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CATEGORIA DE INSPEÇÃO

AM

Sistemas de Lubrificação
LUBRIFICAÇÃO
Índice
1) Conhecimentos básicos
1.1) Função dos lubrificantes
1.2) Origem dos lubrificantes
1.3) Objetivo principal da lubrificação
1.4) Classificação dos tipos de lubrificantes
1.4.1) Vantagens ao lubrificar
1.5). Lubrificantes usados
1.5.1) Categorias de lubrificantes
1.6) Graxa
1.7) Óleo
1.8) Aditivos para lubrificantes
1.9) Tipos de lubrificantes
2.0) Técnicas de lubrificação
2.0.1) Lubrificação manual
2.0.2) Lubrificação selada
2.0.3) Lubrificação automática
2.0.4) Recomendações para Lubrificação de Rolamentos
2.1) Precauções na aplicação de lubrificantes
2.2) Fatores que afetam os produtos estocados
2.3) Os cuidados na movimentação de lubrificantes

CATEGORIA DE SISTEMAS DE
1. Conhecimentos básicos

1.1) Lubrificação

O atrito é uma designação genérica da resistência que se opõe ao


movimento. Esta resistência é medida por uma força denominada força de atrito.
Encontramos o atrito em qualquer tipo de movimento entre sólidos, líquidos ou
gases. No caso de movimento entre sólidos, o atrito pode ser definido como a
resistência que se manifesta ao movimentar-se um corpo sobre outro. .

Sem Lubrificante Com Lubrificante

Com o deslizamento relativo de uma superfície sobre a outra a força de


resistência ou de atrito que se opõe ao movimento, faz com que uma parte do
trabalho de deslocamento se transforme em CALOR, e nos diminutos pontos de
contato eleve a temperatura, até um ponto de FUSÃO! Como o atrito fluido é
sempre menor que o atrito sólido, a lubrificação consiste na interposição de uma
substância fluida entre duas superfícies, evitando, assim, o contato sólido com
sólido, e produzindo o atrito fluido. É de grande importância evitar-se o contato
sólido com sólido, pois este provoca o aquecimento das peças, perda de energia
pelo agarramento das peças, ruído e desgaste.
Consequências:
• Desgaste dos materiais;
• Travamento das Partes Móveis

1.2) Objetivo principal da lubrificação

Prevenir através do uso correto dos lubrificantes à deteorização forçada em


nossos equipamentos evitando a quebra dos componentes e com isso
permitindo o aumento do tempo de disponibilidade do equipamento e também a
redução de custos de manutenção.

1.3) Função dos Lubrificantes

As principais funções dos lubrificantes, nas suas diversas aplicações, são as


seguintes:

a. Controle do atrito − transformando o atrito sólido em atrito fluido, evitando


assim a perda de energia.

b. Controle do desgaste − reduzindo ao mínimo o contato entre as


superfícies, origem do desgaste.

c. Controle da temperatura − absorvendo o calor gerado pelo contato das


superfícies (motores, operações de corte etc.).

d. Controle da corrosão − evitando que ação de ácidos destrua os metais

e. Transmissão de força − funcionando como meio hidráulico, transmitindo


força com um mínimo de perda (sistemas hidráulicos, por exemplo).

f. Amortecimento de choques − transferindo energia mecânica para energia


fluida (como nos amortecedores dos automóveis) e amortecendo o choque dos
dentes de engrenagens.

g. Remoção de contaminantes − evitando a formação de borras, lacas e


vernizes.

h. Vedação − impedindo a saída de lubrificantes e a entrada de partículas


estranhas (função das graxas), e impedindo a entrada de outros fluidos ou gases
(função dos óleos nos cilindros de motores ou compressores.

A falta de lubrificação causa uma série de problemas nas máquinas. Estes


problemas podem ser enumerados, conforme a ocorrência, na seguinte
sequência:
a. Aumento do atrito
b. Aumento do desgaste
c. Aquecimento
d. Dilatação das peças
e. Desalinhamento
f. Ruídos
g. Grimpagem
h. Ruptura das peças

1.4) Classificação dos tipos de lubrificantes

Os lubrificantes podem ser classificados com os seguintes tipos:

Mineral - São baratos e oxidam pouco, obtidos através da refinação de


petróleo e são os mais utilizados nos mecanismos industriais. Ex.: Óleos
parafínicos, naftênicos, etc.
Vegetal - São caros e envelhecem rapidamente (tornam-se resinosos e
espessos), se oxidam facilmente. São utilizados somente em casos especiais.
Ex.: Óleos de oliva, rícino, soja, milho, sebo, etc.
Animal - Se oxidam facilmente como os óleos vegetais (tornam-se rançosos,
formam gomas), são pouco utilizados. Ex.: Óleo de Baleia, Bacalhau, Mocotó,
etc.
Sintéticos - São relativamente caros p/ uso geral, não formam resinas e
não afetam compostos de borracha natural ou sintética, são raramente
utilizados. Ex.: Silicones, Ésteres, Resinas, Glicerinas, etc.

Como acontece a extração do óleo mineral o mais utilizado na indústria-


1ª etapa
2ª etapa

1.4.1) Vantagens ao lubrificar

 Reduzir o atrito, provocando movimento livre.


 Reduzir o desgaste.
 Reduzir a temperatura, pois o lubrificante também refrigera.
 Reduzir a corrosão.
 Reduzir vibrações e ruídos.
 Evitar a entrada de impurezas em partes com movimentos.
 Aumentar a vida útil dos equipamentos em 10 vezes ou mais.
 Transmitir força.
 Reduzir o consumo de energia em até 20%.
 Reduzir custos de manutenção em até 35%.
 Reduzir o consumo de lubrificação em até 50%
 Reduz quebra maior
 Aumenta o tempo de disponibilidade do equipamento

1.5). Lubrificantes usados

1.5.1). Categorias de lubrificantes

Os lubrificantes são divididos em duas categorias principais:

– Óleos lubrificantes

– Graxas lubrificantes

1.6). Graxa

São compostos lubrificantes semi-sólidos constituídos por uma mistura de


óleo, aditivos e agentes engrossadores chamados sabões metálicos, à base de
alumínio, cálcio, sódio, lítio e bário. Elas são utilizadas onde o uso de óleos não
é recomendado, são empregadas geralmente em condições normais de
velocidade e temperatura. A graxa tem muitas vantagens sobre o óleo, como por
exemplo a facilidade de aplicação e o fato de proteger o equipamento contra a
umidade e a sujeira existentes no local de trabalho.
Características físicas das Graxas lubrificantes:

A consistência é o conceito usado para definir o grau de rigidez da graxa, a


consistência depende do tipo de espessante usado, a temperatura e das
condições mecânicas de funcionamento.

Outras características das Graxas:

 Ponto de Gota ou Derretimento;


 Estabilidade;
 Viscosidade aparente;
 Separação do óleo;
 Corrosão;
 Oxidação;
 Prova de carga
 Cor

Indicações:

 Vedação de Bombas;
 Compressores ou máquinas que funcionem c/ baixa rotação;
 Rolamentos em geral;
 Buchas, eixos, guias, mancais, etc.
Vantagens:

 Melhores propriedades de retenção no local de lubrificação;


 É preferível o uso da graxa quando é impraticável um fornecimento
contínuo de óleo;
 Podem ser armazenadas nos pontos de aplicação para a lubrificação
por longos períodos;
 Sua instalação é mais simples que os óleos
 Agem como elemento de vedação na presença de atmosferas
corrosivas ou úmidas.

1.7). Óleo

São fluídos lubrificantes que podem ser sintéticos ou minerais e são aplicados
somente onde as graxas não atendem às necessidades de operação.

Características físicas dos óleos lubrificantes:

A viscosidade é uma das propriedades mais visíveis nos óleos lubrificantes,


sua ação é determinada através da medição do desgaste que acontece entre
duas superfícies quando um líquido se interpõe entre as mesmas.

A viscosidade é uma das propriedades mais importantes de um líquido e a


mais rapidamente observada.

Viscosidade é uma medida do atrito que ocorre entre as diferentes camadas


quando um líquido entra em movimento, ou seja, é a resistência oposta ao
escoamento do óleo.

Quanto mais espesso o óleo, maior a sua viscosidade e maior a sua


resistência para escoar.
A Velocidade de Trabalho é fator importante para a escolha da viscosidade
de um determinado óleo.
 A viscosidade é necessária para evitar o rompimento da camada aderido
às superfícies deslizantes (película contínua e resistente de lubrificantes)

 O lubrificante não deve ser excessivamente viscoso, para evitar perdas


por atrito, nem pouco viscoso, porque a resistência mecânica seria muito
pouca!

A viscosidade de um lubrificante não é constante; depende estritamente da


temperatura. A uma temperatura elevada, deve corresponder um lubrificante
com menos viscosidade.
É muito importante conhecer a temperatura de trabalho para a seleção
adequada do lubrificante!!!

Têmperatura de Consequência
trabalho
A viscosidade do óleo pode diminuir a tal ponto
Alta que a película lubrificante pode ser rompida,
resultando em contato de metal com metal e
ocasionando o desgaste.
A Viscosidade do óleo pode tornar-se
Baixa demasiadamente espessa ou viscosa,
dificultando a circulação ou escoamento, ou
mesmo impedindo que o mecanismo funcione.

Como regra geral a duração de um óleo lubrificante pode ser calculada da


seguinte forma:
A 30°C 30 ANOS

Sua duração cai pela metade a cada 10°C a mais de temperatura.

Ex: A 40 °C 15 ANOS
A 100 °C 3 MESES

Critérios Gerais para a Escolha da Viscosidade do Óleo Lubrificante


Tipo de Operação Escolha
Carga Alta Viscosidade Alta
Carga Baixa Viscosidade Baixa
Rotação Alta Viscosidade Baixa
Rotação Baixa Viscosidade Alta
Têmperatura ambiente Escolha
de Trabalho
Têmperatura Alta Viscosidade Alta

Têmperatura Baixa Viscosidade Baixa

Outras características dos Óleos:

 Densidade Relativa;
 Ponto de Fulgor (Flash Point);
 Ponto de Combustão;
 Ponto de Mínima Fluidez;
 Resíduos de Carvão;
 Número de Emulsão;
 Oxidação;
 Detergência;
 Extrema Pressão.
1.8). Aditivos para Lubrificantes

Aditivos são substâncias que entram na formulação dos lubrificantes (óleo e


graxa) com a finalidade de reforçar ou melhorar certas propriedades específicas.

 Melhorar as características de proteção contra o desgaste e de atuação


em trabalhos sob condições de pressões severas;
 Aumentar a resistência à oxidação e corrosão;
 Aumentar a atividade dispersante e detergente dos lubrificantes;
 Aumentar a adesividade;Aumentar o índice de viscosidade.
Aditivos usados em cada

Entre os diversos tipos de aditivos, temos os seguintes:


a. Detergente-dispersante
b. Antioxidante
c. Anticorrosivo
d. Antiferrugem
e. Extrema pressão
f. Antidesgaste
g. Abaixador do ponto de fluidez
h. Aumentador do índice de viscosidade

a. Detergente-dispersante
• Aplicações: Motores de combustão interna.
• Finalidades - Este aditivo tem a função de limpar as partes internas dos
motores, e manter em suspensão, finamente dispersos, a fuligem formada
na queima do combustível e os produtos de oxidação do óleo.

Quando o lubrificante não possui aditivo detergente-dispersante, os resíduos


se agrupam e precipitam, formando depósitos. Nos óleos que contêm
detergente-dispersante, o aditivo envolve cada partícula de resíduo com uma
camada protetora, que evita o agrupamento com outros resíduos e,
consequentemente, a sua precipitação.
É observado um rápido escurecimento do óleo, que ainda é mal entendido por
alguns mecânicos e usuários, que acreditam que o lubrificante se deteriora
rapidamente. No entanto, o escurecimento significa que as partículas que
iriam formar borras, lacas e vernizes estão sendo mantidas em suspensão e
serão drenadas junto com o óleo.
A quantidade de material disperso depende da quantidade e do tipo dos
aditivos. Isto significa que, após determinados períodos de uso, os aditivos
saturam-se e os óleos necessitam ser drenados, para não ocorrer a formação
de depósitos. As maiores partículas encontradas em suspensão no óleo
mediram 1,5 micra, enquanto que a menor folga é de 2 micra. As partículas
são então incapazes de obstruir as folgas ou de promover o desgaste
abrasivo.

b. Antioxidante
• Aplicações: Motores de combustão interna, turbinas, compressores,
motores elétricos, fusos, sistemas hidráulicos, sistemas de circulação de
óleo etc.

• Mecanismo da oxidação - Um óleo, simplesmente exposto ao ar, tende


a oxidar-se devido à presença de oxigênio. Esta oxidação se processa
lenta ou rapidamente, conforme a natureza do óleo. Óleos em serviços
estão mais sujeitos à oxidação, devido a vários fatores: contaminação,
calor, hidrocarbonetos oxidados

c. Anticorrosivo
• Aplicações: Motores de combustão interna, turbinas, compressores,
motores
elétricos, fusos, sistemas hidráulicos, sistemas de circulação de óleo etc.
• Finalidades - Os anticorrosivos têm por finalidade a neutralização dos
ácidos orgânicos, formados pela oxidação do óleo, dos ácidos inorgânicos,
no caso de lubrificantes de motores, e proteger as partes metálicas da
corrosão. No funcionamento dos motores, são formados ácidos sulfúrico e
nítrico, devido à presença de enxofre e nitrogênio nos combustíveis, que
são altamente corrosivos.

d. Antiferrugem
• Aplicações: Óleos protetivos, turbinas, sistemas hidráulicos,
compressores, motores de combustão interna, sistemas de circulação de
óleo etc.
• Finalidades - Semelhante ao anticorrosivo, este aditivo tem a finalidade
de evitar a corrosão dos metais ferrosos pela ação da água ou umidade. A
presença de sais na água acelera consideravelmente a ferrugem.
Envolvendo as partes metálicas com uma película protetora, o aditivo
Antiferrugem evita que a água entre em contato com as superfícies.

e. Antiespumante
• Aplicações: Óleos para máquinas e motores em geral.
• Finalidades - A formação da espuma é devido à agitação do óleo.
Quando a bomba de óleo alimenta as partes a lubrificar com uma mistura
óleo-ar, dá-se o rompimento da película de óleo, o contato metal com metal
e o conseqüente desgaste. O aditivo antiespumante tem a função de
agrupar as pequenas bolhas de ar, existentes no seio do óleo, formando
bolhas maiores, que conseguem subir à superfície, onde se desfazem.

f. Extrema pressão
• Aplicações: Óleos para transmissões automotivas, óleos para mancais
ou engrenagens industriais que trabalham com excesso de carga e óleos
de corte.
• Finalidades - Tanto os aditivos de extrema pressão, como os
Antidesgaste, lubrificam quando a película é mínima.

Quando a pressão exercida sobre a película de óleo excede certos limites, e


quando esta pressão elevada é agravada por uma ação de deslizamento
excessiva, a película de óleo se rompe, havendo um contato metal com metal.
Se o lubrificante possuir aditivo de extrema pressão, havendo o rompimento da
película, este aditivo reage com as superfícies metálicas, formando uma película
lubrificante que reduzirá o desgaste.

g. Antidesgaste
• Aplicações: Motores de combustão interna, sistemas hidráulicos etc.
• Finalidades - Estes aditivos são semelhantes aos de extrema pressão,
mas têm ação mais branda. Seus principais elementos são o zinco e o
fósforo.

h. Abaixadores do ponto de fluidez


• Aplicações: Podem ser empregados nos óleos de máquinas e motores
que operem com o óleo em baixas temperaturas.
• Finalidades - Este aditivo tem a função de envolver os cristais de
parafina que se formam a baixas temperaturas, evitando que eles
aumentem e se agrupem, o que impediria a circulação do óleo.

i. Aumentadores do índice de viscosidade


• Aplicações: Motores de combustão interna.
• Finalidades - A função destes aditivos é reduzir a variação da
viscosidade dos óleos com o aumento da temperatura. Devido à
manutenção de uma viscosidade menor variável, o consumo de
lubrificante é reduzido e as partidas do motor em climas frios tornam-se
mais fáceis.

1.9). Tipos de Lubrificação

Lubrificação por Camada Limite

Ocorre quando a espessura da película é de uma magnitude similar à de uma


molécula individual de óleo, e que é suficiente para proteger a superfície em que
é aplicada.
 Não evita o contato metálico e, portanto, o desgaste.
 Seu uso é corrente e prático.
 É de baixo custo operacional e de instalação.
 O lubrificante utilizado não é recuperado (Perda Total).
Lubrificação Fluída Hidrodinâmica (cunha de óleo)

Ocorre quando suas superfícies estão completamente separadas por uma


película coerente de lubrificante.
 Neste caso, o coeficiente de atrito é bastante menor do que na
lubrificação por camada limite.
 Evita o contato metálico.
 Tipo de lubrificação mais comum, aplicável a quase todos os tipos de
ação contínua de deslizamento que não envolvam pressões externas.

Lubrificação Fluída Elasto – Hidrodinâmica

Ocorre nos casos em que o movimento entre as superfícies é tão lento que
não é possível manter uma película entre o eixo e o casquilho.
 Injetar lubrificante para manter uma película fluida evitando o contato
metálico.
 Evita o contato metálico.

2.0). Técnicas de Lubrificação

Uma lubrificação eficiente só será possível se for garantido o uso do


lubrificante1 correto na quantidade correta e na frequência correta.

2.0.1). Lubrificação Manual

Essa atividade é executada de forma planejada conforme calendário de


manutenção, e consiste na aplicação manual e direta nos graxeiros ou nas partes
a serem lubrificadas, seja com óleo ou graxa.
Obs: Essa atividade é de extrema importância para o bom desempenho dos
equipamentos e a vida útil dos componentes, todavia, o técnico tem que seguir
o correto procedimento de lubrificação, quanto ao lubrificante adequado, a

quantidade exata no ponto exato e com a frequência exata.


A graxa é forçada para dentro do mancal pelo aparafusamento da tampa do
copo (tipo stauffer) ou pelo giro da alavanca (Tipo parafuso marítimo

2.0.2). Lubrificação selada

Obtêm-se o reaproveitamento do óleo, ou seja, ele é continuamente


empregado possibilitando o uso prolongado do lubrificante, desde que não haja
vazamento por não haver perdas, devido ser protegido de contato com o exterior,
após certo tempo é necessário realizar a análise para determinar o tempo de
trocar do óleo, uma vez que os aditivos perdem sua eficiência.

2.0.3). Lubrificação automática

A lubrificação Automático podem ser configurados para fornecer a correta


quantidade de lubrificante num período de tempo determinado. Isto permite um
controle mais preciso da quantidade de lubrificante fornecido comparado com as
técnicas de re-lubrificação manual tradicionais. Esse sistema é excelente para
aplicações que são de difícil acesso com uma ferramenta engraxadora, ou onde
uma grande quantidade de pontos de engraxe significa que as técnicas de
lubrificação manual seriam menos efetivas.

A bomba de Lubrificação Automática é composta de moto-bomba vertical,


montada sobre reservatório retangular com demais acessórios. A unidade de
recalque é de engrenagens, condicionando a aplicação em sistemas à óleo,
comandada por painel elétrico.
Esse tipo de Bomba é projetada para sistemas centralizados que utilizam
distribuidores, possuindo também bocal de enchimento com filtro e válvula
limitadora de pressão. É muito empregada em máquinas de pequeno e médio
porte.

Vantagens da lubrificação automática

 Maior produtividade devido ao aumento da vida útil e à diminuição de


excessos.
 Menores custos operativos devido a um menor consumo de energia
(menor fricção), peças de reposição, lubrificantes e custos de mão-de-
obra como consequência de uma redução dos requisitos de manutenção
e operação.
 Menor desgaste pela dosagem regular e precisa de forma automática de
quantidades controladas de lubrificante em curtos intervalos durante o
funcionamento das máquinas.
 Eliminação do risco de que alguns pontos de lubrificação fiquem
lubrificados em excesso e outros não sejam lubrificados.
 Eliminação de contaminação com lubrificante.
 Aumento da segurança porque o operador não necessita estar perto das
áreas perigosas ou de difícil acesso da máquina (exemplo: fornos, gruas,
colheitadeiras, substâncias químicas).
 Pode-se obter uma máxima limpeza.
 Compatibilidade com o meio-ambiente pela utilização das mínimas
quantidades de lubrificantes e utilidades.
2.0.4) Recomendações para Lubrificação de Rolamentos

Na aplicação dos lubrificantes, devemos sempre levar em consideração três


aspectos importante para determinar o lubrificante correto:

 Têmperatura
 Rotação
 Carga

2.1) Precauções na aplicação de lubrificantes

Antes de se aplicar um lubrificante - óleo ou graxa - a uma máquina, é


indispensável ter a certeza de que o produto está limpo, isento de contaminações
e com suas características típicas dentro das faixas normais. Para isso, cuidados
especiais devem ser tomados com relação ao manuseio e armazenamento dos
tambores ou baldes de lubrificantes, algumas das precauções a serem
observadas com os métodos mais comuns de aplicação de lubrificantes.

2.2) Fatores que afetam os produtos estocados

Contaminações Contaminação pela Água

A contaminação pela água é prejudicial a qualquer tipo de lubrificante. Os


óleos para transformadores apresentam uma sensível queda do poder dielétrico
com um mínimo de contaminação com água. Óleos aditivados, como óleos para
motores, óleos para cilindros ou óleos de extrema pressão podem deteriorar-se
ou precipitar os aditivos e, se utilizados, podem trazer sérios problemas para o
equipamento. Os bujões podem eventualmente permitir a entrada de água no
interior do tambor. Os óleos sofrem variação no seu volume com a variação de
temperatura, dilatando-se com o calor do dia e contraindo-se com a menor
temperatura noturna. A consequência disto é que ocorre a expulsão do ar contido
no interior do tambor durante o dia e a aspiração do ar externo durante a noite,
trazendo junto a umidade.

Contaminação por Impurezas

A presença de impurezas no lubrificante, tais como poeira, areia, fiapos etc.,


poderá causar danos às máquinas e equipamentos. Além da deterioração do
lubrificante, poderá ocorrer obstrução da tubulação do sistema de lubrificação
grimpamento de válvulas de sistemas hidráulicos e desgaste excessivo devido à
presença de materiais abrasivos. A presença de contaminantes de qualquer
espécie reduzem sensivelmente o poder dielétrico de óleo isolante. Com a
contaminação, óleos solúveis podem perder suas características de
miscibilidade com a água, além da degradação da emulsão.

Contaminação com outros tipos de lubrificantes

A mistura acidental de um lubrificante com outro tipo diferente pode vir a


causar sérios inconvenientes. Se, por exemplo, um óleo de alta viscosidade for
contaminado com um de baixa viscosidade, a película lubrificante formada pelo
produto contaminado será mais fina que a original e, consequentemente, haverá
maior desgaste. Os óleos para sistemas de circulação, como os óleos hidráulicos
e de turbinas, se misturados com óleos solúveis, óleos para motores ou óleos
para cilindros, além da possibilidade de reação dos aditivos, perderiam suas
características de separação de água, ocasionando sérios problemas para os
equipamentos. Portanto, é da maior importância que se mantenha as marcas e
identificações originais das embalagens dos lubrificantes conservadas e
desobstruídas de sujeiras e de qualquer outra coisa que possa esconder ou
dificultar a leitura das mesmas. Um engano desta natureza pode trazer
consequências imprevisíveis.

Deterioração devido à extremos de temperaturas

Extremos de temperatura podem deteriorar certos tipos de óleos e graxas


lubrificantes. Por exemplo, algumas graxas não devem ser armazenadas em
locais quentes, pois o calor poderá separar o óleo do sabão inutilizando-as como
lubrificantes. Os óleos solúveis contêm uma determinada percentagem de
umidade, necessária para sua estabilidade. Quando armazenados em locais
quentes ou muito frios, esta umidade pode evaporar-se ou congelar-se,
inutilizando o produto. Portanto, o local de estocagem dos lubrificantes deve ser
bem ventilado e separado de fontes de calor ou frio. Os lubrificantes podem
deteriorar-se mesmo que a embalagem original ainda esteja lacrada. O excesso
de calor, além de degradar o produto, pode trazer perigo à segurança da
empresa.

Deterioração devido a armazenagem prolongada

A maioria dos aditivos dos óleos e graxas lubrificantes podem decompor-se


quando submetidos a armazenagem muito longa. Isto ocorre quando os
estoques novos são armazenados de maneira a impedir a movimentação do
estoque antigo. Portanto, deve-se efetuar um cronograma de circulação dos
produtos em estoque, certificando-se de que não ficarão estocados por muito

tempo. Os produtos devem sempre ser utilizados conforme os primeiros que


chegaram.

2.3) Os cuidados na movimentação de lubrificantes

A movimentação dos lubrificantes da sua embalagem original aos locais onde


serão utilizados, é de grande importância. O controle das retiradas parciais e os
cuidados na manipulação para se evitar contaminação e confusão entre produtos
distintos, devem ser rigorosamente observados.
A identificação do lubrificante dentro do almoxarifado ou da sala de
lubrificantes é de fundamental importância, pois se o nome do produto estiver
ilegível pode causar sérios problemas quando na utilização nos maquinários,
devido a uma troca do óleo ou graxa indicado. Os recipientes originais e os
recipientes e equipamentos de transferência e distribuição devem ter uma
marcação que indique claramente o produto. Essa marcação deve ser de acordo
com o seu nome ou outro código qualquer que o identifique perfeitamente. Estes
recipientes e equipamentos devem conter sempre o mesmo tipo de lubrificante
a que foram destinados e nunca se deve utilizá-los para outros fins. Logo a
identificação com as etiquetas P&G em toda cadeia é fundamental para evitar
riscos de contaminação por mistura de lubrificante.
4) Lista de defeitos da Categoria

 Mangueiras com vazamento


 Mangueiras entupidas
 Mangueiras ressecadas
 Bicos graxeiros sem tampa
 Contaminação de graxa (Bicos, rolamentos,
correias, correntes)
 Vazamentos componente (Motores, redutores,
visores de nível, tanques lubrificantes)
 Mistura de lubrificantes

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