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Apostila Cartografia 2018
Apostila Cartografia 2018
DISCIPLINA DE
CARTOGRAFIA
SUMÁRIO
1- REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
2- ESCALA
3- REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA
4- REDE GEOGRÁFICA
5- PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
8- FUSOS HORARIOS
MAPA:
1. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
TÍTULO
NORTE
COORDENADAS Y
LEGENDA
COORDENADAS X
Escala numérica
Escala gráfica
Usando cores
Eis alguns temas onde Modo de Implantação Linear é cabível: falhas geológicas,
temperatura (isotermas), precipitação (isoietas), pressão atmosférica (isóbaras), ventos, correntes
marinhas (quentes= vermelhos; frias= azul), fluxo de transporte, estradas, rios, rede geográfica,
exportação e importação, migrações, além de outros.
Quando o mapa traz a idéia clara de mostrar grandezas dos elementos representados.
Tanto o nível qualitativo como o quantitativo podem trazer embutida a idéia de ordenação,
seleção ou associação, o que nos leva a três outros níveis de informação, que são:
VARIÁVEIS VISUAIS:
1. TAMANHO
2. VALOR
3. GRANULAÇÃO
4. CORES
5. ORIENTAÇÃO
6. FORMA
TAMANHO
COR
VALOR
FORMA
ORIENTAÇÃO
GRANULAÇÃO
Exercícios propostos:
1- Esboce como deve ser um mapa.
2- Explique como deve ser lido um mapa.
3- Comete sobre: a. título do mapa, b. carimbo do mapa, c. legenda
4- Esboce o carimbo do mapa.
5- O que são variáveis visuais?
6- Quais são as variáveis visuais?
7- Como representar os fenômenos do mundo real em um mapa.
8- Exemplifique a legenda abaixo, identificando qual variável visual utilizou. Obs. usar
variável visual diferente em cada exercício.
a. ouro, prata, bronze.
b. caderno, lápis, borracha.
c. Criança, adulto, idoso.
d. 10, 15, 20, 25 e 30.
e. <1000 hab., 1001 a 10000 hab., 10001 a 20000, > 20000 hab.
f. área urbana, milho, cana, café, app.
2. ESCALA
2.1. Conceito
Todo mapa é uma representação esquemática e reduzida da superfície terrestre.
É uma representação convencional que apresenta os elementos do mundo real reduzidos
segundo uma proporção estabelecida antecipadamente. E esta proporção é o que se denomina
de escala.
Pode-se definir escala, como sendo também, a relação entre duas dimensões, o desenho
(mapa) e o objeto real (superfície terrestre). É uma relação entre a distância de dois pontos
quaisquer do mapa com a correspondente distância na superfície terrestre. Essa relação é
representada por uma fração, que significa a relação entre as distâncias lineares do mapa e as
mesmas distâncias no terreno. Nessa fração o numerador representa a distância no mapa, e o
denominador a distância correspondente no terreno, tantas vezes maior, na realidade, quanto
indica o valor representado no denominador.
Por exemplo, a escala é 1:200000, concebemos que uma medida no terreno é 200000
vezes maior que a correspondente medida no mapa, ou ainda, indica o número de vezes que a
superfície terrestre foi reduzida, sendo então, que o terreno foi reduzido 200 mil vezes.
A escala é expressa sempre como 1 sobre E, ou 1: E. O número 1 que fica antes dos dois
pontos, corresponde à unidade considerada sobre o mapa e é chamado de numerador da escala;
o número 200 mil que fica após os dois pontos, indica o número de unidades da realidade e é
chamado de denominador da escala.
A unidade de que falamos poderá ser considerada como qualquer tipo de medida que se
conheça: milímetro, centímetro, metro, quilômetro, etc. Assim se o 1 for considerado como
centímetro, o 200 mil também o será. Mas se quisermos adotar outra unidade qualquer de medida
poderemos fazê-lo, desde que o numerador e denominador sejam considerados na mesma
unidade.
Km hm dam m dm cm mm
Um metro ou cem centímetros, por exemplo, quer significar a mesma dimensão, já que
somente o modo de expressá-la é que é diferente. Se pegarmos uma régua, iremos verificar que
no espaço de um centímetro existem dez milímetros. Assim, 1cm = 10mm.
Para irmos, de km até m, devemos passar por três casas; para irmos até cm, passamos por
cinco casas; e até mm, seis casas.
Deste conjunto de múltiplos e submúltiplos, usam-se apenas, no Brasil, o quilômetro, o
centímetro e o milímetro, além, é claro, a unidade de base que é o metro.
A razão de se dar ênfase a estas operações é reflexo daquilo que a prática exige, pois, com
alguma freqüência nos deparamos com situações em que dimensões gráficas precisam ser
transformadas em dimensões reais, e vice-versa. Por exemplo, ao medir-se o comprimento de
uma estrada sobre um mapa, calculando-se conforme sua escala achou-se o resultado de
200.000cm como sendo sua dimensão real. Em se tratando de dimensões naturais, é mais
comum a utilização de valores dados em quilômetros ou metros, o que nos leva, por razões
práticas, à necessidade de transformar 200.000cm naquelas unidades. Portanto, a dimensão real
daquela estrada deveria ser dita como 2.000m ou então 2km.
Como se pode imaginar são muitas as situações que justificam as operações de
transformações entre si dos múltiplos e submúltiplos do metro.
Alguns erros quanto à grafia dos símbolos são cometidos com certa freqüência,
principalmente por aqueles que desconhecem as normas do Sistema Internacional de Unidades.
Para evitar alguns dos mais comuns, convém lembrar que os símbolos dos múltiplos e
submúltiplos do metro devem ser expressos em caracteres minúsculos (Ex: não existe 20CM).
Também, estes símbolos não devem ser seguidos de ponto (Ex: não existe 20cm.). Mesmo que
estão indicando pluralidade de elementos, os símbolos mantém no singular (Ex: não existe 20ms).
Outra questão ainda é a de que não se deve usar ponto ou qualquer separação entre os sinais
gráficos de um símbolo, sendo errado, por exemplo, d.a.m em lugar de dam.
2.2. Fundamentos
Representar a superfície terrestre sob o papel implica na redução de uma superfície muito
grande. Isto significa que um mapa sempre estará demonstrando a superfície real de forma
reduzida. E esta redução respeita uma proporção entre as dimensões naturais e as dimensões
gráficas, seguindo uma razão de semelhança que nada mais é do que a escala.
A representação gráfica, ou seja, a representação no papel, é representada por d, e sua
correspondente natural, ou seja, a representação do terreno, é representada por D, e assim,
teremos que a escala é a proporção entre essas duas dimensões, podendo-se dizer que d está
para D ou d é proporcional a D ou ainda d:D.
Assim, a escala pode ser representada pela fração a seguir:
E=d
D
Como exemplo, se uma dimensão gráfica, ou seja, se uma medida no papel, no mapa, de
2cm estivesse representando 2.000cm, ou 20m, de uma correspondente dimensão natural, ou
seja, no terreno, teríamos:
E = 2cm = 0.001
2.000cm
O quociente que resulta da expressão d/D é chamado de módulo ou fator de escala que,
como vimos, não é apropriado para mostrar objetivamente a relação entre as dimensões gráfica e
natural. Por tal razão, seria preferível expressar esta relação, tomando o exemplo anterior, como
Então, como se percebe, a expressão d:D deve ser reduzida à uma forma simples que
facilite a percepção das proporções existentes entre o papel e o objeto real. Assim, podemos dizer
que d deve ser reduzido à unidade, e que D deve ser reduzido a um valor proporcional identificado
por E. Desta maneira, vamos concluir que d está para D, assim como 1 está para E, que podemos
expressar como d:D::1:E, em que d é a dimensão gráfica de um elemento do mapa; D é a
dimensão natural deste mesmo elemento; 1 é a unidade escolhida para efeitos práticos e de
simplificação; E é o valor que indica a quantidade de vezes que a dimensão natural sofreu
redução.
Tendo-se que d:D::1:E, podemos deduzir que:
1 =d
E=D
d=D/E
D=d*E
E=D/d
Tomando o exemplo anterior, em que a escala foi dada como 2cm:20m, tem-se d = 2cm e D
= 20m, podemos simplificar a expressão d:D, ou 2cm:20m e, com isso, acharmos um outro título
para a escala e que será expressa por 1:E. Assim, se temos que d:D::1:E, o valor de E, será
achado mediante a expressão E = D/d, ou seja, E = 2.000cm / 2cm; então, obteremos o resultado
1.000. Desta forma, a expressão d:D foi simplificada para outra 1:E. E é esta última expressão que
está consagrada na indicação do título de toda escala. No exemplo em questão, diremos, então,
que a escala é 1:1.000. Importante ainda é observar que em todo cálculo que envolve escala, faz-
se necessário que d e D correspondam ao mesmo múltiplo ou submúltiplo do metro, ou seja,
estão na mesma unidade.
Convém salientar ainda que a expressão simplificada 1:E, é adotada como padrão para
indicação das relações entre as dimensões gráficas e naturais.
Tomando por base o exemplo anterior, temos que d = 2cm e D = 2.000cm, logo, D é maior
que d, e temos também que E = 1.000, logo, maior que um. Estes são casos em que as
dimensões naturais ou reais são reduzidas. Diz-se, então, que a escala é reduzida.
Uma outra hipótese, menos comum, mas perfeitamente cabível, é a do módulo que se
apresenta maior que a unidade, o que implica dizer que d é maior que D, ou então que E é menor
que a unidade, ou seja, E é menor que 1. Neste caso, estamos diante de uma ampliação.
Exemplificando, se d= 400cm e D=2m, o valor de E será:
Outra questão ainda a ser analisada é a que diz respeito ao que se entende por escala
maior e escala menor.
Diz-se que uma escala é maior que outra quanto maior também for o seu módulo.
Poderemos também identificar se uma escala é maior que outra atentando para o fato de
que na expressão 1:E, o elemento E indica o número de vezes que a dimensão natural foi
reduzida. Assim quanto maior for o E, mais vezes houve redução do objeto real. Uma escala será
maior quando indica menos redução. Por sua vez, uma escala será menor quando indica mais
redução.
Exemplificando, se temos um conjunto de mapas, apresentando cada um a sua escala, que
são:
1:2.000, 1:5.000, 1:10.000 e 1:100.000, esta última é que será menor, porque indica que o
objeto real foi reduzido cem mil vezes, ou seja, uma quantidade maior que as demais.
Logicamente, a maior escala será a primeira, 1:2.000.
Outro exemplo a seguir é dado, na relação de escalas de 1:5.0000 até 1:5.000.000, sendo
maior a escala de 1:5.000 e menor a escala de 1:5.000.000.
1:5.000 (maior)
1:50.000
1:500.000
1:5.000.000 (menor)
É de se deduzir, então, que, quanto maior for o denominador (indicado por E) da escala,
menor ela será.
Tendo relação também estes conceitos, são usadas as expressões Escala grande e Escala
pequena. Não existem limites estabelecidos que definam cada um dos casos. Mas poderemos
dizer, por exemplo, que 1:20.000.000 é uma escala pequena e que 1:10.000 é uma escala grande.
Tais denominações estão mais relacionadas com o nível de precisão que a escala permite nas
representações em mapa. Um nível maior de precisão indica uma escala grande; o contrário, um
nível de menor precisão indica uma escala pequena.
Alguns autores arriscam um limite:
- Escalas pequenas (menores que 1:500.000)
- Escalas médias (aquelas um pouco maiores que 1:500.000)
- Escalas grandes (aquelas bem maiores que 1:500.000)
2.3. Classificação
As escalas podem ser numéricas e gráficas.
Quando a escala é representada por um título, ou seja, composto por um numerador (1) e
um denominador (E), isto é, feita através de números, diz-se que a escala é numérica. Essa é que
vem representada pela fração. Pode ser representada, 1/E ou1E 1:E. Ela mostra a proporção entre
as dimensões do desenho e as dimensões reais através de um título, em que o numerador é a
unidade, e, o denominador, um valor numérico que indica quantas vezes o objeto real foi reduzido
(ou ampliado, ser for o caso).
Assim, usando travessão(---), dois pontos ( : ) ou barra ( / ), estaremos diante de um título ou
uma escala numérica, que indica a proporção entre as dimensões reais e as do mapa. Tomando-
se como exemplo, o título 1:20.00 significa que uma unidade do papel representa vinte mil
unidades do mundo real. Em outras palavras, quer dizer que vinte mil unidades do mundo real
estão representadas como apenas uma unidade no papel. Assim, podemos afirmar que uma
Curso Técnico de Geodésia e Cartografia COTIL
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Disciplina de Cartografia Digital- 2018 Profa. Dra. Luciana
Corpas Bucene
representação que tenha utilizado a escala de 1/20.000, o objeto real sofreu uma redução de vinte
mil vezes. Portanto, é o denominador (E) que nos indica o número de vezes que o objeto real
(casas, estradas, ruas, rios, etc.) sofreu redução.
É conveniente salientar que, regra geral, tudo que constar num mapa estará reduzido na
mesma proporção, ou seja, a escala será válida para todo o mapa, apesar de que o Sistema de
Projeção implique em algumas distorções e cause exceções a esta regra.
A escala gráfica expressa a proporção entre as medidas reais e as do mapa através de um
gráfico. Por isso, é dado o nome de Escala Gráfica a esta forma de representação, como
demonstra a figura abaixo.
A escala gráfica é representada por um segmento de reta graduado. Esta reta é dividida em
partes, e que cada parte corresponde a um certo valor das dimensões reais. Tem-se ainda que a
escala gráfica pode ser simples, podendo ser aberta ou fechada, demostrado a seguir.
Observando acima, vemos que cada segmento eqüivale a uma certa medida da realidade
(no exemplo, cada segmento eqüivale a 20km), tendo-se, portanto, a demonstração da proporção
entre as dimensões gráfica e natural. Observa-se que a forma “fechada” difere da outra apenas
por apresentar-se mais estilizada, porém, na prática, ambas têm a mesma utilidade, apesar de
que o tipo fechada dê um melhor efeito estético.
Á esquerda de zero temos uma repetição da divisão principal, porém, contendo divisões
menores, visando permitir a leitura fracionária de certas dimensões. À esta parte da escala gráfica
chama-se Talão. Há autores que usam também a denominação de Escala Auxiliar. Quando
possível, o talão deve ser dividido em dez partes, a fim de permitir a leitura com razoável precisão,
especialmente se o mapa estiver em grande escala.
No exemplo da figura do mapa, podemos verificar que os segmentos AB, CD e EF, no
mapa, medem, respectivamente, 240km, 480km e 720km. Isto o leitor poderá verificar abrindo o
compasso nos citados segmentos, levando-o em seguida para o gráfico. Estas medidas poderão
ser obtidas também com um tira de papel, marcando-se o segmento em sua beirada e depois
levando-a para o gráfico.
Um mapa nunca deixa de trazer a escala em que se encontra, sob pena de perder boa parte
de seu valor técnico e científico. A escala é um componente absolutamente indispensável.
Há mapas que mostram, simultaneamente, escala numérica e escala gráfica. A proporção
entre as dimensões do modelo e as reais é a mesma em tais casos, ocorrendo apenas que é
expressa em duas formas diferentes ao mesmo tempo. Outras vezes, verificamos que certos
mapas demonstram a escala numa de suas formas somente: numérica ou gráfica.
Uma escala numérica tem a grande vantagem de informar imediatamente o número de
reduções que a superfície real sofreu. Por sua vez, é imprópria para reproduções de mapas com
base em processos fotocopiadores, quando há ampliação ou redução do original. Isto ocorre
porque ao ser alterado o tamanho do original, obviamente que também haverá alteração na
proporção entre as medidas reais e as do desenho, fazendo com que a escala mude. Isto quer
dizer que uma mesma escala não poderá constar em mapa iguais e de tamanhos diferentes. Por
exemplo, se for feita uma redução ou ampliação do mapa da figura abaixo, a escala não será mais
1:200.000. Se houver redução de duas vezes, a escala passará a ser 1:400.000. No caso de ter
sido feita uma ampliação de duas vezes, a escala do novo mapa passará a ser 1:100.000.
A grande vantagem de uma escala gráfica está na sua utilidade quando são feitas reduções
ou ampliações por processos mecânicos fotocopiadores. Em tais casos, deve-se eliminar a escala
numérica e registrar um gráfica. Quando for feita a ampliação ou redução do original, as
dimensões do gráfico sofrerão as mesmas alterações de tamanho dos mapas, mantendo-se a
proporcionalidade entre todas as dimensões.
Escala 1:90.000
Fazendo-se a ampliação, vamos obter o mapa abaixo, que foi duas vezes ampliado.
Escala: 1:45.000
Observe que tanto as linhas da quadrícula como a reta AB aumentaram duas vezes. Mas
veja que a quadrícula do novo mapa contém 4 quadrículas do mapa original, significando que a
alteração superficial não foi de 2 vezes e sim de 22.
No exemplo dado, se a quadrícula do mapa original medisse 4cm por 6cm, teríamos uma
área de 24cm2. Na ampliação feita, a quadrícula passa a medir 8cm por 12cm, ocupando uma
área de 96cm2.
Vejamos agora um caso de redução, tendo-se como original o mapa de escala 1/90.000.
Escala: 1:30.000
Reduzindo-se 3 vezes este mapa, note que as dimensões lineares da quadrícula, bem como
a reta AB, diminuíram 1/3 do tamanho original. Entretanto, a nova quadrícula ficou reduzida a 1/9
do tamanho original. Assim sendo, se a redução foi de 3 vezes, a alteração superficial foi de 1/32.
Escala: 1:90.000
Muitas vezes falamos em ampliar ou reduzir um mapa em termos percentuais. Por exemplo,
em lugar de se dizer “ampliar um mapa 2 vezes”, poderíamos dizer “ampliar um mapa em 100%”.
Neste caso, seriam modos diferentes de dizer a mesma coisa.
É importante destacar: QUANDO FALAMOS CORRENTEMENTE EM AMPLIAR OU
REDUZIR UM MAPA, ESTAMOS NOS REFERINDO SEMPRES ÀS ALTERAÇÕES LINEARES.
Com relação a este assunto, convém salientar que, nos casos de redução, o denominador
da escala original deve ser multiplicado pelo fator de redução. Em casos de ampliação, dividimos
o denominador da escala original pelo fator de ampliação.
Como exemplo, pode-se citar uma escala original 1:200.000. Se houver redução de duas
vezes, a escala passará a ser 1:400.000. Este fator foi igual a 2, por isso multiplicamos 200 mil por
2. No caso de ter sido feita uma ampliação de duas vezes, a escala do novo mapa passará a ser
1:100.000. Como a ampliação foi de 2 vezes, então dividimos 200 mil por 2.
Seja:
E = 1/M
em = 0.0002 metro x M
sendo,
M = denominador da escala;
em = erro tolerável em metros.
Os acidentes cujas dimensões forem menores que os valores dos erros de tolerância não
serão representados graficamente. Em muitos casos é necessário utilizar-se convenções
cartográficas, cujos símbolos irão ocupar no desenho, dimensões independentes da escala.
Da fórmula,
em = 0.0002 metro x M
conclui-se que,
M = em / 0.0002
Considerando uma região da superfície da Terra que se queira mapear e que possua
muitos acidentes de 10m de extensão, a menor escala que se deve adotar para que esses
acidentes tenham representação será:
M = 10m / 0.0002m =
M = 100.000 / 2 =
M = 50.000
Exercícios propostos
1- Utilizando a escala gráfica, determine a extensão real da ferrovia que liga os
lugares A e C. Obs: dar resposta em quilômetros.
2- Sobre uma mapa, foi medida a distância de 200cm entre dois pontos. A escala
deste mapa era 1:20.000. Qual é a distância real entre aqueles dois pontos?
4- Um mapa está na escala de 1:50.000. Com quantos milímetros será mostrada uma
dimensão real de dez quilômetros?
7- Um mapa, na escala de 1:50.000, foi ampliado 2 vezes. Que escala passou a ter o
novo mapa?
8- Um mapa, na escala de 1:20.000, foi reduzido 4 vezes. Que escala passou a ter o
novo mapa?
10- Dado um mapa na escala de 1/20.000, tendo uma quadrícula de 27cm por 45cm,
fazer uma redução de um terço. Qual a escala e as dimensões do novo mapa?
11- Um mapa tem as dimensões de 12cm por 18cm, do qual queremos fazer uma
ampliação de 100%. A escala deste original é 1/10.000. Que escala terá o novo mapa? E as
dimensões da nova quadrícula?
14- Qual a dimensão real de uma estrada que, em um mapa cuja escala é 1:20.000, é
representada com 8.0cm?
16- Qual a escala de um mapa na qual uma estrada de 1600m reais é representada por
64cm?
24- Em um mapa na escala 1:50.000 a distância entre dois pontos A e B é indicada por
12.0cm. Em outro mapa cuja escala desconhecemos, para essa mesma medida encontramos
24.0cm. Determine a escala desse mapa.
25- Uma distância gráfica de 0.004m, corresponde a uma distância no terreno de 200m.
Responda qual a escala desse mapa.
26- Qual a menor dimensão real de um elemento natural ou artificial representável nas
seguintes escalas:
a. 1:25.000
b. 1:50.000
c. 1:100.000
d. 1:250.000
e. 1:1.000.000
27- Sabendo que o erro gráfico em qualquer escala é de 0.2mm, comprove se uma
edificação de 50m de comprimento (reais) pode ser representada em um mapa na escala
1:100.000.
30- Determine a menor escala em que qualquer elemento com 50,0m de comprimento
terá representação.
3. REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA
3.1. POR TRAÇO
GLOBO - representação cartográfica sobre uma superfície esférica, em escala pequena,
dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade cultural e ilustrativa.
MAPA (Características):
- representação plana;
- geralmente em escala pequena;
- área delimitada por acidentes naturais (bacias, planaltos, chapadas, etc.), político-
administrativos;
- destinação a fins temáticos, culturais ou ilustrativos.
CARTA (Características):
- representação plana;
- escala média ou grande;
- desdobramento em folhas articuladas de maneira sistemática;
- limites das folhas constituídos por linhas convencionais, destinada à avaliação precisa de
direções, distâncias e localização de pontos, áreas e detalhes.
4. REDE GEOGRÁFICA
Entende-se por rede geográfica o conjunto formado por paralelos e meridianos, ou seja,
pelas linhas de referência que cobrem o globo terrestre com a finalidade de permitir a localização
precisa de qualquer ponto sobre sua superfície, bem como o orientar a confecção de mapas.
Meridianos.
Meridiano superior – refere-se à linha norte-sul da rede geográfica que passa pelo local ao
qual estivermos fazendo qualquer referência; é aquele que contém o zênite1 de um lugar. É, na
realidade, a linha que chamamos de meridiano.
Meridiano inferior – é o meridiano que se encontra diametralmente oposto ao meridiano
superior; é aquele que contém o nadir2. Hoje em dia, prefere-se chamá-lo e antimeridiano. Fica
sempre no hemisfério contrário ao do meridiano superior.
Meridiano de origem – é aquele tomado como base para a determinação dos hemisférios
oriental e ocidental da Terra. A partir deles temos 180 graus tanto para leste como para oeste. O
seu antimeridiano (180graus) serve como base para o traçado da Linha Internacional da Mudança
de Data (ver fusos horários).
Paralelos são circunferências que têm seus planos, em toda sua extensão, a igual
distância do plano do Equador, sendo sempre perpendiculares ao eixo da Terra.
1
Zênite: ponto da esfera celeste na vertical da nossa cabeça.
2
Nadir: ponto da esfera terrestre diretamente abaixo do observador e diretamente oposto ao zênite.
Nesta visão, centrada no pólo Sul da Terra, vemos os hemisférios oriental e ocidental. O
antimeridiano referente ao meridiano de 45 graus oeste é o de 135 graus leste. Por sua vez, se
tomarmos como referência o meridiano de 135 graus leste, o seu antimeridiano será o de 45 graus
oeste. Com isso, podemos deduzir que uma dessas linhas será chamada de meridiano ou
antimeridiano conforme o ponto de vista adotado. Observamos, ainda, que entre um meridiano e
seu antimeridiano, a diferença será sempre de 180 graus.
Numa visão centrada em qualquer um dos pólos geográficos, os paralelos seriam vistos
como círculos concêntricos. O Equador seria a linha mais externa. Convém observar que,
enquanto os meridianos são semicircunferências, os paralelos são circunferências.
Nesta visão, frontal à linha do equador, os paralelos se apresentam como linhas paralelas
àquela. A metade do círculo que contém o pólo sul é o hemisfério sul; a outra é o hemisfério norte.
4.1.2.Coordenadas geográficas
Com base na rede geográfica, podemos determinar as coordenadas, ou seja, a latitude e a
longitude, de qualquer ponto situado sobre a superfície terrestre. Para determinação da latitude
são considerados os paralelos, enquanto que para a longitude levamos em consideração os
meridianos.
Latitude é o valor angular do arco do meridiano compreendido entre o Equador e o paralelo
do lugar de referência. Será sempre norte (N) ou sul (S).
Com base na figura abaixo, podemos tirar algumas conclusões:
O Equador e o eixo da Terra formam um ângulo de 90 graus; esta é a latitude máxima.
Os pontos A e B, situados no mesmo paralelo, possuem latitude de 45 graus norte.
Os pontos C e D possuem latitude de 60 graus sul.
O valor de cada paralelo é determinado pelo ângulo formado, no centro da Terra, pelo
plano do Equador e a linha que corresponde ao prolongamento da vertical do lugar.
Latitude.
Longitude.
Vamos considerar que o meridiano de Greenwich seja aquele que passa pelos pontos A e
D. Neste caso, a longitude dos pontos C e F é de 90 graus. O ponto C encontra-se no plano do
Equador e sua longitude é determinada pelo ângulo formado em B, no centro da Terra. Com
relação ao ponto F, o que determina sua longitude (a mesma do ponto C) é o ângulo formado em
E. Observe que o prolongamento das linhas em D e F não podem ir na direção do centro da Terra
(ponto B) e sim na direção do eixo da Terra, de modo que o alinhamento DEF seja paralelo a
ABC.
Podemos ver que o hemisfério ocidental compreende a metade da esfera que vai de zero a
180 graus a oeste de Greenwich; o hemisfério oriental fica entre zero e 180 graus a leste.
Com isso, deduzimos que a longitude máxima é de 180 graus (leste ou oeste) e que o ponto
“A” tem 90 graus de longitude oeste, enquanto que a longitude do ponto “B” é de 90 graus
leste.
Coordenadas geográficas.
Para determinarmos a latitude do ponto “A”, tomamos por base os dois paralelos (10 e 20
graus) que envolvem este ponto, os quais estarão separados por 66 mm. Sabendo-se que do
paralelo de 10 graus até o ponto “A” a distância é de 23mm, uma regra de três simples nos
permitirá deduzir a latitude em questão.
Para o cálculo da latitude, medimos, junto ao ponto, a distância total entre os dois paralelos,
tendo-se obtido o valor de 66 milímetros. Assim, podemos afirmar que 66 mm eqüivalem a 10
graus (diferença entre 20 e 10 graus). Em seguida, verificamos que do ponto “A” até o paralelo de
10 graus temos 23 mm (66 – 43 = 23). Com isso, podemos montar o seguinte raciocínio, na forma
de regra de três: se 66mm eqüivalem a 10 graus, então 23mm eqüivalerão a “x” graus, ou seja:
66 mm = 10 graus
23 mm = x graus
x = (23 x 10)/66
x = 230/66
x = 3 graus
Diante do resultado, chegamos à conclusão de que o lugar “A” está afastado 3 graus desde
o paralelo de 10 graus. Isto quer dizer que o paralelo que passa sobre o ponto “A” é o 13 graus.
Em outras palavras, a latitude do lugar “A” é de 13 graus sul.
Considerando-se que qualquer pequena diferença nas medidas seja por causa do uso de
réguas de marcas diferentes, e por isso é claro que os resultados não serão exatamente iguais,
mas deverão ser aproximados.
Se quisermos chegar aos detalhes de minutos e segundos, podemos calcular da seguinte
forma:
x = 230/66
230/66 = 3 quociente (graus) e resto de 32
resto de 32 * 60 = 1.920
1.920/66 = 29 quociente (minutos) e resto de 6
resto de 6 * 60 = 360
360/66 = 5 quociente (segundos) e resto de 30
Dividindo-se 230 por 66 obtivemos o quociente 3 e um resto de 32, o qual deve ser
multiplicado por 60. O produto 1.920 será dividido por 66, obtendo-se o quociente 29 e um resto
de 6. Este resto também será multiplicado por 60 e o produto novamente dividido por 66, obtendo-
se o quociente 5 e um resto que poderá ser abandonado. Os quocientes 3, 29 e 5 serão,
respectivamente, graus, minutos e segundos. Assim sendo, a latitude do lugar “A” será de 13
graus, 29 minutos e 5 segundos.
Usando-se calculadores, podemos proceder da seguinte maneira:
Para determinarmos a longitude do ponto “A”, procedemos do mesmo modo como fizemos
para a latitude, porém tomando por base os meridianos que envolvem o ponto (60 e 70 graus).
Convém lembrar que tal procedimento nos leva apenas a uma estimativa, ou seja, uma
aproximação dos valores oficiais.
Convém observar que as medidas devem ser feitas sempre sobre o ponto de referência ( o
ponto “A” neste exemplo), tanto na latitude como na longitude.
Outro exemplo podemos ver na próxima figura, na qual temos:
Cálculo da longitude:
9,9cm = 30 minutos
6,9cm = x
x = (6,9 * 30)/9,9
x = 207/9,9
x = 20 minutos e 54 segundos
Exercícios Propostos
1- Explique a rede geográfica
2- O que são meridianos?
3- O que são paralelos?
4- O que são coordenadas geográficas? Explique detalhadamente.
5- Esquematize
a) Latitude
b) Longitude
6- Com a Carta Topográfica do IBGE (1:50.000) em mãos, calcule as coordenadas
geográficas especificadas na próprias carta.
5. PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
A história dos mapas reflete a preocupação que o homem sempre teve em representar a
superfície terrestre, utilizando técnicas de acordo com o estágio de seus conhecimentos. Com o
passar do tempo, impõe-se a preocupação em obter resultados cartográficos com o maior rigor
científico possível, tendo-se duas formas principais de representar a superfície terrestre: globos e
mapas. Os globos geográficos constituem-se no modo mais fiel de representar a Terra, mesmo
sabendo-se que nosso planeta não é uma esfera perfeita. Entretanto, a diferença entre os eixos
polar e equatorial do planeta é tão pequena que seria praticamente impossível representá-Ia em
escala tão reduzida nos globos de mesa. Por isso, podemos ter certeza que tais globos são os
modelos mais parecidos com a superfície real da Terra. Mas os globos possuem algumas
vantagens e desvantagens que fazem com que a Cartografia dê preferência para os mapas, os
quais, por sua vez, também não são perfeitos. Por isso, faz-se necessário tecer algumas
considerações sobre certas vantagens e desvantagens de globos e mapas.
Os globos não permitem que o observador tenha visão de toda a superfície terrestre ao
mesmo tempo, ou seja, em razão de sua esfericidade eles nos mostram sempre um de seus lados
e escondem o outro. Isto já não ocorre com os mapas, pois estes podem representar o mundo
inteiro ao mesmo tempo (planisférios).
Podemos girar os globos para termos uma visão centrada em qualquer ponto da superfície
terrestre, o que já não se pode fazer com os mapas, pois estes são fixos.
O manuseio dos globos é muito incômodo, como por exemplo: tirar cópias, obter medidas
com instrumentos, transportar. Os mapas, por sua vez, possuem grande facilidade de manuseio.
Os globos, para que fiquem num tamanho razoável e permitam mais fácil manuseio,
precisam representar a Terra numa escala muito pequena, o que leva a muitas generalizações e
também poucas informações. Os mapas, porém, podem representar a Terra em várias escalas,
permitindo que se possa planejar a quantidade de informações, bem como seu nível de precisão.
A confecção dos globos requer grande dispêndio de materiais e equipamentos especiais, o
que encarece bastante seu custo ao consumidor. Com relação aos mapas, estes têm um custo
bem mais acessível.
De modo geral, os globos são a representação mais fiel da Terra no que diz respeito à
forma do planeta, forma e dimensões dos acidentes geográficos, além da distribuição das terras e
águas. Os mapas, no entanto, ao reproduzirem numa superfície plana (o papel) aquilo que na
realidade é curvo (a superfície terrestre), sempre apresentam distorções. Não existe o mapa
perfeito. Mesmo assim, dá-se preferência pelo seu uso em lugar dos globos, tendo em vista uma
série de vantagens que eles apresentam, conforme vimos anteriormente. Por isso é que se faz
necessário um estudo das projeções cartográficas, para que se possa entender sua relação com
os mapas e o importante papel que elas apresentam na Cartografia.
Vejamos, a seguir, uma definição de projeção cartográfica:
“Traçado sistemático de linhas numa superfície plana, destinado à representação de
paralelos de latitude e meridianos de longitude da Terra ou de parte dela. Pode ser construído
mediante cálculo analítico, ou traçado geometricamente. freqüentemente referido como projeção,
o termo completo é aconselhado, a não ser que o contexto indique claramente o significado
“(Oliveira ,1983, p.539).
Uma projeção cartográfica é a base para a construção dos mapas, pois ela se constitui
numa rede de paralelos e meridianos, sobre a qual os mapas poderão ser desenhados. No
entanto, os modos de obtenção desta malha de linhas são os mais diversos, cada qual gerando
certas distorções e evitando outras. Parte-se do princípio de que, sendo a Terra uma esfera, esta,
ao ser colocada numa folha de papel, deverá adaptar-se à forma plana. Para que isso ocorra só
há um modo: pressionar o globo terrestre para que ele fique plano. Logicamente que ao sofrer tal
pressão o globo irá partir em vários lugares, como mostra a figura abaixo.
A Terra finalmente ficará plana (um mapa), porém com uma série de deformações. Então, a
Cartografia busca solucionar este problema com base no estudo das projeções cartográficas,
apesar de que se saiba que nenhuma delas irá evitar a totalidade das deformações.
O princípio primário das projeções cartográficas é o de se colocar um globo entre uma fonte
de luz e uma tela. As imagens curvas do globo, ao serem projetadas na tela, irão adaptar-se à sua
forma plana, com isso sofrendo uma série de deformações. Em razão disso, voltamos a dizer que
nenhum mapa é perfeito. Todos eles possuem determinadas propriedades que fazem com que se
conheça, conforme o tipo de projeção, as deformações ocorridas. Para facilitar o entendimento de
tais deformações, os cartógrafos buscaram três superfícies de mais fácil resolução geométrica
para que sobre elas fossem feitas as projeções da rede geográfica: cilindro, cone e plano. A
projeção dos paralelos e meridianos será feita na parte interna do cilindro, do cone ou diretamente
na superfície plana. Nos dois primeiros casos, as figuras geométricas, após feita a projeção,
deverão ser “desenvolvidas”, isto é, tornadas planas. Isto é conseguido cortando-se a figura ao
longo de uma de suas linhas, abrindo-a em seguida. O que antes era um cilindro ou um cone
passa a ser um plano com a rede geográfica nele inscrita, constituindo-se, então, numa projeção
cartográfica cilíndrica ou cônica.
Princípio primário de obtenção de uma projeção cartográfica. Uma fonte de luz projeta a superfície
terrestre numa tela. As imagens curvas do globo irão adaptar-se à superfície plana da tela. Daí as
deformações dos mapas. Fonte: Duarte, 2002.
-
Planisfério desenhado sobre a Projeção de Peters.
Projeção cilíndrica direta tangente (a); projeção cilíndrica direta secante (b).
Projeção cilíndrica transversa tangente (a); projeção cilíndrica transversa secante (b).
Projeção cilíndrica oblíqua tangente (a); projeção cilíndrica oblíqua secante (b).
Projeção cônica oblíqua tangente (a); projeção cônica oblíqua secante (b).
Exercícios propostos:
1- O que é projeção cartográfica?
2- Por que a existência das projeções cartográficas?
3- O que são superfícies de apoio? Quais os tipos?
4- Faça um esquema com a classificação dos tipos de superfícies de apoio e suas
derivações.
5- Explique e dê exemplos:
a. Projeção conforme
b. Projeção equivalente
c. Projeção eqüidistante
Curso Técnico de Geodésia e Cartografia COTIL
50
Disciplina de Cartografia Digital- 2018 Profa. Dra. Luciana
Corpas Bucene
6.2. UTM
Gerhard Kremer Mercator (1512-1594) foi o matemático e cartógrafo, autor da projeção que
levou seu nome. E considerado o “pai da cartografia moderna”.
Mercator elaborou um mapa-múndi no sistema de projeção cilíndrica isógena (a projeção
dos elementos é feita a partir de um mesmo ponto) em 1569 e descreveu seus princípios e
propriedades sobre o próprio mapa. Tornou-se a projeção cilíndrica mais conhecida devido a sua
grande utilidade para a navegação, sendo uma projeção onde os pontos tem a propriedade da
conformidade (conservação da forma para uma área não muito extensa). Os meridianos e
paralelos se interceptam sob ângulos retos.
Essa projeção não é apropriada para mapear as regiões dos pólos e zonas próximas a eles
porque seria praticamente impossível projetá-las sobre o cilindro uma vez que as linhas
projetantes estariam cada vez mais beirando o paralelismo com seu eixo.
Desta forma, o cilindro é tangente à esfera representativa da Terra e seus eixos são
coincidentes, isto é, o eixo de rotação da esfera com o eixo do cilindro.
Transformando-se o cilindro tangente em secante pela redução de seu raio e com a rotação
de 90º no eixo do cilindro. Este passa a cortar o elipsóide ao longo de dois meridianos
O sistema UTM estabelece que a Terra seja dividida em sessenta fusos de seis graus de
longitude, os quais têm início no antimeridiano de Greenwich (180º), e que seguem de oeste para
leste a partir deste fuso, até o fechamento neste mesmo ponto de origem. Quanto à extensão em
latitude, os fusos se originam no paralelo de 80ºS até o paralelo 80ºN. Os fusos são decorrentes
da necessidade de se reduzirem as deformações.
Assim, o globo terrestre foi dividido em faixas (fusos) de 6º na direção da longitude, sendo
as faixas numeradas de 1 a 60 de oeste para leste, iniciando-se a numeração no antimeridiano de
Greenwich.
A numeração das zonas, começando com a Zona 1, tem sua origem no meridiano de 180ºW
(antimeridiano de Greenwich). Caminhando no sentido anti-horário (em direção a leste) chega-se
até a Zona 60, compreendida entre 174ºE e 180ºE.
Se em relação à longitude os fusos são de número 60, no que toca à latitude a divisão
consiste me zonas de quatro graus (isto está vinculado ao tamanho da carta de 1:1.000.000, e
não à projeção). O Brasil é composto de 46 cartas de 1:1.000.000.
A figura abaixo demonstra quatro quadrículas localizadas na região Sul do Brasil. Nesta
figura, duas quadrículas apresentam o meridiano central de 51º e os dois meridianos laterais de
48º e 54º respectivamente. As duas outras apresentam o meridiano central de 57º e os dois
laterais de 54º e 60º respectivamente. Quanto aos limites em latitude, tem-se, para as quadrículas,
os paralelos de 24º, 28º e 32º.
Pode-se observar que o estado do Rio Grande do Sul situa-se entre dois fusos, enquanto
que Santa Catarina insere-se em apenas um fuso.
Os fusos correspondentes ao território brasileiro vão de 18 a 25, sendo as do estado do Rio
Grande do Sul de 21 e 22, conforme se observa na próxima figura.
b) Hemisfério Norte:
na direção leste-oeste: 500km (500.000m) no fuso central, diminuindo para o oeste e
aumentando para leste;
na direção norte-sul: origina-se em 0km no Equador no sentido sul para o norte.
Quadrícula UTM.
A Carta do Brasil
ao Milionésimo é
composta de 46
FOLHAS
Conforme mostra o quadro acima, com este sistema obtém-se a padronização, tanto no
tamanho quanto na designação das folhas de cartas, representadas nas figuras anteriores.
Para mapear o Brasil seriam necessárias aproximadamente 3.065 cartas de 1:100.000 ou
12.144 cartas de 1:50.000 ou ainda, 48.576 cartas de 1:25.000.
Bibliografia consultada –
BECKER, E. L. S.; PIROLI, E. L.; TREVISAN, M. L.; CASSOL, R. Algumas considerações com
referência às formas de representação da Terra através de coordenadas UTM. UFSM-RS, 1.999.
MELO, E. D. F.; CANDEIAS, A. N. B; MENDES, E. B. Anais XI SBSR, Belo Horizonte, Brasil, 05-
10 abril 2003, INPE, p. 341-347.
Exercícios Propostos
1- O que significa a projeção cartográfica UTM?
2- Quais as características da projeção UTM?
3- Explique detalhadamente a projeção UTM.
4- Descreva a origem de nomenclatura de Cartas.
5- Como se dá a articulação das Cartas, a partir da CIM até a 1:25.000?
6- Preencher a Figura que segue com os respectivos nomes das Cartas ao Milionésimo do
Brasil.
Fórmulas:
Convencionou que as coordenadas geodésicas, quando transformadas para o Sistema UTM
seriam designadas de N e E representando latitude e longitude, respectivamente.
Hemisfério Norte: N = N1
Hemisfério Sul: N = 10 000 000 – N1
p = 0.0001 * (Longitude – MC)”
MC = Longitude do Meridiano Central
(I), (II), (III), (IV), (V), (A’6), (B’5) = Tabelas fornecidas pelo IBGE. Através da interpolação
linear dos valores contidos na tabela 1, tendo o valor absoluto da Latitude como argumento.
OBS.: As tabelas não fornecem todos os valores requeridos, sendo assim, deve calcular o
valor requerido através da interpolação, dada pela fórmula abaixo:
(I), (II), (III), (V), (B’5) = (valor tabela) + ((valor tabela acima) – (valor tabela)) * segundos/60
(IV) = (valor tabela) + ((valor tabela acima) – (valor tabela)) * 0.segundos/30
Exemplo
Latitude = -16º 23’ 30.7554”
Longitude = -54º 51’ 22.1918”
Cálculo de p:
Meridiano Central: -57º
p = 0.0001 * (Longitude – MC)” =
p = 0.0001 * (54º 51’ 22.1918” - (57º))” =
p = 0.0001 * (+2º08’37.8082”) =
p = 0.0001 * (7717.8082”) =
p = 0.77178082
Então,
p2 = 0.595645634
p3 = 0.459707876
p4 = 0.354793721
p5 = 0.273822989
p6 = 0.211331331
(I), (II), (III), (V), (B’5) = (valor tabela) + ((valor tabela acima) – (valor tabela)) * segundos/60
Daí então,
(I) = 1811344.581 + (1813188.229 – 1811344.581) *30.7554/60 = 1812289.617
(II)= 2028.151 + (2029.985 – 2028.151) * 30.7554/60 = 2029.091090
(III)= 1.8171 + (1.8184 – 1.8171) * 30.7554/60 = 1.817766367
(A’6)= 0.0015
(IV) = 296614.024 + (296588.788 – 296614.024) * 0.7554/30 = 296613.3886
(V) = 98.375 + (98.329 – 98.375) * 30.7554/60 = 98.35142086
(B’5)= 0.0406 + (0.0405 – 0.0406) * 30.7554/60 = 0.040548741
N1 = 1813498.881
N= 10 000 000 – N1
N = 8186501.119m
LAT 1 = Tabelado. Argumento da Tabela 2 para (I) = N1. Verificar que hemisfério está o
ponto de referência para poder calcular o N1.
LAT 1 = Lat tabela + 60” * (N1 – (I) tabela)/((I) tabela acima – (I) tabela))
OBS: deve-se achar o N1 para começar o cálculo (isto porque estamos no hemisfério Sul),
depois olhar na coluna I, para encontrar o LAT tabela.
Hemisfério Norte: N1 = N
Hemisfério Sul: N1 = 10 000 000 – N
(VII), (VIII), (X) = (valor tabela) + ((valor tabela acima) – (valor tabela) * segundos/60
Exemplo:
N = 8186501.119m
E = 728965.994m
MC= -57º
Cálculo de Q:
Q = 0.000001 * (728965.994 – 500 000)
Q = 0.228965994
Daí,
Q2 = 0.052425426
Q3 = 0.012003640
Q4 = 0.002748425
Q5 = 0.000629296
Q6 = 0.000144087
LAT 1 = Lat tabela + 60” * (N1 – (I) tabela)/((I) tabela acima – (I) tabela))
LAT 1 = 16º 24’ + 60” * (1813498.881 – 1813188.229)/(1815031.880 – 1813188.229)
LAT 1 = 16º 24’ 10.10989607”
OBS: o valor 16º 24’ + 60” foi retirado da coluna I, a partir do valor de N1.
Cálculo de (VII), (VIII), (IX), (X), (D’6), (E’5) = através da interpolação linear dos valores
contidos na tabela 2, tendo LAT1 como argumento.
OBS: As tabelas não fornecem todos os valores requeridos, sendo assim, deve calcular o
valor requerido através da interpolação, dada pela fórmula abaixo:
(VII), (VIII), (X) = (valor tabela1) + ((valor tabela 2) – (valor tabela1) * segundos/60
Daí então,
VII = 750.9642 + (751.7692 – 750.9642) * 10.10989607/60 = 751.0998411
VIII = 8.095 + (8.105 – 8.095) * 10.10989607/60 = 8.096684983
D’6 = 0.09
IX = 33715.2815 + (33716.7162 – 33715.2815) * 10.10989607/30 = 33715.76499
X = 162.959 + (163.024 – 162.959) * 10.10989607/60 = 162.9699524
E’5 = 1.30
OBS: o valor de 10.10989607 utilizado no cálculo de VII, VIII, IX e X foi retirado dos
segundos da LAT1
Cálculo da Latitude:
VII * Q2= -39.37672945
VIII * Q4 = 0.022253134
Cálculo de Longitude:
Q= 7719.763644
- (X) * Q3 = -1.956232618
(B’5) * Q5 = 0.000818095
Longitude = 7717.808229” + MC =
Longitude = 02º 08’ 37,808229” – 57º =
Longitude = -54º 51’ 22.1918”
Exercício proposto:
1- Calcular as coordenadas UTM das coordenadas geodésicas:
a. Latitude = - 22º 37’20.1218”
Longitude = - 43º 12’33.4751”
OBS. Para os cálculos acima, o aluno deverá ter em mãos as tabelas de conversão,
fornecidas pelo IBGE (o material está na gráfica).
8. FUSOS HORÁRIOS
A questão das horas e datas no mundo está estreitamente relacionada com a rede
geográfica, em especial com os meridianos.
O movimento de rotação da Terra, feito de oeste para leste, determina um movimento
aparente da abóbada celeste sobre nossas cabeças no sentido contrário. Por essa razão, o Sol
nasce no leste e se põe no oeste, bem como todos os demais astros. Devido a este movimento de
nosso planeta, todos os meridianos passam pela frente do Sol num determinado momento,
voltando a fazê-lo somente depois de 24 horas, o que quer dizer que os 360 graus da
circunferência terrestre passam pela frente do Sol no período de um dia. Um rápido raciocínio
aritmético nos leva a concluir que, se 24 horas correspondem a 360 graus, então 1 hora irá valer
15 graus. Assim, cada fuso, correspondente a uma hora, fica delimitado pelo espaço de 15 graus.
Ainda, na figura que segue, devemos observar que os fusos estão delimitados por linhas cheias,
tendo no centro os meridianos de 0, 15,30,45,60,75,90, 105, 120, 135, 150, 165 e 180 graus, tanto
para leste como para oeste de Greenwich. Portanto, cada fuso horário tem um meridiano central,
contando com 7 graus e 30 minutos de cada lado deste meridiano. Cada fuso é numerado de zero
a doze, tanto para leste como para oeste. Quanto à numeração dos fusos, muitas vezes são
anexados os sinais “+” e “-“ para indicar a relação horária com o fuso de Greenwich, sendo que
alguns mapas divergem quanto ao hemisfério em que os sinais aparecem. Isto tem explicação,
sendo apenas uma questão de ponto de vista. Vamos tomar como exemplo os fusos a leste de
Greenwich. Quando o sinal “+” aparece nestes fusos, significa que as horas são adiantadas em
relação a Greenwich. Digamos que temos 16 horas no fuso de Greenwich. Neste caso, no fuso +5
teremos cinco horas a mais, ou seja, 21 horas. Se aparece o sinal “-“, significa que a hora de
Greenwich está atrasada em relação ao fuso em que estivermos. Seguindo o exemplo anterior, se
tivermos 21 horas no fuso -5, vamos ter cinco horas a menos em Greenwich, isto é, 16 horas.
Como já dissemos, é somente uma questão de ponto de vista.
Fusos horários. Considere esta figura como uma visão esquemática da Terra olhada de
cima do pólo norte. A rotação da Terra faz-se de oeste para leste, enquanto que o movimento
aparente do Sol é no sentido contrário.
- - - - - - - - - - - 0 - 0 + + + + + + + + + + +
-12 -11 -10 -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 +1 +2 +3 +4 +5 +6 +7 +8 +9 +10 +11 +12
Fusos horários. Neste caso, os fusos do hemisfério oriental recebem o sinal “+”, enquanto que os fusos do hemisfério ocidental
recebem o sinal “-”. Estes sinais indicam que as horas dos fusos são adiantadas ou atrasadas em relação ao fuso de Greenwich.
+ + + + + + + + + + +1+ 0 - - - - - - - - - - - -
+12 +11 +10 +9 +8 +7 +6 +5 +4 +3 +2 -1 -2 -3 -4 -5 -6 -7 -8 -9 -10 -11 -12
Fusos horários. Há mapas que trazem os fusos do lado oeste com o sinal “+” e os fusos a leste com o sinal “-“.
13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Os fusos também podem ser numerados de 0 a 23, no sentido oeste-leste. Assim, em lugar de dizermos que os fusos que
passam pelo Brasil são os de número 5, 4, 3 e 2 do hemisfério ocidental, podemos dizer que são os fusos 19, 20, 21 e 22.
Fusos horários.
Outro detalhe importante para se entender a questão das horas e datas sobre o globo
terrestre é o fato de que sempre será mais tarde em todo lugar que estiver a leste de outro;
obviamente, sempre será mais cedo em todo lugar que estiver a oeste de outro. Quando tivermos,
por exemplo, meio-dia no fuso “A”, vamos ter 13 horas no fuso “B”, 14 horas no fuso “C”, 11 horas
no fuso “D”, 10 horas no fuso “E”, etc.
Na direção leste de um lugar qualquer, as horas serão adiantadas; obviamente que para
oeste serão atrasadas. Se o Sol estiver sobre o fuso 3 (lugar A), aí teremos 12 horas. Em
conseqüência, teremos 13 horas no lugar B, 14 horas no lugar C, 11 horas no lugar D e 10 horas
no lugar E.
Quanto às datas, há algumas questões que devem ser esclarecidas, a fim de que se
entenda como elas estão distribuídas sobre o globo terrestre:
1) Há dois pontos estratégicos que determinam os limites das datas: a Linha Internacional
da Data (LID) e o fuso em que temos meia-noite. Sabemos que meia-noite é o final de um dia e o
Com o Sol sobre o fuso 4 do hemisfério ocidental, o dia anterior vai do lado oeste da LID
até o fuso número 8 do hemisfério oriental, onde temos 24 horas. O dia seguinte abrange os fuso
9, 10, 11 e metade do fuso 12 (metade que fica no hemisfério oriental).
2) De modo geral, temos sempre duas datas que abrangem o globo terrestre.
3) Há apenas um momento em que temos todos os fusos do globo terrestre abrangidos por
uma só data: é quando temos meio-dia no fuso de Greenwich. Em nosso exemplo, teríamos
apenas o dia 3 de novembro.
Estando o Sol sobre o fuso de Greenwich, vamos ter 24 horas (meia-noite) no fuso da LID.
Se estivéssemos no dia 3 de novembro, por exemplo, o globo terrestre estaria sendo abrangido
inteiramente por esta data.
4) Quando a Terra gira o equivalente a 15 graus, o Sol se posiciona um fuso a oeste
Considerando-se o exemplo anterior, quanto tínhamos o Sol em Greenwich e somente o dia 3 de
novembro, vamos supor que a Terra tenha girado 15 graus. Com isso, o Sol estará agora sobre o
fuso número um do hemisfério ocidental. Se antes tínhamos meia-noite no fuso 12, vamos ter
meia-noite agora sobre o fuso 11 do hemisfério oriental. Desse modo, o dia 4 de novembro
começa a aparecer. Quando a Terra tiver girado o equivalente a 90 graus , o Sol estará sobre o
fuso 6 (oeste), enquanto que teremos meia-noite no fuso 6 (leste), ficando agora o dia 3 de
novembro com uma abrangência de 18 horas e o dia 4 de novembro com 6 horas. Percebe-se,
Estando o Sol agora sobre o fuso número 1 do hemisfério ocidental, onde temos 12 horas,
será meia-noite no fuso 11 do hemisfério contrário. Neste caso, o dia seguinte (4 de novembro)
começa a surgir na metade leste do fuso da LID.
6) Cruzando-se a LID do hemisfério oriental para o ocidental, passamos para o dia anterior,
ou seja, podemos fazer uma viagem hoje e chegar ontem ao nosso destino.
7) Como o fuso 12 é dividido pela LID, ficando uma parte em cada hemisfério, pode
acontecer que dois lugares “A” e “B”, situados no mesmo fuso, tenham a mesma hora e datas
diferentes. Neste exemplo, se tivéssemos 16 horas do dia 28 de maio no lugar de “A”, teríamos
também 16 horas no lugar de “B”, só que do dia 29 de maio. Diga-se de passagem, é o único fuso
em que isto pode acontecer, justamente por causa da presença da LID.
Com relação à distribuição dos fusos pelos hemisférios oriental e ocidental, temos onze
fusos (de 1 a 11) e dois semifusos (metades dos fusos O e 12) em cada hemisfério. No que diz
respeito ao Brasil, devido à sua grande extensão no sentido leste-oeste, passam por ele quatro
fusos, que são os de número 2, 3 ,4 e 5 a oeste de Greenwich. O que fornece a hora oficial
brasileira é o de número 3.
É importante lembrar também que existem os fusos teóricos e os práticos. Os primeiros
seguem exatamente o traçado dos meridianos. No entanto, uma série de conveniências locais
levam a algumas adaptações dos fusos, fazendo com que estes não coincidam com os
meridianos e se apresentem, em certos casos, bastante distorcidos. São os fusos práticos, na
qual aparecem os fusos brasileiros. Além dos fusos práticos, ainda existem outras formas de
adaptação horária que implicam diferenças das horas em relação aos fusos teóricos: seria o uso
da hora de verão e também o fato de alguns países usarem horas fracionárias, como, por
exemplo, a Guiana, que em lugar do fuso -4h usa -3h 45min; a Índia, que no lugar do fuso +5h usa
+5h 30min; o centro da Austrália, que no lugar do fuso +9h usa +9h 30min. Quando fazemos
cálculos para resolver determinadas situações referentes a horas em certas localidades, os
resultados podem não coincidir com a hora do lugar, justamente porque existe a questão das
adaptações a que nos referimos anteriormente. Assim sendo, a melhor maneira de se resolver
problemas sobre fusos horários é usar um bom mapa atualizado que mostre os fusos práticos. No
entanto, ainda corremos o risco de desconhecermos alguma adaptação temporária local, como a
hora de verão, por exemplo. Apesar de tudo, não deixa de ser interessante saber resolver alguns
problemas, mesmo que seja com base nos fusos teóricos, como veremos a seguir .
Fusos teóricos.
119 + 15=7,933333333
Como neste caso o quociente é superior a 7,5, isto quer dizer que o lugar está no fuso 8 e
não no 7. Sabendo o fuso em que o lugar se encontra, é só seguir os exemplos anteriores para
determinar horas e datas.
Exercícios propostos
1- Completar os quadros abaixo, indicando o Fuso horário, o hemisfério, a hora e a
data, conforme cada Figura ilustra.
a)
F
A
b)
A
B
C
H
G
D
F
E
SOL
c)
F G
D
C
B
E
A
SOL
d)
G H
F I
J
E
D
C
B
A