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CAPÍTULO I.

A PRODUÇÃO E AS QUESTÕES
AMBIENTAIS
A PRODUÇÃO E AS QUESTÕES AMBIENTAIS
1. Uso de recursos naturais
2. Matriz energética aplicada à produção industrial
3. Lançamento de efluentes líquidos
4. Geração de resíduos sólidos
5. Emissões atmosféricas
6. Licenciamento ambiental
7. Legislação ambiental
8. O conceito de desenvolvimento sustentável: origens e
diferentes abordagens
9. Produção mais limpa (P+L) e prevenção à poluição (P2)
10. Rotulação ambiental e selo verde
11. Análise do ciclo de vida
POLUIÇÃO DO AR E PRINCIPAIS
POLUENTES ATMOSFÉRICOS
QUESTÃO 11 (2014) A DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) de uma
amostra de água é a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a
matéria orgânica por decomposição aeróbia. Quando a amostra é
guardada por 5 dias em uma temperatura de incubação de 20⁰C, ela é
referida como DBO5,20, que é normalmente utilizada como um dos
parâmetros para verificação da qualidade da água.
O seguinte quadro classifica um curso d’água em função da sua DBO5,20:
A imagem abaixo mostra um trecho de um rio com 5 seções (X, Y, Z, W e T),
em que são coletadas amostras de água para a determinação de DBO5,20
em laboratório.
O quadro abaixo apresenta os resultados, em diferentes unidades, das
amostras colhidas.

Considerando que pode ocorrer autodepuração no rio, em qual seção dele


a água não pode ser classificada, no mínimo, como “razoável”?
COMPOSIÇÃO DO AR ATMOSFÉRICO SECO
(g/gmol)

Fonte:Alvares Jr, O. M. et al. 2002


FONTES DE EMISSÃO DE POLUENTES DO AR

Classificação:

1. Naturais ou Antrópica

2. Estacionárias (fixas) ou Móveis

3. Pontual ou difusa

4. De combustão ou de não combustão: todas aquelas que queimam


combustíveis de qualquer tipo e todas aquelas que não queimam combustíveis
mas emitem poluentes para a atmosfera (reatores, moinhos, serras...),
https://www.ecycle.com.br/1294-aquecimento
respectivamente. global/ e https://www.youtube.com/watch?v=hAbD2taWUT8 ou
https://www.youtube.com/watch?v=A3FVndRbXvA
DEFINIÇÃO DE POLUENTES DO AR

Decreto Estadual 8468/76 – Artigo 3º:

Considera-se poluente do ar toda ou qualquer forma de matéria ou energia,


que quando lançada ou liberada nesse meio, tornem ou possam torná-lo
impróprio ou inconveniente ao bem-estar público, ao gozo das
propriedades....
PRINCIPAIS CONTAMINANTES DO AR – POLUENTES CRÍTICOS

• Poeiras Totais em Suspensão


• Fumaça
• Poeiras Inaláveis
• Monóxido de Carbono
• Dióxido de Enxofre
• Óxidos de Nitrogênio
• Ozônio Troposférico e outros oxidantes fotoquímicos
• Compostos Orgânicos Voláteis (COV)
• Chumbo
CLASSIFICAÇÃO DOS POLUENTES DO AR
Poluentes Primários = são aqueles liberados diretamente das fontes de emissão.

Poluentes Secundários = são aqueles formados na atmosfera através de reações


químicas entre poluentes primários e componentes naturais da atmosfera.
São exemplos de poluentes primários: o dióxido de enxofre (SO2), o sulfeto
de hidrogênio (H2S), os óxidos de nitrogênio (NOx), a amônia (NH3), o
monóxido de carbono (CO), o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4).

São exemplos de poluentes secundários: o peróxido de hidrogênio (H2O2), o


ácido sulfúrico (H2SO4), o ácido nítrico (HNO3) – esses dois formadores da chuva
ácida -, o trióxido de enxofre (SO3), os nitratos (NO3ˉ), os sulfatos (SO42-), o
ozônio (O3) e o nitrato de peroxiacetila - PAN - (CH3=OO2NO2).
CHUVA ÁCIDA - CONSEQUÊNCIA DA
EMISSÃO DOS ÓXIDOS DE ENXOFRE E
DOS ÓXIDOS DE NITROGÊNIO
EMISSÃO DE ÓXIDOS DE NITROGÊNIO E DE ENXOFRE A PARTIR DA
QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS E FORMAÇÃO DA CHUVA ÁCIDA NA
ATMOSFERA

Fonte: Brookie - Education. Formação de ácido sulfúrico e ácido nítrico, através da


oxidação de óxidos de nitrogênio e enxofre, responsáveis pela formação da chuva ácida.
Por que a água da chuva natural já tem o pH mais
baixo????

A chuva natural tem pH de aproximadamente 5,6 devido à presença do CO2


na atmosfera.

CO2(g) + H2O(aq) H2CO3(aq)

O ácido carbônico se dissocia em :

H2CO3 H+ + HCO3-

O H+ liberado reduz o pH da água presente na atmosfera.


Então, o que é chuva ácida?????
São chuvas com pH menores que 5,0 devido à presença de ácidos fortes,
predominantemente o ácido sulfúrico e o ácido nítrico.

• Queima de carvão

Fontes de SO2 e de NOx • Queima de combustíveis fósseis


formadores dos ácidos
sulfúrico e nítrico: • Indústrias do petróleo

• Usinas termoelétricas
OZÔNIO TROPOSFÉRICO E OXIDENTES
FOTOQUÍMICOS

Oxidantes fotoquímicos são formados na atmosfera, a partir de reações


fotoquímicas envolvendo, principalmente, os óxidos de nitrogênio (NO e
NO2) e compostos orgânicos voláteis (VOC ou COV).
O ozônio (O3) é um dos principais produtos formados a partir deste
processo.

Os oxidantes fotoquímicos são poluentes SECUNDÁRIOS.


CONDIÇÕES PARA A OCORRÊNCIA DA REAÇÃO DE
FORMAÇÃO DO SMOG FOTOQUÍMICO

❑ Presença dos precursores em grande quantidade.

❑ Temperatura elevada.

❑ Luminosidade solar abundante.

❑ Pouco movimento da massa do ar (alta estabilidade do ar).


SMOG INDUSTRIAL

O smog é o resultado da mistura de partículas de fumaça industrial da


queima de combustíveis e óxidos de enxofre com neblina.
❑ É de coloração marrom amarelada próxima ao nível de solo.
❑ Típico de regiões frias e úmidas.
❑ Ocorre exatamente no inverno.
❑ Um fenômeno meteorológico que agrava o smog industrial é a
inversão térmica.
❑ É predominante em regiões industriais.
❑ Os principais componentes são o dióxido de enxofre (SO2) e o material
particulado (MP).
SMOG FOTOQUÍMICO E SMOG INDUSTRIAL

Dias frios e
Dias quentes e
“fechados”.
ensolarados.
Óxidos de
Óxidos de
enxofre e
nitrogênio e VOC
Material
Particulado
EFEITO ESTUFA

https://www.ecycle.com.br/6037-gases-de-efeito-estufa/
PRINCIPAIS GASES DO EFEITO ESTUFA
O principais gases do efeito estufa são:
CO2
CH4
N2O
O3 troposférico
CFC (clorofluorcarbono ou halocarbono)
H2O vapor

http://www.cnpma.embrapa.br/projetos/index.php3?sec=agrog

https://www.ecycle.com.br/1294-aquecimento-global/
CONTROLE DE FONTES FIXAS
GERAÇÃO E CONTROLE DE FONTES FIXAS DE POLUIÇÃO DO
AR

Henrique de Melo Lisboa e Waldir Nagel Schirmer Controle da Poluição Atmosférica, 2007, disponível em
http://www.lcqar.ufsc.br/adm/aula/Cap%207%20MetControle%20PATM.pdf
O termo “controle da poluição do ar” tem sido utilizado para

indicar todas as ações que levem a eliminação ou a redução da

geração de poluentes (controle indireto) e, também, para

aquelas ações que envolvem os tratamentos das emissões

atmosféricas (controle direto).


TECNOLOGIAS EMPREGADAS NO
CONTROLE CORRETIVO

A forma mais comum de se controlar as emissões atmosféricas

de uma fonte fixa é a instalação de equipamentos adicionais

com a finalidade de reter ou de destruir o contaminante

presente nas mesmas. Trata-se do tipo de tratamento chamado

de tratamento no “end of pipe” (no fim do tubo).


PARÂMETROS QUE DEFINEM A
ESCOLHA DOS ECP´s

O estado físico do poluente é um dos fatores mais


importantes na definição do tipo de equipamento a ser
utilizado.

Quando o poluente está no estado sólido, o diâmetro da


partícula é o parâmetro mais importante para definir o tipo
de separador (ECP) a ser utilizado.
TIPOS DE EQUIPAMENTOS – ESTADO FÍSICO DO
POLUENTE

01. PARA MATERIAL PARTICULADO:


Coletores Gravitacionais – força da gravidade
Ciclones – força centrífuga
Filtro de Tecido - impactação
Lavadores
Precipitadores Eletrostáticos – ionização e atração
eletrostática
02. PARA GASES E VAPORES:

Condensadores

Absorvedores

Adsorvedores

Incineradores térmicos e catalíticos


CICLONE –
PRÉ COLETOR FILTRO DE MANGAS
FILTOR DE MANGAS E SEUS ACESSÓRIOS
FOTO DE UM FILTRO DE MANGAS COMO
PARTE DO SVLE
chaminé

Filtro de mangas
Dutos

ventilador
PRECIPITADOR ELETROSTÁTICO
LAVADOR DE GASES DO PARTÍCULAS NA ÁGUA
TIPO VENTURI

Ar sujo
ÁGUA
LAVADOR DE SPRAY
LAVADOR CICLÔNICO
CABINE DE PINTURA COM
CORTINA D’ÁGUA
EQUIPAMENTO DE ADSORÇÃO DE
POLUENTES
INCINERADOR TÉRMICO
INCINERADOR TÉRMICO
CATALISADOR DE
AUTOMÓVEIS
Saída dos gases

Carcaça
metálica

Saída do
motor

Reações
químicas
Suporte cerâmico revestido com
óxido cerâmico
BIBLIOGRAFIA – PARA OS CINCO PRIMEIROS TÓPICOS
DO CAPÍTULO I
BRAGA, Benedito; BRAGA, Benedito. Introdução a engenharia ambiental. 2. ed. São
Paulo, SP: Prentice Hall, 2014. 318 p.
BAIRD, Colin. Química ambiental. Tradução de Maria Angeles Lobo Recio, Luiz Carlos
Marques. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.
DERISIO, JOÃO CARLOS. Introdução ao Controle de Poluição Ambiental - 4ª Ed.,
Editora Oficina de Textos, 2012.
VON SPERLING, Marcos. Lagoas de estabilização. atual. e ampl. Belo Horizonte, MG:
Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, 1986. 196 p.

Legislação Ambiental do Brasil e do estado de São Paulo.


http://www.iclei.org.br/residuos/site/?page_id=411

http://jararaca.ufsm.br/websites/ces/download/A3.pdf
http://www.ctec.ufal.br/professor/elca/APOSTILA%20-%20TRATAMENTO%20DE%20ESGOTOS.pdf

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