ad -fu s ió n d el g en itiv o o b jetivo y su b je tiv o - m u estra la p ro
b le m ática en la q u e parece enredarse el ro u sseau n ian ism o redivivo de es
te fin d e siglo . Pone d e m an ifiesto qu e lo estético d ebe sig n ificar u n a
’7 Sam tlick t Wrrh? 0n sel), Frankfurr, 1 9 6 5 , vol. 9, p. 2 1 ; además Von d er tan d rrb a jt
(1 9 0 2 ), vol. 10 , pp. 5 2 2 . 5 2 0 -1 .
" Sobre esto J. Habermas: Drr philasapbiscbe Diskurs d er M o d tm e , Frankfurt, 19 8 5 ,
esp. p. 3 5 3 s. {a H. y G. Bóhme: Das A ndete d er Vrmunft, 19 8 3 ): por otra p a rteO . Mar-
quard: KFururisiertef Am írnodernismus — Bemerkungen 7.ur Geschíchtsphilosopbíc der
Natur>, en: O . Schiemm er (ed): Übrr N atur —P hiloíophische B eitráge zum N aturverstiind-
nis , Frankfurt, 1 9 8 7 , pp- 9 !- 1 0 4 .
1,5 T ítulo del «Q uinto C oloquio de Hamburgn sobre F-srctica y teoría de ia cultura”,
9 - 1 S junio 19 8 7 , en el que sometí mi tesis a discusión. A e'l (y al volum en recopilador de
O. Scblem m er. nota 18) se refiere la caracterización que hago de las diferentes posiciones
(el C oloquio no fue objeto de publicación).
21
fuerza b asada en la n atu raleza m ism a o tin a p o sib ilid ad p ro pia de tratar
el h om bre con la n atu raleza. T al am b ig ü ed ad tra icio n a la necesidad d e la
d ia lé c tica d e la Ilu stració n : q u e la razón au tó n o m a no basta e v id e n te
m en te p ara m a n te n e r la acció n p o lítica e in stru m e n tal sin p asar a d o m i
nació n irracio n al. S i, p or el co n trario , la reco n ciliació n de h om bre y ¡a
natu raleza d ebe ser alcan zad a en el c a m in o exento de coacción d e la For
m ació n estética, ento nces exige la d u d a en este con cep to o rig in ariam e n te
id ealista, situ a r la exp erien cia estética no sólo en sí m ism a, sin o b u scán
do le un apoyo en el ser-otro y el ser-sí m ism o d e la natu raleza.
T ai d ile m a p ued e exp licarlo ese ro u sseau n ian ism o p ro p io q u e hoy
d ía —m e p a re c e - caracteriza m u ch as p ostu ras m o d ern as y a n tim o d ern as.
T an to si u n a n ueva e stética d e la n atu ralez a se R inda en el recurso a la
a n tig u a o n to lo g ía , a la teleo lo g ía aristo télica, al u n iverso sem ió rico de
Paracelso, a l ju ic io estético d e K an t, o al id ealism o de la n atu raleza de
S ch e ilin g , com o si la p erd id a relació n in fa n til con la n atu raleza d eb a ser
in m ed ia ta m e n te recob rad a, se p aga, sin em b arg o , en tales in ten to s, la le
g itim a c ió n , b u scad a en u n co n cep to p rem o d ern o d e n atu raleza, con u n a
n eg ació n d el proceso h istó rico e irreversib le d e la exp erien cia d e la n a tu
raleza. U n a e stética m o d e rn a de la n atu ralez a no d ebe d ejar de lad o que
la n atu ra lez a sólo a p rim e ra vista sea c o m p ren d id a com o un a m a g n itu d
in te m p o ra l, pero qu e en re alid ad es o b jeto d e a p ro p iació n p o r ia in tu i
c ió n y e l c o n o cim ien to h u m a n o en el cam b io h istó rico de su m an ifesta
c ió n . D ebe recordarse q u e h a sid o la p ercep ció n estética de las cosas,
ab ie rta por el trato con el arte, lo q u e an te to d o ha p o sib ilitad o el d escu
b rim ien to d e la n atu raleza en el sen tid o m o d ern o , com o un m ed io glo
b al qu e to taliza un sen tid o . S i se d e n o m in a al aspecto ev en tual de la n a
tu raleza en el acto d e su ap ro p iació n estética «p aisaje», ento n ces puede
en ten d erse con Jo a c h im R itte r el d e sc u b rim ien to h istó ricam en te p ro gre
sivo d e la n atu ralez a co m o un m o v im ien to «en el q u e el sen tid o estético
b usca h acer ap arecer c o n tin u a m e n te la n atu ralez a, com o lo no visto y
no d ich o en c ad a caso, en otros p aisajes siem p re diferentes™. La estética
clásica d e la n atu ralez a, au n q u e se vio le g itim a d a o b jetiv am en te com o
« im ita d o n atu rae» gracias al carácter m o d élico de la n atu raleza, su pu so
siem p re sin em b arg o la ac tiv id ad su b jetiv a estética d el h o m b re: la n a tu
raleza sólo p ued e co n testar si es in terro g ad a, sólo p ued e devolver com o
fig u ra d e la to ta lid a d lo qu e el sen tid o estético le ofrece.
L a e x p erien cia d e lo q u e p o d ría ser la n atu ralez a có sm ica en sí m is
m a, m is a llá d e c u a lq u ie r a c titu d e stética lo h a expuesto a g u d am e n te
P ascal, d esp ués del giro co p ern ican o :
22
«Si m edito en la corta d u ració n de m i vid a co n su m id a entre la etern i
d ad an terio r y posterior, si m edito en eí escasísim o esp ad o que ocupo e,
incluso , que veo, inm erso en la a m p litu d in finita de los espacios d e los
q u e n ada sé y qu e no saben nada de m í, entonces m e estrem ezco y m e a d
m iro de estar aq u í y no allí; no hay n in g u n a razón por la que yo estoy
a q u í y no allí, por la q u e soy ahora y no entonces. ¿Q uién me ha puesto
aq u í? ¿Q u é orden y disposición han determ in ad o para m í este lugar y esta
hora?... El eterno silencio de estos espacios infinito s m e hace tem blar.»71
Este fam oso texto testim o n ia la e x p erien cia de la p érdid a d e la n a
tu ra le za có sm ica, el fin d e la im a g en an tro p o cé n tric a d el m u n d o . Se le
q u ita así a Ía a n tig u a e stética d e la n atu ra lez a su razón de ser. S i, d es
p ués, el arte asu m e , frente a la c ie n cia n atu ral m o d ern a, la fu n ció n cos
m o ló g ica, ab an d o n a d a p or la filo so fía, d e reactu alizar en su to ta lid a d la
n atu ralez a p erd id a p ara el c o n o cim ien to co n c ep tu al, p o d ría la idea es
tética d el m u n d o devolver ía to ta lid a d d e la n atu ralez a aS se n tim ie n to
ro m án tic o en m e d io d e u n a re alid ad o b je tiv ad a, pero sólo en el m ed io
del recu erd o , com o lo h erm o so y b ello en el status de su sfer p asad o ” . Y
si u n a e stética m o d e rn a, d irig id a h acia d e la n te, q u e reconoce en la ru p
tu ra d el h o m b re con la n a tu ra lez a qu e o rig in a ria m e n te le p ro teg ía, la
c o n d ic ió n d e su lib e rta d , se a leja de la estética ro m á n tic a de la n a tu ra le
za, v o lcad a h ac ia atrás, ento nces d ifíc ilm e n te se lo g rarán n orm as e sté ti
cas p ara u n a n atu ralez a co sificad a com o o b jeto .
Pero h ay un segun d o ac o n tec im ie n to en la h isto ria d e la e x p erie n
c ia de la n atu ralez a, en fren tad o al giro a c tu a l h acia u n a e stética de la
n atu ralez a, y con el q u e tro p ezam o s en la génesis d e la en e m istad con la
n a tu ralez a en la e stética d e la m o d e rn id a d . A la p érd id a de la n atu raleza
c ó sm ica ( n a tu ra natiirata ) sig u ió ía p érd id a d el co n cep to teleo ló gico de
n a tu ra lez a {n a tu ra naturans). L a teo ría d e la ev o lu ció n a p a rtir d e D ar-
w in h a p u esto fin a la im ag en a n tro p o cé n tric a d el m u n d o , in clu so en la
h isto ria d e la v id a o rg án ic a.
D espués de esto, ap o star por u n a ren ovación estética de fa n a tttm
naturans , sea de m o d o aristo télico , recurrien d o a la n atu raleza q u e crea
in clu so com o el arte, sea de m o do n eo rro m án tico , ap elan d o a la gran
M a d re (o a la m ad re n oche) q u e pare la v id a y la m u erte, s ó b p ued e
a y u d a r a la n atu ralez a p erd id a, a la Juz im a g in a ria de la n ostalgia o en la
u to p ía d e la resu rrecció n. C u a n d o hoy, en la ed ad de los viajes espacia-
23
les, la te c n o lo g ía g e n é tica y la m ic r o e le c tr ó n ic a , el h o m b r e - s e g ú n u n
d ic h o d e H e is e n b c r g - s ó lo se e n c u e n tra a sí m is m o en c i c a m p o de ia
na tu ra le za , y o s a n d o parece q u e eS arre s ig u e s ie n d o casi el t ín ic o m e d io
e n el q u e ¡a n a tu ra le z a p u e d e s o b re v iv ir, h ay q u e e x ig ir de u n a estética y
u n a ética atentas a la na tu ra le za , q u e re cu e rd e n la a d v e rte n c ia q u e K a n t
o b je tó al ro u s s e a u n ia n is m o de su tie m p o : la te o ría d e i estad o n a tu ra l d e l
h o m b r e n o ra d ic a e n regresar, s in o en v o lv e r a m ir a r '. L o q u e esta re
tro s p e c c ió n a la e x tin g u id a estética de la n atu ra le za h ace c o n o c e r, en la
n e c e s id a d d e i p resen te y su fu t u r o a m e n a z a d o , es la d o c t r in a d e q u e va
n o se p u e d e n re c o b ra r las n o rm a s de u n a v id a ex en ta d e c o a c c ió n c o n la
na tu ra le za , e n su im a g e n d e s e n c a n ta d a . N o h a v q u e esp era r n o rm a s de
■<lo o tr o d e la n a tu ra le z a '’, ese ser s í m is m o in d ife re n te , s in o d e lo «otro
d e l h o m b r e " , d e l r e c o n o c im ie n t o d e l s e m eja n te en su ser m is m o y en su
p o d e r ser o tro , q u e el arte n o s p r o p o r c io n a sin v io le n c ia , n o rm a s q u e
j u s t ifiq u e n la re s p o n s a b ilid a d d el h o m b r e (re:¡rre a la n atu ra le za.
E n a p o y o d e esto c a b e re c o rd a r u n a se g u n d a a u to r id a d filo s ó fic a , la
d e K a r l L ft w it h , para q u ie n ya en 1928 - m u c h o antes tic la p o s te r io r c r í
tica al lo g o c e n t r is m o - la u n ila te r a lid a d de la ra z ó n c e n tra d a en el sujeto
en la filo s o fía m o d e rn a - y c o n e llo eí d e s tin o d e l d o m in io soctai sob re la
n a tu ra le z a — c o n d u jo a d e s c o n o c e r el p r iv ile g io del m e d io h u m a n o sob re
el m e d io n a tu ra l, d e l s e r- c o n -o tro s o b re el s e r- e n - e l- m u n d o : " c u a n d o el
h o m b r e v u e lv e a sí m is m o casi s ie m p r e n o v u e lv e d e ''o b je to s ” , s in o d e
sujetos, es d e cir, d e sus sem ejantes; p u e s el " m u n d o " al q u e se v u elv e
p re fe re n te m e n te es el m u n d o h u m a n o q u e le co rre sp o n d e » -'1
L a c r ít ic a r a d ic a liz a d a de la ra zó n en el ú lt im o d e c e n io p e r m a n e c ió
a p eg ad a a la m is m a r e d u c c ió n de la r e la c ió n h o m b re - n a t u ra le z a a la re
la c ió n s u je to - o b je to . P o r eso su e x p u ls ió n de! s u je to (el c o r r e la t o d e l g i
ro al o tr o d e la ra zó n ) c o m o c a m in o de s a lv a c ió n , re s u ltó fru s tra n te . D e
la c r ít ic a c o r r ie n t e de la ra z ó n c e n tra d a e n el s u je to n o se sig u e n e ce sa
ria m e n te la te o lo g ía n e g a tiv a d e la d e s t r u c c ió n d e l s e n tid o , el a b a n d o n o
d e l y o al d is c u rs o a n ó n im o d e l p o d e r o el re to r n o a la fu e rza c u ra tiv a
de u n a n a tu ra le z a alejad a de la ra zó n . P u e d e s e g u irse ta m b ié n d e e lla la
re c u p e r a c ió n d e u n c o n c e p t o d e s u je to n o e g o c é n tr ic o , el in d i v i d u o c o
m o « d iv id u u n u ', q u e se c o n s titu y e en la re la c ió n c o n el o tr o de s í m is
m o , y q u e p u e d e fu n d a r n o rm a s de ra z ó n c o m u n ic a t iv a en e! r e c o n o c i
m ie n t o m u t u o d e l h o m b r e c o n eí h o m b r e , n o r m a s a p r o p ia d a s p ara
c o m p r e n d e r d e m o d o n u e v o la r e la c ió n d e l h o m b r e y la n a tu ra le z a , d e l
m e d io h u m a n o y el m e d io n a tu ra l.
E d ic ió n J e b A c a d e m ia . V . 15, p. 8 9 0 .
D t u In¿ih';c{uii)i\ tu d e r R o lle fíes M it m e m c b c a , D n r m s ^ d i , p. 1.
24
1
:í \X t í l t y i i n K P r o is í/ m ln i 137, e n sn
~ 0 n a n iv e r s a r ia
1
E l d e s t i n o d i: la M i t o l o g í a e n la I lu s t r a c i ó n
Í5
p ara e n re d a rse m ás a cada p aso e n la m it o lo g ía c o n !a v u e lta in s o s p e
c h a d a d e ia n a tu ra le z a r e p r im id a 1. E l c a rá cte r d e s lu m b r a d o r d e la razó n
in s t r u m e n ta l q u e c o n su p ro g re s o d e s a rro lla s im u ltá n e a m e n te el p o t e n
c ia l de lib e r t a d v la re a lid a d d e su a p la s t a m ie n to , fu e r e c o n o c id o e n tre
lo s ilu s t r a d o s s ó lo p o r R o u s s e a u . C o n fie s a , en e fe c to , v o lv ie n d o a su
p r im e r D is c u r s o , q u e él m is m o s in t ió p r im e r o a d m ir a c ió n p o r el b r illo
v a p a r ie n c ia d e i saber ilu s tra d o , antes de p e r c ib ir el « e n g a ñ o p ú b lic o »
de q u e n e c e s a ria m e n te c o n el p ro g re s o o r g u llo s o d e las c ie n c ia s y las a r
tes ta m b ié n se p e r f e c c io n a r ía n la m o ra l y las c o s t u m b r e s ’. E i m is m o
R o u s s e a u q u e tu v o el valor, el p r im e r o , d e a fir m a r lo c o n t r a r io , o p u s o
sin e m b a rg o en su s e g u n d o D iscu rso al fatal d e s a r r o llo de la s o c ie d a d
m o d e rn a , la c o n t r a im a g e n d e l e s ta d o de n a tu ra le z a , u n a v is ió n d e l c o
m ie n z o h ip o t é t ic o de la h u m a n id a d . D e a llí d e riv a r ía el m it o m ás eficaz
de la n a tu ra le z a p rim e ra , y p e rd id a , d e l h o m b r e , q u e h a b ía de ser b u s
c a d a antes de e m p r e n d e r el c a m in o h is t ó r ic o de su fracasada s o c ia liz a
c ió n .
N o o b s ta n te , el d e s tin o d e i m it o n o se juega, en la a u t o c o n c e p c ió n
d e la ilu s t r a c ió n , en « n a d ia lé c tic a d e su e x p u ls ió n o fic ia l v su regreso
in v o lu n t a r io . E l m u n d o p r im it iv o de los m ito s p e rm a n e c e p re s e n te en
el s ig lo ilu s t r a d o . C o m o lia e x p lic a d o Je a n S t a r o b in s k i1, tal m u n d o se
e x p e rim e n ta en la o p o s ic ió n de F á b u la , el c o n c e p t o c o n t e m p o r á n e o p a
ra los a n tig u o s m ito s c o n lo s q u e está fa m ilia r iz a d a c u a lq u ie r p e rs o n a
c u lt a , y M ito lo g ía , su in t e r p r e t a c ió n h is t ó ric a , g e n é tic a y s is te m á tica , se
usa, y se eleva a o b je t o p re fe re n te d e b re fle x ió n c ie n t ífic a . Ed c o n o c i
m ie n t o de lo s m ito s v alía, antes y d e sp u é s, c o m o c o n d ic ió n de in t e lig i
b ilid a d de to d a s las artes y c o m o m e d io de las re p re s e n ta c io n e s festivas,
L a a u to r id a d e c le s iá stica n o se o p o n ía . T o le ra b a m ás b ie n el u so d id á c
tic o , e s té tic o y re p re s e n ta tiv o de lo s m ito s p a g a n o s , c o n la c o n d ic ió n de
q u e q u e d a s e e x c lu id o d e l á m b it o d e lo s a g ra d o c o m o alg o n u lo . T a l l i
c e n c ia se fu n d a b a e n el a r g u m e n t o o r t o d o x o d e q u e las fá b u la s d el p o l i
te ís m o p o d ía n e n s e ñ a r al c r is tia n o lo q u e eran los h o m b re s antes d e la
lle g a d a d e C r is t o , a saber, s e rv id o re s de íd o lo s , q u e c a ía n d e r o d illa s a n
te el o ro , ei m á r m o l, Sos a n im a le s y las p la n ta s. C o n sus a b su rd a s c e re
m o n ia s c o n tra s ta la s u b lim id a d d e la r e lig ió n y la m o ra l c ris tia n a s y la
s a n tid a d de sus ritu a le s 1. «Si n u e s tro s n u e v o s p u e b lo s s o n c ris tia n o s en
26
la m isa, son p a c a n o s en la ópera»: así se b u rla b a V o lt a ir e de esa e s c is ró r
e n tre lo p r o fa n o v lo s a g ra d o '. V o lta ir e . e n n su A p n ln e ín d e ¡a fá hitL :
p e rte n e c ía a esos e s p ír itu s p ro g re s ista s q u e se s ir v ie ro n d e la a n t ic u a m i
to lo g ía c o m o a rm a d e la I lu s tr a c ió n . T re s estrateg ias e n tra ro n en cmc
ju e g o . L o s m im s d e la a n tig ü e d a d p o d ía n ser rearados c ó m ic a m e n t e p a
ra, c o n tal tra v e s d s m o , d e s a c r e d ita r el p o d e r s im b ó lic o d e l A n t ig u o R é
g im e n . P e ro p o d ía n ser re n o v a d o s c o n la in t e n c ió n seria d e s u s cita r el
p o t e n c ia l la te n te de in s u b o r d in a c ió n y p ro te sta c o n fig u ra s c o m o las de
P r o m e te o , H é r c u le s y D io n is o . P o r ú lt im o , el a rm a d e la c r ít ic a de los
m ito s , c o n la q u e ia te o lo g ía creía lle v a r u n ju e g o fá c il c o n t ra la s u p e rs
t ic ió n , n o p o d ía v o lv e rs e c o n t r a !a d o g m á tic a d e la re v e la c ió n c ris tia n a ,
q u e ya n o ilu m in a b a la c o m p r e n s ió n m o d e r n a d el m u n d o , p o r los liló -
s o ío s d e l d e ís m o .
E n ¡a lu c h a s o b re el o rig e n y s e n tid o de los m ito s , q u e va se p la n
teó e n ia p rim e r a I lu s tr a c ió n , se llegé) fin a lm e n t e a u n a d ife r e n t e v a lo r a
c ió n de lo s c o m ie n z o s de la h is t o r ia d e la h u m a n id a d : la c u e s t ió n de si
la p r im e r a re p r e s e n ta c ió n d e lo d iv in o re v is tió la fo rm a d e l p o lit e ís m o
o d e l m o n o t e ís m o . I,a te o lo g ía o r t o d o x a a c o s t u m b r ó a d e riv a r el n a ci
m ie n to d e l p o lit e ís m o d e l fra ca so de la u n id a d d e la fe israelita. Va t o n
lo s s e g u id o re s de N o a h , el p u e b lo d e D io s se d io al c u lt o d e l sol, las es
tre llas, lo s e le m e n to s de fa n a tu ra le za y los g ra n d e s so b e ra n o s, o lv id á n
d o se d e l D io s c re a d o r u n o 1. A esto c o n t e s ta ro n H u m e y b o n ie n e lle c o n
el a r g u m e n to d e q u e c u a n t o m ás arras se m ira b a en el tie m p o , ta n to
m ás se e n c o n tra b a a ¡a h u m a n id a d s u m e rg id a en ia ig n o r a n c ia y la s u
p e rs tic ió n " . L a H is t o r ia n a t u r a l d e ¡a r e l i g i ó n d e H u m e ( í ? 5)”’ ) in te n ta
m o s tr a r q u e el e s p ír itu h u m a n o a s c ie n d e p o r g ra d o s d esd e lo in fe r io r a
lo s u p e rio r, y .sólo p a u la tin a m e n te , a b s t ra y e n d o lo im p e r fe c t o , p u e d e
fo rm a rs e la id ea de u n ser p e rfe c to . ; Q u e p u e d e h a b e r m ás ra c io n a l q u e
s u p o n e r q u e lo s p r im e r o s h o m b re s , a n te el h o r r o r d e la n a tu ra le z a sal
vaje, e m p le a r o n su fa n ta sía p a ra c o n j u r a r las f u e r z a s de la n a tu ra le za ,
m e d ia n te su p e r s o n ific a c ió n en la fig u ra d e p o d e re s s o b re h u m a n o s ,' L!
c o n c e p t o de u n D io s c re a d o r q u e g a ra n tiza el o rd e n la te n te de la n a t u
raleza es n e c e s a ria m e n te u n p a so p o s te rio r, u n a se g u n d a respuesta al te
m o r d e l q u e p r o c e d ió el p o lit e ís m o c o m o p r im e r a fo rm a de la re lig ió n .
H u m e lle v ó su c r itic a tan lejo s c o m o p ara e x p lic a r los a tr ib u to s t r a d i
c io n a le s d iv in o s c o m o p r o y e c c ió n de las n e c e s id a d e s h u m a n a s . Ya a n
tes, en F ra n c ia , fo n r e n e lle h a b ía e x p u e s to ir ó n ic a m e n t e la h is to ria na-
« Ñ a d í! p r u e b a m e jo s q u e la i m a g i n a c i ó n v la r a / ó n 3[>rnas T ie n e n a lg o e n e o n i ú n , V
q u e las c o s a s c o n las q u e la ra/.ó n se d e s e n t o n a p r i m e r a , n o p ie r d e n n a d a d e su a t r a c t iv o
to n r e la c ió n a b im a g i n a c i ó n » ( v e r ñ o r a 7).
28
r e la c ió n t r a d ic io n a l e n tre m ir o e h is t o r ia . En p a la b ra s de I c r d i n a n d
F e llm a n n , a q u ie n d e b e m o s u n a c o m p e t e n t e v a lo r a c ió n de V ic o : «!\!
m ir o n o es v e n c id o p o r la h is to ria , s in o q u e fu n d a la h is to ria en el s e n
t id o de q u e p o n e el s u e lo cié a c c io n e s o r ig in a r ia s s o b re el q u e los h o m
bres están e n s it u a c ió n de c re a r su m u n d o , in d e p e n d ie n r e m e n t e de tas
v e rd a d e s reveladas»". Aun cu an d o la C iencia N u e v a de V ico p e rm a n e c ió
casi d e s c o n o c id a d e los filó s o fo s ilu s tra d o s , ese c a m b io d e l fin de la h is
to ria p o r su p r in c ip io , ese c a m b io d e p a ra d ig m a d e la c o n s id e r a c ió n te-
le o ló g ic a p o r la g e n é tica , se c o n s t it u y ó e n rasgo d o m in a n r e d e la nueva
filo s o fía d e la h is to ria . Se tra ta b a en re a lid a d d e c o n s id e r a r la h isto ria
c o m o la o b ra p r o p ia d e l h o m b re . A p a r t ir de! c o n o c im ie n t o d e q u e , e n
fre n ta d a esta o b ra p r o p ia a su re s u lta d o , la d e p ra v a d a s it u a c ió n a c tu a l,
p r o d u c ía u n e fe c to e x tra ñ o , se c o n s ig u ió el m ás in c is iv o a r g u m e n to i l í
r ic o c o n t r a la a u t o a lie n a c ió n d e l m u n d o m o d e rn o .
N o s ó lo la filo s o fía ilu s tra d a de la h is t o ria to m ó su a rra n q u e d e es
ta re n o v a d a M ito lo g ía , s in o ta m b ié n n uevas ram as d e i saber, c o m o la
a n t r o p o lo g ía h is t ó r ic a y la e t n o lo g ía c o m p a ra d a , y, n o en ú lt im o t é r m i
n o , u n n u e v a te o ría d e ia e sen cia d e la p o esía. A s í, c o n el n o m b r e de
M ito lo g ía se d e n o m in a en la E n c ic l o p e d i a (1 7 (SS) u n a n u eva c ie n c ia , se
p a ra d a d e la t r a d ic ió n in g e n u a de las fá b u la s, c o n la esp era nza de q u e. a
p a r t ir de sus c o n fig u r a c io n e s fa n tá stica s y m e d ia n te u n a in te r p r e t a c ió n
c r ít ic a , se p u d ie s e r e c o n s tr u ir un c u a d r o n o d e fo r m a d o d e los " a c o n t e
c im ie n t o s d e la e d a d p rim e ra , y lo g ra r u n n u e v o acce so a la h is to ria de
lo s p r im e r o s t ie m p o s 1'. L a fa s c in a c ió n d e l in te rés c re c ie n te p o r la ftie r/a
e n g a ñ o s a , p e ro m is te rio s a , de Sa im a g in a c ió n m ític a , p o r la o r ig in a lid a d
de sus m e tá fo ra s y la s ig n ific a t iv id a d de sus c o n fig u r a c io n e s , c o n s t it u y ó
el s u e lo a lim e n t ic io en el q u e, de im p r o v is o , la n u eva c ie n c ia , c o n t ra eí
r a c io n a lis m o d o m in a n t e de la I lu s tra c ió n , p r o d u jo su p r o p io , y m o d e r
n o , m iro d e la m ito lo g ía .
E n la m e d id a en la q u e se r e c o n o c ió en los m ito s del t ie m p o p r im i
tiv o el c a rá cte r de u n p ro to le n g u a je p o é tic o , e in c lu s o de u n a te o lo g ía
p o é tic a , c o m o se r e c o n o c ió el o r ig e n de lo s u b lim e en el le n g u a je de
H o m e r o , c o n s id e r a d o hasta e n to n c e s b á rb a ro v d e fe c tu o s o , y se v io en
30
g u a ld a d , d o m in io y e x p lo ta ció n : o rig e n d e la alie n a c ió n d el h o m b re
m e d ia n te su so cializació n , en !a q u e la voz de la n atu ra lez a se h ace im
p erce p tib le en la m e d id a en q u e se p erfeccio n a el len g u aje com o in stru
m e n to de c iv iliz ació n .
En esta h isto ria de la d ecad en cia del len guaje y la sociedad, intercala
R ousseau un segun d o m ito : el p u n to cu lm in an te y precario d e u n a edad
de oro con la felicid ad episódica d e un a co m u n icació n lograda. Aparece,
en el esbozo qu e hace de an tro p o lo gía histórica, entre las fases de la horda
de n óm adas y la civ ilizació n c iu d a d a n a en su fase p atriarcal de fam ilia se
d e n taria. El len g u aje, aún b alb ucean te, d e la horda era el grito de ia n a tu
raleza ; la expresión crud a d i la n ecesidad física, el gesto elem en tal, el grito
de au x ilio («¡ay u d ad m e !») y la p rim era, y pin toresca, d en o m in ació n de
o bjeto s. La h u m an id ad tuvo qu e pasar del n o m ad ism o a! sedentarism o,
del ag ru p am ien to de la horda a la asociación de la fam ilia para escapar a
la coacció n de las necesidades y a d q u irir e! len g u aje d e los sen tim ien to s
en el cam b io regulado de trabajo y ocio, con lo que se abrió u n a p rim era
exp erien cia de lo bello, 1.a capacid ad de len gu aje, así descub ierta, el se n ti
m ien to de articu lació n con los dem ás en un a relación afectiva, es algo que
se trad uce en m o dulacio n es de la voz, ritm o del discurso y expresividad.
Ei au tén tico o rigen del len gu aje, c u t o sonido no se p ued e separar de la
m ú sica, radica en la m etáfora, que, de nuevo, se relaciona con la voz de la
n a tu r a le z a , en la m e d id a en ia q u e p re te n d e s u s c ita r !a in m e d ia te z
p e rd id a 13. Su p rim era p alab ra no es «¡ayu d ad m e!», sino «¡am ad m e!», y su
p u n to c u lm in an te son e! canto , la danza y el juego de la fiesta p atriarcal:
« A llí se celebraron las prim eras fiestas. Los pies saltaban de alegría,
los gestos corteses no bastaban, la voz acom pañaba una m elodía apasio
nada; p lacer y deseo, m ezclados, se sintieron juntos: allí estaba p o r fin la
verdadera cuna de los pueblos, y del p u ro cristal de ^as fuentes brotaron
los prim eros fuegos del am or»” .
31
e scisió n . E í la «c u n a de los p ueblo s» en ¡a m e d id a en la qu e, con la co
m u n ic a c ió n afectiva d en tro de los lazos p atriarcales de la fa m ilia , tu v ie
ron q u e a b an d o n arse el len g u a je y los gestos d e las n ecesid ad es, im p er
fec to s, p ero v ín c u lo s d e u n ió n e n tre to d o s lo s h o m b res. El o rig e n
afectivo d el le n g u a je es al m ism o tiem p o el co m ien zo de su sep aració n
en d iferen tes y m ú ltip le s len g u ajes: la a d q u isic ió n de la au to co m p re n -
sión en el c írcu lo ín tim o d e la so lid a rid a d fa m ilia r se p aga con la p érd i
d a de la c o m u n ic a c ió n u n iv ersal entre igu ales. Los p ueblo s se van h a
c ien d o m ás extrañ o s entre sf a m e d id a qu e se afirm an los in d iv id u o s, y
se recorre un c a m in o q u e ten ía q u e acab ar en !a g en e ra lid a d d esp erso
n aliz a d a d el len g u a je de la so cied ad m o d e rn a, cu yo carác te r o fu scad or
p reten d ió in v estigar, el p rim ero , R o usseau ,
II
Las costum bres de los salvajes como espejo d e l origen p erd id o
32
«V em os so cied ad es q u e se están fo rm an d o , y p od em o s así su p o n er
los se n tim ie n to s y accio nes de los h om bres en !a in fan cia de la vid a so
c ia l». A sí se expresa W iilia m R o bettson en su H isto ria d e A m érica de
1777!í'. Podem os c o m p ro b ar así el c a m b io p ro d u cid o en la valoració n
d e 1os p ueblo s salvajes del «N uevo m u n d o ». D el p reju icio q u e se in te n
ta d estru ir, p u ed en resp o nder auto res tan ilu stres com o M o n te sq u ieu o
Vol taire. Se e n te n d ía p o r salvajes los h om bres q u e «sin ley, sin o rd e n a
ció n p o lítica y casi sin relig ió n », vagaban p or los b o sq u es1-. C ie rta m e n
te q u e se les a trib u ía el o rg u llo p o r la in d e p en d en c ia q u e co m p en sab a
la ru d eza b árb ara de sus co stu m b res. T odavía en 1 7 7 0 afirm ab a el Abad
de Pauvv, co n tra la ten d e n c ia a ia g lo rific a ció n de los p rim itiv o s, q u e los
in d io s son d e f i c t o «u n a ram a d egen erad a del gén ero h u m a n o , co b a r
des, im p o ten tes, sin fuerza v ital, in cap aces de elevarse a lo e sp iritu al»'*.
Por el c o n trario , u n a o bra d el sabio d an és Je n s K raft (ap arecid a en
1 7 6 0 , trad u c id a al alem án en 1 7 6 6 ), a n u n cia b a y a en su titu lo , Las cos
tum bres d e los salvajes. E xplicación d e l origen de ia H u m a n id a d , el c a m
b io d e p lan team ie n to d e la c u e stió n . Ya no se tratab a d e c o m p a ra r so la
m e n te p u eb lo s p rim itiv o s y p ueblo s cu lto s, de los qu e h ab ía an tig u o s
ejem p lo s (escitas y h elen o s, o, según T á c ito , g erm an o s y ro m an o s), si
no la o p o rtu n id a d , p o r p rim e ra vez en la Ilu stració n , d e co m p arar las
c o stu m b res de los p ueb lo s salvajes d el N uevo m u n d o con los de la a n ti
g u a E urop a, p ara aclarar así los co m ien zo s oscuros d e la h u m a n id a d .
C o n e llo se c o n firm ab a e! interés filosófico p or la an tro p o lo g ía m o d e r
n a en sus in icio s. La an tro p o lo g ía ha acep tad o in cluso los an tig u o s m i
tos d e la ed ad de oro y de la creació n b íb lic a d e A d án al serv icio de la
c u estió n acerca del o rigen n atu ral d e la h u m a n id a d , c o n tem p lán d o lo s
co m o fuentes entre o tras fuentes p ara la ex p licació n del proceso de d e
sarro llo de la c u ltu ra h u m a n a . D e este m o d o , la em p resa de K raft g u a r
d a u n a n o tab le an alo g ía con la ep iste m o lo g ía g en ética de V ico (a u n q u e
d ifíc ilm e n te p udo co n o cerlo ).
Ifi «f'»s en América donde el hombre- se muestra bajo la forma más simpfe qnc poda
mos concebir de subsistencia. Vemos alií sociedades que empiezan a formarse, v pode
mos observar los sentimientos v acciones dei hombre en la infancia de h vida social*- {ci
tado de la erad, franc. París. I 7 7 8 . v. II, p, 2 ló).
1 En E. H i n d i c l- a m a v , Incr. a losep h-Fr an tjOrs l. a f i t a u : M ocur?. d es s/¡uvage*. tim ér i-
Cfi¡nsy P a r í s , 1 9 8 3 , p. 3 6 ; t a m b i é n M o n t e s q u i e u : D e l'e s p r ii d e .r íois, jib. 18 , c s p . i I s.
[ r r a d . cas cíe M . B l á z q u e ? y P d e V e g a : D e l e s p ír itu d e las leyes. M a d r i d , T r e n o s , h W j :
V o k a i r e : Eísüí s u r les m o c u n , ca p . CXL.V1 [e dic . easr. en O b ra s co m p le ta s . T . í l . V a l e n c i a .
M . Scn cnr. I 8^3]-
Cornelina de Pamv: R e c b c n ln s p b ilo s o p h iq u e s s u r les iin ié rie n in s. 17^ 0, I. X )íl: "Uim
especie degenerada dei género humano, cobarde, impotente, sin fuer/,a física, sin vigor,
sin elevación de espíritu».
33
A h o ra b ien , la reco n stru cció n q u e hacc V ico d e los co m ien zo s del
gén ero h u m a n o , p ara la qu e em p leó ta m b ié h fuentes acerca de los pue~
blo s in d io s, no era, desd e lu e g o , n o stálg ica:
«D e to d o e llo h a y q u e c o n c lu ir c u án frív o la es la visió n actu al de
los sab io s sobre la in o c en cia d e la ed ad de oro; en re alid ad h ab ía un fa
n atism o d e la su p e rstic ió n q u e m an tu v o a los p to to h o m b res salvajes,
in d ó m ito s y o rgu llo so s d el p ag an ism o en un o s cierto s lím ite s gracias al
m ie d o an te u n a d iv in id a d c o n fig u ra d a p or ello s m ism o s».
El o rigen d e la leg islació n su p o n ía , im p líc ita m e n te , según V ico, la
n atu ra lez a c a íd a d el h om bre (ta m b ié n el pecado o r ig in a l)’0: en ú ltim o
térm in o «a p a rtir d e la c ru e ld a d , la c o d ic ia y la a m b ic ió n —los tres vi
cios q u e d e sarreg lan el gén ero h u m an o — saliero n el arte de la g u e rra, el
co m ercio y el arte d e la p o lític a , es d ecir, la fuerza, la riq u eza y la sa b i
d u ría d e las c o m u n id a d e s»30.
La an tro p o lo g ía n eg ativ a d e l estad o d e n atu ralez a ap arece en los in
form es d e los v iajero s y m isio n ero s co m o u n a a c tu a liz a c ió n del m ito
d el «b u en salv aje» y u n in te n to d e lim ita r los excesos m o rales de los
c o n q u ista d o re s b la n c o s11. E ntre estos escrito s so b resale la o b ra d e un
m isio n ero y sab io , q u ie n , d esp ués de u n a a c tiv id a d d e cin co años en
C a n a d á p u b lic ó en 1 72 4 su o b ra: C ostum bres d e los salvajes am ericanos
com paradas con Las costum bres d e los p rim ero s tiempos. Se lla m a b a Joseph
Francois L afitau . Este je s u ita p resen tab a su trab ajo com o u n a c o n trib u
c ió n a u n a «n u ev a c ie n cia d e las co stu m b res», y con razón, p uesto que
h o y p asa p o r ser el co m ien zo d e la e tn o lo g ía m o d e rn a c o m p a ra d a 22. Al
m ism o tiem p o se d e sarro lla siste m á tic a m e n te la tesis de q u e en las for
m as d e v id a d e los salvajes se p u ed e recon o cer el tiem p o p rim itiv o d e la
34
h u m a n id a d . C o m o teólogo qu e es, sabe L afitau e n lazar su p ro p io c a m
p o de in v e stig ac ió n con am p lio s c o n o cim ien to s de m ito lo g ía c lásica,
h a cie n d o posib le ver, en un a d escrip ció n ta x o n ó m ic a, el o rigen com ún
d e to d as las c u ltu ras del viejo y d el nuevo m u n d o . El G énesis d e la B i
b lia , las fíb u la s de la an tig ü e d a d g rieg a y los m ito s de los p ueblo s in
d io s ofrecen so rp ren d en tes an alo g ías, en las q u e —a u n q u e d e m odo d is
to rsio n ad o — se o cu lta la h isto ria d el co m ien zo de la h u m a n id a d . Por
eso es posib le p o stu lar un o rigen co m ú n de todos los p ueblo s, e in cluso
u n a p ro to fa m ilia . C o n tra los ateo s q u e e lim in a ro n de los «b árb aro s»
c u a lq u ie r se n tim ie n to religio so , L afitau a firm a el o rigen religioso de to
das las c u ltu ras. Lo testim o n ia n sím b o lo s p arecid o s, m isterio s, sueños
ad iv in a to rio s, c u lto s u n iv ersales d el fuego o d e d o n cellas vestales, in
c lu so la c o stu m b re e xtrañ a de la «co u v ad a» se e n c u e n tra tan to en tre los
salvajes de Am érica* corno en tre los israelitas y los p rim itiv o s griegos.
La co n sid e rac ió n c o m p arativ a d e L afitau pone a israelitas, g riego s y ro
m an o s en u n a m ism a fase d e desarrollo q u e los in d io s: las costum b res
ac tu ale s de los ag ricu lto res h uro n es y de los iroqueses n ó m ad as p od rían
ilu stra r las costu m b res d e los pelasgos y de los p ro to h elen o s, los «salv a
jes» d e la a n tig u a E uropa23. L a o p o sició n id eo ló g ic a de griegos c u ltiv a
dos y b árb aro s in c u lto s se d isu elv e en esta n ueva p ersp ectiv a com o un
p re ju ic io d el h u m a n ism o , com o por o tra p arte ta m b ié n d esap arece la
hybris de la o rto d o xia c ristia n a q u e no reconoce en ios p agan o s se n ti
m ie n to religioso alg u n o y c o n sid era su re lig ió n n atu ral co m o m era su
p erstició n .
La h ip ó tesis etn o gráfica d e L afitau , c o n d ic io n a d a p o r su tiem p o ,
no n ecesita ser a q u í d isc u tid a . S eg ú n ella, casi todas las fábulas de la
m ito lo g ía p ag an a se re m itía n a un m o n o teísm o co m ú n de los tiem p o s
p rim itiv o s, y te stim o n ia b a n en las d iferen tes trad icio n e s la existen cia
d el m ism o d ilu v io qu e p ro d u jo em ig racio n e s d e p o b lacio n es p re h e lé n i
cas h ac ia el A sia o rien ta l y A m éric a’''. El sig n ific a d o , aún vigen te, de ta
les textos h a de verse m ás b ien a llí d o n d e buscó en la im a g in a c ió n el to
p o s p re e sta b le c id o d esd e a n tig u o —en ios p asto res arc á d ico s y en los
h éroes n o b le s - d el salvaje noble, lo an cló en el suelo d e las costu m b res
co n cretas d e u n a c u ltu ra arcaica y lo c o n v irtió en rasgo d e te rm in a n te
d e u n a a n tro p o lo g ía d e los p ueblo s p rim itiv o s en la Ilu stració n . La d e s
c rip c ió n de L afitau afirm a b a la d ig n id a d h u m a n a d e los «p ieles rojas»
fren te a ia arro g an cia de los b lan cos q u e se creían señores de la c re a
ció n . A sí, la im ag en d e un estad o d e n atu ralez a to m ad o d e las form as
” í b i d . II, 5 6 ( v c r l n t r . p. 2 9 ).
71 lbid- I, 43-
35
de v id a d e los in d io s d a lu g a r p ro gresiv am en te a la co n tra im a g en id eal
d e la so cied ad euro p ea en la c u m b re d e su civ iliz a ció n , qu e d e ja ver lo
q u e h a p erd id o co n el lo gro d e sus éxito s.
En un c a p ítu lo sobre el c a rá c te r g en eral d e los salvajes ofrece L afi
tau el sig u ie n te retrato d e ios in d io s, según el p re ju ic io d o m in a n te d es
d e P lin to , seg ú n el c u a l v iv ía n d esn u d o s, a u n q u e c u b ie rto s d e pelo, e
in so ciab les com o los a n im a je s” :
” Ibid. i, 6 7 -6 8
36
tura y la circunstancia de que carecen de casi rodo les hace tener en
comparación con nosotros ¡a ventaja de que no saben de los refinamien
tos del vicio que traen consigo el iujo y el exceso».
II!
C ontribuciones a la historia oculta d e la H u m a n id a d
(R o u sseau , Je n s K raft, W ie la n d , K ant)
37
ca d e las tesis cic R o u s s e a u s o b re ei \: i o r ig in a r io det h o m b r e , es
m uy ad ecu ad o para s e g u ir la h u ella d«- sí fascin ació n de los ilu strad o s v
sus p o lé m ic a s en t o r n o a ¡os c o m ie n z o s de ia h u m a n id a d . La d is o lu c ió n
d e l p r e j u ic io c o n t r a los p u e b lo s salvajes, a los q u e - c o m o {ens K r a lt
c e n s u r a b a - «apenas q u ie re c o n c e d e rs e ei m u lo h o n o r íf ic o de h o m b re ,
«Por largos que sean ios rodeos y los cam bios que se forje la im a g i
nación, sin descanso, tiene fin alm en te que encontrar de m o do irrecusa
ble el p rim er origen del ho m b re en u m creación: una erección que h;i
38
o to rg a d o la c a p a c id a d de ser n ic io n a ! . p o rq u e lo v a r ia b le de tas tos:!*,
L a m is m a a r g u m e n ta c ió n e n c o n tr a r e m o s d e sp u é s en K a n !, q u ie n
e n su P r o b a b le c o m ie n z o u n lr / ó esa " im a g in a c ió n in c a n s a b le ' v re v istió
su c r ític a a R o u s s e a u c o n la tú n ic a d e ia f ic c ió n m ític a . A! ig u a l q u e el
te x to d e K a n t, el lib r o tic K r a fr esrá c o m p u e s to en p o lé m ic a c o n t in u a
c o n el .segundo D is c u r s o de R o u s se a u , a u n q u e s ó lo lo c ite u n a ve?, en
u n a n o ta o c u lt a a p ie de p á g in a (p. 3 4 ). L a d is p u ta filo s ó fic a q u e d e
s e n c a d e n ó la p r o v o c a c ió n d e R o u s se a u e n tre los e s p íritu s sob re salie n tes
d e la é p o c a t e s t im o n ia la fa s c in a c ió n q u e s u s c itó el p r o b le m a clel o rig e n
d e la h is t o r ia n a tu ra l d e l h o m b re .
L a r e m is ió n c r ític a al h ip o t é t ic o e s ia d o d e n a u u a le ? a es el te rre n o
en el q u e la I lu s tr a c ió n t r a n s fo r m ó el c o m ie r r / o d e la h u m a n id a d , q u e
b u s c a b a en las in fo r m a c io n e s e tn o g rá fic a s , en n u e v o s m ito s d el o rig e n ,
a u n q u e h u b ie s e q u e a d iv in a r la fig u ra p re cisa d e u n m it o e t io ló g ic o en
a lu s io n e s v re v e s tim ie n to s lite ra rio s . Se trata, en su fo rm a e tio ió g ic n .
d e l m it o de u n a h is t o r ia c u v a a u to r id a d se a lim e n ta de la fe en la p e r
fe c c ió n d e lo in ic ia l, y p o r lo ta n to en su s u p e r io r d ig n id a d , v que p u e
d e ser e n t e n d id o c o m o la respuesta v á lid a a in c u e s t ió n acerca d e u n
p r im e r suce so c o n el q u e se d e c id ió ro d o lo d em ás, a u n q u e su e fe c to n o
sea va e v id e n te en la v id a a c t u a l1’'. í'.l c a m b io d e sd e el p e n s a m ie n to r a
c io n a l a la re p re s e n ta c ió n m íric a p u e d e verse en la d ife r e n c ia de s ig n i f i
c a c ió n e n tre c o m ie n z a ( q u e p u e d e d eb erse a la p r o p ia c a p a c id a d ) v o r i
gen (s o b re el q u e n o d is p o n e m o s ) . A s í se e n c ie n d e el s u b t ít u lo del
tra b a jo de K ra ft: E x p lic a c ió n d e l o r i g e n y c o m i e n z o ríe h i I lu jia u ii d iir í. en
el q u e el a u té n tic o " c o m ie n z o * s ig u e al origen* va d a d o p o r la c re a c ió n
com o n a tu ra le za , v d e l q u e n o p o d e rn o s d is p o n e r. A flo r a b ie n , en la
m e d id a en la q u e ¡os m o d e r n o s m ito s d e l c o m ie n z o s u p o n e n q u e el
h o m b r e p u e d e e s ta b le ce r su c o m ie n z o m is m o , v p o r lo r a m o su h is to ria
a h o rig in e , ca en en !n p re te n s ió n q u e re p ro c h a [ens K r a ft c o r n o ab u so
d e la lib e rta d de pensar, v p o r lo ta n t o en u n a a r g u m e n ta c ió n q u e va
in s in ú a la " D ia lé c t ic a de !a ilu s tra c ió n * :
39
q ue someterse a su d o m in io , cae ¿I m ism o en o p in io n e s falsas e in n u m e
ra b le s de innum erables tiranos; el en te n d im ie n to que quiera ser el más
libre, y el más esclavo, enrre rodos, tiene que penetrar en una invencible
o s c u rid a d si q u ie re ver c la ra m e n te el p rim e r o rig e n tic ias cosas-
(p. 2 0 , 2 1 ) .
40
L a h is t o r ia d e l p e c a d o o r ig in a l, c o m o m ir o c r is t ia n o d e l c o m i e n
z o , es el m o d e lo e s t a b le c id o al q u e R o u s s e a u se r e m ir e en su d e s c r ip
c ió n d e l e s ta d o d e n a tu ra le z a , in t e r p r e t á n d o lo , s in n o m b r a r lo : en l u
g a r d e l E d é n , tin a e s c e n o g ra fía c o n á rb o le s c u y o s fr u t o s a lim e n t a n al
h o m b re y u n a r r o y o q u e sa cia su sed. E n c o n t r a m o s a q u í d e n u e v o la
r iq u e z a n a t u r a l d e la m a d r e tie r r a q u e s a tis fa c e ias n e c e s id a d e s d e
h o m b r e s y a n im a le s y a se g u ra su p a c ífic a v id a c u c o m ú n - E ste hnm
b re n a tu ra l está d o t a d o fís ic a m e n t e d e m o d o p e r f e c t o , c o m o Adán,
d e m a n e r a q u e n o n e c e s ita u n c o m p a ñ e r o , y ve c u m p l i d o su d e s e o
d e a m o r c o n la c e rc a n a m u je r. C i e r t o q u e p o n e m e n o s in s t in t o s q u e
io s a n im a le s , p e ro p u e d e a p r o p ia r s e d e sus r e a liz a c io n e s p o r i m i t a
c ió n . Se s ig u e ig u a lm e n t e u n a e x p u ls ió n d e i p a r a ís o , p e r o no por
m a n d a t o d i v i n o , s in o p o r c a u sa s e x te rn a s , c lim á t ic a s . T a m b ié n hav
u n p e c a d o o r i g i n a l c o n c o n s e c u e n c ia s in e v it a b le s , el q u e se im p o n e
c o n Sa p r im e r a e m p a lic a d a s e p a r a n d o lo m ío y lo tu y o , dei que p ro ce
d e la d e s ig u a ld a d d e lo s h o m b r e s y la c o n f u s ió n d e l p r im e r le n g u a je
u n iv e r s a l.
c) L a o b r a d e j e n s K r a f t es h o y d ía p o c o c o n o c id a " . H u b ie r a
m e r e c id o m e j o r d e s tin o . P u e s sus C o s t u m b r e s d e lo s s a l v a j e s son n o ta
b le s t a n t o d e s d e el p u n t o d e v is ta d e ia f ilo s o f ía c o m o d e !a c ie n c ia
h is t ó r ic a . C u m p l e n u n g ir o d e s d e la a n t ig u a e t n o g r a fía t a x o n ó m ic a a
u n a n u e v a a n t r o p o lo g ía g e n é tic a . K r a f t t r a n s f o r m ó lo s h a lla z g o s d e l
« m u y s a b io L a fita u » , su p r in c ip a l fu e n te , d e s d e u n a c o n s id e r a c ió n de
c o m p a r a c ió n s in c r ó n ic a , a u n a p e rs p e c tiv a d e filo s o fía d e ¡a h is t o r ia
(«era m i i n t e n c i ó n c o n e c t a r la h is t o r ia g e n e ra l d e lo s salvajes y la de!
h o m b r e » , p. 4), y c o n e llo s o b re p a s a r el u m b r a l e n rre el " f in d e la h is
to r ia n a tu ra l» y u n a h is t o r ia d e ia n a t u r a le z a '4. L ía c a íd o c o m p le t a
m e n te en e! o l v i d o q u e el a u to r, p r o fe s o r d e m a te m á tic a s y F ilo s o fía
e n la A c a d e m ia d e S ó ro e , e s ta b le c ie s e c o n su l i b r o u n d iá lo g o c o n
R o u s s e a u v e s c rib ie s e u n d o c u m e n t o c a p it a l en la r e c e p c ió n d e l se
gundo D iscu rso . Q u i z á esto se d e b a a q u e s ile n c ia a su a u t é n t ic o d e s ti
n a ta r io . N o c ita el n o m b r e d e R o u s s e a u p r e c is a m e n te en el lu g a r en el
q u e K r a f t e x a m in a las tesis c e n tra le s d e l s e g u n d o D iscu r so y las d i s c u
te al m ás a lto n iv e l. L in a in t e r p r e t a c ió n d e l n u e v o c o n c e p t o d e p e r fe c
tib ilid a d , tan p re c is a y a g u d a c o m o la q u e sig u e , es ra ro e n c o n t r a r la
a n te s d e K a n t:
4i
«así es indudable... que n in g ú n origen es más adecuado al h o m b re que
el b íblico ; sobre to d o p o rq u e la razón nos d ice claram ente que el oso
m ayor, m ejor y m is perfecto de las cosas era la in te n ció n prim era del
C reador. L a experiencia y la n a tu ra le s atestiguan esto al m is m o tiem po
que la razón. T o d o s los otros anim ales alcanzan p ro n to su m áxim a per
fección y se ajustan después perm anentem ente a ella, porque n o está en
su p o d e r oponerse.Solo el hombre, a pesar de que era perfecto desde el
principio, se hace después imperfecto, porque e r a lo suficientemente perfecto
como para echarse a perder (subrayado mío); pues entre todos los an im a
les de la naturaleza era, con m u ch o , el d ueño de sus acciones» (p. 18 s.).
42
El c am in o d e la h isto ria h u m a n a es c irc u n sta n c ia d o , no fin alista,
p ro gresa con los pasos len tos d e la razón cap az de au to p erfecció n , con
lo q u e g ran d es d e sc u b rim ien to s co m o el uso del fuego «se d eb iero n o a
u n a feliz c a su alid ad o a un erro r Feliz, p o rq u e a m en u d o am b o s factores
o casio n an la d ich a d el h o m b re» (p. 1 6 8 ).
En tales térm in o s an aliza K raft el seg u n d o D iscurso d e R ousseau.
R eco n oce el p u n to decisivo d e in flex ió n q u e sig n ific ó el p rim e r d e slin
de de la p ro p ied ad («ro d o s esos p ueb lo s no saben ap en as lo qu e rep re
se n ta ser d u e ñ o d e un d e te rm in a d o terren o », p. 1 7 1 ); sin em b argo , en
c u a n to a su im p lic a c ió n com o cau sa d e la d ep rav ació n {p. 1 7 3 );
43
c u a n d o o b se rva: «q u e c¡ d e fe c to ck- n u e s tr o s cita d a s c o n s is te en q u e nos
h e m o s a p a rta d o d e m a s ia d o d e lo n a tu ra l, y el d e fe c to de los su y o s en
h a b e rlo s e g u id o d e m a s ia d o » , y se c o n f o r m a c o n q u e «la s it u a c ió n q u e
los h o m b r e s d e b e ría n d esear de m a n e ra m ás ra c io n a l, sería u n t é r m in o
m e d io e n rre ios p u e b lo s salvajes y los n u estro s» (p. 13). C o m o n o tie n e
a m a n o la s o lu c ió n d ia lé c tic a de K a n t , tie n e q u e r e c u r r ir al v ie jo id eal
é t ic o d e l t é r m in o m e d io , lo q u e n o le p e r m ite d a r el p aso d esd e la h is
to ria n a tu ra l d e l h o m b r e a u n a filo s o fía de la h isto ria :
d) L a c r ít ic a de W ie la n d a! s e g u n d o D iscu r so r o u s s e a u n ia n o d ic e
así: n o h a y n a d a tan e x tra ñ o c o m o el qtse R o u s s e a u n o h a y a e n c o n t r a
d o n a d a m ás n a tu ra l en el p r im e r h o m b r e q u e la in s o c ia b ilid a d , a u n
q u e «cal e s ta d o a n im a le s c o q u e él a tr ib u y e a n u e s tro s o ríg e n e s» n o se ha
halSado e n n in g u n o d e lo s p u e b lo s salvajes (p. 134 s.)_
L a tesis c o n t r a r ia d e W ie la n d d ice :
«El hom b re está hecho para la so citih ilid tid , y las fuer/as umdas ele
1a barbarie, la superstición y la opresión han sido siem pre incapaces de
a n iq u ila r com pletam ente esra valiosa sem illa de la virtu d social, esc sen
t im ie n to s im p a té lic o que obliga al h o m b re con suave poder a amarse a si
m is m o e n o tro s h o m b res, y que, com o C ic e ró n dice divin am en te, es el
f u n d a m e n t o d e to d o d e r e c h o *
44
s ió n d e l o r ig e n d e l le n g u a je a p a re ce e n to n c e s la Eva m e jic a n a . A ella le
tra n s fie re K o x k o x eí n o m b r e d e l p a p a g a y o K ik eq u etz A , d esp u é s de q u e
éste fu e ra d e v o r a d o p o r u n a se rp ie n te : «y así m il veces u n a c ir c u n s t a n
c ia azarosa ha d e c id id o cosas m ás im p o rta n te s » {p. 2 2 ).
E l p r im e r e n c u e n t r o d e A d á n v Fva (a !n q u e e n c u e n tra d o r m id a
b a jo u n ca ñ a v e ra l), la m u tu a a tr a c c ió n de s e to s ( « K o x k o x n o sabía lo
q u e era u n a m u c h a c h a ni K ik e q u e t z e l lo q u e era u n m u c h a c h o ’», p.
6 5 ), el " m a t r im o n io p a ra d is ía c o » e s p o n tá n e a m e n te c o n t r a íd o , la " i n d o
le n c ia feliz» d e i p a sto re o , ei d e s c u b r im ie n t o de ia c u lt u r a en la c o n s
t r u c c ió n de su c h o z a , el c u id a d o d e l ja r d ín , la c o n fe c c ió n d e l v e s tid o , el
a d o r n o , el in v e n t o d e l c a n to y la d an za: t o d o esto es t e s t im o n io v e x p li
c a c ió n d e l s e n t im ie n t o de « sim p a tía » c o m o rasgo e s e n c ia l de la h u m a
n id a d , q u e ta n r o R o u s se a u c o m o S w ifr, ei s e g u n d o m is á n tr o p o f a m o s o ,
d e s c o n o c ie r o n c o m p le t a m e n te . Para W i c l a n d este s e n t im ie n t o de s im
p a tía q u e o b lig a al h o m b r e a a m arse a s í m is m o en o tr o h o m b r e n o es
« p u ra n a tu ra le za » (p. 5 3 ), s in o va im p u ls o c u lt u r a l: « n o s ó lo la n e c e s i
d a d , s in o ta m b ié n el a m o r, .son lo s p a d re s d e las artes» (p. 83). «i a na
tu ra le z a m is m a , d ic e en ia P eq u eñ a d iv a g a c ió n s o b r e b i n a tu ra lez a y e! a r
te (par. 17), es lo q u e c o n t in ú a su o b ra e n n o s o tr o s m e d ia n te el arte»: la
o b ra d e la e la b o r a c ió n d e l m a te ria l b r u to , sin fo rm a , y la o b ra d e ia
« p le n it u d d e n o s o tr o s m ism o s» , q u e se nos ha e n c o m e n d a d o y q u e s ó lo
p u e d e ser c u m p lid a en s o c ie d a d , p o r «e! suave p o d e r d e í im p u ls o s im -
p a t c t ic o " (p. i 4 4 ). W ie la n d re cib e de R o u s s e a u el c o n c e p t o de p e r fe cti
b ilid a d , p ara s u p e ra r la e rró n e a c o n t r a p o s ic ió n d e n a tu ra le z a y arte (así
d ic e ) c o n u n n u e v o c o n c e p t o n o u t iliz a d o p o r R o u s se a u . F.s el c o n c e p
to id e a lis ta d e « fo rm a c ió n » :
4S
g r a d a c ió n d e la esp ecie: « ¡ju s ta m e n te lo c o n t r a r io , q u e r id o je a n - ja c -
queA, ia u n ió n d e h o m b re s e n g ra n d e s s o c ie d a d e s es m u c h a s veces d e s
e l in d iv id u o , p e ro fo m e n ta e v id e n te m e n te la p e r fe c c ió n
ve n ta jo sa para
de la especie» (p. 2 8 0 ). A s í a d e la n ta W i e l a n d u n a d e las p re m is a s d e la
Idea de u n a historia general desde el p u n to de vista cosm opolita d e K a n t ,
a u n q u e en el m a rc o d e u n a f ilo s o fía c íc lic a d e la h is t o ria q u e re cu e rd a a
V i c o (al q u e d if íc ilm e n t e c o n o c ió ) . E n el c u a r t o tra ta d o alab a W ie la n d
e¡ « t é rm in o m e d io e n tre el s a lv a jis m o a n im a l y el e x ce siv o r e f in a m ie n
to», d e s c o n o c id o p o r R o u s s e a u , c o m o el e s ta d o p r e c a r io d e fe lic id a d
g e n e ra l s ie m p r e lo g r a d o y d e n u e v o p e r d id o (p. 2 6 4 ) , e n a n a lo g ía e v i
d e n te c o n lo s ricordi d e V i c o , a u n q u e c o n u n a p e rs p e c tiv a n u e v a y o p
tim is t a q u e ex pre sa el q u in t o tra ta d o c o n r e la c ió n a lo s s ig lo s d e o r o o
tie m p o s h e ro ic o s: «el e n g ra n a je in t e r n o d e la n a tu ra le za » en la serie de
la a s c e n s ió n y d e c a d e n c ia d e to d o s los p u e b lo s « c o n s titu y e en ú lt im o
t é r m in o u n a lín e a e s p ira l a p e n a s p e rc e p tib le » (p. 3 2 6 s.).
Lo q u e tal e x p e c t a tiv a p u e d a s ig n if ic a r p a ra la s it u a c ió n a c tu a l,
a p a re ce e n o t r o lu g ar. E n la a c la ra c ió n de «la h is t o r ia o c u lt a d e la h u
m a n id a d " , q u e e m p ie z a c o n el m it o lit e r a r io d e l c o m ie n z o m e jic a n o ,
cree W ie la n d r e c o n o c e r p a ra su fu t u r o u n a ú lt im a o p o r t u n id a d d e la
s o c ie d a d c o r r o m p id a d e l a n t ig u o ré g im e n :
E n lu g a r d e l m it o d e l c o m ie n z o fe liz , d e la niñez, d e l g é n e ro h u m a
n o , ap are ce la p r e v is ió n u t ó p ic a d e la f e lic id a d d e l h o m b r e m a d u r o , u n
n u e v o c o m ie n z o d e la h is t o r ia q u e s u p o n e u n a a n t ic ip a c ió n de la g ra n
R e v o lu c ió n d e 1 7 8 9 . D e lo q u e se v a n a g lo r ia b a de h e c h o W ie la n d , c o
m o re c o n o c e m ás ta rd e e n u n a n o ca a p ie d e p á g in a d e la e d ic ió n de
1795:
46
e) N a d a m enos q iic I m m a n u e l K a n t se ha s e rv id o , d e sp u é s, d e la
«sagrada e s c ritu ra » de! G é n e s is p a ra d a r a su c r itic a a R o u s s e a u , a q u ie n
v a lo ra b a p o r e n c im a de to d o , ia fn rm a lite ra ria m ás in g e n io s a . Su texto:
P r e s u m i b le c o m i e n z o d e I? h i s t o r i a d e !a H u m a n i d a d (1 7 8 6 ) es, a! m is m o
tie m p o , c r it ic a d e lo s m ito s v f ic c ió n m ít ic a in te n c io n a d a " '. N o se trata
s ó lo d e u n ju e g o d e la " im a g in a c ió n a c o m p a ñ a d a de ia razón», s in o un
47
E l p r im e r p a so d e s d e la s e r v id u m b r e de la n a tu ra le z a se a d ju d ic a ni
m o r d is c o en la m a n z a n a . N o se p u e d e h a b la r d e la tra n s g re s ió n d e u n a
p r o h ib ic ió n ante s d e q u e la ra z ó n d e s p ie rte . M á s b ie n se le a b r ir ía n los
o jo s al h o m b r e c u a n d o , e n el p r im e r in t e n t o d e u n a e le c c ió n lib re , d e s
c u b r ió en s í la c a p a c id a d «de e le g ir p a ra s í u n m o d o de v id a , s in q u e d a r
lig a d o a u n s ó lo c o m o los o tro s a n im a le s » (p. 88). D e m o d o a ú n más
a g u d o in te r p r e t a K a n t el g esto d e v e rg ü e n z a c o n la h o ja d e h ig u e ra .
D e s p u é s d e l in s t in t o d e n u t r ic ió n tu v o q u e s u p e ra r e n u n s e g u n d o paso
ei in s t in t o d e l sexo, p o t e n c ia n d o la m era e s t im u la c ió n s e n s ib le m e d ia n
te la im a g in a c ió n . L a h o ja d e h ig u e r a es el p r i n c i p i o de Ía f o r m a c ió n es
tética:
48
L a resp uesta de K a n t era u n a ju s t ific a c ió n , e n ia líne:i de ia filo s o fía
d e ia h is t o ria , de ia p r o v id e n c ia q u e b u sca re so lv e r d ia lé c tic a m e n te la
c o n t r a d ic c ió n de las d o s d is p o s ic io n e s d e l h o m b re : c o m o esp ecie a n i
m a l y c o m o e s p e c ie m o ra l: "ia h is t o r ia d e la n a tu ra le z a c o m ie n z a d esd e
el b ie n , p u es es o b ra d e D io s ; la h is t o ria d e la lib e r t a d d e s d e el m al.
p u e s es o b ra d e l h o m b r e ” (p. 93)- L a c o n t r a d ic c ió n e n tre e x is te n c ia n a
tu ra l y s o c ia l p u e d e resolverse, y la p é r d id a para el in d iv id u o c o m p e n
IV
h l m r t o r e v o l u c i o n a r i a d e l m t e i'o c o m i e n z o d e leí h i s t o r i a
Si h ay u n su ce so de la h is t o r ia q u e se preste e m in e n t e m e n t e a te s ti
m o n ia r la fo r m a c ió n d e los m ito s de! c o m ie n z o en la era d e la I lu s tr a
c ió n . ése es ia R e v o lu c ió n d e 1789 en la c o n c ie n c ia é p o c a 1 de sus actores
y c o n t e m p o r á n e o s . S in e m b a rg o , este in c o n te s t a b le c a m b io de é p o c a
ha s id o r e c ib id o y c e le b ra d o en re a lid a d c o m o c u m p lim ie n t o del deseo
de u n n u e v o c o m ien zo d e la h is to ria , c o m o a c to fu n d a m e n ta ! d e u n a
s o c ie d a d de lib re s e ig u ales. E s o es lo q u e ín d ic a a n te to d o ia h is to ria
d e l c o n c e p t o d e R e v o lu c ió n . C u a n d o lle g ó la n o t ic ia d e l asa lto a la Bas
t illa y el rey s o r p r e n d id o ex cla m ó : «¡Es u n a re v u e lta !-, contesté) el a v u d a
de cám ara: «¡no, S ite , es u n a re v o lu c ió n !» '" . E sta fa m o sa a n é c d o ra s u p o
n e q u e el a c o n t e c im ie n t o n o p o d ía ser c o n s id e r a d o s ó lo c o m o u n a s u
b le v a c ió n d e n t r o d e l a n t ig u o o r d e n . A h o r a , un n u e v o p o d e r e x ig ía
c a m b ia r to ta lm e n te ei o rd e n e x is te n te , d e sd e la a c c ió n p o lít ic a al resto
d e ¡as in s t it u c io n e s de la s o c ie d a d , c o n u n c a m b io d e d ir e c c ió n que no
p e rm itie s e u n regreso ai p u n t o de p a rtid a , c o r n o en el a n t ig u o m o d e lo
d e l c ír c u lo de las c o n s t it u c io n e s . L a p a la b ra «rev o lu c ió n » q u e. d esd e el
c o m ie n z o d e la m o d e r n id a d se va d e s p r e n d ie n d o d e su o rig e n a s tr o n ó
m ic o , c o n t r a d ic e a h o ra to d a e x p e rie n c ia n a tu ra l d e l t ie m p o c o m o re
t o r n o d e lo ig u a l e in a u g u r a su p a p e l m o d e r n o , p r e ñ a d o d e h is to ria .
N o m b r a u n suce so in ic ia l q u e abre u n n u e v o h o r iz o n t e de ex p e cta tiva s.
49
y se re c o n o c e re tro s p e c tiv a m e n te c u a n d o se c o m p r u e b a lo q u e tu v o q u e
s u c e d e r p ara d a r ai c u r s o d e la h is t o r ia u n a n u e v a d ir e c c ió n irre v e rs ib le .
S ig o e n las c o n s id e r a c io n e s q u e van a c o n t in u a c ió n a R e in h a r t K o -
s e llck , a q u ie n d e b e m o s la in v e s tig a c ió n y e x p o s ic ió n clá sica s d e la h is
to ria deS c o n c e p t o m o d e r n o de r e v o lu c ió n " ’. Las Fases d e l p ro c e s o de su
im p o s ic ió n son : la fo r m a c ió n d e l c o n c e p t o en las g u e rra s c iv ile s d e s e n
c a d e n a d a s p o r las q u e r e lla s re lig io s a s , su a c u ñ a c ió n c o m o c o n c e p to
p ro g re s is ta re fe r id o af fu t u r o c o n las g u e rra s de la in d e p e n d e n c ia a m e r i
c a n a y en la r e v o lu c ió n fran cesa, y fin a lm e n t e la c o n t in u a c ió n p r o b le
m á tic a p la n te a d a c o n la a fir m a c ió n de u n a r e v o lu c ió n m u n d ia l p e r m a
n e n t e , y, d e s p u é s d e 1945, con la r e g r e s ió n a una n u e v a s it u a c ió n
p o te n c ia ! d e g u e rra c iv il, c u y a e lim in a c ió n p ara .siem pre h a b ía s id o la
g ra n e sp e ra nza d e 17 89.
A q u í n o s in te re s a s o b re to d o el n o ta b le c a m b io d e s ig n ific a d o q u e
se m u e stra e n el p a so d e la p a la b ra , d e l p lu r a l al s in g u la r. E n la c u m b r e
de ia I lu s t r a c ió n e u ro p e a n o h a y s ó lo m u c h a s h is to ria s s in o una h is t o
ria, n o h a y b e lla s artes, s in o un arte a u t ó n o m o , n o ca ra ctere s n a tu ra le s
o s o c ia le s , s in o un c a rá c te r in d iv id u a l, y n o h a y re v o lu c io n e s , s in o una
so la R e v o lu c ió n , g ra n d e e in c o m p a r a b le . E l a c o n t e c im ie n t o h is t ó r ic o
de u n c o m ie n z o q u e tu v o lu g a r en u n in s ta n te im p r e v is ib le (d e m o d o
e s p o n tá n e o o tras larg a p re p a r a c ió n ) , y, p o r lo ta n to , n o d e r iv a b le l ó g i
c a m e n te d e l p a sa d o , fu e e le v a d o al n iv e l d e l c o n c e p t o d e s d e la n u eva
e x p erie n cia h is tó ric a , p o r lo s ilu s tra d o s , c o m o ¡a r e v o lu c ió n , en s in g u la r,
ya antes de 1 7 8 9 . A s í, p o r e je m p lo , p o r M e rc te r, a u to r de u n a fa m o sa
n o v e la d e f ic c ió n fu tu r is ta El a ñ o d o s m il cu a tr o cien to s a m ie n ta . E s c r i
b ió en 1 7 7 2 , en u n a a s o m b ro sa a n t ic ip a c ió n , la in m i n e n c i a d e u n
tie m p o d e g u erras c iv ile s , «u n a é p o c a te r r ib le y s a n g rie n ta q u e, s in e m
b a rg o , c o n s t it u ir ía la s e ñ a l d e la lib e rta d » , u n t ie m p o d e l q u e p o d r ía
d e c irs e en el a n o 2 4 4 0 q u e de él s a lió la m ás fe liz d e to d as las r e v o lu
c io n e s . Esa r e v o lu c ió n c o m p r e n d e r á n o s ó io c ir c u n s ta n c ia s p o lít ic a s , s i
n o ta m b ié n las c o s tu m b re s , la r e lig ió n , el d e re c h o , la e c o n o m ía y la c u l
tu ra , es d e c ir, t o d o el m u n d o : « t o t a e s t r é v o l u l t o n d a m c e m o n d e -* " .
A esta ag u d a p e rs p e c tiv a h ay q u e a ñ a d ir q u e el c o n c e p to m o d e r n o
de re v o lu c ió n d e t e rm in a el c a m b io d e lo e x iste n te de d o b le m anera: re v o
lu c ió n c o m o fu e rza e s p o n tá n e a y c o m o c a m b io le n to , a p e la c ió n e n fá tica
de n o v e d a d y re g e n e ra ció n m ás tr a n q u ila d e lo a n tig u o llevad a a c a b o
p o r el tra b a jo de la Ilu s tra c ió n , es d ecir, u n ic id a d y re to rn o (p. 7 2 5 ). La
50
e x p lic it a c ió n a m e ric a n a de ios d e re c h o s natura le s del h o m b r e fu e s a lu d a
da e n F ra n c ia c o m o Lina r e v o lu c ió n feliz, c o r n o el "d ía q u e n o s ha i n t r o
d u c id o en u n a n ueva era»1'. P o d ía le g itim a r e n 17 8 9 c o m o a c c ió n e s p o n
tánea, q u e s in e m b a rg o c o n fir m a b a u n m o d e lo de! p asad o, ia c a íd a de!
d e s p o tis m o ,
F.ste c ru c e d e s in g u la r id a d v re p e tic ió n se a n u n c ia p ro g re s iv a m e n te
a la c o n c ie n c ia de c a m b io de lo s c o n t e m p o r á n e o s d e P 8 9 . U n o s ven
51
e l r e t o r n o d e la e d a d d e o r a d e u n tal Je a n D c l o r m c i , a b o g a d o y p ro feso r,
p u b lic a d o e n 1 7 9 0 y r e e d ita d o e n 1 7 9 7 y 1 8 6 5 '3-
E i tra ta d o está d e d ic a d o a ¡ oí f r a n c e s e s r e g e n e r a d o s , al p u e b lo francés
en su r e n a c im ie n t o , e n u n a h o ra en la q u e se h a c re a d o el ó r g a n o de u n a
v o lu n t a d g en e ral y se ha e s ta b le c id o la lib e rta d s o b re u n fu n d a m e n t o se
g u ro , p ara e n s e ñ a n za d e l m u n d o . C o n t ie n e u n a te o ría q u e ya h a b ía s u r
g id o d o s a ñ o s antes, p e ro q u e h a b ía t e n id o p o c a c ir c u la c ió n . E n tr e ta n to
se h a b ía c o n f ir m a d o p o r la R e v o lu c ió n y se h a b ía h e c h o in s u s titu ib le
c o n su a n t ic ip a c ió n d e l fu t u r o d e l «gran p e río d o » q u e c o m e n z a b a . Se
tra ta n a d a m e n o s q u e de u n s is te m a u n iv e rsa l q u e h a r m o n iz a n a tu ra le za
e h is to ria , física (fu n d a d a e n p r in c ip io s a s tro n ó m ic o s ) y m o ra l (fu n d a d a
en la v e rd a d d e la B ib lia ) . E ste s is te m a p e r m it ía p o r p rim e ra vez d e te r
m in a r el m o m e n t o c o n v e rg e n te en el q u e ia n a tu ra le z a c ó s m ic a y ia h is
to ria d e la h u m a n id a d c o in c id ía n en el su ce so de 1 7 8 9 , y los c a m in o s
a b ie rto s al fu tu r o . E l g é n e ro h u m a n o ha c a m in a d o en el d o lo r y la o s c u
rid a d d esd e h a c ía c u a re n ta o c in c u e n t a siglos; p e ro a h o ra se p u e d e c a l
c u la r q u e en d o c e o c a to rc e s ig lo s a lc a n z a rá la c u m b r e d e la p e rfe c c ió n .
E s tá a h o ra p re c is a m e n te e n el c o m ie n z o de u n g ra n p e r ío d o e n el
q u e se re p ite lo q u e u n a vez. tu v o lu g a r en su p r im e r c o m ie n z o , el p a r a í
so terrestre de la B ib lia y Sos m ito s a n á lo g o s p a g a n o s d e la e d a d de o ro .
L o q u e c o n la a c tu a l r e v o lu c ió n e m p ie z a de n u e v o n o es u n m e ro regre
so a! p r im e r o r ig e n , s in o —g ra c ia s a ¡os p ro g re s o s in a u d it o s d e l saber
ilu s t r a d o - u n in c r e m e n t o e n el c a m in o d e la re a liz a c ió n d e u n a in v e s t i
d u r a m ás p e rfe c ta d e l h o m b re .
E s c a r a c t e r ís tic o d e este n u e v o m it o q u e su a u t o r ha e n c o n t r a d o
fu e rte a p o y o en la filo s o fía , la te o lo g ía , e in c lu s o en la fís ic a y la a s tro
n o m ía p a ra f u n d a m e n t a r lo « c ie n tífic a m e n te » . D e lo r r n e l n o s ó lo se re
m it e a 1a a u t o r id a d d e P la t ó n p a ra in te r p r e t a r lo s m it o s g rie g o s d e l c o
m ie n z o de! m u n d o , ei g ra n d ilu v io , la e d a d de o r o o el t r ip le re to r n o de
la v id a e n el e s p a c io d e 3 6 .0 0 0 añ o s, e n c o n c o r d a n c ia c o n u n a c r o n o l o
g ía m e jo r a d a de la h is t o r ia b íb lic a (n e ce sita ser c o r re g id a p ara h a c e r q u e
el t ie m p o antes d e l d i l u v i o sea ig u a l q u e el t ie m p o p o s te rio r) . D e lo r r n e l
se re m ite ta m b ié n a to d as las a u to r id a d e s a n tig u a s y m o d e r n a s d e la as
tr o n o m ía , d e s d e los c a ld e o s hasta N e w t o n , E u le r y sus c o m p e t id o r e s ,
en la m e d id a e n q u e sus o b s e rv a c io n e s p u e d e n s e rv irle p a ra a p o y a r su
d iv is ió n d e l t ie m p o en p e río d o s . E l t ie m p o es c a lc u la b le a p a r t ir de ¡as
a lte ra c io n e s d e Jas ó r b ita s e líp tic a s de lo s p la n e ta s de! s is te m a s o la r y de
la d is m in u c ió n p e r ió d ic a de! á n g u lo de in c id e n c ia d e l sol s o b re el e c u a
d o r d e ia tie rra . D e a h í se s ig u e fo rz o s a m e n te q u e el estad o id e a l in ic ia l
52
d e u n e q u ilib r io c lim á t ic o - u n a p e re n n e p r im a v e r a - te n ía q u e p erd e rse
p ro g re s iv a m e n te c o n el c a m b io de las estacio n es- ; Q u é o tra cosa resta
s in o e x p lic a r a p a r tir d e tal p e r in d iz a c ió n c ó s m ic a ia p é rd id a d e la edad
d e o r o y c o n e llo la a p a r ic ió n d e to d o s lo s m a les d e l m u n d o ?
D e lo r m e l ab re ta m b ié n c o n su te o ría la m ás h a la g ü e ñ a p ersp ectiv a:
el p u n t o de in fle x ió n d e l t ie m p o c ó s m ic o a lc a n z a d o c o n ia r e v o lu c ió n
p o lít ic a hará q u e se va v a n s u a v iz a n d o los c o n tra s te s cíe las es ta c io n e s v
el c lim a se a p ro x im a rá a u n a s e g u n d a p rim a v e ra , e n la q u e ta m b ié n d e
sa p a re c e rá n to d o s los m ales d e i m o n d o v flo re c e rá n c o s tu m b re s sanas,
u n a m o ra l s im p le v artes y c ie n c ia ú tile s.
P o r m u c h o q u e h o v nos p are zca s o r p r e n d e n te la a b stm s a e r u d ic ió n
e m p le a d a p a ra h a c e r v e r o s ím il u n n u e v o m it o e n tin a llu s r r a c ió n e n e
m ig a d e lo s m ito s , el tra ta d o d e D e lo r m e l m e re ce n u e s tro in te ré s h is t ó
ric o , c u a n d o d e s c r ib e el h o rizo n te d e las e x p e cta tiv a s c o n c re ta s que se
p re s e n ta n a n te sus o jo s para el a ñ o 1 7 9 0 , q u e , e n tre ta n to , ya ha tra n s
c u r r id o . E l c a p ít u lo n o v e n o e n la z a c o n el su ce so de la Q u e r e lla de los
a n tig u o s y m o d e r n o s , y tra sla d a a C é s a r y C ic e r ó n al p resen te p ara d e
m o s tr a r c ó m o tu v ie r o n q u e s o rp re n d e rs e a n te ios lo g ro s (arte d e la g u e
rra, im p r e n t a , c ir c u la c ió n de la sa n g re o e le c t r ic id a d ) c o n los q u e ia
m o d e r n id a d h a s u p e ra d o el saber a n tig u o . Y, sin e m b a rg o , se está s ó lo
en el c o m ie n z o d e u n a n u eva ju v e n tu d d e l m u n d o . A e lla a p ela D e l o r
m e l, a c u d ie n d o a io s g ra n d e s e s p ír itu s fo r m a d o s e n la e scue la de la ra
z ó n , p a ra q u e o r g a n ic e n u n s is te m a e d u c a tiv o q u e siga s ó lo el p r in c ip io
d e la u t ilid a d u n iv e rs a l. Ya se a n u n c ia a q u í el e n f r e n t a m ie n t o p o s te r io r
d e las lla m a d a s «dos c u ltu ra s » , la n a tu ra lis ta y la h u m a n is ta . P u e s n o es
Sa v ie ja c u lt u r a h u m a n is ta c o n sus s e d u c c io n e s d e la re tó ric a y la im a g i
n a c ió n la q u e d e b e ser fo m e n ta d a y e s tim u la d a p o r ía a u t o r id a d p ú b l i
ca, s in o , p re fe re n te m e n te , las n uevas c ie n c ia s de la n a tu ra le za , e n m a rc a
d as p o r ía m o ra ! y la r e lig ió n , a saber, la m a te m á tic a , la a rq u ite c tu r a , la
q u ím ic a , la b o tá n ic a , la m e d ic in a , ia c ir u g ía la a g r ic u lt u r a y to d a s las
ra m a s de la fís ica . A d e m á s h ay q u e a ñ a d ir al p r i n c i p i o d e u t ilid a d u n
s e g u n d o p r in c ip io , el de la s im p lif ic a c ió n , a fin de d o m in a r ¡a s u m a i n
c a lc u la b le d e l saber ilu s t r a d o . L a h o ra d e l c o m ie n z o y d e l e n tu s ia s m o
h a c ia u n fu t u r o m e jo r ex ig e la h o ra de u n a re fo rm a c o n el o b je t iv o de
a p lic a r to d a te o ría a ¡a p rá c tic a , p o r io s m é to d o s m ás ab re v ia d o s:
SI
que el cu lto sea más accesible a los ignorantes, más satisfactorio para los
cultos, y más atractivo para todos».
Un lu jo p r o m e d io s u s titu ir á a la p o m p a p r in c ip e s c a p riv a d a , u n a
red d e ca lle s q u e a lc a n c e a to d a s las c o m u n id a d e s hará o lv id a r los c o s
tosos c a p r ic h o s d e las a v e n id a s o stencosas. N o s ó lo se m u lt ip lic a r á n los
can ales, s in o q u e h a b rá u n s is te m a c o m p le t o d e d esag ü e q u e c o m p e t ir á
c o n la n a tu ra le za . H a s ta a h o ra s ó lo se ha p e n s a d o en h a ce r m ás c ó m o
d o el tr á fic o p ara los ca rru a je s, m ie n tr a s q u e n o se a tie n d e a los p e a to
nes. E s ta r e la c ió n se in v e r tir á a m e d id a q u e la d e s ig u a ld a d a c tu a l vaya
d e s a p a re c ie n d o y se fo m e n te la c o m u n ic a c ió n e n tre to d o s los h o m b re s:
Y a B u fT o n h a b ía o b s e rv a d o q u e las p la n ta s y lo s fru to s se h a b ía n
d e s a r r o lla d o m e jo r en el ú lt im o s ig lo . ¡Y, q u e e sp e ra n z a p ara la fu tu r a
m e d ic in a ei d e s c u b r im ie n t o d e l s e c re to de la p r o lo n g a c ió n d e la v id a
h u m a n a ! H a y e n la n a tu r a le z a m in e r a le s y p la n ta s c u y o s e le m e n to s
s im p le s y sus c o m p le jo s , si se c o n o c ie s e n m ejor, c u r a r ía n a los h o m b re s
de sus m ales, «v q u iz á s los e v ita ría n » . E l d e s p o t is m o v la e s c la v itu d se
rán p r o n t o o lv id a d o s si F in a lm e n te se te r m in a de g o b e r n a r c o n c a stig o s
v re co m p e n sa s.
T a l es el m ás n o ta b le p o s t u la d o q u e d e s a rro lla en los c a p ít u lo s s i
g u ie n te s s o b re las c o s tu m b re s y la r e lig ió n en el «gran p e r ío d o in m i
nente». A h í e x p o n e el a u to r su c o n v ic c ió n m o d e ra d a , aú n c r is tia n a y
m o n á r q u ic a , seg ú n la c u a l el n u e v o c o n t r a t o s o c ia l se re a liz a rá ó p t im a
m e n te e n el m a rc o id e a l d e u n a m o n a r q u ía u n iv e rs a l. N o o b s ta n te era
D e lo r m e ! lo s u f ic ie n t e m e n t e o s a d o c o m o p a ra sacar d e l e s p a c io im a g i
n a rio d e la a n tig u a u t o p ía la e sp e ra n z a d e l re to r n o de la e d a d de o r o , v
e s ta b le ce r su m it o d e l c o m ie n z o en el t ie m p o c o n c r e t o de u n p o r v e n ir
re a liza b le q u e se in ic ia b a a q u í y ahora:
54
pasado, que en nuestro presente se nos aparecen sólo a una luz insegura?
Semejante será ei espíritu de ios rom anos, sí es que queda-'
V
t i c a le n d a r i o r e v o l u c io n a r i o , o: h a y q u e e m p e z a r p o r e ! p r i n c i p i o
L o s m i ros d e l c o m ie n z o c u lm in a n en el s ig lo x v n t c o n la in s ta u ra
c ió n d e l c a le n d a r io r e v o lu c io n a r io francés.
U n a tesis d e M ic h ac l M e in z e r" ha s a ca d o a lu z re c ie n te m e n te d o
c u m e n t o s q u e t e s t im o n ia n v iv a m e n te c ó m o la cesu ra h is t ó r ic a n o s ó lo
fu e r e c o n o c id a v s a lu d a d a p o r tos e s p ír itu s m ás e le v a d o s, s in o q u e ta m
b ié n fu e s e n tid a en la e x p e rie n c ia d ia ria y p ú b lic a c o m o u n c o m ie n z o
nuevo y to tal. E l n u e v o c a le n d a r io ra c io n a l, b a sa d o e n el siste m a d e c i
m a l, q u e d e b ía s u s t it u ir al a n t ig u o y s a g ra d o c a le n d a r io g r e g o r ia n o ,
c o n s titu y ó ) u n a r u p tu r a ra d ic a l c o n el p asad o . Pu es n o s ó lo d e b ía s a n
c io n a r las n u eva era c o n su p r o p io c o m ie n z o d e l t ie m p o h is tó ric o : el 22
d e s e p tie m b r e d e 1 7 9 2 , fe ch a fu n d a c io n a l d e la re p ú b lic a , a ñ o p r im e r o ,
co s a q u e o tras veces h a b ía s u c e d id o , p o r e je m p lo en la c o n t a b ilid a d r o
m ana a h u r b e c o n d ita , s in o q u e ta m b ié n d e b ía —co sa n u n c a e m p r e n d i
d a - d e t e r m in a r u n a nu eva o r d e n a c ió n d e l c a le n d a r io (sem an as d e d iez
d ía s, m eses re g u la re s c o n n o m b re n u e v o , d ía s (e stiv o s in te r c a la d o s ) ,
u n a n u e v a o r g a n iz a c ió n d e la v id a d ia ria , y, c o n e llo , m o d if ic a r el r itm o
v ita l d e l tra b a jo y el d e s ca n s o , d e !a e x is te n c ia re glad a y la festiva, en el
e s p ír it u ra c io n a l de la R e p ú b lic a e m a n c ip a d a .
E l d e c re to c o r r e s p o n d ie n t e d e l 4 de I r im a r io d e l a ñ o II (2 4 -S 1 -
1 7 9 3 ) a n u n c ia en su a r t íc u lo 1: « E l c á lc u lo de! t ie m p o p o r lo s franceses
se h a rá a p a r t ir d e la f u n d a c ió n d e la R e p ú b lic a , q u e, según el c á lc u lo
o r d in a r io , ha t e n id o ius,ar el 2 2 d e s e p tie m b re d e 1792. el d ía en el q u e
el sol ha a lc a n z a d o el e q u in o c io d e o to ñ o » , v e x p lic a la p id a r ia m e n te en
el a r t íc u lo 2: « E l c á lc u lo o r d in a r io d e l t ie m p o q u e d a a b o lid o p ara e iío .í
c iu d a d a n o s » . L a c a n c e la c ió n d e l c a le n d a r io g re g o r ia n o s ig n if ic ó e x p re
sa m e n te en to d o s lo s d e b a te s u n ú lt im o a c to s im b ó lic o de r u p tu r a c o n
el d o m i n i o d e las tres in s ta n c ia s d e l a n tig u o ré g im e n : el c a le n d a r io r e
v o lu c io n a r io es u n a d e las " in s t itu c io n e s m ás a p ro p ia d a s p ara h a c e r o l
v id a r el p r e d o m in io d e la realeza, la n o b le z a y el c le r o ''1'. Q u ie n d is-
5S
p o n g a clci c a le n d a r io —d ic e el a r g u m e n t o d e l d o c u m e n t o e x p lic a t iv o
q u e a c o m p a ñ a la re fo rm a — d is p o n e d e l p o d e r d e re p r e s e n ta c ió n q u e d e
te r m in a la m a rc h a t r e m p o r a l d e la v id a d ia ria :
E l p r i n c i p i o d e ra zó n , y, m ás c o n c re ta m e n te , el s is te m a d e c im a l de
pesas y m e d id a s q u e se im p o n e en este m o m e n t o , y las ieyes de ¡a n a t u
raleza, le g it im a n p o r ig u a l ia a p e r tu ra d e l n u e v o t ie m p o re p u h lic a rio .
P u e s p re c is a m e n te el 2 2 d e s e p tie m b re d e 1 7 9 2 el sol está a las 9 llo ra s,
18 m in u t o s y 3 0 s e g u n d o s e n el e q u in o c io c o n el s ig n o de lib ra , c o n s a
g r a n d o así el p r im e r d ía d e la n u e v a era:
L a p r o p u e s ta d e ley p re s e n ta d a p o r G i i b e r t R o m m c , « p a d re d e l ca
le n d a r io r e v o lu c io n a r io » , fu e a p ro b a d a e n b lo q u e p o r la A s a m b le a N a
c io n a l; s o la m e n te se p r o d u je r o n d is e n s io n e s c o n la d iv is ió n d e l a ñ o re
p u b lic a n o y lo s n o m b re s d e lo s m eses, d é c a d a s y d ía s, p e n s a d o s c o m o
in s t r u m e n t o s d e e d u c a c ió n p o lít ic a . F in a lm e n te , fu e u n a c o m is ió n , en
la q u e a c o m p a ñ a b a n al a u to r R o m m e d o s p o etas, M a r ie Josep h C h e -
n ie r y F a b re d 'E g la n t in e , y u n p in t o r , L o u is D a v id , la e n c a rg a d a d e
b u s c a r «u n a n o m e n c la t u r a m ás cia ra y ra z o n a b le » 1 . Su re s u lta d o fu e ro n
lo s n o m b re s d e los m eses, a c e rta d o s ta n t o o n o m a t o p e y ie a c o m o p r o s ó
d ic a m e n te : V e n d im ia r lo , B r u m a r io , F r im a r io (p ara el o t o ñ o ) . N e v o s o ,
P lu v io s o , V e n t o s o (para el in v ie r n o ) , G e r m in a l, F lo re a l, P r a d ia ! (p ara la
p rim a v e ra ) , M e s id o r , T e r m id o r , F r u c t id o r (p ara el in v ie r n o ) , c o n lo q u e
se p r e t e n d ía a c e rc a r al p u e b lo fran cés (¡idea fa v o rita d e los fisió cra ta s!)
lo s fu n d a m e n t o s de la a g r ic u lt u r a y el p ro c e s o c íc lic o de la n a tu ra le z a .
Se p o d r ía m e n c io n a r ta m b ié n el n o m b r e , ya o lv id a d o , re se rv a d o p a ra el
56
d ccn n o d ía de cada d é cad a , d é c a d i , d ía s d e d e s c a n s o en c o m p e t e n c ia
c o n el d o m in g o , y el n o m b r e d e lo s d ía s a ñ a d id o s al Final d e l a n o , des-
trinados a fiestas, lo s s t t n s c u l c t t i d e s . E n su h s b a z n d e u n c u a d r o h i s t ó r i c o
d e l p r o g r e s o d e l e s p í r i t u h u m a n o (1793), C o n d o r c e t a ñ a d ió a la re fo rm a
d e c im a l d e l c a le n d a r io el p r o y e c to de u n a h is to ria de! m u n d o s o m e tid a
ta m b ié n a la r a c io n a lid a d d e c im a l. L a d i v i d i ó en d ie z é p o c a s y s it u ó el
p re s e n te d e ia r e p ú b lic a Francesa, in t r o d u c id o p o r la g ra n r e v o lu c ió n ,
en la n o v e n a é p o c a , en el u m b r a l d e la d é c im a y ú ltim a , q u e re aliza ría
la ig u a la c ió n de ias n a c io n e s y la s o c ie d a d p e rfe cta para la h u m a n id a d
e n t e r a '5.
E i re s u lta d o d e la m ás re cie n te in v e s tig a c ió n h is t ó r ic a d e n o ta , d o s
s ig lo s d e s p u é s, el a s o m b ro : -<el c a le n d a r io r e v o lu c io n a r io se in t r o d u jo
s in p ro b le m a s y s ó lo c o n tra b a jo p u d o m ás tarde ser a b o lid o " . L o s p r i
m e ro s d e b a te s s o b re el c a le n d a r io « te s tim o n ia n u n o p t im is m o a m p lio ,
casi ilim it a d o en ia fu e rza de c o n v ic c ió n d e la re fo rm a» '". L a h is to ria de
su in s t a u r a c ió n , de su d e s m a n t e la m ic n t o p a rc ia l y f ilia lm e n t e d e su
a b o lic ió n p o r N a p o le ó n , a ñ o v m e d io d e sp ué s d e su c o r o n a c ió n c o m o
e m p e r a d o r , el 2 d e s e p tie m b re de 1 8 0 5 . se e x tie n d e a lo la rg o de trece
a ñ o s. Se p u e d e rastrear su e fe c to m ás in c is iv o , p a so a paso, en las m o d i
fic a c io n e s d e la o r g a n iz a c ió n te m p o r a l d e !a v id a a d m in is tr a t iv a , e m
p re s a ria l y a u n p riv a d a , e n lu c h a c o n t r a las a n tig u a s c o s tu m b re s y sa
g rad as tra d ic io n e s , c o m o el d ía de d e s ca n s o (los v ie jo s d o m in g o s fre n te
a lo s n u e v o s d écn d i). P e ro lo m ás a s o m b ro s o es v e r c ó m o u n m ir o del
c o m ie n z o , lite ra lm e n te , es lle v a d o a la re a lid a d d e la v id a r e v o lu c io n a
ria , p l a n i f i c a d o c o n im p u l s o e lit is t a e in c o r p o r a d o a la p r á c tic a . E s
a s o m b r o s o el in t e n t o g r a n d io s o , e! a n h e lo de Sos ilu s tra d o s p o r u n n u e
v o c o m ie n z o de la h is to ria , v, p u e s to q u e la s a n g rie n ta r e v o lu c ió n h ab ía
a lc a n z a d o sti o b j'e tivo , h a c e r q u e se c u m p lie s e u n a r e v o lu c ió n p a c ífic a ,
la in s t it u c ió n re p u b lic a n a de u n t ie m p o n u e v o .
E ste in te n to , c u y o im p u ls o s u p u s o e v id e n te m e n te u n c a m in o s o
c ia l a la rg o p la z o (la r e e s tru c tu ra c ió n de la o r d e n a c ió n p r e in d u s tr ia i d e l
t ie m p o c o m o c o n s e c u e n c ia d e la r e v o lu c ió n in d u s t r ia l y d e la c iv iliz a
c ió n c iu d a d a n a ) " 1, s u c u m b ió a p a re n te m e n te s ó lo a n te u n d e c re to im p e
ria l. L a i n t r o d u c c ió n d e l c a le n d a r io r e p u b lic a n o p u s o la c o n c ie n c ia de
la é p o c a de lo s r e v o lu c io n a r io s a n te u n d ile m a d e s c o n o c id o hasta el
m o m e n to : el in t e n t o c o n s t r u c t iv o d e d e t e r m in a r ra c io n a lm e n te el r i t
m o v ita l d e l tra b a jo y el d e s c a n s o se c o n s e g u ía a¡ p r e c io de u n re to rn o
5?
al o r d e n c íc lic o d e la n a tu ra le z a , q u e a m e n a z a b a c o n a rre b a ta r el fu r u m
ni p ro c e s o lin e a l, p r o g r e s iv o e irre v e r s ib le d e la R e v o lu c ió n . Cuando
R o m m e , el p r o m o t o r d e i c a le n d a r io r e v o lu c io n a r io q u is o , en u n p r im e r
m o m e n to , c o n s a g ra r io s n u e v o s n o m b r e s de ios m eses ai re c u e rd o de
los g ra n d e s m o m e n t o s de ia é p o c a , e n tre la c o n v o c a t o r ia d e los E s ta d o s
G e n e ra le s y la f u n d a c ió n de la R e p ú b lic a , r e c ib ió el re p r o c h e de q u e
im p o n e r , m e d ia n te u n c a le n d a r io , el p a sa d o a lo s a c o n t e c im ie n t o s f u t u
ros d e u n a r e v o lu c ió n n o c o m p le t a d a , n o d e ja b a a p e rtu ra a lg u n a v e te r
n iz a b a el e s ta d o a c tu a l de las cosas11.
; T u v o q u e lle g a r a ser el c a le n d a r io de ia ra z ó n d é c im a !, c o n su h o
m e n a je i m p líc it o en el n o m b r e de lo s m eses a la n a tu ra le z a b o n d a d o s a ,
el ú lt im o m it o d e l c o m ie n z o , p ara ser de n u e v o re tira d o , ai ig u a l q u e
fu e s u p e ra d o p o r o t r o fu t u r o p o lít ic o ?
VI
P er sp ectiv a s
L a c o n s id e r a c ió n d e l c a le n d a r io r e v o lu c io n a r io c o m o el ú l t i m o
m it o d e l c o m ie n z o en la I lu s tr a c ió n , q u e , c o n el fracaso de su im p la n t a
c ió n p u s o en c la ro q u e, si b ie n se p u e d e h a c e r h is to ria , n o se p u e d e c o
m enzar ab ovo, ju s tific a u n a v is ió n p e rs p e c tiv a s o b re la h is t o ria d e sp ué s
d e la r e v o lu c ió n . P o r lo q u e sé, n o se e n c u e n t r a n e n e lla m ito s d e c o
m ie n z o d ig n o s de m e n c ió n , a u n q u e si n u e v o s m ito s s o b re la id e n tid a d
n a c io n a l, ia e v o lu c ió n , y ta m b ié n s o b re ia r e v o lu c ió n p e rm a n e n te y la
d e fin it iv a . L a n o s ta lg ia r o m á n t ic a d e u n « re to rn o a la n a tu ra le z a " era u n
m it o d e l c o m ie n z a p er d id o , de! q u e s ó io ias artes p o d ía n d a r a ú n u n a
idea, E l r o m a n t ic is m o p o lít ic o q u is o d e s h a ce r ei c o m ie n z o v o lu n ta r is ta
de u n a r e v o lu c ió n m u n d ia l. Q u is o d e fe n d e rs e de la fu e rz a a n a rq u is ta
q u e b u s c a b a m o d if ic a r ei m u n d o , re h u s a n d o el d e re c h o h is t ó r ic o de la
n o v e d a d . C u a n d o to d a la le g it im id a d d e la a c c ió n se basa en ia c o n s e r
v a c ió n d e l ie g a d o d e la t r a d ic ió n , el c o n o c im ie n t o de la h is t o r ia s ó lo
p u e d e b u s c a r la lu?. e n la c o n t in u a c ió n o rd e n a d a , en ia e v o lu c ió n r a c io
nal q u e c a m in a a su p le n it u d , o su fin p o te n c ia l, p e ro n o en u n o rig e n
h ip o t é t ic o . L o s m ito s d e l c o m ie n z o , o d e l n u e v o c o m ie n z o de la h is t o
ria, c e d e n el paso, c o n la d e c a d e n c ia d e la h e r e n c ia d e la I lu s tra c ió n , a
los m ito s d e i p ro g re s o , y, d esp ué s, a los n u e v o s m ito s de la d e c a d e n c ia
d e ia c iv iliz a c ió n c iu d a d a n a y el fin d e la h u m a n id a d . Si se c o n t e m p la
d e sd e esta p e rs p e c tiv a la c o n o c id a p ro g n o s is h e g e lia n a d e l « fin del pe-
l| M an 71:r, pp.
58
r ío d o de! arre», e n to n c e s m e re ce la p e n a re c o rd a r q u e va la c o b Tnubes
le c o n t r a d ijo c o n la tesis: « n o se tra ta d e l fin d e l arre, s in o d e l fin de la
h is to ria . Si se e n t ie n d e el fin de ia h is to ria , al m e n o s v ir t u a lm e n t e (en el
s e n tid o de la p o s th is to r ia de K o jé v e tras la R e v o lu c ió n fran cesa), e n t o n
ces se a d ju d ic a a! arre u n a nu eva tarea: h a ce r c o m o si to d a v ía actu ase » ’ '.
Se e n t ie n d e ei arte c o m o « fo r m a de vid a » , la s e p a ra c ió n dei « m u n
d o d e l trabajo», d e la e x p lo r a c ió n d e ia n a tu ra le z a y d e la e x p lo r a c ió n
d e l h o m b r e p o r el h o m b re , m e d ia n te u n “ in u n d o c o m o ju e g o .>. Esta t e
sis se o p o n e a to d o s lo s m ito s d e i o rig e n . B ro ta d e u n a esté tica e scaro ló-
s*ica, de la e sp e ra n za e n u n a s u p e ra c ió n d e la h is t o ria m e d ia n te la c o m
p le t a e m a n c ip a c ió n de to d o s lo s s e n t id o s hum anos, e in r e n t a
r e c o n c ilia r al jo v e n M a r x c o n S. P a b lo : «Pues el c a rá cte r pnm aU va sea
d e l arte, ya sea d e ia h is t o ria , es a ú n u n ín d ic e d e u n a re a lid a d n o redi
m id a : en ella se re c o n o c e s ó lo a tro zo s. P e ro al fin a l de la h is t o ria , e n el
r e c o n o c im ie n t o m u t u o d e los h o m b re s v en ia r e c o n c ilia c ió n d e la n a
tu ra le z a y el h o m b r e , c o n o c e r é c o m o s o y c o n o c id o » ''.
N o o b s ta n te , la a tre v id a tesis d e fa c o b la u b e s d e s e m b o c a en u n a
c u e s t ió n en la q u e el fin a l d e la h is t o ria im p lic a su n u e v o c o m ie n z o : «la
p re g u n ta p o r u n a nu eva ley de la tie rra , u n a c u e s t ió n q u e va n o está en
la fro n te ra d e lo e s té tic o , s in o de lo p o lít ic o » ’1. D e s d e ei p u n t o d e vista
h is t ó r ic o e n c o n tr a m o s a q u í u n a d ir e c c ió n d e !a esté tica a n tir r o m á n t ic a
d e la m o d e r n id a d , q u e, en c o n t r a d ic c ió n c o n la p r o g n o s is d e H e g e l, v
fre n te a lo s m ito s d e l fin , ap are ce a m e d ia d o s d e l s ig lo XIX v c u lm in a en
las v a n g u a rd ia s d el XX. c o n la p re te n s ió n d e q u e s ó lo ei arte p u e d e su
p o n e r u n n u e v o c o m ie n z o d e l m u n d o , en u n p ro c e s o a p a re n te m e n te
in c o n t e n ib le . E sta te n d e n c ia se a n u n c ia , m ás allá d e lo p o lít ic o , en u n a
d e t e r m in a c ió n nu eva d e ta p e r c e p c ió n estética: «el g e n io n o es s in o la
in fa n c ia re e n c o n tra d a v o lu n ta r ia m e n t e , u n a in fa n c ia d o ta d a , p ara e x
presarse, de ó rg a n o s v irile s y e s p ír itu a n a lític o » . C 'o n esta Fam osa a f i r
m a c ió n d io B a u d e la ir e su s ig n if ic a c ió n m o d e r n a a la c a te g o ría estética
d e lo in g e n u o , q u e p o r la m is m a é p o c a R u s k in p e d ía para la p in tu ra :
«el p o d e r té c n ic o e n te ro de la p in tu r a d e p e n d e d e q u e re c o b re m o s lo
q u e p u e d e lla m a rs e la in o c e n c ia d e i o jo » " . ¡Ya n o es la v u e lta n o s tá lg ic a
a la niñez, d e la v id a in d iv id u a l o h is t ó ric a , la tarea y la o p o r t u n id a d de!
F.n: P o c ú k u n d H r r m t 'n c u n k ¡ f¡ f I 9 6 8 ) . p . 6 6 0 .
I b i d . , p . 7 i 8.
i h i d . . p . 7 | 3.
^ B n u d c h i r e : l.€ p e in t r e d t' l i r’ie n w d t- n w ( 1 8 5 ^ ] . e n : O c u v r r í. <d 1;í P l c i n d e , P a r ís
1 9 5 1 , p- 8 8 0 |trn d. C.iFt, d e A t c i r a S n n v c J r a ; [ - ( p m t r tr d e [a vtd si ftindn'W ii, M u r c i a . C o l
O f . d e A p a r e j a d o r a s v A r q t o s . T é c n i c o s . i 9 9 5 | ; R u s k i n : l 'h f o f D r x i ft n g , o t r i d * 1
e n M . I m d a h l . P o c n k u n d H t 'r f f t m r u h k / / f | 9 6 6 : k p. 1 9 7 .
arte m o d e r n o fre n te a u n a re a lid a d a lie n a d a , s in o la re e la h o ra c tó n c o n s
c ie n te , a n a lític a , d e ¡a o r ig in a lid a d y ia p le n it u d s e n s ib le d e u n a p o s ih lc
e x p e rie n c ia m u n d a n a ! L o q u e este g ir o s ig n ific a p ara !a esté tica de la
p o e sía y la p in t u r a m o d e rn a s , es a lg o d e lo q u e n o n e c e s ito o c u p a r m e
a q u í de n u e v o '1. B asta c o n a p o rc a r el p aso q u e las v a n g u a rd ia s , antes y
d esp ué s de la p rim e r a g u e rra m u n d ia l, d ie r a n , p a s a n d o d e lo e s té tic o a
lo p o lít ic o , p a ra fija r e n u n a r e v o lu c ió n e sté tica e! n u e v o c o m ie n z o de
ia h is t o r ia b a jo ia d ir e c c ió n d e l arte. E n el e s c rito p r o g r a m á t ic o d e B a ila
y D cp cro La r eco n str u cció n fu tu r is ta d e l u n iv erso ( 1 9 1 5 ) se p ro c la m a :
« N o s o t r o s , f u t u r is t a s , q u e r e m o s r e a liz a r esta f u s ió n c o m p le t a , p a ra
c o n s t r u ir d e n u e v o e! U n iv e r s o ; m ie n tra s lo c o n d u c im o s a la m ás cla ra
a ltu ra d e sí m is m o lo re cre a m o s n u e v a m e n te . A io in v is ib le , lo in a s ib le ,
lo im p o n d e r a b le e im p e r c e p t ib le d a re m o s c a rn e y h u eso s» ' .
L a fu s ió n d e to d a s las artes c o n el fin d e d o m in a r la re a lid a d en ia
o b ra to ta l d e arte, y e le v a r el arte a la fo r m a d e v ¡d a p o r e x c e le n cia , es el
in s u p e r a b le m it o m o d e r n o d e l c o m ie n z o - A c e p t a lite r a lm e n te ia a f i r
m a c ió n d e N ie tz s c h e , « sólo c o m o f e n ó m e n o e s té tic o se ju s t ific a la e x is
te n c ia d e l m u n d o » '1, y recae s in s o s p e c h a rlo en el in t e n t o de u n a r e a li
z a c ió n de la m e ta fís ic a d e i e t e rn o re to rn o , c u y a fo rm a p o lít ic a fu e e n el
s ig lo XIX la « r e v o lu c ió n p e rm a n e n te )'. Ia tesis de q u e la g ra n r e v o lu c ió n
n o q u e d a b a c e rra d a c o m o u n a c o n t e c im ie n t o ú n ic o , s in o q u e se p r o
lo n g a b a en u n a r e v o lu c ió n p e rm a n e n te , se e n c u e n t r a ya en to d o s ios
c a m p o s p o lít ic o s '1. L a « r e v o lu c ió n p e rm a n e n te » se c o n v ir t ió , tras el fra
ca so d e la r e v o lu c ió n de 1 8 4 8 , en el g r it o d e b a ta lla d e l m o v im ie n t o s o
cialista™ . A d ife r e n c ia d e las r e v o lu c io n e s b u rg u e s a s d e l p a sa d o , ex ig e
K a r i M a r x d e ¡as r e v o lu c io n e s p ro le ta ria s d e l fu tu ro : «se c r it ic a n c o n s
ta n te m e n te a sí m is m a s , in t e r r u m p e n c o n t in u a m e n t e su p r o p io c u rs o ,
v u e lv e n a lo a p a re n te m e n te re a liz a d a p a ra c o m e n z a r d e n u ev o ... r e tr o
c e d e n e sp a n ta d a s a n te lo d e s c o m u n a l e in d e t e r m in a d o de sus p r o p io s
fin e s, hasta q u e se crea u n a s it u a c ió n q u e h a ce im p o s ib le la v u e lta » 1".
E n lu g a r d e l m it o d e l n u e v o c o m ie n z o de la ilis t o r ia a p are ce el n u e v o
60
m it o d e l c o m ie n z o de la r e v o lu c ió n m u n d ia l d e l p r o le t a r ia d o , s ie m p re
in t e n t a d o , s u p e ra d o e in t e n t a d o d e n u e v o , p e ro a! fin a l in c o n t e n ib le .
P e to c o n e llo regresa M a r x a u n a estrateg ia q u e lo s m ito s d e l c o
m ie n z o de la I lu s tr a c ió n h a b ía n re ch a za d o , y q u e c in c u e n t a añ o s d es
p u é s c o n f ir m ó e x p re s a m e n te C ,eorg es S o re l, el f iló s o fo d e ia h u e lg a g e
n e r a l en su s R e f l e x i o n e s s o b r e la v i o l e n c i a (1 9 0 8 ), 1.a r e v o lu c i ó n
d e fin it iv a , a la q u e c o n v o c ó al p r o le t a r ia d o c o m o el ú n ic o s a lv a d o r q u e
q u e d a b a , te n ía q u e ser u n a c re a c ió n im p r e v is ib le (en el s e n tid o d e l c la n
v ita l d e R e rg so n ): el m it o , o r g a n iz a d o p o r él m is m o , d e la lu c h a fin a l.
LJn c o m ie n z o p la n if ic a d o y, p a ra d ó jic a m e n te , u n c o m ie n z o , ta m b ié n ,
q u e re to rn a . Pu es S o re l ( u n o de io s p o c o s y g ra n d e s le c to re s de V ic o )
e s ta b le c ió la e q u iv a le n c ia e n tre el c o m ie n z o ra d ic a l d e la -g ra n c a tá s tro
fe» y u n rico r w . al p r o le t a r ia d o le era a d ju d ic a d o el p a p e l d e l p u r o c r is
t ia n is m o p r im it iv o p ara lle v a r a la h u m a n id a d a su o rig e n o lv id a d o . F,l
m it o fin a l y ra d ic a l de. la m o d e r n id a d n e ce sita b a e v id e n te m e n te t a m
b ié n de u n reaseguro. L o b u s c ó y e n c o n t r ó en los m ito s de! c o m ie n z o
de ia I lu s tr a c ió n , t e s t im o n ia n d o así su in e x t in g u ib le fue rza im a g in a r ia .
ó¡
2
63
p o s t c x is t e n c ia d e lo ya e n v e je c id o ' E l p o s te s tru c n ira lis m o re co n o ce en D e -
trid a a su p ad re e s p iritu a l ( U é c r itu r c e s la d i j f c r e m e y D e ia g r a m m a t o l n g i e
a p a re cie ro n en 1967), q u ie n , en A m é r ic a , d e s e n c a d e n ó la o la del d e c o n s
tru c tiv is m o q u e aú n p erd u ra. U n p o s tm o d e r n is m o lite ra rio aparece a m e
d ia d o s d e los sesenta en las u n iv e rsid a d e s am erica n a s d e n u n c ia n d o p r o v o
c a d o ra m e n te u n a « lite rature o f ex h a u stio ti» q u e n o es s in o la m o d e rn id a d
ag o tad a cié la era de los E iio t, P o u n d , Jo v c e y R e c k e tt1. F,n 1971 aparece en
m a n ifie s to fir m a d o p o r Iha b H a ssa n c o m o P O S T m o d e r n í S M O (sic) en
ia revista N e w L ite r a r y H is to r y , q u e e x tie n d e la e tiq u e ta de P o s í- is m o ' &to
das las artes (e m p e z a n d o p o r la a rq u ite ctu ra ), ra tific a n d o así el g iro in ic ia
d o c o m o el u m b r a l de la e x p e rie n c ia estética de u n a n u eva época.
E n A le m a n ia , p o r ei c o n t r a r io , a p are ce ef P m t-h rn n n o en lo lite r a
r io s in o en lo p o l ít i c o c o n u n d e b a te s o b re ia h e re n c ia y el d e s tin o de la
I lu s tr a c ió n . P o r lo q u e sé, fue H e r m n n n I .iib b e q u ie n en 1 9 7 2 a ta c ó al
« N u e v o M o v i m i e n t o d e ia ju v e n tu d * ’ c o m o n e o m a m s t a e n el ú lt im o
o le a je a n t iilu s t r a d o , lo q u e le c o n d u jo , a el y a ios lla m a d o s d e sd e e n
to n c e s n c o c o n s e rv a d o r e s a ser c o n s id e r a d o s c o m o im p u ls o r e s d e l d e s
c r é d it o d e la I lu s t r a c ió n e n n o m b r e d e u n a p r e t e n d id a P o s tilu s tm á ñ n
L a m o d e r n id a d e s té tic a se v io así i lu m in a d a p o r la a m b ig u a lu z d e l
p o st-ism o , h a c ie n d o q u e su u n id a d c o m o é p o c a q u e d a s e re c o g id a c o n la
d e n o m in a c ió n de v a n g u a r d is m o , a u n q u e csre h a b ía fra c a s a d o en su i n
te n to de in te g r a r el arte e n la p ra x is v ita l. E s to p r o d u jo ia d iv is ió n de
lo s e s p íritu s , e n tre los q u e s u p u s ie r o n q u e la p o s t m o d e r n id a d n a c ie n te
era ia liq u id a c ió n d e la h e r e n c ia d e las v a n g u a rd ia s h is tó ric a s y los q u e
v e ía n p o s ib le su s a lv a c ió n . C o n el in t e n t o s a lv a d o r d e P e te r B ü r g e r nace
el p o s tv a n g u a r d is m o , a q u ie n c o r r e s p o n d e r ía la o c a s ió n de h a c e r d e la
n e c e s id a d d e u n a faisa s u p e r a c ió n , la v ir t u d de u n a p ra x is esté tica. E',n
Ita lia se q u is o p r o lo n g a r la c o n t m d ic t io in a d je c to de esa tesis c o n el non
p lu s u ltr a m e t a fó r ic o de la tr a n s v a n g u a rd in , te o ría a n a rq u is ta q u e d e
m odo ló g ic o s ó lo p o d ía ser le g it im a d a p o r una p o s tcr lticd '. P a ra
64
F ra n ^ o is L y o ta r d , p o r su p a rte , ¡a p o s t m o d e r n id a d q u e . en ta n t o q u e
tra n s v a n g u a rd ia , q u ie r e liq u id a r la h e r e n c ia d e la v a n g u a rd ia , n o es o t r a
co sa s in o la falsa c o n c ie n c ia d e la v e rd a d e ra m o d e r n id a d : en lu g a r de
e llo p r e c o n iz a u n a v u e lta a K a n t , e s p e ra n d o q u e «el a r f e m o d e r n o e n
6S
m o d e rn is m o estético la c o n c ie n c ia de u n a ru p tu ra entre lo viejo y lo n u e v o
q u e n o se p u e d e a rd c u ía r m e d ia n te la categ o ría c!e la s u s titu c ió n .
C ie r t a m e n t e ex iste ei p re c e d e n te de u n c o m ie n z o q u e a n u n c ia a ia
c o n c ie n c ia d e los c o n t e m p o r á n e o s de m o d o e n f á t ic o u n p o s t d ife r e n te
d e to d o io a n te rio r: ia ce sura h is t ó r ic a d e i p o s t C h r i s t w n n n t u m , la s u p e
r a c ió n d e to d o ei p a sa d o e n el n u e v o m e n s a je d e C r i s t o ' 1. E ste m o d e lo
p r o r o c r is t ia n o d e c a m b io e p o c a l q u e e n t ie n d e el p a so d e lo v ie jo a io
n u e v o c o m o u n a c o n v e r s ió n q u e ex ige ei re ch a z o r ig u ro s o d e lo a n te
rio r, e x tie n d e su p a th o s d e in ic ia c ió n a to d a la e x p e rie n c ia h is t ó r ic a d e l
área c ris tia n a , ya se tra te d e i a c to s im b ó lic o d e p r o c la m a c ió n d e lo n u e
v o e n la R e fo r m a (tesis d e L u te r o ) , d e lo s m a n ifie s to s d e m o v im ie n t o s
p o lít ic o s , o d e las r e v o lu cio n e s estética s (seg ú n ia f ó r m u la d e S c h ü le r y d e
F. S c h le g e l) q u e d e s d e el R e n a c im ie n t o b u sc a n le g it im a r ei d e re c h o de
lo n u e v o s o b re ¡o p a sa d o p o r u n n u e v o te s ta m e n to q u e p re te n d e la rea-
p r o p ía c ió n d e c ie r ta a n tig ü e d a d . S ó lo las v a n g u a rd ia s d e c o m ie n z o s d e í
s ig lo X X h a n a b a n d o n a d o t o d o t ip o d e le g it im a c ió n m e d ia n te lo a n t i
g u o , y p a re c e q u e esa es d e n u e v o la c r u z de lo s q u e se re c la m a n p o s t
m o d e r n o s . Y a n o f u n c io n a a q u í el m o d e lo p o s tc r is tia n o , p u e s fa lta a la
p o s t m o d e r n id a d el a c o n t e c im ie n t o fu n d a m e n t a l y la fig u r a d e c is iv a a la
q u e se r e m it a n las d ife r e n te s d e c la ra c io n e s de m u e r t e d e ios a ñ o s sesen
ta: m u e rte d e ia lite ra tu ra , d e l arte, d e la esté tica. E i n u e v o m o d e lo es la
esp era a c o r t o p la z o , y casi a p o c a líp t ic a , en el u m b r a l d e la p o s t m o d e r
n id a d , d e tin a a u t o c o n c ie n c ia in se g u ra , c u y o s s ín t o m a s s o n io s m ú l t i
p les la m e n to s d e C a s a n d r a s o b re la irre p a ra b le d e g r a d a c ió n de la e x p e
r ie n c ia e n u n m u n d o a lta m e n te t e c n ific a d o e « in g o b e rn a b le » y s o b re la
in e v it a b le d e s t r u c c ió n de [a n a tu ra le z a .
Sea c u a i sea la in t e r p r e t a c ió n de los s ín to m a s d e este fu i d e s icclc en
el u m b r a l d e l te rc e r m ile n io d e la era, y, d etrás de io s m it o lo g c m a s d el
a p o c a lip s is in m in e n t e de la s o c ie d a d in d u s t r ia l y de la o s t e n ta c ió n de
e p ig o n is m o q u e r e iv in d ic a el a rte m o d e r n o , h a y u n h e c h o n u c le a r q u e
se im p o n e a la m ir a d a c rític a : e n el s e n o d e la c o n c ie n c ia , to d a v ía i n d i
visa, de ia u n id a d e p o c a l d e l s ig lo X X , se p r o d u c e u n a p ro g re s iv a sep a ra
c ió n d e l p a sa d o . P a re c e q u e io n u e v o q u e c o m ie n z a n o es s u s c e p tib le d e
ser a r t ic u la d o c o m o e x p e rie n c ia , p e ro q u e io v ie jo q u e se sep ara s í es
c a p ta b ie en su fig u r a ev an esce nte. E s p re c is a m e n te ia e x p e rie n c ia e sté ti
ca ia q u e p u e d e ilu m in a r este c a m b io d e h o r iz o n te .
L o s a u to re s q u e en t o r n o a la p r im e r a g u e rr a m u n d ia l re c h a z a ro n
el arte re p re s e n ta tiv o , «realista» o b e llo , a b r ie n d o así el ú it im o h o r iz o n -
11 T e s i s p r o v o c a d o r a d e j . T a u b e s : «el re c u r s o p a s t C h r istu m ,1 h a n t i g ü e d a d d e s e m
b o c a en la barbarie»*, en el d e b a t e sobre postm odernidad: « H i r c u n d A v a n t g a r d c i X en
T u m irft ( n o t a 7 ) , p. 7 5 .
66
te d e lo m o d e r n o y q u e c o n su n o rm a s h a n d e t e r m in a d o n u e s tra n u eva
c o m p r e n s ió n d e ia lite ra tu ra y el arte, a p a re ce n h o y c o m o los «clásico s
d e ía m o d e r n id a d ». P o r d ife re n te s q u e fu e se n los p ro g ra m a s de las v a n
g u a rd ia s q u e se s u c e d e n en este m o v im ie n t o , ta n to los p re c u rs o re s c o
m o lo s re a liza d o re s d e l m is m o se n o s m u e s tra n re tro s p e c tiv a m e n te , p e
se a la c re c ie n te d is c r e p a n c ia e n tre h o r iz o n t e de e x p e c ta tiv a estética y
e x p e r ie n c ia h is t ó ric a , ( o r in a n d o u n a u n id a d de u n a é p o c a ce rra d a q u e
n o s p e r m ite r e c o n o c e r y d e lim it a r en su a lte r id a d u n m u n d o c o m ú n
a c o m p a ñ a d o d e ¡a c o r r e s p o n d ie n t e a u t o c o u c e p c ió n , u n a «epistem e* en
el s e n c id o d e F o u c a u ft. Es ia é p o c a lite ra ria m o d e r n a d e lo s e x p e r im e n
to s d e a u to re s c o m o A p o l li n a i r e y P o u n d , P r o u s t y jo y e e , B r e c h t y R e c-
k e tt, q u e c u im in a u n p ro c e s o q u e va d e l L llises al F i n n e g a n s W ake, y
q u e , d e m o d o e je m p la r c o n s titu y e el n o n p l u s u l t r a de! te a tro o d e !a
p ro s a n a rra tiv a c o n F in d e p a r t i d a y el N ou vea u rom án .
II
L a s c o n s id e r a c io n e s q u e s ig u e n r e to m a n la h is t o ria c o n c e p t u a l de
la m o d e r n id a d y d e lo m o d e r n o en el p u n t o en el q u e en u n tra b a jo
m ío de 1 9 6 5 creía ve r la ú lt im a g ra n etap a d e la Q ii e r e ll e d e s a n c i e n s e t
d e s m ú d e n le s , la esté tica b a u d e ia ire a n a de la m o d e r n i d a d y su id ea c e n
tra l d e lo b e llo e f ím e r o 1’ . F u e ai fin a l d e l r o m a n t ic is m o c u a n d o se p r o
d u c e el a b a n d o n o d e u n a t r a d ic ió n s e c u la r en la r u p tu r a c o n el h is to ri-
c is m o y el p la t o n is m o la te n te d e las b e lla s arte.s. P o lít ic a m e n t e esta
m o d e r n id a d e sté tica se s itú a en el h o r iz o n t e de la n u ev a e x p e rie n c ia de
la era in d u s t r ia l de la s o c ie d a d p o s tr e v o iu e io n a r ia , L a o b ra p o s tu m a de
W a lt e r B e n ja m ín , la O b r a d e l o s P a s a je s d o c u m e n t a esta t r a n s ic ió n h is
t ó r ic a q u e tie n e lu g a r e n el S e g u n d o I m p e r io , de m o d o m o n u m e n t a l.
E s u n a v is ió n ya casi c a n ó n ic a d e l c o m ie n z o d e n u e s tra m o d e r n id a d , a
c u y a re v is ió n he s id o im p u ls a d o p o r las ideas de A d o r n o y H o r k h e im e r
en su D i a l é c t i c a d e la I lu s t r a c i ó n . L a ilu s t r a c ió n b u rg u e s a c o n su s e p a ra
c ió n d e n a tu ra le z a y c iv iliz a c ió n h a p r o d u c i d o la c o n c ie n c ia d e u n a
a lie n a c ió n f u n d a m e n t a l d e la v id a s o c ia l y ha a b ie r t o el c a m in o de! p r o
g re s o d e la ra z ó n in s t r u m e n t a l q u e in c lu y e al m is m o t ie m p o u n a re gre
s ió n , p u e s to que el d o m i n i o d e la n a tu ra le z a e x tra h u m a n a se paga c o n
el r e c h a z o d e la n a tu ra le z a e n el h o m b r e . S o n tesis fam o sas q u e h a c e n
in a p la z a b le qu e n uestra c o m p r e n s ió n e p o c a l de la m o d e r n id a d n o se s i
tú e a m e d ia d o s d e l s ig lo X I X , s in o ya a n te s a m e d ia d o s d e l X V H I . I,a
67
cuestión del origen histórico de nuestro m undo m oderno deja de ser
una cuestión ociosa si exploramos su prehistoria con preguntas concre
tas que la teoría estética de A dorno descuida* Primera pregunta: ¿se ha
percibido ya la dialéctica latente de la Ilustración en su fase revolucio
naria y en qué síntom as se ha reconocido o anticipado?; y ¿cuál es la fi
gura literaria de su tematización, vista desde la debacle de la razón ins
trum ental en que estamos y desdé el abismo infranqueable producido
entre vanguardism o estético y cultura de masas? Segunda pregunta:
¿puede el proceso literario de ía m odernidad, desde la autonom ía axio-
lógica del arte en el siglo XVIII hasta el intento de disolución del arte en
la praxis vital del XX, ilum inar el cam bio de horizonte de la experiencia
histórica, si se lo interpreta com o el inten to siempre renovado de hacer
frente a la progresiva alienación de la sociedad burguesa y a la cosifica-
ción universal de la vida moderna?
III
«No hay testigos del um bral de una época. Un cam bio de época es
una frontera inobservable, desligada de cualquier dato im portante, de
cualquier suceso evidente»'3. Esta afirm ación lapidaria de H ans Blu-
m enberg queda refutada por el hecho de que en m edio de la Ilustración
burguesa se da un um bral de cam bio de época, com o se com prueba por
la retrovisión de una m irada diferenciadora y por un em inente testigo
que lo percibió y marcó de m anera provocadora. Se trata de Rousseau,
quien en sus D isam os de 1750 y 1754 reconoció el prim ero el «carácter
de Jano de la cultura (M M 37), ese «carácter am biguo del progreso que
desarrolla sim ultáneam ente el potencial de la libertad y la realidad de ía
opresión» (M M 96). Fue Rousseau el prim ero en reconocer «ía necesa
ria división social del hom bre en funciones independientes» (M M 84),
y en evocar com o contrapartida ía perdida «imagen de una naturaleza
intacta» (M M 59). Tam bién Rousseau intuyó lo que más tarde A dorno
(en formulación de sus M ín im a Moralia) llamó el «contexto ciego» de
la razón despótica. Adorno, quien había podido convocar a Rousseau
como testigo principal de su teoría de ía m odernidad, apenas lo m en
ciona ni en la Dialéctica de la Ilustración ni en M inim a Moralia, las dos
obras que ejercieron en mi generación un efecto sólo com parable al de
los dos Discursos de Rousseau.
68
Este es el m arco histórico de mi reflexión. Se plantea la cuestión de
la transform ación época! que tiene lugar en el centro de la Ilustración
francesa, m o m en to en el que la confianza o p tim ista en el progreso
ininterrum p id o y el triunfo inm inente de la razón ilustrada se cambió
en la conciencia de la incipiente alienación de la vida social, lo que aca
baría revelándose com o el problem a fundam ental de nuestra m oderni
dad. Intentaré com prender el proceso de la m odernidad desde la crítica
de Rousseau hasta la dialéctica de A dorno al hilo de los acontecim ien
tos más destacados, allí donde se articula literariam ente y aflora a la
conciencia pública la ru p tu ra entre expectativa y experiencia en un h o
rizonte tem poral e histórico progresivamente acelerado. C on ello abri
go una esperanza que Benjam ín, en atención a la m oda, y por lo tanto
al arte de la m odernidad, puesto que el paradigm a estético de Baudelai-
re era la m oda, explica así: «El interés más acuciante de la m oda para el
filósofo radica en sus extraordinarias anticipaciones. Es conocido que el
arte, sólo con imágenes, se anticipa en años a lo que será la realidad
perceptible»14. Si creem os al historicism o riguroso cuando m antiene
que lo nuevo in eventu acostum bra a sustraerse a la experiencia cons
ciente y que sólo ex eventu, retrospectivam ente, es reconocido com o el
lím ite entre lo que «ya no es» y lo que «aún no es»’\ ¿no le quedará a la
experiencia estética esa o portunidad, siempre confirm ada, de apostro
far, frente a la experiencia histórica, la aparición de lo nuevo, de elevar
a la conciencia las posibilidades que se anuncian, o incluso de dram ati
zar, com o un nuevo com ienzo o com o un giro único a la manera del
paradigm a paulino-cristiano («mira, todo es nuevo»), ese cam bio de
horizonte todavía im perceptible?16.
69
Si se c o m p r u e b a la e x is te n c ia d e r u p tu ra s en el p ro c e s o de la m o
d e r n id a d lite ra ria , p o r z w y o fit n d ftm e n tt n n in re p o d e m o s in d a g a r, es d e
cir, el a c o n t e c im ie n t o h is t ó r ic o q u e c o n d ic io n a la m a n ife s ta c ió n e s té ti
ca, en tal caso el c a m b io d e s ig n ific a d o d e lo m od ern a se a r t ic u la en tres
u m b r a le s n o ta b le s q u e e n fá tic a m e n te p o d r ía n d e s ig n a rs e c o m o tra n s
fo r m a c io n e s e p o ca le s. U n o es Ja rev o lu ció n estética e n tre el c la s ic is m o y
el r o m a n t ic is m o a le m á n q u e , e n t o r n o al i 8 0 0 y b a jo el s ig n o d e l h is to -
r ic is m o c re c ie n te , re ch a zó la a n tig ü e d a d e n ta n t o q u e a n tig ü e d a d c lá s i
c a a la le ja n ía d e o t r o p a sa d o , y sa có a la m o d e r n id a d c o n su n u e v a es
t é tic a d e lo s u b l i m e , in t e r e s a n t e y s e n t i m e n t a l d e l c í r c u l o d e lo
c lá s ic a m e n te b e llo , im p o n ié n d o la c o m o m e ta de ía e d u c a c ió n estética,
q u e h a y q u e e n te n d e r e n ta n t o q u e s o lu c ió n de las a p n ría s de la e d u c a
c ió n r o u s s o n ia n a b asad a e n la n a tu r a ie ia . L a s e g u n d a tr a n s fo r m a c ió n
tie n e lu g a r en t o r n o a 1 8 5 0 c o n ía te o ría de B a u d e la ir e d e lo b e llo tra n
s it o r io y ia p o é tic a de la p e r c e p c ió n fra g m e n ta d a de F la u b c r t . Se trata
d e la e s té tic a d e u n a m o d e r n id a d c u y a e x p e r ie n c ia t r a u m á t ic a d e ¡o
n u e v o h a ce q u e se e n fre n te a s í m is m a , s e g re g a n d o su p r o p ia a n t ig ü e
d a d y tr a n s fo r m a n d o el h is t o r ic is m o en e s te tic is m o , u n e s te tic is m o q u e
d is p o n e lib r e m e n t e d e t o d o el p a sa d o en e! e s p a c io d e l « m u s e o im a g i
n a rio » . L a te rce ra tr a n s fo r m a c ió n o c u r r e e n t o r n o a 1 9 1 2 en el c ír c u lo
d e artistas p r ó x im o s a A p o llin a ir e . C o n s is t e e n u n a m o d e r n id a d q u e se
a fir m a d e m o d o e u f ó r ic o , u n m o v im ie n t o e b r io la n z a d o a u n fu t u r o
fa n ta s m a g ó r ic o , en el q u e se a b a n d o n a el p a s a d o y el p a r a d ig m a m is m o
e n v e je c id o d e la Q u e r e lle , y en lu g a r d e él se re c u p e ra p a ra la m o d e r n i
d a d esté tica el h asta e n to n c e s p a r a d ig m a p o l ít i c o d e la v a n g u a rd ia . Las
in n o v a c io n e s q u e tie n e n lu g a r a h o ra n o se s u c e d e n t e m p o r a lm e n t e , s i
n o q u e c o n c u r r e n s im u lt á n e a m e n t e e n e) tie m p o . S o n tas in n o v a c io n e s
d e las v a n g u a r d ia s m ás re p r e s e n ta tiv a s e n t o r n o a la p r im e r a g u e rr a
m u n d ia l: la p o é tic a basad a e n la p lu r a lid a d de voces, el p r i n c i p i o de si-
70
m u it a n e id a d , el o b je t tr o u v é q u e in c o r p o r a la re a lid a d e x t e r io r c o m o
fr a g m e n t o , ei arte n o o b je t iv o q u e e x c lu y e g lo b a lm e n t e la re a lid a d , v fi
n a lm e n te , la re v u e lta s u rre a lis ta c o n sis in t e n t o d e d is o lv e r d ir e c t a m e n
te el arte en la v id a . L a m u lt ip lic id a d h e te ro g é n e a d e estos e n fo q u e s ha
c o n d u c id o a p o n e r en c u e s t ió n el c a rá c te r m is m o de é p o c a d e esta ú l t i
m a m o d e r n id a d estética. « L o q u e d ife r e n c ia el arte d e ia m o d e r n id a d
de! d e é p o c a s a n te rio re s , d ic e R a in e r W a r n in g , es la p é r d id a d e su u n i
d a d e p o c a L ' . A h o r a b ie n , e n c u a n t o a si la ú lt im a t r a n s f o r m a c ió n
a n u n c ia d a , el g ir o a la p o s t m o d e r n id a d , a u n q u e n o p a re ce c a p a z de
f u n d a m e n t a r sus p re te n s io n e s de n o v e d a d , p e r m itir á re tro s p e c t iv a m e n
te r e c o n o c e r u n a u n id a d e p o c a l en !o p a sa d o , cosa q u e in e v e n t v n o es
p e r c e p t ib le , y c o n e llo re p u d ia rá la m o d e r n id a d de la g e n e r a c ió n a n te
r io r c o n s id e r a d a c o m o el n u e v o c la s ic is m o , es u n a c u e s t ió n q u e p r e fe r i
ría d e ja r a b ie rta .
IV
E n ú lt im o t é r m in o , h a n s id o la h is t o r ia d e las ideas y ia h is t o r ia so
c ia l ia.s q u e h a n s u s c ita d o ia c u e s t ió n d e l c o m ie n z o de! m u n d o m o d e r
n o , c o n el re s u lta d o de q u e el c a m b io d e c is iv o de h o r iz o n t e ha t e n id o
lu g a r e n tre m e d ia d o s d e l s ig lo X V lll y m e d ia d o s del x lx , la lla m a d a p o r
K o s e lle c k « ép oca a caballo-*, c u y o c e n tr o es la R e v o lu c ió n fran cesa. L a
h is t o r ia de ia.s ideas n o se lim it a a d e c ir q u e «viejas p a la b ra s a d q u ie re n
s ig n ific a d o s n u evo s, q u e . c o n la p r o x im id a d al m o m e n t o c o n t e m p o r á
n e o , ya n o es n e c e s a rio tra d u c ir» '", C o m o ha m o s tr a d o R e in h a r r K o se -
líe k , el c a m b io p r o d u c id o en t o r n o a ¡ 7 5 0 p u e d e ser d e t e r m in a d o p o r
c r it e r io s q u e , co n c ep tu a liza d o s e n ese m o m e n t o y a lim e n ta d o s p o r las
n u e v a s e x p e r ie n c ia s q u e s u p u s o e! a c o n t e c im ie n t o d e la R e v o lu c ió n
fra n ce sa , p e r m it e n e n te n d e r la m o d e r n id a d c o m o lin a é p o c a en la q u e,
d ic h o e s c u e ta m e n te , «la h is t o r ia n o se re a liza en ei tie m p o ... s in o p o r el
tie m p o » '". L o s c r it e r io s d e K o s e lle k son: '-la d in a m ix a c ió n y te m p o r a li-
z a c ió n d e la e x p e rie n c ia m u n d a n a ; el p o r v e n ir a b ie rto al q u e h ay q u e
a b o r d a r p la n ific á n d o lo ; la c o n t e m p o r a n e id a d d e lo n o c o n t e m p o r á n e o
r R . V í’a r n i n g , - u S u r r n l i s r i s d i e 1 o t a l i t a r u n d d i e P a r a a l i t a r d e r M n d c r n c » , e n : / yr i k
u n d M f í h ' r c i d e r A v a n r g u r d e , e d R . W a r n i n g v VX'. W-eble, M ü n c h e n . 19 8 2 . p . 48 i .
,5 R . K o s e ll e c k . in tr . a G w h i e h t h c h c G r u v d b c g r i f j e . ed . p o r O . B r u n n c r . W . G on 7e .
R. K o scH e ck , S n m g a rr. 1 9 "% vol. L p X V .
R . K o s d l c c k . « D a s 18. l a h r h u n d c r t ais B e g i n n d e r Ncu/cml*, e n E p w h a i t c b u r l l r
u n d E p o c h e n b c w u s s t < f t n , ed- R. K o s e íl c c k - R . H cr / o ^ {Poctik u n d H t'rm erj euiik X l ñ . M ü n
c h e n , 19 8 7 , p. 2 7 8 .
71
q u e d ife r e n c ia d e m o d o p lu r a lis t a io q u e o c u r r e en c! m u n d o ; ia m u lr i-
p iic id a d p c rs p c c tiv is ta . fre n te a la q u e d e b e c o n s tr u ir s e v ev a lu a rse el
c o n o c im ie n t o h is t ó r ic o ; y p o r ú lt im o ia c o n c ie n c ia de v iv ir en u n t ie m
p o d e t r a n s ic ió n , e n el q u e es c a d a v e z m ás d i f í c i l in te g r a r las t r a d ic io
nes r e c ib id a s e n las n ecesarias in n o v a c io n e s "™ . E s e v id e n te q u e c u a n d o
h a y u n c a m b io d e l h o r iz o n t e de la e x p e rie n c ia en u n « m u n d o v iv id o »
q u e se t r a n s f o r m a de u n m o d o más r á p i d o de c o m o n u n c a lo ha hc cho,
n o se deja d e t e r m in a r c o n las d is t in c io n e s de q u e d is p o n e la filo s o fía de
la Ilu s tra c ió n ; y e fe c tiv a m e n te , p o c o d e s p u é s d e 1 7 5 0 a p a re ce n s im u l
tá n e a m e n te la filo s o fía de la h is to ria , ia a n t r o p o lo g ía f ilo s ó fic a y la esté
tica. O d o M a r q u a r d h a in te r p r e t a d o re c ie n te m e n te tal a c o n t e c im ie n t o
en el s e n tid o de q u e la f ilo s o fía m o d e r n a q u e c o r r e s p o n d e a tal é p o c a
«bisagra», in t e n t a u n a n u e v a d e f in ic ió n d e l h o m b r e «para c o m p e n s a r la
p é r d id a d e l m u n d o v iv id o q u e tie n e lu g a r e s p e c ífic a m e n te en esa m ita d
de s ig lo » ’ 1. E v id e n t e m e n t e n o es la filo s o fía a c a d é m ic a d e la é p o c a , la
c ris is d e la te o d ic e a le ib n iz ia n a a n te el te r r e m o t o d e L is b o a d e 1 7 5 5 , la
q u e p e r c ib e p r im e r o esta r e d u c c ió n d e l m u n d o .
F u e R o u sse a u el p rim e ro en re co n o ce r p ú b lic a m e n te el "d esen can to
d el m u n d o » p o r la c o s ific a c ió n casi im p e rc e p tib le p e ro progresiva, antes in
clu s o del desastre de L is b o a , en sus D is a m o s , p rim e ro (1 750 ) v s e g u n d o
(1 7 5 4 ), c u y o eco se e x te n d ió c o m o la p ó lv o ra p o r to d a E u ro p a . S egún
M a r q u a r d , el re su ltad o del d eb ate sob re la te o dicea en el pro ce so a b ie rto
p o r la Ilu s tra c ió n sob re el p ro b le m a del ''m al en el m u n d o » , c o n s is tió en
a firm a r q u e ya n o es D io s el cre a d o r del m u n d o , s in o q u e es el h o m b re
c o m o sujeto el responsable de su h isto ria, p ero qu e, h a b ié n d o se c o n v e rtid o
así e n ju e z y parte, se ve a b o ca d o a la p re s ió n a b so lu ta de la ju s tific a c ió n y a
la n ecesid ad de la le g it im a c ió n ” . Si tal re su ltad o s ig n ific a d e h e c h o el n a c i
m ie n to de la m o d e rn a filo s o fía d e la h isto ria q u e carga en ú lt im o té rm in o
c o n el fard o de la te o dicea secularizada, es alg o q u e p u e d e apreciarse va en
los p rim e ro s escritos de R ousseau, y su efecto s e c u n d a rio , la s o b rc ju d ic ia ii-
z a c ió n de! m u n d o d e la vid a, se revela en el s ín d ro m e de p e rs e c u ció n de sus
C o n fe s io n e s tardías; puesto q u e R o u sse au n o se p re g u n tó p o r ei s e n tid o de!
m al en el m u n d o , s in o p o r su causa en la so cied a d c o n te m p o rá n e a , su o r i
gen h is t ó ric o y el c a m in o de su re m e d io en u n a socied ad n u e v a '.
J0 I b i d . , p. 2 B 0 .
:i « D e r a n g e k l a g t c u n d d e r e n c í s m e te M e n s c h irt d e r P h í l o s o p h i e de s 18 . ] n h r h i m -
dert5>\ cíi A b s c h i f d r o m P r i n z i p i c í í n i , S t a r t e r ! , 1 9 8 1 . p. 4 2 .
” I h í d . , p. s.
'-1 En io q u e s Íejuc re c o jo r e s u iu d m cíe! c a p ít u lo s o b re R o u s s e a u r G o e fh c d e n i i lib ro
A s th fti s i'h f F r f í i h r u n g iw / J ¡ i t m i r i s c b ? H c m t e t t fu t i k , Í íé m k f im , 19 52., p p . [tra d .
o is t. p a r c ia l: F x p e r i e n a n e n é t i c a y h c r n i e n é u t i a i ¡iu r r a r u i, M a d r id . 1 a u r u s , ] 9 8 6 ].
72
E l d ia g n ó s t ic o d e l p r im e r D is c u r s o s o h r c su p r o p io t ie m p o e x p lic a
la c o d ific a c ió n c re c ie n te d e l m u n d o m o d e r n o p o r la e s c is ió n e n tre n a t u
raleza y c iv iliz a c ió n , es d e c ir, q u e las c o s tu m b re s y la m o ra l s o c ia l ríe la
g e n te se d e re rio ra n p a r a d ó jic a m e n te en la m e d id a en la q u e la c ie n c ia v
el arte p ro g re s a n a ¡as c u m b re s a lc a n za d a s p o r la I lu s tr a c ió n . L a m ira d a
re tro s p e c tiv a q u e R o u s s e a u la n z a e n su s e g u n d o D is c u r s o al E ta t d e n a -
/)(ff c o m o in ic io h ip o t é t ic o de la h is t o ria d e l h o m b r e , lib e ra a Sa n a t u
73
d o p o r lo s p r e ju ic io s d e su tie m p o , n o s ie m p r e ha p e n s a d o así, y q u t
n e c e s itó m u c h o t ie m p o p ara, c o n m u c h a o b s e r v a c ió n y re fle x ió n , darse
c u e n ta d e ia g ra n « ilu s ió n » en q u e h a b ía c a id o , pese al b r illo y p re s tig io
de! sabe r ilu s t r a d o q u e a d m ir a b a - 4. Es u n a ilu s ió n ta n to m ás en g a ñ o sa ,
c u a n t o q u e las c ie n c ia s y las artes re c u b re n « c o n u n b a r n iz " los v ic io s de
la s o c ie d a d en ia m e d id a q u e lo s d e s cu b re n : « d e stru y e n la v ir t u d , p ero
d e ja n como a lg o b e llo su s im u la c r o p ú b lic o » .
tiste « s in iu la c r o p ú b lic o d e ia v ir tu d » , t r a d u c id o al le n g u a je a c tu a l
sería ía « ce g u e ra " o la «falsa c o n c ie n c ia » . E s c ie r to q u e s ie m p r e ha e x is
t id o e n la c r ít ic a m o ra lis ta d e la c u lt u r a el re m a de ia m e n tir a c o n s c ie n
te; p e ro lo te rrib le d e l d e s c u b r im ie n t o d e R o u s s e a u es q u e n i la m ala
v o lu n t a d d e lo s in d iv id u o s , n i el p o d e r d e los rico s, n i el p e c a d o o r i g i
n a l d e lo s c ris tia n o s , n i el « a m o r p r o p io » d e s e n m a s c a ra d o p o r I,a R o -
c h e fo u c a u ld c o m o el o c u lt o im p u ls o de la n a tu ra le z a h u m a n a , sirv e n
p a ra e x p lic a r p o r q u é « n u e stra s v ir t u d e s n o s o n s in o v ic io s d is fr a z a
d o s» 25. D a d o el m a l en el m u n d o m o d e r n o , la c u lp a , q u e se sustrae a la
c o n c ie n c ia , n o c o m p e t e al h o m b r e , n i a sus im p u ls o s , s u p u e s ta m e n te
s ie m p re ig u ales, n i a su a c t iv id a d ra c io n a ! p ro le p c ic a , s in o s ó lo a las in s
tit u c io n e s cread as p o r él, o al «sistem a» d e la s o c ie d a d m o d e r n a (y n o es
c a su a l q u e tal c o n c e p t o a d q u ie ra a h o ra su ag u d e za p o lé m ic a ) : n o es lo
p a rtic u la r, s in o - p a r a d e c ir lo c o n el m ás b re v e a fo r is m o d e A d o r n o - «el
to d o lo q u e es falso» ( M M 2 9 ). F iló s o fo s y p re d ic a d o r e s - y R o u s s e a u se
re fie re así r e t r o s p e c t iv a m e n t e a s í m i s m o - h a n v is t o y la m e n t a d o el
m al, p e ro e'l ha d e s c u b ie r to la cau sa e s c o n d id a y a n u n c ia d o la ve rd a d
c o n s o la d o ra : « to d o s lo s v ic io s n o p e rte n e c e n al h o m b r e , s in o m ás b ie n
al h o m b r e m a l g o b e r n a d o " .
C o n c lu ir , a p a r t ir d e este c o n s u e lo , q u e ha lle g a d o el t ie m p o d e re-
c o n fig u r a r , m e d ía n te u n a r e v o lu c ió n p o lít ic a , u n a s o c ie d a d tan m a l g o
b e rn a d a , es a lg o q u e , c o m o se sabe, q u e d ó lejos d e ias in t e n c io n e s de
R o u s se a u . L o s tres c a m in o s d e re fo rm a —el E m itía , c! C o n t r a t o so ci/ il y
la N u e v a Hc!ois/i~- q u e p r o p o n e , se c o n t r a d ic e n p o r sus e n fo q u e s ir r e
c o n c ilia b le s y d a n lu g a r a la a p o r ía , c u y a s o lu c ió n n i R o u s s e a u n i ia
ilu s t r a c ió n fran cesa, p u d ie r o n resolver. Se trata de la re s o lu c ió n d ia lé c
t ic a d e la c o n t r a p o s ic ió n n a t u r a le z a - c iv iliz a c ió n , s e n t im ie n t o - r a z ó n ,
q u e p la n te ó el id e a lis m o a le m á n , d e s p u é s de q u e K a n t , seg ú n la f ó r m u
la d e E ñe W e il, « p e n só hasta el fin a l lo s p e n s a m ie n to s de Rousseau»-''.
M j . J . R o u s s e a u , O i n v r t ' í c o m p l e t a , c d . R. G a g n e b í n - M . R a v m i m d , P a r í s . 1 9 6 4 ,
vol. i l t pp . 9 5 9 - 9 7 4 , w p . 9 6 2 , 9 7 2 .
]S A l u s i ó n s In. f a m o s í s i m a m á x i m a de 1.a R o c h c f o u c a u l d : ■Nuestra': v i r t u d e s n o son
c o n f r c t u c n c i n s in o vi ci os disfr aza dos *' ( l e m a d e sus R é jl c x i o m m or a le s).
y' E. VveH, F.s'ius c t c o n f á c n i e u P ar ís , 1 9 7 1 , v. 2 Tp. 1 2 3 s.
74
L a s o lu c ió n de la c o n t r a d ic c ió n e n tre e x is te n c ia n a tu ra l y s o c ia l exige,
s e g ú n K a n t , d a r u n te rcer paso en ía h is t o r ia ele la h u m a n id a d : d e sp ué s
d e la a c u it u r a c ió n y la c iv iliz a c ió n , la m o r a liz a c ió n del h o m b re ; de lo
q u e se d e d u c e q u e '<!n m o r a lid a d es cosa d e l arte, n o d e la n atu ra le za» ,
ya q u e «el arte re a liz a d o p u e d e hacerse n a t u r a l e z a S i la s o lu c ió n d e la
F ilo s o fía k a n tia n a , vistas sus c o n s e c u e n c ia s , ha e x ig id o u n g ra n p re c io ,
«Sa s e p a ra c ió n d e l .s e n tim ie n to y el e n t e n d im ie n to » ( M M 27 ) y la tra n s
f o r m a c ió n de la a u c o c ríric a de ia raz.ón en su c o n t r a r io , «el p e n s a m ie n to
q u e d is p o n e d e sí m is m o » ( M M 8 1 ) , a h í e n c o n tr a m o s el m o t iv o f u n d a
m e n ta l d e la d ia lé c tic a d e la I lu s t r a c ió n d e A d o r n o y d e l in t e n t o d e s a l
v a c ió n de la e x p e rie n c ia s u b je tiv a e n sus M í n i m a M n r a lia , o. si se q u ie
re, su j u i c i o d ia lé c t ic o s o b re el p r o c e s o q u e h a b ía a b ie r t o c o n t r a la
I lu s t r a c ió n , d o s s ig lo s a n te s y de m o d o n o d ia lé c t ic o , su m ás fa m o so ,
p e ro n u n c a n o m b r a d o , p red e ce so r.
«Parece m a d u r o el m o m e n t o p a ra q u e re a lm e n te ha va u n a r e v o lu
c ió n estética , m e d ia n te la q u e lo o b je t iv o sea e le m e n to d o m in a n t e d e la
c u lt u r a e sté tica de! h o m b r e m o d e rn o » , así reza el p o s tu la d o c o n el q u e
c u lm in a el e s c rito d e F. S c h íe g e l S o b r e e l e s t u d i o d e !a p o e s í a g r i e g a , re
d a c t a d o e n tre 1 7 9 5 )' 1 7 9 6 ’*. Si se a ñ a d e n a este e s c rito Sos tra b a jo s de
S c h iile r h e c h o s e n la m is m a é p o ca , las C a r t a s s o b r e la e d u c a c i ó n e s t é t i c a
y S o b r e leí p o e s í a i n g e n u a y s e n t i m e n t a l j u n t o c o n el lla m a d o M ás a n ti
g u o p r o g r a m a d e l I d e a l i s m o a l e m á n , se h a b rá d o c u m e n t a d o u n c a m b io
de é p o c a d e l q u e p u e d e d e c irs e q u e p r o c la m ó ia ir r u p c ió n d e u n a n u e
v a m o d e r n id a d c o n u n a d e c is ió n y a n te la c ió n c o m o n u n c a se h a b ía h e
c h o e n el s e n o d e la c o n c ie n c ia esté tica, e s ta b le c ie n d o al m is m o t ie m p o
sus c a te g o ría s . Y e llo c o m o resp uesta a la d e s ilu s ió n q u e s ig u ió a la es
p e ra n z a de u n a e m a n c ip a c ió n in m e d ia ta p la n te a d a p o r la R e v o lu c ió n
de 1789 v co m o a n ticip a ció n deI co m ie n z a de] R o m a n t ic is m o e n 1798
(fe c h a de la a p a r ic ió n d e A t h e n a u m ) , la ú lt im a g ra n é p o c a d e la c u ltu ra
e u r o p e a q u e a b arca a ú n to d a s las artes.
S i b ie n a h o ra se p o s tu la lo n u e v o an tes de q u e aparezca, tie n e lu g a r
u n g ir o in e s p e ra d o ( c o m o c o r r e s p o n d e a u n v e rd a d e ro a c o n t e c im ie n t o
h is t ó r ic o q u e n o es a lg o m e ra m e n te a c c id e n ta l): n o es lo o b je tiv o , s in o
la fite r z a estética de lo s u b je tiv a lo q u e va a d o m in a r e n la c u lt u r a m o
d e rn a , a lg o , pues, m ás lig a d o a lo a r t if ic ia l q u e a lo n a tu ra l.
r i. K ; m í, L d . A c n d c t n ia . v, 2 . B e r lí n , 1 9 2 3 . p p . ÍÍ 3 6 , H -S7-K96.
^ C i t . ío ^ ú n la e d ic i ó n d e P- H n n k ^ m m e r . C io d e s h e r ^ . 194 ^ , p. 101.
75
D e s p u é s d e ¡ 9 6 8 , ¡n p r e t e n s ió n u t ó p ic a tic esta r e v o lu c ió n estética,
la e m a n c ip a c ió n c o m p le t a d e i arte c o m o a u t o n o m ía esté tica, el p r o g r a
m a d e u n a fo r m a c ió n e sté tica e n ia p e rs p e c tiv a de u n E s t a d o e s té tic o
q u e p e r m itie r a el id e a l d e la ig u a ld a d , y, p o r lo ta n to , !a c u lt u r a id e a lis
ta d e la é p o c a b u rg u e s a en su c o n j u n t o , t o d o esto ha s id o s o m e t id o a
u n p ro c e s o d e ral m a n e ra q u e h o y —t a n t o si se c o m p a r te c o m o si se re
c h a z a el r ig o r is m o d e los a c u sa d o re s en c i p ia n o de la c r ít ic a de las id e o
lo g ía s — n o s e x ig e u n a n u eva c o m p r e n s ió n d e esa é p o c a . A saber: n o
p u e d e ser c o n c e b id a en la c o n t in u id a d de la h e r e n c ia n a c io n a l, s in o en
la a lr c r id a d d e su a p a r ic ió n h is tó ric a .
D e s d e !a c r ít ic a d e M a r c u s e e n ei « C a rá c te r a fir m a t iv o d e la c u l t u
ra» ( 1 9 3 7 ) hasta la tic O d o M a r q u a r d en « E l arte c o m o c o m p e n s a c ió n
d e su p r o p io Pin» ( 1 9 8 1 ) ’’ - p o r p o n e r d o s e je m p lo s a n r i p ó d ic o s - se
s o s p e c h a c a d a vez m ás q u e el arte «estético» d e l c la s ic is m o a le m á n ha
a p r o b a d o la in ju s t ic ia s o c ia l, p e ro q u e , e n ú lt im o t é r m in o , su « h u id a
en la ir r e s p o n s a b ilid a d » p u e d e ser ju s tific a d a c o m o c o m p e n s a c ió n de ia
p é r d id a d e le g it im id a d y d e la d e s c o m p o s ic ió n d e las esferas de v alo res
d e la s o c ie d a d b u r g u e s a 10. P o r eso, «la id e a de la c u lt u r a c o m o id e o lo
gía» n o h a e s c a p a d o a la « p r o p e n s ió n a c o n v e r tir s e e lla m is m a en id e o
lo g ía » , c o m o s o s tie n e el m is m o A d o r n o ( M M 2 2 ). Parece, pu es, lle g a
d o el t ie m p o d e re c o rd a r q u e ta m b ié n la c u lt u r a id e a lis ta d e l c la s ic is m o
a le m á n e m p e z ó b a jo el s ig n o d e lo q u e L e o L o w w c n t h a l " llam é) la ( u n
c ió n in ic ia l m e n te c r ít ic a d e l id e a lis m o b u rg u é s y de lo q u e el m is m o
A d o r n o en sus A lin itn a M o m i t a d e t e r m in ó c o m o el m o m e n t o d i a lé c t i
c o de la a u t o n o m ía estética: «Et a g ra d o d e s in te r e s a d o q u e, s e g ú n K a n t,
su s cita la o b r a d e arte, s ó lo p u e d e ser e n t e n d id o g ra c ia s a u n n a n títe s is
h is t ó r ic a q u e c o n t in ú a r e s o n a n d o e n to d o o b je t o e sté tico » ( M M 144).
Ed d e b a te en t o r n o a la c r ít ic a de la id e o lo g ía d e i ú lt im o d e c e n io ha
a p r o v e c h a d o p o c o , m e p are ce , esta p r o p u e s ta d e A d o r n o , y, p o r e llo ,
ha d e s c o n o c id o q u e in c lu s o en el ju e g o estético'-’ y a u n en las Form as
lím ite s de la a u t o n o m ía esté tica, c o m o l'ttrt p o u r {'art, o e n la e s c ritu ra
a u t o m á t ic a de lo s s u rre a lista s, p e rm a n e c e a c tiv o u n m o m e n t o d ia lé c t i
c o d e la I lu s tra c ió n ; «la a u s e n c ia to ra l d e f in a lid a d d e s m ie n te la t o t a li
d a d de las co s a s s o m e tid a s a fin e s en el m u n d o d e la d o m in a c ió n »
76
(M M 144). P r e g u n t é m o n o s p u e s c u á l fue la a n títe s is h is t ó r ic a q u e p e r
m a n e c ió a c tiv a e n la g én e sis de! arte a u t ó n o m o y en la c u lt u r a e sfé rica
d e l id e a h s m o a le m á n .
E n p r im e r lugar, h a y q u e e n te n d e r la re v o lu c ió n estética d e 1795 a
17 98 c o m o c rític a v c o r re c c ió n d e ¡a re v o lu c ió n p o lít ic a de 1789. Para la
e m a n c ip a c ió n d el h o m b re , fracasada p o lític a m e n te , se necesita según S c h i-
Uer d e «una re v o lu c ió n total en su m anera de sentir», antes de q u e u n a «re
v o lu c ió n en el m u n d o exterior» c u m p la los ideales d e lib e rta d , ig u a ld a d v
fr a t e r n id a d '1. Si ia tarea de la e d u c a c ió n estética co n siste en «crear c iu d a d a
nos para ia c o n s titu c ió n antes d e p o d e r d a r u n a c o n s titu c ió n a los c iu d a
d a n o s » 1'1, n o estaría sin e m b a rg o esa esfera de a u te n tic id a d exenta de d e p r a
v a c ió n : «debería, m e d ia n te u n a le g is la ció n p ro p ia , asegurarla ta n to frente
al d e s p o tis m o de u n g usto lo cal y u n iln reral c o m o frente a la a n a rq u ía de
u n g u sto b á rb a ro e in c u lto » " . Esta le g is la ció n estética, q u e ta m b ié n p r o p u
so S ch le g e í c o m o p rim e r « ó rg an o d e la re v o lu c ió n esréttca» n o d e b ía ser sin
e m b a rg o a u to rita ria , s in o d e m o crá tica : «las leves de la teoría estética n o t ie
n e n verdadera a u to rid a d s in o en la m e d id a en la q u e son re co n o cid a s y
sa n cio n a d a s p o r la m a y o ría de la o p in ió n p ú b lic a » ''1. U n paso más radical
da aún E l m á s a n tig u o p r o g r a m a s istem á tico c u a n d o , c r itic a n d o el estado
m e c á n ic o s a lid o de la so cie d a d burguesa, p ero e x tra ñ o a su p ro p ia d e te rm i
n a c ió n , exige: «sólo lo q u e es o b je to de la L ib erta d se lla m a Id ea . ¡D e b e m o s
p u es sobrepasar el E stad o! Pues to d o estado tiene q u e tratar al h o m b re l i
b re c o m o u n a rueda m ecánica: y eso n o debe hacerlo; debe, pues, d esap a
recer»” . L a «Idea de Belleza» necesita, si q u ie re ser p ráctica y c o n d u c ir a la
u to p ía social, ante to d o , de u n a «nueva M ito lo g ía » : d eb e ser c o m p e n sa d a
la p é rd id a de le g itim a c ió n d e la razó n a n a lítica , de m anera que la Poesía
sea d e n u e v o m aestra de la H u m a n id a d 1*.
S ó lo p o d r e m o s c o m p r e n d e r p le n a m e n t e el m o d e r n is m o p r o p io de
este c a m b io e p o c a l, y en lo q u e tie n e in c lu s o d e a c tu a l, si en los p ro g ra -
' ' F\ S c l u íl c r , Rrifft' ü h e r d i e i i fth rri srh e fr.rzifhtittQ o i r t a s 2 ^ v 2~;I ffra d, CHt d e ¡
Fe i j 6 o y j . S ec a : h d ü u i s . ¿ o b r e Lt rd u a t á < m c a t 'tu .i dA h a m b r e . R .u x c l o n n , Anthn'»-
p os , 1 9 9 0 ] .
Vi C a rta a¡ D u q u e F r . O í r . v u n A u g u ^ rc n b u rg t íe l 2 3 - j u l i o 1 d ia d a en: D tr
fi'rtnzosiscJ.’f Rex'oluíion Sptcai’l dvr d a iís c h m I iteratur. ed. C . T n g c i. F r n n k f u n . I 9 ‘7£>.
p. 2 6 9 .
[b td . p. 2 7 0,
v N o c a 2S, p, ! 0 4 .
' C ita d o se g ú n M . F: ra n k . / V ; ■ku ríw tfn d c Co;:- \ b r l ^ u n ^ n tibe! d ir u ru e M vdu'Jú^ic.
Frankfurt. 1^82^. 170.
* V e r pnrn csro M . f_r a n k (nc»cn 3 ' 7). p. ÍH4 s : '-hay q u e c o m p r e n d a q u e la poesía c o m
pa rte la .suerte del es píritu a n a lí ti co : d es d e q u e '¡e ha alej ado del m ir o se p r o d u c e en pr iv a do v
se c o n s u m e en pr iv a d o. Por el a m r r a n o . u n p o e m a q u e rep ri“V.,nia.<
>o m m e d i .u .' i m c n r c í;i idea
d e la sínresis social sería u n mico: y s<Wt> d p o d r í a e n g it s c en d e i;« h u m a n i d a d -.
m as q u e h e m o s e x a m in a d o , r e c o n o c e m o s u n a ré p lic a h is t ó r ic a a R o u s
seau, q u ie n s ie m p r e está p re s e n te en e s te d iá lo g o , a u n q u e casi n u n c a se
le n o m b r e . E n p r im e r lu g ar, e n e fe c to , la a s u n c ió n , de n u e v o , ta n t o p o r
p arte d e S c h lc g e ! c o m o d e S c h ilie r, d e la Q u e r e lle d e s A n c ic m e t d es M ú
d em es, in c o r p o r a d a a h o ra ai h is t o r ic is m o , s u p o n e la a p o ría d e n a tu ra le
za y c iv iliz a c ió n ro u s s o n ia n a q u e s ig u e s in resolverse. E l c o n o c im ie n t o
h is t ó r ic o c o n s e g u id o en el s ig lo XVIU de la a lte rid a d d e la a n tig u a c u lt u
ra e u r o p e a c o n re la c ió n a la m o d e r n a , h a b la d e ja d o p e n d ie n t e el p r o
b le m a d e c ó m o é p o c a s tan alejad as c o m o ia a n tig ü e d a d y la m o d e r n i
d a d p o d ía n ser vistas c o m o a lg o ú n ic o y e s té tic a m e n te c o m p le t o , y, sin
e m b a rg o , c o m o partes d e u n a s e c u e n c ia h is t ó r ic a e v id e n te e irre v e r s i
b le. ¿ N o h a b r ía q u e b u s c a r e n to n c e s u n p u n t o d e vista s u p e r io r d esd e
el q u e v o lv e r a e n c o n t r a r la p e r d id a u n id a d e sté tica y 1a c o n t in u id a d
h is t ó r ic a , y así re c o b ra r p a ra el arte d e l fu t u r o la le g it im a c ió n q u e falta?
S c h le g e l y S c h ilie r v ie r o n la p o s ib ilid a d d e ral s o lu c ió n en la in t e r
p r e t a c ió n de la d ife r e n c ia d e lo a n t ig u o y lo m o d e r n o a la lu z de In a n t i
n o m ia ro u s s o n ia n a de la n a tu ra le z a y la c iv iliz a c ió n : c o m o la re la c ió n
de c o n s e c u e n c ia e n tre u n a c u lt u r a n a tu ra l y u n a a r t if ic ia l, lo q u e p e r
m it ía d a r u ti c a rá cte r p o s it iv o al d ia g n ó s t ic o de R o u s s e a u de la a u to a -
lie n a c ió n d e l h o m b r e y la s o c ie d a d , b u s c a n d o u n a s o lu c ió n estética. E n
e fe c to , p a ra S c h le g e l la te o ría e sté tica o b je t iv a d e la m o d e r n id a d s u p o n e
la e x p e rie n c ia a c a b a d a de ia a n tig ü e d a d c o m o a lg o ya c e rra d o , « u n a h is
to r ia n a tu ra l g e n e ra l d e l arte»5’ . Y p a ra S c h ilie r, la p o e s ía s e n tim e n t a l d e
lo s m o d e r n o s es la c o n c ie n c ia d e ia p e r fe c c ió n n a tu ra l e in g e n u a de los
a n tig u o s , p e r d id a p a ra s ie m p re . E s ta « im a g e n de u n a n a tu ra le z a n o d e s
fig u ra d a » q u e e n c o n t r ó R o u s s e a u c o m o alg o p e r d id o p a ra s ie m p re , y
q u e «só lo se d e s c u b re e n lo d e s fig u r a d o c o m o su c o n t r a r io » [ M M 59),
h a s id o r e c o n o c id a en este tr á n s ito d e los s ig lo s x v in a XIX c o m o la c ic a
triz de la c o n c ie n c ia m o d e rn a , p e ro ta m b ié n c o m o la o p o r t u n id a d de
su e m a n c ip a c ió n . P r e c is a m e n te es la p é r d id a d e la n a tu ra le z a la c o n d i
c ió n de p o s ib ilid a d d e l n u e v o arte m o d e r n o q u e n o a lc a n z a rá jam ás su
p le n it u d , s in o q u e d e b e rá b u s c a rla en la p ro g re s ió n de u n fu t u r o a b ie r
to, N a d a m ás lejo s d e esta ir r u p c ió n de la m o d e r n id a d , d e la «poesía
u n iv e r s a l p ro g re s iv a " d e l r o m a n t ic is m o t e m p r a n o q u e el le m a de u n a
«vu e lta a la n atu ra le za» , q u e m a le n t e n d ie n d o p o r c o m p le t o a R o u s se a u ,
a n u n c ia r ía p o c o d e s p u é s el g ir o h a c ia u n r o m a n t ic is m o c o n s e rv a d o r.
E n s e g u n d o lug ar, p u e d e verse la a n títe s is h is t ó r ic a s e g ú n la c u a l se
d e s a rro lló la e sté tica a u t ó n o m a d e i id e a lis m o a le m á n c o n re la c ió n a la
ilu s t r a c ió n fra n ce sa , al a s u m ir el p ro b le m a q u e le g a ro n las e x p e rie n c ia s
1-1 N o t a 2 8 , p. 105-
78
d e R o u s s e a u acerca d e la e d u c a c ió n n a tu ra l. A p a re c e ral p r o b le m a en el
E m ilio , c u a n d o el a lu m n o , a p a r t ir de s u e x is te n c ia n a tu ra l v iv id a en In
s o le d a d , d e b e in ic ia r s e en lo s d eb e res de la v id a s o c ia l, h l h e c h o de q u e
R o u s s e a u , en esta fase, hava n e c e s ita d o la c o n fe s ió n d e fe d e l v ic a r io sa-
v o y a n o (ai ig u a l q u e en el C í i n t r a t o so cia l n e c e s itó de ia r e lig ió n civ il),
a c e n tú a la d if ic u lt a d en lu g a r d e re so lverla. ; P n d r ía c o n c e b irs e u n n u e
v o E m i l i o e d u c a d o m ás a llá de ia s o c ie d a d , y sin e m b a rg o a ella d e s t i
n a d o , sustraerse a su d e p ra v a c ió n ? ; P o d r ía lle g a r a ser m ie m b r o de u n a
h u m a n id a d n o e s c in d id a v sin e m b a r g o e d u c a d o en el c a rá cte r m o ra l
d e u n c iu d a d a n o ? E n o rra s palab ras: h a v q u e b u s c a r tsn c a m in o p ara sa
li r d e esre c ír c u lo : q u e , para ev ita rlo , o h a y q u e p e n sa r en el m e d io de
a y u d a r al estad o sin e c h a r m a n o d e l carácter, o b ie n d o m in a r el c a rá cte r
s in te n e r q u e n e c e s ita r d e l e s ta d o ""'. C o n esta fó r m u la a s u m ió S c h ilie r
en su c a rta at D u q u e d e A u g u s t e n b u r g d e l 13 d e ju lio de 1 7 9 3 el p r o
b le m a d e R o u s se a u , p a ra re s o lv e r lo en !a E d u ca ció n e sté tica d e ! h o m b r e
( 1 7 9 4 ) de u n m o d o q u e el c r ít ic o p u r it a n o de las artes q u e era R o u s
seau, n o p o d ía lle v a r a c a b o . S ó lo la b e lle z a p u e d e p r o p o r c i o n a r al
h o m b r e s o lit a r io «un c a rá c te r so cia b le » , y lo m is m o al c iu d a d a n o s o m e
t id o a la c o a c c ió n d e lo s d e b e re s 11. G ra c ia s al ju e g o e s té tic o q u e u n e e s
p o n t a n e id a d y le g a lid a d , p e r m ite q u e ap are zca e n tre el e s ta d o d in á m ic o
d e l d e re c h o y el e s ta d o e s té tic o d e l d eb e r, «en e! c ír c u lo d e l rra fo c o n lo
b e llo » , u n te rc e r estad o , el «estado e sté tico» q u e c o m o m o d e lo id e a l n o
d e b e ser o lv id a d o e n ios in te n to s d e « r e v o lu c io n e s c u ltu ra le s » d e l s ig lo
XX. Si se c o m p a r r c n las p re v e n c io n e s a b ru p ta s d e A d o r n o fre n te a S c lii-
!le r 4’ , p o d r á e n c o n tra rs e la m is m o s o lu c ió n d ia lé c t ic a d e la e x is te n cia
e s c in d id a d e l h o m b r e y el c iu d a d a n o en u n a o b ra c u m b r e d e l c la s ic is
m o d e W e im a r, q u e , p o r lo q u e sé, n o h a s id o to d a v ía re c o n o c id a c o m o
el E m ilio a lem á n : L os a ñ o s d e a p r e n d i z a j e d e W ilh e lm M e is t e r .
D e f ie n d o ia resis d e q u e hay q u e lee r esta o b ra , p re p a ra d a en 1 7 9 6
p a ra su im p r e s ió n , c o m o la ré p lic a de G o e t h e a R o u s se a u , y s ó lo así se
c o m p r e n d e r á e n su m o d e r n id a d p e rm a n e n te , y e llo ra n to d e s d e su m o
d e lo b á s ic o d e a c c ió n n o v e le sca c o m o d e s d e la ¡dea d e la fo r m a c ió n es
té tica , q u e c la ra m e n te s u s titu y e en ei W ilh e lm M e i s t e r al m o d e lo d e la
« e d u c a c ió n n a tu ra l» 11. E n este n u e v o E m ilio el c a m in o v ita l n o e m p ie z a
en la s o le d a d c a m p e stre , s in o q u e va fr a n q u e a n d o las d iv ersas etapas d e l
te a tro . L a f u n c ió n es e v id e n te m e n te la m ism a ; se trata p r im e r o de sus-
79
p en d e r el in flu jo d e la «so cied ad in c u lc a», co n la v e n ta ja d e q u e ah o ra el
proceso d e m a d u ra c ió n p u ed e realizarse en el ju e g o so c ia l, y p o r ello
W ilh e lm no q u ed a afectad o p o r la c o n tra d icc ió n fu n d a m e n ta l de E m i
lio , q u ie n d e b ía crecer co m o u n h o m b re so lita rio y, sin e m b a rg o , lleg ar
a se r u n b uen c iu d a d a n o . El artific io su p u esto de ¡a «ex p ed ició n teatral»
a d q u ie re por relació n a R o u sseau u n a d o b le sig n ific a c ió n .
E n efecto , p o r u n a p a rte , el teatro se revela co m o un lu g a r de fon-
m ació n e stética y, p o r ello m ism o , com o la esfera d e a u te n tic id a d b us
c a d a , es d e c ir —en la fó rm u la d e K o rn er en su c a rta a Lea H o ra s-, «com o
p u en te en tre el m u n d o real y el id e a l». Es el m u n d o in te rm e d ia rio del
ju e g o q u e d e ja a la n atu ra lez a h u m a n a d esp legarse en la to ta lid a d del
in d iv id u o , y q u e co n d u c e sin co acció n de lo bello a lo ú til, p uesto q u e
«am b o s e lem en to s reu n id o s c o n stitu ye n el h o m b re». El u m b ral de acce
so a la torre q u e su p o n e p ara el ap re n d iz la lib eració n d e la n atu raleza,
sim b o liza la p re g u n ta q u e se p la n te a W ilh e lm : ¿es F élix su h ijo ? Y así se
sim b o liz a el reco n o cim ien to d el p ap el p atern o , p uesto q u e «co n el sen
tim ie n to d e la p a te rn id a d h a b ía a d q u irid o todas las v irtu d e s d el c iu d a
d a n o ». S e ría ésta u n a so lu ció n m e ram en te o p tim ista si G o eth e no la h u
b ie ra fu n d a d o so b re el p r in c ip io d e la e d u c a c ió n n e g a tiv a , so b re el
ap re n d izaje y la e x p erie n cia p o r el error, p rin c ip io q u e asu m e ia S o cie
d a d d e la T o rre, en a n a lo g ía co n el g o b e rn ad o r d el E m ilio.
A sí p u es, por o tra p a rte , el a rtific io de la fo rm ac ió n te a tra l se revela
com o u n excelen te c a m in o d e fo rm ació n e s tític a , q u e p o d rá ab a n d o
n arse d esp ués c u a n d o se pase d e lo s anos d e ap re n d izaje a los d e v iaje,
cu an d o W iL helm se d e c id a a «v iv ir por los d em ás» co m o c iru ja n o . La
d e b ilid a d d e ta l so lu c ió n - l a tele o lo g ía o rg á n ic a d e u n a n ovela d e for
m ac ió n — es algo q u e y a p uso d e relieve F ried riech S ch leg el c u a n d o d ijo
iró n ic a m e n te q u e en e l 'W ilh e lm M e iste r «el azar m ism o se c o m p o rta
com o un h o m b re c u lto ». Si se e lim in a la ú ltim a in s ta n c ia d e u n a p ro vi
d e n c ia in m a n e n te y el ap re n d iz d eb e, sin p ro te c ció n , a d q u ir ir la exp e
rie n c ia a p a rtir d e la d e silu sió n q u e p ro d u cen los p ro p io s errores, lo q u e
ap arece es en to n ces eí p ro b le m a q u e E n riq u e e l verde p la n te a co m o el
p ro b le m a d el d e stin o : có m o p u e d e realizarse el p rin c ip io d e la fo rm a
ció n e sté tic a c u a n d o tien e u n o q u e a firm arse a llí d o n d e la h isto ria c o n
tra p o n e la fig u ra d el «h o m b re to ta lm e n te in c u lto ».
VI
80
ser descifrad o co m o «la respuesta p recisa d a d a p o r el su jeto a un m u n d o
q u e se h a hech o ab stracto en la era in d u stria l. El c u lto de la novedad y,
p o r lo tan to , la idea d e la m o d e rn id a d , su p o n e u n a reb elió n co n tra el
h ech o de q u e y a no h a y n ad a n uevo». A do rn o co rrige así im p líc ita m e n
te u n a tesis de B e n jam ín : «Los no co n fo rm istas se rebelan co n tra la e n
trega d el a rte al m ercad o . Se a g ru p a n b ajo el lem a del arte p o r el arte.
D e tal tesis sale la id ea d e la o bra d e arte to tal q u e p reten d e im p e rm e a
b iliz a r el arte frente al d esarro llo de la téc n ic a »4''. N o p u ed e m an ten erse
q u e el «in co n fo rm ism o » francés d e / a r t p o u r l ’a rt (en el q u e sin e m b ar
go n o deb ería sin m is in c lu irse a B au d elaire'f, ) esté en la m ism a lín ea
q u e el m o v im ien to alem án en pro de u n a a u to n o m ía e stética " .
El p ro g r a m a d el a rte p u ro , a u to s u f ic ie n te , q u e «so u s p e in e de
m o rt» se su strae al sab er ú til y a la m o ra] d om inante'*7, co n d u c e a la
p o esía a u n rep lie g u e sobre sí m ism a p ara a d o p ta r la p o stu ra m ás d e c i
d id a p o sib le fren te a la so c ie d a d : «e lle c o n tre d it san s cesse le fa it, i
p ein e de né p lu s ítr e » 4*. En la a p a rie n c ia d e su ser en sí se revela com o
81
negación determinada, y, en e! decenio que sigue a 1848, «frente a !a
conciencia primera, de la degradación de la experiencia» (MM 150),
aparece como la respuesta del arte a las exigencias, ilusiones y amenazas
de ia modernidad industrial que hay de nuevo que interpretar.
L a estética b a u d e la iria n a de la m o d e rn id a d ha d e ser e n te n d id a bajo
el con cep to de u n a n oved a d m e ra m en te form al, u n a noved ad q u e, ap e
nas en v e jec id a, reviste la exp resión d e lo arcaico (M M 1 5 0 ), d ejan d o
tras d e sf su p ro p ia antigüedad. I a o tra fro ntera d iv iso ria q u e se fragua
en este d ecen io de cam b io s su b terrán eo s se co n creta en el rechazo por
B au d elaire d e la n atu ra lez a d e R o usseau , d el su jeto lírico au to co n scien te
y d el sim b o lism o p lato n izan te de un ro m an ticism o acab ad o , al qu e se
opo n e la e stética d e u n a co n cep ció n «so b ren atu ral» d e la p oesía m o d e r
n a. H a y o tra lín e a d e d em arcació n q u e caracteriza este cam b io d e época,
pero q u e ap arece en la co n c ie n c ia estética d e m o d o d u b ita tiv o , c o n tra
d icto rio y sin m an ifiesto p ro gram ático algu n o . A penas es v isible en B au-
d elaire, pero sí está claro en M á x im e D u cam p y en T h é o p h ile G au tier:
el d e sc u b rim ien to d e la n ueva «p o esía d e ia in d u stria» q u e reem plaza a
la v ieja p o esía de la n atu ralez a y abre un d eb ate fa tu to sobre la in d u s
trializació n del arte y, co rrelativ am en te, sobre la estetizacló n d e la p ro
d u c c ió n in d u stria l. S in em b argo ei rasgo d o m in a n te en este c am b io de
ép o ca de la e xp erien cia e stética será sin d u d a el v uelco d el h ísto rícism o
d el ro m an ticism o final y su tran sm u tac ió n en u n esteticism o in c ip ien te,
el d el «m u seo im a g in a rio » d e las artes q u e p reten d e d isp o n er lib rem en te
d e l arte d e todas las épocas d el p asad o , pero q u e, sin e m b arg o , es in c a
p az d e c o m p ren d er el propio tiem p o com o u n a u n id a d epocal.
B a u d ela ire h a d esarro llad o su co n cep to d e u n a poesía «so b re n a tu
ral» d e la m o d e rn id a d a p a rtir d e la a n a io g ía qu e p ro p o rc io n a la in te n
sificació n de la p ercep ció n e stética en la e b ried ad d el h a c h ís” . A q u í lo
so b re n a tu ra l se e n fre n ta tan to al sim b o lism o tra sc e n d e n te d e los ro
m án tic o s co m o a la a n á m n esis p la tó n ic a . Es sólo la se n sib ilid a d e stética
la q u e elev a al h o m b re m o d ern o a p a rtir de su n atu ralez a c a id a , p e rm i
tié n d o le , p o r los p e ld a ñ o s q u e a s c ie n d e la im a g in a c ió n , lle g a r a la
«m u ltip lic a c ió n d e su in d iv id u a lid a d » . N o p u ed e darse m ás to tal o p o si
ció n a la tesis d e R o u sseau , seg ú n la c u a i el h o m b re es b ueno p o r n a tu
raleza, y q u e B au d elaire co n sid erab a la fu en te d e todos los erro res p os
terio res c o rrien tes basados e n la a trib u c ió n a la n atu ra lez a d el o rig e n de
lo b u en o y lo b ello 50. U n n uev o A d á n sólo p u e d e form arse d e m o d o a r
82
tificio so , c o n tra la n atu ralez a, p o rq u e —y a q u í recurre B au d elaire a D e
M a is t r e - el p ecad o o rig in a l no sólo co rro m p ió a la p rim e ra p are ja h u
m a n a , sin o ta m b ié n a la n atu ra lez a en tera. El m o d e rn ism o estético de
B a u d e laire liq u id a a sí el id eal clásico d e lo in g e n u o , id eal q u e su £on-
tem p o rán e o M arx , a d m ira d o r d e la p oesía h o m éric a, to d av ía c o m p a r
tía. P ara B au d elaire esta in v ersió n de valores d e la n atu ralez a tien e ta m
b ién im p lic acio n e s m o rales: si So n a tu ra l está co rro m p id o en sí m ism o
y es m ajo , sólo p u e d e ser su p erad o por lo a rtific ia l, q u e ab arc a rá tan to a
la v irtu d co m o a la a c tiv id a d a rtístic a .
E ste d e sco n certan te a n tin a tu ra lis m o d e B au d elaire qu e es un rasgo
d e la ép o ca (en c o n tram o s en C o m te la exp resió n a n tin a tu re , y en M a rx
y E n gels antiphysts) no sólo ab re a la p oesía p o d e rn a a u n a b elleza ajen a
a la n atu ralez a y a la tristeza de la c iv iliz a c ió n d e las g ran d es ciudades^1;
al m ism o tiem p o , rechaza el tem a ro m á n tic o d el acorde en tre el yo y la
n atu ralez a , las «co rresp o n d en cias» d el a lm a y el p aisaje, y, con el d esen
c an to de la in te rio rid a d d el su jeto ro m án tico d e la e x p erie n cia estética,
ab re un n uevo h o riz o n te. L a « m u ltip lic a c ió n d e la in d iv id u a lid a d qu e
se descu b re en el Poem e d u haschisck y q u e en las F leurs d u m a l ad o p ta
la fig u ra p erso n ific ad a de los poderes extrañ o s d e lo in c o n scien te, co n
fiere a la p o esía m o d e rn a, recu p eran d o la fig u ra p o ética m u erta d e la
a leg o ría, la c a p a c id a d n u e v a d e h acer sen sib le lo ab stracto . Es el m o d elo
p o ético d e u n a m o d e rn a p sic o m a q u ia q u e, tres d écad as an tes d e F reud,
trasp asa las fro n teras clásicas de la c o n c ie n c ia d e sí p ara acced er a lo
aú n d esco n o cid o , «au fond d e l’ in c o n n u p o u r tro u v er d u n o u v eau ».
P ara los co n tem p o rán eo s d e B au d elaire fue la p rim e ra exp o sició n
u n iv ersal de 1851 «e l suceso m ás p o ético y d e m ayo r sig n ific ació n h is
tó ric a de la ép o c a»” , m u ch o m ás q u e la fracasad a revo lu ció n d e 1 8 4 8.
L a d ecep ció n p o lític a qu e tien e lu g a r desp ués d el golp e de estado de
L u is N ap o leó n ap en as h a d e ja d o en la g en eració n d e B au d elaire y de
F la u b ert o tra h u e lla q u e u n a a c titu d c la ra m e n te an tid e m o c rá tic a , d ifíc il
d e c o n c ilia r co n su m o d e rn ism o estético , cu estió n qu e, co m o se sabe,
c o n stitu y e la c n ix d e la reflexió n m a te ria lista . Por el c o n trario , la cu es
tió n d e si ¡as épo cas in d u stria le s g en e ra n su p ro p ia p o esía o d e si la re
d u c c ió n de ía e x p erie n cia d el m u n d o d e la v id a p u ed e ser co m p en sad a
c o n u n a, e stetizació n d e la p ro d u cció n in d u stria l, fue alg o q u e no q u e
d ó lim ita d o a la d isc u sió n d e los exp erto s, sino q u e afectó al p úb lico
51 C on relación al antmaruralismo del siglo XIX» en io que el nuevo pathos del trabajo
y la productividad artística dei hom bre se alza contra la naturaleza, ver H. Blumenberg,
«Nachahmung der Nacur*, en: S tudium G eneral? 1 0 (1 9 5 7 ), p- 270.
52 Según el inform e de! emisario prusiano voh Bunsen, citado por U. Hafrern, DU
L ondoner W eltausstellurtgvon ¡8 5 1. M ünster, 19 7 1 , p. 349.
83
c o sm o p o lita d e los v isita n te s d e la e x p o sició n u n iv ersal. Et g ru p o de
trab ajo d e Sa U n iv ersid ad d e C o n sta n za ha c ircu n scrito este c o m p lejo
d e p ro b lem as estab lecien d o q u e el d eb ate estético det S eg u n d o Im p erio
c o n stitu ye u n n u ev a fase d e la Q uerelle des A n cien s e t des M o d e r n a , q u e ,
p or p rim e ra vez ign o ra e l e n fre n ta m ie n to con el a rte a n tig u o 53. En lu
g a r d e ello , p o n e sus esp eranzas, con relació n al arte m o d e rn o , en u n a
a lia n z a e n tre in d u stria y a rte , a lia n z a q u e y a an tes —en esp ecial e n tre los
sa m t'sim o n ista s y p o s itiv is ta s - d e b ía c u m p lir la c ie n c ia e n te n d id a co
m o Science sacíale ’ h La g ran a u d ie n c ia q u e tu v iero n las e xp o sicio n es
u n iv ersales d e 1851 y 1 85 5 es u n fen ó m en o de g ran in terés p ara la h is
to ria d e la e x p erie n cia e stética en la p e c u lia r d ia lé c tic a en tre c u ltu ra in
d u s tria l y m u n d o im a g in a rio . L a c o n tem p la ció n de un m ar in fin ito de
m ercan cías no sólo hizo q u e los v isita n tes se m arav illase n sin reservas
an te e l pro greso in d u stria l, sin o q u e ta m b ié n p ro d u jo e stu p o r y a n g u s
tia an te la p o te n c ia d e ia razón in d u stria l, en co n so n a n c ia co n las exp e
rien cias im a g in a ria s y c o n trastan te s d e l m u n d o m ític o y le g e n d a rio ” .
Por todo esto p arece q u e c u a n d o W . B e n ja m in so stien e la tesis, tan in
flu y e n te com o n o stálg ic a, d e! carác te r d e m e rc an cía q u e reviste el arte
en la era in d u stria ] co m o un d e stin o in ex cu sab le, está su b e stim a n d o la
te n d e n c ia c o n tra ria ta m b ié n p resen te en la c o n c ie n c ia d e la época: h a
cer q u e las artes, h asta e l lím ite , en las d istin ta s form as q u e co n cu rren
en u n a e stética no a u tó n o m a (a rte so cial, a rte ú til, a rte in d u stria l) hu~ 1
m a n ice n p o r la b elleza ei m a te ria lism o d el d esarro llo in d u stria l, tarea
n u ev a y q u e sig u e sien d o a c tu a l.
. En el p roceso d e la m o d e rn id a d q u e sig u e su curso en la d écad a
p o ste rio r a 1 8 4 8 no se a p re cia n in g ú n u m b ral m arcad o por a lg ú n m a-
84
n ifiesto p ro g ram á tic o q u e su stitu y e se a! y a p e ric lita d o d ei ro m a n tic is
m o. El m an ifiesto , b ien co n o cid o , de 1 8 5 7 , a p arecid o en ei p rim e r n ú
m ero d e la revista d e C h a m p fie u ry y D u ran ty, Le Réalísme, no d e ja de
ser un suceso típ ico d e m a n u a l escolar.
Ei escán d alo y el éxito d e las F lenrs d u M a l, el p rim e r p a ra d ig m a de
la Ifrica m o d ern a, d e sm e n tía n el fin d e la p o esía p ro clam ad o en tal m a
n ifiesto , así co m o el e scán d alo y el éxito d e M a d a m e Bovary, novela en
la q u e F lau b ert d esen m ascarab a la re alid ad o b jetiv a co m o ilu sió n su b je
tiva d e sus p erso n ajes, d esau to rizab a la tesis según la cual se asistía ai
n a c im ie n to de u n realism o o b jetiv o y «fisio g n ó m ic o », q u e e x c lu ía de
to d a im a g in a c ió n 56. N o F lau b ert, c u y a id ea, q u e h aría ép o ca, d e u n a
«n o v ela sin te m a» {expu esta sim p le m e n te en u n a c a rta d e 16 en ero
1 8 5 2 a L o u ise C o le t), n i B a u d ela ire , c u y a e stética acerca d e ia m o d e rn i
d a d exp uso en el catá lo g o d e la exp o sició n del p in to r G u y (1 8 5 9 ), n i ia
in c ip ie n te p in tu ra im p re sio n ista q u e d e ja a la fo to grafía la rep ro d u c
ció n d e la re alid ad p a ra d e d ic a rse a la d e sco m p o sició n d e ¡a o b je tiv i
d a d , son algo q u e p u e d a c o m p ren d erse con el co n cep to d e «realism o »
p ara d e sig n a r u n a u n id a d ep o cal. La id ea d e realism o , com o d ijo W .
P reisen d an z, sólo p u ed e u tiliz a rse com o co n cep to d ialéctico . La a firm a
c ió n iró n ic a d e B a u d ela ire , «c u a lq u ie r b uen p o eta fue siem p re realista»,
ad q u ie re to d o su sen tid o en e! co n tex to d e la p re te n sió n d e lo nuevo
q u e a v e n ta ja a lo an tig u o en su ca p ta c ió n d e !a v erd ad era re a lid a d ” . El
p roceso lite rario del m o d e rn ism o q u e se im p o n e a m ed iad o s d el siglo
XJX h ace q u e los sucesos co n tem p o rán eo s se in scrib an en u n a no co n
tem p o ra n e id a d , in e iim in a b le in actu, lo q u e p on e fin a la esp eran za de
los sa in t-sim o n ia n o s d e un p o rv en ir revestid o d e ia form a d e u n a «é p o
c a to ta lm e n te o rg án ic a ». S ó lo d e m odo retro sp ectivo , cu an d o las v an
g u ard ias d e co m ien zo s d el sig lo XX se in d e p en d iz aro n de sus an teceso
re s , y d e u n m o d o p o lé m ic o , se b a p o d id o e n c u a d r a r b a jo d e l
d e n o m in a d o r d e un realism o afirm a tiv o , el c o n ju n to d e escuelas estéti
cas d ife re n ciad as d e la ép o ca an terio r.
D esde la p ersp ectiva a c tu a l, es el esteticism o , sobre tod o , el m ovi
m ien to q u e, com o c o n tra p a rtid a d ei in d u stria lism o , ad q u ie re form as re
novadas después de las p rim eras exp o sicio n es u n iversales, el rasgo d o m i
n a n te d e n u e stra c o m p re n sió n d e i m u n d o d e esa é p o c a . Ei fin d e !
ro m an tic ism o , p ro clam ad o m u ch as veces d espués d e 1848 se m an ifiesta
en el m u n d o de la v id a d el S eg u n d o Im p erio en m ú ltip le s p lanos: en el
in te rio r, h ac ie n d o q u e ia fa lta d e u n e stilo p ro p io fu era su p lid o por
85
ad ap tacio n es d e estilo s p asados, com o en tm «m useo im a g in a rio » de pe
q u eñ o Formato; en las form as c an ó n icas d e algu n as artes, com o la su sti
tu ció n d e escenas h istó ricas en ia p in tu ra p o r otras escenas de género de
tip o casi in d u stria l53; en la novela h istó rica, rechazad a a ira d a m e n te por
D u ran ty, q u e e n tra en crisis según la con fesió n d e F laubert: «q u é triste
h ay q u e estar p ara in te n ta r resu citar C artago »-’ ; en ia ópera y la opereta,
sín tesis d e diversas artes, qu e d e jan en la so m b ra el teatro tra d icio n a l; fi
n alm en te en el d e sc u b rim ien to p o r fa teo ría estética d ei brusco cam b io
de la m o d a, y, con ello , eí atractiv o de lo qu e h o y es b ello y, m añ an a
m ism o , v iejo , tesis d efe n d id a p or B au d elaire en Le p e in tre de hl vie mo-
derne> com o el in ten to rep etid o del h om bre d e lleg ar a ser, en su proyec
to d e Jo b ello , se m e ja n te a fo q u e é¡ q u isie ra ser. Lo b ello deja así d e ser
un iv ersal p ara p asar a ser so lam en te h istó rico , y sin em b argo , el arte p u
ro p ued e ser ex traíd o d el p asad o , de m an era qu e, si se o rd en an seriad a-
m en te todas las c o n fig u racio n es d e la m o d a, d a lu g a r a un nuevo orden
d e lo bello, tan co m p leto , m atizad o y h arm ó n ico com o lo era la an tig u a
naturaleza® . A s i h a e n u n c ia d o B au d elaire m ism o , d e m odo p ro g ra m á ti
co, el cam b io d el h isto ricism o ai «m useo im a g in a rio » del esteticism o , de
m an e ra q u e la co m p ren sió n h istó rica sóio accede al p asad o m u erto en la
m ed id a en la qu e la co n c ie n c ia e stética puede resucitarlo.
D e h ec h o , este c am b io era p rev isib le en la e stética b a u d e ia iria n a de
la nouveauté. si «to d o p u e d e, e n tan to qu e n u ev o , alie n a d o d e sí m is
m o, co n vertirse en p lac e r», no so lam en te n au frag an en el ch o q u e de ia
sen sació n to d a fo rm a de ju ic io y d e d isc rim in a c ió n de c u a lid a d e s (M M
15), sin o tam b ié n to d a d ista n c ia h istó ric a q u e «en ta n to m an ifestació n
ú n ic a d e lo le ja n o », p reserva la o bra d e arte. A d o rn o , a q u ie n m e estoy
re firie n d o , ten ía an te los ojos la fun esta sa lid a d el esteticism o cu an d o
co n stara: «en n u estra ép o ca la ap elació n a lo nuevo, de c u a lq u ie r espe
cie, se h a hech o u n iv ersal, con tal d e q u e sea su fic ie n te m e n te arcaico , y
así es el m ed io o m n ip re se n te de la falsa m im esis» (M M 1 5 0 ). El e ste ti
cism o d el sig lo XIX no alcan za este n ivel, por su m ism a im p la n ta ció n
p ro gresiva. C o m o el m ism o A d o rn o d ijo , «o p erab a la reb elió n d e lo be-
86
lio co n tra lo q u e la b u rg u e sía te n ía por b uen o » (M M 5 8 ), esb ozando
con su p sico lo g ía e x c én trica u n a «a n tro p o lo g ía n egativa de ¡a so cied ad
de m asas» (M M 1 0 7 ); lo q u e e xp lica q u e el in fa m a n te ep íteto d e «d e c a
d e n te » se h aya p o d id o c o n v e rtir en títu lo d e h o n o r dei m o d e rn ism o
desde B au d elaire h asta P ro ust. Pero con esto no está d ich a la ú ltim a p a
lab ra so b re ef esteticism o . H o y d ía sig u e d an d o q u e p en sar c u an d o nos
p re g u n tam o s si el «m u seo im a g in a rio » d e todas las artes y d e todos los
p asado s no es m ás qu e la casa d e p la c e r d e la falsa co n c ie n c ia e stética, o
qu izás to d av ía la casa d e tesoros d e u n a posib le e x p erien cia e stética que
p u d iéra m o s o p o n er a esa form a d e vid a a lie n a d a q u e es la v id a c o n te m
p o rán e a, com o p ro yecto in acab ad o d e la m o d e rn id ad .
V II
61 V . C K I c b r iik o w , W e r k e , v. 2, R e m h e k , 1 97 7, p. 10.
G . So rd , Les illxtsions du progres 0 9 0 6 ) , París (5), 1 9 4 7 , p. 2 7 7 : <«<?* esta manera de
pensar lo que no comprenden nuestros profesionales del idealismo».
H. U. Gum brecht, «M odern, M odernitat, M odem e», en: G eschichiliche G rundhe-
g ñ jf e (nota 18 )Tv . 4 , p J 1 2 1 .
M V er G . v. d. Oseen, «Europáische K unst 191 2», en: F.uropá'iscbe Kunst 1912. Zum
50 . Ja h resta g d er A uxteílung des «Sonderbundes u'estdeutscher K unstfretm df» in Koin (catá
logo), Wallraf-Richarcz-M usetim , C olonia, Í 9 6 2 , pp. 9-1 5-
87
te d e los d ife re n te s e n fo q u e s, ia d is c re p a n c ia e n tre las e x p e c ta tiv a s
a b ie rta s y las e x p e rie n c ia s c e rra d a s se h ace p a te n te . C u a n d o , tras el
c a m b io d e siglo , las v a n g u a rd ia s estéticas d icen u n á n im e m e n te a d ió s al
se n tim ie n to de d e cad en cia d el esteticism o y de m o d o d e cid id o se a p a r
ta n de la e stética b u rg u e sa fin ise c u la r (del realism o y d el sim b o lism o ,
d e la lite ra tu ra c o m p ro m etid a d e Z o la y d e la poesía p ura de M a lia rm é ,
y, en p in tu ra , d el im p re sio n ism o ) ap en as sí p u e d e recon o cerse >n eventu
en la d iv isa «m a k e it n ew !» u n p rin c ip io c o m ú n a rtic u la d o d e noved ad
acep tad o por todos en ia c o m p e tic ió n d e las v an gu ard ias.
Ei p ro g ra m a d e acció n de los fu tu rista s es, a este respecto, el m enos
su sc ep tib le d e g e n e ra liz a c ió n : n in g u n o d e los fu tu ro s clásico s de este
m o v im ien to q u e d a así su b su m id o . El ra d ic a lism o d e M a rin e tti fue el
p rim ero en su frir el d estin o exp resad o p o r la m etáfo ra: la v a n g u a rd ia
d eb e su p erarse a sí m ism a c u an d o es a lcan zad a p o r el grueso de la tro
p a. D e a h í el rechazo g lo b al de lo existen te, el o rd en d el estad o , la ley y
las co stu m b res, las trad icio n e s relig io sas, c u ltu ra les y lin g ü ístic a s, con lo
q u e se in ic ia ia e x p lo ració n d e lo ab so lu ta m e n te n uevo y desco n o cid o .
El cu lto a la in n o v ació n téc n ic a , la v e lo c id a d y la c o m b a tiv id a d , se d es
p lie g a en u n to rb e llin o d e m a n ifie sto s , rá p id a m e n te su p e ra d o s, q u e
ac ab aro n h acie n d o d e! «o rd en d el d ía » estético u n a fo rm a p o ética m a
yor. D e este m o d o si no se p ro d u ce el efecto d e b o la d e nieve (este era
el p rin c ip a l sig n ific a d o d el m o v im ien to fu tu rista ), p o rq u e el grueso de
la tro p a no sig u e , p u ed e o cu rrir q u e e l m o v im ien to v an g u ard ista, en lu
g ar d e preceder a la re a lid a d en Sa p ro d u c ció n d el arte, se co n v ierta en
un d esesp erad o in te n to de «acció n directa™. Es esto lo q u e pro puso Bre
tón co n la c o n sig n a d e q u e la im a g in a c ió n e x p erim en tal d eb e so la «rea
liz ar lo re al»65. S í el p ro g ra m a d e acció n fu tu rista fracasó, no se deb ió
sólo a q u e, com o o b ra d e a rte to tal, d ire c ta y n eg ativ a, c o n trib u yó a re
forzar la ilu sió n “ . S u p rim e r im p u lso no fue m ás a llá de 1 9 1 2 , p o rque
n o q u iso a d m itir la co sificació n toral del m u n d o m o d e rn o , m ie n tra s
q u e los auto res qu e a b rían el c a m in o de la m o d e rn id a d e stética, b u sc a
b an y p ro b ab an nuevos p ro ce d im ien to s en busca de un arte no au rático
q u e, «co m o alie n a ció n se g u n d a d e u n m u n d o a lie n a d o », p u d ie ra p o
nerse a l serv icio de su p ro p ia re stitu ció n 67.
H e to m ad o esta fó rm u la d e los «P equ eñ o s c o m en tario s a P roust»
de A d o rn o , a u n q u e ten g an en ese co n tex to u n a im p o rta n c ia m ás bien
89
f í o q u e , p o r la m is m a ¿ p o c a , a s u m e P r o u s t. Su in t e n t o d e r e c u p e r a r la
id e n t id a d y el t ie m p o p e r d id o s p o r u n tra b a jo s in p re c e d e n te s d e la m e
m o r ia , n o tie n e n a d a q u e ve r c o n el p la t o n is m o n i c o n el b e r g s o n is m o
(y e n eso se e q u iv o c a A d o r n o ) 71. L a e m p re sa g r a n d io s a d e P r o u s t c o n
siste e n r e c o n s t r u ir la e x p e r ie n c ia s e p u lta d a d e l s u je to c o n lo s m o m e n
tos de ia m e m o r ia in v o lu n t a r ia q u e p reserv a en la re a lid a d re siste n te d el
in c o n s c ie n t e lo q u e ia v id a c o n s c ie n te y s o c ia l d e s fig u ra ir r e m e d ia b le
m e n te .
E l c a m in o q u e A p o l li n a i r e a b re a la e x p e r ie n c ia e s té tic a es d ia m e -
t r a lm e n t e o p u e s to . L a p lu r a lid a d d e v o c e s de u n s u je to e x tr a ñ o a s í
m is m o q u e d e s c u b re e n « Z o n e » es s u p e ra d a e n « L u n d i ru é C h r is t in e » ,
d e m a n e r a q u e el le c to r se v e c o n f r o n t a d o d e m o d o in m e d ia t o , en ia
c o n v e r s a c ió n d e u n a m u l t i t u d a n ó n im a e n la te rra z a de u n café, a u n a
p l u r a lid a d d e v o ce s e x tra ñ a s q u e p r o c e d e n d e u n s u je to c o le c t iv o . L a
id e a e s té tic a d e la s im u lt a n e id a d se p re s e n ta a h o r a e n la m ás p e q u e ñ a
u n id a d d e e s p a c io , t ie m p o y d e s a r r o llo , y la p le n it u d ó r f ic a d e la v id a
s im u lt á n e a s u rg e s ó lo d e l a q u í y a h o ra d e u n a r e a lid a d c o t id ia n a : d e
fr a g m e n t o s d e c o n v e r s a c io n e s y p e r c e p c io n e s de p e rs o n a s d e s c o n o c i
d as e n e l a n o n im a t o d e u n café. C o n esta in n o v a c ió n r a d ic a l, A p o l i i -
n a ir e re a liz a e n lit e r a tu r a el m is m o g ir o q u e lle v a n a c a b o p o r lo s m is
m o s a ñ o s P ic a s s o c o n s u s p r i m e r o s c o lla g e s y D u c h a m p c o n su s
p r im e r o s rea d y -m a d e (la r u e d a d e b ic ic le t a d e 1 9 1 3 ) e n las artes p lá s t i
cas. Se tra ta d e u n c a m b io q u e c o n s is te en la p r e s e n t a c ió n d e la r e a li
d a d d ia r ia c o n t in g e n t e , e x tra ñ a h a s ta e n t o n c e s al a rte, re a lid a d q u e el
s u je to r e c o n o c e p o r m e d io d e « u n a a lie n a c ió n s e g u n d a d e la r e a lid a d
a lie n a d a » e n lo o t r o d e s í m is m o , y a la q u e se a b re d e m o d o e s té tic o .
D e a q u í se d e d u c e u n a p r im e r a c o n s e c u e n c ia : al t o m a r c o m o o b je t o
e s té tic o n o u n o b je t o f i n g i d o o a r t if ic ia l, s in o real o e n c o n t r a d o —e l
p a p e l p e g a d o o lo s fr a g m e n t o s y u x ta p u e s to s de la c o n v e r s a c ió n - , n ie g a
el a rte m o d e r n o las fro n te r a s d e la re a lid a d , p o n e en c u e s t ió n el sta tu s
d e l a rte e n g e n e r a l e in c i t a al e s p e c t a d o r a la r e fle x ió n p a ra q u e se
p la n te e la p o s ib ilid a d d e s e p a ra r r e a lid a d y F ic c ió n en el m u n d o m o
d e r n o . H a y t a m b ié n u n a s e g u n d a c o n s e c u e n c ia : c o m o el o b je t o e n
c o n t r a d o r e m it e a u n m o m e n t o s in g u la r y p r e c is o e n el f lu j o t e m p o r a l
e n el q u e se « in s c rib e » (rasg o e v id e n te en lo s p o e m a s c o n v e r s a c ió n d e
A p o l li n a i r e , p e ro m e n o s o b s e rv a d o e n lo s rea d y-m a d e d e D u c h a m p ) 7i,
re v e la su p u r a c o n t in g e n c ia y h a c e q u e ei e s p e c ta d o r, p a ra q u ie n e!
90
m o m e n t o e le g id o es ú n ic o , to m e c o n c ie n c ia d e la i r r e p e t ib ilíd a d d e
to d a e x p e r ie n c ia te m p o r a l- E s t o a p o r t a n u e v a Suz, d i c h o sea d e p aso , al
h e c h o d e q u e Ja m e s jo y e e , fu t u r o c lá s ic o de la m o d e r n id a d , e n su U ii-
sesy n o s ó io c o n c e n t r a la a c c ió n é p ic a en el a q u í y a h o ra de u n d ía d e
D u b l í n ( lo q u e ya h a b ía re a liz a d o A p o llin a ir e : la u n id a d m o d e r n a y la
e v id e n c ia m o m e n t á n e a d e lo s im u lt á n e o ) , s in o q u e ile g a a fe c h a r el
te x to d e m o d o c o n t in g e n t e : el 16 d e j u n i o d e 1 9 0 4 . E n te rc e r lu g ar:
d e la re s is te n c ia q u e o fre c e la r e a lid a d p re s e n ta d a , q u e y a n o p u e d e re
la c io n a r s e c o n el e s p e c ta d o r o el Sector d e m o d o d ia ló g ic o o p e rs p e c ti-
v ista , se d e d u c e q u e el re c e p to r, c o m o n o está d a d o n i es a c c e s ib le el
s e n t id o g lo b a l d e la o b r a , d e b e b u s c a r lo y c o m p le t a r lo p r o v is io n a l
m e n te a p a r t ir d e sus p r o p ia s h ip ó t e s is s ig n ific a tiv a s . Y así, al r o m p e r
c o n la fo r m a c e rra d a y o r g á n ic a d e la o b r a a u t ó n o m a , se a b re e¡ arte
p o s t - a u r á t íc o a u n a re c e p c ió n p r o d u c t iv a . L a m o d e r n id a d es té tic a se
c ie r r a t a n t o al c o m p o r t a m i e n t o m e r a m e n t e c o n t e m p la t iv o c o m o al
s im p le m e n t e c o n s u m is ta .
N o es u n a c a s u a lid a d q u e , d e s p u é s d e la c a tá s tro fe h is t ó r ic a d e la
p r im e r a g u e rra m u n d ia l, la s e g u n d a o le a d a d e v a n g u a rd ia s —s u r re a lis m o
fra n c é s , d a d a ís m o , p r o d u c t iv is m o s o v ié tic o — fracasase, co s a q u e a m e
n u d o se ha d is c u t id o , en su in t e n t o d e e lim in a r ia s e p a ra c ió n d e lo esté
t ic o y lo rea! c o n u n a « a c c ió n d ire c ta » . N o p a re ce a d e m á s q u e h aya
a p o r t a d o a la fase p o s t e r io r d e l m o d e r n is m o u n s ó lo p r o c e d im ie n t o es
t é t ic o q u e n o h u b ie r a s id o ya c re a d o y s o m e t id o a p ru e b a en su c a p a c i
d a d n o r m a t iv a en la p r im e r a o le a d a . I n c lu s o la i lu m in a c ió n p r o fa n a e n
p r o d e l e s ta b le c im ie n to d e u n a r e a lid a d r e v o lu c io n a r ia n o es n o v e d a d
a lg u n a d e i s u r re a lis m o , s in o d e la é p o c a d e tr a n s ic ió n a n t e r io r a 1812.
E n su s R e fle x ió n ; s u r la v i o l e n c e ( 1 9 0 8 ) y o t r o s e s c r ito s d e G e o r g e s
S o re l''’ , a p a re ce n las « ilu s io n e s de! p ro g re so » q u e A p o l li n a i r e y M a r in e t -
ti e n s a lz a ro n c o m o p o e s ía d e la m o d e r n id a d in d u s t r ia l, y Sa ca tá stro fe
q u e e llo s n o v ie r o n v e n ir es a n t ic ip a d a p o r S o re l c o m o ia ú lt im a y a p o
c a líp t ic a o p o r t u n id a d d e u n a re n o v a c ió n d e l m u n d o . P a ra el f iló s o fo de
la h u e lg a g e n e ra l, ¡a r e v o lu c ió n fu tu r a d e b e s u r g ir de u n a c r e a c ió n i m
p r e v is ib le , s e g ú n el m o d e lo d e la E v o lu ció n c r e a d o r a de B e rg so n
{ 1 9 0 7 )Jf, y p r o d u c ir u n a e s c is ió n a b s o lu ta « e n tre d o s s e g m e n to s d e ia
h is t o r ia . S u p o r t a d o r s ó lo p u e d e ser el e s tr ic to p r o ie t a r ia d o , g ra c ia s a su
s e p a ra c ió n d e la s o c ie d a d c o r r o m p id a , a la d ig n id a d q u e le c o n fie r e su
a c t iv id a d p r o d u c t iv a y al m it o de la lu c h a fin a l q u e éi m is m o o r g a n i
91
za»7S. L a id e a r o u s s o n ia n a d e p a r t id a s e g ú n ia c u a l se n e c e s ita ría u n s u
je to m ás a llá de las c o n s t r ic c io n e s s o c ia le s p a ra p o d e r c a m b ia r la s o c ie
d a d a u to a lie n a d a , se tra n s fie re a q u í al p r o le t a r ia d o , c o n s id e r a d o e n el
f o n d o c o m o u n a secta e litista . E n lu g a r d e e llo el s u r r e a lis m o re c u rre a
lo in c o n s c ie n t e e n ta n t o esfera d e lo a u t é n t ic o , y a la im a g in a c ió n «se
p a ra d a d e la re a lid a d b u rg u e s a n o r m a l y q u e se m a n ifie s ta e s p e c ia lm e n
te e n la n iñ e z , el s u e ñ o , la s e x u a lid a d y la lo c u ra » 76. S in e m b a r g o , lo q u e
a q u í c o m e n z ó c o n la escritu r a a u to m á tica , a c a b a ría , c o m o se sabe, c o n
el s u ic id io p o l ít i c o d e las v a n g u a rd ia s , a s e m e ja n z a d e S o re l, q u e lla m a
b a a l m a r x is m o al c a ta s t r o fis m o d e la H u e lg a g e n e ra l, y, c o m o id e o lo g ía
d e l p o d e r y a p o lo g ía d e la tira n ía , s e ría a p r o v e c h a d o p o r el fa s c is m o ,
h o n r a n d o e n M u s s o lin i, y d e s p u é s e n L e n in , a lo s h e r a ld o s d e la g ra n
d e s t r u c c ió n .
S i h a y e n la m e tá fo ra d e ia v a n g u a r d ia la p ro m e s a d e u n a s u p e ra
c ió n d e sí, c u a n d o se lo g r a e n tu s ia s m a r a las m asas p o r la m e ta asign a-
d a , o c u r r e ta m b ié n q u e la v a n g u a rd ia , q u e d e m o d o e lit is ta q u ie r e es
c e n if ic a r el m it o d e la r e n o v a c ió n t o t a l, se e n c u e n t r e de re p e n te e n
re ta g u a rd ia , s o b re p a s a d a p o r la h is t o r ia q u e n e g ó 77. C o n r e la c ió n a la
c u e s t ió n d e si h a lle g a d o ia h o r a d e la p o s tv a n g u a rd ia , n o d e ja d e ser u n
te m a a b ie r t o d a d o lo c o n t r a d ic t o r io d e ral l u c a s rt n o n l u c e n d o . Poco
h a y q u e e sp e ra r c ie r ta m e n te d e lo s d e fe n s o re s d ic id id o s de la u ltr a m o -
d e r n íd a d . Y a lo h a b ía a n t ic ip a d o A d o r n o e n 1 9 4 7 , en lo s M ín im a M o -
r a lia , d e m a n e ra , c re o , in m e jo r a b le . E l q u id p ro q u o e n tre p ro g re s o y re
a c c ió n , q u e h o y c o n t in ú a , « p r o d u c e el e fe c to d e h a c e r e x tre m a d a m e n te
d i f í c i l o rie n ta rs e e n el arte c o n t e m p o r á n e o c o m o en la p o lít ic a , p a r a li
z a n d o ia p r o d u c c ió n m is m a , p u e s ei q u e se a tie n e a in t e n c io n e s r a d ic a
les t ie n e q u e s e n tirs e c o m o u n p r o v in c ia n o , m ie n tr a s q u e el c o n f o r m is
ta ya n o se s ie n ta a v e r g o n z a d o e n la g lo r ie t a d e l j a r d ín , s in o q u e a
b o r d o d e u n a v ió n a r e a c c ió n se d ir ig e a lo p lu s c u a m p e rfe c to » .
92
3
La arqueología de la m odernidad
de Jean Starobinski*
93
d o u n a cesura h is tó ric a , S ta r o b in s k i e x p lic a el p ro c e s o h is t ó r ic o de su
f o r m a c ió n v d e c a d e n c ia : su c o n fig u r a c ió n p o r la C o n t r a r r e fo r m a q u e en
el a lt o b a r r o c o c o m p e n s a , m e d ia n t e ia re p re s e n ta c ió n d e la re a lid a d
en In a p a rie n c ia e src nc a , la e v id e n c ia ev a n e sce n te d e la p re s e n c ia d iv in a :
su p o t e n c ia c ió n c o m o re p r e s e n ta c ió n de la re p re s e n ta c ió n ( p o r e je m p lo ,
en E n s e ig n c d e G e r s a in t d e W a tte a u , d o n d e !a m ira d a d e l p in t o r se d ir ig e
a p e rso n a s q u e o b s e rv a n su im a g e n ); la fo r m a c ió n de su in s ta n c ia c o n
tra ria en la s e n s i b il id a d , q u e , c o m o n u e v a a c titu d estética c e n tra d a en el
p la ce r e s p o n tá n e o , p r e v io a la r e fle x ió n , c o n s ig u e p r o g r e s iv a m e n te el
« ju ic io d e i s e n tim ie n to » ; y, fin a lm e n te , la s u p re s ió n d e la re p re s e n ta c ió n
p r o p u g n a d a p o r R o u s se a u y D id e r o t en la "fie sta ic o n o c la s ta » d e l teatro
fu tu r o , q u e o p o n e al p la ce r p r iv a d o d e l e s p e c tá c u lo la id ea re n o v a d a de
la fiesta a n tig u a c o le c tiv a , p a r a sup erar, c o n el te ló n d el e s c e n a rio ilu s o
rio , la s e p a ra c ió n d e a c to r e s y e sp e cta d o re s, d e f ic c ió n y re a lid a d .
E i c a m b io e s tr u c tu ra l d e la re p r e s e n ta c ió n p ú b lic a c o rte s a n a p o r el
e s p a c io p r iv a d o de u n a n u e v a fo rm a d e v id a , q u e el s e n t im ie n t o b u rg es
e r ig ió en in s t a n c ia d e la m o r a lid a d , es a lg o q u e va J ú r g e n H a b erm a s
h a b ía d e s c r it o c o m o o r ie n t a c ió n d e la h is t o r ia de la lite ra tu ra . E n esta
p e rs p e c tiv a h is t ó r ic o - s o c ia l traza la e x p o s ic ió n de S ta r o b in s k i, d e m o d o
in d e p e n d ie n t e , u n a te n d e n c ia o p u esta : m ie n tra s q u e ei m o d o n o b le de
v id a y la o s t e n ta c ió n p r in c ip e s c a de las p o se sio n e s se van p r iv a tiz a n d o
(el lu jo se e sta b le ce a h o ra en las p e q u e ñ a s v iv ie n d a s o a p a rta m e n to s , en
el r e fin a m ie n t o de la d e c o r a c ió n in te rio r, en la m u lt ip lic a c ió n de los
p e q u e ñ o s p a it o s en la a r q u it e c t u r a te a tra l), el h o m b r e p r iv a d o se es
fue rza, e n c u a n t o h a ce fo r t u n a , p o r a ris to c r a tiz a r su fo r m a de v id a . P o r
o tra p arte , S ta r o b in s k i se a p ro x im a m u c h o a la te o ría c r ít ic a en los c a
p ít u lo s d e d ic a d o s a los aspe ctos o s c u ro s d e l S ig lo d e las lu ce s, «las p e sa
d illa s d e la razó n ». Si la re c e p c ió n ta rd ía d e la D i a l é c t i c a d e la I l u s t r a
ció n de A d o rn o v H o r k h e im e r s ig n if ic ó de h ech o un c a m b io de
p a ra d ig m a en ia c o n s id e r a c ió n de las ép o cas y sus c o n s e c u e n c ia s , el l i
b r o d e S ta r o b in s k i c o n s titu y e la m ás v a ria d a d e m o s t r a c ió n d e l c a m b io
de la ra zó n e m a n c ip a d o r a (y d e l e s tu d io d e l p ro c e s o de fin a le s d e l XV'Mi
a ú n p o r hacer).
Su c a ra c te rís tic o a rte d e la in te r p r e t a c ió n es c a p a z d e e x p lo r a r n o
s ó io el « d e s c u b r im ie n to d e ia lib e r t a d " en lo s c a m b io s , a p en a s o b s e rv a
bles, de la a c t it u d esté tica y m o r a l en las o b ra s m aestras y en d isp e rso s
te s t im o n io s , s in o ta m b ié n la o tra cara, n o lu m in o s a , de la I lu s tra c ió n .
L a p o m p a y p r o d ig a lid a d d e los g ra n d e s y p e q u e ñ o s s o b e ra n o s d e g e n e
ra en la m asa en ritu a le s n arcisista s, así c o m o el fin a l a m e n a z a d o r de la
m o n a r q u ía se s ie n te c o m o u n a p e s a d illa . P o r o tra p arte, tie n e lu g a r un
p ro c e s o en el q u e ia s u b je tiv id a d q u e se d e s p ie rta d e s c u b re su lib e rta d
p r im e r o en el a c to d e l s e n t im ie n t o (« o b ra r y sen tir» ) y lu e g o en ei aero
94
d e la v o lu n t a d , n o s in q u e se m a n ifie s te n s in t o n ía s de u n a n u eva a n g u s
tia, ia a n g u s tia q u e p r o d u c e la re s p o n s a b ilid a d tic la m a y o ría de ed ad .
E l p ro c e s o e c o n ó m ic o q u e ia c re c ie n te b u rg u e s ía lleva a to d a la tierra
p a ra a p ro p ia rs e d e la n a tu ra le za m e d ia n te la c o lo n iz a c ió n , el c o m e r u o
y ia in d u s tr ia , c o m o si fu e ra su p o s e s ió n h e re d a d a f-el e x a m e n u n iv e rsa l
d e esa p o s e s ió n es la E n c ic lo p e d ia ! ) , d eja tras d e sí u n s e n t im ie n t o de
c u lp a , la m a la c o n c ie n c ia d e h a b e r c o m p r a d o el d o m i n i o dei saber ilu s
tr a d o p o r ei p r e c io d e las fu e n te s n a tu ra le s d e la v id a . Y c u a n d o f i n a l
m e n te la fu e rza to ta l de la ra z ó n ilu s tra d a v d e l s e n t im ie n t o s o lid a r io
esta lle a ia cla ra lu z de la r e v o lu c ió n , c u a n d o to d a a u to r id a d v d e p e n
d e n c ia q u e va n o p u e d e re m itirs e a u n a lev u n iversa !, caista en la o s c u r i
d a d , se a p r o x im a el d ía en ei q u e la u n id a d re a liza d a d e los D e re c h o s
d e l h o m b r e v d e la V o lu n t a d g en e ral b a g a n u n fre n te , s u r g id o de su
p r o p io s e n o , fre n te al re to r n o d e la o s c u r id a d .
L o s s ín t o m a s de la la te n te d ia lé c tic a de la ilu s t r a c ió n .se revelan a
u n a m ir a d a q u e p e n e tre en las p r o fu n d id a d e s de la a u t o c o n c e p c ió n de
ia é p o c a , ta n to en el la d o o s c u ro d e las m a n ife s ta c io n e s estéticas l u m i
n o sas c o m o en ios m o tiv o s in c o n s c ie n te s de las fo rm a s d e arte e s p e c ífi
cas d e l m o m e n to . 1:1 sisólo W l l l q u e h a s id o la p r e p a r a c ió n de la estética
m o d e r n a en su r e fle x ió n s o b re la o b ra y el e fe c to , en la fu n d a m e n t a c ió n
d e i p la c e r es té tic o v en el d is fr u te p r o f u n d o d e lo s u b lim e (¡la h is to ria
d e estos c o n c e p to s se h a e n r iq u e c id o c o n s id e ra b le m e n te !) p r o d u jo ta m
b ié n e n m ú lt ip le s c o n fig u r a c io n e s d e p la ce r n egro tm a esté tica de la n c-
g a tiv jd a d . h i e s tiio r o c o c ó q u e b u sca en io d e c o ra tiv o , lo in e s p e ra d o v
lo e x tra ñ o , u n a v a rie d a d q u e c u lm in a en ei p la c e r de lo e fím e r o (el in s
ta n te p e rfe c to q u e e n s e g u id a se d esvan ece), c o m p e n s a c o n el h e d o n is
m o d e la d is p e r s ió n y de ia p ro te sta , el c a n s a n c io la te n te p o r el p r e d o
m in io d e l o r d e n q u e se c o n s id e ra n o r m a l en el arre c lá s ic o y au n en el
b a rro c o . \ X a u e a u , q u e « ( o rific a las fiestas q u im é r ic a s d e la a ris to cra cia ,
p e r o q u e t a m b ié n d e s p id e en sus p r e c a r io s m o m e n t o s c u lm in a n t e s ,
c o n fie s a en la fig u ra r id ic u liz a d a de su G ilíe s u n s e n t im ie n t o p r o f u n d o
d e m e la n c o lía q u e te s t im o n ia el e s ta d o d e á n im o en ei h u n d im ie n t o del
m u n d o a r is to c r á tic o en t o r n o a 17 8 9 (tal c o m o lo re fie re n a V e n e cia
G u a r d i y 1 ié p o io ) .
« S ie m p re p la c e r n o es p la c e r" (V o ita ire ): in c lu s o al h e d o n is m o , q u e
ju s tific a ei d is fr u te m á x im o c o m o e je rc ic io de la lib e rta d c re a d o ra , le s i
g u e el d e s e n g a ñ o y el h a s tío , y tras el e x o t is m o de lo ie ja n o aparece un
« e x o tis m o d e l m a l” q u e h ace o c u lt a m e n t e al e s p e c ta d o r - c o m o en el
C ftU í'h cm a r de F iis s h - c ó m p lic e d e i m al. t.s la fa s c in a c ió n p o r el p la ce r
n egro q u e - - re m itid o p o r R o u sse a u a la ú lt im a e x a lta c ió n de !a v ir tu d , v
le g it im a d o p o r L a C dos v Sade en su in v e r s ió n - p ro m e te tra n s fo rm a r el
d o io r en piacer. L.o q u e S ta r o h in s k i ha e n c o n tr a d o en este reverso del
9S
« d e s c u b r im ie n to tic ia lib e rta d » d e la I lu s tr a c ió n va d e sd e el h a lla z g o d e l
p la c e r n e g a tiv o en lo s u b lim e a lo a n tip a s ro ril, y hasta las fan tasías c a rc e
larias de P ir a n e s i, las p e s a d illa s de F iis s h y ¡as escenas de h o r r o r de C o r a ,
en las q u e el e s p a n to a n te la m u e rte y ia a n iq u ila c ió n o c u p a el p u e s to
d e l h a s tio al q u e se creía haberse s u s tra íd o e n el p lstcer n egro. L a m is m a
d ia lé c tic a tie n e lu g a r en la fa s c in a c ió n de la é p o c a p o r las ru in as. A m e
d ia d o s de s ig lo , tras las ex ca v a c io n e s de R e r c u la n n y P o m p e y a , se a c tu a
d ad era. Es s in e m b a rg o « n a p ro p u e s ta - l a c o n v e rg e n c ia d e d o s en e rg ías
96
e p o c a le s — tic u n in té rp re te q u e en o tro s lug ares es s u m a m e n te c a u te lo s o
en !a s u b o r d in a c ió n d e las m a n ife s ta c io n e s estéticas a los sucesos p o l ít i
cos, y, en a m b o s lib ro s , d e s c o n fia n d o d e i p r i n c i p i o a r m o iw a d o r d e l «es
p ír it u d e l tie m p o » , e la b o ra c o n s ta n te m e n te ia n o c o n t e m p o r a n e id a d de
lo c o n t e m p o r á n e o . L a c o n v e rg e n c ia e n tre la « p asión d e acabar» y la «pa
s ió n d e l c o m ie n z o » b ro ta en este caso n o ta n to del p o d e r s in c r ó n ic o de
u n c a m b io en ¡os a c o n t e c im ie n to s , c u a n t o d e l d e s e n c a d e n a m ie n to de
fu e rzas, de o rig e n d iv e rs o e in c lu s o a n ta g ó n ic o , q u e d e s e m b o c a n en el
m is m o in s r a n te de u n suce so y p u e d e ser in te rp re ta d a p o r la m ira d a
a n a lític a d e m o d o d iv e rso . E l d e s tin o le g e n d a r io d e l lib e r t in o ya h ab ía
im p r e g n a d o la era de! b a rro c o . E n el m it o d e D o n lu á n n o s ó lo q u e d a
in c o r p o r a d a el ansia in s a c ia b le d e p la c e r q u e tra n sg re d e to d o s los lím ite s
de ia o r d e n a c ió n d iv in a , s in o q u e el s e n t im ie n t o b a rro c o d e la v id a as
c ie n d e al m á x im o s a c rile g io y se s o m e te así a la m ás ra d ica l c o n d e n a
c ió n . E n la s it u a c ió n p r e r r e v o lu c io n a r ia , en v ísp e ras de ia c risis q u e p u so
fin a! m u n d o fe u d a l, p o d ía el lib e r t in o , al p o n e r en c u e s t ió n c o n j u n t a
m e n te lo s lím ite s d el o rd e n d iv in o y lo s d e ia s o c ie d a d fe u d a l, ser e n t e n
d i d o c o m o d e fe n s o r de la lib e r t a d ra d ic a l (« lib e rtin o » ) y c a stig a r la m ala
c o n c ie n c ia c o n ei ju ic io im a g in a r io de D o n J u a n y de V a lm o n t: «Los
h o m b re s d e 1 7 8 7 (a ñ o d e la ó p e ra d e M o z a r t ) p o d ía n s in d u d a r e c o n o
c e r m e jo r en el rayo de D o n G io v a n n i el ú lt im o m o m e n to , el in s ta n te
e x tre m o d e u n a e x is te n c ia h e c h a e n te ra m e n te de m o m e n to s h u id iz o s ;
s a b ía n p o r e x p e rie n c ia q u e el a p e t ito in s a c ia b le de placeres d is m in u y e ,
e n c u e n t r a el re p o so y su a v iz a c o n la m u e rte las in c o m o d id a d e s del tie m
po» { E R , p. 29). A s í a d q u ie re la a tre v id a a fir m a c ió n de B a u d e la ir e «Sa re
v o lu c ió n ha s id o h e c h a p o r v o lu p t u o s o s " su m ás p r o f u n d o c o n t e n id o
h is t ó r ic o y p s ic o ló g ic o , si se c o n t e m p la n las fig u ra s h eroicas, y ta m b ié n
ro d e a d a s de e s c á n d a lo , d e M ir a b e a u o D a n t o n .
E n u n t ie m p o en el q u e la c ie n c ia d e la lite ra tu ra se m id e p o r su le
g it im a c ió n m e t o d o ló g ic a , J e a n S t a r o b in s k i lia r e n u n c ia d o s o b e r a n a
m e n te a f u n d a m e n t a r t e ó r ic a m e n t e su n u e v o p la n t e a m ie n t o d e u n a
h is t o r ia e sté tica v p s ic o ló g ic a , y ha t e n id o q u e re sig n arse a ser a d s c r ito a
la lla m a d a « h is to ria d e ideas», a u n q u e tal c o n c e p c ió n , tal c o m o ia re
p re s e n tó L o v e jo y , q u e d a s u p e ra d a en su m o d o d e e x p o s ic ió n . C ie r t o
q u e ya L o v e jo y h a b ía e x ig id o c a p ta r el a s p e cto a fe c tiv o de las «ideas», e!
« p a th o s m e ta fís ic o » cic las « p alab ras sagradas» de u n a é p o c a y re tro c e d e r
a su p re v ia c o m p r e n s ió n im p líc it a . S in e m b a r g o se a tu v o —d e u d o r del
p a r a d ig m a h e g e iia n o d e l e s p ír it u o b j e t i v o - a su re p r e s e n ta c ió n d e la
« idea u n id a d » , d e la f u n c ió n u n ific a d o r a v e n g lo b a n te de rodas las m a
n ife s ta c io n e s c u ltu ra le s , lejo s de la s o s p e c h a p r o p ia d e la c r ít ic a d e las
id e o lo g ía s , s e g ú n ia c u a l las t r a d ic io n e s e s p iritu a le s d e n in g u n a m an era
s o n in m u n e s ai d o m i n i o de los intereses m a te ria le s q u e p u d ie r a n alte rar
97
e l ü b re d iá lo g o e n el p la n o d e las ideas. E l a p a r t a m ie n t o de la h is to ria
id e a lis ta d e l e s p ír itu o d e la h is t o r ia d e la c u lt u r a , y, e n c o n s e c u e n c ia ,
d e la p r e t e n s ió n d e u n a « e x p lic a c ió n in m e d ia ta d e las artes» es c o m ú n a
S t a r o b in s k i y a la h is t o r ia d e las m e n ta lid a d e s (o fo r m a s d e v id a ) q u e
i r r u m p ió p o c o d esp u é s. L o q u e le sep ara de la «nueva h is to ria » , o, d i
c h o d e o tra m a n e ra , lo q u e lle v a a c a b o c o n su p la n t e a m ie n t o p s ic o h is -
tórico, es el d e s c u b r im ie n t o d e a c titu d e s la te n te s , su in c lu s ió n en el
p ro c e s o s o c ia l de las im á g e n e s d e l m u n d o q u e se v a n c o n f ig u r a n d o y la
c o n c r e c ió n d e ese c a m b io de h o r iz o n t e en lo s p u n to s de in t e r s e c c ió n de
sus m a n ife s ta c io n e s estéticas. D e este m o d o lo g ra h a c e r v is ib le el m o v i
m ie n t o d ia c r ó n ic o en la u n id a d s in c r ó n ic a de la c o n c ie n c ia d e la é p o c a ,
s e g ú n las fro n te ra s c a m b ia n te s e n tre la a n tig u a e s tr u c tu ra d e u n a c o m
p r e n s ió n d e i m u n d o y la n u eva.
L a c o n t r ib u c ió n , to d a v ía en c u rs o , d e S ta r o b in s k i a la in v e s tig a c ió n
de las fo rm a s de v id a d e l s ig lo X V ill, la a c la r a c ió n m u tu a d e «e stilo d e
v íd a » y « c lim a esté tico» , d e b e r ía ser a h o r a ilu s tra d a c o n a lg u n o s e je m
p lo s d e esos d e s c u b r im ie n t o s de c a m b io d e h o r iz o n t e q u e c a ra c te riz a n
la d ia lé c t ic a p ro g re s iv a d e la I lu s tr a c ió n .
C a m b i o d e é p o c a y c o n c ie n c ia d e é p o c a a p a re ce n e n esta c o n s id e
r a c ió n d e l S ig lo de las L u c e s c o m o té r m in o s h e r m e n é u tic o s , e n fr e n t a
d o s d ia lé c tic a m e n te . N o es u n su ce so in ic ia l n o ta b le q u e a b re u n a é p o
ca, c o n ¡a e x p e c ta tiv a e n fá tic a d e a lg o n u e v o , lo q u e m o d if ic a el m u n d o
v ie jo d e u n g o lp e y de m o d o irre v e rs ib le , s in o q u e la p ro g re s iv a sep a ra
c ió n d e lo a n t ig u o , e n la p e r c e p c ió n p a u la t in a d e u n h o r iz o n t e a b ie rto
d e f u t u r o , es lo q u e c a ra c te riz a el c a m in o d e la e x p e rie n c ia , c o n la q u e
la ra z ó n , q u e se lib e r a a sí m is m a , c o n s ig u e la m a d u r e z . N o es u n c a m
b io d e é p o c a c o n u n a fe ch a , s in o u n p a u la t in o c a m b io de h o r iz o n t e
c o n u m b r a le s d e t e r m in a d o s , q u e al p r i n c i p i o s o n o b s e rv a d o s y a te s ti
g u a d o s p o r p o c o s , lo q u e m a rc a este p ro c e s o en el q u e 1o a n t ig u o m a n
tie n e su re s is te n c ia fre n te a lo n u e v o hasta el su ce so fin a l d e 1 7 8 9 .
L o a n t ig u o es e n esta p e rs p e c tiv a la o r d e n a c ió n c ó s m ic a , a ú n m e ta
fís ic a , y la fo r m a d e v id a re p re s e n ta tiv a d e l B a r r o c o (q u e p a ra S ta r o
b in s k i c o m p r e n d e el c la s ic is m o fran cés). L o n u e v o se m u e s tra a n te to
d o en q u e ei g ir o c o p e r n ic a n o in c lu y e a h o ra la c o m p r e n s ió n d e l m u n d o
y la e x p e rie n c ia d e la n a tu ra le z a d e estrato s m ás a m p lio s . L o s fís ico s,
g e ó m e tra s y filó s o fo s d e l b a r r o c o g a n a r o n su b atalla: se im p u s o la id ea
d e la i n f i n i t u d d e l to d o y la d e s c e n tr a c ió n d e la im a g e n a n t r o p o m ó r f ic a
d e l m u n d o e n u n a c o n c ie n c ia g e n e ra l. E n el m o d e lo c ó s m ic o d e la I lu s
tr a c ió n , las n o c io n e s d e « s u p e rio r» e « in fe rio r» , las d ir e c c io n e s s im b ó l i
cas d e c ie lo e in f ie r n o , s a lv a c ió n y c o n d e n a c ió n , h a n p e r d id o su s e n tid o
a n a g ó g ic o . T a n t o si se p ie n s a q u e D i o s está fu e ra d e i e s p a c io , c o m o si el
e s p a c io es u n a t r ib u t o de la d iv in id a d , la n a tu ra le z a en su t o t a lid a d c ó s
98
m ic a es d e c la ra d a in c o g n o s c ib le , el e s p a c io c ó s m ic o es n e u tra l, is ó t ro p o
y h o m o g é n e o , d e m a n e ra q u e n in g ú n Silgar tie n e p r iv ile g io a lg u n o s o
b re o tro . P e ro si el u n iv e r s o carece d e c e n tr o y n o tie n e lím ite s , e n t o n
ces c u a lq u ie r c o n c ie n c ia p u e d e a rro g a rs e el d e r e c h o d e o r g a n iz a r el
m u n d o m e d ia n te su p r o p ia a c tiv id a d : «el p u n t o d e vista d e l in d iv id u o
n o es s ó lo el c e n tr o d e u n a o b s e r v a c ió n s in o e! p u n t o d e a p o y o d e u n a
tr a n s fo r m a c ió n activa» ( I L , p. 1 15).
E n esta líric a c o n t e m p la S r a r o b in s k i la p re m is a ú lt im a y m ás c a ra c
te r ís t ic a d e la c o n c ie n c ia e p o c a l d e la I lu s t r a c ió n e u r o p e a . R e n u e v a
n u e s tra v is ió n d e la c o m p r e n s ió n d e l m u n d o y d e l eth o s d e la m o d e r n i
d a d q u e a h o ra c o m ie n z a . C o m p r e n d e ta n t o el d e s a rro llo e c o n ó m ic o y
p o l ít i c o c o m o la lib e r a c ió n d e la e x p e rie n c ia estética. E l e s p a c io n e u tra l
es el e s p a c io de la té c n ic a , d e l c o m e r c io , d e la c o lo n iz a c ió n y d e la i n
d u s t r ia , de las F u e r a s lib e ra d a s de la ra z ó n in s t r u m e n t a l q u e se e x tie n
d e n p o r to d a la tie rra y d o m in a n la n a tu ra le za c o m o su p r o p ia h e r e n
cia. E l d e s c u b r im ie n t o de la s u b je tiv id a d , la lib e r a c ió n y le g it im a c ió n
d e l in d iv id u o , p e ro ta m b ié n la s a lv a c ió n de la n a tu ra le z a en su t o t a li
d a d , b u s c a n d o e n c o n t r a r y m a n te n e r e n la p o e sía y el arte la c o r r e s p o n
d e n c ia e n tre p a isa je y s u je to s e n s ib le , esa es la n u e v a tarea y el e je rc ic io
d e la e x p e r ie n c ia esté tica. C o n v e r g e n e n este p u n t o el p la n t e a m ie n t o d e
S t a r o b in s k i y el t r a ta m ie n to c lá s ic o , s u r g id o d e m o d o in d e p e n d ie n t e ,
d e J o a c h ím R it t e r acerca de la f u n c ió n d e lo e s té tic o en la s o c ie d a d m o
d e rn a : «la s u b je t iv id a d ha e m p r e n d id o c o n s e r v a r y a c tu a liz a r lo q u e de
r e lig io s o h a y en el s a b e r s o b re D io s , lo e s té tic o e n So b e llo y lo é t ic o en
la m o r a lid a d , lo q u e está o b je t iv a d o en el s e n o de !a s o c ie d a d , y p u e d e
c o n v e r t ir s e e n m e r a m e n te s u b je tiv o » 2. L a I n v e n c i ó n d e lu l i b e r t a d de
S t a r o b in s k i a c la ta a m p lia m e n t e las te sis de R i t t e r s o b re el d e s c u b r i
m ie n t o d e la n a tu ra le z a c o m o p aisaje.
Un c a m b io de h o r iz o n t e d e la e x p e r ie n c ia e sté d ea se a p re cia p o r
e je m p lo en 1a a r q u ite c tu r a y lo s ja rd in e s , c u a n d o h a c ia fin e s d e s ig lo se
t r a n s f o r m a n sus re la c io n e s fo rm a le s : «la fa c h a d a b a r r o c a , r ic a m e n t e
a d o rn a d a , o rg á n ic a , viva, d e s e m b o c a b a en u n ja r d ín d is p u e s to g e o m é
tric a m e n te ; la c o n s t r u c c ió n c lá s ic a , en la q u e p r e d o m in a n la d is t r ib u
c ió n g e o m é tric a , las c o n e x io n e s y lo s p la n o s , acaba e n u n p a r q u e e n el
q u e se d e s p lie g a la n a tu ra le z a c o n su p le n it u d o rg á n ic a » ( I L , p .2 0 5 ) . E n
el e s tilo r o c o c ó , c a ra c te riz a d o c o m o « b a rro c o r e s p la n d e c ie n te y m in ia -
tu riz a d o » , c o in c id e n intereses es té tic o s d e d o s clases. L a b u rg u e s ía c re
c ie n t e se e s fu e rza en im it a r el id e a l a r is to c r á tic o d e la v id a hasta en las
cosas d e u s o d ia r io , v a lo ra e! a d o r n o de los o b je to s q u e h a n p e r d id o su
99
f in a lid a d , lo q u e p a ra u n a a ris to c r a c ia q u e ha p e r d id o su f u n c ió n s ig n i
fic a ía tr a n s m u ta c ió n d e las fo rm a s s im b ó lic a s en o b je to s d e placer- P e
ro t r a d ic ió n e in n o v a c ió n p u e d e n c ru z a rs e en ia o b r a dei m is m o au to r:
el e s p ír itu de la c o n t r a r r e fo r m a , q u e en las c o n s t r u c c io n e s sagradas, ran
n u m e ro s a s , d e i s u r de A le m a n ia q u e r ía n re n o v a r el m o d e lo d e l b a rro c o
¡ra lia n o , seg u ía v iv ie n d o , c o m o su ú lt im a in c o r p o r a c ió n , en las m isas
d e H a y d n y M o z a r t , m ie n tr a s q u e los c u a tre ro s d e c u e rd a d e i p r im e r o
i n ic ia n ya la a u t o n o m ía de! c la s ic is m o vien e s, y las ó p e ra s d e l s e g u n d o
c e le b ra n , c o n el e s p ír itu d e la fra n c m a s o n e r ía , el t r iu n f o d e la ilu s t r a
c ió n s o b re la o s c u r id a d . Y c u a n d o , fin a lm e n te , en las o b ra s v p ro y e c to s
d e B o u ilé , L e d o u x y P o y e t, el «e stilo r e v o lu c io n a r io de la v o lu n t a d " im
p o n e u n m o n u m e n t a lis m o f u n c io n a l, u n a n u ev a e sté tica d e la s o b r ie
d a d s u b lim e s u s titu y e a Sa vieja esté tica del a d o r n o c o m p lic a d o y d e s
lu m b r a n t e , y u n e s t ilo p r o m e t e ic o o p o n e el p o d e r d e l h o m b r e a la
in s t a n c ia d e lo b e ilo n a tu ra l. E n la p in t u r a de G u a r d i, La a s ce n s ió n d e
u n g l o b o s o b r e e l c a n e t l d e la G i itd e c c a , se c ru z a n lo a n t ig u o y lo n u e v o
d e n u e s tra m o d e r n id a d : el g lo b o , e m b le m a d e l s u r g im ie n t o d e l «estilo
de la v o lu n ta d » es o b je t o d e a s o m b r o p o r p a rte d e tin as fig u ra s e n m a s
c a ra d a s de la s o c ie d a d ro c o c ó , q u e n o s o s p e c h a q u e ral a c o n t e c im ie n t o
a n u n c ia el fin a l d e su m u n d o c o n la r u p tu r a de u n fu t u r o t e c n o ló g ic o
q u e se im p o n d r á c o n el im p e r a tiv o de la tra n s g re s ió n de los lím ite s , de
la e x ig e n c ia c re c ie n te d e la v o lu n t a d en la i n f i n i t u d d e l to d o .
H a s ta q u é p u n t o es t it u b e a n te este c a m b io [lacia lo n u e v o , lo d e
m u e s tra la in t e r p r e t a c ió n d e l m it o de P ig m a lió n . S u p o p u la r id a d p o
d r ía r e s p o n d e r al s e n tid o e m b le m á t ic o seg ú n el c u a l el p in t o r es a h o ra
el p o s e e d o r de lo b e ilo , lo q u e h a sta a h o ra c o r r e s p o n d ía al p r ín c ip e .
¿ Q u ie r e n re c o rd a r c o n e llo lo s p in to r e s —c o m o lo s filó s o fo s de la I lu s
t r a c ió n — q u e la p r o p ie d a d d e b e ser u n d e re c h o f u n d a d o en el tra bajo ?
P e ro e n c o n t r a te n e m o s q u e la e sté tica in m a n e n t e de este arte su rg e en
p r im e r t é r m in o d e u n h e d o n is m o realista: el e n c a n to de u n a « p e rfe c
c ió n h e c h a carne» o c u lt a u n a c a re n c ia d e - te n s ió n c re a d o ra , n o tie n d e a
la m o d if ic a c ió n d e la c o n v e n c ió n y el o r d e n s o c ia l. E l p r in c ip io d e l p la
ce r n o s ig n ific a lo m is m o p a ra la cla se fe u d a l d e s c e n d e n te y p ara la b u r
g u e sía a s ce n d e n te : «para el b u rg u é s , el p la c e r n o e n tra ñ a la re n u n c ia a
u n d eb e r, a u n a tarea; es u n acce so a u n a p o s e s ió n m e d ia n te la q u e el
h o m b r e a n u n c ia su in te rés d o m in a n t e p o r los b ie n e s d e este m u n d o .'
( I L , p. 54). A q u í, y e n otras partes, se c o n f ir m a ia a m p lia c ió n a rtís tic a y
s o c io ló g ic a d e la c u e s t ió n d e la r e la c ió n e n tre la o b ra v el re ce p to r: el s i
g lo de las luce s es u n a é p o c a e n ía q u e, m ás q u e n u n c a , el m u n d o c e rra
d o de la p r o d u c c ió n y el c o n s u m o d e lo b e llo se ab re ai re c e p to r de las
artes. E s a lg o q u e c o n f ir m a la c r ít ic a d e l arte a la q u e tie n e a cce so el p ú
b lic o ilu s t r a d o . D e s d e 1 7 3 7 e x ig e n ta m b ié n las p u b lic a c io n e s d e las
100
A c a d e m ia s a la hasta e n t o n c e s ú n ic a in s t a n c ia d e i j u i c i o e s té tic o , la
« o p in ió n d e l p ú b lic o ilu s t r a d o " a q u ie n se in v ita a m a n ife s ta r su o p i
n ió n s o b re lo s salon es.
L a lín e a d iv is o r ia e n tre lo a n tig u o v lo n u e v o , q u e avanza im p e r
c e p tib le m e n t e , es p r ó d ig a en suceso s en ¡a h is to ria d e los g é n e ro s a rt ís
tico s. L a v e n e ra b le t r a d ic ió n d e los id ilio s d e c lin a . Su ú lt im o e s p le n d o r
c o n la m e s T h o m s o n y S a lo m o n G e s s n c r v iv e de la ilu s ió n de u n re n a
c im ie n t o a rc á d ic o , p e ro d e s p ie rta ta m b ié n la d u d a d e si la fa m o sa s e n
c ille z d e la v id a d e í c a m p o p u e d e d is fr u ta rs e sin el re g u sto d e la m e n t i
ra. L a m is e ria d e la e x is te n c ia c a m p e s in a h ace su e n tra d a c o n la p in tu r a
d e T ié p o lo , G r e u z e o F ra g o n a rd , p e ro va el b u n io de las fá b ric a s hace
ve r in e q u ív o c a m e n t e q u e eí h o m b r e se e n c u e n tra en e s ta d o de g u erra
c o n t r a ía n a tu ra le za . L a n a tu ra le z a lib re e in ta c ta q u e d a fu e ra d e la a c
t u a lid a d d e l h o m b re ; tie n e q u e ser b u s c a d a e n la s u b lim id a d d e los
m o n te s , en u n a n t iid ib o . L a d e s t r u c c ió n d e í m it o b u c ó lic o es elevad a a
m o t iv o d e la é p o c a p o r C o l d s m it b y Cirav, v hasta p o r el G o e t h e de
W e r fh e r . L a to r m e n t a d e l la g o en el e p ílo g o d e P a b lo y V ir g in ia es el ú l
t im o i d i l i o d e l s ig lo . E n su lu g a r a p are ce ía u to p ía q u e p ro y e c ta en el
fu t u r o la f e lic id a d d e u n m u n d o r e c o n c ilia d o , y ta m b ié n la a c t it u d s e n
t im e n t a l r o m á n tic a q u e b u sca el a c o r d e p e r d id o d e l h o m b r e y la n a t u
rale za en la r e fle x ió n in f in it a d e u n a « p a sió n d e la au sen cia» .
Va lie m o s h a b la d o d e la p o esía de las r u in a s y de su tr a n s fo r m a c ió n
d e s d e la m e la n c o lía a! p la ce r n egro de la n o vela tr u c u le n t a . A q u í actúa
la fa s c in a c ió n im a g in a r ia p o r la e s c e n o g ra fía m e d ie v a l y el re d e s c u b ri-
m ie n t o d e lo « g ó tico » p o r h is t o ria d o r e s y a m a n te s d e l arte. E n la p i n t u
ra h is t ó r ic a d e l s ig lo a b u n d a n las escenas d e m uerte; s in e m b a rg o , en el
M a r a t a s es in a d o (la « p ie d a d ja c o b in a » , de D a v id ) , y en su B r u ñ ís , p are ce
q u e la c o n c ie n c ia e p o c a l d e la r e v o lu c ió n d e s c u b re d e n u e v o la m u erte:
c u m p lim ie n t o a u t é n t ic o d e l ju r a m e n to de lib e r t a d «que d e s c r ib e m a g
n ífic a m e n t e la s o le d a d fú n e b re , para tra n s m u ta rla en c o m u n ió n seg ú n
el im p e r a t iv o u n iv e rs a l d e l '['error v la V 'irtu d » (F1R, p. 7 0). F.n el e s tilo
n e o c lá s ic o se e n tre c ru z a n v lim it a n el m a n t e n im ie n t o y la re n o v a c ió n
de la a n tig u a h e r e n c ia de m a n e ra in tr in c a d a . Para la s o c ie d a d de artistas
de la R o m a d e fin d e s ig lo , c o n in flu e n c ia s o b re to d a E u r o p a c o n sus
e s tilo s o p u e s to s d e l b a r r o c o y el r o c o c ó (el lla m a d o « c la s ic is m o de W c i-
m ar» n o es u n m o v im ie n t o a u t ó c t o n o , s in o el vastag o a le m á n ) , la v u e l
ta a la a n tig ü e d a d era m u c h o m ás q u e u n p e r ió d ic o c a m b io d e gusto.
S u rg ía d e u n a d e c is ió n lib r e v u n a e le c c ió n re fle x iv a d e ¡a razó n ilu s t r a
da q u e e m p r e n d ía en las artes lo q u e la r e v o lu c ió n d e I 7 8 9 a c o m e tió
c o n las in s t it u c io n e s p o lític a s : p are cía a c tu a r la g ra n idea de u n n u e v o
c o m ie n z o q u e b u scase, p o lít ic a m e n t e , u n a le g it im a c ió n m e d ia n te la re
p ú b lic a r o m a n a y, e s té tic a m e n te , u n a v u e lta a la re v e la c ió n o r ig in a l, a la
101
sim b io sis p rístin a d e la n atu ralez a y arte. C o n ello se observa en ei n eo
clasicism o u n a clara lín e a d e d e lim ita c ió n q u e va d esd e F iissli a W in c-1
k e lm a n n (y a G o eth e): en su c rític a al co n cep to a p o lín eo de la b elleza .
id eal, d el lad o la m in o so d el arte g rieg o , exige u n a aten ció n i l lad o o s
curo re p rim id o , q u e G o eth e rechaza co m o p o rtavo z d e la razón c lásica,
p ara acabar, sin e m b arg o , en el p a n d e m ó n iu m d e su S eg u n d o F austo,
exo rcizan d o su p ro p ia so m b ra. En el p u n to c u lm in a n te d ei n eo clasicis- .
m o, la b ú sq u e d a d e lo b ello o rig in a rio , d e la n atu ralez a ilu m in a d a p o r
el arte, se c a m b ia en el c o n o cim ien to d e la alte rid n d d e lo a n tig u o , en
la c o n c ie n c ia h istó ric a m e n te a g u d iz a d a de qu e la v erd ad q u e u n a vez se
a b rió a los a n tig u o s en lo b ello , sólo se p resen ta a los m o d ern o s en el
sab er: «la p o esía p arece m ás capaz q u e la e sc u ltu ra o q u e la p in tu ra de
p o d e r m e d ir la d ista n c ia , la im p o s ib ilid a d d el regreso ai o rig e n , y, a
p a rtir d e esa im p o s ib ilid a d , se o b tien en los g ran d es tem as de la m o d er
n id a d : e l lirism o d e la c o n c ie n c ia e sc in d id a , d ei recuerd o y d el p resente
p erd id o » (E R , p. 9 2 ).
N o es c a su a l q u e las lín e a s d e fu g a d e este n u e v o h o r iz o n t e d e las
artes c o n flu y a n , s e g ú n esta c o n s id e r a c ió n , e n la s in c r o n ía d e lo s añ o s
r e v o lu c io n a r io s , p e ro q u e e n e llo s e n c u e n t r e n su f in o sean s u s t it u id o s
p o r n u e v o s m o d e lo s y n o r m a s esté ticas. Se c o n f ir m a a s í b r illa n t e m e n t e
la h ip ó t e s is d e tra b a jo d e S t a r o b in s k i, e x p u e sta en esas d o s o b ra s, la d ia -
c r ó n ic a y n a rra tiv a L a in v e n c i ó n d e ia lib e r ta d , y la s in c r ó n ic a y e s tru c
tu r a l L o s e m b k m a s d e la r a z ó n , q u e h a c e d e c o m p le m e n t o : ei a ñ o 1 7 8 9
tra e c o n s ig o u n a r u p t u r a d e é p o c a n o s ó lo e n la h is t o r ia p o lfr ic a d e E u
r o p a s in o ta m b ié n e n el e s tilo y la a c t it u d estéticas. L a « p a s ió n de a c a
bar» y su c o r r e la t o p s t c o h is t ó r ic o «la p a s ió n d e l c o m ie n z o " se re v elan
así c o m o el m ó v il c o m ú n d e la a c c ió n p o lít ic a y d e la a c t iv id a d estética,
a u n q u e lo s r e v o lu c io n a r io s e ra n c u a lq u ie r cosa m e n o s e s tu d io s o s d e l a r
te, y lo s ú lt im o s n o fu e se n m u y p a r t id a r io s d e lo s ja c o b in o s (la « r e v o lu
c ió n estética» d e l p r im e r r o m a n t ic is m o a le m á n fu e u n a re sp u esta c r ít ic a
a las e x p e c ta tiv a s d e s e n g a ñ a d a s d e la r e v o lu c ió n y n o su m a n ife s ta c ió n
e sté tica h o m ó lo g a ) . L a p r o d u c c ió n lite r a r ia y a rtís tic a de la é p o c a re v o
l u c io n a r ia fra n c e s a es, e n la h is t o r ia d e la lit e r a tu r a y d e l arte, u n a c o n
f ir m a c ió n n o t o r ia d e l d íc t u m : in te r a rm a s ile n t m u sa e. S in e m b a r g o , se
ría u n a a p u e s ta te m e ra ria p r o p o n e r l o c o n t r a r io , q u e to d a t r a d ic ió n
lite r a r ia y a r t ís tic a e n c o n t r ó su f i n c o n el A n t i g u o R é g im e n y q u e los
m o m e n t o s in n o v a d o r e s , q u e c o n fre c u e n c ia en el d o m i n i o d e las b ella s
artes ;s e a p r e c ia n d e m o d o s ó lo re tro s p e c tiv o , h a n d e sér b u s c a d o s en el
c a m b io la te n te d e l s is te m a d e n o rm a s esté ticas, c o m o s ig n o d e u n n u e
v o c o m ie n z o .
Q u e je a n S taro b in sk i g an ó tal ap u esta, se d ebe an te todo a su m aes
tría en la in te rp re tac ió n sin to m á tica , q u e, a la v ista de la escasez d e testi
102
m o n io s fran ceses d e l a ñ o 1 7 8 9 , e c h ó m a n o d e ias o b ra s lite ra ria s y a rtís
tic a s d e lo s c o n t e m p o r á n e o s d e to d a E u r o p a ( G u a r d i y T ié p o lo , G o y a y
F ü s s li, F ia x m a n y C a n o v a , B la k e y S c h ilie r, G o e t h e y M o z a r t , p o r n o m
b r a r s ó lo a lo s re p re s e n ta n te s m ás d esta ca d o s) p ara h a c e r c o n v e rg e r la
r u p t u r a e p o c a l e n la s in c r o n ía de c o r r e s p o n d e n c ia s y d iv e rg e n c ia s d e lo
a le ja d o e s p a c ia lm e n te y s in e m b a rg o la te n te m e n te r e la c io n a d o , c o n lo s
su ceso s h is t ó r ic o s m u n d ia le s . A s í p u e d e m o stra rse la m is m a a p a rie n c ia
d e lo s tie m p o s , ilu m in á n d o s e m u tu a m e n e , d esd e el c e n tr o d e l «dram a»
q u e la r e v o lu c ió n fra n ce sa in s c r ib ió e n la h is to ria , y d e sd e la d is t a n c ia d e
lo s te stig o s n o im p lic a d o s d e m o d o in m e d ia t o e n las fases d e su c o n s t i
t u c ió n d e s e n tid o . S ta r o b in s k i e n t ie n d e r e c o n s tr u ir el d ra m a d e la escena
fra n c e s a d e 1 7 8 9 a u n a n u eva lu z a p a r t ir d e sus m a n ife s ta c io n e s e s t í t i
cas, g ra cia s a su acceso c a ra c te rís tic o , q u e él lla m a « e m b le m á tico » . L o
q u e e n t ie n d e p o r e llo , y lo q u e d e e llo h a y q u e a p re n d e r, lo m u e s tra a d
m ir a b le m e n t e su y a c lá s ic a in te r p r e t a c ió n de las fe s tiv id a d e s r e v o lu c io
n arias: « L a fiesta re v o lu c io n a r ia , c o n v o c a d a e n u n m a rc o o c a s io n a !, es
u n a c o n t e c im ie n t o d e u n d ía q u e pasa, p e ro q u e q u ie re h a c e r é p o c a . E n
eso se d ife r e n c ia de las fiestas de la n o b le z a y su b r illo e fím e ro , q u e se
e x tin g u e s in d e ja r h u e lla » { E R , p. 59). T ra s el p r im e r a c to d e la lib e r t a d
re a liza d a , e l « le n g u a je d e lo s p r in c ip io s u n iversale s» a s u m ió la tarea d e
p o b la r d e n u e v o c o n s ím b o lo s el e s p a c io a b ie rto , p e ro v acío; s in e m b a r
g o ei c a m b io d e la lib e r t a d a b s o lu ta a l te r r o r d e las p u ra s c o n v ic c io n e s
h iz o d e s c u b r ir p r o n t o q u e el le n g u a je d e lo s p r in c ip io s e s c o n d ía s ie m p re
el p o d e r d e lo s intereses. L a in te r p r e t a c ió n e m b le m á tic a ex ig e in te rro g a r
lo s s ig n o s d e lo s tie m p o s de m o d o « p s ic o h is t ó r ic o " , p a ra r e c o n o c e r en
sus im á g e n e s y m ito s lo s re p re se n ta n te s d e u n a fa n ta sía c o le c tiv a . P r e c i
s a m e n te su c a rá c te r in d e t e r m in a d o c o n d ic io n a la fa s c in a c ió n d e su a m
p lia d if u s ió n , p o r q u e a c tú a n en el p la n o de lo p re c o n s c ie n te , e n ei q u e la
in t e r p r e t a c ió n d e lo d a d o y la c re a c ió n d e u n a n u e v a re a lid a d s o n casi
in se p a ra b le s .
E l d e s id e r á t u m d e c a p ta r y e x p o n e r lo s c a m b io s en la h is t o r ia de
las artes d e m o d o n o s ó lo n a rra tiv o , s in o ta m b ié n s in c r ó n ic o , h a s id o
e n lo s d o s ú lt im o s d e c e n io s u n a p r e t e n s ió n de casi to d a s las te o ría s m ás
s ig n ific a tiv a s y re n o v a d o ra s , p e ro , p o r lo q u e veo, c a si s ó lo lo h a lo g r a
d o j e a n S ta r o b in s k i, a u n q u e n o se le h a r e c o n o c id o . S u p a r a d ig m a s u
p e ra a ias m e t o d o lo g ía s in flu y e n t e s e n el p a s o q u e va d e lo s p o s tu la d o s
te ó r ic o s a ia a p lic a c ió n real, p o r su tesis de q u e la c o n s id e r a c ió n d ia c r ó -
n ic a s ie m p r e tie n e q u e i n c l u i r a ia s in c r ó n ic a , si se q u ie r e p e n e tra r e n el
p la n o d e ia c o n s t it u c ió n de s e n tid o s . I n c lu s o la lu c h a a b ie rta e n tre se
m ió t ic a y h e r m e n é u tic a se d is u e lv e e n u n a re la c ió n c o o p e r a tiv a si 1a se
m ió t ic a e s tr u c tu ra l n o se c o n f o r m a c o n el in v e n t a r io y d e s c r ip c ió n sis
t e m á t i c a d e l « c ó d ig o » c u l t u r a l , s i n o q u e l l a m a e n s u a y u d a a la
103
h e r m e n é u t ic a h is t ó r ic a y c r ít ic a p a ra c o m p r e n d e r las « señ ales d e u n
tie m p o » d e m o d o e m b le m á t ic o , es d e c ir, c o m o s ig n o s q u e in te rp re t a n
lo y a d a d o y a l m is m o t ie m p o d a n lu g a r a u n a n u e v a re a lid a d . P r o c e d e r
así e x ig e p o r o t r a p a rte a p ro p ia rs e d e !a v ie ja m á x im a h e r m e n é u tic a , se
g ú n la c u a i u n a d e s c r ip c ió n p re s u n ta m e n t e o b je tiv a , s u p o n e n e c e s a ria
m e n t e el i n s t r u m e n t o s u b j e t iv o d e la p r e g u n t a y la re sp u esta , y q u e
n u e v o s c o n o c im ie n t o s s u r g e n d e c u e s tio n e s to d a v ía n o p la n te a d a s . E s to
l o m u e s tr a d e l m o d o m ás c la r o e l ú lt im o c a p ít u lo d e lo s E m b le m a s d e la
ra z ón c o n su n u e v a in t e r p r e t a c ió n d e la F la u ta m á g ica . L o q u e se ju e g a
e n t re las tres parejas y el c o n f l i c t o e n tre l u í y o s c u r id a d q u e se re su e lv e
e n el n u e v o e s p ír it u d e la ra z ó n ilu s tra d a , s o lu c io n a ta m b ié n la c u e s t ió n
p o lít ic a d e c ó m o p u e d e s e r h u m a n iz a d a la fu e rz a d e lo ir r a c io n a l, u n a
c u e s t ió n s ó lo h o y r e c o n o c ib le e n su to ta l a m p lit u d , y q u e e n el h o r i
z o n t e d e 1 7 8 7 n o es u n a n a c r o n is m o , p o r q u e su le g it im id a d h a s id o
g a n a d a p o r la m e d ia c ió n d e lo s d o s h o r iz o n te s .
L a ilu s t r a c ió n e u ro p e a , c o n la r e v o lu c ió n fra n c e s a c o m o su é p o c a
c u lm in a n t e , n o es p a ra J e a n S t a r o b in s k i n i el p a ís im a g in a r io d e s u e ñ o s
r e v o lu c io n a r io s n i el fa n ta s m a d e lo s m ie d o s n e o c o n s e rv a d o re s , s in o u n
« p ro y e c to in a c a b a d o » , q u e c o lo c a su p r e h is to r ia d e n u e s tra m o d e r n id a d
a i la d o d e las e m p re sa s p a ra le la s d e A d o r n o , B e n ja m in y H a b e r m a s , s in
q u e b aste a la b a r u n a o b r a q u e e n eí f o n d o se ig n o r a .
104
4
a Odo M arquard en su
60° aniversario
1 En: O ie jra n z osiscb t R ew lu tion írrt SpU gel d e r deutseben Lítcratur, ed. C . T rager,
F r a n k fu r t, 1 97 5, p p . 2 6 0 -2 7 0 , a q u í p, 264*
1 G. W . F . H e g t í: E nzyklapádic d t r p h ilo so p h isch m W hsrnschaften , O b r a s (S u h r-
p. 12 [erad. cast. de E . O v e je r o y M a u ry : E nciclopedia d e
k a m p ), V . 8, F r a n k fu r t, 1 97 0,
las cien cias filosóficas, L a H a b a n a , I n s t it u to d e l L ib r o , 1968].
105
las c o n o c id a s p a la b ra s d e H e g e l en sus Lecciones sobre la historia de la f il o
sofía, d o s p u e b lo s h a n a p o r ta d o ei c a m b io d e época: el a le m á n y el fr a n
cés, « E n A le m a n ia , este p r in c ip io h a a v a n z a d o c o m o p e n s a m ie n to , e s p ír i
tu, c o n c e p to ; e n F ra n c ia , c o m o re a lid a d » 3. P e n s a m ie n to y a c c ió n , te o ría y
p ra x is c o in c id e n e n la e s p e ra n z a d e q u e la r e v o lu c ió n e s p ir itu a l h a de
c o m p le t a r lo q u e la r e v o lu c ió n m a te ria l in ic ió , y esto ta n to m ás c u a n to
q u e la ra z ó n p o lít ic a de la h is to ria , al c a m b ia r p o r la fo rm a ju r íd ic a d e la
lib e rta d , n a u fra g ó en el re in a d o de la v ir t u d y el terror.
P e ro ia c a r ta d e S c h ilie r es t e s t im o n io d e u n te rc e r p r o b le m a , c u a n
d o tr a d u c e la a p o r ía d e la ra z ó n p o lít ic a e n el s ig u ie n te e n u n c ia d o : «se
tie n e q u e e m p e z a r c r e a n d o c iu d a d a n o s p a ra la c o n s t it u c ió n , an te s d e
d a r u n a c o n s t it u c ió n a lo s c iu d a d a n o s » . E s esta ia crtix d e u n a in e v it a
b le d ic t a d u r a e d u c a d o r a : « q u e lo s e s c la v o s tie n e n q u e ser libres p a ra su
lib e r a c ió n , a n te s d e q u e p u e d a n ser lib re s » 1. H a y , pu es, q u e e n c o n t r a r
u n a s a lid a p a ra este d ile m a q u e e v it e la E s c ila d e la c o a c c ió n e statal
(« h ay q u e o b lig a r a lo s h o m b r e s a q u e sean lib res» , d e R o u s s e a u ) y la
C a r ib d ís d e la lib e r t a d a u tó g e n a d e l in d iv id u o . S in e m b a rg o , p a ra S c h i
lie r tal s o lu c ió n n o p u e d e ser « u n a s u n t o d e la c u lt u r a filosófica, sm o;
p re fe re n te m e n te d e la c u lt u r a estética». S u m e d io d e c o n s e g u ir el c a rá c
ter s in n e c e s ita r al e s ta d o es e l c a m in o de la f o r m a c ió n e sté tica e n el es
ta d o e s té tic o , q u e u n a ñ o d e s p u é s d e s c r ib ir á e n las C artas sobre la e d u
c ación e stética d e l h o m b r e ( 1 7 9 4 ) . S u esp e ra n z a en u n a r e v o lu c i ó n
e s té tic a la f u n d ó S c h ilie r e n la c o n fia n z a e n la fu e rz a d e l ju e g o lib re , p a
ra lib e r a r a l h o m b r e d e las c o a c c io n e s y d e p e n d e n c ia s d e lo p o lít ic o . T a l
id e a n o tie n e q u e p a re c e r h o y ta n e x tra ñ a si se p ie n s a e n el p r iv ile g io d e
la e d u c a c ió n esté tica. P u e s to q u e n o p u e d e ser fo rz a d a , s in o q u e d es
c a n sa e n el a p re n d iz a je y la a c e p ta c ió n lib re s , y p o r e llo el d e s a r r o llo d e
la p e r s o n a lid a d n o d e b e b u s c a rs e ( c o m o e n el m o d e lo d e l E m ilio de
R o u s s e a u ) e n u n a e d u c a c ió n n a tu ra l a le ja d a d e ia s o c ie d a d , s in o q u e
tie n e q u e e n c o n tra rs e en la lib r e c o la b o r a c ió n d e l ju e g o (eti p a la b ra s de
S c h ilie r : «só lo así p u e d e la b e lle z a p r o p o r c io n a r u n carácter sociable»).
A s í se e x p lic a l o q u e e n la s o lu c ió n d e S c h ilie r h a y a p r im e r a v ista
d e p a r a d ó jic o : la c u lt u r a esté tica, el tra to c o n ía b e lle z a d e las artes l i
b res q u e el e s ta d o ra c io n a l p le n o e c o n o m iz a r ía c o m o la «m ás e x q u is ita
d e las o b ra s d e arte», d e b e s e rv ir p re c is a m e n te p a ra fo r m a r a lo s c iu d a
d a n o s n o ilu s tra d o s . E l r e p a rto id e a l d e p o d e r e n tre p e n s a m ie n t o y ac
c ió n , t e o r ía y p ra x is , a d q u ie r e a q u í u n a n u e v a c o n f ig u r a c ió n . E s la o p o
s ic i ó n e n t r e lo p o l í t i c o y l o e s t é t ic o la q u e d e b e ser r e s u e lta e n u n
106
p ro c e s o de fo r m a c ió n , m e d ia n te « n a « r e v o lu c ió n estética» p a c ífic a . S i el
t ie m p o d e la R e v o lu c ió n F ra n c e s a —ín te r a rm a silen t m iisa e - n o h a b ía
d e ja d o s u r g ir o b ra s b e lla s d e arte, y m e n o s u n a esté tica, q u e p u d ie r a
ig u a la rs e a la c u lt u r a p o lít ic a ’ , se d e s ta c a e n la m is m a é p o c a la c u m b r e
d e l c la s ic is m o a le m á n , g ra c ia s a u n a c u lt u r a e sté tica q u e s u rg e d e u n n i
v e l b a jís im o d e la v id a p o lít ic a . ¿ N o se tra ta rá q u iz á s d e g a n a r d e la n e
c e s id a d a le m a n a d e la p o lít ic a la v ir t u d d e la e s té tic a q u e d ie s e u n a s a li
d a a la n e c e s id a d francesa: la im p o t e n c ia d e la ra z ó n d e s d e el p u n t o de
v is ta c o s m o p o lit a ?
C o n tal c u e s t ió n se re c o n s tru y e la s it u a c ió n e n la q u e la f ilo s o f ía y
la p o e s ía d e l I d e a lis m o a le m á n a s u m ie r o n el p r o y e c to in a c a b a d o d e la
R e v o lu c ió n F ra n c e s a c o m o el m a n d a to d e la h o ra . L o q u e d e a h í se d e
d u c e lo h a e x p u e s to de m o d o e s p e c ta c u la r O d o M a r q u a r d en su lib r o
re c ie n te , a u n q u e re d a c ta d o h a ce tr e in t a años: Idealism o trascendental, f i
lo sofid ro m á n tic a d e la naturaleza, psicoanálisis. E s u n p ro c e s o d e a u t o r i
z a c ió n p ro g re s iv a d e l n o - y o —lo o t r o d e la ra z ó n — c o m o c o n s e c u e n c ia
d e la d e s p o t e n c ia c ió n d e Sa f ilo s o f ía tra s c e n d e n ta l, e n el q u e se d ib u j a n
tres fases: !a v u e lt a a la esté tica, Sa v u e lta , tras su fra c a s o , a la filo s o fía
n a tu ra l, y, fin a lm e n t e , el d e s e n c a n ta m ie n to d e la n a tu ra le z a e n la fig u r a
d e u n in c r e m e n t o d e :la re p r e s ió n d e l im p u ls o n a tu ra l. E l g ir o a le m á n
h a c ia la e s té tic a r e s p o n d e al fra ca so d e la r e v o lu c ió n p o lít ic a : « c u a n d o
la h is t o r ia c o n d u c e a la r e a lid a d m o le sta , y su f ilo s o f ía a la n e g a c ió n
d e la h is t o r ia , el a rte c o n s t it u y e p a ra e l f iló s o f o lo m ás e le v a d o » (S ch e-
llin g ) , p o r q u e le a b re lo m ás s a g ra d o 6. L a c ita d e S c h e llin g m u e s tra p o r
107
q u é e n A le m a n ia se a t rib u y e a la Estética, e xp erien cia reflexiva del arte,
ei lu g a r preferente en la filosofía, y a desde la tercera crítica k a n tia n a:
uno interp reta el arte para c o m p r e n d e r el arte, sin o para c o m p r e n d e r el
m u n d o . Y no in te rp re ta al artista p ara c o m p r e n d e r al artista, sino para
c o m p r e n d e r al h o m b re» (p. 1 3 6). D espués d e K a n t ha recibido la Esté
tica, so bre todo con S ch e liin g , el p apel de la filosofía de la historia. Por
eso se h a e x ig id o d e m a sia d o a ia Estética con su tarea de c o m p le ta r la
historia. Se n ecesitab a «para salvar la historia, que no p u e d e salvarse a sí
m is m a , salvarla m e d ia n t e lo otro de la historia» (p. 1 5 6 ), u n a fuerza
salvado ra m ás fuerte: la razón in c o n scien te de la natu raleza. La filosofía
ro m á n t ic a d e la n a tu ralez a naturalizó la h isto ria y, co n ello «historiz ó»
la natu raleza. D escub rió en la n atu ra lez a un pasado q u e no es un p asa
do h isté ric o -p o lític o , y q u e, en tan to qu e razón inconsciente, en tanto
q u e p resencia consciente de lo inco nscien te, necesita del arte para p o
d e r actu alizarse y ser e x p e r im e n t a d a en su ser otro. La Filosofía de ia
N a t u r a le z a de S c h e liin g se c o n v ierte así en Estética de la natu raleza,
q u e o to rg a al arte la n u e v a d e te rm in a c ió n de no im itar y a a la n a tu ra le
za, sino de ser su m ism a presencia h is té ric a (p. 169).
Ei cam b io h a cia u n a filosofía de la naturaleza para salvarse del pesi
m ism o histórico se c o m p ró m e d ia n t e u n a presuposición o ptim ista. Se
pensó qu e lo inconsciente, ia experiencia estética de la naturaleza, de lo
qu e se esperaba la salvación tanto de! y o com o de la historia, era io «sa
grado» (p. 159). La estética rom án tica de la naturaleza e xcluyó lo sim p le
m e n te im pulsivo y no ideal de la m ism a. N egaba la carencia de finalidad,
la p rodigalidad y la destrucción de u n a naturaleza q u e se autorreproduce
incesantem ente, su forzosidad repetitiva, su indiferencia frente al ind ivi
d u o y ante el destino del bien y dei mal. «¿Q ué es la vida dei h om bre si se
le q u ita lo que el arte le h a dado? U n espectáculo co n tin u o de destruc
ció n », escribía S ch ilier a Korner: «E ncuentro tai p en sam ien to especial-1
m en te profundo, pues si se prescinde en la vid a de lo que sirve a la belle
za, sólo q u e d a la necesidad» (p. 2 0 2 ) . Ei retorno d e l im p u lso natu ral
reprim ido es por eso la am en aza q u e desde el principio gravita sobre ia
estética ro m án tic a de la naturaleza. Se im p o n e en su desencan tam iento
progresivo, cua n d o la estética se reduce a u n a «visión de ia realidad»: "La
naturaleza pierde el carácter d e fenóm eno estético, pierde los atributos de
la h a rm o n ía , de su referencia al yo, de la finalidad, de la racionalid ad his
tórica y Ja sa n tid a d orgánica» (p. 199). Tras la naturaleza herm osa y bon
d adosa aparece u n a naturaleza fea y enem iga: «el fracaso d e su e n can ta
m ie n to estético la d eja d e sn u d a en su ser residual: el c o n ju n to d e las
m ortalid ad es no resueltas h istóricam ente por el h om bre» (p. 4).
O d o M a r q u a r d ha investigado este d esencantam iento de la naturale
za rom ántica, esp ecialm ente en las manifestaciones literarias de u n a esté
108
tic a m o d e r n a d e l fracaso, d e lo s u b lim e y de la ir o n ía , p o r e je m p lo en
109
L a fie sta d e l 10 d e a g o sro , «fiesta d e ¡a u n id a d y d e la i n d iv is ib ilid a d cié
la R e p ú b lic a » a b ría la p r im e r a e s ta c ió n en la q u e d e las r u in a s d e la B a s
t illa se h a b ía e r ig id o u n « p o zo d é la r e n o v a c ió n » c o n la fig u ra d e u n a
d io s a v e s tid a d e Isis, d e c u y o p e c h o el p re s id e n te d e la fiesta, H é r a u lt
d e S é ch e lle s, re c o g ía a g u a e n u n c á liz , b e b ía y lo p a sa b a a lo s d ip u t a d o s .
E s t a c o m u n i ó n r e p u b lic a n a , q u e s u s titu ía o s te n to s a m e n te a la c ris tia n a ,
p o n ía la d i v i n i d a d a n t ic r is t ia n a d e la n a tu ra le z a en el lu g a r d e l d io s t r i
n it a r io c r is t ia n o y al p r e s id e n te r e p u b lic a n o en el d e l s a c e rd o te m e d ia
d o r d e la g ra c ia . D e s p u é s d e la c o m u n ió n r e p u b lic a n a en el « p o z o d e la
re n o v a c ió n » lle v a b a el c a m in o al a rc o d e t r iu n f o c o n ei re lie v e d e las ca
b ezas g u illo t in a d a s , y lu e g o a la e sta tu a d e la lib e r t a d fre n te a la g u i l lo
tin a . F r e n t e al s ím b o lo d e lo s e n e m ig o s in te r n o s estab a el d e lo s e x te r
n o s e n la f ig u r a d e u n H é r c u le s q u e a p la s ta b a la h id r a d e la c o a lic ió n
g u e rre ra (c u a rta e s ta c ió n ). L a ú lt im a e s ta c ió n a c a b a b a c o n u n re c u e rd o
e n e! m o n u m e n t o d e lo s h é ro e s m u e r t o s d e ia R e v o lu c ió n , a su s a c r ifi
c io . E s ta s e rie d e e s ta c io n e s a c tu a b a c o m o la d e m o s t r a c ió n d e u n a l ó g i
c a m o r t a l r e v o lu c io n a r ia . L a fie sta q u e e m p e z a b a c o n el s ig n o d e l re gre
so de u n a r e lig ió n d e la n a t u r a le z a d e i n s p i r a c i ó n n e o p la t ó n ic a ,
p ro v o c a b a , c o n las im á g e n e s d e l te rro r y d e l s a c r if ic io r e v o lu c io n a r io , la
im p r e s ió n d e q u e la fie sta d e la v id a re n o v a d a era ta m b ié n u n a fie sta d e
la m u e r t e q u e lo a b a rc a to d o . E n p a la b ra s d e G e r h a r t G r a e v e n it z , a
q u ie n s ig o e n esta e x p o s ic ió n : « L a c o n f r o n t a c ió n d e las id e o lo g ía s s im
b ó lic a s c o n la c o t id ia n id a d r e v o lu c io n a r ia d e 1a m u e r t e p r o d u j o u n a es
p e c ie d e fr o n t e r a c r ít ic a e n la q u e el c á lc u lo p r o p a g a n d ís t ic o se d e s e q u i
lib r ó e n u n r it u a l d e la m u e r t e d o m in a d o r a » .
II
110
d e lo b e llo . A h o r a tie n e q u e c o n fe s a r q u e ral in te n to h a fra c a s a d o y q u e
h a y q u e a b a n d o n a r el c a p ít u lo s o b re la b e lle z a n a tu ra l e n su E s té t ic a de
1 8 5 7 ’ . A s í se c o n f ir m a lin a s o s p e c h a e x p re sa d a p o r K a n t y a e n 1 7 9 0 e n
su C r ítica d e l ju i c i o . E n tal lib r o l o b e llo n a tu r a l c e d ía eras la d e t e r m in a
c ió n d e lo s u b lim e . E l a g ra d o d e s in te r e s a d o p o r la b e lle z a n a tu r a l c o n
s e rv a e l a n t i g u o c o n c e p t o m u n d a n o d e u n a t e o r ía c o n t e m p la t iv a ,
m ie n tr a s q u e ei p la c e r n e g a tiv o d e lo s u b lim e es el re s u lta d o d e l e n f r e n
t a m ie n t o c o n la « n a tu ra le za b ru ta » , ilim it a d a y s in o b je tiv o s . L o p r o
p ia m e n te s u b lim e n o tie n e p a ra K a n t su fu n d a m e n t o e n u n o b je t o d e
la n a tu ra le z a , s in o s ó lo «en n o s o tr o s y n u e s tr o m o d o d e p e n s a r q u e ,
c o n la r e p r e s e n ta c ió n de la n a tu ra le z a , d a lu g a r a la s u b lim id a d » {parag.
2 3 ). L o q u e d e a h í p o d ía s e g u irse lo p re d e c ía K a n t ya en 1 7 9 0 , e n u n a
a s o m b ro s a a n t ic ip a c ió n d e l fu t u r o a m e n a z a d o r d e la I lu s tra c ió n :
« U n a é p o c a p o s t e r io r s ie m p r e estará m e n o s ce rc a d e la n a tu ra le z a ,
y fin a lm e n t e , s in lo s e je m p lo s p e rm a n e n te s d e ella , a p e n a s será c a p a z d e
fo r m a r u n c o n c e p t o d e la fe liz c o n j u n c ió n , e n u n o y e l m is m o p u e b lo ,
d e la im p o s ic ió n legal d e la m ás a lta c u lt u r a y la fu e rz a y r e c t it u d de la
n a tu r a le z a lib r e q u e s ie n te su p r o p io v a lo r» (parag. 6 0 ).
Y a h a b ía d ia g n o s t ic a d o R o u s s e a u la c o n t r a d ic c ió n e n t re c iv iliz a
c ió n y n a tu ra le z a c o m o ú lt im o fu n d a m e n t o d e la e s c is ió n d e la e x is te n
c ia c iu d a d a n a y la n a tu ra l, y h a b ía p r o p u e s t o n u e v o s c a m in o s p a ra c u
r a r e l m a l d e la s o c ie d a d d e s n a t u r a liz a d a . A i f in a l d e la I lu s t r a c ió n
ta m b ié n !a in s t a n c ia ín te g r a d e s a lv a c ió n p a ra R o u s s e a u , su e v a n g e lio
d e la n a tu ra le z a b o n d a d o s a y m a te rn a , s u c u m b e a la e x p e r ie n c ia d e u n a
a lie n a c ió n in e x t r ic a b le . L a e n e m is ta d d e la n a tu ra le z a e n la m o d e r n a es
té tic a , q u e a h í cie ñ e su o r ig e n , y h a s id o e x p lic a d a p o r B a u d e la ir e c o n
fr e c u e n c ia , tie n e su o r ig e n la te n te en a u to re s d e la c o n r r a ilu s r r a c ió n c o
m o Sade y D e M a is t r e , p e ro ta m b ié n e n u n a « P o é tic a d e l c ris tia n is m o » ,
e la b o ra d a p o r el r o m a n t ic is m o , y, n o en ú lt im o té r m in o , p o r la E s té tic a
d e H e g e l.
En la f ilo s o f ía d e l e x a c e r b a d o e g o ís m o d e S ad e, la lu c h a c o n t r a
D i o s y ía m o r a l es lle v a d a p r im e r o e n n o m b r e d e u n a n a tu ra le z a q u e
tie n e q u e d e s t r u ir p a ra p o d e r c re a ri0. S e g ú n esto , el c r im e n m is m o sería
a c o r d e c o n el e s p ír itu d e la n a tu ra le z a , p o r q u e n o p u e d e h a b e r c r im e n
c o n t r a la n a tu ra le za . S in e m b a rg o , d e a h í se d e r iv a u n c o n o c im ie n t o fa
tal: s i el lib e r t in o , al q u e S ad e p r o c la m a c o m o « h o m b re e n é rg ic o » , c o
m o c o m p e n d io d e e n e rg ía , p u e d e d is fr u t a r de su c r im e n , e in c lu s o d e
111
su p r o p ia d e s t r u c c ió n , a u t o r iz a c o n e llo c o n t r a su v o lu n t a d a la n a tu ra
le z a p a ra u n a n u e v a c r e a c ió n . Y así ta m b ié n e lla es al fin a l a b o rre c ib le :
« ¡ O h tú , p o d e r c ie g o y lo c o ! A u n c u a n d o y o h u b ie r a e x t ir p a d o d e
112
E se es e! p r e c io q u e tie n e q u e p a g a r C h a t e a u b r ia n d e n el G e n io d e l
c r is tia n is m o d e 1 8 0 2 , c u a n d o se tra ta d e s a lv a r la fe p e r d id a en !a I lu s
t r a c ió n m e d ía n t e u n a d e m o s t r a c ió n e s té tic a d e D io s . Q u e la r e lig ió n
c r is t ia n a es m ás v e rd a d e ra q u e la d e la a n tig ü e d a d p a g a n a , p u e s to q u e
la b e lle z a d e la tie rra r e m it e al D i o s c re a d o r, es a lg o q u e s in e m b a r g o n o
es e v id e n te p o r la b e lle z a n a tu r a l. U n a e s té tic a m o d e r n a , q u e q u ie r a
a firm a rs e c o m o c ris tia n a , tie n e q u e d e ja r tras d e sí ta n t o el c o n c e p t o
a n t ig u o d e n a tu ra le z a c o m o el r o u s s e a u n ia n o . T ie n e q u e c o n c e p t u a r lo
b e lio y l o m o r a l c o m o « u n a n a tu ra le z a c o rre g id a » y, p o r l o ta n to , s a c ri
fic a r e! a c u e r d o in g e n u o d e l y o y la n a tu ra le z a e n u n a r e fle x ió n s e n ti
m e n ta l. E l h é r o e r o m á n t ic o s o lit a r io s ó lo p u e d e , s e g ú n C h a t e a u b r ia n d ,
s e n t ir el id e a l d e la b e lle z a e n la n e g a c ió n d e l p re s e n te 12, e n la id e a liz a
c ió n d e l p a s a d o q u e ya n o está a b ie r t o a fu t u r o a lg u n o . L a e x p e r ie n c ia
m e la n c ó lic a d e la n a tu ra le z a se p ie r d e e n el d o l o r c ó s m ic o d e R e n é , el
W e r t h e r fra n c é s , e n la in d e t e r m in a c ió n d e u n en n u i (es la p a la b ra fr a n
cesa d e m o d a ) q u e g ira en t o r n o a s í m is m o d e m o d o n a rc isis ta .
H eg e l, co n tem p o rán eo d e C h a te a u b ria n d , rad icalizó las p osicion es
in te rm e d ia s d e la e stética ro m á n tic o -c ristia n a . S u s Lecciones sobre estéti
ca d e 1 835 estab lecen d e e n tra d a la exclu sió n d e lo b ello n a tu ra l («h asta
ah o ra la p rim e ra e x isten c ia d e lo b ello»} 13. La p re g u n ta p ro v o cad o ra de
H eg e l: «¿P or q u é es la n atu ra lez a n ecesariam en te im p erfe c ta en su b e
lleza?» c o n trad ice u n a secu lar tra d ició n y d a el carp etazo fin al al p rin c i
p io clásico d e la «im ita c ió n de la n atu ralez a». Para la c o n c ie n c ia d e ia
m o d e rn id a d sólo la b elleza a rtístic a , «la b elleza n acid a d el esp íritu y re
n a c id a p o r é l», p u e d e ser el v erd ad ero o b jeto d e u n a e stética m ereced o
ra de su n o m b re: «d esd e el p u n to d e v ista form al, es u n a m ala idea la
o cu rre n cia d el h o m b re de ser m ás elev ad o q u e c u a lq u ie r p ro d u cto n a
tu ra l; pues en tal id ea está siem p re p resen te el e sp íritu y la lib e rta d ».
N o p o d ía ser e x p licad o de m o d o m ás b rusco ese reb a ja m ie n to d e ía n a
tu rale za , q u e p ara H egel es ah o ra «lo o tro d el e sp íritu ». A l m ism o tie m
po, se d ice ad ió s h istó ric a m e n te , en ía e stética d e H eg e l, a lo su b lim e.
L a « re lig ió n de lo s u b lim e » es p r o p ia d e l p u e b lo ju d ío , la « fo rm a s im
b ó lic a d e l arte» es p r o p ia de la p rim e ra d e las tres edades d e l arte, d e d o n d e
se sig u e q u e ta m p o c o lo s u b lim e es a d e c u a d o a la e x p e rie n c ia d e la c o n -
113
c ie n c ia c o n te m p o rá n e a . Si, seg ú n esto, s ó lo q u e d a lo b e llo a rtís tic o c o m o
«prim era, e x is te n cia de lo b ello » , e n to n c e s t a m p o c o le a tr ib u y e H e g e l la
m ás a lta m o d a lid a d d e la ve rd a d . P u e sto q u e, en o p in ió n d e H e g e l, la f ilo
sofía , es d e cir, el p e n s a m ie n to y la re fle x ió n , d e s b o rd a las b ellas artes, te n ía
q u e F o rm u la r s il tesis, tris te m e n te célebre, d e l fin d e l arte. P e ro , e n u n a h is
to ria a m p lia d a d e la e x p e rie n c ia d e lo n a tu ra l, m e p arece m ás c o n s e c u e n te
m a n te n e r q u e la d e t e r m in a c ió n h e g e lia n a d e l p r i n c i p i o d e la in d u s t r ia
c o m o «lo c o n t r a r io d e io lo g ra d o p o r la naturaleza», lo asu m e a h o ra la fu n
c ió n p o é tic a q u e d esd e s ie m p re le h a c o r re s p o n d id o al arte14. P u e s «en la
in d u s tr ia es e l h o m b r e m is m o el fin y trata la n a tu ra le za c o m o a lg o q u e le
está s o m e tid o , e n lo q u e im p r im e el se llo d e su a c tiv id a d . E l e n t e n d im ie n
to es a h o ra au d a cia , y la h a b ilid a d es m e jo r q u e el v a lo r n atu ra l. A s í v e m o s
a lo s p u e b lo s lib e ra d o s d e l te m o r a la n atu ra le za y a su s e rv ic ia escla vo»15.
0 p aso q u e a ú n falta p o r dar, a tr ib u ir al p r o d u c t o d e l tra bajo h u m a n o
—q u e e n a n a lo g ía c o n el arte « im p rim e a h o ra en la n atu ra le za el sello d e su
a c tiv id a d » - la d ig n id a d a u tó n o m a d e lo b e llo , lo d a el jo v e n M a r x . E n los
M a n u s c r i t o s e c o n ó m i c o - fi l o s ó f i c o s d e 1 8 44 a d q u ie re el c o n c e p to de t r a b a jo su
m á x im a s ig n ific a c ió n . Si ei tra b a jo e n c u a n t o c u m p lim ie n t o d e la serv i
d u m b re , seg ú n el c o n c e p to a n tig u o , está s u b o r d in a d o a las m usas c o n t e m
p lativas de la lib e rta d (la teo ría c o m o acceso a io v e rd a d e ro , b u e n o y b ello ),
el tra bajo será a h o ra s u b o r d in a d o r d e to d a a c tiv id a d h u m a n a y q u e d a rá ele-
v a d o a la fu n c ió n de « a u t o p ro d u c c ió n d e l h o m b re » "5. Y, si esto n o era bas
tante, c re ía el jo v e n M a r x re co n o ce r ta m b ié n e n la d e te rm in a c ió n s o c ia l del
trabajo la o p o r t u n id a d d e u n a re c o n c ilia c ió n del h o m b r e y ¡a naturaleza:
114
C o n esta tesis e n tu s ia s ta se a fir m a n a d a m e n o s q u e la m is m a n a tu
raleza, q u e en el p ro c e s o m o d e r n o d e in d u s t r ia liz a c ió n es re b a ja d a y ex
p lo t a d a c o m o s im p le m a te ria , p u e d e re s u c ita r c o m o n a tu ra le z a h u m a
n iz a d a . L a c o n d ic ió n d e ta l r e c o n c ilia c ió n u t ó p ic a ( in t e r p r e t a c ió n de
este te x to fa m o s o a la q u e n o s ie m p r e se h a a te n d id o ) c o n s is te e n q u e la
e x tr á ñ e la d e la n a tu ra le z a s ó lo p u e d e ser s u p e ra d a c u a n d o , m e d ia n te el
tra b a jo , la n a tu ra le z a sea a p r o p ia d a n o s ó lo c o m o o b je to , s in o ta m b ié n
c o m o la zo d e l h o m b r e c o n el h o m b r e , sí es q u e la h u m a n iz a c ió n de la
n a tu r a le z a e n el tr a b a jo lib e r a a l h o m b r e c o m o ser s o c ia l. E l n u e v o
p a tb o s d e i tra b a jo , se g ú n esto , p a ra M a r x , tie n e u n fu n d a m e n t o ta n to
in s t r u m e n t a l c o m o in te rs u b je tiv o : la a p r o p ia c ió n de la n a tu ra le z a d e b e
h a c e r q u e el tra b a jo sea la o b ra p r o p ia d e l h o m b r e , y al m is m o tie m p o
re c u p e r a r io s la zo s d e s o lid a r id a d e n tre h o m b r e y h o m b r e . A s í, el a t r i
b u t o d e la b e lle z a es s u s tr a íd o a la n a tu ra le z a p r im e r a y a t r ib u id o a la
n a tu ra le z a s e g u n d a , o b r a d e l h o m b r e s o c ia l. P o r lo m is m o se d ife r e n c ia
el h o m b r e d e l a n im a l: « E l a n im a l se f o r m a s ó lo s e g ú n la m e d id a y las
n e c e s id a d e s d e la e s p e c ie a la q u e p e rte n e c e , m ie n tr a s q u e el h o m b r e
sabe p r o d u c ir s e g ú n ia m e d id a d e c u a lq u ie r es p e c ie , y sabe in v e r t ir e n
el o b je t o la m e d id a q u e le es in h e r e n te y e n c u a lq u ie r c ir c u n s ta n c ia : ei
h o m b r e fo r m a ta m b ié n p o r e llo s e g ú n las leyes d e la b e lle z a » 17.
E l M a r x ta r d ío h a a b a n d o n a d o este e le v a d o c o n c e p t o d e l tra b a jo
q u e , c o m o p a r t ic ip a c ió n en la h u m a n id a d q u e se p r o d u c e a sí m is m a
h is t ó r ic a m e n t e , d e b ía a v a n z a r s o b re la V o lo n té g é n é r a l e , g a r a n tiz a d o r a
d e la id e n t id a d e n la t e o r ía d e R o u s s e a u . N o te n ía q u e m a n t e n e r lo
c u a n d o M a r x r e c o n o c ió «la c o n t r a d ic c ió n d e l tra b a jo a lie n a d o c o n s ig o
m is m o » y d ic t a m in ó : « E l tra b a ja d o r se s ie n te a s í m is m o , en p r im e r té r
m in o , fu e ra d e l tra b a jo , y e n el tra b a jo se s ie n te fu e ra d e sí» !*. N o o b s
ta n te s ig u e s ie n d o m e m o r a b le ese in t e n t o e s p e c u la tiv o d e r e c o n c ilia r el
h o m b r e s o c ia l y la n a tu ra le z a a je n a y e x p lo ta d a , a u n c u a n d o el te x to d e
M a r x p e r m a n e c ió d e s c o n o c id o hasta 1 9 3 2 y la u t o p ía d e u n a « re su rre c
c ió n d e la n a tu ra le za » s ó lo fu e re c o g id a p o r A d o r n o y o tro s re p re s e n
ta n te s d e u n a re n o v a d a te o ría m arxista.
E n su p r o p io t ie m p o es te s tig o e l jo v e n M a r x d e c ó m o , e n m e d io
d e ias q u e ja s m e la n c ó lic a s a c e rc a de u n a n a tu ra le z a e n m u d e c id a y aje
na, va a d q u ir ie n d o fig u r a u n a es té tic a d e la m o d e r n id a d q u e b u s c a su
m o d e lo e n eí n u e v o p a ih o s d e l tra b a jo y el a rte in d u s t r ia l. A l f r e d de
V i g n y a n u n c ia e n su p o e m a L a c a r r e ta d e l p a sto r ía , d u d a p o s t r o m á n t ic a
a c e rc a d e l a c u e rd o e n tre a lm a y p aisaje, y o y n a tu ra le za , y el c a m b io de
'■ M F .W ,v. I, p. 5 17 .
s8 Segú n G - Bucle: Rüclru>ege aiis d er Entfremditng ; P a d e r b o m - M ü n c h e n , 1984- p. 196 s.
115
la n o sta lg ia en o d io . A h o ra recon o ce el p o eta so litario e! v erd ad ero ros
tro d e la n atu ra lez a q u e se opo n e a la a p a rie n c ia d e sus d o n es y su paz:
1a in d ife re n c ia y el d esp recio con los q u e h ace crecer y su c u m b ir a sus
c riatu ras:
116
III
117
ser eí o b je t o e s té tic o p o r e x c e le n c ia , v, en ta n t o q u e paisaje:, ha h e c h o
v o lv e r p ara el c o n t e m p la d o r s e n s ib le la t o t a lid a d a n im a d a d e l c o s m o s
p t o le n ia ic o d cs \ ¡m e c id o .
E:n ei h o m e n a je d e re fe re n c ia , al m e n o s tres c o n t r ib u c io n e s i r ó n i
cas se re s u e lv e n c o n t r a la « r e lig ió n ex trañ a» y o b s o le ta d e los a n s ió n o s
p a n te is ta s d e la n a tu ra le za : C n s iillc , q u e a la b a c! b o s q u e c o m o lu g a r
lis
7
'■Ia g ran p a la b ra í ' l ü ; n á/ a - para d e s c u b r ir í;'i b elle za a rtís tic a de m i p a i
saje m o d e r n o , u n p aisaje c o m o en ¡Mpuerta / W w/ romántico-. el paisaje
de la t u m c iu d a d de ios Cuadros purísima■
<
.
l o q u e se a n u n c ia a q u í p o r v e z p r im e r a , lo c u lm in a el p r o v e c to
m ás d ia d o d e l fa m o s o c ic lo . S u e ñ o p a ris ie n s e , c in c o a m n d esp u é s: l.i
v isió n d e u n a d c s p n r c n c ia c ió n p o é t ic a de la n a tu r a le z a o r g á n ic a . M
p o e m a es s e g u ra m e n te ia p r im e r a , v p r o v o c a d o r a , c u m b r e d e la l í r k i
y la e s té tic a m o d e r n a s , v s ig n ific a u n a ra d ic a l in v e r s ió n d e v a lm e 1
- de
l a n a tu ra le z a . Se p r e t e n d e a q u e llo q u e lu e g o l a s v a n g u a rd ia s , d esd e
B a u d e la ir e , n e g a r o n . F n p r im e r lu g a r. la r e n u n c ia a la id e a lid a d d e l.i
n a r u r a k v a en s u ú lt im a c o n f ig u r a c ió n esté tica: la erapa ele la r r a n s ío r
m a c ió n d e lo b e llo en s u b lim e . L:.n s e c u n d o lu g a r el r e c h a 7 o ele la a n
tít e s is r o u s s e a im ia n a d e n a tu r a le z a v c iv iliz a c ió n , la c o n v i c c i ó n tic
q u e e l h o m b r e es b u e n o p o r n a ru ra ic e a v s ó lo se m alea p o r su s o c i a l i
z a c ió n . F n te rc e r lusjar, la r e n u n c ia a ia c o r r e s p o n d e n c ia s e n tim e n t a l
v r o m á n t ic a d e l s u je to v la n a tu ra le z a . de la e x p e r ie n c ia s e n s ib le v la
s u p ra s e n s ib le .
A la vista de la r e v o lu c ió n in d u s tr ia l q u e acelera su c u r s o basta per
d e r el a lie n r o , d e l t r iu n f o de la té c n ic a v las c ie n c ia s d e la n a tu ra le z a ,
q u e p a re ce n p r e s c r ib ir u n tem p o n u e v o a las bellas artes, se p ro d u c e , en
la esté tica, u n e n f r e n t a m ie n t o de la r a d ic a l d e s v a lo rr/ a c ió n de lo n a tu ra l
a u n a r e v a lo n / a a ó n de lo a r t ific ia l. El h n in o j a b r r m o d e r n o v io la n a t u
raleza c o m o s im p le m a te ria : c o n si¡ e la b o r a c ió n se c re ó u n a s e c u n d a
n atura ie /a. c o m o o b ra p r o p ia suva v e m p e z ó va en esa é p o c a a ele var k
p r o d u c t o s d e su tra b a jo a! nivel d e l «arte in d u s tr ia !" . ; N o está va a h í ia
a c tu a l e x ig e n c ia de las artes de im it a r la p r o d u c c ió n in d u s t r ia l v revisar
la a n tic u a d a re la c ió n de la estética y la n a tu ra le za ? Q u e e n tre ta n to ral
re v is ió n n o d e s e m b o c a s e en u n a a fir m a c ió n i n c o n d ic io n a l d e ia fe en el
p ro g re s o , s irio q u e ia m era u t ó p ic a d e l d o m in io c o m p le t o de la n ;m n a
leza p o r el h o m b r e fuese d e n u e v o p u esta en c u e s t ió n , es u n t ít u lo de
g lo r ia d e 1a esté tica d e la m o d e r n id a d de B a u d e la ire . Su p ie /a c e n tra l a
e s t e r e s p e c t o , e i S u e fio p n r i s i m s e es !a v is ió n p o é tic a d e u n a n a n ira lc v a
s o ñ a d a , lib e ra d a d e l c a m in o d e la a u t o r r c p r o d u c c k r n . d e u n m undo
p r o y e c ta d o seg ú n la v o lu n t a d de! a r q u ite c to p o é tic o , u n a v i s h h i tan s o
b e rb ia c o m o a te rra d o ra q u e se c a m b ia en la a n g u s tia a n te lo -m á s allá
de ia n a ru ra le z a ". v q u e p o r e llo , c o n la ú lt im a g a n a n c ia d e l p o d e r del
y o , pasa la fa c tu ra d e u n a lto p re c io , im p r e v is t o '" .
I
D e C5íC form id able paisaje,
c om o jamás m orral lo vio,
aún esta mañana la írnygen,
vaga y lejana, me raptó.
Y» p in to r fiero de m i genio,
yo saboreaba en rni cuadro
la em briagante m o no ton ía
del metal, el agua y el m árm ol.
V t o d o , h a s ta el m i s m o nc£>ro.
p a r a i a claro, irisado,
h flo rín engastada cíe! líq u id o
en un ravo cristalizado.
¡ N m g ú n n i t r o , n i n g ú n v e s ti g i o
d e so l, n i n g ú n ser c e l e s d a i
pura i l u m i n a r los p r o d i g i o s
c laro s d e fu ego p erso nal!
Y s o b r e ta le s m a r a v i l la n
pesaba (¡d u ra no v ed ad !
jsólo el o j o , n u n c a ei o i d o ! )
un silen c io d e e te r n id a d .
íl
el re lo j, f ú n e b r e , ia h o r a
d a b a , b r u t a l , al m e d i o d í a ,
y el cíelo vafeab a tin ieb las
q u e a! m u n d o , t r i s t e , e n t u m e c í a n .
E l tít u lo : S u e ñ o p a r i s i e n s e mlu d e al s u e ñ o s o b re u n a c iu d a d en u n a
c iu d a d , una fa n t a s m a g o r ía s ó lo p o s ib le e n P a r ís , la " c a p i t a l d e l
s ig lo XIX». E l s u e ñ o se basa en u n p r i n c i p i o de la p o e s ía m o d e rn a , basa
d o en la p r á c tic a d e l m is m o B a u d e la ir e , la p a ra d o ja d e l " e n s u e ñ o v o
lu n t a r io - . L a c o m p o s ic ió n d e l p o e m a nace d e i e s p e c ia l c a p r ic h o d e d e s
te rra r d e l p aisaje s o n a d o el v e g e t a l ir r e g u la r , es d e c ir, to d a n a tu ra le z a
o rg á n ic a . Q u e d a e lim in a d a n o la n a tu ra le z a legal y e c o n ó m ic a , s in o la
a n á r q u ic a y d ila p id a d o r a , n o ¡a m a te ria c o m o o b je t o de tra b a jo , té cn ic a
y c ie n c ia , s in o la to t a lid a d v iv ie n t e d e lo q u e H e g e l lla m a b a «lo o t r o de!
e s p íritu » . E sta in v e r s ió n e sté tica de la n a tu ra le z a tra s to rn a la je ra rq u ía
t r a d ic io n a l de sus re in o s . L a p o e s ía - a s í lo e x p re sa b a p o c o a n te s u n
121
c o n t e m p o r á n e o -’*- en c u a n t o c r e a c ió n h u m a n a , tie n e q u e p ro s e g u ir la
d iv in a , r e a liz a n d o In b e lle z a e n la d ir e c c ió n in v ersa a la vida:
■iF.I i n v e s t i g a d o r d e [3 n a t u r a l e z a o r d e n a la n a t u r a l e z a d e c i t e m o d o :
p r i m e r o el r e i n o a n i m a ! , k t e g o el v e g e t a l v d e s p u é s el m i n e r a l : s i g n e el
o r d e n d e la v i d a , í-l p o e t a d i r á : p r i m e r o lo m i n e r a l , d e s p u é s lo v e g e t a l v
l u e g o el r e i n o a n i m a l ; s i g n e eí o r d e n d e la b e l l e / a - .
C o m o si q u is ie ra p o n e r a p ru e b a esa in v e r s ió n d e la v id a o rg á n ic a v
d c la b e lle za a b stracta, p ro y e c ta el p o e ta de ¡as b ln r c s d e ! m a l s.u p aisaje
d e m eta!, m á r m o l y agua, lio in t u id o p o r m o rta l a lg u n o , y cu va " m o
n o t o n ía d e s lu m b r a n t e » d e ja e x t in g u ir la " m ú s ic a d e s lu m b r a n t e de la
na tu ra le za » . L o q u e ha d e ser e lim in a d o p a ra h a c e r p o s ib le el a n tirr o -
m á n t ic o s u e ñ o de u n p aisaje s in v id a o rg á n ic a , es p r im e r o a lu d id o y
lu e g o re c h a z a d o e n el h o r iz o n t e de e x p e c ta tiv a s n egadas en ei p o em a:
«en lu g a r de á rb o le s , c o lu m n a ta s » , ía s u p e rh e ie d e l ag u a es u n b r illa n t e
e s p e jo , las ca ta ra ta s, c o r t in a s de c ris ta l, u n t o r r e n te n a tu r a l c o m o el
G a n g e s se irre a liz a h a c ie n d o q u e u n o c é a n o e n tre e n u n tú n e l de p ie
d ras p re c io sa s , ¡os c o lo re s p ie r d e n su id e n t id a d o b je t iv a y hasta el n e g ro
tie n e u n b r illo c la ro , n o h a y estrellas n i rastro s d e l sol, pues la m a te ria
d e este a r t if ic io s o p aisaje b r illa p o r s í m is m a , y, fin a lm e n te , la te r r ib le
n o v e d a d : ¡u n s ile n c io e t e r n o lo in v a d e to d o ! « S ó lo el o jo , n u n c a el o i-
do» es u n a a fir m a c ió n q u e n ie g a la m ás a n tig u a e x p e c ta tiv a q u e ya se
d a b a e n la a r m o n ía p ita g ó r ic a d e las esferas: q u e el m o v im ie n t o n o p u e
d e ser s ile n c io s o . E l m is m o B a u d e la ire h iz o ia o b s e rv a c ió n ; « P ero el su e
ño, q u e sep ara y d e s c o m p o n e , cre a la n o v e d a d » J . bsa t r a n q u ilid a d a b
s o lu t a e in q u ie t a n t e t r a n s f o r m a lo n o v is t o e n h o r r o r : una ter r ib le
n oved a d afe cta a es t e t e r r i b l e p a i s a j e d e l p r im e r verso , q u e p r im e r o ib a a
ser e s t e f a s t u o s o p a i s a je . E i q u e se d e s p ie rta tie n e q u e r e c o n o c e r - p o d e
m o s c o m e n t a r así esta v a ria n te c o n u n fa m o s o verso de R i l k e - q u e tal
b e lle za n o es s in o «el p r i n c i p i o d e l h o rro r» .
S i esta p r im e r a in t e r p r e t a c ió n e sta b le ce q u e el s u je to s o ñ a d o r, “ a r
q u it e c t o de e n su eñ o s» ha d e s c o m p u e s to la n a tu ra le z a c o m o p aisaje o r
g á n ic o - e l fu n d a m e n t o d e la e x p e rie n c ia r o m á n t ic a d e la n a tu r a le z a -
para r e c o n s tr u ir u n m u n d o a r t if ic ia l a p a r tir d e e le m e n to s in o r g á n ic o s ,
h a b ría a h o ra q u e p r e g u n t a r a q u é h o r iz o n te s re m ite esta a r q u ite c tu r a
fa n tá stic a . P u e s este c o n t r a m u n d o d e m e ta l, m á r m o l y agua a lu d e p a ra
d ó jic a m e n t e en su « te rr ib le n o v e d a d » a v ie jo s m o d e lo s d e im á g e n e s cós-
122
m ic a s m íric a s y a p o c a líp tic a s . FJ S u eñ o p a risien se in t r o d u c e el re c u e rd o
d e u n a t r a d ic ió n s u b v e rsiv a de fa n ta s m a g o ría s en las q u e lo a r t if ic ia l se
o p o n ía a lo n a tu r a l c o m o la o b r a h u m a n a , p r o v o c a d o r a m e n t e , a la
c r e a c ió n d iv in a . P o d e m o s re c o rd a r D o m a in o f A r n h e ir n de E d g a r A lia n
P o e c o n su p a ra ís o a rtific ia ] d e u n ja r d ín la b e r ín t ic o , a |o h n M a r t i n c o n
sus negras v is io n e s de u n a m o d e r n a B a b e l, a 1 h é o p b d e C ia u tie r c o n sus
d e s c r ip c io n e s d e p a la c io s en U n e n u i l f i e ( jé n p á t r e . v s o b re ro d o a P ira
123
m ás a llá d e la a n títe s is d e c iu d a d y c a m p o , c iv ü i'/ n c ió n y n a tu ra le za . L a
e sté tica m o d e rn a , e n e m ig a d e la n a tu ra le z a , de B a u d e la ir e h ace c o n s
c ie n te s d e hasta q u é p u n t o —s e g ú n u n a tesis d e C e o r g M a a g - la e u fo r ia
d e l p ro g re s o in d u s t r ia l va a la p a r d e nuevas an g u stia s: " L o e s p e c ífic o
d e l c o n t r a p r o y e c t o b a u d e la ir e a n o c o n s is te en i n c l u i r st; p r o p io d e s m e n
tid o , y a r t ic u la r c o n la u t o p ía de lo b e llo el e s p a n to a n te la p o s ib ilid a d
d e esa u to p ía» ^ .
IV
A c e r c a de la in v e r s ió n e p is t e m o ló g ic a v e s té tic a d e la n a tu ra le z a
q u e c o m ie n z a en el s ig lo X ! X tu v o lu g a r h a ce u u o s a ñ o s u n a c o n t r o v e r
sia q u e h o y vale ia p e n a r e to m a r ’’ . « E n el m o m e n t o en el q u e el h o m
b re p e r d ió la ú lt im a d u d a d e q u e la n a tu ra le z a n o h a b ía s id o cread a p a
ra él n i estab a a su s e rv ic io , p u d o a c e p ta rla en el p a p e l d e m ate rial» .
C o n tal tesis, c o n la q u e la n a tu ra le z a c ó s m ic a se n iv e la al c o n j u n t o tic
lo s p o s ib le s p r o d u c t o s de la té c n ic a , b u s c ó H a n s B lu m e n b e r g f u n d a
m e n ta r el p o r q u e de lo hasta e n to n c e s im p e n s a b le : «q u e la n a tu ra le z a
se h a ce fea»’”. L a n u e v a e x p e rie n c ia d e esa fe a ld a d n o tie n e lu g a r p o r c a
s u a lid a d en la é p o c a d e l d a r w in is m o , c o n el e s c á n d a lo q u e p r o d u c e su
falta d e c o m p a s ió n v su in d ife r e n c ia s o c ia l. Se a p lic a p r im e r o - c o m o
h e m o s v is to en el S u e ñ o p a r i s i e n s e -- a las fo r m a c io n e s irre g u la re s y d i l a
p id a d o ra s d e la n a tu ra le z a o rg á n ic a , c o n t r a las q u e p u e d e a c tu a r -la au-
t o c o n c ic n c ia h u m a n a y el in g e n io de su p r o d u c t iv id a d cread o ra» , p o r
e je m p lo , en la a n títe s is d e c iu d a d y n a tu ra le z a . P o r eso la esté tica d e la
m o d e r n id a d n o se o p o n e al d e t c r m it iis m o d e la in v e s tig a c ió n e x p e r i
m e n ta l de la n a tu ra le z a , s in o q u e su c o n c e p t o de n a tu ra le z a está ya p r e
s u p u e s to en la d e t e r m in a c ió n m o d e r n a d e l arte c o r n o a n ti-p b y sis, com o
lo m u e s tra de m o d o p a r a d ig m á t ic o el c a m in o q u e va d e B a u d e la ir e a
V a lé r y p a s a n d o p o r M a ila r m é . F r e n t e a esta tesis, |a co h la u b e s ha d e
fe n d id o q u e ei p ro c e s o este'tico de la m o d e r n id a d n o a rra n c a en la c o n
s id e r a c ió n d e l a rte c o m o a n tm a tu r a le z a , q u e la p ro te s ta c o n t r a la s u b je
tiv id a d n a tu ra l d e s d e D e M a is t r e es u n to p o s de la c o n t r a ilu s t r a c ió n , v
q u e d e s d e R im b a u d o L a u t r é a m o n t hasta los s u rre a lis ta s «la ir r c g u la r i-
124
d a d t r ó p ic a d e la n a tu ra le z a v !a lo c u ra p r o life r a n t e v d ila p id a d o r a d e la
c o n t in u a r e p r o d u c c ió n se e x p e r im e n ta n d e m o d o a fín a los p r o d u c to s
d e la fa n ta sía , y p o r eso..., son e c h a d o s c o m o c o n t ra p e s o de ia le g a lid a d
d e la n a tu ra le za en la b a la n z a de la poesía».
C a r e z c o d e c o m p e t e n c ia p ara ju a g a r acerca d e l p u n t o p r in c ip a l de
la c o n tro v e rs ia , ia re la c ió n e n tre g n o sis v el c o n c e p t o m o d e r n o d e n a t u
raleza. P e ro a m b a s p e rs p e c tiv a s m e p a re ce n c o m p le m e n t a r ia s , en u n a
m ir a d a re tro s p e c tiv a al s ig lo XIX, y p re c is a m e n te la e x p e rie n c ia t r a n s fo r
m a d a de la n a tu ra le z a en la lite ra tu ra y el arte de la m o d e r n id a d se p u e
de c a p ta r m e jo r e n su a m b iv a le n c ia , en a m b as te n d e n c ia s o p u estas. P o r
e llo , a la d e s p o t e n c ia c ió n d e la n a tu ra le z a c ó s m ic a , a c o m p a ñ a u n c r e
c ie n t e d e s c e n tra n ] ie n to d e la n a tu ra le za h u m a n a , c o m o c o n razó n sos
tie n e I nubes. E n ia m o d e r n id a d p o st ro m á n tica se c o n fir m a «que n i n
g ú n s u je to id é n t ic o se m a n tie n e fre n te a u n a n a tu ra le z a d e s p o te n c ia d a ,
s in o q u e tal d e s p o t e n c ia c ió n se e x tie n d e a a m b o s lados: s u je to y o b je
to». E n re a lid a d , el m is m o B a u d e la ire , q u e tan p ro v o c a d o ra m e n te m an
g u ra la te n d e n c ia d e la e n e m is ta d c o n la n a tu ra le za en su lír ic a c iu d a d a
na, e v o ca en las F lo r e s f i e ! m a l los p o d e re s a n ó n im o s de! in c o n s c ie n te ,
c o n t r a el s u je to id é n t ic o , a u t ó n o m o , s e g u ro de .sí m is m o , c o n su re c u r
so a ia a le g o ría p e r s o n ific a d o r a , tan d e s p re c ia d a p o r el r o m a n tic is m o .
H a a b ie r t o así u n n u e v o c a m in o q u e c o n d u c e al s u r re a lis m o a través
d e l p o s t u la d o nietz-sebeano d e l «sujeto c o m o m u lt ip lic id a d " , q u e d e s
tr u y ó la u n id a d d e l y o n o m e n o s q u e la d e la n a tu r a le z a '’ .
N u e s t r o tem a se e x tie n d e , seg ú n esto, a la t o ta lid a d d e l c o m p le j o
d e u n a é p o c a de la e x p e rie n c ia e sté tica en la q u e se juega el d o b le p ro
ceso de u n a d e s p o t e n c ia c ió n d e la n a tu ra le z a c ó s m ic a y d e u n deseen-
t r a m ie n t o d e l s u je to h u m a n o . P o r p arte d e l o b je t o d e la re la c ió n entre-
h o m b r e y n a tu ra le z a , p ie rd e ésta su o b lig a t o r ie d a d e je m p la r, se d e s
m o n t a p ro g re s iv a m e n te la b e lle z a n a tu ra l, y el « lib ro de la n atu ra le za»
se dee,rac!a en d iccio n a r io , c o n c u y o m a te ria l c o m p o n e la im a g in a c ió n
un nuevo m u n d o ” . U n nuevo p a th o s de tra b a jo c o n c e p t ú a la n a tu ra le za
d e .sp o te n cia d a c o m o m e d io , e n t o r n o o a m b ie n te , q u e e n las n o v elas de
B a lz a c se e n t ie n d e íis io ^ n ó m ic a m e n te c o m o s e d im e n t o d e la a c c ió n
h u m a n a , p e ro en las n o velas d e Z o la a p a re ce c o m o p o d e r e n e m ig o . P o r
p a rte d e l s u je to de ia r e la c ió n e n tre h o m b r e y m u n d o , p ie rd e la a u to -
c o n c ie n c ia su a u t o n o m ía , y la n a tu ra le za in t e r io r del h o m b r e su id e a li
d a d , E l a n u n c io d e la u n id a d r o m á n tic a d e l y o y la n a tu ra le z a se a c o m
paña de lo s nuevos m ie d o s y e x p e r ie n c ia s de a lie n a c ió n e n el
12S
a n o n im a to d el m u n d o in d u stria l d e la vid a. La p ro vo cad o ra d esp erso
n aliza c ió n d e la p oesía trajo e n tre tan to la g a n a n c ia d e n uevas p ersp ec ti
vas en los asp ecto s re p rim id o s o ta b u iz a d o s d e la n atu ralez a fisio ló g ica
y co lectiv a d el h o m b re. La su p e rficie p la n a d e la c o n c ie n c ia d iu rn a a d
q u irió p ro fu n d id a d d e in so sp ech ad as d im e n sio n es en lo «in é d ito d el a l
m a h u m a n a » ^ Y la c o n c ie n c ia d el p o eta, p u rific a d a en el p u rg a to rio de
las «F lo res d el m a l», co m en zó a fu n d a m e n ta r d e n u ev o su id e n tid a d
con la fuerza d el recuerd o , q u e se a p ro p ia d e l m u n d o . Este c o m p lejo
proceso d e in v ersió n estética d e la n atu ralez a llega h asta nuestros d ías.
E xige u n e stu d io m ás am p lio . A q u í sólo p ued o e c h a r un v istazo a la
p ro b le m á tic a q u e h ace d el siglo XIX u n a p re h isto ria d e n u estra m o d er
n id ad .
ÍJ «AJgún lado iníd ito del alma», en la formulación de Th. G auticr, M a tic e de ia 2a
ed. de h s Fleitrs dit MtiL, París, 1 8 6 9 , p. 19.
M C itado en G . Maagr Ktmst tin d Industrie im Zeit/i!ter d er ersttn WeltamstelUingen,
M ünchen, 19 8 6 , p. 90.
Exposiüon universetie 1855, Oettvres, ed. de la Pléiade, París, 1 9 5 1 , pp- 6 8 0 -7 0 1
[trad. cast. de C . Santos: Salones y otros escritos d e arte, M adrid, Visor, 1995)-
126
c o sm o p o litism o , es d ecir, la c a p a c id a d d e c o m p ren d e r lo n uevo com o
lo b ello no d e d u c ib le d e reg la a lg u n a y c o n sisten te sólo en la relació n
d e fu n ció n y fo rm a. Ei d e sarro llo m o d ern o d e u n a b elleza un iversal e x i
g ir ía u n seg u n d o W in c k e lm a n n , u n a e stética m o d e rn a m ás a llá d e las
n o rm as ac ad ém ic as d e la im ita c ió n d e la n atu ralez a y d el m o d elo d e la
an tig ü e d a d .
S in em b arg o , la b elleza a rtific ia l, no c a n ó n ic a , d e los p ro d u cto s en
los q u e se m ate rializó el triu n fo d el pro greso in d u stria l sobre la n a tu ra
leza d e m o do tan e v id en te, su scitó con el am p lio in flu jo d e las p rim eras
exp o sicio n es m u n d ia le s, no sólo ¡a a d m ira c ió n p ú b lic a sin o ta m b ié n , y
an te s, m ied o s desco n o cid o s. C o m o G e o rg M a a g p u d o m o strar, la n a tu
raleza re p rim id a se hizo v aler de nuevo en un curio so cru ce d e c u ltu ra
in d u stria l y m u n d o sim b ó lico*'. A n te el m ar in m en su ra b le d e m ercan
cías b u scab an los v isita n tes ex p lic a r su terro r an te lo q u e W . B e n jam ín
lla m ó u n a vez la «p ro to m an ifestac ió n de la téc n ic a »57, en las im a g in a ria s
v iv en c ias en fre n tad as d e lo m ític o , lo leg en d ario o lo exó tico . O tras vo
ces d e co n tem p o rán eo s m an ifie stan su p re o c u p ac ió n por si el m a te ria
lism o d e la revo lu ció n in d u stria l p o d rá ser h u m a n iz a d o p o r la belleza.
S in e m b arg o , ¿có m o d e b e ría el. arte en c u a n to a n ti n atu ralez a y la «p o e
sía d e la in d u stria » recién d e sc u b ie rta h acer su rg ir lo b ello co m o p ro
yec to lib re de un h o m b re p le n a m e n te v uelto sobre sí m ism o , y al m is
m o tie m p o , p ro p o n e r u n a n o rm a p a ra la a c tu a c ió n so c ial? E n este
p ro b le m a se se p a ra ría n las o rie n ta c io n e s d o c trin a le s d e la é p o c a si
g u ie n te : el llam a d o sim b o lism o , q u e lleva al m áx im o la e n e m ista d por
la n atu ralez a , y el n a tu ra lism o , qu e regresa al p rin c ip io d e la im ita c ió n ,
a u n q u e q u ie re su s titu ir 1a in sta n c ia d e la n atu ralez a p or u n a n ueva in s
ta n c ia so cial: la n a tu ra lez a es p ara T ain e y Z ola, com o o bservaba B ru-
n etie re , no y a p aisaje , sin o m e d io 3*.
L a h isto ria d el co n cep to d e m ed io tien e en el siglo XIX su co yu n tu ra
m ás a lta , d án d o se el m ism o cam b io q u e caracteriza ia tran sform ació n
d el h o riz o n te desde el p o d er a m ig a b le d e la n atu ralez a a su p od er e n e
m ig o , en tre el ro m an tic ism o y el co m ien zo de la m o d ern id ad . C o m o si
la p érd id a de la n atu ralez a tra n q u iliz a d o ra h u b ie ra hech o in e lu d ib le la
n ec e sid ad d e vo lver a e n c o n tra r el ac u e rd o p erd id o co n la n atu ra lez a
có sm ica en el m ed io cosificado d el h o m b re, in tro d u ce ah o ra esa p alab ra,
x Nota 3 4 , cap. 3.
’7 Das Passugen-W erk, G . W . v. 1, C 7 a, 4 : «Las fantasías acerca de la decadencia de
París son un síntoma de que la técnica no fue recibida. De ellas había la sorda conciencia
de que con las grandes ciudades crecieron los medios para no dejar piedra sobre piedra».
M Según L. Spirzer: «Mílieu und Ambiance», en: Essays in H istoricalSem antics, í 9 4 7 .
p. 2 1 2 , a quien sigo.
127
q u e p ro ced e d e o tra tra d ició n , corno m edio am b ien te, en el c írcu lo s ig n i
ficativo d e un m o d elo a n tig u o . L a p alab ra g rieg a periechon sig n ific a «lo
q u e ro d ea». Es la im ag en d e q u e el cosm o s está rodeado p o r u n p n e iim a ,
q u e el aire es u n espacio b ien tem p erad o en el qu e se m ueven los á to
m os, o qu e -c o m o en la física a ris to té lic a - el esp acio d el m u n d o h a de
ser pen sad o com o u n co n ten ed o r en el q u e c u a lq u ie r o b jeto tien e su to
pos, su lu g a r n a tu ra l. L a a n tig u a sig n ific ació n b ásica d e «lo q u e rodea»
vuelve en la fsgura m o d e rn a d e un m edio am b ién tesele, en m arca todo ser
en su m ed io esp ecífico , d e m o d o protector. D esde la física, en ia q u e el
m e d io se d efin e com o aigo m e ram en te fu n cio n al y n eu tral q u e ejerce su
acció n e n tre su stan cias, a la b io lo g ía, en la q u e, com o flu id o de todas las
c o n d icio n es externas d e la v id a, d e te rm in a esp ecíficam en te los o rg an is
m os, tal co n cep to h a p asad o a la so cio lo g ía, y con Balzac se c o n v irtió en
e l térm in o clave d e su d escrip ció n d e la so cied ad . La e x p licació n q u e da
C o m te d el m edio a m b ie n te com o a rm o n ía entre los seres vivos y su co
rresp o n d ien te en to rn o , es an álo g a a la u n id a d fisio g n ó m ica d e carácter y
m ed io so cial en las novelas d e B alzac. R ecuérdese el retrato de la d u e ñ a
d e la p en sió n en P ire Goriot, d o n d e se ap lica en un en u n c iad o fam oso el
p rin c ip io fisio g n ó m ico a la d e n o m in a ció n : «su p erso na en tera e xp lica la
p en sió n , co m o la p en sió n a su vez e xp lica su personan.
E ste m edio a m b ie n te , e n te n d id o p rim e ro co m o algo h arm o n io so y
b en efacto r, y q u e a su m e c la ra m e n te la fu n ció n p erd id a d e la corresp o n
d e n c ia ro m á n tic a e n tre a lm a y n a tu ra lez a , se va rev elan d o cad a vez m ás
en el «e n g ra n a je d e la so cied ad » co m o un p o d e r e n e m ig o d el h o m b re y
q u e to d o So d e te rm in a . H ace q u e el h o m b re pase d e p ro te g id o a v íc ti
m a d e l m e d io , h asta lle g ar a la b u rla d e to d a lib e rta d e in d iv id u a lid a d
e n tas p alab ras de T ain e: «El v icio y la v irtu d son so la m e n te p ro d u cto s
com o el v itrio lo y el azú car». El n atu ra lism o d e Z o la, en la ó rb ita d e u n
m a l e n te n d id o id e a l c ie n tífic o d e l m éto d o e x p e rim e n ta l d el fisió lo go
C la u d e B e rn a rd , h a hech o c ie rta m e n te q u e realid ad es d e la v id a social
h a sta en to n ces e x clu id as, sean o b jeto d e d escrip ció n . Pero la n atu ralez a
así elev ad a a n ivel p ro gram ático q u e d a en Z o la e sc in d id a . E n tre la n a
tu ra le za co sificad a d e l m e d io a c u ñ a d o r y la n a tu ra lez a de la «b estia h u
m an a» re d u c id a a sus im p u lso s ciegos se ab re un ab ism o d esd e el qu e la
a n tig u a n a tu ra lez a re p rim id a le v a n ta de nuevo cabeza co n los nuevos
m ito s d el d arvvin ism o , la h eren c ia y el in c o n scien te co lectiv o .
Por o tra p arte e l sim b o lism o no h a co n seg u id o ren ovar el sím b o lo
com o llave d el lib ro d e la n atu ra lez a , fren te al en gañ o so térm in o acad é
m ico q u e lo d e sign a. I-a v a n g u a rd ia lite ra ria d e los añ os o ch e n ta, a g ru
p a d a en to rn o a M a lia rm é , se o p u so al n a tu ra lism o y, c a lific a d a con el
desp ectivo Los decadentes, tuvo m ás b ien la a m b ic ió n «d e vo lver a g a n a r
p ara la p o esía el m ism o ran g o q u e la g ran m ú sica le h a b ía a rreb atad o ».
128
L a p o esía d e b e ría arreb a ta r al a d m ira d o R ich a rd W a g n e t su p re em in e n
c ia e stética . Por eso, en ia e stética d e M a lla rm é , la n a tu ra lez a o b jetiv a
está reb ajad a a su ceso o casio n al o a cosa in d iferen te en sí m ism a (¡p ié n
sese en el m o tivo del ab a n ic o y sus tran sfo rm ac io n es!), q u e só lo d ebe
se rv ir co m o p retexto p ara q u e su rja el p u ro len g u a je d el verso tras la
d esap arició n del o b jeto . A l igu al q u e la m ú sica, la p o esía o casio n a un
estad o a n ím ic o q u e, p re su n ta m e n te , d escrib e al p rin c ip io , pero q u e al
fin a l rem ite a sí m ism a, a su p ro p io poetizar.
C o n tales p ro ce d im ien to s, to m a p arte la líric a m o d e rn a en el p ro
ceso d e u n a ra d ic a l d e so b je tiv a c ió n , q u e en la p in tu ra im p re sio n ista
c o n d u jo a h acer q u e ia n a tu ra lez a , en tan to q u e algo y a d a d o , id én tico
y d u ra d e ro , gracias a los co lo res, p asase a m ero ac o n te c im ie n to a los
o jo s del esp ectador. M a x Iin d a h l h a m o strad o , paso a paso, en su ú lti
m o lib ro —e n D elacro ix, M o n e t, C éz an n e , D e la u n a y — cóm o la p in tu ra
m o d e rn a, a p artán d o se p ro gresiv am en te d e la tra d ició n e stética d e la lí
n ea y la fo rm a, se c o n stitu ye a p a rtir d el co lo r y d esd e el p u n to d e vista
d e l su je to c o n te m p lad o r3’ . L a c o n se c u e n c ia es q u e la n atu ralez a com o
p aisaje q u e d escan sa en sí m ism o , d esap arece en la re alid ad m e ram en te
ó p tic a d e u n a p ercep ció n e stética n u e v am e n te in te n sific a d a , d e m an era
q u e su ser co n siste en su ser p ercib id o , c u m p lie n d o el v iejo p rin c ip io fi
losófico esse e stp ercip i. A sí, las «H o ras d e las c ate d rale s», en el d iv isio -
n ism o d e M o n e t, red u cen el esp ectácu lo n a tu ra l a lo m o m e n tán e o y
sie m p re ren ovado . C éz an n e , p o r el c o n trarío , en u n a n ueva d ia lé c tica
de d esco m p o sició n y reco m p o sició n , reco n d uce la n atu ralez a v isib le y
y a sa b id a a lo q u e se ofrece só lo an te el ojo in o c en te en m atices de co
lo r p ara, frente a la co n stru cció n c o lo rista, h acer q u e la n a tu ra lez a m e
ram en te ap aren te se revele d e nuevo com o u n a n atu ra lez a d e lo pro
fu n d o , en u n «h acerse cosa lo a p aren te».
En el paso del cu b ism o al o rfism o se acaba d iso lviendo to talm en te la
co lo ració n o b jetiva. L a p in tu ra ab stracta se en tien d e com o expresión del
«m o v im ien to vital d el m u n d o » (B ergso n). El ju ego d e los contrastes si
m u ltán eo s en la p in tu ra no es, e n tretan to , un fin en sí m ism o , sino la
c o n d ic ió n de la fo rm ació n de u n a id ea e stética, la su b lim id a d de u n a
p ro to p o esía ó rfica, de u n universo arm o n izad o p or la luz. A q u í se an u n
cia, a com ien zo s del siglo XX el sig u ien te cam b io estético: la «n aturaleza
n atu ral», exp ulsada de la estética d e la m o d ern id ad , regresa en el p un to
c u lm in a n te d e su deso b jetivació n , com o p rin c ip io de u n a h arm o n ía órfi-
ca d e la vida, con el triu n fo d e la p in tu ra ab stracta, y p ara el ojo q u e sepa
leer el juego de los contrastes sim u ltán eo s com o «en u n ciad o s de color».
129
VI
130
q u e e le g ir entre la salid a de u n a pisto la o caer arro d illad o an te la cruz».
L a e n em istad b lasfem a d e la n atu raleza d e H u ysm an term in ó d e hecho
arro d illán d o se an te ia cruz, y el esp ectacu lar exp erim en to d e A rebours, en
la h isto ria de un a neurosis. La co n secuen cia estética de la inversió n del
p rin c ip io d e im itac ió n la sacó sólo Paul Valéry, sig u ien d o a M aflarm é,
cu an d o opuso su P oiítica m o d ern a a la p oética clásica qu e se basaba en la
n atu raleza com o ú ltim a in stan cia d e sen tid o ejem p lar.
El p rin c ip io de la co n stru cció n «p o ié tic a» d e V a lé ry reto m a el co n
cep to o rig in a ria m e n te aristo té lic o de poíesis, pero e lim in a n d o los p resu
p u esto s teleo ló gico s d e la física aristo té lic a. En e lla , la poiesis , en c u an to
acció n p ro d u c to ra, p o d ía co m p ren d e r tan to la a c tiv id a d del artesan o o
a rtista com o !a p ro d u c ció n d e la n atu ra lez a , la creació n d e cosas n a tu
rales, p uesto q u e la p o ie ñ s d el h o m b re se e n te n d ía co m o im ita c ió n d e la
n a tu ra n a tu ra n s q u e p ro ced e « p o é tic a m e n te » al crear cosas q u e tien en
e n sí m ism as su o rigen y fin44. S in e m b arg o , la P atética d e V aléry im
p u g n a el proceso d el d e v e n ir d e u n a n atu ralez a q u e tie n e q u e rep etirse
e te rn a m e n te p o r la rep ro d u cció n , pero q u e, cu an d o sus c o n fig u ra c io
nes p ro ced en d e las ciegas leyes d e la m u tac ió n y !a selecció n , p ierd en
s u c arác te r «p o ié tic o ». S ó lo u n arte no m im é tic o g a n a la p o sib ilid a d de
c re ar en un esp acio d e ju e g o p ro pio lo q u e la n atu ra lez a no h ab ía c o n
se g u id o n i com o algo y a d ad o ni co m o p o sib ilid a d , y d e recon o cer q u e
lo v e rd ad e ro , ac ce sib le aJ h o m b re, só lo p u e d e p ro ced er d e lo q u e él
m ism o h a p ro b ad o en su a c tu a c ió n . L a p o esía m o d e rn a, a u n cu an d o , y
p re cisa m en te c u an d o , su p u estam en te sólo d escrib e u n frag m en to d e la
p rim e ra n atu ralez a, o b tien e su o b jeto en su p ro p ia p o sib ilid ad .
La e n e m istad d e la n atu ra lez a d e B a u d ela ire se tran sfo rm a en V a
le r)' en b u rla , b u rla so b re «el risib le erro r d e R o u sseau » d e q u e la n a tu
raleza es u n p aisaje en sí m ism o h erm o so y v erd ad ero , b u rla tam b ién
p o r la n o stalg ia m o d e rn a de lo q u e la n a tu ra lez a tie n e d e co m ien zo sa n
to y g lo b al.
(■Ninguna ¡dea es más ingenua que la que cada treinta años condu
ce al descubrim iento de la “naturaleza". Dicho con m is precisión: lo
que se supone ya dado, ha sido, antes o después, producido. ES pensa
miento de que se capta las cosas en su originariedad es excitante; suele
uno imaginarse que existe algo así como lo originario. Sin embargo, el
mar, los árboles, ei sol - y hasta el ojo h um ano- rodo eso es arte»15.
131
■ «N o h a y n aru ráie za» sig n ific a : s u im a g en ideal se h a p agad o con ei
o lv id o d e su c o n stitu c ió n , y d escan sa en la ilu sió n d e q u e la n atu ralez a,
sin la rep resen tació n d ei h o m b re, sig u e sien d o n atu ralez a y no algo en
sí ig n o to 116. Y, sin e m b arg o , no con o zco poesía m ás m a ra v illo sa acerca
d el m a r q u e C im etih-e m a r in , n i m ás b e lla ac erca d e los árb o les q u e A u
P latane. ¿P roviene esto re a lm e n te d e q u e V a lé ry sólo h ab la d e l m a r o
d ei árb o l o lv id án d o se d el o b je to y h a cie n d o q u e nos a d m ire m o s só lo de
su p ro ce d im ien to in scrito en el texto ? ¿E x clu irá en to n c es esta revela
ció n d el p ro c e d im ie n to , q u e se p o s ib ilite a sí u n a p erce p ció n n u ev a,
m ás in te n sa p o é tic a m e n te , d e lo q u e ap arece, y, p o r lo tan to , u n nuevo
h allazg o d e la n atu ralez a? ¿E x clu irá q u e el o jo y el o id o d el lec to r p u e
d a n e x p e rim e n ta r el m ar y el árb o l d e u n m o d o n uev o y d istin to del
q u e o cu rre en n u estro m u n d o tec n ific ad o , en el q u e la e x isten c ia d e u n
in d iv id u o no es su fic ie n te p ara a b a rc a r el in m en so sab er de la n a tu ra le
za y la h isto ria , y m en os p ara tran sfo rm arlo en la e xp erien cia? Por el
c o n tra rio , ¿no p ro ced erá d el arte m o d e rn o , a u n c u a n d o p o n g a en c u es
tió n e l d erech o d e lo fáctico y el se n tid o d e la razó n p o lític a , la o p o rtu
n id a d d e u n a e x p erie n cia d el m u n d o , d e u n a e x p erie n cia p o é tic a de có
m o la n a tu r a le z a p u e d e d a rs e e n la p le n it u d im p r e v is ib le d e su s
p o sib ilid ad es?
V II
* «El olvido del hombre, ta ausencia del hombre, la inacción del hombre* el olvido
de a n tig u a s condiciones del hom bre.,, eso es de ío que están hechos lo noble y la n a tu r a
l e s ... y lo Uamado humano»* (ibid.).
4T En: Stxuiium gen éra le 10 (1 9 5 7 ), p p . 2 6 6 -2 8 3 , ahora, en: Wirk iich ke i ten , in dm<m
w ir Uben, Snittgarr (R edam ), 1 9 8 1 , pp. 5 5 -1 0 3 , aquí p. 93.
132
d a v ía no es, y p re cisam en te p or eso, com o In stan cia c o n tra el d o m in io
ab u sivo d e lo q u e el su jeto a u tó n o m o d ebe a sí m ism o : «Lo b ello n a tu
ral es la h u e lla d e lo n o id én tic o en las cosas, en el e n tre d ic h o d e la
id e n tid a d u n iv e rsa l... L a v e rg ü e n z a an te ío b ello n a tu ra l p ro v ien e de
q u e se lesio n a lo q u e to d av ía no es cu an d o se lo to m a en lo qu e es. La
d ig n id a d d e la n atu ralez a es la d e lo q u e to d a v ía no es, lo qu e la h u m a
n iz ació n in te n c io n a l exp resa»48.
A m b as p ro gn o sis p u ed en serv ir p a ra c erra r nuestras co n sid e rac io
nes, p o rq u e resp o n d en , desd e d iferen tes p ersp ectiv as, al p ro b lem a q u e
la ex p u lsió n d e la n atu ralez a d e la e stética d e la m o d e rn id a d d ejó sin re
so lver: si el arte, lib re m e n te cre ad o , d ei h o m o f a b e r q u ie re a firm a r sil
m ay o ría d e e d ad sin re m itirse a la n a tu ra lez a , ¿có m o d e b e rá y p o d rá
e v ita r la arb itra rie d a d d e sus p ro d u cto s y p re te n d er u n a v alid ez e je m
p lar? ¿N o sería en to n ces al fin al el ser cread o d el arte algo tan fáctico y
d isc re cio n al com o el ser de la n atu ra lez a d esvestid o d e su id ea lid a d ? V a
léry, el p ad re de u n a e stética sin n atu ralez a h a b ía c ie rta m e n te q u erid o
re d u c ir todo c o n o cer a su fu n ció n d e poder. H a b ía a n tic ip a d o así el to-
d o p o d er d e u n a tecn o cracia qu e creía p o d e r h acer todo lo q u e e l hom o
f a b e r fu e ra capaz de im ag in a r. S in em b argo , ta m b ié n fue V alé ry el p ri
m ero en p o n e r en cu estió n este exceso d e n u estra m o d e rn id a d . E scrib i
rá en 1 9 1 3 reflexio n an d o sobre su c am b io b io gráfico :
** Á sthfthchc JjWrj-'r, v. 7 de G . S., pp. 9 8 , i 14, i 1 5 írrad. cast. d i Fdo. Riaza y Feo.
Pérez Gutiérrez: Teoría estética , M adrid, Tauros, 19 7 1 f.
^ C ahíen, V er cap. IX.
133
p rep arad o s. Lo q u e, p o r el c o n trario se im p o n e no es, seg ú n m i o p i
n ió n , n i u n regreso a la v ie ja estética d e la n a tu ra lez a q u e, desd e la Ilus
tració n y d esp u és d e D a rw in , in e x o rab lem en te p erten ece a u n a co n c ep
ció n p e rim id a d e l m u n d o , n i la esp eranza tard ía en u n a «resu rrecció n
d e la n atu ralez a» q u e A d o rn o o B e n ja m ín creyero n e n c o n tra r en la ca
p a c id a d m im é tic a d e a p ro p iarse d e «lo o tro d e la razó n ». Yo ap u esto
m ás b ien p o r u n a c a p a c id a d estética, p o r la e sp o n ta n e id a d d e u n a c o m
p ren sió n e stética y u n a ex p erim en ta ció n d e sen tid o s q u e, desd e siem p re
en el ju ic io estético , h a sid o c ap az d e fu n d a r u n lazo de so lid a rid a d e n
tre h o m b re y h o m b re, y d e p ro m o v er al m ism o tiem p o u n trato con las
cosas, y, p o r lo tan to , co n «lo otro d e la n atu ralez a», exento d e coac
ció n . A cep to tra n q u ilo e l esp erab le rep ro ch e d e ser un id ealista in c o rre
g ib le. Es p ro p io d e la e x p erie n cia e stética p ro clam ar, frente al claro p o
d e r d e lo fáctico , la tra n q u ila fuerza d e So p o sib le, y, en c o n secu en cia,
ser n ec e sariam e n te id ea lista .
134
5
* Árt socia l u ndÁ rt industrial —Funktionen d e r K unst im Z eitalter des índustrialism us,
ed. H. PfdfFer y otros, M ünchen (W . Fink), 19 8 7 .
135
sarro llo d e la in d u strializació n y la d em o cratizació n . Sólo la etap a te rm i
n al d el a rte p o r el arte, y n o la «h eauro n om fa» del arte en la cum b re de ia
Ilu stració n b urg u esa, h a realizad o la leg e n d aria v u elta d el arte sobre s(
m ism o. Y la p ro gram ática sin gu larizació n de las artes en u n arte a u tó n o
m o , qu e llevó a cabo el Id ealism o aJem án, no fun dó luego d e n in g u n a
m an era u n a «in stitu c ió n arte» auto suficien re, sin o q u e, com o testim o n ia
a b u n d an te m e n te la praxis estética del siglo XIX, h a d ejad o el p ro b lem a de
la u n id a d d e las artes com o el p ro b lem a no resuelto d e la época. A este
respecto, los trabajos corresp on d ien tes han co n firm ad o u n a tesis de W er-
n er H o ffm an n : p recisam en te el siglo XIX es la época en la q u e, tras la sin
g u larizació n d e las h isto rias en u n a h isto ria, de las bellas artes en u n arte
au tó n o m o , esa lograd a au to d eterm in ació n im p ulsó de nuevo u n a radical
sep aració n d e las artes. «L a o b ra au tó n o m a d e arte tien e en el aislam ien to
su reverso necesario ». Y, a su vez, esto trajo com o co n secuen cia la ten d en
c ia su b lim in a l h acia u n a «o b ra d e a rte to tal», b q u e se trad ujo prim ero
en nuevos intentos d e in co rp o rar la o bra de arte a contextos expositivos'.
C o n la sin g u la riz a ció n d el arte a u tó n o m o , q u e en la h isto ria d e la
e stética c u lm in ó en las gran d es sín tesis de la filo so fía de la h isto ria y la
teo ría d e la so cied ad d e H eg e l, S a in t-S im o n y M a rx 2, y, en relación con
la p raxis e stética, aparece p ro b le m á tic a la tan reiterad a p érd id a de (tin
ció n d e l a rte y, con ella, la d isc rim in a c ió n d o m in a n te d el esteticism o
(an te todo d el «m u seo im a g in a rio » en tan to q u e «ab stracció n d e la con
c ie n cia estética» según G ad am er). Y éste, m e parece, es el seg u n d o resul
tado d el C o lo q u io . El d eb ate h a d ad o com o resu ltad o q u e ia afirm ació n
de la p érd id a d e efecto so cial y d e fun cio n es p rácticas o d id ácticas, qu e
en p rim e r lu g a r se h a b ía co m p ro b ad o con el ab an d o n o de n orm as o b li
g ato rias d e g usto y d e ju ic io estético , o cu ltó q u e, con la d ism in u c ió n de
la p re p o n d eran c ia d e la estética id ea lista , se p ro d u jo de fa c to u n a tran si
ció n a u n a nueva p o lifu n c io n a lid a d d el arte en el «m u n d o d e la vida»
d el siglo XIX. A penas serta, p o r e jem p lo , necesario d o cu m e n ta r en el ám
b ito d e la lite ra tu ra c u ál d eb ía h ab er sid o realm en te la fu n ció n q u e la
novela o el teatro tu v iero n en el siglo XVIII y q u e d ebiero n p erd er en el
136
sig lo XIX. N o se p erdió la fu n ció n social en g en e ral; m ás b ien c am b ió su
lu g a r en la v id a y su ran go en el siste m a d e c o m u n ic ac ió n d e los géneros
lite rario s. En F ran cia, p o r e jem p lo , ia n o vela asu m ió desde S ten d h al la
fu n ció n de la tra g ed ia clásica, c u m p lió el teatro , con u n a d iv ersid ad de
n uevos m ed io s, las n ecesid ad es de e n tre ten im ie n to y evasión , pero ta m
b ié n de exp resión , le g itim a c ió n y p a ro d ia , y c o n sig u ió la líric a , q u e en
V íc to r H u g o m an ten ía su carác te r p ú b lico co m o catecism o p ara laico s,
el p riv ile g io , a p a rtir d e B au d elaire, de u n a m o d e rn id ad e litista.
T rad u cid o a la term in o lo g ía de la Teoría d e la acción com un ica tiva
(1 9 8 1 ) de H aberm as: en el proceso de d iferen ciació n de las esferas d e va
lor, recae en el arte auto n o m izad o y en su nueva p o lifu n cio n alíd ad - s i se
tien e en cu e n ta adem ás el cam in o especial d el id ealism o alem án en el p ro
ceso co m p lejo de la h isto ria social dei siglo X I X - un papel interm ed io en
tre los sistem as de acció n cu ltu rales y sociales. La exp erien cia estética, an te
la p érd id a in eq u ívo ca de la cap acid ad o b ligan te y ejem p lar de ia exp erien
c ia m u n d an a d iaria, se convierte en in stan cia d e m ed iació n de lo heteró-
n o m o ; lo im ag in ario se con vierte en horizonte d el m u n d o alien ad o , h o ri
zonte q u e abarca los ám b ito s escin d id os d e sentido de la praxis v ital, y
asu m e su creciente exírañ eza, en tan to los h ace co m u n icab les1. La p reten
sión d e au to d eterm in ació n con la q u e el arte au tó n o m o se d iso cia d e la
racio n alid ad d e los fines, es la qu e lib era verd ad eram en te, y por su propio
d erech o , a 1a exp erien cia estética. C o n su elevación a la au to n o m ía, no só
lo h a reivin dicado el arte la «ju risd icció n » d e la o p in ió n p ú b lica «donde
term in a el territo rio de las leyes m u n d an as» —com o y a atestiguab a el escri
to p ro gram ático d e S ch iller L a escena como institución m oral ( 1 7 8 4 )- , sino
q u e tam b ién h a d iscu tid o a la religión el p rivilegio de ju zg ar sobre m oral
y costu m b res4. Pero tam b ién cu an d o el id ealism o crítico se atrofió en fo r
m a d e c u ltu ra afirm ativa, han asu m id o las artes en su praxis estética la
e x ige n cia de la civilizació n m o d ern a, h an c o n trad ich o las ilusion es del
' J. H sbcrm aí, Theorie des kotnm unikativen Handelns, Ffaitkfurt, 1 9 8 1 , esp. pp. 3 3 6 -
3 4 1 [erad, cast. de M . Jim énez Redondo: Teoría d e la acción coynunicativa , M adrid, Tau-
rus, 1987].
4 «La religión deja de ser para la mayor parte de los hombres, si aniquilamos sus imáge
nes del cielo y el infierno ...y sin embargo son sólo imágenes de la famas ía, adivinanzas y se
ducciones de lo lejano. Qué refuerzo se obtiene para la religión y las leyes cuando se alian con
el espectáculo en el que están la intuición y el vivo presente, en e! que desfilan ante los hom
bres vicio y virtud, felicidad y miseria, locura y sabiduría, en mil cuadros verídicos, en cí que
la previsión resuelve ta adivinanza desplegando el nudo ante sus ojos, y en el que el corazón
humano confiesa sus menores sentimientos en el suplicio de ia pasión, cayendo las máscaras y
los afeites, mientras que la verdad permanece incorruptible ante ei tribunal de Radamanto»
(Edición del centenario, E. v. d. Hellen, Stuttgart-Berlin, v, ] 1, p, 9 0 s.)- Texto clave, citado
abundantemente en el posterior y polémico proceso de ía herencia de la religión por eí arte.
137
progreso in d efin id o , h an id en tificad o la am en aza qu e la técnica ind ep en
d izad a co n stitu ye sobre el h o m b re, y han b uscado, en num erosos in ten
tos, ab rir la estética clásica a u n a realidad social m o d ificad a, a fin de h u
m an izar m ed ian te la belleza el m aterialism o del desarrollo ind u strial.
El d eb ate en torno al proceso h istó rico de la fo rm ació n de u n a esté
tica m o d ern a tro p ieza, tan to en el p lan o de las sín tesis ab stractas de filo
so fía de la h isto ria, co m o en el p lan o de la teo ría d e las artes d iferen cia
d as y en el d e las relacio nes, in su fic ien te m e n te exp licad as, entre arte y
re lig ió n . M ie n tra s q u e la m o d e rn id a d a n tírro m á n tic a —e v id e n te sobre
todo en B au d elaire—c u lm in ó el d escen tram ien ro d e la im ag en m e tafísi
ca d el m u n d o , m e d ian te Sa d iso lu ció n d e ¡a triad a p la tó n ica d e lo verda
d ero , lo b ello y lo b uen o , se va d ib u ja n d o , p rim ero en la filosofía de la
h isto ria y lu ego en el arte social la ten d e n c ia d o m in a n te a reclam ar para
e l a rte ia h eren cia d e la re lig ió n y su fu n ció n so cial {incluso la co rrien te
o p u esta d el a rte p o r e l a rte q u e e stig m a tiza com o «h erejía» lo ú til, in s
tructiv o y m o ral, se le g itim a com o religión e litista del a rte ). ¿H ab rá que
re m itir la fascin ació n d e esa épo ca, su am b ició n d e d iso lver la religió n
en el arte, a u n a n ecesid ad d e lo religio so , n ecesid ad no aca lla d a y no ex-
tirp a b le p o r la razón au tó n o m a e in stru m e n tal? ¿O b ien a un vacío que
d ejó tras de sí la c rític a a !a relig ió n d e la Ilu stració n ? ¿C ó m o discurre la
h u e ü a de esa n ecesid ad h asta N ietzsche, q u ie n con la afirm ació n p a té ti
c a «D io s h a m u erto », creyó p o n er el p u n to final en la salid a d el siglo?
D esde el p u n to d e vista a le m á n , el C o lo q u io ap o rtó la sorpresa de
q u e u n ac o n te c im ie n to q u e p arece caracterizar, y en c ie rto m o do c u l
m in ar, el c a m in o sin g u la r d el Id ealism o a le m á n , la p ro gn o sis tan tas v e
ces c ita d a d e «el fin al d el p erío d o d el a rte » p o r p a rte d e H egel y H e in e ,
no se p u e d e m a n ten e r com o u n fen ó m en o esp ecíficam en te a lem á n . La
co n c ie n c ia d e q u e p ara el a rte , y en ei a rte , algo estaba lleg an d o a su
fin , e ra algo a c tu a l en m u ch o s an álisis im p o rta n te s realizad o s en los fi
nales d el ro m a n tic ism o , desd e los sa ín t-sim o n ia n o s q u ie n es, en c o n tra
p o sició n a H eg el, veían el m ás alto sig n ific a d o d e! a rte no en el pasado
sin o en la so cied ad fu tu ra, h asta P ro u d h o n q u ie n p ro clam ó un arte so
c ia l desp oseíd o d e lo estético y lo h istó rico p ara reo rg an izar el a rte to
talm en te d e ca d e n te de su tie m p o , y h asta las vision es de la d ecad en cia
q u e W a lte r B e n ja m in exp uso en su p ro to h is to ria d el sig lo X IX : «las
fan tasías acerca de la d e ca d e n cia d e P arís son u n sín to m a d e q u e la téc
nica no h a sid o recib id a. D e ello h ab la la so rd a c o n c ie n c ia de q u e con
las g ran d es c iu d a d es creciero n los m ed io s d e a rra sa rla s»5.
138
U n a h isto ria sin to m á tic a d e las p ro gn o sis y visio n es acerca d e l fin
d el m u n d o b u rg u és y c a p ita lista es algo q u e está p o r escrib ir, p ero ta m
b ié n lo está su te m a p arejo : el d e sc u b rim ie n to d e lo q u e de su b lim e h ay
en la fu n ció n in d u stria l y la creació n d e los c o n tra m u n d o s d e lo im ag L
n a n o , p u esto q u e tam b ié n los m ied o s a n te 3a p rim e ra a p a rició n d e la
téc n ic a h an e n co n trad o su p o sitiv iz ació n estética. C o m o o cu rre a la h o
ra d e in te rp re ta r los c am b io s d e ép o ca, el d eb ate q u e se en tab ló en to r
n o a la cesu ra de 1 8 4 8 , p lan tead o a p a rtir d e {a h ip ó tesis d e trab ajo d e!
c am b io d el h isto ric ism o ro m án tic o p o r ei esteticism o m o d ern o , tro p e
zó co n el co m p lejo fen ó m en o de la sim u lta n e id a d de ío d iferen te. Sólo
p o d rían o b tenerse resu ltad o s acerca d e tal c u e stió n m e d ía n te u n a n á li
sis tran sv ersal d el d ecen io p o ste rio r a la rev o lu ció n d e ju lio . H a b ría q u e
re saltar q u e h a so n ad o la h ora d e las g ra n d es fdosofías «h o lísticas» d e la
h isto ria (en esp ec ial la teo ría d e los tres estad io s). D espués d e q u e e l ar
te p erd ió su v alo r u n iv ersal y p a ra d ig m á tic o en 1a h isto ria d e la e m a n c i
p ac ió n d e la h u m a n id a d , ap arecen , en ta n to q u e etap as p ro gresivas de
su d e sap aric ió n , las teo rías estéticas p a rtic u la re s d el a rte social y d el arte
p o r e l arte, q u e c o m p ite n e n tre sí y ta m b ié n con el a rte in d u stria l q u e
triu n fa en to rn o a los añ o s d e las p rim eras exp o sicio n es u n iversales. El
a rte social red u ce la u to p ía de u n a re lig ió n so cial cread a p o r el a rte , al
c o m p ro m iso re alista d e m o strar la m ise ria d e la situ a c ió n so cial (p.e.
G eo rge S a n d ), con la esp eranza ilu so ria de d e sc u b rir la re c o n c iliac ió n
d e las clases. El arte p o r el a rte red uce la h ea u to n o m ía d e la lite ra tu ra
b u rg u e sa c lásica y su c o n ten id o de c rític a so cial a u n a relig ió n d el arte
a le ja d a de lo so cial {en la q u e no h a y q u e in c lu ir a B a u d ela ire , com o
d e m u e stra su a rtíc u lo so b re D u p o n t). A m b as escuelas ign o ran q u e la
in d u stria se h a co n v e rtid o en tre tan to en la a u té n tic a rival d e las artes
m o d ern as.
S in e m b arg o , p o r la m ism a ép o ca, co m ien za el arte in d u stria l {que
L ab o rd e b u sca h arm o n iz a r con las ex ig e n cias del a rte social ) a in te n ta r
co m p e n sa r el retraso d e lo estético frente a la p ro d u cció n in d u stria l. Si
se ac e p ta lite ra lm e n te la p ro fu n d a o b servació n d e W a lte r B e n ja m ín , se
g ú n la c u a l el d esarro llo d e la técn ica h asta co m ien zo s d el sig lo X IX es
m u ch o m ás len to q u e el d el a rte , pero q u e desp ués el proceso técn ico ,
rá p id a m e n te a c ele ra d o , im p o n e su tem po a l arte ( 0 1 ,1 ), en to n ces se
p u e d e c o n te m p lar este c am b io h istó rico com o u n a co m p e tic ió n d e las
artes in d e p en d iz ad as en co n d icio n e s d e p a rtid a d iferen tes y con d istin
tas o p o rtu n id a d es d e éxito . La a rq u ite c tu ra , qu e se sep ara d el sistem a
clásico d e las artes p lásticas (¡co m p áren se los p ro gram as d e la an tig u a
É cole des B e a u x A rts y de la n ueva Ecole P o fytecbniquá) tom a la p osición
d ire c to ra , m ie n tra s qu e la p o esía pasa a ú ltim o térm in o {destacados es
c rito re s la m e n ta ro n su a u se n c ia en las e x p o sic io n es u n iv ersa les). N o
139
sólo a c o m p a ñ a la a rq u ite c tu ra d esd e el p rin c ip io al triu n fo d e la p ro
d u c c ió n in d u stria l, sin o q u e ta m b ié n abre esp acio s im a g in a rio s d e ex
p erie n cia estética co n las m o d ern as c o n stru ccio n es d e h ierro y cristal (la
su stitu c ió n p ro gresiv a d e la a n tig u a ico n o lo g ía m ito ló g ic a p o r un a n u e
va ico n o lo g ía in d u stria l es u n tem a q u e d eb e ser in v e stig ad o ). S in e m
b argo, la p o esía reco b ra el retraso frente a los avan ces de la a rq u ite c tu ra
c u an d o no se co n fo rm a co n m o strar el lado p o ético del progreso d e la
c iv iliz a ció n téc n ic a (p .e. co n el d e sc u b rim ien to de u n a «p o esía d e !a in
d u stria » m o d e rn a ), sin o cu an d o in te n ra ap ro p iarse d el «p rin cip io de la
in d u stria » m ism o co m o fu n d a m e n to d e su a c tiv id a d e stética.
El p rin c ip io d e la in d u stria c o n tie n e , según H eg e l, «lo co n trario de
lo qu e se o b tien e de la n a tu ra le z a ... En la in d u stria el h o m b re m ism o se
co n v ierte en fin , y se tra ta a la n atu ralez a com o a lg o so m e tid o , en lo
q u e im p rim e el sello d e su a c tiv id a d »6. En c o n secu en cia, alcan za la p oe
sía en la d é cad a p o sterio r a 1 8 4 8 su m o d e rn id a d e stética cu an d o y a no
ve en la n a tu ra lez a la in sta n c ia d e lo v erd ad ero , b ello y b u en o , sin o co
m o m a te ria en la q u e im p r im ir e l sello de !a a c tiv id a d e stética p ara
co m p e n sar la p é rd id a d e se n tid o d e un m u n d o d esen can tad o . La exi
g e n c ia d e la p ro d u c ció n in d u stria l no rad ica en q u e reviste sus p ro d u c
tos con el au ra d e lo b ello p ara elev arlo s así a! ran go d e «arre in d u s
t r ia l» , sin o q u e p re te n d e se r e l a rte m ás a v a n z a d o en v ir t u d d e su
d e te rm in a c ió n co m o poiesis (construiré est connaitre, d ecía V alé ry ). Así
se e x p lic a la re n u n cia d e B a u d ela ire a la n atu ra lez a , q u e se basa en ú lt i
m o térm in o en el «p rin c ip io d e co m p o sició n » d e E. A . Poe, y tam b ién
el p ro gram a d e F lau b ert d e un arte d el fu tu ro qu e d e b e ría ab an d o n ar
to d a o rto d o x ia (p ro g ra m a a n tic ip a d o en la E d u ca ció n se n tim e n ta l en
tan to q u e «n o vela sin tem a», «lib ro so b re n ad a ... q u e se m a n te n d ría por
sí m ism o p o r la fu erza in te rn a de su e stilo »), p ara lle g ar a ser lib re «co
m o la v o lu n ta d q u e lo producen, p a rtic ip a n d o así en «esa lib e rac ió n de
la m a te ria lid a d qu e se e n c u e n tra en todo y q u e ... tod o s los go b iern o s
h a n s e g u id o , d e s d e lo s d e s p o t is m o s o r ie n t a le s a lo s s o c ia lis m o s
fu tu ro s»7. A esto h ay q u e a ñ a d ir e l giro d ia g n o stic a d o por B au d elaire en
su in fo rm e so b re la E xposición u n ive rsa l de 1 8 5 5 , y en E l p in to r d e la v i
d a m o d e rn a ( 1 8 5 9 ), d esd e el h isto ric ism o al e steticism o , c u y a v a lo ra
ció n n eg ativ a, d eb ería ser h o y revisad a. A la lib e ra c ió n d el m a te ria lis
m o , e n t a n to q u e t a r e a d e l a r te d e l f u t u r o , c o r r e s p o n d e la lib r e
d isp o sició n so b re los tesoros d el p asad o , q u e ab rió a la e x p erie n cia esté
tica tan to «el m useo im a g in a rio » com o el in so sp ech ad o p lu ra lism o de
140
Jos p r o d u c to s d e n a cio n es a n tes extra ñ a s y ah o ra reu n id o s en Ja E xp o si
c ió n u n iv ersal. Esta n ueva e stética rechaza por in ju sto el reproche de
ser u n a sim p le ab stracció n d e la c o n c ie n c ia estética*, p uesto qu e se o p o
n e a la in tu ic ió n d el p asado en ta n to q u e falsa co n c ie n c ia d el h is to ria s -
m o , q u e, sin e m b arg o , h ered a. P uede d isp o n e r lib re m e n te d e lo esp a
c ia l y te m p o ralm e n te lejan o y ajen o , p o rq u e an tes el trab a jo h istó rico
h a lle n a d o los tesoros d el recuerd o , y p o rq u e la co m p ren sió n h istó rica
h a d isp u esto el arte de todas las épocas en el c o n tin u o d ia cró n ico d e la
h isto ria u n iv ersal, d e m an era q u e ah o ra la co m p ren sió n e stética, así fo r
m a d a , p u ed e escoger en la sin c ro n ía d e los p ro d u cto s exp uestos, es d e
cir, d e los p ro d u cto s d e toda la h u m a n id a d d isp u esto s p ú b licam en te.
¿N o c o m en zará y a en el m u seo im a g in a rio , q u e p arece c u lm in a r la p é r
d id a d el a u ra en la ép o ca d e la rep ro d u cció n técn ica, la h u e lla d e u n a
n u ev a e x p erie n cia e stética, p or no d e c ir d e u n a restau ració n d el a u ra en
el arte? ¿En q u é se n tid o se p u e d e h a b la r d e au ra d el a rte m o d ern o d es
p ués d e h ab er a b an d o n ad o la c o n fig u ra ció n a u rá tic a d e la o b ra a u tó n o
m a d e arte?
A l fin al d el d eb ate q u ed a ab ie rta u n a cu estió n . L a e stética a n tin a
tu ra lista de la m o d e rn id a d p o stro m á n tica no p o d ía e v id e n te m e n te e x
tin g u ir el in terés p o r c ap tar el h o m b re co m o un ser q u e se d istin g u e del
a n im a l p or su p o d e r de crear n uevas n ecesid ad es, no sólo físicas, en la
fo rm u lac ió n del joven M arx, pero q u e, sin em b arg o no p u e d e e n c o n
trar ia felicid ad sin ia satisfacció n d e sus n ecesid ad es p rim a ria s. El lla
m ad o n a tu ra lism o d e Z o ía, p o r e je m p lo , cu ya novela regresa d esd e el
an álisis h istó rico a la a n tro p o lo g ía d e u n a m e tafísic a n a tu ra lista , m u e s
tra este co n flicto m o d ern o en tre e stética y a n tro p o lo g ía, esta v u e lta de
la p rim e ra n atu ra lez a d el h o m b re a la se g u n d a , com o algo no resu elto,
y ello c o n stitu ye u n a d e las m ás in teresan tes p ersp ectivas q u e el C o lo
q u io h a ab ierto .
141
6
143
este «gén ero tan e sp iritu a l», y puso en c ircu la c ió n a su m an era, no es
algo q u e extrajo d el e stu d io d e la p oesía m ed iev al, sin o p re su m ib le m e n
te d e su fa m ilia rid a d co n ¡os c rítico s d e arte d e obras aleg ó ricas fig u ra ti
vas. D e tod o s m o d o s este recurso d e B au d elaire a la aleg o ría, tan d es
p re ciad a por los ro m án tico s, y q u e é l ala b a b a p ro v o cad o ram en te com o
«u n a d e las form as m ás o rig in a le s y n atu rales d e la p oesía», p ued e c o m
p ren d erse rig u ro sam en te com o u n c am b io en la h isto ria de 1a e x p ed e n -
cia e stética si se co n trap o n e el uso m o d ern o d el c o m p o rta m ie n to alegó
rico a sus form as cu m b res en la lite ra tu ra m e d iev a l2.
D esde este p u n to d e v ista en lazan las sig u ie n te s c o n sid e ra c io n e s
con los resu ltad o s d e m is an te rio re s in v estigacio n es sobre la a leg o ría en
la E d ad M e d ia , q u e he exp uesto e n otro lu g a r: «la p o esía a leg ó rica co
m o p o esía d e lo in v isib le »3. A ellas m e re m ito , reco rd an d o m i tesis: qu e
la h isto ria d e la fun ció n d e la a leg o ría a n tig u a y la h isto ria de su recep
c ió n m o d e rn a d eb en reescrib irse, si se las c o m p ren d e co m o el lad o p o é
tico d e u n a «h isto ria e sp iritu a l d e lo in v isib le » (H an s B lu m e n b e rg ), q u e
tam p o co se h a escrito . S i se c o n te m p la la p ro gresiv a sim b o liz a c ió n de
las tres esferas trasc e n d e n te s d e lo in v isib le (rein o d e D io s, in stan cias
religio sas in te rm u n d a n a s, m u n d o in te rio r d el a lm a ) co m o el territo rio
p ro p io d e la p o esía c ristia n a frente al a n tig u o can o n d e lo rep resen tab le
y lo d ig n o d e rep resen tació n , en to n ces se revela esta se g u n d a é p o c a, el
giro d el ro m a n tic ism o a la e stética d e la s u b je tiv id a d y la co rresp o n
d ie n te fu n d a m e n ta c ió n de u n a p o é tic a de la m o d e rn id a d p o r B a u d ela i-
re, co m o u n n u ev o h o riz o n te d e p re g u n tas.
T e n e m o s, p o r u n la d o , e l n o ta b le retraso c o n el q u e H a m a n n ,
S c h e llin g , C h a te a u b ria n d , Je a n P aul y H eg el h an d esarro llad o u n a esté
tica e x p líc ita m e n te c ristia n a y u n a «p o ética d el c ristia n ism o », p re cisa
m e n te en el tiem p o en ei q u e la re lig ió n c ristia n a p erd ía su d o m in io se
c u la r p o r la c r ític a d e la I lu s tra c ió n . El ro m a n tic is m o a le m á n , q u e
red u jo , co n Je a n P aul, su d e sc u b rim ien to d e la su b je tiv id a d a la n eg a
ció n d ei a n tig u o m u n d o de ios se n tid o s p o r el c ristia n ism o , rechazó,
p o r su p arte, la fo rm a p o é tic a aleg ó rica (esp e c ia lm e n te la p erso n ific a
c ió n ), q u e h a b ía sid o el m e d io fu n d a m e n ta ! d e a rtic u la c ió n de ia in te
rio rid a d c ristia n a . ¿H a b ría en to n ces q u e e n te n d e r ei p ro gresivo d e sc u
2 La función del procedim iento alegórico en la obra de Baudelaire lia sido m uy poco
valorada en ¡a investigación sobre Baudelaire, por otra parte tan abundante, según mi in
form ación. C on sid ero insuperable la interpretación de G erh ard Hess en el cap. IV,
«Landschaftén des Ennuí», de su libro D ie Landsckaft in BmtdtLiirei Fleurs d u M aL Hei-
delberg, 1 9 5 3 , pp. 6 1 - 8 6 , Debo a W oífgang Preiscndanz y al Sem inario sobre E. T. A.
Hofifmann y B auddaire en el verano de 1 9 7 8 muchos estímulos.
3 A ltrritat u n d M o d em ita t d er m itttla k erlich m Lilrralur, M iinchcn, 1 9 7 7 , pp. 2 8 -3 4 .
144
b rim ie n to d el m u n d o in terio r, q u e tie n e lu g a r paso a p aso en la aleg o
ría m e d iev al, desde la fo rm ació n d e im ág en es n uevas h asta la c o n fig u
ració n de p aisajes an ím ic o s c o m p leto s, d e u n m o d o extrañ o p ara noso
t r o s , c o m o e l e j e r c i c i o d e u n a p o e s ía d e lo i n v i s i b l e , c a p a z ,
p a ra d ó jic a m e n te , de exp o n er la in te rio rid a d , pero no to d av ía ia su b je ti
v id ad ? ¿Y h ab ría ren o vad o B a u d ela ire de m o d o p ro p io la fo rm a p o ética
c ristia n a p o r e x celen cia, q u e h ab ía su cu m b id o en la e stética d e la v iv en
c ia in m e d ia ta y d e ¡a c o rresp o n d en cia d e lo in te rio r y Ío exterio r, a fin
d e p la n te a r d e nuevo la m e d ia ció n p erfecta d el y o y el m u n d o , y fu n d ar
a sí u n a p o esía m o d ern a cap az d e h acer fren te a los p oderes extrañ o s de
lo in v isib le en la escena d e la civ iliz a ció n c iu d a d a n a y d e la au to co n -
c ie n cia? ¿Q ué sig n ific a en to n ces q u e no h a ya sid o la e stética ro m án tica
c ristia n a (o le g itim a d a com o c ristia n a ) sin o la p o esía b a u d e la ire a n a a n -
tirro m á n tic a la q u e in c lu y ó a la n a tu ra lez a en tera en la c a íd a d e la p ri
m e ra p are ja h u m a n a , asu m ien d o así con secu lar retraso el p o stu lad o de
la a n tig u a tra d ic ió n c ristian a (P ru d e n cio )?4.
El texto c ita d o in ic ia lm e n te , en el q u e se re h a b ilita la a leg o ría, no
sólo co m o «gén ero e sp iritu al)', sin o com o p o rtad o r d e la «aisth esis» de
u n a líric a m o d e rn a, q u e o b tien e su fuerza p ro v o cad o ra d e la d e su b jeti-
v izac ió n d e la in te rio rid a d ro m á n tic a , se e n c u e n tra en el co n tex to de
los escrito s d e B au d elaire sobre los «p araíso s a rtific ia les», es d ecir, sobre
las e x p erien cias con el h ach ís. Sóio o casio n alm en te se h a m an ifestad o
B a u d e la ire acerca d el uso p o ético d e ¡a a leg o ría 5. Pero n i la rareza n i el
c o n tex to de tal m a n ife sta c ió n , d is m in u y e n su im p o r ta n c ia p ara u n a
h is to ria d e la fu n ció n de la aleg o ría en la m o d e rn id a d . P ues los paraísos
a rtificiales d e B au d elaire testim o n ia n , paso a paso , q u e en su d e sc rip
ció n d e los m o do s y fases d e las e x p erien cias de em b ria g u ez , se trata, en
ú ltim o térm in o , d e la f u n d a m e n ta d ó n de las p o sib ilid a d es extrem as de
ün estado «p o ético "6. Esa «e b ried a d u ltra p o é tic a » (p. 4 4 3 ) q u e los m o r
tales co m u n es alcan zan ráp id a m e n te con el a rtific io d el h ach ís, la c o n
sig u en el p o eta y el filósofo m e d ian te el «sueñ o v o lu n ta rio », es decir,
m e d ia n te el «trab a jo » p erm a n en te d e la c o n tem p la ció n (p .4 6 9 ). L a ju s
tifica c ió n d e la a leg o ría p o r B a u d ela ire está pues en co n exió n sig n ific a
tiv a con su co n cep ció n de u n a teo ría so b ren atu ral de la p o esía m o d e r
n a. R ecu rre a la aleg o ría, y a d e g ra d a d a en su tie m p o , esp ec ia lm en te en
* Ver sobre esto: «Gibe es cine christíiche Asthetik?», en: Poetik und Hermeneutik ///
(cap. IV> nota 11, p. 583 s, y nota 1 la).
$ En Lt p o h n c d u haschisch ( !8 5 8 ) , en O evvres (nota 1), p. 4 5 7 ver también Hess
(nota 2), p, 6 9 s*
6 Por ejemplo, O cuvres (nota í) , p, 24 1: "esta im p e rs o n a lid a d , este objetivismo... qu e
no es sino el desarrollo excesivo del espíritu poético».
145
la p in ru ra , com o «la fo rm a d e p oesía m ás o rig in a l y n a tu ra l», p ara co n
v e rtirla en v eh ícu lo de la d e sp erso n alizació n d e la exp resió n p o ética. El
p u n to en el q u e c o in cid en el éxtasis d el h ach ís y la e x p erie n cia d el «en
su eñ o » p o ético , es el esfuerzo d e d e ja r tras d e sí la in d iv id u a lid a d p ro
p ia 7, p ara c o n se g u ir o tro e sta d o , q u e B a u d e la ire e x p lic a c o n c e p tu a l
m en te com o « m u ltip lic a c ió n d e la in d iv id u a lid a d , o, m e tafó ric am e n te,
co m o creació n d e u n a «te rc era p erso n a", d e un «h o m b re su p e rio r», ere".
S i b ien en tales fó rm u las resu en a a ú n eS v o ca b u la rio de la e stética vi-
v e n c ia l ro m á n tic a y d e la teo ría d e la in sp ira c ió n , sin em b arg o y a desde
el p rin c ip io se d ife re n c ia la co n cep ció n d e la poesía m o d ern a d e B au d e
laire en d o s p u n to s: su su jeto líric o y a no m a n ifie sta un m u n d o en ta n
to q u e exp resió n d e u n yo ín tegro y ú n ic o , y lo «so b re n atu ral» q u e es su
p ro d u cto está fuera d e c u a lq u ie r sim b o lism o p la to n iz a n te . Este p lan te
am ie n to an ti r ro m án tico se m a n ifie sta in clu so c u a n d o B au d elaire alaba
a E. I A . H ofFm ann com o e l m o d elo m áx im o d el ro m a n tic ism o aie-
m án .
D escub re en K reisleriana no ta n to la revelación de un o rig in a l p o
seíd o p o r la m ú sica, c u a n to la re alizació n d e u n a «m u ltip lic a c ió n d e la
in d iv id u a lid a d » , p rim ero en el «b aró m e tro p sico ló g ico p ro p io » d el vino
in sp irad o r, d esp u és en la v iv a cid a d d el clu b p o é tic o m u sic a l de K reisler,
y fin a lm e n te en la asp ira c ió n g en eral a «sa lir de m i yo , o b je tiv id a d m á
x im a , fusió n d e m i ser co n la n atu ralez a» (p. 4 0 4 ). P ara B au d elaire , la
e x p erie n cia de H ofFm ann lleva d esd e la su b je tiv id a d ro m á n tic a a un es
tad o d e «m á x im a o b je tiv id a d ». Lo q u e ello p u e d a sig n ific ar, lo m u estra
el m ism o en sayo en u n lu g a r p osterio r, en el q u e "o b je tiv id ad » ap arece,
p rim e ro , co m o estad o «p an te ista» en el q u e, «tras la d e sap arició n de la
p e rso n a lid a d », es p o sib le u n a m er.cla co n otros seres o cosas (p .4 1 8 ), y,
d esp u és, «o b je tiv ism o », ju n to co n «im p e rso n a lid a d », c aracteriza el e je r
c ic io m áx im o q u e p u e d e c o n se g u ir la c o n c ie n c ia p o ética: «esa im p erso
n a lid a d , ese o b jetiv ism o d el q u e he h ab lad o y qu e no es m ás q u e el d e
sarro llo excesivo d e l e sp íritu p o é tic o » (p . 4 2 1 ). El m o v im ien to de la
íththesis líric a corre, p ues, an álo g o al proceso de la e m b ria g u e z d el Ha
ch ís, pero no reco n d u ce a un estad o n atu ral d ad o p re v iam en te n i a un a
n atu ra lez a ro m á n tic a g lo b al; su b lim a m ás b ien la «n a tu ra le z a an tig u a »
en u n a «n a tu ra le z a n ueva» (p. 4 1 8 ). El «so b ren atu ralism o » d e B a u d e la i
re no es un p u e n te e n tre la a p a rie n c ia sen sib le y la v e rd ad so b ren atu ral,
sin o un m o d o d e la p ercep ció n e stética realzad a a rtific ia lm e n te {«no es,
d esp u és d e to d o y pese a la e n e rg ía a c cid e n ta l d e sus sen sacio n es, m ás
7 Ibid., p- 4 0 4 .
* V er Ibid. p. 4 0 1 (subtítulo), p. 4 0 4 (en la descripción de E, T. A- HofFmann),
p. 412 .
146
q u e el m ism o h o m b re a u m e n ta d o », p. 4 3 7 ), y el a rte , en tan to qu e p ro
d u c to su yo , no es la re c o n c iliac ió n con u n a n a tu ra iez a c o n v e rtid a en
e x trañ a, sin o la co rrecció n d e la n atu ralez a c a íd a con A d án y Eva («c o
m o u n en sayo p erm an en te y sucesivo de refo rm a de la n a tu ra le z a »)11.
C o n e llo se trazan las p rem isas de la situ a c ió n a c tu a l, co n las q u e p u ed e
en te n d e rse ad e c u a d am e n te el recurso d e B au d elaire a la form a p oética
aleg ó rica.
147
c ió n de ios actores, si te has la n ia d o a un teatro —la p rim era frase leída si
tus ojos caen sobre un lib ro —, to d o en fin , la universalidad de los seres se
endereza frente a ti c o n una g lo ría nueva, insospechada hasta enronces.
L a gram ática, las m ism a árida gram ática, se convierte en una especie de
brujería evocadora; las palabras resucitan revestidas de carne y hueso, el
sustantivo en su majestad sustancial, el adjetivo, vestido transparente
que lo reviste y colorea cóm o u n a veladura, y el verbo, ángel del m o v i
m ie n to que p one en m archa la frase. L a música, otra lengua querida de
los perezosos o de los espíritus p ro fu n d os que buscan el descanso en la
variedad del trabajo, te habla de ti m ism o y te cuenta el poem a de tu
vida; se in co rp o ra a ti, y tú te fundes c o n ella. E lla habla tu pasión, no
de m anera vaga e in d e fin id a , c o m o en cus veladas indolentes, un tifa de
ópera, sin o de un m o d o circun stan ciad o, positivo, m arcando cada m o v i
m ien to del ritm o u n m o v im ie n to c o n o c id o p o r tu alm a, transform án
dose cada nota en palabra, y en tran d o el poem a entero en tu cerebro
com o un d icc io n a rio d otad o de vida« (pp. 457-459).
148
to , s u je to y o b je to , m a g n e tiz a d o r y s o n á m b u lo » (p . 4 2 3 ) . L a s u p e ra c ió n
de e sta s o p o s ic io n e s c o n s titu y e el p u n t o c e n tra l de s u in te ré s p o r las e x
p e rie n c ia s c o n el h a c h ís ; é sta s p r e lu d ia n a sí la c re a c ió n de u n « n u e v o
A d á n » , a la q u e B a u d e la ire a lu d e al p r in c i p i o c o n u n p e q u e ñ o m it o
e tio ló g ic o , q u e in c lu y e de m o d o ir ó n ic o la e sp e c u la c ió n t r i n i t a r i a : « e x
p lic a rá c ó m o y p o r q u é c ie rta s b e b id a s tie n e n la Fa c u lta d de a u m e n ta r
fu e ra de to d a m e d id a la p e rs o n a lid a d d e l s e r p e n s a n te , y de c re a r, p o r
a s í d e c irlo , u n a te rc e ra p e rs o n a , o p e ra c ió n m ís tic a , e n la q u e el h o m b re
n a t u r a l y el v i n o , el d io s a n im a l y el d io s ve ge tal d e se m p e ñ a n el papel
d e l P a d re y d e l H i j o en la T r i n i d a d , e n g e n d ra n u n E s p í r i t u S a n t o q u e
es e l h o m b re s u p e r io r q u e p ro c e d e de lo s d o s ig u a lm e n te » (p. 4 1 2 ) .
E l n u e v o A d á n , s ó lo p u e d e fo r m a rs e a r tific io s a m e n te , es d e c ir, c o n
tra la n a tu ra le z a , p u e s to q u e s e g ú n la c o n c e p c ió n de B a u d e la ire —c la ra
m e n te in s in u a d a , p e ro n o d e s a rro lla d a e n este lu g a r - n o s ó lo la p rim e ra
p a re ja h u m a n a s in o to d a la n a tu ra le z a está c o rro m p id a p o r el pecado
o r ig in a l. « L a n a tu ra le z a e n te ra p a rtic ip a d e l pecado o r ig in a l» 10. E n ta l
p re m is a de s u e xé ge sis d e l Génesis, 3 se basa e l u l t e r i o r a n t in a t u r a lis m o
de B a u d e la ire , s e g ú n eí c u a l lo n a tu r a l e stá c o r r o m p id o y es m a ío e n s í
m is m o , y s ó lo p u e d e s e r s u p e ra d o p o r lo a r t if ic ia l, c o n lo q u e c o in c id e n
la v i r t u d y la a c tiv id a d a r tís tic a («la v ir t u d . . . e s a r tific ia l, s o b re n a tu r a l» ,
p. 9 0 4 ) . T a n t o s i B a u d e la ire e n c o n tr ó postfestum en Génesis, 3 u n a le g i
t im a c ió n p a ra s u a n tin a tu r a lis m o , c o m o s i fu e a la in v e rs a , s u s e s c rito s
so b re el v in o y el h a c h ís re m ite n la s e d u c c ió n de la e m b ria g u e z a la n e
c e sid a d de lo i n f i n i t o («e i g u s to d e l i n f i n i t o » , p . 4 3 1 ) , n e c e sid a d p r o
fu n d a y n o b le , e x p lic a b le a la l u z de la caída o rig in a l.
P o r e llo es de a d m ira r q u ie n n o se s u s tra e a la te n ta c ió n y es capaz
de s e r lib r e p a ra ta le s e x p e rie n c ia s (p . 4 5 4 ) , p u e s to q u e e n las « o rg ía s de
la im a g in a c ió n » h a y u n s e n tid o p r o f u n d o y d e s c o n o c id o , alg o a s í c o m o
u n « e s ta d o de g ra c ia , al q u e el h o m b re es in v ita d o c o m o a la b e lle za , ta l
c o m o d e b e ría y p o d r ía s e r; u n a e specie de e x c ita c ió n a n g é lic a , u n a lla
m a d a al o rd e n b a jo fo r m a lis o n je r a » (p . 4 3 0 ) . L o s a n á lis is de B a u d e la ire
s o b re las e x p e rie n c ia s c o n d ro g a s p u e d e n le erse c o m o d e s c rip c io n e s de
« u n a p r o c e s ió n de la im a g in a c ió n h u m a n a » q u e e vo c a n la s im á g e n e s
d e l c a m in o de la s a n tid a d , c u ya c u lm in a c ió n e n el c a p ítu lo « E l h o m -
b f e - D io s » se in te rp r e ta e x p re s a m e n te re c u rr ie n d o a Génesis, 3■ C u a n d o
se h a b la d e l e sta d o de fe lic id a d d e l q u e ha lle g a d o a la te rc e ra fa se , y se
d ic e q u e cree q u e n a d ie c o m p re n d e lo q u e s ie n te { « s o n Incapaces de
c o m p re n d e r el in m e n s o a m o r q u e e x p e rim e n ta s p o r e llo s . P e ro n o h a y
149
q u e o d ia rle s p o r e so ; ha y q u e te n e r p ie d a d de e llo s » , p. 4 2 ), se e stá a lu
d ie n d o d e m o d o p ro v o c a d o r a la s e c u la riz a c ió n d e l a m o r d e l H i j o de
D i o s h a d a el h o m b re . P o d r ía n e n c o n tra rs e p a ra le lis m o s e n tre la d e s
c rip c ió n q u e hace de la s e x p e rie n c ia s de lo s s e n tid o s lle v a d a s al p u n t o
m á x im o , q u e n o s ó lo a m p lía n i n f in it a m e n t e ias d im e n s io n e s d e l espa
c io y el t ie m p o , s in o q u e ta m b ié n p r o f u n d iz a n lo s m á s s im p le s g e sto s
de t e r n u r a (p . 4 5 9 s . } , y la s a le g o ría s m e d ie v a le s d e l p a ra ís o , q u e , s in
e m b a rg o , d if íc ilm e n t e p u d o c o n o c e r B a u d e la ir e " . P e ro la d e s c rip c ió n
d e l ú l t i m o é x ta s is e n la e m b ria g u e z d e l h a c h ís es s in d u d a u n a e x p líc ita
p r o fa n a c ió n d e l te x to sa g ra d o . C o m o el q u e se s ie n te a h o ra « h o m b re
ó l o s » n o p u e d e s in o « m a r a v illa rs e de s í m is m o » ( p . 4 6 2 ) , se in v ie r t e la
s itu a c ió n in ic ia l y se re s titu y e al n u e v o A d á n lo q u e p e rd ió ei v ie jo : se
a d m ira in c lu s o de s u a r re p e n tim ie n t o ; o y e , c o m o u n eco d e l Génesis, 3,
22 u n a v o z in t e r io r : Ecce Adarn quasi umis ex nobis, « tie n e s a h o ra el d e
re c h o de c o n s id e ra rte s u p e r io r a to d o s lo s h o m b re s » (p . 4 6 4 ) ; se c o n
v ie r t e e n j u e z de s í m is m o y d ic t a m in a : « s o y el m á s v i r t u o s o de lo s
h o m b re s » ( q u é re c u e rd a lá 'e s c e n a in ic ia l de las Confesiones de R o u s
s e a u ); se sabe el c e n tro y m e ta d e la c re a c ió n : « to d a s esta s cosas h a n s i
d o c readas p a ra m í . . . L a h u m a n id a d h a tra b a ja d o , h a s id o m a rt ir iz a d a e
in m o la d a p o r m í» (p . 4 6 4 ) , y n o se a s u s ta a n te el m á s o sa d o p e n sa
m ie n t o : « m e he c o n v e rtid o e n D i o s » (p . 4 6 5 ) . E i c a p ítu lo s ig u ie n te , t i
t u la d o Moral, d e s c u b re e l s a ta n is m o la te n te e n e l é x ta s is de ! h a c h ís
( « a c o rd é m o n o s de M e l m o t h , ese a d m ira b le e m b le m a » , p. 4 6 6 ) y lla m a
ai le c to r al o rd e n c o n la a y u d a de B a iz a c , el « te ó ric o de la v o lu n t a d » , es
d e c ir, lo lla m a al é x ta s is le g ítim o de Sa e x p e rie n c ia p o é tic a .
L a a le g o ría m is m a , c o m o « fo rm a o r ig in a r ia y m á s n a tu ra l de la poe
sía » , ju e g a u n im p o r t a n t e p a p e l e n la d e s c rip c ió n q u e hace B a u d e la ire
de ia s p e rc e p c io n e s s e n s o ria le s tra n s fo rm a d a s en el e sta d o de e b rie d a d .
In d ic a c ó m o la e x p e rie n c ia e sté tic a de la c o n c ie n c ia e n s o ñ a d o ra pue de
lle g a r a s e r, p o r a s í d e c ir, in m e d ia ta m e n te p o é tic a : « d o n d e el p r im e r o b
je to p u e d e lle g a r a s e r « s ím b o lo h a b la n te » , la cosa m i s in s ig n ific a n t e
p u e d e a b r ir «la p r o f u n d id a d d e la v id a : lo s c o lo re s d e sp lie g a n u n a desa
c o s tu m b ra d a e n e rg ía , p in t u r a s m e d io c re s c o b ra n u n a v id a t e r r ib le , v u l
gares p a p e le s p in ta d o s a d q u ie re n ia p r o f u n d id a d de b r illa n t e s p a n o ra
m a s , n i n f a s p in t a d a s a b re n io s o jo s a la s m á s p r o f u n d a s m ira d a s ,
ilu s t r e s p e rs o n a je s de la a n tig ü e d a d d a n p a so s o le m n e m e n te a la s a c ti
tu d e s m á s fa m ilia re s . D o s s o n las d ife re n c ia s q u e h a y q u e d e sta c a r f r e n
te ai s im b o lis m o ro m á n tic o : ia to ta l d e s je ra rq u iz a c ió n de ia re a lid a d y
150
la tra sc e n d e n c ia ¡ n tra m u n d a n a de la p e rc e p c ió n e sté tic a p o te n c ia d a p o r
la e b rie d a d . N o se h a b la a q u í e n a b s o lu to de n in g u n a o rd e n a c ió n v e r t i
cal de las cosas y lo s á m b ito s v ita le s , o rd e n a c ió n s u p u e s ta p o r el p e n sa
m ie n t o te o s ó fic o ; re c u é rd e n s e las « a n a lo g ía s » de F o u r i e r o las « c o rre s
p o n d e n c ia s » de S w e d e n b o rg , de m a n e ra q u e las cosa s a d q u ie re n u n a
s ig n ific a c ió n m á s p r o f u n d a p re c is a m e n te e n ia a le a to rie d a d c o n la q u e
se p re s e n ta n a n u e s tra m ira d a . Y e sta s ig n ific a c ió n de las cosas, q u e se
a b re e n este m o v im ie n t o h o r iz o n t a l de la aisthesis, p e rte n e c e a la « p r o
fu n d id a d de la v id a » in c e rlo r, e s c o n d id a e n e lla s, y q u e se a bre a h o ra a
n o s o t r o s , s in q u e ha y a n in g ú n re in o tra s c e n d e n ta l de lo b e llo , v e rd a d e
ro y b u e n o , s in o , s e g ú n ia f ó r m u la p o s t e r io r de B a u d e la ire , u n a « p r o
fu n d id a d d e l e sp a c io » q u e se c o n v ie rte e n «a le g o ría de la p r o fu n d id a d
d e l tie m p o » .
N o es c a sua l q u e e n esta n u e v a c o m p re n s ió n « p o é tic a » , c o n se g u id a
e n la e b rie d a d d e l h a c h ís , u tilic e B a u d e la ire el c o n c e p to de a le g o ría e n
lu g a r de s ím b o lo (« la in te lig e n c ia de la a le g o ría a d q u ie re e n t i p r o p o r
c io n e s d e s c o n o c id a s p o r t i m is m o » , p . 4 5 8 ) . P u e s to q u e e n la a c titu d
e s té tic a o c a sio n a d a p o r el h a c h ís , el s ig n ific a d o n o tie n e q u e v e r c o n la
t o ta lid a d , s in o , ra sg o a ra sg o , c o n la s p a r tic u la rid a d e s d is p a re s , a u n q u e ,
y e n eso se a p a rta de la e x p lic a c ió n a le g ó ric a tra d ic io n a l, s in u n a clave
p re v ia . E l l o se c o n fir m a ta m b ié n e n las b r illa n t e s d e s c rip c io n e s de B a u
d e la ire , c u a n d o la «seca g ra m á tic a » se hace p o é tic a , y «la s p a la b ra s re s u
c ita n re v e s tid a s de h u e s o s y c a rn e ». L o q u e n o h a y q u e e n te n d e r de
n in g u n a m a n e ra m e ta fó ric a m e n te . P u e s a la d e riv a c ió n « g ra m a tic a l» de
la p e rs o n ific a c ió n a le g ó ric a , f o r m u la d a to d a v ía de m o d o a b s tra c to en
e sta « te o ría d e l h a c h ís » , se c o rre s p o n d e e n la p ra x is líric a de B a u d e la ire
u n a u t iliz a c ió n e x u b e ra n te de s u s ta n tiv o s c o n m a y ú s c u la . D e b e m o s a
F r i t z N i e s e sta in v e s tig a c ió n '2. E n c o n t r a m o s p o r e je m p lo e n eí te x to de
la s Flores d el m al y de Spleen de París n o m e n o s de m e d io m iH a r de s u s
ta n tiv o s c o n m a y ú s c u la . S u f u n c ió n va e v o lu c io n a n d o , d e sde el s u b ra
y a d o e s t ilís t ic o de p a la b ra s c la ve a isla d a s o re c u rre n te s (e n Flores d el
m al «la M u e r t e » e « I n f ie r n o / C ie lo » , en Poemas en prosa, «el T i e m p o » ) a
u n a s a c ra liz a c ió n , a m e n u d o iró n ic a , de la s cosas en el p la n o c u lt u r a l,
p a ra acaba r en u n a r e m itific a c ió n de c o n c e p to s , c ifra d o s a m e n u d o se
g ú n u n a e m b le m á tic a p e rs o n a l de B a u d e la ire , y q u e d e b ía n s u s c it a r la
e x tra ñ e z a d e l le c to r e n ta n to q u e « p o iite is m o p o é tic o » 1’ . L a p e rs o n ific a
c ió n a le g o riz a n te lo g ra de e ste m o d o p a r t ic u la r u n a in e sp e ra d a re s u
rre c c ió n . S Í , s e g ú n la e x p lic a c ió n de Jac ob B u r c k h a r d t , esta e x tra ñ a ca-
151
ra c tc rís tic a d e l m o d o m e d ie v a l d e pensar, lu c e q u e se in tu y a n c o n c e p
tos a b stra cto s d e la m a n e ra c o m o p e r c ib im o s o b je to s c o n c r e t o s 1*, B a u -
d e la ire c o n s ig u e , fre n te a la e x p re s ió n in m e d ia ta de s e n tim ie n t o s d e l r o
m a n t ic is m o , h a c e r ju s tic ia a ia d e s p re c ia d a p e r s o n ific a c ió n en ta n to q u e
«m aje stad s u sta n cia !» , r e c o b r a n d o p a ra ia lír ic a m o d e r n a u n a n u e v a c a
p a c id a d d e s e n s ib iliz a c ió n de lo a b stra cto : el m o d e lo p o é t ic o de u n a
m o d e r n a « p s k o m a q u ia » q u e en ia e c o n o m ía a n ím ic a h a c e d is c u t ib le la
p r im a c ía d e i yo o de la a u t o c o n c ie n c ia , c o m o p o c o d e s p u é s o c u r r ir ía cu
el p s ic o a n á lis is de F re u d .
T a m b ié n es a le g ó ric a , y ya n o s im b ó lic a , la im a g e n d e l « d ic c io n a
rio» ai fin a l de n u e s tro texto. A h o r a es ¡a m ú s ic a el "le n g u a je p r iv ile g ia
d o d e las cosas», de m a n e ra q u e « n o ta a nota» ( « tra n s fo rm á n d o s e cada
n o ta en p a la b ra » ) el m o v im ie n t o m u s ic a l se tra d u c e a m o v im ie n t o a n í
m ic o («cada m o v im ie n t o d e l r it m o m a rca u n m o v im ie n t o c o n o c id o de
tu alm a», p. 4 5 9 ). A la vista d e este p ro c e s o de tr a d u c c ió n , d e t e r m in a
B a u d e la ir e ei le n g u a je d e la m ú s ic a c o m o u n « d ic c io n a r io d o t a d o d e v i
da», de d o n d e se s ig u e q u e el a c o n t e c im ie n t o m u s ic a l se c o m p le t a en la
ca b e za d e l o y e n te antes q u e «ei p o e m a e n te ro " . E n este e lo g io d e la m ú
sic a le s irv e de p a d r in o el a d m ir a d o s o b re to d o s E . T . A . H o fF m a n n .
P re c is a m e n te en K r e is lc r ia n a , que Se c ita e n lo s p a r a ís o s a r t ific ia le s , se
a p lic a a la m ú s ic a , la «m ás r o m á n t ic a de las a r te s » y el le n g u a je q u e ab re
ei acceso ai « re in o r o m á n t ic o d e l e s p íritu » y al i n f i n i t o d e u n m ás allá
terrestre, la m e tá fo ra d e «un m is te r io s o s á n s c rito de la n a tu ra le z a , ex
p re s a d o e n s o n id o s » 1'. P a ra E . T . A . H o f F m a n n el le n g u a je d e la m ú s ic a
p o se e u n a d o b le re feren cia : h a b ita en el p e c h o m is m o d e l h o m b r e y re
m ite al re in o s e ñ o r ia l d e lo i n f i n i t o q u e se a b re c o n la n e g a c ió n de ia re
a lid a d , q u e está e s c o n d id o en to d a s las m a n ife s ta c io n e s d e la n a t u r a le
za, y s in e m b a r g o se e x p e r im e n t a s in e s t é s ic a m e n r e 1''. E n ta n to q ue
« s á n sc rito de la n atu ra le za» e v id e n c ia la m ú s ic a el sa g ra d o a c o r d e d e t o
d o s los seres, q u e c o n s t it u y e el m is te r io a u t é n t ic o y p r o f u n d o de 1a n a
tu ra le za y la m eta de to d o a n h e lo h u m a n o . E ste « sán scrito » , re p re s e n ta
c ió n s in t é tic a d e la « m ú s ic a m is te rio s a de la n a tu ra le z a " q u e el oyente
p u e d e d e s c ifr a r c o r r e c ta m e n t e c o m o al m ú s ic o la v ista le p r o p o r c io n a
u n « o íd o in t e r io r » 1’ , es p ara B a u d e la ir e la re p r e s e n ta c ió n a n a lític a d e u n
« d ic c io n a r io d e la n a tu ra le za » q u e , p a la b ra p o r p a la b ra o, m ás b ie n , pa-
1 97 5, p p . 33-39 .
I b k L , p. 3 26.
'' Ib id ., p. 3 2 6 .
152
la b ra p o r s o n id o , hace s u r g ir u n ro d o q u e d e b e su p le n it u d s ó lo a ia a c
t iv id a d im a g in a t iv a d e l « u su ario » . L o s lu g a res p a ra le lo s del " d ic c io n a
rio * 's, V, s o b re to d o , !a d e fin ic ió n d e im a g in a c ió n d e B a u d e la ir e («des
c o m p o n e to d a la c r e a c ió n y, c o n los m a te ria le s re c o g id o s v d is p u e s to s
s e g ú n las reglas, c u y o o r ig e n s ó lo está e n la p r o f u n d id a d d e l a lm a , crea
u n m u n d o n u e v o , p r o d u c e la s e n s a c ió n d e lo n u evo » , p. ~ 65) e v id e n
c ia n Cjue B a u d e la ir e ha r e c ib id o de E. T . A . H o f f m a n n la p o é tic a de la
sine stesia, p e ro ha d e s e n c a n ta d o el « s á n sc rito de la n a tu ra le/a c o n v n
r ié n d o lo en m e ro d ic c io n a r io d e la n a tu ra le z a » 1 Su r e h a b ilit a c ió n de l.i
a le g o ría n o tie n e su h o r iz o n t e d e s e n tid o n i en la re p re s e n ta c ió n m e d ie
va l d e l o r d e n in v is ib le y la p re s e n c ia de D io s e n las cosas c ic a d a s p o r el,
n i en la re p r e s e n ta c ió n r o m á n tic a de la a r m o n ía late n te, m a n ife s ta d a
p o r el arte, e n tre lo in t e r io r y lo e x te rio r, d e la a r m o n ía e n tre el e s p íritu
h u m a n o y la n a tu ra le z a o m n ia b a r c a n te . “ L a n a tu ra le z a n o es m ás q u e
u n d ic c io n a r io » (p. 769); esta a fir m a c ió n q u e B a u d e la ir e re cib e «de un
g ra n p in t o r c o n t e m p o r á n e o » , D e la c r o ix , p u e d e m u v b ie n v ale r c o m o el
p u n t o fin a ! de la h is t o r ia d e u n a a le g o ría secular, el tn p o s ác\ « lib ro de la
n a tu ra le za » . E l h o m b r e de la era c ie n t ífic a , q u e ya n o p u e d e e n te n d e rse
c o m o el c e n tr o d e la c r e a c ió n , t a m p o c o p u e d e re c o n o c e r a la n a tu ra le z a
c o m o u n o r d e n p a r a d ig m á t ic o d e l a rre :n. L a fo rm a p o é tic a re s titu id a de
la a le g o ría , lejos d e c e rra r d e n u e v o el a b is m o e n tre h o m b r e y n a tu ra le
za, p r o p o r c io n a a n te to d o , d e m o d o a g u d a m e n te d o lo r o s o , la c o n c ie n
c ia de la a lie n a c ió n d e la n a tu ra le z a h u m a n a y de la n a tu ra le z a c ó s m ic a ,
co sa q u e se a p re c ia e n las re fe re n c ia s in t e r c a m b ia b le s d e las escenas i n
te rio re s y lo s paisajes e x te rio re s en las F lo r e s d e l m a l d e B a u d e la ire .
P u e d e v ale r c o m o e je m p lo de lo d ic h o el g r u p o d e p o e m a s t it u la
dos S p le c n . H a n s id o o b je t o de in te r p r e t a c ió n fre c u e n te y de m o d o e x
c e le n t e ’ ’ , d e m a n e ra q u e s ó lo m e resta d e s ta c a r c o n m ás p r e c is ió n la re
n o v a c ió n , p o r B a u d e la ir e , d e l p r o c e d i m i e n t o a le g ó r ic o y de la m ás
a n tig u a t r a d ic ió n d e la p o e sía a le g ó ric a . B a u d e la ir e re c u rre p r i n c i p a l
m e n te a la a le g o ría c o m o p r o c e d im ie n t o p o é t ic o c u a n t ío p r o fu n d iz a en
153
el te m a r e c ib id o d e l d o l o r c ó s m ic o (« e n m ii» ) en fo r m a d e a n g u s tia c ó s
m ic a , c o m o p u e d e c o m p r o b a r s e en la c o n c r e c ió n d e l n u e v o c o n c e p t o
cla v e «spieen» (q u e S tc fa n G c o r g e tra d u c e p o r « T r ü b s in n » , m e la n c o lía ) .
E n t e n d e m o s p o r esa c o n c r e c ió n la o p o s ic ió n a !a e x p e c ta tiv a r o m á n tic a
q u e lig a al h o m b r e s e n s ib le c o n to d a s las cosas d e la n a tu ra le z a m e d ia n
te u n a secreta a r m o n ía { « co rre sp o n d e n c ia » ), o, d ic h o d e o tra m a n e ra ,
q u e el e s ta d o in t e r n o d e l á n im o e n c u e n t r a s im b ó lic a m e n t e su e x p re
s ió n e n el p a isa je de la n a tu ra le z a e x te rio r. E n la a n g u s tia c o n c r e ta d a en
el «spleen» se c a m b ia , in c lu s o lo q u e e n c ie r r a la p ro m e s a d e u n a c o n s o
n a n c ia a r m ó n ic a , en su o p u e s to » ” . E n el «spleen» ia a n g u s tia ab stracta,
in s o n d a b le , b u s c a u n a p o y o al h acerse c o n o b je to s y m a n ife s ta c io n e s d e
u n m u n d o a je n o y al r e u n id o s en esos «paisajes irre a les d e l h astío » re
c o n o c id o s y s u t ilm e n t e in te r p r e t a d o s p o r G e r h a r d H e ss , en los q u e se
c u m p le el d e s e n c a n to d e la n a tu ra ie z a y d e l m u n d o s e n s ib le d ia r io . C o
m o v e h íc u lo de esta d e s re a liz a c ió n d e l m u n d o f a m ilia r y de ia d e s p e rs o -
n a liz a c ió n d e l s e n t im ie n t o r o m á n t ic o , lo g ra la a le g o ría e n B a u d e la ir e
u n a fu n c ió n e s p e c íf ic a m e n t e m o d e r n a . E s d e c ir, el m is m o p r o c e d i
m ie n t o a le g ó r ic o - l a p e r s o n ific a c ió n d e a fe c to s m e d ia n te u n a m a t e r ia li
z a c ió n d e lo s c o n c e p t o s — c u m p le d ife r e n te s fu n c io n e s p o é tic a s antes y
d e s p u é s d e l u m b r a l e p o c a l d e la p o e s ía d e la s u b je tiv id a d . S i la a ie g o ría ,
en ei c o m ie n z o d e la era d e la lit e r a tu r a c ris tia n a , era el n u e v o m e d io de
re p re s e n ta r el m u n d o in t e r io r d e s c u b ie r t o p o r ia fe c ris tia n a , d e h a c e r
v is ib le s lo s paisajes d e l a lm a , y la lu c h a d e lo s p o d e re s o b je t iv o s en el a l
ma y p o rz 1 a lm a , c o n lo q u e p r o g r e s iv a m e n te el y o en c u a n t o a lm a a is
la d a e n tra b a e n la escen a a le g ó ric a , la a le g o ría a h o ra e n B a u d e la ir e , al
fin a l d e la era r o m á n tic a , s irv e p a ra r o m p e r el a c o r d e e n tre in t e r io r id a d
y m u n d o , y h a c e a p a re ce r lo s p o d e re s d e l in c o n s c ie n t e fre n te al s u je to
a u tó n o m o .
E l te rc e ro d e lo s p o e m a s d e Spleen «Y o s o y c o m o el rey d e u n país
llu v io s o » , e v o ca c o n el t ó p ic o d e l invenís senex o d e l p r ín c ip e tris te que
tie n e q u e m ir a r t o d o c o n m e la n c o lía , el h o r iz o n t e p r e t é r it o d e l «hastío»
d e la t r a d ic ió n . E i p r o c e d im ie n t o a le g ó r ic o tra n s fie re a q u í el y o ¡fr ic o al
d o b le p a p e l s h a k e s p e a ria n o d e l p r ín c ip e y el io c o , c u y a coincidentia op-
posítom m es lle v a d a a h o ra al e x tre m o : e n B a u d e la ir e la m e la n c o lía d e l
fracaso se tru e c a en el v a c ío d e s e n c a n ta d o de la im p o t e n c ia c r e a d o r a 11'.
C u a n d o e n o tro s p o e m a s la c o n v e n c ió n d e l p a p e l lír ic o es so b re p a sa d a ,
y se a b a n d o n a así ei y o l ír ic o re fle x iv o , e n Spleen se a b re la m ir a d a a lo s
154
a b is m o s d e ¡a a n g u s tia y e n tra n e n a c c ió n lo s p r o c e d im ie n t o s a le g ó r i
cos. E l p r im e r p o e m a de S p lem d ic e así:
E l p o e m a c o m ie n z a h a c ie n d o u s o d e la p e r s o n if ic a c ió n c lá sica ;
s in e m b a r g o « p lu v io s o » , t o m a d o d e l c a le n d a r io r e v o lu c io n a r io , t o
m a , e n el c a m p o d e im á g e n e s d e u r n a y o le a d a s , rasg os d e m o n ía c o s ,
a m e n a z a d o r e s p a ra lo s m u e r t o s e n el c e m e n t e r io y p a ra lo s v iv o s en
lo s a rra b a le s , q u e se m a t e r ia liz a n e n el e s p e c t á c u lo e n s o m b r e c id o d e
la e s c e n a e x te rio r. A l ig u a l q u e en la e s c e n a e x te rio r, e n la q u e l o i n
q u ie t a n t e a fe c ta a lo m ás f a m ilia r —el p a is a je c iu d a d a n o d e l l u v i a y
n i e b l a - , t a m b ié n e n la e s c e n a in t e r i o r está s ie m p r e p re s e n te el m u n
d o re a l d e las cosas, :s i b ie n el e s p e c t á c u lo in t e r n o se h a c e c a d a vez
m á s in q u ie t a n t e y el s u je t o l í r i c o se c o n c r e t a e n u n fa n ta s m a : «el a l
m a d e u n v ie j o p o e ta erra e n lo s c a n a lo n e s / c o n la v o z t e m b lo r o s a
y tr is te d e u n fa n ta s m a » . L a r e fe r e n c ia a le g ó r ic a s u p u e s ta , p e r o n o
e x p re s a d a , re a liz a el c a m b io a lo in q u ie t a n t e : e! g o te o d e la l lu v ia e n
el te ja d o a lu d e a la v o z d e l fa n ta s m a t e m b lo r o s o , a le g ó r ic a m e n te : el
p o e t a m is m o .
Lo m is m o o c u r r e c o n Ias d e m á s t r a n s f o r m a c io n e s d e l in t e r io r ,
q u e tres veces a d o p t a n la c o n f ig u r a c ió n d e u n a p a re ja (s e g ú n la te o ría
d e F r e u d , la r e p e t ic ió n d e lo s e m e ja n te p r o v o c a in q u ie t u d ) : p r im e r o
el g a to fla c o y s a rn o s o (a le g ó ric a m e n t e : la a m a d a ) y la v o z d e l p o e ta
fa n ta s m a q u e g o te a en lo s te ja d o s, lu e g o el d ú o d e l m a d e r o c a r b o n i
z a d o y el t i c ta c e n r o n q u e c i d o d e l r e lo j (<<y el m a d e r o h u m e a n t e
a c o m p a ñ a e n fa ls e te al p é n d u lo a c a ta rra d o » ) , y, fin a lm e n t e , la p a re ja
g ro te s c a d e l ju e g o d e cartas, el v a le t d e c o r a z o n e s y ia d a m a de picas.
A h o r a , c o n esta p e r s o n if ic a c ió n e x p líc it a se d a p a so a lo irre aí: fas c a r
tas, c o n v e r t id a s d e m o d o im p r e v is t o e n seres v iv o s , c re c e n d e s d e el es
tra to in f e r io r d e l m a ra s m o d ia r io (« ju e g o r e p le to d e s u c io s p e rfu m e s» ,
etc,) al ra n g o de los seres a le g ó r ic o s . E sta in t e r fe r e n c ia e n t re lo b a jo y
lo a lto , e n tre ia s u c ia r e a lid a d y el s ig n if ic a d o e s p ir it u a liz a d o cae en la
c o n t r a d i c c i ó n e n tre la s u b lim id a d d e l s u je to y el to n o , p o r u n .i p a rte ,
y la in d i g n i d a d d e lo s o b je t o s p o r o tra , q u e , s e g ú n E r ic b A u erba ch
c o n s t it u y e la s it u a c ió n s in g u la r d e las F lo r e s d e l m a l en la t r a d ic ió n
p o é t ic a d e lo s u b lim e . Y e n las fig u r a s q u e ríe n g ro te s c a m e n te , la fia-
reja d e las ca rta s y la v ie ja h id r ó p ic a (a le g ó ric a m e n t e : la a d iv in a ) , a p a
rece u n a s ig n if ic a c ió n e s c o n d id a : m ie n tr a s el v a le t d e c o r a z o n e s y la
d a m a d e p ic a s h a b la n fa n t a s m a g ó r ic a m e n t e ( « s in ie s tra m e n te » ) d e sus
« am o re s m u e rto s » , p e r s o n if ic a n las a n g u s tia s y d eseo s q u e d e s p la z a n a
la p r im e r a p areja. L o in q u ie t a n t e e n S p / ir n m u e s tra su o r ig e n - p a r a
d e c ir lo c o n F r e u d - en la s u p r e s ió n d e lo f a m i l i a r ’ 1 y la a le g o ría se re
v e la c o m o el p r o c e d im ie n t o q u e re a liz a el p ro c e s o e n el q u e , fr e n te al
d e s a r r o llo d e la re a lid a d e x te rn a , se c u m p le en la escen a i ru e rn a el re
g re so de lo r e p r im id o .
L a a le g o ría c o m o v e h íc u lo d e t r a n s fo r m a c ió n ( " c o n m u t a c ió n » en
la m o d e r n a te r m in o lo g ía ) , d e i c a m b io m u t u o d e la re a lid a d e x te rn a y la
in te rn a , q u e, d e m o d o ran im p r e v is to c o m o in v o lu n t a r io , o c u r r e e n el
y o l ír ic o d e B a u d e la ir e , m e p are ce q u e a c la ra la d ife r e n c ia e s e n c ia l en tre
eí u s o m o d e r n o v el m e d ie v a l de la a le g o ría . E n la p o e s ía a le g ó ric a m e
d ie v a l, lo e x te rn o y lo in te r n o , la re a lid a d s e n s ib le y la e s p ir itu a l p e r m a
n e c e n c o m o d o m in io s s u b s is te n te s , e s tr ic ta m e n t e se p a ra d o s, c o n fre
c u e n c ia m e d ia n te el u m b r a l d e l s u e ñ o . L a tesis d e C . S. L c w is , s e g ú n la
c u a l el p o e ta m e d ie v a l tie n e q u e in c u r r ir e n ,el d is c u r s o a le g ó r ic o s ie m
p re q u e se c o m p o r t a « p s ic o ló g ic a m e n te » , es d e c ir, c u a n d o se d ir ig e al
m u n d o in t e r n o de los a fe c to s 3’ , tie n e su c o r r e la t o en el p la n o e s tilís tic o ,
de m a n e ra q u e la a c c ió n tie n e q u e t r a n s c u r r ir en la e s c e n a e x te rio r,
m ie n tra s q u e e n la escen a in t e r io r se d e s a rro lla el m o n ó lo g o d ia lo g a d o
d e l a lm a c o n las vo ce s d e lo s p o de re s, s u p ra p e rs o n a le s ( A m o r , R a z ó n ,
etc.). C ie r t a m e n t e , este m o n ó lo g o im t a a n ír n ic o n o p u e d e te n e r o tro
f in q u e m a n ife s ta r el s ig n ific a d o m ás e le v a d o de la a c c ió n e x te rio r. Sin
e m b a r g o , tal a le g o re sis s u p o n e la s e p a r a c ió n , y la j e r a r q u iz a c ió n , d e l
m u n d o real y el e s p iritu a l, d e la e v id e n c ia s e n s ib le y la s u p ra se n s ib le ,.,
en ta n to q u e la aieg o re sis im p líc it a en los p o e m a s de S p lccn ro m p e ia
s e p a ra c ió n d e lo in t e r n o y lo e x te rn o y la je r a r q u iz a c ió n d e u n a a p a
rie n c ia s e n s ib le y u n a m ás a lta v e rd a d e s p ifit u a l. L a fa m o sa d ir im a es
tro fa d e l c u a r to p o e m a d e S p lee n d ic e así:
Dds U nhciiníai't'. e n , v. I V , p , 2 6 8 s.
E n j n u s s ( n o c a 35, p. 3 4 .
156
't larpns coches fúnebres. sin lam bnres ni música,
desfilan lentam ente en m i alma; ia esperanza,
vencida, llora; la angustia. atroz, despótica,
en m i cráneo in d in a d o planta bandera negra.
H e s * (nota 2 } . p. / 9
n o p u e d e s e r e n te n d id o c o m o n a tu ra le z a , c o m o la h a r m o n ía o m n ia b a r-
cance d e l r o m a n tic is m o , a lu m b ra la p e rc e p c ió n e sté tic a las n u e v a s caras
de u n a n a tu ra le z a a je na al s e n t id o . E l « s p le e n » , c o n s u m o n o t o n ía a n
g u s tia d a y s u n u e v a d e m o n o lo g fa , a d q u ie re , a p a r t i r de esta p é rd id a del
m u n d o , s u p r o f u n d id a d p r o p ia , m ie n t r a s q u e la a isth esis p o é tic a pu e d e
m a n te n e r la deseada p a rtic ip a c ió n d e l m u n d o y el e n c u e n tr o c o n u n
« t ú » a ú n e fím e ro , c o m o « s o u v e n ir in v o lo n t a ir e » o c o m o im a g e n d e l de-
se o I?. L a p re c a rie d a d de e sta p o é tic a d e l re c u e rd o de B a u d e la ire q u e d a
c o n firm a d a e n el s e g u n d o p o e m a de S p lee n t it u la d o : « T e n g o m á s re
c u e rd o s q u e s i tu v ie ra m i l a ñ o s » . D e a h í h a sacado W a f t e r B e n ja m in su
te o ría de la m e m o r ia c o m o f ig u r a clave de la a le g o ría ta rd ía : « L a m e
m o ria es e l e sq u e m a de la tr a n s fo r m a c ió n de la m e rc a n c ía e n o b je to de
c o le c c ió n . L a s c o rre s p o n d e n c ia s s o n lo s a c o rd e s in fin it a m e n t e v a ria d o s
q u e , s e g ú n el o b je to , cada re c u e rd o tie n e c o n lo s o t r o s » 38. E l p o e m a
m u e s tra e sta tra n s fo rm a c ió n en el p a n o ra m a c a ó tic o de u n a a lie n a c ió n
e x tre m a . L a p r o fu n d id a d te m p o ra l im a g in a ria de lo s « m i l a ñ o s » en el
p re á m b u lo , se tru e c a e n lo s e m b le m a s e spaciales d e l a r m a rio , ia p ir á m i
de , la tu m b a , el c e m e n te rio y el to c a d o r, q u e , to d o s e llo s , c o m o m a n te
n e d o re s de la s cosas de u n t ie m p o m u e r t o , d e s fig u ra n la v id a pasada a
la q u e se re m ite n .
E l « re c u e rd o » c o m o f ig u r a m o d e rn a de re tira d a de lo a le g ó ric o n o
s ig n ific a a q u í s in o el r e t r a im ie n t o , a je n o al s e n t id o , de u n a s e rie c a ó tic a
de «a le g o ría s de la c o n g e la c ió n » ” . E l re c u e rd o n o es de n in g u n a m a n e ra
(c o m o d ic e la f o r m u la c ió n de B e n ja m in ) e q u iv a le n te a la s « c o rr e s p o n
d e n c ia » q u e en las F lo r e s d e l m a l ta n ra ra m e n te ilu m i n a n lo s «p a isa je s
d e l é x ta s is » 30, p o rq u e d e p e n d e n de la s v iv e n c ia s de c h o q u e n o in v e s tig a -
b le s d e la «b e lle z a fu g itiv a » o d e i r e t o m o in v o l u n t a r i o de ¡a v id a v iv id a
( lo q u e B e n j a m in lla m ó « d a to s d e l re c u e rd o » , el « re c u e rd o in v o lu n t a
r io » de P r o u s t io p ro y e c tó re tro s p e c tiv a m e n te s o b re B a u d e la ire ). E n e!
s e g u n d o p o e m a de S p lee n cae el y o lír ic o m is m o en u n p ro c e so i n e x t r i
cable de c o s ific a c ió n . L a escena e x t e r io r real de u n i n t e r i o r : « u n g ra n
m u e b le de c a jo n e s » ..., se tr a n s f o r m a en la escena i n t e r i o r : «e sc o n d e m e
n o s se c re to s q u e m i t r i s t e c e re b ro » , de d o n d e , en u n a u d a z p ro c e d i
m ie n to de id e n tific a c ió n a le g ó ric a : «y o s o y u n c e m e n te rio a b o rre c id o
de la lu n a ... s o y u n v ie jo b o u d o ir» ( fig u r a a le g ó ric a de la q u e n o c o n o z
co p re c e d e n te a lg u n o m e d ie v a l), e! s u je to lír ic o m is m o se p o n e c o m o
17 Ver sobre esro, Hess (nota 2) y Jnuss (nota 1 1)Tp. 3 53 s. I-i interpreta ción que si
g u e la he d es ar ro llada en «Splee n II», Á stherische E rfa hm n g... (noca 11), parte III, D.
Zcntralpark* e n S cbríjífn, Frankfurt, 1 9 3 5 , v. I, p. 492.
^ Hess (ñora 2), p. Í>1.
w Ibid., p. 107 s.
158
a le g o ría d e l pasad o c o n g e la d o y de u n a in d ife r e n c ia i n f i n i t a . G e rh a d
H e s s ha in te rp r e ta d o c o m o sigue ia ú lt im a fase de la caída: « E n t o n c e s
el y o se o p o n e a s í m is m o c o m o s u a p a rie n c ia c o rp ó re a ; p e ro s ó lo i r ó n i
c a m e n te p u e d e c o n s id e r a rlo c o m o ‘m a te ria v iv ie n te ’ . C o m o b lo q u e de
g r a n ito en el d e s ie rto , c o m o e s fin g e o lv id a d a , ha p e rd id o in c lu s o el d o n
de la sa lv a c ió n . L a m o n o to n ía se h a c o n g e la d o »51. A lo q u e c re o q u e se
p u e d e a ñ a d ir q u e e n la im a g e n ú lt im a se lle v a n h a sta el f in a l d o s m it o s
s e c u la re s , la E s f in g e y M n e m o n . L a e s fin g e , g u a rd ia n a de la v e rd a d
o c u lta , se h a c o n v e rtid o en « re c u e rd o p a ra n a d ie » , e n a le g o ría del o ív i-
d o . N o c a n ta c o m o la e s ta tu a de M n e m o n de Te b a s al s a lir el s o l, s in o a
s u p u e s ta , de m a n e ra q u e se hace a le g o ría de « la B e lle z a » y re a liza s u
e p íte to c o m o e xp re sa b a u n p o e m a a n t e r io r de B a u d e la ire : « y o re in o en
el a z u l c o m o u n a e s fin g e in c o m p r e n d id a » 12. S i , se g ú n la f ó r m u la i n o lv i
d a b le de W a h e r B e n j a m in , «la m ira d a d e l a le g o ris ta q u e a b o rd a la c iu
dad es la m ira d a d e l a lie n a d o » 1', m ie n tr a s q u e la m ira d a d e l a le g o ris ta
m e d ie v a l busc a b a y e n c o n tra b a tra s las a p a rie n c ia s d e l m u n d o la p a tria
de lo im p e re c e d e ro , el p o e ta m o d e rn o es re c o m p e n sa d o c o n la p o e sía
p o r la p é rd id a de la p a tria tra sc e n d e n te : e n la c o m p o s ic ió n de u n p o e
m a q u e p re s c rib e s u p r o p io p ro c e so aparece al f in a l lo p ro d u c id o c o m o
«p o e sía de la p o e s ía », q u e e n c u e n tra e n s í m is m a s u o rig e n y a sí ta m
b ié n p u e d e m a n te n e rs e para s í m is m a '4.
?! íb id ., p. 81.
L a h c n u fé . O e u v r f í (ñora 1). p. 94.
33 Illumimnionfn, Fra nkíurr , 196 1, p. I f)4 .
34 Pau l d e M a n ha c rit ica do esta inte rp re ta ci ón en: ¡o x r n r d a n A e s th ctic n f R ecep -
tioru M i n n e s o t a Press, 198 2, p. 2 0 s,, a lo q u e yo he re plicad o en: R e a d in g d e M¡iti
R eading. M i n n e s o t a Press, 1989* p. 2 0 2 s.
159
H uella y aura: O bservaciones
sobre la Obra de los Pasajes
de W alter B enjam ín*
161
d ic c io n e s o b s e rv a b le s e n la s te s is de B e n j a m in , q u e e x ig iría n c o n t in u a r
la s p ro p u e s ta s in t e r r u m p id a s .
L a m a n ife s ta c ió n de la h u e lla está lig a d a e s p e c ia lm e n te al fldneur,
q u e B e n j a m in h a c a ra c te riz a d o p re c is a m e n te c o m o u n a fig u ra epocal
d e í s ig lo XIX. S i el p a se a n te , s u p re d e c e so r de ! XVIII, h a b ía d e s c u b ie rto la
n a tu ra le z a lib r e c o m o u n p a isa je e s té tic o , el flAnettr d e sc u b re a h o ra s u
m u n d o c o n tra p u e s to y a lie n a d o : « la c iu d a d se le e n fr e n ta c o m o s u p o so
d ia lé c tic o . S e le abre c o m o p a isa je , lo ro d e a c o m o u n a h a b ita c ió n » ( M
1 , 4 ) . L a m u c h e d u m b re de la g ra n c iu d a d es el e le m e n to v it a l d e l flA-
neur. E s al m is m o tie m p o la b e r in t o y a s ilo , e l ix ir e m b ria g a d o r y cam po
in c o m p a ra b le de o b s e rv a c ió n , e n el q u e se e je rc ita s u m ira d a fis io g n ó -
m ic a ( « a d iv in a r la p r o f e s ió n , ei o rig e n , el c a rá c te r de lo s r o s t r o s » ) , y se
p e rc ib e n la s h u e lla s q u e de ja lo se c re to en la v id a p ú b lic a , p re lu d ia n d o
a s í la f ig u r a d e l d e te c tiv e ( M 3 3 9 , 2 ) . S e tra ta d e la e x p e rie n c ia m o d e rn a
de lo a n ó n im o , ya in ic ia d a d e sde 1 7 8 9 , q u e crece e n las m a sa s de ja
g ra n c iu d a d y se e n c a rn a e n la fig u r a d e l JU n eu ry s u c o n t ra fig u ra lit e
ra ria d e l d e te c tiv e de n o v e la s p o lic ía c a s. S u c o n te n id o so c ia l o r ig in a r io
es «la d e s a p a ric ió n de las h u e lla s d e l in d iv id u o en la m u c h e d u m b re c iu
d a d a n a » ( I . 2 , 5 4 6 ) . N o s ó lo e n c o n tra m o s e sta p e rs p e c tiv a h is t ó r ic o - Ii-
te ra riá en B e n ja m in , s in o ta m b ié n , e n la m is m a época, e n R o g e r C a i-
l l o i s , q u ie n , e n s u a r t íc u lo in n o v a d o r Parts, m ythe m oderne (1 9 3 7 ),
in t e rp r e ta , h is tó r ic a y s o c ia lm e n re la d is o lu c ió n de la n o v e la ro m á n tic a
de a v e n tu ra s e n la m o d e rn a n o v e la p o lic ía c a , lla m a n d o la a te n c ió n s o
b re el m o d e lo de é x ito de Xos.Mohtcans de París y la tra d u c c ió n de la se
r ie n o ve le sc a de lo s p ie le s ro ja s de C o o p e r a la «sa b a n a de la g ra n c iu
d a d » . L a re c e p c ió n de P o e lle v a d a a cabo p o r B a u d e la ire , q u e B e n ja m in
v a lo ra a m p lia m e n te ( W A 1 , 2 , 5 4 4 s .) , s u p o n e la re c e p c ió n de C o o p e r
p o r B a k a c , S . D u m a s , E . S u e y o t r o s a u to re s de la n o v e la n e g ra , e n la
q u e se c o n s titu y e la to p o g ra fía m ito ló g ic a de P a r ís , «la B a b ilo n ia m o
d e rn a » e n t o r n o a 3 8 4 0 : «a la c iu d a d in t e r m in a b le se o p o n e el h é ro e le
g e n d a rio d e s tin a d o a c o n q u is ta rla » 2.
E l e sq u e m a de C a illo is c o in c id e c o n el p ro y e c to de B e n j a m in e n s u
Obra de las Pasajes: d is e ñ a r u n a « p r o t o h is t o r ia d e í s ig lo XÍX», e n te n d id a
c o m o a rq u e o lo g ía m ític a de la m o d e rn id a d 3. P e ro , a d ife re n c ia de B e n -
162
ja m in , v io C a illo is la g é n e s is d e l n u e v o m it o de la c iu d a d e n la a c tiv i
d as la s h u e lla s d e l i n d iv id u o , es e l m á s n u e v o a s ilo d e l p r o s c r it o . E s , f i
n a lm e n te , e n e! la b e r in to de la c iu d a d , e l la b e rin to m á s n u e v o e in a c a
bab le- M e d ia n te e lla se a so c ia n a la im a g e n de la c iu d a d m o v im ie n t o s
c ró n ic o s h a sta a h o ra d e s c o n o c id o s » ( M 1 6 , 3 ) . S i n e m b a rg o , la d e m o s
t r a c ió n d e ! o b je t iv o id e o ló g ic o , s e g ú n el c u a l u n a n u e v a y a p a re n te
a u ra , la « d e l a lm a de ¡as m e rc a n c ía s» ( W A 1 .2 , 5 5 9 ) se ha a p o d e ra d o
del flA n ru r, es alg o q u e h iz o caer a B e n j a m ín , en el d e s a rro llo d e l c a p í
t u l o s o b re el flán eu r ( W A 1 . 2 , 5 3 7 s .) , e n c o n tra d ic c io n e s e v id e n te s.
C o m o el flAneur apenas está tra ta d o e n la s FUurs du M al ( h a b ría m á s
b ie n q u e e n c o n tr a r s u s claves e n Spleen de París, m á s c e rc a n o a ia f i s i o
lo g ía ), tie n e q u e a p o y a rse s o b re to d o B e n j a m ín e n el e nsa yo s o b re G u y ,
el c u a l, s in e m b a rg o , c o n s u c a p ítu lo «e l h o m b re de la m u l t it u d » , n o
e nc aja e n la p e rs p e c tiv a de la c rític a id e o ló g ic a . E n g e ls se exp resa b a a sí:
« L a in d ife r e n c ia b r u ta !, el a is la m ie n to in s e n s ib le d e l in d iv id u o e n s u s
in te re s e s p riv a d o s , aparece ta n to m á s o d io s o e h ir ie n t e , c u a n to m e n o r
es el e sp a c io e n q u e se m u e v e el i n d iv id u o » ( c it. W A 1, 2 , 5 6 0 ). S in
e m b a rg o ei ju ic io de E n g e ls s o b re el d e a m b u la r e n la s c a lle s de L o n d r e s
e stá e n c la ra c o n tr a d ic c ió n c o n la in t e r p r e t a c ió n de B a u d e la ire d e l
« h o m b r e de la m u l t it u d » . C u a n d o e n ese te x to se p o n e de re lie v e e n la
f ig u r a d e G u y la a c titu d d e l « o b s e rv a d o r a p a sio n a d o » y se le e n sa lza c o
m o «un yo in s a c ia b le d e l no-yo », q u ie n «a cada in s ta n te lo e x p re sa en
im á g e n e s m á s v iv a s q u e la v id a m is m a , s ie m p re in e s ta b le y fu g it iv a »
( E d . P l- , p . 8 8 2 ) , n o se tra ta de u n m e ro s ín to m a , s in o de la re sp u e sta
de B a u d e la ire a la a lie n a c ió n de la v id a de la g ra n c iu d a d .
163
La afirmación de Benjamín, de que el flAncur rompe así el aisla
miento insensible del individuo en la multitud «sólo aparentemente»,
es decir, en la falsa conciencia de su compenetración embriagadora con
el alma de las mercancías, hay que basarla sólo en una sustitución ale-
gótica del prójimo por la mercancía (WA 1, 2, 561). Está además en
contradicción con la afirmación posterior de que Baudelaire, a diferen
cia de Hugo, debe haber guardado ei umbral «que separa al individuó
de la masa» (WA 1, 2, 569). ¿Puede sostenerse con seriedad que Baudc-
laire «no vio la apariencia social depositada en la multitud» (WA 1, 2,
569)? ¿Y que, como m is tarde se dice en Sobre algunos temas en BauAe-
laire, «no le podemos seguir» cuando «¡guala el ‘hombre de la m ultitud’
con el tipo dc flAncur» (WA 1, 2, 627)? Lo que distingue al flAneur de
Baudelaire del simple mirón no es sólo que «como hombre de la multi
tud» permanece a soberana distancia de la muchedumbre de la gran
ciudad («el observador es un príncipe que goza siempre de su inocen
cia», Ed. Pi-, 881), sino que también, como «amante de la vida univer
sal» se sumerge en ella «como en un inmenso depósito de electricidad»,
y al mismo tiempo es consciente del proceso («se le puede también
comparar con un espejo tan inmenso como la multitud, con un calei
doscopio dorado de conciencia, etc.»). A! menos en una ocasión Benja
mín acepta que quizás el fláneur puede ver en la multitud la apariencia
social. «La ociosidad del fláneur es una demostración contra la división
del trabajo» (M 5, 8). Es una hipótesis que habría podido confirmarla
abundantemente con el testimonio histórico deí cuadro fisiológico «Le
fláneur á Paris» en París ou le Livre des cent-ei-un (1831-35). Ahí, e\ flá
neur át\ siglo X I X ha ensalzado, como «la más alta expresión de la civili
zación moderna», satisfacer esa primera necesidad de su tiempo que en
los tiempos anteriores cumplían los poetas o filósofos, pero que ya no
pueden cumplir en la sociedad actual. Ahí, donde todos, en el seno de
ía masa, se preocupan de su ganancia sin reparar apenas en que tienen
un vecino o un competidor, puede únicamente el flAneur, frente a «los
efectos de la división del trabajo», permanecer «dueño de su tiempo y
de sí mismo», llevar una existencia no dividida y constituir, no obstan
te, el verdadero centro de la masa: «todo le; interesa, todo es para él un
texto de observación...¡cuántas cosas os ensíñá! ¡bajo qué aspecto ines
perado se ofrece a vuestros ojos, con tal demostración, el panorama
móvil que os rodea! Cada paseante tiene su nombre, cada nombre su
anécdota 5».
164
Es extraño que Benjamin apenas esté dispuesto a atribuir a la lite-
ratura de las «fisiologías» significación alguna para la protosociología
del siglo XIX: «son ingenuos, de una total bonhomía»... «se colocan, p o r
así decir, las anteojeras del limitado animal ciudadano», del que Marx
dijo una vez que «la primero era, en realidad, dar de las gentes una
imagen amable» (WA 1, 2, 537-541). A esto habría que contraponer
hoy que Balzac utilizó para la H istoria d e costum bres de su C » m e d ia h u
m a n a —como ha mostrada Karlheinz Stierle—la tradición de los C u a
dros de París , en tanto que incomparable repertorio de la experiencia
diaria, convirtiendo en mitos de la vida diaria lo que ahí se revela como
¡a fisionomía moral cambiante de la gran ciudad6. A eso se añade que
Baudelaire, en su Spleen d e París , el ciclo de poemas en prosa que am
plía los límites poéticos de las Fleurs d u M a l (como por ejemplo en Les
Y eux des Pauvres , que denuncia la indiferencia social de ¡os amantes),
capta y desarrolla formas de fisiología moralista7. Una pieza como Les
Fotdes (XII) muestra que el poeta, en tanto que fl& n e u r que busca su úl
timo asilo en la multitud, puede ver la gran ciudad con «la mirada del
extraño» (WA v. 1, 54), y al mismo tiempo toma en la masa su «báño
de multitud»: «multitud, soledad, términos iguales y convertibles por el
poeta activo y fecundo» (Ed. P!., 287). En todo caso, se han caído aquí
«las anteojeras del limitado animal ciudadano», y el flA n e u r ya no ha de
ser desacreditado como «virtuoso de la intuición del valor de cambio»
(M 17 a, 2). Cuando ya Marx, al traer a juicio los M isterios d e París , vio
la tarea «de sacar de !a masa amorfa a la que buscaba adular un socialis
mo estético, el hierro de! proletariado» (WA 1.2, 619), ¡no tuvo que
superar antes el miedo y el horror a la muchedumbre de la gran ciudad
(WA 1.2, 629) y buscar esa «comunión universal» (Ed. Pl., 288) que
postuló Baudelaire con su equiparación del flA n e u r, ei poeta y el hom
bre de la multitud?
II
165
t o t a lid a d , y m e d ia n te la c u a l jas arres, e n las nuevas fig u ra s d e l a r t e ¡ti
daly de! a r te in d u str ia l in te n ta r o n d e n u e v o h acerse c o n ia re a lid a d : la
e x p e rie n c ia d is m in u id a e n u n m u n d o de la v id a d e s n a tu ra liz a d o . A e llo
se o p o n d r ía , c o m o « m a n ife s ta c ió n d e u n a lejan ía», el aura d e l arte a u
t ó n o m o , c u y o d e s tin o e n la é p o c a d e l c a p it a lis m o t r iu n fa n t e (su p e r d i
166
jn m in , en u n n u e v o paso, a s u s t it u ir el s u s tra to d e c u lt o , cíe que* carecía
la p o e sía , p o r u n s u s tra to s u b je tiv o en la estética d e la p r o d u c c ió n . í.a
« u n ic id a d d e l a u to r» p r o p o r c io n a ia a u t e n t ic id a d de su a c c ió n , y «con
ia s e c u la r iz a c ió n de! arte a p a re ce la a u t e n t ic id a d en el lu g a r d e l v a lo r de
c u lto » ( W A 1. 2. 4 8 1 ). B e n ja m ín ha p re s u p u e s to tá c ita m e n te , p e ro n o
!t> I a h i s t o r i a d e los c o n c e p t o s m u e s t r a q u e ía c u e s ti ó n d e b s i n c e r i d a d s ó lo se en r i h u
y ó a u n a p e rd o n a a p a r t i r d e M o n t a i g n e y S h a k e s p e a r e , y q u e I t u l tn ti e in v ir
tió en n o r m a es tá ti c a en ci sig lo XVfJL.a p a r t i r d e h p r e t e n s i ó n d e R o u s s e a u d e a f i r m a r su
p i o p i a d e s c r i p c i ó n . i n c l u s o e.fi los er rores y , e n g a ñ o s . I aj p r o u ln u 7 n ln f ó r
m u l a d e D i h h e y : « v i v e n c ia v poesía-*. V e r . del a u t o r . A sth etisi'h e hrfahru> i% u n A h t r m r i t c h r
H crm t'n t'u tik . F r an fíf u rr . I 9 ~ 7 . pp. 2 4 0 , >S4.
16 7
c e s itó im á g e n e s p a ra su d e v o c ió n , « p e ro n o im á g e n e s b e lla s , q u e in c lu s o
p o d ía n ser u n o b s tá c u lo » . L o b e llo , a u n q u e se p e rc ib e e n p r im e r lu g a r
e n la im a g e n de c u lt o , es a lg o q u e su rg e p re c is a m e n te de la n e g a c ió n de
su v a lo r d e c u lt o , a saber, en la re c e p c ió n de u n c o n t e m p la d o r q u e ya
n o se p resta al r itu a l d e la d e v o c ió n . Y c u a n d o u n c o n t e m p la d o r m o
d e r n o s ie n te d e n u e v o la b e lla a p a r ie n c ia de la o b ra c lá s ic a de arte c o
m o u n v a lo r d e c u lt o , o c u r r e q u e la a c r it u d c o r r e s p o n d ie n t e a u n a c o n
t e m p la c ió n q u e se o lv id a d e sí m is m a , c o n s t it u y e u n a s a c r , ilin a c ió n
s e c u n d a r ia d e l aura d e a u t e n t ic id a d q u e el g e n io o r ig in a l d e l id e a lis m o
a le m á n h a b ía p r e t e n d id o c re a r p r im a r ia m e n t e c o m o in d i v i d u o a u tó n o
m o. E l c u lt o d e lo in d i v i d u a l se c o n s t it u y ó c o m o u n a c to d e p r o v o c a
c ió n e n lu g a r d e i c u lt o re lig io s o ; y si se h a b ía de « s e c u la riz a c ió n p r o v o
c a d o ra » , e ilo s ig n ific a s o la m e n te q u e el a u ra de la o b r a au tó tio in a.n .g . es
a lg o p r e s ta d o , s in o m ás b ie n a lg o p r o d u c i d o ■}'..l e g i t i m a d o .c a r a o .el.
m u n d o p r o p io d e l p o e ta q u e se cree p r o m e te ic a m e n t e « o tro d io s», S ó lo
u n a re c e p c ió n regresiva h a e n t e n d id o esta e m a n c ip a c ió n de las bellas
artes d e su u t ilid a d s e c u la r (p ro c e s o q u e c u lm in a en ia e s té tic a d e la
ilu s t r a c ió n ) , c o m o el s u s t it u t o d e u n a r e lig ió n d e l arte, s in te n e r en
c u e n ta q u e , c o m o a d v ir t ió H e g e l, « n o s o tro s esta m o s m ás a llá de v e n e
ra r d iv in a m e n t e las o b ra s de arte y de s u p lic a rla s» .
E v id e n te m e n te , n o se d e t e r m in a d e m o d o u n á n im e el au ra d e la
o b r a d e arte en el c a m in o h is t ó r ic o d e las artes h a c ia su a u t o n o m ía ,
p u e s to q u e lo e s té tic o n o está f u n d a d o p e r se en el v a lo r d e c u lt o , s in o
q u e lo tra s c ie n d e d e s d e el p r in c ip io , y ta m b ié n d e s p u é s c o n t r a t o d o in
te n to de s a c r a liz a d ó n d e l arte. P o r eso, la d e t e r m in a c ió n fu n d a m e n ta l
de! a u ra , q u e B e n ja m ín d ia g n o s t ic ó p r im e r o , d é m o d o c a ra c te rís tic o ,
en la rase a e su d e s a p a r ic ió n , tie n e u n tin te b á s ic o c la r a m e n te n o s t á lg i
co, y su d e f in ic ió n (« a p a ric ió n ú n ic a d e u n a le ja n ía , p o r c e r c a n o q u e es
té lo q u e evoca») p u e d e s ig n if ic a r ta m b ié n o tr a cosa: el s u c e d á n e o d e lo
santQ,_ej..aquí.,y a h o r a d e l o r ig in a l, el " t e s t im o n io h is t ó r ic o d e l ob jeto »
( W A 2, 4 7 7 ) , la a u t e n t ic id a d de Sa c r e a c ió n s u b je tiv a , la a p a rie n c ia de
a u t o n o m ía de j a o b r a , d e l arte b e lla ( W A ¡, 2. 4 8 6 ) y, fin a lm e n te , la
a p e r tu ra de la m ira d a , e n la r e la c ió n d e l h o m b r e c o n la n a tu ra le za : «ex
p e r im e n t a r el a u ra de u n a m a n ife s ta c ió n s ig n ific a h acerse c o n la c a p a c i
d a d d e a b r ir la m ira d a » ( W A í , 2, 6 4 6 -7 ). E sta b e lla m e tá fo ra , fo rm a d a
al a m p a ro d e i verso d e B a u d e la ir e acerca d e l T e m p lo d e la N a tu ra le z a
(«L’ h o m m c v passe á tra vers des fo ré ts d e s y m h o le s / q u í ¡’ o b s e rv e n t
avec des rega rd s fa m ilie rs » ) , es d e m a s ia d o b e lla c o m o p a ra ser a q u í h is
tó r ic a m e n te ve rd a d e ra , es d e c ir, v á lid a c o m o I n d ic e e s té tic o d e la m o
d e r n id a d q u e c o m ie n z a . Pu e s, c o n su p o e m a C o í jc s p o n d í t n c e s , B a u d e la i
re h a . m a r c a d o el u m b r a l e n tre la..experiencia a u rá d e a d e la n atu ra le za
e n el r o m a n t ic is m o v la le ja n ía d e Sa n a tu ra le z a d e .u n a n u e v a era, en la
168
q u e «se h a inscrito... ia decadencia del aura» ( W A I. 2. 6 4 8 ). E n ei p oe
m a m is m o se cica la m ira d a a b ie rta d e !a n a tu ra le z a q u e se d e s p ie rta v
se re tira, para a b r ir a ia líric a u n a n u e v a e x p e rie n c ia : !a sinestesia de u n a
p e r c e p c ió n e sté tica q u e d e s c u b re c o r r e s p o n d e n c ia s e n tre olores, c o lo re s
Y ra n o s « q tii c h a n t e n r les tra n s p o rts des e s p rits e t des serts», v p o r eso
d e ja n tras d e sf los v ie jo s s ím b o lo s de u n a c o m p r e n s ió n a n t r o p o c é n t r ic a
d e fa n a tu ra le za . P a ra salvar para la m o d e r n id a d su c o n c e p t o de au ra ha
s u s t it u id o B e n ja m ín '■■las c o r r e s p o n d e n c ia s n atu ra le s» p o r «los lu g ares
cíe la m e m o r ia in v o lu n ta r ia » , V la lír ic a de B a u d e la ir e p o r la p o esía del
re c u e rd o de P r o u s t ( W A I. 2, 6 4 7 ) " . 'Q u e r ía así a p o v a r u n c o n c e p t o de
au ra , q u e in c lu y e s e en el re c u e rd o la " a p a r ic ió n ú n ic a d e la lejan ía», v
c o n e llo «el c a rá c te r d e c u lt o d e l fe n ó m e n o » (es d e c ir, «lo e s e n c ia lm e n te
le ja n o c o m o inaccesible»). M e p a re c e ría m ás c o n v e n ie n t e subordina/
lo s « d atos d e l re cu e rd o » n o al au ra <;i:c ■
■
:•_■d esvan ece. -.Inu a !:'■ Inn-ll.i
q u e se m a n ifie s ta . Pues lo e s e n c ia lm e n re le ja n o ya n o es en P r o u s t lo
in a c c e s ib le , q u e se sustrae en la in t e m p o r a lid a d de ia im a g e n de c u lt o ,
s in o !a in a c c e s ib ilid a d de u n t ie m p o v iv id o q u e se sustrae a ía m em o r ia
in v o lu n ta r ia . E s lo s u m e r g id o en el o lv id o , lo e n c e r ra d o , p e ro ta m b ié n
c o n s e r v a d o , a q u e llo de lo q u e se a p o d e ra el r e c u e r d o in v o l u n t a r i a , si es
c a p a z d e a b r ir en el in e s p e ra d o «ahora d e l r e c o n o c im ie n t o " u n a p u e rta ,
a lo p a sa d o , h a c ie n d o r e c o n o c ib le la h u e lla en la q u e p o d e r re e n c o n tra r
la re a lid a d p e r d id a en el a u ra d e lo a u té n tic o .
F l s io a de la p o esía d e l re c u e rd o d e s c u b ie r ta p o r P r o u s t, a rra n ca d a
al in c o n s c ie n t e , es el a u ra q u e se o p o n e j,ustail>ente,,.a,jg a n a m n e s is p la
t ó n ic a b asad a en la r e fle x ió n . B r o t a d e la 4 ia ié c t K £ „ ¿ c h u elta v au ra q u e
B e n fa m m h a ce v is ib le en el lu g a r en el q u e el arte h a - e s e ¡ p id o t o t a l
m e n te «del r e in o de la b e lla a p a rie n c ia » ( W A I. 2, 4 9 ! ) , en el c in e , en
c u a n t o 'a rre "e sp e cífic o de la era de la r e p r o d u c c ió n té cn ic a . Es a h í f i n a l
m e n te d o n d e se o b t ie n e u n a g a n a n c ia d e la d e s t r u c c ió n d e l a u ra , la
r u p t u r a d e l c u lt o y la s u p e r a c ió n d e la a u t o n o m ía estética: la d e s r itu a li
z a c ió n to ta l del arte q u e lib e ra al c o n t e m p la d o r , hasta a h o ra a is la d o , en
u n a re c e p c ió n c o le c tiv a . D e la q u e B c n ja m in e s p e ra b a u n a a c t it u d d el
p ú b lic o c r ít ic a y g o zosa a la vez ( W A I. 2, 4 9 7 ), y c o n e llo n ad a m e n o s
q u e la i lu m in a c ió n p r o fa n a c a p a z d e a p o d e ra rs e de la cosa m is m a , en
s u m a , la p u e s ta en p r á c tic a d e la e x p e rie n c ia estética. .Sin e m b a rg o , n o
d e b e ría h a b e r s id o la a lte rn a tiv a fatal e n tre e s re ti? a c íó n de la p o lít ic a v
p o lit iz a c ió n d e l arte 1a ú lt im a p a la b ra de la d ia lé c t ic a b e n ja m ín ia n a e n
tre h u e lla y aura en el fin a l a p e la tiv o de su a r t íc u lo s o b re La ob ra d e
a r t e ... E l tra b a jo S o b re a lg u n o s tem a s e n B a u d e la ir e , te r m in a d o p o r las
169
m ism a s fech as, q u ie re s a lv a r el a u ra d e lo b e llo e n la h u e lla de u n a «ex
p e r ie n c ia se g u ra fr e n te a ia crisis», m e d ia n te la q u e el v a lo r de c u lt o del
arte, tan im p e r t u r b a b le m e n t e b u s c a d o , c o n s ig u e o t r o s e n t id o g e rm in a -
m e n te p r o fa n o y c o m p le t a m e n t e d is t in t o : <.Lo h e lio es, seg ú n su e x is
te n c ia h is t ó ric a , u n a lla m a d a p a ra q u e se re ú n a n los q u e antes se h an
a d m ir a d o d e él. E l ser c a p r a d o p o r lo b e llo es u n a d p i a r e s ir é c o m o los
r o m a n o s lla m a b a n a la m u e rte . L a a p a rie n c ia d e lo b e llo c o n s is te , en es
ta d e t e r m in a c ió n , e n q u e ei o b je t o id é n t ic o p o r el q u e se afa n a la a d m i
r a c ió n n o se e n c u e n t r a e n la o b ra . L a a d m ir a c ió n re co g e lo q u e g e n e ra
c io n e s a n te rio re s lia n a d m ir a d o e n ella» ( W A I. 2, 6 3 8 ). M á s a d e la n te
v o lv e ré s o b re las im p lic a c io n e s h e r m e n é u tic a ; cié esta f ilo s o fía d e la H is
to ria e sté tica y te o ló g ic a .
III
170
rico'*- E l d e s a r r o l l o d o las tu e rz a s m o d e r n a s d e p r o d u c c ió n en el
íig lo XIX n o s ó lo h a ( 'e m a n c ip a d o las fuerzas c o n fig u r a d o ras d e l a r r e
( W Á v. I, 59). s in o q u e t a m b ié n , y a la in v e rsa , ha s a ca d o el arte d e l re i
n o a u t ó n o m o d e la b e lla a p a rie n c ia y lo ha r e n o v a d o en su d e b e r so c ia l
q u e n o se re d u c e s im p le m e n t e a su « u t ilid a d " . Q u is ie r a a h o ra en los
tres e je m p lo s q u e s ig n e n , a c la ra r la h u e lla d e s c o n o c id a de u n a n u eva
e x p e r ie n c ia e sté tica e n fo r m a c ió n , c a p a z ,le u v q 'íih b t a : h p e d i d a c>;
a u ra e n éf p ro c e s ó a lie n a n te de la p r o d u c c ió n in d u s t r ia l d e m e rc a n c ía s ,
s in p o r e llo p leg arse a la id e o lo g ía d e l p ro g re s o d o m in a n t e .
1. A d o r n o , en su c r ít ic a a !a c o n c e p c ió n n o d ia lé c tic a d e B e n ja m in
acerca d el « carácter fe tic h is ta d e las m e rcan cías,,, ha p u e s to d e re liev e «el
lu g a r de la lib e r a c ió n d e las cosas de su s e r v id u m b r e d e u t ilid a d " , c a ra c
te r iz á n d o lo c o m o «el p u n t o g e n ia l d e in fle x ió n para u n a s a lv a c ió n d ia
lé c tic a d e ia m e rc a n cía » , y ha d e se a d o u n m ás a m p lio d e s a rro llo d e la
c u e s t ió n ( W A V. í, 1 135.)- Ese lu g a r está en e! c o n t e x t o de u n c a p ít u lo
p r o y e c t a d o .p.oE...Benjani¡.n, s o b re « lo in te r io r » , q u e c o n s id e r a b a c o m o
u n o de los p u n to s m ás d e s ta c a d o s en su p ro v e c to de j n d a g i r ;jeri..,e!„:SÍgnj;~
fieado d e l o s a i t i i b i o s d e .la e x p e rie n c ia m un d an a hasta el a rt n ou vem e.
« p a ra el h o m b r e p r iv a d o a p a re ce p o r p r im e r a vez el e s p a c io v ira ! en
c o n t r a p o s ic ió n c o n el lu g a r de tra bajo . E se e s p a c io se c o n s titu y e en el
in te rio r. E l h o m b r e p r iv a d o , q u e lleva la c o n t a b ilid a d en la o fic in a d e la
re a lid a d , ex ig e d e l in t e r io r el m a n t e n im ie n t o cié sus ilu sio n e s.,, C o n s t i
tu y e p ara el h o m b r e p r iv a d o el u n iv e rso . E n él se re ú n e lo le ja n o y lo
j> asado. Su s a ló n es u n p a lc o d e i te atro del m u n d o » ( W A v.I, 52). Se
h a c e así u n d ia g n ó s tic o in n u c e d e !a a p a r ic ió n d e l m u se o im a g in a r io ,
a u n q u e v a lo ra d o to d a v ía peyorativam ente, y c o m ienza para el_cole ccio
nista u n a h u e lla q.n: p u e d e < . . > > ! la p é r d id a de la e x p e rie n c ia au rá-
tica. Su in t e r io r es el lu g a r d e re fu g io ,3 e [ .arte: «el c o le c c io n is t a n o s ó lo
su e n a en u n m u n d o le ja n o o p a sa d o , s in o ta m b ié n en u n o m ejor, en el
q u e las cosas estén lib re s de la s e r v id u m b r e d e la u tilid a d » ( ib id . 53).
P o r d e s g ra c ia este c o m ie n z o tan a m p lio d e B e n ja m in , q u e h u b ie r a p o d i
d o c o n d u c ir le a u n a m ás justa v a lo r a c ió n d e l tan d e n o s ta d o « e steticis
m o », se q u e d a en la e x p lic a c ió n d e su p r o p io a fo ris m o . C r e e te n e r q u e
c r it ic a r al c o le c c io n is t a p o r q u e p r o p o r c io n a a las cosas q u e tra n s fig iira
«só lo el v a lo r d e l afición,j.clq,.e-n lu g a r d e l v a lo r d e l u su ario» ,..5in e m b a r - ,
g o , la lib e r a c ió n d e las cosas d e su c a rá c te r d e m e rc a n c ía s n o c o m ie n z a
c o n 's u " v a lo r a c ió n p o r el v a lo r d e Qsó (q ue se g ú n A d o r n o p e rte n e c e «al
e s ta d io .a n te r io r a la d iv is ió n deí,.tfab,ajo'!, W Á I, 1 13 0), s in o a su .valor
d e a g ra d o e x e n to d e , u t ilid a d (ver H 3 9 , I), c o m o m u e s tra p re c is a m e n te
la o b ra d e arte que;, en c u a n to ,.« m e rc a n c ía sui generis», se sustrae a la.
« d is tin c ió n te o ló g ic a - de v a lo r de u so v v a lo r de c a m b io .
171
E n o t r o lu g a r ha c a ra c te riz a d o B e n ja m in , p o r el c o n t r a r io , e l. c o le c
c ion ism o, en « o p o s ic ió n d ia m e tr a l a ía u t ilid a d » colocándolo b a jo «la
n o ta b le c a te g o ría de ia c o n i p l c t i n i d ' . S e ría u n m a g n íf ic o in t e n t o de s u
p e ra r lo ir r a c io n a l d e su m era p re s e n c ia m e d ia n te su in c a r d in a c ió n en
u n n u e v o s is te m a h is t ó r ic o y e x p líc it o , la c o le c c ió n » ( H I a, 2). E l id e a l
d e lo c o m p le t o e n el c o le c c io n is m o in c o r p o r a la a r b it r a r ie d a d d e la tra
d i c i ó n e n u n . c o n t e x t o n u e v o q u e , en ta n to q u e s is te m a h is t ó r ic o , su pe
ra la a r b it r a r ie d a d d e la re a lid a d pasada en. la otclai.ac.ÍQn..del....recucr¡;to.
:l I 2, 7). C o le c c io n a r , c o m o <¡forma d e j.re c u e id Q p r á c tic o s n p .r e s titu y e
¡o a u r á t ic o « co m o r e a lm e n te fue», s in o q u e s ig u e la h u e lla de la a p r o
p ia c ió n p a ra tra e r lo le ja n o na la m ás p re c is a m a n ife s ta c ió n d e ia c e rc a
nía» ( H ía, 2). E s t o a c la ra u n a r e fle x ió n de B e n ja m in m u y im p o r t a n te ,
a u n q u e al p r i n c i p i o s o r p r e n d e n te : «el v e rd a d e ro m é t o d o d e h a c e r p re
sentes a las cosas c o n s is te en re p re s e n ta rla s en n u e s tro e s p a c io (y n o no-
..sp tfós,en ¿I suy o ).,. A s í es tam b ién la m irada, verdadera, a Jas g ra n d e s
cosas de! p a s a d o - l a c a te d ra l d e C h a rtr e s , el t e m p lo d e P a e s t u m - cu.an,r
d i) fu n c io n a : las r e c ib im o s en n u e s tro e s p a cio , R o nos. trqsladam o s -n o -
s o tro s a ellas, e llas e n t r a n e n n u e s tra v id a n ( H 2, 3; P P I, j 2). E l «ver
d a d e ro m é to d o » se o p o n e así en c u a n t o a p r o p ia c ió n a la in t u ic ió n d e l
h is t o r ic is m o : le afe cta a éste ei re p r o c h e d e la falsa c o n c ie n c ia , y n o el
m u se o im a g in a r io q u e el c o le c c io n is t a se c o n s tr u y e c o n la « m ira d a de
u n g ra n fis o n o m is ta » ( H 2, 7).
172
e n el pasaje, q u e « f u n c io n a lm e n t e e n t r a ya en lo s a m p lio s e s p a c io s
c o n s t r u id o s c o n liie r r o , p e ro a r q u it e c t ó n ic a m e n t e p e rte n e ce to d a v ía a
lo s a n tig u o s « p ó rtic o s» , y p o r e llo c o n s e rv a to d a v ía a lg o sagrado» {«un
resto d e n ave d e ig lesia c o n m e rc a n c ía s q u e es en re a lid a d u n pasaje»).
P e ro el lu g a r de p r o d u c c ió n d e lo n u e v o p u e d e ta m b ié n «citar» viejas
fo rm a s d e v id a p ara e x o r c iz a r lo in q u ie t a n t e d e i m u n d o in d u s t r ia l y h a
c e r lo a p a re ce r m ás f a m ilia r (fá b rica s c o n g a lería s y escaleras d e c a ra c o l
3. L o q u e B e n ja m ín d ic e a c e rc a d e las E x p o s ic io n e s u n iv e rs a le s
p u e d e e x tra ñ a r a u n le c to r a ctu a l. S o n «los lu g ares de p e r e g r in a c ió n de
las m e rc a n c ía s c o m o fe tich e s» , «la alta escue la en la q u e las m asas, a p a r
tadas cíel c o n s u m o , a p re n d e n el v a lo r de c a m b io : v e rlo to d o , n o c o g e r
nada** ( G 16, 6). P a re c e u n a o p in ió n , c o n s e r v a d o ra en eí fo n d o , q u e
G e o r g M a a g , en su a n á lis is de los d o c u m e n t o s de la é p o c a h a re v isa d o
ra d ic a lm e n te . A lo s te s t im o n io s d e u n a e u fo r ia a m e el p ro g re s o té c n ic o
e in d u s t r ia l q u e d e s b o r d a to d a e x p e c ta tiv a , s u c e d e n a h o ra s ín t o m a s de
u n a a n g u s tia in c o n t e n ib le a n te el exceso d e l p o d e r h u m a n o q u e afe cta
a las v iv e n c ia s y deseos c o le c tiv o s , p e ro q u e ta m b ié n p r o p o r c io n ó el i m
p u ls o p a ra u n a n u e v a esté tica d e la era in d u s tr ia l. L l c a p ít u lo de M a a g
s o b re el « P a la c io d e c rista l» d e s c u b re la d ia lé c tic a de in d u s t r ia y sue ñ o ,
q u e B e n ja m ín n o v io , el c a m b io de la r e a lid a d té c n ic a , d o m in a d a en
fa n ta s m a g o r ía , en las viejas p ro m e s a s d e l m it o ( T o rr e d e R a b e l), v la le
y e n d a q u e , en e s c rito re s p ro g re s is ta s c o m o G a u t ie r , c r is t a liz a en lo s
n u e v o s m ito s d e i o r ie n t e leja n o : «la e x p e rie n c ia , q u e p e rm a n e c e b lo
q u e a d a ..p o r- la .a b s tra c c ió n d e las a u té n tic a s c o n d ic io n e s d e la v id a , se
e v ad e a lo, im a g in a r io » 1". P o d r ía traerse a B a u d e la ir e c o m o te stig o p r i n
c ip a l. B e n ja m ín ha c ir a d o su in f o r m e s o b re la E x p o s ic ió n U n iv e r s a l d e
1855, p e ro n o lo h a v a lo r a d o s u f ic ie n t e m e n t e ( G 15 9, 2). B a u d e la ir e
se e n fr e n t a c o n la c o n c ie n c ia ele u n c a m b io d e é p o c a m e d ia n te la pre-
1! K unst itnr! ¡n riu n n e im '/ñ ta ltc r rtrr ersum WelitutsUeHunvcn. M il fic hen, 1 9 8 rt, p. "’R s.
173
g u n ta re tó ric a acerca de q u é d ir ía u n « m o d e rn o W in c k e lm a n n » a n te la
b e lle z a ex tra ñ a , aje n a e in e x p lic a b le m e n t e fa s c in a n te d e u n a e x p o s ic ió n
c h in a . E l c lá s ic o W in c k e lm a n n , y c o n el el c a n o n <le ia estética a u t ó n o
m a, de la filo s o fía d e l arte y d e las n o rm a s d e l v ig e n te a c a d e m ic is m o ,
re h u s a ría a b s o lu ta m e n te (« c u a lq u ie r p u e b lo es a c a d é m ic o c u a n d o juzga
a los o tro s , c u a lq u ie r p u e b lo es b á rb a ro c u a n d o es ju z g a d o » , p. 6 8 2 ).
C o m p a r a r y ju z g a r el p lu r a lis m o fu n d a m e n ta ! d e lo s p r o d u c t o s e x p u e s
174
m as a rtís tic a s n o a u rá tica s de la p r o d u c c ió n in d u s t r ia l q u e tr iu n fa b a n
e n lo s e s p a c io s d e ías e x p o s ic io n e s m u n d ia le s . En ia ¡oven a lia n z a de
arre e in d u s t r ia la p o e sía n o juega ap enas p a p e l a lg u n o . T e n e m o s c o m o
t e s t im o n io la q u e ja de H i p p o i y t e B a b o u : «¡El arte y la in d u s tr ia ! Sí,
s ó lo p a ra e llo s se ha re se rv a d o en 1 8 5 5 esa in e x t r ic a b le re d d e g alerías,
en ia q u e ios p o b re s lite ra to s n o h a n o b t e n id o m ás d e seis p ie s c u a d r a
d o s , el e s p a c io d e u n a p ie d ra fu n e ra ria " ( G ló a , 2). E l le m a e l a rte p o r
e l a rte, e n t e n d id o c o m o el in t e n t o de im p e r m e a b iliz a r «el arte c o n t ra el
d e s a r r o llo de ia té c n ic a " ( W A í, 56), sería s ó lo p o r ei c o n t r a r ío u n en sa
y o im p o t e n t e d e a u r o a fir m a c ió n . E s to p u e d e e x p lic a r e n ú lt im o t é r m i
n o p o r q u é B a u d e la ir e io re c h a z ó c o m o «u n a u t o p ía p u e r ii» 1*. A l m is
mo t ie m p o em pezó, a! p r in c ip io de m odo t it u b e a n t e , ei
d e s c u b r im ie n t o d e u n a n u eva «poesía d e la in d u s tr ia » , M a a g ha m o s tr a
d o q u e la p rim era c o n c e p c ió n p o é tic a d e l m u n d o in d u s t r ia liz a d o , p e r
m a n e c ió lig a d a a ia c o m p r e n s ió n de a q u e lla n a tu ra le z a d e ja d a atrás p o r
el d e s a r r o llo in d u s tr ia l. E n el e n t o r n o d e las F lo r e s d e ! m a l n o aparece
to d a v ía el m u n d o in d u s tr ia l. S in e m b a r g o ha s id o B a u d e la ir e el q u e ha
p r e p a r a d o ei c a m in o a u n a e sté tica de la m o d e r n id a d in d u s tr ia l al f u n
d a r su lír ic a n o e n el c o n c e p t o n o s t á lg ic o de la n a tu ra le z a d e l r o m a n t i
c is m o , s in o en la e x p e r ie n c ia e s c in d id a d e l m u n d o , p r o g r e s iv a m e n te
a b s tra c to , q u e el s u je to d e las F lo r e s d e ! m a l s o n d e ó e n p r im e r lu g a r v
e je m p la r m e n te en sus p r o fu n d id a d e s y e n s a lzó en sus éxtasis.
IV
C f r . , W n r n u r í'r 31 ( 1 9 8 5 } . pp. 1 6 - 2 3 .
175
(S 1 .5 ; PP 1( G 17). Ahora bien, la recepción contemporánea da testi
monio de que los amigos ele Baudelaire hicieron frente a la acusación de
inmoralísimo, buscando justificar al autor de las Florer del mal como ai
«Dante de una época decadente» («es un Dante ateo y moderno, un
Dante llegado después de Voltaire» J 3a, I)1*. Ciertamente se manifiesta
en sus «paisajes del tedio» un «idilio muerto» de la ciudad en muchos as
pectos (WA 2, 55). Sin embargo el aspecto infernal no constituye el ca
rácter global de lo moderno en la obra maestra de Baudelaire. Le condu
ce más bien al lector —por seguir con el paradigma dantesco- a través de
un purgatorio moderno15 y le abre inesperadamente en ios nuevos «pai
sajes del éxtasis»16 puntos de reposo para el recuerdo y paraísos artísticos.
Con ello, lá experiencia de lo nuevo y lo novísimo no recae siempre de
ninguna manera en lo mismo o en lo más antiguo (ía buscada «protohis-
toria»). La estética de la novedad de Baudelaire afirma su pretensión mo
ral con el mantenimiento de una curiosidad exploradora, ciertamente
susceptible de engaño, pero siempre inagotable”El verso final del último
poema: «En el fondo de lo incógnito pa.ra encontrar So nuevo», debería,
segú n Benjamin, hacer reconocer io nuevo como «origen de Ja .aparien
cia» y «quintaesencia de la falsa conciencia (WA I, 55)». Por el contrado,.
hay que recordar que ahí ha renovado Baudelaire un famoso paradigma
tic Dante: el últimó viaje que Ulises emprende más allá de las fronteras
impuestas al hombre, en Sos antípodas dei mundo antiguo, despreocu
pado del cielo y de! infierno, como provocadoramente dice Baudelaire:
«Queremos, en tanto este fuego nos queme el cerebro / siirriérgirnos en
el fondo, infierno o cielo, no importa». Precisamente lo nuevo hace que
Baudelaire cite a lo antiguo y despierte un pasado muerto, como mues
tra e n el paradigma de la moda (Ed. Pl. 837 s .) . E s e es el impulso básico
y la función hermenéutica de la estética de la novedad\ desconocidos por
Benjamín, con los que Baudelaire cumple el giró desde el mstorscismo al
esteticismo. Contradice el concepto benjammíano de la regresión de lo
moderno a su «protohistoria» en la misma medida en que se aproxima a
su teorfa acerca de «la actualidad de lo cognoscible», que, para su desgra
cia, no llega a desarrollar. La propuesta de Benjamín de una «protohisto
ria de! siglo X IX » ha suscitado la decisiva objeción de Adorno: «La fór
mula según la cual lo nuevo se mezcla con lo antiguo, me resulta muy
176
p ro b lem ática en el contexto de m i c rític a a la im ag en d ia lé c tica com o re
gresión . N o se reduce a lo a n tig u o , sino q u e lo m ás n uevo , en cuan ro
ap arien c ia y fan tasm ago ría es p recisam en te lo a n tig u o » (W A 2 , 1 132).
S in em b argo , pese a esta crític a, se salva un n úcleo de verdad si nos are
nem os a u n a refo rm u lació n de la tesis fu n d am en tal en la q u e B en jam in
rechaza |a id ea d e u n a .arqueolo gía d el siglo x :x (la b ú sq u e d a d e form as
p ro to h istó ricas o ios arq u etip o s d el Inconsciente co lectivo ), y en su lugar
co n sid era: «sólo st el siglo XIX se exp usiese com o form a o rig in a ria d e ia
p ro to h isto ria, es decir, en u n a fo rm a en la q u e la to talid ad d e la pro-
to h isto ria se agrup ase de nuevo en im ágen es q u e realm ente com peten al
sig lo p asado (su b ra y a d o p o r m í), te n d ría se n tid o el c o n cep to d e u n a
p ro to h isto ria d el siglo XIX» (N 3 9 , 2 ). N u estra m o d e rn id ad tien e su es
p ecífica p ro to h isto ria en el siglo an te rio r —se d ice en el m ism o lu g a r -, o
tam b ié n : el siglo XIX, con la a p arició n , no co n tro lad a de la técn ica, es la.,
p ro to h isto ria d é lo q u e sig u e y, p o r ello , la «an tig ü e d ad » d e nuestra m o
d e rn id ad . En co n secu en cia, la creen cia in g e n u a en el progreso, la sen sa
ció n m eram en te n egativa de lo m ás nuevo.», serían tin a form a im ag in aria
d e los sucesos en Ja c o n cien cia .c o le ctiv a:.«el im aginario-colectivo no tie
ne h isto ria. El curso de los sucesos.fluye...en él..com o lo q u e es siem p re
igu al y siem p re nuevo. L a sen sació n de lo m ás nuevo,-de lo m á s m o d e r-
ñó7'es pues igu alm en te la form a im a g in a ria d e ¡os sucesos, com o el ete r
no retorfíó d e lo m ism o » (S 2 , 1; PP 1, M 14). El d esp ertar de los su e
ños colectivos, el m o m en to de la d iso lu ció n d e la a p arien c ia h istó rica,
estaría m arcado , en tan to q u e a g u d a c o n c ie n c ia tem p o ral, p o r el m o
m en to del desp ertar qu e, según B e n ja m in , es id én tico al «ah o ra» de la
c o g n o scib ilid ad (N Í 8 , 3 ), «en el q u e las cosas m u estran su verd ad ero (y
su rrealista) rostro» (N 3 9 , 3 ), Esto q u ería d e cir no sólo q u e en las im á
gen es d ialécticas d e las Flores d e l m a .lv lo y a sid o y e l aEórá c o in cid en en
u n a co n stelació n sú b ita» (N 2 9 , 3 ), sino tam b ién q u e -las flotes del m al»
d e jan ver lo actu al a p artir de la anticipac ión del futuro : el París actu al
en c u an to ru in a de la so cied ad b urguesa y d e la c u ltu ra c ap italista,
■Si se acep ta tal lec tu ra, so b ran los en sayo s forzados d e m o strar en
las Flores d e l m a l u n a in te rp re tac ió n d e lo m o d ern o con lo a n tig u o (clá
sic o ), y cae el rep ro ch e d e q u e la falta de u n a d isc u sió n con la a n tig ü e
d ad clásic a sea el p u n to déb il de la teo ría de la m o d e rn id a d d e B au d e
la ir e 17. E ntonces la O bra de los Pasajes h ab ría p o d id o n ad a m en os que
177
re a liza r la g r a n d io s a id ea d e M á x i m e D u C a m p s , «de e s c r ib ir s o b re P a
rís esc lib r o q u e lo s h is t o ria d o r e s d e ia a n tig ü e d a d n o h a n p o d id o e s c r i
b i r s o b re sus c iu d a d e s » . B e n ja m ín h a p u e s to v ig o r o s a m e n t e de relieve
en el c a p ít u lo «París a n tig u o , c a ta c u m b a s , d e m o lic io n e s , r u in a d e París'»
el m o m e n t o h is t ó r ic o de esa in s p ir a c ió n , d e lo q u e s a lió el g ra n lib r o
c ie n t íf ic o de D u C a m p s : P a rís, s u s ó r g a n o s , su s f u n c i o n e s y s u v ic ia e n la
s e g u n d a m i t a d d e l s. X/X (6 v o l. 1 8 6 9 - 7 1 ) , s in in c lu ir la t o p o g r a fía q u e
c o n d i c io n ó la d e c a d e n c ia d e la g ra n c iu d a d ( C 4). D u C a m p s . m ie n tra s
o b s e rv a b a p o r p rim e ra vez su p r o p io e n v e je c im ie n t o y la p é rd id a de la
vista, tu v o en el P o n t N e u f l a r e p e n tin a ilu m in a c ió n , m e d it a n d o sob re
«esa le y d e la in e v it a b le d e s t r u c c ió n d e t o d o lo h u m a n o » , d e e s c rib ir,
c o m o su o b ra fin a l, el lib r o s o b re P a rís q u e se h a b ría p o d id o e s c r ib ir s o
b re A te n a s en t ie m p o d e P e ric le s o s o b re R o m a e n t ie m p o d e C ésar, las
c iu d a d e s d e s a p a re c id a s d e la a n tig ü e d a d . L o s o r p r e n d e n te n o es a q u í la
« a n tig u a in s p ir a c ió n » , s in o m ás b ie n la a n t ic ip a d a d e c a d e n c ia d e la
g ra n c iu d a d m o d e rn a . B e n ja m ín v u e lv e s o b re e llo en u n a n o ta p o s te
rior: «Las fa n ta sía s s o b re h d e c a d e n c ia de P a rís so n u n s ín t o m a d e q u e
la té c n ic a n o fu e re c ib id a . S u rg e así la so rd a c o n c ie n c ia d e q u e c o n la
g ran c iu d a d c r e c ie ro n lo s m e d io s q u e la arra saro n » ( C 7 9 , 4). t i le c to r
a c tu a l n o d e b e ría desear o tra cosa, m e p arece, s in o q u e B c n ja m in , c o n
su in c o m p a r a b le c a p a c id a d de d ia g n ó s t ic o p ara lo n o c o n s c ie n te , lo re
p r i m i d o ti o lv id a d o , h u b ie r a p o d id o i n c l u i r en su O b r a d e lo s P a sa jes
esa in t u ic ió n f u n d a m e n t a l e n el e s p a c io m ít ic o de la t r a d ic ió n , c o n v ir
t ié n d o la en la lín e a b á sic a d e su p r o t o h is t o r ia d e la m o d e r n id a d v e n id e
ra, H a b r ía s id o la p ie d ra d e to q u e d e su te o ría de la im a g e n d ia lé c tic a
q u e e x ig e d e i m é t o d o n u e v o , y d ia lé c t ic o , de la h isto ria « s o p o r ta r lo
s id o c o n la in te n s id a d de u n s u e ñ o p ara e x p e r im e n ta r el p re se n te c o m o
el m u n d o e n ve la al q u e el s u e ñ o se re m ite > ( P P h F 7), E ste « g iro co-
pernicano», c o n el q u e «debe re a liza rse la c o n t e m p la c ió n » ( P P 1, Q 6),
n o s ó lo s u p o n e q u e e n ei « aho ra de la c o g n o s c ib ilid a d » se c o m p r e n d a
lo p a s a d o , c o m c t io q tie .c .Q iid ic io n a !o presen te. .Supcm e ta m b ié n q u e la
c o n s te la c ió n de! a h o ra y la h is t o ria sea r e c o n o c id a en la r u p tu ra d e u n
d e s p e rta r q u e s u p o n e la a p a rie n c ia de la c o n t in u id a d é p ic a (la « tra d i
c ió n d e lo s ve nce d o re s» ), y h ag a p o s ib le el c a m b io d ia lé c t ic o a la a c c ió n
Í7 V
o b ra s d e arte que .in te g ra n su p re-historia c o n su post-historia: "tin a
h is t o r ia su ce siv a , g ra cia s a ia c u a l se re c o n o c e ta m b ié n su p r e h is to r ia en
r a m o q u e im p lic a d a e n u n c a m b io c o n s ta n te . L e e n s e ñ a n c ó m o su f u n
c ió n s o b re v iv e a su c re a d o r, y c ó m o ciar la esp a ld a a sus in te n c io n e s ; c ó
m o la re c e p c ió n p o r los c o n t e m p o r á n e o s es u n e le m e n to d e i e le c t o q u e
la o b r a de arre ejerce h o y en n o so tro s ; y c ó m o ese e fe c to se basa n o s ó lo
e n el e n c u e n t r o c o n ella , s in o en la h is t o r ia q u e la ha d e ja d o lle g a r hasta
n u e s tro s días» { W A II, 2, 4 6 7 ).
E ste d e s a fio , q u e a n t ic ip a in n u c e , de m o d o in s u p e ra b le , el p r o g r a
m a p o s t e r io r d e la esté tica d e la re c e p c ió n , p u e d e e n te n d e rs e ta m b ié n ,
en su « g iro c o p e r n ic a n o » , d esd e ¡a c o n t e m p la c ió n a la . a c t u a liz a c ió n del
p a sa d o , c o m o u n a d ia lé c t ic a e n tre el aura y la h u e lla . L a a c t it u d c o n
te m p la t iv a se o r ie n t a r ía a la a p a r ic ió n d e u n a le ja n ía e n la q u e el aura se
a p o d e ra d e n o s o tro s , V, p o r el c o n t r a r io , la a c t it u d d ia lé c tic a se o r ie n t a
ría a la a c t u a liz a c ió n p r o d u c t iv a de lo le ja n o , b u s c a n d o hacerse c o n el
« recue rd o » d e la co sa (en la c o n s t e la c ió n c r ít ic a q u e ex ig e u n a a p r o p ia
c ió n c o n s c ie n te de io o lv id a d o , n o s ie n d o s u f ic ie n r c “q u e lo a c tu a l v ie r
ta su lu z s o b re lo pasado», N 29, 3). C ie r t o q u e B e n ja m ín n o sa có esta
c o n s e c u e n c ia , s in o q u e in t e n t ó e v id e n te m e n te p re se rv a r u n m o m e n to
a u r á t ic o en el « aho ra de la c o g n o s c ib ilid a d » . L a d e f in ic ió n «'im agen es
a q u e llo en lo q u e io s id o se p re s e n ta re p e n tin a m e n t e e n u n a c o n s te la
c ió n c o n el ahora», se e x p lic a a h o ra , de m o d o s o r p r e n d e n te y p o c o ra
zo n a b le : « im a g e n es la d ia lé c tic a en e s ta d o de d e t e n c ió n » ( N 2 9 , 3). E n
la r e c e p c ió n p r o d u c t iv a d e las o b ra s d e arte n o se d e t ie n e p re c is a m e n te
la d ia lé c tic a : el a h o ra de la le g ib ilid a d im p lic a o tra s le c tu ra s fu tu ra s.
¿ P o r q u é n o v a ld r ía ta m b ié n para ia h is t o ria k> q u e es e v id e n te en la
p a r c ia lid a d d e to d a re c e p c ió n ? E v id e n t e m e n t e p o r q u e a q u í, en c! paso
de lo e s té tic o a lo p o lít ic o , se h a p e d id o la a y u d a d e u n p a ra d ig m a teo-
ló g ic o , la d e t e n c ió n m e s iá n ic a de lo s su c e s o s { W A 1, 2, 7 0 3 ) . Pero,
¿ p o r q u é d e b e rá d e te n e rse la h is t o ria , en v ir t u d d e q u é e s p e ra n z a v para
q u é fin ?
Las T esis s o b r e f ü o s u f i a d e la h i s t o r i a h a c e n p a te n te el re cu rs o a la
te o lo g ía m e s iá n ica : «el p a s a d o lle v a c o n s ig o u n ín d ic e te m p o r a l p o r el
q u e se re m ite a la re d e n c ió n ... Se h a c o n t a d o en ia tie rra c o n n o so tro s.
Se n o s ha d a d o , ai ig u a l q u e a c a d a g e n e ra c ió n q u e v iv ió an tes q u e n o
s o tro s, u n a d é b i! Fuerza m e s iá n ic a s o b re la q u e el p a sa d o ejerce d e re
cho s» ( il) . A q u í ha c o r t o c ir c u it a d o B e n ja m in el p a r a d ig m a de la e s té ti
ca de la re c e p c ió n c o n el p a ra d ig m a te o ló g ic o : la r e d e n c ió n d e l p asad o
a p a re ce e n el lu g a r de la o b ra , a la q u e el in te rp re t e ah re su s ig n ific a c ió n
p ara el p resen te, hasta a h o ra d e s c o n o c id a . La fu e rza m e s iá n ic a tie n e e n
to n c e s q u e r e n d ir m ás q u e el in té rp re te . D e b e h a c e r n o s ó lo q u e una
o b ra sa lte d e su é p o c a , n o s ó lo q u e u n a é p o c a d e t e r m in a d a salte del
ISO
c u r s o h o m o g é n e o d e la h is t o r ia ( X V I I ) , s in o n o d e te n e rse «hasta q u e el
p a s a d o e n t e r o sea tra íd o al p re s e n te e n u n a apocatástasis h is t ó r ic a »
(N la , 3). Lsta e sp e ra n za está re g id a p o r el p r in c ip io : «sólo a la h u m a
n id a d r e d im id a le c a b e e n te ra m e n te en sue rte su p asad o . E s t o q u ie re
d e c ir: s ó lo a la h u m a n id a d r e d im id a se le ha h e c h o c ita b le su p a sa d o en
c a d a u n o de sus m o m e n to s " (II!). P e ro , al fin a l, ta! p r i n c i p i o es s u p e ra
d o d e n u e v o en u n a ag u d a d e t e r m in a c ió n d e c o in c id e n c ia del «ahora» v
d e la h isto ria : n o va u n fu t u r o e s ta d o fin a l, s in o q u e cada in s ta n te v iv i
d o v d e t e n id o p u e d e ser p ara la r e d e n c ió n de La h u m a n id a d el ú lt im o
d ía (III), o, c o m o a los ju d ío s a los q u e se p r o h ib ió in v e s tig a r el fu tu r o ,
«la p e q u e ñ a p u e rta , p o r la q u e el M e s ía s p o d ía e n trar» ( X V I I I B).
Si a q u í, c o m o o b se rva G e r h a r d K a is e r, la re s u rre c c ió n de la h isto ria
d e b e c u m p l i r tin a e s p e ra n z a , q u e A d o r n o , H o r k h e im e r , M á te n s e y
B lo c h c a m b ia r o n en u n a r e s u rr e c c ió n d e la ?i/ ttur,rlez a c a íd a ’", la s o lu
c ió n d e B e n ja m ín se paga c o n u n a ú lt im a c o n t r a d ic c ió n : el «ah ora d e la
c o g n o s c ib ilid a d » y el « in s ta n te d e l d esp ertar» va n o están m e d ia d o s d ia
lé c tic a m e n te . E! «ahora de la c o g n o s c ib ilid a d » en el q u e u n d e t e r m in a
d o t ie m p o d e l p a sa d o o p r im id o c o n s ig u e la le g ib ilid a d , s u p o n e u n a i n
te r v e n c ió n c o n s c ie n te , (a c a p tu ra d e la h u e lla , p a ra p o d e r a p o d e ra rs e de
la cosa, de ia e x p e rie n c ia e n te rra d a . P o r el c o n t r a r io , el «ah ora d e i d es
pertar» n o está d is p o n ib le para el s u je to h is tó ric o ; s u p o n e u n k a irn s, la
im p r e v is ib le a p e rtu ra de la p u e rta p o r ¡a q u e el M e s ía s p u e d e e n tra r, y,
p o r lo ta n to d a a p a r ic ió n de u n a le ja n ía , tan cerca c o m o p u e d a ser, q u e
la ¡lam a». L sta c o n t r a d ic c ió n atraviesa la O b ra e n te ra d e lo s P a sa jes v las
T esis d e f i l o s o f i a d e ¡a h i s t o r i a , en la fig u ra d e las im á g e n e s d ia lé c tic a s
q u e a c la ra n el a h o ra d e la c o g n o s c ib ilid a d , u n as veces e n s e n tid o a c tiv o
y otras veces en s e n tid o p asivo . A la « e x p lo s ió n '. ( X V I ! ) se e p o n e la « in
c u m b e n c i a 1 d e l p a s a d o (III), al p o d e r o s o «salto de tig re h a c ia el p a sa
d o » ( X I V ) se o p o n e la d é b il « r e m e m o ra c ió n » ( X V i l l B), a la c ita c r í t i
c o - d e s tr u c tiv a ( N II, 3) la c it a c ió n s a lv a d o ra (III), al fr a g m e n t o s u e lto
la e s tr u c tu ra m o n a d o ló g ic a d e l o b je ro h is t ó r ic o ( N 10, 3} y d e n u e v o a
ésta e n su s in g u la r id a d la apocatá.stasis d e l p a sa d o e n te ro ( N la. 3); p o r
ú lt im o , la d é b il fu e rza m esiá m e a (II) q u e n o s ha s id o c o n c e d id a se o p o
ne a la lle g a d a d e l M á s G r a n d e q u e realiza la c o n s u m a c ió n , de m an era
q u e el h is t o r ia d o r (y e v id e n te m e n te ta m b ié n el h o m b r e d e a c c ió n ) p u e
d e e n c e n d e r la c h is p a de la esp era nza s ó io en el p asad o , n o en el fu t u r o
(V i).
U n a s o lu c ió n d e esta c o n t r a d ic c ió n (q u e n o te n g o ) n o c o n s ta n i en
la in c o m p le t a O b r a d e to s P a sa jes n i en los o tro s en.savos. K s fo e x p lic a ría
181
p o r q u é ese te x to -y c o n ¿I el m a y o r p r o y e c to e m p r e n d id o p o r B e n ja
m ín a lo la rg o d e su v id a — n o a lc a n z a la c o n f ig u r a c ió n d e u n a «obra», y
q u iz á s n o p u e d a a lc a n z a rla . E s t o a m in o r a su im p o r t a n c ia c o m o c o m e n
t a r io s in p a r e n u n t i e m p o a c ia g o , q u e a h o r a p o d e m o s le e r c o m o
p r e h is to r ia d e este f in d e s ig lo («el c o n c e p t o de p ro g re s o se fu n d e c o n la
¡dea de ca tá stro fe . Q u e ‘h a y a q u e s e g u ir es la ca tá stro fe» N 9a, 1), y ia
a d m ir a c ió n d e q u e ral c o m e n t a r io p u d ie r a ser e s c rito e n c o n d ic io n e s
a m e n a z a d o ra s p a ra la e x is te n c ia m a te ria l d ia ria , lo q u e d e b e ría a v e rg o n
za r a c u a lq u ie r p r o fe s o r in s ta la d o . E s te re x to . al q u e n i la re c ie n te o r d e
n a c ió n d e m a te ria le s p u e d e salv ar c o m o «obra», d e ja tr a s lu c ir u n a ir r e
c u s a b le in t e n c ió n , a saber, « e x p lic a r q u e el c o m e n t a r io a u n a re a lid a d
{es lo q u e p re te n d e m o s a q u í) ex ig e u n m é to d o d ife r e n te d e l d e u n te x
to. E n u n caso, ¡a c re e n c ia f u n d a m e n t a l es la te o lo g ía , e n el o tr o la f i l o
lo g ía » ( P P 1, O , 9). ( ¡ U n m é t o d o h o y d ía d o m in a n t e , e s p e c ia lm e n te en
u n lib r o de g e n e a lo g ía , y q u e s in s o s p e c h a rlo h ace te o lo g ía c u a n d o , sin
v a c ila r, in te rp re t a las re a lid a d e s h is t ó ric a s c o m o textos!). P e ro el te xto
d e B e n j a m ín p la n te a , e n u n a m e d id a e x t r a o r d in a r ia , c u e s t io n e s q u e
d a n la o c a s ió n , al q u e v ie n e , d e s e g u ir p e n s a n d o sus p la n te a m ie n to s y
hacerse c o n u n a h u e lla q u e n o es c o n m e n s u r a b le c o n el au ra a lc a n z a d a .
N o he t e n id o la a m b ic ió n c o n este c o m e n t a r io , q u e s ó lo v a lo ra a lg u n o s
a s p e cto s d e í c o n j u n t o , d e c o m p e t ir c o n la f ilo lo g ía b e n ja m im a n a . P o r
eso n o m e he o c u p a d o de lo s in t r in c a d o s p r o b le m a s d e h is t o r ia te x tu a l,
y s ó lo ju s t ific o m is o b s e rv a c io n e s c o n la ilu m in a c ió n p r o fa n a q u e d e b e
m o s a B e n ja m ín : q u e en el « ah o ra d e la c o g n o s c ib ilid a d » h a y q u e p re fe
r ir la h u e lla q u e nos d a d e n u e v o u n p re d e c e s o r e n la c e rc a n ía , a ia ma-
n ífe ta ció n :.;d e m: ’. e b r.ía . p o i p c i í c n a q u e p u fcd a ser:
8
jn m cm o riam M a x Im dahl
U n a n u e v a o le a d a d e n t r o d e i p ro c e s o d e la m o d e r n id a d tie n e lu g a r
en t o r n o a 1 9 1 2 c o n el m o v im ie n t o de i as v a n g u a rd ia s r e iv in d ic a d o p a
ra las artes p o r A p o llin a ir e , d is t a n c iá n d o s e d e fin it iv a m e n t e de ¡a s e c u la r
« Q u e r e lle des A n c ie n s et des M o d e r n e s » 1. T a l c a m b io se d o c u m e n t a
c o n p r e c is ió n e n sis p r o d u c c ió n líric a ; a fin e s d e 1 9 1 2 a ñ a d ió A p o llin a i-
re a su r e c o p ila c ió n A lc o o h u n p o e m a in t r o d u c t o r io de c a rá c te r p r o g r a
m á t ic o t it u la d o Z on e. E n d ic ie m b r e d e l m is m o a ñ o a p are ce ta m b ié n
L eí P e n e t r e s , p r im e r p o e m a de O rtd e s , u n a serie d e « p o em as a d ife re n te s
v o ce s { ta m b ié n lla m a d o s p o e m a s c o n v e rs a c ió n ) » 2, de c a rá cte r b ie n d is
tin t o , q u e in te g r a n la p r im e r a p a rte d e la r e c o p ila c ió n p o s te r io r C a líi-
gra m m es, y están re d a c ta d o s e n tre 1 9 1 2 y 1 9 1 4 , E n la ¡n te rseccié m de
a m b a s re c o p ila c io n e s , o si se q u ie re , e n tre Z one y L es P e n e t r e s se p r o d u -
183
ce la g én e sis de u n « A r t N o u v e a u » , al ig u a l q u e se c o n c e n t r a la lu z en
u n a le n te o u n esp ejo u.scorio, d a n d o lu g a r a u n « c a m b io d e ru m b o »
q u e d e m o d o p lu r a l fu e r e iv in d ic a d o p o r n u m e ro s o s m a n ifie s to s te ó r i
co s d e la é p o c a . E sta p r o c la m a c ió n de a lg o n u e v o se esb o za e n a rrie s g a
das a n t ic ip a c io n e s e n el p la n o te ó ric o , a m e n u d o en e x p e cta tiv a s c o n
t r a d ic to r ia s , p e ro se p re c is a c la r a m e n te en ia p ra x is p o é tic a . L a lír ic a
m o d e rn a , q u e c o n ra z ó n p u e d e c o n s id e ra rs e la v a n g u a rd ia d e l m o d e r
n is m o e s té tic o , p e r m ite ilu m in a r de m o d o e je m p la r el c a m b io d e h o r i
z o n t e p r o d u c id o si in te r p r e t a m o s c o n t ra s t a d a m e n te Z onc y L undi R ué
C h r is tin e . P u e s este ú lt im o p o e m a lle v a m ás a llá y c o n m ás r a d ic a lid a d
q u e L es P e n é t r e í ’ el p r i n c i p i o d e s im u lta n e id a d : el acce so a la re a lid a d
c o n t in g e n t e d e u n d is c u r s o a la vez f a m ilia r y d e s fig u ra d o , ia v o z ajen a
de ios o tro s .
s \V. W e h i e h a r e a l i z a d o u n a n o t a b l e i n t e r p r e t a c i ó n d e l .c s f r n r t r r s {U I B 1 1 9 1 ,
pp. 3 8 1 - 4 2 0 ) , q u e r e c o m i e n d o c o m o c o m p l e m e n t o d e lo q u e s ig u e .
184
a u d a c e s e v o c a c i o n e s d e p a r a ís o s a n t i n a t u r a l e s (co m o en el R eve
parisién): u n a e x p e rie n c ia s ie m p re amenazad,-! p o r la a n g u s t ia 4; e n c a m
b io el t o n o g e n e ra l de Tableattx p a rh ie n s d e 1 9 1 2 lo m a rca la a d m ir a
c ió n in g e n u a p o r las r e a liz a c io n e s d e la c iv iliz a c ió n té c n ic a q u e se im
p o n e n rá p id a s y p u ja n te s , y u n a c o n fia n z a c r é d u la e n u n fu t u r o aú n
m ejor. N o se c o n t e n t a c o n d e s c u b r ir p r o v o c a d o r a m e n t e lo b e llo en el
d is c u r r ir d ia r io d e jas m asas tra b a ja d o ra s y en ia «gracia» d e u n a nu eva
c a lle en ei b a r r io in d u s t r ia l d e la c iu d a d (v. ! 5 -2 4 ). L a e u fo r ia d e la a f ir
m a c ió n m u n d a n a se ex a lta en u n a fa n ta s m a g o ría d e la c iu d a d , y hace
q u e el verso in t r o d u c t o r io : L a religión seule est restée toute. neuve se abra
a la v is ió n d e l s ig lo X X q u e se lan za c o m o u n a v ió n . E i C r is t o d e esta
m o d e r n id a d , g lo r if ic a d o p r im e r o p o r u n a le ta n ía d e p re d ic a d o s p e rte
n e c ie n te s ai c u lt o a n tig u o , e m p r e n d e u n v u e lo celeste b a t ie n d o ro d o s
lo s ré co rd s d e a ltu ra y a b re el h o r iz o n t e de u n n u e v o c ie lo en el q u e ,
c o m o a n ta ñ o e n la p r e d ic c ió n de S. F r a n c is c o , p á ja ro s de to d a s tas la t i
tu d e s y de to d o s los m ito s a n tig u o s c o n fr a t e r n iz a n c o n la m á q u in a v o
la d o r a (v. 4 2 -7 0 ).
S in e m b a rg o , esta a tre v id a p r o fa n a c ió n d e la fe c a tó lic a , arra stra d a
p o r el m o v im ie n t o m o d e r n o , n o tie n e in t e n c ió n b la sfe m a a lg u n a , M á s
b ie n , en las im á g e n e s d ia lé c tic a s y e n los fa n ta sm a s d e estos versos se
a n u n c ia el regreso d e l m u n d o a n tig u o , re c h a z a d o al p r in c ip io . E l p asa
d o , n e g a d o ta ja n te m e n te p r im e r o , regresa, a u n q u e c o n fig u r a m ític a ,
n o h is t ó r ic a . L o q u e la h o r a c e ro d e l p re s e n te d e b ía d e ja r atrás: el h o r i
z o n te y la a u to r id a d d e l p a sa d o , p u e b la d e n u e v o el h o r iz o n t e im a g in a
r io d e l m u n d o m o d e r n o c o n n u m e ro s a s fig u ra s de in d u d a b le vig or: el
v ie jo y el n u e v o A d á n , lo s p ro fe ta s, S im ó n el m a g o , L á z a ro , e in c lu s o la
to rr e d e B a b e l y Pe n te co sté s. A s í, lo m o d e r n o de Zone q u e d a re v e s tid o
p o r la ¡u z d e i m iro . P e ro «el eje e s c o n d id o d e l m it o d e la T o r r e de B a b e l
es el m it o p r im o r d ia l d e la a lie n a c ió n , así c o m o el m it o d e P e n te c o s
tés es el m it o o r ig in a l d e la s u p e r a c ió n de la a lie n a c ió n » '. E s el te m a b á
s ic o de la m u e rte y r e n a c im ie n t o d e l u n iv e r s o q u e ya p e rm e a b a 1a p o e
sía te m p r a n a de A p o llin a ir e . E n e lla fig u ra b a , ju n t o a M e r l í n , la fig u ra
m ít ic a d e l c a n t o r O r f e o , p re d e c e s o r del o m n ip r e s e n te C r is t o d e Z nne,
q u ie n , fre n te a la m u e rte , « d e scu b re la p o e s ía c o m o p o s ib ilid a d de re su
rr e c c ió n y r e n a c im ie n t o d e l m u n d o p e r d id o » 6. N i s iq u ie ra e! p r o n u n
c ia d o m o d e r n is m o d e Zone ha p o d i d o p r e s c in d ir d e este m o d e lo p r i
m o r d ia l. E s el m it o d e i p o e ra ó r f ic o ei q u e s irv e de fu n d a m e n t o a la
185
n ueva c o n fian za en la b elleza y felicid a d d ei m u n d o m o d ern o futuro .
S o lo q u e y a no es el su je to lírico el q u e p u e d e lle v a r a cabo la ren ova
ció n d el m u n d o , co m o h acía aq u el O rfeo q u e en el a n tig u o B estiario
sab ía n o m b ra r y tra n sfo rm a r a n im a le s d esco n o cid o s, o co m o el M a l-
A ir n é á z A lcools q u e se v a n a g lo ria b a d e d isp o n e r d e tod o s los so n id o s de
u n a p o esía cap az de tra n sfo rm a r y c o n ju ra r ios p elig ro s7. P uesto q u e
ah o ra el su jeto Jfrico d e Z o n e está él m ism o afectad o p o r la a lie n a c ió n
q u e c o n stitu y e el e stig m a d e l m u n d o m o d ern o .
C ie rta m e n te sab e el flé tn e u r d e Z o n e, en su v ag ab u n d e o por París,
d e sc u b rir y e x a lta r Sa p o esía d e la téc n ic a y ía b elleza d el «arte in d u s
tria l». S in e m b arg o , en la m e d id a en q u e a p u ra h asta el fin al la fascin a
ció n d e la m e tró p o li —d esd e la m a d ru g a d a de los trab ajad o res h asta los
in síp id o s p laceres n o ctu rn o s d e los m ise rab les—, tie n e qu e e x p erim en tar
q u e su p ro p io yo se le escapa, q u e es in cap az d e tran sfo rm ar en d isc u r
so las voces a lte rn a n te s d e u n yo y d e un tú®. El h o m b re q u e v ag a p o r la
c iu d a d , q u e recib e y d isfru ta eu fó rico en la c o rrien te d e la m u c h e d u m
bre c u a lq u ie r v isió n in ten sa d e la v id a m o d e rn a, parece co n d en ad o a
e n fren tarse co n tod o s los recuerd o s d e su v id a p asad a com o sí p erte n e
ciesen a u n yo ex tra ñ o ’ . El alto p recio q u e h ay q u e p a g a r p o r la a m p lia
c ió n sin p reced en tes d e la e x p erie n cia m u n d a n a m o d e rn a p asa p o r la
p é rd id a d e la id e n tid a d y la m e m o ria. L a an g u stia re p rim id a de) baud e-
lairean o Spleen d e París v u elv e en Z o n e co m o «la a n g u stia d el a m o r que
te e stra n g u la la g a rg a n ta » ( C o m m e si tu n e devais j a m a h etre rfimé, v.
7 4 ), L a e x p e rie n c ia d e la frag m e n tac ió n d el yo en el esp acio y el tie m
po, la m a ld ició n d e la p érd id a d el yo , desp lazan la e x p erie n cia eufó rica
d e la e x isten c ia en el sen o d e la m u ltitu d a n ó n im a . L a «a n g u stia del
am o r» h ace a p are ce r an te el flá n e u r «m u jeres en san g ren tad as» (v. 8 1 ),
h a c e in a c c e s ib le la c o n t r a f ig u r a id ílic a d el p o b re e m ig r a n t e ju d ío
{v, 1 2 1 ), co n v ierte el am o r en «en ferm ed ad vergon zo sa» (v. 8 6 ) q u e h a
186
brá q u e e x p ia r al fin al co n u n a p a u v re filie a u rire horrible (v. 1 4 3 ). Y
c u a n d o fin a lm e n te v u e lv e a c a sa d e sp u é s d e la n o ch e a je tre a d a p ara
b u sc ar el su eñ o e n tre su s fetich es d e O c e a n ía , y a n o se le ap arece el
C risto m o d ern o en la fig u ra d el a v ia d o r u tó p ico , sin o un D ios d esco
n o cid o y tro ceado {C e so n t les Christs inférieurs des obscures esperances, v.
1 5 4 ), y a la visió n in tro d u c to ria d e un v u elo a l cie lo d el m u n d o m o d e r
no se opo n e la im ag en m a c a b ra y fin al d el sol a n tig u o d ecap itad o :
Adiós Adiós
Sol cuello cortado
Baudelaire en: N otes rtouvelUs su r Edgar Poe, ed. crítica de F .-K G autíer, París,
19 2 S , p. 2 9 [erad. cast. de Carm en Sanros: Edgar Alian Poe, M adrid, V isor, 19 88].
187
rácter d e sim u lta n e id a d exige saJtos c o n tin u o s de un lu g a r a o tro, exp li-
cicando así la novedad de la e x p erie n cia de la v id a m o d ern a.
C o m o la le c tu ra e x ig id a y a no se a ju sta a la e stru c tu ra d ia ló g ic a ;y
c o m u n ic a tiv a d e la líric a c lásica, la n u ev a situ a c ió n es an á lo g a a la qu e
se d a en la c o n te m p la c ió n d e u n c u ad ro c u b ista , p uesto q u e «la e s tític a
d e la p in tu ra c u b ista rad ica ese n c ia lm en te en la p rác tic a d e cortes id ea
les o c ateg o ríales q u e tro cean el o b jeto rep resen tad o y lo reco n stru yen
d e n u ev o co n arreg lo a diversos p u n to s d e v ista in m a n e n te s a su c o n fi
g u ra c ió n , c o n stitu y e n d o así u n nuevo o b jeto e sté tic o »11. Este nuevo o b
jeto estético sólo p u ed e c o n stitu irse en ei ojo del esp ectad o r cu an d o su
m ira d a activ a, c o m p o sitiv a y e stru c tu ra n te es cap az d e a su m ir y co m
p le ta r la o b ra d el a rtista . Por eso esta n u ev a a c titu d lecto ra no se reduce
a la p ercep ció n d e la m u ltip lic id a d c ale id o scó p ic a de los fen ó m eno s de
la c iu d a d m o d e rn a. S u p o n e , m ás b íe n , la su stitu c ió n de la tra d icio n a l
a c titu d c o n te m p la tiv a p o r o tra p ro d u c tiv a . S u p o n e la d e stru c c ió n de
las exp ectativ as h a b itu a les y la reco n stru cció n de u n a n u eva exp erien cia
de la to ta lid a d : u n a id ea e stética d el m u n d o q u e recon o ce en la ab so lu
ta n o v ed ad la in m e m o ria l a n tig ü e d a d . H a y en Z o r ti u n a co n tra d icc ió n
en tre la visió n in ic ia l y la im a g en Final, en tre la ex a lta c ió n in a u d ita de
lo m o d e rn o y la e x p erie n cia d el yo frag m e n tad o y a lie n a d o . Pero todo
ello se co rre sp o n d e co n el «s e n tim ie n to m o d e rn o d e lo su b lim e q u e
p e rm ite a l h o m b re o rd e n ar el caos». T al es la esp eran za d e A p o llin a ire
en el esprit no u vea u d e la p o esía y p in tu ra d e v a n g u a rd ia 11.
II
L u n d i Rué Christine
188
II 5 Tres luces de gas encendidas
6 La patrona está enferma del pecho
7 Cuando acabes jugaremos una partida de chaquete
8 Un director de orquesta tiene mal la garganta
9 Cuando vengas a Túnez haré que fumes k if
1 X 3 6 C o m p a ñ ía m ixta de navegación
X 37 M e dijo señor quiere ver lo que puedo hacer con aguas fijerte y cuadros
38 Sólo tengo una criada pequeña
189
44 Pero p o r D io s d ó n d e está
45 L a ú ltim a vez que estuve en C h in a
46 Hace ocho o nueve años
47 E i honor depende de la hora que marca el péndulo
190
D e esta m ú ltip le in d e te rm in a c ió n d el «lirism o a m b ien te» se sigue
n o sólo q u e el lecto r p u e d a in te rp re ta r el p o em a según d iferen tes pers
p e c tiv a s , sin o q u e tie n e q u e in te rp re ta r lo en d ife re n te s p ersp ec tiv as,
b u sc a r p o s ib le s c o h e re n c ia s y c o n f ig u r a r c u a d ro s d ife re n te s co n las
«im ág en es ro tas», a fin de c o n se g u ir u n a im p resió n g lo b a l d e lo s im u l
tán eo en el a q u í y el ah o ra, pero n u n ca d e m o d o d e fin itiv o . «L a s im u l
ta n e id a d lite ra ria p u ed e p ro d u c irse m e d ian te el em p leo d e los co n tras
tes de las p a la b ra s»56. Este n uevo p rin c ip io de sim u lta n e id a d tien e que
c o n firm a rse en el in te rm in a b le m o v im ien to d e la p ercep ció n e stética
q u e b usca, d e stru y e y reco n stru ye. P recisam en te p o rq u e la p ercep ció n
e stética no d escan sa en el se n tid o co m p ren siv o d e u n a re a lid a d exp ues
ta, a p a rtir d el tra b a jo d iacró n ico , co n diversas p ersp ectivas e h ip ó tesis,
p u e d e e x p erim en tarse la sin c ro n ía d el p resen te, d el a q u í y ah o ra: la si
m u lta n e id a d y u b ic u id a d d e la v id a m o d ern a afirm a d a e m p íric a m e n te
en u n m o v im ien to in acab ab le.
Este in n o v ad o r efecto lite ra rio , co n sid e rad o en su tiem p o com o el
m o d e rn ism o p o r e x celen cia, es an álo g o a la id ea d e la p in tu ra órfica,
e s ta b le c id a ta m b ié n p o r A p o llin a ire , co n la q u e su a m ig o D e la u n a y
fra n q u e a el paso d e la p in tu ra c u b ista a la no o b jetiv a. C o n el ab a n d o
no to tal de la p ersp etiv a, los c o n trastes d e colo r resu ltan lib erad o s, de
m a n e ra q u e «c o in c id e n la form a de la im a g en y la ex citació n d el ojo
( ...) L a im ag en es u n d e sp lie g u e d e la m ira d a m ism a, d e m o d o to ta l
m e n te in m ed iato (...) E! o jo ve s im u l e t sin g u la riter (...) S eg ú n D eláu -
hay, en el proceso de la v isió n d e colores se revela la v ita lid a d d el m u n
do no c o n stitu id o p o r u n a su cesió n d e fen ó m eno s, sin o p or u n a acció n
sim u ltá n e a d e co n trastes y c o rre sp o n d e n c ia s»'7. Este ju e g o d e co n trastes
sim u ltá n e o s d e l c u ad ro q u e se d e sp lie g an co m o «frases d e c o lo re s»18 y el
ju e g o an álo g o d e los co n trastes sem án tico s d e p alab ras en el p o e m a, no
se rían p ues u n o b jetiv o en sí m ism o s, ni el ú ltim o acto d e u n a c o m
p ren sió n así p u e sta a p ru e b a , sin o la c o n d ició n q u e h ace p o sib le la for
m a c ió n d e u n a idea e stética en el m o v im ien to sin cró n ico . «E sta acció n
sin c ró n ic a no será sin o el su jeto y su h a rm o n ía re p re se n ta tiv a »1’ . Para
D e la u n a y es la luz m ism a la ú n ic a re a lid a d q u e p erm an ece. «Yo p in to el
so l, q u e no es m ás q u e p in tu ra »20. Para A p o llin a ire es e l «lirism o » am -
191
b ie n te d e u n a p ro to p o esía ó rfica, o, si se q u ie re , 1a so lu c ió n d el sen tid o
m o d ern o d e lo su b lim e .
N o o cu rre, p u es, q u e sea tarea d e l lec to r d a r su sencido al p o em a,
u n sen tid o q u e per se no es «o b jetiv o » y q u e p u d ie ra v a le r ta m b ié n p ara
otro le c to r11. N i o cu rre q u e la im p resió n g lo b al d e u n a escen a irreal en
un paseo se re m ita a la fó rm u la se g ú n ia c u a l «el p o em a in v ita y reh úsa
sim u ltá n e a m e n te » su to ta liz a ció n , c o n lo c u a l to d a co m p ren sió n e q u i
v a ld ría a l ju e g o sie m p re rep etid o d e u n so lita rio 2*. El rad ical m o d e rn is
m o d e Lundi Rué Christine no c o n sig u e su c a lid a d e stética sim p le m e n te
p o rq u e p u e d a rech azar y d e sc alific ar c u a lq u ie r ac ercam ie n to h erm e n á u
tic o 23. In clu so en tal caso tie n e v a lo r la ex ig e n cia estab le cid a p o r D ieter
H e n ric h en su in te rp re ta c ió n «en á rb o l»: «n o b asta co n in d ic a r el p rin
c ip io e stru c tu ra l y d e sc rib ir la té c n ic a p o ética. S i esa to ta liz a c ió n , ba
sán d o n o s en la téc n ic a co n la q u e el p o e m a está realizad o , exige in te-
p r e ta c io n e s s ie m p r e r e n o v a d a s , n o e s t á t a l in t e r p r e t a c ió n lig a d a
arb itra ria m e n te al d e ta lle ; n i está lib re d e u n a o rie n ta c ió n fu n d a m e n ta l,
d a d a o b lig a d a m e n te p o r la c o n stru cc ió n d e l tex to »M. Si el p o e m a -c o n
v ersació n d e A p o llin a ire ap arece frag m e n ta d o d e m o d o tan e x tra o rd i
n ario , d e m an e ra q u e sus e lem en to s no p u e d en d e d u c irse d e n in g ú n to
d o dado p revia m en te , c o n t i e n e s in e m b a r g o un a o r i e n t a c i ó n
fu n d a m e n ta l q u e p e rm ite a l lecto r, p ese a la fa lta d e referen tes d e la
tru n c a d a co n v ersació n , co n stru ir, a p a rtir d e rep etid as lec tu ras simul et
singulariter, u n a to ta lid a d buscada, a u n q u e no u n ív o cam en te.
P or tra u m á tic a m e n te m o d e rn o q u e p u ed a p arecer a p rim e ra vista
el p o e m a , no Hace sin o renovar, y exigir, las co n o cid as u n id a d es clásicas
d e lu g a r y tiem p o . A u n q u e e n m u ch o s versos q u ed e n d ifu m in a d a s las
fro n teras e n tre el ex terio r y el in te rio r, el d iscu rso ex p líc ito y la m era re
p re se n tac ió n , el lector, si sig u e la o rie n ta c ió n b ásica d el texto , tien e q u e
co n sid e ra r q u e tod o s los e n u n c ia d o s so n «p erfiles» d e u n a situ a c ió n y
d e u n m o m e n to tem p o ral en la Brasserie Rué Christine. D e a h í se d e ri
va, pese a la serie d e d e ta lle s aleato rio s, u n a im p erce p tib le , p e ra in te n
sa, u n id a d d el suceso: el m o m en to p re g n a n te de la v id a sim u ltá n e a . La
le c tu ra d el p o e m a está fu n d a m e n ta lm e n te o rie n ta d a en e l p ro p io texto,
y a e llo se a te n d rá la m u ltip lic id a d y c o n tin g e n c ia d e las in te rp re ta c io
n es lecto ras. El lu g a r se m e n c io n a y a en el títu lo , Rué Christine, pero
sólo ap arece en el verso 2 4: Le chat noir traverse la brasserie, y se c o m
p le ta co n d e ta lles so b re el a m b ien te y el m o b ilia rio (v. 5 , 8 , 11, 16, 2 6 ,
192
31 y q u iz ás 4 7 , 4 8 , si re lacio n am o s estos versos co n e l 12 y el reloj q u e
evoca) y con frag m en to s d e d iálo g o s en tre clie n tes y cam arero s (v. 18,
2 9 ). S i to m am o s los v. 9 (Quand tu viendras á Tunis) y 15 (Jepartimi h
2 0 h. 2 7 ) co m o señ al d e un v ia je , cosa q u e co n firm a el frag m e n to d el
v. 3 6 : Compagnie de navigation mixte (¡a n u n c io o respuesta a u n a form a
d e v ia ja r?), en to n ces la escen a se a m p lía a lu g ares lejan o s e im ag in ad o s
co m o E sm im a , N áp o les, T ú n e z y C h in a . En c u a n to al tie m p o , q u ed a
y a fija d o en el títu lo el d ía d e la sem an a, el lunes (¿d ía d e la c ita de los
co m en sales?), y se c o n creta en el verso 5 en el atard ecer: Trois bees de
gaz allumés, y qu izás en los versos 2 6 y 2 7 25; co n e l to q u e d e cam p an as,
pim, pam, pim (v. 12) se rem ite ai m o m e n to exacto d el v ia je p lan ead o
(v. 15, 2 3 ) y se te rm in a en la h ora so lem n e, l ’heure que marque la pen-
dttle / la quinte mrtjor. L a h o ra so lem n e m a rc a d a en e l ú ltim o verso
o to rg a a la u n id ad d el tie m p o la d ig n id a d d e un gran in sta n te (pese a la
iro n ía d e l v. 4 7 ).
I il
193
la a c t u a lid a d d e l a q u í y a h o ra , y tras el a b a n d o n o d e l s u je to lír ic o , se re
v e la la te rcera n o v e d a d r e v o lu c io n a r ia e n la h is t o r ia d e la líric a : ia i n
c o r p o r a c ió n de p r o t o c o lo s d e F ra g m e n to s de c o n v e r s a c ió n , y de la m is
m a c h a r la d ia r ia en la c a lie o el cafe, al d is c u r s o p o é tic o . N o im p o r t a
q u e A p o llin a ir e , d e h e c h o , u n lu n e s, s e n ta d o c o n a m ig o s e n d ic h a c e r
v e ce ría to m a se n o ta de lo q u e o ía . E l e fe c to sería el m is m o si h u b ie s e
u n id o g ir o n e s de u n a c o n v e r s a c ió n fin g id a . E s u n a in n o v a c ió n q u e va
m ás a llá de la m e n c io n a d a a n a lo g ía c o n la p in t u r a ó r fic a . E n e fe c to , el
p r i n c i p i o de¡ co n tra ste s im u lt á n e o d e c o lo r e s p u r o s e x c lu ía lo s o b je to s,
m ie n tr a s q u e a h o ra e n L u n d i R a e C b r is t b ie , fra g m e n to s de frases reales
q u e d a n in c o r p o r a d o s , si b ie n to d a v ía de fo r m a c o n tra s ta n te . C o n e llo
re a liza e n la lite ra tu ra el m is m o g ir o q u e P ic a s s o c u m p le , p o r las m is
m as fechas, c o n sus p r im e r o s c o l lu g e s (a p a r t ir de 1 9 1 2 ) y q u e d a D u -
c h a m p c o n su p r im e r r e a d y - m a d e (ru e d a d e b ic ic le t a d e 1 9 1 3 ) en las a r
tes fig u ra tiv a s .
L a a n a lo g ía e x is te n te e n t re las artes fig u r a tiv a s y la p o e s ía en ¡a
« n u e v a estética» q u e ap are ce en este c a m b io de é p o ca , p u e d e e x p lic a rs e
d e l m o d o s ig u ie n te : el F ra g m e n to c it a d o - e l o b je t o real in c o r p o r a d o al
cu a d ro c o m o c o lln g e o el g ir ó n de c o n v e rs a c ió n in c l u i d o en el p o e m a -
c o n s e r v a n p a ra el e s p e c ta d o r o el le c t o r el s e n tid o q u e te n ía n e n el c o n
te x to o r ig in a r io , p e ro el c o n t e x to d e l n u e v o m o n ta je ios h a ce ap a re ce r
c o m o e x tra ñ o s. L a c ita e s ta b le ce tin a m e d ia c ió n e n tre el a n t ig u o y el
n u e v o c o n t e x t o y a b re así u n n u e v o h o r iz o n t e d e s ig n if ic a c ió n q u e p u e
de e n r iq u e c e r ta n t o el s e n t id o d e l te x to a c tu a l c o m o el d e l a n te rio r. P e
ro la c it a re a liza d a en el m o n t a je m o d e r n o h ace q u e n o p o d a m o s d is p o
n e r d e la r e a lid a d c it a d a . Q u e d a in d is p o n ib le , p e r o s ig u e s ie n d o
re c o n o c ib le . E n este n u e v o u so , la re a lid a d , F ra g m e n ta ria m e n te cita d a ,
se resiste a ser e n t e n d id a y e x p e r im e n ta d a a ia m a n e ra c o m o c re ía m o s
p o d e r d is p o n e r d e ia re a lid a d d ia ria . L o s fra g m e n to s de c o n v e r s a c ió n
m o n t a d o s en el p o e m a s u e le n ser b a n a le s y o sc u ro s, n o p o r q u e sean o s
c u ro s e n s í m is m o s o p o r q u e im p liq u e n u n a d ife r e n c ia in s u p e r a b le e n
tre lo d ic h o y lo p e n s a d o , s in o p o r q u e están se p a ra d o s d e l o r ig e n y del
o b je t iv o d e l d is c u r s o in ic ia l. N o se tra ta d e u n a c o m u n ic a c ió n e n tre las
v o ce s de lo s c lie n te s , c a m a re ro s y pase an te s lo q u e está en c u e s t ió n (q u e
te n d r ía q u e ate n erse a las c o n d ic io n e s de « fe lic id a d » seg ú n las reglas de
la te o ría de lo s a cto s de h a b la ), s in o d e la c o m u n ic a c ió n e n tre e! «poe-
m a - c o n v e r s a c ió n » y su le c to r. E s ef le c to r a h o ra ei te rc e r e x c lu id o , a
q u ie n n o se d ir ig e n d ia ló g ic a m e n t e lo s e n u n c ia d o s , c o m o o c u r r ía en la
t r a d ic ió n lír ic a a n te rio r. E l s e n t id o a u t é n t ic o (o c u a s i a u t é n t ic o ) de
u n o s e n u n c ia d o s , c la ro s en s í m is m o s , se le o c u lt a ( e n u n c ia d o s l im it a
d o s en a m b ig ü e d a d , in te rp re ta b le s de m o d o d iv e rs o , p e ro n o d e m o d o
a r b itr a r io ) , y, s in e m b a rg o , al le c to r se le im p o n e u n t o d o e x tra ñ o y n o
i 94
o b stan te fa m ilia r, el suce so s im u ltá n e o en el a q u í y el ah o ra d e u n café
(cosa q u e c o n fr e c u e n c ia se d e s c o n o c e ). M ie n t r a s q u e ei re a iis m o d e l s i
g lo XIX u tiliz a b a el d e ta lle a u t é n t ic o p ara g a ra n tiz a r la v e rda d d e la i l u
s ió n d e la re a lid a d im it a d a 26, a h o ra la fa c t ic id a d d e l « oh jet tro u v é " en el
ren d y -m a d e o el troz.o d e c o n v e r s a c ió n v e r íd ic a e n el p o e m a sirve para
h a c e r a p a re ce r c o m o fic t ic ia ¡a re a lid a d d ia r ia m o d e rn a , d e s tr u y e n d o así
195
y q u e , com o no es c a p ta b le en su e v id e n c ia h istó ric a , p u ed e sólo im a
gin ar.
L a in fo rm ació n de esa fecha d ebe d isc u rrir en el vacío p ara lo g rar la
p ro vocació n: q u e el objeto no ficticio y el in stan te fáctico d e su conver
sió n en objeto estético - a lg o au té n tico en u n d o b le s e n tid o - parecen in
d ic a r su se n tid o al esp ec ta d o r —q u e n o p u d o ser testigo — y al m ism o
tiem p o negárselo . L a p arad o ja d e esta n u ev a e x p erien cia estética ilu stra
b ellam en te el p o stu lad o ad o rm an o d e «ú n a se g u n d a a lien ació n d el m u n
d o a lie n a d o », p o r c u a n to q u e la ru ed a d e b icicleta, o bjeto no sin gu lar,
rep ro d u cib ie en u n sistem a d e p ro d u cció n e n cad en a, o la conversación
n o sin g u la r h ech a d e estereotipos y fragm en to s d e la ch arla d ia ria , m e
d ia n te la in scrip ció n d e u n a fech a q u e los eleva a «o b jetos estéticos a m b i
guos» a , recib en la m arca d e lo ú n ico y au tén tico q u e, al m ism o tiem p o ,
b lo q u ea la e x p erien cia esp o n tán ea d e l esp ectador. Y com o si in cu m b iese
al a u to r p o n e r d e relieve el carác te r d e in d isp o n ib le y resistente d e la rea
lid a d , la in te n c ió n d e D u ch am p a l in scrib ir el ready-made en el tiem p o
p reten d e re m itirlo a u n m o m en to c u a lq u ie ra fu tu ro , pero preciso. D e la
m ism a m an era, el títu lo Lundi Rué 0jristine p u ed e en ten d erse com o un
suceso y a fechado p rev iam en te o com o !a c ita p ara u n d uelo (u n «d u elo
con la re alid ad » no u n d u elo en el co n texto bio gráfico d el a u to r1'1).
. E l h ech o d e q u e, p o r esa m ism a ép o ca, A p o llin a ire p u b licó d o s es-
ten o g ram as a u té n tico s d e co n versacio n es reates, sin m ás c o m en tario s, y
con in d ic a c ió n p recisa de lu g a r y h o ra51, a p o y a la tesis d e qu e sus «p o e
m as-co n v ersació n » y los ready-made d e D u c h a m p p u e d en e n ten d erse
co m o u n e x p erim en to an álo g o en las v a n g u a rd ia s d e 1 9 1 2 .
S in e m b a rg o , e l e x p e r im e n to d e A p o llin a ir e p la n te a a d e m á s la
c u e stió n d e sí Lundi Rué Christtne p reten d e sólo c o n v e rtir p a ra d ó jic a
m en te u n trozo d e re a lid a d d ia ria , ex abstracto, en «o b jeto p u ro » d e u n a
e x p erie n cia e stética. A m í m e p arece q u e , co n este paso , A p o llin a ire no
h a a b a n d o n a d o su p ro fu n d a c o n v icció n ó rfica, sin o qu e in te n tó c u m
p lirla en c o n d icio n e s m ás d ifíc iles, d e sc u b rien d o la p o esía la te n te de lo
sim u ltá n e o en e l a q u í y a h o ra p ro saico s d e u n p o em a-co n v ersació n . Se
p u e d e, en p rin c ip io , e sta r d e ac u e rd o co n P h ilip p e R e n a u d y ver en el
ready-made la o tra cara d e la «p in tu ra p u ra »: el «o b jeto p u ro », y c o m
p re n d e r la a n tin o m ia d e am b as especies d e artes v an gu ard istas com o la
17 La paradoja del objeto a m bigu o de V'al^ry (Eupalinoi. 1923 [erad, cast, de Jos¿ Car-
ner: El s fe w y l í danza. EupaUnos o e l arquitecto, Buenos Aires, Eíl. Losada, 19 5 8 ]) la he
utilizado en m í A sthetische E rfahrung..., 1 9 8 2 , p. 1 1 7 s., para explicar d cambio de signi
ficado de la p o teiisa partir de las vanguardias de 1 9 1 2 .
w C om o considera Ph. Renaud (1 9 6 9 ), p. 3 5 4 .
11 V e r sobre esto Ph. R e n a u d (1 9 6 9 ), p. 2 5 8 .
196
resp uesta a la e x p erie n cia e xtrem a d e la a lie n a c ió n d e la co n c ie n c ia en
u n m u n d o c o sificad o 32. S in e m b arg o , ¡n o sería m ás ló g ico su p o n er qu e
A p o llin a ire ha d ad o un paso m ás a llá d el e x p erim en to v a n g u a rd ista de
su am ig o D u ch am p , y q u e h a in te n ta d o su tu ra r a su m a n e ra el ab ism o
ab ierto en tre ia p in tu ra ó rfica, q u e lib e ra el p u ro ju e g o d e co lo res d e to
d a o b je tiv id a d , y el ready-made, q u e p resen ta, en un o b jeto aislad o , la
re alid ad c o n tin g e n te y sin sen tid o ? D e h ech o , sólo a p rim e ra v ista en
Lundi Rué Christine la re alid a d sin se n tid o d e los frag m en to s d e co n v er
sació n es un ju e g o d e azar. En la fo rm a d el p o em a, esos frag m en to s a d
q u ie re n , p a ra el lecto r q u e los recib e e in te rp re ta simul rt singulañter,
u n a u n id a d se c u n d a ria q u e se va esp esan d o d e verso a verso , y qu e se
m an ifie sta en el «relo jism o » d e l so lem n e verso fin al, la u n id a d d e un
in stan te p len o , recib id o de m o d o eu fó rico , q u e e v id e n cia en ¡a c o n tin
g en c ia d el a q u í y ah o ra33 la in so sp ech ad a sim u lta n e id a d d e la v id a m o
d ern a.
L’honneur tient souvent h l ’heure que marque la penduk / La quinte
major (v. 47 / 4 8 ): la c a m p a n a d a a n u n c ia d a en e l verso 12 es ah o ra ia
h o ra p le n a q u e p ro p o rcio n a a! suceso sin cró n ico la co n sag ració n d e u n a
« h a r m o n ía re p re se n ta tiv a » , y p o e tiz a re tro sp e c tiv a m e n te lo s retazo s
p ro saico s de co n versació n y sus co n trastes sem án tico s in esp erad o s. El
p o e m a em p ez ab a, en efecto , d e m o d o p ro v o cad o r (V. 1 -6 ), con u n a
p ro sa to ta lm e n te triv ia l, con el e n cu en tro d e dos lad ro n es q u e p rep aran
un robo. Tras esta a p ertu ra , d o n d e se d a la ú n ica co n versació n co h eren
te y u n ív o ca de to d o el p o em a, co m ien za la co n v ersació n tro cead a qu e
su sc ita en el lec to r la tare a y a d is c u tid a d e d e sc ifram ie n to d e las diversas
p o sib ilid ad e s d e in te rp re ta c ió n . A h o ra b ie n , este tra b a jo se co n v ierte en
c o m p ren sió n gozosa, en la m e d id a en la q u e la lec tu ra , resistien d o a la
te n d e n c ia u n ific a d o ra e sp o n tá n e a , c o m ie n z a a p e rc ib ir ios co n trastes
entre versos sucesivos (p. e. v. 2 9 y s. Vbici mondeur / La bague est en
malachite / Le sol est semé de sciure), las ag ru p ac io n es d e versos (p. e.
c u an d o a la estro fa se g u n d a , q u e carece d e to d a rim a y cuyo s versos tie
n en un referen te d istin to , se a ñ a d e la estro fa tercera q u e, en u n solo
verso, a firm a iró n ic am e n te: Qa a Vair de rimer), y las series sig n ific a ti
vas (p. e. el en fo q u e p ró x im o q u e se d a al m o b ilia rio m ise ra b le d el café
f
52 Ph, R enard (I 9 6 9 L p +2 5 9 .
53 Q ue ai ahora contingente debe corresponder un aquí también contingente, es algo
que confirm a una anécdota de la biografía de Apollinaire- Cuando un día quiso sorpren
der a un grupo de amigos, llevándolos en coche a un sitio tranquilo, comentaba uno de
dios: «Ese camino en xig-tag debía llevarnos a la Rué C hristine „ o, para salvar su noble ca
ra nuestro amigo, proponía una cervecería que estaba seguro de haber reconocido» (se
gún Ph. Renaud, 1 9 6 9 , p. 305).
197
en las estrofas IV y V I, y e l e n fo q u e lejan o d e los v ia je s sugestivos en el
v. 9, ia estrofa IX y los versos 42-43). N o p o d em o s d a r paso a q u í a esta
le c tu ra . S ó lo reco rd aré la p o e tiz ació n su b lin ú n a r co n «m etáfo ras a tre v i
d as» d e l le n g u a je d ia rio (p. e. Cette dame a le nez comme un ver solitaire,
v. 2 0 ), los «h ech o s diverso s» co n c en trad o s en un solo verso ( La serveuse
rousse a été enlevipar un libraire, v. 3 7 ) y el h u m o r resid u al d e m u ch as
exp resio n es (p . e, Vous ¿tes un mee á la míe depain, v. 1 9 ), an tes d e q u e,
de m a n e ra so lem n e e iró n ic a , v u e lv a en el verso fin al el alto cono d e la
p o esía p ara m a rc a r la h o ra en la q u e se reú n en y a n u d a n los aspectos de
la v id a q u e flu c tú a n sim u ltá n e a m e n te en un tu g ar y los p erfiles d ife re n
te d e u n in sta n te: VHonneur tient souvent Á l ’heure que marque la pen-
dule / La quinte major.
E ste verso no se p u e d e e n te n d e r co m o si fuera un frag m en to de
co n v ersació n . S e p resen ta c o m o si fu era la c ita d e u n a a n tig u a sen te n cia
de u n có d igo d e h o n o r fu e ra d e uso. Y ta m b ié n su scita la so sp ech a, con
la c o n n o ta c ió n d e u n d u e lo , d e q u e e l títu lo , c o m p le tad o q u iz is con el
v. 3 9 : Aprh déjeuner café du Luxembourg, sig n ific a el m o m e n to d e u n a
c ita, o ta m b ié n , e l m o m e n to , a rb itra ria m e n te a n tic ip a d o , en el q u e el
p o e m a -c o n v e rsa c ió n , co m o si fu e ra un ready-made, se in sc rib e en la
re a lid a d . E sta ev o cació n so lem n e d e la h o ra h a sid o in te rp re ta d a de tres
m an eras d iferen tes, a las q u e a ñ a d iré u n a c u a rta . L a q u in ta m ayo r (en
el ju e g o d el p ó q u e r se d ice royalflash) in d ic a en el ju e g o d e cartas u n a
serie d e cartas d el m ism o p alo q u e em p iezan p or el as, de lo q u e se p u e
d e d e d u c ir q u e el triu n fo d el verso fin al c o n tie n e la p o é tic a in m a n e n te
a l p o em a, c u y o ju e g o h a y q u e e n te n d e r co n las d iferen tes cartas q u e se
v an in tro d u c ie n d o y las c o n fig u racio n e s resu ltan tes. En seg u n d o lu gar,
la q u in ta m a y o r d e sig n a u n in te rv a lo a rm ó n ico y p o d ría in d icar, co n la
p o sició n n o ta b le d e l ú ltim o verso , c u y o ton o p a té tic o c o n trasta co n el
p ro saísm o d el resto, eí aco rd e fin al d e u n a a rm o n ía ó rfica q u e resuen a
en e l a q u í y el a h o ra a p a rtir d e la c a ó tic a p le n itu d d e la v id a s im u ltá
n ea, si n o fuera p o rq u e es u n a d iso n a n c ia no a d m itid a en la m ú sica c lá
sica, c errán d o se así el ju e g o iró n ico . E n terce r lu g ar, la q u in ta m ayo r
p u e d e sig n ific a r en a rg o t (d ic c io n a rio L arousse) u n a «g ran b o fetad a», lo
q u e p e rm itiría in te rp re ta r el texto en clave d e poesía ap ach e, cu yo p ro
vo cativ o co n ten id o (u n a a v e n tu ra tu rb ia ), y c u ya no m en o s p ro v o cativ a
fo rm a, te rm in a ría con «u n a lla m a d a a l o rd en » (¡h asta a q u í hem os lie g a-
d o !)M. En c u arto lu g ar, la q u in ta m a y o r re cu erd a u n a cesu ra sag rad a en
la c o n ta b ilid a d m ed iev al d e l tie m p o 35: en el m isal ro m a n o , los días d e la
198
sem an a se n o m b ran , e m p ezan d o p o r el d o m in g o , com o feria p rim a , se-
c u n d a , etc. y a los d ías d e fiesta se les a ñ a d e «m a y o r» (sexta m ayo r en el
viern es san to ), co n lo q u e !a q u in ta m ayo r a lu d iría al «gran jueves» y su
ac o n te c im ie n to de la sa n ta c e n a {feria quinta de cena domini). Si se
acep ta este sig n ific a d o , A p o llin a ire h a b ría co ro n ad o el «relo jism o » de
I.undi Rué Christine con la tran sfo rm ació n d e la h ora d e la c ita , a rb itra
ria m e n te e le g id a, en el suceso eu fó rico d e u n a q u in ta m ayo r, la h o ra de
la tran su b stan c ia c ió n d e la c o tid ia n id a d p o ética d e la c o m id a p ro fan a
en el café d e Rué Christine, en Sa h o ra so lem n e d e la h a rm o n ía ó rfica de
la v id a m o d ern a.
IV
199
b r i m i e m o d e u n a c u a r ta d i m e n s ió n e n la g e o m e t r ía p o s t e u c lid ia n a
(« l ' i mm e n ú t é d e V esp a ce s ' é t e m i s a n t d a n s t o u t e s le s d i r e c t i o n s a u n m o -
m e n t d é t e r m i n é ») y se d is t in g u e d e l c o n c e p t o c lá s ic o de lo h e lio ( « l e
b e a it d é g a g é d e la d é l e c t a t i o n q u e l ' h o m m e c a u s e h l ' h o m m e » ), p a ra c u m
p l i r el m ás o s a d o d e s e o d e l g é n e ro h u m a n o : la ¡dea e s té tic a d e u n u n i
v e rso h u m a n iz a d o p o r la lu z . A p o l l i n a i r e p r o p o r c i o n a así ¡a fu n d a -
m e n t a c ió n m e ta fís ic a de las n u e v a s e x p e cta tiv a s: h a c e r r e lu c ir al fin a l
la d im e n s ió n p r o f u n d a d e u n a a r m o n ía c ó s m ic a ó r fic a a p a r t ir de i;s s i
m u lt a n e id a d d e u n a q u í y u n a h o r a c o n t in g e n t e s en lo s q u e t o d o lo
o b je t iv o q u e d a s u p e ra d o . P a re c e q u e este p r o g r a m a d e A p o l li n a i r e no
está le jo s d e la fa m o s a a f ir m a c ió n de N ie tz s c h e : « só lo c o m o f e n ó m e n o
e s té tic o q u e d a ju s t ific a d a la e x is te n c ia de! m u n d o » '" . Si esto es así, e n
to n c e s se v e rá c o n m a y o r c la r id a d la d e s p r e o c u p a c ió n c o n la q u e el
n u e v o a rte ó r f i c o salta p o r e n c im a de la e x is te n c ia s o c ia l a lie n a d a , s o
b re las ilu s io n e s d e l p ro g re s o y s o b re la fa t a lid a d de la h is t o r ia , c o n
u n a p a te n te n e g a c ió n .
L a n a tu ra le z a y la h is t o r ia fig u r a n e n el m a n ifie s to d e A p o llin a ir e
c o n los rasgos d e l t r iu n f o d e l arte m o d e r n o : 1a n a tu ra le z a c o m o la in s
ta n c ia v e n c id a b a jo sus p ies («la n a tu re terrassée»), la h is t o r ia c o m o ei
c a d á v e r d e l p a d re a b a n d o n a d o a la c o m p a ñ ía de lo s m u e rto s , L o q u e en
el fu t u r o h a b rá de lla m a rs e b e llo n o p ro c e d e rá n i d e la e x p e rie n c ia de
u n c a m b io tr a u m á t ic o en el p re s e n te n i de la a n t ic ip a c ió n e x tá tic a de
u n fu t u r o d e s c o n o c id o . A p o llin a ir e re ch aza a q u í ta n to ia b en u té fitg itiv r
d e B a u d e la ir e c o m o c o m p e n d io d e lo « b e llo h is t ó r ic o " , el h e r m a n a
m ie n t o de lo m o d e r n o y !a m o d a , s im p le «m áscara de m u e rte " , c o m o
ta m b ié n el m it o d e l fu t u r o d e lo s fu tu r is ta s ita lia n o s . E l « m o n s t r u o de
lo b e llo » , c o n lo q u e el p i n t o r d e la n u e v a m o d e r n id a d b u sc a d a r ia
« m ira d a d e su p r o p ia d iv in id a d » , n o es a lg o e te rn o , s in o s e m e ja n te a
u n a lla m a q u e d e s tru y e p a ra c a m b ia r el m u n d o a u n a n u e v a luz: u n
« a lie n to s in p r i n c i p i o n i fin», p e ro ta m b ié n u n saber im p e n s a b le q u e
está m ás a llá de la c r e a c ió n y el Fin al d e l m u n d o (" q u e n o u s c o n c e v o n s
a v a n t to u te la c r é a t io n et la fin d u m o n d e » ).
E n la ú lt im a f ó r m u la re su e n a la c o n c ie n c ia d e la é p o c a p re c e d e n te ,
q u e en el p a so d e l s ig lo X IX a l XX se h a b ía p r o n u n c ia d o p ú b lic a m e n t e .
«Se c o n t a b a s e ria m e n te c o n u n h u n d im ie n t o s o c ia l g e n e ra l, q u e , a lo
m á s tardar, se p r o d u c ir ía e n t o r n o al a ñ o m il n o v e c ie n to s , y d e b e ría re
n o v a r el m u n d o » ; así in fo r m a , e n tre o tro s , el c r o n is ta de M a n u e l Q u ttit,
e l l o c o e n C risto , d e H a u p t r n a n n ” . H a n s H in t e r h a ü s e r y V i k t o r Z m e g a c
200
h a n a n a liz a d o p e r t in e n te m e n te ei « e s p íritu d e l tie m p o » d e fin a le s del
s ig lo XIX, c o m o si «de m o d o t e m id o o d e s e a d o el fin d e s ig lo q u is ie ra
ser e! fin d e l m u n d o » 111. E sta e x tra ñ a « ilu s ió n in c o r p o r a d a a la fe ch a m á
g ic a d e l c a m b io de s ig lo » 41 se tra s to c ó en el d e c e n io s ig u ie n te , tras el d e
s e n g a ñ o d e la esp era a p o c a líp t ic a , en u n a n u eva e sp e ra n z a q u e tra jo la
tr a n s fo r m a c ió n d e l t ie m p o en lu g a r d e su fin a l. E l F in d e S i e c l e del X i,\
201
c o m p e n s a d o r 11, n o p u e d e e n te n d e rs e ya c o m o u n e s tilo de é p o ca . Si el
h is t o r ic ís m o c u lm in ó en la c o n c ie n c ia esté tica de Sa lib r e d is p o n ib ilid a d
d e to d a s las é p o c a s a rtís tic a s, ig u a la d a s p o r el m is m o rasero, e llo d io l u
g ar ta n t o al «m u seo im a g in a r io » d e t o d o arte d e l p a sa d o c o m o m a n ife s
t a c ió n de la p é r d id a d e l a u ra e s ta b le c id a p o r W . D e n ja m in , c o m o a ia
d e s in t e g r a c ió n d e la s u c e s ió n d e u n id a d e s e p o c a le s d e s e n t id o d ad as
p o r u n a s escue las q u e n a c e n , p o le m iz a n y se d is u e lv e n r á p id a m e n te ,
p ro c e s o q u e a lc a n z ó su p u n t o c u lm in a n t e en las v a n g u a rd ia s e s p e c ífica s
d e l c a m b io d e s ig lo .
« A p a re c e n n u e v o s n o m b r e s , d e c a d e n t is m o , s im b o lis m o , n e o r r o -
m a n t ic is m o , n e o c la s ic is m o , y, ante s de q u e p u e d a n e x pre sa rse p le n a
m e n te , s o n d e s p la z a d o s p o r o tro s n u ev o s» , a firm a H e r m a n n B a h r en
I 9 ¡ 2 en su in v e n t a r io d e la é p o c a 45. L a t r a d ic io n a l d iv is ió n en é p o c a s
d e la h is t o r ia de la lite ra tu ra , q u e en el e s p a c io e n tre el n a t u r a lis m o y el
e x p r e s io n is m o p are ce e s ta b ie ce r u n a s u c e s ió n d ia c r ó n ic a , q u e d a d e s a u
t o r iz a d a p o r la m o d e r n a a p a r ic ió n de u n p lu r a lis m o e s tilís tic o c o n e!
q u e la le y d e l m e rc a d o de u n c o m e r c io d e lu jo c u lm in a la c o m p e t ic ió n
esté tica. E l n a tu r a lis m o y el s im b o lis m o c o e x is te n y se e n fr e n t a n d e sd e
el p r i n c i p i o ( E l A s s o m n w ir d e Z o la j u n t o al A p r h - m i d i d ' u n f t i t m e de
M a lla r m é , W e b e r d e H a u p t m a n n j u n t o a A lg a b a ! de C e o r g e ) . E l e s te ti
c is m o d e c a d e n te y el v it a lis m o a fir m a t iv o se e m p u ja n , de m a n e ra q u e
lo s c o n t e m p o r á n e o s p u e d e n verse « c o m o a d o ra d o re s d e la s a lu d y c o n
q u is ta d o re s d e l fu t u r o , y, al m is m o t ie m p o c o m o te stig o s m ó r b id o s y
d e s e s p e ra n z a d o s de u n t ie m p o q u e s u c u m b e » 4'1. Y c u a n d o las v a n g u a r
d ias d e lo s a ñ o s a n te rio re s a la p r im e r a g u e rra m u n d ia l, c o n las q u e c o
m ie n z a n lo s p r im e r o s e x p e r im e n to s d e la m o d e r n id a d d e l s ig lo X X , d i
c e n a d ió s ta n t o al s e n t im ie n t o de la d e c a d e n c ia c o m o a la n o s ta lg ia de
ia v id a s e n c illa , y re ch a za n !as fo rm a s fin a le s de la e sté tica d e l s ig lo XIX
(ta n to el re a lis m o c o m o el s im b o lis m o , ta n t o la lite r a tu r a c o m p r o m e t i
d a d e Z o ia c o m o la « p oesía p ura» de M a lla r m é , o - e n p i n t u r a - el i m
p r e s io n is m o ) , a p a re ce n en la p r im e r a o le a d a al m e n o s tres m o v im ie n to s
p r o fu n d a m e n t e d ife re n te s , el f u t u r is m o ita lia n o , el c u b is m o y o r fis m o
fra n c é s y el e x p r e s io n is m o a le m á n , q u e c o m p it e n s im u ltá n e a m e n te en
el e s c e n a rio in te rn a cio n a l'* '.
S i tu v ié r a m o s de (os a ñ o s i 911 y 19 1 2 el c a le n d a r io y la d o c u m e n
t a c ió n de las m a n ife s ta c io n e s d e l arte y la lite r a tu r a e u ro p e o s , c o m o los
202
c o n fe c c io n a d o s p o r L. B r io n - G u e r r y p a ra ei a ñ o 19 13'<s, v e ría m o s la d i
m e n s ió n d e l c a m b io p r o d u c id o p o r e! im p u ls o I n a u d ito en v ísp e ras de
la G r a n G u e r r a , d e u n a m o d e r n id a d estérica re c ie n te m e n te d e s a p a re c i
da. V a lo r a r h o y d ía re tro s p e c tiv a m e n te , a p a rrir d e sus c o n s e c u e n c ia s y
su p r e s u n to fin a l, el c o m ie n z o d e esa é p o c a , so b re p a sa c ie r ta m e n te la
c o m p e t e n c ia d e c u a lq u ie r h is t o r ia d o r d e la c u lt u r a . C o n s t it u y e u n a de
las m ás h e rm o s a s tareas d e in v e s tig a c ió n in t e r d is c ip lin a r q u e yo s ó lo
q u is ie ra a c la ra r c o n a lg u n a s in d ic a c io n e s p a ra lu e g o re to m a r la c u e s tió n
d e la in t e r p r e t a c ió n d e A p o llin a ir e acerca d e la e x t in c ió n d e u n m o d o
d e in te r p r e t a r ei m u n d o y la fo r m a c ió n d e o t r o n u ev o .
E l a ñ o 1912 fu e in d u d a b le m e n te u n ít n n t ts m i m b i l i s para la poesía
a le m a n a , q u e n o s ó lo a s istió a la ir r u p c ió n d e l e x p re s io n is m o s in o t a m
b ié n a la r e v o lu c ió n v a n g u a rd ista : M i c b a e l H a m b u r g e r lo ha d e m o s tra d a
en u n ensayo to d a v ía v á lid o , al q u e hay q u e a ñ a d ir la in v e s tig a c ió n de
F e r d in a n d F e llr m n n q u e h a a n a liz a d o la c o n e x ió n , hasta a h o ra n o vista,
e n tre e x p re s io n is m o a le m á n y fe n o m e n o lo g ía filo só fica * ” . E l e x p re s io n is
m o lite r a r io s u r g ió c u a n d o la s o c ie d a d de! s. XÍX se e n fr e n t ó c o n s c ie n te
m e n te c o n la n u e v a re a lid a d a m e n a z a d o ra y b u s c ó c o n fu e rza v isio n a ria ,
lib e rá n d o s e d e la vieja re a lid a d , u n a respuesta n u e v a a u n a s it u a c ió n a lie
n an te , in te n to p a ra le lo al re a liz a d o p o r H u s s e ri en 1 9 13 c o n su te o ría de
la « re d u c c ió n » ( I d e e n z u e i n e r r e i n e n P h / in o m e n o lo g ie u n d p h a n o m e n o l n -
g i s e b e n P h i ln w p h ie ) . El id e a lis m o fe n o m e n o ló g ic o h u s s e r lia n o y el e x p re
s io n is m o lite r a r io se re m ite n a u n a fo rm a m e n ta l c o m ú n : la fig u ra d ia
lé c t ic a d e u n a « r e a liz a c ió n d e s r e a liz a d o r a » . E s t a e x p e r ie n c ia d e la
im p o s ib ilid a d d e m a n te n e r u n a « a c titu d n a tu ra l» se a p re cia ta m b ié n en
o tro s poetas de ¡a época: en 1 9 1 2 e m p e z ó R iik e sus D i t i n e s r r E le g te n , y
K a fk a su n o vela fra g m e n ta ria A m erik a , ensayos a m b o s q u e, tras u n a c r i
sis d e c re a c ió n , c o n d u c ir ía n a u n a n u e v a c o n c e p c ió n de la m o d e r n id a d
estética. C o m o te s t im o n io de esta e x p e rie n c ia de la irre a lid a d de la v id a y
su s u p e ra c ió n estética, léase esta o b s e rv a c ió n de K afka: «Siem pre... te n g o
el p la ce r t o r t u r a d o r d e ver las cosas c o m o p u d ie ra n darse, antes d e q u e se
m u e s tre n c o m o son. A h í están así h erm o sas y tra n q u ila s» .
E l e x p r e s io n is m o a le m á n r e s p o n d ió e n s e g u id a a la p r o v o c a c ió n del
m a n ifie s t o fu tu r is ta de M a r in e r t i ( t r a d u c id o en 1 9 1 1 , en D e r S tu rm ).
L a l ír ic a d e J a k o b v o n H o d d is , A ifr e d L i c h t e n s t e in , G e o r g E le y m ,
E r n s t S ta d le t y A u g u s t S tr a m m , p osee ta m b ié n c o r r e s p o n d e n c ia s n o ta -
K a r! A !h e r, 1982 5
. esp p. ^ (so bre 45
K a ík a , p. 5
) | ir n d . c a t. d o E. M iillc r de! C a s t illo :
Few’irtit'tu'.loziii F.xpreiianiwin.
)' 1984
R a r c c fo n n . A lfa . [,
203
bles c o n el h n a f h t M a n ifes tó in g lé s cic 1 9 1 3 . E l e c o in t e r n a c io n a l q u e
p r o v o c a el fu t u r is m o it a lia n o d a lu g a r a la p r im e r a e x p o s ic ió n q u e tie n e
lu g a r en P a rís en 1 9 1 2 , a la q u e s ig n e L 'a n t it r a d it io n f u t u r i s t e <\c A p o lh -
n n ire d e 1 9 1 3 . E n R u s ia p u b lic a C h l e b n i k o v La b o fe ta d a a l g u s to p ú b li
co, m a n ifie s t o d e ia v a n g u a r d ia rusa, el c u b o f u m r is m o , s ín te s is o r ig in a l
a p a r t ir d e la re c e p c ió n d e los m o v im ie n t o s e u r o p e o s . P rtcrsb u rgn de
A n d r e j B e ly is , a p a r e c id o en 1 9 1 3 , p u e d e pasar c o m o la v e rs ió n ru sa de
In n u e v a estética de la s im u lt a n e id a d , q u e in t r o d u c e la in n o v a c ió n de]
p r i n c i p i o de in te rte x tu a lid a d '* 1. E n la h is t o ria d e ia m ú s ic a tie n e lu g a r el
c o r te e n tre la te o ría c lá s ic a d e la h a r m o n ía y el d o d e c a f o n is m o (J. M .
H a u s e r, A . S c h ó n b e r g ) , p a so d e c is iv o en la m ú s ic a m o d e r n a e n t o r n o a
1 9 1 2 . D e l m is m o a ñ o s o n lo s p r im e r o s c u a d r o s n o o b je t iv o s d e K a n -
d in s k y y sus te o ría s acerca d e la G ran a b s tr a cció n y la G r a n r e a l id a d , los
d o s p o lo s c o n s t it u t iv o s d e e x p e rie n c ia s fu tu ra s en p in t u r a acerca de lo
n o o b je t iv o y lo o b j e t iv o '1. Y, en ta n t o q u e la e sté tica e so té rica d e esta
m o d e r n id a d d ic e a d ió s al arte m im c t ic o , p o n ie n d o ai re a lis m o b a jo s o s
p e c h a de la a fir m a c ió n in g e n u a d e lo ex iste n te , u n n u e v o m e d io , el c i
ne, éste sí e x o té ric o , e m p r e n d e la f u n c ió n c o n t r a p u e s ta d e u n a « lib e r a
c ió n de ia r e a lid a d física » (a c u y a lu z a d q u ie r e su p e r f il h is t ó r ic o la
p o lé m ic a tesis d e S ie g fr ie d K ra c a u e r ) , la f u n c ió n d e u n a « ilu m in a c ió n
p ro fa n a » q u e e n la r a d ic a lid a d d e l m a te r ia lis m o h a c e a p a re ce r e n lo c o
le c tiv o la re a lid a d d e l m u n d o a lie n a d o 11.
3 U l % 9 ) . p. 2 2 2 .
^ A p a rrir d e 191 2 h.iv p e lícu la s d e m ás d e un a ho ra d e d u ra c ió n , h n Í9 I 5 aparece
el p r im e r film «artístico» d e G rifT irh : B irih o f ti N atw n- V e r ta m b ié n S. K r s c íu c r . 1 h eo ty
o fF ilm . The R eriem ption o fP h y s ic a i R taüty, L o n d re s . 1960, y \V . B e n ja m ín , » D e r S u rrea.
Iímuus.,, en G . S. F r a n k fu r t, 1980. 11, í, p. 310.
204
p ia d a la m e tá fo ra d e « u m b ra l de é p o c a ". P e r m ite c o m p r e n d e r la d e s i
g u a ld a d d e lo c o n t e m p o r á n e o c o n la d ife r e n c ia h e r m e n é u tic a de ln q u e
t ú d n v í n n o es, p e ro ya n o es, en u n c a m b io de h o r iz o n t e y s in te n e r q u e
s u p o n e r u n « e s p íritu o h je tiv o » , n i la u n id a d h ip o t é t ic a d e u n e s p a c io
h is tó ric o '-1.
D e s d e el p u n t o d e vista de A p o llin a ir e , la e x p e rie n c ia d e la n o v e
d a d e n tre el a ú n tw de Z one v el y a no de L u n d i R u é C h r istin e , c o n s t it u
ye u n u m b r a l y d e t e r m in a u n a e x p e rie n c ia q u e p o n e de re lieve u n d if e
re n te c o n c e p t o d e la r e a lid a d , c u y a p r o b le m á t ic a ha p r o v o c a d o las
d ife re n te s s o lu c io n e s de! arte de v a n g u a rd ia . R e c o ¡ o así la tesis d e H .
B lu m e n b e r g en P o é t ic a y H e r m e n é u t i c a I d e u n a c o m p r e n s ió n m o d e rn a
d e l m u n d o c a p a z de e x p e r im e n ta r la re a lid a d -la. e x te rn a y ia in t e r n a -
en ta n t o q u e es a lg o q u e se resiste y n o se p lie g a al sujeto»'*; e x p e rie n c ia
d e u n a d o b le a lie n a c ió n d e l m u n d o y el y o q u e e m p ie z a a p o d e r ser
m a n e ja d a c o n m e d io s e sté tico s. E ste c o n c e p t o m o d e r n o d e e x p e rie n c ia
cié la r e a lid a d en ta n to q u e re sis te n c ia de lo d a d o , se m a n ifie s ta ta n to
en A p o llin a ir e c o m o en D u c h a m p d e m o d o s o r p r e n d e n te en la p a r a d o
ja seg ú n la c u a l el a u t é n t ic o « o b je t tro u v é " o el fra g m e n to d e la re a lid a d
d ia ria , q u e so n la base a rtís tic a d e l rea d y-m a d e y d e l p o e m a - c o n v e rs a
c ió n , se s u s tra e n a la c o m p r e n s ió n o r d in a r ia en ia m is m a m e d id a en
q u e se p re s e n ta n p o r la m e d ia c ió n estética, C o n e llo , este c o n c e p t o de
u n a r e a lid a d re sis te n te s u p e ra c r ít ic a m e n t e el v ie jo c o n c e p t o d e u n a
re a lid a d « g a ra n tiz a d a ", q u e d esd e S. A g u s t ín y D e sc a rte s n e c e s ita b a de
u n a señal d iv in a o de u n suce so m a ta fís ic o ( c o m o la h ip ó t e s is d e l g e n io
m a lig n o ) p ara g a ra n tiz a r la c o n fia n z a d e i c o n o c im ie n t o h u m a n o e n ia
re a lid a d d a d a ” . L a a m p lia c ió n d e fro n te ra s q u e re a liza n las arres p lá s t i
cas y la p o e s ía a u na re a lid a d hasta a h o ra in m u n e al arte, h a c e q u e D u
c h a m p y A p o llin a ir e sean c o n s c ie n te s de su re sisten cia. L a p le n it u d de
lo s im u ltá n e o , re cié n d e s c u b ie rta , h a ce a p a re ce r en el a q u í y el a h o ra la
p u ra c o n t in g e n c ia d e l in s ta n te e le g id o , s o b re el q u e el arrisra d is p o n e
a r b itr a r ia m e n te , y q u e ju s ta m e n te ya n o re su lta d is p o n ib le p o r p a rte
d e l e s p e c ta d o r o lecto r.
E l p r o c e d im ie n t o p o é t ic o q u e A p o l li n a i r e ha d e s c u b ie r t o en t u n
d í R a e C h r is tin e lo ha u t i l i z a d o m a s iv a m e n t e o t r o c lá s ic o p o s t e r io r de
esa m is m a m o d e r n id a d , Ja m e s J o y c e . Su U lis es n o s ó lo d e s tru y e ia a c
c ió n é p ic a d e la n o v e la re a lis ta e n el a q u í y a h o ra d e u n d ía en D u b l í n
í h i d . . p. 1 2.
205
( u n id a d m o d e r n a y e v id e n c ia m o m e n t á n e a d e lo s im u lt á n e o , p u estas
a p u n t o p o r A p o llin a ir e ) , s in o q u e p o n e u n a ¡e ch a c o n t in g e n t e , ei 4
d e j u n i o d e 1 9 0 4 , a su o b r a p a r a d ig m á t ic a . L o m is m o fu e f o r m u la d o
c o n r e la c ió n a la lír ic a p o r E z r a P o u n d e n B la s t 1 (1 9 1 4 ): «u n a im a g e n
es lo q u e p re s e n ta u n c o m p le j o in t e le c t u a l y e m o t iv o e n u n in s ta n te
d e n e m p o » ,<’. E l c o n c e p t o m o d e r n o d e re a lid a d q u e se o r ig in a en la
e x p e r ie n c ia d e la re s is te n c ia d e u n a re a lid a d a je n a , t a m b ié n d e b e r ía
a rr o ja r u n a n u e v a lu z s o b re el p r o c e d im ie n t o d e l m o n t a je , e n el q u e
T h . W . A d o r n o v io u n ra sg o e s p e c ific o de esta m o d e r n id a d . En lo s
m o n t a je s lit e r a r io s o p ic t ó r ic o s , lo s tro z o s d e p e r ió d ic o s in s e r ta d o s o
p e g a d o s c o r n o « o b je to s e n c o n tr a d o s » q u e d a n e n n o b le c id o s e n la F o r
m a d e « o b je to s e s té tic o s a m b ig u o s » , y, al m is m o t ie m p o , c o m o re p r e
s e n ta n te s d e u n a r e a lid a d n o d is p o n ib le , p r o d u c e n u n a p a ra d o ja h e r
m e n é u t ic a . E s t o o c u r r e t a n t o en lo s p r im e r o s c o l la g e s de B ra q u e y
P ic a s s o ( 1 9 1 2 ) c o m o e n lo s p o s te r io r e s C a n to s p í s a n o s de F.zra P o u n d .
A c e r c a d e ia c u e s t ió n d e la e x ig e n c ia d e fe c h a c o m o f ir m a d e u n a
c o n t in g e n c ia d is p o n ib le , p r á c t ic a a b a n d o n a d a d e s p u é s, y d e si e n t o n
ces la e x p e r ie n c ia d e la r e a lid a d re sis te n te recae e n u n t ip o de m o n t a je
n e u t r a liz a d o q u e b u s c a m ás b ie n la h a r m o n ía la te n te d e las cosas d ia
rias usadas, c o n v ir t ié n d o s e así e n u n a v a r ia n t e m o d e r n a d e las « n a tu
ralezas m u e rta s» , es a lg o q u e t e n d r ía n q u e c o n t e s ta r lo s h is t o r ia d o r e s
d e l arte.
E s t e m is m o c o n c e p t o de re a lid a d del u m b r a l d e é p o c a q u e e x a m i
n a m o s n o s ó lo d e t e r m in a la re a lid a d e x te rn a , s in o ta m b ié n la in te rn a ,
ig u a lm e n t e c a ra c te riz a d a c o m o re a lid a d e x p e r im e n ta d a c o m o n o d is p o
n ib le . E s u n f e n ó m e n o q u e ya c o m p r o b a m o s en A p o llin a ir e , en ei des-
c e n t r a m ic n t o y d is m in u c ió n d e l sujeto. E l d ic h o cíe N ie tz s c h e : « M i h i
p ó te s is : e l s u j e t o c o m o m u l t i p l i c i d a d » 1' e s ta r ía en el i n i c i o de un
p ro c e s o e n el q u e , c o m o v im o s al in te r p r e t a r Z n n e, el s u je to a firm a e u
fó r ic a m e n t e la s u p r e s ió n d e fro n te ra s e n su m o d e r n a e x p e r ie n c ia d e l
m u n d o , p e ro , al m is m o tie m p o , ya n o re cu p e ra su id e n t id a d e n ia fra g
m e n t a c ió n d e su p a s a d o c o n v e r t id o e n a lg o ajen o. E sta n u e v a e x p e r ie n
c ia de u n a a u t o a lie n a c ió n , c o n p é r d id a d e la fu e rz a id e n t if ic a d o r a d e l
r e c u e rd o , es la base s o b re la q u e M a r c e l P r o u s t, p o r la m is m a é p o c a ,
v C i c a p o r M . H a m b u r g e r ( n o t a 4 9 ) , (>. 2 1 5 -
'' « Q u izás n o es n e c e s a r i a ta s u p o s i c i ó n d e u n sujeter. r a n b u e n a p u e d a s e r la su p o si
Ili, M o m i n a n , v. V í f , 3 , p . 3 8 2 ) .
206
c o n s t r u y ó su c ic lo en 1 5 to m o s , A In r e c h e r c h e d u t n n p s p e r d u . E n e llo s,
el n a rra d o r, en su viaje p o r el t ie m p o , e x p e r im e n ta de m o d o s ie m p re
n u e v o la « m u e rte d e l yo», c u a n d o e n el p ro c e s o in e x t r ic a b le d e l o lv id o ,
a le g ría y d o lo r d e u n a fase d e la v id a a c a b a n e n ú lt im o t é r m in o s ie n d o
tan in te rc a m b ia b le s , c o m o si p e rte n e c ie s e n a u n yo a je n o . F re n te a e llo ,
el g r a n d io s o in t e n t o de P r o u s t ra d ic a en re c o b ra r la id e n t id a d p e rd id a ,
ju n t o c o n el t ie m p o p e r d id o , en u n tra b a jo de re m e m o r a c ió n i n t e r m i
n a b le , m e d ia n te la r e c o n s t r u c c ió n de la a u té n tic a e x p e rie n c ia a p a r t ir
d e e le m e n to s d e l re c u e rd o in v o lu n t a r io , q u e p e rm a n e c e n en la re a lid a d
re siste n te d e l in c o n s c ie n te y q u e la v id a s o c ia l c o n s c ie n te tie n d e in e v i
t a b le m e n te a d e s fig u ra r. A lg o e s p e c ífic a m e n te m o d e r n o de esta e m p re sa
es el re ch a zo c u m p l i d o d e l p la t o n is m o la te n te d e u n a t r a d ic ió n esté tica
s e c u la riz a d a . Si esre c o n c e p t o d e re a fid a d d e 1a « e v id e n c ia m o m e n t á
nea» s u p o n e u n a e x p e rie n c ia d e l m im d o q u e in c lu y e el « c o n o c im ie n t o
y r e c o n o c im ie n t o in s ta n tá n e o s de u n a re a lid a d ú lt im a « '\ en tal caso la
re a lid a d o p a c a e x c lu y e para P r o u s t ia p o s ib ilid a d d e ia i lu m in a c ió n de
lo v e rd a d e ro en lo a c tu a l, y ta m b ié n eí acceso re fle x iv o al re in o tra s c e n
d e n te d e la v e rd a d , b o n d a d y b e lle z a m e d ia n te la a n a m n e s is. L a p oesía
d e esta etapa d e la m o d e r n id a d s ó lo p u e d e r e c o b ra r p ara el arte esta
f u n c ió n c o g n o s c it iv a q u e se le n ie g a , si r e n u n c ia al r e c o n o c im ie n t o de
lo va c o n o c id o y e n c ie n d e el tra b a jo c o n u n a re a lid a d q u e resiste y n o
está d is p o n ib le , c o m o u n a g e n u in a e x p lo r a c ió n d e l y o y del m u n d o en
el a c to m is m o d e e s c rib ir.
L a e m p re s a de P r o u s t re a liza asi el te rc e r s e n t id o d e l c o n c e p t o de
r e a lid a d p r o p u e s t o p o r B lu m e n b e r g , «la re a lid a d c o m o r e s u lta d o de
u n a re a liz a c ió n » '", b a jo esta d i f í c i l c o n d ic ió n : lle v a r a c a b o la re a liz a
c ió n e sté tica d e u n c o n t e x to , u n ív o c o e n s í m is m o , fre n te a la m o d e r
n a e x p e r ie n c ia d e l «su je to c o m o m u lt ip lic id a d » , s ó lo m e d ia n te el t r a
b a jo d e i r e c u e r d o e n lo in c o n s c ie n t e v o lv id a d o . C ie r t a m e n t e esta
s o lu c ió n se c o n s ig u e al p r e c io d e u n a t o t a liz a c ió n p re c a ria , q u e , en ú l
t im o t é r m in o , in t r o d u c e la e x p e r ie n c ia fr a g m e n t a ria en el c ie rre m n -
n á d ic o de u n m u n d o s ó lo r e c o r d a d o p o r el s u je to (en su c r ít ic a a la s o
lu c ió n d e P r o u s t en 1931 e n c o n tr a r á B e c k e tt su p r o p io c a m in o ) . N o
o b s ta n t e , este a is la d o e x p e r im e n t o (q u e d e h e c h o n o fo r m a escu e la )
c o n f ir m a , en su te n d e n c ia re s ta u ra d o ra , q u e el u m b r a l d e é p o c a a n t e
r io r a ! 9 l 4 n o s ó lo es d e t e r m in a b le p o r el c o n c e p t o m o d e r n o de u n a
re a lid a d n o d is p o n ib le , s in o ta m b ié n p o r el d e s c u b r im ie n t o d e l «su jeto
c o m o m u lt ip lic id a d " . S u c o r r e la t o es la d e s t r u c c ió n d e la p e rs p e c tiv a
B l u m e n h c r p {nota 5 4 ). p. \ \ .
:i J h k l. , p. I 2.
20"
central u n ívo ca, centrada en el sujeto, en la p in tu ra a partir del c u b is
m o , y la tém atización de la m u ltip lic id a d de voces en la lírica de A p o
llin aire , E z ra P o u n d y T . S, E tlio t, así c o m o en la novela de James Joy-
ce y V ir g in ia W o o lf. C o n ello hem os añ a d id o tam b ién la vanguardia
an gloam erican a que plantea la irru p c ió n d e una nueva época de *m o
dernismos» (es la palabra que acuña) bajo ia divisa de P o u n d : « M ake it
new!», y q u e creyó, retrospectivam ente, q u e «en to rn o a d ic ie m b re de
19 10 el carácter h u m a n o cam bió» , d e claran d o seg uir este o b jetiv o :
« m aking the m o d e rn w o rld possible fo r art»60. N o se com p ren d erá su
ficientem ente este m o d e rn ism o si sólo se interpreta el descen trsm iento
del sujeto, p arad ig m áticam ente in icia d o en ese m o m e n to , c o n la cate
g oría de p é rd id a c o m o sín to m a de u n desvanecim ien to inexorable del
sujeto en u n m u n d o p ro g re siva m en te co si Picado. M á s b ie n ocurre, co
m o ha m ostrad o recientem ente G ab rteie S ch w a b 61 que estos «clásicos
d e la m od e rnid ad » c o n la ru p tu r a d e fronteras lin gü ística s ta m b ié n
h a n a m p lia d o y recon stitu id o las fronteras de la subjetivid ad , de m a
nera que en los procesos estéticos d e d e co n stru cció n y recon stru cción ,
el sujeto adquiere nuevas con fig u racion e s a p artir de la pérdida de su
a u to suficien cia cartesiana y adquiere un a nueva experiencia de a m p lia
c ió n d e fronteras a p artir d e la pérdida, supuestam ente irrem ediable,
del m u n d o .
VI
208
fracaso d e las v an g u a rd ia s su rrealistas62. Pero esta ap e rtu ra d e! a rte pos-
tau rá tico a p o sib ilid ad es in esp erad as d e e x p erie n cia e stética , sólo se en
ten d e rá ad e cu ad am e n te si la ru p tu ra d el p rin c ip io ciásico d e la u n id a d
o rg án ic a d e la o b ra se d e te rm in a no sólo en e l co n tex to d e la p ro d u c
c ió n {según e l p rin c ip io m o d e rn o d e l m o n ta je ), sin o ta m b ié n en ei
co n tex to de la recep ció n , ro m p ien d o e l id e a l ciásico d e la visió n tran
q u ila y d e sin teresad a. El a rte p o stau rátic o lib e ra la recep ció n e sté tic a de
su p asiv id ad c o n te m p la tiv a , h acie n d o q u e el e sp ec tad o r o lecto r p a rtic i
pe en la co n creció n d el o b jeto estético . S e co n v ierte en c o a u to r d e lá
o b ra en la m e d id a en la q u e a b a n d o n a la ex p ec ta tiv a d e u n a fo rm a ce
rrad a, p len a d e se n tid o (!a ilu sió n c lá sic a p o r e x celen cia) y e n tie n d e la
in te rp re ta c ió n fu n d ad o ra d e se n tid o y la a c tiv id a d a rtístic a co m o u n a
so lu c ió n so lam e n te p o sib le en u n a tarea in a c a b a b le. En o tra p arte he
esbozado este g iro de la h isto ria d e Sa poiesis d esd e los ready-m ade dé
D u c h a m p h a sta el A rte Pop y el A rte Ó p tic o , y e x p licad o su co m ien zo
teó rico en los Ensayos sobre Leonardo (1 8 9 5 ) d e V aléry, q u ie n , d igam o s
de paso , reto m ó en 1 9 1 2 su p ro d u cció n p o é tic a , la rg a m e n te in te rru m
p id a , con L a je u n e p arque. L a fó rm u la tan fam o sa co m o co n tro v ertid a
de V a le iy : «M is versos tien en el se n tid o q u e se les p reste», es, seg ú n lo
d ic h o , el resu m en d el giro h acia u n arte m o d ern o postaurático® .
V II
“ V e r B . L in d íie n « A u f h e b u n g d e r K a rt s í in L e b e n s p ra x is ? Ü b e r d ie A k tu a íita c d e r
T heorie d e r
A u s e m a n d e r s e c itir t g m it d e n h is t o r ls c h e n A v a n tg a r d e b e w e g u n g e n » , e n :
AvanrpirrU. Ant'U'ortm a u f P ttet Bürgers B estím m ttng van Ktirnt u n d bürgeríick cr G tsdh-
c h a fi , e d . M . L ü d k c , F r a n k fu r r, 1 9 7 6 , p . 9 0 s. (v e r ib id ., M . L ü d k e , p . 1 í s.)-
ct A sthrtiíche E rfabrung. ... op. á t.f p. 1 17 s.
M O eiívrtí C om pü’tn, v. I V , p . 4 4 .
209
b re , p re ñ a d o d e f u tu ro , d e surrea lism o . A q u í se a n u n c ia , e v id e n te
m e n te , p o r p rim e ra vez en A p o llin a ire ia tan c o m e n ta d a d iso lu c ió n
d el a rte en la p ra x is v ifa i. S in e m b a rg o q u e d a lejo s d e é l la id e a de
M a r in e tt i y d e los p o sterio res su rre a lis ta s d e lo g ra r u n a re a lid a d revo
lu c io n a ria m e d ia n te la ex p lo sió n su b v e rsiv a d e to d as las a rte s. L a p re
te n d id a a lia n z a d e las d ife re n te s a rte s, h a sta a h o ra se p a ra d a s, d e b e ría
a p o r ta r p o r sí m ism a e l estad o p a c ífic o d e u n a «a le g r ía u n iv e rsa l», sin
re p a ra r en q u e la c a tá stro fe d e la g u e rra m u n d ia l, d e la q u e no se h a
b la y q u e o cu rre e n tre ta n to , su stra jo o ste n sib le m e n te e l su e lo de tan
b e lla esp eran z a. E ste esc ap ism o , q u e o ca sio n ó q u e la fe d e A p o llin a ire
—y la d e M a r in e tt i— en la e sté tic a m o d e rn a se tro case, tras 1 9 1 4 , en
u n a e sté tic a a fir m a tiv a d e g u e rra , a n tic ip a e n p e q u e ñ a e sc a la , co m o
«o b ra d e a rte to ta l in d ire c ta y n o e x tre m a d a » la g ra n «p o te n c ia ilu so
ria », la «o b ra d e arte to ta l d ire c ta m e n te n e g a tiv a » d e la se g u n d a o le a
d a v a n g u a rd is ta - e l su rre a lis m o fran cé s, el d a d a ísm o , e l p ro d u c tiv is-
m o s o v ié t ic o - q u e , n o p o r c a s u a lid a d , a c tu a r o n tra s la c a tá s tr o fe
h is tó ric a , y q u e —co m o se h a d is c u tid o s u f ic ie n te m e n te - fracasaro n ,
tam p o c o p o r azar, en su in te n to in g e n u o d e d iso lv e r el a rte en la p ra
x is p o lític a . S i b ie n A p o llin a ire se lim itó en 1 9 1 7 a re u n ir ¡as d ife re n
tes artes c o n el o b je tiv o d e ju s tific a r e sté tic a m e n te el m u n d o m o d e r
n o en lo s m a ra v illo so s lo g ro s d e su c iv iliz a c ió n in d u s tria l, d e sp u é s de
la g u e rra este p ro g ra m a p la n te ó , co n ia se g u n d a o le a d a d e v a n g u a r
d ia s, el e n sa yo , a p a re n te m e n te re v o lu c io n a rio d e su p e ra r m e d ia n te la
«a c c ió n d ire c ta » la se p a ra c ió n d e lo e sté tic o y lo re al. S in e m b a rg o ,
n in g u n a d e estas d o s em p resas c o n stitu ía n en ú ltim o té rm in o u n p ro
greso en la re a liz a c ió n d el p ro y e c to in a c a b a d o d e la m o d e rn id a d , sin o
u n a reg resió n m ás a trá s d e l u m b ra l d e é p o c a de 1 9 1 2 , co n su c o n c e p
to d e u n a re a lid a d re siste n te y a je n a , q u e no p u e d e sim p le m e n te d e s
v a n e c e rse , p ero s í se r e la b o ra d a e sté tic a m e n te en la e x p e r ie n c ia d el
a rte m o d e rn o .
Las an terio res o b serv acio n es h an recib id o el ap oyo de an álisis re
c ien tes en to rn o a la p re h isto ria d e la o b ra d e arre g lo b a l, q u e, si bien
an tes d e 1 9 1 2 era sólo u n a te n d e n c ia s u b lim in a l, a p a rtir de ese um b ral
de ép o c a se m an ifestó co n u n a n u e v a fig u ra . W e rn e r H o fm a n n , p or
e je m p lo , h a m o strad o q u e el paso d ad o en d ire cc ió n al arte a u tó n o m o ,
en la c u lm in a c ió n d e la era b u rg u e sa, co m p o rtó u n a sep aració n de las
artes en gén ero s au tó n o m o s: «la o b ra a u tó n o m a de a rte tien e en su ais
la m ie n to u n reverso n ecesario »64. A ello se o p o n e, d esd e ei co m ien zo ,
210
d e m o d o su b lim in a l, Ja ex ige n cia d e su p e ra r ef a isla m ie n to d e las artes y
su sep aració n de la p raxis v ita l, co n la id ea tra n sito ria d e u n a o b ra g lo
b al, rep resen tad a en el sig lo XIX p o r «escen ificacio n es en esp acio s p ú b li
cos», y q u e, d esp ués, d esd e la «ig le sia estética» y el m u seo d e los ro m á n
tico s, p asan d o p o r el «p ro yecto d e las h o ras» d e R u n g e, d esem b o ca en
m an ifestacio n es sin estéticas, com o las exp o sicio n es u n iv ersales q u e esti
m u la n y ap a c ig u a n la n ecesid ad d e esp ectácu lo d el p ú b lic o . O d o M a r-
q u a rd h a in te n tad o re d u c ir la in c lin a c ió n al a rte to tal q u e b u sca to ta li
zar las artes au tó n o m a s y a isla d a s, d iso lv ie n d o así las fro n teras en tre
arte y re alid a d , a su o rig e n , no reco n o cid o , en «el siste m a estético d el
id ea lism o a le m á n , el sistem a d e la id e n tid a d de S c h e líin g », y h a d em o s
trado q u e su tran sfo rm ac ió n en la o b ra d e arte to tal d e W a g n e r y en las
escen o grafías p o lítica s d e l sig lo XX su p o n en u n a d o b le reap a rició n de lo
re p rim id o . L a d ife re n cia re p rim id a se v en g aría d e su rep resión «en un
regreso p recario , co m o lo eso térico », y la h isto ria re p rim id a v o lvería «en
u n regreso p recario , com o lo m ític o »6'. El regreso d e la h isto ria n eg a d a
p o r las v an g u ard ias estéticas q u e d a a testig u a d o en este u m b ra l d e épo ca
de m o do p a te n te en el teó rico y p ro feta d e la h u e lg a g en e ra l, G eorges
S o rel. Ya en 1 9 0 8 h a d e n u n c ia d o , en sus Reflexiones sobre la violencia las
ilu sio n es d el pro greso en las q u e cayero n A p o llin a ire y M a rin e tti, y ha
a n tic ip ad o la catástrofe q u e ello s no v iero n v en ir, pero, cayen d o en o tro
tip o de ilu sió n , las h a co n sid e rad o co m o el ap o calip sis p la n ifica d o de
u n a revo lu ció n ren ovad o ra, en u n a afirm a c ió n h eroica. H e tratad o de
esta c u e stió n en otro c o n tex to 65, d e m a n e ra q u e, p ara c o n c lu ir, vo lva
m o s a A p o llin a ire .
VIII
6’ Ibid.
** Como noca 44, p. 48.
** Cap. II de este libro.
211
sig u ió c o m p o n ie n d o im p e rté rrito h a sta el fin al (cayó en 1 9 1 8) el a rti
llero v o lu n ta rio . En n in g ú n texto h a y un rechazo ex p líc ito ele la g u erra.
D esp ués d e u n as p rim eras c ritic a s acerb as (an te to d o las d e A n d ré Bre
tó n )70, p ro n to la h isto ria d e su recep ció n ex ten d ió el m an to g racio so dei
o lv id o so b re e sta «c a id a d e Icaro» (P h . R e n a u d ) d e la V an guard ia de
1 9 1 2 . L a c rític a su rg ió tan to p o r razon es id eo ló g ic a s co m o e stéticas.
Pues la p oesía d e g u e rra de A p o llin a ire es u n testim o n io d e u n a o fu sca
c ió n id eo ló g ic a q u e ilu stra m u y b ie n có m o g e n u in o s m ed io s poéticos
p u ed en d e grad arse cu an d o tie n e n q u e serv ir a la afirm a c ió n in g e n u a de
u n a re alid a d o m in o sa y fatal: los acen to s ó rfico s d e C aligrttm as tran sfi
g u rab an lo q u e no p o d ía ser tran sfig u rad o .
E sta tesis h a sid o im p u g n a d a p o r C la u d e D eb on con arg u m e n to s71
q u e, p a ra c errar n u estro e x am e n , m e re c en ser d isc u tid o s. U n ju ic io m ás
ju sto no p u e d e c a rg a r so b re A p o llin a ire lo q u e c o m p ro m ete, en m e d id a
so rp re n d en te, a to d a su g en e rac ió n : la g u e rra la h ab ía afectad o cors un
c h o q u e p síq u ic o q u e c u e stio n a b a ra d ic a lm e n te su e x isten c ia e stética y
no p o d ía ser fá cilm e n te su p e rad o p o r la poesía y el arte. La g u e rra d e
sen cad en ó reaccio n es q u e, en la fo rm a d e u n a h u id a a l co m p ro m iso , al
esto icism o , a lo im a g in a rio o al silen c io , p u ed en p are ce m o s extrañ as,
pero q u e , en ú ltim o té rm in o , p ro ced en d e la p ro fu n d a n ecesid ad d e au -
to co n serv ació n , y, p o st fe s tu m , n o es fácil ju zg ar. E jem plo s d e u n a a c ti
tu d d e d ista n c ia m ie n to c rític o e n a q u ello s d ías, q u e p e rm itie se n exp re
sa r la e x p e r ie n c ia d e la g u e rra en su re a lid a d a b s u rd a (co m o B laise
C e n d rá is en su J ’a i t it é d e 1 9 1 8 ) so n m u y raros, y no sólo en la lite ra tu
ra fran cesa. El p erío d o d e 1 9 1 4 a 1 9 18 es en tod as las lite ra tu ra s e u ro
p eas m ás o m en o s u n bLick out, un a p ag ó n . Esa g u e rra , la p rim e ra gu e
rra «ab so lu ta » co n sus b atallas d e m a te ria l, no sólo puso fin al h ero ísm o
g u errero , sin o q u e ta m b ié n m a tó la lite ra tu ra id ea lista d e u n a ép o ca se
cular. La m o d e rn a e stética d e la n e g a tiv id a d , en c u y o n o m b re c o n d e n a
m os h o y la p o esía q u e ap ru e b a la g u e rra , sólo n ació d el rechazo d e ia
tra n sfig u ra ció n d e lo in h u m a n o , d e la e stetizació n d e la p o lític a y de la
p o litiz a c ió n d el arte. Pasa p o r a lto q u e in c lu so u n poeta com o A p o lli
n aire, c o m p ro m etid o co n la g u e rra y con su p a tria , c reyen te en la « p u
reza d e F ran c ia», n u n ca h a d e ja d o d e crear b elleza aú n en sus can to s a
la g u e rra, d e reso lver el c o n flicto en tre el a m o r y la m u erte en u n a m i
to lo g ía p erso n al, y de d e fen d er im p e rté rrito , en m ed io d e un ac o n tec i-
212
m ien to avasallad o r, la idea d e u n a ren ovación d el m u n d o m e d ia n te la
p alab ra p o ética.
Si b ien no p u e d o cerrarm e en b a n d a a la ju stific a c ió n p sico h istó ri-
ca de A p o llin a ire , q u e, c ie rta m e n te , arro ja u n a n u ev a luz a la ap o rta de
lo d e cib le y lo no d e cib le en la ép o ca d e la g u e rra to tal, tam p o co m e
co n v en ce p le n a m e n te el in te n to d e re h a b ilita c ió n e stética d e C la u d e
D eb o n . C ie rto q u e se e n c u e n tra n en su líric a ta rd ía versos y estrofas de
fuerza p o é tic a, o p iezas (co m o Case d ’A rm ons) q u e p ro sigu en e! ex p eri
m en to v an g u a rd ista de Caligram as. Y cierto qu e la p o esía d e g u e rra de
A p o llin a ire se d ife re n cia d e la m e d io c rid a d d e p lo ra b le d el resto de la
p ro d u cció n d e lite ra tu ra p a trió tic a y b élica, con sus tem as específicos
co m o la fusió n p ro vo cativa o rev ersib ilid ad d e g u e rra y eros, la sacraii-
zació n d el espacio y los h o rizo n tes d e la b a ta lla , la p o te n c ia m á g ic a de
las arm as y el m a te rial, y la ren o v ació n d el tiem p o p o r el b añ o d e sa n
g re y el h o rro r d e la lu c h a . S in e m b arg o , ¿b asta esta o rig in a lid a d p ara
reco n o cer ig u al ran go al p o eta guerrero q u e se erig e en p ro feta d e un
tie m p o n uevo y al v a n g u a rd ista d e la m o d e rn id a d estética? ¿N o será
p re cisam en te su d o m in a n te p a th o s d e fu tu ro la ú ltim a razón d e tran sfi
g u ra r lo no tran sfig u rab le?. «S u e sc ritu ra no es en c o n ju n to n i e n fática,
ni b la n c a, ni d eg rad ad a. S u s p o em as no p riv ile g ia n el asp ecto fan tástico
d el cam p o d e b atalla . T o do en él se h ace e lem en to d e u n a m ú sic a in te
rior. Pero el in stru m e n to d e safin a»72. S ean cu ales sean los arg u m en to s
ap o rtad o s p ara u n a m is ju sta valo ració n d e la líric a b élica d e A p o llin a i
re, su lira d esafin a pero no se q u ie b ra . C o m o e l re y M id a s tran sfo rm ab a
lo qu e tocab a en o ro , c a m b ia el h o rro r y su frim ie n to sin se n tid o d e la
g u e rra en b elleza c ru e l, d e sp ie rta la esp eran za en un u n iv erso m ás h u
m an o ren ovado p o r la lu z d el a rte , y en eso la lira d el p o eta no se ro m
pe en el c an to m ism o . Se alu d e a la q u ie b ra d e la e x p erie n cia v iv id a de
la g u e rra , a n te la c u al la e x p erie n cia e stética sólo p u e d e salv ar su «h o
nor» co n fesan d o su in su fic ien cia .
N o se p u e d e ac h ac ar a los p ro ce d im ien to s p o ético s en c u a n to tales
u n a tra n sfig u ra c ió n no q u e rid a . Q u e el h o rro r d e la g u e rra a b so lu ta
p u e d e ser c ap tad o con m ed io s m o d ern o s e «im a g in a rio s» , con acen tos
p o ético s ó rfico s y q u e, fren te a la te n d e n c ia a la su b lim a c ió n , p u e d a
se rv ir d e e x p e rie n c ia c h o q u e , lo m u estra , p o r e je m p lo , el p o e m a L a
guerra de G eo rg H e y m , del q u e no e n cu en tro e q u iv a len te en A p o ilin a i-
re. El h ech o d e q u e tal p o e m a fuese escrito p o r H ey m tres años an tes
d el e sta llid o de la p rim e ra g u e rra m u n d ia l no im p id e su v alo r ejem p lar.
M is b ien se c o m p ru e b a en este co n tex to q u e el p a th o s d e fu tu ro d e tas
n Ibid., p. 28.
213
v an g u a rd ia s en to rn o a 1 9 1 2 no só lo im p lic a b a ilu sio n e s de un p ro gre
so ilim ita d o , sin o ta m b ié n - a u n q u e e sp o rá d ic a m e n te - la p re m o n ic ió n
d e u n a in m in e n te catástrofe h istó rica:
214
9
U n Robespierre literario:
¿Paul V aléry en el com ienzo
de un a nueva recepción?*
215
razó n A d o rn o aJ h a b la r d e la m ala estre lla q u e p resid ió el e n c u e n tro e n
tre R ilk e y V aléry.
La a p ro p ia c ió n d e u n p o e ta p o r o tro p o e ta p u e d e h a c e r q u e se
ap ro x im e tan fu ertem en te lo o tro a lo p ro p io , q u e p ro n to el im p u lso de
la recep ció n se e x tin g u e . Por eso el ran g o d e la p oesía d e V alé ry sóío se
c o n o ció y reco n o ció a d e c u a d a m e n te c u a n d o H ugo F ried rich en 1 9 5 6
ensalzó su p o ética, com o co ro n ac ió n d e la serie c an ó n ic a: B a u d ela íre ,
R im b a u d , M a lla rm é , a p a ra d ig m a d e su E stru ctu ra de la lírica m oderna.
Lo m ism o o cu rre co n E u p a lin o s (y a tra d u c id o en 1 9 2 7 ), q u e sólo fue
v alo rad o en 1 9 6 4 p o r H an s B lu m en b erg en su sig n ific ad o ep o cal: el re
chazo d el p lato n ism o y d e la tra d ició n o n co ló gica del o b jeto estético . El
h ech o d e q u e el d iscu rso d e V alé ry so b re G o eth e d e 1 9 3 2 , al q u e no
ig u a la n in g u n o d e los te s tim o n io s d e l h o m e n a je a G o eth e d e 1 9 8 2 ,
fuese tan m al a cep tad o p o r los estud io so s d e la g erm an fstic a, com o d es
p ués lo se ría M i Fausto, ap en as su scita a d m ira c ió n , si se p ien sa en la a d
m ira c ió n iró n ic a d el «g e n io d e la tran sfo rm ac ió n », en su a u to g lo rifica -
ció n al lad o d e N ap o leó n , en su c u rio sid a d u n iv ersal - y ab so lu ta m en te
c o n g en ia l—, y en su fig u ra tra n sfig u ra d a - q u e su sc ita su b u rla— com o
P ater aestheticus in a e te m u m . C o n tra e l m ito p ro to alem án d el im p u lso
fáustico q u e M i F austo lleva h a sta el fin al en el ju e g o d e p ap eles o p u es
tos d e F austo , M efistó feles y M a r g a r ita (M a d e m o is e lle L u st de C rista l),
así com o c o n tra la e stética d el g en io y d e la p ro d u c ció n , p ro fu n d a m en
te a rra ig a d a en la tra d ic ió n a le m a n a , p u so V aléry en c u e stió n , tras su
«g iro » b io g ráfico d e 1 8 9 2 , tan to el su je to estético co m o la v erd ad de la
o b ra au to su ficie n te d e arte.
D e esta ép o ca d e cam b io p ro ced e lo m ás c a ra c te rístico d e la p ro
d u c c ió n d e V aléry: el in m en so cu erp o d e 261 cu ad ern o s, Cahiers, re
d actad o s en tre 1 8 9 4 y 1945 en n o tas ap u n ta d a s d ia ria m e n te , d u ra n te
las p rim e ra s h oras d e la m a ñ an a: «es u n a rev o lu ció n , u n in m en so c a m
b io lo q u e se h a p ro d u c id o en el fon d o d e m i h isto ria : tra d u c ir el arte,
h asta ah o ra in v estigad o en la o b ra, a la gén esis d e la o b ra ... H ace r un
p o em a es u n p o e m a ... El trab ajo d e e scrib ir no v ale la p en a si no se tra
ta d e a lcan zar la c u m b re d el ser, no sólo la d el arte, pero eso es tam b ié n
la c u m b re d el arte» (p. 3 3 2 ). C o n la regresión d e la o b ra a las c o n d ic io
n es de su g én esis, con la reflexió n, c o n tin u a m e n te m a n te n id a sobre las
resisten cias externas e in te rn a s d e la e sc ritu ra , c irc u n sc rib e el «p e n sa
m ien to d el p e n sa m ie n to » el p ro b le m a d e la c o n c ie n c ia q u e crea, rech a
za y n u n ca lle g a al fin al, d e m o d o tan p ecu liar, q u e los C ahiers d e V a
lé ry no p u e d en in scrib irse en n in g u n a tra d ició n lite ra ria . Sus cuad ern o s
d e n o tas son «a n ti-o b ra s, a n ti-p ro d u c to s» (p. 4 0 ); no son m em o rias de
su tiem p o ni u n d ia rio d e su yo , p ues están reg istrad o s c o n tra el se n tid o
cro n o ló g ic o d e la e x p erien cia. S o n frag m e n tario s en un se n tid o m ás ra
216
d ic a l q u e los Essais d e M o n ta ig n e o los Pensées de P ascal, qu e —a u n q u e
con c o n tin u a s d iv ag ac io n es— sie m p re ab o rd an tem as y a d ad o s y d e ja n
¡m o c a d o el yo co m o ú ltim a in sta n c ia , a u n q u e in d ag an aspectos h asta
e n to n c es d esco n o cid o s o re p rim id o s d e la n atu ra lez a h u m a n a . La co n
c ie n c ia de la c o n c ie n c ia no ab o rd a a h o ra su m ism id a d c o n tin g e n te , si
no q u e sólo an o ta m o m en to s q u e o cu rren «en m í»: «yo no escribo m i
diario; se ría d e m asia d o a b u rrid o esc rib ir lo q u e m e m a n tie n e en vid a a}
o lv id a rlo ... lo q u e no es feo ni b ello , n i v erd ad ero n i falso ... y U> q u e p z -
ra o tro es tan a rb itra rio co m o q u ie ra » (p. 4 2 ).
D e este m o d o la p reten sió n d e sin g u la rid a d d e! se n tim ie n to d e si,
p ro clam ad o p o r R o u sseau (d e lo q u e es a u té n tic a exp resió n d e u n in d i
v id u o , au n cu an d o se m ie n ta a sí o a los otros) q u ed a rechazado d e m o
do tan rigu ro so co m o el a n tig u o id eal d el sab io , m ás tard e id eal m o ral.
El su jeto q u e escribe los Cahíers está en el p o lo o p u esto d e la a c titu d
d e ! estoico q u e sep ara tod a e x p erie n cia en térm in o s d e m ío y no m ió , y
sep ara tam b ié n su v e rd ad era p ro p ie d a d e sp iritu a l, su lib e rta d in te rn a d e
lo q u e p u d ie ra am e n azarla desd e fu era, co n lo q u e sólo e l d o m in io so
bre sí m ism o , y no la c u a lid a d d e lo p ro p io es lo d ecisivo (el sab io es
toico no es to d avía u n in d iv id u o co n u n a h isto ria in c o n fu n d ib le ). V a-
léry, q u e no escrib e p o r la tard e p ara no d a r c u e n ta «d el d ía p asad o »,
sin o p o r la m añ an a , p ara d ed icarse, lib re d el trab ajo d el recuerd o , a las
p o sib ilid ad es del in stan te, reclam a sin em b arg o , co n la fó rm u la «C é sa r
de sí m ism o » (p . 4 0 1 ), la tra d ició n q u e rechaza en el ritu a l d ia rio d e su
escritura- Pues su lib e rta d está b ajo la c o n d ició n p ara d ó jic a d e q u e el
p en sam ien to só lo p u ed e lo grarse co n tra la resisten cia d e c irc u n sta n c ia s
extern as: «q u e m i obra... sólo está h ech a d e respuestas a circu n stan c ias
ev e n tu alm e n te e stim u la n te s» (p. 3 5 3 ). Pese a to d o , la o b ra d e V aléry,
q u e d e sm ie n te c o n tin u a m e n te su c a rá c te r d e «o b ra» está sesg ad a con
relació n a la tra d ic ió n m o ra lista y e stética . D e sta c a so b re to d o en el
an álisis d e las fu n cio n es d el trab ajo e sp iritu a l y en la in te rro g ació n de
su in s tr u m e n to e s e n c ia l, e l le n g u a je , f a s c in a d o p o r la f ilo s o fía d e
N ietzsch e, tal com o la o freció K arl L o w ith én su in n o v ad o ra exp o sició n
de 1 9 7 1 , en c u an to h eren c ia d el p e n sa m ie n to m ás lib re d e su tiem p o .
Por eso, la p rim e ra tra d u c c ió n d e C ahiers es a n te to d o u n hecho
e d ito ria l, y, en la tra d u c c ió n , ex c ele n tem en te c o m e n ta d a , de H a rtm u t
K o h ler y Jü rg e n S c h m id t-R a d e fe ld , p e rm ite p o n er en m arch a la ta rd ía
recep ció n a le m an a d e su obra. S u riesgo co n siste en la ex tra o rd in a ria
d ific u lta d de la selecció n noU ns volens d e u n a o b ra a p a rtir d e lo q u e no
es u n a o b ra, d e lle g a r a u n a n ueva g en eració n d e lectores, cu an d o ap e
nas p u e d e fo rm arlo s. Pues in clu so la fam a m u n d ia l d e V a lé ry no ex c lu
ye q u e a u n a le c tu ra ac tu a liz a d a se o p o n gan e xp ectativas y reservas q u e
n ecesitan ac laració n . Por u n a p arte, la líric a m o d e rn a, d esd e la m u erte
217
d e C e la n ( 1 9 7 0 ), fecha en la q u e se su p o n e se p ro d uce un g iro , h a to
m ad o u n c a m in o en el q u e la relació n e n tre líric a y m u n d o , e x p erien cia
de sí y re a lid a d so cial h an sid o reto m ad o s, n eg an d o el c an o n estético de
u n a poesía p u r a no m u n d a n a , d a d a en el ju e g o a u to su ficie n te d el len
g u aje. L a lite ra tu ra e xo térica d e u n a g en e ra c ió n q u e p re te n d ió , ju n to
con la salv ació n d e la e x p e rie n c ia su b je tiv a , to m a r en serio la d e sa lie n a
ció n d e la so c ie d a d , h a n eg ad o el can o n eso térico d e la E structura de la
lírica m oderna, y con e llo ta m b ié n h a a b a n d o n ad o u n a h eren cia d e V a
léry. P or o tra p a rte los p o rtavo ces e n la lu c h a d e las in te rp re tac io n es
h an ig n o rad o a V a lé ry p re m e d ita d a m e n te desd e los añ o s 7 0 , sin rep arar
en q u e el a u to r d e los Cahters a n tic ip a b a en su s reflexio n es lin g ü ístic a s
y c ríticas casi todo lo q u e en la p o é tic a lin g ü ís tic a , la sem ió tica lite ra ria
y el d e c o n stru c tiv ism o p a sa b a c o m o la ú ltim a n o v e d a d . El m a le sta r
in exp resab le d e L a je a r te p a rq u e (¡tra d u c id a p o r C e la n !) o d el C im e tie rt
m a rin , así co m o las reservas laten tes co n tra las teo rías d e V aléry so b re la
p o esía, h an llev ad o h ace poco a E. M . C io ra n a d e cla ra r a b ie rta m e n te
(en A centos, J98G )\ las p rim e ra s teo rías son en ferm izas en su p ro p e n
sió n a u n a p erfecció n v acía, y las ú ltim a s so n «u n p ecad o c o n tra la p oe
sía m ism a ; esterilizan , p ro m u ev en y san c io n a n p elig ro sam e n te la a u sen
c ia d e c re ació n , so m e tie n d o a c á lc u lo el acto p o ético ...P ero la p oesía es
todo m en o s eso: es ru p tu ra , au sen c ia d e p le n itu d , p re se n tim ien to , ca
tástro fe»:
C io ra n n o se ap ercib e d e q u e su s rep ro ch es m ás graves no afectan a
V aléry, p o rq u e éste y a los h a b ía d irig id o co n tra M a lia rm é . Fue M illa r -
m é, no V aléry, q u ie n «c o n v irtió e l le n g u a je en su d io s»; el len g u a je no
Ríe p a ra V a lé ry su stitu c ió n d el ab so lu to , sin o el in stru m e n to q u e h ab ía
p re v ia m e n te q u e a n a liz a r, p o rq u e se tra ta b a d e c o n o ce r el fu n c io n a
m ie n to d el e sp íritu no en su s o bras acab ad as sin o en su trab ajo in c o m
p le to en su o b ra. Q u é y p o r q u é la p o esía es a lg o ese n c ia lm en te in c o m
p le to , lo sab em o s sólo d esd e V aléry, p ara q u ie n p re cisam en te p o r eso
n o p u ed e ser «ru p tu ra »: «la p o esía m ism a no m e h a in teresad o co m o
u n a esp ecie d e in stin to d e u n ru iseñ o r, sin o sobre todo co m o un p ro b le
m a y p retex to d e d ific u lta d e s» (p. 3 1 2 ). El rechazo d e u n co n cep to ro
m án tic o d e la p oesía, q u e a c tú a su b re p tic ia m e n te (co m o lo c o n firm a
in v o lu n ta r ia m e n te C io ra n ) es a lg o q u e V a lé ry re c ib ió d e M a lia rm é ,
a u n q u e co n la c o n d ició n a g u d iz a d a d e no ac ep ta r la «sim u la c ió n » y el
h a ce r creer (p. 3 3 9 ), m ás a ú n , d e v er só lo en las o bras d el m aestro el
hacer. C o n e ste p a so , q u e d e te r m in a su p ro p ia «ra z ó n d e e s ta d o »
(p. 2 1 0 ), se lib e ra de su in v e n cib le a d m ira c ió n por el arte d el to d o p o
deroso M a lia rm é : «en e¡ m o m en to en el q u e vi en él la cabeza - ¡ú n ic a ,
im p a g a b le !— q u e h a b ía q u e d e c a p ita r p a ra d e sc ab e zar a to d a R o m a»
(p. 9 8 ). Si se to m a esta a firm a c ió n , q u e p ro ced e d e C a lfg u la , litc ra l-
218
m en te, ap arecerá en escen a u n «R o b esp ierre lite ra rio », según el in su lto
q u e ¡e d irig ió un c rític o en 1 9 2 5 (p. 1 4 7 ). ¿V erd ad eram en te h ab ía con -
d u c id o V alé ry la p o esía al a g o sta m ie n to , co m o y a p en sab a M aree ! Pré-
vo st en 1914?
P ara el lec to r de n u estro tiem p o , al q u e resuen an desde los añ o s 7 0
las p ro clam as de «m u e rte d e la lite ra tu ra » y «fin d e ia e stética», p u e d en
a su star m en os las m etáfo ras m arciales y caer m ás b ien en la e stilizació n
d e u n a ley e n d a lite ra ria a c u y a fo rm ació n no h a sid o V a lé ry m ism o el
ú ltim o en colab orar. Esto se co n firm a en la m ira d a retro sp ectiv a d e los
C ahiers y su in siste n c ia en u n a a u to ex p lica c ió n y a u to ju stific a c ió n d e la
tran sfo rm ació n rad ic a l q u e V a lé ry vio com o u n a crisis v ita l q u e !e m a r
có , y q u e fechó en el 4/5 d e o ctu b re d e 1 8 9 2 , u n a noch e d e to rm e n ta
en G en ova. D e a h í n ace la ley e n d a lite ra ria d el jo v en poeta q u e, y a en
el u m b ral de la c e le b rid a d , d ice re p en tin a m e n te a d ió s a !a p o esía y se
refu g ia en un silen c io d e v e in tic in c o añ o s. En los Cahiers, el suceso b io
gráfico ad q u ie re cad a vez m ás los co n to rn o s d e u n «g iro », con el q u e
em p ieza !a verd ad era v id a , el co m ien zo d e un p en sam ie n to con con se
cu en cias im p revisib les p a ra todos los d e m á s, co m o en la ilu m in a c ió n
p ro fan a d e la m a g n itu d d e la n och e d el 10 d e n o viem b re d e 1 6 1 9 para
D escartes o la e x p erie n cia d e R o u sseau en el c a m in o a V in cen n es en
o to ñ o d e 1 749: m o d elo s in eq u ív o co s.
El p a th o s d e u n a épo ca q u e aib o rea, no con la co n c ie n c ia h eg eü an a
d el fin al irre c u p erab le d el tiem p o a rtístic o , d ib u ja u n a «m eta n ap o leó
n ica» p ara ei R o b esp ierre literario . S u m á x im a a m b ic ió n era a p lic a r las
ideas m ate m átic as y el sab er exacto de !a m o d ern a c ie n cia d e !a n a tu ra
leza p ara re c o n stru ir el m u n d o d e los sen tid o s, so m e tié n d o lo al d o m i
n io ilu strad o de la in te lig e n c ia . Para la lite ra tu ra , esto sig n ific a : «n o el
au to r, sin o o tro , d eb e a p o rta r sus se n tim ie n to s» (p. 3 0 8 ). E sta e xigen cia
c o n d u c e a u n a m o d e rn a se p a ra c ió n d e p o d eres e n tre a u to r y lecto r,
p ro d u c to r y recep to r: d esp u és d e q u e el p rim ero d e todos los íd olo s de
la trad ició n se h a sac rific a d o al íd o lo ab stracto d el yo p erfecto («la self-
consciousness, leg ad o d e Poe) (p. 3 9 6 ) y q u e M o n sie u r Teste se ha elevado
a su p rem o sacerd o te d e l in te le cto , co rresp o n d e a l ú ltim o (el lector) e!
p apel de c o m p le tar el tra b a jo in e lu d ib le de la poiesis, d e p o n er e n ju ego
su se n sib ilid ad p ara p o n e r a p ru e b a un se n tid o q u e n o está d isp u esto ,
sin o p ro p u esto .
S i h o y d ía , tras esa m etáfo ra d e u n a ilu m in a c ió n p ro fan a lo q u e ve
m os es e l e m in e n te testim o n io d el c am b io d e ép o c a q u e c o n d u c e a la
recien te c lau su ra d e la m o d e rn id a d , ta m b ié n ap arece e! silen c io d e d ece
n io s de u n a ley e n d a c recien te. V a lé ry h a escrito en re a lid a d in in te rru m
p id a m e n te e n tre 1 8 9 2 y 1 9 1 7 , y ta m b ié n p u b lic a d o (en tre o tros l i
bros L a tarde con M o n sie u r Teste y los p rim ero s E studios sobre Leonardo ).
2 19
S u ascesis p o é tic a le llev ab a m is a u n c o n tin u o to m ar notas q u e a u n a
e sc ritu ra esp o n tán ea, d e d o n d e sa ld ría su o b ra m aestra rev o lu cio n aria,
e l p re cip ita d o d e su av en tu ra e sp iritu a l, reacio a to d a sisrem árica. C ó
m o p u d o crecer en silen cio la c a p a c id a d p o é tic a p ara lle g a r fin a lm e n te
a d o m in a r ai q u e an tes fuera desafío to d o p o d ero so , R ich ard W agn er, es
alg o q u e p u e d e verse retro sp ectiv am en te en la g én esis d e la J a m e P ar
que. «Es éste m i d ra m a líric o . U n caso b ien n o tab le. H e am ad o tan to a
Las valq u iria s y h a in flu id o y p en etrad o tan to en m í la co n cep ció n de
W ag n e r q u e la p rim e ra a c tu a c ió n c o n sistió en rechazar, en u n d u elo
im p o te n te , to d o lo qu e e ra lite ra tu ra ... Fue, p o r el c o n tra rio , u n a se
g u n d a im p re sió n 1o q u e p ro d u ce m i p o esía d e 1 9 1 5 » (p. 3 8 5 ). Y lo q u e
v ale p ara la p o esía d e C harm es , vafe en m a y o r m e d id a p ara la prosa de
C a h ie r z p re c is a m e n te la fu erza d e la n eg ac ió n p u d o lo im p o sib le, traer
al le n g u a je lo qu e en to d o p en sa m ie n to y le n g u a je está esco n d id o , lo
no e sp iritu a l, lo corp ó reo , lo im p u lsiv o , lo m u d o , d e m a n e ra q u e «p u
d ie ra ab rirse u n a p ersp ectiv a in v e rtid a en lo e sp iritu a l, q u e b lo q u ease el
d u a lism o cartesian o b asad o en D io s» (K arl L o w ith ).
« C o m p ru e b o , en m i in g e n u id a d , q u e m is te m a s y m o d e lo s son
sie m p re y sólo o b jeto s in te le ctu a le s, cosas in tern as. N u n c a m e d e d ic o a
u n p a isa je , u n a p erso n a,’ u n a escen a o su ceso ... N in g ú n recu erd o , y, en
to d o caso, tra ta d o d e m o d o ab stracto » (p . 3 8 7 ). Q u ie n no se asu sta, se
e n c o n t r a r á s o r p r e n d e n t e m e n te r e m u n e r a d o . E l «y o p u ro » d e lo s
Cahiers , q u e a firm a d e sí m ism o : «sólo v o y tras el poder..., el am o r, la
h isto ria , la n a tu ra lez a no sig n ific a n n ad a p ara m í» {p. 3 0 6 ), sabe p re ci
sa m e n te so b re las m u ch as cosas q u e n ad a sig n ific a n , no sólo u n a : «m i
m éto d o so y y o » , sin o ser c ap az sie m p re d e d e c ir algo no c o rrien te, algo
n u n ca d ich o . S ó lo u n p rim e r vistazo a la o rg a n iz a c ió n d e la e d ic ió n ,
d o n d e p o r e je m p lo v em o s q u e se sig u e n : se n sib ilid a d y m e m o ria , sueño
y c o n c ie n c ia , eros y b io s, h isto ria y p o lític a , arte y p o ética, y d o n d e la
te m á tic a tra ta d a alcan za u n c írcu lo q u e se p u e d e c o m p arar con la de la
a n tig u a A r s m a g n a o la E nciclopedia h e g e lia n a , c o n tra d ice la su p u esta li
m itació n a lo m eram en te in te le c tu a l. C o n stitu y e m ás b ien el in c o m p a
rab le e stím u lo d e esta in te rm in a b le le c tu ra , su c a p a c id a d d e a b rir in e s
p erado s h o rizo n tes d e las e x p erie n cia s m ás co n cretas a los m ás diversos
in tereses: tan to a la fo rm ació n c ie n tífic a co m o a Sa m ed itac ió n h is tó ri
ca, tan to a la c u rio sid ad p sico ló g ic a co m o al ju ic io estético , si, co n to
do , se lee co m o exp erto y p rim e r a m a n te , a co n tra p elo del in te le c tu a l.
E ste e s t ím u lo q u e d a a m in o r a d o , ta n to en la e d ic ió n a le m a n a
co m o en la fran cesa q u e le sirve d e base (los d o s tom os d e L a P léiade
de 1 9 7 3 -7 4 a carg o d e Ju d ith R o b in so n ), al a b a n d o n a r la se c u e n c ia
o rig in a l d e las a n o ta c io n e s, p a ra c o n se g u ir u n a C o n fig u r a c ió n , e n c ic lo
p é d ic a m e n te o rd e n a d a , m ás leg ib le. C ie rta m e n te , p o d ría h ab erse u t ili
220
zado u n a clasifica c ió n p la n te a d a p o r V a lé ry en 1 9 2 1 . Pero, al fin a l, él
m ism o d esistió d e tai o rg an izac ió n p o r acertad as razones, com o e x p li
can los e d ito re s alem an es: L a tip o g ra fía no p e rm ite reco n o cer el a u té n
tic o p roceso d e la e sc ritu ra , la p ro testa c o n tra las reglas y co accio n es
o rto g rá fic a s . Por o tra p a rte , co n la o rd e n a c ió n e n c ic lo p é d ic a d e los
p en sam ie n to s se d ifu m in a la d isp o sic ió n d e los p e n sa m ie n to s d e V a
léry, q u e no es p ro gresiv a, sin o exp lo siv a: retom ar, co rre gir lo q u e es
n ec e saria m e n te fragm en cario y ten tativ o , m e zc la r la selecció n c u id a d o
sa d e los tre in ta y u n o «curso s d e p en sa m ie n to y v id a » q u e , co n su c o n
s iste n c ia im a g in a ria , tra ic io n a n el d e sig n io re v o lu c io n a rio d e l au to r,
o p o n erse a la p le n itu d de la o bra. La g a n a n c ia d e u n a lec tu ra c ó m o d a
m e d ia n te la fig u ra de los flo rileg io s c o n v en cio n ales, no h ace o lv id a r la
p é rd id a in a lie n a b le : la p ro v o cació n al lecto r p a ra q u e sea co n sc ien te de
ia c o n tra d icc ió n en tre c o n c ie n c ia p ro d u c tiv a y recep tiva. Yo p ro p o n
d ría q u e a l m e n o s u n C a h ie r d e la e d ic ió n a le m a n a c o n se rv a s e su
a u té n tic a s e c u e n c ia (q u e h a sid o a d o p ta d a en la e d ic ió n c r itic a d el
C N R S , re c ie n te m e n te in ic ia d a ).
Lo q u e p o d ría g a n a r con esto la ta rd ía recepción alem a n a d e V a
léry, se e xp lica c la ra m e n te con u n a ú ltim a c ita q u e c o n stitu y e un g ran
testim o n io d e la «esc ru p u lo sid a d d el e sp íritu ». V aléry, el p ad re de u n a
e stética sin n atu ralez a fue io su fic ie n te m e n te a g u d o co m o p ara q u erer
h acer de to d o conocer u n a fun ció n d el poder. H a b ía a n tic ip a d o a sí el
d o m in io d e u n a tecn o cracia q u e creía p o d e r h acer todo lo q u e el hom o
f a b e r p u d ie ra idear. S in e m b arg o , fue ta m b ié n V alé ry e! p rim e ro en p o
n er en c u e stió n este exceso de n u estra m o d e rn id a d . El R o b esp ierre lite
rario te n ía ta m b ié n la fuerza de retractarse. Ya en 1 9 1 3 esc rib ía con u n a
m ira d a retro sp ectiva a su g iro b io g rá fic o : «co n un im p u lso in stin tiv o
red u je el p ro b le m a y reco n d u je to d o : arte, a n á lisis, le n g u a je, trato con
lo real y p o sib le, a u n p rin c ip io ú n ico y e le m e n ta l, el d el p o d e r espiri
tu a l C o m e tí, d e m o do casi in te n c io n a d o , el erro r d e su stitu ir e! ser p or
el hacer , co m o si se p u d ie ra h acerse u n o a sí m ism o . ¿C o n q u é? S er
p o eta, no. P o der ser... e tc .» (p. 9 8 ).
A la le c tu ra d e los C u a d e rn o s p o d ríam o s a ñ a d ir u n a b e llísim a lec
tu ra p aralela, C orrespondencia entre A n d r é G id e y P a u l Valéry , e d ita d a
de nuevo c u id ad o sam e n te p o r la e d ito ria l Fischer, tra d u c id a p o r H elia
y P aul N o ack, y co m en ta d a p or R o b ert M a lle t. C o m p re n d e el m ism o
lapso de tiem p o (de 1 8 9 0 a 1 9 4 2 ), y a p o rta el lad o o cu lto d e un m o n ó
logo so litario : la v id a p riv a d a y fam ilia r, la p rivad a y la p ú b lic a , los su
cesos p o lítico s y lite rario s, reflejados en el espejo d e u n a d u ra d era am is
tad. C u m p le el id eal d taló g ico d e p o d er h a b la r co n e l am ig o acerca de
lo q u e no se p u ed e h ab la r co n otros, au n q u e esta cu rio sa p areja no es
tuviese d e acuerd o acerca d e n ad a, co n excep ció n d e la fó rm u la d e la
221
a m ista d d e M o n ta ig n e : «p o rq u e él es eso y p o rq u e yo so y eso», co n la
c u a l eran cap aces d e ren o var las c o n tra d icc io n es q u e su scitan las c o n
v icc io n es y p ro yecto s d e la co m p ren sió n d e l m u n d o y d e ia realizació n
p ro p ia. E l in te rc a m b io e p isto la r e v id e n c ia q u e e! «R o b esp ierre lite ra rio »
p o d ía ser el m ás sen sib le d e los am ig o s, q u e M o n sie u r Teste era d e joven
p ro fu n d a m e n te relig io so , y q u e los fu tu ro s p ortavo ces d e la ú ltim a m o
d e rn id a d e sté tic a p o d ía n al m ism o tie m p o re c h a z a r to d a a u to rid a d
c o n sa g ra d a y am a r los paseos se n tim e n tales y las e m o cio n es de la n a tu
raleza, pero tam b ién c u m p lir su p ap el en la v id a d ia ria triv ia l (G id e co
m o a lca ld e y V aléry co m o fu n c io n a rio ). D e la le c tu ra o re lec tu ra d e este
lib ro p u e d en el e sp ec ialista y el afic io n ad o sacar igu al g a n a n c ia . El lite
rato p u e d e lo g ra r u n a n u ev a p ersp ectiv a d el p ro yecto in acab ad o d e la
m o d e rn id a d q u e, a la so m b ra d e M a lla rm é (el tercer h o m b re siem p re
en la so m b ra ), co m en zó co n los escrito s d e G id e c o n tra la n ovela realis
ta y co n e! rechazo d el sim b o lism o p o r V aléry. El aficio n ad o a la lite ra
tu ra p u ed e e n c o n tra r en este d o b le lib ro d e co rre sp o n d e n c ia un nuevo
acceso a u n a épo ca su m e rg id a , el f i n d e siécie d e ayer, q u e, d esd e los fi
n ales d el seg u n d o m ilen io casi p arece id ílic a . Y, p o r ú ltim o , la esp erad a
recep ció n a lem a n a d e V a lé ry p o d ría a rrastrar u n a n u ev a recep ció n de
A n d ré G id e, q u ie n , h ab ie n d o sid o celeb rad o en A le m a n ia en el cu rso
d e los m o v im ien to s d e ju v e n tu d ( N o u rritu res terrestres), pasó co n ello s,
so b rev ivien d o en sus d ia rio s, y h o y m erecería ser leíd o en su o b ra te m
p ra n a q u e e stá en el c en tro d e la c o rre sp o n d e n c ia . El recen so r reco
m ie n d a a l p ro p en so lecto r u n a p e rla o lv id a d a : Taludes.
222
10
Italo C alvino:
Si una noche de invierno un viajero.
Inform e sobre u n a estética postm oderna*
i
1¿ M u erte d e l sujeto?
223
in c o n scien te sólo es in te rp re tad o en el c írcu lo vicio so d el yo y el m is
m o , d e la c o n c ie n c ia y h v o lu n ta d d e v iv ir; la c o n stitu c ió n de un s u je
to , q u e d e a h í su rg e, es d e sc a lific a d a e n s e g u id a co m o ilu s ió n , co m o
«m e ra ficció n ». L a p o sib ilid a d de fu n d a m e n ta r el eje rc icio de esta fic
ció n es algo q u e N ietzsche, en su c rític a a la fiio so fía d el su jeto {a la
q u e está lig a d o ), no c o n tem p la : la ficció n ap arece só lo com o m áscara,
tras la q u e se esco n d e e l su jero , su p u esta m en te so b eran o , d e la v o lu n ta d
in c o n scien te.
Ya esta p rim e ra d escrip ció n h ace ver q u e la tesis d e la «m u e rte del
su je to », en su o rig e n n ieczsch ean o , ch o c a con u n a ficció n q u e no se
c o n tem p la com o n ecesitad a d e e x p lic a ció n y q u e, creo y o , q u e d a in ex
p lo ra d a . S i se reflex io n a so b re q u e el su jeto , ta n to en sus relacio n es con
su yo in c o n scien te co m o en su s relacio n es con lo o tro {tanto el m ed io
com o los o tro s), p o n e en ju e g o noléns volens la rep resen tació n de la fic
c ió n , en to n ces se revela el grave d é fic it d e tal teo ría. Su e go cen trism o
fu n d a m e n ta l ch o ca con h allazgo s b ien c o n o cid o s, y c asi triv ia le s, ta n to
d e la teo ría g ra m a tic a l d e la su b je tiv id a d co m o d e la teo ría a n tro p o ló g i
c a d e la m ism a . N o es n in g ú n «p re ju icio populan» el hech o de qu e el
su jeto se esp ec ifiq u e com o y o en el d iscu rso , se refiera al m ism o tiem p o
a u n tú, y su p o n g a p o r ello q u e este tú se d a a con o cer co m o o tro yo.
S e trata d e la c u e stió n fu n d a m e n ta l d e toda c o m u n ic a c ió n en el a q u í y
ah o ra d e la situ a c ió n p ra g m á tic a d el h ab la3. A n tro p o ló g ic a m e n te , a la
re c ip ro c id a d d e p ersp ectiv as e n el usó d el le n g u a je c o rresp o n d e q u e ,
co n el d e sarro llo d el yo se d a ta m b ié n lá reflexiv id ad : «to d o yo tien e a
su lad o , o fren te a sí, a o tro . El e g o c en trism o p rim itiv o q u e d a así, desde
ese m ism o m o m en to , p erfo rad o . En el otro el h o m b re c a p ta al otro co
m o sí m ism o , p o rq u e él es ta m b ié n el o tro »3. T an to en B en v en iste co
m o en P lessn er la ficció n b ásica q u e e v id e n te m e n te p o sib ilita tan to la
re lació n d e! y o co n sigo m ism o co m o la in te rac ció n co n el otro, es algo
q u e n o está p ro p ia m e n te tem atizad o . S i ac ep tam o s las p ro p u estas de
W o lfg an g Iser acerca d e la d e te rm in a c ió n d el m o d o d e o p e ra r d e la fic
ció n '', en to n ces p o d em o s d e c ir lo sig u ie n te acerca d el p ro b lem a d e la
c o n stitu c ió n d e la su b je tiv id a d :
Para el su jeto aislad o , «q u e es c u a lq u ie r o tro , pero no se tie n e a sí
m ism o », la ficció n se p resen ta co m o « lu g a r v acío o rg an izad o r»: co n él
e l y o acced e a la relació n co n su e x isten c ia física, q u e estab a ro ta, y, re-
224
tro acc io n an d o con su e x p erie n cia o p ro yectan d o sus p ro p ias p o sib ilid a
d es, se p o n e d e n uevo c o m o su jeto . S i, ig u a lm e n te , según Plessner, se
su p o n e q u e el su jeto «sóio p u e d e ser a lg u ie n p o r el rodeo a través de
o tros y o tras co sas»5, la ficció n se revelará ta m b ié n co m o el p rin c ip io
o p erativo de la in te ra c ció n d el ego y el alter. En am b o s casos se ría ab
su rd o v er sóio en esos p rin c ip io s d e o rg an izac ió n «m áscaras d e ficció n »,
tras las q u e se e sco n d ería u n a a u té n tic a re a lid a d , o un yo m ism o n u eva
m e n te su sta n c ializ ad o : la v o lu n ta d d e p oder. Lo fic tic io no es en este
caso un c o m en tario so b re u n texto in c o n scien te, sin o u n o d e los p o si
b les textos en los q u e se e sc en ifica c o n tin u a m e n te un y o q u e n u n c a
p u e d e ser c ap tad o c o m p le ta m e n te en sf m ism o . En ei p ro b lem a d e la
c o n stitu c ió n de la su b je tiv id a d , la e scen ificació n es p rim a ria m e n te —y
es algo q u e yo a ñ a d iría a las ex p licacio n es d e W . I se r- u n a esc en ifica
ció n d e sí m ism o p ara el o tro o los o tro s. El h ech o d e q u e ta m b ié n la
ficció n p u e d a p resen tarse en el m o d o d e la a u to esce n ific a c ió n , con e x
c lu sió n d el o tro , es algo q u e y o co n sid ero co m o un caso lím ite , h istó ri
cam e n te tard ío . R o u sseaü , q u ie n p re te n d ió tal cosa en sus Confesiones,
tu v o q u e p a g a r el p recio d e q u e su ficció n d e un su je to a u tó n o m o , to
ta lm en te tran sp aren te a sí m ism o , se tro case en ia lo cu ra d e verse así
p ersegu id o p o r los otros, m ás q u e d ife re n ciad o d e los otros. Q u ie n ex
clu y e el ro deo p o r el o tro o los otros, q u ie n no p u e d e verse a sí m ism o
en el o tro, sólo p u ed e fin a lm e n te d isp o n e r d e u n a lg u ie n q u e sólo se
afirm a co m o un in d iv id u u m , p o rq u e éste, seg ú n e l h erm o so d ich o de
N o valis, es o rig in a ria m e n te u n d iv id iu m 6.
El sig u ie n te trab ajo q u ie re ex p lo ra r estos su p u esto s acerca d el m o
d o d e o p e ra r d e la fic c ió n en u n e m in e n te tex to p o stm o d e rn o , q u e
acep tó la p ro clam ad a m u e rte d el su jeto com o el reto d e v o lver a en co n
trar e l tú p erd id o en c a m in o s in tra n sita d o s. S e tra ta d e ia n ovela d e íta -
io C a lv in o Se u n a n o tte d ’i n v e m o u n vidggiM ore*, u n a n ovela q u e p la n
tea el uso de la ficció n en tres n iv eles, q u e in te rfie re n e n tre sf: el d e la
relació n de la e sc ritu ra y la le c tu ra q u e su p o n e la re lació n c o m p le m e n
taria d el m u n d o e scrito y el no escrito ; ia in te rac ció n d el a u to r y e l lec
to r ley e n te y leíd o {lettore che legge e lettore che i letto}, y, en tercer lu g ar,
la e scen ificació n d e sí m ism o p ara el o tro , la relació n y o -tú d e lecto r y
lecto ra, q u e ab re m ú ltip íe s h o rizo n tes p o sib les en la ap ro p iac ió n m u tu a
de d iscurso s ficticio s.
5 N ota 3, p. 61.
‘ «Das achte D ivíduum ist auch das achre Sndividuum» (Das a íigem ein f Broutlhm,
n« 952).
* [Trad. cast. de Esther Betdtcz: Si una n och e d e in viern o un viajero, M adrid, Sinjela,
1989].
225
II
E l h ia to e n tre escritura y lectura
1 Situatians //, París, Gallim ard, 1 9 4 8 (trad. cast. de Aurora Bernárdez; ¿Qué & //-
tcratvra?, Buenos Aires, Losada, 19 5 0 ]. Aunque Caivino en el capítulo 8o del V idggidtore
no se refiere expresamente a Sartre, lo presupone evidentem ente. Así, por ejemplo, cuan
do habla de «esa relación privilegiada con el libro, que sólo posee el lector: la capacidad
de considerar lo ecrito en el libro como algo hecho, algo definitivo, a lo que nada se pue
de añadir ni quitar» (p. 137).
226
crear a la vez, de d esvelar c rean d o y de c rear d esv elan d o » (p . 9 4 ). La fic
ció n en ta n to q u e p rin c ip io de o rg an izac ió n fu n cio n a , seg ú n esto, en la
relació n m u tu a d e do s h o rizo n tes: eí h o riz o n te a b ie rto d e la p ro d u c
ció n se co n vierte en h o rizo n te cerrad o d e la recep ció n , q u e d e ja al lec
tor su p ro p io esp acio . S u a c tiv id a d está c ie rta m e n te p re o rie n ta d a , pero
no d e te rm in a d a ; es, ai m ism o tie m p o , re c ep to ra y c re a d o ra . P ues el
proceso de la lectu ra está señ alad o p or m o jo n es con lugares vacío s qu e
exigen ser rellen ad o s p o r las p ro p ias c ap acid ad es, b u scan d o en el se n ti
d o d ad o el se n tid o p ro p u esto : «sin d u d a el a u to r le g u ía , pero no h ace
m ás q u e g u ia r; los jalo n es q u e h a p u esto están sep arad o s p o r vacío s,
q u e es p reciso c o lm ar, y en d o m ás a llá d e ello s» (p. 9 5 ). El p rin c ip io
o p erativo d e la ficció n su p o n e la c o o p eració n , u n «p acto de g en e ro si
d ad en tre el au to r y el lecto r», y a h í ra d ic a el ethos carac te rístico d e la
le c tu ra , q u e S a rtre d e n o m in a generosidad, la d isp o n ib ilid a d p ara u n a
c o n stitu ció n de se n tid o e stític o . «A sí, m i lib e rta d , al m an ifestarse, d es
v ela la lib e rta d d e l o tro » (p. 3 6 ). En ese p acto «c ad a u n o c o n fía en el
otro, e x ig ie n d o de él tan to co m o de sí m ism o ...»
N o n ecesitam o s a q u í o cu p arn o s d e si C a lv in o se h a ap ro p iad o de
la teo ría d e S a rtre , desp ués d e h ab er su p e rad o la teo ría d e la écriture au -
to su ficien te p ro p u esta p o r la n u ev a m etafísica, p uesto q u e el d ia rio d e
S ilas se lee c laram e n te co m o u n a reelab o ració n p o e to ió g ica d e la d ia lé c
tica sa rtria n a d e la e sc ritu ra y la lec tu ra y d e sus co n secu en cias im p re -
vistas. El co n o cim ien to d e q u e el p ro ceso de e sc ritu ra no c o in cid e con
el acto d e lec tu ra se tran sfo rm a en u n a situ a c ió n in trin c a d a . M ie n tra s
S ilas escrib e, p u ed e o bservar co n un cata le jo a u n a m u je r q u e está le~
yen d o reco stad a en u n a tu m b o n a en un c h a le t alejad o . La s im u lta n e i
d ad de su s acto s d e e sc ritu ra y d e lec tu ra le irrita cre cie n tem en te. Le
a sa lta u n deseo ab surdo. «L a frase q u e esto y e scrib ien d o d e b e ría ser la
m ism a q u e ella lee»®. L a ficció n e ró tic a d e u n a u n ific a c ió n d e esc ritu ra
y le c tu ra es im p o sib le d e c u m p lir. Esta im p o s ib ilid a d h ace q u e la ver
d ad de su a c tiv id a d so lita ria se extrav íe: «A veces y o m e d ig o qu e esa
m u je r lee m i verdadero lib ro , el q u e desd e h ace tiem p o d e b e ría escribir,
pero q u e n u n ca p o d ré esc rib ir» (p. 2 0 4 ). L a ilu sió n d e u n v erd ad ero l i
bro in a lc a n z a b le se a lim e n ta d el p rin c ip io d ia lé c tic o se g ú n el c u a l la
v erd ad de la fic c ió n sólo p ro ced e d e lo otro d e la e sc ritu ra , d el proceso
de le c tu ra. S i al q u e escribe se le d esp o ja irre m isib le m e n te d e la figura
ac a b ad a d e !a ficció n p le n a , ta m b ié n a la lec to ra se le su strae n ecesaría-
1 «Eí resultado del esfuerzo antinatural que me impongo af escribir, tendría que ser el
alienta de esa lectora, el acto de lectura convertido en proceso natural, el ílujo que (leva
las frases al filtro de su atención...», p. 2 0 3 .
227
m e n te e l p rin c ip io no a c a b a d o : el p rin c ip io o p e ra tiv o d e la fic c ió n
c o n s tru c tiv a . S i la le c to ra p u d ie r a m ir a r a l e s c rito r p o r e n c im a d e l
h o m b ro , en to n c es -o b s e rv a S ílas—serfa éste in cap az d e se g u ir e sc rib ie n
do (p. 2 0 5 ).
S ó lo h a y u n a sa lid a p a ra su p e ra r la d ista n c ia in c o n m en su ra b le e n
tre e l yo e sc rib ie n te y el yo lector: si el a u to r se h ace co p ista, será cap az
d e le e r y e sc rib ir en e l m ism o acto . E n to n ces S íla s e m p ie za a c o p ia r el
p rin c ip io d e C rim e n y Castigo p a ra co m p ro b a r la fascin ació n de la tarea
im p re s e n ta b le d e u n co p ista. «E í c o p ista v iv ía sim u ltá n e a m e n te en dos
d im e n sio n es tem p o rales, la d e la le c tu ra y ia d e la e sc ritu ra ; p o d ía e scri
b ir sin la a n g u s tia d el v acío q u e se ab re a n te su p lu m a ; p o d ía lee r sin la
an g u stia d e q u e su ac ció n no se co n crete en o b jeto ta n g ib le » (p. 2 1 4 ).
C a lv in o reto m a a q u í e l fam oso e x p erim en to d e B orges en Fierre M é -
nard, a u to r d e D o n Q uijote, y d a u n paso m is . S i B orges cjuería m o strar
en eí Q u ijo te d e l co p ista la no id e n tid a d d e io re p etid o , a u n en e! caso
de la re p e tic ió n .lite ra l, q u e a ñ a d e a l v iejo texto u n nuevo sen tid o ap o r
tado p o r la d ista n c ia te m p o ra l, C a lv in o h ace q u e su S ila s d escu b ra en ia
co p ia u n in so sp ech ad o y m ás elev ad o v a lo r estético . S e e n te ra p o r M a
rañ a, u n ag en te lite ra rio , d e q u e u n a e m p resa ja p o n esa se h a ap o d erad o
d e la fó rm u la d e su s novelas y es c ap az d e p ro d u c ir nuevos lib ro s d e S i-
las F la n n e ry d e g ran n iv e l. A la ira d el así ro b ad o sig u e el reco n o ci
m ie n to p ro gresivo y el e stím u lo so fo can te q u e le p ro p o rc io n a la re p re
se n tac ió n «d e m i yo jap o n és q u e e stá im a g in a n d o u n a d e m is h isto rias»,
y la a d m isió n d e q u e cales b aratas im ita c io n e s «c o n tien en u n a sa b id u ría
o cu lta y e x tra ñ a m e n te re fin ad a, d e la q u e carecen p o r co m p leto los a u
tén tico s F la n n e ry » {p. 2 1 5 )- L a fa lsifica c ió n , lejos de m o strarse com o
u n a sim p le m áscara d e la fic c ió n , se revela co m o su ú ltim a fig u ra, co
m o la m id fic a c ió n d e u n a m istific a ció n q u e y a era lite ra tu ra , y q u e, p or
eso, «es tan to com o u n a verd ad a la se g u n d a p o te n c ia » (p. 2 1 6 ). A sí ar
g u m e n ta M a ra ñ a , el m iscerioso se d u c to r y p recu rso r d e la fase ele c tró
n ic a d e la civ iliz a ció n q u e y a h a co m en zad o , en la q u e d esap arecen ¡as
d ife re n cia s e n tre re a lid a d a u té n tic a y re p ro d u c id a , e n tre n a tu ra le z a y
arte, e n tre «m u n d o d e la v id a » tec n ific a d o y m u n d o artific io so d e los
m e d ro s d e m asas. Y p u esto q u e el n a rra d o r h a sid o , d esd e H o m ero , u n a
p erso n a fin g id a , p u ed e S íla s sin in c o n v e n ie n te ser cre ad o r d e apócrifos
p erfecto s, y, p o r lo ta n to , in c o rp o ra r al a u to r id eal d e la p o stm o d e rn i
d a d , «es d ecir, el a u to r q u e se d isu e lv e to ta lm e n te en la n ub e d e ficcio
nes q u e ro dea nuestro m u n d o » (p. 2 1 6 ). Este m u n d o o paco , sin se n ti
do , en el q u e la ficció n y a no tie n e c o rre sp o n d e n c ia, en e! q u e H erm es
M a ra ñ a , fu n d a d o r d e u n a «o rg an iz ació n d el p o d er ap ó crifo » (p. 1 5 3 ),
b orra to d as las señ ales y c o n d u c e la u n iv ersal c o n ju ra d e la m istific a
ció n a la cen su ra ab so lu ta d el estad o p o lic ia l p erfecto , es el «reto d el la
228
b erin to »’ q u e afecta en igu ai m e d id a a ia e sc ritu ra y la lec tu ra . El su p e
rag en te d e la m istific ació n in te n ta en el m arco d e la in trig a se d u c ir ta n
to a S ilas co m o a su lecto ra. Por q u é p ie rd e la a p u e sta, có m o el au to r
d e le g a su y o en el tú d el lec to r y la lecto ra y p u e d e d e sc u b rir en la escri
tu ra e! m u n d o n o escrito en to d a su m u ltip lic id a d , y p o r q u é, en ú lt i
m o térm in o , L u d m ilia , la lecto ra id eal, o b tien e la v icto ria , eso es el se
c re to , larg o tiem p o g u a rd a d o , d e la fá b u la d e C a lv in o y la a p o lo g ía de
la le c tu ra q u e lleva a cab o en Se u n a n o tte d ’in vern o u n viaggiatore.
III
L a interacción entre m u n d o escrito y m u n d o no escrito
229
v a. Et m u n d o en e l lib ro es y e ra o rig in a ria m e n te u n m u n d o b ien o rd e
n ad o q u e p erm ite ju z g a r so b re lo v erd ad ero o falso, lo ju sto y lo in ju s
to, Jo a g ra d a b le o d esa g ra d a b le , en d u ro co n traste co n ei m u n d o real
q u e es d eso rd en ad o , en p erm a n en te flu jo d e sucesos im p rev isib les e in
n u m erab les, q u e se escap an a la c o m p ren sió n . P ara el lecto r a p asio n a
d o , q u e p asa g ra n p a rte d e su s h oras d e v ig ilia en el m u n d o e scrito - u n
«m u n d o d e lín e as o rd e n a d a s, co n p a la b ra s q u e se sig u e n in c a n sa b le
m e n te y co n c a d a o ració n en su p uesto fijo »— el paso al m u n d o no es
c rito —e l m u n d o d e tres d im e n sio n es y cin co sen tid o s, p o b lad o de m iles
de im ág en es— es cad a vez u n a re p etició n d el tra u m a d ei n a cim ie n to . La
p a ra d o ja d e l m u n d o real, en e l q u e v iv im o s hoy, co n siste en q u e a u n no
: h a sid o escrito y, sin e m b arg o , todo h a sid o y a leíd o an tes d e q u e exis
tie ra p a ra n osotros. El h á b ito d e la le c tu ra h a tran sfo rm ad o al ho m o sa
p ie n s e n e l curso d e los siglo s en u n h o m o legens, q u e y a no p u e d e p erci
b ir lo q u e sus p red eceso res, q u e no le ía n , p o d ían ver y oir. R o m p er la
p ro tecció n d e p alab ras y co n cep to s p a ra d ejarn o s ver de nuevo el m u n
d o es, por eso, el p o d er p ro p io e in s u stitu ib le d e la lite ra tu ra . C o m o
e q u iv a le n te d el m u n d o no e scrito no d ebe co n fo rm arse el lib ro con tra
d u c ir a la e sc ritu ra lo q u e y a era co n o cid o o sie m p re h a e x istid o . Se tra
ta d e e s c rib ir lo q u e no sa b e m o s to d a v ía , p a ra h a c e r p o sib le q u e el
m u n d o n o escrito p u e d a ac ce d e r p o r nosotros a la p a la b ra .
El e n sayo d e C a iv in o c u lm in a en u n a c rític a al exceso de la teo ría
p a n sem ió tic a . L a m ism a c rític a q u e h ace p oco tra d u jo U m b erto Eco en
u n a fó rm u la la p id a ria : « la E d ad M e d ia se e q u iv o c a b a a l e n te n d e r el
m u n d o co m o texto , la m o d e rn a se e q u iv o ca al c o n tem p la r el texto co -
' m o m u n d o »" . In d e p e n d ie n te m e n te d e q u e p o n g am o s la le g ib ilid a d del
m u n d o en e l lib ro d e !a rev elació n , en e l lib ro d e la h isto ria , o en el li
b ro d e la n a tu ra lez a , p o r m e d ia c ió n d e l c re a d o r d iv in o , o, m o d e rn a
m e n te , p o r la g a ra n tía d e u n siste m a ep iste m o ló g ic o o u n c ó d ig o g en é
tic o , el m u n d o sig u e sie n d o p a ra n o so tro s m ás, y o tra co sa, q u e un
texto . Y, p o r o tra p arte, tam p o c o e l texto p erfecto es u n o ís causa sui,
u n m u n d o p a ra sí, cuyo h o riz o n te no re m ite a n in g ú n o tro h o rizo n te.
El m u n d o co m o lib ro y el texto co m o m u n d o están , d e igu al m an era,
c o n d ic io n a d o s p o r la in te rd e p e n d e n c ia d el m u n d o escrito y d el m u n d o
no e scrito , q u e h ace p o sib le la le g ib ilid a d , in d e p e n d ie n te m e n te d e si es
D ios el p rim e r esc rito r o el su jeto au tó n o m o el ú ltim o . La teo ría de
C a iv in o revisa el ax io m a d e l «cierre d el tex to »: la ficció n d e la lite ra tu ra
h a id o m ás a llá , en la tra d ic ió n d e la im ita ría naturae, d e l h o rizo n te de
la m im esis y la anam nesis, El m u n d o e scrito es, tan to en la im ita c ió n co-
230
m o en !a c o n stru cc ió n , lo «c o n tra rio d e l m u n d o no e scrito », su m ateria
es «lo q u e no existe ni p u ed e existir, én tan to no h a sid o e scrito , pero
cu yas faltas rastrea d e a lg ú n m o d o lo q u e existe en su p ro p ia im p erfec
c ió n » (p. 2 0 6 ). El «texto cerrad o » es sólo su p u estam en te un m u n d o au -
to su fic ien te , p o rq u e co m o m u n d o e scrito en el cam b io d e h o rizo n te de
la ficció n , rem ite siem p re a un m u n d o y a escrito y a u n m u n d o a ú n no
escrito , cuyo se n tid o n in g ú n texto p u e d e agotar.
El d ia rio d e S ila s d a u n p aso m ás a llá . El a u to r a c e p ta lite ra l, y
so rp re n d e n te m e n te , la se d u cció n d e d iso lv erse en el m u n d o d e los m e
d io s: «ta m b ié n yo q u is ie ra b o rra rm e y e n c o n tra r p ara c a d a lib ro m ío
o tro y o , o tra voz, otro n o m b re, d iso lv e rm e y ren acer. Pero m i m e ta es
c a p tu ra r en el lib ro el m u n d o no leg ib le, el m u n d o sin c en tro , sin yo »
(p. 2 1 6 ). El ab an d o n o d el su je to no d eb e d e n in g ú n m o d o d e ja r e m
p o b recer el m u n d o : un m u n d o sin el cen tro d el yo , d el ú n ic o q u e lo
c o n sid e ra co m o su p ro p ie d a d , q u e se ab re a la ficció n d e in so sp e c h a
do s h o rizo n tes. El e sc rito r «q u e q u ie re a n u la rse a sí m ism o p a ra traer
aS le n g u a je lo q u e p erm an ec e fu e ra d e él» (p. 2 1 7 ) im p o n e a l so b erano
yo u n té rm in o q u e es al m ism o tie m p o un n u ev o c o m ie n zo : su lim it a
c ió n d e n tro de u n a m u ltip lic id a d , q u e !e p e rm ite e n c o n tra r en o tros
y o s, sie m p re d istin to s , el acceso a o tros m u n d o s p o sib le s12. S ilas se re
fiere co n e llo a un lib ro q u e h a e x ig id o u tiliz a r el verb o «p en sar» en la
tercera p erso n a , en la fo rm a im p erso n a l. El su je to d e la e sc ritu ra en
c u a n to tal ( écriture ) no d e b e ría y a ser un «y o p ie n so », sin o u n «se p ie n
sa». Si C a lv in o a lu d e a q u í a D e rrid a , sig u e d e cerca la c rític a d e L ’é cri-
tu re e t la différencr. «su p o n ie n d o q u e ia e sc ritu ra en c u a n to tal lo gre
su p e ra r la lim ita c ió n d e l au to r, sólo c o n se rv ará u n se n tid o , c u a n d o sea
le íd a p o r u n a p erso n a a is la d a ... El u n iv erso se ex p resará a si m ism o
m ie n tra s a lg u ie n p u e d a d e c ir : ‘Yo le o , lu e g o se e s c rib e ’» (p . 2 1 1 ) .
Q u ie n s e p a r a p r im e r o e l te x to r ig u r o s a m e n t e d e su p r o d u c c ió n
(« a v a n t-te x te » ) y d e su re c e p c ió n (« a p ré s -te x te » ) c o m o si fu e ra u n
m u n d o c errad o en sí m ism o , p a ra d esp u és in tro d u c irlo en el regresstts
a d in fin itu m de u n a «p ro d u c tiv id a d te x tu a l a u to su fic ie n te » , cae en el
p u ro id ealism o q u e d e b e ría p re cisa m en te su p e ra r p o r la e x p u lsió n d el
su jeto . El m u n d o no id ea l, no le g ib le , se d e ja c a p ta r co m o m u n d o sin
231
su je to en la e sc ritu ra só lo b ajo la c o n d ic ió n d e q u e lo escrito no g ire
en to rn o a sí m ism o - c o m o el c an to d e ios e sp íritu s so b re las a g u a s -
sin o q u e es c o m p u esto p a ra u n su je to lector.
S i S ilas h u b ie ra ten id o la a m b ic ió n d e m e ter la to ta lid a d del m u n
do en la e sc ritu ra d e lo no escrito , se le h a b ría n o frecid o d o s cam in o s
q u e eran y a el p ro b le m a d e la B iblioteca d e B a b el d e B orges: «o e sc rib ir
u n lib ro q u e p u e d a ser et lib ro ú n ic o q u e lo c o m p ren d e ro d o , p o rq u e
en sus p á g in a s se a g o ta la to ta lid a d , o e sc rib ir todos ios lib ro s p ara a b a r
car el to d o m e d ia n te su s im ág en es p arc iale s» (p . 2 1 8 ), Por qu é e! p ri
m e r c a m in o se ría im p o sib le, a u n en. la fo rm a m ás ab arc ad o ra d e la fic
c ió n , lo ac la ra S iias co n u n a le y e n d a c o rán ic a: «M a h o m a escu ch ab a las
p alab ras d e A lá y las d ic ta b a a sus escribas. U n a vez... al d ic ta r al escrib a
A b d u la h , d e jó u n a frase in c o m p le ta . In stin tiv a m e n te el escrib a le su g i
rió la c o n c lu sió n , y, d istra íd o , to m ó e l p ro feta corno p a la b ra d e D ios lo
q u e A b d u la h h a b la d ich o . A n te esto e l escrib a se e scan d alizó , ab an d o n ó
a l p ro feta y p erd ió la fe» (p. 2 1 8 ). ¿ P o rq u é tuvo q u e p erd er su fe A b d u
lah? N o p o rq u e le faltase la fe en la p o s ib ilid a d d e e scrib ir {com o m e
p arece q u e a rg u m e n ta C a iv in o d e m o d o no c o n se c u e n te), sin o p o rq u e
le d e sc o n c ie rta el c a rá c te r ab so lu to d e la e scritu ra sag rad a. L a p alab ra
rev elad a p erm a n ec e Como a lg o trasc e n d e n te y no d isp o n ib le, in clu so en
su e sc ritu ra , a u n q u e se tra te sólo d e u n fin al d e frase. El lib ro o m n i-
co m p ren siv o d el a u to r o m n isc ie n te está m ás a llá d e la ficció n h u m a n a
de la p ro d u c ció n y e l p ro d u c to . L a p ala b ra rev elad a en la e sc ritu ra sólo
sé p u ed e d ic ta r, p o rq u e el lib ro d e la revelació n siem p re está y a d e fin iti
v am e n te escrito , a u n c u a n d o el e scrib ien te ten g a an te sí to d av ía lo no
escrito . R esp ecto a l o tro c a m in o q u e le q u e d a a S ilas, e scrib ir tod o s los
lib ro s, los lib ro s d e tod o s los au to res p o sib les, rep resen ta la o tra fro n te
ra d e lo im p o sib le. S in e m b a rg o , en esta in c e rtid u m b re , e n c u e n tra u n a
so lu c ió n g e n ia l. Se p ro p o n e e sc rib ir u n a n o v ela q u e co n ste sóio d e co
m ien zo s d e n ovelas: «ü n lib ro q u e g u a rd e en to d a su exten sió n la p o
te n c ia lid a d d e l co m ien zo » (p. 2 1 3 ) y a sí p u e d a a b rir e! h o riz o n te c erra
d o d el m u n d o e sc rito a lo no e sc rito (los h o riz o n tes d e los m u n d o s
p o sib les q u e se escalo n an en la le ja n ía ).
ÍV
L a interacción d e l autor, e l lector U yente'y e l lector leído
232
n en te d el yo q u e co n fig u ra y escen ifica su id e n tid a d en, y p o r m ed io
d e, la e sc ritu ra. C o m o se d esp ren d e co n to d a c la rid a d d e los a n á lisis de
S artre , el q u e escribe m an tie n e , p o r u n a p a rte , su o b jeto en susp en so ,
p ero, p o r o tra p arte, a d q u ie re u n a cre cie n te e x p erien cia d e sí m ism o.
M ie n tra s q u e lo no e scrito , lo fu tu ro , no c o n sta an tes d e q u e se c o m
p lete el texto - e n tan to él m ism o no p u e d a c o n fig u ra r ese fu tu ro d e tál
o c u al m a n e r a - (p. 9 2 ), q u e, p or lo ta n to , en la fo rm u lac ió n d e S artre,
p erm an ece «in esen c ia i», co n sig u e el su jeto q u e escribe, m e d ia n te todos
sus p ro yecto s, lo q u e es p ara él esen cial (p. 9 1 ): u n frag m e n to d e su
id en tid ad e n c o n tra d a en el acto d e la fic c ió n . La p ro d u c ció n a rtístic a
c u m p le fa n ecesid ad d e e x p erim en tarse a sí m ism o d e m o d o esen cial en
relació n co n e l m u n d o (p -9 0 ). A h o ra b ie n , la a m b ic ió n d el e sc rito r S i
las c o n siste, p o r e l c o n trario , en ver e se n c ia lm e n te e l m u n d o sin el y o ,
sin el p u n to m ed io y la te le o lo g ía det su jeto q u e escrib e. Por lo tan to ,
c o rresp o n d erá d e le g a r a o tra in sta n c ia d el d iscu rso la so b eran ía d el su
jeto q u e escrib e. E sta in sta n c ia d iferen te (y es el seg u n d o g o lp e g en ial
d el au to r) no es o tro q u e e l lec to r ai q u e se co n ced e un p ap el ex tra o rd i
n ario en la e scen ificació n d e la n o vela, y es a lu d id o casi siem p re en ia
form a de la se g u n d a p erso na.
A d ife re n c ia d e los c lá sic o s d e la n o v ela m o d e rn a q u e p o n en en
ju e g o a l le c to r m ism o ( D o n Q u ijo te , T ristram Sha n d y, Ja cq u es le F a ta -
listé), en e l V iaggiatore d e C a lv in o no só lo e stá in s c rita en el tex to la
e x p e c ta tiv a d e l lecto r, y no só lo e l le c to r se h a c o n v e rtid o en in te rlo
c u to r d el d iá lo g o , co n el q u e d is c u te el a u to r a c e rc a d e las e v e n tu a li
d ad e s d e la ac c ió n y su c a s u ís tic a m o ra l. A h o ra está in c lu id o e l lec to r
d e sd e el p rin c ip io e n to d o s los acto s d e e sc ritu ra , y p ro g re siv a m e n te
a su m e e l p ap e l d e l su je to d e un m u n d o e sc rito . A h o ra ta m b ié n se su
p o n e -c r e o q u e p o r p rim e ra v e z!3~ q u e e l le c to r asu m e c o m o « tú le c
to r» el lu g a r y e l riesg o d e l y o n a rra d o r a n ó n im o , a q u ie n c o rre sp o n
d e e n c a d a u n a d e las d iez h is to ria s in te rru m p id a s , su frir ia m u e rte
d e l su je to p ara re su c ita r en la h is to ria s ig u ie n te co n o tra fig u ra . El
le c to r d isp u e sto , a q u ie n p e rte n e c e c o m o le c to r real (le tto re c h e leg -
ge) la c a p a c id a d d e e le g ir u n lib ro y d isp o n e r d e su le c tu ra , no p u e d e
m a n te n e r su d is ta n c ia d e lo le íd o en la m e d id a en q u e , c o m o le c to r
"leyente s e ,tra n s f o r m a en le c to r le íd o , es d e c ir: c u a n d o e n tra c o m o
le c to r fic tic io (le tto re c h e h lerto ) en los p a p e ies e sc e n ific a d o s d el y o
233
a n ó n im o 14; se v a e n re d a n d o in s e n sib le m e n te , a p a r t ir d e las a p e la c io
n es q u e se le d ir ig e n c o m o a u n tú , y d e su in te rc a m b io co n el «yo »
in n o m in a d o , sin p ro p ie d a d e s, m e ra m e n te g ra m a tic a l, en u n a acció n
c a d a vez m ás a m e n a z a d o ra , y n o len s volens se c o n v ie rte en el su je to de
u n su ceso in e s c ru ta b le , d el q u e el a u to r m ism o p are ce h ab e rse re tir a
do . Q u is ie ra a h o ra e x p lic a r e l m o d o y m a n e ra en q u e se p ro d u c e la
in te ra c c ió n d e a u to r, le c to r le y e n te y le c to r lefd o con lo s e je m p lo s de
la in tro d u c c ió n d e la n o v e la y d e la p rim e ra d e las h isto ria s.
« T ú te d isp o n es a le e r la n u ev a n o vela d e Italo C a lv in o S i u n a n o
che de in vie rn o u n viajero. R e lá ja te . R ecó gete. D eja d e lad o c u a lq u ie r
o tro p e n sa m ie n to . D e ja q u e tu e n to rn o se d ifu m in e en lo in c ie rto »
(p. 7 ). El a rra n q u e d e l p rim e r c a p ítu lo se d irig e al lecto r co n ia a p e la
c ió n d e « tú » , y sig u e e l p rim e r co m ien zo d e la novela, co n tad o d esd e el
p u n to d e v ista d el «yo ». E ste m o d elo d e te rm in a la co n stru cc ió n d e toda
la o b ra (co n excep ció n d el c a p ítu lo V III, e l d ia rio d e S ilas, y ios c a p ítu
los XI y X II, la c o d a ). Los d iez a rra n q u e s, o e n c u ad res, están en co n e
xió n co n su p ro p io m arco d e a c ció n , la h isto ria d el lecto r y la lec to ra,
m ie n tras q u e la esp erad a n o vela, d ie z veces reco m en zad a y tru n c a d a , te-
m a tiz a co n su c o m p o sic ió n el co n traste e n tre form a c errad a y fo rm a
a b ie rta , en u n m o v im ien to y c o n tra m o v im ien to q u e o p o n e a la u n id a d
a q u e asp ira la fáb u la, la a p e rtu ra d e lo u n o a lo m ú ltip le (segú n la fig u
ra b ásica d el A le p h q u e C a lv in o to m a d e B o rg e s)15. El tú fic tic io realiza
e l p ro g ra m a d e h ace r q u e su rja ia n o vela m ism a con un d iscu rso en se
g u n d a p erso n a, d e m an era q u e e l tú lec to r ac ab a rep resen tan d o la lec
tu ra d el lecto r. El V iaggiatore es a sí ú n a p o stm o d e rn a «n o v ela sobre la
n o vela», y un espejo d e las lectu ras en la lec tu ra , a sí co m o u n a S u m m a
de to d as las teo rías en b o g a acerca d e la le c tu ra , q u e C a lv in o , p o e ta doc-
tu s llev a h a sta los extrem o s m ás d iv ertid o s.
El V taggintore d esb o rd a la teo ría c o n o cid a q u e se basa en las exp ec
tativ as d el lec to r d esp ertad as p o r e l títu lo , m e d ia n te u n a evocació n del
h o riz o n te antes de la le c tu ra y h a sta d el co m ien zo de la m ism a. El v er
d ad ero co m ien zo es u n a h o ra cero , n u n ca v a lo ra d a , el p rim e r h o rizo n te
234
aú n vacío q u e se abre a la m u ltip lic id a d sin m e d id a d el m u n d o escrito ,
cu an d o an tes d e c o m p ra r u n nuevo lib ro cru zam o s el u m b ra l de u n a li
b rería, q u e se o rd en a a la b ú sq u e d a d e l iib ro ú n ico y nuevo, y q u e eras
la selecció n d el lib ro , traslad a de nuevo el co m ien zo d e la lec tu ra a u n
«an tes» q u e la in v e stig ac ió n p ra g m á tic a d e la lectu ra n o a c o stu m b ra a
teo retizar. Es la situ a c ió n fam ilia r, a u n q u e n u n c a in tro d u c id a en u n a
novela y m en o s a ú n ex p lo ra d a siste m á tic a m e n te , en la q u e un lecto r se
d isp o n e , có m o d o y feliz, a e n tra r en el m u n d o e scrito , m ie n tras b usca
la p o stu ra m ás c ó m o d a y v u elve la esp ald a al m u n d o c o tid ia n o . H e d i
cho siste m átic am e n te con coda in te n c ió n . Pues el in c re íb le n ú m e ro de
gestos q u e an te c ed e n al co m ien zo d e u n a lec tu ra, al a d o p ta r la p o stu ra
a d e cu ad a p ara leer, co m o an tes en la lib re ría o en e l c a m in o h a c ia casa,
es, a p rim e ra v ista, sólo un b urlesco c atálo go : «B usca la p o stu ra m ás có
m o d a: sen tad o , tu m b ad o , e n c o g id o o acostad o . D e esp ald as, d e co sta
do , b oca a b a jo ...» (etc., p. 7 ). L uego se h ace co n star q u e el a u to r b usca
ag o tar las p o sib ilid ad es im a g in a ria s (h asta las m ás ex trav ag an tes co m o
leer a c ab a llo ), ap ro v ech an d o , co n iro n ía el p ro ce d im ien to tax o n ó m ico
de la se m án tic a e stru c tu ra l. S i R ab elais y a h ab ía u tiliza d o la fo rm a del
catálo go in te rm in a b le p ara p ro vo car la c o m ic id a d m e d ia n te u n d eso r
d en in te n c io n a d o , C a iv in o co n sigu e el m ism o efecto al revés, trayen d o
lo n u n c a an tes o rd e n a d o a u n siste m a fic tic io . M o re geom étrico, m e
d ian te la cate g o riz ació n y p ro gresiva e xclu sió n d e c ateg o rías in v en tad as
de lib ro s, p ro ce d e a la d e sc rip c ió n : «L ib ro s Q u e N o H as le íd o , D e
C u y a L ectu ra Puedes P rescin d ir... L ib ro s Ya L eído s S in N ec esid ad D e
A b rirlo s... Q u e D eb erías A lg u n a Vez Leer, Pero A n tes D eb erías L eer
O tro s... Q u e T odos H an leíd o Ya, D e M a n e ra Q u e Es C o m o Si T u Ya
Los H ub ieses le íd o », e tc ., e tc ., a c ab an d o co n : «L ib ro s Q u e Te Inspiran
C u rio sid a d R e p e n tin a Y N o C la ra m e n te ju stific a b le » , y, d e tod o s ellos,
e lig e el lib ro recién p u b lic a d o d e C a iv in o q u e lleva a casa, m ie n tras q u e
los libros en torno «te m ira b a n con e l aire extrav iad o d e los perros en
las ja u la s d e la p errera m u n ic ip a l qu e ven a un co m p añ ero a lejarse tras
la co rrea d el am o q u e h a v en id o a lib e rarlo » (p, 9 -1 1 ). S i la lib re ría es,
m o d ific an d o la d efin ic ió n d el A le p h d e B orges «u n lu g a r en el q u e se
en c u e n tran to d a clase de lib ro s, sin m ezclarse, y q u e p u e d en ser obser
vados desde to d as las p ersp ec tiv as»16, la ficció n sig n ific a p ara C a iv in o
dos cosas: la a m p lia c ió n d e la m ira d a a u n a in d e fin id a m u ltitu d d e co
sas, visib les y e leg ib les a p a rtir d e un n ú m ero d e fin id o d e p ersp ectivas,
p ara , fin atm e n te p o der e n c o n tra r lo u n o entre lo m u ch o , y ta m b ié n lo
nuevo en tre lo v iejo (p. 11). El m ism o p rin c ip io o p erativo d e a m p lia
235
c ió n y estre ch a m ie n to d el h o rizo n te v ale no só lo p ara la relació n e n tre
m u n d o escrito y m u n d o no e scrito , sin o ta m b ié n p ara su p u n to m e d io ,
el su je to clásico . En la m e d id a en q u e, co m o p ro ta g o n ista d e las d iez
h isto rias, no tie n e n o m b re n i c a rá c te r p ro p io , sin o sóio ta situ a c ió n ab s
tra c ta d e l p ro n o m b re «y o », está «d isp o n ib le p ara c u a lq u ie r a trib u to y
c u a lq u ie r acció n » {p. 1 6 9 ). El su je to , e n te n d id o co m o m u ltip lic id a d ,
ab re en C a lv in o -c o m o lo h ace con sus co n tem p o rán eo s Pessoa, M a
c h a d o , B o rges y N a b o k o v - i7 e l h o rizo n te d el su jeto clásico a u n a m u l
titu d d e h o rizo n tes, a la p o te n c ia lid a d d el m u n d o no escrito .
C a lv in o h a escrito este lib ro - q u e p u e d e calific arse com o p ro gram a
p o stm o d ern o — en la se g u n d a p erso n a, d irig id o a un «tu » in d e te rm in a
d o , «u n tú q u iz ás h erm an o y d o b le d e un y o h ip ó crita » {p. 1 6 8 ). L a re
lació n y o -rú no es, en c o n se c u e n c ia, é n el V iaggiatore b ip o lar, sin o t r i
p o lar: el au to r, q u e d e le g a su yo al tú d el lector, y el lecto r d o b lad o en
u n lec to r leyen te fren te a u n lecto r leíd o . S i la relació n fuese sólo b ip o
lar, el tú d el lecto r, al id en tific a rse co n el «yo h ip ó c rita » d e los d iez co
m ien zo s d e h isto rias, in e v ita b le m e n te se c o n v e rtiría en u n p erso n aje de
n o vela q u e, en tan to q u e c ria tu ra d el au to r, só lo p ued e realizar lo q u e le
p rescrib e e l p apel c o rresp o n d ien te d el lec to r im p líc ito . Para su straerse a
esta c ircu n sta n c ia «este lib ro está c u id a d o sa m e n te p lan ead o p ara d e ja r
a b ie rta al lec to r q u e lee {lettore che legge) la p o sib ilid a d d e id en tificarse
con el le c to r q u e es leíd o (lettore che i letto)» (p. 1 6 9 ); p o r lo tan to ta m
b ié n : la p o sib ilid a d d e no id en tific a rse {o d e id en tific a rse y a ). Pues «(tú
p u ed es) en c u a lq u ie r m o m e n to v o lver a tí. S ig u e s sie n d o u n o d e los tú
p o sib les» (p. 1 7 5 ). S ó lo la d u p lic id a d d e lec to r q u e lee y lecto r leído
p e rm ite sie m p re m a n te n e r la lib e rta d del yo q u e lee fren te a Ja te n d e n
c ia a su ab so rció n por el «y o h ip ó crita ».
El yo d e las h isto rias es h ip ó crita p o rq u e ofrece al tú d el lector, en
tan to q u e «d o b le » su yo , la so b eran ía d e u n y o -n a rra d o r y, secretam en te,
se la su strae. Pues este y o a n ó n im o al q u e p u e d e tran sferirse el tú lecto r
no es o m n iscie n te co m o el a u to r q u e se h a d esvan ecid o . Se e n c u e n tra
en m ed io d e un m u n d o q u e le es ajen o , sin sab er d e d ó n d e vien e y a
d ó n d e va, c o m o su je to d e u n a h isto ria q u e, p a ra d ó jic a m e n te , es ta m
b ién la h isto ria d e un d esco n o cid o . El tu lecto r p u ed e in tro d u c irse en el
yo q u e se o frece, y, al m ism o tiem p o -g ra c ia s al d o b lete d el yo lecto r y
le íd o - , m a n te n e r la lib e rta d d e la c o n c ie n c ia reflexiva. En tai caso, el
clásico d iálo g o en tre a u to r y lec to r (el ju e g o d e las e xp ectativas fru stra
d as co m o en D id e ro t) se c o n v ierte en u n a «a u to c o n v e rsa c ió n » e n tre
lec to r q u e lee y lecto r leíd o , con el a u to r com o el tercero au sen te, in te
236
rro g ad o in ú tiim e n te , q u e se su strae o fic ia lm e n te a su re sp o n sab ilid ad ,
pero o fic io sam en te siem p re v u elve c u a n d o —p a ra d e cirlo com o Sartre
ve am en azad o el «p acto d e g en ero sid ad » (p. e ., p. 2 6 2 : ¿c u án to tiem p o
te d e jarás a rrastrar p a siv a m e n te por los ac o n tec im ie n to s?»). La d u p lic a
ció n d el yo q u e lee y ei yo leíd o te m a tiz a !a lec tu ra d e la le c tu ra , d e m a
n era qu e, an te nuestros o jo s, los h o rizo n tes d e l su jeto y d el m u n d o se
d esco n ectan y se c o n ectan d e n uevo : el h o riz o n te ab ierto d el yo lector
co n el h o riz o n te cerrad o del yo leíd o , así co m o el h o riz o n te q u e se es
trech a de la e sc ritu ra q u e avan za co n el trasfo n d o d e lo no escrito , la
m u ltip lic id a d in ab arc a b le d e m u n d o s p osib les. La ficció n d e la relació n
y o -tú en la n o vela en se g u n d a p erso n a d e C a lv in o , p e rm ite al lecto r
d isfru tar del p lac e r d e ia le c tu ra , o cu p ar el lu g a r v a c ío d el y o a n ó n im o
y ju g a r a d e se m p eñ ar nuevos p ap eles, co n el castig o d e su c u m b ir c u a n
do el yo lec to r a b a n d o n a su d ista n c ia e stética y cae en la fascin ació n del
d estin o ajen o de o tro yo.
V
Interpretación d e l p r im e r com ienzo d e la novela
2 37
f e .J Es u n a n o ch e llu v io sa; el h o m b re en tra en el café, se d esab ro ch a el
ab rigo h ú m e d o ... d o n d e los ju g a d o re s ... se v u e lv en al recién llegado...
T odas las estacio n es se p a re ce n ... Es u n a m b ien te qu e tú co n o ces m u y
b ie n » (pp . 1 5 -1 6 ). D e¡ alguien ab strac to , p asan d o p o r el ho m b re y el re
cién llegado al café, se v a c o n cretan d o la fig u ra de un «viajero en u n a
n o ch e d e in v ie rn o », qu e, e v id e n te m e n te , es un d o b le d el lec to r com o
in sin ú a la tercera frase co n su co m p a ra ció n d e los «cristales e m p a ñ a
do s» y las «h o jas d el lib ro »; «las h o jas d el lib ro están e m p añ ad as com o
los crisrales d e un v iejo tren , el h u m o sé d ep o sita en las frases». Q u e el
su je to d e lá d e sc rip c ió n e stá esc o n d id o p o rq u e el lec to r m ism o d eb e
p o n erse e n su lu g ar, lo d e m u e stra el c a m b io b ru sco d e la tercera perso
n a d e l d esco n o cid o p o r el tú d el lector. Se in tro d u c e com o si se tratase
d e reco n o cer u n a situ a c ió n y a sa b id a («d e m a sia d o b ien con o ces rú esre
a m b ie n te ...» ), pero e n se g u id a se recu erd a q u e es u n a situ a c ió n d e le c tu
ra; «las luces d e la estació n y las frases q u e estás ley e n d o p arecen m ás
b ie n o scu recer q u e a c la ra r lo q u e aflo ra d e u n velo d e o sc u rid a d y n ie
b la». A l c a m b io d el é l p o r el tú sig u e u n sa lto d el tií al ytr. «yo he b ajad o
esta n och e a esra estació n p o r p rim e ra ve?, en m i v id a y y a m e parece
q u e h u b ie ra p asado a q u í m i vid a e n te ra». «D o n d e era el ello d ebe lleg ar
a ser el yo», d e cía F reud. Pero p o r el rodeo d e un tú. El tú o b jeto de
ap e la c ió n se recon o ce en u n so lilo q u io en u n a situ a c ió n d e sc o n o cid a
(lle g a d a a u n a e sta c ió n ), pero com o si o cu rriese p o r p rim e ra vez (pues
en la le c tu ra ap arece d e n uevo lo q u e es b ien c o n o cid o ). Po lo q u e se
sac a la c o n c lu sió n ; «yo so y el h o m b re q u e va y v ien e e n tre el café y la
c ab in a tele fó n ic a. O , m e jo r d ich o , ese h o m b re se lla m a yo, y no sabes
m ás d e é l, a l ig u a l q u e e sta e sta c ió n se lla m a sim p le m e n te estación»
(p. 16). U n y o in n o m in a d o h a tra íd o a su in flu e n c ia (gracias a su fu n
c ió n g ra m a tic a l) al tú lecto r; ¡se h a c u m p lid o fa tran sició n d el lecto r le
y e n te (ex tern o ) al lec to r le íd o (in te rn o )!
Pero el lecto r d e C a iv in o no se ría d ig n o d e su a u to r si se c o m p o rta
se p asiv a m e n te en el terren o d o n d e se h a in tro d u c id o , com o si a p a rtir
d e su re a lid a d y d e su d ista n c ia seg u ra p en etrase en el h o rizo n te ficticio
d el y o a lu d id o . S e d efie n d e en su so lilo q u io c o n tra esa ab so rció n : «p o r
m u ch o q u e vaya y v en ga, p o r m u ch o q u e a n d e y d é v u eltas, e sto y en
u n a tra m p a , en la tra m p a in te m p o ra l q u e in e v ita b le m e n te tie n d e n a
u n o las estacio n es» (p. 16). Es en re a lid a d u n a tram p a, com o es b ien
co n sc ien te , p o rq u e tras la tra m p a de la estació n recon o ce la tra m p a in
tem p o ral d e la lec tu ra : «seg u ra m e n te es un a rd id p a ra im p lic a rte le n ta
m en te, p ara in tro d u c irte en la ac ció n sin q u e te d és cu e n ta» (p. 17).
Pero es ta m b ié n u n a tram p a esp ec ial q u e él m ism o no p u ed e observar,
p o rq u e la h is to ria d el yo , en la q u e se e n red a , sig u e el m o d elo d e novela
238
p o lic íac a cread o p o r B o ile au -N arc éjac , en el q u e el su jeto n a rra d o r es la
v íc tim a d esco n o cid a.
L a tra m p a d o b le d e esta le c tu ra está p uesta p o r un y o q u e sed u ce al
Sector p ara q u e u n a p a rte d e sí m ism o se tran sfo rm e e n e! yo d el p erso
n aje novelesco, au n q u e no sabe «q u é clase d e h isto ria a rrastra co n sigo ,
co m o aq u e lla m a le ta q u e co n g usto q u isie ra so ltar» (p. 2 1 ). El p lacer
re fle jad o en la le c tu ra d e la le c tu ra , e n el ju e g o c o n las exp ectativ as
ab ie rtas y d e n uevo cerrad as, a la m an e ra d e S te rn e y D id e ro t, se e m p a
re ja a q u í co n !a fa sc in a c ió n d e u n c re c ie n te «p la c e r d e la a n g u stia ».
M ie n tra s q u e en la «n o vela d e la novela» c lásic a la ficció n d e los sucesos
es c o n scien te, p uesto q u e tem a riza las e xp ectativ as fru strad as, tra m a p o
s ib ilid a d e s a lte r n a tiv a s , a c u m u la o p in io n e s so b re o p in io n e s , c o n s i
g u ie n d o así q u e la acció n m ism a se re tro traig a a su p u n to cero , e l texto
de C a lv in o ro m p e ta m b ié n la ficció n cerrad a d e u n a h is to ria en cad a
v ira je d e la n arrac ió n , pero con otro o b jetiv o . A sí p o r e je m p lo cu an d o
ap arece u n d esco n o cid o en el café d e la estació n : «tu aten c ió n d e lecto r
está ah o ra c o n c en trad a en la m u jer, h ace un as p ág in as q u e g iras a su a l
rededor, yo no, el a u to r es el q u e g ira en to rn o a esa fig u ra fem en in a»
(p. 2 6 ). En el co rto esp acio d e u n a o ració n se n o m b ran las tres posibles
in stan c ias d el su jeto d e la n arra c ió n , com o si fueran in te rc a m b ia b le s, es
decir, com o si d ep en d iese d e c a d a u n o —d el tú lector, d el tú leíd o o del
au to r q u e escrib e— el m o d o d e c o n tin u a c ió n d e la acció n . En tales c a
sos, S tern e y D id ero t ac o stu m b ra n a h acer ju g a r la v o lu n ta d so b erana
del au to r, la su p e rio rid a d d el su jeto p ro d u c to r so b re el m e ra m en te re
cep tor. C alv in o , p o r el c o n tra rio , in v ierte la p o sic ió n , p rim ero co n el
arg u m e n to c o n v e n c io n al: «es tu e x p ec tativ a d e lecto r la q u e e m p u ja al
a u to r h a c ia e lla », y, d esp u és, co n la tran sfo rm ac ió n p a ra d ó jic a d e l tú
lecto r en el yo leíd o : «ta m b ién y o , q u e ten go o tras cosas en q u e pensar,
m e d ejo a rra stra r y h ab lo co n e lla » (p. 2 6 ). L a p a ra d o ja rad ica en el
«tam b ién y o » : el yo n a rra d o r sig u e sólo al tú lector, y su ex p ec tativ a de
co m en zar u n a co n v ersació n con la b ella d esco n o cid a la c u m p le , al p a
recer, de m ala g an a, a u n q u e esa exp ectativ a la h a p uesto en ú ltim o té r
m in o él m ism o , co m o yo narrad o r.
La ficció n d e l tú y d el yo en la relació n q u e se estab lece en tre el
lecto r q u e lee y el lec to r leíd o tie n e u n a e stru c tu ra circu la r: el yo n arra
d o r tie n e un c o m p o rta m ie n to h ip ó c rita , p o rq u e p reten d e no co n o cer la
h isto ria q u e n arra y ten er q u e e le g ir paso a paso, a u n q u e seg ú n to d a la
ló g ica n arra tiv a su sa b e r y d isp o n ib ilid a d so b re c o m ien zo , n u d o y d e
sen lace lo c o n stitu y e n com o su je to n arrad o r. El a u to r h a lib e rad o e v i
d e n te m e n te al tú lecto r co m o y o n arrad o r, y, —p ara d e cirlo co m o Sar-
tre — le h a c o n d e n a d o a se r lib re . La so b e ra n ía d el su je to c re a d o r se
revela com o u n a ilu sió n . El p riv ile gio de la ficció n , d e d isp o n e r lib re
239
m e n te d el tiem p o en el h o riz o n te d e la n a rra c ió n , tro p ieza con la resis
te n c ia d e la re a lid a d d ia ria en la q u e e! fu tu ro es tan in c ierto co m o el
p asad o in asib le. El «v iajero en u n a n o ch e d e in v ie rn o » es e! extrañ o re
cié n lleg ad o q u e d esco n o ce lo q u e p a ra tod o s los d e m ás p arece set fa
m iliar. T ie n e q u e e x p e rim e n ta r «q u e c a d a u n a d e m is accio n es p ara re
s o lv e r su c e so s p r e c e d e n te s , d e s e n c a d e n a u n a m u lt it u d d e n u e v o s
su ceso s q u e h a ce n q u e m i s itu a c ió n se a m ás c o m p lic a d a q u e an te s»
(p. 2 1 ). El p o sib le h o riz o n te d e la ficció n , q u e p arece q u e está siem p re
ab ie rto a l tú lecto r (p. e ., en la p. 17: si «tu q u isieras leer m ejo r» q u e
lle g a a u n a estació n v ie ja o a u n a n u e v a ), se estrech a c o n tin u a m e n te
g rac ia s a l h o rizo n te fáctico d e u n a situ a c ió n am e n azad o ra. S i al p rin c i
p io p arece u n a c u e stió n a b ie rta el h ech o de q u e la m ira d a d el v iajero
p u e d e d irig irs e a las m a n e c illa s d e u n viejo reloj red o n d o de estació n o
q u e los n ú m ero s d el reloj aso m an am en azad o res p o r p o rtillo s re c ta n g u
lares en los q u e «c a d a m in u to m e cae e n c im a co m o la h o ja d e u n a g u i
llo tin a » (p . 1 8 ), lu ego to d o s los h o rizo n tes p o sib les se estrech an en u n
h o riz o n te ú ltim o en el q u e la h is to ria irru m p e con u n a c o n tec im ie n to
q u e afec ta d e h ech o al v ia je ro co m o u n a c u c h illa : «el ráp id o lle g a co m o
u n tru e n o a to d a v e lo c id ad . F ren a, se p a ra , m e b o rra d e la v ista d el co
m isa rio , v u elv e a p a rtir» (p. 3 0 ).
N o sab em o s sí el ráp id o p arte co n el v iajero o sin él; d el m ism o
m o d o q u e ei d esco n o cid o d esap arece d e la vísta d e l co m isa rio , ta m b ié n
ei su je to d e la h isto ria «se b o rra» d e la v ista d ei lector. S i se co n o ce el
m o d e lo la te n te q u e sig u e la h isto ria , en to n ces es in e v ita b le la m u erte de
su su jeto. A l ig u a l q u e en las novelas p o licíacas d e B o ile a u -N a rc eja c , só
lo al fin a l co n o ce el leco r q u e é l no d escifra el e n ig m a d el asesin ato con
el e n te n d im ie n to reflexivo d e un H ércu les P o irot, ni d esd e la p ersp ecti
va d el c u lp a b le (co m o en P a tric ia H ig h sm ith ), sin o d esd e la visión d e la
v íc tim a . Lo q u e h asta a h o ra p o d ía sie m p re ver d e m o d o im p a sib le d es
de el o tro la d o : la situ a c ió n no re a liz a d a d e la p erso n a q u e se e n c a m in a
a la m u erte , a h o ra sin e m b arg o h ace q u e se tran sfo rm e en u n y o d esco
n o c id o , so b reco g id o p o r u n m ie d o in a sib le y q u e , al fin a l, co m p ad ece
la m u erte d e u n set in d efen so . A cab a en el p a p e l d e u n tercero ex clu id o
q u e no sabe lo q u e tie n e re a lm e n te q u e ver co n la re a lid a d d e los otros,
d e sc o n o c id a só lo p ara é l: «q u iz á s h a b r ía d e b id o e n c o n tra r a a lg u ie n
a q u í en la e sta ció n ; p ro b a b lem en te en relació n co n esta m ale ta q u e p a
rece p re o c u p a rm e ta n to » (p . 1 8). S ó lo p u e d e so sp e ch a r lo q u e o tro s
q u izás sab en d e é l, esp eran d e él o tram an co n él: «p ues está claro q u e
no parezco a lg u ie n q u e v ia ja p o r razon es p riv ad as o d irig e su s p ro pio s
n eg o cio s; m ás b ien se m e te n d ría p o r u n rep resen tan te su b a ltern o , u n a
ru e d e c illa en un ju e g o m u y c o m p lic a d o » (p . 1 9 ). Este ju e g o está esc en i
ficado d e m a n e ra qu e p re cisam en te e l p rin c ip a l afectad o no co n o ce sus
240
reg las, y no p u e d e teer las señ ales en las q u e el c o n o ce d o r d e l m o d elo
y a reco n o ce los a u g u rio s d e su o caso: la m a le ta co n exp lo sivo s, !a ad
v e rte n c ia de la d a m a co n a b rig o d e p ie l, la c o n tra se ñ a , el c o m isa rio , la
o rg an iz ac ió n m iste rio sa q u e h ace q u e pare el tren ráp id o . L a c o n tra se
ñ a: «Z en ó n d e E lea h a v en cid o » e n g a ñ a con su c o n tra se n tid o o cu lto :
q u ie n se c o m p ro m ete , p ie rd e (co m o A q u ile s en la c o m p e tic ió n co n la
to rtu g a ).
S in e m b arg o , no es el p erso n aje d el a g en te p erfecto d e un th rille r ,
c o n stru id o co n arreg lo al c o n o cid o cliché, lo q u e h ace tan c o m p lica d o
e! ju e g o d ei p rim e r co m ie n zo d e la n o v e la, sin o la in te ra c c ió n q u e en
él se p ro d u c e en tre e l au to r, e l lecto r q u e lee y el lec to r leíd o . C a iv in o
h a lle v a d o , a q u í y e n Jos c a p ítu lo s sig u ie n te s , un m o d e lo d e gén ero
m an o se ad o a l m ás alto n iv el d e reflexió n e sté tic a . H a p ro d u c id o a sí
u n a sim b io sis d e c u ltu ra d e m asas y a lta c u ltu ra q u e es c a ra c te rístic a
de o tras o b ras d e la p o s tm o d e rn id a d , y q u e c u m p le su p re te n sió n de
in tr o d u c ir u n a n u e v a é p o c a d e la e x p e rie n c ia e sté tic a . L a fic c ió n se
c o m p o rta a q u í c o m o e l p rin c ip io o p erativ o p o r e x c ele n c ia. C o m o m e
d io d e c o m u n ic a c ió n , no sólo p o s ib ilita la a p ro p ia c ió n m u tu a d e los
d isc u rso s d e d ife re n te s h o riz o n tes m u n d a n o s, sin o ta m b ié n d e los p a
p eles del ego y el a lte r en la re la ció n d ia ló g ic a , y d el h o m b re co n los
d e m ás h o m b res. L o q u e la fic c ió n es c ap az d e lle v a r a cabo en la reía-
c ió n y o -tú , la o b ra de C a iv in o !o m u e stra d e m o d o e sp ectacu lar, co m o
n u n c a h asta ah o ra. En el Viaggiatore n o só lo se re p re se n ta la in te ra c
c ió n d e l ego y e l a lte r en el c a m b io d e p ap eles d el a u to r y e l lecto r;
ah o ra tam b ié n se ju e g a en e l d e stin o d el tú lector, q u e asu m e el lu g a r
vacío d el yo in n o m in a d o , la y a le g e n d a ria m u e rte d el su je to , d e m a n e
ra q u e h ace reco n o cer lo q u e a firm a b a al p rin c ip io : q u e la c o n stitu c ió n
d e la s u b je tiv id a d su p o n e p rim a ria m e n te u n a e sc e n ific a c ió n d e un o
m ism o p ara ei o tro , o los otros.
L a n eg ativ a d el v iaje ro a ser ag en te a pesar su yo , es ta m b ié n , en ú l
tim o té rm in o , el fracaso d e la ficció n en la relació n y o -tú d e l lecto r q u e
See y ei lec to r leíd o . El trab ajo d e la ficció n tien e q u e caer en tal círcu lo
v icio so si el cú iec to r d a, en el y o n arrad o r, co n un a lte r q u e es sólo u n
a lte r ego, el «d o b le, si cab e, d e u n yo h ip ó crita » (p. 1 6 8 ). La ficció n sólo
p u ed e su straerse al c írcu lo d e la au to esce n ific a c ió n so lip sista si en c u a n
to fo rm a d e la au to e x p e rie n c ia se abre a la e x p erie n cia de los o tro s, si el
tú lecto r no sólo afecta a un yo n a rra d o r in n o m in a d o , sin o ta m b ié n a
u n tú co n u n n o m b re, en el q u e se ro m p e la a u to e sc e n ific a c ió n : en
L u d m illa , la lecto ra. En p alab ras d e C a iv in o : si este lib ro en seg u n d a
p erso n a «n o só lo se d irig e a u n t ú m a s c u lin o in d e te r m in a d o ..., sin o
ta m b ié n d ire c tam e n te a tí, q u e d esd e ei seg u n d o c a p ítu lo en traste co
m o la tercera p erso na n ecesaria, p ara q u e ia n ovela p u d ie ra lle g ar a ser
241
u n a novela, p ara q u e e n tre esa se g u n d a p erso n a m a sc u lin a y la tercera
fem en in a algo p u d ie ra o cu rrir, p o n erse en m arch a, d e sarro llarse o ta m
b ién fracasar, seg ú n los cam b io s d e la v id a h u m a n a » (p. 16 8 ).
V I
Lector y lectora
(a p ro p ia ció n m u tu a d e l d iscu rso ficticio )
242
en el proceso d e la lec tu ra , la p ro p ia in ic ia c ió n . D esde el m o m en to en
el q u e «tú e n traste co m o a través d e u n a e sta n te ría d e lib ro s, com o si la
p le n itu d d e la m a te ria de lec tu ra exigiese la e x isten c ia d e u n a lecto ra»
(p. 1 6 9 ), p asan d o por «el v erd ad ero re trato » q u e p erm ite d e scifrar «su
casa co m o el lu g a r en el q u e tú lees», h a sta la m u tu a «le c tu ra de los
cu erp o s» q u e, a fin d e cu en tas, re c o m ie n d a un g ran lech o com o lu g ar
d e lec tu ras p aralelas (p. 3 1 3 )-.- se v a d esp leg an d o la relació n y o -tú , en
u n a m u tu a ilu m in a c ió n de lec tu ra y v id a , d e e x p erie n cia im a g in a ria y
v iv id a, en el esp acio e n tre el m u n d o e scrito y el no escrito. La p rim e ra
in te rru p c ió n de ia lec tu ra c o m en z a d a d e la n o vela trae el p rim e r en
c u e n tro con la d esco n o cid a; «y y a se p o n e so b re la n o vela q u e q u isie ra s
leer, u n a n o vela q u e tú , p o sib lem en te , q u isieras vivir» (p. 3 9 ). La tuerza
d e atrac ció n del lib ro se d u p lic a an te la id ea de no estar y a só lo co m o
lector, si en ese m ism o m o m e n to u n a lecto ra h ojea el m ism o lib ro . U n a
le c tu ra c o m p a rtid a es un d e stin o im a g in a rio co m p artid o , C u a n d o su r
ge en el lib ro , y el deseo de c o n tin u a c ió n , siem p re fru strad o , p o n e en
m arch a la m ism a causa h a cia lo a u té n tic o , entre sim p les ap ócrifos de
u n a o bra p erd id a, n ace u n a c o m p lic id a d e n tre lecto r y lecto ra, p ara re
n o var el «p acto d e g en ero sid ad » q u e su o po sitor, H erm es M a ra ñ a , q u i
so b o rrar en la red d e la m istific a ció n u n iv ersal. B ajo este asp ecto , el
V iaggiatore c o n stitu ye , co m o n ovela de la lec tu ra , tan to su teo ría com o
su a p o lo g ía.
Se o frece a q u í el p la c e r d e la le c tu ra co n h isto ria s q u e a firm a n ,
frente al p o d e r o m n ím o d o d e u n a so la h isto ria u n iv ersal, el d erech o de
n arrar, el derech o d e p o n er el co m ien zo d e m u n d o s p osib les, p a ra ro m
p er la fa sc in ac ió n de la m istific a c ió n g en e ra l b a jo la q u e h a c aíd o el
m u n d o a c tu a l. L a b ú sq u e d a d e l lib ro p erd id o en red a al lecto r y a la le c
to ra en un n uevo m ico m o n tad o a p a rtir d e e lem en to s gnó stico s: la v i
sió n d e u n m u n d o to talm e n te acotad o en el q u e lo verd ad ero y ío falso
se h a n h ech o tan in d istin g u ib le s co m o lo in tern o y lo extern o , en el
q u e revo lu ció n y c o n trarrev o lu c ió n lu c h a n con falsificacio n es, en el q u e
el ú ltim o lib ro , re liq u ia d e l pasado , es to d a v ía la m ás costo sa m e rc a n
c ía ; por eila lu c h a n los su p erp o d eres, en tre ello s la «O rg a n iz a c ió n del
p o d er A p ó crifo », co n su fu n d ad o r M a ra ñ a , q u ie n no p u ed e im p e d ir su
e scisió n en dos faccion es: «u n a secta d e ilu m in a d o s d irig id o s p o r el a r
c án g e l d e la luz, y u n a secta d e n ih ilista s b ajo el m an d o del arco n te de
la o sc u rid ad » (p. 2 5 4 ). La v isió n c u lm in a en la ap o ría d e la cen su ra y el
e sp íritu , q u e A rh ad ian P o rp h y ritch , d ire cto r g en eral d el A rch iv o d e la
P o licía d el Estado de Ircan ia (u n a v a ria n te m acab ra d e la B iblioteca de
B a b e l d e B orges, q u e c o n tie n e todos los lib ro s, solo q u e a l serv icio d e la
c e n su ra), p la n tea co n la fó rm u la: «yo creo en el d iálo g o q u e el E S píritu
m a n tie n e in in te rru m p id a m e n te co n sigo m ism o . Y sien to q u e ese d iá lo
243
go o cu rre a través de m i m ira d a ; m i m ira d a qu e escru ta estas p ágin as
p ro h ib id as. T am b ién la P O llc ía es E S p íritu , el E Stado, al q u e y o sirv o ,
la C E n su ra, al igu al q u e los texto s co n los q u e se ejerce n u estra a u to ri
d a d » (p. 2 8 7 ). El círcu lo v icio so , a p a re n te m e n te p erfecto , de la m istifi
cació n en q u e h a c aíd o la ficció n , es p u e sto , sin e m b arg o , en cu estió n
p o r u n a fu erza in c o n tro la b le y q u e no se p u e d e m a n ip u la r to ta lm e n te:
«e l p lac e r y la c u rio sid a d p o r la le c tu ra », d el q u e gozan tan to los Irca-
nio s p o r la n o ch e, y en el secreto d e las o ficin as vacías, co m o tam b ién
L u d m ilía , q u e viv e le y e n d o lib ro s y q u e h ace al C e n so r la sig u ie n te
co n fesió n : «en la le c tu ra o cu rre a lg o sobre lo q u e no ten go p o d e r», p ues
«su afán p o r la le c tu ra , sie m p re c u rio sa, sie m p re in sa cia b le co n se g u ía
d e sc u b rir verd ad es esco n d id as en las m is ev id en tes falsificacio n es, y fal
sedades trem en d as en las p alab ras m is v erd ad eras» (p. 2 8 9 ). A sí, en esta
m ito lo g ía p o stm o d e rn a, la p o te n c ia fe m e n in a g a n a la p a rtid a a la p o
te n c ia m a sc u lin a , a M a ra ñ a , je fe d e la c o n ju ra c ió n d e los A p ó crifo s, y,
de este m o d o , co m o B eatriz lecto ra,' c o n d u c e al lecto r o rd in a rio , «u n a
esp ecie d e C á n d id o d e nuestro tiempo»'® , al p araíso de la le c tu ra c o m
p a rtid a , la le c tu ra de los lib ro s y d e los cuerp o s.
S i b ie n C a iv in o rin d e u n h o m en a je al gén ero fem en in o en la fig u ra
de L u d m illa , y e n ¡as d iez h isto rias rep resen ta las fig u ra s fem en in a s co
m o su p e rio re s al su je to m a sc u lin o , sin e m b a rg o , L u d m illa d ebe a n te
to d o su d istin c ió n a su c u a lifica c ió n e stética co m o lecto ra: «¿C ó m o p o
d rás se g u ir el paso a esta m u je r q u e sie m p re lee otro lib ro ?» (p. 8 6 ).
S ie m p re e stará p o r d e la n te d e c u a lq u ie r lecto r, al m en os un paso, no
p o rq u e —com o la B eatriz d e D an te— lo sep a to d o , sin o p o rq u e está á v i
d a d e e x p e rim e n ta r, p o r la le c tu ra , lo q u e no sab e to d a v ía (p. 2 2 2 ).
M ie n tra s q u e el lecto r p asivo es a b so rb id o en el h o rizo n te q u e se estre
c h a de las nuevas h isto rias, y nolens volens b u sc a d e scifrar en las figu ras
fic tic ia s d e m u je re s los rasgos d e u n a L u d m illa , la lecto ra d estaca p o r su
c o n d u c ta activ a. S i in te rru m p e la le c tu ra , a c o stu m b ra d a a tran sfo rm ar
su ju ic io so b re lo leíd o en u n a exp ectativ a p o r el p ró x im o lib ro : «p refie
ro la novelas q u e m e traslad an e n seg u id a a u n m u n d o en el q u e todo es
p reciso , c o n creto y b ien d e fin id o . M e tra n q u iliz a m u ch o sab er q u e las
cosas so n así y no d e o tro m o d o , in c lu so las cosas m ás o rd in a ria s q u e
no m e p arecen en la v id a tan im p o rta n tes» (p. 3 6 ). La id ea, largo tie m
po a c a ric ia d a p o r C a iv in o , d e q u e el lecto r m ism o d ebe p a rtic ip a r d e la
su stan c ia d el lib ro , no sólo u lte rio rm e n te en su recep ció n , sin o an tes,
co n su p resen cia en e l acto d e la e sc ritu ra , la h a realizad o no en el lecto r
M Cafvino mismo ha indicado la com paración con Gándído y con Bcatrir.. V er la en
trevista en P a ts e S e rá (19 junio 1 9 7 9 } ycn : II L avara (15 julio 1979)-
244
an ó n im o , ese p erso n aje p rin c ip a l d e ¡a n ovela en ia se g u n d a p erso n a, s i
no re alm e n te en la lec to ra q u e le está su b o rd in a d a 15. El h o rizo n te de ex
p ectativ as d e u n co m ien zo d e n o vela, q u e se c ie rra, se ab re d e nuevo
p ara el lec to r p asivo c u a n d o la le c tu ra activ a p la n te a n uevas e x p ec ta ti
vas y se so m ete al ju ic io d el au to r aú n d esco n o cid o . C o n ello se v u ln e
rarla el «p acto d e g en e ro sid ad », si só lo le q u ed ase al a u to r c u m p lir las
exp ectativas, las n ecesid ad es y los deseos d e L u d m iíla . S e m u estran en
c a d a c o n tin u a c ió n com o alg o qu e se lib e ra , no co m o algo q u e está d a
do stricto sensu. A sí co m o el a u to r in c lu y e ia e v en tu al e x p ec ta tiv a de
L u d m illa —co n frecu en cia u n a p o ética in n u c e -, no se d e riv a d e su s p re
m isas n i es p rev isib le en q u é clase de n arració n se in je rta la p o é tic a de
L u d m illa , p ara p ro d u c ir u n m o d elo d e estilo suigeneris. En el caso c ita
do , Fuera d e l p o b la d o d e M a lb o rk , el m o d e lo arcaico d e u n a sa g a fa m i
lia r co n o d io s raciales, lu ch as p o r u n a m u ch ach a, d u elo s, sirve d e p re
texto p ara e x p o n e r u n suceso m o rtal a p a rtir de los d e talles físicos de
u n a g ra n ja p o lac a, in c lu so a p a rtir d e l o lo r ác id o d e un p lato llam ad o
S c h o eb lin tü ja . D e n uevo , un m o d elo d e gén ero y a d esg astad o se e n n o
blece m e d ia n te los p ro ce d im ien to s d escrip tiv o s m ás su tiles, y se c o n si
g u e la sim b io sis de u n c lich é y u n a p ercep ció n e stética co m o y a h ab ía
m os e n co n trad o en el p rim e r co m ien zo d e la novela.
T ai sim b io sis de a lta c u ltu ra y c u ltu ra d e m asas es u n a c a ra c te rísti
ca d e la e stética p o stm o d e rn a , y ju stific a la ú ltim a fase d e la c u ltu ra
m u sical in tro d u c id a p o r la «rev o lu c ió n d e los m ed io s». C o n el triu n fo
d e las técn icas de rep ro d u cció n h a ten id o lu g a r un g iro desd e ia a n tig u a
c u ltu ra m u sical, m o n o c é n trica , a u n a n ueva, p o licé n tric a , en la q u e «la
in te rp en etrac ió n d e m ú sic a folk, m ú sica p o p (u ía r) y m ú sica artístic a »,
so b rep asa to d o lo q u e h asta ah o ra en la tra d ició n m u sical eu ro p ea no
e ra d esco n o cid o , pero sí m a rg in a l (co m o p.e. la in te g ra ció n d el fo lk lo re
en la m ú sic a c iásica v ien esa o la reelab o ració n d e viejas m ú sicas co m o
en L iszt o Strawtnski)™ A lg o p arecid o o cu rre en lite ra tu ra con la in ter-
te x tu a iid a d en las o bras p o stm o d ern as. H a y u n a n ueva a c titu d de d e
se n v o ltu ra frente a c u a lq u ie r tra d ic ió n , a la q u e se d e sm o n ta , pero ta m
b ién se ren u ev a m e d ia n te la c ita , la p a ro d ia , el «tra v e srim ie n to », etc.
(Palimpsestes d e G en ette, L a littérature a u second degré, 1 9 8 2 ), no co m o
algo esp ecífico de la ép o ca, sin o c u a n d o en ¡a ficció n d e las obras post-
Según una entrevista en U om ini c L ibñ (febrero 19 8 0 ): «Es esta una idea mía -u n a
idea que he tenido siempre—, que el lector participe de la sustancia del libro...Q uiero de
cir que el lector esté ya presente en et acto de escribir*.
* M e refiero aquí a la mesa redonda «Interpenetración de música foík, pop(ular) y
artística en el siglo XX*, en el Congreso Inrernacional de Musicología de Bolonia (27-8 a
1 -9 -1 9 8 7 ).
245
m o d ern as el p rin c ip io o p erativ o recon o ce q u e la in te ra c ció n d e d isc u r
sos an te s sep arad o s p o s ib ilita la a p ro p ia c ió n d e u n m u n d o . C a lv in o ,
q u e u tiliz a d el m o d o m is co n secu en te este p rin c ip io en su o b ra, resu l
tado d e la c o m b in a ció n d e d iez co m ien zo s d e n o vela, no ha q u e rid o ,
co n razón , h a ce r p astich es o p aro d ias d e m o d o in te n c io n a d o . Se trata
m ás b ie n d e o tros tan to s «tip o s d e fa sc in a c ió n n arra tiv a » so b re o tras
tan tas «ac titu d e s fren te al m u n d o »11. T o d as estas h isto rias, m ás o m en os
cerrad as, pero siem p re in te rru m p id a s a n te u n a salid a am e n azad o ra, p o
seen u n a situ a c ió n fu n d a m e n ta l co m ú ri, q u e se a p re cia m u y b ien en el
c o m en tario retro sp ectivo d e la se g u n d a h isto ria : «d e rep en te esta nove
la, tan d e n sa m e n te e n tre te jid a d e sen sacio n es, se ab re con u n a p ro fu n
d a g rie ta ; ap arecen ab ism o s sin fo n d o , com o si la p reten sió n d e exp re
sa r ta p le n itu d d e la v id a d e scu b riese el v acío q u e h a y d e b ajo » (p . 5 2 ).
E1 p lacer d e la lec tu ra p o r el q u e ap o sta b a la lecto ra a c tiv a en sus expec
tativ as, se tran sfo rm a en el lec to r pasivo en u n a ren ovad a fascin ació n
p o r la a n g u stia , la a n g u stia an te la m u e rte d el su jeto , d el m u n d o sin yo.
L u d m ilia e stá in m u n iz a d a a n te tal a n g u stia , p o rq u e no se c o n fo rm a
co n el m u n d o com o es, co m o h ace el lector, sin o q u e siem p re desea,
tras cad a le c tu ra , p o n er a p ru e b a o tras n ecesid ad es, in c lu ir en el lib ro el
m u n d o n o e scrito y p e rc ib ir o tras voces q u e c o rresp o n d an a o tro yo . La
p o ética d e L u d m ilia co n trap esa la m u e rte d el su jeto . H ace q u e el lecto r
reconozca: «¿q u ié n se atrev ería a c o n d e n a rte p o r la p érd id a d el tú?, u n a
catástro fe tan terrib le co m o la p é rd id a d el y o ...» (p. 175)-
Se n ec e sitaría llev ar acabo un a n á lisis d e ta lla d o , a q u í im p o sib le, p a
ra d a r c u e n ta d e las ap ro p iac io n e s m u tu a s d e los d iscursos ficticio s en
los re fin am ie n to s y atrev id as sim b io sis e stilístic a s d e ia novela fractu ra
d a en los d iez «in c ip its». O b serv em o s so la m e n te q u e C a lv in o , respon
d ien d o a su s crític o s, h a caracterizad o co m o sig u e los d iez «tip o s d e fas
c in ac ió n n a rra tiv a » '2. C o rre sp o n d e n a la p o é tic a d e L u d m ilia y están
246
co n ceb id o s d e m o d o c o n tr a sta n te , c o m o si el a p a c ig u a m ie n to d e un a
n ecesid ad en la lec tu ra d e sen cad en ase o tra n u ev a. C o n relació n a la p ri
m era p areja de o p u esto s, d e la q u e y a h em os h a b la d o , en (I) «d esap are
ce la re alid a d co m o en la n ie b la », en (II) «el m u n d o d e las cosas se hace
e x tra o rd in a ria m e n te p reciso , co rp ó reo , sen sib le». En (III) «d o m in a ia
in tro sp ecció n y Sa in tro v ersió n »: el sen sib le e sc rito r de d iario s en un a
p la y a n ó rd ic a reco n o ce en el o rd en p erfecto d el u n iv erso u n a g rie ta
irre m e d iab le : «el m u n d o se d e sm o ro n a e in te n ta a rrastrarm e en su c a í
d a» (p. 7 7 ). En (IV ) «el y o recu p era el atractiv o p o r la h isto ria, la p o lí
tica, la ac ció n »: «e l se n tim ie n to d e v iv ir u n a rev o lu ció n sin n o m b re, sin
fo rm a ... q u e su p rim a la u n ió n p o d e ro sa d e los c u e rp o s y los sexos»
(pp . 8 7 -1 0 6 ), en salza ia cró n ic a d e la rev o lu ció n p o lític a y su cu m b e en
los ritu ales de E r o s y Thanatos. En (V ) ei c laro c in ism o d e u n a h isto ria
d e lad ro n es resp o nd e al deseo d e a m o n to n a r h isto rias sin q u erer im p o
n erte u n a co n cep ció n d el m u n d o » (p, 1 1 1 ), m ien tras q u e en (V I) un
«su b su elo de m ied o s o cu lto s» se le p resen tan a un profesor d e C a lifo r
n ia, q u e se eje rc ita en su carrera m a ñ a n e ra , q u e cree ser p ersig u id o por
lla m a d a s tele fó n ic a s (p. 1 5 3 ). En (V II), p o r ei c o n tra rio , «to d o s los
m iste rio s y tem o res so n c o n tro la d o s p o r u n e n te n d im ie n to p reciso »
(p. 1 8 7 ), ei c u a l, e n tre ta n to , cae en los reflejos la b e rín tico s de] m u n d o
de los n eg o cio s (u n a re p o sic ió n d e l tea tro p o lid íp tic o d e A th a n a siu s
K irch er). L uego se o p o n e la fascin ació n «eró tica y perversa» (V III) a la
«o rig in al y lite ra ria » (IX ); la p rim e ra en un escen ario d el lejan o este,
p ara c o n seg u ir un atisbo d e tran sp are n c ia en «u n o villo d e relacio nes
h u m an a s q u e no p u ed en ser m ás o scuras, crueles y perversas» (p. 2 3 1 );
ia se g u n d a, en el escen ario su d a m e rica n o de C ien años de soledad (con
un h o m en aje a G arcía M á rq u e z en la fig u ra d e A m a ra n ta , c ita d a en ia
p. 3 0 0 ), p ara, tras un rep erto rio d e b ú sq u e d a d e la m ad re, u tiliza c ió n
d e u n d o b le y realizació n de u n d u e lo , c u m p iir, an te ia fosa d e L u d m i
lla , su d e se o d e s e n tir « u n a fu e rza e le m e n ta l, p r im ig e n ia , te lú r ic a »
(p. 2 5 9 ).
D el d écim o y ú ltim o co m ien zo d e novela espera L u d m illa q u e le
d é a u n o «la sen sació n d el m u n d o desp ués d el fin d el m u n d o , la sen sa
c ió n d e q u e el m u n d o sea el fin al de to d o lo q u e h ay en el m u n d o y
qu e lo ú n ico q u e h a y en el m u n d o sea el fin d el m u n d o » (p. 2 3 9 ). El
a p o calip sis tien e lu g a r e n ia P erspectiva N e w sk ij, d e la q u e van d esap a
recien d o sus e le m e n to s q u e no m erecen ia e x isten c ia, para en c o n tra r fi
n a lm en te a F ran zisk a, la ú ltim a fig u ra im a g in a ria de la lecto ra, co n ia
q u e resurge ia esp eranza d e q u e el m u n d o , re d u c id o a u n a h o ja d e p a
p el (¿re m in isce n cia de M a lla rm é ?) p u e d a reaparecer. L a refu tació n d e ia
fascin ació n ap o c a líp tic a d el seg u n d o m ilen io q u e se e x tin g u e no es s im
p le o p tim ism o , sin o q u e se basa en Ja d ia lé c tic a d e C a iv in o en tre m u n
247
do escrito y no escrito . P ues !a e x p ec tativ a d e q u e el m u n d o sea el fin al
de to d o lo q u e h a y en el m u n d o , p u e d e, en tan to q u e su fin y a escrito ,
tra e r sólo la ap arien cia, d e k e x tin c ió n d e su s p o sib ilid a d es en tan to q u e
no escrito . P or eso sig u e a la a p o c a líp tic a re d u cció n d e la m u ltip lic id a d
u n fin al qu e n o p u e d e ser to d o lo q u e en el m u n d o hay, n i u n a se g u n d a
co d a, la q u e p ro p o rc io n a a la m u ltip lic id a d d e su d iscu rso fic tic io un
se n tid o in esp erad o , p o ético.
El c a p ítu lo XI h ace q u e el v ia je q u e ese C a n d id e red iv iv o h a re a li
zad o d e u n lib ro a o tro p or todo eí m u n d o , acabe en u n a g ran b ib lio te
ca. A llí, de la m ism a m a n e ra qu e en las novelas p o licíacas d e A g ath a
C h ris tie , e n u n a ú ltim a escen a, H ércu les P o iro t reú n e a todos los im
p lic ad o s p a ra le v a n ta r el ú ltim o v elo d e l m iste rio y d e se n m a sc a ra r al
asesin o , se reú n en todos los lecto res p a ra h a b la r del m iste rio d el lib ro 13.
S in em b arg o , n o v uelv en las fig u ras d e lectores d e! Viaggiatore: n i L ot-
h aria, la h erm a n a d e L u d m illa , c o n tra fig u ra sa tíric a de ia c rític a id eo ló
g ic a d e la lec tu ra , d o m in a n te en los añ o s se ten ta , ni Irn ero, el q u e no
lee, p o r !a p asió n d e q u erer e x p e rim e n ta r có m o n u estro m u n d o , lleno
d e e sc ritu ra , p u e d e p arecer a l q u e n o h a a p re n d id o a leer {p. 5 9 ), ni
U zzi-T uzzi, p ro feso r d e lite ra tu ra c im e ria q u ie n sólo se in teresa p o r el
le n g u a je m u d o d e los m u erto s, ni D o n C a v e d a g n a , el factó tu m d e la
e d ic ió n , q u e h a leíd o todo co n el se n tim ie n to n o stálg ico d e no p o d er
y a leer co m o en o tro tie m p o c u a n d o era n iñ o y se e sco n d ía en el g a lli
nero p ara ler, n i H erm es M a r a ñ a , q u ie n , co m o g en io m a lig n o d e la
m is tific a c ió n , se b u rla d e to d a le c tu r a a u t é n t ic a , n i S ila s F la n n e ry ,
q u ie n no p u d e e sc rib ir su ú n ic o y v erd ad ero lib ro p o rq u e su lec to ra
id eal sólo p u e d e am arte co m o au to r, co m o e sc ritu ra im p e rso n a l, y no
c o m o p erso n a.
En ia b ib lio te c a d el c a p ítu lo X I e stá n , com o rep resen tan tes d e los
in ag o tab le s m o d o s d e lec tu ra en u n ú ltim o A le p h , siete tip o s d e le c to
res q u e no fig u ran en la novela m ism a. M a n tie n e n Un d iá lo g o p la tó n i
co so b re la lec tu ra , en el c u al co n ced en a l lecto r d el V iaggiatore el p apel
m ás h u m ild e , la m e n tá n d o se d e q u e «h o y d ía en el m u n d o só lo h ay h is
to r ia s q u e p e r m a n e c e n e n s u s p e n s o o se p ie r d e n p o r el c a m in o »
(p. 3 1 0 ). H a b ié n d o se le o b ligad o a d a r tin títu lo a u n a h isto ria ap ócrifa
de las M i l y u n a N oches (el p red eceso r d el Viaggiatore), e n c u e n tra , con
este paso q u e d a en el c a m in o d e la m ad u rez, u n a cu estió n d e trascen
d e n c ia so rp re n d en te. P ues al p o n e r ju n to s ios títu lo s p o r los q u e ha
11 Acerca del capítulo XI, observa C alvino (entrevista, nota 19), que había rechazado
Sa prim era solución detectivesca (según la cual Flannety buscaba en las M il y una n a ch a
la clave del libro, en d círculo de todos ios personajes implicados) por «demasiado mecá
nica», y la había sustituido por un «diálogo platónica sobre la lectura en cuanto sai..
248
b u scad o in ú tilm e n te en la b ib lio te c a los co m ien zo s in co nexo s de la no
vela d iez veces in te rru m p id a , o cu rre q u e ap arece u n se n tid o con exo , al
ig u a l q u e en el esq u em a líric o , c u a n d o Sos e jem p lo s p aralelo s se a c u m u
lan , c erran d o la estrofa final:
S i u n a n o c h e d e in v ie rn o un v ia je ro
h ie ra d el p o b la d o d e M a lb o rk
a so m á n d o s e d esd e la a b ru p ta co sta
sin te m o r al v ie n to y ai v é rtig o
m ira h acia a b a jo d o n d e la so m b ra es d en sa
en u n a red d e lín eas q u e se e n tre laz an
so b re la a lfo m b ra d e h o ja s ilu m in a d a s p o r la lu n a
en to r n o a u n a fo sa vacía:
¿C u á ! h is to ria esp era sin fin allá ab ajo ?
p re g u n ta , a n sio so , al re la to .
V II
P ostdata
” «El m isterio de un libro no está en su final sino en su principio», fórm ula tomada
del cexTo: C óm o h e escrito uno d i m is libros-, redactado por C alvino para un Sem inario de
A* G , G rd m as (Actes Sém iotiques, D ocum ents, VI, 5 1. 19 8 4 ). Según mi entender es un
juego irónico con el sistema semiótico de aerantes, qoe no añade nada al complejo senti
do del V htggiafore a no ser su traducción a un meta-discurso. N o obstante, dejo con gus
to la paJabra a semiódeos más competentes.
249
con cep to de su jeto , a la b ip o statizació n del len g u aje com o d estin o época]
del ser y a la d ifu m in ac ió n d e fronteras entre lógica y retórica, entre d is
curso serio y ficticio, q u e en el v értigo d e ¡os sign ifican tes y los discursos
an ó n im o s se so m etería a la fuerza d el hech o tex tu al gen eral, ad m in istrad o
in d istin tam e n te por pensadores y poetas. Si es cierto q u e este con textua-
lism o rad ical se ap o ya m ás en exp erien cias estáticas q u e en a rg u m en tacio
nes filosóficas (p. 2 4 7 ), ento nces tal o pin ió n m an ten id a precisam en te por
C aiv in o , se an o taría m ás a la cu en ta de H ab erm as q u e a la posición co n
tra ria . S eg ú n m i e n te n d e r, C a iv in o , con su in te n to d e «in co rp o ra r la
ap ro p iació n de la lite ratu ra p o r ei lector a ia literatu ra m ism a» (p. 2 5 2 ),
in tro d u ce al lector d el Viaggiatore sólo en ese con tex tu alism o p ara sacarle
d e las tram p as d e l c o n te x tu a lism o m ism o , p re cisam en te m e d ia n te un
p lan team ie n to , en la lín ea d e la teo ría de la co m u n icació n , q u e expone
las relaciones q u e se d an entre autor, lecto r q u e lee, lector leído y lectora.
La o p in ió n d e H ab erm as se expresa en los térm in o s siguien tes: «C aiv in o
so stien e q u e en 1a praxis lite raria las fronteras entre ficción y realid ad no
son m ás q u e u n a ap arien cia, u n a d iferen cia p ro d u c id a por el texto m is
m o, siendo este texto (com o c u a lq u ie r otro) un fragm ento d e un texto ge
neral, d e u n prototexto q u e no conoce fronteras p o rque p rescin d e de las
d im ensio n es q u e hacen posible tal d e lim ita ció n , el espacio y el tiem p o »
(p. 2 5 2 ). Pero tal o p in ió n a c e rta ría en el caso d e M aran a/ D errid a (p.
2 5 5 ), pero no se ap licaría al m o v im ien to de la estética p o stm o d ern a que
representa C a iv in o , sig u ien d o la c u a l L u d m illa g an a la apuesta.
N o sólo en los personajes de ficció n, sino tam b ié n en las posturas
teóricas m an ten id as p or C aiv in o en la novela, el co n tex tu alism o radical
es p uesto en cuestió n y ab an d o n ad o . L a q u im era de un texto gen eral al
q u e se rem iten ios diez fragm en to s novelescos d e S ilas F lannery, n o se
m an tie n e, puesto qu e se o p o n d ría la p o te n c ialid ad de com ienzos siem pre
nuevos a ese «prototexto» postu lad o . T am b ién se opone a ello la d ia lé c ti
ca c alv in ian a d el m o n d o scritlo/m ondo non scritto: En la novela de C a iv i
no, la fro n tera entre ficción y realid ad no es m era ap arien cia, p o rque su
d iferen cia está siend o tem atizad a co n tin u am en te . La ficción del Viaggia
tore, q u eb rad a en sí m ism a, en la qu e, com o h e m ostrado a pro pó sito del
p rim er c ap ítu lo , tiene lu g a r an te los ojos d el lecto r la escritu ra d e la reali
d ad no escrita, y en la q u e la ficción com o h o rizo n te m u n d a n o en cu en tra
siem p re la resistencia d el «m u n d o d e la v id a», qu e la rodea com o h o ri
zonte d istin to ... im p id e qu e el «lecto r q u e lee» se d isu elv a en la ficción
d eí «lecto r leíd o ». La h ip ó stasis d el len g u aje com o lib ro q u e se escribe a sí
m ism o (p. 2 5 4 ) es rechazada por C aiv in o m e d ian te la tesis opuesta: «yo
leo, luego se escribe». El m u n d o escrito sólo p u ed e lleg ar a la escritu ra
com o m u n d o leíd o . El acto d e lec tu ra descub re, m ed ían te lo escrito, la
le g ib ilid a d m ú ltip le d el m u n d o en los h o rizo n tes siem p re d istin to s de
250
u n a h isto ria q u e com ien za. L a exp erien cia del lector, q u e así se va a m
p lian d o de h orizon te en h orizon te, no p ued e su cu m b ir a la ley in h eren te
a toda ficció n (p. 2 5 9 ), si su á m b ito d e in flu en cia tien e lu g ar m ed ian te la
operación de ap ertu ra del m u n d o q u e se realiza en el texto m ism o.
C ie rto qu e C alv in o expone en la novela m ism a lo q u e q u iere m o strar
con ia novela Qen qu é otro sitio p o d ría ser?): «la tran sició n de la novela a
la v id a, la esc en ificac ió n d e la v id a co m o lec tu ra. C a lv in o describe en
L u d m illa a la p ersona c u ya v id a es lec tu ra» (p. 2 5 9 ). S in em b arg o , es
tam b ién L u d m illa la p erso na en la q u e, y por la qu e, se realiza el proceso
de ap ren d izaje del lector: un lector in g en u o , q u ie n , siendo al p rin cip io
sólo u n a hoja no escrita, tien e qu e lle n a r cad a vez m ás sus vacíos m e d ian
te la do ble exp erien cia de la vid a d ia ria y de la q u e excede a sus fronteras,
y p ued e hacerlo gracias a la ap ro p iació n m u tu a del discurso ficticio q u e le
abren los horizontes m u nd an o s del otro en lugares q u e van de Italia a Po
lo n ia, y de C alifo rn ia y S u d a m é ric a h asta C h in a y L en ingrad o . Esta auto -
escen ificación m u tu a de lector y lectora es un g en u in o proceso d e c o m u
n icació n , y tan to m ás c u an to qu e no p erm an ece en el h orizon te cerrado
d e un «m u n d o de la vid a» lim itad o a la lib rería, la e d ito rial, la u n iv ersi
dad y el lecho m atrim o n ial de lectu ra, sin o q u e la recepción del discurso
ficticio d el texto dice Cosas sobre m u n d o s actu ales y pasados más allá del
texto. Las diez lecturas en las q u e se enred an el lecto r y la lectora en su
b úsq ued a del otro no acep tan sim p lem en te los géneros desgastados de la
lite ra tu ra de m asas p ara in d u c irlo s a u n c o n s u m o gozoso y lib erad o r.
A p arecen en el Vtagziatore m ás bien com o p rem io s seductores para reco
brar, m ed ian te su fascin ació n n arrativa, la alta c u ltu ra y la reflexión esté
tica. Por eso p uede verse aq u í tam b ién el lector real «in d u c id o a un a c ríti
ca, cuyas preten sion es de valid ez ju e g an en el in te rio r del texto m ism o»
(p. 2 6 2 ). C ie rta m e n te q u e un texto de ficció n no p u ed e p reten d er la
«m ism a fuerza o b ligan te» q u e un texto filosófico o religioso (p. 2 6 2 ). Sin
em b argo , ¿habrá qu e d ed ucirse d e a h í ¡a co n clu sió n q u e saca H aberm as
d e q u e «la relación in te rn a en tre la sign ificació n y el v alo r de lo dicho,
p erm an ece in tacto sólo p ara las figuras novelescas, p ara las terceras perso
nas o para las segun das personas tran sform ad as en u n a tercera (el lector
rep resentado ), pero no p ara las personas reales»? (p. 2 6 1 ).
¿N o h a ab ierto C a lv in o el esp acio d e ju e g o en tre lecto r ley e n te y
lec to r leíd o p re c isa m e n te p ara h a ce r q u e el ju ic io e stético tie n d a un
p u e n te en tre sig n ific ac ió n e stética y v alo r m o ral? ¿N o p u ed e p reten d er
el ju ic io estético n in g ú n o tro tip o d e valo r p o rq u e p resup o n e la e sp o n
tan e id ad d e la c o m p ren sió n e stética d el sen tid o ? ¿Y no sería qu izás la
e scen ificació n d e la v id a co m o lec tu ra, so b re la q u e tie n e lu g a r el ju ic io
estético en la n o vela de C a lv in o , u n aprecsable in stru m e n to p ara u n a
teo ría de la acció n c o m u n ic ativ a?
251