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COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?

ORGANIZADORES

Marlise Grecco de Souza Silveira


Jeferson Rosa Soares
Edward Frederico Castro Pessano
Vanderlei Folmer
Robson Luiz Puntel
Fernando Icaro Jorge Cunha

1ª EDIÇÃO

Imagens da Capa e Contracapa

Autor: aluno Kaue Santos


3º Ano B – Colégio Estadual Dr. Roberval Beheregaray Azevedo

Autora: aluna Thayná Santos


6º Ano C – Colégio Estadual Dr. Roberval Beheregaray Azevedo

Autora: aluna Evilim Camargo


9º Ano A – Colégio Estadual Dr. Roberval Beheregaray Azevedo

Autor: aluno Gabriel dos Santos


7º Ano A – Colégio Estadual Dr. Roberval Beheregaray Azevedo

Autor: aluno Bruno Alves


1º Ano B – Colégio Estadual Dr. Roberval Beheregaray Azevedo

Autor: aluno Gabrielly Rodrigues


2º Ano A – Colégio Estadual Dr. Roberval Beheregaray Azevedo

Autora: aluna Emanuelly Fagundes


9º Ano A – Colégio Estadual Dr. Roberval Beheregaray Azevedo

UNIPAMPA
2020
Realização:

Parceiros:

UFRGS UNIPAMPA
Comitê Editorial

Marlise Grecco de Souza Silveira


Brasil – Fundação Universidade Federal do Pampa
Santa Maria/RS

Jeferson Rosa Soares


Brasil – Fundação Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Porto Alegre/RS

Edward Frederico Castro Pessano


Brasil – Fundação Universidade Federal do Pampa
Campus Uruguaiana/RS

Vanderlei Folmer
Brasil – Fundação Universidade Federal do Pampa
Campus Uruguaiana/RS

Robson Luiz Puntel


Brasil – Fundação Universidade Federal do Pampa
Campus Uruguaiana/RS

Fernando Icaro Jorge Cunha


Brasil – Fundação Universidade Federal do Pampa
Campus Uruguaiana/RS

doi: 10.51324/86010527
Direitos autorais reservados para os autores
Capa desenvolvido pelos organizadores
NOTA DOS ORGANIZADORES

Marlise Grecco de Souza Silveira


Graduada em Ciências Físicas e Biológicas na Pontifícia Universidade Católica do Rio
grande do Sul (1994), Especialista em História e Cultura Africana, Afro brasileira e Indígena
da UNIPAMPA (2016), Especialista em Educação Ambiental na Faculdade São Braz
Educacional - Curitiba, Paraná (2019 ), Mestra em Educação em Ciências Química da Vida
e Saúde - UFSM (2014), Doutora em Educação em Ciências Química da Vida e Saúde
(2019). É professora da Rede Estadual e Municipal de Ensino de Uruguaiana trabalha
atualmente na 10ª Coordenadoria Regional de Educação com as seguintes Assessorias:
Ambiental e Saúde Escolar nas cidades de abrangência Alegrete, Itaqui, Manoel Viana,
Barra do Quaraí e Uruguaiana. Participa do Grupo de Estudos e Pesquisa em Estágio e
Formação de Professores da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA - GEPEF)
Membro do Grupo Gestor Municipal do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (PSE).
Membro da Comissão Intermunicipal Uruguaiana-Libres de HIV/AIDS do Mercosul -
Comissão Municipal do Projeto de Prevenção, Atenção e Apoio em HIV/AIDS nos espaços
fronteiriços dos países do MERCOSUL. Participou de atividades voluntárias nos Conselhos,
Binacional de Meio Ambiente (Brasil-Argentina), Conselho Municipal de Meio Ambiente de
Uruguaiana (CONSEMMA), do Grupo de Estudos em Nutrição, Saúde e Qualidade de Vida
(GENSQ), atuou como professora convidada junto ao Curso de Especialização em
Educação Ambiental. E-mail: marlisegreccos@gmail.com

Jeferson Rosa Soares


Doutorando em Educação em Ciências na Universidade Federal do Rio Grande do Sul -
UFRGS (2019), Integrante do Grupo de Pesquisa e Estudos em Educação do Campo e
Ciências da Natureza, certificado na CAPES e na
UFRGS dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/9254712785950587, Mestre em Educação
Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande -PPGEA/FURG, Participante do Grupo
de Pesquisa: Educação Ambiental nos Processos de Gestão Ambiental - EA-FURG.
Especialista em Educação em Ciências - UNIPAMPA (2013), Graduado no Curso Superior
de Tecnologia em Gestão Ambiental pela Universidade Norte do Paraná (2011). Possui
experiência com Agricultura Irrigada, Licenciamento Ambiental na Área, Auditorias
Ambientais, Sistemas de Gestão Ambiental, Planos de Gestão Ambiental, Planos de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de
Saúde, Recuperação de Áreas Degradadas, Estudos de Impactos Ambientais e Relatórios
de Impactos Ambientais, Agroecologia, Educação Ambiental, Recursos Hídricos. Professor
do Estado de Santa Catarina. E-mail para contato: josoares77@gmail.com

Edward Frederico Castro Pessano


Graduado em Ciências Biológicas pela PUCRS em 2003, Especialista em Educação
Ambiental pela FACISA em 2005 e Mestre e Doutor em Educação em Ciências pela UFSM,
em 2015. Atualmente é Professor na Fundação Universidade Federal do Pampa. Tem
formação na área da Educação, Ensino de Ciências, Biologia, Ecologia e Zoologia. Atua
principalmente em estudos de educação ambiental, ensino de ciências, biologia, ecologia
e de dinâmica populacional. Na Unipampa é responsável pelo Laboratório de Biologia e
Diversidade Animal -LBDA, atuando no Núcleo de Pesquisas Ictiológicas, Limnológicas e
Aquicultura da Bacia do Rio Uruguai (NUPILABRU), Grupo de Estudos em Nutrição, Saúde
e Qualidade de Vida (GENSQ) e no Grupo de Ação Interdisciplinar Aplicada (UNIGAIA),
desenvolvendo ações relacionadas a Capacitação, Educação e Extensão para Pescadores,
Alunos e Professores da Educação Básica. Atualmente é Professor Permanente do
Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências, Química da Vida e Saúde da
UNIPAMPA e está na Coordenação Acadêmica do Campus Uruguaiana. Pai da Eduarda,
da Alice e do Francisco. Já integrou a banda Palometas do Sucesso e Acústico Regressivo.
É mestre cervejeiro na Cervejaria Xisme. Site do Laboratório de Biologia e Diversidade
Animal. E-mail: edwpessano@gmail.com

Vanderlei Folmer
Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade Federal de Santa Maria, graduação
em Letras - Português e Inglês pela Universidade Paulista, especialização em Atendimento
Escolar Especializado pela Faculdade Educacional da Lapa, mestrado em Educação em
Ciências: Química da Vida e Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e
doutorado em Ciências Biológicas (Bioquímica Toxicológica) pela Universidade Federal de
Santa Maria. Atualmente é Professor Associado na Universidade Federal do Pampa -
Campus Uruguaiana. Tem experiência nas áreas de Educação em Ciências e Bioquímica,
atuando principalmente com os seguintes temas: Educação em Saúde, Interdisciplinaridade
no Ensino de Ciências, Bioquímica de Produtos Naturais e Diabetes mellitus. E-mail para
contato: vanderleifolmer@unipampa.edu.br

Robson Luiz Puntel


Possui graduação em Ciências Biológicas (2004), mestrado em Ciências Biológicas
(Bioquímica Toxicológica; 2006) e doutorado em Ciências Biológicas (Bioquímica
Toxicológica; 2008) todos pela Universidade Federal de Santa Maria. Atualmente trabalha
na área de Bioquímica, Farmacologia e Toxicologia de Produtos Naturais e Sintéticos.
Participa também de atividades relacionadas ao ensino de ciências. E-mail para contato:
robson_puntel@yahoo.com.br

Fernando Icaro Jorge Cunha


Professor formado através de Curso Normal (Magistério em Nível Médio), por meio do
Instituto de Educação CIEP 179 Professor Claudio Gama - SJM/RJ. Atualmente é
Licenciado em Ciências da Natureza na Universidade Federal do Pampa Campus
Uruguaiana/RS, onde é bolsista PIBID/CAPES edital N° 157/2020, Bolsista de apoio à
gestão do curso de Ciências da Natureza PROGRAD/chamada N°08/2020, sob supervisão
e orientação do Prof. Dr. Ailton Jesus Dinardi. Bolsista do Banco Santander em premiação
como rendimento acadêmico excelente na modalidade de baixa renda, Bolsista
PRAEC/Unipampa chamada N° 7/2019. Pertence ao grupo de pesquisa em bioquímica e
toxicologia de eucariontes (GPBTE), onde é iniciante científico, orientado pela Profª Drª
Simone Pinton. Além disso, atua nas área de ensino de ciências onde desenvolve
pesquisas e projetos de ensino na área da formação continuada, onde foi tutor e professor
dos cursos: curso de capacitação na modalidade EaD para profissionais da educação
básica - educação ambiental: do pensar global ao agir regional e o uso do QR Code como
ferramenta para a organização de trilhas urbanas, orientado pelo Prof. Dr. Ailton Jesus
Dinardi. Idealizador do curso de formação continuada - subsídios básicos de psicologia da
educação para a aprendizagem significativa, orientado pela Prof ª Drª Raquel Ruppenthal,
fomentando a oferta de subsídios didáticos e pedagógicos para profissionais da educação
básica. E-mail para contato: icaro729@gmail.com
DEDICATÓRIA

Dedicamos esta obra às pessoas que contribuíram direta ou indiretamente para que
realmente acontecesse. Sonhos individuais levados para o coletivo provavelmente
conquistam o sucesso com maior rapidez. Esperamos espalhar ideias para elucidar o que
já vem sendo trabalhado nas escolas para profissionais da educação, estudantes e áreas
afins. Determinados, acreditamos que valeu a pena. Hoje estamos colhendo juntos os
frutos do nosso esforço!
AGRADECIMENTO

Como organizadores e autores desta obra agradecemos a parceria especialmente


dos professores e alunos das escolas estaduais que empenharam – se para a realização
das atividades, da dedicação e da relevante importância do ensino como agente de
mudança na vida das pessoas.
PREFÁCIO

Márcio Tavares Costa

O que gera a mudança em nossos hábitos é a utopia de um mundo melhor, desejado


e com possibilidades diversas. Mesmo diante de múltiplos males, perseveramos. E, como
acreditamos ser o melhor, incentivamos outras pessoas a trilhar caminhos similares. Que
local seria mais adequado para tanto do que a escola? Espaço de interação entre os
sujeitos e o conhecimento.
Neste ambiente, com alto potencial para gerar agentes multiplicadores, esta obra
foca na dengue. Uma doença que, entre idas e vindas, aflige o Brasil há mais de um século.
Com peculiaridades históricas, sociais, ambientais e biológicas, esta enfermidade exige
articulação entre os diversos segmentos sociais para combatê-la, como da Educação e da
Saúde principalmente. Unidos à comunidade, em um trabalho conjunto e transversal.
Portanto, não teria como ser diferente. Uma investigação de algo tão complexo como
a dengue deve estar alicerçado a um grupo de profissionais e pesquisadores multidisciplinar
capaz de tornar o conhecimento científico compreensível a todos. Tarefa nada simples, a
qual necessita mais do que conhecimento especializado. Fato reforçado pelas alternativas
de trabalho nos ambientes escolares trazidas pelo volume sobre o tema. Em que se
mergulha em novas experiências e entrelaça-se sujeitos rumo a uma realidade mais
humana num ambiente lúdico e prazeroso.
Para ilustrar as possibilidades de trabalho escolar com a temática dengue,
professores de quatro cidades da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul – Itaqui,
Uruguaiana, Alegrete e Barra do Quaraí – compartilham suas experiências. E, auxiliam na
construção de uma consciência coletiva por meio das artes, da internet, de palestras,
disseminando informações, entre diversas outras atividades.
Assim, este volume compila, de forma exemplar, uma série de informações
relevantes sobre a epidemia em questão. Um desafio, concretizado coletivamente, em que
se espera trazer ferramentas para compreensão e prevenção à dengue. Salientando, neste
cenário, a importância dos hábitos aos mais jovens, além dos benefícios significativos às
escolas. Livro que pode servir de base para tomadas de decisões pela equipe diretiva
escolar, a fim de alterar a realidade em seu entorno.

Boa leitura.
SUMÁRIO

Dedicatória .........................................................................................................................08
Agradecimentos .................................................................................................................09
Prefácio ..............................................................................................................................10

UNIDADE 1

CAPÍTULO 1 .....................................................................................................................15
Aedes aegypti em Uruguaiana/RS: histórico do controle do vetor e das ações integradas
dos setores da saúde e da educação.

CAPÍTULO 2 .....................................................................................................................23
Educação Ambiental como tema transversal na abordagem das epidemias de Dengue, Zika
e Febre Chikungunya

CAPÍTULO 3 .....................................................................................................................31
Algumas considerações da temática na BNCC

CAPÍTULO 4 .....................................................................................................................39
A dengue e a relação com o meio ambiente

CAPÍTULO 5 .....................................................................................................................45
A dengue e sua influência na qualidade de vida da sociedade

CAPÍTULO 6 .....................................................................................................................51
Saúde e Educação no combate à dengue

UNIDADE 2

CAPÍTULO 1 ....................................................................................................................59
Lute contra a Dengue, cuidando do meio ambiente.

CAPÍTULO 2 ....................................................................................................................62
Combate ao Aedes Aegypti.

CAPÍTULO 3 ....................................................................................................................68
Todos contra a Dengue, Zika vírus e Chikungunya.

CAPÍTULO 4 ....................................................................................................................72
Aedes aegypti
CAPÍTULO 5 .....................................................................................................................74
A prevenção é o mais importante

CAPÍTULO 6 .....................................................................................................................78
Da Dengue vamos nos cuidar.

CAPÍTULO 7 .....................................................................................................................81
Dengue, prevenção para a eliminação.

CAPÍTULO 8 .....................................................................................................................84
Todos contra a Dengue.

CAPÍTULO 9 .....................................................................................................................87
Batida Legal

CAPÍTULO 10 ....................................................................................................................89
Combate ao Aedes Aegypti uma ação de todos.

CAPÍTULO 11 ....................................................................................................................93
Dengue

CAPÍTULO 12 ....................................................................................................................97
Todos a favor da vida

CAPÍTULO 13 ....................................................................................................................99
Escola em mutirão, Xô Aedes Aegypti

CAPÍTULO 14 ..................................................................................................................103
Dengue, Chikungunya e Zika Vírus.

CAPÍTULO 15 ..................................................................................................................110
Todos combatendo o mosquito

CAPÍTULO 16 ..................................................................................................................114
Cuidando da Nossa Casa com Qualidade de Vida

CAPÍTULO 17 ..................................................................................................................119
Comunidade Unida, Zika Será Combatida

CAPÍTULO 18 ..................................................................................................................122
Cuidado com esse mosquito!

CAPÍTULO 19 ..................................................................................................................128
Combate ao Aedes aegypti

CAPÍTULO 20 ..................................................................................................................131
Ações preventivas - Uma forma de combater o mosquito Aedes aegypti
CAPÍTULO 21 ..................................................................................................................137
Planeta Água

CAPÍTULO 22 ..................................................................................................................140
Aedes aegypti – Cuidado! Uma evolução muito além do tempo

CAPÍTULO 23 ..................................................................................................................147
Combate ao Aedes aegypti

CAPÍTULO 24 ..................................................................................................................150
Dengue sem dengo, todos contra o mosquito.

CAPÍTULO 25 ..................................................................................................................153
Conhecer para combater/ Mosquito esquisito

Considerações Finais.....................................................................................................156
Índice Remissivo ............................................................................................................158
UNIDADE 1

AEDES AEGYPTI EM URUGUAIANA/RS: HISTÓRICO DO CONTROLE DO VETOR E


DAS AÇÕES INTEGRADAS DOS SETORES DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO TEMA TRANSVERSAL NA ABORDAGEM DAS


EPIDEMIAS DE DENGUE, ZIKA E FEBRE CHIKUNGUNYA.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES DA TEMÁTICA NA BNCC

A DENGUE E A RELAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE

A DENGUE E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA DA SOCIEDADE

SAÚDE E EDUCAÇÃO NO COMBATE À DENGUE


Capítulo 01
AEDES AEGYPTI EM URUGUAIANA/RS: HISTÓRICO DO CONTROLE DO
VETOR E DAS AÇÕES INTEGRADAS DOS SETORES DA SAÚDE E DA
EDUCAÇÃO

Laura Ilarraz Massia


Júlia Birnie Farias
Phellipe Róges Marengo Silva
Marlise Grecco de Souza Silveira
Jeferson Rosa Soares

O mosquito Aedes aegypti é originário do Egito, na África, e foi introduzido no Brasil


no período colonial, trazido pelos navios que transportavam escravos.
No início do século XX, no verão de 1908, o mosquito já era um problema, pois
transmitia a febre amarela urbana que assolava a cidade do Rio de Janeiro. Foi essa
preocupação que motivou o entomologista Antônio Gonçalves Peryassú a estudar e
descrever inúmeras características do mosquito da dengue, desde a capacidade de seus
ovos de resistirem ao dessecamento pelo período de mais de um ano até a relação que a
temperatura e a densidade populacional têm com esse vetor. Essas descobertas ajudaram
na erradicação do Aedes aegytpi no Brasil, em uma campanha comandada por Osvaldo
Cruz que começou na década de 20 e se mostrou bem sucedida na década de 50 (GARCIA,
2009).
No entanto, no final da década de 60, houve uma diminuição das medidas de controle
com a consequente reintrodução do vetor no Brasil. Em 1967, uma epidemia de dengue
atingiu Belém do Pará, sendo que o Aedes foi, provavelmente, introduzido no local em
pneus contrabandeados de outro país da América Latina (SOUZA SILVA, MARIANO E
SCOPEL, 2008). Hoje, o mosquito Aedes aegypti está presente em todos os estados
brasileiros.
Cabe ressaltar que a erradicação do mosquito no começo do século XX era mais
fácil, pois, nessa época, predominava a produção de lixo orgânico e as cidades eram
habitadas por apenas 20% do total da população brasileira. Atualmente, a maior parte dos
resíduos produzidos é de material descartável e 80% da população brasileira vive nas
cidades dificultando as atividades de controle (MENDONÇA, SOUZA E DUTRA, 2009).

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Se, no início do século XX, a preocupação era com a febre amarela urbana, a partir da
década de 80, foram as epidemias de dengue, mais uma virose transmitida pelo Aedes,
que se repetiram no Brasil (BRASIL, 2009).
Desde sua reintrodução no país, o mosquito se espalhou em direção ao sul do Brasil
e foi registrado foco do Aedes aegypti no Rio Grande do Sul, em Caxias do Sul, no ano de
1995, após várias décadas sem a presença desse vetor no estado (RIO GRANDE DO SUL,
2013). O mosquito também não tardou a ser identificado em Uruguaiana. No inverno de
1997, no mês de julho, foi notificado o primeiro foco de Aedes aegypti no município. As
larvas foram recolhidas em pneus que estavam depositados em uma empresa de
perfuração de poços localizada na BR 472 (SOUZA, CHIVA e LAMBERTI, 2008).
Nos anos de 2014 e 2015, os brasileiros foram surpreendidos pelo surgimento de
mais duas arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti: Chikungunya e Zika.
A febre de Chikungunya ocorreu no Brasil pela primeira vez em 2014 e, no primeiro
semestre de 2016, foi confirmada a circulação do vírus Chikungunya no RS. Em 2019,
foram confirmados 16 casos dessa doença no nosso estado, sendo dois casos autóctones
(RIO GRANDE DO SUL, 2020).
A epidemia de Zika ocorreu em 2015 e 2016. Foi um episódio curto, mas aterrador,
com consequências que serão sentidas em longo prazo, pois extensos danos foram
causados às crianças que nasceram com microcefalia causada por esse vírus (LÖWY,
2019).
Dessa forma, em 2020, não podemos nos referir ao Aedes aegypti como o
transmissor da dengue somente, mas como um terrorista biológico que transmite pelo
menos quatro arboviroses e que nos ameaça, também, com o risco do ressurgimento da
febre amarela urbana.
Na década de 90, a ocorrência das epidemias de dengue em outros estados
brasileiros, bem como a ocorrência de focos do vetor da doença no nosso estado, levou à
implantação da vigilância entomológica do Aedes no Rio Grande do Sul, executada pela
Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). A partir do ano 2000, essa vigilância foi ampliada
por meio da descentralização das ações para os estados e municípios (RIO GRANDE DO
SUL, 2013).
As ações que deveriam ser executadas pelos municípios estavam normalizadas no
Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) (BRASIL, 2002), que foi formulado em
2002, e os dados obtidos nas ações desse programa estavam registrados no Sistema de
Informação da Febre Amarela e Dengue (SISFAD) que, em 2013, foi substituído pelo

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Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue (SisPNCD) (RIO GRANDE DO SUL,
2013ª).
Tomando como referência os dados da vigilância entomológica do município de
Uruguaiana, registrados nos sistemas de informação, é possível descrever os focos do
Aedes aegypti no município desde 2001 até o presente ano de 2020. A primeira constatação
é de que houve focos do mosquito em todos os anos desse período, com exceção de 2008.
Também é possível identificar dois períodos distintos com relação ao índice de infestação
pelo vetor. No período compreendido entre 2001 e 2012, o índice de infestação foi muito
baixo, com a ocorrência de 1 a 4 focos por ano que foram delimitados e eliminados pelas
ações dos agentes de controle de endemias municipais. O ano de 2003 foi uma exceção
nesse período com a ocorrência de 35 focos de Aedes. Cabe ressaltar que nesse ano foram
encontrados focos tanto de A. aegypti como de A albopictus, sendo esse o único registro
de A. albopictus realizado pela vigilância entomológica de Uruguaiana. Os meses de
ocorrência desses 35 focos foram janeiro, fevereiro, março, maio e junho e os tipos de
criadouros encontrados foram pneus, garrafa, latas de tinta, vasos e outros (SOUZA, CHIVA
e LAMBERTI, 2008).
Assim, nesse período, houve uma alternância entre os status de infestado para não
infestado, pois quando os focos eram encontrados em armadilhas e pontos estratégicos, o
município não era considerado infestado.
No entanto, a partir de 2013, houve um aumento no número de focos de A. aegypti
identificados no município. Isso também ocorreu a nível estadual onde um número cada
vez maior de municípios gaúchos aparecia como infestado pelo vetor (RIO GRANDE DO
SUL, 2020ª).
Desde 2011, os municípios brasileiros adotaram nova metodologia para identificar
o índice de infestação pelo A. aegytpi chamada Levantamento Rápido de Índices para o
Aedes aegypti (LIRAa) (BRASIL, 2005). O LIRAa era realizado juntamente com a outra
metodologia já preconizada no Plano Nacional de Controle da Dengue (PNCD/2002)
chamada Levantamento de Índice e Tratamento (LI+T) na qual 100% dos imóveis do
município deviam ser visitados e os criadouros deviam ser eliminados ou tratados, com
periodicidade bimensal. A partir de novembro de 2019, o LIRAa passou a ser utilizado
como único método de levantamento de índice larvário no município, sendo mantidas as
visitas domiciliares do LI+T como meios de orientação da população e de eliminação de
criadouros do mosquito.
O LIRAa é uma metodologia rápida, que acontece durante uma semana em todos
os municípios brasileiros, quando uma amostra significativa das residências das cidades é

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visitada pelos agentes de endemias para que se conheça o número de imóveis que estão
infestados pelo Aedes, bem como os tipos de criadouros que são preferencias para o
mosquito. Devem ser realizados 04 LIRAas por ano.
A análise dos resultados dos últimos LIRAas do município de Uruguaiana nos
permite reconhecer que há uma variação sazonal da infestação pelo Aedes no município,
porém os índices de infestação encontrados têm revelado situações de alerta e de alto risco
para ocorrência das doenças transmitidas pelo vetor (Figura 1 e Figura 2). Também é
possível verificar que o inseto está amplamente distribuído em toda a área urbana de
Uruguaiana (Figura 3). Além disso, os resultados dessa metodologia fornecem informações
sobre os principais criadouros do Aedes localizados no município.
Figura 1 - Índices de infestação Predial no LIRAa - Uruguaiana - RS 2017 a 2019.

IIP (%)
10 9,2
9 8,25
8
7
6
4,9
5
IIP (%)
4 3,5
3 2,3
1,9
2 1,2
1 0,4
0
0
abr/17 nov/17 mar/18 mai/18 ago/18 nov/18 fev/19 mai/19 agosto

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde. Uruguaiana. RS.

Figura 2 - Classificação de Risco para ocorrência de arboviroses com base no Índice de


Infestação por Aedes aegytpi.

Fonte: Ministério da Saúde – 2009.

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Figura 3 - Distribuição de focos do Aedes aegypti no LIRAa de maio 2019. Uruguaiana -
RS.

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde. Uruguaiana/RS.

No ano de 2019, pode-se perceber a importância do criadouro do tipo pneu, que


teve grande representatividade nos 4 ciclos do LIRAa realizados, tendo sido encontrados
125 vezes com focos de mosquito, somando 18,43% do total de criadouros encontrados.
Outros que merecem destaque são: baldes (n=119), potes (n=92), garrafas (n=47), tonéis
(n=30), plantas aquáticas (n=29), latas (n=29), entre outros. O total de criadouros com focos
encontrados em 2019 foi de 678. É importante salientar que a maioria desses focos
ocorreram nas residências e, portanto, a educação em saúde é fundamental para mobilizar
os moradores para o combate ao Aedes aegytpi.
As informações obtidas pelas ações de vigilância do A. aegypti são muito
importantes para fundamentar as atividades de educação e comunicação voltadas para o
controle desse vetor na nossa cidade.
Tanto no PNCD quanto nas Diretrizes Nacionais para prevenção e controle de
epidemias de dengue, é ressaltada a importância do trabalho articulado entre os diversos
setores da administração pública, bem como do setor privado e da sociedade organizada.
Nessas normas técnicas, as ações de comunicação e mobilização são consideradas
instrumentos de mudança de atitude e engajamento da população no combate à dengue.
Assim, a comunicação não pode ser o único elemento para trabalhar mudança de
comportamento. A educação em saúde também é fundamental para o processo. A
mobilização contra o Aedes deve priorizar ações com as secretarias de educação
municipais e estaduais para que haja potencialização de multiplicadores.

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Em Uruguaiana, desde 2002, com a municipalização do controle do A. aegypti,
houve integração entre a secretaria municipal de saúde e as secretarias estadual e
municipal de educação, por meio de palestras ministradas nas escolas pelos técnicos e
agentes do Setor de Vigilância Ambiental municipal, da participação em feiras de ciências
e outros eventos organizados pelas escolas, bem como da realização de capacitações para
professores multiplicadores.
O penúltimo sábado do mês de novembro sempre foi um dia muito importante para
a integração entre os setores da saúde e da educação no combate ao A. aegypti. Em 2010,
o Ministério da Saúde determinou a adoção dessa data como o Dia Nacional de Combate
à Dengue (BRASIL, 2010). A comunidade escolar de Uruguaiana sempre aderiu a essa
proposta e desenvolveu ações pedagógicas conscientizadoras voltadas para o controle do
A. aegytpi que aconteciam durante toda a semana e culminavam no Dia D.
A autovistoria para o controle do Aedes nos prédios das escolas é outra iniciativa
que visa à cooperação entre os setores. Com esse objetivo a Vigilância Ambiental em
Saúde municipal promoveu encontros com os professores municipais e estaduais quando
foram trabalhadas as informações sobre o Aedes e seus criadouros, bem como foram
realizadas vistorias guiadas nos prédios das secretarias de educação conduzidas por um
agente de controle de endemias.
Embora as ações voltadas para o controle do mosquito fossem inúmeras, não havia
um programa formalizado como parte do currículo escolar para divulgação dos temas da
Vigilância Ambiental em Saúde.
Nesse sentido, o Programa Saúde na Escola (PSE), uma política intersetorial da
Saúde e da Educação que foi instituída em 2007 (BRASIL, 2007), veio preencher essa
necessidade de articulação contínua entre os dois setores. Dentro do PSE, os profissionais
podem trabalhar de forma transversal, inserindo os assuntos nas especificidades
abordadas pelos membros da equipe (BRASIL, 2009ª)
Em 2018, o município de Uruguaiana aderiu ao Programa Saúde na Escola (PSE)
com o objetivo principal de buscar que a comunidade escolar participe de programas que
articulem a educação e a saúde (BRASIL, 2017). O combate ao mosquito A. aegytpi está
elencado no conjunto das 12 ações preconizadas pelo PSE, que devem ser planejadas em
conjunto pelas equipes das unidades básicas de saúde e das escolas (RIO GRANDE DO
SUL, 2019).
Assim, é fundamental que as ações sejam desenvolvidas permanentemente, pois,
embora a situação epidemiológica das doenças transmitidas pelo Aedes varie ao longo dos
anos, é sabido que a preocupação deve ser constante pela impossibilidade de erradicação

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


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do vetor. O empenho nas ações de controle do Aedes deve ser contínuo por meio da oferta
de educação em saúde para a comunidade escolar e, também, pelo esforço para a
eliminação dos criadouros do mosquito.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Programa Nacional de


Controle da Dengue. Brasília, 2002. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pncd_2002.pdf. Acesso em: 16.04.2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. 2005. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diagnóstico


rápido nos municípios para vigilância entomológica do Aedes aegypti no Brasil –
LIRAa: metodologia para avaliação dos índices de Breteau e Predial. Brasília:
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COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


22
Capítulo 02
EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO TEMA TRANSVERSAL NA ABORDAGEM
DAS EPIDEMIAS DE DENGUE, ZIKA E FEBRE CHIKUNGUNYA.

Maria Isabel de Oliveira Figueiredo


Marlise Grecco de Souza Silveira
Fernando Icaro Jorge Cunha
Jeferson Rosa Soares
Osmar Senador Mendonça Júnior

Os ARBOVÍRUS (do inglês Arthropod Borne Viruses), que significa vírus


transmitidos por artrópodos, ou seja, insetos e aracnídeos (aranhas e carrapatos), são
infermidades virais como a dengue, Zika e Febre Chikungunya transmitidas pela picada da
fêmea dos mosquitos das espécies Aedes aegypti e ou Aedes albopictus (BOLLING, 2015).
No Brasil as arboviroses de maior circulação são o dengue (DEN), o Chikungunya (CHIK)
e o Zika (ZIKA) (BRASIL, 2015). DEN e ZIKA pertencem à família Flaviviridae e CHIK à
família Togaviridae (BURT, 2017). As doenças transmitidas por vetores, constituem
importante causa de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo, os sintomas destas
arboviroses são semelhantes, particularmente nas manifestações clínicas iniciais, que
muitas vezes interfere no diagnóstico clínico (RODRIGUES-MORALES, 2015), e ainda na
inexistência de tratamento específico (ESTRELA, 2017).
As doenças epidêmicas vetoriais emergentes, como a febre Chikungunya e do Zika
vírus, e a reemergente dengue, têm sido objeto de preocupação por tratar de doenças
negligenciadas, conforme Levi, (2015), que caracteriza as doenças negligenciadas como
doenças infecciosas de grande importância na saúde pública que deixam de receber a
atenção nos estudos tecnológicos, científicos e políticos.
Essas arboviroses são de ambientes urbanos, para que ocorra é preciso que haja
a relação harmônica entre o homem, o vetor e o vírus, influenciados por determinantes
políticos, sociais, econômicos e ambientais, que são os pilares que mantém a cadeia de
transmissão. Esses sinais são explícitos de que o planeta está adoecendo, com a
destruição de ecossistemas, a crescente contaminação da atmosfera, solos, mananciais,
as más condições de trabalho e moradia, bem como o aquecimento global, isso são alguns
exemplos de impacto ambiental, proporcionando que haja a disseminação de importantes
epidemias (FIGUEIREDO, 2018).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


23
No ano de 1977, em Tbilisi (Georgia,ex-URSS), organizada pela Organização das
Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), foi realizada a Conferência
Intergovernamental sobre Educação Ambiental (EA), no qual iniciou um amplo processo em
nível global orientado para criar as condições que formem uma nova consciência sobre o
valor da natureza e para reorientar a produção do conhecimento baseada nos métodos da
interdisciplinaridade e nos princípios da complexidade. Esse campo educativo tem sido
fertilizado transversalmente, e isso tem possibilitado a realização de experiências concretas
de EA de forma criativa e inovadora por diversos segmentos da população e em diversos
níveis de formação. O documento da Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e
Sociedade,
Educação e Consciência Pública para a Sustentabilidade, realizada em
Tessalônica (Grécia), chama a atenção para a necessidade de se articularem ações de EA
baseadas nos conceitos de ética e sustentabilidade, identidade cultural e diversidade,
mobilização e participação, e práticas interdisciplinares (SORRENTINO, 1998).
Conforme aos Parâmetros Curriculares Nacionais, 1997, a perspectiva ambiental
deve remeter os alunos à reflexão sobre os problemas que afetam a sua vida, a de sua
comunidade, a de seu país, enfim, a do planeta. Para que essas informações os
sensibilizem é preciso que os educandos sejam provocados, dando o início a um processo
de mudança de comportamento, isto é, para que os alunos possam estabelecer ligações
entre o que aprendem e a sua realidade cotidiana, e o que já conhecem (BRASIL, 1997).
A EA aponta para propostas pedagógicas centradas na conscientização, mudança
de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e
participação dos educandos (REIGOTA 1998), fazendo que ocorra a apreensão do que é
cognoscível.
Com isso configura no Brasil a necessidade da implantação da Lei nº 9795/1999
da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), e conceitualiza no seu artigo primeiro.
“Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo
e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, 1999)”.
E apoiando-se na PNEA são estabelecidas as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Ambiental da Resolução Nº 2, de 15 de junho de 2012, diz que em todas
as suas etapas e modalidades reconhecem a relevância e a obrigatoriedade da Educação
Ambiental a serem concretizados conforme cada fase, etapa, modalidade e nível de ensino.
Conforme explicita os artigos segundo e terceiro:

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


24
“Art. 2º A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade intencional
da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um caráter social
em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando
potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de prática
social e de ética ambiental”.
Art. 3º A Educação Ambiental visa à construção de conhecimentos, ao
desenvolvimento de habilidades, atitudes e valores sociais, ao cuidado com a
comunidade de vida, a justiça e a equidade socioambiental, e a proteção do meio
ambiente natural e construído (BRASIL, 2012).”

Em 2005 a UNESCO conceituava a EA como uma disciplina bem estabelecida que


enfatiza a relação dos homens com o ambiente natural, as formas de conservá-la, preservá-
la e de administrar seus recursos adequadamente, mas este conceito peca em tratar EA
como disciplina, pois as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, no
capítulo dois, artigo oitavo trata que a EA, respeitando a autonomia da dinâmica escolar e
acadêmica, deve ser desenvolvida como uma prática educativa integrada e seja inserida
nas diversas disciplinas e conteúdos, interdisciplinarmente, contínua e permanente em
todas as fases, etapas, níveis e modalidades, como tema transversal, não devendo, como
regra, ser implantada como disciplina ou componente curricular específico.
Oliveira (2007) em seus escritos abordou a pergunta: Por que a EA não pode ser
uma disciplina? A EA, de maneira formal, não pode ser definida como área especializada
de conhecimento, devido a sua importância, complexidade de temas, precisa estar presente
como tema transversal em todas as disciplinas. No que diverge é que educadores têm
dificuldade de inserir a EA em suas disciplinas, então em resposta, essas mudanças
aparecem nas necessidades de uma “reconstrução pedagógica”, programas de formação
inicial e continuada para os professores juntamente com representantes da sociedade,
assim podendo dar ênfase a temas relevantes.
Na EA como tema transversal proporciona que o educador aplique mais que
informações e conceitos, pois não preconiza a decorar conteúdos, fórmulas e regras com
os seus alunos, e sim permitir identificar problemas, promover a discussão, contribuir para
a formação de cidadãos conscientes aptos a decidir e a atuar no cenário atual que o cerca,
possibilitando abordagens transformadoras e emancipatórias. De acordo com Jacobi
(2003), a EA deve ser vista como um processo de permanente aprendizagem que valoriza
as diversas formas de conhecimento e forma cidadãos capacitados na valorização do meio
em que vive.
O Ministério da Saúde diz que a escola é um ambiente educativo e social, é um
local favorável para a promoção do conhecimento e mudanças de comportamento em
relação ao controle de doenças, onde os aprendizes assumem o papel de agentes

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


25
multiplicadores (BRASIL, 1997). Os alunos devem ser estimulados pela curiosidade e
vontade de participar de momentos de trocas de conhecimentos, que busque a redefinição
contínua de sua práxis e se envolva diretamente com aspectos da realidade local e com a
construção coletiva de projetos. Por tanto, um dos pilares para o desenvolvimento da EA é
a construção do conhecimento, identificando as concepções sobre as questões
socioambientais, desenvolvendo o educando para uma atuação competente no processo
de seu aprendizado e construção de sua subjetividade no contexto da vida cotidiana
(SPAZZIANI & GONÇALVES, 2005).
A forma de conhecimento de enfermidades é levada à população escolar e influi no
processo de atitudes e práticas que visam solucionar problemas relativos ao controle e
estimulam o engajamento dos educandos. Assim, destaca-se o papel da escola e dos
educadores, que podem auxiliar na divulgação das medidas de prevenção de doenças, e
no fortalecimento da saúde da população por meio de trabalhos coletivo e participativo com
toda a comunidade escolar (BRESSAN, 2008).
O setor da saúde pública está intimamente ligado ao tema da EA, seja pela sua
atuação no cuidado de pessoas e populações atingidas pelos riscos ambientais (como as
doenças transmitidas por vetores) seja pela valorização das ações de prevenção e
promoção de saúde. Portanto, as ações educativas são consideráveis para o
estabelecimento de campanhas de controle de doenças devido ao fato da mobilização em
ações sanitárias (SANTA CATARINA, 2009). Essa tendência tem apontado a necessidade
de superação dos agravos e a incorporação da temática ambiental nas práticas de saúde.
Carmo e colaboradores (2016) chamam a atenção para a importância de se
avançar na compreensão da doença, para além de características clínicas e
epidemiológicas, contemplando a percepção de fatores sociais diretamente envolvidos com
a prevenção e o controle, podendo contribuir para a efetividade destas ações.
Este estudo vem de encontro ao estudo de Sauvé (2005) intitulado como “Uma
Cartografia das Correntes em Educação Ambiental”, na qual agrupa proposições
pedagógicas na forma de correntes, este estudo incorpora na “Corrente Científica”, pois
aborda as realidades e problemáticas ambientais de elevados índices das doenças, como
de dengue, da Zika e da Febre Chikungunya. E a disseminação do vetor desses agravos,
talvez por não haver competidores na Cadeia Trófica ou por estar em um ambiente
favorável para a sua proliferação, como criadouros com umidade, temperatura e má
conservação dos pátios com lugares inapropriados para depósito de Resíduos Sólidos,
acredita-se que há um desequilíbrio ambiental na população de Culicídios, vetores destas
comorbidades (TAIUL, 2001). Com isso, aprofundar as pesquisas e projetos escolares

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


26
como objeto de conhecimento e sensibilização, e usar da EA como ferramenta de ação no
sentido de mudar comportamentos e hábitos dos educandos, preconizando estratégias
eficazes de comunicação e prática para o controle dessas doenças.
Segundo Teixeira (2008) estas epidemias têm evoluído, mesmo com as ações
desenvolvidas no Programa Nacional de Controle da Dengue tem demonstrado baixa
efetividade com o crescente número de municípios infestados e alto índice de óbitos. E
também, as pesquisas científicas para o desenvolvimento de insumos para a erradicação
dessas doenças são insuficientes, e por não haver medicamentos e vacinas específicos
para combater o vírus, ficando assim as ações preventivas ser dirigida ao combate do vetor,
por meio de práticas educativas, na eliminação de criadouros, considerando que o mosquito
está adaptado ao ambiente antrópico (SÃO PAULO, 2009). Porém, as ações permanentes
de prevenção das arboviroses necessitam do envolvimento de vários setores: da
sociedade, particularmente na questão da melhoria das condições de urbanização e de
habitação, coleta regular dos Resíduos Sólidos, abastecimento de água encanada, e
principalmente, a prática docente de falar de EA na transversalidade e interdisciplinaridade
no ensino formal.
O importante no controle das epidemias da Dengue, Zika e Febre Chikungunya é
monitorar o vetor, conhecer a sua morfologia, os seus hábitos e ciclo de vida, fazendo
também, que o docente promova um despertar, uma curiosidade ao aluno, e desafiá-lo a
vivenciar situações verídicas da doença, um exemplo é a doença Zika, que apresenta riscos
superiores das outras arboviroses, como o desenvolvimento de complicações neurológicas,
Síndrome de Guillain Barré e complicações para gestantes na formação de fetos com
microcefalia, resultando sequelas. Com isso, lançar ao educando a percepção de sua
responsabilidade frente a esses agravos, apresentar dados epidemiológicos para a aluno
ter a noção de incidência de casos da doença na sua cidade, ou estado, ou país,
promovendo um aprendizado significativo.
Justifica-se a necessidade de pôr em pauta o tema das epidemias de Dengue, Zika
e Febre Chikungunya na EA, pois conclui que há uma parcela da população que
desconhece o tema, o que ressalta a importância de fomentar ações permanentes de
educação junto à comunidade escolar, enfatizando que para a obtenção de sucesso na
mitigação destas
doenças, é necessário a adoção de medidas que contemplem todos os elos da
cadeia de transmissão, por se tratar de uma doença viral e grave.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


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COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


30
Capítulo 03
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES DA TEMÁTICA NA BNCC

Marlise Grecco de Souza Silveira


Cristiane Trindade Botta
Fernando Icaro Jorge Cunha
Andrea Magale Berro Vernier
João Victor Silveira Verçosa
Jeferson Rosa Soares

A Base Nacional Comum Curricular BNCC, como referência para o trabalho na


prevenção da dengue, zika e chikungunya e a síndrome de Guillain-Barré em escolas
públicas no ensino fundamental, prevê em sua oitava competência específica de ciências
da natureza que:
Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade,
flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das
Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas
e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em
princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários (BRASIL, 2017, p. 324).

Apresentando uma ideia ampliada do sentido da saúde, sendo vista com o um bem
comum, perpassando pelas esferas individuais, coletivas e das políticas públicas reitera:
Além disso, destacam-se aspectos relativos à saúde, compreendida não somente
como um estado de equilíbrio dinâmico do corpo, mas como um bem da
coletividade, abrindo espaço para discutir o que é preciso para promover a saúde
individual e coletiva, inclusive no âmbito das políticas públicas (BRASIL, 2017, p.
327).

Beltrão e De Souza Aguiar (2019), mostram em seu estudo que já é possível


perceber uma sensível mudança na forma de tratar educação em saúde partindo da
implementação da BNCC, porém destacam a necessidade de desenvolver uma visão
contextualizada da promoção de saúde envolvendo os sujeitos, seus coletivos e o meio em
que estão inseridos.
A intencionalidade do cuidado com o eu e com o outro, previsto na etapa da
educação infantil deve ser ampliado nos níveis subsequentes de ensino fundamental anos
iniciais de acordo com a BNCC é necessário que os estudantes “... identifiquem os cuidados
necessários para a manutenção da saúde e integridade do organismo ...” (BRASIL, 2017.
p. 327).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


31
Já para o ensino fundamental anos finais quando analisamos as referências a
questão da saúde, percebe-se que além de tratar temáticas relacionadas a sexualidade
humana, apresenta com destaque “... o conhecimento das condições de saúde, do
saneamento básico, da qualidade do ar e das condições nutricionais da população
brasileira” (BRASIL, 2017. P. 327).
Contribuições para a Educação e Saúde na efetivação de projetos realizados em
escolas públicas: doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti utilizadas como
referências a BNCC reitera que:
É também fundamental que tenham condições de assumir o protagonismo na
escolha de posicionamentos que representem autocuidado com seu corpo e
respeito com o corpo do outro, na perspectiva do cuidado integral à saúde física,
mental, sexual e reprodutiva. Além disso, os estudantes devem ser capazes de
compreender o papel do Estado e das políticas públicas (campanhas de vacinação,
programas de atendimento à saúde da família e da comunidade, investimento em
pesquisa, campanhas de esclarecimento sobre doenças e vetores, entre outros) no
desenvolvimento de condições propícias à saúde (BRASIL, 2017. P. 327).

O Programa de Saúde na Escola – PSE é efetivado nas escolas que abrange a 10ª
CRE – Coordenadoria Regional de Educação através de formações continuadas que
desenvolve atividades de orientação e discussões com os professores (as) multiplicadores
(as). Temas abordados como: Meio Ambiente, Saneamento Ambiental, Qualidade de Vida
e Saúde.
Os estudos orientados e/ou formação trazem a reflexão, importante para o
profissional, além de rever suas práticas pedagógicas, também deixa a experiência do
encontro do diálogo e a proposta das 10 competências da Base Nacional Comum Curricular
– BNCC, que buscam lidar com as emoções e ir de encontro ao aprendizado tanto do aluno
quanto do professor.

“A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi homologada em 20 de dezembro de


2017 para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. A BNCC serve como
referência para a construção e adaptação dos currículos de todas as redes de ensino
do país. As redes e escolas seguem com autonomia para elaborar, por meio do
currículo, metodologias de ensino, abordagens pedagógicas e avaliações, incluindo
elementos da diversidade local e apontando como os temas e disciplinas se
relacionam. A BNCC e os currículos têm, portanto, papéis complementares: a Base
dá o rumo da educação, mostrando aonde se quer chegar, enquanto os currículos
traçam os caminhos.”

Para que haja êxito, é através da organização do Currículo, conjunto de dados


norteador que direciona o caminho do processo educacional de uma escola que permite o
ajuste do fazer pedagógico diante das experiências e vivência dos estudantes, corrobora
neste sentido Veiga (2002):

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


32
“Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização
dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos
historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção,
transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de
construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente
dito.” (VEIGA, 2002, p.7).

Em consonância com a proposta da BNCC a Secretaria de Educação do Estado do


Rio Grande do Sul – SEDUC, formalizou um documento, o Referencial Curricular Gaúcho,
que corrobora com esta linha de atuação nas escolas,

com o objetivo de criar uma base comum curricular integrada entre as redes
municipal, estadual e privada, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), por meio
do Departamento Pedagógico, está buscando junto à União Nacional dos Dirigentes
Municipais da Educação (Undime) e o Sindicato do Ensino Privado no Rio Grande
do Sul (Sinepe/RS), a criação do Referencial Curricular Gaúcho. Com previsão de
consolidação ainda em 2018 e implantação em 2019, o novo projeto visa agregar
temáticas regionais como história, cultura e diversidade étnico-racial, de forma
complementar à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Inicialmente, a ideia é
que estas mudanças ocorram na Educação Infantil e no Ensino Fundamental.

Frente ao disposto na Resolução Nº 345, de 12 de dezembro de 2018 que reitera


a obrigatoriedade como referência o RCG para todos estabelecimentos de ensino
pertencentes ao Sistema Estadual ou Sistemas Municipais no Art. 3º:

“...em regime de colaboração, para adequação ou elaboração de suas Propostas


Pedagógicas/Projetos Político-Pedagógicos e dos currículos das unidades
escolares, podendo, no exercício de sua autonomia, adotar formas de organização
e progressão que julgarem necessárias, atendidos o Referencial Curricular e as
normas estabelecidas pelo respectivo Sistema de Ensino.” (Resolução CEEd nº
345/2018-fl.5).

Alinhadas ao RCG as 10 competências suscitam: “Mobilização de conhecimentos


(conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes
e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da
cidadania e do mundo do trabalho (BNCC, p. 09)”.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


33
Quadro 01. Competências Gerais da BNCC

Fonte: https://www.tuneduc.com.br/competencias-gerais-da-bncc/

Espera-se o envolvimento nas atividades propostas e o desenvolvimento dos


estudantes nas competências e habilidades da BNCC e do RCG, estes oferecem a
oportunidade dos professores na abordagem dos temas Meio Ambiente, Saneamento
Ambiental, Qualidade de Vida e Saúde.
A questão é como ensinar as competências? Corrobora neste sentido a Revista
Nova Escola, enfatiza que “As propostas estruturam o documento, apontam caminhos do
aprendizado e avançam no campo das socioemocionais” e ainda:
“A ideia não é planejar uma aula específica sobre essas competências ou
transformá-las em componente curricular, mas articular a sua aprendizagem à de
outras habilidades relacionadas às áreas do conhecimento. Muitas dizem respeito
ao desenvolvimento socioemocional que, para acontecer de fato, deve estar
incorporado ao cotidiano escolar, permeando todas as suas disciplinas e ações. O
desafio, portanto, é complexo, pois impacta não apenas os currículos, mas
processos de ensino e aprendizagem, gestão, formação de professores e
avaliação” (Nova Escola).

Refere - se também que as 10 competências já são trabalhadas nas escolas, mas


recentemente organizadas desta forma, muitas delas, indispensáveis para trabalhar com
os estudantes como a empatia e cooperação. O que já era intenção de ser trabalhado pelas
instituições de ensino seja feito no momento com planejamento e realizado com propósito.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


34
A Base Nacional Comum Curricular destaca a importância dos Temas Contemporâneos
Transversais - TCTs quando diz que é dever dos sistemas de ensino e escolas:

Por fim, cabe aos sistemas e redes de ensino. Assim como as escolas, em suas
respectivas esferas de autonomia e competência, incorporar aos currículos e às
propostas pedagógicas a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida
humana em escala local, regional e global, preferencialmente de forma transversal
e integradora (BRASIL, 2017, p. 19).

Segundo o Ministério da Educação, que editou um Guia Prático dos Temas


Contemporâneos e Transversais - 2019, salienta que:

a transversalidade é um princípio que desencadeia metodologias modificadoras da


prática pedagógica, integrando diversos conhecimentos e ultrapassando uma
concepção fragmentada, em direção a uma visão sistêmica. Os TCTs não são de
domínio exclusivo de um componente curricular, mas perpassam a todos de forma
transversal e integradora. (MEC, 2019).

Da mesma forma, reforça a importância da contemporaneidade para que o estudante


receba e reconheça na educação formal o estudo dos temas atuais para seu convívio na
sociedade (MEC, 2019).

A abordagem da contemporaneidade é uma busca pela melhoria da aprendizagem.


Ao contextualizar o que é ensinado em sala de aula juntamente com os temas
contemporâneos, espera-se aumentar o interesse dos estudantes durante o
processo e despertar a relevância desses temas no seu desenvolvimento como
cidadão (MEC, 2019).

Todas as 10 competências são importantes para transversalizar o tema, mas


destacamos algumas interessantes para elucidar e evidenciar a proposta deste texto:
trabalho e projeto de vida; pensamento científico, crítico e criativo; responsabilidade e
cidadania.

Na BNCC para o Ensino Fundamental, está contemplado cinco áreas do


conhecimento que englobam componentes curriculares definidas pela LDB:

1) Linguagens (Língua Portuguesa, Artes, Educação Física e Língua Inglesa);


2) Matemática;
3) Ciências da Natureza (Ciências);
4) Ciências Humanas (Geografia e História);
5) Ensino Religioso.

Todas as áreas definem unidades temáticas e habilidades que devem ser aprendidas
em cada ano, observando-se a progressão dos alunos.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


35
Na BNCC para o Ensino Médio:
O principal desafio da implementação da BNCC para o Ensino Médio se relaciona à
qualidade e equidade do ensino, o que é muito importante até mesmo para a realização
justa e igualitária do Exame Nacional do Ensino Médio. A parte do documento referente ao
Ensino Médio é organizada em quatro áreas do conhecimento:
1) Linguagens e suas Tecnologias;
2) Matemática e suas Tecnologias;
3) Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
4) Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

As áreas do conhecimento definem competências específicas de área e habilidades.


Em relação à construção dos novos currículos, será necessário pensar na organização e
equilíbrio da parte comum a todas as séries com os itinerários formativos, propostos pela
Reforma do Ensino Médio.

Novo Ensino Médio


O Novo Ensino Médio coloca o jovem no centro da vida escolar, de modo a promover
uma aprendizagem com maior profundidade e que estimule o seu desenvolvimento integral,
por meio do incentivo ao protagonismo, à autonomia e à responsabilidade do estudante por
suas escolhas e seu futuro.
A partir da garantia de aprendizagens essenciais e comuns a todos, referenciadas
na BNCC, e da oferta de itinerários formativos organizados e estruturados
pedagogicamente, o estudante poderá escolher, entre diferentes percursos, a formação
que mais se ajusta às suas aspirações e aptidões e ao seu projeto de vida.

Trabalho e Projeto de Vida


Como referência a BNCC, esta competência Trabalho e Projeto de Vida, busca o sentido
de:

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


36
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais, apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias
do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao
seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e
responsabilidade. (BNCC, 2017, p. 09)

Em conformidade com a BNCC, a Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande


do Sul – SEDUC que traduz em uma Versão Preliminar como componente curricular Projeto
de Vida em todos os níveis de ensino:

“O componente curricular Projeto de Vida passa a compor a parte diversificada do


currículo dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, com o objetivo
de contribuir com os estudantes no processo de autonomia e protagonismo juvenil,
pautados no desenvolvimento das suas potencialidades e aspirações” (SEDUC,
2020).

Desenvolvimento de seu projeto de vida

O Novo Ensino Médio torna obrigatório que o projeto de vida dos estudantes seja
desenvolvido em todas as escolas. Ou seja, você desenvolverá habilidades como ser
cooperativo, saber defender suas ideias, entender as tecnologias, compreender, respeitar
e analisar o mundo ao seu redor. Além disso, terá apoio para escolher os caminhos que irá
seguir no próprio ensino médio e em seu futuro pessoal e profissional.

Referencial Curricular Gaúcho

Após a contribuição de mais de 120 mil pessoas e a realização de diversas


mobilizações ao longo de 2018, o Referencial Curricular Gaúcho foi homologado na
manhã de 12 de dezembro de 2018 pelo Conselho Estadual de Educação (CEED) e pela
União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME).
O documento, elaborado em regime de colaboração entre a Secretaria Estadual da
Educação (SEDUC), a União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (UNDIME)
e o Sindicato do Ensino Privado no Rio Grande do Sul (SINEPE/RS), será o norteador dos
currículos das escolas gaúchas a partir de 2019. As mudanças, que seguem as diretrizes
da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), valerão para a Educação Infantil e o
Ensino Fundamental.
O Referencial Curricular Gaúcho: contempla a Educação Infantil, Linguagem,
Matemática, Humanas, Ciências da Natureza, Ensino Religioso. Dentro das suas
especificidades. Para isto o governo do estado está capacitando os professores para a
implementação da Base oferecendo o curso de capacitação EAD sobre implementação da
BNCC, os cursos são online e servem de apoio à implementação da Base Nacional Comum

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


37
Curricular. As capacitações são oferecidas pelo Ministério da Educação (MEC), por meio
da plataforma AVAMEC.

Referências
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base. Acesso em: 04 de abril, 2020.
BELTRÃO, Glenda Gabriele Bezerra; DE SOUZA AGUIAR, José Vicente. A Concepção
de saúde-doença nos anos iniciais do Ensino Fundamental: Uma Abordagem
Histórica. REVISTA REAMEC, v. 7, n. 3, p. 56-73, 2019. Disponível em:
http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/article/view/9271 Acesso em: 04
de abril, 2020.

Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/1/conheca-e-


entenda-as-competencias-gerais-da
bncc?gclid=CjwKCAjw4KD0BRBUEiwA7MFNTTF4JZdqiBQ0KvKjMwa2muBGSSh9sKsN
MDgBgh. Acesso em: 04 de abril, 2020.

Resolução Nº 345, 12 de dezembro de 2018. Disponível em: https://undimers.org.br/wp-


content/uploads/2019/01/Resolu%C3%A7%C3%A3o-CEEd-345-2018-Referencial-
Curricular-Ga%C3%BAcho.pdf Acesso em: 04 de abril, 2020.

TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS NA BNCC. Disponível em:


http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/guia_pratico_temas_conte
mporaneos.pdf Acesso em 03 de abril 2020.

VEIGA NETO, ALFREDO. De Geometrias, Currículo e Diferenças IN: Educação e


Sociedade, Dossiê Diferenças-2002.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


38
Capítulo 04
A DENGUE E A RELAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE

Taiane Acunha Escobar


João Victor Silveira Verçosa
Marlise Grecco de Souza Silveira
Fernando Icaro Jorge Cunha
Jeferson Rosa Soares

A dengue é considerada um grande problema de saúde pública mundialmente


conhecido, que afeta milhões de pessoas e pode ser fatal. É uma doença viral transmitida
aos seres humanos por mosquitos das espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus
(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2020). A distribuição mundial da doença ocorre na
presença da tríade: inseto vetor (mosquito responsável pela transmissão do vírus), vírus
(agente etiológico) e seres humanos (hospedeiros susceptíveis).
Atualmente, observa-se um aumento na capacidade de transmissão dos vetores, a
qual ocorre quando os mosquitos já infectados com o vírus, realizam repasto sanguíneo
(picada) em seres humanos sadios. Essa picada tem como objetivo principal a manutenção
da espécie Aedes, já que somente as fêmeas são capazes de transmitir dengue, pois elas
necessitam alimentar-se de sangue humano para garantir o amadurecimento dos ovos em
seu organismo. Por sua vez, a fêmea sadia se infecta com o vírus ao se alimentar do sangue
de um hospedeiro humano já contaminado (BRASIL, 2008). Além disso, aproximadamente
5% das larvas de A. aegypti geradas por uma fêmea contaminada pelo vírus da dengue já
nascem contaminadas. Portanto, o vírus não é transmitido apenas pela passagem de um
vetor a um hospedeiro através da picada, o que acaba por ampliar a incidência e a
possibilidade de casos de dengue, aumentando a morbidade da patologia (ZEIDLER et al.,
2008). Esse ciclo de transmissão é importante para a manutenção das espécies (mosquito
e vírus).
Ao longo deste texto será abordada a relação entre o meio ambiente e o surgimento
de casos de dengue. Para tanto, apontaremos alguns fatores ambientais, bem como as
ações e hábitos dos seres humanos que tem inter-relação com as características dos
mosquitos transmissores da dengue.
Neste contexto, precisamos entender o que é o meio ambiente. A definição de meio
ambiente é ampla e complexa, mas podemos entender como o local onde se desenvolve a

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


39
vida na terra, ou seja, é a natureza com todos os seres vivos e não vivos que nela habitam
e interagem. É tudo aquilo que nos cerca, como a água, o solo, a vegetação, o clima, os
animais, os seres humanos, dentre outros (MAGALHÃES, 2019). Desta forma, qualquer
ação que ocorra no meio ambiente terá uma consequência, ou um impacto (seja positivo
ou seja negativo) em algum/alguns indivíduos que nele habitam. O entendimento de que
ocorre essa interação é imprescindível para pensar sobre a relação meio ambiente / dengue
/ seres humanos / insetos / vírus.
O problema ambiental que vivemos atualmente é por conta de impactos que estão
causando grandes desequilíbrios na saúde do planeta. Nas últimas décadas, o meio
ambiente vem sofrendo cada vez mais com a ação humana (ação antrópica), uma delas é
a prática das queimadas. Como essa intervenção nem sempre é harmônica e de forma
sustentável, surgem diversos problemas ambientais como: mudanças climáticas, efeito
estufa, aquecimento global, poluição da água, poluição do ar, destruição da Camada de
Ozônio, extinção das espécies, chuva ácida e desmatamento (MAGALHÃES, 2019).
O desmatamento e as queimadas prejudicam muito o meio ambiente e são
realizados, pelos seres humanos, com o objetivo de ocupação de um território para um
devido fim, como para moradia ou, comumente, para fins pecuários. Destaca-se como
consequência de locais com desmatamento, a perda da produtividade do solo, as
mudanças no regime hidrológico da bacia hidrográfica, as alterações na precipitação e no
escoamento local e, diretamente, se observa a perda de toda uma biodiversidade na fauna
e, principalmente, na flora (VAREJÃO et al. 2005). Neste ponto, é possível entender o
porquê do aumento de doenças chamadas de transmissão vetorial nos centros urbanos
(cidades). Esses vetores, na maioria insetos, restritos a locais de mata anteriormente, no
momento que se iniciam o desmatamento e as queimadas, perdem seu habitat natural e
precisam procurar outros lugares seguros para se protegerem. Ocorre então a migração de
animais, incluindo os insetos vetores, e com eles os micro-organismos causadores de
doenças.
Todos os impactos aqui citados vão influenciar de maneira direta ou indireta os
demais componentes que habitam o meio ambiente, incluindo de forma especial os seres
vivos. Essas alterações ambientais causam desequilíbrio, escassez de recursos,
diminuição de diversidade de espécies e entre elas a redução de qualidade de vida. Hoje
sabemos que o modo de vida dos seres humanos está intimamente relacionado com a
ocorrência de inúmeras doenças, as quais podem ser oriundas de algum fator ambiental
alterado, principalmente pelas ações antrópicas. E por sua vez, essas interações humanas

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


40
com o meio ambiente têm exercido grande influência no aumento significativo de doenças
como a dengue.
Vamos começar a entender como tudo isso está relacionado e a partir de então,
pensar na maneira como estamos inseridos neste meio ambiente e como poderemos
contribuir para a redução dos impactos ambientais e prevenção da dengue.
Para iniciarmos, é preciso entender o termo Doença Tropical Negligenciada (DTN),
o qual ajudará a discorrer sobre essa íntima relação entre o meio ambiente e a dengue. A
Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou a dengue como uma DTN. Mas o que
isso quer dizer? O que isso tem de importante para o nosso conhecimento? Por qual razão
está relacionada com o meio ambiente? Ser classificada como uma DTN implica em dois
significados importantes: o primeiro significado que vamos tratar está relacionado às
condições ambientais, ou seja uma doença tropical, a qual ocorre nos trópicos (países
tropicais e subtropicais). O clima é um fator ambiental muito importante, talvez o principal,
para a permanência dos mosquitos nas regiões tropicais e subtropicais (Américas, Sudeste
Asiático, Pacífico Ocidental) em ambientes urbanos e semiurbanos, nos quais eles estão
bem-adaptados. Os mosquitos já foram encontrados em aproximadamente 125 países ao
redor do mundo (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2020; MURRAY & WILDER-SMITH,
2013).
Essa informação, nos leva a pensar na primeira relação da dengue com o meio
ambiente: as condições climáticas favoráveis. A expansão do vetor está de fato relacionada
com o habitat. A temperatura é um fator diretamente relacionado com a sobrevivência dos
mosquitos adultos, com a replicação viral e com o aumento da infecção. Essa relação
implica diretamente na distribuição da doença nos países tropicais e subtropicais e explica
o motivo para que a dengue seja classificada como DTN. Ainda, segundo a OMS, climas
quentes e úmidos são fundamentais para os vetores se disseminarem. O Brasil, por ser um
país tropical, tem um clima favorável para o desenvolvimento da dengue, o que explica a
grande quantidade de pessoas que já foram infectadas e adoeceram por esta enfermidade.
Algumas épocas do ano têm maior número de casos, devido à temperatura elevada e
consequentemente ao aumento da reprodução e desenvolvimento dos mosquitos.
Além disso, é amplamente conhecido que estamos vivendo um período de aumento
progressivo da temperatura média global, por diversas ações antrópicas que já citamos,
que alteram as condições climáticas normais do planeta. A elevação da temperatura em
locais, outrora frios, está garantindo a adaptação do vetor em regiões que até pouco tempo
não tinham a sua presença, pois este mosquito gosta do calor, e o aquecimento global está
favorecendo a sua adaptação. Assim como a alteração da distribuição das chuvas, com

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


41
invernos de temperaturas elevadas e com considerável quantidade de chuva, que
favorecem a ocupação de nichos que anteriormente não tinham sua presença.
Alguns insetos, incluindo os mosquitos do gênero Aedes, possuem uma
característica especial de sobrevivência chamada de diapausa. É um período do
desenvolvimento interrompido, ou seja, quando o inseto para de se desenvolver para
sobreviver a adversidades, como frio e estiagem, permanecendo no ambiente sem avançar
para as próximas fases de desenvolvimento. Por exemplo, se há um ovo no ambiente, ele
não vai se transformar em larva até o momento em que as condições estiverem favoráveis.
Após as condições ambientais voltarem à estabilidade, o ovo volta ao seu desenvolvimento
e a fase imatura eclode e mantém o ciclo natural de vida. Portanto, essa habilidade dos
mosquitos permite o desenvolvimento mesmo após passar por períodos inóspitos, onde
esses ovos poderiam perder a viabilidade, garantindo uma forma efetiva de sobrevivência.
Como podemos perceber, o clima favorece muito a adaptação e permanência desta
espécie, logo, o aumento da transmissão do vírus, e o aquecimento global é um aliado.
A dengue é conhecida como uma doença urbana, por estar concentrada em centros
urbanos e semiurbanos, devido à característica cosmopolita dos mosquitos, ou seja, bem-
adaptados aos grandes centros. Essa característica relaciona-se com as necessidades de
sobrevivência e reprodução e os fatores ambientais propícios. Os grandes responsáveis
pela manutenção da dengue nas cidades são os seres humanos, que produzem locais
apropriados para a deposição dos ovos e são as fontes de alimentos para as fêmeas. Os
mosquitos possuem hábitos diurnos e no ambiente urbano encontram as condições ideais
para a deposição dos seus ovos: em locais contendo água parada, como tanques de
armazenamento e vasilhames temporários, dentro e fora das casas, em objetos variados
como potes, barris, latas, garrafas e vasos de planta (PEREIRA & LEMES, 2018). A doença
surge a partir da proliferação em grande escala do mosquito que tem preferido os
reservatórios artificiais (o que inclui o manejo incorreto dos resíduos sólidos), mesmo tendo
oportunidade de completar seu ciclo no meio natural, isso pelo fato de, no meio antropizado
ter sua prole mais protegida (PEREIRA & LEMES, 2018).
Embora, relatamos aqui que a doença apresente uma feição mais urbana,
atualmente os mosquitos estão conseguindo ocupar mais espaços rurais e pode-se
relacionar com os mesmos fatores ambientais que estão permitindo o seu desenvolvimento
e sua propagação nos ambientes urbanos. Assim como nas cidades, na zona rural também
ocorrem as alterações de temperatura e regime de chuva muito associados ao
desmatamento. As mudanças nos padrões de consumo da população rural também
refletem alterações, o acúmulo de lixo, devido ao acesso de bens de consumo, lixos

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


42
plásticos, recipientes com água, itens descartados de maneira incorreta que podem ser
potenciais reservatórios de água parada. A falta de saneamento e de coleta de lixo se
somam a esse grande problema, pois permitem a manutenção de microambientes
adequados ao desenvolvimento dos mosquitos. No Rio Grande do Sul, a adaptação do
mosquito em áreas rurais já é percebida, com a presença de focos de infestação que
mostram a ruralização da enfermidade. (Para muito além da dengue, 2019).
Até aqui falamos que a doença é tropical e urbana, entendemos um pouco o que
as condições climáticas e os hábitos/ ações humanas impactam na elevação de mosquitos
e consequentemente no aumento da doença. Agora abordaremos a característica a qual
confere a classificação como doença negligenciada. O termo negligenciado é indicativo de
que a enfermidade se observa com maior frequência em populações carentes desses
países tropicais. Está presente, principalmente, em comunidades que vivem em locais com
condições precárias de vida e contato com animais e insetos vetores (WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 2020). A precária disposição do lixo, bem como inadequadas condições
de saneamento básico, resultantes da ação antrópica ocasionam o aumento da proliferação
do vetor, que se observam com muita frequência em locais negligenciados, regiões
periféricas dos centros urbanos. Também vale ressaltar como fator limitante para o aumento
da doença, as condições sociodemográficas das comunidades, como o número de pessoas
que moram em uma residência, a falta de acesso água encanada.
É importante saber que embora as populações carentes sejam as mais
susceptíveis, não são somente elas que estão sob risco de infecção e adoecimento. Uma
vez que a doença está instalada naquela comunidade/ bairro/ cidade, qualquer pessoa
poderá se infectar. E vamos entender o porquê, ao conseguirmos perceber como as DNTs
têm relação com os seres humanos e com as suas ações e com a saúde planetária.
Já possuímos conhecimentos necessários para entender o ciclo de transmissão da
doença, mas embora todo conhecimento adquirido, você sabe por que essa doença tem
aumentado no mundo? Justamente, porque apesar de toda informação necessária para
prevenção, nossas atitudes com relação ao meio ambiente continuam facilitando a
disseminação do mosquito, tais como: o rápido crescimento e urbanização desordenada
das populações nas áreas tropicais, a alta densidade populacional nas áreas
metropolitanas, a ausência de infraestrutura básica de saneamento, levando as pessoas a
armazenarem água para utilização doméstica. A coleta de lixo inadequada ou ausente
acarreta um aumento dos criadouros do mosquito e o aumento da produção de
descartáveis. A maior frequência de viagens facilitando o movimento migratório e a
disseminação do vírus pelas pessoas infectadas, além de todos os fatores ambientais.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


43
De maneira geral, a disseminação da dengue se dá devido a elevada capacidade
reprodutiva do mosquito, aliada a condições favoráveis de clima, e às condições ambientais
produzidas pelos seres humanos e o acesso ao alimento. Diante do exposto, o primeiro
passo para a prevenção da dengue é quebrar a cadeia de transmissão, eliminando os locais
de proliferação do mosquito. Um caminho para a prevenção contra essa doença se dá pela
participação da comunidade no controle da enfermidade, através de atividades
educacionais que conscientizem a população para que possam também atuar no controle
do vetor, não basta só tirar a água parada dos recipientes, precisamos evitar a super
produção de lixo, diminuir a poluição, acabar com o desmatamento e queimadas.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de


Gestão. Dengue: manual de enfermagem – adulto e criança. Brasília, DF: MS/SVS, 2008.
p. 7-48.

MAGALHÃES, L. Meio Ambiente. [s. l.], 2019. Disponível em:


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ncbi.nlm.nih.gov, [S. l.], [s. d.]. Disponível em:
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PEREIRA, C. M.; LEMES, J. R. A. Education and health strategies at school: continuous


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VAREJÃO, J.; SANTOS, CB, HR REZENDE, BEVILACQUA, LC, FALQUETO, A.


Criadouros de Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) em bromélias nativas na
Cidade de Vitória, ES. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, [S. l.], v.
38, n. 3, p. 238–240, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-
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WORLD HEALTH ORGANIZATION. Dengue y dengue grave. [s. l.], 2020. Disponível
em: https://www.who.int/es/news-room/fact-sheets/detail/dengue-and-severe-dengue.
Acesso em: 2 maio. 2020.

ZEIDLER, J. D. et al. Vírus dengue em larvas de Aedes aegypti e sua dinâmica de


infestação, Roraima, Brasil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 42, n. 6, p. 986-991,
2008. doi: https://doi.org/10.1590/ S0034-89102008000600002.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS?


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Capítulo 05
A DENGUE E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA DA
SOCIEDADE

Maria Aparecida Maia de Mello


João Victor Silveira Verçosa
Marlise Grecco de Souza Silveira
Jeferson Rosa Soares
Fernando Icaro Jorge Cunha
Osmar Senador Mendonça Júnior

A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A


Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 2,5 bilhões de pessoas – 2/5 da
população mundial – estão sob risco de contrair dengue e que ocorram anualmente cerca
de 50 milhões de casos. Desse total, cerca de 550 mil necessitam de hospitalização e pelo
menos 20 mil morrem em consequência da doença (BRASIL, 2009).
Desse modo, podemos perceber que a dengue é uma doença que exerce influência
na qualidade de vida da população e pensando no cenário brasileiro essa situação é ainda
alarmante, pois vivemos em um país com inúmeras desigualdades sociais, econômicas e
políticas.
No estudo de Tauil et al (2001, p. 100), observamos que os fluxos migratórios rurais-
urbanos acarretam o processo desenfreado da urbanização, entretanto as políticas públicas
de saneamento básico, abastecimento de água e coleta de lixo ainda não atendem a
totalidade da população.
As mudanças demográficas ocorridas nos países subdesenvolvidos, a partir da
década de 60, consistiram em intensos fluxos migratórios rurais-urbanos, resultando
num “inchaço” das cidades. Estas não conseguiram dotar-se oportunamente de
equipamentos e facilidades que atendessem às necessidades dos migrantes, entre
as quais incluem-se as de habitação e saneamento básico. Boa parte desta
população passou a viver em favelas, invasões e cortiços. Estima-se que 20 a 25%
da população de grandes cidades da América Latina estejam nestas condições. O
saneamento básico, particularmente o abastecimento de água e a coleta de lixo,
mostra-se insuficiente ou inadequado nas periferias das grandes metrópoles. Uma
das conseqüências desta situação é o aumento do número de criadouros potenciais
do principal mosquito vetor.

Como a água é indispensável à sobrevivência, a população que habita esses locais


vê-se obrigada a armazenar água em depósitos domésticos, que servem como criadouros
do vetor (CLARO et al. 2004, p. 1448).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 45


Cabe ressaltar que os problemas sociais relacionados ao acesso adequado a água
potável e saneamento básico ainda afetam uma parcela da população brasileira que vive
marginalizada frente as políticas de saúde pública, diante disso observamos que esses
fatores interferem na qualidade de vida das pessoas, considerando que são determinantes
para a erradicação do mosquito Aedes aegypti e para impedir a transmissão do vírus da
Dengue (ABRASCO, 2016).
Quando pensamos em qualidade de vida, é inevitável não refletir sobre as
condições de acesso à saúde pública. A dengue interfere na qualidade de vida, entretanto
é necessário se pensar em um planejamento estratégico na esfera da saúde para minimizar
os efeitos dessa doença na vida das pessoas. Diante disso, os programas de prevenção e
controle da dengue emergem no cenário brasileiro, mas podemos observar que é preciso
avançar no que tange aos aspectos socioambientais.
O consumo exacerbado da sociedade gera o acúmulo de lixo e consequentemente
o descarte de recipientes e materiais como pneus, vasilhames e latas podem acabar
servindo de reservatório para o ciclo de vida do Aedes aegypti.
Da mesma forma, como o acúmulo de lixo é incompatível com a vida, seu depósito
em áreas peridomiciliares leva ao acúmulo de recipientes que servem de reservatórios do
vetor, particularmente nos meses chuvosos do ano (CLARO et al. 2004, p. 1448).
Segundo Tauil et al (2001, p. 100), o sistema produtivo industrial moderno, que
produz uma grande quantidade de recipientes descartáveis, entre plásticos, latas e outros
materiais, cujo destino inadequado, abandonados em quintais, ao longo das vias públicas,
nas praias e em terrenos baldios, também contribui para a proliferação do inseto
transmissor do dengue.
Desta forma, o controle da dengue e o desenvolvimento de propostas que
promovam qualidade de vida, são pontos cruciais que necessitam estar vinculados à
educação ambiental considerando uma visão holística desde os processos das cadeias
produtivas do lixo até o descarte.
A educação ambiental é uma proposta que associada com medidas de prevenção
e controle da dengue surge como uma estratégia para trazer qualidade de vida à população,
podendo apontar novas perspectivas em relação ao combate à dengue. Nesse contexto,
observa-se que ações pontuais necessitam ser planejadas pelos órgãos competentes para
conscientizar a sociedade sobre a tríade: Educação ambiental – Prevenção e controle da
dengue – Qualidade de vida.
De acordo com a Lei Nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação
ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental conceitua educação

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 46


ambiental e aponta possibilidades de abordagens no processo educativo formal e não-
formal.
Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de
uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art. 2o A educação ambiental é um componente essencial e permanente da
educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis
e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal (BRASIL,
1999).

Quando pensamos nas alternativas que a sociedade pode ter para o enfrentamento
da dengue, devemos refletir sobre: Quais as formas de abordagens para a sensibilização
das pessoas frente aos desafios no combate à dengue?
Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental ações na esfera da educação
ambiental não-formal podem contribuir para a articulação do Poder Público e das instâncias
que promovem a saúde pública na sociedade, considerando que na Lei Nº 9.795/1999 trata
sobre a educação ambiental não-formal em seu Art. 13, conforme podemos observar:

Art. 13. Entendem-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas


educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais
e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente
(BRASIL, 1999).

Desse modo, torna-se necessário apontar caminhos para a população repensar


sobre hábitos cotidianos e readequar suas atitudes para manter a qualidade de vida frente
a prevenção da dengue, entretanto no estudo de Mendonça et al. (2009, p.258) podemos
perceber que ainda a relação entre mosquito Aedes aegypti e a transmissão das doenças
surge como o estopim no combate à dengue e também a busca pela qualidade de vida das
populações.
À relação entre os mosquitos e a transmissão de doenças, travou-se um intenso
combate na busca da melhoria da qualidade de vida das populações, que
perpassaram pelas condições de planejamento urbano, valorização do saneamento
básico, da higiene e da saúde pública, que resultou na conseqüente Reforma
Sanitária, no contexto brasileiro. Embora tenham sido realizados esforços na busca
da erradicação das doenças transmissíveis com base no controle de seus vetores
observa-se, na atualidade, a reincidência de algumas infecções causadas pelos
mosquitos Aedes aegypti transmissores de dengue, malária e febre amarela,
principalmente a partir dos anos setenta em diversas regiões do globo (MENDONÇA
et al., 2009, p. 258).

Diante disso, o controle da dengue perpassa vários cenários e também nos remete
que essa doença se propaga rapidamente no Brasil e regiões tropicais do mundo, Gubler
(2011), argumenta que há fatores condicionantes que contribuíram para o surgimento da
dengue, dentre esses fatores destaca que:

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 47


Os principais condicionantes do aumento da incidência e propagação da dengue
atualmente: 1) falta de um controle eficaz do mosquito; 2) mudança no estilo de vida
da população; 3) processo de urbanização sem planejamento; 4) globalização.
Esses condicionantes, isoladamente ou em conjunto, podem influenciar a chance
de ocorrência de epidemias de dengue em determinadas regiões. (GUBLER, 2011).

Para o desenvolvimento de políticas de controle da dengue devem considerar todos


os fatores elencados por Gubler (2011) e quando pensamos em qualidade de vida
precisamos definir de que maneira podemos atuar com medidas de prevenção dessa
doença.
O Ministério da Saúde por meio do Programa Nacional de Controle a Dengue
(PNCD) busca intensificar um conjunto de ações para enfrentar as epidemias de dengue e
reduzir seus impactos no cotidiano das pessoas.
O documento em questão orienta os gestores para adequação dos seus planos
estaduais, regionais, metropolitanos ou locais e recomenda que as ações para
prevenção e controle não devam estar restritas somente à área da saúde. Outros
campos de conhecimentos, tais como educação, comunicação e informação devem
buscar compartilhar conhecimento e ações de modo a enfrentar esse problema
multifacetado (FLISH, 2017, p.34).

Dessa forma, ressalto nesse documento o componente das ações integradas de


educação em saúde, comunicação e mobilização social que tem os seguintes objetivos:
(...) fomentar o desenvolvimento de ações educativas para a mudança de
comportamento e a adoção de práticas para a manutenção do ambiente domiciliar
preservado da infestação por Aedes aegypti, observadas a sazonalidade da doença
e as realidades locais quanto aos principais criadouros. A comunicação social terá
como objetivo divulgar e informar sobre ações de educação em saúde e mobilização
social para mudança de comportamento e de hábitos da população, buscando evitar
a presença e a reprodução do Aedes aegypti nos domicílios, por meio da utilização
dos recursos disponíveis na mídia (BRASIL, 2002).

As estratégias de educação em saúde surgem como um “nicho pedagógico” a ser


explorado para podermos avançar na conscientização das pessoas, considerando os
diferentes níveis, etapas e modalidades de ensino. Desse modo, a articulação entre os
setores de saúde e educação proporciona a definição de ações para o enfrentamento ao
mosquito Aedes aegypti a partir do contexto epidemiológico de cada território.
Na educação em saúde no âmbito escolar, é possível integrar a escola e
comunidade escolar em campanhas preventivas e de controle da dengue, pois é um tema
que diariamente as pessoas vivenciam e esse conhecimento precisa sair da sala de aula
promovendo mudanças no estilo de vida das pessoas e consequentemente transformando
a sociedade.
Na perspectiva da interdisciplinaridade, os currículos escolares podem explorar e
contribuir para a construção de propostas pedagógicas que colaborem com a qualidade de

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 48


vida das pessoas, em especial na prevenção e controle da dengue. Conforme Fazenda
(2002, p. 48):

A interdisciplinaridade visa à recuperação da unidade humana através da passagem


de uma subjetividade para uma intersubjetividade e assim sendo, recupera a ideia
primeira de Cultura (formação do homem total), o papel da escola (formação do
homem inserido em sua realidade) e o papel do homem (agente das mudanças no
mundo) (FAZENDA, 2002, p. 48).

Na concepção de Fazenda (2002), podemos destacar que a interdisciplinaridade


traz elementos para percebermos que os conhecimentos científicos estão interligados entre
si e a sua não fragmentação pode despertar novas visões sobre a popularização da ciência
nos espaços não formativos atuando na conscientização das pessoas frente as medidas
preventivas da dengue.
O papel da escola na formação para a cidadania e também no desenvolvimento
pleno e integral do aluno permite que as dimensões humanísticas sejam trabalhadas
intensificando os olhares para a realidade em seu entorno.
No estudo de Hartmann e Zimmermann (2007), as autoras ressaltam que é
necessário que as pessoas consigam pensar com criticidade sobre a realidade para poder
estabelecer relações com o conhecimento científico oriundo da escola. Nesse contexto as
pesquisadoras destacam que:

Nesse contexto, cresce a responsabilidade dos educadores em promover um ensino


organicamente integrado, para que os estudantes adquiram as habilidades de
investigar, compreender, comunicar e, principalmente, relacionar o que aprendem a
partir do seu contexto social e cultural. Nessa perspectiva, a interdisciplinaridade é
inserida como um dos princípios norteadores das atividades pedagógicas na
Educação Básica. (HARTMANN E ZIMMERMANN, 2007).

Por fim, interdisciplinaridade pode ser uma ferramenta pedagógica para fomentar
propostas de ensino e aprendizagem globais e com viés na intersetorialidade na saúde e
educação, pois quando se pensa em planejar ações para combater a dengue a educação
em saúde precisa dessa articulação para atingir resultados positivos em relação a qualidade
de vida das pessoas.

Referências
ABRASCO. H. L. Melhoramento dos serviços de água e saneamento é a resposta ao
Zika vírus. ABRASCO. Disponível em: <http://www.abrasco.org.br/site/noticias/ecologia-
e-meioambiente/zika_saneamento_leo_heller/16639/>. Acesso em: 27 mai. 2020

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 49


BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Programa
Nacional de Controle da Dengue (PNCD). Brasília: FUNASA; 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.


Departamento de Vigilância Epidemiológica. Diretrizes Nacionais para o Controle de
Epidemias de Dengue. Brasília, 2009.

BRASIL. Política Nacional de Educação Ambiental. Lei 9795/99. Brasília, 1999.

CLARO, L. B. L. et al., Prevenção e controle do dengue: uma revisão de estudos sobre


conhecimentos, crenças e práticas da população, Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro,
20(6):1447-1457, nov-dez, 2004.

FAZENDA, I. C. A. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade


ou ideologia? 5. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2002.

FLISCH, T. M. P. Intersetorialidade, Educação em Saúde e Dengue: Múltiplos


Olhares do Setor Saúde e do Setor Educação / Tácia Maria Pereira Flisch. – Belo
Horizonte, 2017.

GUBLER, D. J. Dengue, urbanization and globalization: the unholy trinity of the 21 st


century. Tropical Medicine and Health, v. 39 (4 sumpl): p. 3-11, dezembro de 2011.

HARTMANN, A. M.; ZIMMERMANN, E. O trabalho interdisciplinar no ensino médio: a


reaproximação das “duas culturas”. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em
Ciências, v. 7, n. 2, 2007.

MENDONÇA, F. A.; SOUZA, A. V.; DUTRA, D. A. Saúde pública, urbanização e dengue


no Brasil, Sociedade & Natureza, vol. 21, núm. 3, dezembro, 2009, pp. 257-269

TAUIL, P. L., Urbanização e ecologia do dengue, Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro,
17(Suplemento):99-102,

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 50


Capítulo 06
SAÚDE E EDUCAÇÃO NO COMBATE À DENGUE

Taiane Acunha Escobar


Albert Severo Munhoz
João Victor Silveira Verçosa
Raul Calixto Gonçalves
Rafaela Fan Borges
Allysson Henrique Souza Feiffer
Marlise Grecco de Souza Silveira
Fernando Icaro Jorge Cunha
Jeferson Rosa Soares

A dengue é uma doença que ultrapassou as fronteiras continentais, o vetor é


oriundo do Egito e espalhou-se pelo mundo através das grandes navegações que
ocorreram na idade moderna. Chegou ao Brasil trazido pelos navios que faziam o transporte
dos escravos do continente africano para o sul-americano. As condições climáticas
encontradas no continente americano foram cruciais para a proliferação do mosquito, pois
o mesmo necessita de ambientes quentes, úmidos e chuvosos.
Sabe-se que a reprodução da doença está intimamente relacionada com os
determinantes de ordem socioeconômica. A dengue pode ser considerada um subproduto
da urbanização acelerada e sem planejamento, característica dos centros urbanos de
países em desenvolvimento (MACIEL et al., 2008). O fato de não haver planejamento
habitacional ocasionou aglomerados populacionais, e conforme as populações iam sendo
amontoadas, sem haver preocupações com tratamento de água e de coleta de dejetos,
esses locais tornaram-se propícios para o acúmulo dos vetores da dengue. Outros
determinantes da doença são as migrações, viagens aéreas, deterioração dos sistemas de
saúde, inexistência de vacina ou tratamento etiológico, grande fluxo populacional entre
localidades e altos índices pluviométricos e de infestação pelo vetor (MACIEL et al., 2008).
Embora esses determinantes relacionados com o aumento da doença já sejam
conhecidos, os índices de transmissão têm aumentado a cada ano no país, mesmo
mediante a implementação das ações do Plano de Erradicação do Aedes aegypti (PEAa) e
posteriormente do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD). Portanto, um

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 51


grande desafio enfrentado pela sociedade tem sido colocar em prática ações eficazes de
combate à dengue e promoção da saúde.
Os programas essencialmente centrados no combate químico, com baixíssima ou
mesmo nenhuma participação da comunidade, sem integração intersetorial, entre outros
fatores, mostraram-se incapazes de conter um vetor com altíssima capacidade de
adaptação ao novo ambiente criado pela urbanização acelerada e pelos novos hábitos
(BRASIL, 2002). Em 1996, o Ministério da Saúde propôs a criação do PEAa, após revisão
das ações anteriores sem sucesso. Durante o desenvolvimento, o PEAa, mesmo não
atingindo seus objetivos, teve méritos ao propor algumas necessidades como: atuação
multissetorial e descentralização de combate à doença. Os resultados obtidos no Brasil
levaram o Ministério da Saúde a fazer uma nova avaliação dos avanços e das limitações,
com o objetivo de estabelecer um novo programa de controle da dengue que incorporasse
elementos como a mobilização social e a participação comunitária, indispensáveis para
responder de forma adequada a um vetor altamente domiciliado (BRASIL, 2002).
Os autores GONÇALVES et al. (2015), ao analisarem a situação, ⁠ relataram que
apesar do PEAa ter abordado a descentralização e a participação da comunidade, o modelo
desenvolvido na prática baseou-se em métodos verticais que buscavam a eliminação do
mosquito por meio de inseticidas. Nesta perspectiva a comunidade ficou, na maioria das
vezes, como expectadora e na dependência de ações previamente definidas. Entretanto,
mais tarde com o PNCD (BRASIL, 2002), o Ministério da Saúde apresentou diferentes
estratégias de controle, incluindo ações para o fomento da participação comunitária
direcionada à redução de criadouros domiciliares do vetor.
A publicação do PNCD reconheceu a população brasileira como atora das ações
de promoção da saúde e educação no combate à dengue, ou seja, a conscientização da
população passou a ser uma das principais formas de redução do número de casos. Devido
à percepção de que as ações sanitárias implantadas no PEAa, sem colaboração da
comunidade, não surtiram os efeitos idealizados, este programa instituiu um conjunto de
ações integradas de educação em saúde, comunicação e mobilização social. O principal
objetivo do programa na área das ações integradas de educação, o qual vigora até hoje, é
fomentar o desenvolvimento de ações educativas para a mudança de comportamento e a
adoção de práticas para a manutenção do ambiente domiciliar preservado da infestação
por Aedes aegypti. A partir deste momento, a educação em saúde e ambiental passaram a
ter um papel fundamental nas ações de combate e prevenção à doença.
O PNCD elencou ações como a elaboração de um programa de educação em
saúde e mobilização social em todos os municípios, contemplando estratégias para

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 52


promoção da remoção de recipientes nos domicílios que possam se transformar em
criadouros de mosquitos. Dentre as ações, foi implantada também a promoção de
orientações dirigidas a imóveis especiais, incluindo as escolas, as unidades básicas de
saúde, os hospitais, as creches, entre outros. Foi determinada a organização do dia
nacional de mobilização contra a dengue, em novembro, incentivo da participação da
população na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo
Poder Público e a constituição de Comitês Nacional e Estaduais de Mobilização com
participação dos diversos segmentos da sociedade. Entretanto, a implantação de ações
educativas contra a dengue na rede de ensino básico e fundamental foram importantes e
corroboraram com o Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), o qual é uma das
ações do Programa Saúde na Escola (PSE) que visa a contribuição para a formação
integral dos estudantes por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde.
Entre as principais medidas do SPE, está elencando o combate ao mosquito transmissor
da dengue.
Para SALES (2008), o papel do cidadão longe de ser mero cumpridor de ações
ditadas por técnicos e autoridades públicas é também de um 'sujeito sanitário' crítico e
responsável pelos processos coletivos de construção da saúde. Também, segundo a
autora, o cidadão está longe de ser um repetidor de técnicas, mas para que isso possa
acontecer, um diálogo de fácil compreensão, trabalhar estratégias para que o processo de
ensino-aprendizagem se torne eficaz, é como uma mão de duas vias, vai e volta, com isso
as pessoas são instigadas a refletir seus atos e poder mudá-los.
O local onde pisamos, nadamos ou voamos não é mais somente um objeto de
estudo, é algo mais complexo do que um tema. A educação relacionada ao meio ambiente
e a saúde pública, faz com que uma população consciente possa tomar medidas
adequadas contra diferentes doenças, sendo capaz de combatê-las e/ou preveni-las
(SOUZA et al., 2017). A Educação Ambiental (EA) integra a cultura de uma nação e tornou-
se indispensável por dizer respeito a uma enorme soma de interações pessoais e sociais
que ela engloba. Através dos conhecimentos que a área da EA aborda podemos perceber
o nosso papel no ecossistema e quais as possibilidades de contribuirmos para o pleno
funcionamento do todo, nós seres humanos devemos perceber que não somos donos da
natureza, estamos somente de passagem e que podemos elaborar formas de melhor
aproveitar o espaço de maneira sustentável. Nesse sentido, trabalhar o sentimento de
pertencimento é imprescindível ao abordar a EA e a saúde. Um exemplo é a visão dos
povos originários da América Latina, o Buen Vivir ou Sumak Kawsay, é um projeto político
de vida que propõe a vida em harmonia entre todos os seres e elementos da natureza

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 53


(COCHOY et al. 2014). Traz a ideia de tornar a sociedade responsável pela maneira como
produz e reproduz suas condições de existência. Essa nova concepção parte da ideia de
que todos somos natureza, compreendendo que somos interdependentes, e que tudo está
interconectado. O fundamento principal é o pertencimento: o ser humano sentir-se parte da
natureza e interconectado com todos os seus elementos. Essa forma de organização da
vida desses povos, corrobora em partes com o que é preciso desenvolver nas escolas para
iniciar uma mudança de hábitos e posturas com relação ao meio ambiente (FRANCO et al.
2020).
Atualmente, estamos vivendo em um planeta globalizado com muitos problemas de
cunho social, ambiental, econômico, os quais têm influência direta no processo
saúde/doença da população. Neste cenário global, onde o meio ambiente está em segundo
plano, existe uma enorme degradação da natureza em detrimento de ações que
propulsionam a economia. Quando pensamos em como reverter esse quadro, precisamos
abordar a EA baseada em preceitos e ideologias que visem iniciar um debate e
consequentemente uma mudança de atitudes. Ainda, neste sentido, o Buen Vivir destaca
que a lógica do bem-estar de uma pessoa não se constrói sobre os demais, mas sim
baseado no respeito aos outros, isto é, meu bem-estar pessoal depende do bem-estar dos
demais. É por meio de uma lógica de relacionamento social baseada no respeito, incluindo
o respeito à natureza, que a sociedade poderá recriar as condições da sua história e
recuperá-la (SBARDELOTO, 2010). O estudo da EA é amplo e engloba vários outros
segmentos, como os efeitos da globalização que podem ser vistos além do viés da EA,
como da Geografia, da Economia ou da História. Os termos “educação” e “saúde” trilham
caminhos juntos, e a escola é um local de grande relevância para alcançar parte importante
da população na abordagem deste tema. Neste contexto, o trabalho em conjunto de EA nas
escolas focando nas ações para amenizar os impactos ao meio ambiente e a educação em
saúde dentro do ambiente escolar é facilitar as didáticas empregadas para que os
indivíduos que compõem a comunidade possam encontrar uma maneira eficiente de cuidar
da saúde e prevenir doenças como a dengue, zika, dentre outras.
Segundo Freire (1981), o diálogo é uma exigência existencial não pode reduzir-se
a um ato de depositar ideias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca
de ideias a serem consumidas pelos permutantes. Ainda, neste lugar de encontro, não há
ignorantes absolutos, nem sábios absolutos: há homens que em comunhão, buscam saber
mais, o diálogo se faz numa relação horizontal (FREIRE, 1981, apud. SALES, 2008). Diante
do exposto por Freire, uma abordagem adequada da EA relacionada com a saúde deveria
ser sustentada na prática do diálogo entre os indivíduos (discentes e docentes). A

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 54


abordagem do tema “dengue” deve seguir alinhada com a EA, de maneira que possibilite a
assimilação do que é estudado de acordo com a faixa etária, isto resultará na criação de
uma aprendizagem significativa. Se faz importante que o estudante tenha conhecimento do
meio onde vive, que conheça a vegetação a sua volta e que o professor relacione o meio
onde o estudante vive com o que é ensinado. Ferreira et al. (2019) relatam que as
campanhas de combate ao Aedes aegypti são prioritariamente feitas pela atuação de
agentes comunitários, porém, outras metodologias devem ser agregadas para reforçar o
seu impacto. Neste sentido, os autores concluíram que os alunos do Ensino Fundamental
II demonstraram ser um público altamente interessado e potencialmente capaz de adotar
medidas de combate ao mosquito, além de atuarem como agentes multiplicadores
intervindo na conscientização de seus familiares e amigos.
Quando pensamos em saúde e educação na prevenção de doenças, precisamos
ter em mente que o aluno/ comunidade que recebe as informações deve estar consciente
de todo o processo que envolve esse binômio. Considerando que a maioria dos criadouros
utilizados por Aedes aegypti são produzidos pelo próprio homem e geralmente localizam-
se no ambiente domiciliar ou peridomiciliar. Não terá efeito ideal, se somente dissermos
para a população que não podem armazenar água por causa da dengue. O indivíduo como
ser que aprende e crítico deve ser orientado sobre os motivos que levam a essa ação ser
danosa para a saúde coletiva. Desta forma ele terá capacidade de decidir pelas ações
corretas e entender que estamos em um meio em que cada ação irá influenciar no todo.
Nas áreas biológicas, esse ser pensante precisa ter noções teóricas acerca de
como essa doença se dissemina, para que ele possa construir seus conhecimentos
baseados em fatos e desta forma entender os processos de prevenção e de controle da
dengue. O professor precisa atuar como facilitador demonstrando o ciclo biológico do vetor.
Este processo vai proporcionar ao aluno o conhecimento necessário para saber como ele
e a sua família podem evitar a proliferação dos ovos. Impedir a reprodução de Aedes
aegypti é impedir a transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya. Por isso, é
importante que a comunidade escolar seja orientada sobre a limpeza das bordas das caixas
d’água e de outros recipientes para remoção dos ovos. Também é importante eliminar ou
não permitir o acúmulo de água em qualquer objeto, como: garrafas, pneus e galões. A
identificação e eliminação de criadouros de larvas e de pupas é fundamental para o controle
dos mosquitos, pois impede que eles cheguem à fase adulta e possam transmitir doenças.
Aí entra um papel muito importante da escola e dos professores, devemos orientar para
que esse indivíduo consiga ter noção e raciocinar para criar suas próprias conclusões. E
esse papel não deve ser somente do docente das ciências e da biologia, cabe aqui ter uma

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 55


educação baseada na transdisciplinaridade onde todos os docentes falem a mesma língua
e reforcem a importância de cuidar e pensar no meio ambiente. E principalmente aquele
sentimento de pertencimento, de fazer parte do meio em que está inserido e pensar no
Buen vivir, no bem estar coletivo. Analisar se as ações individuais não estão prejudicando
o coletivo, acarretando prejuízos para a comunidade na qual estes indivíduos estão
inseridos.
Portanto, trabalhar doenças transmitidas por vetores de maneira com que a
população participe é necessário que os primeiros passos sejam abordados dentro do
âmbito escolar, pois é através desse ambiente que a informação vai chegar de forma lúdica,
com uma linguagem popular, assim os alunos do fundamental e até mesmo do ensino
médio, saberão como agir ao diagnosticar em sua residência ou até mesmo na de um
terreno baldio quais os passos a serem seguidos e quem chamar para solucionar o
problema.
E, essas abordagens preventivas não devem ficarem apenas nas mãos dos
professores de ciências, especificamente na área de biologia, mas ser abordado também
em geografia, matemática, história, filosofia e dentre as demais matérias, fazendo com que
o processo de ensino-aprendizagem se torne significativo às vidas que englobam o meio.

Referências

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COCHOY, A. M. et al. El UtzlliiJ K'aslemal· El Raxnaqull K'aslemal "EI Buen Vivir'' de los
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https://www.alainet.org/images/Buen%20Vivir%20Guatemala-pdf.pdf. Acesso em: 3Jun
2020.

FERREIRA, V. et al. Um mosquito e três doenças: ação de combate ao Aedes aegypti e


conscientização sobre dengue, chikungunya e zika em Divinópolis/MG, Brasil. Revista
Brasileira de Extensão Universitária, v. 10, n. 2, p. 49-54, 24 maio 2019.
FRANCO, C. A. G. dos S. et al. Saúde mental e relacional. Curso EAD sobre Saúde
Planetária, módulo 6, Núcleo de Telessaúde do Rio Grande do Sul (TelessaúdeRS-
UFRGS), 2020.
GONÇALVES, R. P. et al. Contribuições recentes sobre conhecimentos, atitudes e
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Acesso em: 20 mai 2020.
MACIEL, I. et al. Epidemiologia e desafios no controle da dengue. Revista de Patologia
Tropical, [S. l.], v. 37, n. 2, p. 111–130, 2008. Disponível em:
https://doi.org/10.5216/rpt.v37i2.4998

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 56


SALES, F. M. S. Ações de educação em saúde para prevenção e controle da dengue: um
estudo em Icaraí, Caucaia, Ceará. Ciência e Saúde Coletiva, [S. l.], v. 13, n. 1, p. 175–
184, 2008. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-81232008000100022. Acesso
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SBARDELOTTO, M. Entrevista com Simón Yampara. O bem-viver como perspectiva
ecobiótica e cosmogônica. IHU online. 2010 Ago 23; 340: 19-22. Disponível em:
http://www.ihuonline.unisinos.br/media/pdf/IHUOnlineEdicao340.pdf. Acesso em: 3 Jun
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SOUZA, J. P. et al. Ações interativas no combate a dengue e chikungunya em
Divinópolis/MG, Brasil. Revista Ciência em Extensão, v. 13, n. 4, p. 10-19, 2017.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 57


UNIDADE 2

ATIVIDADES PEDAGÓGICAS DESENVOLVIDAS POR


PROFESSORES E ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 58


Capítulo 01
LUTE CONTRA A DENGUE, CUIDANDO DO MEIO AMBIENTE

Professora responsável:
Rita Andreia de Souza Melgarejo

Justificativa

Tendo em vista a epidemia que assola as cidades do país e a necessidade de


esclarecimento à população escolar e em seu entorno, se faz necessário fortalecer o
compromisso da comunidade juntamente com os alunos para criarem e executarem tarefas
eficazes no combate de possíveis criadores do Aedes, mostrando os riscos e problemas
futuros para a população. Tornando-se, assim, de alta relevância este projeto.

Definição das ações

Trabalhar junto à comunidade escolar, esclarecendo sobre o vetor e a doença que


vem causando muitas mortes; alertar a comunidade sobre a presença desse mosquito
(Aedes); Trabalhar com os alunos sobre a limpeza de sua casa (pátio, lixo, água parada),
construir com a comunidade escolar slogans e folders mencionando as causas e os
cuidados que devem ter para a preservação; contribuir para a preservação da saúde e
incentivar atitudes de prevenção ao mosquito vetor e a proliferação e como consequência,
a doença.

Metodologia

Gráficos;
Visitas de campo;
Registro com fotos (terrenos, casas abandonadas, piscinas, pátios,costa do Rio
Uruguai);
Entrevistas com moradores;
Criação de jingles e folders;

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 59


Patrulha – Amigos do Meio Ambiente;
Pesquisas na Internet;
Produção de cartazes coletivos sobre o tema;
Gráficos e tabelas;
Micro oficinas sobre a Dengue (bandeirinhas “Abaixo a Dengue”, máscaras de
sucata (mosquitinho), divulgação das atividades em um bloguinho);
Palestras com biólogos;
Divulgação da Campanha com as músicas (jingles);
Composições, textos, redações, desenhos, teatro, murais;

Culminância

Exposição e apresentação dos trabalhos realizados durante o período de


desenvolvimento do projeto. Nas datas já estabelecidas, fazer mostras culturais, com os
alunos, professores e comunidade ao entorno.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da dengue?

Primeiramente tivemos uma conversa informal com os seguintes questionamentos:

Você conhece esse mosquito?

Meu objetivo principal era discutir e trabalhar da forma mais lúdica possível sobre a
transmissão do vírus da Dengue, explicar seu principal transmissor o mosquito Aedes
Aegypti, também debater sobre o que fazer para evitar sua reprodução e como identificar
possíveis sintomas da doença.

Você sabe que doença ele transmite? (Dar tempo para cada aluno falar)

Agora a professora irá conversar com os alunos sobre o mosquito Aedes Aegypti,
que é o transmissor da Dengue, Zica vírus e Chikungunya. Não podemos deixar latas,
pneus, tampinhas, vasos e outros recipientes se tornarem criadouros do mosquito da
Dengue, pois é nesses lugares que eles se criam, em água parada e limpa.

Convidar os alunos para fazerem um passeio aos arredores da escola e observar se


tem algum objeto fora da lixeira e que possa ser lugar para o mosquito se desenvolver.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 60


Como você avalia a ação na sala de aula?

Os alunos mostraram-se interessados, curiosos e responsáveis pelo projeto


desenvolvido e comprometidos pelo combate ao mosquito da Dengue.

Acredito que a escola tenha feito um efetivo trabalho na prevenção do Aedes


Aegypti, pois cada professor trabalhou de forma clara e criativa, levando os alunos a
pesquisa, confecção de gráficos e cartazes com dicas de prevenção. Também tivemos a
visita dos agentes municipais da saúde com distribuição de panfletos e informações da
situação da nossa cidade.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,


jogos, etc).

Como atividade enriquecedora, foi desenvolvido pelos alunos em duplas o jogo da


dengue.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 61


Capítulo 02
COMBATE AO AEDES AEGYPTI

Professor responsável:

José Darci Benites Goulart

Justificativa

Devido à endemia do mosquito transmissor da Dengue, Zika e febre Chikungunya


se faz necessário um maior conhecimento das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e
a tomada de atitudes de conscientização, ação e mudança de comportamento da
comunidade escolar para que alcancemos metas de combate ao mosquito transmissor.

Definição das ações

1º ao 5º ano

Mutirão de limpeza para recolher utensílios que possam virar criadouros no entorno
da escola incentivando a mesma iniciativa em suas casas;
Compor paródias, poemas e rimas sobre a situação vigente;
Leitura de textos informativos;
Entrevistas e palestra com os agentes sanitários;
Distribuição de adesivos sobre o Aedes aegypti;
Exposição de fotos de lugares com possíveis criadouros antes e depois da visitação.

6º ao 9º ano e Ensino Médio Politécnico

Linguagens

Leitura de diferentes gêneros textuais sobre o mosquito e as doenças transmitidas


(tiras, charges, crônicas...) para apropriar-se de informações sobre o assunto;
Produção de paródias;
Peça teatral;
Produção textual.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 62


Ciências da Natureza

Explanação através de vídeos informativos sobre as doenças Dengue, Zika e


Chikungunya e prevenção ao mosquito;
Produção e apresentação de um folheto informativo sobre a prevenção;
Elaboração e aplicação de questionários para que os alunos possam reconhecer e
eliminar focos do mosquito.

Ciências Humanas

Identificação das áreas afetadas pelo Aedes Aegypti geograficamente no Brasil,


direcionando ao município de Itaqui;
Localização no mapa do município os bairros da cidade e o número de focos do
mosquito;
Valorização das ações sociais através de pesquisas;
Realização de limpeza no entorno da escola;
Registro fotográfico do bairro e registo escrito das ações necessárias.

Matemática

Análise estatística dos dados obtidos na Secretaria de saúde do Município e do


questionário aplicado pela escola.

Metodologia

Através de visitas, conversa informal, entrevistas, palestras, vídeos, músicas,


canto, poemas, leituras.

Culminância

Ao final do trimestre, no salão da escola, será feita uma explanação e


demonstração à comunidade escolar dos trabalhos realizados;

Apresentações das paródias, peças teatrais e relato das experiências obtidas.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 63


O projeto foi desenvolvido com um envolvimento significativo de toda a escola,
conscientização dos alunos e da comunidade escolar dos problemas causados e também
sobre como deve se dar a prevenção.

Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Os alunos do ensino médio se envolveram no projeto através da leitura de artigos,


conscientização e organizaram um teatro para fazer apresentação para os alunos do ensino
médio, mas, o foco do teatro foi apresentar para os alunos do fundamental, principalmente
o currículo.

A EJA também se envolveu fazendo seus projetos sobre este tema.

O ensino fundamental se envolveu através da confecção de faixas e cartazes e


pequenas poesias e teatros, como as que enviarei em anexo.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,


jogos, etc).

ZEZINHO E A DENGUE - LIVRO INFANTIL


(João Batista Romani)

Em um terreno baldio
uma sacola jogada,
veio a chuva e alí ficou
um pouco de água parada.

Uma fêmea de mosquito da dengue


voava na região,
ao ver a água parada,
sorriu de satisfação.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 64


Pousou na sacola plástica,
e achou aquilo excelente,
aqui nascerão meus filhotes,
que vão picar muita gente.
E ali botou seus ovinhos,
que em pouco tempo se abriram,
e um monte de mosquitinhos
do terreno baldio saíram.

Cresceram rapidamente,
e um deles contaminado,
picou o menino Zezinho
que ficou adoentado.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 65


É dengue! Disse o médico,
terá que ser internado,
e tratado rapidamente
ou não ficará curado.

Tratado, Zezinho ficou bom,


e já brinca com seus amigos,
e aprendeu com o médico
de onde vem o perigo.

Lixo e plásticos que são jogados,


no mato, na rua ou no quintal,
criam mosquitos, criam ratos,
que vão nos fazer muito mal.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 66


POESIA SOBRE O TEMA TURMA 41

Dengue

A dengue é um problema sério!


Transmitida por um mosquito que só faz mal.
Dependendo da gravidade, pode ser letal.

Febre alta, dores na cabeça e no corpo em geral


Restrição de alimentos, remédios, sofrimento infernal
Baixa a imunidade do infectado podendo causar muito mal.

Precisamos combater esse mosquito, a sociedade em geral


Com medidas muito simples, somente limpar o quintal
Não deixar água parada em nenhum local.

Estamos comprometidos a combater esse mal


Cuidaremos de nossas casas e nossa escola
Teremos boa saúde e viveremos num lugar legal!

ROMANI, João Batista. Zezinho e a Dengue. Prefeitura de Embu das Artes, 2007.
Disponível em: http://cidadeembudasartes.sp.gov.br/embu/portal/noticia/ver/681 Acesso
em: 21/11/2020.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 67


Capítulo 03
TODOS CONTRA A DENGUE, ZIKA VÍRUS E CHIKUNGUNHA

Professora responsável:
Luiza Vanessa Quevedo Mansilha

Justificativa

Devido ao avanço das doenças Dengue, Zika Vírus e Chikungunya percebemos a


necessidade de combater a proliferação do mosquito Aedes Aegypt, para isso nosso
Colégio desenvolverá este projeto, para conscientização de toda comunidade escolar para
se mobilizarem quanto aos riscos e perigos que corremos se todos nós não abraçarmos
está causa. Por essa razão, é preciso que as ações para o controle a essas doenças exijam
não só a participação ativa de diferentes setores da administração pública, mas também a
participação efetiva de cada morador na eliminação de criadouros já existentes, ou de
possíveis locais para reprodução do mosquito. E sendo a escola concebida como um
espaço privilegiado de construção do saber e de implementação da informação justifica-se
a importância da elaboração e implementação desse projeto de intervenção de saúde da
comunidade: COMBATE A DENGUE, ZIKA VÍRUS E CHIKUNGUNYA responsabilidade e
ação coletiva, com vistas à possível solução ou minimização do problema, buscando
estabelecer parcerias com a comunidade local e outros órgãos objetivando a discussão e
desenvolvimento de ações que possam ser coletivamente pensadas e implementadas para
diminuir os casos de incidência de Dengue na escola e na comunidade local, procurando
ainda intervir na manutenção da saúde ambiental, social e física conscientizando a
comunidade escolar local sobre a importância da prevenção e combate dos criadouros do
mosquito no ambiente escolar e comunitário.

Objetivo Geral

Intervir na manutenção da saúde ambiental, social e física conscientizando a


comunidade escolar e local sobre a importância da prevenção e combate dos criadouros
do mosquito Aedes Aegypti no ambiente escolar e comunitário.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 68


Refletir sobre a necessidade de medidas preventivas para o bem social
desenvolvendo atitudes positivas para o cuidado da família com relação ao mosquito Aedes
Aegypt valorizando a saúde e os meios da conservação da mesma redução das epidemias.

Objetivos específicos

• Conhecer as diversas formas de contágios, sintomas, prevenções e


tratamentos;
• Aplicar os conhecimentos adquiridos;
• Promover a saúde na escola e na comunidade local
• Permitir o conhecimento acerca da Dengue, Zika Vírus e Chikungunya;
• Investigar e discutir as condições ambientais da escola e da comunidade
propicia ao surgimento dos criadouros do mosquito Aedes Aegypt;
• Conscientizar os alunos e as pessoas da comunidade local sobre a gravidade
das doenças e de que sua prevenção depende da ação ambiental consciente
de cada cidadão.
• Identificar as formas do contágio, assim como os sintomas e cuidados básicos
para a cura;
• Identificar as regiões brasileiras mais afetadas pela Dengue, Zika Vírus e
Chikungunya.

Metodologia

• Pesquisa de campo na escola e na comunidade local;


• Criação e distribuição de panfletos para divulgação dos resultados
apresentados na pesquisa de campo entre os alunos e entre as pessoas da
comunidade local;
• Elaboração de relatórios escritos sobre a realidade ambiental observada na
escola;
• Discussão oral dirigida nas salas de aula sobre os relatórios dos alunos e de
pessoas da comunidade eliminando os possíveis criadouros encontrados;
• Realização de palestras sobre Dengue, Zika Vírus e Chikungunya nas salas
para os alunos e para as pessoas da comunidade local;

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 69


• Discussão oral coletiva (com os pais dos alunos) sobre o conteúdo abordado
nas palestras;
• Exibição de DVD sobre a Dengue;
• Dramatização de frases e cartazes preventivos da Dengue;
• Ilustrações envolvendo o mosquito da Dengue;
• Pinturas e colagens;
• Criação de paródias de combate à Dengue;
• Passeata pelas ruas do bairro;
• Discussão sobre noticiários;
• Dramatização com fantoches sobre a Dengue;
• Pesquisa nas principais fontes de comunicação;
• Entrevista com adultos a respeito do que fazem para evitar o mosquito;
• Construção de um painel ensinando a prevenir o mosquito;
• Elaborar uma música combatendo o mosquito.

Culminância

Várias atividades marcaram a culminância do Projeto com a participação de


entidades como a da Secretaria de Saúde, Secretaria do Meio Ambiente, IBAMA, Vigilância
Sanitária e do Centro de Formação de Condutores – CFC Uruguaiana Ltda.

Avaliação

Terá caráter contínuo e processual, através de discussões orais, nas salas de aula
com os alunos e reuniões onde as demais pessoas envolvidas deverão colocar suas
opiniões sobre as ações implementadas, considerando-se também, as aprendizagens
demonstradas pelos alunos no decorrer das atividades do projeto, bem como os resultados
apresentados na escola e na comunidade após o desenvolvimento do mesmo.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito?

• Palestra sobre o tema;


• Teatros
• Confecção de jogos;

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 70


• Paródias;
• Confecção da fantasia dos mosquitos (macho, fêmea, ovo, larva e pupa);
• Caça palavras e exercícios;
• Reunião com os professores;
• Mostra Cultural e pedagógica, entre outros.

Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Após as atividades planejadas, observei que os alunos e comunidade escolar em


geral começaram pequenas ações em suas casas até mesmo no colégio: como não
acumular água parada e possíveis lixos para tal. Foi bastante significativo.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,


jogos, etc).

• Apresentação das Fantasias Confeccionadas:

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 71


Capítulo 04
AEDES AEGYPTI

Professora responsável:
Lia Guiomar de Carvalho Silveira

Justificativa

O presente projeto se faz necessário devido ao crescimento de focos do mosquito


em nossa cidade e a aproximação do período de chuvas, em que o risco de proliferação é
maior. A conscientização sobre os cuidados que devemos ter para que esta proliferação
não aconteça é de extrema importância para todos.

Definição das ações

Construção de panfletos, convites, histórias, cartazes, painéis, panfletagem,


palestras, passeios, vídeos, rodinhas de conversa, desafios, jogos, compreensão e
interpretação de textos, pesquisas, mural de reportagens, confecção do mosquito com
sucata, origami, viseira, atividades no pátio (em busca de possíveis criadouros).

Metodologia

Serão utilizadas atividades diversificadas e lúdicas, que envolvam a comunidade


escolar.

Culminância

Mostra pedagógica do trabalho feito pelos alunos com seus professores, com a
participação da comunidade escolar.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

Palestras, filmes, pesquisas, confecção de painel para comunidade e visita do


mosquito da Dengue.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 72


Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Pois se acredita que através da educação em saúde se pode ampliar o conhecimento


da comunidade, levando a mudança de hábitos e incentivando a participação ativa da
população nas atividades propostas. Também se considera de suma importância o
acompanhamento de profissionais habilitados na área como enfermeiros, palestrantes e
agentes de saúde.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos,


desenhos, jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 73


Capítulo 05
A PREVENÇÃO É O MAIS IMPORTANTE

Professoras responsáveis:
Alessandra Mello Valladares Vessozi
Cristiane Viana da Silva
Dileusa Rosete Rodrigues Gonçalves
Marleide Cordeiro Venquiaruto Cordeiro
Nívea Terezinha Pinto Neri

Justificativa

Em virtude das informações alarmantes do aumento da incidência do mosquito


Aedes Aegypti em todo o Brasil, mas mais especificamente na região sul, faz-se urgente o
trabalho de estudo e conscientização dos cuidados com nossas casas, nossos pátios e com
nossa comunidade escolar em busca da prevenção desse inseto para que não chegue a
nossa cidade, e que se já houver chegado, que não se propague.

Definição das ações

Primeiramente, em sala de aula, os alunos apropriaram do tema com auxílio dos


professores em aulas expositivas dialogadas, cada um expondo seus conhecimentos
prévios do assunto.

Metodologia

Posteriormente estabeleceu-se parceria com a Secretaria Municipal de Meio


Ambiente, com a Coordenadoria Regional de Saúde – com o empréstimo da fantasia do
mosquito – e com o 10º Batalhão Logístico do Exército na realização de Palestra a respeito
da Dengue e de seus sintomas, bem como da prevenção e dos cuidados com o Zica vírus
e com o Chikungunya.

Culminância

Após a realização das palestras, em sala de aula, os alunos realizaram uma série de
trabalhos práticos como a confecção de cartazes e folders para serem entregue na
comunidade entorno da escola, bem como ao seu vizinho e familiares, alertando-os de
como prevenirem-se e manterem a limpeza de seus pátios, redação de textos e histórias

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 74


em quadrinhos, montagem de painéis no saguão da escola com orientações à comunidade
escolar.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

A escola fez palestras com pessoas da saúde do município que conversaram com
os alunos sobre a Dengue, os sintomas, como prevenir a doença e os cuidados com a água
parada em casa.

Como você avalia a ação na sala de aula?

Cada turma trabalhou com textos diversos informativos e histórias em quadrinhos


sobre o tema. Especificamente, nas turmas maiores foram feitas produções textuais sobre
o que os alunos sabiam ou pesquisaram sobre a doença. Nas atividades de Arte, foram
feitos cartazes com os sintomas e cuidados em casa e na escola sobre quais prevenções
e atitudes todos deveriam tomar.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,


jogos, etc).

Textos desenvolvidos na área de Linguagens e Ciências da Natureza:

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 75


“É hora de esquentar a briga contra o mosquito.” Esta expressão significa:
___________________________________________________________
O que você aprendeu com esse texto?
___________________________________________________________
Qual é o mosquito causador da Dengue?
___________________________________________________________
Leia esta frase, que fala sobre os sintomas da Dengue:
“Os principais sintomas são febre, dor de cabeça forte, dor nos músculos, nos olhos e nos
ossos.”

A frase abaixo que também fala de um sintoma dessa doença é:

(a) “O AEDES AEGYPTI é um mosquito que põe ovos em locais com água limpa e parada
(...)”
(b) “Dengue é uma doença causada por um vírus (...)”
(c) “Às vezes causa manchas vermelhas na pele.”
(d) “Não existe vacina contra a Dengue!”

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 76


Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,
jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 77


Capítulo 06
DA DENGUE VAMOS CUIDAR

Professora responsável:
Lucélia Lopes Saling

Justificativa

Partindo do princípio de que educação ambiental é um processo longo e contínuo,


devemos mudar nossos hábitos e atitudes de maneira espontânea, trabalhando situações
que possibilitem à comunidade escolar pensar propostas de intervenção na realidade que
nos cerca. Presume-se que na criança é mais fácil desenvolver a sensibilidade, o gosto e
o amor pela natureza, já no adulto, algumas vezes, é preciso desenvolver o respeito,
sabendo que a destruição do meio ambiente não é por falta de conhecimento, mas devido
a inconsequência das atitudes do homem diante do desenvolvimento tecnológico.

Garantir a sustentabilidade na comunidade escolar cria-se um marco de expansão


social sendo cada indivíduo um cidadão multiplicador e responsável pela conservação do
meio; como se apresenta hoje, a necessidade da erradicação de doenças advindas do
cuidado com o meio ambiente como a proliferação do mosquito Aedes Aegypti.

Objetivo geral

Oferecer meios efetivos para que cada aluno tenha suas potencialidades
desenvolvidas, adotando posturas comportamentais que lhe permitam viver
harmoniosamente em uma sociedade ambientalmente sustentável contribuindo assim para
a preservação da saúde.

Objetivos específicos

Motivar os alunos com propostas de atividades que coloquem como fiscalizador do


espaço escolar e da comunidade do entorno;
Identificar o mosquito transmissor Aedes Aegypti diagnosticando as dificuldades em
contê-lo;
Reconhecer os sintomas da Dengue, a Chikungunya e Zika;

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 78


Conscientizar a população sobre a contribuição individual na prevenção de doenças
causadas pelo Aedes Aegypti;
Reconhecer como os hábitos de higiene ajudam a manter a saúde e a prevenir
doenças;
Coletar informações sobre o Aedes Aegypti e as doenças que causa, concretizando
este conhecimento na leitura, produção textual, exposição de ideias, despertando no
aluno a consciência de que o mesmo é parte do ecossistema;
Registrar as informações obtidas construindo gráficos e tabelas através da
observação do pátio de cada um, identificando a incidência das doenças causadas
pelo mosquito nos Estados brasileiros, países vizinhos e sua migração no mundo.

Público alvo

Comunidade escolar;
Comunidade no entorno.

Estratégias

Sensibilização e mobilização em torno do meio ambiente e seus problemas;


Conscientização da comunidade escolar com vídeos e campanhas sobre a
proliferação e doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti;
Visitas no bairro;
Construção e expressão de conhecimento através de: pesquisas, leituras,
produção de textos, álbuns, parodias, músicas, dramatizações, dança, fotos e
vídeos;
Produção de repelente caseiro;
Registro de informações através de gráficos e tabelas;

Plantio de mudas de citronela como repelente natural.

Avaliação

A avaliação deverá ser contínua, através de observação, registro de participação e


envolvimento de cada aluno.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 79


Ação na sala: foi um tema muito comentado, os alunos pesquisaram os modos de
contaminação e meios para evitar, fizeram desenhos, interpretação de texto, produção de
texto (hq), receita.

Atividade: uma avó da turma, trouxe a planta citronela e preparamos um repelente


natural, que consistia em álcool e folhas de citronela.

Como você avalia a ação na sala de aula?

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos,


desenhos, jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 80


Capítulo 07
DENGUE, PREVENÇÃO PARA A ELIMINAÇÃO

Professora responsável:
Sandra Xavier

Justificativa

Tendo em vista a necessidade de esclarecimento à população escolar, sobre a


facilidade de propagação do vírus, e a agressividade do Zika Vírus, faz com que este projeto
se torne de alta relevância.

Objetivo

Trabalhar junto à comunidade escolar, esclarecendo sobre o vetor e a doença que


vem causando muitas mortes. Contribuir para a preservação da saúde e incentivar atitudes
de prevenção ao mosquito e como consequência a doença.

Objetivos específicos

Identificar o mosquito Aedes aegypti;


Reconhecer os sintomas do Dengue, febre Chikungunya e Zika Vírus;
Diagnosticar as dificuldades em conter o mosquito transmissor;
Conscientizar a população sobre a contribuição de cada um na prevenção da
Dengue;
Reconhecer como os hábitos de higiene ajudam a manter a saúde e a prevenir
doenças;
Ter cuidado com o armazenamento do lixo;
Aprender a selecionar o armazenamento do lixo: material reutilizável e lixo
orgânico.

Público alvo

Comunidade escola;
Comunidade em geral.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 81


Estratégias

Sensibilizar professores, alunos com vídeos de campanha sobre a Dengue,


Chikungunya e Zika Vírus;
Exibição de vídeos sobre a doença e como evitá-la;
Pesquisa na internet sobre a Dengue.

Atividades

Palestra com pessoal do quartel;


Produção de frases coletivas sobre como evitar a doença;
Produção de cartazes coletivos sobre a Dengue;
Confecção de máscaras, "mosquitinhos" de sucata, bandeirinhas "abaixo a Dengue"!
Montagem de mini álbum da Dengue.

Avaliação

Participação e envolvimento nas atividades propostas;


Postura atitudinal na construção dos materiais.

Recursos

Pesquisas na Internet
Exibição de vídeos
TV
Humanos

Materiais

Computador;
Internet;
Livros;
Jornais;
Material para confecção de cartazes e máscaras: cola, tesoura, papel pardo, folha
sulfite, pincel atômico várias cores, etc. Sucata para construção dos mosquitinhos
como: caixinhas de papelão, garrafas pet com tampinhas.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 82


OBS: As atividades de nosso projeto serão realizadas durante o decorrer de todo o
ano letivo com o intuito de prevenção. Por este motivo temos atividades sem data marcada,
pois dependemos das situações adversas que se apresentarem.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

As ações realizadas na escola, iniciaram através da provocação, ou seja, perguntas


aos alunos sobre o que eles sabiam sobre o mosquito da Dengue? Qual a maneira de se
proteger da Dengue? Quais as principais dúvidas sobre esse tema e que ações cada
educando poderia ter para se cuidar e orientar sua família e comunidade.

Também houve a sensibilização através de um vídeo e debate do que poderiam


fazer para a continuidade do projeto. Quanto ao debate foram elencadas ideias de feitura
de cartazes e panfletos com orientações relevantes para. Sendo os primeiros colocados
nas salas de aulas e em lugares estratégicos da escola e os segundos distribuídos na
comunidade.

Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Como toda e qualquer educadora, tive a preocupação de passar orientações que


fossem relevantes no dia a dia dos meus educandos, mas a mudança de hábitos é pessoal
e individual, por isso acredito pelo que fizemos que muitos assimilaram o objetivo desse
projeto que foi o de obter esclarecimento, prevenção e porque não dizer o de transmitir
informações a sua família e comunidade.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,


jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 83


Capítulo 08
TODOS CONTRA A DENGUE

Professora responsável:
Rosa Maria Beheregaray Fagundes

Justificativa

Devido a grande preocupação com uma das maiores epidemias de Dengue que
assola nosso país e tendo em vista uma possível epidemia em nosso município, faz-se
necessário o esclarecimento de nossa comunidade escolar da gravidade causada pelo
mosquito Aedes Aegypti.

Definição das ações

Palestras com agentes de saúde do bairro para esclarecimentos sobre a doença e


importância dos hábitos de higiene no ambiente e motivação para o projeto a ser
desenvolvido.
Observação do entorno da escola para identificação de possíveis criadouros para o
mosquito.
Rodas de discussões sobre o que foi visualizado.
Jogos entre turmas sobre o mosquito, doença, causas e prevenção.
Confecção de cartazes, desenhos, histórias em quadrinhos e produções textuais
sobre o tema.
Produção de panfletos informativos para serem distribuídos na comunidade escolar.
Confecção de um mural sobre o mosquito, doença, causas, prevenção como
informativo para comunidade escolar notícias de jornais, dados sobre a Dengue em
nosso município.
Troca de informações entre as turmas.
Conversas de alunos do 4º e 5º ano com alunos do 1º, 2º e 3º ano de motivação à
participação no projeto e exposições sobre os conhecimentos adquiridos durante o
projeto.
Rodízio entre as turmas para conservação do ambiente escolar a fim de encontrar
possíveis focos de mosquito.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 84


Metodologia

Trabalho em conjunto com profissionais da saúde do bairro, para esclarecimentos,


motivação e aquisição de dados concretos sobre a Dengue no nosso município e
possíveis focos no bairro em que está localizada a escola.
Atividades artísticas na produção de cartazes, panfletos e mural.
Usar o tema Dengue nas atividades realizadas em sala de aula de forma
multidisciplinar.
Observação do desenvolvimento e envolvimento dos alunos nas atividades
propostas.

Culminância

Mostra de fotos para comunidade escolar das atividades realizadas externamente e


em sala de aula durante o projeto.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

Na escola, houve uma palestra em 2019, realizada pelos estudantes da UNIPAMPA.


E dando continuidade ao trabalho do ano passado, resolvemos realizar mais atividades.

Como você avalia a ação na sua sala de aula?

As ações desenvolvidas foram satisfatórias, pois os diálogos, questionamentos e


exercícios, motivaram os alunos; sendo que eles aprenderam como agir, cuidando o
ambiente; mudando hábitos para a Prevenção da Dengue. Foi retomado o conceito; como
e onde se reproduz o mosquito; doenças que causa; sintomas; como prevenir; etc.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,


jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 85


Continuação...

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 86


Capítulo 09
BATIDA LEGAL

Professoras responsáveis:
Elisabete dos Santos Rieta
Andrea Magale Berro Vernier

Justificativa

No contexto atual, a escola assume, cada vez mais, atribuições específicas na


formação de pessoas da comunidade. E para que exista uma maior integração entre escola
e comunidade, é preciso estarmos atentos as demandas dela, e a partir delas construirmos
o aprendizado significativo na formação do educando.

Assim, baseados na realidade local e atentos as necessidades sociais, observamos


que o aumento de doenças transmitidas é preocupante, uma vez que essas podem levar a
morte.

Então, é imprescindível que o mosquito vetor vire tema de trabalho em nossas salas
de aula. Para isso, é importante intervir pedagogicamente, de maneira a incentivar práticas
criativas e viáveis no combate ao mosquito.

Por acreditarmos que mais do que formar o indivíduo, a escola tem o compromisso
de levar as informações até a comunidade e assim provar uma mudança de postura diante
dos desafios, é que esse projeto será desenvolvido.

Objetivo

Promover medidas de conscientização, prevenção e combate ao Aedes Aegypti


através da pesquisa local e a busca de alternativas que promovam o desenvolvimento de
ações e a responsabilização dos integrantes da escola e os membros da comunidade.

Definição das ações

Capacitação de professores, funcionários e alunos;


Orientação e informação para os pais;

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 87


Levantamento da realidade da escola, do seu entorno e ambiente familiar;
Identificação de possíveis focos de criação do mosquito;
Registros fotográficos;
Filmagem;
Elaboração de um dossiê com atribuição do poder público;
Entrega do dossiê para a Câmara de Vereadores;
Dicas de limpeza e manutenção de ambientes;
Pesquisa;
Relatório;
Confecção do boneco do mosquito vetor;
Desenhos e ilustrações;
Histórias em quadrinhos
Folders informativos;
Produções textuais (paródias, poesias);
Construção de um blog: (Juventude Consciente);
Análise e construção de gráficos, tabelas, reportagens e sites;
22/03- Dia mundial da água: Debate e relações com o tema em estudo.

Metodologia

O projeto será desenvolvido na escola, com os professores, funcionários, alunos do


1° ao 9° e pais.

Primeiramente, será feito a apresentação do tema e a fundamentação dos


professores, funcionários, alunos e pais.

Logo, os professores farão um levantamento com identificação dos possíveis focos


de procriação do mosquito. Tudo será devidamente registrado com fotografias e filmagem.

A partir desse levantamento, na escola e seu entorno, o projeto será construído com
atividades diversificadas envolvendo todas as áreas do conhecimento.

Culminância

Será no dia 09/04, o mutirão em parceria com a vigilância sanitária: Caminhada


na comunidade com acompanhamento do carro de som, distribuição de panfletos, visitas
às casas para esclarecimento e orientações a comunidade.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 88


Avaliação

O projeto será considerado válido se conseguirmos instituir práticas e mudanças de


comportamento na rotina das pessoas ao longo de suas vidas, não só durante o período
determinado.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

Ação com o 9A foi proposto que os estudantes realizassem o Quiz, e depois fizessem
uma "Batida do Bem" Procurando em seu ambiente familiar, locais que pudessem servir
como criadouros do mosquito, juntamente com a solicitação de higienização desses locais
propomos um registro fotográfico da ação.

Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Avalio como muito positiva a atividade.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,


jogos, etc).

Fotos da palestra do pessoal da saúde ESF03

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 89


Capítulo 10
COMBATE AO AEDES AEGYPTI UMA AÇÃO DE TODOS

Professora responsável:

Adriana da Silva Gomes

Justificativa

Partindo do princípio de que a Educação Ambiental nas escolas é um processo longo


e contínuo, e mudar isso não é uma tarefa fácil, há uma necessidade de mudança que
devem ser espontâneas e conscientes, para que ela possa de fato ocorrer. Por isso a
importância de pequenos atos em nossas casa, escola comunidade, granjas, estâncias e
arredores, pode fazer a diferença.
Há uma grande preocupação de contemplar, questões relacionadas ao meio que
vive o aluno, onde o mesmo está inserido de forma participativa e coletiva, sendo capaz de
estabelecer fatos concretos, atuarem na realidade ambiental de um modo comprometido
com a vida, com o bem estar de cada um e da sociedade em geral. E para atingirmos esse
objetivo é preciso que a escola trabalhe com informações concretas e atitudes que desperte
uma consciência múltipla com o objetivo de despertar os alunos para que todos possam ter
o despertar dessa consciência com toda a comunidade escolar.

Objetivo geral

Estimular os alunos a compreender a importância da limpeza do meio ambiente e


sua participação no cuidado com o lugar onde vive é essencial nas mudanças de atitudes
a formação de novos hábitos, em relação ao indivíduo e a importância para a sobrevivência
da humanidade, o combate ao mosquito AEDES AEGYPTI, e todos aqueles agentes
transmissores de qualquer doença, que possa prejudicar a população, garantindo a saúde
de toda comunidade.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 90


Objetivos específicos

Introduzir e conhecer dentro do projeto, a importância do saneamento básico;


Conhecer os problemas do uso e do tratamento da água e mostrar a importância
dos sistemas de saneamento básico para o bem estar da população.
Repassar conhecimentos sobre o uso racional da água e a gestão dos resíduos
sólidos domésticos (lixo), sensibilizando para a redução e reciclagem;
Compreender que o saneamento básico é um dos problemas ambientais mais
preocupantes e associar a ele a proliferação de mosquitos;
Perceber a importância dos cuidados com a saúde.

Definição das ações

Transmitir informações sobre a preservação, e cuidados como o mosquito para os


alunos do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental.
Visualizar lugares que poderão ter larvas dos mosquitos.
Conhecer através de desenho, o mosquito transmissor, doenças.
Realizar passeatas pelo bairro, como panfletos e faixas.
Desenvolver, dançar, músicas e dramatizações sobre o mosquito transmissor.
Elaborar atividades variadas.
Com os alunos do quarto e quinto ano do ensino fundamental, debater e registrar as
informações através de montagem de texto, vídeos educativos.
Confecção de cartazes, panfletos, contos e dramatização sobre o mosquito
transmissor.
Criar ações coletivas e fiscalizadoras dentro da escola com os alunos do sexto e
nono ano do ensino fundamental e do ensino médio, com os dois turnos.

Começar o projeto pelas áreas do conhecimento

Linguagens

Conscientizar os alunos através de diálogo e produção textual.


Confeccionar cartazes para expor em locais públicos da vila (Plano Alto)
Levantamento de possíveis focos.
Conhecer contexto hispano-americano (histórico)

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 91


Origem das terminologias relacionadas ao mosquito.
Reconhecer a influência dos vírus em questão no desempenho físico dos atletas.
Construção de frases e faixas.

Ciências humanas

Apresentar aos alunos o mosquito com sua história e seu histórico, através de
vídeo e pesquisa.
Elaboração de perguntas sobre o mosquito transmissor que serão elaboradas
pelos alunos e aplicadas às suas famílias;
Sistematizar o resultado das pesquisas.
Divulgar os dados coletados a partir da pesquisa feita a suas famílias na escola e
na comunidade.

Ciências da natureza e matemática

Pesquisar e conhecer doenças que o mosquito transmite como: Zika, Dengue e


Chikungunya.
Analisar dados obtidos
Estudar mecanismo de transmissão.
Observar rede de esgotos (saneamento básico).
Realizar tabulação de dados.
Investigar possíveis criadouros na comunidade e o grau de informação das famílias
sobre o entendimento e conhecimento sobre as doenças.

Culminância do projeto

O projeto faz-se necessário para colocar em prática todas estas ações no dia- dia,
através de pequenos atos que darão início a mudanças de hábitos e atitudes na
comunidade devem ser responsabilidades de todos. Na escola serão realizados seminários
com apresentação de dados e ações realizadas durante o ano letivo, pelos alunos, na
comunidade, com a presença de autoridades e instituições públicas, ligadas à saúde.

Data prevista para a culminância do projeto, final do mês de novembro e início de


dezembro de dois mil e dezesseis. Que manterá sua continuidade no próximo ano .

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 92


Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

Palestra com as responsáveis pela Vigilância Epidemiológica do Município;


Atividades pedagógicas diversas
Mostra de trabalhos construídos pelos alunos
Apresentação da música Zum Zum Zum Mosquito

Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Mesmo sendo crianças dos anos iniciais elas conseguiram aprofundar e consolidar
os conhecimentos sobre a importância da prevenção da Dengue

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,


jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 93


Capítulo 11
DENGUE

Professora responsável:
Leila Cristiane Ferrari Krohn

Justificativa

Tendo em vista a epidemia que assusta nosso país é necessário que se faça um
trabalho de esclarecimento à comunidade escolar para que juntos possamos prevenir e
evitar que nosso município seja infectado. Dentro deste projeto é importante que a criança
aprenda de forma contextualizada, interdisciplinar e transversal e que nesse processo seja
respeitada sua faixa etária.

Objetivo geral

Trabalhar junto à comunidade escolar esclarecendo sobre o vetor e a doença que


vem causando muitas mortes. Contribuir para a prevenção da saúde e incentivar atitudes
de prevenção ao mosquito da Dengue e a proliferação do Aedes Aegypti.

Objetivos específicos

Identificar o mosquito transmissor Aedes Aegypti.


Reconhecer os sintomas da Dengue. Chikungunya e Zica;
Conscientizar a população sobre a contribuição de cada um na prevenção da
Dengue;
Reconhecer como os hábitos de higiene ajudam a manter a saúde e prevenir
doenças.
Ter cuidado com o armazenamento de lixo.
Aprender a selecionar o armazenamento do lixo: material reutilizável e lixo orgânico.
Solicitar aos órgãos competentes a colocação de lixeiras resistentes nos locais
públicos.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 94


Público alvo

Comunidade em geral.

Estratégias

Sensibilizar todos sobre a importância do projeto.


Apresentação de músicas rítmicas para que todos possam cantar.
Exibição de vídeos sobre a doença e como evitá-la.
Leitura dos noticiários sobre Dengue.
Pesquisar na internet sobre a Dengue.
Atividades de teatro, fantoche, desenhos.
Criação de textos, paródias, cartazes, histórias em quadrinhos, poesias.
Confecção de panfletos informativos e distribuição desse material a população.
Criação da Patrulha Ambiental para cuidar da escola.
Atividades sobre mitos e verdades sobre a Dengue.
Mostra de fotos de locais públicos favoráveis à proliferação do mosquito da Dengue.

Culminância

Mostra dos trabalhos realizados durante o projeto, no calçadão da cidade com apoio
de órgãos públicos.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

Realizamos palestras, passeios na cidade para a verificação do lixo que acumulado,


pode também acumular água e assim favorecer a proliferação do mosquito. As crianças se
tornaram Patrulheiros do Meio Ambiente com crachá e responsabilidades. Escrevemos
uma carta ao poder público e entregamos ao prefeito, contendo sugestões de ações para
o combate ao mosquito, assim como a o recolhimento seletivo do lixo, que é um problema
grande em nossa cidade.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 95


Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Positiva, pois os alunos se sentiram responsáveis em realizar as ações combinadas, assim


como fiscalizar se outras pessoas na escola, em casa, na vizinhança estavam realizando
as ações solicitadas para a prevenção à Dengue.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida ? Fotos, trabalhos, desenhos,


jogos.. .etc...

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 96


Capítulo 12
TODOS A FAVOR DA VIDA

Professora responsável:
Joana Maristela Moreira Moleda

Justificativa

Diante da situação caótica dos últimos anos, que inicia com aumento de doenças
transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como: Dengue, Zika Vírus, e Chikungunya, faz
necessário planejar ações na escola de esclarecimentos, afim sensibilizar a comunidade
escolar, com medidas preventivas ao mosquito.

Definição das ações

Sensibilização sala de aula professores/ alunos;


Apresentações de materiais informativos, sobre o assunto (textos,jornais, panfletos);
Organizações de frases, cartazes, murais, acrósticos (na sala de aula, com
pesquisas e notícias sobre informações atuais sobre a doença no Brasil);
Confecção de panfletos informativos;
Vídeos informativos;
Ofícios às autoridades, pedindo limpeza no bairro;
Fala com alunos-Secretaria da saúde;
Panfletagem informativa do bairro. (caminhada);
Mutirão parte interna da escola. (limpeza).

Metodologia

No decorrer do projeto, todos os, professores, funcionários, alunos, pais Líderes


Comunitários, agentes da saúde estarão mobilizados na campanha de combate ao
mosquito Aedes aegypti, através da participação e interação nas atividades, tomando
consciência aos cuidados que devemos ter para evitar essa doença: através de palestras,
vídeos, debates com os pais, autoridades e agentes da saúde.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 97


Culminância

Relato das turmas da caminhada. Mutirão” Cidade Limpa” com a participação dos
agentes da saúde, prefeitura, líderes comunitários e comunidade. Dia 1º/04 pela manhã e
tarde.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?


Palestras;
Vídeos;
Caminhada pela comunidade;
Confecção de frases;
Panfletos.

Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Na sala de aula foi muito bom o trabalho de conscientização com bons resultados
tanto no ambiente escolar como na comunidade (os alunos traziam questões do seu
cotidiano-vizinhos que onde eles falavam de como prevenir e combater o mosquito),
promovendo uma boa discussão sobre o tema.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,


jogos, etc).

Discussão sobre o tema.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 98


Continuação…

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 99


Capítulo 13
ESCOLA EM MULTIRÃO, XÔ AEDES AEGYPTI

Professora responsável:
Elizabeth Cardoso Caffarate

Justificativa

Devido às condições climáticas, do município de Uruguaiana, favoráveis a


proliferação do mosquito Aedes Aegypti, torna-se imprescindível uma ação coletiva de
combate e extermínio do mesmo. Para tanto é importante que a comunidade, desse
educandário, seja alertada e informada do processo evolutivo do mosquito e também os
cuidados preventivos que devem ser adotados por todos. Alertar sobre os principais
sintomas da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, suas consequências e implicações na
saúde das pessoas.

Objetivo geral

Mobilizar, sensibilizar e conscientizar a comunidade escolar, quanto à necessidade


de uma ação solidária e coletiva para prevenir a proliferação do mosquito Aedes Aegypti
transmissor do vírus da Dengue. Esclarecer que somente com ações coletivas e solidárias
é que poderemos ajudar a combater e possivelmente exterminar os criadouros. Dessa
forma é importante o esclarecimento das consequências que a picada, do mosquito
infectado, pode ocasionar aos seres humanos. Reconhecer a importância dos hábitos de
higiene do entorno das residências, pois esta é uma doença que pode levar a morte.

Objetivos Específicos

Conhecer a origem do mosquito Aedes Aegypt;


Conhecer os sintomas, as diversas formas de contágio, prevenção e tratamento da
Dengue, Chikungunya e Zika Vírus;
Reconhecer a importância dos hábitos de higiene local como forma de manter a
saúde e prevenir doenças;
Pesquisar e construir gráficos e tabelas que representam números da Dengue
ocorridos na cidade, estado e país;
Criar textos, músicas, histórias em quadrinhos, desenhos, dramatizações;
Adquirir hábitos e atitudes que visem acabar com os focos do mosquito;

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 100


Orientar sobre a importância do uso de repelentes e formulação dos repelentes
naturais;
Valorizar ações relacionadas cidadania visando a solidariedade;
Aplicar os conhecimentos adquiridos.

Público alvo

Comunidade escolar.

Estratégias

Palestra com um funcionário do posto de saúde da comunidade escolar, com a


finalidade de conscientizar e esclarecer sobre os sintomas e prevenção da doença
transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti;
Envolver e sensibilizar a comunidade escolar através de encontros informativos
vídeos, pesquisas e esclarecimentos sobre o tema;
Levantamento de dados estatísticos, pelos alunos, a respeito do mosquito Aedes
Aegypti de que maneira e quando ele pode transmitir a Dengue;
Utilização das tecnologias e mídias para motivar o trabalho de pesquisa e as demais
atividades;
Debate a respeito do tema;
Ronda pela escola e entorno a procura de focos do mosquito;
Mural interativo para exposição dos trabalhos.

Atividades

Criação de folder e cartazes informativos;


Medidas de prevenção;
Produção textual: poesias, rimas, músicas, redações, etc.;
Histórias matemáticas;
Passeio no pátio, para observação e relato da atividade;
Produção de um painel com atitudes certas e erradas com relação ao tema;
Trabalho de campo com os alunos do 6 ano ao 92 ano, na comunidade escolar;
Estudo de gráficos e tabelas;
Apresentação teatral da história "O Mosquitão";
Teatro de fantoches;
Confecção de máscaras;

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 101


Desenhos e criação de histórias em quadrinhos;
Apresentação de vídeos relacionados ao mosquito Aedes Aegypti;
Desenvolvimento de um repelente natural caseiro;
Exposição dos trabalhos para a comunidade.

Obs. As atividades serão adaptadas de acordo com a turma, adequando ao grau


de dificuldades.

Avaliação

Acompanhamento e análise do desenvolvimento e comprometimento dos alunos,


nas atividades propostas, mediante a participação oral e escrita.

Recursos

Computadores, Internet, DVD/TV, Data show, câmera digital, pen-drive;


Revistas, jornais, livros;
Materiais diversos: lápis de cor, canetinhas, cartolinas, cola, cola colorida, fita
adesiva,
TNT, tesoura, EVA, papel pardo, folha sulfite, régua, folhas coloridas, figuras do
mosquito.

Culminância
Exposição dos trabalhos realizados, pelos alunos, durante o projeto. (o vento será
aberto a toda a comunidade escolar e contará com o mutirão da limpeza através da
prefeitura municipal de Uruguaiana).

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

Palestras e atividades ministradas pela equipe de enfermagem no posto da


Profilurb.

Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Todos alunos participaram ativamente das atividades

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 102


Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,
jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 103


Capítulo 14
DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA VÍRUS

Professora responsável:
Dinorah Gomes

Introdução

Este projeto será aplicado no intuito de identificar, conscientizar e erradicar a


proliferação do vetor Aedes Aegypt transmissor da Dengue Chikungunya e Zica vírus.
Conhecendo e compreendendo de modo integrado e sobre e sobre o ciclo, a profilaxia e o
tratamento para combatermos essas doenças no qual o mosquito nos transmite.

Objetivo geral

Verificar os fatores que contribuem para a incidência do vetor (Aedes aegypti).

Objetivos específicos

Identificar o mosquito transmissor Aedes aegypti;


Reconhecer os sintomas do Dengue, Chikungunya e Zica ;
Diagnosticar as dificuldades em conter o mosquito transmissor;
Conscientizar a população sobre a construção de cada um na prevenção do Dengue.
Reconhecer como os hábitos de higiene ajudam a manter a saúde e a prevenir
doenças.
Ter cuidado com o armazenamento de lixo.
Aprender a selecionar o armazenamento do lixo: material reutilizável e lixo orgânico.

Público alvo

Comunidade escolar de 1º ao 9º ano.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 104


Estratégias

Sensibilizar professores, alunos sobre a Dengue, Chikungunya e Zika Vírus.


Exibição de polígrafos sobre a doença e como evitá-la.
Leitura de noticiários sobre a Dengue.
Pesquisa na internet sobre a Dengue.

Justificativa

Tendo em vista a epidemia que assola o Brasil e a necessidade de esclarecimento


à população escolar,torna-se de alta relevância este projeto. Faz-se necessário a utilização
de métodos de pesquisa para o melhor conhecimento dos hábitos de dispersão do Aedes
aegypti juntamente com sua capacidade de disseminar a doença.

Metodologia

Noção de Vírus / Pesquisas


Confecção de cartazes
Localização da África e do continente
Folder informativo em espanhol
Dengue comum e Dengue Hemorrágica / qual é a sua diferença
A história de onde surgiu o Zika Vírus
Sintomas (pesquisa)

1 - Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

Conversa inicial formal com os alunos sobre o projeto.

Pesquisa sobre a diferença do mosquito dengue e aedes

Produção textual.

Histórias em quadrinhos

Mural sobre o assunto.

Caminhada e panfletagem na comunidade feita pelos alunos de conscientização

Distribuição de material, distribuído pela Secretaria de Saúde

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 105


Rodas de conversas com a comunidade escolar sobre a dengue.

Gráficos.

Trabalhos com material reciclável

Participação da Estratégia da família, pelos profissionais da saúde, com palestras, jogos


didáticos, com a prática de atividade física com os alunos.

2 - Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Avaliação direta, indireta e continuada, realização de trabalhos. Participação dos alunos


em palestras, conscientização e cuidados higiene e saúde junto dos alunos

SONDAGEM DE PORTUGUÊS E MATEMÁTICA 4º ANO

Escola:________________________________________________

Professora:______________________________ Data:__/__/2012

Nome:__________________________________Turma:_______Ano

Atividade Diagnóstica de Português e Matemática

Numa tarde ensolarada, João e sua mãe saíram a passeio pelas alamedas da
vizinhança em direção à praça. João se divertia pedalando a nova bicicleta que ganhara
de Natal, enquanto sua mãe admirava-o com orgulho.

Lá chegando, a mãe acomodou-se em seu banco predileto enquanto João circulava


animadamente ao redor da praça. Por alguns instantes a mãe não o enxergava oculto pelas
grandes árvores, mas ficava sossegada, pois conhecia a habilidade de João.

Cada vez que passava pelo banco da mãe João acenava e ela olhava-o
envaidecida.

Depois de passar várias vezes pela mãe, o menino resolver demonstrar aquilo que
tinha aprendido.

-Olhe, mamãe, estou dirigindo a bicicleta com uma das mãos!

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 106


-Muito bem!

Alguns minutos depois, o filho volta dizendo:

- Mamãe, sem as duas mãos!

E a mãe apreensiva, lhe disse:

-Cuidado, querido, não a deixe embalar na descida.

Mais alguns minutos e ela se vira a direita para vê-lo, vindo em sua
direção. Agora, equilibrando-se sobre a bicicleta:

-Veja, mãe, sem um pé!

E na volta seguinte:

-Mãããeee, sem os dentes!!

Pobre Joãozinho...

1. Marque x na resposta certa:

a. O texto fala sobre:

( ) As aventuras de João com sua bicicleta.


( )O tombo de João.
( )A mãe de João.
( ) A vida de João.

b. A história acontece:

( )Numa rua movimentada.


( )Num parque da cidade.
( )Numa praça.
( ) Numa vila.

c. A mãe de João estava apreensiva por que?

( ) O menino não queria ir embora.


( ) O menino poderia cair da bicicleta.
( ) O menino tinha desaparecido.
( )O menino não sabia andar de bicicleta.

d. O texto termina dizendo “ Pobre Joãozinho” por que

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 107


( ) O menino quebrou a perna.

( ) O menino chorou para mãe.

( ) O menina caiu da bicicleta e quebrou os dentes.

e. O nome João é um substantivo:

( )próprio

( ) comum

f. Apalavra bicicleta é um:

( ) adjetivo

( ) substantivo comum

1. Continue a escrever o diálogo abaixo entre João e sua mãe:

-Mãããeee, sem os dentes!

Pobre Joãozinho...

Matemática

1. Pense e responda

a. 2 dezenas + 45 unidades=...................

b. 1 dezena + 27 unidades=..................

c. 2 dúzias + 3 dezenas =......................

d. 6 dezenas + 2 dúzias=.....................

1. Problematizando

a. Para a festa de aniversário de Luciana sua mãe comprou 130 balões azuis, 110
balões vermelhos e 1 centena de balões brancos. Quantos balões foram comprados?

b. Na mesa foram colocados 96 cajuzinhos e 70 brigadeiros. Quantos docinhos havia


na mesa?

c. Foram feitos 50 cachorrinhos-quentes. Os convidados comeram 27. Quantos


sobraram?

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 108


d. Mamãe colocou 72 salgadinhos em 9 bandejas. Quantos salgadinhos ela colocou
em cada bandeja?

e. Luciana tem 36 flores. Resolveu arrumá-las em 6 vasos para enfeitar as mesas.


Quantas Flores Luciana colocou em cada vaso?

f. Luciana enfeitou 4 paredes com 15 balões coloridos. Qual o número total de balões?

g. Cada mesa da festa tem 4 lugares. Quantos lugares há em 16 mesas?

h. Em que dia da semana ela vendeu mais doces?........................................

i. Em que dia da semana ela vendeu menos doce?......................................

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

Conversa inicial formal com os alunos sobre o projeto.


Pesquisa sobre a diferença do mosquito Dengue e Aedes
Produção textual.
Histórias em quadrinhos
Mural sobre o assunto.
Caminhada e panfletagem na comunidade feita pelos alunos de conscientização
Distribuição de material, distribuído pela Secretaria de Saúde
Rodas de conversas com a comunidade escolar sobre a Dengue.
Gráficos.
Trabalhos com material reciclável
Participação da Estratégia da família, pelos profissionais da saúde, com palestras,
jogos didáticos, com a prática de atividade física com os alunos.

Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Avaliação direta, indireta e continuada, realização de trabalhos. Participação dos


alunos em palestras, conscientização e cuidados higiene e saúde junto dos alunos.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 109


Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,
jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 110


Capítulo 15
TODOS COMBATENDO O MOSQUITO

Professoras responsáveis:
Alexandra Barbieri e Verlaine Fagundes Oliveira

Justificativa

Segundo o Centro Estadual de Vigilância e Saúde (CEVS/RS) : o histograma dos casos de


Dengue em 2015 ( até a vigésima sexta semana epidemiológica) e os casos até a nona
semana epidemiológica (SE) de 2016 observa-se que nas primeiras SE deste houve um
aumento de notificações 601 vezes a mais quando comparado ao ano anterior. Esse
cenário nos indica possivelmente uma maior sensibilidade da rede de atenção para
notificação do agravo e/ ou uma maior circulação viral.

Segundo o Ministério da Saúde, em uma análise das incidências (número de


casos/cem mil habitantes) dos casos de Dengue por região, demonstra um incremento em
2015 em todas as regiões do país. Os números de casos de Dengue no RS parecem
acompanhar esta tendência. Numa série histórica de 2011 a 2016 dá SE01 até SEO9 de
cada ano, observa-se maior número de casos notificados em 20168, seguido dos anos de
2013 e 2011. Em relação ao número de casos confirmados o ano de 2016 já apresenta o
maior número de confirmações, seguido dos anos de 2013 e 2011. Em 2013 teve início a
transmissão autóctone da Febre Chikungunya em vários países do Caribe. Em 2014 foram
confirmados os primeiros casos autóctones no Brasil e atualmente já ocorrem nas
Américas, África, Europa, Ásia e Oceania. Em 2016 já foram notificados 93 casos suspeitos
de Febre Chikungunya e um caso confirmado importado este residente em Santa Maria e
com viagem para o estado de Pernambuco.
Totalizando 174 casos notificado entre 2015 e 2016 no RS. A Febre do Zika Vírus
(ZICAV) é uma doença viral aguda, transmitida por vetores tais como Aedes aegypti,
semelhante ao vírus da Dengue e da Febre Chikungunya. No Brasil, foi confirmada a
transmissão autóctone de febre pelo Virus Zica a partir de abril de 2015. Até o momento,
vinte e duas Unidades da Federação confirmaram laboratorialmente autoctonia da &
doença. O RS não apresenta autoctonia da doença. Em 2015 foram notificados 31 casos

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 111


suspeitos de o Febre do Zica Virus e nenhum caso confirmado. Desses, três casos
ocorreram em gestantes e foram descartados laboratorialmente.

Tendo em vista a grande circulação de doenças com transmissão relacionada ao


vetor Aedes aegypti e sua alta infestação no país, bem como no nosso estado e município,
e levando em conta as condições favoráveis de temperatura, umidade, latitude e longitude
que Uruguaiana apresenta faz-se necessário uma ação coletiva que ultrapasse os limites
físicos da escola e conte com a participação efetiva de toda comunidade no combate ao
Aedes aegypti.

O projeto interdisciplinar visa a sensibilização de toda a comunidade escolar para a


adoção de medidas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti.

Objetivo geral

Oferecer aos alunos e a toda comunidade escolar a oportunidade de conhecer,


aprender e participar diretamente de uma ação efetiva no combate ao mosquito Aedes
aegypti, prevenindo, assim, a proliferação do mesmo e, como consequência, evitando as
doenças por ele transmitidas.

Metodologia

As atividades do projeto serão desenvolvidas de forma interdisciplinar como


atividades que busquem a participação ativa dos alunos, tornando-os agentes
observadores da realidade local e orientadores dentro da família e da vizinhança.

Etapas do projeto

Atividade desencadeadora: Palestra pelo representante da Marinha do Brasil;


Atividades variadas realizadas em todas as áreas do estudo nos diferentes níveis
de ensino;
Ação integrada com a vigilância sanitária;
Exposição de trabalhos realizados aberta a comunidade.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 112


Atividades

Capacitação de alunos, professores e funcionários através de vídeos e palestras.


Apresentação de desenhos animados orientado as ações de prevenção.
Leitura de textos informativos sobre as doenças e seu transmissor.
Reconhecimento do ciclo evolutivo do mosquito.
Levantamento da realidade local a partir da própria escola e da comunidade.
Análise de dados da incidência das doenças no estado e no Brasil em tabelas e
gráficos (dados atualizados do CEVES ).
Confecção com material reciclável do mosquito Aedes aegypti.
Histórico da origem e desenvolvimento dos vírus no Brasil.
Localização geográfica de casos através do trabalho com mapas.
Confecção de cartazes e painéis.
Levantamento fotográfico de possíveis focos.
Confecção de panfletos de esclarecimento.
Elaboração de paródias de cantigas de rodas e de músicas atuais (sertanejo, rap,
funk, samba).
Reunião com as famílias para orientação das formas de prevenção e combate ao
mosquito.
Mostra dos trabalhos realizados.
Registro compromisso de todos da comunidade do processo.
Divulgação das formas de eliminação dos possíveis criadouros, principais
sintomas.
Divulgação de telefone para divulgação de possíveis focos.

Recursos
Materiais: revistas, livros, folders, vídeos, som, folhas coloridas, jogos didáticos,
material reciclável, tesoura, tenaz, etc.
Humanos: professores, alunos, palestrantes convidados, agentes de vigilância
sanitária, pais e voluntários.

Culminância
A atividade de culminância será uma ação integrada entre a escola e o Setor de
Vigilância Sanitária do Município na qual, o aluno, professor e agentes de saúde,
percorrerão as ruas do bairro Santo Antônio em busca de possíveis focos do mosquito

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 113


Aedes aegypti, e realizarão a distribuição de panfletos informativos, elaborados pelos
alunos, a fim de informar e orientar a comunidade das formas de prevenção e combate ao
mosquito.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

As ações realizadas foram rodinhas de conversas, palestras, visitação no pátio,


confecção de cartazes e registro de ações através de atividades no caderno.

Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Minha avaliação é positiva, pois os alunos desenvolveram a oralidade,


compreenderam os objetivos e colocaram em prática.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,


jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 114


Capítulo 16
CUIDANDO DAS NOSSA CASA COM QUALIDADE DE VIDA

Professoras responsáveis:
Alfa Chaves Pinheiro Oliveira
Damasia de Oliveira Inda

Justificativa

O projeto será desenvolvido devido a urgência de evitar a proliferação de doenças


infectocontagiosas, que causariam um caos na saúde pública, podendo inclusive levar a um
alto índice de óbitos ou sequelas causadas pelas patologias desencadeadas pelos vírus
transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti. O aproveitamento pedagógico das atividades
desenvolvidas é de suma importância. A escola pretende aproveitá-las para aproximar-se da
realidade do aluno e em consequência agir em benefício do seu desenvolvimento intelectual
ao mesmo tempo que possibilita a multiplicação de ações de interesse público, para a
promoção do bem comum, de modo a atingir flexibilidade e conscientização.

Objetivo Geral

Estimular e sensibilizar a formação de uma consciência de responsabilidade social


e cidadã com relação à prevenção à Dengue, febre Chikungunya e Zika vírus.

Objetivos específicos

Desenvolver a autonomia discente através de pesquisas e produções, transferindo


o aluno através da mediação pedagógica.
Desenvolver as habilidades de interpretação de informação escrita e comentada;
Incentivar a participação e atividades em grupos, visando a inclusão e o respeito e
as diferenças
Identificar as formas clínicas da Dengue
Conhecer as diversas formas de estágios prevenção e tratamento.
Destacar medidas preventivas à Dengue.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 115


Conscientizar a família, a comunidade quanto à importância de sua participação no
combate a Dengue, e que é dever de todos;
Considerar através do histórico da Dengue seu surgimento e disseminação.

Definição das ações

Palestras com agentes de saúde na escola


Leitura de textos informativos, textos jornalísticos, charges e poemas.
Pesquisa online para coletar informações
Pesquisa de campo na comunidade para reconhecer a realidade social e
ambiental.
Visitas a comunidade para desenvolver conscientização
Produção de gráficos e estatística
Construção de painéis informativos com mapas de localização de focos de
doenças e do mosquito.
Desenvolvimento de atividades lúdicas tendo o mosquito inserido nos jogos
pedagógicos
Utilização das mídias sociais e blog da escola para multiplicar informações e
produções.

Metodologia

Pesquisa sócio antropológica;


Problematização;
Delimitação do tema;
Levantamento de hipóteses;
Pesquisa de campo, bibliográfica e virtual para ratificar ou refutar hipóteses;
Produção interdisciplinar com mediação pedagógica com utilização de pontos
chave;
Hipóteses de solução;
Aplicação à realidade.

Concomitante a sequência elencada acima

1. Roteiro de entrevistas;

2. Produção de relatórios;

3. Produção de mapas;

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 116


4. Confecção de painéis sobre cadeia alimentar e meio ambiente;

5. Produção de vídeos com roteiro;

6. Técnicas de produção de panfletos.

Culminância

Mostra pedagógica (oficinas e seminário interdisciplinar) dia 04/06/16 com a


comunidade escolar participando.

1 -Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

A - Pesquisa sobre as características gerais do mosquito, tais como:

Desenho ilustrado da forma e cor, pigmentação do Aedes Aegypti

Hábitos alimentares, destacando que a fêmea é hematófaga (alimenta-se de


sangue).

Reprodução sexuada, a fêmea carrega os ovos

O vírus que infecta a fêmea é do tipo arbovírus

Habitat: água parada

B - Ação de conscientização para que os alunos cuidem da limpeza dos baldes coletores
da água que sai dos aparelhos de ar condicionados. Está água é utilizada no jardim da
escola.

C- Construção de cartazes com medidas de prevenção.

D – Roda de conversa com os alunos da UNIPAMPA, curso de enfermagem.

2 - Como você avalia a ação na sua sala de aula?

A avaliação foi muito positiva, os alunos participaram com entusiasmo das atividades
propostas. Adoraram e interagiram na roda de conversa, de forma coerente, questionadora
e proveitosa.

Sugestão: que tenhamos mais auxílio da universidade em nossos projetos de saúde e


prevenção.

3 - Coloque um registro da sua atividade desenvolvida? Fotos, trabalhos, desenhos, jogos..


.etc...

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 117


Perguntas para os professores:

1 - Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

São feitas leituras sobre a propagação e mutação do mosquito.

As ações incluem campanhas (cartazes, folders), monitoramento dentro do pátio da escola,


identificar na prática a moradia do mosquito, bem como atividades didáticas em sala de
aula que envolvem a dengue (cruzadas científicas, caça -palavra, tiras educativas, leituras,
jogos, construções de desenhos e historinhas).

2 - Como você avalia a ação na sua sala de aula?

De suma importância, para promover a conscientização sobre o combate aos focos do


mosquito Aedes aegyti, reconhecê-lo como o transmissor da dengue, zika e chikungunya.
As ações foram realizadas para que os alunos possam levar as informações para dentro da
casa e comunidade. As atividades são realizadas no início do ano, como preconiza o
Programa Saúde na escola e vai até o fim do ano.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

Desenho ilustrado da forma e cor, pigmentação do Aedes Aegypti


Hábitos alimentares, destacando que a fêmea é hematófaga (alimenta-se de
sangue).
Reprodução sexuada, a fêmea carrega os ovos
O vírus que infecta a fêmea é do tipo arbovírus
Habitat: água parada
Ação de conscientização para que os alunos cuidem da limpeza dos baldes coletores
da água que saí dos aparelhos de ar condicionados. Está água é utilizada no jardim
da escola.
Construção de cartazes com medidas de prevenção.
Roda de conversa com os alunos da UNIPAMPA, curso de enfermagem.

Como você avalia a ação na sua sala de aula?

A avaliação foi muito positiva, os alunos participaram com entusiasmo das atividades
propostas. Adoraram e interagiram na roda de conversa, de forma coerente, questionadora
e proveitosa.

Sugestão: que tenhamos mais auxílio da universidade em nossos projetos de saúde


e prevenção.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 118


Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,
jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 119


Capítulo 17
COMUNIDADE UNIDA, ZIKA SERÁ COMBATIDA

Professoras responsáveis:
Denise Lopes da Silva
Gislaine Coronel da Silva
Nara Suzana da Silva Ciocca
Nilza Morel de Moura
Ana Miranda Servini

Justificativa

O presente projeto é justificado pela necessidade urgente de alertar, prevenir e


conscientizar a Comunidade para as consequências da proliferação de mosquitos que
podem causar doenças como Zika, Chikungunya, Microcefalia, Dengue, Síndrome de
Guillain-Barré.

Definição das ações

Séries iniciais: Atividades lúdicas como cantos, dramatização, desenhos, versos,


danças, panfletos com desenhos criados por eles.
Sexto ao Nono Ano; Panfleto de alerta conscientizando a população, faixas,
cartazes, slogans, teatro, paródia, dramatização, vídeos, concursos de Rap e vídeos
Ensino Médio: Pesquisas, limpeza, higienização de potes, propagandas, fotografias,
patrulha ambiental, concurso de vídeo (prevenção)
Pais: Serão convidados para assistirem palestras, oficinas, reuniões, apresentação
de trabalhos (Stand) panfletagem com os filhos e terão a responsabilidade de divulgar o
trabalho na Comunidade em geral.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 120


Metodologia

Será realizado trabalhos de pesquisa, músicas, palestras, teatro, trabalhos em


grupos, confecção do mosquito tamanho gigante para atrair a atenção da Comunidade com
material reciclável.

Culminância

Feira Pedagógica: exposição de trabalhos e apresentação dos alunos para


professores, funcionários, pais e convidados. Escolha do melhor vídeo.

Avaliação

Após a realização dos trabalhos será realizada a avaliação escrita pelos


participantes.

Ficha de Avaliação

( ) Aluno ( )Pais ( ) Professores ( ) Convidados..................

O Projeto desenvolvido pode ser considerados:

( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo

Sugestoes___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

Passeio nas redondezas da escola com professores, alunos e funcionários;


panfletagem (elaborado pelos alunos); palestras com agentes de saúde da comunidade;
hora do conto com a presença do mosquito caracterizado; limpeza do pátio da escola com
a participação da comunidade.

Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Ação excelente, com o envolvimento dos alunos, professores, funcionários e alguns


pais, com dramatizações pelos alunos.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 121


Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,
jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 122


Capítulo 18
CUIDADO COM ESSE MOSQUITO!

Professora responsável:

Vanessa Porto

Atividade desencadeadora

O mosquito Aedes Aegypti transmissor de doenças como dengue, a febre


Chikungunya e a febre do Zika vírus, possuem os sintomas das três doenças muito
parecidos, mas com algumas características que podem ajudar a diferenciá-los, no entanto,
a prevenção é a mesma.

Observação da realidade

A nossa escola está inserida na Fase (CASE), temos jovens cumprindo medida
socioeducativa de privação da liberdade entre 12 e 21 anos que, em sua maioria,
apresentam uma trajetória escolar marcada pelo insucesso, com altos índices de
sucessivas repetências, expulsão e evasão escolar. A partir da investigação da realidade,
a equipe diretiva juntamente com os educadores, buscam-se temática a fim de
contextualizar as atividades propostas, estas temáticas, serão desenvolvidas de forma
interdisciplinar, pois o nosso papel como educadores e der e inseri-los na sociedade
sabendo a administrar os problemas enfrentados por ela, seja a ordem social, econômica
ou de saúde como esse que se apresenta de grande apresentação de grande repercussão
de saúde mundial.

Problematização

A sociedade como um todo precisa mobilizar-se a fazer sua parte no combate


constante do mosquito Aedes Aegypti, pois os casos da doença aumentam a cada dia e
estamos sobre a ameaça de uma epidemia. A escola procurando a formação integral de
seus educandos tem como objetivo através deste projeto conscientizar sobre a importância
tornando medidas importantes tomadas no dia a dia.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 123


Pontos-chaves

Prevenção;
Educação;
Saúde;
Informação;
Mobilização;
Conhecimento da realidade.

Teorização

Disseminar informações relevantes sobre o controle do mosquito Aedes Aegypti e


sobre a prevenção do vírus Zika faz parte da ação que a UNESCO no Brasil inicia junto a
seus públicos, parceiros e funcionários.

As mensagens tratarão de temas como os sintomas do Zika, as formas de prevenção


individuais e coletivas, os cuidados com as gestantes e a eliminação dos criadouros do
mosquito transmissor do Zika e de outras doenças como Dengue, Chikungunya e febre
amarela urbana.

“Todos- governos, sociedades, empresas, ONGs- precisam estar alertas para a


eliminação dos focos do mosquito não somente em suas casas ou escritórios, mas também
em seus bairros e suas cidades. É preciso que a limpeza de espaços públicos seja
repensada e, mais importante, seja mantida e monitorada. Somente assim, a saúde dos
brasileiros não estará mais ameaçada pela picada de um mosquito”, observa Marlova
Noleto, diretora da área programática de UNESCO no Brasil.

“Educação + prevenção menos Zika” e o slogan da campanha criada pela


UNESCO no Brasil. Peças como cards informativos serão postados e compartilhados no
Facebook (facebook. Com/UNESCOBrasil) e no Twitter (@UNESCOBrasil) da
Organização. Acompanhe a conversa usando as hashtags #Zikazero e #Zikavirus.

Além disso, nesta sexta-feira (11), ás 11h30, será divulgada entrevista por meio do
aplicativo Periscope, na conta @unescobrasil np Twitter, com a oficial de Projeto na área
de Educação em Saúde da UNESCO no Brasil, Mariana Braga. Ela falará sobre como a
população pode se engajar no controle da proliferação do Zika.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 124


O público interno da Organização também está recebendo informações, por meio de
veículos de comunicação interna, sobre sintomas, prevenção e o que fazer no caso de
identificar focos do mosquito nas redondezas do escritório e de suas casas.

A UNESCO no Brasil também se juntou a outras agências da ONU por meio de um


Grupo de Trabalho denominado Força-Tarefa de Enfrentamento ao Vírus Zika,
Dengue e Febre Chikungunya no Brasil, que é liderado pela Organização Pan-Americana
da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).

O grupo irá elaborar e implementar um plano de ação e comunicação que visa ao


controle do mosquito e à consequente diminuição de casos de pessoas infectadas por ele
transmitidas.

Além disso, o grupo pretende estabelecer melhor coerência, interação,


harmonização e complementaridade das ações conjuntas das agências da ONU no Brasil,
oferecendo uma resposta oportuna e eficaz em apoio as três esferas de governo e a
população brasileira durante a situação emergencial.

Educação está indo além dos muros escolares quando o assunto é o combate ao
mosquito aedes aegypti, transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika. As escolas colocam
a prevenção à Dengue na agenda do dia de informações e ações internas, e também
mobilizam a comunidade, numa atitude de consciência coletiva de proteção à saúde
pública. O exemplo vem lá da região do Cariri. A escola, lançou uma gincana com os
estudantes. Dividindo em 22 turmas, eles realizam uma série de ações. Agora estão na
tarefa da criação da logomarca da campanha de combate ao mosquito. As logomarcas
estarão até domingo no Facebook da escola (eemdecampossales). A mais curtida será a
logomarca da campanha.

Em seguida, a tarefa dos estudantes será, na terça-feira, 22 de março, criar panfletos


da campanha. Depois, os estudantes participarão de oficinas com os agentes de endemias
do município, que fornecerão informações sobre o mosquito. Na semana seguinte, os
estudantes saem às ruas para informar e mobilizar os moradores. Cada uma das 22
equipes que participam da gincana visitará 15 casas, acompanhada de agentes de
endemias.

Em relação à premiação dos alunos, a coordenadora da escola, destacou: “além de


ampliar a consciência e responsabilidade dos alunos com a prevenção do mosquito, com a
saúde de toda a comunidade, o melhor vídeo produzido por eles será publicado no site da

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 125


Seduc ( www.seduc.ce.gov.br) e inscritos na Olimpíada de Saúde e meio Ambiente da
Fiocruz”.

O mosquito Aedes Albopictus, semelhante ao Aedes Aegypti e que foi capturado por
armadilhas feitas pela prefeitura de Limeira (SP), também pode transmitir o vírus da Zika,
além da Dengue, Chikungunya e febre amarela, de acordo com a fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz). O estudo feito pela instituição apontou que as espécies também apresentam o
vírus ativo na saliva.

A pesquisa feita pela Fiocruz do Rio de Janeiro, em parceria com instituições


internacionais, expôs as duas espécies de mosquito ao vírus Zika durante 14 dias e
observou que 10% dos Aedes Aegypti e 3,3% dos Aedes Albopictus apresentaram vírus na
saliva.

Em 2014, um estudo liderado pelos mesmos pesquisadores apontou que 80% dos
Aedes Aegypti e 95% dos Aedes Albopictus têm potencial para transmitir o vírus
Chikungunya apenas sete dias após ingerir o sangue infectado.

Controvérsia

Apesar dos indícios, a Fiocruz afirmou que, até o momento, as fêmeas desse vetor
menos conhecido popularmente nunca foram encontradas naturalmente infectadas com
qualquer um dos três vírus- Dengue, Chikungunya e febre amarela- no país.

Ainda segundo a instituição, o Aedes Aegypti tem os criadores dentro das casas e
se alimentam preferencialmente de sangue humano, já o Aedes Albopicyus prefere áreas
próximas de vegetações, portanto, as chances de picar alguém doente e transmitir o vírus
acabam se tornando bem menores.

O mosquito Aedes Albopictus é considerado vetor secundário da Dengue e


apresenta semelhanças morfológicas com o Aedes Aegypti. Ele foi capturado pela primeira
vez por volta de 1985, e foi responsável por alguns surtos da doença em países do
continente asiático.

A espécie se prolifera mais facilmente em áreas com vegetação.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 126


Hipótese de solução

Instrumentalizar os educadores com materiais didáticos, de pesquisa, debates,


entrevistas, documentários, vídeos, e palestras para seu embasamento teórico e apropriar-
se do conhecimento para transmitir e interagir com os alunos.

Observação da realidade da escola e o meio em que ela está inserida. Pesquisa


sócio antropológica, com os alunos, educadores e pais. Ações práticas coletivas adequadas
aos níveis de todos os educandos e educadores envolvidos, tais como:

Pesquisas;
Músicas;
Teatro;
Redação;
Paródias;
Fantoches;
Poesias;
Vídeos;
Entrevistas;
Patrulha ambiental;
Oficina de confecção de personagens do mosquito ( confeccionado com material
reciclável) que serão usados em teatro;
História em quadrinhos;
Vídeos aulas.

Aplicação à realidade

Realização do projeto colocando em prática todas as ações propostas, respeitando


as peculiaridades de nossa escola.

Metodologia:

Cartazes;
Vídeos;
Produção textual;
Produção de histórias em quadrinhos;
Debates/discussões em grupo/palestra.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 127


Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

No ano de 2019 foi realizado com os alunos o Projeto Citronela - Prevenção à


Dengue, Zika e Chikungunya.

O projeto teve como objetivo orientar os adolescentes acerca das causas, sintomas,
tratamentos e principalmente a prevenção das doenças causadas pelo mosquito
Aedes Aegypti.

Tendo em vista que o CASE Uruguaiana se encontra em área rural, tendo um amplo
espaço para o cultivo de plantas, entre outros, foi criado um canteiro medicinal, no qual
foram plantadas mudas de Citronela americana.

A escolha por essa planta se deu após pesquisa realizada pela enfermeira da
unidade.

Entre as ações, podemos citar: roda de conversa com os adolescentes, plantio e


cuidado das mudas de citronela, distribuição de mudas para vários setores do CASE e
escola, preparação de repelente natural (infusão das folhas em álcool), etc.

Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Considero que o projeto atingiu seus objetivos, tendo em vista a participação dos
adolescentes que manifestavam interesse em repassar os ensinamentos para seus
familiares.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,


jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 128


Capítulo 19
COMBATE AO AEDES AEGYPTI

Professora responsável:
Ana Lúcia Siqueira Silveira

Justificativa

Tendo em vista a existência de inúmeros focos do mosquito em nossa cidade e a


necessidade de discussão e esclarecimentos sobre os riscos da proliferação das doenças
causadas pelo mosquito para a comunidade em geral, torna-se de alta relevância a
execução deste projeto.

Definição das ações

Palestra com a Marinha do Brasil para o Ensino Médio;


Palestra com a multiplicadora do Meio Ambiente para o Ensino Fundamental;
Pesquisa (inimigos naturais do mosquito);
Vídeos;
Panfletos informativos (produção textual);
Rodas de conversa
Redações;
Cartazes;
Confecção de máscaras, "mosquitinhos" de sucata.

Metodologia

Orientação e esclarecimento aos alunos, professores e pais através de palestras,


vídeos, pesquisas sobre o assunto;
Rodas de conversa com os alunos;
Pesquisa da realidade local;
Registro através de fotos e vídeos;
Levantamento de ações para combater o mosquito;
Mostra de Trabalhos realizados pelos alunos;
Produção de material informativo sobre o assunto;

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 129


Realização de Pedágio Informativo.

Avaliação

A avaliação será realizada pela observação da participação e envolvimento nas


atividades propostas.

Recursos

Pesquisas;
Reportagens de jornais e revistas;
Vídeos;
DVD / TV;
Livros, revistas, jornais;
Sucatas (Cartão, garrafa pet, tampinhas, etc);
Tenaz, cartolina, papel ofício, papel pardo, lápis de cor, fita adesiva, tesoura.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

A escola realizou atividades referente ao mosquito aedes aegypti, em parceria com


o Posto de Saúde (ESF 05 Tarrago), o enfermeiro juntamente com sua equipe, trouxe até
a escola a figura do mosquito da dengue. A ação ocorreu em três etapas na sala de áudio
da escola.

No primeiro momento as informações foram dadas às crianças do 1º ano ao 3º ano


com metodologias diferenciadas, de forma lúdica, mas com informações importantes para
entendimento das crianças.

No segundo momento as turmas do 4º ano e 5º ano, a abordagem foi focada,


também de uma forma lúdica, na forma do contágio, onde se prolifera os ovos, e as doenças
que através do mosquito aedes aegypti podem estar relacionadas. a higiene dos locais de
contágio e o que provoca uma mudança no controle do mosquito da dengue.

No terceiro momento os alunos do 6º ano e 7º ano, utilizando uma metodologia


focada em como o mosquito se prolifera, um histórico sobre a dengue, as regiões mais

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 130


afetadas e os ambientes de criadouro da larva do mosquito da dengue, como se prevenir,
os cuidados necessários para que não haja infestação do mosquito. bem como os sintomas
e os tipos de contágio.

A culminância ocorreu após o término de cada atividade, onde os alunos puderam tirar
suas dúvidas e acrescentar o que já conheciam.

Em sala de aula, cada professor utilizando o conteúdo explicado, fez diferentes abordagens,
desde desenhos do mosquito com suas características na cor. textos descritivos sobre
dengue, febre amarela, chikungunha, zika e as formas de contágio e doenças relacionadas
ao mosquito aedes aegyti.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,


jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 131


Capítulo 20
AÇÕES PREVENTIVAS – UMA FORMA DE COMBATER O MOSQUITO
AEDES AEGYPTI

Professoras responsáveis:
Jociéle Bianchini de Paula
Claudia Rosane Antunes da Silva

Introdução

As doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti são um dos principais problemas
de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50
a 100 milhões de pessoas se infectam anualmente, em mais de 100 países, de todos os
continentes, exceto a Europa.
Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em
consequência da Dengue. Em nosso país, as condições socioambientais favoráveis à
expansão do mosquito Aedes aegypti possibilitaram a dispersão do vetor, vale ressaltar
que, o número cada vez mais alarmante de casos de Dengue, Zika vírus e Chikungunya,
trazem preocupações a todos por ser crescente a possibilidade de uma epidemia no país.
Apesar das campanhas do Governo Federal junto aos estados e municípios do país,
no sentido de difundir no rádio, televisão e demais meios de comunicação propagandas
ligadas aos temas, muitas pessoas ainda não se sensibilizaram que o mosquito Aedes
aegypti pode ser um perigo à saúde pública.
No intuito de aplicar o desenvolvimento do tema no âmbito escolar e fora dela,
desenvolvemos um projeto interdisciplinar com uma série de ações relacionadas ao
conhecimento e combate do mosquito Aedes aegypti.

Justificativa

As questões ambientais vêm sendo debatidas mundialmente como meio vital para
manter a existência de vida na Terra. A própria Constituição Brasileira atual estabelece a
necessidade de mudanças do comportamento humano em relação ao meio ambiente e criar
a consciência da responsabilidade individual sobre o coletivo.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 132


Esta ação justifica-se, devido ao grande número de pessoas contaminadas pelo Zika
vírus no País, apesar da grande campanha realizada pelos meios de comunicação. Neste
contexto, a nossa escola decidiu voltar suas ações preventivas por meio da execução deste
projeto, é difundir esta campanha por todos os bairros no envolto da escola com o fim de
despertar a comunidade para a luta contra o mosquito Aedes aegypti, causador da Dengue,
Zika vírus e Chikungunya

Objetivo geral

Trabalhar junto à comunidade escolar, visando sensibilizá-las quanto à importância


de combater o mosquito Aedes aegypti motivando a adoção de hábitos de higiene local,
manutenção e prevenção na proliferação na infestação do causador da Dengue, Zika vírus
e Chikungunya.

Objetivos específicos

Refletir sobre a necessidade das medidas preventivas para o bem estar social;
Sensibilizar a população sobre a contribuição de cada um na prevenção do Aedes
aegypti;
Identificar o mosquito transmissor Aedes aegypti;
Diagnosticar as dificuldades em conter o mosquito transmissor;
Reconhecer como os hábitos de higiene ajudam a manter a saúde e a prevenir
doenças;
Ter cuidado com o armazenamento dos resíduos, aprendendo a selecionar e
armazenar os materiais reutilizáveis e os resíduos orgânicos;
Esclarecer sobre os verdadeiros problemas causados pelo mosquito Aedes aegypti
e o Zika vírus;
Reconhecer os sintomas da Dengue, Chikungunya e Zika;
Desenvolver com os alunos uma ação crítica, reflexiva e educativa como também
os tornar multiplicadores desta ação;
Conhecer a origem do mosquito Aedes aegypti;
Identificar as regiões brasileiras mais afetadas pelo mosquito Aedes Aegypti.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 133


Metodologia

Ensino médio diurno

Os trabalhos serão desenvolvidos por área de conhecimento de forma


interdisciplinar.

Área das Ciências da Natureza

Construção de mosquiteiro, para vigiar e identificar o processo de formação do


mosquito e descobrir possíveis focos dos mesmos. Os alunos estudarão a construção,
preparação e apresentarão os resultados. Estudar a distância, deslocamento e expectativa
de vida do mosquito. Conhecer e cuidar os recursos hídricos a fim de usufruí-los de maneira
responsável quanto a erradicação do mosquito Aedes Aegypti.

Área da Matemática

Por meio da construção do mosquiteiro, os alunos estudaram as figuras planas,


cilindros, volume etc.

Área das Ciências Humanas

Conhecer a história/origem do mosquito localizando seus principais pontos de


vivência e sua intervenção na sociedade.

Área das Linguagens

Elaboração de cartilhas informativas, cuja produção seja exposta através de


vídeos.

Ensino médio noturno

As atividades serão desenvolvidas pelas áreas de conhecimento de forma


interdisciplinar.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 134


Área das Linguagens

Produção de paródias musicais contextualizando a atual situação sobre o mosquito


Aedes aegypti e o Zika vírus, a fim de sensibilizar os educandos sobre as doenças
provocadas pelo referido mosquito. Será lançada a proposta de utilização de músicas e
modificação de suas letras, produzindo motivação e desenvolvimento de linguagem oral e
escrita, criatividade, análise crítica e reflexão. Será escolhida a forma de apresentação,
podendo usar de questão teatral, coreográfica, humorística, ou que envolva diversos meios
multimídia.
De cada turma haverá a escolha, por meio de banca, da melhor paródia. Esta
concorrerá a um prêmio a ser divulgado.

Área das Ciências da Natureza

Desenvolvimento de um repelente natural caseiro e/ou inseticida natural; Através de


pesquisas diversas, criando conhecimento sobre a produção de inseticida natural que, de
forma saudável e sustentável, previna a comunidade do mosquito Aedes Aegypti. A receita
a ser realizada será escolhida e produzida por todos os alunos, de forma conjunta dentro
do ambiente escolar e com ingredientes de fácil manuseio e comum aos seus lares

Ensino Fundamental – Anos Finais

No ensino fundamental, anos finais, o trabalho é interdisciplinar.


Atividades: Criação de história em quadrinhos a fim de conscientizar os a sobre a
seriedade do problema;
Coleta de materiais que estejam no pátio da escola que possam ser usados para
reprodução do mosquito;
Incentivar os alunos envolvidos com arte para que estes produzam com sua
criatividade trabalhos como composições, paródias e artes plásticas.
Localizar por mapeamento, por meio das estatísticas, onde ocorrem os mais
numerosos casos de Zika vírus, Dengue e febre Chikungunya

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 135


Ensino Fundamental - Anos Iniciais

As atividades aqui compelidas terão abrangência a todos os alunos do ensino


fundamental.
Sensibilizar professores e comunidade escolar sobre o mosquito Aedes aegypti
através de vídeos e palestras com profissional da saúde da 10ª Coordenadoria
Regional de Saúde - Alegrete, culminando com a visita do personagem de combate
ao mosquito Aedes Aegypti.
Construção de material informativo para sensibilizar a comunidade escolar. Para
produção de um folder, o segundo ano criará as ilustrações, sendo que o quarto e o
quinto ficarão responsabilizados pelos textos. Já ao terceiro, haverá proposta de
elaboração de um álbum seriado cuja temática será fundamentada na história,
desenvolvimento e influência do mosquito na sociedade.
Organizar uma ronda pela escola e arredores para identificação de possíveis focos
e criadouros do mosquito Aedes Aegypti. Devidamente protegidos com materiais
apropriados ao caso, coletar resíduos que ofereçam suspeitas acerca da reprodução
do vetor.

Culminância

Depois de desenvolvidas as ações que envolveram os trabalhos de campo, que


promoveram incentivo para filmagens, fotografia e artes diversas, foi organizada uma
mostra de materiais multimídia acerca dos trabalhos desenvolvidos.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

Atividades desenvolvidas pela Área de Ciências da Natureza no que se refere ao


Projeto Dengue.
6º ano: A Água no Planeta, consumo, cuidados, Dengue e doenças relacionadas à
água. Leitura de textos informativos relacionados a presença da água na atmosfera, as
chuvas e o acúmulo de águas em locais de risco de proliferação da Dengue.
7º ano: Dengue e seus meios de proliferar. Etapas do Desenvolvimento do mosquito
Aedes Aegypti. Construção de maquete para exemplificar possíveis focos de mosquito da
Dengue.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 136


8º ano: Dengue e os riscos à saúde. Pesquisa referente a transmissão da Dengue,
Zika, Febre Amarela e Chikungunya. Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti durante o
período da Gravidez. Pesquisa com o auxílio dos nets da escola, construção de relatórios
e Powerpoint explicativo.
9º ano: construção de folders explicativos sobre a Dengue.

Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Foi satisfatória, pois considerei os pontos elencados abaixo:


Avaliação contínua, contemplando a participação oral e escrita;
Organização, assiduidade e observação da participação e envolvimento nas
atividades propostas;
Diagnóstico individual a respeito do seu próprio desempenho apontando acertos,
erros e dificuldades;
Acompanhamento e análise do desenvolvimento dos alunos mediante observação
da postura atitudinal;

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos,


desenhos, jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 137


Capítulo 21
CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA

Professores responsáveis:
Quelen de Souza
Iri dos Santos
Carmem Rodrigues
Ana Lúcia Oliveira
Daniela Ross, Daniele Pilecco
Viviane Ferreira
Clarisse Nunes
Angelita Rodrigues
Marana Mendonça
Alice Almeida
Luana Lampert

Ana Queila Venes.

Justificativa

Pela necessidade de trabalhar a consciência ecológica e envolver temas como a


água, consumo consciente, lixo e mosquito, que precisam de auxílios informativos,
monitoria de trabalhos, projetos e feiras de exposição.

Definição de atividades/ações

Palestras;
Projeto Aluno Agente;
Circuito de caça aos criadouros;
Confecção de panfletos e plaquinhas para distribuição e colocação na escola e
arredores;
Confecção de um protótipo do mosquito da Dengue, fixado na entrada da escola;
Conscientização referente aos temas água e lixo;

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 138


Elaboração de dados estatísticos;
Montagem de trabalho sobre a transposição do Rio São Francisco.

Metodologia
Através da busca de informações através de pesquisa, análise da situação,
observação, troca de ideias, conscientização, contextualização e necessidades reais do
mundo.

Período de realização

Este projeto terá duração de dois anos, podendo ser adaptado e prorrogado por mais
um ano.

Culminância
O projeto será finalizado através de uma feira de exposição de trabalhos que
acontecerá semestralmente durante o período de dois anos e que contará com o auxílio de
toda a comunidade escolar.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?


Na disciplina de Língua Portuguesa foram realizadas leituras sobre o mosquito da
Dengue, histórico da doença, pesquisa sobre sintomas, cuidados e tratamento.

Como você avalia a ação na sua sala de aula?


Os alunos demonstraram interesse e participação. O material lido foi encontrado
facilmente na internet e com materiais de divulgação da Secretaria de Meio Ambiente.
Atividades realizadas pela professora do 2º ano foram realizadas palestras sobre o
tema; análise do mosquito; confecção de cartazes com prevenção; contação de história
com o tema Dengue; construção do mosquito com material reciclado; observação do pátio
da escola para identificação de possíveis criadouros; visitação nos arredores da escola;
mostra de trabalhos;
Atividades realizadas pela professora do 3 ano, primeiramente foi realizada pelas
envolvidas uma pesquisa bibliográfica e seguir o planejamento a ser desenvolvido. Em sala
de aula foi realizada, construção de painéis, jogos de tabuleiro, produção textual meios de
como evitar a Dengue, construção da ETA (Estação de Tratamento da Água), plantio de

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 139


mudas (alface, tempero verde, couve) em garrafa pet auto sustentável e auto irrigável,
contemplando neste projeto todas as áreas do conhecimento. A culminância do projeto
ocorreu em uma grande mostra de trabalhos; onde em parceria com a Vigilância do Meio
Ambiente (Controle de Vetores) e a 10ª Coordenadoria Regional de Saúde conseguimos o
empréstimo das larvas e mostras do mosquito conservados in vitro e, também folders,
informativos para serem distribuídos na comunidade escolar que compareceu para
prestigiar o evento. A escola também participou na Mostra Interamericana da Água
desenvolvida no parque Porto dos Aguateiros, levando sua contribuição para toda
comunidade que prestigiou o evento. Vale ressaltar que este projeto é um dos projetos
permanentes da escola.

Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Avaliação das professoras, avaliamos que a ação docente na sala de aula, como
um trabalho pedagógico executado com extrema dedicação e comprometimento; sentimos
ter desenvolvido o papel de formadoras de opiniões, conscientizando os alunos sobre os
cuidados que devemos ter no meio onde estamos inseridos, devendo assumir uma postura
positiva e colaboradora na preservação do meio ambiente como um todo, não só sobre a
Dengue.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,


jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 140


Capítulo 22
AEDES AEGYPTI – CUIDADO! UMA EVOLUÇÃO MUITO ALÉM DO
TEMPO

Professores responsáveis:
Docentes dos turnos: manhã, tarde e noite do Ensino Fundamental – Anos Finais, Ensino Médio
Politécnico, EJA – Ensino Fundamental/Anos Finais e Ensino Médio

Público Alvos: Ensino Fundamental – Anos Finais, Ensino Médio Politécnico, EJA –
Ensino Fundamental/Anos Finais e Ensino Médio

Diretor: Assis Ribas de Quadros

Coordenadoria: 10ª - Uruguaiana

SOS Meio ambiente


Meio ambiente não é meio,
Não é sonho ou devaneio,
Não é conto ou poesia.
Meio ambiente é mais que meio,
É a redoma, é o esteio: Bio-terra em harmonia.
Meio ambiente é a natureza,
Flora verde, mil riquezas,
Fauna viva - ao natural.
Meio ambiente é a própria vida,
Ou a morte pressentida,
Que buscamos, afinal?
Eis que o homem ganancioso,
Irresponsável, belicoso,
Ignora o grande mal
E a floresta dizimando,
A terra fértil calcinando,
Só pensou no vil metal.
Rios e lagos vão secando,
Água doce escasseando;
Floresta perde a cor.
Morre a fauna nessa guerra,
Triste fim da frágil terra:
Um deserto aterrador.
Chora o solo acinzentado,
Chora a mata o mal legado,
Chora a fauna tal desdém;
E o homem, indiferente,
Na ganância persistente,
Busca a morte, assim, também.
Justo Chacon

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 141


I – Justificativa

Justifica-se trabalhar com o Projeto “Aedes aegypti”, tendo em vista o aumento de


casos de Dengue, Febre Chikungunya e Zika vírus em todo o País. Embora campanhas de
conscientização aconteçam através dos meios de comunicação, é profundamente
ameaçadora a ação do mosquito no cotidiano brasileiro. Comunidades despertam para os
cuidados preventivos contra as doenças, causadas por esse vetor.

A saúde é direito de todo cidadão. A escola deve proporcionar ao aluno informações


para que ele possa distinguir sintomas das doenças e tomar providências adequadas para
combatê-las.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais:


É importante o estudo das moléstias de veiculação hídrica recorrentes na região,
seus principais sintomas, modos de contágio e prevenção, tendo como conexão o tema
transversal Saúde e o bloco “Ser humano e saúde”. (PCN, Ciências, pág 69)
Elencamos dois objetivos gerais do Ensino Fundamental, que nos deram suporte,
segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, que:
“os alunos sejam capazes de:
• posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes
situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões
coletivas;
• perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,
identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a
melhoria do meio ambiente;”
O grande desafio para a escola contemporânea é propiciar ao aluno um ambiente
favorável para que ele utilize as tecnologias da informação e possa interagir com colegas e
professores ao comunicar-se, informar-se e expressar-se, desenvolvendo suas habilidades
reflexivas e críticas, e competências de leitura, escrita, interpretação de texto e de sua
oralidade.
Esperamos que a aplicabilidade dos recursos tecnológicos, através deste
projeto auxilie nossos alunos no processo do aprendizado e que eles possam atingir todos
os objetivos propostos.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 142


NATUREZA

Da minha janela vejo passar as borboletas


Que voam para o jardim à procura de violetas.
E eu assisto ao espetáculo da minha janela.
Sol, borboletas, flores, mais uma primavera.

As borboletas coloridas trazendo sua beleza


O campo, o jardim, perfeita natureza!
E eu contemplo tudo em oração
Pois é do ano a mais bela estação!

Do jardim, eu sinto o perfume


E da minha janela, o costume
De apreciar a paisagem.

As borboletas que passam agora


E o vento que sopra lá fora
Assobiando de passagem.

Valdemi Cavalcante Teixeira São Paulo, SP

II - Objetivo Geral

Sensibilizar, conscientizar e contribuir para com os alunos e comunidade escolar


esclarecendo que o vetor e a doença vêm causando muitas mortes.

III - Objetivos Específicos

Identificar diferentes ambientes onde podem ser encontrados os mosquitos;


Elaborar folhetos informativos em sala de aula;
Desenvolver hábitos de higiene do ambiente;
Divulgar os conhecimentos assimilados;
Adotar atitudes de companheirismo na defesa dos agentes de saúde;
Cooperar com o bem estar dos colegas e familiares;
Comparar ambientes favoráveis e desfavoráveis ao contágio da doença;
Refletir sobre suas atitudes onde vive;
Compartilhar com os colegas o material de pesquisa;
Conscientizar parentes e amigos sobre a importância de ter boa saúde;
Pesquisar sobre os riscos, causados pela picada do mosquito;
Promover autoconhecimento;
Contribuir com a divulgação de informações sobre o malefício do Aedes aegypti;

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 143


Distinguir diferentes formas de prevenção da Dengue;
Reconhecer o papel social de cada aluno como cidadão responsável e participativo;
Criar multiplicadores e reforçar os cuidados preventivos.

III – Metodologia

Sensibilização;
Levantamento do conhecimento prévio dos alunos sobre o assunto;
Coleta de material;
Divulgação oral da campanha contra o Aedes Aegypti.
Campanha contra o Aedes Aegypti;
Entrevista com moradores do bairro, sobre profilaxia;
Confecção de jogos: memória, 7 erros, Palavra/Desenho;
Paródias e teatro;
Construção de maquetes;
Discussões e debates, vídeos (documentários);
Construção de folhetos e placas informativas;
Pesquisas, palestras, oficinas;
Recorte, pintura, colagem;
Poesia sobre “mosquito” de Vinícius de Morais/Toquinho;
Produção de textos sobre o Aedes Aegypti;
Registros fotográficos de possíveis focos para procriação de mosquitos em via pública;
Construção de histórias em quadrinhos;
Portfolio de fotos de atividades e ações.

IV – Ações:

Construção e exposição de tabelas e gráficos com os dados obtidos através de


pesquisas;
Sessão de vídeo sobre o ciclo de vida do Aedes Aegypti;
Distribuição de folhetos informativos: a escola e comunidade do bairro;
Mostra fotográfica por slides;
Distribuição, para a família, de jogos: memória, 7 erros, Palavra/Desenho;
Oficina de velas e repelentes orgânicos;

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 144


Exposição do tema em todas as turmas do turno da tarde, pelos alunos de EJA e
Ensino Médio Politécnico;
Apresentação de uma paródia, contendo informações sobre Aedes Aegypti;
Construção de “armadilhas” que identificam a presença do mosquito Aedes Aegypti;
Através de maquete, demonstração de erros e prevenções das doenças causadas
pelo mosquito Aedes Aegypti;
Colagem de placas informativas nas dependências da escola;
Teatro (alunos do Ensino Médio Politécnico) para alunos dos Anos Iniciais – 1º e 2º
ano;
Orientar para que em suas residências, procurem de forma detalhada, possíveis
locais onde o mosquito possa se proliferar;
Recolher os materiais e descartaram no lixo. Já as garrafas pets ou partes de
garrafas pets, fizer a limpeza e armazenaram em casa;
Construção de halteres de academia com garrafas pets e que eles repetissem em
casa o que lhes foi orientado;
Construir halter e entregar na escola para o professor de Educação Física;
Aulas de Resistência Muscular Localizada (RML) para o Ensino Médio Politécnico
e Ensino Fundamental anos finais, com uso dos halteres;
Apresentação dos alunos de EJA com um teatro - tema “O mosquito Dengoso”,
autora Zeneida Lima, para os alunos do turno da tarde;
Construção de relatório de criadouros em via pública (envio para Secretaria
Municipal de Saúde e Meio Ambiente).

V- Resultados esperados:
Que a pesquisa possibilite o desenvolvimento de aprendizagens significativas para os
alunos/professores, funcionários e comunidade;
Observar a importância de desenvolver programas que possibilitem a reflexão e
discussão sobre o Aedes Aegypti.
Que a escola seja, de fato, agente de mudança e transformação social.

VI - RECURSOS:
Humanos:
Corpo docente;

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 145


Corpo discente;
10ª CRE/Uruguaiana;
Comunidade;
Secretaria de Saúde Municipal;
Palestrantes.

Materiais:
Materiais de consumo;
Textos;
Revistas, jornais;
Fotografias;
Filmagens;
DVDs;
Folders;
Materiais recicláveis;
Banners;
Papel pardo e A4.

VII-AVALIAÇÃO:

A avaliação dar-se-á continuamente durante e após o desenvolvimento das


atividades, enfatizando principalmente as ações dos alunos, por meio da observação e
trabalhos avaliativos. Para tanto, é necessário que todo o educador faça adequação de
suas atividades com o tema do projeto, contextualizando-a com o cotidiano escolar.
Durante o desenvolvimento da proposta, a equipe poderá avaliar ações,
reformulando-as de acordo com a flexibilidade que todo projeto deve ter em razão de
eventuais situações no contexto escolar.

IX – ANEXOS:

Ações realizadas.

Orientar para que em suas residências, procurem de forma detalhada, possíveis locais onde
o mosquito possa se proliferar.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 146


Recolhidos os materiais descartados no lixo. As garrafas pets ou partes de garrafas pets,
foram armazenadas em casa.
Construção de halteres de academia com garrafas pets.
Construir halter e entregar na escola para práticas de Educação Física.
Colagem de placas informativas nas dependências da escola. Palestra sobre: Dengue, Zika
e Chikungunya.
Mostra fotográfica por slides.
Construção e exposição de tabelas e gráficos com os dados obtidos através de
pesquisas.
Teatro (alunos do Ensino Médio Politécnico) para alunos dos Anos Iniciais – 1º e 2º ano.
Construção de “armadilhas” que identificam a presença do mosquito Aedes Aegypti.
Sessão de vídeo sobre o ciclo de vida do Aedes Aegypti.
Confecção do mosquito com material reciclado.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,


jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 147


Capítulo 23
COMBATE AO AEDES AEGYPTI

Professores responsáveis:
Lucinara dos Santos
Joice Valkiria Ferreira de Oliveira
Sineri Severo Cassol
Quelen Roberta Viana Motta
Márcio Nunes Severo
Alessandra Brasil Vieira
Aline Jacques Bonassa
Cândida Rosane Cardoso Rodrigues
Dirce Maria Rezende dos Santos
Elzira Dias Machado

Justificativa

Devido à característica da Dengue, doença transmitida pelo mosquito em epidemias


e que um grande número de pessoas esteja vivendo em áreas de risco de infecção pela
grave doença com alta taxa de mortalidade, atingindo aspectos econômicos devidos a
necessidade de cuidados especiais aos acometidos pela doença, que se transformou nos
últimos anos em grande preocupação e motivo de estudo. Devido à importância desta
epidemia se faz necessário conhecimento dos hábitos de dispersão do AEDES AEGYPTI,
juntamente com sua capacidade de disseminar a doença. Como contribuição realizamos
esse trabalho, desenvolvendo atividades pedagógicas com os alunos e pais da cidade de
Alegrete, para melhor conscientização nessa comunidade escolar em relação ao combate
do mosquito.

Definição das atividades

Palestra realizada pelos militares, com todos os alunos da escola;


Trabalho em sala de aula;

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 148


O aluno registra o que fez em sua casa;
Uma vez por semana uma turma será agente no interior da escola;
Nas aulas de arte os alunos confeccionaram folders informativos;
Montar um cenário na escola para visualizar e entender o projeto.
Caminhada de Combate à Dengue;
Palestra com a Secretaria de Saúde.

Metodologia
Trabalho prático e visual fundamentado em panfletos informativos fornecidos pela
Secretaria de Educação do Estado.

Culminância

Caminhada no bairro com uma simbolização do mosquito transmissor da Dengue.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?


Palestra realizada pela Secretaria do Meio Ambiente englobando todos os alunos
da escola;
Teatro sobre a Dengue;
Construção de Folders a serem distribuídos na escola;
Construção do Mosquito da Dengue com material reciclado.
Construção de Cartazes.

Como você avalia a ação na sala de aula?

A ação foi de extrema importância tendo em vista que a escola é um espaço


educativo, onde a aprendizagem é construída com a finalidade de conscientizar sobre a
Dengue, reduzindo assim, os fatores que levam as pessoas a adoecer, a obterem maiores
informações sobre a mesma e a necessidade de reduzir os índices preocupantes da
incidência dessa doença em nossa cidade.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 149


Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,
jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 150


Capítulo 24
DENGUE SEM DENGO, TODOS CONTRA O MOSQUITO

Professora responsável:
Adriane Panciera

Justificativa
Em meados da segunda década do século XXI, Iniciamos com problemas sérios na
saúde no Brasil, onde tivemos um aumento nos casos de Dengue, em relação a 2015 e
também muitos casos sérios de microcefalia relacionados com o vírus da Zica,também a
Chikungunya e a Síndrome Guillain – Barré. A partir de dados e estudos sabemos que a
situação é preocupante e cabe a nós, escola, comunidade escolar e sociedade, fazermos
a nossa parte para juntos diminuirmos a proliferação dos mosquitos e evitar uma epidemia,
doenças que podem levar a óbito e também podem deixar consequências neurológicas
para o resto da vida.

Objetivo geral
Levar o conhecimento dos alunos, conscientizando-os do problema e trabalhar junto
à comunidade escolar esclarecendo sobre o vetor e a doença que vem causando muitas
mortes. Contribuir na preservação da saúde e incentivar atitudes de prevenção ao mosquito
e prevenir a proliferação do mesmo e como consequência a doença.

Objetivos específicos
Identificar o mosquito transmissor Aedes Aegypti;
Reconhecer os sintomas da Dengue, Chikungunya, Zica e síndrome de Guillain-
Barré;
Diagnosticar as dificuldades em conter o mosquito transmissor;
Conscientizar a população sobre a contribuição de cada um na prevenção da
Dengue;
Reconhecer como os hábitos de higiene ajudam a manter a saúde e prevenir
doenças;
Ter cuidado com o armazenamento do lixo;
Aprender a selecionar o armazenamento do lixo: material reutilizável e lixo orgânico.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 151


Público alvo
Comunidade escolar, comunidade do entorno e família.

Estratégias
Sensibilizar professores, alunos, com vídeos de campanha sobre a Dengue,
Chikungunya, Zica e síndrome de Guillain-Barré;
Exibição de vídeos sobre a doença e como evitá-las;
Leitura de noticiários sobre a doença;
Pesquisa na internet sobre as doenças;
Palestras.

Atividades
Produção de frases coletivas sobre como evitar a doenças, produção de cartazes,
confecção de máscaras, (mosquitinhos), de sucata, bandeirinhas, panfletos, maquetes,
murais e fotografias.
Divulgação das atividades no mural da escola e comunidade escolar.

Avaliação
Participação e desenvolvimento nas atividades propostas e postura atitudinal na
construção dos materiais.

Recursos
Pesquisas na internet, exibição de vídeos, TV e DVD, livros, jornais cartolinas,
folhas sulfites, caixas de papelão, rolhas e etc...

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?


Foram realizadas diversas atividades de conscientização sobre o MOSQUITO
AEDES EGYPTI na escola, entre elas:
Contação de histórias;
Construção do mosquito da Dengue;
Palestras com representantes do Meio Ambiente do município;
Conscientização de manter o ambiente limpo para não proliferação do mosquito.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 152


Como você avalia a ação na sala de aula?

Houve grande mobilização de todos os professores da escola para a realização


desse projeto, por ser uma escola pequena todo trabalho foi desenvolvido com êxito.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,


jogos, etc).

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 153


Capítulo 25
CONHECER PARA COMBATER / MOSQUITO ESQUISITO

Professora responsável:
Margareth Gonçalves Machado

Justificativa

O projeto se justifica pelo aumento de casos de microcefalia suspeitos de infecção


pelo Zika Vírus, número de óbitos, transmissão e sintomas causados pelo mosquito Aedes
Aegypti. Portanto, devido a tal situação alarmante se faz necessário que a escola e
professores, através de projetos e ações, busquem a elucidação das informações sobre o
agente transmissor.

Definição das ações

Esclarecimento sobre o mosquito, transmissão e sintomas através de vídeos e textos


informativos e medidas de proteção.
Vistoria ao pátio da escola, procurando possíveis focos contaminação e retirada da
água concentrada no lixo;
Produções textuais com o que foi aprendido sobre o mosquito, tipos de texto;
Expressão artística, confecção de mosquito de sucata;
Pesquisa na internet sobre a origem, transmissão, sintomas, prevenção e proteção;
Elaboração de painéis explicativos sobre as doenças, condição atual da cidade
quanto a ações de combate ao mosquito;
Prevenção e cuidados que devemos ter;
Palestras dos agentes da Secretaria de Saúde do Município;
Análise e observação da evolução do ciclo de vida do pernilongo;
Estudo dos insetos, lista de insetos e doenças transmitidas por eles;
Análise e interpretação de gráficos sobre o número de casos der microcefalia
suspeitos de infecção pelo vírus Zika Vírus em todo o país, nos anos de 2010 a 2015,
número de óbitos suspeitos de infecção pelo Zika e concentração de casos por região
e estado;

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 154


Visita aos vizinhos da escola pedindo a colaboração e cuidado com o depósito do
lixo em lugar e hora apropriados;
Limpeza e conservação da moradia de cada um;
Confecção de cartazes e destruição na comunidade;
Conscientização a partir da confecção de jogos e posterior doação para os anos
iniciais;
Construção de maquetes (lugar com e sem o foco da Dengue);
Debate sobre cuidados para eliminar e evitar os focos do mosquito em casa;
Leitura e compreensão dos panfletos sobre o Zika Vírus.

Metodologia

Incialmente, os professores farão atividades baseadas em palestras seminários,


encontros realizados com os alunos durante o período de desenvolvimento do projeto.
Após, a construção do conhecimento se dará através de construção de jogos, maquetes,
cartazes que serão expostos para a comunidade escolar, bem como para os moradores do
entrono da escola. Também será realizado, nas dependências da escola, um mutirão de
limpeza e vistoria de possíveis focos de contaminação pelo mosquito.
Por fim, receberemos a visita de agentes sanitários para palestrar e informar sobre
cuidados e prevenção ao mosquito.

Descreva as ações realizadas na escola sobre o mosquito da Dengue?

A escola realizou uma vistoria ao pátio da escola para verificar possíveis criadouros
do mosquito, produções textuais sobre o mosquito da Dengue e suas características,
confecção de mosquitos com material de sucata, pesquisas na internet sobre a origem,
transmissão, sintomas, prevenção e proteção, elaborou painéis explicativos sobre as
doenças.
Com o apoio da Secretaria de saúde foram realizadas palestras com os agentes da
Secretaria de Saúde do Município e visitas a comunidade com distribuição de panfletos. No
final do ano foi feita uma Mostra Pedagógica onde foram expostos na escola todo o material
confeccionado e a apresentação do projeto para toda a comunidade.
Uma das atividades importantes foi a preparação da escola para o início do ano letivo
com a pintura de bancos e a limpeza do pátio.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 155


Como você avalia a ação na sua sala de aula?

Este projeto teve uma grande participação de toda a comunidade escolar onde
podemos evidenciar na mudança de atitudes depois que o projeto foi aplicado, os alunos
demonstraram interesse nas atividades foram criativos e motivados nas propostas, desta
forma construíram o seu conhecimento e puderam aplicá-los nas suas famílias.

Coloque um registro da sua atividade desenvolvida (fotos, trabalhos, desenhos,


jogos, etc).

Preparação da escola para o início do ano letivo, pintura de bancos e limpeza do pátio.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 156


CONSIDERAÇÕES FINAIS

O meio ambiente pode ser definido como o local onde se desenvolve a vida na
terra, ou seja, é a natureza com todos os seres vivos e não vivos que nela habitam e
interagem. Desta forma, qualquer ação que ocorra nele terá uma consequência, ou um
impacto nos indivíduos que nele habitam. Nas últimas décadas, o meio ambiente vem
sofrendo cada vez mais com a ação humana, como essa intervenção nem sempre é
harmônica e de forma sustentável, surgem diversos problemas ambientais que afetam
nossa saúde entre outras coisas.
A epidemiologia aponta que as arboviroses são doenças que caracterizam um grave
problema de saúde pública no Brasil, propiciadas por alterações climáticas, no ambiente, e
muitas vezes por haver o desconhecimento da etiologia do vetor.
A partir de uma Educação Ambiental contextualizada nas diversas disciplinas,
referenciando as principais arboviroses como temas transversais, aliando às inúmeras
ações preventivas e trazendo o tema de forma sistematizada em programas educativos e
contínuo podem trazer bons resultados para o controle desses agravos, e traze maior
qualidade de vida.
Hoje sabemos que o modo de vida dos seres humanos está intimamente relacionado
com a ocorrência de inúmeras doenças, as quais podem ser oriundas de algum fator
ambiental alterado, principalmente pelas ações antrópicas. E por sua vez, essas interações
humanas com o meio ambiente têm exercido grande influência no aumento significativo de
doenças como a dengue. De maneira geral, a disseminação da dengue se dá devido a
elevada capacidade reprodutiva do mosquito, aliada a condições favoráveis de clima, e às
condições ambientais produzidas pelos seres humanos e o acesso ao alimento.
Desta forma, o primeiro passo para a prevenção da dengue é quebrar a cadeia de
transmissão, eliminando os locais de proliferação do mosquito. Um caminho para a
prevenção contra essa doença se dá pela participação da comunidade no controle da
enfermidade, através de atividades educacionais que conscientizem a população para que
possam também atuar no controle do vetor, não basta só tirar a água parada dos
recipientes, precisamos evitar a super produção de lixo, diminuir a poluição, acabar com o
desmatamento e queimadas.
A dengue é uma doença que ainda assola o Brasil, diante disso, podemos constatar
que os problemas socioambientais, como o processo de urbanização desenfreado, a falta
de saneamento básico, abastecimento de água e o descarte inadequado do lixo, são os
elementos que aumentam a sua incidência nas distintas regiões do território brasileiro.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 157


Desta forma, quando pensarmos na prevenção da dengue torna-se necessário refletir sobre
os aspectos ambientais que permeiam a realidade vivenciada pela população e como esses
fatores podem interferir na qualidade de vida das pessoas.
O combate ao mosquito Aedes aegypti é um desafio que vem sendo enfrentado ao
longo das últimas décadas, permeando diversas estratégias e políticas públicas de
intervenções que integram diferentes setores. Primeiramente, ações mais centralizadas
foram implementadas, destacando-se as atividades de vigilância entomológica realizadas
pela FUNASA na década de 90. A partir dos anos 2000, as ações foram descentralizadas
com o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) e aprimoradas pelas Diretrizes
Nacionais para a Prevenção e Controle da Dengue (2009) que reforçaram ainda mais a
importância das ações intersetoriais para o controle do vetor. Nesse sentido, um esforço do
Ministérios da Saúde e da Educação é a implementação do Programa Saúde na Escola
que, no Rio Grande do Sul, pactua ações obrigatórias voltadas para o combate do mosquito
Aedes aegypti.
O município de Uruguaiana, apesar dos esforços intersetoriais, possui focos do
mosquito registrados em todos os anos, desde 2001 até 2020, com exceção de 2008.
Portanto, é fundamental a continuidade do controle desse vetor, principalmente com ações
de educação em saúde já que os focos do Aedes aegypti ocorrem principalmente nas áreas
externas e internas dos domicílios.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 158


ÍNDICE REMISSIVO

Albert Severo Munhoz, Técnico em Auxiliar de Produção Mecânica (SENAI-Uruguaiana


2015-2016), Técnico em Informática (IFRS-Campus Uruguaiana 2018-2019). Graduando
em Matemática (IFRS Campus Uruguaiana, UAB, 2019), Graduando em Engenharia
Elétrica (Anhanguera Educacional de Uruguaiana 2020).
Allyson Henrique Souza Feiffer Graduado em Licenciatura em Ciências da Natureza
(2018) pela Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA, especialista em Avaliação de
Impactos Ambientais e Processos de Licenciamento Ambiental pelo SENAC/SP (2019).
Atualmente é professor da área de Ciências da Natureza (biologia, química e física),
ministrando aulas particulares e aulas de preparatório para o ENEM. Cursa Especialização
em Educação Ambiental pela Universidade Federal do Pampa. Junto à UNIPAMPA
desenvolve pesquisas na Unidade de Conservação Parque Estadual do Espinilho voltadas
para a coleta, classificação taxonômica e divulgação de espécies herbácea do local, como
forma de mostrar uma parcela da biodiversidade vegetal do bioma Pampa.
Andréa Magale Berro Vernier, graduada em Matemática -Licenciatura, pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul- PUC (1998). Mestra pelo Programa de Pós
Graduação Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde (2019). Doutoranda pelo
mesmo programa e atualmente atua como professora da educação básica na rede Estadual
de Ensino do Rio Grande do Sul, tendo experiencia na área da Matemática e na área das
Ciência, concentração em matemática.
Cristiane Trindade Botta, Técnica em Agropecuária (CREA - RS196617) Instituição de
ensino EE de 1º e 2º graus Encruzilhada - Maçambará/RS presta Assistência Técnica no
Meio Rural, Licenciada em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande
do Sul (2003). Especialista em Métodos Matemáticos (2005), na mesma Instituição de
Ensino. Especialista em Educação Ambiental (2017 - 2018), na Universidade Federal do
Pampa - UNIPAMPA. Docente da rede estadual de ensino atuando nos anos finais da
EEEM Senador Salgado Filho. Possui experiência na área de Matemática e Ciências
atuando nos anos finais do ensino fundamental, participa como Multiplicadora da 10ª CRE
na Assessoria Ambiental e de Saúde, nas escolas EEEF República do Uruguai (2010-2014)
e EEEF Uruguaiana (2012-2020), sendo a segunda localizada no meio rural.

Jeferson Rosa Soares: Doutorando em Educação em Ciências – UFRGS, Mestre em


Educação Ambiental – FURG, Tecnólogo em Gestão Ambiental – UNOPAR, Professor do
Estado de Santa Catarina (2020). Pesquisa temáticas como: Educação Ambiental, Bacias
Hidrográficas, Agroecologia, Educação do Campo, Recursos Hídricos.
João Victor Silveira Verçosa Graduando do curso de Licenciatura em Ciências da
Natureza pela Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA (2017 - 2020). Participei do
Núcleo de Inclusão e Acessibilidade – NINA (2017-2019) e fiz parte do Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID (2018-2019).

Júlia Birnie Farias, possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal
de Santa Maria (2017). Atualmente é Médica Veterinária Residente em Programa de
Residência Integrada Multiprofissional em Saúde Coletiva na Universidade Federal do
Pampa, atuando na Vigilância Ambiental em Saúde, na Estratégia Saúde da Família e no
Laboratório Municipal. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em
Saúde Coletiva.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 159


Laura Ilarraz Massia, possui graduação em Medicina Veterinária pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, especialização em Saúde Pública pelas
Faculdade Internacional de Curitiba e pela Escola Nacional de Saúde Pública – RS e
mestrado em Ciência Animal (Epidemiologia) pela Universidade Federal do Pampa – RS.
Atualmente, é médica veterinária da Prefeitura Municipal de Uruguaiana – RS, atuando,
principalmente, nos seguintes temas: saúde pública, vigilância ambiental em saúde,
vigilância sanitária, saúde única.
Maria Aparecida Maia de Mello, Graduada em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas
pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2009). Graduada em Bacharel
em Ciências Biológicas Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2009).
Possui Especialização em História e Cultura Africana, Afro-Brasileira e Indígena,
UNIPAMPA (2016). Mestranda no Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências da
Universidade Federal do Pampa. Atualmente é professora da Prefeitura Municipal de Barra
do Quaraí-RS na EMEF Manoel Imas dos Santos e professora Coordenadora pedagógica
da Prefeitura Municipal de Uruguaiana-RS na EMEB Marília Sanchotene Felice.

Maria Isabel de Oliveira Figueiredo, Bacharel em Ciência Biológicas pela Pontifícia


Universidade Católica do Rio Grande do Sul Campus Uruguaiana, Especialista em Saúde
FEEPS-IPB/Lacen-RS, Especialista em Microbiologia Clínica FEEVALE-Novo Hamburgo-
RS, Especialista em Educação Ambiental-UNIPAMPA Campus Uruguaiana-RS.

Marlise Grecco de Souza Silveira Graduada em Ciências Físicas e Biológicas na


Pontifícia Universidade Católica do Rio grande do Sul (1994), Especialista em História e
Cultura Africana, Afro brasileira e Indígena da UNIPAMPA (2016), Especialista em
Educação Ambiental na Faculdade São Braz Educacional - Curitiba, Paraná (2019 ), Mestra
em Educação em Ciências Química da Vida e Saúde - UFSM (2014), Doutora em Educação
em Ciências Química da Vida e Saúde (2019).Participante do Grupo de Estudos em
Nutrição, Saúde e Qualidade de Vida (GENSQ), atuou como professora convidada junto ao
Curso de Especialização em Educação Ambiental Unipampa Campus Uruguaiana.
Phellipe Róges Marengo Silva, possui graduação em Medicina Veterinária pela
Universidade Federal do Pampa, Campus Uruguaiana (2017). Atuou como consultor em
segurança alimentar e responsável técnico em serviços de alimentação. Atualmente é
Médico Veterinário do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde
Coletiva da Universidade Federal do Pampa, Campus Uruguaiana, atuando no setor de
Vigilância Ambiental e Estratégia de Saúde da Família.
Rafaela Fan Borges - Graduanda do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza -
Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA (2018). Integrante do Programa Institucional
de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID (2018-2020).

Raul Calixto Gonçalves, Acadêmico de Licenciatura em Ciências da Natureza –


Universidade Federal do Pampa – Campus Uruguaiana; Técnico administrativo - Senac;
Bacharel em administração – Universidade Norte do Paraná – Unopar, Pós-Graduando em
Especialização em Educação Ambiental Latu Sensu pela Universidade Federal do Pampa-
Campus Uruguaiana. Procurando atender as expectativas propostas nas mais diversas
áreas do conhecimento, como tais: administração, artes, matemática, biologia, química e
física. Membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) como astrônomo júnior.
Taiane Acunha Escobar – Graduada em Ciências Biológicas (habilitação em Licenciatura
e Bacharelado) pela PUC/RS (2008). Especialista em Gestão em Saúde pela Escola de

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 160


Administração da UFRGS (2012) e em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do
Pampa (2013), Mestre em Ciência Animal (2015) e Doutora em Bioquímica (2019) pela
Universidade Federal do Pampa. Desenvolve pesquisas nas áreas de Epidemiologia,
Parasitologia, Biologia Molecular e Bioquímica. Pesquisadora em Doenças Tropicais
Negligenciadas com ênfase em Leishmaniose Visceral, atua nos Grupos de Pesquisa
EQUIPAMPA e GIGA da Universidade Federal do Pampa. Atualmente é Bióloga do Serviço
de Assistência Especializada em HIV/AIDS e Centro de Testagem e Aconselhamento –
SAE/CTA da Secretaria Municipal de Saúde de Uruguaiana, RS, atuando também na área
de Infecções Sexualmente Transmissíveis/HIV/AIDS.

COMO TRABALHAR A DENGUE EM ESCOLAS PÚBLICAS? 161

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