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Estética e Cosmeética em Clinica Integrada Restauradora Fig. 3.64—Forma bilateral esquemética da pro- porcao aurea nos arcos dentérios: A~ uma sé- rie de proporgdes dureas comeca com as rela- bes entre a largura média do incisive inferior . coma do superior; continua com os dois incisi u vos centrais inferiores em relagio aos superi f ores, com a largura dos quatro incisivos supe- riores e a distancia entre os pré-molares; B - uma outra relagio é encontrada no arco infe- rior paraa largura dos incisivos inferiores, com a dimensao entre os caninos superiores (adap- tado de Ricketts"). 1] res forem somados, 0 valor total sera de 6,472. Dividindo os valores indi- viduais das proporcdes por esse total, obtém-se a porcentagem de largu- ra que cada dente ocuparia dentro da distancia intercaninos, vista de ‘uma perspectiva frontal. Os resultados sao interessantes (Tabela 3.3), por- que a proporcao urea aplicada & distancia intercaninos possibilitou ob- ter a “porcentagem durea” — 10%:15%:25%:25%:15%:10% (Fig. 3.73). Da mesma forma, quando os primeiros pré-molares so considerados no segmento estético anterior, tém-se os seguintes valores em porcentagem. aurea: :8,5%14%:22,5%:22,5%:14%:8,5%:5% (Tabela 3.4). Assim, a forma bilateral de andlise e aplicacao da proporcao ou por- centagem durea € claramente mais iitil do que a unilateral para avaliar as propriedades estéticas de um sorriso, porque: © ndo depende da largura do incisivo lateral apenas para sua andllise, visto que avalia a largura de cada dente e sua contribuigéo a simetria, dominancia e proporgao do segmento anterior inteiro; © Gentes com larguras idénticas geram valores em proporcdo 4urea ou em porcenta- gens idénticas na analise; © a assimetria é claramente identificével e pode ser quantificada; © porcentagens de 25% da distincia intercaninos para um incisivo central (ou 50% para ambos os incisivos) podem ser analisadas durante o ato operatério e sao facil- mente estimadas sem 0 uso de compassos ou calculadoras.* Capitulo 3 — Proporeao Aurea 3.65 ~ Proporgdes dureas bilaterais numa arcada com oclusao normal. Os tragados azuis indicam uma proporgao urea entre os dois incisivos centrais inferiores e os superiores; as linhas vermelhas indicam as proporgdes entre a largura das faces distais dos laterais superiores e a imensao entre os pré-molares; prosseguindo no arco inferior, as linhas amare- Jas mostram uma proporcio entre os caninos até o sulco vestibular dos molares inferiores (adaptado de Ricketts") Fig. 3.66 - Proporodes éureas identificadas por tracados digitalizados: as composigées dentéria, dentofacial e facial coniém uma série de relagdes que podem ser avaliacas por meio da proporcao aurea nas formas unilateral e bilateral em progress4o geométrica. As dimensoes faciais podem ser diferentes de um individuo para o outro, mas as relagdes, proporcionais geram um valor qualitativo de apreciacao estética, Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora wa [I] | wal] [so a4 vslii le wall Lo vorl| Iss vosl| Jas! oat] Lo soll Le m7 159. ae 27 2 sa Fig. 3.67 —_Grades em proporgdo éurea sugeridas pelo autor para aplicacao bilateral (valores ilustrativos em milimetros) cada grade com trés ou quatro dentes, bilateralmente, apresenta as relacdes em proporeao aurea existentes entre 0s elementos do segmento estético anterior, em correspondéncia com as larguras determinadlas para os incisivos centrais, superiores, As medidas maiores, fora da grade, referem-se & largura do sorriso total; as medidas intermedirias cor- respondem a metade do sorriso; as menores, correspondem & metade co segmento dentario antero-superior, em proporcdo com a metade do sorriso (61,8%); 0s ntimeros dentro da grade referem-se aos respectivos valores para a largura dos incisivos centrais e para os corredores bucais. Os valores para os demais dentes so calculados a partir da largura dos incisivos centrais: multiplicando a largura do incisivo central por 0,618, tem-se a largura aparente do lateral; mul- tiplicando-se a largura aparente do lateral por 0,618, obkém-se a largura aparente do canino ¢ assim sucessivamente, numa progressdo geométrica regressiva. Tabela 3.3 - Conversio da proporgéo durea em porcentagem urea, para a distncia entre os caninos superiores (adaptado de Snow)*. Dente superior Proporgao aurea Caleulo da porcentagem éurea (valor) Canino direito 0,618 0618/6472 (10%) Incisivo lateral direito 1,000 1000/6472 (15%) Incisivo central direito 1618 1,618/6,472 (25%) Incisivo central esquerdo 1,618 1,618/6,472 (25%) Incisivo lateral esquerdo 1,000 1,000/6,472 (15%) Canino esquerdo 0618 0,618/6,472 (10%) Total 6A72 6472/6472. (100%) Capitulo 3- Proporgio Aurea re Fig. 3.68 ~ Correlacao bilateral entre as distancias oculares (A) dos segmentos dentarios direito e esquerdo, largura do sorriso, espacos negativos laterais (B) e proporcio urea bilateral dos dentes tracada na grade (C). As linhas verticais, estdo espacadas em proporcao durea com seus correspondentes valores numéricos. Fig. 3.69 —Checagem com compasso da proporcio urea aplicada em B e na figura 3.68: A - abertura maior do compas- so indica a largura aparente do segmento dentario (18,5 mm), que corresponde a 1,618 em relacio a largura do espaco negativo lateral (11,5 mm), equivalente a 1,0; C— a mesma relacio € detectada entre o incisivo central e o lateral (95,6 mm) ou 1,618:1,0, que na vista frontal corresponde a uma progressio geométrica regressiva de aparecimento dos ele- :mentos dentarios 8 direita ¢ & esquerda da linha média. Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora 3.70 ~ Técnica de tratamento do caso clinico apresentado nas figuras 3.68 e 3.69: condigées pré-operatsrias da ‘composicio dentofacial (A), do sorriso visto de frente (B), de perfil (C) ¢ da boca com os labios em repouso (D) de uma paciente de 27 anos de idade com habitos parafuncionais (bruxismo), sem sintomas de disfunca0 craniomandibular, porém com perda patologica de estrutura dentaria, com desgaste precoce e acentuado, devido a atrigao cfclica parafun- ional, caracterizando uma doenga oclusal por lesdes nao cariosas. Capitulo 3 ~ Proporgao Aurea a | Fig. 3.70 - Condicao da composigio dentaria na posicio (P)e esquerda (G) na qual se percebe a perda precoce da g pré-operatorio do segmento dentario antero-superior apl naxima intercuspidacio funcional (E), lateralidade direita ‘canino e a conseqiiente fungao em grupo adquirida; H— nado pelo desgaste e perda das ameias incisais; vista frontal (1 e lateral (J) do segmento dentario ntero-inferior, apresentando curva incisal invertida EL Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora Fig. 3.70: K - modelos de estudo montados em articulador semi-ajustavel; L — tragado feito com lapis no tergo incisal dos dentes inferiores para orientar a dimensao da borda incisal dos superiores, que deve ultrapassar em média 2,0 mm. verticalmente 0s inferiores; M ~ modelo com os dentes encerados de acordo com o planejamento (pode-se empregar resina em vez de cera, aplicada no modelo de gesso com adesivo); N - modelo de gesso reproduzido, cujos dentes, possuiem agora um sobrepasse vertical adequado; O ~ matriz-guia de acetato sendo confeccionada a vacuo sobre 0 ‘modelo reproduzido depois do enceramento diagnéstico; P — grade bilateral tracada em proporcio durea (pelo método do autor), checando as dimensdes dos dentes reconstruidos no modelo reproduzido; Q = restauracées temporérias simuladoras, aderidas por condicionamento écido em apenas um ponto da superficie do esmalte de cada dente, mantida durante 30 dias aproximadamente, a fim de aguardar a estabilizacao oclusal, acomodagao muscular e avaliagdes esté= ticas; R - tracado da grade, que demonstra tamanhos e larguras dentarias existentes fora da proporcionalidade éurea; So sorriso da paciente, com as restauracées simuladoras, demonstra que a estética correta e agradavel da composigo dentéria ainda nao foi estabelecida ou atingida, Capitulo 3 Proporgdo Aurea Fig, 3.71 ~ Seqiiéncia da técnica de tratamento do caso clinico apresentado nas figuras 3.68 e 3.69: A — broca tronco- c@nica determinando canaletas incisais, as expensas da dentina, para auxiliar na estabilidade das restauracoes da borda incisal dos incisivos inferiores; B - pino rosquedvel (minuta da Coltzne /Whaledent, EVA), para servir de reforco na restauragio da ponta do canino inferior; C ~ 0 bisel periférico associado ao pino rosqueado na dentina proporcionou suficiente retencao e estabilidade a reconstrucio da guia-canino; otiltimo incremento de resina adicionado (D) deve ser polimerizado somente depois de modelado pela face palatina do canino superior previamente “lubrificado” com ade- sivo (E); F - vista frontal do segmento dentario antero-inferior reconstruido; G — cavidade conservadora sendo prepa- rada no terco incisal do canino com ponta diamantada tronco-conica de extremo arredondado, para receber uma res- tauracdo de porcelana; H —canaleta incisal estabelecida em dentina para auxiliar na estabilidade da restauragio; I~ ponta diamantada com mesmo tamanho e formato de granulometria extrafina dando acabamento na cavidade. Ml Fig. 3.71 - Aspecto do canino direito (J) e esquerdo (K) depois de preparados; L ~ modelo refratério para fustio da porcelana; restauracio depois da fusdo da porcelana sobre o troquel refratério articulado no modelo-mestre, vista por vestibular (M) e palatino (N); desoclusdo na lateralidade direita (0) e esquerda (P) depois da reconstrugdo das pontas dos caninos; trajetos da guia-canino demarcados na face palatina dos caninos direito (Q) e esquerdo (R). Capitulo 3 Proporgio Aurea £72 ~ Finalizagao do caso das figuras 3.68 e 3.69: A — pontas do compasso mostrando a falta de proporcio urea entre a largura do incisivo central e a do lateral das restauracées simuladoras; B —compasso de pontas secas medindo a largura do lateral, considerada excessiva em relacdo a do central; C - disco diamantado monoface diminuindo a largura do lateral a fim de obter espaco para aumentar a largura do central; D— pequeno degrau cervical remanescente no lateral depois do desgaste com o disco diamantado; E - ponta diamantada em forma de cunha retirando o degrau cervical, acionada em movimentos de vai-e-vem com contra~angulo especial (Dentatus), acinturando o colo do lateral e assim retificando o espaco interproximal e a distancia biolégica horizontal; F — compasso de pontas secas ¢ régua milimetrada checando a dimensdo mesiodistal (5,6 mm) do lateral coerente com a proporcao durea de aparecimento, planejada e tracada na grade; G ~ pontas do compasso e régua milimetrada checando a dimensdo mesiodistal (2,0 mum) de um dos incisivos centrais, indicada pela grade; H — dimensdes de aparecimento em proporcio durea dos dentes coincidentes com os tracados da grade bilateral (elaborada pelo método sugerido pelo autor deste texto). Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora Fig. 3.72: I - pontas do compasso em proporgdo durea checando as dimensdes de aparecimento do incisivo central (seccio maior correspondente a 1,618) em relacéo ao incisivo lateral (seccao menor correspondente a 1,0); J ~ grade sendo empregada durante a fase de acabamento; K nova checagem das relagdes dos incisivos apés 0 acabamento e polimento das reconstrugées; L - comprovagao da relagdo divina entre a dimensio do segmento dentério esquerdo (sec¢ao maior do compasso correspondente a 1,618) e o espaco negativo lateral ou corredor bucal (secgao menor que corresponde a 1,0); M = dispositivo com os fios do sistema ROCA (Relacio Oclusal Céntrica Harménica) empregados na analise oclusal pré-operatéria e no ajuste oclusal das reconstrugdes; N = fio colocado entre os caninos pré-molares checando a altura das pontas dos caninos nos movimentos de lateralidade e a quantidade de desoctusdo conseguida no lado de trabalho (2,0 mm) e do lado de nao-trabalho (3 mm). A altura de cada restauragao das pontas dos caninos somada a outra deve corresponder ao didmetro do fio amarelo, conforme estabelecido na anélise oclusal pré-operat6ria; O=fio do sistema ROCA, guiando a mandibula em retrusdo nao forcada a fim de detectar possiveis contatos deflectivos; P-demarcagao de contatos deflectivos nas vertentes palatina e vestibular; Q - desoclusdes estabelecidas e conseguidas na protrusio. Capitulo 3 Proporeto Aurea Fig. 3.72 - Lateralidade direita (R) e esquerda (8); pés-operat6rio da composicio facial (T), da composicio dentofacial do sorriso (U); V — vista lateral do sorriso e com os labios entreabertos de frente (W) ¢ lateralmente (X), Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora Tabela 3.4 - Conversdo da proporcio durea em porcentagem urea, para a distancia entre os primeiros pré- molares superiores Dente superior Proporgao aurea Calculo da porcentagem aurea (valor) 1epré-molar direito 0,382 0,382/7,236 (5%) Canino direito 0,618 0,618/7,236 (85%) Incisivo lateral direito 1,000 1,000/7,236 (14%) Incisivo central direito 1618 1,618/7,236 (22,5%) Incisivo central esquerdo 1618 1,618/7,236 (22,5%) Incisivo lateral esquerdo 1,000 1,000/7,236 (14%) Canino esquerdo 0,618 0,618/7,236 (8.5%) Ispré-molar esquerdo 0,382 0,382/7,236 (5%) Total 7,236 7,236/7,236 (100%) Fig. 373 — Anélise bilateral da porcentagem éurea. Imagem digitalmente criada para demonstrar a aparéncia de um sorriso esteticamente agradavel, em exata proporcao e respectiva porcentagem éurea Influéncia da curvatura dos arcos dentarios Asimetria, dominancia e proporcdo dos dentes antero-superiores nu- ma vista frontal sao afetadas por muitos fatores, tais como relacio largu- ra/altura, rotagdo, diastemas, sobreposigao e outros tipos de posiciona- mento dentério irregular. ‘Ao considerar apenas o efeito da largura aparente na simetria, domi- nancia e proporgao, a relagio dessa largura é determinada na vista fron- tal apenas pelo alinhamento de cada dente, sem considerar 0 grau de curvatura do arco. Quando aqueles fatores esto ausentes ou foram eliminados, por reana- tomizagao ou movimentagao dentéria, a relagdo durea da largura aparente dos dentes ou a porcentagem de aparecimento regressiva é determinada também em fungao da curvatura do arco. Por outro lado, se apenas 0 alinhamento uniforme e a forma do arco sao considerados, podem ser ana- lisadas objetivamente as diferencas relativas na aparéncia frontal dos den- tes em arcos mais estreitos, comparadas as dos arcos mais largos. Capitulo 3~ Proponco Aurea Arcos mais estreitos se curvam “rapidamente” por meio dos incisi- vos laterais e caninos, ocorrendo uma transicdo abrupta com os dentes dos segmentos posteriores. Em uma curvatura estreita, os incisivos late- rais e caninos mostrardo uma orientacao mais obliqua vistos pelo aspec- to frontal. Arcos mais estreitos mostrarao incisivos laterais e caninos com ‘uma relagéo ou porcentagem de aparecimento menor em relagao aos cen- trais. Assim, esses arcos parecem ter incisivos centrais mais dominantes. Arcos com porcentagens de largura que se aproximam da proporcao urea tém incisivos centrais mais dominantes e implicam em arcos relativa- mente mais estreitos. ‘Arcos com formas mais largas se curvam para traz lentamente, em uma transi¢ao “demorada” para o segmento posterior. Em vista frontal, 6s incisivos laterais e caninos mostram uma orientacao mais vestibulari- zada. Esses arcos possuem incisivos laterais e caninos que aparecem em porcentagem maior na distancia intercaninos e mais perceptiveis que em proporcao ou porcentagem aurea. Arcos com porcentagens de largu- ra simétricas e alteracdo da proporcao durea (com proporgdo ou porcen- tagens de aparecimento dos incisivos centrais relativamente menores que 1,618 ou 25%) tém incisivos centrais menos dominantes. Na aplicacao clinica, durante a esquematizacio do sorriso, a propor- cao de largura relativa dos dentes, em iiltima insténcia, depende da for- ma do arco. Ao serem comparados dois arcos hipotéticos, que tém den- tes com largura mesiodistal iguais, 0 mais largo teria os incisivos cen- trais relativamente mais estreitos e caninos mais largos, afastando-se mais da relacao durea. O arco mais estreito dos dois teria incisivos centrais relativamente mais largos e os caninos mais estreitos, aproximando-se mais da relacao urea. A curvatura do arco pode ser considerada o fator mais critico ao se determinar a estética das proporgdes das larguras dos dentes antero-superiores. Como jé explicado, a proporgao aurea nao é um determinante abso- luto da estética, mas é inquestiondvel que ela constitui um instrumento Xitil para a avaliacao inicial e final da domindncia e da proporcionalidade do arranjo dentério no tratamento restaurador estético (Figs. 3.74 e 3.75). Fig. 3.74 Aplicacao bilateral da proporgao durea na restauragao da guia anterior, considerando a dimensio do espago interoclusal,a simetria e a curvatura do arco dentério: A e B—aspectos frontal e lateral da composicdo dentaria durante ‘0 sorriso de um paciente com 36 anos de idade, antes do tratamento. Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora com desgaste precoce e acentuado, que atinge aproximadamente 15% das pessoas; D = a avaliacao da posicao de oclusio na maxima intercuspidac3o funcional e habitual, do espaco interoclusal pelo teste fonético, durante a prontincia do fonema /s! (de 1,0 a 1,7 mm de separacio entre os dentes anteriores™*), demonstrou que a dimensio vertical de oclusio foi mantida pelo crescimento do processo alveolar (compensacio dentoalveolar), contengio posterior e auséncia de sintoma ligamentar e muscular. Desse modo, os dentes anteriores poderiam ser restaurados sem invadir o espaco interoclusal, alterar a relagdo mandibular e a dimensio vertical de oclusao; E - com os labios em repouso ou entreabertos nao se visualizam as bordas incisais, dando a nitida impressao de que o paciente é edéntulo; Fe G—a andlise da curvatura dos arcos superior e inferior pelo método de Bolton indicou quanto de acrésci- ‘mo de massa restauradora deveria ser adicionada ao arco superiors He I ~ contatos deflectivos em relagao céntrica deniarcados nos dentes naturais com auxilio dos fios do sistema ROCA antes de serem eliminados. Capita 3~Proporgt Aurea Fig, 3.74:J e K - contatos deflectivos na regio dos molares que também foram eliminados; L ~ restauragSes tempors- rias simuladoras (retidas por condicionamento dcido em apenas um ponto da superficie do esmalte de cada dente) sendo ajustadas em relagio céntrica ndo forcada com auxilio de um dos fios do sistema ROCA (M). Essas restauracdes simuladoras devem ser mantidas por 15 ou 30 dias aproximadamente, para avaliacdo da estética e acomodacio muscular comas desoclusées obtidas; N—desoclusio obtida no movimento de protrusio; O— padrao de desoclusio de lateralidade direita determinada pelo calibre do fio que corresponde ao acréscimo de resina em altura de ambas as pontas dos caninos superior e inferior; P - placa interoclusal instalada sobre as restauragdes simuladoras para uso notumo, assim, como apés o término das restauragoes definitivas como medida protetora e preventiva, Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora Fig, 3.75 ~ Téenica restauraciora para finalizar o caso da figura 3.74: A ~ grade tracada de acordo com as condigBes dentarias pré-operat6rias, demonstrando que as larguras e relagdes de aparecimento de cada dente nao condizem com as proporgées dureas, devido ao desgaste acentuado; B ~ grade calculada e tracada bilateralmente considerando largura da metade do sorriso, dos segmentos dentarios & esquerda e & direita da linha média, a langura aparente dos dentes e dos espacos negatives; C — ponta diamantada 3118 determinando os biscis periféricos depois da remocio das restauracées simuladoras; D ~ espaco interoclusal obtido por efeito dos biséis; E ~ matriz-guia obtida do modelo de .gesso reproduzido a partir daquele que recebeu o enceramento diagnostico; F- vista incisal apés isolamento do campo Operatério. Notar os biséis periféricos que liberaram o contato de cada dente com seu contiguo. Capitulo 3~ Proporgio Aurea Fig. 3.75: G - matriz-guia em posicao, fixada na regio dos pré-molares com sistema adesivo; H ~ inicio da insergao da resina composta guiada pela matriz. de acetato; I— fase semifinal da estratificago durante a inserao da resina; J - checagem das relagdes pOs-operatGrias estabelecidas com base na grade; K e L - dimensdes divinas tracadas digital- mente e empregadas na reconstrucdo da guia anterior e restabelecimento da composigao dentofacial, de acordo com o método sugerido pelo autor deste texto. Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora Fig. 3.75: M — vista oclusal superior das relagdes éureas tracadas digitalmente considerando também a curvatura do arco; N — pés-operatério do sorriso numa vista frontal e lateral (O); P — com os labios em repouso ou entreabertos percebe-se agora as bordas incisais dos incisivos superiores; Q, R e $ - controle clinico de trés anos, em que se pode Constatar respostas satisfatrias dos tecidos de protecao e do sistema restaurador adesivo de uso direto ao tratamento aplicado, o qual funcionou como “arquiteto dentogengival” Capitulo 3~ Proporedo Aurea Ea SUMARIO E ANALISE CRITICA DO CONCEITO MATEMATICO- GEOMETRICO DA PROPORGAO AUREA E SUA FUNGAO NA APLICAGAO CLINICA [Fé uma proporeo que a mente re- _gistra no nivel subconsciente e que Promove uma sensacao de beleza, conforto e prazen Os fil6sofos consideravam a linguagem matemética como tinico meio de se entender a natureza, e geracées deles aplicaram essa linguagem na esperanca de reduzi-la em critérios objetivos. O conceito de proporgio vem dos gregos, possibilitando a aplicacdo dessas normas para qual- quer realidade fisica. O axioma basico da teoria de Pitégoras “Penta em arithmo” (tudo est no miimero),ilustrando o conceito, juntamente com a expressdo “os ntimeros éureos”, geraram um misticismo que foi perpetua- doe tem influéncia até nos dias atuais. No estudo da estética e das propor- Ges, as consideragdes mateméticas ndo podem ser ignoradas. Hé uma proporcdo que a mente registra no nfvel subconsciente e que promove uma sensacio de beleza, conforto e prazer. Essa relacio matema- tica 6 de 1,0 para 1,618 e ¢ referida como seccao divina, durea ou perfeita. Ja que os dentes, os maxilares e a face sao estruturas geométricas, quan- to mais estreitamente estiverem associados a essa proporeao, mais agradé- veis serao as sensacdes transmitidas ao observador, em relagao a estética, porque quando duas partes diferentes esto relacionadas dessa forma, elas so perfeitas uma em relacio a outra. As relagdes dureas sempre estiveram presentes durante toda a histé- ria do ser humano, ds vezes até de forma oculta ou inconsciente. Essas proporgdes foram indubitavelmente usadas pelos egipcios de forma in- tensiva e até por dentistas, porque transmitiam “boa aparéncia”. Acrenga de quea beleza deveria depender de regras numéricas origi- nou-se de um desejo natural de simplificacao. Contudo, observagoes estri- tas de regras enormas podem, além de limitar a criatividade do profissio- nal, levar também a falhas, considerando a individualidade e 0 envolvi- mento cultural do paciente ou observador. Sabendo-se que 0 efeito produ- zido pelas proporgdes ¢é fisiopsicolgico, os atuais especialistas em estética tém defendido uma maior preocupagio psicol6gica, que deve ser entendi- da como sensibilidade clinica. Esses conceitos tém contrabalanceado a estética matemética, a qual se tornou limitada por produzir receitas, crian- do beleza por ntimeros. A natureza fundamental da beleza humana & algo muito complexo para se medir ou avaliar apenas com régua e com- paso, sem considerar a experiéncia e a sensibilidade clinica do profis- sional. Em estética, a Odontologia tem sido diligente com leis, regras e suas formulagdes, cujas aplicagdes necessitam de uma interagio entre ciéncia eemogao. O profissional e o paciente representam dois pélos de um fend- meno idéntico que traduz a percepgao e a emocao. Para o profissional, € importante o melhor material e a melhor técnica, comprovados cientifi- camente, para a aplicacao dos conceitos de proporcao, a fim de conseguir © efeito estético desejével e personalizar uma simples divisdo matema- tica. Segundo Rufenacht,* o conceito matematico pode ser aplicado satisfa- toriamente aos célculos geométricos. Entretanto, sua aplicagio rigida ¢ simplista as figuras orgdnicas nem sempre resulta numa evidéncia cem por cento manifesta e sua ocorréncia nem sempre é perfeita. Isso explica por que € necessdrio distinguir os “sistemas construtivos,” que atuam nas formas gréficas, dos “sistemas objetivos”, com relagao as formas vivas. Estética e Cosmética em Clinica Integrada Restauradora Parece ser facil e objetivo considerar que esse valor numérico simples- mente tende a apontar uma qualidade de informagées para a avaliacao estética da natureza humana. A atencao deve ser dirigida nao apenas para as manifestages simplistas dessa seceao divina, mas também para as variagées sutis e fascinantes que a natureza exibe. Com 0 reconhecimento do prinefpio da proporgio divina, as relacbes dentarias e faciais podem ser empregadas pelos dentistas, com base cien- tifica de aplicagao, conforme demonstram Levin,*** Lombardi,” Rufe- nacht" e Snow:* Isso faz.com que a estética seja tirada de um nivel subli- minar e subjetivo e se transforme em instrumento com potencial objetivo, que pode ser analisado e comunicado entre os clinicos, técnicos, auxiliares e pacientes, numa discuss4o mais profunda e aberta. Assim, com 0 uso dos ntimeros de Fibonacci e da proporcao divina, relagdes objetivas po- dem ser determinadas e planejadas em clinica odontolégica. , Como um conceito basico, os valores das relagées dureas ~ expressos com tanta freqiiéncia na natureza — parecem mostrar um plano basico de perfeicao. Esse fenémeno é geralmente referido como “geometria sagra- da”. Quanto mais familiarizados os dentistas estiverem com essas rela- des, mais belos serio seus resultados. A odontologia estética continuaré a se aperfeigoar com a aplicagio da proporgao durea. £ apenas uma questdo de se tornar suficientemente receptiva, para aplicé-la em um ambiente clinico. A estética, nas tltimas décadas, transformou-se em uma forga “divina” da ciéncia odontolégica ce das éreas a ela relacionadas. REFERENCIAS | 1. AHMAD, |. Geometric considerations in anterior dental aesthetics: restorative principles. Pract. Periodont, Aesthet. Dent. v.10, n.7, p.813-22, 1998. | 2. ALBERS, HLF et al. Esthetic treatment planning. Adept Report. v3, n4, pA5- j 52, 1992 | 3. AMORIC, M. The golden number: applications to architectural and structural cranio-facial analysis. Actual Odontostomatol. v2, n.166, p.205-19, June 1989, 4, AMORIC, M. The golden number: applications to cranio-facial evaluation. Funct. Orthod. v.12, n., p.24-5, Jan./Feb. 1995. 5. ANDRADE,NJ.A“divina proporcao” na denticio decidua. Ortodontia, v.34, nil, jan./abt. 2001 6. ANGLE, EH. 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