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Enfermagem Do Trabalho Com Foco em Saúde e Segurança
Enfermagem Do Trabalho Com Foco em Saúde e Segurança
Portal Educação
CURSO DE
SEGURANÇA NO TRABALHO
Aluno:
1
CURSO DE
SEGURANÇA NO TRABALHO
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
1 HISTÓRICO, CONCEITOS E LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA
1.1 ACONTECIMENTOS RELEVANTES SOBRE A SEGURANÇA DO TRABALHO
NO BRASIL
1.2 A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS
1.2.1 O Pioneirismo Inglês
1.2.2 Avanços da Tecnologia
1.2.3 Locomotiva: os transportes avançando com a tecnologia
1.2.4 A Revolução Industrial e as Fábricas
1.2.5 Os trabalhadores na Revolução Industrial
1.2.6 O Ludismo e o Cartismo
2 HISTÓRICO DOS AMBIENTES DE TRABALHO, DOENÇAS E ACIDENTES
2.1 O AMBIENTE
2.1.1 Pesquisa na Área
2.2 AS DOENÇAS
3 CONCEITOS FUNDAMENTAIS: ACIDENTE DE TRABALHO E ACIDENTE DE
TRAJETO
3.1 DIFERENÇA ENTRE DOENÇAS PROFISSIONAIS E DOENÇAS DO
TRABALHO
3.1.1 Doenças profissionais ou tecnopatias
3.1.2 Doenças do trabalho ou mesopatias
MÓDULO II
4 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
4.1 AÇÕES PRÓ-ATIVAS NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
5 PROGRAMAS DE PREVENÇÃO
5.1 TREINAMENTO
3
5.2 MOTIVAÇÃO
5.3 CONTROLE
6 ENTENDENDO AS SIGLAS: SESMT – PPRA – PCMSO
6.1 SESMT
6.1.1 Composição do SESMT
6.1.2 Dimensionamento do SESMT
6.1.3 Relações do SESMT
6.2 PPRA
6.3 PCMSO
MÓDULO III
7 VERIFICAÇÕES DE SEGURANÇA
7.1 VERIFICAÇÕES INTERNAS
7.2 VERIFICAÇÕES OFICIAIS
7.3 VERIFICAÇÕES ESPECIAIS
7.4 MODELOS DE VERIFICAÇÃO
7.4.1 Modelo Inicial
7.4.2 Modelo Integrado
8 OS PASSOS DE UMA VERIFICAÇÃO
9 MAPEAMENTO DE RISCOS
9.1 A elaboração do Mapeamento de Riscos
I - ETAPA
II - ETAPA
III - ETAPA
IV – ETAPA
V – ETAPA
VI – ETAPA
MÓDULO IV
10 INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES DO TRABALHO
10.1 ACIDENTES DE TRABALHO
4
11 MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
11.1 MÉTODO DA ÁRVORE DE CAUSAS
11.1.1 Fases que Antecedem a Elaboração da Árvore de Causas
11.1.2 Etapas da Construção da Árvore de Causas
12 MÉTODO DO DIAGRAMA DE CAUSAS E EFEITOS
12.1 AS CAUSAS
12.2 VANTAGENS DO MÉTODO
12.3 DESVANTAGENS DO MÉTODO
12.4 ELABORAÇÃO DO DIAGRAMA
13 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO LEGISLAÇÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
6
O Brasil encontrava-se diante de relevantes mudanças na Consolidação das
Leis Trabalhistas. E, é possível descrever o cenário brasileiro da época como sendo
o seguinte:
Na década de 70 a população do país viveu o chamado “Milagre Brasileiro”,
diante de um regime altamente autoritário, com recursos sendo disponíveis por meio
do exterior, embasado pela grande necessidade de investimento financeiro para o
país.
Ocorreu uma consistente pressão dos organismos de mercados financeiros
internacionais para que o Brasil adotasse algumas ações. Dentro dessas ações,
amplo destaque é direcionado para a aprovação da legislação específica
direcionada à segurança e à medicina do trabalho.
Inicialmente essa legislação foi elaborada configurando-se como uma cópia
fiel da legislação de segurança do trabalho dos países norte-americanos. Com isso,
ocorreu uma formação totalmente inadequada dos responsáveis, profissionalmente,
ou seja:
o Engenheiros de segurança do trabalho;
o Médicos do trabalho;
o Demais profissionais da área.
A implementação dessas ações focalizava para um conjunto especial de
resultados a serem alcançados, destacando-se a liberação de financiamentos
internacionais que viabilizassem obras, por exemplo:
Hidrelétrica de Itaipú;
Transamazônica;
Ponte Rio-Niterói.
Muitos especialistas denominam a origem da segurança do trabalho no
Brasil como sendo uma reação contra a realidade econômica vivenciada na época,
mais especificamente, entre os períodos de 1964 a 1985. A realidade em questão é
reconhecida por não privilegiar o social, gerando grande aumento das necessidades
básicas populacionais e da pobreza (CARVALHO, 2000).
Foi no ano de 1977, mais especificamente no dia 22 de dezembro do
referido ano, que surgiu a Lei nº 6514, que por meio da Portaria n 3214 de junho de
1978 apresentou as Normas Regulamentadoras ao cenário legislativo brasileiro.
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Atualmente essas mesmas normas continuam vigentes, porém foram
implementadas algumas alterações essenciais para a readaptação ao novo contexto
econômico, cultural e social do país.
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Desse modo, se reconhece a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
como sendo a grande desencadeadora do período institucional de busca pela
Prevenção de Acidentes.
Porém, nesse contexto a Consolidação das Leis Trabalhistas não
contemplava, em sua versão original, nenhum dispositivo direcionado ao Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho nas
Organizações.
O referido serviço foi implantado por meio do Decreto-Lei n 229 datado de
28 de Fevereiro de 1967.
O Ministério do Trabalho dispôs sobre o desenvolvimento e implementação
do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho nas
Organizações por meio da criação da Portaria n 3237, datada de 27 de julho de
1972.
Seguindo a evolução histórica, em 31 de dezembro de 1975 a Portaria n
3237 foi substituída pela Portaria n 3460, que permaneceu vigente até 08 de Junho
de 1978, período no qual entrou em vigor a atual legislação sobre o assunto.
As Normas Regulamentares (NR´s) tiveram seu surgimento por meio da Lei
n 6514, datada de 22 de Dezembro de 1977, por meio da portaria n 3214, que
proporcionou a modificação do Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis
Trabalhistas, ocorrida em 08 de junho de 1978.
Dentre as Normas Regulamentadoras (NR´s) é possível destacar a NR-4
(Norma Regulamentadora -4):
NR-4 – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho, que teve seu conteúdo disponibilizado pela Portaria n 33 de 27 de Outubro
de 1983, da Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho (SSMT) – Ministério
do Trabalho.
9
FIGURA: SEGURANÇA NO TRABALHO
10
impulsionou a buscar novas alternativas que viabilizassem a produção de
mercadorias.
Sociedade:
A sociedade contribuiu com a Revolução Industrial em virtude da explosão
de crescimento populacional da época, que gerou um contingente enorme de mão
de obra barata e necessitada de emprego. Ao mesmo tempo, com a ampliação do
número de pessoas, ampliou-se também a demanda por produtos e mercadorias,
exigindo o aumento da produção.
11
Em primeiro lugar, a Inglaterra possuía em seu subsolo, na época,
quantidades significativas de carvão mineral. Esse material era considerado a
principal fonte de energia daquele período, pois era utilizado na movimentação das
máquinas e também nas locomotivas a vapor.
Outro fator que muito contribuiu com o surgimento da Revolução Industrial
primeiramente na Inglaterra foi à existência de grandes reservas de minério de ferro
no solo inglês, que era considerado na época, a principal matéria-prima para
produção.
Em relação à sociedade, ressalta-se o grande aumento populacional, que
desencadeou uma significativa quantidade de mão de obra barata que se
encontrava disponível, em busca de trabalho, no século XVIII. Se junta a
necessidade de emprego, a ampliação do mercado consumidor que desencadeou a
necessidade de maior número de mercadorias produzidas, em tempo menor
(OLIVEIRA, 2003).
Esses aspectos foram fundamentais para o surgimento e desenvolvimento
da Revolução Industrial na Inglaterra.
12
1.2.2 Avanços da Tecnologia
13
FIGURA: LOCOMOTIVA
14
¥ Seguro-desemprego.
15
1.2.6 O Ludismo e o Cartismo
16
2 HISTÓRICO DOS AMBIENTES DE TRABALHO, DOENÇAS E ACIDENTES
17
Porém, a grande evolução tecnológica trouxe o desenvolvimento de novos
ambientes de trabalho, paralelamente, gerou também maiores riscos profissionais
associados.
Na verdade, a grande maioria dos riscos não é conhecida pela população,
exigindo ainda muitas pesquisas que apresentam seus resultados somente após
uma longa exposição dos funcionários aos ambientes nocivos. Os resultados são
direcionados à saúde e a integridade física, ameaçadoramente comprometida.
No contexto mercadológico atual, percebe-se o novo setor de segurança do
trabalho, que se configura de forma interdisciplinar e o objetivo principal é a
prevenção dos riscos profissionais.
Hoje é possível visualizar um grande número de pessoas que já
compreendem as doenças profissionais como consequências de acidentes de
trabalho
Na dinâmica relacional existente entre o ser humano e as máquinas
configuram-se também muitos benefícios em prol de toda a sociedade, porém, ao
mesmo tempo, desencadeou um enorme montante de vítimas, que se tornaram
portadoras de doenças incapacitantes ou que tiveram sua integridade física afetada
(MICHEL, 2000).
A evolução trouxe uma nova geração de máquinas para serem usadas pelo
homem e nesse contexto, os computadores pessoais destacam-se pela sua
presença constante nas rotinas do sujeito, tendo em vista que jamais na história se
teve uma máquina tão presente (tão próxima) da vida profissional de tantos
trabalhadores. Percebe-se que a relação homem-máquina está ainda mais próxima.
2.1 O AMBIENTE
18
SAÚDE
Não significa apenas ausência de
doença ou dor, mas também, um
ótimo estado de bem-estar físico,
mental e social.
19
de suas atividades laborais. E dentre todas as doenças relacionadas ao trabalho, a
perda auditiva encontra-se em lugar de destaque.
Durante muito tempo a perda auditiva foi justificada exclusivamente em
função da exposição ocupacional ao ruído. Porém, ressalta-se que a referida perda
é muito semelhante à perda auditiva por ototoxicidade.
Sendo assim, considera-se que ambas as perdas sejam neurosensoriais,
irreversíveis, apresentam lesões cocleares, acometem inicialmente altas frequências
e geralmente são bilaterais.
A grande semelhança entre as duas perdas pode ter sido o principal motivo
para que se tenha postergado os estudos direcionados para os efeitos nocivos da
exposição laboral a produtos químicos.
É possível destacar, entre os produtos químicos:
Solventes = álcool, estireno, xileno, dissulfeto de carbono, hexano,
tricloroetileno, tolueno e misturas.
Metais = cobalto, chumbo, manganês e arsênico.
Asfixiantes = nitrato de butila, cianeto e monóxido de carbono.
Para o melhor entendimento dos tipos de produtos químicos exemplificados,
sabe-se que o solvente é o mais utilizado pela indústria, mais especificamente, o
tolueno, que está presente em colas, vernizes, latas, óleos e outros. Para se
alcançar a real avaliação dos níveis de tolueno no ambiente ocupacional, é preciso
realizar o monitoramento biológico por meio do ácido hipúrico, considerado
bioindicador urinário para o tolueno.
É essencial a realização periódica do monitoramento ambiental e biológico
como forma de viabilizar avaliações periódicas do potencial de contaminação do
ambiente de trabalho. Isso visando que o profissional de segurança do trabalho
tenha condições de desenvolver medidas que sejam efetivas para proteger a saúde
do trabalhador.
Destaca-se que para que seja possível a realização do monitoramento faz-
se extremamente necessário haver o prévio conhecimento das diversas condições
relacionadas tanto aos trabalhadores como ao ambiente. Por exemplo:
o Movimentação dos funcionários.
o Condições de ventilação.
o Atividades ou funções desempenhadas.
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o Avaliação dos equipamentos em relação ao impacto com o meio.
IMPORTANTE:
O uso de protetores auriculares deve ser temporário, nunca definitivo. E sua
utilização deve ser efetivada quando todas as demais formas de controle estiverem
esgotadas. A orientação sempre deve se dar no sentido de aderir para uma solução
de proteção coletiva, pois seus resultados direcionam-se para a qualidade de vida
do grupo todo de trabalhadores.
21
2.1.1 Pequisa na Área
22
pelos órgãos nacionais e internacionais ao considerarem as condições seguras para
a realização do trabalho desconsideram os efeitos interativos da exposição a mais
de um agente tóxicos (GONÇALVES, 2000).
2.2 AS DOENÇAS
23
Destaca-se que se torna impossível determinar um fator único que seja
gerador das doenças do trabalho, sendo assim, ainda que se esteja diante de um
evento agudo, é difícil estabelecer associações diretas com as doenças vinculadas
às atividades laborais.
O ser humano passa a maior parte do tempo exercendo atividades laborais.
E, os efeitos do trabalho atingem o organismo de forma cumulativa, podendo, assim,
desencadear doenças crônicas, dificultando muito o estabelecimento de qualquer
relação entre a patologia e o trabalho.
É possível descrever alguns aspectos de saúde que podem ser afetados
pelo trabalho. Por exemplo, o sistema endócrino, que é um elo entre a carga
genética do sujeito e o ambiente, pode ser gravemente afetado pelas condições
laborais às quais ele estará exposto.
As taxas elevadas de colesterol já são reconhecidas como consequência da
capacidade decisória, exaustão física e do ruído excessivo. Também a obesidade
vincula-se a esse grupo de doenças, pois se associa ao alto índice de estresse,
sendo mais comum nas profissões de baixo status social. Em relação à obesidade,
entende-se que pode ser resultado também da busca por refeições saborosas que
gerem compensação pelos conflitos vivenciados no ambiente de trabalho.
Existe uma forte vinculação dos distúrbios do sono e distúrbios alimentares
com a jornada noturna de trabalho. E, o ambiente que preconiza o contato do
trabalhador (de alguma forma) com a irradiação pode desencadear tumores que
ficam em período de latência por vários anos no organismo, dificultando ainda mais
a associação com o trabalho.
A redução da densidade óssea, problema muito comum capaz de
desencadear dores crônicas, associa-se com profissões que determinam a posição
sentada por muito tempo. E, a redução significativa da produção de
espermatozoides, comprovadamente pode estar vinculada ao ambiente que oferece
calor excessivo, exposição a agrotóxicos, metais ou outros agentes químicos.
Diante da vasta associação entre o ambiente de trabalho e doenças
desencadeadas pelo mesmo, torna-se fundamental a revisão das relações
profissionais. Isso quer dizer retomar a conduta exigida pelo empregador e a
vulnerabilidade do empregado. Nesse sentido, preconiza-se que não são os
trabalhadores que devem ser forçadamente adaptados às rotinas de trabalho, ou às
24
necessidades da empresa e sim o contrário. Considera-se que a organização é
quem deve oferecer um sistema de trabalho que seja compatível com as
possibilidades do indivíduo.
25
ATENÇÃO
É necessário estar atento durante as avaliações de saúde do trabalhador,
pois se ao avaliar um grupo de funcionários não for detectada nenhuma alteração da
saúde, encontrando-se somente pessoas bem condicionadas no ambiente laboral,
torna-se imprescindível uma observação mais cautelosa para verificar se isso não
está ocorrendo porque os trabalhadores que apresentavam alterações de saúde,
doenças laborais, foram dispensados.
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CASE
Uma trabalhadora da Indústria de Subprodutos de Origem Animal Lopesco
foi demitida após sofrer acidente durante o caminho do trabalho até sua casa.
Ela entrou com reclamação trabalhista alegando que teve ferimentos no
tornozelo e no pé que a incapacitaram para o trabalho de julho a outubro de 2003,
mas a empresa não forneceu documentação para que fosse requerido o auxílio-
doença junto ao INSS. Para a trabalhadora, mesmo que ela tenha sido a causadora
do acidente, isso não excluiu sua garantia de emprego. A Vara de Trabalho de Tatuí
não aceitou recurso da trabalhadora, que recorreu ao TRT.
Segundo o relator, juiz Lorival Ferreira dos Santos, ficou comprovado que o
acidente ocorreu durante o trajeto percorrido pela funcionária entre seu trabalho até
a residência. Para o juiz, a Lei 8.213/91 prevê que se equipara ao acidente do
trabalho o acidente sofrido pelo segurado no percurso da residência para o local de
trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive
veículo de propriedade do segurado. "Portanto, segundo a legislação previdenciária,
o acidente de percurso é equiparável ao acidente do trabalho", fundamentou Ferreira
dos Santos.
Segundo o relator, a emissão da documentação para que o trabalhador
solicite o auxílio-doença por acidente no INSS em casos de acidente do trabalho é
muitas vezes evitado pelo empregador para impedir a garantia legal de emprego.
"Demonstrada à negligência do empregador pela falta de percepção de
auxílio previdenciário na modalidade acidentária, é certo o direito da trabalhadora à
garantia do emprego prevista no artigo 118 da Lei 8.213/91", disse Ferreira dos
Santos. Mesmo que a funcionária tenha dado causa ao acidente, esse fato exclui
qualquer responsabilidade civil do empregador, mas não a garantia de emprego
prevista na lei.
"Ante a impossibilidade de reintegração no emprego pelo vencimento do
prazo estabilitário, condeno a empresa ao pagamento de indenização
correspondente aos salários e vantagens relativos ao período de 12 meses a contar
da cessação do auxílio previdenciário, acrescidos do FGTS, férias e 13 salário desse
período", conclui o julgador, que estipulou o valor da condenação em R$ 12 mil.
27
3.1 DIFERENÇA ENTRE DOENÇAS PROFISSIONAIS E DOENÇAS DO
TRABALHO
Doenças profissionas ou
tecnopatias.
Doenças do trabalho ou
mesopatias.
28
3.1.2 Doenças do Trabalho ou Mesopatias
29
IMPORTANTE:
No Brasil:
A doença ocupacional é equiparada ao acidente de
trabalho, gerando os mesmos direitos e benefícios.
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CURSO DE
SEGURANÇA NO TRABALHO
MÓDULO II
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são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO II
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A figura a seguir demonstra o esquema das ações pró-ativas:
MECÂNICAS
FÍSICAS
QUÍMICAS
BIOLÓGICAS
PSICOLÓGICAS
SOCIAIS
MORAIS
PREVENÇÃO
EFEITOS
MINIMIZAR
FAVORECER
NEGATIVOS
POSITIVOS
33
5 PROGRAMAS DE PREVENÇÃO
5.1 TREINAMENTO
34
NOTA:
5.2 MOTIVAÇÃO
35
A partir desse entendimento, é possível compreender a importância do
trabalhador ser elogiado pela sua motivação e desempenho, sendo fundamental o
recebimento de recompensas que o auxiliem a manter sua autoestima elevada.
Considera-se que, uma estrutura empresarial que valorize advertências,
ameaças, repreensões e suspensões é tida como um terreno fértil para a ocorrência
de acidentes.
Existem algumas ferramentas da motivação que produzem efeitos
duradouros e abrangentes no ambiente organizacional, como por exemplo:
Bolsas de estudo.
Promoções.
Prêmios.
Estímulo à ideias.
Concursos para trabalhadores e seus familiares.
Eventos relacionados à segurança e saúde.
Visita dos familiares dos empregados à empresa.
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VARIÁVEIS DE REFERÊNCIA DO VARIÁVEIS DE REFERÊNCIA
MEIO AMBIENTE PESSOAL
Condições de Trabalho Do Indivíduo
Salário. Idade.
Limpesa dos setores de trabalho. Sexo.
Relações humanas. Nível profissonal.
Interesse pelo trabalho. Atitudes.
Ritmo do trabalho. Formação.
Iniciativa e promoção. Tolerância ao estresse.
Características da Empresa Do Meio
Dimensão. Mercado de trabalho.
Prestígio. Normas e valores.
Nível tecnológico. Concepções de trabalho.
Estilo empresarial. Importância atribuida ao salário e ao
lazer.
Nível sociocultural.
FONTE: (CAMPOS, 2002)
Na conduta:
Falta ao trabalho.
37
Atrasos.
Problemas de relacionamento.
Baixa produtividade.
TÓPICOS COMENTÁRIO
H Descontrair o funcionário sem
(Humor – Humor) exageros, com jogos de palavras,
piadas ou comentários cômicos, tendo
por finalidade “quebrar o gelo”.
E Reforçar a autoestima do funcionário,
(Esteem – Estimar) ressaltar sua importância na equipe,
manter o otimismo e mostrar que ele
faz a diferença.
L Saber ouvir. Quando necessário,
(listen – Escutar) deixar que o funcionário desabafe.
Falar, e ser ouvido, pode ajudá-lo a
vencer os obstáculos.
P Elogiar, ressaltando que está no
(Praise – Elogiar) caminho certo, destacar práticas
seguras, dizer que ele faz parte de um
grande time.
5.3 CONTROLE
38
CONTROLE
Verificação sistemática, objetiva e periódica dos ambientes de
trabalho, o que permite fortalecer as diretrizes da atuação em
prol da segurança e da saúde ocupacional.
Acompanhamento de desempenho.
39
Sabe-se que é a partir do momento em que práticas seguras forem
responsabilidade de todos, que a organização alcançará um grande alicerce e os
controles serão apenas uma rotina a ser cumprida.
40
ACIDEN-
TES
INCIDENTES
COMPORTAMENTO
CONTROLE
VALORES
6.1 SESMT
41
6.1.1 Composição do SESMT
42
6.1.3 Relações do SESMT
43
Desenvolver no ambiente de trabalho a todos os seus componentes, os
conhecimentos de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, visando
reduzir, até a eliminação total, os riscos existentes à saúde do trabalhador
(CARVALHO, 2000).
A partir do esgotamento de todos os meios conhecidos para a eliminaçao do
risco e esse persistir, deve-se determinar a utilização de equipamentos de proteção
individual (EPI´s) pelo trabalhador, ainda que esteja reduzido o risco, conforme
determinação da NR- 6, desde que a concentração, a intensidade ou a característica
do agente assim o exijam.
Elaboração e implementação pelo SESMT dos Programas de Controle
Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO e Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais – PPRA. Particularmente, a CIPA, tem sua colaboração direcionada
somente para o desenvolvimento e para a implementação.
O SESMT assessora a CIPA diretamente no âmbito da elaboração de mapa
de riscos (GONÇALVES, 2000).
CIPA e SESMT participam conjuntamente da análise das causas das
doenças e acidentes ocupacionais.
Informar e conscientizar os funcionários sobre acidentes e doenças do
trabalho, estimulando-os a prevenção.
Promover constantemente atividades de conscientização, educação e
orientação dos colaboradores visando a prevenção de acidentes e/ou doenças
ocupacionais. Para isso, fazer uso de campanhas pontuais ou programas de
duração permanente.
6.2 PPRA
44
“A obrigatoriedade da elaboração e implementação,
por parte dos empregadores, assim como das
instituições que admitam trabalhadores como
empregados, de um programa que preserve a
saúde e a integridade desses trabalhadores,
mediante a antecipação, o reconhecimento, a
avaliação e o controle dos riscos ambientais
existentes ou que venham a existir no ambiente de
trabalho.”
Agentes Químicos:
¥ Gases.
¥ Vapores.
¥ Fumos.
¥ Poeira.
¥ Névoas.
¥ Neblinas.
45
Agentes Biológicos
¥ Vírus.
¥ Bacilos.
¥ Bactérias.
¥ Protozoários.
¥ Parasitas.
¥ Fungos.
ATENÇÃO:
A elaboração, a implementação, o acompanhamento e a avaliação do
PPRA poderão ser efetuados por meio do SESMT ou por meio de pessoa ou
equipe de pessoas que, a critério do empregador, tenham capacidade de
desenvolver o disposto nesta Norma Regulamentadora.
Ressalta-se que o PPRA engloba quatro pontos distintos que são a base de
suas ações. Sendo eles;
1. Antecipação dos riscos.
46
2. Reconhecimento dos riscos.
3. Avaliação dos riscos.
4. Controle dos riscos.
47
Medidas de controle já instauradas.
DICA!
Exemplo de roteiro para uma Análise Preliminar de Risco:
EMPRESA APR n
Fase: ( ) Projeto ( ) Operação Elaborada por:
Setor: N de Pessoas:
( ) por turno
( ) horário administrativo
Função Agente Fonte Efeito Medidas Obs.
de controle
48
comprovação do controle da exposição ou a inexistência do risco, assim como o
dimensionamento da exposição dos trabalhadores e a ação de subsidiar o
equacionamento das medidas de controle.
NEXO CAUSAL
49
O controle também é efetuado por meio do treinamento dos colaboradores, a
fim de que conheçam os riscos e as diversas maneiras de evitar exposições
desnecessárias (CAMPOS, 2002).
Inicia-se o controle sempre que os limites de tolerância da Norma
Regulamentadora n 15 e da American Conference Governmental Industrial
Higienistys – ACGIH forem ultrapassados.
Assim como também, quando os limites estabelecidos em negociação
coletiva forem ultrapassados.
EXEMPLO DE CRONOGRAMA
CRONOGRAMA MESES
ANO XX
FASES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Formação de equipe
do PPRA
Inquérito preliminar
Análise preliminar de
risco
Elaboração do plano
de ação
50
Elaboração do
documento-base
Aprovação do
documento-base
Implementação do
PPRA
Implementação de
medidas de controle
Programa de
treinamento
Avaliação ambiental
Auditoria
Análise crítica
periódica
6.3 PCMSO
A obrigatoriedade da elaboração e
implementação do PCMSO, por parte dos
empregadores e organizações que
admitam trabalhadores como empregados,
com o objetivo de promover e preservar a
saúde do conjunto de seus colaboradores.
51
Anualmente é preciso emitir o relatório que apresente todas as ações de
saúde executadas no referido período de tempo (OLIVEIRA, 2003). No mesmo,
deverá estar discriminado:
o os setores da organização.
o a quantidade de exames médicos.
o a natureza dos exames médicos.
Deve-se incluir também:
avaliações clínicas e exames complementares,
estatísticas de resultados anormais
planejamento para o ano seguinte.
O relatório será apresentado e discutido em reunião da CIPA, e uma cópia
do mesmo deverá ser anexada em Livro de Atas da Comissão.
IMPORTANTE:
O item 7.2.3 da NR- 7 especifica que o PCMSO deverá ter, em relação aos
agravos à saúde relacionados ao trabalho, caráter de:
52
Prevenção.
Rastreamento.
Diagnóstico precoce.
Inclusive para os agravos de natureza subclínica e da constatação da
existência de casos de doenças ocupacionais ou danos irreversíveis à saúde dos
colaboradores (SALEM & SALEM, 2001).
Ressalta-se que o PCMSO deverá desenvolver duas ações consideradas
fundamentais:
PCMSO
PROMOÇÃO DA PREVENÇÃO
SAÚDE DE DOENÇAS
Promoção da Saúde:
Visando a promoção da saúde utiliza-se mais frequentemente as seguintes
técnicas:
Exibição de filmes de cunho educativo.
Reuniões de grupo do tipo “pergunte ao seu médico”.
Distribuição de folders sobre temas previamente escolhidos.
Palestras sobre temas polêmicos.
Prevenção de Doenças:
Conforme orientação do PCMSO voltada para a prevenção de doenças, é
obrigatória a realização de exames médicos específicos, sendo eles:
Admissional:
Para funcionários novos.
Documento não controlado - AN03FREV001
53
Periódico:
Para manutenção da exposição.
Retorno ao trabalho:
No retorno do funcionário após um período de afastamento.
Mudança de função:
Sempre que os riscos forem diferentes daqueles inerentes à função anterior.
Demissional:
No momento de saída do funcionário da empresa.
EM DESTAQUE:
54
CURSO DE
SEGURANÇA NO TRABALHO
MÓDULO III
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são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
55
MÓDULO III
7 VERIFICAÇÕES DE SEGURANÇA
56
FIGURA: SEGURANÇA NO TRABALHO
57
Verificações Gerais:
58
Verificações Parciais:
Verificações Periódicas:
59
A CIPA deverá realizar um levantamento minucioso de informações que
permitam descobrir o que está acontecendo, buscando dados adicionais com
fornecedores, com o SESMT e com o chefe da área (SALEM & SALEM, 2001).
A partir do momento que se detecta o problema, caberá a CIPA propor uma
medida de controle e acompanhar a sua efetiva implementação.
Verificações Cíclicas:
Verificações de Rotina:
60
Ressalta-se que é de suma importância que o funcionário não se acostume
com a presença contínua dos cipeiros, pra não ter a falsa ideia de que esta é a única
condição para resolver o problema.
61
o ritmo de trabalho.
a existência de fatores contribuintes habituais para o processo, em
termos de vestimentas e equipamento de proteção individual utilizado.
62
EXEMPLO do modelo inicial:
TRATORES BERG LTDA Número do documento
(Nome da empresa) CINSP 16837
63
10 As cadeiras possuem regulagem de
encosto?
11 As cadeiras possuem borda frontal
arredondada?
12 Sob mesas, existe apoio regulável
para os pés?
AÇÕES COMPLEMENTARES:
1 – Os lápis encontram-se armazenados dentro de copos plásticos, com a
ponta virada para cima, sobre a mesa.
2 – As lâmpadas estão bastante sujas.
Preenchido por:
Responsável pela área:
Próxima verificação:
FONTE: (CAMPOS, 2002)
64
8. OS PASSOS DE UMA VERIFICAÇÃO
1 Passo
Setorizar a empresa e visitar todos os ambientes, realizando uma análise
dos riscos exitentes. Para auxiliar o trabalho, é permitido fazer uma Análise
Preliminar de Risco – APR ou um Mapeamento de Riscos Ambientais.
2 Passo
Preparo de uma folha de verificação para cada área ou setor, com todos os
itens a serem observados.
3 Passo
Realizar a verificação anotando na folha de dados se o requisito está ou não
contemplado. Qualquer informação adicional, que denuncie riscos de acidentes,
deve ser registrada.
4 Passo
Levar todos os dados registrados para serem discutidos em reunião da CIPA
e propor medidas de controle para os itens que não estão em conformidade com o
que é exigido. Considera-se o que é prioritário.
5 Passo
Enviar correspondência para o SESMT e para as chefias dos setores onde
se detectaram as falhas, com a indicação da CIPA para contornar o problema.
6 Passo
Cobrar soluções e realizar o acompanhamento da implementação das
medidas de controle. Alterar a folha de verificação, inserindo este item para novas
verificações.
65
7 Passo
Manter a periodicidade das verificações, a partir do 3 passo.
9 MAPEAMENTO DE RISCOS
66
a. Risco
Compreende-se como sendo risco, uma ou mais condições de uma situação
(variável) que apresenta potencial para causar danos. Os referidos danos podem ser
entendidos como:
Lesões a pessoas.
Avarias em equipamentos ou estruturas.
Perda de material em processo de produção.
Redução da capacidade de desempenho em função pre-determinada.
Na existência de qualquer risco, sempre haverá grande possibilidade de
ocorrerem efeitos adversos danosos (MICHEL, 2000).
b. Perigo
O perigo é a expressão da exposição a um risco que tende a causar danos.
c. Dano
Refere-se à gravidade da lesão ou à perda física, funcional ou econômica,
que podem resultar da perda de controle sobre determinado risco.
67
9.1 A elaboração do Mapemanento de Riscos
68
I – ETAPA
69
II – ETAPA
ATENÇÃO:
SETOR DE SERVIÇO
É a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo
estabelecimento. (NR- 1, item 1.6, alínea “a”)
70
Imposição de incêndio ou
ritmos explosão
excessivos Armazenamento
Trabalho em inadequado
turnos e Animais
trabalho peçonhentos
noturno outras
Jornadas de
trabalho
prolongadas
Monotonia e
repetitividade
Causadores
de estresse
físico e ou
psíquico
Riscos Físicos
Os riscos físicos remetem diretamente a noção de energia.
Os riscos listados no Grupo 1 do quadro anterior, configurado na cor verde,
tem chances de provocar um quadro específico de problemas de saúde nos
colaboradores, como os apresentados a seguir:
Ruído
Apesar da população das grandes cidades acostumar-se com o volume
elevado presente nas ruas, sabe-se que a pessoa exposta permententemente a
fontes de ruído no próprio ambiente ocupacional, apresentará dificuldades de
concentração e poderá sofrer danos irreversíveis na saúde (MICHEL, 2000).
Os danos podem ser:
Aumento do ritmo cardíaco.
Constrição dos vasos sanguíneos periféricos.
Aceleração do ritmo respiratório.
Diminuição da atividade dos órgãos da digestão.
71
Cansaço.
Irritabilidade.
Insônia.
Dor de cabeça.
Redução da audição.
Aumento da pressão arterial.
Redução da atividade cerebral.
Diminuição da atenção.
Diante dessa grave constatação, é de suma importância a detecção das
fontes mais ruidosas de cada setor organizacional.
O ruído é reconhecido como o problema mais grave em termos de saúde
ocupacional no Brasil, segundo o Ministério do Trabalho, tanto que o mesmo alterou,
em 1998 a NR- 7 – PCMSO, inserindo no quadro II: “ As diretrizes e parâmetros
mínimos para avaliação e acompanhamento da audição em trabalhadores expostos
a níveis de pressão sonora elevados.”
O Ministério da Previdência Social também interviu, por meio da Norma
Técnica sobre a Perda Auditiva Neurossensorial por exposição continuada a Níveis
elevados de Pressão Sonora de origem Ocupacional.
Vibrações
Compreende-se que os efeitos de qualquer vibração deverão ser entendidos
como uma consequência da transferência de energia para o corpo humano, que
atua como receptor de energia mecânica.
Dessa forma, o efeito da vibração pode ser representado por:
Cansaço.
Irritabilidade.
Dor de ouvido.
Dor nas mãos.
Dor nos braços.
Dor na coluna.
Artrite.
Problemas nas articulações.
Lesões ósseas.
72
Lesões respiratórias.
Calor e Frio
Reconhece-se a influência da umidade na troca térmica entre o corpo
humano e o ambiente, por meio do mecanismo de evaporação.
Tem-se como suas principais consequências as doenças do aparelho
respiratório.
Radiações Ionizantes
Podem ser reconhecidas como tendo precedentes naturais ou artificiais.
Considera-se radiações ionizantes:
Raios X.
Raios alfa, beta e gama.
Nêutrons.
Em relação aos efeitos possíveis, eles são divididos em: de curto ou de
longo prazo.
Efeitos a curto prazo = vômitos, alterações no sangue, infecções,
queimaduras e hemorragias.
Efeitos a longo prazo = podem produzir alterações irreversíveis nos lipídios e
nas células, catarata, leucemia e câncer.
73
Pressões Anormais
Determinam-se de pressões anormais aquelas que encontram-se abaixo ou
acima da pressão atmosférica. Os problemas vinculam-se às áreas de alta pressão e
são descritos como:
Ruptura do tímpano.
Irritação dos pulmões.
Dores abdominais.
Dor de dente.
Exoftalmia.
Obstrução dos vasos sanguíneos.
Embolia traumática pelo ar.
Embriaguez das profundidades.
Intoxicação por oxigênio e gás carbônico.
Doença descompressiva.
Riscos Químicos
Pesquisas descrevem os contaminantes químicos como sendo substâncias
constituídas por matéria que pode ser encontrada no ar, sob a forma de moléculas
individuais (gases ou vapores) ou mesmo de grupos de moléculas unidas
(aerodispersóides ou névoas) (CARVALHO, 2000).
Reconhece-se como sendo vias de entrada desses contaminantes no
organismo:
• A via respiratória.
• A via dérmica ou cutânea (pele).
• A via digestiva.
• A via parental (por meio de feridas).
Sugere-se o acompanhamento permanente para os trabalhadores e
ambientes expostos a agentes químicos, tanto em termos da medição da
concentração dos indicadores biológicos listados pela ACGIH e na NR- 7: PCMSO,
como também, pela higiene pessoal, hábitos, uso de drogas e medicamentos.
A preocupação direcionada a essa questão é constante, tanto que o
Ministério da Previdência Social, por meio das Ordens de Serviço 607 e 609, de 5 de
74
agosto de 1998, apresentou as Normas Técnicas sobre Intoxicação Ocupacional
pelo Benzeno e Pneumoconioses, respectivamente.
Considera-se que os gases, os vapores e a névoa podem gerar efeitos:
o Irritantes.
o Asfixiantes.
o Anestésicos.
Efeitos Irritantes
Alguns gases podem provocar sérias irritações nas vias aéreas superiores,
dentre eles destacam-se:
Ácido clorídrico.
Ácido sulfúrico.
Amônia.
Soda cáustica.
Cloro.
Efeitos Asfixiantes
Determinados gases tendem a causar efeitos asfixiantes, que geralmente
aparecem acompanhados por dores de cabeça, náuseas, sonolência, convulsão, ou
em casos mais graves, à morte. Entre os gases que ocasionam efeitos asfixiantes,
os mais comuns são:
Hidrogênio.
Nitrogênio.
Hélio.
Metano.
Acetileno.
Dióxido de carbono.
Monóxido de carbono.
Efeitos Anestésicos
Os efeitos anestésicos, geralmente ocasionados por solventes orgânicos
desencadeiam ação depressiva no sistema nervoso central, com grandes chances
75
de causar danos a diversos órgãos do corpo humano. Como exemplo dos solventes
orgânicos mais importantes, citam-se:
Butano.
Propano.
Acetona.
Benzeno.
Xileno.
Tolueno.
Óxido nitroso.
Poeiras Minerais
Constituem-se de diversos materiais, como: sílica, asbesto e carvão mineral.
A inalação dessas poeiras pode gerar vários tipos de pneumoconiose, como a
calicose ou silicose, doença causada pela inalação de pó de sílica.
Poeiras Vegetais
Sua produção é uma consequência do tratamento industrial de substâncias
vegetais, como o bagaço da cana-de-açucar e o algodão. Reconhece-se que a sua
inalação desencadeia, respectivamente: doenças como bagaçose e bissinose
(CAMPOS, 2002).
Poeiras Alcalinas
São advindas, especialmente, do calcário. São causadoras de doenças
pulmonares obstrutivas crônicas, como por exemplo, enfisema pulmonar.
76
Poeiras Incômodas
As poeiras incômodas tendem a se unir a diversos outros materiais
agressivos presentes no ambiente de trabalho, tornando-os muito mais nocivos para
a saúde do colaborador.
Fumos Metálicos
São provenientes do uso industrial da soldagem de metais e podem causar
doenças pulmonares obstrutivas crônicas, febre e intoxicações.
77
carbono
Ozônio
Sílica
Tolueno
OBS.:
Amianto e Benezo são substâncias cancerígenas.
FONTE: NIOSH – National Institute Occupational Safety and Health
Riscos Biológicos
Os riscos biológicos referem-se aqueles constituídos por seres vivos, que
possuem elevada capacidade de afetar a saúde do trabalhador. Os microorganismos
são os principais exemplos dessa categoria, mais especificamente:
Vírus.
Bactérias.
Bacilos.
Fungos.
Sabe-se que esses microorganismos podem causar doenças de natureza
distinta, que, geralmente, são transmitidas de outros animais para os homens, como,
por exemplo, as zoonoses (CAMPOS, 2002).
Considera-se que, na maioria das vezes os maiores riscos biológicos estão
ligados:
À cria e ao cuidado de animais.
À manipulação de produtos de origem animal.
Serviços de limpeza pública.
Serviços de exumação de corpos em cemitérios.
Trabalhos em laboratórios biológicos e clínicos.
Em hospitais.
Esgotos.
78
Higiene pessoal.
Uso de equipamento de proteção individual – EPI.
Ventilação adequada.
Controle médico.
Riscos Ergonômicos
Consideram-se riscos ergonômicos aqueles determinados pela falta de
adaptação das condições ocupacionais às características e demandas
psicofisiológicas do trabalhador.
79
4. Epicondilites do cotovelo – apertar parafusos, jogar tênis, desencapar
fios, tricotar, operar motosserra.
5. Síndrome do canal cubital – apoiar cotovelo em mesas.
6. Síndrome do canal de Guyon – carimbar.
7. Síndrome do desfiladeiro torácico – realizar trabalhos manuais
(curvado) em veículos, trocar lâmpadas, pintar paredes, lavar vidraças, apoiar
telefones entre o ombro e a cabeça.
8. Síndrome do interósseo anterior – carregar objetos pesados apoiados
no antebraço.
9. Síndrome do pronador redondo – carregar pesos, praticar musculação,
apertar parafusos.
10. Síndrome do túnel do carpo – digitar, fazer montagens industriais,
empacotar.
11. Tendinite da porção longa do bíceps – carregar pesos.
12. Tendinite do supraespinhoso – carregar pesos sobre o ombro, jogar
vôlei ou peteca.
13. Tenossinovite de DeQuervain – torcer roupas, apertar botão com o
polegar.
14. Tenossinovite dos extensores dos dedos – digitar, operar mouse.
Sintomas da LER
Como principais sintomas da LER, a pesquisa científica aponta:
¥ Calor localizado.
¥ Choques.
¥ Dor.
¥ Dormência.
¥ Formigamento.
¥ Fisgadas.
¥ Inchações.
¥ Pele avermelhada.
¥ Perda de força muscular.
80
FIGURA: RISCOS LER
a) A Organização do Trabalho
A familiarização com as atividades que lhe são exigidas é apenas um dos
pontos importantes para o trabalhador, pois ele dever também ter a liberdade
adequada de movimentos para executá-las. Dessa forma ele terá condições de
81
respeitar seus limites, evitando a repetição de um mesmo movimento durante um
longo período de tempo (CAMPOS, 2002).
É preciso perceber e levar em consideração as características individuais de
cada colaborador, já que as pessoas são diferentes e nem todas apresentam as
mesmas habilidades e dificuldades.
Uma boa dica é o estabelecimento de várias pausas durante a jornada de
trabalho, visando promover:
o Alongamento e o relaxamento do corpo.
o Permitir a livre movimentação do corpo.
o Estabelecer rodízios nas tarefas mais críticas.
o Manter treinamentos visando reciclar o conteúdo das tarefas e seus
riscos potenciais.
b) Conteúdo do Trabalho
É obrigatório o oferecimento dos recursos necessários para a execução das
atividades pela empresa, assim como também de um ambiente de trabalho que
viabilize ao funcionário o desenvolvimento de suas habilidades, com certo grau de
criatividade, visando sua realização profissional.
Apontam-se como indicadores:
o Percepção do trabalhador em relação às condições ambientais.
o Complexidade da tarefa.
o Monotonia.
c) Posto de Trabalho
Deve haver uma profunda adaptação do mobiliário e dos
equipamentos/ferramentas para adequarem-se às características físicas do
trabalhador, assim como também à natureza das atividades executadas, permitindo
ampla liberdade de movimentação.
Os indicadores para o uso dos equipamentos são:
o Qualidade dos equipamentos e ferramentas.
o Manutenção dos mesmos.
o Necessidade de emprego de força decorrente de
equipamento/ferramenta imprópria.
82
o Desvios posturais impostos pelo equipamento/ferramenta.
o Necessidade de repetição da tarefa por falha do equipamento.
Os indicadores para mobiliário são:
o Qualidade e manutenção.
o Frequência de reposição.
o Adaptação dos postos de trabalho à introdução de novos processos.
o Desvios posturais impostos pelo mobiliário.
Riscos de Acidentes
Consideram-se riscos de acidentes como sendo armadilhas, ou deficiências,
presentes nas instalações ou em máquinas e equipamentos.
83
Quando um, ou mais, elementos citados como uns dos principais riscos
ocupacionais estiverem contidos como deficiente, insuficiente, inadequado ou
obstruírem a livre circulação, certamente constituirão riscos potenciais para a saúde
e integridade física do trabalhador.
Em pesquisas recentes, apontam-se como sendo as principais situações de
riscos encontradas nas organizações:
Arranjo físico inadequado.
Máquinas e equipamentos sem proteção.
Ferramentas inadequadas ou defeituosas.
Iluminação inadequada.
Eletricidade.
Probabilidade de incêndio ou explosão.
Armazenamento inadequado.
Animais peçonhentos.
E, além destas, a própria legislação prevê outras situações de riscos de
acidentes, destacando-se:
EPI inadequado.
Problemas em edificações.
Falta de sinalização.
84
III - ETAPA
85
Isolamento da Fonte de Risco
Diante da impossibilidade de substituição de uma fonte de risco, é preciso
ter o cuidado de isolar a referida fonte, pois dessa forma, os trabalhadores estarão
menos expostos a ela.
Sistemas de Ventilação
Considerados uma ferramenta eficaz no controle de operações, processos e
equipamentos, que emanam contaminantes, os sistemas de ventilação, tanto de
exaustão como de insuflamento, são importantes para evitar a dispersão de
contaminantes no ambiente industrial. Acrescenta-se aos seus benefícios, a
capacidade de diluírem as concentrações de poluentes e oferecerem conforto
térmico.
86
parte dos trabalhadores (CAMPOS, 2002). As submedidas configuram-se como
sendo:
Método de trabalho.
Estrutura organizacional.
Participação dos funcionários.
Redução do tempo de exposição dos trabalhadores aos riscos.
b) Reestrutura organizacional
Constata-se que, uma rigidez excessiva na organização do trabalho tem
grandes probabilidades de deixar os trabalhadores mais suscetíveis às doenças.
Sendo assim, torna-se relevante a adequação do ritmo de trabalho às capacidades
87
psicofisiológicas dos trabalhadores, já que essa pode melhorar seu estado de
espírito e aumentar sua capacidade intelectual, além de impedir e reduzir um
desgaste prematuro.
88
Ressalta-se que o EPI não evita acidentes, tendo em vista que o agente de
risco irá permanecer. Isso quer dizer que seu uso representa apenas a possibilidade
de reduzir o dano (CAMPOS, 2002).
É preciso lembrar que as medidas de proteção individual contra a agressão
dos riscos ambientais só devem ser indicadas em casos específicos, tais como:
Em todos os momentos nos quais as medidas de proteção coletiva
forem tecnicamente inviáveis, ou não disponibilizarem completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho e/ou doenças profissionais.
Durante o período em que as medidas de proteção coletiva estiverem
sendo providenciadas e implementadas.
Em situações de emergência.
Em tarefas de curta duração.
b) Banheiros e Lavatórios
Devem ser separados para homens e mulheres, ser higienizados, limpos e
desprovidos de odores desagradáveis. Deve ter um chuveiro para cada 10
funcionários que se ocupam de atividades consideradas insalubres. Os pisos devem
89
ser impermeáveis e deve ter disponível uma torneira para cada grupo de 20
trabalhadores.
c) Vestiários e Armários
Devem estar em bom estado de conservação, organizados individualmente e
por sexo.
d) Bebedouros
Devem ser instalados em pontos estratégicos, de fácil acesso para os
funcionários, principalmente onde existam fontes de calor. O uso de recipientes
coletivos deve ser proibido e o suprimento de água potavel em frasco deve estar em
quantidade superior a ¼ de litro por homem/horas de trabalho.
e) Alimentos
Os funcionários devem ser proibidos de levarem comida para o setor de
trabalho, evitando contaminação.
f) Cozinha
Deve ter um lavatório com água corrente, sabão e toalhas, para uso do
pessoal do serviço de alimentação.
g) Lixo
O tratamento dado ao lixo da cozinha deve estar de acordo com as normas
locais do serviço de saúde pública.
h) Áreas de Lazer
Considera-se que o trabalho, o lazer e o sono sejam etapas sequenciais nas
atividades humanas. O período dedicado ao lazer adquire um papel relaxante,
buscando aliviar as tensões do trabalho e facilitar o sono.
90
IV – ETAPA
91
• Tosse incessante.
• Fisgadas.
• Formigamento.
• Insônia.
• Dificuldade para respirar.
• Dores lombares
92
Após ser estabelecido o nexo causal “Dano X Agente”, a graduação do risco
aumenta, o que requer uma ação preventiva da CIPA, visando o não retorno da
repetição do fato (CAMPOS, 2002).
É possível realimentar o plano de trabalho da CIPA por meio das
informações mais detalhadas, que indiquem a natureza da lesão e a parte do corpo
atingida.
FONTE: Disponível
em:<http://www.paulinas.org.br/diafeliz/images/comemoracao/AcidenteTrabalho.gif>
. Acesso em 30 abr. 2010.
93
Absenteísmo
A ausência do empregado ao trabalho raramente é levada em consideração
quando ocorre por questões de saúde. A falta do funcionário pode ter diversas
razões, mas o que interessa no Mapeamento de Riscos é a falta ao serviço por
problemas gerados por agentes ambientais.
Assim, é relevante que os cipeiros considerem o motivo da ausência do
trabalhador, relacionando os fatos, analisando-os com atenção e criando estratégias
de ação.
O PPRA irá ser aperfeiçoado com essas ações.
Os dados para investigar as questões devem ser obtidos no Departamento
de Administração de Pessoal da organização em questão.
94
V – ETAPA
Insalubre
É uma palavra latina, que representa aquilo que origina doença, o que é
doentio. Caracteriza-se a insalubridade baseando-se em valores nos quais o limite
de tolerância foi ultrapassado.
Higiene do Trabalho
É compreendida como a ciência e a arte dedicada à (ao):
Reconhecimento.
Avaliação.
Controle.
Essas funções são direcionadas aos fatores ambientais e aos agentes
“tensores” originados no local de trabalho, tendo grandes probabilidades de
ocasionar doenças, prejuízos à saúde e bem-estar, um desconforto significativo e
ineficiência entre o grupo de funcionários ou entre a comunidade.
Monitoramento Ambiental
Refere-se ao levantamento e a avaliação dos agentes de riscos existentes
no ambiente ocupacional. Incluindo-se as medidas de controle adotadas para
combatê-los. O PPRA prevê sua periodicidade.
95
Limite de Tolerância
Corresponde à intensidade / concentração máxima ou mínima, relacionada
com a natureza do agente de risco, assim como o tempo de exposição a ele, o que
provoca danos à saúde do trabalhador, durante o exercício de suas funções
laborais.
Avaliação Ambiental
O PPRA, em seu cronograma já prevê a avaliação ambiental. Essa consiste
na medição dos riscos ambientais, e na sequência é realizado um registro, também
chamado de laudo, contendo todos os dados obtidos (SALEM & SALEM, 2001).
Os profissionais da CIPA, ao analisarem o laudo ambiental, devem estar
atentos a alguns aspectos importantes, dentre eles destacam-se:
Agentes que foram monitorados = ruído, gases, vapores, calor,
iluminação, poeiras, etc.
Metodologia usada para a detecção de cada um dos agentes =
seguindo as normas técnicas da Fundacentro do Brasil, do National Institute
Occupational Safety and Health (NIOSH) e da Occupational Safety and Health
Administration dos Estados Unidos.
Equipamentos utilizados para quantificar os agentes = monitor de
estresse térmico, medidor de nível de pressão sonora, luxímetros, bomba de
detecção de gases, árvore de termômetros, anenômetros, bombas de amostragem,
etc.
Tabelas com os resultados das medições realizadas, destacando-se os
níveis de intensidade/concentração e do tempo de exposição dos trabalhadores aos
agentes.
Setores e pontos nos quais foram ultrapassados os limites de
tolerância
Observância ou não, das medidas de controle propostas
96
A verificação desses pontos permite a avaliação dos indicadores de saúde, a
elaboração de estatísticas das doenças adquiridas pelos trabalhadores e serve
como informações adicionais para o plano de trabalho da CIPA.
VI – ETAPA
Critérios Utilizados
Após a realização das análises, dos relatórios e da validação dos riscos, a
CIPA terá as informações necessárias para elaborar o mapeamento. Os riscos
devem ser representados por área, dentro de um arranjo físico (layout) organizado
em círculos, tendo as seguintes características:
97
A afixação do mapeamento, após sua conclusão, deverá ser feita nos
setores analisados, de forma bem visível e em local de fácil acesso para todos os
trabalhadores (GONÇALVES, 2000).
É importante que cada setor analisado deva ter seu próprio número de
identificação, que deverá ser o mesmo constante no relatório de levantamento dos
riscos do setor.
FIGURA: ACIDENTES DE TRABALHO
98
CURSO DE
SEGURANÇA NO TRABALHO
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
99
MÓDULO IV
100
10.1 ACIDENTES DE TRABALHO
101
Considera-se acidente de trabalho, para efeito dos Benefícios da
Previdência Social, as seguintes entidades mórbidas, presentes no artigo 20 da Lei n
8213:
Item I
A doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva
relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social.
Comentário I
Exemplos:
o Extração de minérios: exposição à sílica livre.
o Fabricação de tintas: exposição ao mercúrio.
o Indústria metalúrgica: exposição à vibrações.
o Soldagem: exposição ao cádmio.
o Siderurgia: exposição ao flúor.
Item II
A doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em
função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione
diretamente, desde que constante da relação mencionada no inciso I.
Comentário II
Exemplos:
o Contaminação acidental com cloreto de metileno.
o Trabalhador exercendo atividade temporária com exposição a raios X.
102
EM DESTAQUE:
a) A doença degenerativa.
b) A doença inerente a grupos etários.
c) A doença que não produz incapacidade laborativa.
d) A doença endêmica adquirida por segurados habitantes de
região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de
que resultou de exposição ou contato direto determinado
pela natureza do trabalho.
103
c) Ato de imprudência, negligência ou imperícia de terceiro ou de
companheiro de trabalho.
d) Ato da pessoa privada do uso da razão.
e) Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes
de força maior.
DIFERENCIAÇÕES:
104
NOTA:
105
FIGURA: SEGURANÇA NO TRABALHO
106
FIGURA: SEGURANÇA NO TRABALHO
107
11.1 MÉTODO DA ÁRVORE DE CAUSAS
108
As causas básicas são foco da construção da Árvore de Causas e não
possíveis culpados.
Busca-se a identificação de diversas causas, não somente de uma.
109
6. Pesquisar prioritariamente os antecedentes que não fazem parte do
cotidiano.
7. Os elementos fundamentais para a investigação são:
Trabalho
Tarefa que o indivíduo
executava quando ocorreu
o acidente ou incidente.
LEMBRETE:
A qualidade da investigação depende da quantidade
de informações recebidas. Desse modo, todo o trabalho
poderá ficar comprometido, se não for feito um
levantamento correto e preciso.
110
2ª FASE: Detalhes da Representação Gráfica
A Árvore, enquanto um diagrama de fatores do acidente irá evidenciar as
relações entre os fatos que contribuíram para a sua ocorrência, também chamados
de encadeamento lógico. Isso quer dizer que não levará em conta somente a
sequência dos acontecimentos no tempo, também reconhecida como encadeamento
cronológico.
Desse modo, é possível, por meio desse método, evidenciar relações entre
fatos ocorridos em momentos remotos que poderiam passar despercebidos
(CAMPOS, 2002).
O ponto de partida para a construção da Árvore de Causas será o acidente
ou incidente, considerado último fato e, a partir dele irão ser definidos os
antecedentes imediatos. Visando dar conformação à Árvore, é preciso remontar
sistematicamente cada uma das ações, respondendo às seguintes perguntas:
O que ocorreu para que esse fato fosse produzido?
Isso foi suficiente e necessário?
No levantamento de dados,
cada fato tem, pelo menos,
um antecedente.
Situações de Encadeamento
É possível reconhecer situações, durante o levantamento, que possibilitam o
estabelecimento de três tipos de nexo:
1ª situação:
O fato tem um único antecedente.
2ª situação
O fato tem dois ou mais antecedentes.
3ª situação:
111
Vários fatos apresentam apenas um único antecedente.
4ª situação:
Não há relação entre os fatos: eles são independentes.
a) Declaração do acidente.
b) Pesquisa inicial.
c) Complementação da pesquisa pelo processo de investigação.
112
Quando bem executada, essa tarefa reduz significativamente a ocorrência
de acidentes e incidentes ocupacionais.
Por outro lado, caso esses fatores não sejam bem trabalhados existe grande
probabilidade de ocorrem os acidentes. A árvore de Causas comprova muito bem
isso. Sendo assim, torna-se fundamental que as causas sinalizadas na Árvore
desenvolvam ações de controle, para que acidentes ou incidentes semelhantes não
se repitam (MICHEL, 2000).
Esse método é diferenciado porque, além de proporcionar o estabelecimento
do diálogo entre as pessoas, ele permite tirar uma lição construtiva de uma situação
indesejável.
LEMBRE-SE:
113
Nesse momento torna-se relevante que todos os itens significativos fiquem
registrados, como por exemplo:
¥ Ordem de serviço.
¥ Medida proposta.
¥ Início dos trabalhos.
¥ Final dos trabalhos.
¥ Responsável.
¥ Custo previsível.
2º Tempo: Controle
O controle deverá ser executado no período de execução do serviço e
depois do mesmo. Tudo o que for observado nas visitas de controle deve ser
comentado nas reuniões da CIPA, uma vez que os membros da comissão devem
estar sempre atualizados e bem informados (CARVALHO, 2000).
As observações podem ser registradas contendo as seguintes informações:
¥ Data.
¥ Situação.
¥ Observações.
FIGURA: SEGURANÇA NO TRABALHO
114
12 MÉTODO DO DIAGRAMA DE CAUSAS E EFEITOS
115
Além disso, ele envolve um trabalho extremamente coletivo, já que as
pessoas participam opinando sobre as prováveis causas que teriam gerado o
acidente.
12.1 AS CAUSAS
116
Substâncias perigosas Procedimentos
2 - AMBIENTE DE TRABALHO Manuais
Iluminação Instruções de trabalho
Ruído 3 - MÁQUINAS
Radiações Manutenção
Ordenação Proteções
Limpeza Condições inseguras
3 - CARACTERÍSTICAS PESSOAIS 4 - MEIO AMBIENTE
Conhecimento Relações interpessoais
Atitudes Clima
Habilidades Sujeira
4 - ORGANIZAÇÃO 5 - MATERIAIS
Formação Especificações
Sistemas de comunicação Fornecedores
Métodos Toxicidade
Procedimentos 6 - MEDIDAS
Verificação
instrumentos
117
12.3 DESVANTAGENS DO MÉTODO
1º Passo
Efetuar o levantamento dos fatos, imediatamente após a ocorrência do
acidente ou do incidente.
2º Passo
Organizar os fatos de acordo com as “espinhas” do diagrama.
3º Passo
Traçar uma linha horizontal em um papel adequado, que pode ser cartolina,
quadro magnético ou de giz, simulando o formato de um peixe e colocando o
acidente na região da cabeça.
4º Passo
118
Registrar nas espinhas do peixe os quatro fatores ou os seis M´s que
determinaram o acidente.
5º Passo
Inserir em cada uma das espinhas a contribuição pessoal do investigador
para o esclarecimento do acidente .
6º Passo
Finalizar o diagrama depois que todos os envolvidos tiverem concordado
com a representação gráfica ou inserido o que ainda estava faltando.
7º Passo
Fixar o diagrama em local visível para anexar as contribuições voluntárias.
8º Passo
Ao lado do diagrama, deixar etiquetas autoadesivas e canetas para que o
funcionário registre sua contribuição voluntária na espinha de peixe correspondente.
9º Passo
Após a finalização do tempo preestabelecido, realizar o levantamento das
contribuições em uma tempestade de ideias (brainstorming), o que viabilizará ao
comitê investigativo formular ações corretivas para o enfrentamento do problema.
10º Passo
Implementar uma verificação de Follow Up com periodicidade definida,
para que os membros da CIPA possam acompanhar a implementação e a
manutenção das medidas de controle.
119
13 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO LEGISLAÇÃO
NR 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS
Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78.
Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 06, de 09 de março de 1983 14/03/83.
Portaria SSMT n.º 03, de 07 de fevereiro de 1988 10/03/88.
Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993 21/09/93.
120
Portaria SIT n.º 84, de 04 de março de 2009 12/03/09.
121
PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares
sobre segurança e medicina do trabalho. (Alteração dada pela Portaria n.º 13, de
17/09/93).
1.4.1 Compete, ainda, à Delegacia Regional do Trabalho - DRT ou à
Delegacia do Trabalho Marítimo - DTM, nos limites de sua jurisdição: (Alteração
dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
a) adotar medidas necessárias à fiel observância dos preceitos legais e
regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;
b) impor as penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e
regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;
c) embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço, canteiro de
obra, frente de trabalho, locais de trabalho, máquinas e equipamentos;
d) notificar as empresas, estipulando prazos, para eliminação e/ou
neutralização de insalubridade;
e) atender requisições judiciais para realização de perícias sobre segurança
e medicina do trabalho nas localidades onde não houver Médico do Trabalho ou
Engenheiro de Segurança do Trabalho registrado no MTb.
1.5 Podem ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais e municipais,
mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, atribuições de fiscalização
e/ou orientação às empresas, quanto ao cumprimento dos preceitos legais e
regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. (Alteração dada pela
Portaria n.º 06, de 09/03/83).
1.6 Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras – NR, considera-
se: (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83).
a) empregador, a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos
da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.
Equiparam-se ao empregador os profissionais liberais, as instituições de
beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos,
que admitem trabalhadores como empregados;
b) empregado, a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual
a empregador, sob a dependência deste e mediante salário;
122
c) empresa, o estabelecimento ou o conjunto de estabelecimentos, canteiros
de obra, frente de trabalho, locais de trabalho e outras, constituindo a organização
de que se utiliza o empregador para atingir seus objetivos;
d) estabelecimento, cada uma das unidades da empresa, funcionando em
lugares diferentes, tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina,
depósito, laboratório;
e) setor de serviço, a menor unidade administrativa ou operacional
compreendida no mesmo estabelecimento;
f) canteiro de obra, a área do trabalho fixa e temporária, onde se
desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de
uma obra;
g) frente de trabalho, a área de trabalho móvel e temporária, onde se
desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de
uma obra;
h) local de trabalho, a área onde são executados os trabalhos.
1.6.1 Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de
outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade
econômica, serão, para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR,
solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.
(Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83).
1.6.2 Para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, a obra
de engenharia, compreendendo ou não canteiro de obra ou frentes de trabalho, será
considerada como um estabelecimento, a menos que se disponha, de forma
diferente, em NR específica. (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83).
1.7 Cabe ao empregador: (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre
segurança e medicina do trabalho;
b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando
ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos; (Alteração
dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09)
Obs.: Com a alteração dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09, todos os
incisos (I, II, III, IV, V e VI) desta alínea foram revogados.
123
c) informar aos trabalhadores: (Alteração dada pela Portaria n.º 03, de
07/02/88)
I. os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
II. os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela
empresa;
III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de
diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;
IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de
trabalho.
d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a
fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do
trabalho; (Alteração dada pela Portaria n.º 03, de 07/02/88)
e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente
ou doença relacionada ao trabalho. (Inserção dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09)
1.8 Cabe ao empregado: (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde
do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; (Alteração
dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09)
b) usar o EPI fornecido pelo empregador;
c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas
Regulamentadoras - NR;
d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras -
NR;
1.8.1 Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao
cumprimento do disposto no item anterior. (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de
09/03/83)
1.9 O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre
segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das
penalidades previstas na legislação pertinente. (Alteração dada pela Portaria n.º 06
de 09/03/83)
1.10 As dúvidas suscitadas e os casos omissos verificados na execução das
Normas Regulamentadoras – NR, serão decididos pela Secretaria de Segurança e
Medicina do Trabalho - SSMT. (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
124
NR 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE
SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO
Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78.
Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 33, de 27de outubro de 1983 31/10/83.
Portaria SSMT n.º 34, de 20 de dezembro de 1983 29/12/83.
Portaria SSMT n.º 34, de 11 de dezembro de 1987 16/12/87.
Portaria DSST n.º 11, de 17 de setembro de 1990 20/09/90.
Portaria DSST n.º 04, de 08 de outubro de 1991 10/10/91.
Portaria SNT n.º 04, de 06 de fevereiro de 1992 10/02/92.
Portaria SSST n.º 08, de 01 de junho de 1993 03/06/93.
Portaria SSST n.º 01, de 12 de maio de 1995 25/05/95.
Portaria SIT n.º 17, de 01 de agosto de 2007 02/08/07.
Portaria SIT n.º 76, de 21 de novembro de 2008 25/11/08.
Portaria SIT n.º 128, de 11 de dezembro de 2009 14/12/09.
125
organizar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.2.1.1 Neste caso, os engenheiros de segurança do trabalho, os médicos
do trabalho e os enfermeiros do trabalho poderão ficar centralizados. (Alterado pela
Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.2.1.2 Para os técnicos de segurança do trabalho e auxiliares de
enfermagem do trabalho, o dimensionamento será feito por canteiro de obra ou
frente de trabalho, conforme o Quadro II, anexo. (Alterado pela Portaria SSMT n.º
34, de 11 de dezembro de 1987)
4.2.2 As empresas que possuam mais de 50% (cinquenta por cento) de seus
empregados em estabelecimentos ou setor com atividade cuja gradação de risco
seja de grau superior ao da atividade principal deverão dimensionar os Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, em
função do maior grau de risco, obedecido o disposto no Quadro II desta NR.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.2.3 A empresa poderá constituir Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho centralizado para atender a um conjunto de
estabelecimentos pertencentes a ela, desde que a distância a ser percorrida entre
aquele em que se situa o serviço e cada um dos demais não ultrapasse a 5.000
(cinco mil metros), dimensionando-o em função do total de empregados e do risco,
de acordo com o Quadro II, anexo, e o subitem 4.2.2. (Alterado pela Portaria SSMT
n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.2.4 Havendo, na empresa, estabelecimento(s) que se enquadre(m) no
Quadro II, desta NR, e outro(s) que não se enquadre(m), a assistência a este(s) será
feita pelos serviços especializados daquele(s), dimensionados conforme os subitens
4.2.5.1 e 4.2.5.2 e desde que localizados no mesmo Estado, Território ou Distrito
Federal. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 34, de 20 de dezembro de 1983)
4.2.5 Havendo, na mesma empresa, apenas estabelecimentos que,
isoladamente, não se enquadrem no Quadro II, anexo, o cumprimento desta NR
será feito por meio de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho centralizados em cada estado, território ou Distrito Federal,
desde que o total de empregados dos estabelecimentos no estado, território ou
126
Distrito Federal alcance os limites previstos no Quadro II, anexo, aplicado o disposto
no subitem 4.2.2. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.2.5.1 Para as empresas enquadradas no grau de risco 1 o
dimensionamento dos serviços referidos no subitem 4.2.5 obedecerá ao Quadro II,
anexo, considerando-se como número de empregados o somatório dos empregados
existentes no estabelecimento que possua o maior número e a média aritmética do
número de empregados dos demais estabelecimentos, devendo todos os
profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança
e em Medicina do Trabalho, assim constituídos, cumprirem tempo integral. (Alterado
pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.2.5.2 Para as empresas enquadradas nos graus de risco 2, 3 e 4, o
dimensionamento dos serviços referidos no subitem 4.2.5 obedecerá o Quadro II,
anexo, considerando-se como número de empregados o somatório dos empregados
de todos os estabelecimentos. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de
outubro de 1983)
4.3 As empresas enquadradas no grau de risco 1 obrigadas a constituir
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e
que possuam outros serviços de medicina e engenharia poderão integrar estes
serviços com os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho constituindo um serviço único de engenharia e medicina.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.3.1 As empresas que optarem pelo serviço único de engenharia e
medicina ficam obrigadas a elaborar e submeter à aprovação da Secretaria de
Segurança e Medicina do Trabalho, até o dia 30 de março, um programa bienal de
segurança e medicina do trabalho a ser desenvolvido. (Alterado pela Portaria SSMT
n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.3.1.1 As empresas novas que se instalarem após o dia 30 de março de
cada exercício poderão constituir o serviço único de que trata o subitem 4.3.1 e
elaborar o programa respectivo a ser submetido à Secretaria de Segurança e
Medicina do Trabalho, no prazo de 90 (noventa) dias a contar de sua instalação.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.3.1.2 As empresas novas, integrantes de grupos empresariais que já
possuam serviço único, poderão ser assistidas pelo referido serviço, após
127
comunicação à DRT. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de
1983)
4.3.2 À Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho fica reservado o
direito de controlar a execução do programa e aferir a sua eficácia. (Alterado pela
Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.3.3 O serviço único de engenharia e medicina deverá possuir os
profissionais especializados previstos no Quadro II, anexo, sendo permitido aos
demais engenheiros e médicos exercerem Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho, desde que habilitados e registrados conforme estabelece a NR-27.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.3.4 O dimensionamento do serviço único de engenharia e medicina deverá
obedecer ao disposto no Quadro II desta NR, no tocante aos profissionais
especializados. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.4 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho deverão ser integrados por Médico do Trabalho, Engenheiro
de Segurança do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do
Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, obedecido o Quadro II, anexo.
(Alterado pela Portaria DSST n.º 11, de 17 de setembro de 1990)
4.4.1 Para fins desta NR, as empresas obrigadas a constituir Serviços
Especializados em engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão
exigir dos profissionais que os integram comprovação de que satisfazem os
seguintes requisitos: (Alterado pela Portaria DSST n.º 11, de 17 de setembro de
1990)
a) Engenheiro de Segurança do Trabalho - engenheiro ou arquiteto portador
de certificado de conclusão de curso de especialização em Engenharia de
Segurança do Trabalho, em nível de pós-graduação; (Alterado pela Portaria DSST
n.º 11, de 17 de setembro de 1990)
b) Médico do Trabalho - médico portador de certificado de conclusão de
curso de especialização em Medicina do Trabalho, em nível de pós-graduação, ou
portador de certificado de residência médica em área de concentração em saúde do
trabalhador ou denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de
Residência Médica, do Ministério da Educação, ambos ministrados por universidade
128
ou faculdade que mantenha curso de graduação em Medicina; (Alterado pela
Portaria DSST n.º 11, de 17 de setembro de 1990)
c) Enfermeiro do Trabalho - enfermeiro portador de certificado de conclusão
de curso de especialização em Enfermagem do Trabalho, em nível de pós-
graduação, ministrado por universidade ou faculdade que mantenha curso de
graduação em enfermagem; (Alterado pela Portaria DSST n.º 11, de 17 de setembro
de 1990)
d) Auxiliar de Enfermagem do Trabalho - auxiliar de enfermagem ou técnico
de enfermagem portador de certificado de conclusão de curso de qualificação de
auxiliar de enfermagem do trabalho, ministrado por instituição especializada
reconhecida e autorizada pelo Ministério da Educação; (Alterado pela Portaria DSST
n.º 11, de 17 de setembro de 1990)
e) Técnico de Segurança do Trabalho: técnico portador de comprovação de
Registro Profissional expedido pelo Ministério do Trabalho. (Alterado pela Portaria
SSST n.º 8, de 1o de junho de 1983)
4.4.1.1 Em relação às Categorias mencionadas nas alíneas "a" e "c",
observar-se-á o disposto na Lei no 7.410, de 27 de novembro de 1985. (Alterado
pela Portaria DSST n.º 11, de 17 de setembro de 1990)
4.4.2 Os profissionais integrantes dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser empregados da
empresa, salvo os casos previstos nos itens 4.14 e 4.15. (Alterado pela Portaria
DSST n.º 11, de 17 de setembro de 1990)
4.5 A empresa que contratar outra(s) para prestar serviços em
estabelecimentos enquadrados no Quadro II, anexo, deverá estender a assistência
de seus Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho aos empregados da(s) contratada(s), sempre que o número de
empregados desta(s), exercendo atividade naqueles estabelecimentos, não alcançar
os limites previstos no Quadro II, devendo, ainda, a contratada cumprir o disposto no
subitem 4.2.5. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.5.1 Quando a empresa contratante e as outras por ela contratadas não se
enquadrarem no Quadro II, anexo, mas que pelo número total de empregados de
ambos, no estabelecimento, atingirem os limites dispostos no referido quadro,
deverá ser constituído um serviço especializado em Engenharia de Segurança e em
129
Medicina do Trabalho comum, nos moldes do item 4.14. (Alterado pela Portaria
SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.5.2 Quando a empresa contratada não se enquadrar no Quadro II, anexo,
mesmo considerando-se o total de empregados nos estabelecimentos, a contratante
deve estender aos empregados da contratada a assistência de seus Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, sejam
estes centralizados ou por estabelecimento. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de
27 de outubro de 1983)
4.5.3 A empresa que contratar outras para prestar serviços em seu
estabelecimento pode constituir SESMT comum para assistência aos empregados
das contratadas, sob gestão própria, desde que previsto em Convenção ou Acordo
Coletivo de Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.5.3.1 O dimensionamento do SESMT organizado na forma prevista no
subitem 4.5.3 deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos e a
atividade econômica do estabelecimento da contratante. (Aprovado pela Portaria SIT
n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.5.3.2 No caso previsto no item 4.5.3, o número de empregados da
empresa contratada no estabelecimento da contratante, assistidos pelo SESMT
comum, não integra a base de cálculo para dimensionamento do SESMT da
empresa contratada. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.5.3.3 O SESMT organizado conforme o subitem 4.5.3 deve ter seu
funcionamento avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes
da empresa contratante, do sindicato de trabalhadores e da Delegacia Regional do
Trabalho, ou na forma e periodicidade previstas na Convenção ou Acordo Coletivo
de Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.6 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho das empresas que operem em regime sazonal deverão ser
dimensionados, tomando-se por base a média aritmética do número de
trabalhadores do ano civil anterior e obedecidos os Quadros I e II anexos. (Alterado
pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.7 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho deverão ser chefiados por profissional qualificado, segundo os
130
requisitos especificados no subitem 4.4.1 desta Norma Regulamentadora. (Alterado
pela Portaria DSST n.º 11, de 17 de setembro de 1990)
4.8 O técnico de segurança do trabalho e o auxiliar de enfermagem do
trabalho deverão dedicar 8 (oito) horas por dia para as atividades dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo
com o estabelecido no Quadro II, anexo. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 34, de 11
de dezembro de 1987)
4.9 O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o
enfermeiro do trabalho deverão dedicar, no mínimo, 3 (três) horas (tempo parcial) ou
6 (seis) horas (tempo integral) por dia para as atividades dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo
com o estabelecido no Quadro II, anexo, respeitada a legislação pertinente em vigor.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.10 Ao profissional especializado em Segurança e em Medicina do
Trabalho é vedado o exercício de outras atividades na empresa, durante o horário
de sua atuação nos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de
1983)
4.11 Ficará por conta exclusiva do empregador todo o ônus decorrente da
instalação e manutenção dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança
e em Medicina do Trabalho. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro
de 1983)
4.12 Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: (Alterado pela Portaria SSMT
n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do
trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive
máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à
saúde do trabalhador;
b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a
eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador,
de Equipamentos de Proteção Individual - EPI, de acordo com o que determina a NR
131
6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente assim o
exija;
c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas
instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência disposta na
alínea "a";
d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento
do disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus
estabelecimentos;
e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo
de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR
5;
f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e
orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças
ocupacionais, tanto por meio de campanhas quanto de programas de duração
permanente;
g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção;
h) analisar e registrar em documento (s) específico (s) todos os acidentes
ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de
doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da
doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as
condições do (s) indivíduo(s) portador (es) de doença ocupacional ou acidentado (s);
i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho,
doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os
quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI,
devendo a empresa encaminhar um mapa contendo avaliação anual dos mesmos
dados à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho até o dia 31 de janeiro,
por meio do órgão regional do MTb;
j) manter os registros de que tratam as alíneas "h" e "i" na sede dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou
facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o
método de arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas condições
de acesso aos registros e entendimento de seu conteúdo, devendo ser guardados
132
somente os mapas anuais dos dados correspondentes às alíneas "h" e "i" por um
período não inferior a 5 (cinco) anos;
l) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmente
prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência, quando se
tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle de efeitos de
catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao
salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de
acidente estão incluídos em suas atividades.
4.13 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho deverão manter entrosamento permanente com a CIPA, dela
valendo-se como agente multiplicador, e deverão estudar suas observações e
solicitações, propondo soluções corretivas e preventivas, conforme o disposto no
subitem 5.14.1. da NR 5. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de
1983)
4.14 As empresas cujos estabelecimentos não se enquadrem no Quadro II,
anexo a esta NR, poderão dar assistência na área de segurança e medicina do
trabalho a seus empregados por meio de Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho comuns, organizados pelo sindicato ou
associação da categoria econômica correspondente ou pelas próprias empresas
interessadas. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.14.1 A manutenção desses Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho deverá ser feita pelas empresas usuárias,
que participarão das despesas em proporção ao número de empregados de cada
uma. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.14.2 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho previstos no item 4.14 deverão ser dimensionados em função
do somatório dos empregados das empresas participantes, obedecendo ao disposto
nos Quadros I e II e no subitem 4.2, desta NR. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33,
de 27 de outubro de 1983)
4.14.3 As empresas de mesma atividade econômica, localizadas em um
mesmo município, ou em municípios limítrofes, cujos estabelecimentos se
enquadrem no Quadro II, podem constituir SESMT comum, organizado pelo
133
sindicato patronal correspondente ou pelas próprias empresas interessadas, desde
que previsto em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho. (Aprovado pela
Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.14.3.1 O SESMT comum pode ser estendido a empresas cujos
estabelecimentos não se enquadrem no Quadro II, desde que atendidos os demais
requisitos do subitem 4.14.3. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de
2007)
4.14.3.2 O dimensionamento do SESMT organizado na forma do subitem
4.14.3 deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos. (Aprovado pela
Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.14.3.3 No caso previsto no item 4.14.3, o número de empregados
assistidos pelo SESMT comum não integra a base de cálculo para dimensionamento
do SESMT das empresas. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de
2007)
4.14.3.4 O SESMT organizado conforme o subitem 4.14.3 deve ter seu
funcionamento avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes
das empresas, do sindicato de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho,
ou na forma e periodicidade previstas na Convenção ou Acordo Coletivo de
Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.14.4.As empresas que desenvolvem suas atividades em um mesmo pólo
industrial ou comercial podem constituir SESMT comum, organizado pelas próprias
empresas interessadas, desde que previsto nas Convenções ou Acordos Coletivos
de Trabalho das categorias envolvidas. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de
agosto de 2007)
4.14.4.1 O dimensionamento do SESMT comum organizado na forma do
subitem 4.14.4 deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos e a
atividade econômica que empregue o maior número entre os trabalhadores
assistidos. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.14.4.2 No caso previsto no item 4.14.4, o número de empregados
assistidos pelo SESMT comum não integra a base de cálculo para dimensionamento
do SESMT das empresas. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de
2007)
134
4.14.4.3 O SESMT organizado conforme o subitem 4.14.4 deve ter seu
funcionamento avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes
das empresas, dos sindicatos de trabalhadores e da Delegacia Regional do
Trabalho, ou na forma e periodicidade previstas nas Convenções ou Acordos
Coletivos de Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.15 As empresas referidas no item 4.14 poderão optar pelos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho de
instituição oficial ou instituição privada de utilidade pública, cabendo às empresas o
custeio das despesas, na forma prevista no subitem 4.14.1. (Alterado pela Portaria
SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.16 As empresas cujos Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho não possuam médico do trabalho e/ou
engenheiro de segurança do trabalho, de acordo com o Quadro II desta NR, poderão
se utilizar dos serviços destes profissionais existentes nos Serviços Especializados
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho mencionados no item 4.14
e subitem 4.14.1 ou no item 4.15, para atendimento do disposto nas Normas
Regulamentadoras. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.16.1 O ônus decorrente dessa utilização caberá à empresa solicitante.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.17 Os serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho de que trata esta NR deverão ser registrados no órgão
regional do MTb. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.17.1 O registro referido no item 4.17 deverá ser requerido ao órgão
regional do MTb e o requerimento deverá conter os seguintes dados: (Alterado pela
Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
a) nome dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho;
b) número de registro dos profissionais na Secretaria de Segurança e
Medicina do Trabalho do MTb;
c) número de empregados da requerente e grau de risco das atividades, por
estabelecimento;
d) especificação dos turnos de trabalho, por estabelecimento;
135
e) horário de trabalho dos profissionais dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.
4.18 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho, já constituídos, deverão ser redimensionados nos termos
desta NR e a empresa terá 90 (noventa) dias de prazo, a partir da publicação desta
Norma, para efetuar o redimensionamento e o registro referido no item 4.17.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.19 A empresa é responsável pelo cumprimento da NR, devendo
assegurar, como um dos meios para concretizar tal responsabilidade, o exercício
profissional dos componentes dos Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho. O impedimento do referido exercício
profissional, mesmo que parcial e o desvirtuamento ou desvio de funções
constituem, em conjunto ou separadamente, infrações classificadas no grau I4, se
devidamente comprovadas, para os fins de aplicação das penalidades previstas na
NR-28. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.20 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços
considera-se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que os
seus empregados estiverem exercendo suas atividades. (Alterado pela Portaria
SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
136
DO OBJETIVO
5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA - tem como
objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a
tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a
promoção da saúde do trabalhador.
DA CONSTITUIÇÃO
5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular
funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista,
órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações
recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores
como empregados.
5.3 As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos
trabalhadores avulsos e às entidades que lhes tomem serviços, observadas as
disposições estabelecidas em Normas Regulamentadoras de setores econômicos
específicos.
5.4 A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais
estabelecimentos, deverá garantir a integração das CIPA e dos designados,
conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as políticas de segurança e saúde
no trabalho.
5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão,
por meio de membros de CIPA ou designados, mecanismos de integração com
objetivo de promover o desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do ambiente e instalações de uso coletivo, podendo contar
com a participação da administração do mesmo.
DA ORGANIZAÇÃO
5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos
empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR,
ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para setores
econômicos específicos.
5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por
eles designados.
137
5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos
em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados.
5.6.3 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a
ordem decrescente de votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no
Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos de
setores econômicos específicos.
5.6.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa
designará um responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser
adotados mecanismos de participação dos empregados, por meio de negociação
coletiva.
5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano,
permitida uma reeleição.
5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito
para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o
registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não
descaracterizem suas atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência
para outro estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos
parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.
5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a
representação necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de
questões de segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA.
5.11 O empregador designará entre seus representantes o Presidente da
CIPA, e os representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-
presidente.
5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no
primeiro dia útil após o término do mandato anterior.
5.13 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um
secretário e seu substituto, entre os componentes ou não da comissão, sendo neste
caso necessária a concordância do empregador.
138
5.14 Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em
até dez dias, na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas
de eleição e de posse e o calendário anual das reuniões ordinárias.
5.15 Protocolizada na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e
Emprego, a CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem
como não poderá ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de
seus membros, ainda que haja redução do número de empregados da empresa,
exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento.
DAS ATRIBUIÇÕES
5.16 A CIPA terá por atribuição:
Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de
riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do
SESMT, onde houver;
Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução
de problemas de segurança e saúde no trabalho;
Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas
de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos
locais de trabalho;
Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de
trabalho visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a
segurança e saúde dos trabalhadores;
Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas
em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde
no trabalho;
Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas
pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de
trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;
Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação
de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e
saúde dos trabalhadores;
Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e
de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
139
Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras,
bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à
segurança e saúde no trabalho;
Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o
empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor
medidas de solução dos problemas identificados;
Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões
que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a
Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas
de Prevenção da AIDS.
5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios
necessários ao desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a
realização das tarefas constantes do plano de trabalho.
5.18 Cabe aos empregados:
Participar da eleição de seus representantes;
Colaborar com a gestão da CIPA;
Indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e
apresentar sugestões para melhoria das condições de trabalho;
Observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto
à prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.
5.19 Cabe ao Presidente da CIPA:
Convocar os membros para as reuniões da CIPA;
Coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao
SESMT, quando houver, as decisões da comissão;
Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
Coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;
Delegar atribuições ao Vice-Presidente;
5.20 Cabe ao Vice-Presidente:
Executar atribuições que lhe forem delegadas;
140
Substituir o presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus
afastamentos temporários;
5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as
seguintes atribuições:
Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o
desenvolvimento de seus trabalhos;
Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os
objetivos propostos sejam alcançados;
Delegar atribuições aos membros da CIPA;
Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;
Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do
estabelecimento;
Encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;
Constituir a comissão eleitoral.
5.22 O Secretário da CIPA terá por atribuição:
Acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas apresentando-as
para aprovação e assinatura dos membros presentes;
Preparar as correspondências; e
Outras que lhe forem conferidas.
DO FUNCIONAMENTO
5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário
preestabelecido.
5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente
normal da empresa e em local apropriado.
5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com
encaminhamento de cópias para todos os membros.
5.26 As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da
Inspeção do Trabalho - AIT.
5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:
Houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine
aplicação de medidas corretivas de emergência;
Ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
Houver solicitação expressa de uma das representações.
141
5.28 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.
5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação
direta ou com mediação, será instalado processo de votação, registrando-se a
ocorrência na ata da reunião.
5.29 Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante
requerimento justificado.
5.29.1 O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima
reunião ordinária, quando será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente
efetivar os encaminhamentos necessários.
5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente,
quando faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será
suprida por suplente, obedecida à ordem de colocação decrescente registrada na
ata de eleição, devendo o empregador comunicar à unidade descentralizada do
Ministério do Trabalho e Emprego as alterações e justificar os motivos.
5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador
indicará o substituto, em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da
CIPA.
5.31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros
titulares da representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus
titulares, em dois dias úteis.
DO TREINAMENTO
5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA,
titulares e suplentes, antes da posse.
5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo
máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse.
5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão
anualmente treinamento para o designado responsável pelo cumprimento do
objetivo desta NR.
5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes
itens:
Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos
originados do processo produtivo;
142
Metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do
trabalho;
Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de
exposição aos riscos existentes na empresa;
Noções sobre a síndrome da imunodeficiência adquirida – aids, e
medidas de prevenção;
Noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à
segurança e saúde no trabalho;
Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos
riscos;
Organização da cipa e outros assuntos necessários ao exercício das
atribuições da comissão.
5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no
máximo oito horas diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa.
5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa,
entidade patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua
conhecimentos sobre os temas ministrados.
5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive
quanto à entidade ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em
ata, cabendo à empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o
treinamento.
5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens
relacionados ao treinamento, a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e
Emprego, determinará a complementação ou a realização de outro, que será
efetuado no prazo máximo de trinta dias, contados da data de ciência da empresa
sobre a decisão.
DO PROCESSO ELEITORAL
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos
representantes dos empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias
antes do término do mandato em curso.
5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do
processo eleitoral ao sindicato da categoria profissional.
143
5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus
membros, no prazo mínimo de 55 (cinquenta e cinco) dias antes do término do
mandato em curso, a Comissão Eleitoral – CE, que será a responsável pela
organização e acompanhamento do processo eleitoral.
5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral
será constituída pela empresa.
5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:
Publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e
visualização, no prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do
mandato em curso;
Inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para
inscrição será de quinze dias;
Liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,
independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de
comprovante;
Garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;
Realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do
término do mandato da cipa, quando houver;
Realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os
horários de turnos e em horário que possibilite a participação da maioria dos
empregados.
Voto secreto;
Apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com
acompanhamento de representante do empregador e dos empregados, em número
a ser definido pela comissão eleitoral;
Faculdade de eleição por meios eletrônicos;
Guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição,
por um período mínimo de cinco anos.
5.41 Havendo participação inferior a cinquenta por cento dos empregados na
votação, não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar
outra votação, que ocorrerá no prazo máximo de dez dias.
144
5.42 As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na
unidade descentralizada do MTE, até trinta dias após a data da posse dos novos
membros da CIPA.
5.42.1 Compete à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e
Emprego, confirmadas irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua
correção ou proceder à anulação quando for o caso.
5.42.2 Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de
cinco dias, a contar da data de ciência, garantidas as inscrições anteriores.
5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA,
ficará assegurada a prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a
complementação do processo eleitoral.
5.43 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos
mais votados.
5.44 Em caso de empate assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço
no estabelecimento.
5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de
eleição e apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação
posterior, em caso de vacância de suplentes.
DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS
5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços
considera-se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que seus
empregados estiverem exercendo suas atividades.
5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo
estabelecimento, a CIPA ou designado da empresa contratante deverá, em conjunto
com as das contratadas ou com os designados, definir mecanismos de integração e
de participação de todos os trabalhadores em relação às decisões das CIPA
existentes no estabelecimento.
5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo
estabelecimento, deverão implementar, de forma integrada, medidas de prevenção
de acidentes e doenças do trabalho, decorrentes da presente NR, de forma a
garantir o mesmo nível de proteção em matéria de segurança e saúde a todos os
trabalhadores do estabelecimento
145
5.49 A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as
empresas contratadas, suas CIPA, os designados e os demais trabalhadores lotados
naquele estabelecimento recebam as informações sobre os riscos presentes nos
ambientes de trabalho, bem como sobre as medidas de proteção adequadas.
5.50 A empresa contratante adotará as providências necessárias para
acompanhar o cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu
estabelecimento, das medidas de segurança e saúde no trabalho.
DISPOSIÇÕES FINAIS
5.51 Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos
de portaria específica.
146
de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
6.1.1. Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual,
todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado
contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
6.2. O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou
importada, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado
de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
6.3. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas
seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção
contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
e,
c) para atender a situações de emergência.
6.4. Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado
o disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI
adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta NR.
6.4.1. As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no
ANEXO I, desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para
reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser
constituída pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões submetidas àquele órgão do
Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.
6.5. Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -
CIPA, nas empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador
o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.
147
6.5.1. Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado,
mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, recomendar o EPI
adequado à proteção do trabalhador.
6.6. Cabe ao empregador
6.6.1. Cabe ao empregador quanto ao EPI :
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros,
fichas ou sistema eletrônico. (Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de
2009)
6.7. Cabe ao empregado
6.7.1. Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para
uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
6.8. Cabe ao fabricante e ao importador
6.8.1. O fabricante nacional ou o importador deverá:
a) cadastrar-se, segundo o ANEXO II, junto ao órgão nacional competente
em matéria de segurança e saúde no trabalho;
b) solicitar a emissão do CA, conforme o ANEXO II;
c) solicitar a renovação do CA, conforme o ANEXO II, quando vencido o
prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde do trabalho;
148
d) requerer novo CA, de acordo com o ANEXO II, quando houver alteração
das especificações do equipamento aprovado;
e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem
ao Certificado de Aprovação - CA;
f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;
g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e
saúde no trabalho quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;
h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional,
orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;
i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,
j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do
SINMETRO, quando for o caso.
6.9. Certificado de Aprovação - CA
6.9.1. Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade:
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que
não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;
b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do
SINMETRO, quando for o caso;
c) de 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data da publicação
desta Norma, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais,
oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios,
sendo que nesses casos os EPI terão sua aprovação pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante apresentação
e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de
fabricação, podendo ser renovado até 2007, quando se expirarão os prazos
concedidos; e,
(Alterada pela Portaria SIT n.º 194, de 22 de dezembro de 2006).
d) de 2 (dois) anos, renováveis por igual período, para os EPI desenvolvidos
após a data da publicação desta NR, quando não existirem normas técnicas
nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado
para realização dos ensaios, caso em que os EPI serão aprovados pelo órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante
149
apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação
técnica de fabricação.
6.9.2. O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho, quando necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos
diversos daqueles dispostos no subitem 6.9.1.
6.9.3. Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis,
o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou,
no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número
do CA.
6.9.3.1. Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar
forma alternativa de gravação, a ser proposta pelo fabricante ou importador,
devendo esta constar do CA.
6.10. Restauração, lavagem e higienização de EPI
6.10.1. Os EPI passíveis de restauração, lavagem e higienização, serão
definidos pela comissão tripartite constituída, na forma do disposto no item 6.4.1,
desta NR, devendo manter as características de proteção original.
6.11. Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego / MTE
6.11.1. Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e
saúde no trabalho:
a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;
b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;
c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios
de EPI;
d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;
e) fiscalizar a qualidade do EPI;
f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e,
g) cancelar o CA.
6.11.1.1. Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho, poderá requisitar amostras de EPI,
identificadas com o nome do fabricante e o número de referência, além de outros
requisitos.
6.11.2. Cabe ao órgão regional do MTE:
150
a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;
b) recolher amostras de EPI; e,
c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo
descumprimento desta NR.
6.12 e Subitens
(Revogados pela Portaria SIT n.º 125, de 12 de novembro de 2009)
ANEXO I
(Texto dado pela Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001)
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA
A.1 - Capacete
a) capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o
crânio;
b) capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;
c) capacete de segurança para proteção do crânio e face contra riscos
provenientes de fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio.
A.2 - Capuz
a) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de
origem térmica;
b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra respingos
de produtos químicos.
B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE
B.1 - Óculos
a) óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de
partículas volantes;
b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade
intensa;
c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação
infravermelha;
e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de
produtos químicos.
B.2 - Protetor facial
151
a) protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de
partículas volantes;
b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de
produtos químicos;
c) protetor facial de segurança para proteção da face contra radiação
infravermelha;
d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade
intensa.
B.3 - Máscara de Solda
a) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra
impactos de partículas volantes;
b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra
radiação ultravioleta;
c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra
radiação infravermelha;
d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra
luminosidade intensa.
C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA
C.1 - Protetor auditivo
a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra
níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;
b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra
níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;
c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra
níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II.
D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
D.1 - Respirador purificador de ar
a) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra
poeiras e névoas;
b) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra
poeiras, névoas e fumos;
c) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra
poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;
152
d) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra
vapores orgânicos ou gases ácidos em ambientes com concentração inferior a 50
ppm (parte por milhão);
e) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra
gases emanados de produtos químicos;
f) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra
partículas e gases emanados de produtos químicos;
g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias
respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos.
D.2 - Respirador de adução de ar
a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção das
vias respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida
e à Saúde e em ambientes confinados;
b) máscara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das vias
respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à
Saúde e em ambientes confinados;
D.3 - Respirador de fuga
a) respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes
químicos em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosa à Vida e
à Saúde ou com concentração de oxigênio menor que 18 % em volume.
E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO
E.1 - Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra
riscos de origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade
proveniente de operações com uso de água.
E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem
portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica.
(Incluído pela Portaria SIT n.º 191, de 04 de dezembro de 2006)
153
b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e
perfurantes;
c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;
h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.
F.2 - Creme protetor
a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores
contra agentes químicos, de acordo com a Portaria SSST n.º 26, de 29/12/1994.
F.3 - Manga
a) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra
choques elétricos;
b) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra
agentes abrasivos e escoriantes;
c) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra
agentes cortantes e perfurantes.
d) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra
umidade proveniente de operações com uso de água;
e) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra
agentes térmicos.
F.4 - Braçadeira
a) braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes
cortantes.
F.5 - Dedeira
a) dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos
e escoriantes.
G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES
G.1 - Calçado
a) calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de
objetos sobre os artelhos;
b) calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;
154
c) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes térmicos;
d) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes e
escoriantes;
e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade
proveniente de operações com uso de água;
f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de
produtos químicos.
G.2 - Meia
a) meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas.
G.3 - Perneira
a) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes abrasivos e
escoriantes;
b) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes térmicos;
c) perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de
produtos químicos;
d) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e
perfurantes;
e) perneira de segurança para proteção da perna contra umidade
proveniente de operações com uso de água.
G.4 - Calça
a) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e
escoriantes;
b) calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de
produtos químicos;
c) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;
d) calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente
de operações com uso de água.
H - EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO
H.1 - Macacão
a) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e
inferiores contra chamas;
b) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e
inferiores contra agentes térmicos;
155
c) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e
inferiores contra respingos de produtos químicos;
d) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e
inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água.
H.2 - Conjunto
a) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó,
para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;
b) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó,
para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de
produtos químicos;
c) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó,
para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade
proveniente de operações com uso de água;
d) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó,
para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas.
H.3 - Vestimenta de corpo inteiro
a) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos
de produtos químicos;
b) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra umidade
proveniente de operações com água;
c) vestimenta condutiva de segurança para proteção de todo o corpo contra
choques elétricos. (Incluída pela Portaria SIT n.º 108, de 30 de dezembro de 2004)
I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE
NÍVEL
I.1 - Dispositivo trava queda
a) dispositivo trava queda de segurança para proteção do usuário contra
quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado
com cinturão de segurança para proteção contra quedas.
I.2 - Cinturão
a) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda
em trabalhos em altura;
b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no
posicionamento em trabalhos em altura.
156
Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria específica a ser
expedida pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho, após observado o disposto no subitem 6.4.1.
ANEXO II
(Texto dado pela Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001).
1.1 - O cadastramento das empresas fabricantes ou importadoras será feito
mediante a apresentação de formulário único, conforme o modelo disposto no
ANEXO III, desta NR, devidamente preenchido e acompanhado de requerimento
dirigido ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho.
1.2 - Para obter o CA, o fabricante nacional ou o importador, deverá requerer
junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho a
aprovação do EPI.
1.3 - O requerimento para aprovação do EPI de fabricação nacional ou
importado deverá ser formulado, solicitando a emissão ou renovação do CA e
instruído com os seguintes documentos:
a) memorial descritivo do EPI, incluindo o correspondente enquadramento
no ANEXO I desta NR, suas características técnicas, materiais empregados na sua
fabricação, uso a que se destina e suas restrições;
b) cópia autenticada do relatório de ensaio, emitido por laboratório
credenciado pelo órgão competente em matéria de segurança e saúde no trabalho
ou do documento que comprove que o produto teve sua conformidade avaliada no
âmbito do SINMETRO, ou, ainda, no caso de não haver laboratório credenciado
capaz de elaborar o relatório de ensaio, do Termo de Responsabilidade Técnica,
assinado pelo fabricante ou importador, e por um técnico registrado em Conselho
Regional da Categoria;
c) cópia autenticada e atualizada do comprovante de localização do
estabelecimento, e,
d) cópia autenticada do certificado de origem e declaração do fabricante
estrangeiro autorizando o importador ou o fabricante nacional a comercializar o
produto no Brasil, quando se tratar de EPI importado.
FIM DO MÓDULO IV
157
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, Cleiton. Revista CIPA, Periódico. São Paulo, 2000. Disponível em:
<www.cipanet.com.br>. Acesso em 30 abr. 2010.
FIM DO CURSO
Documento não controlado - AN03FREV001
158
Documento não controlado - AN03FREV001
159
DOCÊNCIA EM
SAÚDE
SEGURANÇA NO TRABALHO
Copyright © Portal Educação
160p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-698-3
CDD 363.11
SUMÁRIO
7 VERIFICAÇÕES DE SEGURANÇA........................................................................................53
Por meio dos diplomas legais que servem de base para sua efetivação. 5
Seguindo as transformações do cenário econômico vivenciado pelo país.
Inicialmente essa legislação foi elaborada configurando-se como uma cópia fiel da
legislação de segurança do trabalho dos países norte-americanos. Com isso, ocorreu uma
formação totalmente inadequada dos responsáveis, profissionalmente, ou seja:
Hidrelétrica de Itaipu;
Transamazônica;
Ponte Rio-Niterói.
Muitos especialistas denominam a origem da segurança do trabalho no Brasil como
sendo uma reação contra a realidade econômica vivenciada na época, mais especificamente,
entre os períodos de 1964 a 1985. A realidade em questão é reconhecida por não privilegiar o
social, gerando grande aumento das necessidades básicas populacionais e da pobreza
(CARVALHO, 2000).
Foi no ano de 1977, mais especificamente no dia 22 de dezembro do referido ano, que
surgiu a Lei nº 6514, que por meio da Portaria n 3214 de junho de 1978 apresentou as Normas
Regulamentadoras ao cenário legislativo brasileiro.
Porém, nesse contexto a Consolidação das Leis Trabalhistas não contemplava, em sua 8
versão original, nenhum dispositivo direcionado ao Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho nas Organizações.
As Normas Regulamentares (NR´s) tiveram seu surgimento por meio da Lei n. 6514,
datada de 22 de Dezembro de 1977, por meio da portaria n 3214, que proporcionou a
modificação do Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis Trabalhistas, ocorrida em 08 de
junho de 1978.
Burguesia:
Na época, a classe social burguesa encontrava-se sedenta por lucros mais elevados,
custos menores, ao lado de uma grande aceleração na produção. Isso a impulsionou a buscar
novas alternativas que viabilizassem a produção de mercadorias.
Sociedade:
13
¥ Férias;
¥ 13 salário;
¥ Auxílio doença;
¥ Auxílio maternidade;
¥ Descanso semanal remunerado;
¥ Seguro-desemprego.
14
15
Já o Cartismo, se pronunciava de maneira mais tênue, tendo seu direcionamento
focado na política, por meio da qual conseguiu conquistar diversos direitos políticos para o grupo
de trabalhadores.
Dessa forma, percebe-se que a grande importância da Revolução Industrial foi tornar
os métodos de produção consideravelmente mais eficientes que os conhecidos na época. As
mercadorias tiveram seu valor reduzido em virtude de serem produzidas mais rapidamente, o
que estimulou muito o consumo (MICHEL, 2000).
Aumentou também a poluição ambiental e sonora, assim como também o êxodo rural,
que gerou o crescimento desordenado dos grandes centros urbanos.
Em meio a esse contexto, até hoje a busca pelo oferecimento de um número maior de
vagas de emprego é uma das maiores preocupações dos governantes, já que o desemprego
encontra-se entre os maiores problemas dos países em desenvolvimento.
A troca dos empregados menos qualificados por robôs é constante nos dias atuais e as
empresas buscam profissionais qualificados que tenham criatividade e múltiplas capacidades. O
desemprego vem sendo uma preocupação grande também dos países desenvolvidos.
Na verdade, a grande maioria dos riscos não é conhecida pela população, exigindo
ainda muitas pesquisas que apresentam seus resultados somente após uma longa exposição
dos funcionários aos ambientes nocivos. Os resultados são direcionados à saúde e a integridade
física, ameaçadoramente comprometida.
No contexto mercadológico atual, percebe-se o novo setor de segurança do trabalho,
que se configura de forma interdisciplinar e o objetivo principal é a prevenção dos riscos
profissionais.
A evolução trouxe uma nova geração de máquinas para serem usadas pelo homem e
nesse contexto, os computadores pessoais destacam-se pela sua presença constante nas
rotinas do sujeito, tendo em vista que jamais na história se teve uma máquina tão presente (tão
próxima) da vida profissional de tantos trabalhadores. Percebe-se que a relação homem-
máquina está ainda mais próxima.
2.1 O AMBIENTE
SAÚDE
20
IMPORTANTE!!
22
Destaca-se que se torna impossível determinar um fator único que seja gerador das
doenças do trabalho, sendo assim, ainda que se esteja diante de um evento agudo, é difícil
estabelecer associações diretas com as doenças vinculadas às atividades laborais.
O ser humano passa a maior parte do tempo exercendo atividades laborais. E, os
efeitos do trabalho atingem o organismo de forma cumulativa, podendo, assim, desencadear
doenças crônicas, dificultando muito o estabelecimento de qualquer relação entre a patologia e o
trabalho.
É possível descrever alguns aspectos de saúde que podem ser afetados pelo trabalho.
23
Por exemplo, o sistema endócrino, que é um elo entre a carga genética do sujeito e o ambiente,
pode ser gravemente afetado pelas condições laborais às quais ele estará exposto.
Há uma forte vinculação dos distúrbios do sono e distúrbios alimentares com a jornada
noturna de trabalho. E, o ambiente que preconiza o contato do trabalhador (de alguma forma)
com a irradiação pode desencadear tumores que ficam em período de latência por vários anos
no organismo, dificultando ainda mais a associação com o trabalho.
24
ATENÇÃO!!!
É necessário estar atento durante as avaliações de saúde do trabalhador, pois se ao
avaliar um grupo de funcionários não for detectada nenhuma alteração da saúde, encontrando-
se somente pessoas bem condicionadas no ambiente laboral, torna-se imprescindível uma
observação mais cautelosa para verificar se isso não está ocorrendo porque os trabalhadores
que apresentavam alterações de saúde, doenças laborais, foram dispensados.
25
CASE
Ela entrou com reclamação trabalhista alegando que teve ferimentos no tornozelo e no
pé que a incapacitaram para o trabalho de julho a outubro de 2003, mas a empresa não forneceu
documentação para que fosse requerido o auxílio-doença junto ao INSS. Para a trabalhadora,
mesmo que ela tenha sido a causadora do acidente, isso não excluiu sua garantia de emprego.
A Vara de Trabalho de Tatuí não aceitou recurso da trabalhadora, que recorreu ao TRT.
Segundo o relator, juiz Lorival Ferreira dos Santos, ficou comprovado que o acidente
ocorreu durante o trajeto percorrido pela funcionária entre seu trabalho até a residência. Para o
juiz, a Lei 8.213/91 prevê que se equipara ao acidente do trabalho o acidente sofrido pelo
segurado no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que
seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. "Portanto, segundo a
legislação previdenciária, o acidente de percurso é equiparável ao acidente do trabalho",
fundamentou Ferreira dos Santos.
Segundo o relator, a emissão da documentação para que o trabalhador solicite o
auxílio-doença por acidente no INSS em casos de acidente do trabalho é muitas vezes evitado
pelo empregador para impedir a garantia legal de emprego.
É o grupo de doenças que se caracteriza por serem sempre causadas pela atividade
ocupacional.
EXEMPLOS:
Silicose;
Câncer de pele (ocupacional);
Dermatite de contato;
Asbestose.
No Brasil:
A CIPA deve realizar ações em termos de prevenção de acidentes. Essas ações são
descritas como:
Identificar os riscos do processo de trabalho e construir o mapa de riscos, com a
participação de grande parte dos trabalhadores.
Elaborar plano de trabalho que viabilize o estabelecimento das medidas e ações
preventivas necessárias.
Realizar, periodicamente, as verificações nos ambientes de trabalho, bem como
das suas condições de uso.
Participar de forma colaborativa do desenvolvimento e implementação do:
1. Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
2. Programa de Prevenção de Riscos de Acidentes (PPRA).
Propor treinamento adequado a cada trabalhador, visando seu conhecimento
sobre os riscos e perigos existentes em suas atividades ocupacionais.
Sugerir reciclagem periódica desse conhecimento.
Participar ativamente de campanhas direcionadas à saúde, mesmo que focadas
em outros aspectos, tais como HIV, vacinação, outros.
Comunicar a todos os trabalhadores sobre os riscos ambientes a que estão
espostos, frisando que eles podem afetar a segurança e a saúde.
MECÂNICAS
FÍSICAS
QUÍMICAS
BIOLÓGICAS
PSICOLÓGICAS
SOCIAIS
PREVENÇÃO
EFEITOS
MINIMIZAR
FAVORECER
NEGATIVOS
POSITIVOS
5 PROGRAMAS DE PREVENÇÃO
5.1 TREINAMENTO
NOTA:
31
5.2 MOTIVAÇÃO
Apreende-se que para o trabalho ser realizado com eficácia e eficiência é necessário
que seja conjugado: a motivação e a habilidade.
Isso porque, enquanto a habilidade depende profundamente da capacitação do
profissional, a motivação é considerada a base de sua decisão de realizar um trabalho.
Ou seja, quando um sujeito encontra-se motivado, quer e pode realizar uma tarefa, seu
desempenho é eficiente e sua atenção/concentração é totalmente focada em seu objetivo. Já no
caso contrário, quando não há motivação ela é precária, o desempenho passa a ser suscetível a
erros, potencializando a ocorrência de acidentes (OLIVEIRA, 2003).
A partir desse entendimento, é possível compreender a importância de o trabalhador
ser elogiado pela sua motivação e desempenho, sendo fundamental o recebimento de
recompensas que o auxiliem a manter sua autoestima elevada.
Considera-se que, uma estrutura empresarial que valorize advertências, ameaças,
repreensões e suspensões são tidas como um terreno fértil para a ocorrência de acidentes.
Há algumas ferramentas da motivação que produzem efeitos duradouros e 32
abrangentes no ambiente organizacional, como por exemplo:
Bolsas de estudo;
Promoções;
Prêmios;
Estímulo às ideias;
Concursos para trabalhadores e seus familiares;
Eventos relacionados à segurança e saúde;
Visita dos familiares dos empregados à empresa.
FIGURA 13 - SEGURANÇA
Na conduta:
Falta ao trabalho;
Atrasos;
Problemas de relacionamento;
Baixa produtividade.
TÓPICOS COMENTÁRIO
5.3 CONTROLE
Algumas estratégias são usadas para se desenvolver o controle, dentre elas destacam-
se:
36
TES 37
INCIDENTES
COMPORTAMENTO
CONTROLE
VALORES
6.1 SESMT
O serviço deve ser acessado pelo membro da CIPA que, no decorrer do desempenho
de suas funções na organização, não souber como enfrentar determinadas situações. Sua
composição varia conforme a empresa (MICHEL, 2000).
6.1.1 Composição do SESMT
O Serviço terá o seu quadro de funcionários completo, quando fizer parte dele os
seguintes profissionais:
38
o Engenheiro de segurança do trabalho (EST);
o Técnico de segurança do trabalho (TST);
o Médico do trabalho (MT);
o Enfermeira do trabalho (ET);
o Técnico de enfermagem do trabalho (TED).
Ressalta-se que:
39
6.2 PPRA
O referido programa foi definido pela Portaria n 25, de n 29 de dezembro de 1994, que
alterou a NR- 9 prevendo
“A obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte dos
empregadores, assim como das instituições que admitam
trabalhadores como empregados, de um programa que preserve a 41
saúde e a integridade desses trabalhadores, mediante a
antecipação, o reconhecimento, a avaliação e o controle dos
riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente
de trabalho.”
Agentes Físicos:
¥ Ruído.
¥ Vibrações.
¥ Umidade.
¥ Calor.
¥ Frio.
¥ Radiações.
¥ Pressões anormais.
Agentes Químicos:
¥ Gases.
¥ Vapores.
¥ Fumos.
¥ Poeira.
¥ Névoas.
¥ Neblinas.
Agentes Biológicos
42
¥ Vírus.
¥ Bacilos.
¥ Bactérias.
¥ Protozoários.
¥ Parasitas.
¥ Fungos.
A apresentação dos resultados encontrados com o PPR deve ser efetuada nas
reuniões da CIPA e, anexadas ao Livro de Atas dessa mesma Comissão.
ATENÇÃO!!!
Ressalta-se que o PPRA engloba quatro pontos distintos que são à base de suas
ações. Sendo eles;
1. Antecipação dos riscos;
2. Reconhecimento dos riscos;
3. Avaliação dos riscos;
4. Controle dos riscos.
EXEMPLO:
Nos casos em que não houver condições de evitar os riscos, a organização deverá
disponibilizar protetores auriculares às pessoas que irão trabalhar com os referidos
equipamentos.
DICA!!
EMPRESA APR n
Setor: N de Pessoas:
( ) por turno
( ) horário administrativo
Função 1
Função 2
45
Função 3
Função 4
LEGENDA
A avaliação dos riscos deve ser efetuada na forma quantitativa ou qualitattiva. Caso a
opção seja pela forma quantitativa, faz-se necessário a comprovação do controle da exposição
ou a inexistência do risco, assim como o dimensionamento da exposição dos trabalhadores e a
ação de subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
Na fonte;
Na trajetória.
O passo seguinte é descrito como a estratégia para implementação dos equipamentos
46
de proteção individuais para os trabalhadores. Porém, é preciso frisar que:
NEXO CAUSAL
EXEMPLO DE CRONOGRAMA
CRONOGRAMA MESES
ANO XX
FASES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Formação de equipe do
PPRA
Inquérito preliminar
Análise preliminar de
risco
48
Elaboração do plano de
ação
Elaboração do
documento-base
Aprovação do
documento-base
Implementação do PPRA
Implementação de
medidas de controle
Programa de treinamento
Avaliação ambiental
Auditoria
6.3 PCMSO
o Os setores da organização;
o A quantidade de exames médicos;
o A natureza dos exames médicos.
Deve-se incluir também:
RESPONSÁVEL: ASSINATURA:
DATA:
IMPORTANTE:
O item 7.2.3 da NR- 7 especifica que o PCMSO deverá ter em relação aos agravos à
saúde relacionados ao trabalho, caráter de:
Prevenção;
Rastreamento;
Diagnóstico precoce.
Inclusive para os agravos de natureza subclínica e da constatação da existência de
casos de doenças ocupacionais ou danos irreversíveis à saúde dos colaboradores (SALEM &
SALEM, 2001).
51
PROMOÇÃO DA PREVENÇÃO DE
SAÚDE DOENÇAS
Promoção da Saúde:
Prevenção de Doenças:
Admissional:
Para funcionários novos.
Periódico:
Para manutenção da exposição.
52
Retorno ao trabalho:
No retorno do funcionário após um período de afastamento.
Mudança de função:
Sempre que os riscos forem diferentes daqueles inerentes à função anterior.
Demissional:
No momento de saída do funcionário da empresa.
EM DESTAQUE:
----------FIM
Deverá DOpelo
ser emitido MÓDULO
médicoII----------
a cada novo
exame médico realizado.
Internas;
Oficiais;
Especiais.
FIGURA 15 – FALTA DE SEGURANÇA NO TRABALHO
54
Gerais;
Parciais;
Periódicas;
Por denúncia;
Cíclica;
De Rotina.
Verificações Gerais
o Sistemática;
o Documentada;
o Objetiva.
FIGURA 16 - ACIDENTE
Destaca-se que é sugerido que se obtenha dois pareceres, no mínimo, com essa
verificação.
Verificações Periódicas:
A partir do momento que se detecta o problema, caberá a CIPA propor uma medida de
controle e acompanhar a sua efetiva implementação.
Verificações Cíclicas:
Verificações de Rotina:
58
Porém, a verificação contínua não se caracteriza como duradoura. Isso porque à
medida que os problemas vão sendo resolvidos, os intervalos de realização das verificações vai
aumentando, até que as mesmas se tornem periódicas.
59
Tornou-se necessário efetivar o monitoramento dos setores após a implementação do
PPRA, por meio da utilização de técnicas de higiene ocupacional (GONÇALVES, 2000).
Modelo Inicial;
Modelo Integrado.
Ressalta-se que cada um dos ambientes deve ser observado em todas as suas
particularidades, porém, há alguns itens que são comuns como, por exemplo:
60
Iluminação;
Ventilação;
Piso;
Uso de EPI;
Falta de sinalização;
Layout;
Armazenamento.
N funcionários: 16
Mulheres = 10 ( ) 1 e 2 turnos
( ) 1, 2 e 3 turnos
1 – Os lápis encontram-se armazenados dentro de copos plásticos, com a ponta virada para
cima, sobre a mesa.
Próxima verificação:
É necessário frisar que, para fazer uso deste modelo, os membros da CIPA devem
estar bem treinados e muito conscientizados das situações que representam riscos.
1º Passo
Setorizar a empresa e visitar todos os ambientes, realizando uma análise dos riscos
exitentes. Para auxiliar o trabalho, é permitido fazer uma Análise Preliminar de Risco – APR ou
um Mapeamento de Riscos Ambientais.
2 ºPasso
Preparo de uma folha de verificação para cada área ou setor, com todos os itens a
serem observados.
3º Passo
63
Realizar a verificação anotando na folha de dados se o requisito está ou não
contemplado. Qualquer informação adicional, que denuncie riscos de acidentes, deve ser
registrada.
4º Passo
Levar todos os dados registrados para serem discutidos em reunião da CIPA e propor
medidas de controle para os itens que não estão em conformidade com o que é exigido.
Considera-se o que é prioritário.
5º Passo
6º Passo
7º Passo
Lesões a pessoas;
Avarias em equipamentos ou estruturas;
65
Perda de material em processo de produção;
Redução da capacidade de desempenho em função predeterminada;
Na existência de qualquer risco, sempre haverá grande possibilidade de ocorrerem
efeitos adversos danosos (MICHEL, 2000).
b. Perigo
O perigo é a expressão da exposição a um risco que tende a causar danos.
c. Dano
Refere-se à gravidade da lesão ou à perda física, funcional ou econômica, que podem
resultar da perda de controle sobre determinado risco.
66
o Quem são?
o Quantos são?
o Idade.
o Sexo.
o Jornada de trabalho.
o Treinamentos profissionais realizados.
o Treinamentos de segurança e saúde realizados.
o As mais frequentes.
o As mais eventuais.
68
o Condições de trabalho.
o Organização do trabalho.
o Arranjo físico (layout) das instalações.
o Relações interpessoais no trabalho.
II – ETAPA
Considera-se que para cada um dos setores organizacionais que será analisado, o
profissional da CIPA deverá utilizar um roteiro de abordagem, visando relatar os riscos
ambientais encontrados (CAMPOS, 2002).
ATENÇÃO:
SETOR DE SERVIÇO
Causadores de
estresse físico e
ou psíquico
Riscos Físicos
Os riscos físicos remetem diretamente a noção de energia.
Ruído
O Ministério da Previdência Social também interviu, por meio da Norma Técnica sobre
71
a Perda Auditiva Neurossensorial por exposição continuada a Níveis elevados de Pressão
Sonora de origem Ocupacional.
Vibrações
Cansaço.
Irritabilidade.
Dor de ouvido.
Dor nas mãos.
Dor nos braços.
Dor na coluna.
Artrite.
Problemas nas articulações.
Lesões ósseas.
Lesões respiratórias.
Calor e Frio
Radiações Ionizantes
Raios X.
Raios alfa, beta e gama.
Nêutrons.
Em relação aos efeitos possíveis, eles são divididos em: de curto ou de longo prazo.
Efeitos a longo prazo = podem produzir alterações irreversíveis nos lipídios e nas
células, catarata, leucemia e câncer.
Pressões Anormais
Ruptura do tímpano.
Irritação dos pulmões. 73
Dores abdominais.
Dor de dente.
Exoftalmia.
Obstrução dos vasos sanguíneos.
Embolia traumática pelo ar.
Embriaguez das profundidades.
Intoxicação por oxigênio e gás carbônico.
Doença descompressiva.
Riscos Químicos
Pesquisas descrevem os contaminantes químicos como sendo substâncias
constituídas por matéria que pode ser encontrada no ar, sob a forma de moléculas individuais
(gases ou vapores) ou mesmo de grupos de moléculas unidas (aerodispersoides ou névoas)
(CARVALHO, 2000).
• A via respiratória.
• A via dérmica ou cutânea (pele).
• A via digestiva.
• A via parental (por meio de feridas).
Sugere-se o acompanhamento permanente para os trabalhadores e ambientes
expostos a agentes químicos, tanto em termos da medição da concentração dos indicadores
biológicos listados pela ACGIH e na NR- 7: PCMSO, como também, pela higiene pessoal,
hábitos, uso de drogas e medicamentos.
A preocupação direcionada a essa questão é constante, tanto que o Ministério da
Previdência Social, por meio das Ordens de Serviço 607 e 609, de 5 de agosto de 1998,
apresentou as Normas Técnicas sobre Intoxicação Ocupacional pelo Benzeno e
Pneumoconioses, respectivamente.
Efeitos Irritantes
Alguns gases podem provocar sérias irritações nas vias aéreas superiores, dentre eles
destacam-se:
Ácido clorídrico.
Ácido sulfúrico.
Amônia.
Soda cáustica.
Cloro.
Efeitos Asfixiantes
Hidrogênio.
Nitrogênio.
Hélio.
Metano.
Acetileno.
Dióxido de carbono.
Monóxido de carbono.
Efeitos Anestésicos
Butano.
Propano.
Acetona.
Benzeno.
Xileno.
Tolueno.
Óxido nitroso.
Poeiras minerais.
Poeiras vegetais.
Poeiras alcalinas.
Poeiras incômodas.
Fumos metálicos.
Poeiras Minerais
76
Poeiras Alcalinas
Poeiras Incômodas
Fumos Metálicos
Acetileno
Amianto
Amônia
Benzeno
Cloro
77
Dióxido de
carbono
Dióxido de
nitrogênio
Dióxido
sulfúrico
Fosgênio
GLP (gás de
cozinha)
Monóxido de
carbono
Ozônio
Sílica
Tolueno
OBS.:
Riscos Biológicos
Os riscos biológicos referem-se aqueles constituídos por seres vivos, que possuem
elevada capacidade de afetar a saúde do trabalhador. Os micro-organismos são os principais
exemplos dessa categoria, mais especificamente:
Vírus.
Bactérias.
78
Bacilos.
Fungos.
Sabe-se que esses micro-organismos podem causar doenças de natureza distinta,
que, geralmente, são transmitidas de outros animais para os homens, como, por exemplo, as
zoonoses (CAMPOS, 2002).
Considera-se que, na maioria das vezes os maiores riscos biológicos estão ligados:
Vacinação.
Esterilização.
Higiene pessoal.
Uso de equipamento de proteção individual – EPI.
Ventilação adequada.
Controle médico.
Riscos Ergonômicos
Consideram-se riscos ergonômicos aqueles determinados pela falta de adaptação das
condições ocupacionais às características e demandas psicofisiológicas do trabalhador.
A LER – Lesões por Esforço Repetitivo
Sintomas da LER
¥ Calor localizado.
¥ Choques.
¥ Dor.
¥ Dormência.
¥ Formigamento.
¥ Fisgadas.
¥ Inchações.
¥ Pele avermelhada.
¥ Perda de força muscular.
FIGURA 19 - RISCOS DE LER
81
a) Organização do Trabalho.
b) Conteúdo do Trabalho.
c) Posto de Trabalho.
a) A Organização do Trabalho
A familiarização com as atividades que lhe são exigidas é apenas um dos pontos
importantes para o trabalhador, pois ele deve também ter a liberdade adequada de movimentos
para executá-las. Dessa forma, ele terá condições de respeitar seus limites, evitando a repetição
de um mesmo movimento durante um longo período de tempo (CAMPOS, 2002).
b) Conteúdo do Trabalho
É obrigatório o oferecimento dos recursos necessários para a execução das atividades
pela empresa, assim como também de um ambiente de trabalho que viabilize ao funcionário o
desenvolvimento de suas habilidades, com certo grau de criatividade, visando sua realização
profissional.
c) Posto de Trabalho
Deve haver uma profunda adaptação do mobiliário e dos equipamentos/ferramentas
para adequarem-se às características físicas do trabalhador, assim como também à natureza
das atividades executadas, permitindo ampla liberdade de movimentação.
o Qualidade e manutenção.
o Frequência de reposição.
o Adaptação dos postos de trabalho à introdução de novos processos.
o Desvios posturais impostos pelo mobiliário.
Fatores que produzem carga física = esforço físico, levantamento e transporte manual
de peso, exigência de posturas inadequadas e repetitividade.
Fatores que produzem carga psíquica = ritmo excessivo, trabalho em turnos e trabalho
noturno, jornadas de trabalho prolongadas, controle rígido de produtividade, monotonia.
FIGURA 20 - DIGITANDO
84
Riscos de Acidentes
Consideram-se riscos de acidentes como sendo armadilhas, ou deficiências, presentes
nas instalações ou em máquinas e equipamentos.
Quando um, ou mais, elementos citados como uns dos principais riscos ocupacionais
estiverem contidos como deficiente, insuficiente, inadequado ou obstruírem a livre circulação,
certamente constituirão riscos potenciais para a saúde e integridade física do trabalhador.
EPI inadequado.
Problemas em edificações.
Falta de sinalização.
85
III - ETAPA
São identificados quatro tipos principais de medidas preventivas, são elas as de:
Proteção coletiva.
Organização do trabalho.
Proteção individual.
Higiene e conforto.
Sistemas de Ventilação
Considerados uma ferramenta eficaz no controle de operações, processos e
equipamentos, que emanam contaminantes, os sistemas de ventilação, tanto de exaustão como
de insuflamento, são importantes para evitar a dispersão de contaminantes no ambiente
industrial. Acrescenta-se aos seus benefícios, a capacidade de diluírem as concentrações de
poluentes e oferecerem conforto térmico.
87
Método de trabalho;
Estrutura organizacional;
Participação dos funcionários;
Redução do tempo de exposição dos trabalhadores aos riscos.
FIGURA 22 - ACIDENTE DE TRABALHO GRAVE
88
b) Reestrutura organizacional
89
Nos ambientes onde for impossível a aplicação de técnicas para minimização dos
agentes agressivos, é adequado que se tente estabelecer um rodízio entre os trabalhadores para
reduzir o tempo de exposição aos riscos (CARVALHO, 2000).
É preciso lembrar que as medidas de proteção individual contra a agressão dos riscos
ambientais só devem ser indicadas em casos específicos, tais como:
90
Em todos os momentos nos quais as medidas de proteção coletiva forem
tecnicamente inviáveis, ou não disponibilizarem completa proteção contra os riscos de acidentes
do trabalho e/ou doenças profissionais.
Durante o período em que as medidas de proteção coletiva estiverem sendo
providenciadas e implementadas.
Em situações de emergência.
Em tarefas de curta duração.
a) Higiene Pessoal
Devem ser separados para homens e mulheres, ser higienizados, limpos e desprovidos
de odores desagradáveis. Deve ter um chuveiro para cada 10 funcionários que se ocupam de
atividades consideradas insalubres. Os pisos devem ser impermeáveis e deve ter disponível uma
torneira para cada grupo de 20 trabalhadores.
91
c) Vestiários e Armários
d) Bebedouros
e) Alimentos
f) Cozinha
Deve ter um lavatório com água corrente, sabão e toalhas, para uso do pessoal do
serviço de alimentação.
g) Lixo
O tratamento dado ao lixo da cozinha deve estar de acordo com as normas locais do
serviço de saúde pública.
h) Áreas de Lazer
92
Considera-se que o trabalho, o lazer e o sono sejam etapas sequenciais nas atividades
humanas. O período dedicado ao lazer adquire um papel relaxante, buscando aliviar as tensões
do trabalho e facilitar o sono.
IV – ETAPA
94
Após ser estabelecido o nexo causal “Dano X Agente”, a graduação do risco aumenta,
o que requer uma ação preventiva da CIPA, visando o não retorno da repetição do fato
(CAMPOS, 2002).
É possível realimentar o plano de trabalho da CIPA por meio das informações mais
detalhadas, que indiquem a natureza da lesão e a parte do corpo atingida.
FIGURA 24 - COLEGA DE TRABALHO MACHUCADO
95
Absenteísmo
Insalubre
É uma palavra latina, que representa aquilo que origina doença, o que é doentio.
Caracteriza-se a insalubridade baseando-se em valores nos quais o limite de tolerância foi
ultrapassado.
Higiene do Trabalho
É compreendida como a ciência e a arte dedicada à (ao):
Reconhecimento;
Avaliação;
Controle.
Essas funções são direcionadas aos fatores ambientais e aos agentes “tensores”
originados no local de trabalho, tendo grandes probabilidades de ocasionar doenças, prejuízos à
saúde e bem-estar, um desconforto significativo e ineficiência entre o grupo de funcionários ou
entre a comunidade.
Monitoramento Ambiental
Refere-se ao levantamento e a avaliação dos agentes de riscos existentes no ambiente
ocupacional. Incluindo-se as medidas de controle adotadas para combatê-los. O PPRA prevê
sua periodicidade.
Limite de Tolerância
Corresponde à intensidade / concentração máxima ou mínima, relacionada com a
98
natureza do agente de risco, assim como o tempo de exposição a ele, o que provoca danos à
saúde do trabalhador, durante o exercício de suas funções laborais.
Avaliação Ambiental
VI – ETAPA
Critérios Utilizados
Após a realização das análises, dos relatórios e da validação dos riscos, a CIPA terá
as informações necessárias para elaborar o mapeamento. Os riscos devem ser representados
por área, dentro de um arranjo físico (layout) organizado em círculos, tendo as seguintes
características:
A afixação do mapeamento, após sua conclusão, deverá ser feita nos setores
analisados, de forma bem visível e em local de fácil acesso para todos os trabalhadores
(GONÇALVES, 2000).
É importante que cada setor analisado deva ter seu próprio número de identificação,
que deverá ser o mesmo constante no relatório de levantamento dos riscos do setor.
101
A identificação e eliminação de tais situações, assim como a sua eliminação, são
medidas fundamentais para evitar que acidentes semelhantes venham a ocorrer, em função das
mesmas causas (OLIVEIRA, 2003).
102
Item I
Comentário I
Exemplos:
o Extração de minérios: exposição à sílica livre.
o Fabricação de tintas: exposição ao mercúrio.
o Indústria metalúrgica: exposição a vibrações.
o Soldagem: exposição ao cádmio.
o Siderurgia: exposição ao flúor.
103
Item II
Comentário II
Exemplos:
a) A doença degenerativa.
b) A doença inerente a grupos etários.
c) A doença que não produz incapacidade laborativa.
d) A doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região em
que ela se desenvolva, salvo comprovação de que resultou de
exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
I. O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para a perda ou redução de sua capacidade
laboral, ou produzindo lesão que exija atenção médica para sua recuperação. 104
DIFERENCIAÇÕES:
IV. O acidente sofrido, ainda que fora do local e horário de trabalho: 105
a) Na execução de ordem ou na realização de serviços sob a autoridade da
empresa.
b) Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo
ou proporcionar proveito.
c) Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por
esta, dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independente do meio de
locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado.
d) No percurso da residência para o local de trabalho, ou deste para aquela,
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado, desde
que não haja alteração ou interrupção por meio alheio ao trabalho.
NOTA:
107
FIGURA 29 - ACIDENTE
Para isso, é relevante que no processo investigativo a vítima “não tenha rosto” e que
se trabalhe com a função exercida, sem fazer referência ao nome das pessoas.
Trabalho
As matérias-primas As condições
LEMBRETE:
A qualidade da investigação depende da quantidade de
informações recebidas. Desse modo, todo o trabalho poderá ficar
111
comprometido, se não for feito um levantamento correto e preciso.
Desse modo, é possível, por meio desse método, evidenciar relações entre fatos
ocorridos em momentos remotos que poderiam passar despercebidos (CAMPOS, 2002).
No levantamento de dados,
um antecedente.
Situações de Encadeamento
112
1ª situação:
2ª situação
3ª situação:
4ª situação:
113
2ª Etapa: EXPLORAÇÃO DOS FATOS GERADOS
Por outro lado, caso esses fatores não sejam bem trabalhados existe grande
probabilidade de ocorrem os acidentes. A árvore de Causas comprova muito bem isso. Sendo
assim, torna-se fundamental que as causas sinalizadas na Árvore desenvolvam ações de
controle, para que acidentes ou incidentes semelhantes não se repitam (MICHEL, 2000).
Esse método é diferenciado porque, além de proporcionar o estabelecimento do
diálogo entre as pessoas, ele permite tirar uma lição construtiva de uma situação indesejável.
LEMBRE-SE:
1º Tempo: Registro
Nesse momento torna-se relevante que todos os itens significativos fiquem registrados,
como por exemplo:
¥ Ordem de serviço.
¥ Medida proposta.
¥ Início dos trabalhos.
115
¥ Final dos trabalhos.
¥ Responsável.
¥ Custo previsível.
2º Tempo: Controle
¥ Data.
¥ Situação.
¥ Observações.
FIGURA 30 - RISCO DE ACIDENTE
116
Diagrama de Ishikawa.
Diagrama Espinha de Peixe.
117
12.1 AS CAUSAS
118
O Diagrama de Causas e Efeitos faz uso de 6M´s, (mão medidas), que é outra opção.
Ferramentas Treinamento
Instalações Motivação
Máquinas Habilidade
Objetos 2 - MÉTODOS
Substâncias perigosas
Procedimentos
2 - AMBIENTE DE TRABALHO
Manuais
Iluminação Instruções de trabalho
Ruído 3 - MÁQUINAS
Radiações
Manutenção
Ordenação
Proteções
Limpeza Condições inseguras
3 - CARACTERÍSTICAS PESSOAIS 4 - MEIO AMBIENTE
Formação Especificações
Sistemas de comunicação Fornecedores
Métodos Toxicidade
Procedimentos 6 - MEDIDAS
Verificação
Instrumentos
¥ Exige uma estrutura organizacional favorável para ser aplicado com sucesso,
pois se trata de uma metodologia diferente da tradicional. 120
¥ Deve ser utilizado, preferencialmente, por pessoas com vivência em PDCA, que
significa:
PLAN – Planejar.
DO – fazer.
CHECK – verificar.
1º Passo
2º Passo
Traçar uma linha horizontal em um papel adequado, que pode ser cartolina, quadro
magnético ou de giz, simulando o formato de um peixe colocando o acidente na região da
cabeça. 121
4º Passo
Registrar nas espinhas do peixe os quatro fatores ou os seis M´s que determinaram o
acidente.
5º Passo
6º Passo
7º Passo
8º Passo
Ao lado do diagrama, deixar etiquetas autoadesivas e canetas para que o funcionário
registre sua contribuição voluntária na espinha de peixe correspondente.
9º Passo
122
Após a finalização do tempo preestabelecido, realizar o levantamento das
contribuições em uma tempestade de ideias (brainstorming), o que viabilizará ao comitê
investigativo formular ações corretivas para o enfrentamento do problema.
10º Passo
A Constituição Federal, em seu Capítulo II (Dos Direitos Sociais), artigo 6º e artigo 7º,
incisos XXII, XXIII, XXVIII e XXXIII, dispõe, especificamente, sobre segurança e saúde dos
trabalhadores.
NR 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS
Publicação D.O.U.
Atualizações D.O.U.
1.4 A Delegacia Regional do Trabalho - DRT, nos limites de sua jurisdição, é o órgão
regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do
trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho - CANPAT, o
Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos
preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. (Alteração dada pela
Portaria n.º 13, de 17/09/93).
1.5 Podem ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais e municipais, mediante
convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, atribuições de fiscalização e/ou orientação às
empresas, quanto ao cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e
medicina do trabalho. (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83).
1.6.1 Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra,
constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para
efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, solidariamente responsáveis a
empresa principal e cada uma das subordinadas. (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de
09/03/83).
1.7 Cabe ao empregador: (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos
empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos; (Alteração dada pela Portaria n.º
84, de 04/03/09)
Obs.: Com a alteração dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09, todos os incisos (I, II, III,
IV, V e VI) desta alínea foram revogados.
c) informar aos trabalhadores: (Alteração dada pela Portaria n.º 03, de 07/02/88)
I. os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
II. os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
127
IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
1.8 Cabe ao empregado: (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
Publicação D.O.U.
4.2.2 As empresas que possuam mais de 50% (cinquenta por cento) de seus
empregados em estabelecimentos ou setor com atividade cuja gradação de risco seja de grau
superior ao da atividade principal deverão dimensionar os Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, em função do maior grau de risco,
obedecido o disposto no Quadro II desta NR. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de
outubro de 1983)
130
4.2.5 Havendo, na mesma empresa, apenas estabelecimentos que, isoladamente, não
se enquadrem no Quadro II, anexo, o cumprimento desta NR será feito por meio de Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho centralizados em cada
estado, território ou Distrito Federal, desde que o total de empregados dos estabelecimentos no
estado, território ou Distrito Federal alcance os limites previstos no Quadro II, anexo, aplicado o
disposto no subitem 4.2.2. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.5.2 Quando a empresa contratada não se enquadrar no Quadro II, anexo, mesmo
considerando-se o total de empregados nos estabelecimentos, a contratante deve estender aos
empregados da contratada a assistência de seus Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho, sejam estes centralizados ou por estabelecimento.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.5.3 A empresa que contratar outras para prestar serviços em seu estabelecimento
pode constituir SESMT comum para assistência aos empregados das contratadas, sob gestão
própria, desde que previsto em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho. (Aprovado pela
Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.5.3.3 O SESMT organizado conforme o subitem 4.5.3 deve ter seu funcionamento
avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes da empresa contratante,
do sindicato de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho, ou na forma e periodicidade
134
previstas na Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de
1o de agosto de 2007)
j) manter os registros de que tratam as alíneas "h" e "i" na sede dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou facilmente
alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o método de arquivamento e
recuperação, desde que sejam asseguradas condições de acesso aos registros e entendimento
de seu conteúdo, devendo ser guardados somente os mapas anuais dos dados correspondentes
às alíneas "h" e "i" por um período não inferior a 5 (cinco) anos;
4.14.3.1 O SESMT comum pode ser estendido a empresas cujos estabelecimentos não
se enquadrem no Quadro II, desde que atendidos os demais requisitos do subitem 4.14.3.
(Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.14.3.4 O SESMT organizado conforme o subitem 4.14.3 deve ter seu funcionamento
avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes das empresas, do
sindicato de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho, ou na forma e periodicidade
previstas na Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de
1o de agosto de 2007)
4.14.4.3 O SESMT organizado conforme o subitem 4.14.4 deve ter seu funcionamento
avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes das empresas, dos
sindicatos de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho, ou na forma e periodicidade
previstas nas Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17,
de 1o de agosto de 2007)
4.15 As empresas referidas no item 4.14 poderão optar pelos Serviços Especializados
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho de instituição oficial ou instituição
privada de utilidade pública, cabendo às empresas o custeio das despesas, na forma prevista no
subitem 4.14.1. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
Publicação D.O.U.
Publicação D.O.U.
Alterações/Atualizações D.O.U.
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
6.4.1. As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO I,
desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora
151
elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as
conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.
152
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
d) requerer novo CA, de acordo com o ANEXO II, quando houver alteração das
especificações do equipamento aprovado;
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não
tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;
c) de 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data da publicação desta Norma,
quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas,
ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, sendo que nesses casos os EPI terão sua
aprovação pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho,
mediante apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação
técnica de fabricação, podendo ser renovado até 2007, quando se expirarão os prazos
concedidos; e,
d) de 2 (dois) anos, renováveis por igual período, para os EPI desenvolvidos após a
data da publicação desta NR, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais,
oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, caso em que
os EPI serão aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho, mediante apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da
especificação técnica de fabricação.
6.9.2. O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho,
quando necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos diversos daqueles
dispostos no subitem 6.9.1.
6.9.3. Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome
comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI
154
importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.
g) cancelar o CA.
6.11.1.1. Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho, poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome do
fabricante e o número de referência, além de outros requisitos.
6.12 e Subitens
ANEXO I
A.1 - Capacete
A.2 - Capuz
B.1 - Óculos
156
a) óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas
volantes;
d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa.
a) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra impactos de
partículas volantes;
b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação
ultravioleta;
c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação
infravermelha;
d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra luminosidade
intensa.
a) respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes químicos em
condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde ou com
concentração de oxigênio menor que 18 % em volume.
E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando
arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica. (Incluído pela Portaria
SIT n.º 191, de 04 de dezembro de 2006)
F.1 - Luva
a) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes
químicos, de acordo com a Portaria SSST n.º 26, de 29/12/1994.
F.3 - Manga
F.4 - Braçadeira
a) braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes cortantes.
F.5 - Dedeira
160
G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES
G.1 - Calçado
e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente
de operações com uso de água;
f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos
químicos.
G.2 - Meia
G.3 - Perneira
H.1 - Macacão
H.2 - Conjunto
I.2 - Cinturão
ANEXO II
(Texto dado pela Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001). 163
1.2 - Para obter o CA, o fabricante nacional ou o importador, deverá requerer junto ao
órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho a aprovação do EPI.
164
REFERÊNCIAS
CAMPOS, Armando (2002). CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes: uma nova
abordagem. São Paulo: SENAC.
165
CARVALHO, Cleiton (2000). Revista CIPA, Periódico. São Paulo. www.cipanet.com.br
MICHEL, Oswaldo. (2000). Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. São Paulo: Letras.
OLIVEIRA, João. (2003). Segurança e saúde no trabalho: uma questão mal compreendida. São
Paulo Perspec. Vol.17 nº2 São Paulo Apr./June.
CURSO DE
SAÚDE OCUPACIONAL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
1
CURSO DE
SAÚDE OCUPACIONAL
MÓDULO I
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mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
2
SUMÁRIO
MÓDULO I
MÓDULO II
6 SEGURANÇA NO TRABALHO
7 ACIDENTE DE TRABALHO
7.1 SEGURO ACIDENTE DO TRABALHO
8 CIPA
9 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
10 RISCO BIOLÓGICO
11 RISCO QUÍMICO
12 RISCO FÍSICO
12.1 TEMPERATURAS EXTREMAS - FRIO, CALOR E UMIDADE
12.2 VIBRAÇÕES
13 RISCO ERGONÔMICO E MECÂNICO
14 MAPA DE RISCO
MÓDULO III
AN02FREV001/REV 4.0
3
18 NORMA REGULAMENTADORA 17
19 ERGONOMIA
20 BIOSSEGURANÇA
21 NORMA REGULAMENTADORA 32
22 NORMA REGULAMENTADORA 5
MÓDULO IV
23 EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
24 PROTEÇÃO INDIVIDUAL
25 PROTEÇÃO COLETIVA
26 REDE NACIONAL DE ATENÇÃO A SAÚDE DO TRABALHADOR- RENAST
27 CENTROS DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR- CEREST
28 REDE SENTINELA
ANEXOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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4
MÓDULO I
AN02FREV001/REV 4.0
5
Toda essa avaliação serve para acompanhar a saúde dos trabalhadores e
para resguardar a empresa em eventuais solicitações legais.
Todos os empregadores devem observar atentamente o ambiente físico de
suas instalações, tomando sempre medidas necessárias para colocar seus
empregados o mais distante possível de riscos físicos, químicos, biológicos e
ergonômicos.
Para saber quais são os riscos ocupacionais, deve-se realizar uma vistoria
com profissionais especializados em Segurança do Trabalho. Esses profissionais
realizarão o levantamento dos riscos existentes em todos os ambientes da empresa,
e indicarão ações a serem tomadas para evitar a ocorrência de acidentes.
Essas ações devem ser elaboradas por Técnicos de Segurança do Trabalho,
inscritos nas DRT de sua região e Engenheiros de Segurança do Trabalho filiados
ao CREA.
A saúde ocupacional não se limita apenas a cuidar das condições físicas do
trabalhador, já que também trata da questão psicológica. Para os empregadores, a
saúde ocupacional supõe um apoio ao aperfeiçoamento do funcionário e à
conservação da sua capacidade de trabalho.
Os problemas mais frequentes apresentados pelos profissionais que lidam
com a saúde ocupacional são:
Fraturas;
Ferimentos contusos (cortes);
Distensões por acidentes no trabalho;
Distúrbios por movimentos repetitivos;
Problemas visuais;
Problemas auditivos;
Doenças causadas pela exposição a substâncias que causam
alergias;
Stress causado pelo trabalho ou pelas relações de trabalho.
AN02FREV001/REV 4.0
6
Para tal, é hábito realizarem inspeções periódicas de modo a determinar as
condições mediante as quais são desenvolvidos os vários tipos de atividades
laborais.
De forma mais abrangente podemos definir a saúde ocupacional como a
promoção e preservação da integridade física do trabalhador, por meio da detecção
dos fatores que interfiram na sua saúde, tais como os riscos inerentes ao seu
ambiente laboral.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como um estado de
completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.
Quando surgiu a entidade Organização Mundial da Saúde logo após o fim da
Segunda Guerra Mundial, houve uma preocupação em estabelecer uma definição
extremamente positiva de saúde.
Essa nova definição iria incluir os seguintes fatores:
Alimentação;
Atividade física;
Acesso aos sistemas de saúde.
AN02FREV001/REV 4.0
7
Por outro lado, a definição utópica do estado de saúde é importante como
um objetivo a ser alcançado pelas unidades de saúde por estimular a priorização
das ações que levam os profissionais a tratarem as pessoas doentes.
A visão funcional da saúde interessa muito aos profissionais de saúde
pública, incluindo-se aí os médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e demais
profissionais da área da saúde, pois é uma forma de melhorar a equidade dos
serviços de saúde e de saneamento básico provendo cuidados de acordo com as
necessidades de cada indivíduo ou grupo.
Ainda neste contexto devemos definir o que seria o trabalhador, pois assim
poderemos unir os conceitos e definir o que seria a saúde do trabalhador.
Trabalhador é um termo amplo e muito utilizado hoje que inclui toda aquela
pessoa que vive do seu trabalho, ou seja, isto inclui o escravo, o servo, o artesão e o
proletário.
Atualmente o trabalhador é considerado legalmente e formalmente como
todo aquele que realiza tarefas baseadas em contratos, com salários acordados e
direitos estabelecidos pela lei.
Quando o trabalho é voluntário, trabalha-se em instituições sem fins
lucrativos, não sendo, portanto, remunerados.
Já o profissional é aquele que é remunerado regularmente pelo trabalho que
desempenha ou pela atividade que exerce. Também pode ser definido como aquele
que tem conhecimentos da sua profissão, ou seja, um especialista.
A Constituição Brasileira de 1988, em seu artigo 196 traz também a
definição de saúde, como podemos verificar a seguir:
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§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto
de atividades que se destina, através das ações de vigilância
epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos
trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de
trabalho, [...].
AN02FREV001/REV 4.0
9
Segundo a Política de Saúde e Segurança do Trabalhador entende-se por
trabalhadores homens ou mulheres que exercem atividades para sustento próprio
e/ou de seus dependentes, sejam no mercado de trabalho formal ou informal da
economia.
Inclusive os que trabalham ou trabalharam como assalariados, domésticos,
avulsos, rurais, autônomos, temporários, servidores públicos, cooperativados e
empregadores, proprietários de micro e pequenas unidades de produção e serviços,
entre outros.
Podemos considerar também trabalhador a pessoa não remunerada que
trabalha no domicílio, o aprendiz ou estagiário e aqueles que estão afastados
temporariamente ou definitivamente do mercado de trabalho por doença,
aposentadoria ou desemprego.
No Brasil diversas estratégias e programas buscam melhorar a saúde da
população, mas a grande extensão territorial e as diferenças socioeconômicas e
sociais impedem um desenvolvimento igualitário de todo o país.
A política de saúde do trabalhador no Brasil começa a ser estruturada após
a promulgação da Constituição Federal de 1988 no artigo 196, como citada
anteriormente, que coloca que a saúde é um direito de todos, e dever do Estado
garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco da
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e recuperação.
Em 2002, com a publicação da Portaria nº. 1679 que instituiu a Rede
Nacional de Atenção Integral a Saúde do Trabalhador com a articulação entre o
Ministério da Saúde, Secretaria de Saúde dos Estados e Secretarias Municipais de
Saúde.
São criados também os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador
que tem como objeto o estudo e intervenção nas relações entre trabalho e saúde.
Seu objetivo é realizar a prevenção, a promoção e a recuperação da Saúde do
Trabalhador urbano ou rural, do setor formal ou informal de trabalho.
Os trabalhadores, individual e coletivamente nas organizações, são
considerados sujeitos e participantes das ações de saúde, as quais incluem: o
estudo das condições de trabalho, a identificação de mecanismos de intervenção
AN02FREV001/REV 4.0
10
técnica para sua melhoria e adequação e o controle dos serviços de saúde
prestados (BRASIL, 2001).
Segundo NARDI (1997), entende-se por saúde do trabalhador o conjunto de
conhecimentos oriundos de diversas disciplinas, como Medicina Social, Saúde
Pública, Saúde Coletiva, Clínica Médica, Medicina do Trabalho, Sociologia,
Epidemiologia Social, Engenharia, Psicologia, entre tantas outras, que – aliado ao
saber do trabalhador sobre seu ambiente de trabalho e suas vivências das situações
de desgaste e reprodução – estabelece uma nova forma de compreensão das
relações entre saúde e trabalho e propõe uma nova prática de atenção à saúde dos
trabalhadores e intervenção nos ambientes de trabalho.
O termo surge no Brasil no bojo do Movimento pela Reforma Sanitária, que
se intensificou no país a partir da década de 1980, tendo, na Reforma Sanitária
Italiana, seu exemplo inspirador (Teixeira, 1989).
A união dos esforços de técnicos de saúde ligados às universidades e ao
Ministério da Saúde com os trabalhadores, dentro da emergência do Novo
Sindicalismo, estabeleceu as bases desse conjunto de saberes e práticas
denominadas Saúde do Trabalhador.
Ela nasce como contraponto aos modelos hegemônicos das práticas de
intervenção e regulação das relações saúde-trabalho da Medicina do Trabalho,
Engenharia de Segurança e Saúde Ocupacional.
A modificação da terminologia dos serviços de atenção à saúde de Serviços
de Medicina do Trabalho e/ou Saúde Ocupacional para Serviços de Saúde do
Trabalhador segue uma tendência mundial nos países que passaram por
movimentos semelhantes, como nos aponta Parmeggiani(1987).
O momento culminante de mobilização popular pela saúde do trabalhador no
Brasil dá-se na VIII Conferência Nacional de Saúde, em 1986, e na I Conferência
Nacional de Saúde do Trabalhador, também em 1986.
A afirmação do movimento dentro do campo institucional acontece na IX
Conferência Nacional de Saúde e na II Conferência Nacional de Saúde do
Trabalhador em 1994 (Dias, 1994).
Consolida-se, dessa forma, como conceito dentro dos textos legais da
Constituição de 1988 e na Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080) de 1990.
AN02FREV001/REV 4.0
11
Segundo NARDI (1997), a característica que diferencia a Saúde do
Trabalhador, em seu modelo teórico, é a afirmação do trabalhador como sujeito ativo
do processo de saúde-doença incluindo aí a participação efetiva nas ações de saúde
e, não simplesmente, como objeto da atenção à saúde, tal como é tomado pela
Saúde Ocupacional e pela Medicina do Trabalho.
Além desse fato, trata-se da construção de um saber e de uma prática
interdisciplinar que se diferenciem de más ações centradas no conhecimento médico
e nos saberes divididos em compartimentos (Engenharia, Psicologia, Medicina,
Enfermagem, Serviço Social, etc.) na forma de uma equipe de técnicos das várias
profissões que não estabelece uma interlocução como, tradicionalmente, tem-se
dado na Medicina do Trabalho e na Saúde Ocupacional, respectivamente.
AN02FREV001/REV 4.0
12
e as empregadas domésticas. Esses eventos provocam enorme impacto social,
econômico e sobre a saúde pública no Brasil. Entre esses registros contabilizou-se
17.693 doenças relacionadas ao trabalho, e parte destes acidentes e doenças
tiveram como consequência o afastamento das atividades de 623.026 trabalhadores
devido à incapacidade temporária (302.648 até 15 dias e 320.378 com tempo de
afastamento superior a 15 dias), 13.047 trabalhadores por incapacidade
permanente, e o óbito de 2.496 cidadãos.
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13
2 DOENÇAS OCUPACIONAIS NO TRABALHO
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14
As doenças ocupacionais mais comuns são:
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15
tarefas e ausência de pausas para descanso e exercícios físicos.
Ativar os músculos com exercícios diários, mesmo os de relaxamento,
é um bom começo para se livrar do estresse. Durante os exercícios,
inspire o ar pelo nariz e solte pela boca, sentindo o oxigênio descer e
o gás carbônico subir.
Caso o trabalhador apresente uma doença ocupacional grave, ele tem direito
a pedir afastamento do INSS pelo auxílio-doença. Para isso, deve passar por uma
perícia médica, que fará a avaliação do quadro da doença.
É necessária também a comprovação que a doença está relacionada ao seu
emprego atual e, além disso, deve ter um mínimo de 12 meses de contribuição ao
INSS.
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16
Todos devem aprender a identificar os sinais do seu corpo para perceber o
início de qualquer desconforto, procurando, assim, adaptar as técnicas da
ergonomia ao seu local de trabalho.
Os sintomas mais comuns de uma doença ocupacional, e que requerem a
procura por um médico:
Cansaço excessivo;
Desconforto após a jornada de trabalho;
Inchaço;
Formigamento dos pés e das mãos;
Sensação de choque nas mãos;
Dor nas mãos;
Perda dos movimentos da mão.
3 DORT E LER
AN02FREV001/REV 4.0
17
somente os membros superiores, mas principalmente a região escapular e o
pescoço.
Essas doenças são típicas do trabalho intenso e repetitivo e são causadas
por diversos tipos de pressões existentes no trabalho, que atacam as pessoas tanto
física quanto psicologicamente.
Na idade média era conhecida como a "Doença dos Escribas", que nada
mais era do que uma tenossinovite, praticamente desaparecendo depois da
invenção da imprensa por Gutemberg.
Ramazzini (o pai da medicina do trabalho), em 1700, também descreve a
doença dos escribas e notórios. Em 1895 o cirurgião suíço Fritz de Quervain
descrevia o "Entorse das Lavadeiras", atualmente conhecida como Tenossinovite de
DeQuervian, um tipo de doença causada por esforço repetitivo. Mais tarde aparece
como "doença das tecelãs" (1920) ou "doença das lavadeiras" (1965).
O problema se amplia a partir da década de 80, quando a doença torna-se
um fenômeno mundial, devido a grande evolução do trabalho humano e o aumento
do ritmo na vida diária. A LER, entretanto, acentuou-se demasiadamente na década
de 1990, com a popularização dos computadores pessoais.
Atualmente, a síndrome que é mais associada ao trabalho informatizado, já
representa quase 70% do conjunto das doenças profissionais registradas no Brasil.
A prevenção foi e continua sendo a melhor forma de combate a este tipo de
patologia, pois a adoção de posturas e ritmos de trabalho mais adequados são
fundamentais.
Quando existe uma suspeita de lesão, o acompanhamento de um
profissional torna-se primordial para a correta avaliação e tratamento do funcionário.
A LER também é conhecida como lesão por trauma cumulativo (LTC).
Podemos ainda defini-la como um conjunto de doenças que atingem principalmente
os membros superiores, atacam músculos, nervos e tendões provocando irritações e
inflamação dos mesmos.
A LER é geralmente causada por movimentos repetidos e contínuos com
consequente sobrecarga do sistema musculoesquelético. O esforço excessivo, má
postura, stress e más condições de trabalho também contribuem para aparecimento
da LER.
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18
Em casos extremos pode causar sérios danos aos tendões, dor e perda de
movimentos. A LER inclui várias doenças entre as quais podemos citar:
Tenossinovite;
Tendinites;
Epicondilite;
Síndrome do túnel do carpo;
Bursite;
Dedo em gatilho;
Síndrome do desfiladeiro torácico;
Síndrome do pronador redondo.
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19
Nos EUA custam bilhões de dólares anualmente. É uma das principais
doenças do trabalho. Os americanos chegaram à conclusão de que a solução,
também para estes casos, é a prevenção, muito mais “barata” para todos.
Se compararmos a produtividade de um trabalhador estressado, com
ambiente de trabalho inadequado, sem conforto, com má postura, que toma duas a
três conduções diárias, sem pausas, sem exercícios físicos com um trabalhador em
condições opostas veremos que esse último rende muito mais no trabalho.
Segundo estudos da FUNDACENTRO (1991), um de cada três acidentes do
trabalho localiza-se nas mãos, sendo responsável por ¼ das jornadas perdidas de
trabalho; um de cada dez acidentes na mão conduz à invalidez parcial,
representando 1/3 das indenizações de invalidez.
Isso gera um enorme prejuízo ao país, especialmente se adicionarmos à
diminuição da produtividade, o pagamento mensal de salários a partir de 160 dias de
inatividade por incapacidade total temporária, e os gastos com exames
complementares, medicamentos e outros.
Dos pacientes diagnosticados como portadores de LER, a grande maioria é
representada por quadros indeterminados de dor regional ou difusa, sendo que
apenas uma pequena parcela dos casos apresenta alguma evidência histopatológica
de “lesão tecidual’’.
Os termos “esforço” e “repetitivo” pressupõem que uma possível lesão foi
causada por forças mecânicas repetitivas aplicadas aos tecidos. Entretanto, não
existe uma base convincente para afirmar que os fatores mecânicos compõem a
causa primária dos quadros dolorosos e evidenciados, nem existe informação
suficiente a respeito da frequência, duração, velocidade, magnitude, ou outras
características dessas supostas forças que comprovem sua nocividade.
De acordo com o Código Internacional de Doenças - CID, a doença
ocupacional LER, codificada como 727.0/2 pela revisão de 1975, é classificada
como Sinovite e tenossinovite, ou seja, inflamação de tecidos sinoviais, termo de
ampla abrangência, aplicável a todo e qualquer local do corpo, com ou sem
degeneração tecidual.
O diagnóstico não é simples e deve ser investigado o processo de trabalho
que resulta no desenvolvimento de tal patologia. Para maior parte dos casos, o
termo LER contraria princípios básicos de taxionomia, a ciência das classificações,
AN02FREV001/REV 4.0
20
pois existem situações em que não existem quaisquer alterações morfológicas,
bioquímicas ou eletrofisiológicas detectáveis.
Alguns profissionais da saúde parecem acreditar que os pacientes estejam
simulando a doença para obter ganhos secundários. Para empresários, até pouco
tempo, LER era algo a ser negado por todos os meios possíveis, mas para os
sindicatos de trabalhadores, as doenças evidenciam-se como algo a ser explorado
com o objetivo de forçar mudanças que melhorem a qualidade de vida dos
trabalhadores.
Alguns sociólogos e psicólogos acreditam que LER é a manifestação
somática das angústias do nosso tempo, uma espécie de histeria coletiva
desencadeada pela organização do trabalho moderno, em pessoas com perfil
emocional suscetível (NICOLETTI, 1996).
Para a maioria dos trabalhadores, LER continua sendo fonte de dor e
sofrimento, de angústia e de medo sobre o presente e sobre o futuro de sua
capacidade de ganhar o seu salário. Considerando, portanto, a importância que essa
manifestação patológica apresenta na situação atual, torna-se vital ter uma melhor
compreensão de tal ocorrência.
As principais vítimas são digitadores, publicitários, jornalistas, bancários e
todos os profissionais que têm o computador como companheiro de trabalho. Ela
não é uma doença contagiosa, pois não é causada por bactérias, fungos ou vírus,
mas sim por movimentos repetitivos.
Portanto, relembrando a LER é a designação de qualquer doença causada
por esforço repetitivo enquanto DORT é o nome dado as doenças causadas pelo
trabalho. Alguns especialistas e entidades preferem, atualmente, denominar LER por
DORT ou ainda LER/DORT.
As possíveis causas são:
AN02FREV001/REV 4.0
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Atividades esportivas que exijam grande esforço dos membros superiores;
Compressão mecânica das estruturas dos membros superiores;
Ritmo intenso de trabalho;
Pressão do chefe sobre o empregado;
Metas de produção crescente e preestabelecidas;
Jornada de trabalho prolongada;
Falta de possibilidade de realizar tarefas diferentes;
Falta de orientação de profissional de segurança e ou medicina do trabalho;
Mobiliário mal projetado e ergonomicamente errado;
Postura fixa por tempo prolongado;
Tensão excessiva e repetitiva provocada por alguns tipos de esportes;
Desconhecimento do trabalhador e ou empregador sobre o assunto.
3.1 INCIDÊNCIA
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29 anos (36,3%), sendo que os dois grupos representam 90,8% do total de
ocorrência e, neste grupo a média das idades foi de 35 anos. Vê-se assim, que a
doença incidiu e incapacitou predominantemente o grupo de maior potencial de
trabalho (OLIVEIRA, 1991).
Os grupos de maior risco estão entre aqueles trabalhadores que têm
funções com limitadas variações de movimentos e que executam tarefa em rápida
frequência e com uso de força.
Assim, estão entre as atividades mais sujeitas ao risco, os descarnadores
em frigoríficos, empacotadores em fábricas de alimentos, processadores de dados,
microfilmadores, montadores de peças em linha de montagem automática e outros
(OLIVEIRA, 1991).
Estatísticas de 1987 e 1988 mostram que os digitadores representavam 81%
dos portadores de LER. Em 1989, entre 125 casos de LER, os digitadores
representaram 60%, ficando os outros 40% distribuídos entre outras profissões.
Estudos internacionais mostram que 20% dos digitadores poderão
desenvolver tenossinovite se trabalharem a 18.000 toques/hora (5 movimentos por
segundo). Geralmente, o digitador faz de 10 a 15.000 toques por hora, e sabe-se
que os tendões não toleram mais de 2.000 toques/hora. Esse excesso causa uma
inflamação traumática abaixo dos tendões (OLIVEIRA 1991).
A NR 17, de 1991 limita o número de toques em 8.000, que é abaixo
daquele geralmente exigido como condição mínima para o trabalhador admitido.
Devido à situação econômico-financeira, boa parte dos digitadores tem duplas
jornadas de trabalho, ou fazem muitas horas extras, aumentando os riscos de
microtraumas.
Couto (1997) evidencia que, no que se refere à etiologia, o acúmulo de ácido
lático pode predispor a lesões no indivíduo tenso. Assim, a intercorrência de fatores
pessoais de contexto organizacional e psicossocial, acaba aumentando as tensões e
favorecendo a incidência de LER.
Contudo, sem a presença de fatores biomecânicos, não ocorrerá à instalação
de quadro verdadeiro de LER, embora possam ser observadas manifestações, como
dores musculares, distúrbios gastrintestinais e outros.
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Porém, mesmo na ausência dos elementos citados, a continuidade da ação
de fatores biomecânicos repetitivos, a exemplo da postura incorreta, pode levar a um
quadro de LER.
Os principais fatores biomecânicos tidos como responsáveis por LER e outras
alterações de membros superiores são: força excessiva exercida com as mãos,
postura inadequada, repetitividade e compressão mecânica de estruturas delicadas.
Em termos de contexto profissional, o trabalhador pode apresentar
dificuldades em relação a seu ambiente de trabalho ou até mesmo ser afetado por
diferentes fatores organizacionais e psicossociais, gerando um estado de tensão
exagerada e podendo contribuir para o agravamento das lesões por esforços
repetitivos.
3.2 SINTOMATOLOGIA
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final da jornada de trabalho ou decorrentes de trabalhos domésticos, e com a
evolução da doença, a dor torna-se mais intensa.
Aparecem exacerbações mesmo quando fora do trabalho. Uma das queixas
mais frequentes neste estágio é a dor noturna, às vezes, com caráter agudo e de
remissão demorada, o que prejudica o sono e promove significativo desgaste
psíquico (OLIVEIRA, 1991).
Um dos primeiros sinais clínicos é a hipertonia, apresentando-se com um
aumento do volume dos músculos extensores e flexores dos dedos e punho, mais
notado no 1/3 proximal, onde a palpação desencadeia dor. A imobilidade gerada
pela dor pode provocar hipotrofias por desuso, especialmente na face palmar das
mãos e dedos, que mostram aspecto de “dedos em fuso.”
3.3 DIAGNÓSTICO
Raio-X;
Ultrassonografia;
Eletromiografia;
Ressonância magnética;
Cintilografia.
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Tenossinovite: constitui em inflamações dos tecidos sinoviais que
envolvem os tendões em suas passagens por túneis osteofibrosos.
Dedo em gatilho: é a constrição inflamatória da bainha tendinosa, com
formação de nódulo no tendão acometido, que se localiza na superfície palmar das
articulações metacarpo-falangeanas.
Doença de Quervain: é decorrente do espessamento do ligamento
anular do carpo no compartimento dos extensores, por onde trafegam o tendão
longo abdutor e o tendão extensor curto do polegar, causando distúrbios de
sensibilidade e impotência funcional desse dedo.
Síndrome do Túnel do Carpo: é decorrente da compressão do nervo
mediano no nível do Carpo, pelo ligamento anular, que se apresenta muito
espessado e enrijecido pelo processo inflamatório, esse processo inflamatório
produz dor, parestesia e impotência funcional que atingem primordialmente a face
flexora do 1º, 2º e 3º dedos.
Síndrome do Túnel Ulnar: decorrente da compressão do nervo ulnar,
quando ele passa pelo canal de Guyon ou Túnel Ulnar. Leva ao quadro de dor e
impotência funcional, além de atrofia, e atinge a face flexora e extensora do 4º e 5º
dedos e região hipotenar.
Epicondilite: ocorre devido a rupturas ou estiramentos dos pontos de
inserção dos músculos flexores ou extensores do carpo no cotovelo, ocasionando
processo inflamatório local que atinge tendões, fáscias, músculos e tecidos
senoviais. Causa dor difusa, atingindo o terço proximal do antebraço e pode irradiar-
se para o ombro e a mão, com hipertonia da musculatura.
Bursite: apresenta como localização mais importante os ombros.
Decorrente de processos inflamatórios que acometem as bursas (pequenas bolsas
de paredes finas, constituídas de fibras de colágeno e revestidas de membranas
sinoviais, encontradas em regiões onde os tecidos são submetidos à fricção,
geralmente próximas a inserções tendinosas e articulações), provoca dores intensas
nos ombros, principalmente na realização de movimentos de abdução, rotação
externa e elevação do membro superior.
Miosite e polimiosite: Inflamação do tecido próprio dos músculos, com
ou sem degeneração de suas fibras por esforços ou fadiga. Termo aplicável a todo e
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qualquer processo inflamatório que acometa músculo em qualquer local do corpo.
Provoca dor, fraqueza muscular e desconforto muscular.
Síndrome cervicobraquial: decorre da degeneração do disco cervical e
compressão das raízes nervosas, provocando hipoestesia, fraqueza muscular, dor,
limitação à movimentação.
Síndrome do ombro doloroso: esta decorre de processo inflamatório
dos músculos do ombro particularmente o supraespinhoso, que realiza o movimento
frequente de levantar o ombro.
3.4 TRATAMENTO
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Poucas empresas investem na ergonomia, pois acreditam que ela seja
sinônimo de gastos e com isso acabam mantendo ambientes e rotinas inadequadas
à saúde dos funcionários.
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O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma
equipe multidisciplinar composta por:
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comerciais e industriais, grandes empresas estatais, mineradoras e de extração.
Também pode atuar na área rural em empresas agroindustriais.
O profissional de Segurança do Trabalho atua conforme sua formação, ou
seja, ele pode ser um médico, técnico ou auxiliar de enfermagem, enfermeiro ou
engenheiro.
Em geral o engenheiro e o técnico de segurança atuam em empresas
organizando programas de prevenção de acidentes, orientando a CIPA, os
trabalhadores quanto ao uso de equipamentos de proteção individual, elaborando
planos de prevenção de riscos ambientais, fazendo inspeção de segurança, laudos
técnicos e ainda organizando e dando palestras e treinamento.
Muitas vezes esse profissional também é responsável pela implementação
de programas de meio ambiente e ecologia na empresa.
O médico e o enfermeiro do trabalho dedicam-se a parte de saúde
ocupacional, prevenindo doenças, fazendo consultas, tratando ferimentos,
ministrando vacinas, fazendo exames de admissão e periódicos nos empregados.
A seguir realizaremos a descrição das atividades dos profissionais de Saúde
e Segurança do Trabalho, de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações -
CBO.
AN02FREV001/REV 4.0
30
Promove a aplicação de dispositivos especiais de segurança, como
óculos de proteção, cintos de segurança, vestuário especial, máscara e outros,
determinando aspectos técnicos funcionais e demais características, para prevenir
ou diminuir a possibilidade de acidentes;
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Inspeciona os postos de combate a incêndios, examinando as
mangueiras, hidrantes, extintores e equipamentos de proteção contra incêndios,
para certificar-se de suas perfeitas condições de funcionamento;
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MÉDICO DO TRABALHO - CBO - 0-61.22
AN02FREV001/REV 4.0
33
Participa de inquéritos sanitários, levantamentos de doenças
profissionais, lesões traumáticas e estudos epidemiológicos, elaborando e/ou
preenchendo formulários próprios e estudando os dados estatísticos, para
estabelecer medidas destinadas a reduzir a morbidade e mortalidade decorrentes de
acidentes do trabalho, doenças profissionais e doenças de natureza não
ocupacional;
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34
trabalhadores. Pode participar de congressos médicos ou de prevenção de
acidentes e divulgar pesquisas sobre saúde ocupacional.
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vacinações e outros tratamentos, para reduzir o absenteísmo profissional; organiza e
administra o setor de enfermagem da empresa, provendo pessoal e material
necessários, treinando e supervisionando auxiliares de enfermagem do trabalho,
atendentes e outros, para promover o atendimento adequado às necessidades de
saúde do trabalhador;
AN02FREV001/REV 4.0
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Investir em segurança também vai aumentar o grau de conscientização dos
empregados. Fazer treinamento de segurança vai melhorar o relacionamento entre
eles.
Em uma campanha de segurança da empresa toda a diretoria deve estar
envolvida. De nada adianta treinar os funcionários, fazer campanhas, se a diretoria,
a maior responsável pela empresa, não estiver envolvida e engajada com a
Segurança do Trabalho.
Se isso acontecer à empresa fica sendo acéfala, isto é, sem cabeça, sem
coordenação, perdendo-se tudo o que foi feito, caindo a Segurança do Trabalho no
esquecimento em poucos meses.
Beba água regularmente ao longo do dia. Uma boa opção é sempre ter
uma garrafinha perto do seu local de trabalho.
AN02FREV001/REV 4.0
37
Não utilize o apoio do pulso durante a digitação.
As cadeiras devem ter altura para que haja apoio dos pés, formato
anatômico para o quadril e encosto ajustável.
AN02FREV001/REV 4.0
38
Pausas durante a realização das tarefas permite um alívio para os
músculos mais ativos. Durante estas pausas, se levante e caminhe um pouco. Se
possível, faça exercícios de alongamento.
A cadeira deve estar sempre com uma altura que mantenha as plantas
dos pés totalmente apoiadas no chão; mantenha um ângulo reto entre as costas e o
assento;
FIM DO MÓDULO I
AN02FREV001/REV 4.0
39
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
SAÚDE OCUPACIONAL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
SAÚDE OCUPACIONAL
MÓDULO II
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
41
MÓDULO II
6 SEGURANÇA NO TRABALHO
AN02FREV001/REV 4.0
42
Também é necessária a formação de uma Comissão Interna de Prevenção a
Acidentes (CIPA). O Brasil possui uma extensa legislação sobre o setor, além de
participar como signatário em diversas convenções internacionais da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), devendo seguir e implantar também as normas
internacionais assinadas.
Tanta preocupação se justifica, pois danos à saúde e acidentes de trabalho
podem ser devastadores e incapacitantes para o trabalhador, causando sofrimento
pessoal, problemas sociais e perdas econômicas para o país.
É considerado acidente de trabalho todo acidente que ocorre na execução
do trabalho, a serviço da empresa, por ordem da empresa, em viagem a serviço da
empresa, no trajeto de e para a empresa.
O acidente de trabalho pode causar morte, ou lesão incapacitante para o
trabalho. A lesão pode ser parcial ou total, permanente ou temporária. As doenças
ocupacionais também devem ser parte de um programa de prevenção, proteção e
tratamento por parte das empresas.
Doenças ocupacionais diferem-se em doenças profissionais causadas pelo
tipo de trabalho e as doenças do trabalho causadas pelas condições de trabalho,
portanto, os profissionais envolvidos na segurança de trabalho atuam de modo
multidisciplinar para prevenir, evitar e corrigir os problemas surgidos.
Recordando o que vimos no módulo anterior, o engenheiro e o técnico de
segurança do trabalho planejam, coordenam e implantam programas de prevenção
de acidentes, levando em conta riscos ambientais, equipamentos de uso individual
necessários, inspecionando e fazendo laudos técnicos, entre outras atividades.
Já a medicina do trabalho irá se concentrar em prevenir e tratar doenças
ocupacionais, além de fazerem exames de admissão e de controle periódico dos
funcionários.
O portal do ministério do trabalho e emprego tem a disposição todas às
normas de segurança de trabalho. Os arquivos podem ser visualizados ou baixados
no formato de PDF diretamente do site do ministério.
Os documentos especificam as normas de segurança do trabalho em seus
diversos níveis, como por exemplo, normas para inspeção, embargo e interdição,
formação da CIPA, equipamentos de proteção individual, saúde ocupacional, riscos
ambientais e eletricidade, normas para transporte, armazenagem e manuseio de
AN02FREV001/REV 4.0
43
materiais, máquinas, equipamentos, ergonomia, produtos químicos e outras
condições e categorias de trabalho.
São no total 33 normas reguladoras com a legislação para diversas
categorias e cinco documentos com as normas de segurança de trabalho para a
atividade rural.
7 ACIDENTE DE TRABALHO
a) doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
AN02FREV001/REV 4.0
44
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que
ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato
direto determinado pela natureza do trabalho.
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da
sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a
sua recuperação;
AN02FREV001/REV 4.0
45
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar
prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada
por estar dentro de seus planos para melhorar capacitação da mão de obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela,
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
segurado;
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46
A empresa não se exime de sua responsabilidade pela comunicação do
acidente feita pelos terceiros acima citados. Os sindicatos e as entidades de classe
poderão acompanhar a cobrança das multas, pela Previdência Social.
O acidente do trabalho pode ser caracterizado:
AN02FREV001/REV 4.0
47
O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do
auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento
auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria.
O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de
aposentadoria, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente.
A Previdência Social prevê que a perda da audição, em qualquer grau,
somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, quando, além do
reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, resultar,
comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho, que
habitualmente exercia.
A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a
carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-
doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer
nesta condição.
A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação
mediante exame médico pericial a cargo da Previdência Social, podendo o
segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.
Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e
definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida ao segurado
empregado, a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade, ou a partir da
entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento
decorrer mais de trinta dias.
Durante os primeiros quinze dias de afastamento da atividade por motivo de
invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário. O aposentado
por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria
automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.
Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por
invalidez, será observado o seguinte procedimento:
AN02FREV001/REV 4.0
48
direito a retornar à função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na
forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado
de capacidade fornecido pela Previdência Social.
A pensão por morte, seja por acidente típico, seja por doença ocupacional, é
devida aos dependentes do segurado.
O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo de
doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a
cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de
auxílio-acidente.
Em se tratando de contrato por prazo determinado, a rescisão contratual
poderá ser efetuada no término do prazo ajustado, não havendo que se falar em
estabilidade.
Ressalte-se que, se o empregado se afasta apenas por até 15 (quinze) dias
da empresa, não há concessão do auxílio-doença e não haverá garantia de
emprego.
A garantia de emprego de doze meses só é assegurada após a cessação do
auxílio-doença. Caso o empregado se afaste com periodicidade para tratamento
médico, com percepção de auxílio-doença acidentário, será computada a garantia
de doze meses a partir do retorno do empregado ao trabalho, isto é, quando da
cessação definitiva do auxílio-doença acidentário.
Destaque-se, também, que o contrato de trabalho do empregado encontra-
se interrompido até o décimo quinto dia e suspenso a partir do décimo sexto dia ao
do acidente.
AN02FREV001/REV 4.0
49
7.1 SEGURO ACIDENTE DO TRABALHO
AN02FREV001/REV 4.0
50
O enquadramento das atividades da empresa é de responsabilidade da
própria empresa como, também, estabelece o Decreto nº 3.048/99, em seu art.202,
§ 4º, que a empresa o faça de acordo com a Relação de Atividades Preponderantes
e correspondentes graus de risco, prevista em seu Anexo V, obedecidas as
seguintes disposições:
AN02FREV001/REV 4.0
51
econômicas distintas, será considerado como preponderante aquela que
corresponder ao maior grau de risco.
AN02FREV001/REV 4.0
52
trabalho temporário, por segurado empregado, cuja atividade permita a concessão
de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição.
A MP também criou, em seu art. 4º, para as empresas a obrigação de
arrecadar a contribuição do segurado contribuinte individual a seu serviço,
descontando-a da respectiva remuneração, e recolher o valor arrecadado
juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia 02 do mês seguinte ao da
competência.
No caso do contratado não ser inscrito no INSS, a empresa deverá inscrevê-
lo no INSS como contribuinte individual.
Em seu art. 10, a MP disciplinou que a alíquota de um, dois ou três por
cento, destinada ao financiamento do benefício de aposentadoria especial ou
daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa
decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poderá ser reduzida, em até cinquenta
por cento, ou aumentada, em até cem por cento, conforme dispuser o regulamento,
em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica,
apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de
frequência, gravidade e custo, calculados segundo a metodologia aprovada pelo
Conselho Nacional de Previdência Social.
A Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação, ou seja,
13.12.02, produzindo seus efeitos, quanto aos §§ 1º e 2º do art. 1º e aos arts. 4º a 6
e 9º, a partir do dia primeiro ao nonagésimo dia da sua publicação.
A aposentadoria especial, uma vez cumprida à carência exigida pela
Previdência Social, será devida ao segurado que tenha trabalhado durante 15
(quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme o caso, sujeito a condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. A concessão da
aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, do tempo de trabalho permanente, não
ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física, durante o período mínimo fixado.
AN02FREV001/REV 4.0
53
Considera-se para esse fim:
AN02FREV001/REV 4.0
54
critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para
efeito de concessão de qualquer benefício.
8 CIPA
AN02FREV001/REV 4.0
55
No Brasil, esta participação, prevista na CLT, se restringe a CIPA, onde os
trabalhadores formalmente ocupam metade de sua composição após eleições
diretas e anuais.
A CIPA não foi inventada no Brasil. Este instrumento de prevenção surgiu a
partir de uma sugestão de trabalhadores de diversos países reunidos na
Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Eles recomendaram a criação dos Comitês de Seguridade para grupos de
20 trabalhadores. Nos mais de 150 países atualmente filiados à OIT existem órgãos
com diferentes nomes, mas com uma só função: preservar a integridade do
trabalhador.
Aos trabalhadores da empresa compete indicar à CIPA situações de risco,
apresentar sugestões e observar as recomendações quanto à prevenção de
acidentes, utilizando os equipamentos de proteção individual (EPI) e de proteção
coletiva fornecidos pelo empregador, bem como submeter-se a exames médicos
previstos em Normas Regulamentadoras, quando aplicável.
Ressalto que a CIPA não trabalha sozinha, pois seu papel mais importante é
o de estabelecer uma relação de diálogo e conscientização, de forma criativa e
participativa, entre gerentes e colaboradores em relação à forma como os trabalhos
são realizados, objetivando sempre melhorar as condições de trabalho, visando a
humanização do trabalho.
9 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
AN02FREV001/REV 4.0
56
Os riscos profissionais são os que decorrem das condições precárias
inerentes ao ambiente ou ao próprio processo operacional das diversas atividades
profissionais. São, portanto, as condições ambientes de insegurança do trabalho,
capazes de afetar a saúde, a segurança e o bem-estar do trabalhador.
AN02FREV001/REV 4.0
57
Para maiores esclarecimentos sobre o tema risco, com base no material
elaborado de Análise de risco nos locais de trabalho (PORTO, 2000), apresentam-se
a seguir um quadro com as principais significações, vantagens e limites:
AN02FREV001/REV 4.0
58
Estudos científicos atuais expressam a importância de ampliar a visão do
conceito de risco, visto sempre como produtos de “azar” ou “fatalidade” e fortalecer o
entendimento de que acidentes e doenças relacionadas ao trabalho são resultantes
de riscos existentes no processo de trabalho desenvolvido (MENDES, 2005),
considerando também a organização do trabalho e os aspectos gerenciais, como a
ocorrência do treinamento, a terceirização, redução do efetivo, a cobrança de
produtividade, os mecanismos de punição e coerção.
Na linha tecnológica, o reconhecimento do risco ocorrerá a partir do
levantamento detalhado de informações e de dados quanto ao processo de trabalho,
ambiente de trabalho e dados relacionados ao trabalhador (CARVALHO, 2001).
Expondo de forma didática, dividiremos os itens que comporão os itens descritos
acima.
Processo de trabalho: identificar a tecnologia de produção,
fluxogramas utilizados, como está organizado o processo de produção, quais os
equipamentos utilizados, as propriedades físico-químicas da matéria-prima utilizada;
Ambiente de Trabalho: identificar as dimensões dos locais de
trabalho, uma identificação das condições climáticas, direção e intensidade de
correntes de ar, temperatura, umidade, pressão atmosférica, fontes potenciais de
contaminantes, circunstâncias que podem gerar condições potencialmente
perigosas;
Informações relacionadas ao trabalhador: as atividades
desenvolvidas, tipo de exposição, número de trabalhadores que executam as
atividades posicionamentos dos trabalhadores, as exigências físicas do trabalho
efetuado, o tipo de jornada de trabalho, os programas de prevenção existentes.
AN02FREV001/REV 4.0
59
Os riscos devem ser eliminados seguindo padrões técnicos de
qualidade o mais elevado possível;
Os trabalhadores devem ser considerados agentes ativos na análise e
controle dos riscos;
Os riscos existentes na empresa precisam ser considerados na gestão
integrada das empresas;
A constante análise, revisão dos riscos no local de trabalho,
principalmente quando consideradas as mudanças tecnológicas ou organizacionais.
É importante lembrar que são várias as ciências que estudam o risco,
inclusive o risco ocupacional e ambiental, como a psicologia, antropologia e as
ciências sociais.
Considerar também as especificidades das áreas ou categorias profissionais
colabora com a descrição dos possíveis riscos existentes, assim como a observação
da região de localidade da empresa.
O conceito de prevenção, no campo da Saúde Pública, possui o enfoque à
prevenção de doenças, incluindo o controle dos fatores de risco e o diagnóstico
precoce das doenças.
Já no campo das ciências ambientais e nas áreas que estudam o risco, a
prevenção consiste nas estratégias e ações determinadas para evitar a ocorrência
dos acidentes e das doenças relacionadas ao trabalho.
Segundo Porto (2000), a definição de prevenção condiz com o conjunto de
medidas para evitar danos à saúde do trabalhador, sendo desenvolvidas por meio
de políticas públicas, legislação, e a partir da atuação de instituições públicas e da
ação organizada dos trabalhadores envolvidos.
Os profissionais envolvidos na prevenção e controle dos riscos devem se
utilizar de instrumentos para quantificar as exposições, por meio de normas que
regulamentam tais exposições, e da abordagem sistemática por meio de medidas
das áreas administrativas, engenharia e com foco nas relações interpessoais.
Segundo estudos sobre o assunto, a prevenção será desenvolvida
eliminando qualquer agente ou situação de risco, ou mesmo redução máxima,
considerando medidas preventivas que modifiquem o processo de trabalho no
ambiente laboral.
AN02FREV001/REV 4.0
60
Afirmam ainda que a importância de considerar o processo de trabalho,
valorizando a comunicação e a educação dos riscos aos trabalhadores, fortalecendo
práticas adequadas de trabalho, aplicando a vigilância contínua e estimulando o uso
dos equipamentos de proteção individual (EPI), abordando a higiene pessoal.
Quer dizer apontando níveis de ações preventivas envolvendo desde o
trabalhador enquanto indivíduo, o posto ou setor de trabalho, perpassando para o
nível coletivo da empresa e também os aspectos ambientais em geral.
De acordo com o Manual de diretrizes do risco na saúde ocupacional, existe
uma classificação de prevenção atendendo a alguns princípios.
Na prevenção primária de riscos ocupacionais a ideia primordial é que as
medidas e técnicas favoreçam a eliminação ou redução dos riscos, atuando na
fonte.
A partir de princípios como evitar e reduzir:
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61
Treinamento dos envolvidos na operação e manutenção de
equipamentos e máquinas com sistema de controle e avaliação e também
preparação de toda a equipe frente à situação de emergência.
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62
Por que tal tarefa é executada da maneira que está sendo
desenvolvida?
Por que tal produto é utilizado e de tal maneira?
Algo pode ser mudado para modificar a situação de risco?
10 RISCO BIOLÓGICO
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Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo
se propagar de pessoa para pessoa. Exemplo: bactérias, clamídiase riquétsias-
Bacillusanthracis, Clostridium botulinum; fungos-Coccidioidesimmitis; vírus e príons
(Retrovírus HIV 1 e 2).
11 RISCO QUÍMICO
AN02FREV001/REV 4.0
64
Além da complexa tarefa de quantificar as concentrações dos produtos, o
limite de tolerância é identificar a variabilidade das reações da interação agente e
corpo humano (BRASIL, 2010). Relembrando que as possibilidades de penetração
ocorrerão por várias vias como oral, ocular, nasal, pulmonar e no contato direto via
pele.
Já foram catalogadas aproximadamente cem mil substâncias químicas
(Brasil, 2010), há livros, textos e manuais que contemplam parte dessas
substâncias, assim seguem alguns exemplos de maior prevalência e incidência no
processo de trabalho no campo industrial:
Ácido acrílico: líquido incolor, com odor picante e acre. Utilizado na
produção de resinas, polímeros e emulsões acrílicas. Os polímeros são agentes na
fabricação de papel e açúcar e em filtros para tratamento de água. O ácido também
é utilizado como revestimento de couro na síntese de plástico e adesivo e outros. O
contato em geral é via pele ou inalado, mas é metabolizado rapidamente pelo
organismo com baixa toxicidade sistêmica. Efeitos tóxicos são irritação nos olhos,
pele e às vezes vias aéreas superiores.
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65
substância, sempre considerando concentração e exposição, dentre os principais
estão conjuntivite, rinite crônica, pneumonite, dermatite de contato, intoxicação
aguda, edema pulmonar agudo e problemas de desminerilização óssea.
AN02FREV001/REV 4.0
66
fotográficos, na produção de EDTA, na extração de ouro e prata. O cianeto pode
causar morte pela asfixia metabólica, sua absorção é rápida e a contaminação
ocorrerá por qualquer via. A explicação fisiológica é devida à ligação do cianeto ao
íon férrico no sistema mitocondrial, inibindo tal enzima ao utilizar o oxigênio, isso
resulta em metabolismo anaeróbio, redução de ATP, produção de ácido lático e
aparecimento de acidose metabólica com hiato aniônico elevado, afetando os
órgãos vitais com utilização alta de oxigênio. Os primeiros sinais e sintomas da
intoxicação aguda são ansiedade, cefaleia, taquicardia, palpitações, pressão arterial
elevada e outros. Tal efeito, segundo estudos, ocorrerá quando o nível sanguíneo do
ácido fica entre 1,0g/ml a 3,0 mg/dl e a concentração fatal para humano é estimada
em 270ppm.
AN02FREV001/REV 4.0
67
outras manifestações hemorrágicas, mas também pode ocasionar efeitos no sistema
nervoso e/ou dermatite de contato.
12 RISCO FÍSICO
AN02FREV001/REV 4.0
68
capacidade de executar atividades cotidianas refletindo na qualidade de vida
pessoal ou em família (SANTOS e SANTOS 2000; CARVALHO 2001; MENDES,
2005).
É importante entendermos a diferença entre o som e o ruído, que segundo
Smith & Peters, (1992 apud MENDES, 2005), “som representa Uma sensação
auditiva provocada por variações de pressão geradas por alguma fonte de vibração”
e o ruído é descrito como um som desagradável ou incômodo produzido por
máquinas, instrumentos, e esse é identificado com frequência no ambiente industrial
(CARVALHO, 2001).
Entretanto, faz-se importante sinalizar que som ou ruídos elevados
provocam danos à audição (SANTOS e SANTOS, 2000).
Segundo Mendes (2005), há uma diferença entre tipos de ruídos:
AN02FREV001/REV 4.0
69
Atentar para uma amostragem adequada em relação ao tempo de
exposição, preferencialmente uma jornada de trabalho;
O ambiente e atividade de trabalho devem ser o habitualmente
vivenciado pelo trabalhador;
Atentar para cuidados com os dosímetros e seu posicionamento,
obedecendo às orientações do fabricante para o uso;
Na identificação de diferenças entre os níveis de pressão sonora que
atingem os dois ouvidos, devem ser considerados as de maior nível;
Envolver os trabalhadores quanto ao objetivo da avaliação e a
sequência do procedimento.
AN02FREV001/REV 4.0
70
Quanto ao frio, às principais consequências agudas são problemas
dermatológicos, problemas nas extremidades dos membros superiores e inferiores e
hipotermia, mas também poderão ocorrer problemas crônicos.
Os principais exemplos de exposição ao frio são trabalhadores que realizam
atividades em câmaras frigoríficas, com alimentos que necessitem de alta
temperatura para conservação e operação portuária (PAIVA, 2007).
As medidas de controle para condições excessivas de calor são as
limitações do tempo de exposição, aclimatação do ambiente, equipamentos de
proteção adequados ao calor, reposição de água e eletrólitos, educação e
treinamento aos trabalhos quanto às principais complicações.
Em relação aos ambientes frios, o raciocínio será o de controle da exposição
por meio de roupas de trabalho que assegurem o isolamento térmico, aclimatização
e também ações de conforto como oferecimento de alimentos quentes, local de
isolamento, educação e treinamento quanto aos riscos e medidas de proteção
(CARVALHO, 2001).
12.2 VIBRAÇÕES
Livres;
Aleatórias
Periódicas;
AN02FREV001/REV 4.0
71
Vibrações em processos de transformação ou pelo funcionamento de
máquinas, devido a problemas em máquinas ou equipamentos.
Limite de tolerância;
Tempo de exposição;
Intensidade;
Direção;
Ponto de penetração;
Forma de vibração diária.
Perda do equilíbrio;
Lentidão de reflexos;
Aumento da frequência cardíaca;
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72
Falta de concentração para o trabalho;
Apresentação de distúrbios visuais, como visão turva;
Efeitos no sistema gastrointestinal, com sintomas desde enjoo até
gastrites e ulcerações, náuseas, vômitos e mal-estar geral;
Degeneração gradativa do tecido muscular e nervoso com repercussões
popularmente conhecida como dedo branco, causando perda da capacidade
manipulativa e o tato nas mãos e dedos, dificultando o controle motor.
Como medidas de controle, são citadas aquelas que afetam a fonte ou nos
materiais que possam ajudar a reduzir propagação da vibração por meio de
tratamento da máquina, evitando contato com ferramenta.
A NR 15 dispõe sobre as Atividades e Operações Insalubres, assim é a
referência legal quanto à abordagem dos limites de tolerância para ruídos,
vibrações, da exposição ao calor, quanto às radiações ionizantes e não ionizantes e
trabalhos sob condições pressóricas diferenciadas.
AN02FREV001/REV 4.0
73
Com o objetivo de prevenir esses acidentes por meio de implementação de
medidas como a construção de proteção sólida, a partir de material resistente,
adequadamente fixada nas áreas de trabalho ou de circulação de pessoas e
materiais, uso de redes de proteção e de equipamentos de proteção.
Segundo estudos demonstrados no trabalho de Mendes (2001), problemas
com equipamentos mecânicos são motivo de acidentes traumáticos ocasionando
fatalidade, ou minimamente fraturas e/ou amputações.
Os principais motivos desencadeadores dos problemas com equipamentos
mecânicos são:
AN02FREV001/REV 4.0
74
grandes dimensões, emprego de ferramentas, sua adequação e medidas de
proteção exigidas quando motorizadas ou elétricas.
NR 12
12.1 Instalações e Áreas de Trabalho.
12.1.2 As áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e
equipamentos devem ser dimensionados de forma que o material,
os trabalhadores e os transportadores mecanizados possam
movimentar-se com segurança.
AN02FREV001/REV 4.0
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14 MAPA DE RISCO
AN02FREV001/REV 4.0
76
FIGURA 2 - MAPA DE RISCO
FIM DO MÓDULO II
AN02FREV001/REV 4.0
77
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
SAÚDE OCUPACIONAL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
SAÚDE OCUPACIONAL
MÓDULO III
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MÓDULO III
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A implantação da OHSAS 18001 retrata a preocupação da empresa com a
integridade física de seus colaboradores e parceiros. O envolvimento e a
participação de cada funcionário no processo de implantação do sistema de
qualidade são de fundamental importância.
Cada vez mais as organizações se mostram preocupadas em demonstrar o
seu compromisso (OHSAS) com a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Esta é
a grande preocupação que afeta a imagem corporativa, envolvendo colaboradores,
clientes, bem como outras partes interessadas.
As empresas estão cada vez mais preocupadas em alcançar e evidenciar
um sólido e constante desempenho em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho
(SST), por meio do controle dos respectivos riscos de natureza ocupacional,
consistente com a sua política e objetivos da SST.
As organizações fazem-no num contexto de exigências legais cada vez mais
restritivas, de desenvolvimento de políticas econômicas e de outras medidas
indutoras de boas práticas de SST e da crescente preocupação pelas partes
interessadas nas questões da SST.
Muitas organizações estão implementando um Sistema de Gestão de Saúde
e de Segurança Ocupacional (SGSSO) como parte de sua estratégia de gestão de
riscos para lidar com mudanças na legislação e proteger seus colaboradores.
Um SGSSO promove um ambiente de trabalho seguro e saudável por meio
de uma estrutura que permite à sua organização identificar e controlar
consistentemente seus riscos à saúde e segurança, reduzir o potencial de acidentes,
auxiliar na conformidade legislativa e melhorar o desempenho geral.
A OHSAS 18001 é uma especificação de auditoria internacionalmente
reconhecida para sistemas de gestão de saúde ocupacional e segurança. Foi
desenvolvida por um conjunto de organismos comerciais líderes, organismos
internacionais de normas e certificação com foco em uma lacuna para a qual não
existe uma norma internacional para realização da certificação.
A OHSAS 18001 foi desenvolvida com compatibilidade com a ISO 9001 e a
ISO 14001, para ajudar a sua organização a cumprir com suas obrigações de saúde
e segurança de um modo eficiente.
A exigente legislação determina que as Organizações demonstrem um
compromisso claro e prático com a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.
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Clientes e colaboradores querem esta informação antecipadamente, de
forma a assegurar que a sua Organização continuará a satisfazer as suas
necessidades a curto e médio prazo. É um desafio, mas também uma oportunidade
para as Organizações reduzirem riscos e assegurarem um ambiente de trabalho
mais seguro.
A certificação OHSAS 18001 permite-lhe demonstrar o seu compromisso
com a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, bem como melhorar continuamente
a sua imagem corporativa.
As empresas que demonstram o seu compromisso com a Segurança,
Higiene e Saúde no Trabalho permitem uma melhora nas operações internas e com
isso conseguem reduzir acidentes.
A segurança do colaborador e a qualidade do ambiente de trabalho são
melhoradas porque os objetivos e as responsabilidades são definidos, e todos os
colaboradores são preparados para lidar de forma eficaz com quaisquer riscos
futuros.
Paralelo a isso, a especificação OHSAS 18001 assegura a conformidade
com os atuais requisitos legais, reduzindo o risco de sanções e ações judiciais.
As áreas chave citadas abaixo são enfocadas pela OHSAS 18001:
A OHSAS 18001 pode ser adotada por qualquer organização que deseja
implementar um procedimento formal para redução dos riscos associados com
saúde e segurança no ambiente de trabalho para os colaboradores, clientes e o
público em geral.
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Muitas organizações realizam auditorias para avaliar o desempenho em
Segurança e Saúde no Trabalho. Essas auditorias podem, por si só, não ser
suficientes para dar à organização a garantia que o respectivo desempenho não só
cumpre como continuará a cumprir os correspondentes requisitos legais, técnicos e
de política.
Para serem eficazes têm de ser realizados no quadro de um Sistema de
Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho - SGSST, que poderá ser estruturado e
integrado na organização.
Um sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho oferece
organização eficaz que poderá ser integrado com outros requisitos de gestão e irão
auxiliar as mesmas organizações a alcançar objetivos de Segurança e Saúde no
Trabalho e econômicos.
Ela não se destina a ser usada para criar barreiras ou entraves comerciais,
nem para ampliar ou alterar as obrigações legais de uma organização.
Tem como finalidade permitir a uma organização desenvolver e executar
uma política e os objetivos que têm em conta os requisitos legais e informação sobre
os riscos da SST.
Pretende-se que seja aplicável a todos os tipos e dimensões das
organizações, sendo consideradas diversas circunstâncias, desde as geográficas,
até as culturais e sociais.
Esta Norma baseia-se no modelo de sistema de gestão do tipo
Planejamento, Execução, verificação e Ação - PEVA, dentro de um processo de
melhoria contínua.
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) deve ser a forma
principal de Participação dos Trabalhadores, com a assistência do Serviço
Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT onde existir,
conforme exigência legal.
A participação do Trabalhador não hierarquizada deve ser constante no nível
em questão, em prol da melhoria contínua dos ambientes de condições de trabalho.
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16 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E SAÚDE OCUPACIONAL-PCMSO
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Todas as empresas que possuam empregados, independente do tamanho e
grau de risco, desde que regidos pela CLT são obrigadas a implantar o PCMSO.
Excluem-se desta obrigatoriedade de indicar médico coordenador deste
Programa as Empresas:
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1.1.1 - Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da
elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e
instituições que admitam trabalhadores com empregados, do Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de
promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
Das diretrizes:
1.2.4 - O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à
saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações
previstas nas demais NR.
Das responsabilidades:
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e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá
contratar médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO.
Do Desenvolvimento do PCMS:
a) admissional;
b) periódico;
c) de retomo ao trabalho;
d) de mudança de função;
e) demissional.
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b) exames complementares, realizados de acordo com os termos
especificados nesta NR, e seus anexos.
1.4.3 - A avaliação clínica referida no item 1.4.2, alínea "a", como parte
integrante dos exames médicos constantes no item 1.4.1, deverá obedecer
aos prazos e à Periodicidade conforme previstos nos subitens abaixo
relacionados:
b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre dezoito anos e quarenta
e cinco anos de idade;
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1.4.3.4 - no exame médico de mudança de função, será obrigatoriamente
realizada antes da data de mudança.
1.4.3.4.1 - Para fins desta NR, entende-se por mudança de função toda e
qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que implique
na exposição do trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto
antes da mudança.
1.4.4 - Para cada exame médico realizado, previsto no item 1.4.1, o médico
emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em duas vias.
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c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador,
incluindo os exames complementares e a data em que forem realizados;
1.4.5.1 - Os registros a que se refere o item 1.4.5 deverão ser mantidos por
período mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do trabalhador.
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presente NR, mesmo sem sintomatologia, caberá ao médico coordenador
ou encarregado:
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Os objetivos intermediários são:
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Aqueles que não cumprirem as exigências desta norma estarão sujeitos a
penalidades que variam de multas e até interdições. O PPRA tem de ser
desenvolvido especificamente para cada tipo de atividade, sendo assim, torna-se
claro que o programa de uma drogaria deve diferir do programa de uma indústria
química.
De acordo com seus princípios básicos, o PPRA visa preservar a saúde e a
integridade dos trabalhadores por meio da prevenção de riscos, e isto significa
antecipar, reconhecer, avaliar e controlar riscos existentes e que venham a ser
introduzidos no ambiente do trabalho.
As opções para elaboração, desenvolvimento, implementação do PPRA são:
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ações é de primordial importância para a eficácia desse programa e de sua
adequada inclusão na empresa.
Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos
existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração
ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do
trabalhador.
Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano,
uma análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização
dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades.
18 NORMA REGULAMENTADORA 17
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17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a
dezoito anos e maior de quatorze anos.
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as
bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao
trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem
atender aos seguintes requisitos mínimos:
17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além
dos requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais
comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e
dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados
entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das
características e peculiaridades do trabalho a ser executado.
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17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos
seguintes requisitos mínimos de conforto:
a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado
proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando
movimentação frequente do pescoço e fadiga visual;
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo
vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que
provoque ofuscamento.
17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados
com terminais de vídeo devem observar o seguinte:
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Relacionadas às condições ambientais de trabalho:
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam
solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle,
laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos,
dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:
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Relacionados a organização do trabalho:
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19 ERGONOMIA
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Segundo Sell (1995), entende-se por trabalho "tudo o que a pessoa faz para
manter-se e desenvolver-se e para manter e desenvolver a sociedade, dentro de
limites estabelecidos por esta sociedade. Diz ainda que para a melhoria das
condições de trabalho é necessário avaliar o trabalho humano existente, por critérios
bem definidos, aceitos e que obedeçam a uma hierarquia de níveis de valoração
relacionados com o trabalhador.
Assim o trabalho deve ser realizado dentro das limitações de cada ser
humano, isto é, as cargas advindas da tarefa e da situação de trabalho não podem
ultrapassar os limites individuais de cada trabalhador.
O mesmo deve ser suportável ou inofensivo ao longo do tempo, ou seja,
quem o executa deve poder fazê-lo pelo tempo necessário, diariamente, e se for o
caso, durante toda uma vida profissional, sem acarretar danos.
Embora o trabalho deva trazer satisfação para o trabalhador, é importante
lembrar a possibilidade de uma falsa satisfação do trabalhador, simplesmente pelo
mesmo ter-se acostumado à ideia de que seu trabalho não pode ser modificado.
A ergonomia estuda o trabalho humano, pois parte das considerações gerais
sobre trabalho e suas condições de execução acima citadas.
O termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez, em 1857, pelo polonês W.
JASTRZEBOWSKI, que publicou um "ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho
baseada nas leis objetivas da ciência da natureza".
Quase cem anos mais tarde, a ergonomia veio a se desenvolver como uma
área de conhecimento humano, quando, durante a II Guerra Mundial, pela primeira
vez, houve uma conjugação sistemática de esforços entre a tecnologia e as ciências
humanas e biológicas.
Em 1949, um engenheiro inglês chamado MURREL, criou na Inglaterra, na
Universidade de Oxford, a primeira sociedade nacional de ergonomia, a Ergonomics
Research Society. Em 1959, foi organizada a Associação Internacional de
Ergonomia, em Estocolmo.
No final da década de 50, a recomendação no 112, da Organização
Internacional do Trabalho- OIT, dedica-se aos serviços de saúde ocupacional,
definidos como serviços médicos instalados em um local de trabalho ou suas
proximidades, com as seguintes finalidades:
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- Proteger o trabalhador contra qualquer risco à sua saúde e que decorra do
trabalho ou das condições em que ele é cumprido;
- Concorrer para o ajustamento físico e mental do trabalhador a suas
atividades na empresa, por meio da adaptação do trabalho ao ser humano e
pela colocação deste em setor que atenda às suas aptidões;
- Contribuir para o estabelecimento e manutenção do mais alto grau
possível de bem-estar físico e mental dos trabalhadores (SAAD, 1993).
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- as exigências sociais: relativas à melhoria das condições de trabalho e,
também, do meio ambiente (SANTOS, 2010).
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As características materiais do trabalho, como o peso dos
instrumentos, a resistência dos comandos, a dimensão do posto de trabalho;
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A prática da ergonomia, segundo Santos e Fialho (1997),
Consiste em emitir juízos de valor sobre o desempenho global de
determinados sistemas ser humano(s)-tarefa(s). Como tais sistemas
normalmente são complexos, envolvendo expectativas relativamente
numerosas, procura-se facilitar a avaliação sobre o desempenho global
apoiando-se no princípio da análise/síntese.
Quanto à abrangência:
Quanto à contribuição:
Quanto à interdisciplinaridade:
A ergonomia iniciou-se na agricultura, na mineração, destacando-se na
indústria e pode ser aplicada nos mais variados setores da atividade produtiva. Hoje
em dia, além do setor de serviços, a ergonomia avança no cotidiano das pessoas,
seja em seus afazeres domésticos ou em seu momento de lazer.
Podemos dizer que a ergonomia na indústria vem melhorar os sistemas de
afazeres humanos, suas condições de trabalho e de organização do trabalho.
Se analisarmos a ergonomia dentro da agricultura e da mineração,
remetemos a melhores projetos de máquinas agrícolas e de mineração,
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consequentemente qualidade das tarefas de colheita, transporte e armazenagem;
além de estudos sobre os efeitos dos agrotóxicos.
E por fim, as recomendações ergonômicas na concepção de objetos e
equipamentos eletrodomésticos têm contribuído para melhoria do cotidiano e da vida
diária.
A base teórica da ergonomia inclui várias disciplinas científicas, em particular
a matemática, as ciências físicas, as ciências biológicas e as ciências humanas,
contudo, as que mais somaram para o desenvolvimento científico da ergonomia
foram à psicologia e a fisiologia do trabalho.
20 BIOSSEGURANÇA
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Seu foco está na prevenção dos riscos gerados pelos agentes químicos,
físicos e ergonômicos, envolvidos em processos onde o risco biológico se faz
presente ou não.
Esta é a vertente da biossegurança, que na realidade, se confunde com a
engenharia de segurança, a medicina do trabalho, a saúde do trabalhador, a higiene
industrial, a engenharia clínica e a infecção hospitalar (Costa & Costa, 2002; Costa,
1999; 1998).
Podemos destacar ainda que a biossegurança é um conjunto de ações
voltadas para a prevenção, e proteção do trabalhador, minimização de riscos
inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico
e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do
meio ambiente e a qualidade dos resultados.
Outra definição, baseada na cultura da engenharia de segurança e da
medicina do trabalho é encontrada em Costa (1996), onde aparece "conjunto de
medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas,
empregadas para prevenir acidentes em ambientes biotecnológicos". Está centrada
na prevenção de acidentes em ambientes ocupacionais.
Essas definições mostram que a biossegurança envolve as relações
tecnologia, o risco e o homem. O risco biológico será sempre uma resultante de
diversos fatores e, portanto, seu controle depende de ações em várias áreas,
priorizando-se o desenvolvimento e divulgação de informações além da adoção de
procedimentos correspondentes às boas práticas de segurança para profissionais,
pacientes e meio ambiente.
21 NORMA REGULAMENTADORA 32
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medidas para proteger a segurança e a saúde dos trabalhadores de saúde em
qualquer serviço de saúde inclusive os que trabalham nas escolas, ensinando ou
pesquisando.
Refere-se aos riscos biológicos e químicos, radiações ionizantes, resíduos,
conforto, lavanderia, limpeza, conservação do ambiente e capacitação profissional.
Busca também orientar os profissionais sobre os riscos diários e a prevenção de
acidentes do trabalho, por meio da capacitação inicial, contínua e sempre que
houver mudança do local de trabalho.
Seu objetivo é prevenir os acidentes e o adoecimento causado pelo trabalho
nos profissionais da saúde, eliminando ou controlando as condições de risco
presentes nos Serviços de Saúde.
Podemos dizer também que o principal objetivo é eliminar o risco de
acidentes do trabalho. E se o risco não puder ser eliminado, deve ser controlado,
avaliado e administrado.
Ela recomenda para cada situação de risco a adoção de medidas
preventivas e a capacitação dos trabalhadores para o trabalho seguro. Esta norma
não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação
à matéria, sejam incluídas em códigos ou regulamentos sanitários dos Estados,
Municípios e do Distrito Federal, e outras oriundas de convenções e acordos
coletivos de trabalho, ou constantes nas demais NR’s e legislação federal pertinente
à matéria.
Aprovada por unanimidade pela Comissão Tripartite Permanente, a NR 32 é
fruto da conjugação do pensamento e reivindicações das três esferas mais
interessadas no assunto, ou seja, o governo, empregadores e empregados.
Concluiu-se que é necessário investir em prevenção, treinamento, conscientização e
capacitação.
A NR32 pode ser resumida numa palavra - prevenção. Para tanto, ela
estabelece vários prazos mensais para que as mudanças sejam implantadas. O
investimento compensa e evita prejuízos futuros, permitindo o surgimento de uma
geração de trabalhadores mais saudáveis.
A observância às regras da NR32 não dispensa, contudo, o cumprimento de
outras normas sobre o assunto. O descumprimento de normas de segurança e
medicina do trabalho poderá ensejar a aplicação e o pagamento de multa imposta
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por fiscais do trabalho.
Há que se levar em conta que o risco no ambiente de trabalho se multiplica
quando as normas de segurança não são observadas. Por isso, a NR32 se
preocupa com a correta realização do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO) e do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA),
instrumentos necessários à prevenção de riscos e acidentes nas empresas, que
devem ser realizados periodicamente, e atualizados, na medida em que a empresa
adota medidas recomendadas pelos programas.
A definição de serviço de saúde incorpora o conceito de edificação, assim,
todos os trabalhadores que exerçam atividades nestas edificações, relacionadas ou
não com a promoção e assistência à saúde, são abrangidos pela NR 32.
Podemos citar como exemplo, atividade de limpeza, lavanderia, reforma e
manutenção. Importante para a sua aplicação é a participação dos trabalhadores,
por meio das Comissões Institucionais de caráter legal e técnico, entre as quais,
descrevemos abaixo:
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beneficiados com redução no pagamento do Seguro contra Acidentes do Trabalho
(SAT).
O descumprimento de normas de segurança e medicina do trabalho poderá
provocar a aplicação e o pagamento de multa imposta por auditores fiscais do
trabalho e da vigilância sanitária do trabalho.
Isso porque a Lei nº 10.666/03 possibilita ao INSS uma variação das
alíquotas do Seguro contra Acidentes do Trabalho para mais (até 100% a mais) ou
para menos (até 50% menos), avaliando-se, anualmente, os estabelecimentos em
razão da incidência do grau de incapacidade laborativa, proporcionando a distinção
entre empresas da mesma classificação nacional de atividades econômicas (CNAE),
de acordo com incidência de acidentes de trabalho, o que antes não era possível.
Atualmente, o Seguro contra Acidentes do Trabalho fica entre 1% e 3%,
dependendo da maior ou menor propensão à ocorrência de acidentes de trabalho.
Esse tipo de enquadramento é apurado com base nas informações prestadas pela
empresa ao CNAE. Destaca-se que hoje, o Fator Acidentário Previdenciário (FAP) é
igual para todas as empresas do mesmo CNAE.
Essa redução das alíquotas, contudo, depende de regulamentação para fixar
os critérios de reclassificação das empresas, levando em conta o quanto foi
investido em segurança, a frequência dos acidentes do trabalho, sua gravidade e o
valor gasto pelo INSS com o pagamento de benefícios.
Reduzindo as alíquotas do Seguro contra Acidentes do Trabalho, a empresa
poderá economizar até metade do que gasta com o seu pagamento dará mais
segurança aos trabalhadores, aumentará a produtividade e diminuirá o número de
afastamentos por acidentes do trabalho.
Com investimentos em equipamentos e observância das normas de
segurança, busca-se a redução do número de doentes na área da saúde, gerando a
redução do número de afastamentos e o aumento no grau de produtividade desses
trabalhadores.
É uma norma que pode ser aplicada em estabelecimentos de assistência à
saúde, ou qualquer instituição que presta assistência à saúde da população, em
qualquer nível de complexidade, em regime de internação ou não.
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As orientações aos trabalhadores devem ser fornecidas por escrito e, se
necessário, devem ser fixados cartazes nos murais sobre os procedimentos a serem
adotados em caso de acidente ou incidente grave.
Os trabalhadores devem ser informados sobre os riscos existentes na sua
atividade laboral, as suas causas e as medidas preventivas que devem ser
adotadas.
Caso o trabalhador esteja exposto a condições que ponham em risco a sua
saúde ou integridade física, o empregador deve garantir o seu afastamento.
A NR 32 atinge não só os empregados próprios do Serviço de Saúde como
também os empregados das empresas terceirizadas, cooperativas, prestadoras de
serviço, enfim a todos os que trabalham na área de saúde.
Dispõe ainda, que a responsabilidade é solidária, ou seja, compartilhada
entre a instituição contratante e os contratados quanto ao seu cumprimento.
Portanto é importante que representantes da empresa contratante se reúnam com
os contratados para estabelecer que as normas de segurança sejam explicadas,
executadas e cumpridas.
A NR-32 abrange as situações de exposição aos diversos agentes de risco
presentes no ambiente de trabalho, tais como:
Os agentes de risco biológico;
Os agentes de risco químico;
Os agentes de risco físico com destaque para as radiações
ionizantes;
Os agentes de risco ergonômico.
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Microrganismos, geneticamente modificados ou não;
Culturas de células;
Parasitas;
Toxinas;
Príons.
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Após um acidente com agulha contaminada com o agente, estima-se que o
risco de contaminação com o vírus da hepatite B (HBV) é de 6 a 30%, com o vírus
da hepatite C (HCV) é de 0,5 a 2%, e como vírus da AIDS (HIV) é de 0,3 a 0,4%.
A frequência de exposições é maior entre, auxiliares e técnicos de
enfermagem, quando comparado aos profissionais de nível superior. Isso ocorre
devido à realização de mais procedimentos diretos com os pacientes em relação aos
profissionais de nível superior que permanecem mais tempo na organização e
supervisão dos profissionais de nível técnico.
Entre 30 a 35% dos casos das exposições percutâneas estão associados à
retirada de sangue ou de punção venosa periférica. Entre 60 e 80% das exposições
ocorrem após a realização do procedimento e podem ser evitadas com as práticas
de precauções padrão e com o uso sistemático de dispositivos de segurança.
A NR-32 determina em seu artigo 32.2.4.4 que os trabalhadores com feridas
ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas atividades após avaliação
médica obrigatória com emissão de documento de liberação para o trabalho.
Em seu artigo 32.2.4.5 diz que o empregador deve vedar:
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previsto no item 32.2.2.1.
Entende-se por calçado aberto aquele que proporciona exposição da região
do calcanhar, do peito ou das laterais do pé. Esta proibição aplica-se aos
trabalhadores do serviço de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de
promoção e assistência à saúde potencialmente expostos, conforme definido no
PPRA.
Todos os trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes
biológicos devem utilizar vestimenta de trabalho adequada e em condições de
conforto.
A vestimenta deve ser fornecida sem ônus para o empregado. As
vestimentas são os trajes de trabalho, que devem ser fornecidos pelo empregador,
podendo compreender o traje completo ou algumas peças, como por exemplo,
aventais, jalecos e capotes.
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), descartáveis ou não,
deverão estar sempre à disposição, em número suficiente, nos postos de trabalho,
de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição.
São pontos importantes que devem ser observados pelos profissionais de
saúde:
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Afirma ainda que todo recipiente contendo produto químico manipulado ou
fracionado deve ser identificado, de forma legível, por etiqueta com o nome do
produto, composição química, sua concentração, data de envasamento e de
validade e nome do responsável pela manipulação ou fracionamento. É vedado o
procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos.
É importante lembrar que agentes químicos são substâncias, compostos ou
produtos químicos sem suas diversas formas de apresentação, ou seja, líquida,
sólida, plasma, vapor, poeira, névoa, neblina, gasosa e fumo.
As principais vias de entrada do agente químico no organismo são:
Digestiva;
Respiratória;
Mucosa;
Parenteral;
Cutânea.
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mesmo que virados com a abertura para baixo;
Retirados imediatamente do local de geração após o preenchimento e
fechamento;
Mantidos íntegros até o tratamento ou a disposição final do resíduo.
22 NORMA REGULAMENTADORA 5
"..........................................................
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115
5.14 A documentação referente ao processo eleitoral da CIPA, incluindo as
atas de eleição e de posse e o calendário anual das reuniões ordinárias, deve ficar
no estabelecimento à disposição da fiscalização do Ministério do Trabalho e
Emprego.
5.14.2 O empregador deve fornecer cópias das atas de eleição e posse aos
membros titulares e suplentes da CIPA, mediante recibo.
5.15 A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem
como não poderá ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de
seus membros, ainda que haja redução do número de empregados da empresa,
exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento.
.............................................................
5.31.3 Caso não existam suplentes para ocupar o cargo vago, o empregador
deve realizar eleição extraordinária, cumprindo todas as exigências estabelecidas
para o processo eleitoral, exceto quanto aos prazos, que devem ser reduzidos pela
metade.
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deve ser compatibilizado com o mandato dos demais membros da Comissão.
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estava sendo realizada, o resultado era um Auto de Infração, que, aliás, representa
um elevado custo fiscal para a empresa.
Agora, os documentos devem apenas ficar à disposição da fiscalização,
representando uma desburocratização para a empresa e para o Ministério.
Você verá no item 5.14.1 que agora a documentação da CIPA deve ser
encaminhada ao Sindicato dos Trabalhadores da categoria, quando solicitada e
poderá observar também no item 5.14.2 que a regra agora é o empregador fornecer
cópias das atas de eleição e posse aos membros titulares e suplentes da CIPA,
mediante recibo.
Essa nova regra determina que os documentos da CIPA devem ficar à
disposição do Ministério do Trabalho e também que as cópias desses documentos
devem ser fornecidas aos membros titulares e suplentes, mediante recibo.
Essa providência é muito importante, pois esses documentos garantem aos
titulares e suplentes a autenticação de sua participação na CIPA, sem risco de que
possa haver qualquer fraude por parte da empresa.
Além disso, o Sindicato da classe deve também receber uma cópia desses
documentos,quando solicitado por ele, e isso sem dúvida amplia a legitimidade e o
controle externo da CIPA.
AN02FREV001/REV 4.0
118
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
SAÚDE OCUPACIONAL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
119
CURSO DE
SAÚDE OCUPACIONAL
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
120
MÓDULO IV
23 EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
AN02FREV001/REV 4.0
121
Como o EPC não depende da vontade do trabalhador para atender suas
finalidades, esse tem maior preferência pela utilização do EPI, já que colabora no
processo minimizando os efeitos negativos de um ambiente de trabalho que
apresenta diversos riscos ao trabalhador.
Portanto, o EPI será obrigatório somente se o EPC não atenuar os riscos
completamente ou se oferecer proteção parcialmente.
24 PROTEÇÃO INDIVIDUAL
AN02FREV001/REV 4.0
122
Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
(CIPA) nas empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao
empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.
Os tipos de equipamentos de proteção individual utilizados podem variar
dependendo do tipo de atividade ou de riscos que poderão ameaçar a segurança e a
saúde do trabalhador e da parte do corpo que se pretende proteger, tais como:
AN02FREV001/REV 4.0
123
Fornecer ao trabalhador somente o equipamento aprovado pelo órgão,
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
AN02FREV001/REV 4.0
124
Com a utilização do EPI a empresa poderá eliminar ou neutralizar o nível do
ruído já que, com a utilização adequada do equipamento, o dano que o ruído poderia
causar à audição do empregado será eliminado.
A eliminação do ruído ou a neutralização em nível abaixo do limite de
tolerância isenta a empresa do pagamento do adicional, além de evitar quaisquer
possibilidades futuras de pagamento de indenização de danos morais ou materiais
em função da falta de utilização do EPI.
Entretanto, é importante ressaltar que não basta o fornecimento do EPI ao
empregado por parte do empregador, pois é obrigação deste fiscalizar o empregado
de modo a garantir que o equipamento esteja sendo utilizado.
São muitos os casos de empregados que, com desculpas de que não se
acostumam ou que o EPI o incomoda no exercício da função deixa de utilizá-lo e
consequentemente, passam a sofrer as consequências de um ambiente de trabalho
insalubre.
Nesses casos o empregador deve utilizar-se de seu poder diretivo e obrigar
o empregado a utilizar o equipamento, sob pena de advertência e suspensão num
primeiro momento e, havendo reincidências, sofrer punições mais severas como a
demissão por justa causa.
Para a Justiça do Trabalho o fato de comprovar que o empregado recebeu o
equipamento (por meio de ficha de entrega de EPI), por exemplo, não exime o
empregador do pagamento de uma eventual indenização, pois a norma estabelece
que o empregador deva garantir o seu uso, o que se faz por meio de fiscalização e
de medidas coercitivas, se for o caso.
No Brasil, a legislação básica sobre EPI é a Norma Regulamentadora N° 6
(Equipamento de proteção individual), aprovada pela Portaria GM n.º 3.214, de 08
de junho de 1978 06/07/78 e atualizada pelas portarias:
AN02FREV001/REV 4.0
125
Portaria SIT n.º 48, de 25 de março de 2003 28/03/03;
Portaria SIT n.º 108, de dezembro de 2004 10/12/04;
Portaria Nº 194, de 22/12/2006 22/12/06;
Portaria Nº 121, de 30 de Setembro de 2009;
Portaria Nº 145, de Janeiro de 2010;
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126
São responsabilidades do empregador quanto ao equipamento de proteção
individual:
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127
São responsabilidades do órgão regional do Ministério do Trabalho e
Emprego:
25 PROTEÇÃO COLETIVA
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128
Enclausuramento acústico de fontes de ruído;
Placas sinalizadoras;
Avisos, Sinalizações;
Sensores de máquinas;
Corrimão;
Ventiladores;
Iluminação;
Piso antiderrapante.
Guarda-corpos;
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129
Protetores de maquinas;
Purificadores de ar/água;
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130
Uma das diretrizes da Política Nacional de Saúde do Trabalhador do
Ministério da Saúde, a RENAST responde pela execução de ações curativas,
preventivas, de promoção e de reabilitação à saúde do trabalhador brasileiro.
A RENAST (Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador) é
uma rede desenvolvida de forma articulada entre o Ministério da Saúde, as
Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que tem
como estratégia a garantia da atenção integral à saúde dos trabalhadores.
Ela é composta por Centros Estaduais e Regionais de Referência em Saúde
do Trabalhador (CEREST) - ao todo, até setembro de 2008, 173 unidades
espalhadas por todo o País - e por uma rede de 500 serviços sentinela de média e
alta complexidade capaz de diagnosticar os agravos à saúde que têm relação com o
trabalho e de registrá-los no Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN).
A RENAST é uma das diretrizes da Política Nacional de Saúde do
Trabalhador do Ministério da Saúde e tem como objetivo integrar a rede de serviços
do SUS, voltados à assistência e à vigilância, para o desenvolvimento das ações de
Saúde do Trabalhador.
É composta por Centros Estaduais e Regionais de Referência em Saúde do
Trabalhador que desempenham, na sua área de abrangência, função de suporte
técnico, de educação permanente, de coordenação de projetos de assistência,
promoção e vigilância à saúde dos trabalhadores.
A RENAST prevê a organização da Rede de Serviços Sentinela em Saúde
do trabalhador, considerando a importância da produção, sistematização, análise e
disseminação da informação em Saúde do trabalhador.
O termo sentinela é utilizado para designar os serviços assistenciais de
retaguarda de média e alta complexidade já instalados na rede, são qualificados
para garantir informação e viabilizar a vigilância em saúde.
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131
27 CENTROS DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR- CEREST
Estaduais;
Regionais.
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132
Contribuição para as ações de vigilância em saúde.
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133
Ao CEREST Regional, enquanto unidade especializada de retaguarda para
as ações de Saúde do Trabalhador no SUS compete:
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134
9. Contribuir no planejamento e na execução da proposta de formação
profissional da rede do SUS e nos polos de capacitação;
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135
15. Prover subsídios para o fortalecimento do controle social na região e
nos municípios do seu território de abrangência;
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136
23. Participar, no âmbito do seu território de abrangência, do treinamento e
da capacitação de profissionais relacionados com o desenvolvimento de ações no
campo da Saúde do Trabalhador, em todos os níveis de atenção.
Carteira de identidade;
Carteira Profissional;
Exames; Laudos;
Atestados médicos relacionados com a doença ou o acidente de
trabalho;
Comprovante de endereço.
Emergência;
Exames admissionais, demissionais, periódicos e de mudança de
função;
Atestado de saúde física ou mental e/ou processos de insalubridade ou
periculosidade.
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137
28 REDE SENTINELA
AN02FREV001/REV 4.0
138
explicações causais dos agravos de notificação compulsória, além de vir a indicar
riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo assim, para a identificação
da realidade epidemiológica de determinada área geográfica.
O seu uso sistemático, de forma descentralizada, contribui para a
democratização da informação, permitindo que todos os profissionais de saúde
tenham acesso à informação e as tornem disponíveis para a comunidade.
O SINAN pode ser operacionalizado no nível administrativo mais periférico,
ou seja, nas unidades de saúde, seguindo a orientação de descentralização do SUS.
A Ficha Individual de Notificação (FIN) deve ser preenchida pelas unidades
assistenciais para cada paciente quando da suspeita da ocorrência de problema de
saúde de notificação compulsória ou de interesse nacional, estadual ou municipal.
Esse instrumento deve ser encaminhado aos serviços responsáveis pela
informação e/ou vigilância epidemiológica das Secretarias Municipais, que precisam
repassar semanalmente os arquivos para as Secretarias Estaduais de Saúde (SES).
Caso não ocorra nenhuma suspeita de doença, as unidades precisam
preencher o formulário de notificação negativa, que tem os mesmos prazos de
entrega. Essa é uma estratégia criada para demonstrar que os profissionais e o
sistema de vigilância da área estão alerta para a ocorrência de tais eventos e evitar
a subnotificação.
Se os municípios não alimentarem o banco de dados do SINAN, por dois
meses consecutivos, são suspensos os recursos do Piso de Assistência Básica
(PAB), conforme Portaria N.º 1882/GM de 16/12/1997.
A notificação é compulsória, sendo um instrumento indispensável para o
planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção, além de permitir que seja
avaliado o impacto das intervenções. Deixar de notificar pode gerar a perpetuação
de situações graves (acidentes e doenças decorrentes do trabalho).
Está prevista no Código Penal Brasileiro: Decreto-Lei nº 2.848, de 7/12/40.
Sua parte geral foi posteriormente alterada pela Lei n° 7.209, de 1/7/84. Parte
Especial – Título VIII – Dos Crimes Contra a Incolumidade Pública – Capítulo III –
Dos Crimes Contra a Saúde Pública.
No Art. 269, a omissão de notificação de doença (deixar de denunciar à
autoridade pública doença cuja notificação é compulsória): Pena – detenção, de 6
(seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
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139
FIM DO MÓDULO IV
AN02FREV001/REV 4.0
140
ANEXOS
ANEXO I
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
A.1 - Capacete
A.2 - Capuz
a) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;
b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra respingos de produtos químicos;
c) capuz de segurança para proteção do crânio em trabalhos onde haja risco de contato com partes
giratórias ou móveis de máquinas.
B.1 - Óculos
a) óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação infravermelha;
e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos químicos.
a) protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de partículas volantes;
b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de produtos químicos;
c) protetor facial de segurança para proteção da face contra radiação infravermelha;
d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa.
a) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas
volantes;
b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação ultravioleta;
c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação infravermelha;
d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra luminosidade intensa.
a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão
sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;
b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora
superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;
AN02FREV001/REV 4.0
141
c) protetor auditivo semiauricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora
superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II.
a) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas;
b) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos;
c) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e
radionuclídeos;
d) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra vapores orgânicos ou gases
ácidos em ambientes com concentração inferior a 50 ppm (parte por milhão);
e) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra gases emanados de
produtos químicos;
f) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra partículas e gases
emanados de produtos químicos;
g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas,
fumos e radionuclídeos.
a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção das vias respiratórias em
atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes confinados;
b) máscara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das vias respiratórias em
atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes confinados;
a) respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes químicos em condições de
escape de atmosferas Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde ou com concentração de oxigênio
menor que 18 % em volume.
E.1 - Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos de origem térmica,
mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade proveniente de operações com uso de
água.
E.2 Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo,
para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica. (Incluído pela PORTARIA MTE/SIT/DSST Nº
191/2006)
F.1 - Luva
a) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;
h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.
a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos, de
acordo com a Portaria SSST nº 26, de 29/12/1994.
AN02FREV001/REV 4.0
142
F.3 - Manga
F.4 - Braçadeira
F.5 - Dedeira
a) dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.
G.1 - Calçado
a) calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
b) calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;
c) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes térmicos;
d) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes e escoriantes;
e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações
com uso de água;
f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos químicos.
G.2 - Meia
G.3 - Perneira
G.4 - Calça
a) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos químicos;
c) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;
d) calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso
de água.
H.1 - Macacão
a) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas;
b) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes
térmicos;
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143
c) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra
respingos de produtos químicos;
d) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade
proveniente de operações com uso de água.
H.2 - Conjunto
a) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;
b) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores contra respingos de produtos químicos;
c) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água;
d) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores contra chamas.
a) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos de produtos químicos;
b) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações
com água.
a) dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com
movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para proteção
contra quedas.
I.2 - Cinturão
a) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;
b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em
trabalhos em altura.
Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria específica a ser expedido pelo órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, depois de observado o disposto
no subitem 6.4.1.
ANEXO II
1.1 - O cadastramento das empresas fabricantes ou importadoras será feito mediante a apresentação
de formulário único, conforme o modelo disposto no ANEXO III, desta NR, devidamente preenchido e
acompanhado de requerimento dirigido ao órgão nacional competente em matéria de segurança e
saúde no trabalho.
1.2 - Para obter o CA, o fabricante nacional ou o importador, deverá requerer junto ao órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho a aprovação do EPI.
1.3 - O requerimento para aprovação do EPI de fabricação nacional ou importado deverá ser
formulado, solicitando a emissão ou renovação do CA e instruído com os seguintes documentos:
AN02FREV001/REV 4.0
144
que o produto teve sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO, ou, ainda, no caso
de não haver laboratório credenciado capaz de elaborar o relatório de ensaio, do Termo de
Responsabilidade Técnica, assinado pelo fabricante ou importador, e por um técnico
registrado em Conselho Regional da Categoria;
c///) c/) cópia autenticada e atualizada do comprovante de localização do estabelecimento, e,
d///) d/) cópia autenticada do certificado de origem e declaração do fabricante estrangeiro
autorizando o importador ou o fabricante nacional a comercializar o produto no Brasil, quando
se tratar de EPI importado.
ANEXO III
a) Diretores:
b) Departamento Técnico:
4 - Observações:
a) Este formulário único deverá ser preenchido e atualizado, sempre que houver alteração,
acompanhado de requerimento ao DSST / SIT / MTE;
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145
b) Cópia autenticada do Contrato Social onde conste dentre os objetivos sociais da empresa, a
fabricação e/ou importação de EPI.
_______________________________________________
Diretor ou Representante Legal
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146
Considerando a Portaria nº 399/GM, de 22 de fevereiro de 2006, que divulga e
aprova as Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde 2006;
Considerando a Portaria nº 699/GM, de 30 de março de 2006, que aprova o
Regulamento do Pacto pela Vida e de Gestão;
Considerando a Portaria nº 3.085/GM, de 1º de dezembro de 2006, que regulamenta
o Sistema de Planejamento do SUS;
Considerando a Portaria nº 3.332/GM, de 28 de dezembro de 2006, que aprova
orientações gerais relativas aos instrumentos do Sistema de Planejamento do SUS;
Considerando a Portaria nº 204/GM, de 29 de janeiro de 2007, que regulamenta o
financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços
de saúde, na forma de blocos de financiamento, com o respectivo monitoramento e
controle;
Considerando a Portaria nº 1.956/GM, de 14 de agosto de 2007, que define que a
gestão e a coordenação das ações relativas à Saúde do Trabalhador, no âmbito do
Ministério da Saúde, sejam exercidas pela Secretaria de Vigilância em Saúde
(SVS/MS); e Considerando a Portaria nº 3.176/GM, de 24 de dezembro de 2008,
que aprova orientações acerca da elaboração, da aplicação e do fluxo do Relatório
Anual de Gestão, resolve:
AN02FREV001/REV 4.0
147
I - estruturação da rede de Centros de Referência em Saúde do Trabalhador
(CEREST);
II - inclusão das ações de saúde do trabalhador na atenção básica, por meio da
definição de protocolos, estabelecimento de linhas de cuidado e outros instrumentos
que favoreçam a integralidade;
III - implementação das ações de promoção e vigilância em saúde do trabalhador;
IV - instituição e indicação de serviços de Saúde do Trabalhador de retaguarda, de
média e alta complexidade já instalados, aqui chamados de Rede de Serviços
Sentinela em Saúde do Trabalhador; e
V - caracterização de Municípios Sentinela em Saúde do Trabalhador.
§ 4º A orientação para o desenvolvimento da Rede de Serviços Sentinela em Saúde
do Trabalhador está estabelecida nos Anexos a esta Portaria.
Art. 2º Os Municípios Sentinela serão definidos a partir de dados epidemiológicos,
previdenciários e econômicos, que indiquem fatores de riscos significativos à saúde
do trabalhador, oriundos de processos de trabalho em seus territórios.
§ 1º Os Municípios Sentinela devem desenvolver políticas de promoção da saúde,
de forma a garantir o acesso do trabalhador às ações integradas de vigilância e de
assistência, em todos os níveis de atenção do SUS.
§ 2º Os critérios de definição dos Municípios Sentinela serão objeto de ato normativo
do Ministério da Saúde, a ser expedido após pactuação por meio da Comissão
Intergestores Tripartite (CIT) do SUS.
Art. 3º Compete à Secretaria de Vigilância em Saúde a gestão federal da RENAST,
com a participação dos níveis estadual, distrital e municipal de gestão do SUS.
Art. 4º Compete à Coordenação-Geral de Saúde do Trabalhador do Ministério da
Saúde a coordenação técnica da RENAST.
Art. 5º As Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
devem adotar as providências necessárias à implementação de ações em Saúde do
Trabalhador, em todos os níveis da atenção da rede pública de saúde.
Parágrafo único. Deverão ser consideradas como estratégias de cumprimento do
disposto neste artigo a criação de mecanismos para o fortalecimento da capacidade
de gestão do SUS e a atualização dos critérios de habilitação e certificação dos
serviços e atividades que vierem a integrá-lo, bem como as diretrizes operacionais
contidas nos Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão.
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148
Art. 6º As ações em Saúde do Trabalhador deverão estar inseridas expressamente
nos Planos de Saúde nacional, estaduais, distrital e municipais e nas respectivas
Programações Anuais.
Parágrafo único. Deverão ser consideradas nos Planos de Saúde e nas respectivas
Programações Anuais, na forma do caput, ações e indicadores para:
I - organização de ações de atenção integral à saúde do trabalhador,
compreendendo promoção, vigilância, atenção básica e serviços de média e alta
complexidade;
II - inserção das ações de atenção integral à saúde do trabalhador nas redes de
atenção à saúde, locais e regionais;
III - qualificação em Saúde do Trabalhador, incluindo diretrizes de formação para
representantes do controle social, como por exemplo, representantes de Conselhos
de Saúde, sindicatos de trabalhadores e outros; e
IV - promoção da Saúde do Trabalhador por meio de articulação intra e intersetorial.
Art. 7º O CEREST tem por função dar subsídio técnico para o SUS, nas ações de
promoção, prevenção, vigilância, diagnóstico, tratamento e reabilitação em saúde
dos trabalhadores urbanos e rurais.
§ 1º Poderão ser implantados CERESTs, de abrangência estadual, regional e
municipal.
§ 2º A implantação de CERESTs de abrangência municipal está condicionada a uma
população superior a 500 mil habitantes.
§ 3º Os CERESTs habilitados de abrangência regional somente poderão alterar sua
área de abrangência mediante prévia aprovação da Comissão Intergestores Bipartite
(CIB).
§ 4º Os CERESTs não poderão assumir as funções ou atribuições correspondentes
aos Serviços Especializados de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) ou
similar, tanto do setor público quanto do privado.
Art. 8º Definir que o controle social nos serviços que compõem a RENAST, com a
participação de organizações de trabalhadores e empregadores, se dê por
intermédio das Conferências de Saúde e dos Conselhos de Saúde, previstos na Lei
nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, bem como por meio das Comissões
Intersetoriais de Saúde do Trabalhador (CIST) vinculadas aos respectivos
Conselhos.
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149
Art. 9º Estabelecer que, após o cumprimento dos procedimentos para habilitação
dos novos CERESTs, de acordo com a Portaria nº 598/GM, de 23 de março de
2006, deva ser encaminhada à SVS, por meio de ofício do Gestor, cópia da
publicação da resolução da CIB que aprovou a implantação do CEREST.
§ 1º A implantação do serviço deverá ser atestada pelo gestor estadual do SUS, por
meio de visita técnica, pela inscrição no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
Saúde (CNES) e pela alimentação do Sistema de Informações Ambulatoriais do
Sistema Único de Saúde (SIA/SUS), no prazo de noventa 90 (noventa) dias após o
recebimento do recurso.
§ 2º No Distrito Federal, a implantação do serviço deverá ser atestada pelo gestor
distrital do SUS.
Art. 10 Estabelecer que o incentivo de implantação, voltado para a estruturação do
CEREST, e os repasses mensais corram por conta do Programa de Trabalho
10.302.1220.8585, do orçamento do Ministério da Saúde.
§ 1º O incentivo de implantação no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) será
pago em uma só vez no ato da habilitação.
§ 2º Os recursos deverão ser repassados do Fundo Nacional de Saúde para os
Fundos de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no bloco de
gestão do SUS e no bloco de financiamento da média e alta complexidade,
conforme o caso, e serão aplicados pelas Secretarias de Saúde e fiscalizados pelo
Conselho de Saúde.
§ 3º Os recursos destinam-se ao custeio das ações de promoção, prevenção,
proteção e vigilância desenvolvidas pelos CERESTs, sendo vedada a utilização
destes recursos nos casos especificados na Portaria nº 204/GM, de 29 de janeiro de
2007.
§ 4º A destinação dos recursos deverá constar nos Planos de Saúde nacional,
estaduais, distrital, municipais e respectivas Programações Anuais.
Art. 11 Classificar os CERESTs a serem habilitados, segundo os valores de
manutenção abaixo:
I - municipais e regionais, sob gestão estadual ou municipal, R$ 30.000,00 (trinta mil
reais) mensais; e
II - estaduais, R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) mensais.
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150
Art. 12. Caberá à SVS publicar portaria constando os CEREST que foram
habilitados.
Art. 13. Verificado o descumprimento do prazo para implantação do CEREST, a SVS
adotará as seguintes providências:
I - oficiará ao gestor do SUS responsável e à CIB, para justificar o fato, no prazo de
30 (trinta) dias do recebimento da correspondência;
II - manifestará, em 30 (trinta) dias, seu entendimento sobre a justificativa
apresentada;
III - não enviada a justificativa ou não aceita, a SVS solicitará ao Fundo Nacional de
Saúde a suspensão do repasse mensal das parcelas subsequentes e comunicará a
decisão aos responsáveis; e
IV - verificada a adequação, serão retomados os repasses.
Art. 14. A comprovação da aplicação do incentivo e aos repasses mensais deverá
constar do Relatório Anual de Gestão, apresentando os resultados na forma da
regulamentação específica do SUS.
Art. 15. Os critérios de acompanhamento do funcionamento da RENAST, bem como
o fluxo da informação, serão instituídos em ato normativo específico e pactuados na
CIT.
Art. 16. Caberá à Secretaria de Vigilância em Saúde expedir os atos normativos
específicos relativos a esta Portaria.
Art. 17. As atribuições e a composição de pessoal dos CERESTs serão explicitadas
no Manual da RENAST, a ser elaborado em 90 (noventa) dias a partir da publicação
desta Portaria.
Art. 18. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 19. Fica revogada a Portaria nº 2.437/GM, de 7 de dezembro de 2005, publicada
no Diário Oficial da União 236, de 9 de dezembro de 2005, Seção 1, página 78.
ANEXO I
Funções do Ministério da Saúde na gestão da RENAST O Ministério da Saúde, na
gestão nacional da RENAST, deve atuar na definição das diretrizes, na regulação e
pactuação das ações e no apoio político, financeiro e técnico, com as seguintes
AN02FREV001/REV 4.0
151
incumbências:
I - elaborar a Política Nacional de Saúde do Trabalhador para o SUS, aprovada pelo
Conselho Nacional de Saúde (CNS) e pactuada pela CIT;
II - coordenar a RENAST com a participação das esferas estaduais e municipais de
gestão do SUS;
III - elaboração de projetos de lei e normas técnicas pertinentes à área, com a
participação de outros atores sociais como entidades representativas dos
trabalhadores, universidades e organizações não governamentais;
IV - inserir as ações de Saúde do Trabalhador na Atenção Básica,
Urgência/Emergência, Rede Hospitalar, Vigilância Sanitária, Epidemiológica e
Ambiental;
V - assessorar os Estados na realização de ações de alta complexidade, quando
solicitados;
VI - definir acordos e cooperação técnica com instituições afins com a Saúde do
Trabalhador para capacitação e apoio à pesquisa na área;
VII - definir rede de laboratórios de análises químicas e toxicológicas como
referências regionais ou estaduais;
VIII - definir a Rede Sentinela e os Municípios Sentinela em Saúde do Trabalhador
no âmbito nacional;
IX - definir o financiamento federal para as ações de Saúde do Trabalhador,
garantindo repasses regulares fundo a fundo;
X - realizar estudos e pesquisas definidos a partir de critérios de prioridade,
considerando a aplicação estratégica dos recursos e conforme a demanda social; e
XI - promover a articulação intersetorial com os Ministérios do Trabalho e Emprego,
da Previdência Social, do Meio Ambiente e outros, com vistas a fortalecer o modelo
de atenção integral a saúde dos trabalhadores.
ANEXO II
AN02FREV001/REV 4.0
152
As Secretarias de Saúde Estaduais e do Distrito Federal devem definir diretrizes,
regular e pactuar ações de Saúde do Trabalhador no seu âmbito respectivo e,
quando necessário, atuar de forma integrada ou complementar aos Municípios e aos
serviços de referências regionais, na qualidade de instância gestora, técnica e
política da área de saúde do Trabalhador na região, com as seguintes
competências:
I - elaborar a Política de Saúde do Trabalhador, definir o financiamento, pactuar na
CIB e submeter à aprovação do Conselho de Saúde, em seu âmbito respectivo;
II - conduzir as negociações nas instâncias do SUS no sentido de inserir as ações e
indicadores de Saúde do Trabalhador no Plano de Saúde e na Programação Anual
de Saúde, bem como seu financiamento no seu âmbito respectivo;
III - contribuir na elaboração de projetos de lei e normas técnicas pertinentes à área,
com outros atores sociais como entidades representativas dos trabalhadores,
universidades e organizações não governamentais;
IV - inserir as ações de Saúde do Trabalhador na Atenção Básica,
Urgência/Emergência e Rede Hospitalar, por meio da definição de protocolos,
estabelecimento de linhas de cuidado e outros instrumentos que favoreçam a
integralidade;
V - executar ações de vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental voltadas à
Saúde do Trabalhador no seu âmbito respectivo;
VI - implementar as ações de atenção de média e alta complexidade, definidas em
conjunto com a CIB;
VII - assessorar os CERESTs, os serviços e as instâncias regionais e municipais na
realização de ações de Saúde do Trabalhador, no seu âmbito respectivo;
VIII - definir e executar projetos especiais em questões de interesse próprio com
repercussão local, em conjunto com as equipes municipais, quando e onde couber;
IX - realizar estudos e pesquisas definidos a partir de critérios de prioridade,
considerando a aplicação estratégica dos recursos e conforme a demanda social;
X - articular e capacitar, em parceria com os Municípios e com os Centros de
Referência em Saúde do Trabalhador, os profissionais de saúde do SUS, em
especial as equipes dos centros regionais, da atenção básica e de outras vigilâncias
e manter a educação continuada e a supervisão em serviço, respeitadas as
AN02FREV001/REV 4.0
153
diretrizes para implementação da Política Nacional de Educação Permanente em
Saúde;
XI - implementar estratégias de comunicação e de educação permanente em saúde
dirigidas à sociedade em geral, aos trabalhadores e a seus representantes, aos
profissionais de saúde e às autoridades públicas;
XII - estabelecer e definir fluxo de trabalho integrado com a rede de serviços de
apoio diagnóstico e terapêutico, incluindo, entre outros, exames radiológicos, de
anatomia patológica, de patologia clínica, de toxicologia e retaguarda de reabilitação;
XIII - estabelecer e definir fluxo de trabalho integrado com a rede de laboratórios de
análises para avaliações de amostras de contaminantes ambientais e produtos de
interesse à Saúde do Trabalhador;
XIV - pactuar na CIB a Rede Sentinela e os Municípios Sentinela em Saúde do
Trabalhador no seu âmbito respectivo;
XV - propor as linhas de cuidado para todos os agravos de notificação compulsória
dispostos na Portaria nº 777/GM, de 28 de abril de 2004, a ser seguidas para a
atenção integral dos trabalhadores usuários do SUS, a ser aprovada pela CIB;
XVI - propor os fluxos de referência e contrarreferência de cada linha de cuidado de
atenção integral à Saúde do Trabalhador, a ser aprovado na CIB;
XVII - propor normas relativas a diagnóstico, tratamento e reabilitação de pacientes
portadores de agravos à saúde decorrentes do trabalho, a ser aprovada na CIB; e
XVIII - participar nas instâncias de definições políticas de desenvolvimento
econômico e social junto às demais Secretarias do Estado e Distrito Federal.
ANEXO III
AN02FREV001/REV 4.0
154
II - atuar e orientar no desenvolvimento de protocolos de investigação e de pesquisa
clínica e de intervenção, juntamente ou não, com as universidades ou órgãos
governamentais locais ou da rede do SUS;
III - articular com outros Municípios quando da identificação de problemas e
prioridades comuns;
IV - informar a sociedade, em especial os trabalhadores, as CIPAs e os respectivos
sindicatos sobre os riscos e danos à saúde no exercício da atividade laborativa e
nos ambientes de trabalho;
V - capacitar, em parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde e com os
CERESTs, os profissionais e as equipes de saúde para identificar e atuar nas
situações de riscos à saúde relacionados ao trabalho, assim como para o
diagnóstico dos agravos à saúde relacionados com o trabalho, respeitadas as
diretrizes para implementação da Política Nacional de Educação Permanente em
Saúde.
VI - inserir as ações de Saúde do Trabalhador na Atenção Básica,
Urgência/Emergência e Rede Hospitalar, por meio da definição de protocolos,
estabelecimento de linhas de cuidado e outros instrumentos que favoreçam a
integralidade;
VII - executar ações de vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental;
VIII - definir a Rede Sentinela em Saúde do Trabalhador no âmbito do Município;
IX - tornar público o desenvolvimento e os resultados das ações de vigilância em
Saúde do Trabalhador, sobretudo as inspeções sanitárias nos ambientes de trabalho
e sobre os processos produtivos para garantir a transparência na condução dos
processos administrativos no âmbito do direito sanitário;
X - estabelecer e definir fluxo de trabalho integrado com a rede de serviços de apoio
diagnóstico e terapêutico, incluindo, entre outros, exames radiológicos, de anatomia
patológica, de patologia clínica, de toxicologia e retaguarda de reabilitação;
XI - propor os fluxos de referência e contrarreferência de cada linha de cuidado de
atenção integral à Saúde do Trabalhador, a ser aprovado no nível municipal;
XII - realizar estudos e pesquisas definidos a partir de critérios de prioridade,
considerando a aplicação estratégica dos recursos e conforme a demanda social; e
XIII - participar nas instâncias de definições políticas de desenvolvimento econômico
e social junto às demais Secretarias do Município.
AN02FREV001/REV 4.0
155
(*) A ampliação por Estados e Distrito Federal dar-se-á mediante o pleito pactuado
nas CIBs, aprovados pelo Ministério da Saúde, com destaque para a capacidade
instalada no Município e na região da implantação dos novos serviços.
AN02FREV001/REV 4.0
156
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AN02FREV001/REV 4.0
157
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Ações Programáticas Estratégicas. Notificação de acidentes do trabalho fatais,
graves e com crianças e adolescentes / Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília:
Editora do Ministério da Saúde, 2006. 32 p.
AN02FREV001/REV 4.0
158
LACAZ, F.A.C.; Machado, J.M.H. & Porto, M.F.S. Estudo da situação e tendências
da Vigilância em Saúde do Trabalhador no Brasil. Relatório de Pesquisa. 116 ps +
anexos [mimeo], 2002.
AN02FREV001/REV 4.0
159
______ Política Nacional de Saúde do Trabalhador. Brasília: Ministério da Saúde.
Documento em elaboração 2004.
AN02FREV001/REV 4.0
160
______ Saúde do Trabalhador. In: Cattani, A.D. (org.) Trabalho e tecnologia;
dicionário crítico. Petrópolis: Vozes, 1997.
AN02FREV001/REV 4.0
161
VELOSO, E. F. R; SCHIRMEISTER, R; LIMONGI-FRANÇA, A.C.A. Influência da
Qualidade de Vida em situações de Transição Profissional: um estudo de caso
sobre desligamento voluntário. Revista Administração e Diálogo, v. 9, n. 1, 2007.
FIM DO CURSO!
AN02FREV001/REV 4.0
162
DOCÊNCIA EM
PRIMEIROS SOCORROS
SAÚDE
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193p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-293-0
CDD 616.0252
SUMÁRIO
8.2 PESCOÇO.................................................................................................................................71
14 FRATURAS ...............................................................................................................................92
15 ENTORSE ................................................................................................................................95
16 LUXAÇÃO .................................................................................................................................96
17 CONTUSÃO .............................................................................................................................97
18 AMPUTAÇÕES .........................................................................................................................98
19 QUEIMADURAS.......................................................................................................................100
20 ASFIXIA ...................................................................................................................................106
21 HEMORRAGIA .........................................................................................................................111
23.1 INSOLAÇÃO.............................................................................................................................124
24 CONVULSÕES ........................................................................................................................127
28 INTOXICAÇÕES ......................................................................................................................140
28.1 INTOXICAÇÃO POR INGESTÃO .............................................................................................142
29 AFOGAMENTOS ....................................................................................................................145
31 DESMAIO .................................................................................................................................154
38 CORPOS ESTRANHOS...........................................................................................................187
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................192
8
1 CONCEITOS BÁSICOS EM PRIMEIROS SOCORROS
Primeiros socorros são cuidados realizados imediatamente a uma pessoa cujo estado
físico coloca em perigo a sua saúde ou até mesmo a sua vida, com o objetivo de manter as suas
funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, até que seja prestada uma assistência
9
médica qualificada e especializada.
Como o próprio nome refere, são os procedimentos de emergência que devem ser
aplicados a uma pessoa em perigo de vida, com o objetivo de manter os sinais vitais e evitar o
agravamento, até que ela receba assistência definitiva.
Os primeiros socorros também podem ser definidos como medidas que se aplicam
imediatamente ao acidentado, enquanto se aguarda assistência médica.
Aglomeração de pessoas;
Afogamentos;
Catástrofes naturais;
Acidentes em indústrias;
Emergências clínicas, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral;
Ataques epilépticos;
Convulsões.
Só o fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a pessoa não possui
um treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a ocorrência
de omissão de socorro.
Essa situação pode ocorrer por vários motivos, tais como crenças religiosas ou até
mesmo falta de confiança no socorrista que for realizar o atendimento. Nestes casos, a vítima
não pode ser forçada a receber os primeiros socorros, devendo assim certificar-se de que o
socorro especializado foi solicitado e continuar monitorando a vítima, enquanto tenta ganhar a
sua confiança por meio do diálogo.
Caso a vítima não possa falar em decorrência do acidente, como um trauma na boca,
por exemplo, mas consegue demonstrar por meio de sinais que não aceita o atendimento,
fazendo uma negativa com a cabeça ou empurrando a mão do socorrista, é importante proceder
da seguinte forma:
Não toque na vítima, isto poderá ser considerado como violação dos seus direitos;
Tente conversar com a vítima, informando a ela que você sabe realizar o
atendimento em primeiros socorros, que irá respeitar o direito dela de recusar o
atendimento, mas que você é treinado e pode prestar uma assistência de
qualidade, enquanto o atendimento médico especializado não chega;
É importante que testemunhas provem que o atendimento foi recusado por parte da
vítima, portanto você pode reunir os dados destas testemunhas.
Quando a vítima for uma criança, a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai, pela
mãe ou pelo responsável legal. Se a criança é retirada do local do acidente antes da chegada do
socorro especializado, o prestador de socorro deverá, se possível, arrolar testemunhas que
comprovem o fato.
A legislação nesses casos conclui que a vítima daria o consentimento, caso tivesse
condições de expressar o seu desejo de receber o atendimento de primeiros socorros.
13
3 SINAIS VITAIS
Os sinais vitais são indicadores das funções vitais do nosso organismo e podem
orientar o diagnóstico inicial e acompanhar a evolução do quadro clínico de uma vítima. 14
São considerados também como os sinais emitidos pelo nosso corpo de que suas
funções vitais estão normais e que qualquer alteração indica uma anormalidade.
Pulso;
Respiração;
Pressão arterial;
Temperatura.
3.1 PULSO
É a ondulação exercida pela expansão das artérias seguida por uma contração do
coração. Nada mais é que a pressão exercida pelo sangue contra a parede arterial em cada
batimento cardíaco.
O pulso pode ser percebido sempre que uma artéria é comprimida contra um osso. Os
locais mais comuns para obtenção do pulso são nas artérias carótida, radial, femoral e braquial.
Pode ainda ser verificado por meio da ausculta cardíaca com o auxílio de um
estetoscópio e denominamos pulso apical. Na verificação do pulso deve-se observar a sua
frequência, ritmo e volume.
15
Homem 60 a 70 bpm
Mulher 65 a 85 bpm
3.2 RESPIRAÇÃO
Outros fatores podem alterar os valores normais da respiração como exercícios físicos,
medicamentos, fatores emocionais, portanto, é importante que o socorrista saiba reconhecer
estas alterações.
A pressão arterial é influenciada pela força dos batimentos cardíacos e pelo volume
circulante. A contração cardíaca é denominada sístole e o relaxamento do coração é 17
denominado diástole. A pressão sistólica é a pressão máxima do coração, enquanto a pressão
diastólica é a pressão mínima do coração.
FONTE:Disponível em:<http://nickmartins.com.br/atualidades/wp-content/uploads/2011/01/perigo-pressao-
baixa.jpg>. Acesso em: 16 set. 2011.
São empregados termos específicos para definir alterações nos valores anormais da
pressão arterial, são eles:
Hipertensão: aumento dos níveis da pressão arterial;
Hipotensão: redução dos níveis da pressão arterial;
Normotenso: são os parâmetros normais da pressão arterial.
6 anos 95 x 62 mmHg
3.4 TEMPERATURA
19
FONTE:Disponível em:<http://www.atmosferafeminina.com.br/content/user/images/febre_materia.jpg>.
Infecção.
Medo.
Ansiedade. 20
Exposição ao frio.
Estado de choque.
Hemorragias.
São empregados termos específicos para definir alterações nos valores anormais da
temperatura, são eles:
A emergência ocorre quando há uma situação crítica ou algo iminente, com a ocorrência de
perigo, ou seja, um incidente ou imprevisto. Considerando a área médica, é uma situação que exige uma
intervenção médica imediatamente.
A urgência é quando existe uma situação que não pode ser adiada, mas que deve ser
resolvida rapidamente, pois se houver uma demora, haverá para a vítima um risco de morte. Na
medicina, estas situações necessitam de um tratamento médico com um caráter menor que a
emergência, ou seja, menos imediatista.
Essa demora fez com que as autoridades sanitárias delegassem essas atividades aos 23
O SAMU francês iniciou-se por volta da década de 60, quando os médicos começaram
a detectar que havia uma desproporção considerável entre os meios disponíveis para tratar
vítimas nos hospitais e os meios ultrapassados que eram utilizados no atendimento pré-
hospitalar.
No Brasil, o SAMU teve início por meio de um acordo assinado entre os governos
brasileiro e francês, por meio de uma solicitação do Ministério da Saúde, quando se optou pelo
modelo de atendimento francês, em que as viaturas de suporte avançado possuem
obrigatoriamente a participação do médico, diferente do modelo americano em que as atividades
de resgate são exercidas primariamente por paramédicos.
4.2 NORMATIZAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO DO SAMU
O Atendimento Pré-Hospitalar no Brasil surgiu sem muito sucesso, mas hoje é considerado um
serviço primordial e tem demonstrado importantes resultados para a sociedade. A Portaria nº 2048/MS,
24
em 5 de novembro de 2002, normatiza a implantação do SAMU e considera que a área de Urgência e
Emergência constitui-se em um importante componente da assistência à saúde.
E, de acordo com o § 2º, este regulamento é de caráter nacional, devendo ser utilizado pelas
Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios na implantação dos Sistemas
Estaduais de Urgência e Emergência, com ou sem vínculo com a prestação de serviços aos usuários do
Sistema Único de Saúde.
Reanimação cardiorrespiratória;
Oxigenoterapia;
Contenção de hemorragias;
Imobilizações;
Intubação orotraqueal;
Punção venosa com reposição de volume e medicação;
Transporte de pacientes.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) deve ser composto por uma equipe
multiprofissional oriundos da área de saúde, sendo o coordenador do serviço, responsável técnico um
médico, o responsável de enfermagem um enfermeiro, médicos reguladores, médicos intervencionistas,
enfermeiros assistenciais, auxiliares e técnicos de enfermagem.
Além dessa equipe de saúde, em situações de atendimento às urgências relacionadas com as
causas externas ou de pacientes em locais de difícil acesso, deverá haver uma ação integrada com
outros profissionais, com bombeiros militares, policiais militares e rodoviários e outros.
Essa equipe deve trabalhar em conjunto, em busca de um só objetivo, ou seja, o atendimento
sistematizado, dinâmico e com qualidade ao cliente e asua família. 26
A portaria 824/99, adaptada pelo Ministério da Saúde, define que o sistema de atendimento
pré-hospitalar é um serviço médico, sua coordenação, regulação e supervisão direta é a distância e deve
ser efetuada unicamente por médico, tem na Central de Regulação Médica o elemento ordenado e
orientador da atenção pré-hospitalar, sendo o médico regulador o responsável pela decisão técnica em
torno dos pedidos de socorro e decisão gestora dos meios disponíveis.
Diversos pontos de interesse no atendimento pré-hospitalar são discutidos por organizações
médicas, como por exemplo, a Sociedade Brasileira de Cardiologia, que desde julho de 1999 define as
“Diretrizes sobre o Tratamento de Infarto Agudo do Miocárdio”. E, ainda, aborda em parte o atendimento
pré-hospitalar no infarto agudo do miocárdio, demonstrando que um melhor preparo das equipes de
atendimento pré-hospitalar, a eficiência dos treinamentos, o uso de algumas drogas, a assistência via
telefonia, colocação rápida da ambulância junto à vítima e a conscientização da população possivelmente
reduzirão os números de óbito por mal súbito.
4.3 O SOCORRISTA
O socorrista é uma pessoa que foi treinada para prestar o primeiro atendimento e
auxiliar os profissionais do atendimento pré-hospitalar, no local da emergência.
FIGURA 6 – SOCORRISTA
27
Parte das preocupações do socorrista com a sua segurança pessoal está relacionada
com a própria proteção contra as doenças infecciosas. Ao avaliar ou prestar atendimento a 28
vítimas, deve evitar contato direto com o sangue do paciente, fluidos corpóreos, mucosas,
ferimentos e queimaduras. O socorrista tem quatro deveres relacionados aos pacientes, que
devem ser cumpridos no local da emergência. Estes deveres são:
seguintes atividades:
No primeiro momento,o socorrista deverá ter ideia do contexto geral da situação, pois
apenas com uma pré-avaliação do local é que ele pode conhecer o tipo de vítima com que está
lidando.
Cinco etapas na fase de avaliação da cena devem ser verificadas, com o objetivo de
diminuir os riscos e promover um socorro eficiente até a chegada do socorro especializado.São
elas: 31
Bioproteção: Devemos evitar possíveis infecções por meio do contato direto com
os fluidos corporais das vítimas, usando equipamentos de proteção individual, como
por exemplo, luvas de procedimentos e máscaras. Se não existem equipamentos
de proteção individual, devemos abortar os primeiros socorros, realizando apenas
procedimentos seguros.
Apoio: Devemos procurar auxílio de pessoas próximas da cena, para que estas
possamajudarna organização do espaço necessário para o atendimento a vítimas,
chamando o socorro médico especializado, orientando o trânsito de veículos,
mantendo a ordem e a calma entre as outras pessoas. Se não houver pessoas por
perto, o atendimento deve serrealizadocom o máximo de agilidade e tranquilidade.
33
A equipe de resgate que atende uma vítima politraumatizada deve ter dois tipos de
lesões em mente quando se deparar com a ocorrência. O primeiro tipo de lesão é aquele 34
identificado facilmente no exame físico, permitindo tratamento precoce, como por exemplo, uma
hemorragia externa, uma fratura exposta. O segundo tipo de lesão é aquele identificado como
potencial, ou seja, não identificado facilmente no exame físico, mas pode estar presente pelo
mecanismo de trauma sofrido pelo paciente.
Dependendo do grau de suspeita destas lesões pela equipe de resgate, danos menos
aparentes podem passar despercebidos, sendo tratados tardiamente, e trazendo problemas
graves e por muitas vezes irreversíveis à vítima.
Pré-impacto: São aqueles eventos que precedem o acidente, tais como ingestão
de álcool e/ou drogas, doenças preexistentes da vítima ou idade. Estes dados terão
influência significativa no resultado final da ocorrência.
Impacto: Avalia-se o tipo de evento traumático, como por exemplo, um acidente
automobilístico, atropelamento, queda ou perfuração por arma de fogo ou arma
branca. Deve-se estimar a quantidade de energia trocada, ou seja, a velocidade do
veículo, a altura da queda ou o calibre da arma.
Pós-impacto: Essa fase inicia-se após a vítima ter absorvido a energia do impacto.
As informações levantadas nas fases de pré-impacto e impacto são utilizadas para
conduzir as ações pré-hospitalares na fase de pós-impacto. A ameaça à vida pode
ser rápida ou lenta, dependendo em parte das ações tomadas nesta fase pela
equipe de resgate.
Por exemplo, as informações coletadas pela equipe de resgate a respeito dos danos
externos e internos de um veículo constituem-se em pistas para as lesões sofridas pelos seus
ocupantes. Com esta análise, a identificação das lesões de difícil diagnóstico ou aquelas ocultas
são facilitadas, permitindo tratamento mais precoce reduzindo-se a morbimortalidade das
vítimas. 35
Algumas observações são muito comuns, são fáceis de ser identificadas, tais como:
36
Ainda com relação a esta lei podemos acrescentar que a tendência que um objeto tem
para resistir a alterações no seu movimento chama-se inércia e que a massa é a propriedade do
corpo que nos vai permitir especificar qual é a resistência que este oferece à alteração de seu
movimento.
É nesta lei que se baseia o princípio dos cintos de segurança, para evitar que num
acidente os passageiros sejam projetados para fora do veículo devido à inércia.
Mecânica;
Térmica;
Elétrica; 38
Química.
FIGURA 14 – COMPRESSIBILIDADE
6.2 CAVITAÇÃO
40
Cavidade temporária: São formadas no momento do impacto, sendo que os
tecidos retornam a sua posição prévia após o impacto. A cavidade temporária pode
ser encontrada em traumas fechados e em traumas penetrantes, como por
exemplo, ferimento por arma de fogo. Por ser uma cavidade temporária, essa não
está visível quando o socorrista examina a vítima, portanto, avaliar as energias
envolvidas no evento e correlacionar com possíveis lesões são passos
fundamentais na avaliação da biomecânica.
41
Para avaliarmos melhor a transferência de energia, temos que estudar dois fatores que
influenciam em sua transferência, a densidade e a área de superfície.
42
6.3.1 Densidade
Quando há transferência de energia, tanto para um tecido muito denso quanto para um
tecido pouco denso, a área de superfície de impacto é determinante para o tamanho da lesão,
contudo, não existirá influência direta na gravidade da lesão.
Por exemplo, um ferimento proveniente de uma lâmina em que sua área de contato
com a pele não é muito grande. No entanto, a trajetória da lâmina pode lesionar grandes vasos,
ocasionando ferimentos com risco de morte.
O conhecimento da ocorrência da transferência de energia e de suas variáveis pela
equipe de resgate tem grande importância prática. Isto pode ser confirmado quando se compara
duas equipes que atendem um motorista que se chocou violentamente contra o volante.
Já a equipe que não possui estes conhecimentos, não suspeitará de lesões de órgãos
intratorácicos, retardando o diagnóstico e conduta das mesmas, influenciando diretamente na
sobrevida dos pacientes.
7 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
O exame primário tem por objetivo identificar e manejar situações que ameaçam a vida
desta vítima. Ele é realizado sem movimentar a vítima da sua posição inicial, com exceção dos 44
casos em que haja necessidade de intervir em alguns passos, como por exemplo, na
desobstrução das vias aéreas.
45
C- Circulação; 46
A- Vias aéreas com controle da coluna cervical;
B- Respiração;
D- Avaliação neurológica;
E- Exposição da vítima.
7.1 CIRCULAÇÃO
47
A verificação do pulso não deve ultrapassar mais do que cinco ou dez segundos pela
possibilidade dele ser lento, pela sua irregularidade ou por sua amplitude reduzida.
Se existe pulso, porém a respiração é ausente, após as duas ventilações iniciais, elas
devem ser continuadas na frequência de uma ventilação a cada cinco segundos.
O paciente deve estar em decúbito dorsal horizontal, apoiado numa superfície rígida
como o solo, uma tábua ou uma bandeja de servir de tamanho apropriado, interposta entre o
doente e o leito.
FIGURA 20 – LOCAL CORRETO PARA REALIZAÇÃO DA MASSAGEM CARDÍACA
48
MASSAGEM CARDÍACA
Essa situação de fluxo em nível crítico impõe ao socorrista uma eficiência e exige uma
constância nas compressões.
Objetos sólidos;
Queda da língua;
Líquidos.
Os principais sintomas apresentados pela vítima com obstrução das vias aéreas são:
Tosse;
Respiração ruidosa;
Movimentos respiratórios alterados;
Cianose (extremidades roxas).
Para realizarmos o controle das vias aéreas podemos realizar as seguintes técnicas:
Manobra tríplice ou elevação da mandíbula.
52
53
54
7.3 DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS
O reconhecimento rápido da obstrução das vias aéreas determinará se esta vítima será
socorrida rapidamente ou se ela evoluirá para o óbito. A obstrução poderá ser parcial, quando
não há a completa interrupção do fluxo de ar, ou total, quando há uma completa interrupção do
fluxo de ar das vias aéreas superiores para as vias aéreas inferiores, estabelecendo assim, as
trocas gasosas.
Os métodos de desobstrução das vias aéreas variam de acordo com o tipo de objeto
que está causando a obstrução. Caso a vítima apresente uma obstrução das vias aéreas por
sólidos, devemos realizar:
Uma pessoa sozinha consegue realizar a técnica correta e desobstruir a via aérea,
posicionando suas mãos na região abdominal e exercendo uma pressão sobre o final do
diafragma, comprimindo indiretamente a base dos pulmões e expelindo o objeto causador da
obstrução.
Vítima em pé:
56
Posicionar uma de suas pernas entre as pernas da vítima, servindo de base caso
ela desmaie;
Colocar o braço em volta da cintura da mesma;
57
A vítima deve ser colocada em decúbito dorsal, ou seja, com as costas no chão;
Ajoelhar-se por cima da coxa da vítima ou posicionar-se lateralmente a ela;
Colocar a segunda mão diretamente sobre a primeira e realizar a compressão
abdominal;
A desobstrução de vias aéreas em crianças menores que um ano deve ser realizada
da seguinte forma:
7.5 RESPIRAÇÃO
Em situações de afogamento;
Traumatismos;
Em crianças e bebês.
60
A: Alerta;
V: Responde a estímulos verbais;
D: Responde a estímulos dolorosos;
S: Sem resposta.
Por exemplo: Que dia é hoje? É dia ou é noite? Converse com ela, procure acalmá-la e
pergunte onde sentedores e em caso de suspeita de fratura da coluna, pergunte seestá sentindo
os braços e as pernas.
Se ela não se comunicar, veja se reage ao estímulo verbal e se não houver resposta,
veja se a vítima reage ao um estímulo tátil oudoloroso.Caso esteja inconsciente, abra os olhos 61
A escala de coma de Glasgow deve ser usada. Lembrando que esta é uma escala
neurológica que constitui um método confiável e objetivo de registrar o nível de consciência de
uma pessoa para avaliação inicial e contínua após um traumatismo craniano.
VARIÁVEIS ESCORE
Abertura ocular Espontânea 4
À voz 3
À dor 2
Nenhuma 1 62
Resposta verbal Orientada 5
Confusa 4
Palavras inapropriadas
Palavras 3
incompreensivas
Nenhuma 2
1
Resposta motora Obedece aos comandos
Localiza dor 6
Movimento de retirada 5
Flexão anormal
Extensão anormal 4
Nenhuma 3
2
1
O escore máximo permitido pela escala é quinze pontos e o mínimo de três pontos. Se
o paciente apresentar uma pontuação de oito pontos ou menos, a intubação orotraqueal está
indicada.
Pontuação total: de 3 a 15
7 = Coma intermediário;
11 = Coma superficial;
15 = Normalidade.
63
9-12 = Moderado;
13-15 = Leve.
Sendo assim, para que um diagnóstico diferencial mais preciso seja realizado, é
preconizado que dentre o C-A-B-D-E dos primeiros socorros, o “E” refere-se à exposição da
vítima.
Lembre-se que tal procedimento deverá ser realizado com cautela e precaução a fim
de evitar maiores dolos na vítima já fragilizada. Todo movimento realizado, principalmente se em
pós-trauma, deverá atender normas de manipulação assegurando a assistência prestada.
A busca por outras e/ou maiores lesões pode no momento da primeira assistência
salvar a vida da vítima.
64
A retirada do capacete deve ser realizada por dois socorristas treinados. O primeiro
passo é posicionar a vítima em decúbito dorsal, ou seja, posição supina, por meio do rolamento
em bloco.
A seguir, o socorrista que segura o capacete pelas laterais, força a sua abertura
liberando as orelhas e traciona-o delicadamente, enquanto o outro socorrista mantém a
estabilização do pescoço para evitar a inclinação da cabeça.
65
66
É o exame realizado após o exame primário, ou seja, após o C-A-B-D-E e tem por
finalidade examinar todo o corpo por meio da palpação e inspeção. Esta avaliação é composta 67
pela avaliação objetiva, ou seja, o exame físico da cabeça aos pés, controle dos sinais vitais e
avaliação subjetiva caracterizada pela entrevista. É realizada somente após o término da
avaliação primária ou das manobras de ressuscitação cardiopulmonar, quando instituídas e
obtido sucesso.
Tem por objetivo a detecção de lesões que embora graves não impliquem risco
iminente de morte. Ao iniciá-la em vítimas com história de trauma, é necessária a manutenção
da estabilização da coluna cervical por meio manual ou com dispositivos durante todo o
procedimento.
Para iniciar essa avaliação, o socorrista deverá expor a vítima somente o necessário,
respeitando sua intimidade e protegendo-a contra os efeitos da hipotermia.
A vítima poderá assumir uma posição que demonstre que ela está com dor, segurando
ou apontando para determinado membro ou região do corpo ou ainda permanecendo sentada
com o objetivo de melhorar a respiração.
Entretanto, a vítima poderá estar confusa sendo necessária uma abordagem mais
detalhada indicando ao socorrista possíveis lesões e situações graves. A entrevista com a vítima 68
deve ser rápida e direcionada, devendo-se questionar a vítima quanto à:
Presença de dor;
Sensação de formigamento;
Calor ou perda da sensibilidade em alguma parte do corpo;
Doença;
Uso de medicamentos;
Alergias a remédios ou a algum tipo de alimento;
Quando foi a última refeição;
Uso de substâncias como álcool ou drogas ilícitas.
Capotamento;
Ejeção da vítima do veículo;
Uso de cinto de segurança;
Uso de capacete;
Posição no veículo;
Deformidade do veículo.
Estas informações a respeito do evento são importantes na condução do atendimento,
partindo sempre da queixa principal, direcionando a entrevista e a assistência que deverão ser
feitas simultaneamente, durante a avaliação da vítima.
69
A cor da pele;
Simetria;
Alinhamento;
Deformidade;
Sangramento.
Deformidade;
Rigidez;
Flacidez.
Cabeça;
Pescoço;
Olhos;
Orelhas e nariz;
Boca;
Tórax;
Abdômen;
Cintura pélvica;
Membros inferiores;
Membros superiores;
Dorso.
8.1 CABEÇA 70
Palpe o crânio com os polegares fixos na região frontal, examine os olhos procurando
por objetos estranhos. Verifique se as pupilas estão normais, dilatadas, contraídas ou desiguais.
A coluna cervical deve ser mantida imobilizada manualmente ou por utilização de colar
cervical durante todo o exame. Realizar a palpação na coluna cervical verificando o seu 71
alinhamento. Verificar na região anterior se há desvio de traqueia, lesões ou sangramentos.
8.3 OLHOS
Nesse momento, as pupilas são avaliadas quanto ao tamanho, simetria e reação à luz.
Normalmente, são do mesmo tamanho e reagem com contração na presença de luz.
8.5 BOCA
8.6 TÓRAX
8.7 ABDÔMEN
73
O quadrante superior direito contém órgãos como o fígado, a vesícula biliar, parte do
intestino grosso e o rim direito. No quadrante superior esquerdo há o estômago, o baço, o
pâncreas, parte do intestino grosso e o rim esquerdo.
Deve-se observar se a vítima assume posição que demonstre que ela esteja com dor,
sendo assim, o socorrista poderá aliviar a dor abdominal, orientando a vítima a flexionar os
joelhos e quadril, mantendo-a aquecida.
Vítimas com história de trauma deverão permanecer em posição supina sem flexionar 74
8.8 DORSO
O socorrista deve palpar com delicadeza a coluna vertebral por intermédio da curvatura
natural da cintura até onde a mão alcançar sem movimentar a vítima. Pesquisar regiões
dolorosas, com edema, afundamentos ou deformidades ósseas, hematomas e ferimentos. É
difícil determinar fraturas da coluna vertebral, pois muitas vezes os sintomas se confundem, e a
queixa de dor da vítima é em outra região.
8.9 PELVE
Busca-se por alterações que, com frequência, estão relacionadas com fraturas da
pelve como hematomas, deformidade articular no quadril, sangramento pelo ânus, vagina ou 75
uretra.
A crista ilíaca faz parte do osso do quadril denominado ílio e é a extremidade superior
expandida e pode ser palpada em toda sua extensão, bilateralmente. A ocorrência de
incontinência urinária ou fecal e priapismo, em homens, são sinais sugestivosde lesão na medula
espinhal, decorrente de fratura ou deslocamento da coluna vertebral. O priapismo é
caracterizado por ereção peniana prolongada, sem estimulação sexual, frequentemente,
causada por lesão medular.
Hematomas;
Sangramentos;
Deformidades;
Espículas ósseas.
Palpar toda a extensão do membro, buscando deformidades como:
Angulações;
Encurtamentos;
Edema; 76
Espasmo muscular;
Crepitação óssea;
Aumento de volume,
Abrasões;
Palidez;
Cianose nas extremidades.
Para verificar o enchimento capilar deve-se comprimir e soltar rapidamente o leito das
unhas e polpas digitais. Quando há circulação normal, o retorno sanguíneo é de um e meio a
dois segundos, se estiver retardado, ou seja, maior que dois segundos, indicando que a
circulação está lenta.
Esta artéria é o maior ramo terminal da artéria poplítea e sua porção inferior pode ser
palpada posteriormente ao maléolo medial, exercendo leve pressão contra a proeminência óssea
da extremidade inferomedial da tíbia.
77
Presença de abrasões;
Hematomas;
Ferimentos;
Espículas ósseas;
Aumento de volume;
Deformidades;
Palidez;
Cianose de extremidades. 78
Temperatura;
Cor da pele;
Enchimento capilar;
Presença de pulso radial bilateralmente, atentando-se à simetria e amplitude do
pulso.
80
Infarto agudo do miocárdio;
Traumas;
Arritmias cardíacas;
Drogas;
Hipotermia;
Hipóxia;
Afogamento;
Distúrbios metabólicos.
Nas causas primárias, a parada cardíaca ocorre devido a uma disfunção do próprio
coração, que pode causar uma arritmia cardíaca, sendo a mais comum a fibrilação ventricular,
resultando em uma isquemia miocárdica.
Para que a equipe de socorristas tenha êxito em seu atendimento, fatores como
condição clínica do paciente antes da parada cardiorrespiratória, as causas, a qualidade nas
manobras aplicadas, o tempo decorrido entre a parada cardiorrespiratória e a realização das 81
manobras de reanimação, são determinantes para que esta condição seja revertida.
A partir desse momento, o suporte básico de vida deve ser iniciado com o objetivo de
restabelecer as funções vitais da vítima até a chegada do suporte avançado de vida. 83
10 SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Todas essas manobras podem ser desenvolvidas por profissionais da saúde ou leigos,
treinados ou não, no ambiente hospitalar ou pré-hospitalar, e estão estreitamente relacionadas
com a sobrevida dessa vítima.
Para um único socorrista o suporte básico de vida obedece a uma sequência, mas
para uma equipe completa, as manobras são concomitantes.
Devido à importância destas medidas, a cada cinco anos, são publicadas diretrizes
mundiais de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) baseadas em estudos científicos e de
reconhecida evidência e relevância para as boas práticas do SBV.
A compressão torácica de alta qualidade deve ser realizada no meio do tórax da vítima
em decúbito dorsal horizontal sobre superfície rígida e plana. Deve-se comprimir o tórax cerca de
cinco centímetros, com a região hipotenar da mão dominante, permitindo o retorno do mesmo
entre as compressões e evitar as interrupções.
A outra mão do socorrista deve estar posicionada sobre a primeira com os dedos
entrelaçados ou estendidos, de maneira a evitar a aplicação de força sobre as costelas. A
frequência das compressões deve ser de cem vezes por minuto, no mínimo, mas não deve
ultrapassar 120 compressões por minuto.
Após o choque, a CTE deve ser reiniciada o mais breve possível. Assistolia e atividade
elétrica sem pulso (AESP) não são ritmos chocáveis, mas devem receber RCP. Após a
desfibrilação e a retomada do ritmo cardíaco normal, deve-se manter a compressão torácica até
que a contração mecânica do coração seja útil e eficiente.
O suporte avançado de vida são manobras médicas invasivas, como por exemplo,
procedimentos cirúrgicos, administração de medicamentos, punção venosa, dentre outros 87
realizados na vítima com o objetivo de estabilizar clinicamente este paciente. Pode ser realizada
tanto no atendimento pré-hospitalar quanto no atendimento hospitalar.
O DEA pode diagnosticar e tratar as arritmias, por meio da desfibrilação, ou seja, uma
aplicação de corrente elétrica que é aplicada na vítima para que o coração retome o ciclo
cardíaco normal.
Ele efetua a leitura automática do ritmo cardíaco por meio de pás adesivas no tórax.
Tem o propósito de ser utilizado por pessoas leigas, com recomendação que o socorrista tenha
realizado o curso e treinamento específico de suporte básico em parada cardíaca.
Suas descargas devem ser divididas conforme a idade da vítima são elas:
Adultos: 200 J (bifásico) e 360 J (monofásico) em adultos;
Crianças, acima de oito anos: 100 J(redutor). Não há consenso na utilização de
crianças com menos de 30 kg.
Ele pode também efetuar a desfibrilação com leitura automática do ritmo cardíaco,
permitindo que uma pessoa que não tenha conhecimento prévio seja o operador do aparelho. A
utilização do DEA vem sendo difundida em vários países, pois ele pode salvar muitas vidas.
São razões importantes que devem ser consideradas e que facilitam na utilização:
É um equipamento autoinstrutivo;
Quando instalado na vítima, age inteligentemente;
Aplica a descarga elétrica apenas quando o ritmo cardíaco for chocável.
Luvas de procedimentos;
Luvas estéreis;
Máscaras descartáveis;
Óculos;
As próprias roupas do socorrista.
Tesoura;
Esfigmomanômetro;
Estetoscópio;
Lanterna para o exame pupilar;
Colar cervical;
Prancha rígida, dentre outros.
A fratura é definida como uma lesão ou quebra de um osso, causada por uma
pancada, queda ou pela aplicação de força. Pode ainda ser definida como a quebra da 92
continuidade do osso e ocorre quando o osso é submetido a estresse maior do que ele pode
suportar.
Apesar de o osso ser afetado, outras estruturas adjacentes também são atingidas,
resultando em um edema de tecidos moles, hemorragia no músculo e articulações, luxações
articulares, ruptura de tendões, nervos rompidos e vasos sanguíneos danificados.
Os órgãos corporais podem ser lesados pela força que causa a fratura ou pelos
fragmentos da fratura, e por esse motivo, imediatamente após um trauma, a pessoa pode ficar
em estado de confusão, não ter consciência da fratura e tentar caminhar com perna fraturada.
Por esse motivo quando se suspeita de fratura, é importante imobilizar a parte do corpo
afetada imediatamente antes do paciente ser movimentado. O movimento de fragmentos de
fratura causara dor adicional, danos de tecidos moles e sangramentos. As fraturas são mais
comuns nos membros, podendo ser únicas ou múltiplas.
93
94
É a torção de uma articulação, com lesão dos ligamentos, ou seja, estrutura que
sustenta as articulações. Os cuidados são semelhantes aos abordados nas fraturas. 95
FIGURA 39 – ENTORSE
São lesões em que a extremidade de um dos ossos que compõem uma articulação é
deslocada de seu lugar. O dano a tecido mole pode ser muito grave, afetando vasos sanguíneos,
nervos e a cápsula articular.
É uma área afetada por uma pancada ou queda sem ferimento externo. Pode
apresentar sinais semelhantes aos da fratura fechada. Se o local estiver arroxeado, é sinal de 97
que houve hemorragia sob a pele, ou seja, um hematoma.
18 AMPUTAÇÕES
O trauma está entre as causas mais comuns de amputação dos membros inferiores e
superiores. A preocupação inicial do socorrista deverá ser sempre com a vida da vítima, e depois 98
com as suas necessidades cirúrgicas.
Como maior órgão do corpo humano, a pele é composta por três camadas; são elas:
Epiderme; 100
Derme;
Tecido subcutâneo.
Assim, quando uma lesão térmica acontece, uma ou muitas dessas estruturas e/ou
funções citadas são lesadas e têm sua atividade comprometida.
Ainda entre as vítimas de queimaduras, existem os que sofrem lesões pulmonares por
inalarem subprodutos tóxicos da combustão. Deve-se considerar que houve a inalação se
reclusa em local fechado com presença de fumaça, atentando para cuidados respiratórios além
dos visíveis. A probabilidade da presença de monóxido de carbono em níveis alarmantes para
desencadear problemas sistêmicos e pulmonares requer atenção especial.
Quanto à avaliação das queimaduras, sete fatores devem ser observados para que
entre os pacientes queimados se determine quais são os mais críticos:
1) Profundidade da queimadura;
3) Idade do paciente;
4) Lesões pulmonares:
a) Inalação de fumaça;
b) Inalação de subprodutos tóxicos.
5) Lesões associadas:
a) Queimaduras de vias aéreas.
6) Situações especiais:
a) Queimaduras químicas;
b) Queimaduras elétricas;
c) Intoxicação por monóxido de carbono.
Quanto à profundidade, a primeira avaliação será visual. Esta será apenas uma
estimativa, já que a extensão e a profundidade real da lesão podem não ser aparentes por vários
dias.
Toda a extensão queimada deve ser coberta com compressas secas. O socorrista não
deve romper bolhas, pois elas são um mecanismo de proteção. O desbridamento não deve ser
realizado na cena do incidente. 105
Anéis, joias, relógios devem ser retirados uma vez que os metais retêm calor e os
membros acometidos com a movimentação dos fluidos corpóreos irão edemaciar.
20 ASFIXIA
Afogamento;
Grande traumatismo do tórax;
Envenenamento por drogas ou gases;
Enforcamento;
Choque elétrico;
Qualquer bloqueio das vias respiratórias.
Agitação;
Palidez;
Dilatação das pupilas;
Respiração ruidosa;
Tosse;
Inconsciência com parada respiratória;
Cianose da face e extremidades.
Geralmente, as pessoas que se engasgam estão conversando enquanto mastigam
algum tipo de alimento. As dentaduras podem provocar asfixia, pois interferem na sensibilidade
da boca em relação aos alimentos que estão sendo mastigados. O alimento não consegue ser
tão bem mastigado com uma dentadura quanto com dentes naturais, porque a dentadura exerce
uma menor pressão.
Se algum alimento seguir o canal errado, o reflexo de tossir resolve o problema. Na 107
verdade, a pessoa não está engasgando se conseguir tossir livremente, tiver coloração normal e
conseguir falar. Se a tosse for mais como uma respiração entrecortada e a pessoa estiver
ficando azul, é bem provável que esteja engasgando.
Se houver dúvida, verifique se ela consegue falar. Em caso afirmativo, a traqueia não
está completamente obstruída e o oxigênio está chegando aos pulmões. Uma pessoa
engasgada não consegue se comunicar, a não ser por gestos.
O sinal universal de engasgo é uma das mãos segurando a garganta, com os dedos
estendidos. Uma pessoa que exiba este sinal requer tratamento imediato e não pode ser deixada
sem atendimento
médico. Não tente forçar, pois você pode machucar a pessoa ou, pior, pressionar o
objeto ainda mais para dentro.
o Esperar a pessoa tossir, pois a própria pressão do ar pode expulsar a comida para
fora.
o Você pode ajudar a vítima a expelir o objeto realizando a tapotagem nas costas.
Coloque-se atrás dela e faça a pessoa se curvar para frente e inicie as manobras. É
importante medir a força aplicada.
o Uma manobra de compressão também pode ajudar. Coloque-se por trás e junte
suas mãos entre a cintura e fim das costelas do engasgado. Aplique pressão rápida
e seguidamente.
o Não tente virar a pessoa de cabeça para baixo para forçar a saída do objeto (uma
bala engolida por uma criança, por exemplo). Isso pode piorar o engasgo,
especialmente se ocorrer vômito.
110
Geralmente a perda de sangue não pode ser medida, mas pode ser estimada por meio
da avaliação do paciente e dos sinais de choque. Quanto mais rápida a hemorragia, menos
eficientes são os mecanismos compensatórios do organismo.
112
113
Perdas de até 15% do volume sanguíneo (750 ml em adultos) geralmente não causam
alterações. São totalmente compensadas pelo corpo com, por exemplo, doação de sangue.
Perdas maiores que 15% e menores que 30% (entre 750 a 1.500 ml) geralmente causam estado
de choque sem hipotensão arterial.
Ansiedade;
Sede;
Taquicardia;
Pulso radial fraco;
Pele fria;
Palidez cutânea;
Suor frio;
Taquipneia;
Enchimento capilar lento.
Perdas acima de 30% (maiores que 1.500) levam ao choque descompensado com 114
O sangue eliminado pode ser vermelho vivo ou com aparência de borra de café,
caracterizando a digestão deste sangue. Neste caso, o socorrista pouco pode fazer no
atendimento pré-hospitalar para controlar a hemorragia. As condutas visam ao suporte da vida,
principalmente à manutenção da permeabilidade das vias aéreas e respiração, até a chegada ao
hospital.
novas compressas secas sem retirar a primeira. O objetivo é não retirar o coágulo;
Fixar a compressa sobre o ferimento com bandagem ou, caso não disponha de
bandagem, manter a compressão manual;
Se houver persistência da hemorragia, ocluir a artéria próxima ao ferimento, para
diminuir a circulação no local.
A insuficiência circulatória causa dano celular e lesão em vários órgãos, que podem
tornar-se irreversíveis se o choque não for rapidamente corrigido. Não se deve definir choque
com base apenas na pressão arterial, já que existem condições em que pode haver hipotensão
sem choque com oferta e consumo adequados de oxigênio.
A moderna classificação do choque foi proposta por Weil, em 1972, utilizando quatro
categorias, baseadas na causa primária da anormalidade perfusional. Estas categorias, contudo,
não são isoladas entre si, havendo considerável superposição entre os diversos tipos.
Pode ocorrer por perdas sanguíneas externas ou por sangramentos ocultos, não
exteriorizados. O choque hipovolêmico não hemorrágico é resultante de perda apenas do
componente líquido do compartimento intravascular.
Geralmente estes casos são devido à perda excessiva de líquidos pelos tratos
gastrointestinal ou urinário. Também pode ser resultado de transudação para o meio
extravascular, como ocorre nas queimaduras, traumatismos extensos em partes moles,
peritonites, pancreatites e obstrução intestinal.
Pode ser encontrado em diversas situações clínicas, porém, sua principal causa é a
perda súbita de massa muscular por infarto agudo do miocárdio (IAM).
O choque cardiogênico ocorre em cerca de 7 a 10% dos casos de IAM, com 120
A reação que ocorre pouco tempo após a exposição ao antígeno é caracterizada por
sensação de sufocamento, broncoespasmo, edema laríngeo, angiodema, respiração ruidosa, 121
transudação pulmonar e alterações cutâneas agudas urticariformes.
Finalmente, reflexos cardíacos em nível espinal também estão abolidos, pois as lesões
de T1 a T4 levam à perda de inervação simpática cardíaca, facilitando a bradicardia uma vez que
a inervação vagal parassimpática permanece preservada. 122
Choque séptico pode ser causado por uma variedade de microrganismos. Os mais
frequentemente envolvidos são as bactérias gram-negativas (50% dos casos) e gram-positivas
(30 a 35% dos casos).
O restante abrange bactérias menos comuns, fungos, vírus e até protozoários. Apesar
de a sepse poder afetar qualquer faixa etária, o risco maior é para pessoas acima dos 65 anos,
pois a defesa contra infecções requer uma complexa interdependência de diversos sistemas que
podem ser comprometidos pela idade avançada e pela presença de condições comórbidas que
aumentam a suscetibilidade às infecções.
Fatores que predispõem à sepse por qualquer agente incluem desnutrição, alcoolismo,
diabetes mellitus, neoplasias, AIDS, doenças leucoproliferativas, cirrose hepática, queimaduras,
tratamento com imunossupressores e procedimentos invasivos.
O processo, na sepse, começa com a proliferação do microrganismo no foco da
infecção. O organismo pode invadir a corrente sanguínea diretamente, levando as hemoculturas
positivas, ou pode proliferar apenas localmente e liberar várias substâncias na circulação.
23.1 INSOLAÇÃO
A maior parte dos relatos dessas emergências diz respeito a uma produção prolongada
de calor corporal interno. O calor externo, que o paciente está exposto, não precisa ser maior
que a temperatura ambiental normal. Com a transpiração contínua, água e sais minerais são
perdidos pelo corpo, ocasionando cãibras musculares dolorosas ou cãibras produzidas pelo
calor.
23.2 INTERMAÇÃO
Condutas:
Realizar a avaliação primária;
Conduzir o paciente para um local fresco e colocá-lo em posição confortável;
Resfrie o paciente de qualquer maneira, retire suas roupas em excesso, molhe-o. A
temperatura do corpo deve ser abaixada rapidamente ou o paciente corre risco de
morrer;
Bolsas de gelo, se possível, devem ser colocadas nas axilas, punhos, tornozelos,
virilhas e pescoço do paciente ou imergir o paciente em água fria; 126
A crise pode durar minutos e ceder espontaneamente. Caso se prolongue por mais de
trinta minutos, ou se repita neste período sem que a pessoa recupere a consciência entre uma
crise e outra, recebe o nome de status epilépticus.
A principal causa de convulsão é a epilepsia, porém existem tipos de epilepsia que não
estão associados a convulsões e existem convulsões por outras condições diferentes da
epilepsia. A crise convulsiva tipo grande pode ser precedida dos casos que duram alguns
segundos e envolvem sensações como alucinações visuais ou gustativas.
Fase Clônica: tem geralmente entre trinta e sessenta segundos de duração. Ocorre
alternância entre contrações musculares intensas e relaxamento em rápida
sucessão. Pode haver parada respiratória e perda do controle esfincteriano.
Caracteristicamente, ocorre salivação excessiva (sialorreia). 128
Considera-se como epiléptico o indivíduo que passa por dois episódios de crises não
provocadas com intervalo de tempo de pelo menos 24 horas. Esta definição determina que
mesmo um surto de várias crises consecutivas dentro de 24 horas ou um estado de mal
epiléptico não caracterizam uma epilepsia, pois podem ser decorrentes de fatores causais
externos e não de epilepsia propriamente dita. É importante conseguir uma descrição
pormenorizada do evento, com testemunhas.
Avaliar a cena;
Procurar sinais de consumo de drogas ou envenenamentos;
Uso de equipamentos de proteção individual;
Realizar a avaliação primária;
Verificar o nível de consciência da vítima e se a mesma ainda apresenta
convulsões;
Solicitar auxílio;
Tranquilizar pacientes lúcidos;
Não tentar introduzir objetos na boca do paciente durante a convulsão;
Não tentar conter a vítima;
Proteger a cabeça do paciente colocando um apoio;
Afastar do paciente de objetos perigosos;
Aguarde a crise seguir sua evolução natural;
Em caso de convulsão em criança febril, resfriá-la com toalhas molhadas com água
em temperatura ambiente;
Abrir a via aérea com manobras manuais após a cessação das convulsões;
Assistir a ventilação, caso esta não retorne após a convulsão;
Preparar para a ocorrência de novo episódio convulsivo, se a vítima não recupera a
consciência nos primeiros dez minutos;
Caso a vítima apresente vários episódios de crises convulsivas sem recuperar a
consciência, o profissional de emergência estará diante de um estado de grande
mal epiléptico, devendo providenciar transporte imediato para um centro de saúde
de referência. Esta é uma emergência médica. 130
25 ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
O acidente vascular encefálico (AVE) é uma condição frequente, que representa uma
das causas mais comuns de óbito. Há também o potencial de produzir sequelas graves nos 131
sobreviventes.
Geralmente as vítimas de acidente vascular encefálico são idosas – mais de 70% das
vítimas têm mais de 65 anos –, porém jovens tambémpodem apresentar esta condição.
Hipertensão;
Colesterol elevado;
Diabetes;
Tabagismo;
Doença cardíaca.
O acidente vascular encefálico deve ser suspeitado em qualquer paciente com perda
súbita de função neurológica ou alteração no nível de consciência.
Os sinais e sintomas mais comuns, que podem ocorrer isolados ou em combinação,
são:
Até pouco tempo não havia tratamento hospitalar específico para o acidente vascular
encefálico, os pacientes eram colocados em um protocolo geral de “Alteração do Nível de 134
Consciência”.
Avaliar a cena;
Realizar exame primário;
Observar cuidados com a coluna cervical em situações nas quais se suspeita que o
paciente possa ter sofrido algum traumatismo (em caso de queda);
Abrir as vias aéreas é prioridade caso o paciente esteja inconsciente ou sonolento;
Iniciar a ventilação pulmonar, caso necessário. A respiração inadequada piora ainda
mais as condições cerebrais e pode aumentar a área de necrose;
Administrar oxigênio sob máscara em todos os casos e manter a oximetria
monitorizada acima de 92%;
Prevenir a broncoaspiração, colocando o paciente em decúbito lateral, caso
ocorram vômitos;
Caso o paciente apresente sinais de choque, iniciar o tratamento;
As alterações dos sinais vitais são comuns após o acidente vascular encefálico,
particularmente a pressão arterial;
Exame secundário com avaliação neurológica: escala de coma de Glasgow e
escala de Cincinatti;
Transportar para um centro de saúde de referência.
Coma;
Obstrução de vias aéreas por queda de língua;
Broncoaspiração;
Distúrbio respiratório;
Hipertensão arterial;
Convulsões.
26 ANGINA DE PEITO
Um fato importante é que a dor pode estender-se e irradiar para o braço esquerdo,
com caráter de dor ou formigamento, ou para o lado esquerdo do pescoço ou até para a
mandíbula.
A angina é causada pela obstrução parcial das coronárias por uma placa de gordura,
que limita a capacidade do coração de aumentar a chegada de sangue oxigenado em resposta a
um aumento de consumo de oxigênio.
Nos casos em que a dor dura até cinco minutos e pode ser aliviada pelo repouso ou
por medicamentos específicos, ela pode ser considerada menos grave. Se a dor não
desaparecer em menos de cinco minutos ou se não for aliviada completamente por medicação, o
paciente deverá ser levado o mais precocemente possível para avaliação médica. Deve ser
evitado qualquer tipo de esforço físico por parte da vítima, inclusive andar até em carro.
Quando a dor for prolongada, podemos ter duas situações: ou o paciente tem uma
angina grave, chamada de angina instável, ou um infarto agudo do miocárdio. Ambas são
consideradas emergências; e o paciente deve ser transportado imediatamente para o hospital.
27 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
O infarto agudo do miocárdio (IAM) refere-se ao processo pelo qual áreas de células
miocárdicas no coração são destruídas de maneira permanente.
137
Como a angina instável, o infarto agudo do miocárdio é usualmente causado por fluxo
sanguíneo reduzido em uma artéria coronária devido à aterosclerose e oclusão de uma artéria
por um êmbolo ou trombo.
Oclusão coronariana, ataque cardíaco e infarto agudo do miocárdio são termos usados
como sinônimos. A área de infarto leva tempo para se desenvolver. À medida que as células são
privadas de oxigênio, a isquemia se desenvolve, ocorre a lesão celular e, com o passar do
tempo, a falta de oxigênio resulta em infarto ou morte das células, que não pode mais ser
revertida.
Esta dor pode irradiar para os braços (principalmente o esquerdo), ou pescoço. Alguns
pacientes podem apresentar dor epigástrica, dorsal, no membro superior direito e nos ombros. A
dor pode associar-se a vômitos, sudorese, ansiedade, inquietação e falta de ar. 138
Irritações de pele e olhos podem ser tratadas com água corrente. A prioridade do
profissional de emergência deve ser cuidar dos danos às vias aéreas da vítima.
Depois desta conduta inicial, removaas vestes contaminadas e lave as áreas afetadas
da pele da vítima com água e sabão, continue banhando abundantemente com água corrente.
Afogamento é todo acidente por submersão em que a vítima morre dentro das
primeiras 24 horas. Quase afogamento é todo acidente por submersão em que a vítima 145
sobrevive no mínimo por 24 horas, independentemente do resultado final.
Do ponto de vista prático o quadro dos pacientes que se afogam em água doce ou
salgada é idêntico, devido à pequena quantidade de fluido que normalmente é aspirada.
146
Obs.: É importante lembrar que esta classificação não tem caráter evolutivo.
29.2 ABORDAGEM E CONDUTA
Remover a vítima da água o mais rápido possível (resgate geralmente realizado por
bombeiros e não profissionais de saúde). 147
Avaliar a segurança do local.
Manter o paciente na horizontal em paralelo à água e executar a avaliação primária
(CAB).
Iniciar RCP na ausência de pulso carotídeo mesmo em indivíduos que ficaram
submersos por longos períodos, pois a água fria protege o indivíduo da morte
cerebral. Caso a ambulância esteja equipada com desfibrilador semiautomático,
deve ser realizada a rotina de análise do ritmo. As compressões torácicas só devem
ser iniciadas após a retirada da vítima da água.
Abrir as vias aéreas é a prioridade por meio de técnicas usuais. Observar cuidados
com a coluna cervical se houver evidência de trauma.
Iniciar ventilação pulmonar se houver indicação, utilizando oxigênio suplementar.
Administrar oxigênio sob máscara em pacientes, ventilando espontaneamente com
fluxo de 12L/min.
Não tentar retirar a água dos pulmões ou do estômago. A utilização da manobra de
Heimlich para esvaziar o estômago distendido só aumenta o risco de aspiração
pulmonar. A manobra só deve se utilizada se houver suspeita de obstrução de vias
aéreas por corpos estranhos.
Caso o paciente inconsciente apresente vômitos, coloque-o em posição lateral de
segurança.
Não colocar a vítima com a cabeça mais baixa que o corpo.
Aquecer os pacientes, secando-os e cobrindo-os com cobertores.
Prevenir a aspiração pulmonar em vítimas com respiração espontânea, colocando o
paciente em decúbito lateral esquerdo (posição lateral de segurança).
Todas as vítimas de submersão, mesmo as que só necessitaram de mínima
reanimação, devem ser submetidas à avaliação médica, pois, às vezes, a lesão
pulmonar ocorre horas após o episódio de submersão.
30 TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO
E mesmo quando não causa a morte, pode ocasionar sequelas graves, incompatíveis
com uma vida produtiva. O tratamento adequado é eficaz para diminuir essas complicações. Os
traumatismos da cabeça podem envolver, isoladamente ou em qualquer combinação, o couro
cabeludo, crânio e encéfalo.
149
Fraturas, linear ou simples: representam 80% das fraturas de crânio, são lineares
e sem desvio.
Fraturas abertas: localizam-se sob lesões do couro cabeludo e têm maior potencial
para infecção.
Fraturas deprimidas: ocorrem geralmente após lesão de baixa velocidade com
impactos de pequenos objetos. Têm maior potencial para causar lesão cerebral,
pois fragmentos ósseos penetram na massa encefálica.
Fraturas de base de crânio: a presença de sangramento pelo nariz (rinorragia) ou
pelo ouvido (otorragia) indica a possibilidade desta lesão. A equimose periorbitária
(olhos de guaxinim) surge algumas horas após o trauma. A equimose de mastoide é
um sinal tardio (mais de 24 horas após a lesão). 150
Avaliar a cena;
Realizar a sequência CAB; 152
Realizar miniexame neurológico (escala de coma de Glasgow);
Avaliar pupilas (tamanho, simetria, responsividade à luz);
Movimentos das extremidades (comparar a simetria entre o lado direito e esquerdo
do corpo);
Transportar rapidamente para o serviço apropriado para reduzir a gravidade das
lesõese diminuir a mortalidade das vítimas.
Ao comando verbal 3
153
À dor 2
Ausente 1
Localização à dor 5
Flexão hipertônica 3
Extensão hipertônica 2
Sem resposta 1
Desorientado e conversando 4
Palavras inapropriadas 3
Sons incompreensíveis 2
Sem resposta 1
31 DESMAIO
Síncopes simulam crises de ausência simples ou crises parciais complexas com perda
da consciência desde o início. A abordagem inicial de pacientes com síncope envolve diversos
passos, como por exemplo, o suporte básico de vida antes da suspeita de uma crise epiléptica.
Verificação da condição hemodinâmica, pesquisa de distúrbios metabólicos ou hipóxia fazem
parte desta rotina.
As outras causas são devido à hipotensão postural, após mudança rápida para posição
de pé e medicamentos como anti-hipertensivos, antiarrítmicos e antidepressivos, que são os
fármacos normalmente associados à perda de consciência.
Na síncope, nem sempre existe uma diferenciação tão clara e os achados de exames
diagnósticos podem ser inespecíficos.
FIGURA 53 - SÍNCOPE
155
São necessários, quando pertinente, diversos exames que vão desde um simples
hemograma e dosagens de glicose até, nos casos mais graves, uma ressonância magnética.
Há algumas medidas que podem ser realizadas com o objetivo de evitar que uma
pessoa possa desmaiar, são elas:
Se você acha que vai desmaiar, procure deitar-se com as pernas mais elevadas
que a cabeça.
Se não for possível deitar-se, sente-se e abaixe a cabeça até o nível dos joelhos,
pois com este procedimento você consegue aumentar o fluxo de sangue para seu
cérebro.
Procure não se levantar bruscamente, faça-o lentamente, para que sua frequência
cardíaca e pressão sanguínea tenham mais tempo para se ajustar à posição
vertical.
Se você começou a tomar alguma medicação nova e acha que seu desmaio foi 156
ocasionado pela medicação, procure seu médico, pois pode ser necessário ajustar
a dosagem.
Em épocas de altas temperaturas, como verão, passar por muito calor e umidade,
ter sensação de abafamento, ingerir pouco líquido, ficar em pé por um longo tempo,
fazer exercícios e desidratar-se são condições propícias para ocorrer um desmaio.
Os primeiros socorros para casos de desmaio devem ser tomados até que seja
possível o atendimento especializado. Podemos destacar:
Afastar a vítima de local que proporcione perigo, como por exemplo, escadas,
janelas;
Deitá-la de barriga para cima e elevar as pernas acima do tórax, para que a cabeça
fique mais baixa em relação ao restante do corpo;
Manter a cabeça de lado para facilitar a respiração e evitar aspiração de secreções;
Afrouxar as roupas;
Manter o local arejado;
Após recobrar a consciência, deve permanecer pelo menos dez minutos sentada,
antes de ficar em pé, pois isso pode favorecer o aparecimento de um novo
desmaio;
Transportar a vítima para atendimento médico.
157
32 CHOQUE ELÉTRICO
O choque elétrico pode ser definido como a passagem de uma corrente elétrica através
do corpo, utilizando-o como um condutor. Esta passagem de corrente pode causar um susto, 158
porém também pode causar queimaduras, fibrilação cardíaca ou até mesmo a morte.
Por esse motivo deve-se ter muito cuidado na manipulação com tomadas, fios
desencapados e até mesmo a rede elétrica de distribuição de energia, pois são muito perigosos
e com alto poder para eletrocutar uma pessoa.
Costuma-se associar a lesão que o choque pode causar com o nível de tensão, porém
o correto é que depende da intensidade da corrente elétrica que atravessa o corpo da pessoa
durante o choque e do caminho da corrente elétrica pelo corpo.
Certamente que quanto maior for a tensão, maior é a probabilidade de ocorrer um dano
físico à pessoa, tendo em vista que pela lei de Ohm o aumento da corrente é diretamente
proporcional ao da tensão e inversamente proporcional ao da resistência elétrica
As lesões provocadas pelo choque elétrico podem ser de quatro naturezas, são elas:
Eletrocussão;
Choque elétrico;
Queimaduras;
Quedas provocadas pelo choque.
32.1 ELETROCUSSÃO
A eletrocussão é definida como a morte provocada pela exposição do corpo a uma
carga letal de energia elétrica. Os raios e os fios de alta tensão, geralmente com a voltagem
superior a 600 volts, costumam provocar esse tipo de acidente. Também pode ocorrer a
eletrocussão com baixa voltagem, ou seja, com voltagem inferior a 600 volts, se houver a
presença de: poças d'água, roupas molhadas, umidade elevada ou suor.
159
O choque elétrico é causado por uma corrente elétrica que passa através do corpo
humano ou de um animal qualquer. O pior choque é aquele que se origina quando uma corrente
elétrica entra pela mão da pessoa e sai pela outra.
Nesse caso, atravessando o tórax, ela tem grande chance de afetar o coração e a
respiração. Se fizerem parte do circuito elétrico o dedo polegar e o dedo indicador de uma mão,
ou uma mão e um pé, o risco é menor.
O valor mínimo de corrente que uma pessoa pode perceber é 1mA. Com uma corrente
de 10 mA, a pessoa perde o controle dos músculos, sendo difícil abrir as mãos para se livrar do
contato. O valor mortal está compreendido entre 10 mA e 3 A.
32.3 QUEIMADURAS
Ao atender uma vítima de choque elétrico é necessário cuidar para não ficar na mesma
situação, portanto deve-se desligar a energia elétrica antes, ou usar alguma forma de isolamento
elétrico, como por exemplo, botas de borracha.
Estando a vítima fora de uma área eletrificada, observa-se se existe algum objeto
obstruindo a passagem do ar pela boca ou nariz, como próteses dentárias ou alimentos, que
devem imediatamente ser retirados.
162
33 FERIMENTOS NO TÓRAX
Os ferimentos no tórax causam aproximadamente 25% das mortes nos pacientes que
sofreram politraumatismos. Cerca de 60% das vítimas politraumatizadas que evoluem para o 163
óbito apresentam lesões torácicas.
Os ferimentos penetrantes podem ser causados por arma branca ou arma de fogo. São
mais evidentes e a trajetória do projétil ou lâmina pode ser imaginada, determinando o local de
lesões em órgãos. As lesões específicas no traumatismo de tórax serão abordadas a seguir.
As fraturas mais comuns são as laterais entre a terceira e oitava costelas. Elas são
longas, finas e pouco protegidas. Fraturas simples isoladas quase nunca trazem risco de morte.
Podem ser detectadas por dor ao movimento ou palpação e, às vezes, crepitação local.
As fraturas de costelas mais baixas podem ser associadas a lesões do fígado (à direita) e baço
(à esquerda).
FIGURA 54 – FRATURA DE COSTELA
164
Esta porção perde o suporte ósseo e passa a fazer movimento contrário ao resto do
tórax em cada respiração. É uma lesão grave e pode levar à hipóxia e à morte, se associada à
contusão pulmonar e não tratada adequadamente. O tratamento consiste em medicação para
dor e, em alguns casos, suporte ventilatório por aparelhos.
33.3 CONTUSÃO PULMONAR
Crianças podem apresentar contusões graves sem qualquer sinal de lesão externa ou
fratura de costela. O tratamento específico somente será realizado em ambiente hospitalar ou
por unidade de suporte avançado.
À medida que o ar entra para o espaço pleural ele impede o pulmão de expandir-se e
de realizar as trocas gasosas. Se o ar estiver entrando em um mecanismo de válvula, haverá
compressão total do pulmão do mesmo lado com desvio do mediastino para o lado oposto,
levando à redução do retorno de sangue para o coração e ao choque.
Avaliação da cena;
Realizar a sequência CAB; 168
Conter hemorragias;
Contato com o serviço de resgate;
Transporte imediato para centro de saúde de referência.
34 FERIMENTOS NO ABDÔMEN
O óbito pode ocorrer devido à hemorragia extensa proveniente de lesão aberta, como
por exemplo, um trauma abdominal penetrante ou lesão fechada, que consideramos como
trauma abdominal contuso.
170
Os traumatismos penetrantes podem ser causados por arma branca ou arma de fogo.
São mais evidentes e a trajetória do projétil ou lâmina pode ser imaginada, determinando o local
de lesões em órgãos. A mortalidade é bem mais elevada em ferimentos por arma de fogo, pois
as lesões aos órgãos abdominais são bem mais frequentes.
FIGURA 59 – TRAUMATISMOS PENETRANTES
171
Avaliar a cena;
Realizar a sequência CAB;
Administração de oxigênio;
Imobilização rápida;
Acesso venoso e infuso de soro (somente com supervisão e/ou orientação médica);
Transporte imediato para o centro de saúde de referência.
172
35 FERIMENTOS POR ANIMAIS PEÇONHENTOS
São acidentes causados por ofídios, escorpiões, aranhas, vespas, abelhas e algumas
formas marinhas de vida animal que se constitui em um tipo de envenenamento, cujo veículo de 173
introdução, no corpo humano, se faz por meio de presas, ferrões, etc.
“Cara de bêbado”;
Falta de ar;
Dificuldade em engolir;
“Formigamento” e “adormecimento”;
Insuficiência respiratória aguda.
Escurecimento da urina.
Dor imediata;
Inchaço (edema);
Calor e rubor no local da picada;
Hemorragia no local da picada ou distante dele.
Bolhas;
Gangrenas;
Abscesso;
Insuficiência renal aguda.
FIGURA 62– JARARACA
177
178
35.1.5 Conduta
Nos casos graves originados pelas aranhas Armadeira e Viúva-Negra, a dor é bem
mais interna, e a vítima apresenta sudorese, náuseas, vômitos, hipertermia e hipertensão,
evoluindo para coma e choque.
Nos casos graves originados por picadas de Aranha-Marrom há dor forte no local da
picada, náuseas, vômitos, hipertermia e grandes equimoses no membro afetado, geralmente
acompanhados por flictenas hemorrágicas.
A maioria dos acidentes ocorre nos meses quentes e chuvosos, mais frequentes de
setembro a novembro, atingindo predominantemente os membros superiores, principalmente as
mãos e os antebraços.
35.3.1 Reconhecimento
Procure identificar e capturar o animal agressor, porém não perca tempo neste
trabalho;
Dor local muito intensa;
Náuseas e vômitos;
Dores abdominais;
Convulsões;
Entorpecimento e formigamento no membro afetado;
Espasmo do músculo do maxilar causando dificuldade para abrir a boca;
Choque;
Edema.
O tratamento é o mesmo utilizado para ofídicos.
181
Ferimentos oculares são mais comuns do que podemos imaginar. Muitos podem até
ser de pouca importância, mas se não forem tratados de forma rápida e adequada podem levar a 182
complicações que ameaçam a visão.
Pode haver lesões sérias, e até mesmo com o cuidado de médicos oftalmologistas, a
visão pode ser perdida.
Prevenção de acidentes;
Avaliação precoce do paciente;
Avaliação correta por parte do socorrista que presta o atendimento;
Encaminhamento imediato de ferimentos sérios que requerem cuidados do 183
oftalmologista.
A proteção dos olhos é uma necessidade urgente, e imperativa, não apenas pelo
desejo de bem-estar dos indivíduos, mas também por razões de ordens socioeconômicas, como
o aumento da produtividade.
Tais acidentes são responsáveis, muitas vezes, por gerar incapacidade e limitações
nos indivíduos, por provocarem cegueira. Nos Estados Unidos, ocorrem cerca de mil acidentes
oculares de trabalho por dia, apesar de todo um esforço na sua prevenção.
Por ser a visão o sentido mais importante, os olhos são extremamente essenciais para
o operário e lesões mínimas podem impossibilitá-lo para o trabalho.É importante ressaltar que
aproximadamente 98% dos acidentes são evitáveis, ou seja, a cada cem acidentes, apenas dois
deveriam acontecer.
Muitos materiais e produtos são responsáveis por acidentes oculares domésticos.
Dentre eles, podemos citar:
Líquidos inflamáveis;
Produtos com temperaturas elevadas, tais como, fósforo, óleo para fritura;
Plantas domésticas que liberem substâncias (coroa-de-cristo, etc.), entre outros.
Estes produtos provocam desde queimaduras até lesões perfurantes graves do globo
ocular, devendo, portanto, ser evitado o seu manuseio sem os devidos cuidados preventivos. Um
cuidado especial é o de se estocar tais produtos longe do alcance de crianças.
Por fim, cabe ainda lembrar a importância do uso do cinto de segurança nos veículos,
pois pesquisas mundiais demonstram a eficácia deste objeto de segurança na medida em que
diminui em uma percentagem alta o número de acidentes oculares graves, como as perfurações,
que podem gerar perda da função visual.
Fitas adesivas;
Almofadinhas de gaze estéril comum e do tipo sem adesivo;
Faixas especiais para estancar ferimentos leves;
Sabão, uma barra pequena, para limpar as feridas;
Toalhinhas ou compressas com álcool;
Faixa elástica;
Faixa triangular;
Agulha e pinça;
Tesouras pequenas.
Bússola;
Apito;
Lanterna;
Fósforos.
Em situações especiais, caso o socorrista tenha conhecimentos, alguns medicamentos
podem ser guardados na caixa de primeiros socorros, são eles:
Analgésicos;
Anti-inflamatórios;
Antitérmicos; 186
Antialérgicos;
Colírio;
Remédios para náuseas e vômitos.
Corpos estranhos são pequenas partículas de vidro, madeira, poeira, carvão, areia ou
limalha, grãos diversos, sementes, insetos que podem penetrar nos olhos, nariz e ouvidos de 187
uma pessoa.
Se o objeto estiver cravado no olho, não tente retirá-lo, cubra-os e procure ajuda
médica;
Se não for possível fechar os olhos, cubra-os com um cone de papel grosso e
procure ajuda médica imediata.
FIGURA 69 – CORPO ESTRANHO NA ESCLERA
189
Tente expelir o ar pela narina com corpo estranho fazendo certa pressão com a
boca fechada e o outro lado comprimido com o dedo;
Instrua a vítima para que ela respire pela boca;
Não introduza instrumentos como arames, palitos, grampos ou pinças nas narinas.
FIGURA 70 – CORPO ESTRANHO NO NARIZ
190
Quando um corpo estranho estiver nos ouvidos, as seguintes providências devem ser
tomadas:
Mantenha-se ao lado da vítima e de forma calma peça para que ela tussa várias
vezes, com a intenção de expelir o corpo estranho;
Aplique alguns golpes com a mão em concha no meio das costas com o tronco
levemente revertido para frente;
Tentar Manobra de Heimlich em pé ou se a vítima desmaiar;
Não obtendo sucesso, realize respiração boca a boca com a vítima deitada em 191
FERREIRA, A.V.S.;GARCIA E. Suporte Básico de vida. RevSocCardiol, São Paulo, 2001, 11(2),
p. 214-225.
CURSO DE
SAÚDE DO TRABALHADOR
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
1
CURSO DE
SAÚDE DO TRABALHADOR
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
2
SUMÁRIO
MÓDULO I
1 SAÚDE DO TRABALHO: DEFINIÇÕES
1.1 CONCEITOS DE SAÚDE E TRABALHO
1.1.1 Saúde
1.1.2 Trabalho
1.1.3 Saúde e trabalho
1.2 O PAPEL DO SUS NA SAÚDE DO TRABALHADOR
1.2.1 A RENAST e a CEREST
1.3 FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
1.3.1 Acidentes de trabalho
1.3.2 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
1.3.3 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)
1.3.4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho (SESMT)
MÓDULO II
2 SAÚDE DO TRABALHO: PRINCÍPIOS E NORMAS
2.1 LEGISLAÇÃO E NORMAS REGULAMENTADORAS
2.1.1 Previdência Social
2.1.2 Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
2.1.3 Normas Regulamentadoras (NRs)
2.2 INTRODUÇÃO À ERGONOMIA
2.2.1 Norma Regulamentadora (NR) 17
2.2.2 Domínios da ergonomia
2.3 PROGRAMAS DE GINÁSTICA LABORAL
2.3.1 Origem da Ginástica Laboral
2.3.2 Divisões e objetivos da Ginástica Laboral
AN02FREV001/REV 4.0
3
2.3.3 Efeitos da Ginástica Laboral
2.3.4 Quem pode elaborar programas de Ginástica Laboral?
2.3.5 Ginástica Laboral e ergonomia
2.4 PERÍCIA JUDICIAL NO TRABALHO
2.4.1 O que é Perícia Judicial?
2.4.2 Quem pode ser perito judicial?
2.4.3 Função do perito judicial
2.4.4 Conselho Nacional dos Peritos Judiciais (CONPEJ)
MÓDULO III
3 SAÚDE DO TRABALHO: PROFILAXIA E PREVENÇÃO
3.1 FATORES BIOMECÂNICOS E FATORES ANTROPOMÉTRICOS
3.1.1 Movimentos lineares e movimentos angulares
3.1.2 Análise cinemática e análise cinética
3.1.3 Postura estática e postura dinâmica
3.1.4 Levantamento e transporte de cargas
3.1.5 Fatores antropométricos
3.2 A CARGA DE TRABALHO E A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
3.3 DOENÇAS OCUPACIONAIS
3.3.1 LER e DORT
3.4 FATORES DE RISCO OCUPACIONAIS
3.4.1 Risco Ergonômico
3.4.2 Risco Comportamental
3.4.3 Risco Ambiental
3.5 SAÚDE MENTAL E TRABALHO
3.5.1 Substâncias agravantes à saúde mental no trabalho
3.5.2 Transtornos mentais no trabalho
3.5.3 Estresse no trabalho
MÓDULO IV
4 GESTÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR
AN02FREV001/REV 4.0
4
4.1 ÉTICA PROFISSIONAL
4.2 HIGIENE DO TRABALHO
4.2.1 Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
4.2.2 Limite de tolerância e insalubridade
4.3 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
4.3.1 Qualidade de vida no trabalho e aposentadoria
4.4 GESTÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR
4.4.1 Ferramentas utilizadas na Gestão da Saúde do Trabalhador
4.4.1.1 OHSAS 18001
4.4.1.2 Norma BS 8800
4.4.1.3 Programa 5S
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AN02FREV001/REV 4.0
5
MÓDULO I
AN02FREV001/REV 4.0
6
1.1.1 Saúde
AN02FREV001/REV 4.0
7
Já não seria um corpo físico são que classificaria a pessoa como saudável,
mas todos os meios que o constituem. Entretanto, essa definição pode sofrer breves
modificações e complementos nos próximos anos. Não como obrigação, mas devido
a outros fatores, conforme a seguir:
AN02FREV001/REV 4.0
8
FIGURA 3 - CHARGE APRESENTANDO OSWALDO CRUZ NO COMBATE ÀS
PESTES NO RIO DE JANEIRO
AN02FREV001/REV 4.0
9
1.1.2 Trabalho
AN02FREV001/REV 4.0
10
Preocupados apenas com os ganhos decorrentes desses equipamentos, os
proprietários de tais máquinas não se preocupavam com o local, a segurança e o
bem-estar daqueles que realizavam as tarefas. Era comum encontrar crianças e
idosos em ambientes inadequados, sem as mínimas condições de higiene, fator
responsável por traumas como amputações, mortes e doenças.
Somente após o final da Segunda Guerra Mundial, no ano de 1919, surge a
primeira organização reconhecida internacionalmente, preocupada com os militares
combatentes que haviam sofrido sequelas devido ao evento: a Organização Mundial
do Trabalho (OIT).
Essa organização surgiu como parte do Tratado de Versalhes, que declarou
o término oficial da Primeira Guerra Mundial. A organização torna-se responsável
pelas normas internacionais do trabalho, tais como: redução da jornada de trabalho,
direitos da mulher e idade mínima para o mercado de trabalho.
No Brasil, um fator fundamental que colaborou para a valorização do
trabalhador ocorreu no ano de 1936, quando o presidente da República Getúlio
Vargas fixa o valor dos Salários Mínimos Regionais. No ano seguinte, surge a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), tendo como atribuição o respeito aos
direitos do trabalhador.
Contrato, organização sindical, justiça do trabalho, Ministério Público do
Trabalho são alguns temas presentes na CLT, tornando-a, então, a principal norma
legislativa brasileira referente ao Direito do Trabalho e ao Direito Processual do
Trabalho, sendo utilizada até os dias atuais como norteadora dos direitos e garantias
do cidadão trabalhador, principalmente quando ocorre desarmonia entre patrão e
empregado.
AN02FREV001/REV 4.0
11
1.1.3 Saúde e trabalho
AN02FREV001/REV 4.0
12
Segundo destacou Chiavenato (2004), a ORT apresentava preocupação
com o aumento da produção de maneira organizada, o que indiretamente
influenciava na saúde do trabalhador, onde podemos citar: a análise do movimento e
o tempo em que era executado; atenção com a fadiga humana; competência de um
profissional para exercer uma única função e adequação do ambiente de trabalho.
AN02FREV001/REV 4.0
13
Fatores esses que, anos vindouros, iriam servir como critérios para a
execução de programas de ginástica laboral, ergonomia e demais métodos
empregados para proporcionar saúde ao trabalhador, como veremos mais adiante
no presente curso.
Outro fator a ser observado é o chamado Ciclo Econômico de Saúde,
conforme destacado por Souto (2009). Descreve que um cidadão com muitos bens
apresenta boa nutrição e padrão de moradia higiênica, tornando esses os fatores
condicionantes de saúde.
O mesmo autor ainda descreve que a saúde é o princípio essencial para o
crescimento social, ou seja, quanto mais saúde um povo obter, maior será o
crescimento social desse povo. Daí se separa os chamados, Círculo Vicioso da
Doença e o Círculo Virtuoso da Saúde, em que as diferenças salariais irão definir
maior incidência de saúde ou de doença, conforme a figura a seguir.
AN02FREV001/REV 4.0
14
1.2 O PAPEL DO SUS NA SAÚDE DO TRABALHADOR
AN02FREV001/REV 4.0
15
[...] um conjunto de atividades que se destina, através das ações de
vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da
saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da
saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das
condições de trabalho, abrangendo:
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de
doença profissional e do trabalho;
II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde
(SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos
potenciais à saúde existentes no processo de trabalho;
III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde
(SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de produção,
extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de
substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam
riscos à saúde do trabalhador;
IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às
empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e
do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações
ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão,
respeitados os preceitos da ética profissional;
VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de
saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;
VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo
de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades
sindicais;
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão
competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo
ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida
ou saúde dos trabalhadores. (JUSBRASIL. Disponível em:
<http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/109386/lei-8080-90>.
Acesso em 24 set. 2013).
AN02FREV001/REV 4.0
16
A execução de suas ações é de competência do SUS, conforme dispõe a
Constituição Federal (artigo 200) e regulamentação da Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990 (artigo 6º), além de diversos dispositivos regulamentares
estaduais e municipais. Em nível federal, foi regulamentada pela Norma Operacional
em Saúde do Trabalhador (NOST), disposta pela Portaria nº 3.908, de 30 de outubro
de 1998.
Para o SUS, a Saúde do Trabalhador também integra ações de Saúde
Pública, observados o estudo, a prevenção, a assistência e a vigilância
correlacionadas e ocorridas no ambiente de trabalho, tornando o trabalhador
detentor de direito universal à saúde, também sendo “regulamentada pela Norma
Operacional em Saúde do Trabalhador, na Portaria nº 3.908, de 30 de outubro de
1998” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009, p. 347).
No entanto, a Saúde do Trabalhador passou a ter maior atenção do SUS por
meio da Portaria GM/MS nº 1.823, de 23 de agosto de 2012, que cria a Política
Nacional de Saúde do Trabalhador, tendo como principal ação: “promoção e
proteção da saúde dos trabalhadores, redução da morbimortalidade, execução de
ações de promoção, vigilância, diagnóstico, tratamento, recuperação e reabilitação
da saúde” (PORTAL SAÚDE. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=30426&janela=1>
Acesso em 23 set. 2013).
Tem como objetivos e estratégias:
AN02FREV001/REV 4.0
17
1.2.1 A RENAST e a CEREST
AN02FREV001/REV 4.0
18
FIGURA 8 - CEREST PRESENTE NA CIDADE DE ARARAQUARA, SÃO PAULO
AN02FREV001/REV 4.0
19
1.3 FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
AN02FREV001/REV 4.0
20
É de suma importância informar ainda que, são equiparados a acidentes de
trabalho, conforme o artigo 21 da presente lei:
[...]
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em
consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de
companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou
decorrentes de força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no
exercício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de
trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da
empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar
prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando
financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão
de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive
veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela,
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da
satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou
durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
(Lei nº 8.213 de 1991, art. 21).
AN02FREV001/REV 4.0
21
GRÁFICO 1 - ACIDENTES DE TRABALHO POR REGIÃO NO BRASIL
AN02FREV001/REV 4.0
22
1.3.2 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
AN02FREV001/REV 4.0
23
Os representantes CIPA têm as seguintes pertinências:
AN02FREV001/REV 4.0
24
O relatório deverá informar os setores da empresa, os exames médicos que
foram realizados, anormalidades que foram observadas e o planejamento para o ano
a seguir. A apresentação do relatório deverá ser executada e discutida entre os
membros da CIPA.
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25
As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração
direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a
saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
(PORTALMTE. Disponível em:
<http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D36A2800001388128376306AD
/NR-04%20(atualizada).pdf>. Acesso em: 22 out.2013).
FIM DO MÓDULO I
AN02FREV001/REV 4.0
26
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
SAÚDE DO TRABALHADOR
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
SAÚDE DO TRABALHADOR
MÓDULO II
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
28
MÓDULO II
AN02FREV001/REV 4.0
29
O auxílio doença ocorre quando o trabalhador apresenta uma incapacidade
temporária, conforme preceitua Santos (2011), sendo a incapacidade comprovada por
perícia médica a cargo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Plano de
Benefícios da Previdência Social dá ênfase ao auxílio doença nos artigos 59 a 62.
AN02FREV001/REV 4.0
30
o auxílio doença não deixará de ser liberado ao trabalhador, tendo em vista este
apresentar apenas perda parcial de sua capacidade de trabalho.
A aposentadoria por invalidez ocorre quando o trabalhador não apresenta
condições de retornar ao trabalho em caráter definitivo, sem conseguir exercer sua
função desempenhada, devido a sua incapacidade diagnosticada. Neste caso, não
há prognóstico de que o trabalhador possa melhorar. Entretanto, as doenças ou
lesões preexistentes cujo trabalhador já havia sido acometido antes de contribuir
para a Previdência, não o torna aposentado por invalidez.
Quando ocorre um evento caracterizado por acidente de trabalho, a empresa
deve obrigatoriamente e legalmente informar a ocorrência junto ao INSS, de acordo
com a cartilha de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), disponibilizada no
site da Previdência Social: (MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. Disponível
em: <http://www.previdencia.gov.br/forms/formularios/form001.html>. Acesso em: 18
out. 2013).
Segundo Santos (2011), a CAT deve ser preenchida no primeiro dia útil ao
de sua ocorrência, principalmente quando o acidente resulta em morte do
trabalhador. Entretanto, havendo omissão por parte da empresa, o trabalhador
acidentado, seus familiares, seu representante sindical ou o médico que lhe atendeu
deverão informar a situação para as autoridades.
A elaboração da CAT é útil não somente para levantamento de indicadores
estatísticos ou epidemiológicos, como também para possíveis processos trabalhista e
social, sendo este um dos possíveis motivos de uma empresa não informar a
ocorrência de acidente de trabalho, podendo ser classificado como crime de omissão.
AN02FREV001/REV 4.0
31
Apesar de tudo, a presente norma visa não somente proteção legal ao
trabalhador, como também a preservação e a manutenção do mesmo em seu
ambiente de trabalho. Com relação à Saúde e Segurança do Trabalhador, algumas
das normas adotadas na presente CLT tratam da obrigatoriedade da empresa em
fornecer equipamento de proteção individual (EPI) aos trabalhadores gratuitamente,
definição e risco das atividades insalubres ou perigosas, apresentação clara e
explicativa dos materiais e substâncias empregadas, manipulados ou transportados
nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, etc.
Normas Regulamentadoras:
NR-1 - Disposições Gerais;
NR-2 - Inspeção Prévia;
NR-3 - Embargo e Interdição;
NR-4 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho –
SESMT;
NR-5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – Cipa;
NR-6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI;
NR-7 - Exames Médicos;
NR-8 – Edificações;
NR-9 - Riscos Ambientais;
NR-10 - Instalações e Serviços de Eletricidade;
NR-11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de
Materiais;
NR-12 - Máquinas e Equipamentos;
NR-13 - Vasos Sob Pressão;
NR-14 – Fornos;
NR-15 - Atividades e Operações Insalubres;
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32
NR-16 - Atividades e Operações Perigosas;
NR-17 – Ergonomia;
NR-18 - Obras de Construção, Demolição, e Reparos;
NR-19 – Explosivos;
NR-20 - Combustíveis Líquidos e Inflamáveis;
NR-21 - Trabalhos a Céu Aberto;
NR-22 - Trabalhos Subterrâneos;
NR-23 - Proteção Contra Incêndios;
NR-24 - Condições Sanitárias dos Locais de Trabalho;
NR-25 - Resíduos Industriais;
NR-26 - Sinalização de Segurança;
NR-27 - Registro de Profissionais;
NR-28 - Fiscalização e Penalidades.
(EDITORA MAGISTER. Disponível em:
<http://www.editoramagister.com/doc_308880_PORTARIA_N_3214_DE_8_
DE_JUNHO_DE_1978.aspx>. Acesso em: 10 out. 2013).
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33
FIGURA 10 - AS NRS OBJETIVAM A SAÚDE DO TRABALHADOR NAS
INDÚSTRIAS E EMPRESAS
Segundo Másculo (2011), o termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez
no ano de 1857, por Jastrzebowski, onde era citada como uma ciência natural, tendo
seu desenvolvimento a partir da 2ª Guerra Mundial, quando profissionais de diversos
ramos da ciência buscavam a melhor maneira de adequar as tecnologias da época
com os militares que a utilizavam. Essa adequação foi um marco na história da
ergonomia sendo empregada no pós-guerra, principalmente nas indústrias (DUL;
WEERDMEESTER, 2004).
AN02FREV001/REV 4.0
34
A palavra ergonomia deriva dos termos gregos ergon, que significa
“trabalho”, e nomos, “normas, regras, leis”. Conforme o site da Associação Brasileira
de Ergonomia (ABERGO), no ano de 2000, a Associação Internacional de
Ergonomia (IEA) definia ergonomia como uma ciência que visava a melhor interação
“dos homens e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios,
dados e métodos a projetos, otimizando o bem estar humano e o desempenho
global do sistema”.
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35
FIGURA 11 - NA ERGONOMIA O MEIO TEM QUE SE ADEQUAR AO HOMEM
E NÃO O INVERSO
AN02FREV001/REV 4.0
36
Ergonomia cognitiva: refere-se aos processos mentais, tais como
percepção, memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as
interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Os
tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho, tomada de
decisão, desempenho especializado, interação homem computador, stress
e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas;
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37
FIGURA 12 - A SOBRECARGA FÍSICA COMPROMETE
A POSTURA DO TRABALHADOR
AN02FREV001/REV 4.0
38
O ergonomista poderá ainda elaborar alguns relatórios que descrevam as
condições do ambiente de trabalho, a segurança do trabalhador e os locais que
necessitem de uma intervenção ergonômica com ou sem urgência. Dentre os
relatórios podemos citar: Análise Ergonômica do Trabalho, Mapeamento Ergonômico,
Laudo Ergonômico, Análise de Riscos Ergonômicos, Parecer Técnico Ergonômico etc.
As ferramentas utilizadas na ergonomia têm como função auxiliar o
profissional de ergonomia em diagnosticar a necessidade da intervenção
ergonômica, seja no ambiente, na ferramenta ou no próprio trabalhador.
Dentre as ferramentas para avaliação dos riscos relacionados ao
desenvolvimento de lesões musculoesqueléticas podemos citar: Avaliação dos
Sintomas Musculoesqueléticos Relacionados ao Trabalho, Avaliação do Índice de
Capacidade para o Trabalho, Avaliação da Qualidade do Sono, Avaliação do
Estresse no Trabalho.
Há ainda a ferramenta conhecida por Equação do National Institute of
Occupational Safety and Health (NIOSH), que é utilizada no intuito de observar a carga
manuseada por um trabalhador, os movimentos normais necessários, força
empreendida para a execução, comprometimento postural, se a carga necessita de um
segundo trabalhador para ser manuseada e os limites de carga para manuseio do peso.
Com relação à postura adotada no ambiente de trabalho, a ergonomia
emprega os protocolos de registros posturais, que têm como função diagnosticar
posturas críticas, presença de sobrecarga, risco de lesão decorrente de posturas
adotadas, etc. Entre os protocolos de registro postural, os mais utilizados são: Rapid
Entire Body Assessment (REBA), Ovako Working Posture Analysing System
(OWAS) e Rapid Upper Limb Assessment (RULA).
Enfim, as condições do trabalho irão interferir nas condições do trabalhador,
sejam elas física, psíquica ou social. O ergonomista precisa estar atento em tudo o
que está ao seu redor e que pode influenciar na qualidade de vida dos
trabalhadores, podendo inclusive reduzir os riscos ergonômicos.
Daí a importância de se ter um ergonomista em uma empresa,
principalmente no intuito da prevenção no trabalho. Infelizmente, grande parte das
empresas só contrata um ergonomista quando a mesma é notificada pelo Ministério
Público do Trabalho ou outros órgãos responsáveis por fiscalizar o ambiente de
trabalho, principalmente por denúncias realizadas pelos próprios trabalhadores.
AN02FREV001/REV 4.0
39
2.3 PROGRAMAS DE GINÁSTICA LABORAL
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40
2.3.1 Origem da Ginástica Laboral
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41
Quanto ao seu objetivo, Maciel et al. (2005) classificaram a GL em: ginástica
corretiva ou postural (alongamento dos músculos mais sobrecarregados e
fortalecimento dos músculos em desuso ou em pouco uso) e ginástica de
compensação (previne vícios posturais e a fadiga).
Na prática é comum observamos programas de GL que utilizam apenas
duas ou até mesmo uma das fases descritas, ainda que o ambiente apresente
circunstâncias que propiciem e necessitem de tal prática. Diferente das fases da GL,
os objetivos da mesma é prática mais comum entre os profissionais responsáveis
pela elaboração dos programas.
AN02FREV001/REV 4.0
42
Os benefícios psicossociais são: redução do estresse, da depressão, da
irritação, da angústia e das mudanças bruscas do humor; melhora da autoimagem,
do relacionamento interpessoal; diminuição dos problemas de relacionamento
familiar e no trabalho; aumento da motivação, da disposição e do desempenho
pessoal para as atividades laborais.
Para Maciel et al. (2005), esses fatores são perceptíveis principalmente
quando a GL é elaborada não como ferramenta isolada, mas em conjunto com
outros programas. Ou seja, a GL torna-se mais efetiva quando ocorre uma
intervenção multidisciplinar de diversos profissionais (médicos, ergonomistas,
engenheiros, fisioterapeutas, nutricionistas etc.).
AN02FREV001/REV 4.0
43
valor, tornando sua atividade monótona, obrigatória e sem objetividade, além de não
ter um tempo mínimo para sua execução.
Existem algumas contravenções quanto a elaboração de alguns programas,
principalmente em relação ao seu real meio de reduzir/prevenir as doenças
ocupacionais. Este fato se deve, provavelmente, devido ao desconhecimento ou
falta de preparo por quem organiza os programas de GL nas empresas, seja o
educador físico ou o fisioterapeuta.
AN02FREV001/REV 4.0
44
GL são úteis para que o profissional aja de acordo com a necessidade presente,
sendo possível acompanhar o avanço dos programas e seu real impacto na
prevenção de lesões no ambiente de trabalho.
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45
Por situação entendem-se relações entre coisas e/ou pessoas. Exemplo:
uma determinada situação de trabalho e os riscos à saúde, ou de acidentes,
nela implicados. Fatos são ocorrências envolvendo coisa e/ou pessoas; por
exemplo, um acidente de trabalho ou a ocorrência de uma doença
profissional (BRANDIMILLER, 1996, p. 25).
AN02FREV001/REV 4.0
46
importância do profissional. Caso o perito não dê informações verídicas, com ou sem
intenção, ficará dois anos sem exercer a função de perito.
Vale ressaltar que o profissional perito pode pedir despensa da função,
desde que tenha um motivo legítimo ou não ter conhecimento técnico ou científico
adequado para exercer a função. Nestes casos, cabe ao juiz respeitar a decisão do
profissional que ele havia incumbido.
Dentre os profissionais que contribuem de sobremaneira na atividade de
pericia judicial, temos o fisioterapeuta, que pode ser um importante colaborador da
Justiça do Trabalho, auxiliando na geração e interpretação de provas. Segundo
Veronesi apud Figueiredo et al. (2007):
AN02FREV001/REV 4.0
47
conhecimento em biomecânica, análise cinético funcional, entre outras disciplinas,
para elaborar um Laudo Cinesiológico Funcional, que será anexado ao processo e
encaminhado ao juiz que julgará o caso.
AN02FREV001/REV 4.0
48
repartições públicas, instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias etc.”
(CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, Art. 429).
Para realizar essa ação, o profissional perito poderá adentrar o ambiente em
que o trabalhador realizava suas atividades laborais, carga horária de trabalho,
rotina diária, quantidade de atividades repetitivas, ter acesso a documento da
empresa, seja do setor de recursos humanos ou do setor operacional, analisar
relatório do setor de medicina do trabalho (se houver na empresa) e outras medidas
oportunas e úteis, visando antes de tudo, levantamento de informações que irão
contribuir para a conclusão da perícia, com o mínimo de erros possíveis.
FIM DO MÓDULO II
AN02FREV001/REV 4.0
49
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
SAÚDE DO TRABALHADOR
Aluno:
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50
CURSO DE
SAÚDE DO TRABALHADOR
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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51
MÓDULO III
AN02FREV001/REV 4.0
52
saúde como das demais áreas do conhecimento, tais como: engenheiros,
administradores, assistentes sociais etc.
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53
O mesmo autor define movimento angular como o que ocorre ao redor de
algum ponto, desde que as diferentes regiões do mesmo segmento corporal ou
objeto não se movimentem pela mesma distância. Como exemplo, podemos
apresentar um trabalhador que, ao levantar uma carga e pô-la sobre uma superfície
sólida como uma mesa, realiza o movimento de rotação da coluna, onde para
realizar tal movimento, há maior estresse do membro superior que se encontra mais
distante da mesa, caso adote uma postura incorreta para realizar o movimento.
AN02FREV001/REV 4.0
54
3.1.2 Análise cinemática e análise cinética
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55
Com essas análises é possível avaliar tanto as características que compõem
o movimento de uma carga, seu grau de dificuldade e as forças atuantes para a
execução do movimento. Como exemplo, podemos citar trabalhadores que atuam no
setor de produção, onde deverão produzir determinadas peças por hora trabalhada.
Nesse caso a análise cinemática irá verificar as características dos
movimentos do objeto, desde as características físicas do local em que é realizada a
atividade até o tempo necessário para ele ser finalizado. Enquanto a análise cinética
ocupar-se-á das forças necessárias para que os movimentos sejam executados,
tanto a força mecânica ou humana.
AN02FREV001/REV 4.0
56
FIGURA 18 - TROCA DE POSTURA ENTRE SENTANDO E EM PÉ
AN02FREV001/REV 4.0
57
3.1.4 Levantamento e transporte de cargas
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58
Porém, algumas regras podem ser seguidas, tais como: respiração, peso
máximo levantado para o levantamento, levantamento com agachamento, distância
da carga em relação ao corpo, levantamento simétrico, rotação e inclinação do
tronco, localização vertical do objeto (altura). Vale a pena ressaltar que a carga
máxima que um trabalhador pode levantar é de 23 kg.
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59
FIGURA 21 - EXEMPLO DE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS QUEINFLUENCIAM
NA PRODUTIVIDADE DO TRABALHO
AN02FREV001/REV 4.0
60
3.2 A CARGA DE TRABALHO E A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
AN02FREV001/REV 4.0
61
Baumer (2003, p. 22) descreveu a carga mental de trabalho como “aquela
que não responsabiliza apenas a tarefa como fonte potencial para essa carga, mas
também coloca o indivíduo como fonte da carga”. Esse fator faz com que a carga
esteja sujeita às particularidades de cada indivíduo.
Entretanto, Dejours apud Lazzareschi (2012, p. 55) descreve que as
exigências mentais no ambiente de trabalho não são tão graves como o sentimento
de insatisfação, sendo esta última responsável pelo começo do sofrimento do
trabalhador.
A carga de trabalho também sofre influência das chefias, onde muitas das
vezes, para alcançarem as metas a serem obtidas, exigem dos funcionários mais
rapidez e menos perda de tempo, podendo provocar relacionamento com conflitos
entre chefes e supervisores, o que torna o ambiente de trabalho sinônimo de
“estresse” e até humilhação.
AN02FREV001/REV 4.0
62
Para reduzir a carga de trabalho podem-se utilizar as pausas de repouso e
redução do ritmo de trabalho, o que gerará prevenção da fadiga muscular, que,
segundo Guyton (1996, p. 68), é a presença de “contrações fortes e prolongadas de
um músculo”, podendo ser gerada pela ausência de fluxo de sangue no músculo em
contração, o que ocasiona redução dos níveis de oxigênio, que são responsáveis de
manter a nutrição no músculo.
As pausas aplicadas no ambiente laboral pela primeira vez por Taylor
tiveram um importante estudo realizado durante a Primeira Guerra Mundial, onde
cientistas norte-americanos concluíram que cargas de trabalho superiores a 48
horas ocasionavam absenteísmo, aumento de lesões e redução da produção por
homem/hora e que uma carga horária semanal de trabalho de 55 horas apresentava
13% mais produtividade do que uma carga horária de 74 horas (RASCH, 1991).
Com relação à redução do ritmo de trabalho, é preciso observar a velocidade
do movimento individual e em grupo de cada trabalhador, pois “um trabalhador cuja
velocidade de movimento preferida não é compatível com a imposta a ele por seu
trabalho pode ser submetido a tensões que o tornam ineficiente e infeliz” (RASCH,
1991, p. 194).
Ou seja, o ritmo de trabalho deve respeitar as características cognitivas e
proprioceptivas de cada trabalhador, o que normalmente não ocorre. Além destes
fatores, pode-se utilizar outras medidas para evitar uma fadiga decorrente de alta
carga de trabalho, onde o próprio trabalhador pode evitá-la, tais como:
AN02FREV001/REV 4.0
63
funcionários reduzido e desproporcional à demanda; falta de mão de obra
qualificada para tal função; redução de gastos; melhoria salarial; carga horária
excessiva (horas extras) etc.
A empresa que tem uma boa organização encontra-se buscando oferecer
aos seus funcionários os melhores recursos, para obter melhor produção. Como
exemplo, podemos citar empresas que, no momento de intervalo, disponibilizam
salão de jogos e dormitórios para seus colaboradores, pois acreditam que, quanto
mais o trabalhador estiver disposto, melhor será o aumento da produtividade.
Infelizmente, muitas empresas não oferecem condições de trabalho dignas
aos trabalhadores, tais como: ambiente sem ventilação, falta de higiene,
equipamentos danificados, posto de trabalho sem as mínimas condições de
segurança etc. Fatores que tornam a atividade laboral penosa, desestimulante e
estressante. Sobre a organização do trabalho, descreveram Dul e Weerdmeester
(2004, p. 99) o seguinte:
AN02FREV001/REV 4.0
64
É importante salientarmos que é necessário um líder na empresa, para
desenvolver os trabalhos de maneira organizada, observado também o ambiente de
trabalho, presença de fatores que contribuam para a insatisfação do colaborador e
melhora da relação patrão-funcionário; visando não somente o bem-estar da
empresa, mas também do seu trabalhador.
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65
Como preceitua a lei em destaque, uma doença profissional pode ser
considerada acidente de trabalho, desde que esta tenha relação com a função
exercida pelo trabalhador, sendo que para assim ser classificada, segundo a lei, é
preciso que haja incapacidade laborativa, quando o profissional é incapaz de
executar o trabalho devido à presença da doença. Ou seja, se não produziu
incapacidade, não é considerada como doença do trabalho.
O Mistério do Trabalho e Emprego apresentou alguns dados da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), onde fora descrito que os países gastam
aproximadamente 4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, cerca de 2,8 trilhões
de dólares, com as doenças profissionais. Dinheiro que poderia ser utilizado com
outras finalidades, como educação e prevenção.
A Portaria nº 1339/GM, do Ministério da Saúde, de 18 de novembro de 1999,
apresenta a lista de doenças relacionadas ao trabalho, a ser adotada como
referência dos agravos originados no processo de trabalho. A referida Portaria
encontra-se no site <http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port99/GM/GM-
1339.html>. Trata não somente das doenças do sistema osteomuscular e do tecido
conjuntivo, relacionadas com o trabalho, como também do sistema nervoso, da pele
e do tecido subcutâneo, do sistema respiratório, entre outros.
No ano de 2001, o Ministério da Saúde do Brasil em conjunto com a
Organização Pan-Americana da Saúde, lança no Brasil o livro “Doenças
Relacionadas ao Trabalho – Manual de Procedimentos para os Serviços de
Saúde”, no sentido de cumprir a determinação constitucional de dar atenção à
saúde do trabalhador, tendo como objetivo colaborar com os profissionais dos
serviços de saúde quanto aos procedimentos de assistência, prevenção e
vigilância da saúde dos trabalhadores, auxiliando na caracterização das relações
da doença com o trabalho.
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66
3.3.1 LER e DORT
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67
3.4 FATORES DE RISCO OCUPACIONAIS
Neste item iremos descrever os principais fatores que podem contribuir para
que a saúde do trabalhador sofra algum dano ou sequela. Para tanto iremos abordar
os principais riscos ocupacionais que necessitam de atenção por parte do profissional
de saúde do trabalho. Dentre os fatores iremos apresentar: risco ergonômico, risco
comportamental e risco ambiental (agentes químicos, físicos e biológicos).
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68
3.4.2 Risco Comportamental
Este tipo de risco é o mais comum e mais difícil de evitar, pois ele descreve
as atitudes comportamentais do trabalhador que podem colaborar para que ocorra
um acidente de trabalhado ou até mesmo um incidente de maiores proporções. Um
exemplo prático acontece quando o trabalhador deve utilizar o equipamento de
proteção individual (EPI), item obrigatório por lei.
Ainda que o mesmo esteja utilizando o EPI, pode ser que o funcionário
esteja utilizando incorretamente o seu equipamento. E o que é pior, de maneira
proposital. É comum observarmos que o equipamento apresenta algumas outras
adulterações decorrentes da falta de cuidado e manutenção por parte do próprio
trabalhador.
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69
O Risco Comportamental torna-se difícil de evitar porque envolve idoneidade
e conscientização do trabalhador, ainda que o mesmo tenha recebido treinamento,
assistido a palestras ou cursos que tratem da importância de se prevenir e controlar
os riscos. Envolve o comportamento da pessoa, algo que se obtém no convívio
social, conforme veremos no Módulo IV do presente curso, na aula que descreve a
ética profissional.
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70
3.5 SAÚDE MENTAL E TRABALHO
Como o próprio nome descreve, o termo saúde mental pode ser empregado
para avaliar a capacidade mental do homem em interagir com o meio social (casa,
escola, trabalho, comunidade) sem apresentar algum comprometimento mental. Este
termo também sofre influência da saúde física e mental, conforme preceitua a
definição do termo saúde pela Organização Mundial da Saúde (2008, p. 10): “A
saúde é um estado de bem-estar físico, mental, e social”.
Outro fator que pode agravar a saúde mental do trabalhador e que muitas
vezes são despercebidos pelas autoridades, é a presença de agentes e produtos
químicos no ambiente de trabalho, tais como determinados metais e solventes com
ação tóxica, podendo ocasionar: “irritabilidade, nervosismo, inquietação, distúrbios
da memória e da cognição e, por fim, com evolução crônica, muitas vezes
irreversível e incapacitante” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001. p. 162).
Para evitar tais ocorrências é preciso que as empresas trabalhem com
prevenção, além de vigilância dos agravos à saúde e dos ambientes e condições de
trabalho, empregando ações em conjunto com a equipe de saúde do trabalho, como:
médicos, engenheiros, ergonomista, psicólogos, enfermeiros e técnicos de
segurança do trabalho.
Além do mais, é necessário que o trabalhador também participe desse
processo, informando situações que passam despercebidas pela equipe de saúde.
Dentre as normas técnicas e regulamentos vigentes úteis para evitar o
surgimento e o agravamento da saúde mental do trabalhador, podemos citar:
AN02FREV001/REV 4.0
71
1. Reconhecimento prévio das atividades e locais de trabalho onde existam
substâncias químicas, agentes físicos e/ou biológicos e os fatores de risco
decorrentes da organização do trabalho potencialmente causadores de
doença;
2. Identificação dos problemas ou danos potenciais para a saúde,
decorrentes da exposição aos fatores de risco identificados;
3. Identificação e proposição de medidas que devem ser adotadas para a
eliminação ou controle da exposição aos fatores de risco e para proteção
dos trabalhadores;
4. Educação e informação aos trabalhadores e empregadores.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001. p. 162).
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Deterioração ou descompensação no trabalho: refere-se a falhas
repetidas na adaptação a circunstâncias estressantes. Frente a situações
ou circunstâncias mais estressantes ou de demanda mais elevada, os
indivíduos saem, desaparecem ou manifestam exacerbações dos sinais e
sintomas de seu transtorno mental ou comportamental. (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2001. p. 163).
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Enquanto para alguns a pressão pode ser impulsionadora e, deste modo,
motivadora, para outros, ao contrário, ela pode ser estressante. A pressão
no trabalho não é determinante no desencadeamento do estresse, se o
fosse todos os trabalhadores na contemporaneidade estariam
obrigatoriamente estressados, e não é isso que se observar (SILVEIRA,
2009, p.12,).
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
SAÚDE DO TRABALHADOR
Aluno:
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CURSO DE
SAÚDE DO TRABALHADOR
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO IV
AN02FREV001/REV 4.0
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A relação existente entre ética e trabalho é apresentada por Gonçalves e
Wyse (1996, p. 24), que descreveram:
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§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto
de atividades que se destina, através das ações de vigilância
epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos
trabalhadores [...], abrangendo:
V - informação ao trabalhador [...], respeitados os preceitos da ética
profissional; (JUSBRASIL. Disponível em:
<http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/109386/lei-8080-90>.
Acesso em: 11 out. 2013).
Apesar de transcrita em lei, a matéria não informa como a ética deve ser
empregada no ambiente laboral. Infelizmente isso ocorre porque não há uma
preocupação mais ostensiva com a ética e sua real importância no setor de trabalho,
o que faz com que não ocorra o “respeito aos preceitos éticos”. Fato muito comum
no ambiente laboral, principalmente por parte das empresas.
Entretanto, o termo “ética” não pode ser visto somente na relação patrão-
trabalhador, sendo este termo também utilizado na relação trabalhador-trabalhador,
trabalhador-patrão e trabalhador-sociedade. Ou seja, a ética engloba o convívio com
as pessoas ao redor do trabalhador, que antes de ser trabalhador, também é um
cidadão como qualquer outro.
A falta de ética por parte do trabalhador também é algo a ser observado. Ou
seja, quando o trabalhador desrespeita a moral da empresa em que trabalha. Muitas
empresas trabalham com sigilo de informações, principalmente quando são
informações úteis para outra empresa concorrente. Neste caso, o trabalhador deixa
de ser ético quando repassa essa informação para a concorrente.
A falta de ética tanto por parte do trabalhador como por parte da empresa irá
depender da consciência moral de cada um. Para Gonçalves e Wyse (1996, p. 11),
consciência moral é a “capacidade interna que o indivíduo tem de reagir ao certo e
ao errado, a capacidade de distinguir entre o bem e o mal”.
A consciência moral também caminha em conjunto com a ética. Neste caso
a ética dependerá da decisão entre o que é correto e incorreto, entre o bem e o mal,
onde a pessoa sofre influência do meio em que vive ou viveu, ou seja, aquilo que é
tido como normal para uma sociedade pode não ser normal para outra.
É neste momento que entram as legislações específicas de cada região ou
país, pois elas irão delimitar o que é certo e errado, o aceitável e o inaceitável, tudo
com base na ética, ou seja, no comportamento da sociedade, respeitando sempre a
dignidade, a liberdade e a igualdade entre os homens.
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Siqueira (2008, p. 41) descreveu:
[...] qualquer forma de labor deve ser fundamentada em uma ética que
perceba a igual dignidade inerente a todos os seres humanos e a tudo
aquilo que decorre dela, como por exemplo, a proibição do trabalho
escravo, a violência no campo, a superjornada do trabalho, o abuso do
trabalho infantil, a exploração desumana da força de trabalho, as condições
desumanas de trabalho. Trata-se, aqui, de uma ética da condição humana
universal, tão próxima da Declaração Universal dos Direitos Humanos e do
projeto planetário de cidadania.
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80
Outro exemplo que trata da falta de ética no trabalho é a violência e as
condições do trabalho. A violência no trabalho pode ser física, moral ou mental.
Exemplo de violência que engloba estes dois fatores, são os assédios sexuais cujos
autores são membros da chefia, comumente vitimando mulheres, quando em troca
de favores sexuais o patrão promete estabilização ou alguma promoção no ambiente
de trabalho.
Este tipo de crime também pode acontecer entre pares de mesma hierarquia
na empresa, diferente das condições desumanas do ambiente de trabalho, que
ferem os princípios éticos de respeito e moral da pessoa humana, além de
favorecerem riscos de acidentes e doenças do trabalho. Fazendo com que o
trabalho seja realizado sem disposição, submetendo o trabalhador a condições
mortificadoras.
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médico. Não daremos ênfase nos fatores de risco, tendo em vista que essa aula foi
explicada em módulo anterior a este.
Para que as ações de higiene se tornem eficientes na prevenção dos riscos
é necessário, primeiramente, que haja uma integração entre o profissional de saúde
do trabalhador e a equipe de gestores da empresa. É neste momento que devem ser
discutidos alguns pontos como: tipos de resíduos e substâncias utilizadas no local
de trabalho, armazenamento e eliminação adequados destas substâncias e possível
acometimento na saúde do trabalhador e ao ambiente, ou seja, não somente o
ambiente de trabalho como também ao redor.
Após o contato com a gestão da empresa, devem-se realizar constantes
treinamentos e palestras entre toda a equipe, com a participação indispensável do
trabalhador, para que caso ocorra um evento, a equipe possa ter noção das medidas
que devem ser adotadas e o que deve ser feito para que o evento não tome
proporções maiores e gere mais vítimas.
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Após avaliar o risco serão empregadas medidas para que esse risco não se
torne um incidente. Ou quando o risco já se tornou um incidente, serão necessárias
medidas para que haja um permanente controle, evitando novos incidentes e o
agravamento do quadro, onde serão adotadas medidas que tenham como finalidade
evitar novas vítimas e redução dos impactos no ambiente, evitando acima de tudo o
descontrole da situação.
É preciso observar que todas as medidas adotadas na PPRA têm suas
responsabilidades, tanto por parte da empresa como por parte do trabalhador:
Do empregador:
I. estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como
atividade permanente da empresa ou instituição.
Dos trabalhadores:
I. colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;
II. seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do
PPRA;
III. informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu
julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.
(PORTALMTE.COM. Disponível em:
<http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEF1CA0393B2
7/nr_09_at.pdf>. Acesso em: 10 out. 2013).
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83
FIGURA 28 - JORNAL INFORMANDO ACIDENTE NUCLEAR NA USINA DE
CHERNOBYL, NA UCRÂNIA, EM 1986
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84
Como exemplo, podemos citar o manganês, que é uma substância utilizada
na fabricação de ligas metálicas. O limite de tolerância para o manganês, com
exposição a sua poeira, é de até 5mg/m3 no ar, em uma jornada diária de até oito
horas. Acima desse limite a pessoa poderá apresentar algum comprometimento a
sua saúde.
Além dos demais agentes químicos, os limites de tolerância também são
utilizados para: ruídos contínuos ou intermitentes, ruídos de impacto, exposição ao
calor entre outros fatores que possam ocasionar algum dano à saúde ou ao
ambiente.
A insalubridade é um direito do trabalhador quando este se encontra em
uma atividade cuja ação esteja acima dos limites de tolerância. A insalubridade tem
sua definição e amparo conforme descrição presente na Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT):
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4.3 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
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86
1) Compensação adequada e justa (conceito relativo a salário x experiência
e responsabilidade, e à média de mercado);
2) Condições de segurança e saúde no trabalho (horários, condições
físicas, redução dos riscos);
3) Oportunidade imediata para a utilização e desenvolvimento da
capacidade humana (autonomia, informação, tarefas completas e
planejamento);
4) Oportunidade futura para crescimento contínuo e segurança (carreira,
estabilidade);
5) Integração social na organização de trabalho (ausência de preconceitos e
de estratificação, senso geral de franqueza interpessoal);
6) Constitucionalismo na organização de trabalho (normas que estabelecem
os direitos e deveres dos trabalhadores: direito a privacidade, ao diálogo
livre, tratamento justo em todos os assuntos);
7) O trabalho e o espaço total da vida (equilíbrio necessário entre o trabalho
e os outros níveis da vida do empregado como família e lazer).
8) Relevância social da vida no trabalho (valorização do próprio trabalho e
aumento da autoestima) (WALTON apud VALDISSER, 2010, p. 6).
Para que essas ações aconteçam de forma saudável, é preciso ter respeito
ao trabalhador. A QVT torna-se visível quando a empresa trata todos os
trabalhadores de maneira uniforme e semelhante, dando oportunidades de
crescimento na instituição, sem promover atos ilegais como assédio sexual, dito
anteriormente, ou outras formas de intimidação.
A QVT também abrange e respeita a vida social do trabalhador fora do
ambiente laboral, momentos com a família e de lazer, úteis para que o mesmo esteja
disposto a colaborar com a empresa após esses momentos, o que melhora sua
integração com a sociedade ao seu redor, sua aceitação, sua importância e a
valorização de si mesmo.
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FIGURA 29 - JOGOS DO TRABALHADOR INDUSTRIAL NA CIDADE DE MANAUS
A QVT pode estar ligada ou não à produção, pois uma empresa pode ter
uma alta produção e não ter QVT, não há uma relação de causa e efeito.
Contudo, se uma empresa não investir em QVT, fatalmente serão criadas
lacunas que vão interferir a médio ou em longo prazo na produtividade. Por
outro lado, se a empresa investir em QVT, não quer dizer também que a
empresa terá uma produtividade proporcional ao investimento. (TAVEIRA,
2009, p. 6).
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4.3.1 Qualidade de vida no trabalho e aposentadoria
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89
Dentre os temas a serem abordados durante a realização de um PPA,
podem ser utilizados:
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FIGURA 31 - O GESTOR DE SAÚDE DO TRABALHADOR DEVE SER MODELO
PARA O FUNCIONÁRIO
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91
repetitivas desempenhadas, entre outros fatores que podem ocasionar alguns
distúrbios no bem-estar do trabalhador e no seu ambiente de trabalho.
Algumas perguntas devem ser respondidas pelo gestor, tais como: Em que
momento aplicar práticas de ergonomia? Há necessidade de executar programas de
Ginástica Laboral? Quais as doenças ocupacionais mais comuns presentes em cada
setor, fatores de risco ocupacionais? Todos esses fatores colaboram para a (QVT).
Para Costa (2007), reflexão e ação sistemática e continuada definem a
moderna gestão, onde se avalia, elabora e acompanha. Para o autor, a empresa que
emprega uma gestão estratégica avalia, dá estrutura, trabalha com metas e
desafios, além de adequar os planos de acordo com a realidade da empresa.
Muitas vezes, o gestor busca resolver um determinado problema presente
no trabalho por meio de altos custos financeiros, o que em muitas ocasiões não
surte efeito. É nesse momento que o gestor deve pesquisar a pessoa mais
importante do setor de produção, responsável pela execução da atividade: o
trabalhador.
O ponto principal para se ter uma boa gestão é ouvir, em primeiro lugar, o
trabalhador, pois é ele quem conhece o setor de maneira profunda, as
necessidades, os defeitos e qualidades de seu setor. Para que se tenha controle no
setor, o gestor pode utilizar indicadores estatísticos que servirão de análise para
verificar se há aumento ou redução de determinadas variáveis.
Dentre as variáveis que necessitam de mais acompanhamento podemos
citar as lesões por esforço repetitivo, sobrecarga de trabalho, mudança de layout,
etc. O gestor deve observar e cumprir as legislações, evitando possíveis processos
jurídicos, dentre os quais podemos citar as Normas Regulamentadoras e a CLT.
Algumas especificações são úteis para melhor reconhecimento por parte dos
trabalhadores e das exigências do atual mercado competitivo, de uma empresa que
visa ampliar e ter reconhecimento em seus serviços de Gestão em Saúde do
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92
Trabalhador. Podemos citar a OHSAS 18001, a norma BS 8800 e a ferramenta 5S,
reconhecidas não somente no Brasil como também em nível internacional.
Para Araújo (2002), a OHSAS 18001 (do inglês Occupational Health and
Safety Assessment Services) é uma especificação que visa subsidiar uma empresa
com relação ao Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho, contribuindo
satisfatoriamente no cumprimento das metas de Segurança e Saúde do Trabalho.
Esta especificação pode ser empregada em empresas que desejam:
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formas de integrar a equipe de gestores e as noções de gestão administrativa,
sendo composta pelos seguintes itens:
4.4.1.3 Programa 5S
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94
contribuir para a qualidade de vida dos trabalhadores, principalmente os que
trabalhavam no setor operacional.
Na época, havia uma grande expectativa em torno do programa, o que
contribuiu para sua difusão na maioria das fábricas residentes no Brasil. Costa
(2007, p. 357) descreve que o Programa 5S tem como objetivo “diminuir
desperdícios, reduzir custos, aumentar a produtividade, além de criar e manter um
ambiente de trabalho saudável”.
Entretanto, para melhor compreendermos como estes objetivos são
aplicados na empresa, é preciso apresentarmos o significado da letra “S” presente
no programa, observável na tabela a seguir.
JAPONÊS PORTUGUÊS
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FIGURA 32 - MODELO DE AMBIENTE DE TRABALHO SEM O PROGRAMA 5S
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FIGURA 33 - MODELO DE AMBIENTE DE TRABALHO APÓS O PROGRAMA 5S
Por último, temos o Senso de Autodisciplina, que tem como atribuição fazer
com que os outros sensos sejam aplicados como rotina no ambiente, com a
participação de todos, da chefia até ao funcionário do setor operacional. Além do
mais, neste último senso também podem ser utilizados treinamentos e cursos que
expliquem a importância de se manter a empresa no padrão 5S.
Como é possível observar, a elaboração de programas de saúde, segurança
e higiene do trabalho visam em primeiro plano, a saúde e a segurança do
trabalhador. Em segundo plano, esses programas servem de estímulo para que as
empresas sejam conhecidas no mercado de trabalho como exemplo de zelo e
competência, principalmente no que tange às doenças e aos acidentes de trabalho.
Esse fator faz com que o nome da empresa reflita seriedade, tornando-a
conhecida pela sua forma virtuosa de gerência, não somente com relação aos
produtos nos quais ela é responsável por produzir, como também na adequação do
local de acordo com normas conhecidas internacionalmente, tendo como principal
objeto o cidadão trabalhador.
FIM DO MÓDULO IV
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97
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Mundial-da-Sa%C3%BAde/constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude-
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AN02FREV001/REV 4.0
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WELCH, J. Paixão por vencer: a bíblia do sucesso, 12. ed. Rio de Janeiro:
Campus, 2005, p. 101.
FIM DO CURSO
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107
DOCÊNCIA EM
SAÚDE
SEGURANÇA NO TRABALHO
Copyright © Portal Educação
160p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-698-3
CDD 363.11
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................159
1 HISTÓRICO, CONCEITOS E LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA
Pode-se dizer que o cenário brasileiro no qual nasce a legislação atual era uma
demonstração de construção de obras espetaculares que configuravam-se como dependentes
de recursos financeiros internacionais.
Inicialmente essa legislação foi elaborada configurando-se como uma cópia fiel da
legislação de segurança do trabalho dos países norte-americanos. Com isso, ocorreu uma
formação totalmente inadequada dos responsáveis, profissionalmente, ou seja:
o Médicos do trabalho;
Hidrelétrica de Itaipú;
Transamazônica;
Ponte Rio-Niterói.
Foi no ano de 1977, mais especificamente no dia 22 de dezembro do referido ano, que
surgiu a Lei nº 6514, que através da Portaria nº 3214 de junho de 1978 apresentou as Normas
Regulamentadoras ao cenário legislativo brasileiro.
6
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_FWc1tpchMs8/SLc0sQjtchI/AAAAAAAADmg/9B_NcLng2f4/s400/mosaico.jpg
1.1 Acontecimentos relevantes sobre a Segurança do Trabalho no Brasil
Porém, nesse contexto a Consolidação das Leis Trabalhistas não contemplava, em sua
versão original, nenhum dispositivo direcionado ao Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho nas Organizações.
Fonte: http://www.toodariovellozo.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/27/2790/48/arquivos/Image/seg.jpg
Burguesia:
Na época, a classe social burguesa encontrava-se sedenta por lucros mais elevados,
custos menores, ao lado de uma grande aceleração na produção. Isso a impulsionou a buscar
novas alternativas que viabilizassem a produção de mercadorias.
Sociedade:
Fonte: http://www.anossaescola.com/cr/AdvHTML_Upload/mostra_imagem_anonima.jpg
1.2.1 O Pioneirismo Inglês
Fonte: http://guaranesiamemorias.files.wordpress.com/2008/06/trem1.gif
¥ Férias;
¥ 13º salário;
¥ Auxilio doença;
¥ Auxílio maternidade;
¥ Seguro desemprego.
Fonte: http://www.bancariospel.com.br/admin/uploads/noticias/61cb3f12a3.jpg
Dessa forma, percebe-se que a grande importância da Revolução Industrial foi tornar
os métodos de produção consideravelmente mais eficientes que os conhecidos na época. As
mercadorias tiveram seu valor reduzido em virtude de serem produzidas mais rapidamente, o
que estimulou muito o consumo (MICHEL, 2000).
O número de desempregados aumentou significativamente, em decorrência da
inserção das máquinas no ambiente de trabalho que substituía até quatro trabalhadores por cada
uma das máquinas.
Aumentou também a poluição ambiental e sonora, assim como também o êxodo rural,
que gerou o crescimento desordenado dos grandes centros urbanos.
15
Em meio esse contexto, até hoje a busca pelo oferecimento de um número maior de
vagas de emprego é uma das maiores preocupações dos governantes, já que o desemprego
encontra-se entre os maiores problemas dos países em desenvolvimento.
A troca dos empregados menos qualificados por robôs é constante nos dias atuais e as
empresas buscam profissionais qualificados que tenham criatividade e múltiplas capacidades. O
desemprego vem sendo uma preocupação grande também dos países desenvolvidos.
2 HISTÓRICO DOS AMBIENTES DE TRABALHO, DOENÇAS E ACIDENTES
Capacetes,
Botas
Cinto de segurança
Protetor auricular
Fonte: http://www.ksdesktop.com.br/imagens//eqp%20de%20seg%20no%20trab.jpg
Porém, a grande evolução tecnológico trouxe o desenvolvimento de novos ambientes
de trabalho, paralelamente, gerou também maiores riscos profissionais associados.
Na verdade, a grande maioria dos riscos não é conhecida pela população, exigindo
ainda muitas pesquisas que apresentam seus resultados somente após uma longa exposição
dos funcionários aos ambientes nocivos. Os resultados são direcionados à saúde e a integridade
17
física, ameaçadoramente comprometida.
A evolução trouxe uma nova geração de máquinas para serem usadas pelo homem e
nesse contexto, os computadores pessoais destacam-se pela sua presença constante nas
rotinas do sujeito, tendo em vista que jamais na história se teve uma máquina tão presente (tão
próxima) da visa profissional de tantos trabalhadores. Percebe-se que a relação homem-
máquina está ainda mais próxima.
2.1 O Ambiente
SAÚDE
Pesquisas e estudos estão dedicando máxima atenção aos efeitos das exposições
diretas ou indiretas, no ambiente de trabalho, a:
Agentes físicos,
Agentes químicos
Agentes biológicos
Agentes sociais
Agentes organizacionais 19
A grande semelhança entre as duas perdas pode ter sido o principal motivo para que
se tenha postergado os estudos direcionados para os efeitos nocivos da exposição laboral a
produtos químicos.
Fonte: http://50minutos.files.wordpress.com/2008/12/epi.jpg
o Condições de ventilação,
IMPORTANTE:
O uso de protetores auriculares deve ser temporário, nunca definitivo. E sua utilização
deve ser efetivada quando todas as demais formas de controle estiverem esgotadas. A
orientação sempre deve se dar no sentido de aderir para uma solução de proteção coletiva, pois
seus resultados direcionam-se para a qualidade de vida do grupo todo de trabalhadores.
23
Fonte: http://galeria.colorir.com/images/painted/088d6572486342d161b33f8a8ea28c7b.png
É possível descrever alguns aspectos de saúde que podem ser afetados pelo trabalho.
Por exemplo o sistema endócrino, que é um elo de ligação entre a carga genética do sujeito e o
ambiente, pode ser gravemente afetado pelas condições laborais às quais ele estará exposto.
Existe uma forte vinculação dos distúrbios do sono e distúrbios alimentares com a
jornada noturna de trabalho. E, o ambiente que preconiza o contato do trabalhador (de alguma
forma) com a irradiação pode desencadear tumores que ficam em período de latência por vários
anos no organismo, dificultando ainda mais a associação com o trabalho.
25
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_T6h8bTzR518/SNG0ueFDFgI/AAAAAAAAAEs/itN-
X9xLxfA/s320/trabnoturno.JPG
CASE
Ela entrou com reclamação trabalhista alegando que teve ferimentos no tornozelo e no
pé que a incapacitaram para o trabalho de julho a outubro de 2003, mas a empresa não forneceu
documentação para que fosse requerido o auxílio-doença junto ao INSS. Para a trabalhadora,
mesmo que ela tenha sido a causadora do acidente, isso não excluiu sua garantia de emprego.
A Vara de Trabalho de Tatuí não aceitou recurso da trabalhadora, que recorreu ao TRT.
Segundo o relator, juiz Lorival Ferreira dos Santos, ficou comprovado que o acidente
ocorreu durante o trajeto percorrido pela funcionária entre seu trabalho até a residência. Para o
juiz, a Lei 8.213/91 prevê que se equipara ao acidente do trabalho o acidente sofrido pelo
segurado no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que
seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. "Portanto, segundo a
legislação previdenciária, o acidente de percurso é equiparável ao acidente do trabalho",
fundamentou Ferreira dos Santos.
Fonte: www.conjur.com.br/.../acidente_trajeto_trabalho_acidente_trabalho
Doenças do trabalho ou 29
mesopatias
São o grupo de doenças que se caracteriza por serem sempre causadas pela
atividade ocupacional
Silicose
Cancer de pele (ocupacional)
Dermatite de contato
Asbestose
30
Quando se enfatiza a prevenção, destaca-se que ela deve ser efetuada na forma de:
IMPORTANTE:
No Brasil:
Internas
Oficiais
Especiais
32
Fonte: http://boasaude.uol.com.br/images/articlesimg/acidente_trabalho.jpg
Gerais
Parciais
Periódicas
De Rotina
Verificações Gerais
“Auditoria”, em virtude de se tratar de uma verificação que envolve os funcionários da área a qual
a CIPA está atuando, e caracteriza-se por ser:
o Sistemática
o Documentada
o Objetiva
Fonte:
http://www.globalframe.com.br/gf_base/empresas/MIGA/imagens/0D0D60527A29D05141FC0D1338FFC0EBD402_acide
ntes.jpg
Verificações Parciais
Realiza-se verificações parciais em setores que são previamente escolhidas. De modo
geral, essa escolha é aleatória. Nos casos em que são utilizados critérios, estes são
relacionados com o nível de risco e as características do trabalho desenvolvido nas áreas
verificadas.
Destaca-se que é sugerido que se obtenha dois pareceres, no mínimo, com essa
verificação.
Verificações Periódicas
A partir do momento que se detecta o problema, caberá a CIPA propor uma medida de
controle e acompanhar a sua efetiva emplementação.
35
Verificações Cíclicas
Verificações de Rotina
Entende-se que é importante ter a presença contínua dos profissionais da CIPA nos
setores em questão, já que sua figura representa a luta pela redução dos índices negativos
referentes aos acidentes ou incidentes ocupacionais e também porque geram uma expectativa
positiva no funcionário, destacando que existem pessoas que se preocupam com ele (MICHEL,
2000).
.Porém, a verificação contínua não caracteriza-se como duradoura. Isso porque à
medida que os problemas vão sendo resolvidos, os intervalos de realização das verificações vai
aumentando, até que as mesmas se tornem periódicas.
No Ministério do Trabalho
levarem em conta:
o ritmo de trabalho
Modelo Inicial
Modelo Integrado
Ressalta-se que cada um dos ambientes deve ser observado em todas as suas
particularidades, porém, há alguns itens que são comuns como por exemplo:
38
Iluminação
Ventilação
Piso
Uso de EPI
Falta de sinalização
Layout
armazenamento
Nº funcionários: 16
( ) 1º, 2º e 3º turnos
AÇÕES COMPLEMENTARES:
1 – Os lápis encontram-se armazenados dentro de copos plásticos, com a ponta virada para
cima, sobre a mesa.
Próxima verificação:
É necessário frisar que , para fazer uso deste modelo, os membros da CIPA devem
estar bem treinados e muito conscientizados das situações que representam riscos.
5 OS PASSOS DE UMA VERIFICAÇÃO
1º Passo
Setorizar a empresa e visitar todos os ambientes, realizando uma análise dos riscos
41
exitentes. Para auxiliar o trabalho, é permitido fazer uma Análise Preliminar de Risco – APR ou
um Mapeamento de Riscos Ambientais.
2º Passo
Preparo de uma folha de verificação para cada área ou setor, com todos os intes a
serem observados.
3º Passo
4º Passo
Levar todos os dados para registrados para serem discutidos em reunião da CIPA e
propor medidas de controle para os itens que não estão em conformidade com o que é exigido.
Considera-se o que é prioritário.
5º Passo
Enviar correspondência para o SESMT e para as chefias dos setores onde se
detectaram as falhas, com a indicação da CIPA para contornar o problema.
6º Passo
42
Cobrar soluções e realizar o acompanhamento da implementação das medidas de
controle. Alterar a folha de verificação, inserindo este item para novas verificações.
7º Passo
Fonte: http://www.bancariospel.com.br/admin/uploads/noticias/61cb3f12a3.jpg
Compreende-se como sendo risco, uma ou mais condições de uma situação (variável)
que apresenta potencial para causar danos. Os referidos danos podem ser entendidos como:
Lesões a pessoas
44
Avarias em equipamentos ou estruturas
b. Perigo
c. Dano
importância para o plano de trabalho da CIPA e não deve ser apenas mais um cartaz a ser
fixado em murais da empresa.
Fonte: http://jornalcidade.uol.com.br/fotos/Empregos/fotos_05031401.jpg
I - ETAPA
Conhecer o Processo de Trabalho
o Quem são
o Quantos são
o Idade
o Sexo
o Jornada de trabalho
o Treinamentos profissionais realizados
o As mais frequentes
o As mais eventuais.
o Condições de trabalho
o Organização do trabalho
II - ETAPA
Identificar os Riscos Ambientais Existentes
Considera-se que para cada um dos setores organizacionais que será analisado, o
profissional da CIPA deverá utilizar um roteiro de abordagem, visando relatar os riscos
ambientais encontrados (CAMPOS, 2002).
48
ATENÇÃO:
SETOR DE SERVIÇO
Arranjo físico
Ruído Poeiras Vírus Esforço físico
intenso inadequado
Vibrações Fumos Bactérias
Levantamento e Máquinas e
Calor Névoas Protozoários
transporte manual equipamentos sem
Frio Nebrlina Fungos de peso proteção
Umidade Gases Parasitas Exigências de
posturas Ferramentas
Radiações Vapores Bacilos
inadequadas inadequadas ou
não- Produtos defeituosas
ionizantes Controle rígido de
químicos em
Radiações geral produtividade Iluminação
ionizantes Imposição de ritmos inadequada
Pressões excessivos
anormais Trabalho em turnos Eletricidade
e trabalho noturno
Jornadas de Probabilidade de
trabalho incêndio ou explosão
prolongadas
Armazenamento
Monotonia e inadequado
repetitividade 49
Causadores de Animais
estresse físico e ou peçonhentos
psíquico
outras
Riscos Físicos
Ruído
Cansaço
Irritabilidade 50
Insônia
Dor de cabeça
Redução da audição
Diminuição da atenção
Diante dessa grave constatação, é de suma importância a detecção das fontes mais
ruidosas de cada setor organizacional.
Vibrações
Compreende-se que os efeitos de qualquer vibração deverãos ser entendidos como
uma consequência da transferência de energia para o corpo humano, que atua como receptor de
energia mecânica.
Cansaço 51
Irritabilidade
Dor de ouvido
Dor na coluna
Artrite
Lesões ósseas
Lesões respiratórias
Calor e Frio
Microondas
Radiações ultravioletas 52
Radiações infravermelhas
Radiofrequências
Laser
Pode-se dizer que os efeitos das radiações são variáveis, de acordo com o tipo, a
intensidade e a duração dessas radiações, assim como também, as condições de absorção e de
reflexão do local e do equipamento de trabalho.
Radiações Ionizantes
Raios X
Nêutrons
Em relação aos efeitos possíveis, eles são divididos em: de curto ou de longo prazo.
Efeitos a curto prazo = vômitos, alterações no sangue, infecções, queimaduras e
hemorragias.
Efeitos a longo prazo = podem produzir alterações irreversíveis nos lipídios e nas
células, catarata, leucemia e câncer.
53
Pressões Anormais
Ruptura do tímpano
Dores abdominais
Dor de dente
Exoftalmia
Doença descompressiva
Riscos Químicos
Pesquisas descrevem os contaminantes químicos como sendo substâncias
constituídas por matéria que pode ser encontrada no ar, sob a forma de moléculas individuais
(gases ou vapores) ou mesmo de grupos de moléculas unidas (aerodispersóides ou névoas)
(CARVALHO, 2000).
• A via respiratória
• A via digestiva
o Irritantes
o Asfixiantes
o Anestésicos
Efeitos Irritantes
Alguns gases podem provocar sérias irritações nas vias aéreas superiores, dentre eles
destacam-se:
Ácido clorídrico
Ácido sulfúrico
55
Amônia
Soda cáustica
Cloro
Efeitos Asfixiantes
Hidrogênio
Nitrogênio
Hélio
Metano
Acetileno
Dióxido de carbono
Monóxido de carbono
Efeitos Anestésicos
Butano
Propano
Acetona
Benzeno
Xileno
Tolueno
Óxido nitroso
Poeiras minerais
Poeiras vegetais
Poeiras alcalinas
Poeiras Incômodas
Fumos metálicos
Poeiras Minerais
57
Poeiras Vegetais
Poeiras Alcalinas
Poeiras Incômodas
Fumos Metálicos
Acetileno
Amianto
Amônia
Benzeno
Cloro
Dióxido de
carbono
Dióxido de
nitrogênio
Dióxido
sulfúrico
Fosgênio
GLP (gás de
cozinha)
Monóxido
de carbono
Ozônio
Sílica
Tolueno
OBS:
Riscos Biológicos
Os riscos biológicos referem-se aqueles constituídos por seres vivos, que possuem
elevada capacidade de afetar a saúde do trabalhador. Os microorganismos são os principais 59
Vírus
Bactérias
Bacilos
fungos
Sabe-se que estes microorganismos podem causar doenças de natureza distinta, que,
geralmente, são transmitidas de outros animais para os homens, como, por exemplo, as
zoonoses (CAMPOS, 2002).
Considera-se que, na maioria das vezes os maiores riscos biológicos estão ligados:
Em hospitais
Esgotos
Ressalta-se que as medidas de prevenção contra esses microorganismos são :
Vacinação
Esterilização
Higiene pessoal 60
Ventilação adequada
Controle médico
Riscos Ergonômicos
Sintomas da LER
¥ Calor localizado
¥ Choques
¥ Dor
¥ Dormência
¥ Formigamento
¥ Fisgadas
¥ Inchações
¥ Pele avermelhada
Fonte: http://www.areaseg.com/ler/ler1.jpg
a) Organização do Trabalho
b) Conteúdo do Trabalho
c) Posto de Trabalho
a) A Organização do Trabalho
A familiarização com as atividades que lhe são exigidas é apenas um dos pontos
importantes para o trabalhador, pois ele dever também ter a liberdade adequada de movimentos
para executá-las. Dessa forma ele terá condições de respeitar seus limites, evitando a repetição
de um mesmo movimento durante um longo período de tempo (CAMPOS, 2002).
64
b) Conteúdo do Trabalho
o Monotonia
c) Posto de Trabalho 65
o Qualidade e manutenção
o Frequência de reposição
Fatores que produzem carga física = esforço físico, levantamento e transporte manual
de peso, exigência de posturas inadequadas e repetitividade
Fatores que produzem carga psíquica = ritmo excessivo, trabalho em turnos e trabalho
noturno, jornadas de trabalho prolongadas, controle rígido de produtividade, monotonia. 66
Fonte: http://www.areaseg.com/ler/ler1.jpg
Riscos de Acidentes
Iluminação inadequada 67
Eletricidade
Armazenamento inadequado
Animais peçonhentos
EPI inadequado
Problemas em edificações
Falta de sinalização
68
III - ETAPA
São identificados quatro tipos principais de medidas preventivas, são elas, as de:
Proteção coletiva
Organização do trabalho
Proteção individual
Higiene e conforto
Se o trabalho é fragmentado
Se é dividido equitativamente
As relações interpessoais
O excesso ou a falta de cobrança pela chefia
Se o funcionário é reconhecido
As condições de trabalho
71
Método de trabalho
Estrutura organizacional
Fonte: http://www.bancariospel.com.br/admin/uploads/noticias/61cb3f12a3.jpg
72
b) Reestrutura organizacional
Nos ambientes onde for impossível a aplicação de técnicas para minimização dos
agentes agressivos, é adequado que se tente estabelecer um rodízio entre os trabalhadores para
reduzir o tempo de exposição aos riscos (CARVALHO, 2000).
73
Ressalta-se que o EPI não evita acidentes, tendo em vista que o agente de risco irá
permanecer. Isso quer dizer que seu uso representa apenas a possibilidade de reduzir o dano
(CAMPOS, 2002).
É preciso lembrar que as medidas de proteção individual contra a agressão dos riscos
ambientais só devem ser indicadas em casos específicos, tais como:
a) Higiene Pessoal
b) Banheiros e Lavatórios
Devem ser separados para homens e mulheres, ser higienizados, limpos e desprovidos
de odores desagradáveis. Deve ter um chuveiro para cada 10 funcionários que se ocupam de
atividades consideradas insalubres. Os pisos devem ser impermeáveis e deve ter disponível uma
torneira para cada grupo de 20 trabalhadores.
c) Vestiários e Armários
d) Bebedouros
Devem ser instalados em pontos estratégicos, de facil acesso para os funcionários,
principalmente onde existam fontes de calor. O uso de recipientes coletivos deve ser proibido e o
suprimento de água potavel em frasco deve estar em quantidade superior a ¼ de litro por
homem/horas de trabalho.
e) Alimentos
75
f) Cozinha
Deve ter um lavatório com água corrente, sabão e toalhas, para uso do pessoal do
serviço de alimentação.
g) Lixo
O tratamento dado ao lixo da cozinha deve estar de acordo com as normas locais do
serviço de saúde pública.
h) Áreas de Lazer
Considera-se que o trabalho, o lazer e o sono sejam etapas sequenciais nas atividades
humanas. O período dedicado ao lazer adquire um papel relaxante, buscando aliviar as tensões
do trabalho e facilitar o sono.
IV – ETAPA
Os casos de absenteísmo
• Perda de peso
• Gripes contantes
• Tosse incessante
• Fisgadas
• Formigamento
• Insônia
• Dores lombares
78
Fonte: http://singrandohorizontes.files.wordpress.com/2010/01/dor-de-cabeca.jpg
Após ser estabelecido o nexo causal “Dano X Agente”, a graduação do risco aumenta,
o que requer uma ação preventiva da CIPA, visando o não retorno da repetição do fato
(CAMPOS, 2002).
É possível realimentar o plano de trabalho da CIPA por meio das informações mais
detalhadas, que indiquem a natureza da lesão e a parte do corpo atingida.
79
Fonte:
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/images/comemoracao/AcidenteTrabalho.gif
Fonte: http://www.blogbrasil.com.br/wp-content/uploads/2008/12/acidente-de-trabalho.jpg
V – ETAPA
Insalubre
É uma palavra latina, que representa aquilo que origina doença, o que é doentio.
Caracteriza-se a insalubridade baseando-se em valores nos quais o limite de tolerância foi
ultrapassado.
Higiene do Trabalho
Reconhecimento
Avaliação
Controle
Essas funções são direcionadas aos fatores ambientais e aos agentes “tensores”
originados no ou do local de trabalho, tendo grandes probabilidades de ocasionar doenças,
prejuízos à saúde e bem-estar, um desconforto significativo e ineficiência entre o grupo de
funcionários ou entre a comunidade.
Monitoramento Ambiental
82
Refere-se ao levantamento e a avaliação dos agentes de risco existentes no ambiente
ocupacional. Incluindo-se as medidas de controle adotadas para combatê-los. O PPRA prevê
sua periodicidade.
Limite de Tolerância
Avaliação Ambiental
Critérios Utilizados 84
Após a realização das análises dos relatórios e da validação dos riscos, a CIPA terá as
informações necessárias pra elaborar o mapeamento. Os riscos devem ser representados por
área, dentro de um arranjo físico (layout) organizado em círculos, tendo as seguintes
características:
A afixação do mapeamento, após sua conclusão, deverá ser feita nos setores 85
analisados, de forma bem visível e em local de fácil acesso para todos os trabalhadores
(GONÇALVES, 2000).
É importante que cada setor analisado deverá ter seu próprio número de identificação,
que deverá ser o mesmo constante no relatório de levantamento dos riscos do setor.
Fonte: http://www.marimar.com.br/boletins/Acidente_trabalho.jpg
7 INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES DO TRABALHO
Em grande parte das empresas, não é destinado um espaço reservado para a CIPA
guardar seu acervo, sua documentação particular. Assim, todos os documentos, dados e
informações estão disponíveis no SESMT, desde que não tenham sido perdidos no decorrer dos
anos. A Ata é o único documento deixado pela CIPA. E essa falta de documentação e registro
impede que os cipeiros reconheçam uma situação já vivida e identificada, levando-os a demorar
mais tempo em sua investigação e análise do que deveriam.
7.1 Acidentes de trabalho
Fonte: http://www.bancariospel.com.br/admin/uploads/noticias/61cb3f12a3.jpg
Comentário I 88
Exemplos:
Item II
Comentário II
Exemplos:
EM DESTAQUE:
§ 1º Não serão consideradas como doenças do trabalho:
a) A doença degenerativa
b) A doença inerente a grupos etários
c) A doença que não produz incapacidade laborativa
89
d) A doença endêmica adquirida por segurados habitantes de
região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que
resultou de exposição ou contato direto determinado pela
natureza do trabalho.
I. O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para a perda ou
redução de sua capacidade laboral, ou produzindo lesão que exija atenção
médica para sua recuperação.
DIFERENCIAÇÕES:
NOTA:
92
Fonte: http://www.bancariospel.com.br/admin/uploads/noticias/61cb3f12a3.jpg
8 MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
Fonte: http://www.bancariospel.com.br/admin/uploads/noticias/61cb3f12a3.jpg
Para isso, é relevante que no processo investigativo a vítima “não tenha rosto” e que
se trabalhe com a função exercida, sem fazer referência ao nome das pessoas.
94
97
As matérias-primas As condições
LEMBRETE:
A qualidade da investigação depende da quantidade de
informações recebidas. Desse modo, todo o trabalho poderá
ficar comprometido, se não for feito um levantamento correto e
preciso.
98
Desse modo, é possível, através desse método, evidenciar relações entre fatos
ocorridos em momentos remotos que poderiam passar despercebidos (CAMPOS, 2002).
No levantamento de dados,
um antecedente.
Situações de Encadeamento
99
1ª situação:
2ª situação
3ª situação:
4ª situação:
a) Pesquisa inicial
100
b) Complementação da pesquisa pelo processo de investigação.
Esse grupo não poderá ser rígido, fixo. Deve ter uma composição variada, conforme o
caso a ser estipulado (CAMPOS, 2002).
Os profissionais da CIPA
Os membros do SESMT
Por outro lado, caso esses fatores não sejam bem trabalhados existe grande
probabilidade de ocorrem os acidentes. A árvore de Causas comprova muito bem isso. Sendo 101
LEMBRE-SE:
1º Tempo: Registro
102
¥ Ordem de serviço
¥ Medida proposta
¥ Responsável
¥ Custo previsível.
2º Tempo: Controle
¥ Data
¥ Situação
¥ Observações
103
Fonte: http://media.photobucket.com/image/ACIDENTE%20NO%20TRABALHO/tmaneca/g2_7.jpg
9 MÉTODO DO DIAGRAMA DE CAUSAS E EFEITOS
Diagrama de Ishikawa
Diagrama Espinha de Peixe
Fonte: http://www.eps.ufsc.br/disserta99/silvino/figuras/Image945.gif
9.1 As Causas
105
Ambiente de trabalho
Agentes materiais
Características pessoais
Organização do trabalho
O Diagrama de Causas e Efeitos faz uso de 6M´s, (mão-medidas), que é outra opção.
Ferramentas Treinamento
Instalações Motivação
Máquinas Habilidade 106
Objetos
Substâncias perigosas 2 - MÉTODOS
Formação 5 - MATERIAIS
Sistemas de comunicação
Métodos Especificações
Procedimentos Fornecedores
Toxicidade
6 - MEDIDAS
Verificação
instrumentos
9.2 Vantagens do Método
¥ Exige uma estrutura organizacional favorável para ser aplicado com sucesso,
pois se trata de uma metodologia diferente da tradicional
PLAN – Planejar
DO – fazer
CHECK – verificar
108
1º Passo
2º Passo
3º Passo
Traçar uma linha horizontal em um papel adequado, que pode ser cartolina, quadro
magnético ou de giz, simulando o formato de um peixe e colocando o acidente na região da
cabeça
4º Passo
Registrar nas espinhas do peixe os quatro fatores ou os seis M´s que determinaram o
acidente
5º Passo
Inserir em cada uma das espinhas a contribuição pessoal do investigador para o
esclarecimento do acidente
6º Passo
109
Finalizar o diagrama depois que todos os envolvidos tiverem concordado com a
representação gráfica ou inserido o que ainda estava faltando.
7º Passo
8º Passo
9º Passo
10º Passo
Implementar uma Verificação de Follow Up com periodicidade definida, para que os
membros da CIPA possam acompanhar a implementação e a manutenção das medidas de
controle.
110
10 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO LEGISLAÇÃO
A Constituição Federal, em seu Capítulo II (Dos Direitos Sociais), artigo 6º e artigo 7º,
incisos XXII, XXIII, XXVIII e XXXIII, dispõe, especificamente, sobre segurança e saúde dos 111
trabalhadores.
NR 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS
Publicação D.O.U.
1.4 A Delegacia Regional do Trabalho - DRT, nos limites de sua jurisdição, é o órgão
regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do
trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho - CANPAT, o
Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos
preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. (Alteração dada pela
Portaria n.º 13, de 17/09/93)
1.7 Cabe ao empregador: (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos
empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos; (Alteração dada pela Portaria n.º
84, de 04/03/09)
Obs.: Com a alteração dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09, todos os incisos (I, II, III,
IV, V e VI) desta alínea foram revogados.
c) informar aos trabalhadores: (Alteração dada pela Portaria n.º 03, de 07/02/88)
II. os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
1.8 Cabe ao empregado: (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
Publicação D.O.U.
4.2.2 As empresas que possuam mais de 50% (cinquenta por cento) de seus
empregados em estabelecimentos ou setor com atividade cuja gradação de risco seja de grau
superior ao da atividade principal deverão dimensionar os Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, em função do maior grau de risco,
obedecido o disposto no Quadro II desta NR. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de
outubro de 1983)
119
4.2.5 Havendo, na mesma empresa, apenas estabelecimentos que, isoladamente, não
se enquadrem no Quadro II, anexo, o cumprimento desta NR será feito através de Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho centralizados em cada
estado, território ou Distrito Federal, desde que o total de empregados dos estabelecimentos no
estado, território ou Distrito Federal alcance os limites previstos no Quadro II, anexo, aplicado o
disposto no subitem 4.2.2. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.4.1 Para fins desta NR, as empresas obrigadas a constituir Serviços Especializados
em engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão exigir dos profissionais que os
integram comprovação de que satisfazem os seguintes requisitos: (Alterado pela Portaria DSST
121
n.º 11, de 17 de setembro de 1990)
4.5.2 Quando a empresa contratada não se enquadrar no Quadro II, anexo, mesmo
considerando-se o total de empregados nos estabelecimentos, a contratante deve estender aos
empregados da contratada a assistência de seus Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho, sejam estes centralizados ou por estabelecimento.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.5.3 A empresa que contratar outras para prestar serviços em seu estabelecimento
pode constituir SESMT comum para assistência aos empregados das contratadas, sob gestão
própria, desde que previsto em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho. (Aprovado pela
Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.5.3.1 O dimensionamento do SESMT organizado na forma prevista no subitem 4.5.3
deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos e a atividade econômica do
estabelecimento da contratante. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.5.3.3 O SESMT organizado conforme o subitem 4.5.3 deve ter seu funcionamento
avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes da empresa contratante,
do sindicato de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho, ou na forma e periodicidade
previstas na Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de
1o de agosto de 2007)
4.11 Ficará por conta exclusiva do empregador todo o ônus decorrente da instalação e
manutenção dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
j) manter os registros de que tratam as alíneas "h" e "i" na sede dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou facilmente
alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o método de arquivamento e
recuperação, desde que sejam asseguradas condições de acesso aos registros e entendimento
de seu conteúdo, devendo ser guardados somente os mapas anuais dos dados correspondentes
às alíneas "h" e "i" por um período não inferior a 5 (cinco) anos;
126
4.14 As empresas cujos estabelecimentos não se enquadrem no Quadro II, anexo a
esta NR, poderão dar assistência na área de segurança e medicina do trabalho a seus
empregados através de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho comuns, organizados pelo sindicato ou associação da categoria econômica
correspondente ou pelas próprias empresas interessadas. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33,
de 27 de outubro de 1983)
4.14.3.4 O SESMT organizado conforme o subitem 4.14.3 deve ter seu funcionamento
avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes das empresas, do
sindicato de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho, ou na forma e periodicidade
previstas na Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de
1o de agosto de 2007)
4.14.4.3 O SESMT organizado conforme o subitem 4.14.4 deve ter seu funcionamento
avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes das empresas, dos
sindicatos de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho, ou na forma e periodicidade
previstas nas Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17,
de 1o de agosto de 2007)
4.15 As empresas referidas no item 4.14 poderão optar pelos Serviços Especializados
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho de instituição oficial ou instituição
privada de utilidade pública, cabendo às empresas o custeio das despesas, na forma prevista no
subitem 4.14.1. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.16.1 O ônus decorrente dessa utilização caberá à empresa solicitante. (Alterado pela
Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.17.1 O registro referido no item 4.17 deverá ser requerido ao órgão regional do MTb
e o requerimento deverá conter os seguintes dados: (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27
de outubro de 1983)
Publicação D.O.U.
DO OBJETIVO
DA CONSTITUIÇÃO
5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles 131
designados.
5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida
uma reeleição.
5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo
de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua
candidatura até um ano após o final de seu mandato.
5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas
atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento sem a
sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.
5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação
necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e
saúde no trabalho analisadas na CIPA.
5.13 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu
substituto, entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a
concordância do empregador.
DAS ATRIBUIÇÕES
Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de
trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para
avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à
segurança e saúde dos trabalhadores;
Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das
causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas
identificados;
134
5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários
ao desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas
constantes do plano de trabalho.
Preparar as correspondências; e
DO FUNCIONAMENTO
5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento
de cópias para todos os membros.
Houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de medidas
corretivas de emergência;
5.29.1 O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião 137
5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando
faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por
suplente, obedecida à ordem de colocação decrescente registrada na ata de eleição, devendo o
empregador comunicar à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego as
alterações e justificar os motivos.
DO TREINAMENTO
Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do
processo produtivo;
5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito
horas diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa.
5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal,
entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre os temas
ministrados.
5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à
entidade ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo à
empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o treinamento.
DO PROCESSO ELEITORAL
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos
empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato em
curso.
5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será
constituída pela empresa.
Inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de quinze
dias;
Liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, independentemente
de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de comprovante;
Voto secreto;
5.41 Havendo participação inferior a cinquenta por cento dos empregados na votação,
não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação, que
ocorrerá no prazo máximo de dez dias.
5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará
assegurada a prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a complementação do
processo eleitoral.
141
5.44 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no
estabelecimento.
DISPOSIÇÕES FINAIS
5.51 Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos de portaria
específica.
Publicação D.O.U.
Alterações/Atualizações D.O.U.
6.4.1. As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO
I, desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora
elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as
conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.
d) requerer novo CA, de acordo com o ANEXO II, quando houver alteração das
especificações do equipamento aprovado;
146
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não
tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;
c) de 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data da publicação desta Norma,
quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas,
ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, sendo que nesses casos os EPI terão sua
aprovação pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho,
mediante apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação
técnica de fabricação, podendo ser renovado até 2007, quando se expirarão os prazos
concedidos; e,
147
(Alterada pela Portaria SIT n.º 194, de 22 de dezembro de 2006)
d) de 2 (dois) anos, renováveis por igual período, para os EPI desenvolvidos após a
data da publicação desta NR, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais,
oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, caso em que
os EPI serão aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho, mediante apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da
especificação técnica de fabricação.
6.9.3. Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome
comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI
importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.
g) cancelar o CA.
6.12 e Subitens
ANEXO I
A.1 - Capacete
a) capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio; 149
A.2 - Capuz
B.1 - Óculos
d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa.
a) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra impactos de
partículas volantes;
b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação
ultravioleta;
c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação
infravermelha;
a) respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes químicos em 152
E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando
arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica. (Incluído pela Portaria
SIT n.º 191, de 04 de dezembro de 2006)
F.1 - Luva
a) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes
químicos, de acordo com a Portaria SSST n.º 26, de 29/12/1994.
F.3 - Manga
F.4 - Braçadeira
F.5 - Dedeira
G.1 - Calçado
e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente
de operações com uso de água;
f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos
químicos.
G.2 - Meia
G.3 - Perneira
G.4 - Calça
H.1 - Macacão
H.2 - Conjunto
I.2 - Cinturão
Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria específica a ser expedida
pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após observado
o disposto no subitem 6.4.1.
157
ANEXO II
1.2 - Para obter o CA, o fabricante nacional ou o importador, deverá requerer junto ao
órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho a aprovação do EPI.
CAMPOS, Armando (2002). CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes: uma nova
abordagem. São Paulo: SENAC.
159
CARVALHO, Cleiton (2000). Revista CIPA, Periódico. São Paulo. www.cipanet.com.br
MICHEL, Oswaldo. (2000). Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. São Paulo: Letras.
OLIVEIRA, João. (2003). Segurança e saúde no trabalho: uma questão mal compreendida. São
Paulo Perspec. Vol.17 nº2 São Paulo Apr./June.
CURSO DE
SEGURANÇA NO TRABALHO
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
1
CURSO DE
SEGURANÇA NO TRABALHO
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
2
SUMÁRIO
MÓDULO I
1 HISTÓRICO, CONCEITOS E LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA
1.1 ACONTECIMENTOS RELEVANTES SOBRE A SEGURANÇA DO TRABALHO
NO BRASIL
1.2 A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS
1.2.1 O Pioneirismo Inglês
1.2.2 Avanços da Tecnologia
1.2.3 Locomotiva: os transportes avançando com a tecnologia
1.2.4 A Revolução Industrial e as Fábricas
1.2.5 Os trabalhadores na Revolução Industrial
1.2.6 O Ludismo e o Cartismo
2 HISTÓRICO DOS AMBIENTES DE TRABALHO, DOENÇAS E ACIDENTES
2.1 O AMBIENTE
2.1.1 Pesquisa na Área
2.2 AS DOENÇAS
3 CONCEITOS FUNDAMENTAIS: ACIDENTE DE TRABALHO E ACIDENTE DE
TRAJETO
3.1 DIFERENÇA ENTRE DOENÇAS PROFISSIONAIS E DOENÇAS DO
TRABALHO
3.1.1 Doenças profissionais ou tecnopatias
3.1.2 Doenças do trabalho ou mesopatias
MÓDULO II
4 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
4.1 AÇÕES PRÓ-ATIVAS NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
5 PROGRAMAS DE PREVENÇÃO
5.1 TREINAMENTO
5.2 MOTIVAÇÃO
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3
5.3 CONTROLE
6 ENTENDENDO AS SIGLAS: SESMT – PPRA – PCMSO
6.1 SESMT
6.1.1 Composição do SESMT
6.1.2 Dimensionamento do SESMT
6.1.3 Relações do SESMT
6.2 PPRA
6.3 PCMSO
MÓDULO III
7 VERIFICAÇÕES DE SEGURANÇA
7.1 VERIFICAÇÕES INTERNAS
7.2 VERIFICAÇÕES OFICIAIS
7.3 VERIFICAÇÕES ESPECIAIS
7.4 MODELOS DE VERIFICAÇÃO
7.4.1 Modelo Inicial
7.4.2 Modelo Integrado
8 OS PASSOS DE UMA VERIFICAÇÃO
9 MAPEAMENTO DE RISCOS
9.1 A ELABORAÇÃO DO MAPEAMENTO DE RISCOS
MÓDULO IV
10 INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES DO TRABALHO
10.1 ACIDENTES DE TRABALHO
11 MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
11.1 MÉTODO DA ÁRVORE DE CAUSAS
11.1.1 Fases que Antecedem a Elaboração da Árvore de Causas
11.1.2 Etapas da Construção da Árvore de Causas
12 MÉTODO DO DIAGRAMA DE CAUSAS E EFEITOS
12.1 AS CAUSAS
12.2 VANTAGENS DO MÉTODO
AN02FREV001/REV 4.0
4
12.3 DESVANTAGENS DO MÉTODO
12.4 ELABORAÇÃO DO DIAGRAMA
13 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO LEGISLAÇÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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5
MÓDULO I
AN02FREV001/REV 4.0
6
vulnerabilidade e carência de estratégias capazes de vislumbrarem o seu futuro
(SALEM & SALEM, 2001).
Pode-se dizer que o cenário brasileiro no qual nasce à legislação atual era
uma demonstração de construção de obras espetaculares que se configuravam
como dependentes de recursos financeiros internacionais.
O Brasil encontrava-se diante de relevantes mudanças na Consolidação das
Leis Trabalhistas. E, é possível descrever o cenário brasileiro da época como sendo
o seguinte:
Na década de 70 a população do país viveu o chamado “Milagre Brasileiro”,
diante de um regime altamente autoritário, com recursos sendo disponíveis por meio
do exterior, embasado pela grande necessidade de investimento financeiro para o
país.
Ocorreu uma consistente pressão dos organismos de mercados financeiros
internacionais para que o Brasil adotasse algumas ações. Dentro dessas ações,
amplo destaque é direcionado para a aprovação da legislação específica
direcionada à segurança e à medicina do trabalho.
Inicialmente essa legislação foi elaborada configurando-se como uma cópia
fiel da legislação de segurança do trabalho dos países norte-americanos. Com isso,
ocorreu uma formação totalmente inadequada dos responsáveis, profissionalmente,
ou seja:
o Engenheiros de segurança do trabalho;
o Médicos do trabalho;
o Demais profissionais da área.
A implementação dessas ações focalizava para um conjunto especial de
resultados a serem alcançados, destacando-se a liberação de financiamentos
internacionais que viabilizassem obras, por exemplo:
Hidrelétrica de Itaipu;
Transamazônica;
Ponte Rio-Niterói.
Muitos especialistas denominam a origem da segurança do trabalho no
Brasil como sendo uma reação contra a realidade econômica vivenciada na época,
mais especificamente, entre os períodos de 1964 a 1985. A realidade em questão é
AN02FREV001/REV 4.0
7
reconhecida por não privilegiar o social, gerando grande aumento das necessidades
básicas populacionais e da pobreza (CARVALHO, 2000).
Foi no ano de 1977, mais especificamente no dia 22 de dezembro do
referido ano, que surgiu a Lei nº 6514, que por meio da Portaria n 3214 de junho de
1978 apresentou as Normas Regulamentadoras ao cenário legislativo brasileiro.
Atualmente essas mesmas normas continuam vigentes, porém foram
implementadas algumas alterações essenciais para a readaptação ao novo contexto
econômico, cultural e social do país.
AN02FREV001/REV 4.0
8
conjunta. Isso tanto pelas autoridades governamentais como pelos empresários
dedicados à prática da segurança do trabalho.
Desse modo, reconhece-se a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
como sendo a grande desencadeadora do período institucional de busca pela
Prevenção de Acidentes.
Porém, nesse contexto a Consolidação das Leis Trabalhistas não
contemplava, em sua versão original, nenhum dispositivo direcionado ao Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho nas
Organizações.
O referido serviço foi implantado por meio do Decreto-Lei n. 229 datado de
28 de fevereiro de 1967.
O Ministério do Trabalho dispôs sobre o desenvolvimento e implementação
do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho nas
Organizações por meio da criação da Portaria n 3237, datada de 27 de julho de
1972.
Seguindo a evolução histórica, em 31 de dezembro de 1975 a Portaria n.
3237 foi substituída pela Portaria n. 3460, que permaneceu vigente até 08 de junho
de 1978, período no qual entrou em vigor a atual legislação sobre o assunto.
As Normas Regulamentares (NR´s) tiveram seu surgimento por meio da Lei
n. 6514, datada de 22 de Dezembro de 1977, por meio da portaria n 3214, que
proporcionou a modificação do Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis
Trabalhistas, ocorrida em 08 de junho de 1978.
Dentre as Normas Regulamentadoras (NR´s) é possível destacar a NR-4
(Norma Regulamentadora -4):
NR-4 – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho, que teve seu conteúdo disponibilizado pela Portaria n 33 de 27 de outubro
de 1983, da Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho (SSMT) – Ministério
do Trabalho.
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9
FIGURA 3 - SEGURANÇA NO TRABALHO
AN02FREV001/REV 4.0
10
impulsionou a buscar novas alternativas que viabilizassem a produção de
mercadorias.
Sociedade:
A sociedade contribuiu com a Revolução Industrial em virtude da explosão
de crescimento populacional da época, que gerou um contingente enorme de mão
de obra barata e necessitada de emprego. Ao mesmo tempo, com a ampliação do
número de pessoas, ampliou-se também a demanda por produtos e mercadorias,
exigindo o aumento da produção.
AN02FREV001/REV 4.0
11
Em primeiro lugar, a Inglaterra possuía em seu subsolo, na época,
quantidades significativas de carvão mineral. Esse material era considerado a
principal fonte de energia daquele período, pois era utilizado na movimentação das
máquinas e também nas locomotivas a vapor.
Outro fator que muito contribuiu com o surgimento da Revolução Industrial
primeiramente na Inglaterra foi à existência de grandes reservas de minério de ferro
no solo inglês, que era considerado na época, a principal matéria-prima para
produção.
Em relação à sociedade, ressalta-se o grande aumento populacional, que
desencadeou uma significativa quantidade de mão de obra barata que se
encontrava disponível, em busca de trabalho, no século XVIII. Se junta a
necessidade de emprego, a ampliação do mercado consumidor que desencadeou a
necessidade de maior número de mercadorias produzidas, em tempo menor
(OLIVEIRA, 2003).
Esses aspectos foram fundamentais para o surgimento e desenvolvimento
da Revolução Industrial na Inglaterra.
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12
1.2.2 Avanços da Tecnologia
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13
FIGURA 6 - LOCOMOTIVA
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14
¥ 13 salário;
¥ Auxílio doença;
¥ Auxílio maternidade;
¥ Descanso semanal remunerado;
¥ Seguro-desemprego.
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15
1.2.6 O Ludismo e o Cartismo
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16
2 HISTÓRICO DOS AMBIENTES DE TRABALHO, DOENÇAS E ACIDENTES
AN02FREV001/REV 4.0
17
Porém, a grande evolução tecnológica trouxe o desenvolvimento de novos
ambientes de trabalho, paralelamente, gerou também maiores riscos profissionais
associados.
Na verdade, a grande maioria dos riscos não é conhecida pela população,
exigindo ainda muitas pesquisas que apresentam seus resultados somente após
uma longa exposição dos funcionários aos ambientes nocivos. Os resultados são
direcionados à saúde e a integridade física, ameaçadoramente comprometida.
No contexto mercadológico atual, percebe-se o novo setor de segurança do
trabalho, que se configura de forma interdisciplinar e o objetivo principal é a
prevenção dos riscos profissionais.
Hoje é possível visualizar um grande número de pessoas que já
compreendem as doenças profissionais como consequências de acidentes de
trabalho.
Na dinâmica relacional existente entre o ser humano e as máquinas
configuram-se também muitos benefícios em prol de toda a sociedade, porém, ao
mesmo tempo, desencadeou um enorme montante de vítimas, que se tornaram
portadoras de doenças incapacitantes ou que tiveram sua integridade física afetada
(MICHEL, 2000).
A evolução trouxe uma nova geração de máquinas para serem usadas pelo
homem e nesse contexto, os computadores pessoais destacam-se pela sua
presença constante nas rotinas do sujeito, tendo em vista que jamais na história se
teve uma máquina tão presente (tão próxima) da vida profissional de tantos
trabalhadores. Percebe-se que a relação homem-máquina está ainda mais próxima.
2.1 O AMBIENTE
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18
SAÚDE
Não significa apenas ausência de
doença ou dor, mas também, um
ótimo estado de bem-estar físico,
mental e social.
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19
de suas atividades laborais. E dentre todas as doenças relacionadas ao trabalho, a
perda auditiva encontra-se em lugar de destaque.
Durante muito tempo a perda auditiva foi justificada exclusivamente em
função da exposição ocupacional ao ruído. Porém, ressalta-se que a referida perda
é muito semelhante à perda auditiva por ototoxicidade.
Sendo assim, considera-se que ambas as perdas sejam neurossensoriais,
irreversíveis, apresentam lesões cocleares, acometem inicialmente altas frequências
e geralmente são bilaterais.
A grande semelhança entre as duas perdas pode ter sido o principal motivo
para que se tenha postergado os estudos direcionados para os efeitos nocivos da
exposição laboral a produtos químicos.
AN02FREV001/REV 4.0
20
o Atividades ou funções desempenhadas;
o Avaliação dos equipamentos em relação ao impacto com o meio.
IMPORTANTE!!
O uso de protetores auriculares deve ser temporário,
nunca definitivo. E sua utilização deve ser efetivada
quando todas as demais formas de controle
estiverem esgotadas. A orientação sempre deve se
dar no sentido de aderir para uma solução de
proteção coletiva, pois seus resultados direcionam-se
para a qualidade de vida do grupo todo de
trabalhadores.
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21
2.1.1 Pesquisa na Área
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22
a realização do trabalho desconsideram os efeitos interativos da exposição a mais
de um agente tóxico (GONÇALVES, 2000).
2.2 AS DOENÇAS
AN02FREV001/REV 4.0
23
muitos médicos que não reconhecem certas patologias como estando ligadas à
ocupação laboral.
Destaca-se que se torna impossível determinar um fator único que seja
gerador das doenças do trabalho, sendo assim, ainda que se esteja diante de um
evento agudo, é difícil estabelecer associações diretas com as doenças vinculadas
às atividades laborais.
O ser humano passa a maior parte do tempo exercendo atividades laborais.
E, os efeitos do trabalho atingem o organismo de forma cumulativa, podendo, assim,
desencadear doenças crônicas, dificultando muito o estabelecimento de qualquer
relação entre a patologia e o trabalho.
É possível descrever alguns aspectos de saúde que podem ser afetados
pelo trabalho. Por exemplo, o sistema endócrino, que é um elo entre a carga
genética do sujeito e o ambiente, pode ser gravemente afetado pelas condições
laborais às quais ele estará exposto.
As taxas elevadas de colesterol já são reconhecidas como consequência da
capacidade decisória, exaustão física e do ruído excessivo. Também a obesidade
vincula-se a esse grupo de doenças, pois se associa ao alto índice de estresse,
sendo mais comum nas profissões de baixo status social. Em relação à obesidade,
entende-se que pode ser resultado também da busca por refeições saborosas que
gerem compensação pelos conflitos vivenciados no ambiente de trabalho.
Há uma forte vinculação dos distúrbios do sono e distúrbios alimentares com
a jornada noturna de trabalho. E, o ambiente que preconiza o contato do trabalhador
(de alguma forma) com a irradiação pode desencadear tumores que ficam em
período de latência por vários anos no organismo, dificultando ainda mais a
associação com o trabalho.
A redução da densidade óssea, problema muito comum capaz de
desencadear dores crônicas, associa-se com profissões que determinam a posição
sentada por muito tempo. E, a redução significativa da produção de
espermatozoides, comprovadamente pode estar vinculada ao ambiente que oferece
calor excessivo, exposição a agrotóxicos, metais ou outros agentes químicos.
Diante da vasta associação entre o ambiente de trabalho e doenças
desencadeadas pelo mesmo, torna-se fundamental a revisão das relações
profissionais. Isso quer dizer retomar a conduta exigida pelo empregador e a
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24
vulnerabilidade do empregado. Nesse sentido, preconiza-se que não são os
trabalhadores que devem ser forçadamente adaptados às rotinas de trabalho, ou às
necessidades da empresa e sim o contrário. Considera-se que a organização é
quem deve oferecer um sistema de trabalho que seja compatível com as
possibilidades do indivíduo.
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25
Desse modo, percebe-se a grande importância do acompanhamento médico
a ser realizado de forma sistemática para qualquer trabalhador, sem riscos de
exclusão.
ATENÇÃO!!!
É necessário estar atento durante as avaliações de saúde do trabalhador,
pois se ao avaliar um grupo de funcionários não for detectada nenhuma alteração da
saúde, encontrando-se somente pessoas bem condicionadas no ambiente laboral,
torna-se imprescindível uma observação mais cautelosa para verificar se isso não
está ocorrendo porque os trabalhadores que apresentavam alterações de saúde,
doenças laborais, foram dispensados.
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26
CASE
Uma trabalhadora da Indústria de Subprodutos de Origem Animal Lopesco
foi demitida após sofrer acidente durante o caminho do trabalho até sua casa.
Ela entrou com reclamação trabalhista alegando que teve ferimentos no
tornozelo e no pé que a incapacitaram para o trabalho de julho a outubro de 2003,
mas a empresa não forneceu documentação para que fosse requerido o auxílio-
doença junto ao INSS. Para a trabalhadora, mesmo que ela tenha sido a causadora
do acidente, isso não excluiu sua garantia de emprego. A Vara de Trabalho de Tatuí
não aceitou recurso da trabalhadora, que recorreu ao TRT.
Segundo o relator, juiz Lorival Ferreira dos Santos, ficou comprovado que o
acidente ocorreu durante o trajeto percorrido pela funcionária entre seu trabalho até
a residência. Para o juiz, a Lei 8.213/91 prevê que se equipara ao acidente do
trabalho o acidente sofrido pelo segurado no percurso da residência para o local de
trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive
veículo de propriedade do segurado. "Portanto, segundo a legislação previdenciária,
o acidente de percurso é equiparável ao acidente do trabalho", fundamentou Ferreira
dos Santos.
Segundo o relator, a emissão da documentação para que o trabalhador
solicite o auxílio-doença por acidente no INSS em casos de acidente do trabalho é
muitas vezes evitado pelo empregador para impedir a garantia legal de emprego.
"Demonstrada à negligência do empregador pela falta de percepção de
auxílio previdenciário na modalidade acidentária, é certo o direito da trabalhadora à
garantia do emprego prevista no artigo 118 da Lei 8.213/91", disse Ferreira dos
Santos. Mesmo que a funcionária tenha dado causa ao acidente, esse fato exclui
qualquer responsabilidade civil do empregador, mas não a garantia de emprego
prevista na lei.
"Ante a impossibilidade de reintegração no emprego pelo vencimento do
prazo estabilitário, condeno a empresa ao pagamento de indenização
correspondente aos salários e vantagens relativos ao período de 12 meses a contar
da cessação do auxílio previdenciário, acrescidos do FGTS, férias e 13 salário desse
período", conclui o julgador, que estipulou o valor da condenação em R$ 12 mil.
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27
FONTE: Disponível. em: <www.conjur.com.br/.../acidente_trajeto_trabalho_acidente_trabalho>.
Acesso em 30 abr. 2010.
Doenças profissionas ou
tecnopatias.
Doenças do trabalho ou
mesopatias.
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28
3.1.2 Doenças do Trabalho ou Mesopatias
EXEMPLOS:
Silicose;
Câncer de pele (ocupacional);
Dermatite de contato;
Asbestose.
AN02FREV001/REV 4.0
29
IMPORTANTE!!!
No Brasil:
A doença ocupacional é equiparada ao acidente de
trabalho, gerando os mesmos direitos e benefícios.
FIM DO MÓDULO I
FIM DO MÓDULO I
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
SEGURANÇA NO TRABALHO
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
SEGURANÇA NO TRABALHO
MÓDULO II
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO II
AN02FREV001/REV 4.0
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Modificações no Equilíbrio físico,
TRABALHO meio ambiente mental e social
MECÂNICAS
FÍSICAS
QUÍMICAS
BIOLÓGICAS
PSICOLÓGICAS
SOCIAIS
MORAIS
PREVENÇÃO
EFEITOS
MINIMIZAR
FAVORECER
NEGATIVOS
POSITIVOS
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5 PROGRAMAS DE PREVENÇÃO
5.1 TREINAMENTO
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NOTA:
5.2 MOTIVAÇÃO
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Ou seja, quando um sujeito encontra-se motivado, quer e pode realizar uma
tarefa, seu desempenho é eficiente e sua atenção/concentração é totalmente focada
em seu objetivo. Já no caso contrário, quando não há motivação ela é precária, o
desempenho passa a ser suscetível a erros, potencializando a ocorrência de
acidentes (OLIVEIRA, 2003).
A partir desse entendimento, é possível compreender a importância de o
trabalhador ser elogiado pela sua motivação e desempenho, sendo fundamental o
recebimento de recompensas que o auxiliem a manter sua autoestima elevada.
Considera-se que, uma estrutura empresarial que valorize advertências,
ameaças, repreensões e suspensões são tidas como um terreno fértil para a
ocorrência de acidentes.
Há algumas ferramentas da motivação que produzem efeitos duradouros e
abrangentes no ambiente organizacional, como por exemplo:
Bolsas de estudo;
Promoções;
Prêmios;
Estímulo às ideias;
Concursos para trabalhadores e seus familiares;
Eventos relacionados à segurança e saúde;
Visita dos familiares dos empregados à empresa.
FIGURA 13 - SEGURANÇA
AN02FREV001/REV 4.0
38
Porém, é possível detectar algumas variáveis que independem do processo
motivacional, como as apresentadas no quadro abaixo:
AN02FREV001/REV 4.0
39
Na conduta:
Falta ao trabalho;
Atrasos;
Problemas de relacionamento;
Baixa produtividade.
TÓPICOS COMENTÁRIO
H Descontrair o funcionário sem
(Humor – Humor) exageros, com jogos de palavras,
piadas ou comentários cômicos, tendo
por finalidade “quebrar o gelo”.
E Reforçar a autoestima do funcionário,
(Esteem – Estimar) ressaltar sua importância na equipe,
manter o otimismo e mostrar que ele
faz a diferença.
L Saber ouvir. Quando necessário,
(listen – Escutar) deixar que o funcionário desabafe.
Falar, e ser ouvido, pode ajudá-lo a
vencer os obstáculos.
P Elogiar, ressaltando que está no
(Praise – Elogiar) caminho certo, destacar práticas
seguras, dizer que ele faz parte de um
grande time.
AN02FREV001/REV 4.0
40
5.3 CONTROLE
CONTROLE
Verificação sistemática, objetiva e periódica dos ambientes de
trabalho, o que permite fortalecer as diretrizes da atuação em
prol da segurança e da saúde ocupacional.
AN02FREV001/REV 4.0
41
Atribuições de resonsabilidades específicas.
Acompanhamento de desempenho.
FIGURA 14 - CAPACETE
AN02FREV001/REV 4.0
42
A figura a seguir representa a estrutura do acidente de trabalho, que retoma
os valores como base da pirâmide:
ACIDEN-
TES
INCIDENTES
COMPORTAMENTO
CONTROLE
VALORES
6.1 SESMT
AN02FREV001/REV 4.0
43
O serviço deve ser acessado pelo membro da CIPA que, no decorrer do
desempenho de suas funções na organização, não souber como enfrentar
determinadas situações. Sua composição varia conforme a empresa (MICHEL,
2000).
AN02FREV001/REV 4.0
44
6.1.3 Relações do SESMT
AN02FREV001/REV 4.0
45
Algumas relações do SESMT 9NR- 4 possuem interface com a CIPA, são
elas:
Desenvolver no ambiente de trabalho a todos os seus componentes, os
conhecimentos de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, visando
reduzir, até a eliminação total, os riscos existentes à saúde do trabalhador
(CARVALHO, 2000).
A partir do esgotamento de todos os meios conhecidos para a eliminaçao do
risco e esse persistir, deve-se determinar a utilização de equipamentos de proteção
individual (EPI´s) pelo trabalhador, ainda que esteja reduzido o risco, conforme
determinação da NR- 6, desde que a concentração, a intensidade ou a característica
do agente assim o exijam.
Elaboração e implementação pelo SESMT dos Programas de Controle
Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO e Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais – PPRA. Particularmente, a CIPA, tem sua colaboração direcionada
somente para o desenvolvimento e para a implementação.
O SESMT assessora a CIPA diretamente no âmbito da elaboração de mapa
de riscos (GONÇALVES, 2000).
CIPA e SESMT participam conjuntamente da análise das causas das
doenças e acidentes ocupacionais.
Informar e conscientizar os funcionários sobre acidentes e doenças do
trabalho, estimulando-os a prevenção.
Promover constantemente atividades de conscientização, educação e
orientação dos colaboradores visando à prevenção de acidentes e/ou doenças
ocupacionais. Para isso, fazer uso de campanhas pontuais ou programas de
duração permanente.
6.2 PPRA
AN02FREV001/REV 4.0
46
“A obrigatoriedade da elaboração e implementação,
por parte dos empregadores, assim como das
instituições que admitam trabalhadores como
empregados, de um programa que preserve a saúde e
a integridade desses trabalhadores, mediante a
antecipação, o reconhecimento, a avaliação e o
controle dos riscos ambientais existentes ou que
venham a existir no ambiente de trabalho.”
Agentes Químicos:
¥ Gases.
¥ Vapores.
¥ Fumos.
¥ Poeira.
¥ Névoas.
¥ Neblinas.
AN02FREV001/REV 4.0
47
Agentes Biológicos
¥ Vírus.
¥ Bacilos.
¥ Bactérias.
¥ Protozoários.
¥ Parasitas.
¥ Fungos.
ATENÇÃO!!!
A elaboração, a implementação, o
acompanhamento e a avaliação do PPRA
poderão ser efetuados por meio do SESMT ou
por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério
do empregador, tenham capacidade de
desenvolver o disposto nesta Norma
Regulamentadora.
AN02FREV001/REV 4.0
48
“Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e do
PPRA e de outros programas relacionados à segurança do trabalho”.
Ressalta-se que o PPRA engloba quatro pontos distintos que são à base de
suas ações. Sendo eles;
1. Antecipação dos riscos;
2. Reconhecimento dos riscos;
3. Avaliação dos riscos;
4. Controle dos riscos.
AN02FREV001/REV 4.0
49
Reconhecimento dos Riscos
DICA!!
EMPRESA APR n
Fase: ( ) Projeto ( ) Operação Elaborada por:
Setor: N de Pessoas:
( ) por turno
( ) horário administrativo
Função Agente Fonte Efeito Medidas Obs.
de controle
AN02FREV001/REV 4.0
50
LEGENDA
AGENTE: Físico, químico ou biológico.
FONTE: Especifica de onde se origina o agente.
EFEITO: Depende das informações da literatura técnica ou científica.
Inclui danos à saúde, toxologia do produto, efeitos agudos ou crônicos,
etc.
MEDIDAS DE CONTROLE: Especifica os controles já existentes.
OBS.: Qualquer detalhe que considere relevante ser informado.
FONTE: (CAMPOS, 2002)
AN02FREV001/REV 4.0
51
Os EPI´s devem ser usados somente em:
NEXO CAUSAL
AN02FREV001/REV 4.0
52
Estrutura e Desenvolvimento do PPRA
EXEMPLO DE CRONOGRAMA
CRONOGRAMA MESES
ANO XX
FASES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Formação de equipe
do PPRA
Inquérito preliminar
Análise preliminar de
risco
Elaboração do plano
de ação
Elaboração do
documento-base
Aprovação do
documento-base
Implementação do
PPRA
Implementação de
medidas de controle
Programa de
AN02FREV001/REV 4.0
53
treinamento
Avaliação ambiental
Auditoria
Análise crítica
periódica
6.3 PCMSO
A obrigatoriedade da elaboração e
implementação do PCMSO, por parte dos
empregadores e organizações que
admitam trabalhadores como empregados,
com o objetivo de promover e preservar a
saúde do conjunto de seus colaboradores.
AN02FREV001/REV 4.0
54
Estatísticas de resultados anormais;
Planejamento para o ano seguinte.
O relatório será apresentado e discutido em reunião da CIPA, e uma cópia
do mesmo deverá ser anexada em Livro de Atas da Comissão.
IMPORTANTE:
O item 7.2.3 da NR- 7 especifica que o PCMSO deverá ter em relação aos
agravos à saúde relacionados ao trabalho, caráter de:
Prevenção;
Rastreamento;
Diagnóstico precoce.
Inclusive para os agravos de natureza subclínica e da constatação da
existência de casos de doenças ocupacionais ou danos irreversíveis à saúde dos
colaboradores (SALEM & SALEM, 2001).
Ressalta-se que o PCMSO deverá desenvolver duas ações consideradas
fundamentais:
AN02FREV001/REV 4.0
55
PCMSO
PROMOÇÃO PREVENÇÃO
DA SAÚDE DE DOENÇAS
Promoção da Saúde:
Prevenção de Doenças:
Retorno ao trabalho:
No retorno do funcionário após um período de afastamento.
AN02FREV001/REV 4.0
56
Mudança de função:
Sempre que os riscos forem diferentes daqueles inerentes à função anterior.
Demissional:
No momento de saída do funcionário da empresa.
EM DESTAQUE:
FIM DO MÓDULO II
AN02FREV001/REV 4.0
57
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
SEGURANÇA NO TRABALHO
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
59
CURSO DE
SEGURANÇA NO TRABALHO
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
60
MÓDULO III
7 VERIFICAÇÕES DE SEGURANÇA
Internas;
Oficiais;
Especiais.
AN02FREV001/REV 4.0
61
FIGURA 15 – FALTA DE SEGURANÇA NO TRABALHO
AN02FREV001/REV 4.0
62
Verificações Gerais:
o Sistemática;
o Documentada;
o Objetiva.
FIGURA 16 - ACIDENTE
AN02FREV001/REV 4.0
63
Verificações Parciais:
Verificações Periódicas:
AN02FREV001/REV 4.0
64
É importante frisar que qualquer colaborador tem o direito de denunciar
irregularidades que estejam ocorrendo em sua organização. Para isso, basta
solicitar a um cipeiro a verificação do local.
A CIPA deverá realizar um levantamento minucioso de informações que
permitam descobrir o que está acontecendo, buscando dados adicionais com
fornecedores, com o SESMT e com o chefe da área (SALEM & SALEM, 2001).
A partir do momento que se detecta o problema, caberá a CIPA propor uma
medida de controle e acompanhar a sua efetiva implementação.
Verificações Cíclicas:
Verificações de Rotina:
AN02FREV001/REV 4.0
65
realização das verificações vai aumentando, até que as mesmas se tornem
periódicas.
Ressalta-se que é de suma importância que o funcionário não se acostume
com a presença contínua dos cipeiros, para não ter a falsa ideia de que essa é a
única condição para resolver o problema.
AN02FREV001/REV 4.0
66
Consideram-se esses serviços como verdadeiras verificações formais, em
virtude de levarem em conta:
As condições operacionais normais ou habituais;
O ritmo de trabalho;
A existência de fatores contribuintes habituais para o processo, em
termos de vestimentas e equipamento de proteção individual utilizado.
AN02FREV001/REV 4.0
67
EXEMPLO do modelo inicial:
TRATORES BERG LTDA Número do documento
(Nome da empresa) CINSP 16837
AN02FREV001/REV 4.0
68
9 As cadeiras possuem regulagem de
altura?
10 As cadeiras possuem regulagem de
encosto?
11 As cadeiras possuem borda frontal
arredondada?
12 Sob mesas, existe apoio regulável
para os pés?
AÇÕES COMPLEMENTARES:
1 – Os lápis encontram-se armazenados dentro de copos plásticos, com a
ponta virada para cima, sobre a mesa.
2 – As lâmpadas estão bastante sujas.
Preenchido por:
Responsável pela área:
Próxima verificação:
FONTE: (CAMPOS, 2002)
AN02FREV001/REV 4.0
69
8 OS PASSOS DE UMA VERIFICAÇÃO
1º Passo
Setorizar a empresa e visitar todos os ambientes, realizando uma análise
dos riscos exitentes. Para auxiliar o trabalho, é permitido fazer uma Análise
Preliminar de Risco – APR ou um Mapeamento de Riscos Ambientais.
2 ºPasso
Preparo de uma folha de verificação para cada área ou setor, com todos os
itens a serem observados.
3º Passo
Realizar a verificação anotando na folha de dados se o requisito está ou não
contemplado. Qualquer informação adicional, que denuncie riscos de acidentes,
deve ser registrada.
4º Passo
Levar todos os dados registrados para serem discutidos em reunião da CIPA
e propor medidas de controle para os itens que não estão em conformidade com o
que é exigido. Considera-se o que é prioritário.
5º Passo
Enviar correspondência para o SESMT e para as chefias dos setores em
que se detectaram as falhas, com a indicação da CIPA para contornar o problema.
6º Passo
Cobrar soluções e realizar o acompanhamento da implementação das
medidas de controle. Alterar a folha de verificação, inserindo este item para novas
verificações.
AN02FREV001/REV 4.0
70
7º Passo
Manter a periodicidade das verificações, a partir do 3º passo.
9 MAPEAMENTO DE RISCOS
AN02FREV001/REV 4.0
71
a. Risco
Compreende-se como sendo risco, uma ou mais condições de uma situação
(variável) que apresenta potencial para causar danos. Os referidos danos podem ser
entendidos como:
Lesões a pessoas;
Avarias em equipamentos ou estruturas;
Perda de material em processo de produção;
Redução da capacidade de desempenho em função predeterminada;
Na existência de qualquer risco, sempre haverá grande possibilidade de
ocorrerem efeitos adversos danosos (MICHEL, 2000).
b. Perigo
O perigo é a expressão da exposição a um risco que tende a causar danos.
c. Dano
Refere-se à gravidade da lesão ou à perda física, funcional ou econômica,
que podem resultar da perda de controle sobre determinado risco.
AN02FREV001/REV 4.0
72
9.1 A ELABORAÇÃO DO MAPEMANENTO DE RISCOS
AN02FREV001/REV 4.0
73
I – ETAPA
o Quem são?
o Quantos são?
o Idade.
o Sexo.
o Jornada de trabalho.
o Treinamentos profissionais realizados.
o Treinamentos de segurança e saúde realizados.
AN02FREV001/REV 4.0
74
Elemento meio ambiente = ambiente de trabalho.
o Condições de trabalho.
o Organização do trabalho.
o Arranjo físico (layout) das instalações.
o Relações interpessoais no trabalho.
II – ETAPA
ATENÇÃO:
SETOR DE SERVIÇO
É a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo
estabelecimento. (NR- 1, item 1.6, alínea “a”)
AN02FREV001/REV 4.0
75
Radiações Vapores Bacilos peso Ferramentas
não Produtos Exigências de inadequadas ou
ionizantes químicos em posturas defeituosas
Radiações geral inadequadas Iluminação
ionizantes Controle rígido inadequada
Pressões de Eletricidade
anormais produtividade Probabilidade de
Imposição de incêndio ou
ritmos explosão
excessivos Armazenamento
Trabalho em inadequado
turnos e Animais
trabalho peçonhentos
noturno outras
Jornadas de
trabalho
prolongadas
Monotonia e
repetitividade
Causadores
de estresse
físico e ou
psíquico
Riscos Físicos
Os riscos físicos remetem diretamente a noção de energia.
Os riscos listados no Grupo 1 do quadro anterior, configurado na cor verde,
tem chances de provocar um quadro específico de problemas de saúde nos
colaboradores, como os apresentados a seguir:
Ruído
Apesar da população das grandes cidades se acostumarem com o volume
elevado presente nas ruas, sabe-se que a pessoa exposta permententemente a
AN02FREV001/REV 4.0
76
fontes de ruído no próprio ambiente ocupacional, apresentará dificuldades de
concentração e poderá sofrer danos irreversíveis na saúde (MICHEL, 2000).
Os danos podem ser:
Aumento do ritmo cardíaco;
Constrição dos vasos sanguíneos periféricos;
Aceleração do ritmo respiratório;
Diminuição da atividade dos órgãos da digestão;
Cansaço;
Irritabilidade;
Insônia;
Dor de cabeça;
Redução da audição;
Aumento da pressão arterial;
Redução da atividade cerebral;
Diminuição da atenção.
Diante dessa grave constatação, é de suma importância a detecção das
fontes mais ruidosas de cada setor organizacional.
O ruído é reconhecido como o problema mais grave em termos de saúde
ocupacional no Brasil, segundo o Ministério do Trabalho, tanto que o mesmo alterou,
em 1998 a NR- 7 – PCMSO, inserindo no quadro II: “ As diretrizes e parâmetros
mínimos para avaliação e acompanhamento da audição em trabalhadores expostos
a níveis de pressão sonora elevados.”
O Ministério da Previdência Social também interviu, por meio da Norma
Técnica sobre a Perda Auditiva Neurossensorial por exposição continuada a Níveis
elevados de Pressão Sonora de origem Ocupacional.
Vibrações
Compreende-se que os efeitos de qualquer vibração deverão ser entendidos
como uma consequência da transferência de energia para o corpo humano, que
atua como receptor de energia mecânica.
Dessa forma, o efeito da vibração pode ser representado por:
Cansaço.
Irritabilidade.
AN02FREV001/REV 4.0
77
Dor de ouvido.
Dor nas mãos.
Dor nos braços.
Dor na coluna.
Artrite.
Problemas nas articulações.
Lesões ósseas.
Lesões respiratórias.
Calor e Frio
Reconhece-se a influência da umidade na troca térmica entre o corpo
humano e o ambiente, por meio do mecanismo de evaporação.
Suas principais consequências são as doenças do aparelho respiratório.
Radiações Ionizantes
Podem ser reconhecidas como tendo precedentes naturais ou artificiais.
Considera-se radiações ionizantes:
Raios X.
Raios alfa, beta e gama.
Nêutrons.
AN02FREV001/REV 4.0
78
Em relação aos efeitos possíveis, eles são divididos em: de curto ou de
longo prazo.
Efeitos a curto prazo = vômitos, alterações no sangue, infecções,
queimaduras e hemorragias.
Efeitos a longo prazo = podem produzir alterações irreversíveis nos lipídios e
nas células, catarata, leucemia e câncer.
Pressões Anormais
Determina-se por pressões anormais aquelas que se encontram abaixo ou
acima da pressão atmosférica. Os problemas vinculam-se às áreas de alta pressão e
são descritos como:
Ruptura do tímpano.
Irritação dos pulmões.
Dores abdominais.
Dor de dente.
Exoftalmia.
Obstrução dos vasos sanguíneos.
Embolia traumática pelo ar.
Embriaguez das profundidades.
Intoxicação por oxigênio e gás carbônico.
Doença descompressiva.
Riscos Químicos
Pesquisas descrevem os contaminantes químicos como sendo substâncias
constituídas por matéria que pode ser encontrada no ar, sob a forma de moléculas
individuais (gases ou vapores) ou mesmo de grupos de moléculas unidas
(aerodispersoides ou névoas) (CARVALHO, 2000).
Reconhece-se como sendo vias de entrada desses contaminantes no
organismo:
• A via respiratória.
• A via dérmica ou cutânea (pele).
• A via digestiva.
• A via parental (por meio de feridas).
AN02FREV001/REV 4.0
79
Sugere-se o acompanhamento permanente para os trabalhadores e
ambientes expostos a agentes químicos, tanto em termos da medição da
concentração dos indicadores biológicos listados pela ACGIH e na NR- 7: PCMSO,
como também, pela higiene pessoal, hábitos, uso de drogas e medicamentos.
A preocupação direcionada a essa questão é constante, tanto que o
Ministério da Previdência Social, por meio das Ordens de Serviço 607 e 609, de 5 de
agosto de 1998, apresentou as Normas Técnicas sobre Intoxicação Ocupacional
pelo Benzeno e Pneumoconioses, respectivamente.
Considera-se que os gases, os vapores e a névoa podem gerar efeitos:
o Irritantes.
o Asfixiantes.
o Anestésicos.
Efeitos Irritantes
Alguns gases podem provocar sérias irritações nas vias aéreas superiores,
dentre eles destacam-se:
Ácido clorídrico.
Ácido sulfúrico.
Amônia.
Soda cáustica.
Cloro.
Efeitos Asfixiantes
Determinados gases tendem a causar efeitos asfixiantes, que geralmente
aparecem acompanhados por dores de cabeça, náuseas, sonolência, convulsão, ou
em casos mais graves, à morte. Entre os gases que ocasionam efeitos asfixiantes,
os mais comuns são:
Hidrogênio.
Nitrogênio.
Hélio.
Metano.
Acetileno.
Dióxido de carbono.
AN02FREV001/REV 4.0
80
Monóxido de carbono.
Efeitos Anestésicos
Os efeitos anestésicos, geralmente ocasionados por solventes orgânicos
desencadeiam ação depressiva no sistema nervoso central, com grandes chances
de causar danos a diversos órgãos do corpo humano. Como exemplo dos solventes
orgânicos mais importantes, citam-se:
Butano.
Propano.
Acetona.
Benzeno.
Xileno.
Tolueno.
Óxido nitroso.
Poeiras Minerais
Constituem-se de diversos materiais, como: sílica, asbesto e carvão mineral.
A inalação dessas poeiras pode gerar vários tipos de pneumoconiose, como a
calicose ou silicose, doença causada pela inalação de pó de sílica.
Poeiras Vegetais
Sua produção é uma consequência do tratamento industrial de substâncias
vegetais, como o bagaço da cana-de-açucar e o algodão. Reconhece-se que a sua
AN02FREV001/REV 4.0
81
inalação desencadeia, respectivamente: doenças como bagaçose e bissinose
(CAMPOS, 2002).
Poeiras Alcalinas
São advindas, especialmente, do calcário. São causadoras de doenças
pulmonares obstrutivas crônicas, como por exemplo, enfisema pulmonar.
Poeiras Incômodas
As poeiras incômodas tendem a se unir a diversos outros materiais
agressivos presentes no ambiente de trabalho, tornando-os muito mais nocivos para
a saúde do colaborador.
Fumos Metálicos
São provenientes do uso industrial da soldagem de metais e podem causar
doenças pulmonares obstrutivas crônicas, febre e intoxicações.
AN02FREV001/REV 4.0
82
GLP (gás
de
cozinha)
Monóxido
de
carbono
Ozônio
Sílica
Tolueno
OBS.:
Amianto e Benezo são substâncias cancerígenas.
FONTE: NIOSH – National Institute Occupational Safety and Health
Riscos Biológicos
Os riscos biológicos referem-se aqueles constituídos por seres vivos, que
possuem elevada capacidade de afetar a saúde do trabalhador. Os micro-
organismos são os principais exemplos dessa categoria, mais especificamente:
Vírus.
Bactérias.
Bacilos.
Fungos.
Sabe-se que esses micro-organismos podem causar doenças de natureza
distinta, que, geralmente, são transmitidas de outros animais para os homens, como,
por exemplo, as zoonoses (CAMPOS, 2002).
Considera-se que, na maioria das vezes os maiores riscos biológicos estão
ligados:
À cria e ao cuidado de animais.
À manipulação de produtos de origem animal.
Serviços de limpeza pública.
Serviços de exumação de corpos em cemitérios.
Trabalhos em laboratórios biológicos e clínicos.
Em hospitais.
Esgotos.
AN02FREV001/REV 4.0
83
Ressalta-se que as medidas de prevenção contra esses micro-organismos
são:
Vacinação.
Esterilização.
Higiene pessoal.
Uso de equipamento de proteção individual – EPI.
Ventilação adequada.
Controle médico.
Riscos Ergonômicos
Consideram-se riscos ergonômicos aqueles determinados pela falta de
adaptação das condições ocupacionais às características e demandas
psicofisiológicas do trabalhador.
AN02FREV001/REV 4.0
84
Essa norma denomina-se Norma Técnica de Avaliação de Incapacidade
para fins de benefícios previdenciários. Ela contém 14 (quatorze) exemplos, de
trabalhos e patologias, destacando-se:
1. Lesões bursite do cotovelo – apoiar cotovelo em mesas.
2. Contratura de fáscia palmar – operar compressores pneumáticos.
3. Dedo em gatilho – apertar alicates e tesouras.
4. Epicondilites do cotovelo – apertar parafusos, jogar tênis, desencapar
fios, tricotar, operar motosserra.
5. Síndrome do canal cubital – apoiar cotovelo em mesas.
6. Síndrome do canal de Guyon – carimbar.
7. Síndrome do desfiladeiro torácico – realizar trabalhos manuais
(curvado) em veículos, trocar lâmpadas, pintar paredes, lavar vidraças, apoiar
telefones entre o ombro e a cabeça.
8. Síndrome do interósseo anterior – carregar objetos pesados apoiados
no antebraço.
9. Síndrome do pronador redondo – carregar pesos, praticar musculação,
apertar parafusos.
10. Síndrome do túnel do carpo – digitar, fazer montagens industriais,
empacotar.
11. Tendinite da porção longa do bíceps – carregar pesos.
12. Tendinite do supraespinhoso – carregar pesos sobre o ombro, jogar
vôlei ou peteca.
13. Tenossinovite de DeQuervain – torcer roupas, apertar botão com o
polegar.
14. Tenossinovite dos extensores dos dedos – digitar, operar mouse.
Sintomas da LER
Como principais sintomas da LER, a pesquisa científica aponta:
¥ Calor localizado.
¥ Choques.
¥ Dor.
¥ Dormência.
¥ Formigamento.
AN02FREV001/REV 4.0
85
¥ Fisgadas.
¥ Inchações.
¥ Pele avermelhada.
¥ Perda de força muscular.
AN02FREV001/REV 4.0
86
a) A Organização do Trabalho
A familiarização com as atividades que lhe são exigidas é apenas um dos
pontos importantes para o trabalhador, pois ele deve também ter a liberdade
adequada de movimentos para executá-las. Dessa forma, ele terá condições de
respeitar seus limites, evitando a repetição de um mesmo movimento durante um
longo período de tempo (CAMPOS, 2002).
É preciso perceber e levar em consideração as características individuais de
cada colaborador, já que as pessoas são diferentes e nem todas apresentam as
mesmas habilidades e dificuldades.
Uma boa dica é o estabelecimento de várias pausas durante a jornada de
trabalho, visando promover:
o Alongamento e o relaxamento do corpo.
o Permitir a livre movimentação do corpo.
o Estabelecer rodízios nas tarefas mais críticas.
o Manter treinamentos visando reciclar o conteúdo das tarefas e seus
riscos potenciais.
b) Conteúdo do Trabalho
É obrigatório o oferecimento dos recursos necessários para a execução das
atividades pela empresa, assim como também de um ambiente de trabalho que
viabilize ao funcionário o desenvolvimento de suas habilidades, com certo grau de
criatividade, visando sua realização profissional.
Apontam-se como indicadores:
o Percepção do trabalhador em relação às condições ambientais.
o Complexidade da tarefa.
o Monotonia.
c) Posto de Trabalho
Deve haver uma profunda adaptação do mobiliário e dos
equipamentos/ferramentas para adequarem-se às características físicas do
trabalhador, assim como também à natureza das atividades executadas, permitindo
ampla liberdade de movimentação.
Os indicadores para o uso dos equipamentos são:
AN02FREV001/REV 4.0
87
o Qualidade dos equipamentos e ferramentas.
o Manutenção dos mesmos.
o Necessidade de emprego de força decorrente de
equipamento/ferramenta imprópria.
o Desvios posturais impostos pelo equipamento/ferramenta.
o Necessidade de repetição da tarefa por falha do equipamento.
Os indicadores para mobiliário são:
o Qualidade e manutenção.
o Frequência de reposição.
o Adaptação dos postos de trabalho à introdução de novos processos.
o Desvios posturais impostos pelo mobiliário.
FIGURA 20 - DIGITANDO
AN02FREV001/REV 4.0
88
Riscos de Acidentes
Consideram-se riscos de acidentes como sendo armadilhas, ou deficiências,
presentes nas instalações ou em máquinas e equipamentos.
Quando um, ou mais, elementos citados como uns dos principais riscos
ocupacionais estiverem contidos como deficiente, insuficiente, inadequado ou
obstruírem a livre circulação, certamente constituirão riscos potenciais para a saúde
e integridade física do trabalhador.
Em pesquisas recentes, apontam-se como sendo as principais situações de
riscos encontradas nas organizações:
Arranjo físico inadequado.
Máquinas e equipamentos sem proteção.
Ferramentas inadequadas ou defeituosas.
Iluminação inadequada.
Eletricidade.
Probabilidade de incêndio ou explosão.
Armazenamento inadequado.
Animais peçonhentos.
E, além destas, a própria legislação prevê outras situações de riscos de
acidentes, destacando-se:
EPI inadequado.
Problemas em edificações.
Falta de sinalização.
AN02FREV001/REV 4.0
89
FIGURA 21 – ACIDENTE DE TRABALHO
III - ETAPA
AN02FREV001/REV 4.0
90
Geralmente, empregam-se quatro submedidas, dependendo da natureza do
risco:
Substituição de matérias-primas e insumos.
Alteração no processo de trabalho.
Isolamento da fonte de risco.
Instalação de sistemas de ventilação.
Sistemas de Ventilação
Considerados uma ferramenta eficaz no controle de operações, processos e
equipamentos, que emanam contaminantes, os sistemas de ventilação, tanto de
exaustão como de insuflamento, são importantes para evitar a dispersão de
contaminantes no ambiente industrial. Acrescenta-se aos seus benefícios, a
capacidade de diluírem as concentrações de poluentes e oferecerem conforto
térmico.
AN02FREV001/REV 4.0
91
Medidas de Organização do Trabalho
AN02FREV001/REV 4.0
92
FIGURA 22 - ACIDENTE DE TRABALHO GRAVE
b) Reestrutura organizacional
Constata-se que, uma rigidez excessiva na organização do trabalho tem
grandes probabilidades de deixar os trabalhadores mais suscetíveis às doenças.
Sendo assim, torna-se relevante a adequação do ritmo de trabalho às capacidades
psicofisiológicas dos trabalhadores, já que essa pode melhorar seu estado de
espírito e aumentar sua capacidade intelectual, além de impedir e reduzir um
desgaste prematuro.
AN02FREV001/REV 4.0
93
c) Participação dos funcionários
É fundamental que a equipe de funcionários participe da organização do
trabalho, pois desse modo, eles terão uma noção de seu “limite subjetivo”, ou seja,
terão conhecimento de até aonde podem ir. Nesse contexto, eles devem ser
estimulados a dar sugestões.
Ressalta-se que o EPI não evita acidentes, tendo em vista que o agente de
risco irá permanecer. Isso quer dizer que seu uso representa apenas a possibilidade
de reduzir o dano (CAMPOS, 2002).
É preciso lembrar que as medidas de proteção individual contra a agressão
dos riscos ambientais só devem ser indicadas em casos específicos, tais como:
AN02FREV001/REV 4.0
94
Em todos os momentos nos quais as medidas de proteção coletiva
forem tecnicamente inviáveis, ou não disponibilizarem completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho e/ou doenças profissionais.
Durante o período em que as medidas de proteção coletiva estiverem
sendo providenciadas e implementadas.
Em situações de emergência.
Em tarefas de curta duração.
b) Banheiros e Lavatórios
Devem ser separados para homens e mulheres, ser higienizados, limpos e
desprovidos de odores desagradáveis. Deve ter um chuveiro para cada 10
funcionários que se ocupam de atividades consideradas insalubres. Os pisos devem
ser impermeáveis e deve ter disponível uma torneira para cada grupo de 20
trabalhadores.
c) Vestiários e Armários
Devem estar em bom estado de conservação, organizados individualmente e
por sexo.
AN02FREV001/REV 4.0
95
d) Bebedouros
Devem ser instalados em pontos estratégicos, de fácil acesso para os
funcionários, principalmente onde existam fontes de calor. O uso de recipientes
coletivos deve ser proibido e o suprimento de água potável em frasco, deve estar em
quantidade superior a ¼ de litro por homem/horas de trabalho.
e) Alimentos
Os funcionários devem ser proibidos de levarem comida para o setor de
trabalho, evitando contaminação.
f) Cozinha
Deve ter um lavatório com água corrente, sabão e toalhas, para uso do
pessoal do serviço de alimentação.
g) Lixo
O tratamento dado ao lixo da cozinha deve estar de acordo com as normas
locais do serviço de saúde pública.
h) Áreas de Lazer
Considera-se que o trabalho, o lazer e o sono sejam etapas sequenciais nas
atividades humanas. O período dedicado ao lazer adquire um papel relaxante,
buscando aliviar as tensões do trabalho e facilitar o sono.
IV – ETAPA
AN02FREV001/REV 4.0
96
O monitoramento contínuo dos cipeiros é uma medida considerada de
proteção, fundamental para a saúde dos funcionários (CAMPOS, 2002).
É preciso que os profissionais da CIPA avaliem com os funcionários se a
empresa está realizando os exames médicos previstos no PCMSO. Após a
constatação, é necessário identificar:
As queixas mais frequentes;
Os acidentes de trabalho ocorridos;
As doenças profissionais diagnosticadas;
Os casos de absenteísmo.
AN02FREV001/REV 4.0
97
FIGURA 23 - DORES DE CABEÇA
AN02FREV001/REV 4.0
98
É possível realimentar o plano de trabalho da CIPA por meio das
informações mais detalhadas, que indiquem a natureza da lesão e a parte do corpo
atingida.
AN02FREV001/REV 4.0
99
A ausência do empregado ao trabalho raramente é levada em consideração
quando ocorre por questões de saúde. A falta do funcionário pode ter diversas
razões, mas o que interessa no Mapeamento de Riscos é a falta ao serviço por
problemas gerados por agentes ambientais.
Assim, é relevante que os cipeiros considerem o motivo da ausência do
trabalhador, relacionando os fatos, analisando-os com atenção e criando estratégias
de ação.
O PPRA irá ser aperfeiçoado com essas ações.
Os dados para investigar as questões devem ser obtidos no Departamento
de Administração de Pessoal da organização em questão.
AN02FREV001/REV 4.0
100
V – ETAPA
Insalubre
É uma palavra latina, que representa aquilo que origina doença, o que é
doentio. Caracteriza-se a insalubridade baseando-se em valores nos quais o limite
de tolerância foi ultrapassado.
Higiene do Trabalho
É compreendida como a ciência e a arte dedicada à (ao):
Reconhecimento;
Avaliação;
Controle.
Essas funções são direcionadas aos fatores ambientais e aos agentes
“tensores” originados no local de trabalho, tendo grandes probabilidades de
ocasionar doenças, prejuízos à saúde e bem-estar, um desconforto significativo e
ineficiência entre o grupo de funcionários ou entre a comunidade.
Monitoramento Ambiental
Refere-se ao levantamento e a avaliação dos agentes de riscos existentes
no ambiente ocupacional. Incluindo-se as medidas de controle adotadas para
combatê-los. O PPRA prevê sua periodicidade.
AN02FREV001/REV 4.0
101
Limite de Tolerância
Corresponde à intensidade / concentração máxima ou mínima, relacionada
com a natureza do agente de risco, assim como o tempo de exposição a ele, o que
provoca danos à saúde do trabalhador, durante o exercício de suas funções
laborais.
Avaliação Ambiental
O PPRA, em seu cronograma já prevê a avaliação ambiental. Essa consiste
na medição dos riscos ambientais, e na sequência é realizado um registro, também
chamado de laudo, contendo todos os dados obtidos (SALEM & SALEM, 2001).
Os profissionais da CIPA, ao analisarem o laudo ambiental, devem estar
atentos a alguns aspectos importantes, dentre eles destacam-se:
Agentes que foram monitorados = ruído, gases, vapores, calor,
iluminação, poeiras, etc.
Metodologia usada para a detecção de cada um dos agentes =
seguindo as normas técnicas da Fundacentro do Brasil, do National Institute
Occupational Safety and Health (NIOSH) e da Occupational Safety and Health
Administration dos Estados Unidos.
Equipamentos utilizados para quantificar os agentes = monitor de
estresse térmico, medidor de nível de pressão sonora, luxímetros, bomba de
detecção de gases, árvore de termômetros, anenômetros, bombas de amostragem,
etc.
Tabelas com os resultados das medições realizadas, destacando-se os
níveis de intensidade/concentração e do tempo de exposição dos trabalhadores aos
agentes.
AN02FREV001/REV 4.0
102
Setores e pontos nos quais foram ultrapassados os limites de
tolerância
Observância ou não, das medidas de controle propostas
A verificação desses pontos permite a avaliação dos indicadores de saúde, a
elaboração de estatísticas das doenças adquiridas pelos trabalhadores e serve
como informações adicionais para o plano de trabalho da CIPA.
VI – ETAPA
Critérios Utilizados
Após a realização das análises, dos relatórios e da validação dos riscos, a
CIPA terá as informações necessárias para elaborar o mapeamento. Os riscos
devem ser representados por área, dentro de um arranjo físico (layout) organizado
em círculos, tendo as seguintes características:
AN02FREV001/REV 4.0
103
A afixação do mapeamento, após sua conclusão, deverá ser feita nos
setores analisados, de forma bem visível e em local de fácil acesso para todos os
trabalhadores (GONÇALVES, 2000).
É importante que cada setor analisado deva ter seu próprio número de
identificação, que deverá ser o mesmo constante no relatório de levantamento dos
riscos do setor.
AN02FREV001/REV 4.0
104
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
SEGURANÇA NO TRABALHO
Aluno:
1
CURSO DE
SEGURANÇA NO TRABALHO
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
99
MÓDULO IV
100
10.1 ACIDENTES DE TRABALHO
101
Considera-se acidente de trabalho, para efeito dos Benefícios da
Previdência Social, as seguintes entidades mórbidas, presentes no artigo 20 da Lei n
8213:
Item I
A doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva
relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social.
Comentário I
Exemplos:
o Extração de minérios: exposição à sílica livre.
o Fabricação de tintas: exposição ao mercúrio.
o Indústria metalúrgica: exposição à vibrações.
o Soldagem: exposição ao cádmio.
o Siderurgia: exposição ao flúor.
Item II
A doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em
função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione
diretamente, desde que constante da relação mencionada no inciso I.
Comentário II
Exemplos:
o Contaminação acidental com cloreto de metileno.
o Trabalhador exercendo atividade temporária com exposição a raios X.
102
EM DESTAQUE:
a) A doença degenerativa.
b) A doença inerente a grupos etários.
c) A doença que não produz incapacidade laborativa.
d) A doença endêmica adquirida por segurados habitantes de
região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de
que resultou de exposição ou contato direto determinado
pela natureza do trabalho.
103
c) Ato de imprudência, negligência ou imperícia de terceiro ou de
companheiro de trabalho.
d) Ato da pessoa privada do uso da razão.
e) Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes
de força maior.
DIFERENCIAÇÕES:
104
NOTA:
105
FIGURA: SEGURANÇA NO TRABALHO
106
FIGURA: SEGURANÇA NO TRABALHO
107
11.1 MÉTODO DA ÁRVORE DE CAUSAS
108
As causas básicas são foco da construção da Árvore de Causas e não
possíveis culpados.
Busca-se a identificação de diversas causas, não somente de uma.
109
6. Pesquisar prioritariamente os antecedentes que não fazem parte do
cotidiano.
7. Os elementos fundamentais para a investigação são:
Trabalho
Tarefa que o indivíduo
executava quando ocorreu
o acidente ou incidente.
LEMBRETE:
A qualidade da investigação depende da quantidade
de informações recebidas. Desse modo, todo o trabalho
poderá ficar comprometido, se não for feito um
levantamento correto e preciso.
110
2ª FASE: Detalhes da Representação Gráfica
A Árvore, enquanto um diagrama de fatores do acidente irá evidenciar as
relações entre os fatos que contribuíram para a sua ocorrência, também chamados
de encadeamento lógico. Isso quer dizer que não levará em conta somente a
sequência dos acontecimentos no tempo, também reconhecida como encadeamento
cronológico.
Desse modo, é possível, por meio desse método, evidenciar relações entre
fatos ocorridos em momentos remotos que poderiam passar despercebidos
(CAMPOS, 2002).
O ponto de partida para a construção da Árvore de Causas será o acidente
ou incidente, considerado último fato e, a partir dele irão ser definidos os
antecedentes imediatos. Visando dar conformação à Árvore, é preciso remontar
sistematicamente cada uma das ações, respondendo às seguintes perguntas:
O que ocorreu para que esse fato fosse produzido?
Isso foi suficiente e necessário?
No levantamento de dados,
cada fato tem, pelo menos,
um antecedente.
Situações de Encadeamento
É possível reconhecer situações, durante o levantamento, que possibilitam o
estabelecimento de três tipos de nexo:
1ª situação:
O fato tem um único antecedente.
2ª situação
O fato tem dois ou mais antecedentes.
3ª situação:
111
Vários fatos apresentam apenas um único antecedente.
4ª situação:
Não há relação entre os fatos: eles são independentes.
a) Declaração do acidente.
b) Pesquisa inicial.
c) Complementação da pesquisa pelo processo de investigação.
112
Quando bem executada, essa tarefa reduz significativamente a ocorrência
de acidentes e incidentes ocupacionais.
Por outro lado, caso esses fatores não sejam bem trabalhados existe grande
probabilidade de ocorrem os acidentes. A árvore de Causas comprova muito bem
isso. Sendo assim, torna-se fundamental que as causas sinalizadas na Árvore
desenvolvam ações de controle, para que acidentes ou incidentes semelhantes não
se repitam (MICHEL, 2000).
Esse método é diferenciado porque, além de proporcionar o estabelecimento
do diálogo entre as pessoas, ele permite tirar uma lição construtiva de uma situação
indesejável.
LEMBRE-SE:
113
Nesse momento torna-se relevante que todos os itens significativos fiquem
registrados, como por exemplo:
¥ Ordem de serviço.
¥ Medida proposta.
¥ Início dos trabalhos.
¥ Final dos trabalhos.
¥ Responsável.
¥ Custo previsível.
2º Tempo: Controle
O controle deverá ser executado no período de execução do serviço e
depois do mesmo. Tudo o que for observado nas visitas de controle deve ser
comentado nas reuniões da CIPA, uma vez que os membros da comissão devem
estar sempre atualizados e bem informados (CARVALHO, 2000).
As observações podem ser registradas contendo as seguintes informações:
¥ Data.
¥ Situação.
¥ Observações.
FIGURA: SEGURANÇA NO TRABALHO
114
12 MÉTODO DO DIAGRAMA DE CAUSAS E EFEITOS
115
Além disso, ele envolve um trabalho extremamente coletivo, já que as
pessoas participam opinando sobre as prováveis causas que teriam gerado o
acidente.
12.1 AS CAUSAS
116
Substâncias perigosas Procedimentos
2 - AMBIENTE DE TRABALHO Manuais
Iluminação Instruções de trabalho
Ruído 3 - MÁQUINAS
Radiações Manutenção
Ordenação Proteções
Limpeza Condições inseguras
3 - CARACTERÍSTICAS PESSOAIS 4 - MEIO AMBIENTE
Conhecimento Relações interpessoais
Atitudes Clima
Habilidades Sujeira
4 - ORGANIZAÇÃO 5 - MATERIAIS
Formação Especificações
Sistemas de comunicação Fornecedores
Métodos Toxicidade
Procedimentos 6 - MEDIDAS
Verificação
instrumentos
117
12.3 DESVANTAGENS DO MÉTODO
1º Passo
Efetuar o levantamento dos fatos, imediatamente após a ocorrência do
acidente ou do incidente.
2º Passo
Organizar os fatos de acordo com as “espinhas” do diagrama.
3º Passo
Traçar uma linha horizontal em um papel adequado, que pode ser cartolina,
quadro magnético ou de giz, simulando o formato de um peixe e colocando o
acidente na região da cabeça.
4º Passo
118
Registrar nas espinhas do peixe os quatro fatores ou os seis M´s que
determinaram o acidente.
5º Passo
Inserir em cada uma das espinhas a contribuição pessoal do investigador
para o esclarecimento do acidente .
6º Passo
Finalizar o diagrama depois que todos os envolvidos tiverem concordado
com a representação gráfica ou inserido o que ainda estava faltando.
7º Passo
Fixar o diagrama em local visível para anexar as contribuições voluntárias.
8º Passo
Ao lado do diagrama, deixar etiquetas autoadesivas e canetas para que o
funcionário registre sua contribuição voluntária na espinha de peixe correspondente.
9º Passo
Após a finalização do tempo preestabelecido, realizar o levantamento das
contribuições em uma tempestade de ideias (brainstorming), o que viabilizará ao
comitê investigativo formular ações corretivas para o enfrentamento do problema.
10º Passo
Implementar uma verificação de Follow Up com periodicidade definida,
para que os membros da CIPA possam acompanhar a implementação e a
manutenção das medidas de controle.
119
13 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO LEGISLAÇÃO
NR 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS
Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78.
Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 06, de 09 de março de 1983 14/03/83.
Portaria SSMT n.º 03, de 07 de fevereiro de 1988 10/03/88.
Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993 21/09/93.
120
Portaria SIT n.º 84, de 04 de março de 2009 12/03/09.
121
PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares
sobre segurança e medicina do trabalho. (Alteração dada pela Portaria n.º 13, de
17/09/93).
1.4.1 Compete, ainda, à Delegacia Regional do Trabalho - DRT ou à
Delegacia do Trabalho Marítimo - DTM, nos limites de sua jurisdição: (Alteração
dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
a) adotar medidas necessárias à fiel observância dos preceitos legais e
regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;
b) impor as penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e
regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;
c) embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço, canteiro de
obra, frente de trabalho, locais de trabalho, máquinas e equipamentos;
d) notificar as empresas, estipulando prazos, para eliminação e/ou
neutralização de insalubridade;
e) atender requisições judiciais para realização de perícias sobre segurança
e medicina do trabalho nas localidades onde não houver Médico do Trabalho ou
Engenheiro de Segurança do Trabalho registrado no MTb.
1.5 Podem ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais e municipais,
mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, atribuições de fiscalização
e/ou orientação às empresas, quanto ao cumprimento dos preceitos legais e
regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. (Alteração dada pela
Portaria n.º 06, de 09/03/83).
1.6 Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras – NR, considera-
se: (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83).
a) empregador, a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos
da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.
Equiparam-se ao empregador os profissionais liberais, as instituições de
beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos,
que admitem trabalhadores como empregados;
b) empregado, a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual
a empregador, sob a dependência deste e mediante salário;
122
c) empresa, o estabelecimento ou o conjunto de estabelecimentos, canteiros
de obra, frente de trabalho, locais de trabalho e outras, constituindo a organização
de que se utiliza o empregador para atingir seus objetivos;
d) estabelecimento, cada uma das unidades da empresa, funcionando em
lugares diferentes, tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina,
depósito, laboratório;
e) setor de serviço, a menor unidade administrativa ou operacional
compreendida no mesmo estabelecimento;
f) canteiro de obra, a área do trabalho fixa e temporária, onde se
desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de
uma obra;
g) frente de trabalho, a área de trabalho móvel e temporária, onde se
desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de
uma obra;
h) local de trabalho, a área onde são executados os trabalhos.
1.6.1 Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de
outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade
econômica, serão, para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR,
solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.
(Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83).
1.6.2 Para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, a obra
de engenharia, compreendendo ou não canteiro de obra ou frentes de trabalho, será
considerada como um estabelecimento, a menos que se disponha, de forma
diferente, em NR específica. (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83).
1.7 Cabe ao empregador: (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre
segurança e medicina do trabalho;
b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando
ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos; (Alteração
dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09)
Obs.: Com a alteração dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09, todos os
incisos (I, II, III, IV, V e VI) desta alínea foram revogados.
123
c) informar aos trabalhadores: (Alteração dada pela Portaria n.º 03, de
07/02/88)
I. os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
II. os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela
empresa;
III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de
diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;
IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de
trabalho.
d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a
fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do
trabalho; (Alteração dada pela Portaria n.º 03, de 07/02/88)
e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente
ou doença relacionada ao trabalho. (Inserção dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09)
1.8 Cabe ao empregado: (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde
do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; (Alteração
dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09)
b) usar o EPI fornecido pelo empregador;
c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas
Regulamentadoras - NR;
d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras -
NR;
1.8.1 Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao
cumprimento do disposto no item anterior. (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de
09/03/83)
1.9 O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre
segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das
penalidades previstas na legislação pertinente. (Alteração dada pela Portaria n.º 06
de 09/03/83)
1.10 As dúvidas suscitadas e os casos omissos verificados na execução das
Normas Regulamentadoras – NR, serão decididos pela Secretaria de Segurança e
Medicina do Trabalho - SSMT. (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83)
124
NR 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE
SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO
Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78.
Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 33, de 27de outubro de 1983 31/10/83.
Portaria SSMT n.º 34, de 20 de dezembro de 1983 29/12/83.
Portaria SSMT n.º 34, de 11 de dezembro de 1987 16/12/87.
Portaria DSST n.º 11, de 17 de setembro de 1990 20/09/90.
Portaria DSST n.º 04, de 08 de outubro de 1991 10/10/91.
Portaria SNT n.º 04, de 06 de fevereiro de 1992 10/02/92.
Portaria SSST n.º 08, de 01 de junho de 1993 03/06/93.
Portaria SSST n.º 01, de 12 de maio de 1995 25/05/95.
Portaria SIT n.º 17, de 01 de agosto de 2007 02/08/07.
Portaria SIT n.º 76, de 21 de novembro de 2008 25/11/08.
Portaria SIT n.º 128, de 11 de dezembro de 2009 14/12/09.
125
organizar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.2.1.1 Neste caso, os engenheiros de segurança do trabalho, os médicos
do trabalho e os enfermeiros do trabalho poderão ficar centralizados. (Alterado pela
Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.2.1.2 Para os técnicos de segurança do trabalho e auxiliares de
enfermagem do trabalho, o dimensionamento será feito por canteiro de obra ou
frente de trabalho, conforme o Quadro II, anexo. (Alterado pela Portaria SSMT n.º
34, de 11 de dezembro de 1987)
4.2.2 As empresas que possuam mais de 50% (cinquenta por cento) de seus
empregados em estabelecimentos ou setor com atividade cuja gradação de risco
seja de grau superior ao da atividade principal deverão dimensionar os Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, em
função do maior grau de risco, obedecido o disposto no Quadro II desta NR.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.2.3 A empresa poderá constituir Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho centralizado para atender a um conjunto de
estabelecimentos pertencentes a ela, desde que a distância a ser percorrida entre
aquele em que se situa o serviço e cada um dos demais não ultrapasse a 5.000
(cinco mil metros), dimensionando-o em função do total de empregados e do risco,
de acordo com o Quadro II, anexo, e o subitem 4.2.2. (Alterado pela Portaria SSMT
n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.2.4 Havendo, na empresa, estabelecimento(s) que se enquadre(m) no
Quadro II, desta NR, e outro(s) que não se enquadre(m), a assistência a este(s) será
feita pelos serviços especializados daquele(s), dimensionados conforme os subitens
4.2.5.1 e 4.2.5.2 e desde que localizados no mesmo Estado, Território ou Distrito
Federal. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 34, de 20 de dezembro de 1983)
4.2.5 Havendo, na mesma empresa, apenas estabelecimentos que,
isoladamente, não se enquadrem no Quadro II, anexo, o cumprimento desta NR
será feito por meio de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho centralizados em cada estado, território ou Distrito Federal,
desde que o total de empregados dos estabelecimentos no estado, território ou
126
Distrito Federal alcance os limites previstos no Quadro II, anexo, aplicado o disposto
no subitem 4.2.2. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.2.5.1 Para as empresas enquadradas no grau de risco 1 o
dimensionamento dos serviços referidos no subitem 4.2.5 obedecerá ao Quadro II,
anexo, considerando-se como número de empregados o somatório dos empregados
existentes no estabelecimento que possua o maior número e a média aritmética do
número de empregados dos demais estabelecimentos, devendo todos os
profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança
e em Medicina do Trabalho, assim constituídos, cumprirem tempo integral. (Alterado
pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.2.5.2 Para as empresas enquadradas nos graus de risco 2, 3 e 4, o
dimensionamento dos serviços referidos no subitem 4.2.5 obedecerá o Quadro II,
anexo, considerando-se como número de empregados o somatório dos empregados
de todos os estabelecimentos. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de
outubro de 1983)
4.3 As empresas enquadradas no grau de risco 1 obrigadas a constituir
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e
que possuam outros serviços de medicina e engenharia poderão integrar estes
serviços com os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho constituindo um serviço único de engenharia e medicina.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.3.1 As empresas que optarem pelo serviço único de engenharia e
medicina ficam obrigadas a elaborar e submeter à aprovação da Secretaria de
Segurança e Medicina do Trabalho, até o dia 30 de março, um programa bienal de
segurança e medicina do trabalho a ser desenvolvido. (Alterado pela Portaria SSMT
n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.3.1.1 As empresas novas que se instalarem após o dia 30 de março de
cada exercício poderão constituir o serviço único de que trata o subitem 4.3.1 e
elaborar o programa respectivo a ser submetido à Secretaria de Segurança e
Medicina do Trabalho, no prazo de 90 (noventa) dias a contar de sua instalação.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.3.1.2 As empresas novas, integrantes de grupos empresariais que já
possuam serviço único, poderão ser assistidas pelo referido serviço, após
127
comunicação à DRT. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de
1983)
4.3.2 À Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho fica reservado o
direito de controlar a execução do programa e aferir a sua eficácia. (Alterado pela
Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.3.3 O serviço único de engenharia e medicina deverá possuir os
profissionais especializados previstos no Quadro II, anexo, sendo permitido aos
demais engenheiros e médicos exercerem Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho, desde que habilitados e registrados conforme estabelece a NR-27.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.3.4 O dimensionamento do serviço único de engenharia e medicina deverá
obedecer ao disposto no Quadro II desta NR, no tocante aos profissionais
especializados. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.4 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho deverão ser integrados por Médico do Trabalho, Engenheiro
de Segurança do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do
Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, obedecido o Quadro II, anexo.
(Alterado pela Portaria DSST n.º 11, de 17 de setembro de 1990)
4.4.1 Para fins desta NR, as empresas obrigadas a constituir Serviços
Especializados em engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão
exigir dos profissionais que os integram comprovação de que satisfazem os
seguintes requisitos: (Alterado pela Portaria DSST n.º 11, de 17 de setembro de
1990)
a) Engenheiro de Segurança do Trabalho - engenheiro ou arquiteto portador
de certificado de conclusão de curso de especialização em Engenharia de
Segurança do Trabalho, em nível de pós-graduação; (Alterado pela Portaria DSST
n.º 11, de 17 de setembro de 1990)
b) Médico do Trabalho - médico portador de certificado de conclusão de
curso de especialização em Medicina do Trabalho, em nível de pós-graduação, ou
portador de certificado de residência médica em área de concentração em saúde do
trabalhador ou denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de
Residência Médica, do Ministério da Educação, ambos ministrados por universidade
128
ou faculdade que mantenha curso de graduação em Medicina; (Alterado pela
Portaria DSST n.º 11, de 17 de setembro de 1990)
c) Enfermeiro do Trabalho - enfermeiro portador de certificado de conclusão
de curso de especialização em Enfermagem do Trabalho, em nível de pós-
graduação, ministrado por universidade ou faculdade que mantenha curso de
graduação em enfermagem; (Alterado pela Portaria DSST n.º 11, de 17 de setembro
de 1990)
d) Auxiliar de Enfermagem do Trabalho - auxiliar de enfermagem ou técnico
de enfermagem portador de certificado de conclusão de curso de qualificação de
auxiliar de enfermagem do trabalho, ministrado por instituição especializada
reconhecida e autorizada pelo Ministério da Educação; (Alterado pela Portaria DSST
n.º 11, de 17 de setembro de 1990)
e) Técnico de Segurança do Trabalho: técnico portador de comprovação de
Registro Profissional expedido pelo Ministério do Trabalho. (Alterado pela Portaria
SSST n.º 8, de 1o de junho de 1983)
4.4.1.1 Em relação às Categorias mencionadas nas alíneas "a" e "c",
observar-se-á o disposto na Lei no 7.410, de 27 de novembro de 1985. (Alterado
pela Portaria DSST n.º 11, de 17 de setembro de 1990)
4.4.2 Os profissionais integrantes dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser empregados da
empresa, salvo os casos previstos nos itens 4.14 e 4.15. (Alterado pela Portaria
DSST n.º 11, de 17 de setembro de 1990)
4.5 A empresa que contratar outra(s) para prestar serviços em
estabelecimentos enquadrados no Quadro II, anexo, deverá estender a assistência
de seus Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho aos empregados da(s) contratada(s), sempre que o número de
empregados desta(s), exercendo atividade naqueles estabelecimentos, não alcançar
os limites previstos no Quadro II, devendo, ainda, a contratada cumprir o disposto no
subitem 4.2.5. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.5.1 Quando a empresa contratante e as outras por ela contratadas não se
enquadrarem no Quadro II, anexo, mas que pelo número total de empregados de
ambos, no estabelecimento, atingirem os limites dispostos no referido quadro,
deverá ser constituído um serviço especializado em Engenharia de Segurança e em
129
Medicina do Trabalho comum, nos moldes do item 4.14. (Alterado pela Portaria
SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.5.2 Quando a empresa contratada não se enquadrar no Quadro II, anexo,
mesmo considerando-se o total de empregados nos estabelecimentos, a contratante
deve estender aos empregados da contratada a assistência de seus Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, sejam
estes centralizados ou por estabelecimento. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de
27 de outubro de 1983)
4.5.3 A empresa que contratar outras para prestar serviços em seu
estabelecimento pode constituir SESMT comum para assistência aos empregados
das contratadas, sob gestão própria, desde que previsto em Convenção ou Acordo
Coletivo de Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.5.3.1 O dimensionamento do SESMT organizado na forma prevista no
subitem 4.5.3 deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos e a
atividade econômica do estabelecimento da contratante. (Aprovado pela Portaria SIT
n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.5.3.2 No caso previsto no item 4.5.3, o número de empregados da
empresa contratada no estabelecimento da contratante, assistidos pelo SESMT
comum, não integra a base de cálculo para dimensionamento do SESMT da
empresa contratada. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.5.3.3 O SESMT organizado conforme o subitem 4.5.3 deve ter seu
funcionamento avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes
da empresa contratante, do sindicato de trabalhadores e da Delegacia Regional do
Trabalho, ou na forma e periodicidade previstas na Convenção ou Acordo Coletivo
de Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.6 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho das empresas que operem em regime sazonal deverão ser
dimensionados, tomando-se por base a média aritmética do número de
trabalhadores do ano civil anterior e obedecidos os Quadros I e II anexos. (Alterado
pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.7 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho deverão ser chefiados por profissional qualificado, segundo os
130
requisitos especificados no subitem 4.4.1 desta Norma Regulamentadora. (Alterado
pela Portaria DSST n.º 11, de 17 de setembro de 1990)
4.8 O técnico de segurança do trabalho e o auxiliar de enfermagem do
trabalho deverão dedicar 8 (oito) horas por dia para as atividades dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo
com o estabelecido no Quadro II, anexo. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 34, de 11
de dezembro de 1987)
4.9 O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o
enfermeiro do trabalho deverão dedicar, no mínimo, 3 (três) horas (tempo parcial) ou
6 (seis) horas (tempo integral) por dia para as atividades dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo
com o estabelecido no Quadro II, anexo, respeitada a legislação pertinente em vigor.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.10 Ao profissional especializado em Segurança e em Medicina do
Trabalho é vedado o exercício de outras atividades na empresa, durante o horário
de sua atuação nos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de
1983)
4.11 Ficará por conta exclusiva do empregador todo o ônus decorrente da
instalação e manutenção dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança
e em Medicina do Trabalho. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro
de 1983)
4.12 Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: (Alterado pela Portaria SSMT
n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do
trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive
máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à
saúde do trabalhador;
b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a
eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador,
de Equipamentos de Proteção Individual - EPI, de acordo com o que determina a NR
131
6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente assim o
exija;
c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas
instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência disposta na
alínea "a";
d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento
do disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus
estabelecimentos;
e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo
de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR
5;
f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e
orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças
ocupacionais, tanto por meio de campanhas quanto de programas de duração
permanente;
g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção;
h) analisar e registrar em documento (s) específico (s) todos os acidentes
ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de
doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da
doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as
condições do (s) indivíduo(s) portador (es) de doença ocupacional ou acidentado (s);
i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho,
doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os
quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI,
devendo a empresa encaminhar um mapa contendo avaliação anual dos mesmos
dados à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho até o dia 31 de janeiro,
por meio do órgão regional do MTb;
j) manter os registros de que tratam as alíneas "h" e "i" na sede dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou
facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o
método de arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas condições
de acesso aos registros e entendimento de seu conteúdo, devendo ser guardados
132
somente os mapas anuais dos dados correspondentes às alíneas "h" e "i" por um
período não inferior a 5 (cinco) anos;
l) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmente
prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência, quando se
tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle de efeitos de
catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao
salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de
acidente estão incluídos em suas atividades.
4.13 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho deverão manter entrosamento permanente com a CIPA, dela
valendo-se como agente multiplicador, e deverão estudar suas observações e
solicitações, propondo soluções corretivas e preventivas, conforme o disposto no
subitem 5.14.1. da NR 5. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de
1983)
4.14 As empresas cujos estabelecimentos não se enquadrem no Quadro II,
anexo a esta NR, poderão dar assistência na área de segurança e medicina do
trabalho a seus empregados por meio de Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho comuns, organizados pelo sindicato ou
associação da categoria econômica correspondente ou pelas próprias empresas
interessadas. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.14.1 A manutenção desses Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho deverá ser feita pelas empresas usuárias,
que participarão das despesas em proporção ao número de empregados de cada
uma. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.14.2 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho previstos no item 4.14 deverão ser dimensionados em função
do somatório dos empregados das empresas participantes, obedecendo ao disposto
nos Quadros I e II e no subitem 4.2, desta NR. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33,
de 27 de outubro de 1983)
4.14.3 As empresas de mesma atividade econômica, localizadas em um
mesmo município, ou em municípios limítrofes, cujos estabelecimentos se
enquadrem no Quadro II, podem constituir SESMT comum, organizado pelo
133
sindicato patronal correspondente ou pelas próprias empresas interessadas, desde
que previsto em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho. (Aprovado pela
Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.14.3.1 O SESMT comum pode ser estendido a empresas cujos
estabelecimentos não se enquadrem no Quadro II, desde que atendidos os demais
requisitos do subitem 4.14.3. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de
2007)
4.14.3.2 O dimensionamento do SESMT organizado na forma do subitem
4.14.3 deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos. (Aprovado pela
Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.14.3.3 No caso previsto no item 4.14.3, o número de empregados
assistidos pelo SESMT comum não integra a base de cálculo para dimensionamento
do SESMT das empresas. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de
2007)
4.14.3.4 O SESMT organizado conforme o subitem 4.14.3 deve ter seu
funcionamento avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes
das empresas, do sindicato de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho,
ou na forma e periodicidade previstas na Convenção ou Acordo Coletivo de
Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.14.4.As empresas que desenvolvem suas atividades em um mesmo pólo
industrial ou comercial podem constituir SESMT comum, organizado pelas próprias
empresas interessadas, desde que previsto nas Convenções ou Acordos Coletivos
de Trabalho das categorias envolvidas. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de
agosto de 2007)
4.14.4.1 O dimensionamento do SESMT comum organizado na forma do
subitem 4.14.4 deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos e a
atividade econômica que empregue o maior número entre os trabalhadores
assistidos. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.14.4.2 No caso previsto no item 4.14.4, o número de empregados
assistidos pelo SESMT comum não integra a base de cálculo para dimensionamento
do SESMT das empresas. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de
2007)
134
4.14.4.3 O SESMT organizado conforme o subitem 4.14.4 deve ter seu
funcionamento avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes
das empresas, dos sindicatos de trabalhadores e da Delegacia Regional do
Trabalho, ou na forma e periodicidade previstas nas Convenções ou Acordos
Coletivos de Trabalho. (Aprovado pela Portaria SIT n.º 17, de 1o de agosto de 2007)
4.15 As empresas referidas no item 4.14 poderão optar pelos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho de
instituição oficial ou instituição privada de utilidade pública, cabendo às empresas o
custeio das despesas, na forma prevista no subitem 4.14.1. (Alterado pela Portaria
SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.16 As empresas cujos Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho não possuam médico do trabalho e/ou
engenheiro de segurança do trabalho, de acordo com o Quadro II desta NR, poderão
se utilizar dos serviços destes profissionais existentes nos Serviços Especializados
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho mencionados no item 4.14
e subitem 4.14.1 ou no item 4.15, para atendimento do disposto nas Normas
Regulamentadoras. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.16.1 O ônus decorrente dessa utilização caberá à empresa solicitante.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.17 Os serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho de que trata esta NR deverão ser registrados no órgão
regional do MTb. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.17.1 O registro referido no item 4.17 deverá ser requerido ao órgão
regional do MTb e o requerimento deverá conter os seguintes dados: (Alterado pela
Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
a) nome dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho;
b) número de registro dos profissionais na Secretaria de Segurança e
Medicina do Trabalho do MTb;
c) número de empregados da requerente e grau de risco das atividades, por
estabelecimento;
d) especificação dos turnos de trabalho, por estabelecimento;
135
e) horário de trabalho dos profissionais dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.
4.18 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho, já constituídos, deverão ser redimensionados nos termos
desta NR e a empresa terá 90 (noventa) dias de prazo, a partir da publicação desta
Norma, para efetuar o redimensionamento e o registro referido no item 4.17.
(Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.19 A empresa é responsável pelo cumprimento da NR, devendo
assegurar, como um dos meios para concretizar tal responsabilidade, o exercício
profissional dos componentes dos Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho. O impedimento do referido exercício
profissional, mesmo que parcial e o desvirtuamento ou desvio de funções
constituem, em conjunto ou separadamente, infrações classificadas no grau I4, se
devidamente comprovadas, para os fins de aplicação das penalidades previstas na
NR-28. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.20 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços
considera-se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que os
seus empregados estiverem exercendo suas atividades. (Alterado pela Portaria
SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
136
DO OBJETIVO
5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA - tem como
objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a
tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a
promoção da saúde do trabalhador.
DA CONSTITUIÇÃO
5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular
funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista,
órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações
recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores
como empregados.
5.3 As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos
trabalhadores avulsos e às entidades que lhes tomem serviços, observadas as
disposições estabelecidas em Normas Regulamentadoras de setores econômicos
específicos.
5.4 A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais
estabelecimentos, deverá garantir a integração das CIPA e dos designados,
conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as políticas de segurança e saúde
no trabalho.
5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão,
por meio de membros de CIPA ou designados, mecanismos de integração com
objetivo de promover o desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do ambiente e instalações de uso coletivo, podendo contar
com a participação da administração do mesmo.
DA ORGANIZAÇÃO
5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos
empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR,
ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para setores
econômicos específicos.
5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por
eles designados.
137
5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos
em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados.
5.6.3 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a
ordem decrescente de votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no
Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos de
setores econômicos específicos.
5.6.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa
designará um responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser
adotados mecanismos de participação dos empregados, por meio de negociação
coletiva.
5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano,
permitida uma reeleição.
5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito
para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o
registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não
descaracterizem suas atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência
para outro estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos
parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.
5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a
representação necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de
questões de segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA.
5.11 O empregador designará entre seus representantes o Presidente da
CIPA, e os representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-
presidente.
5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no
primeiro dia útil após o término do mandato anterior.
5.13 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um
secretário e seu substituto, entre os componentes ou não da comissão, sendo neste
caso necessária a concordância do empregador.
138
5.14 Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em
até dez dias, na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas
de eleição e de posse e o calendário anual das reuniões ordinárias.
5.15 Protocolizada na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e
Emprego, a CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem
como não poderá ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de
seus membros, ainda que haja redução do número de empregados da empresa,
exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento.
DAS ATRIBUIÇÕES
5.16 A CIPA terá por atribuição:
Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de
riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do
SESMT, onde houver;
Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução
de problemas de segurança e saúde no trabalho;
Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas
de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos
locais de trabalho;
Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de
trabalho visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a
segurança e saúde dos trabalhadores;
Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas
em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde
no trabalho;
Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas
pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de
trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;
Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação
de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e
saúde dos trabalhadores;
Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e
de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
139
Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras,
bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à
segurança e saúde no trabalho;
Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o
empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor
medidas de solução dos problemas identificados;
Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões
que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a
Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas
de Prevenção da AIDS.
5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios
necessários ao desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a
realização das tarefas constantes do plano de trabalho.
5.18 Cabe aos empregados:
Participar da eleição de seus representantes;
Colaborar com a gestão da CIPA;
Indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e
apresentar sugestões para melhoria das condições de trabalho;
Observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto
à prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.
5.19 Cabe ao Presidente da CIPA:
Convocar os membros para as reuniões da CIPA;
Coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao
SESMT, quando houver, as decisões da comissão;
Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
Coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;
Delegar atribuições ao Vice-Presidente;
5.20 Cabe ao Vice-Presidente:
Executar atribuições que lhe forem delegadas;
140
Substituir o presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus
afastamentos temporários;
5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as
seguintes atribuições:
Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o
desenvolvimento de seus trabalhos;
Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os
objetivos propostos sejam alcançados;
Delegar atribuições aos membros da CIPA;
Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;
Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do
estabelecimento;
Encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;
Constituir a comissão eleitoral.
5.22 O Secretário da CIPA terá por atribuição:
Acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas apresentando-as
para aprovação e assinatura dos membros presentes;
Preparar as correspondências; e
Outras que lhe forem conferidas.
DO FUNCIONAMENTO
5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário
preestabelecido.
5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente
normal da empresa e em local apropriado.
5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com
encaminhamento de cópias para todos os membros.
5.26 As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da
Inspeção do Trabalho - AIT.
5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:
Houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine
aplicação de medidas corretivas de emergência;
Ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
Houver solicitação expressa de uma das representações.
141
5.28 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.
5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação
direta ou com mediação, será instalado processo de votação, registrando-se a
ocorrência na ata da reunião.
5.29 Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante
requerimento justificado.
5.29.1 O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima
reunião ordinária, quando será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente
efetivar os encaminhamentos necessários.
5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente,
quando faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será
suprida por suplente, obedecida à ordem de colocação decrescente registrada na
ata de eleição, devendo o empregador comunicar à unidade descentralizada do
Ministério do Trabalho e Emprego as alterações e justificar os motivos.
5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador
indicará o substituto, em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da
CIPA.
5.31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros
titulares da representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus
titulares, em dois dias úteis.
DO TREINAMENTO
5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA,
titulares e suplentes, antes da posse.
5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo
máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse.
5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão
anualmente treinamento para o designado responsável pelo cumprimento do
objetivo desta NR.
5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes
itens:
Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos
originados do processo produtivo;
142
Metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do
trabalho;
Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de
exposição aos riscos existentes na empresa;
Noções sobre a síndrome da imunodeficiência adquirida – aids, e
medidas de prevenção;
Noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à
segurança e saúde no trabalho;
Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos
riscos;
Organização da cipa e outros assuntos necessários ao exercício das
atribuições da comissão.
5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no
máximo oito horas diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa.
5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa,
entidade patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua
conhecimentos sobre os temas ministrados.
5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive
quanto à entidade ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em
ata, cabendo à empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o
treinamento.
5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens
relacionados ao treinamento, a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e
Emprego, determinará a complementação ou a realização de outro, que será
efetuado no prazo máximo de trinta dias, contados da data de ciência da empresa
sobre a decisão.
DO PROCESSO ELEITORAL
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos
representantes dos empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias
antes do término do mandato em curso.
5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do
processo eleitoral ao sindicato da categoria profissional.
143
5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus
membros, no prazo mínimo de 55 (cinquenta e cinco) dias antes do término do
mandato em curso, a Comissão Eleitoral – CE, que será a responsável pela
organização e acompanhamento do processo eleitoral.
5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral
será constituída pela empresa.
5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:
Publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e
visualização, no prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do
mandato em curso;
Inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para
inscrição será de quinze dias;
Liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,
independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de
comprovante;
Garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;
Realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do
término do mandato da cipa, quando houver;
Realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os
horários de turnos e em horário que possibilite a participação da maioria dos
empregados.
Voto secreto;
Apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com
acompanhamento de representante do empregador e dos empregados, em número
a ser definido pela comissão eleitoral;
Faculdade de eleição por meios eletrônicos;
Guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição,
por um período mínimo de cinco anos.
5.41 Havendo participação inferior a cinquenta por cento dos empregados na
votação, não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar
outra votação, que ocorrerá no prazo máximo de dez dias.
144
5.42 As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na
unidade descentralizada do MTE, até trinta dias após a data da posse dos novos
membros da CIPA.
5.42.1 Compete à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e
Emprego, confirmadas irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua
correção ou proceder à anulação quando for o caso.
5.42.2 Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de
cinco dias, a contar da data de ciência, garantidas as inscrições anteriores.
5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA,
ficará assegurada a prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a
complementação do processo eleitoral.
5.43 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos
mais votados.
5.44 Em caso de empate assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço
no estabelecimento.
5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de
eleição e apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação
posterior, em caso de vacância de suplentes.
DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS
5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços
considera-se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que seus
empregados estiverem exercendo suas atividades.
5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo
estabelecimento, a CIPA ou designado da empresa contratante deverá, em conjunto
com as das contratadas ou com os designados, definir mecanismos de integração e
de participação de todos os trabalhadores em relação às decisões das CIPA
existentes no estabelecimento.
5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo
estabelecimento, deverão implementar, de forma integrada, medidas de prevenção
de acidentes e doenças do trabalho, decorrentes da presente NR, de forma a
garantir o mesmo nível de proteção em matéria de segurança e saúde a todos os
trabalhadores do estabelecimento
145
5.49 A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as
empresas contratadas, suas CIPA, os designados e os demais trabalhadores lotados
naquele estabelecimento recebam as informações sobre os riscos presentes nos
ambientes de trabalho, bem como sobre as medidas de proteção adequadas.
5.50 A empresa contratante adotará as providências necessárias para
acompanhar o cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu
estabelecimento, das medidas de segurança e saúde no trabalho.
DISPOSIÇÕES FINAIS
5.51 Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos
de portaria específica.
146
de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
6.1.1. Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual,
todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado
contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
6.2. O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou
importada, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado
de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
6.3. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas
seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção
contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
e,
c) para atender a situações de emergência.
6.4. Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado
o disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI
adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta NR.
6.4.1. As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no
ANEXO I, desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para
reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser
constituída pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões submetidas àquele órgão do
Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.
6.5. Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -
CIPA, nas empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador
o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.
147
6.5.1. Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado,
mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, recomendar o EPI
adequado à proteção do trabalhador.
6.6. Cabe ao empregador
6.6.1. Cabe ao empregador quanto ao EPI :
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros,
fichas ou sistema eletrônico. (Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de
2009)
6.7. Cabe ao empregado
6.7.1. Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para
uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
6.8. Cabe ao fabricante e ao importador
6.8.1. O fabricante nacional ou o importador deverá:
a) cadastrar-se, segundo o ANEXO II, junto ao órgão nacional competente
em matéria de segurança e saúde no trabalho;
b) solicitar a emissão do CA, conforme o ANEXO II;
c) solicitar a renovação do CA, conforme o ANEXO II, quando vencido o
prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde do trabalho;
148
d) requerer novo CA, de acordo com o ANEXO II, quando houver alteração
das especificações do equipamento aprovado;
e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem
ao Certificado de Aprovação - CA;
f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;
g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e
saúde no trabalho quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;
h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional,
orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;
i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,
j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do
SINMETRO, quando for o caso.
6.9. Certificado de Aprovação - CA
6.9.1. Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade:
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que
não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;
b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do
SINMETRO, quando for o caso;
c) de 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data da publicação
desta Norma, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais,
oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios,
sendo que nesses casos os EPI terão sua aprovação pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante apresentação
e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de
fabricação, podendo ser renovado até 2007, quando se expirarão os prazos
concedidos; e,
(Alterada pela Portaria SIT n.º 194, de 22 de dezembro de 2006).
d) de 2 (dois) anos, renováveis por igual período, para os EPI desenvolvidos
após a data da publicação desta NR, quando não existirem normas técnicas
nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado
para realização dos ensaios, caso em que os EPI serão aprovados pelo órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante
149
apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação
técnica de fabricação.
6.9.2. O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho, quando necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos
diversos daqueles dispostos no subitem 6.9.1.
6.9.3. Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis,
o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou,
no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número
do CA.
6.9.3.1. Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar
forma alternativa de gravação, a ser proposta pelo fabricante ou importador,
devendo esta constar do CA.
6.10. Restauração, lavagem e higienização de EPI
6.10.1. Os EPI passíveis de restauração, lavagem e higienização, serão
definidos pela comissão tripartite constituída, na forma do disposto no item 6.4.1,
desta NR, devendo manter as características de proteção original.
6.11. Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego / MTE
6.11.1. Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e
saúde no trabalho:
a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;
b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;
c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios
de EPI;
d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;
e) fiscalizar a qualidade do EPI;
f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e,
g) cancelar o CA.
6.11.1.1. Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho, poderá requisitar amostras de EPI,
identificadas com o nome do fabricante e o número de referência, além de outros
requisitos.
6.11.2. Cabe ao órgão regional do MTE:
150
a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;
b) recolher amostras de EPI; e,
c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo
descumprimento desta NR.
6.12 e Subitens
(Revogados pela Portaria SIT n.º 125, de 12 de novembro de 2009)
ANEXO I
(Texto dado pela Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001)
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA
A.1 - Capacete
a) capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o
crânio;
b) capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;
c) capacete de segurança para proteção do crânio e face contra riscos
provenientes de fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio.
A.2 - Capuz
a) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de
origem térmica;
b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra respingos
de produtos químicos.
B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE
B.1 - Óculos
a) óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de
partículas volantes;
b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade
intensa;
c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação
infravermelha;
e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de
produtos químicos.
B.2 - Protetor facial
151
a) protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de
partículas volantes;
b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de
produtos químicos;
c) protetor facial de segurança para proteção da face contra radiação
infravermelha;
d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade
intensa.
B.3 - Máscara de Solda
a) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra
impactos de partículas volantes;
b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra
radiação ultravioleta;
c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra
radiação infravermelha;
d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra
luminosidade intensa.
C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA
C.1 - Protetor auditivo
a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra
níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;
b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra
níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;
c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra
níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II.
D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
D.1 - Respirador purificador de ar
a) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra
poeiras e névoas;
b) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra
poeiras, névoas e fumos;
c) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra
poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;
152
d) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra
vapores orgânicos ou gases ácidos em ambientes com concentração inferior a 50
ppm (parte por milhão);
e) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra
gases emanados de produtos químicos;
f) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra
partículas e gases emanados de produtos químicos;
g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias
respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos.
D.2 - Respirador de adução de ar
a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção das
vias respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida
e à Saúde e em ambientes confinados;
b) máscara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das vias
respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à
Saúde e em ambientes confinados;
D.3 - Respirador de fuga
a) respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes
químicos em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosa à Vida e
à Saúde ou com concentração de oxigênio menor que 18 % em volume.
E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO
E.1 - Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra
riscos de origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade
proveniente de operações com uso de água.
E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem
portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica.
(Incluído pela Portaria SIT n.º 191, de 04 de dezembro de 2006)
153
b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e
perfurantes;
c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;
h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.
F.2 - Creme protetor
a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores
contra agentes químicos, de acordo com a Portaria SSST n.º 26, de 29/12/1994.
F.3 - Manga
a) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra
choques elétricos;
b) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra
agentes abrasivos e escoriantes;
c) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra
agentes cortantes e perfurantes.
d) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra
umidade proveniente de operações com uso de água;
e) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra
agentes térmicos.
F.4 - Braçadeira
a) braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes
cortantes.
F.5 - Dedeira
a) dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos
e escoriantes.
G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES
G.1 - Calçado
a) calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de
objetos sobre os artelhos;
b) calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;
154
c) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes térmicos;
d) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes e
escoriantes;
e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade
proveniente de operações com uso de água;
f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de
produtos químicos.
G.2 - Meia
a) meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas.
G.3 - Perneira
a) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes abrasivos e
escoriantes;
b) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes térmicos;
c) perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de
produtos químicos;
d) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e
perfurantes;
e) perneira de segurança para proteção da perna contra umidade
proveniente de operações com uso de água.
G.4 - Calça
a) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e
escoriantes;
b) calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de
produtos químicos;
c) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;
d) calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente
de operações com uso de água.
H - EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO
H.1 - Macacão
a) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e
inferiores contra chamas;
b) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e
inferiores contra agentes térmicos;
155
c) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e
inferiores contra respingos de produtos químicos;
d) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e
inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água.
H.2 - Conjunto
a) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó,
para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;
b) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó,
para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de
produtos químicos;
c) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó,
para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade
proveniente de operações com uso de água;
d) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó,
para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas.
H.3 - Vestimenta de corpo inteiro
a) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos
de produtos químicos;
b) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra umidade
proveniente de operações com água;
c) vestimenta condutiva de segurança para proteção de todo o corpo contra
choques elétricos. (Incluída pela Portaria SIT n.º 108, de 30 de dezembro de 2004)
I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE
NÍVEL
I.1 - Dispositivo trava queda
a) dispositivo trava queda de segurança para proteção do usuário contra
quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado
com cinturão de segurança para proteção contra quedas.
I.2 - Cinturão
a) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda
em trabalhos em altura;
b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no
posicionamento em trabalhos em altura.
156
Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria específica a ser
expedida pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho, após observado o disposto no subitem 6.4.1.
ANEXO II
(Texto dado pela Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001).
1.1 - O cadastramento das empresas fabricantes ou importadoras será feito
mediante a apresentação de formulário único, conforme o modelo disposto no
ANEXO III, desta NR, devidamente preenchido e acompanhado de requerimento
dirigido ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho.
1.2 - Para obter o CA, o fabricante nacional ou o importador, deverá requerer
junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho a
aprovação do EPI.
1.3 - O requerimento para aprovação do EPI de fabricação nacional ou
importado deverá ser formulado, solicitando a emissão ou renovação do CA e
instruído com os seguintes documentos:
a) memorial descritivo do EPI, incluindo o correspondente enquadramento
no ANEXO I desta NR, suas características técnicas, materiais empregados na sua
fabricação, uso a que se destina e suas restrições;
b) cópia autenticada do relatório de ensaio, emitido por laboratório
credenciado pelo órgão competente em matéria de segurança e saúde no trabalho
ou do documento que comprove que o produto teve sua conformidade avaliada no
âmbito do SINMETRO, ou, ainda, no caso de não haver laboratório credenciado
capaz de elaborar o relatório de ensaio, do Termo de Responsabilidade Técnica,
assinado pelo fabricante ou importador, e por um técnico registrado em Conselho
Regional da Categoria;
c) cópia autenticada e atualizada do comprovante de localização do
estabelecimento, e,
d) cópia autenticada do certificado de origem e declaração do fabricante
estrangeiro autorizando o importador ou o fabricante nacional a comercializar o
produto no Brasil, quando se tratar de EPI importado.
FIM DO MÓDULO IV
157
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, Cleiton. Revista CIPA, Periódico. São Paulo, 2000. Disponível em:
<www.cipanet.com.br>. Acesso em 30 abr. 2010.
FIM DO CURSO
Documento não controlado - AN03FREV001
158
Documento não controlado - AN03FREV001
159