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2 Ano E.M Aula 15 3
2 Ano E.M Aula 15 3
WILLIAM SCALDINI
2ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO – DATA: 15/3/2022
O Taylorismo, Fordismo e o Toyotismo são três modos de organização da produção industrial utilizados
pelas indústrias durante a Segunda Revolução Industrial. Apesar de o objetivo ser o mesmo - fabricar ao
menor custo - eles têm diferenças quanto ao processo de produção, ritmo de trabalho, papel do funcionário,
objetivos, entre outros.
Taylorismo: grande nível de especialização produtiva, já que cada trabalhador exerce uma única função. O
trabalho é repetitivo e alienante, sendo realizado de acordo com o tempo de cada indivíduo – em função
disso, é preciso que haja a otimização desse tempo. Quem organiza e determina as funções é a gerência, sem
autonomia do trabalhador. Ademais, o controle de qualidade do produto é realizado apenas ao final do
processo.
Fordismo: o trabalho é também especializado, mas sua realização se dá por meio de linhas de montagem –
quem dita o tempo não é o trabalhador, e sim a máquina e as esteiras de rolagem. Assim como o taylorismo,
a produção deve ser realizada no menor tempo possível para que haja menores gastos, objetivando assim a
ampliação dos lucros. A qualidade do produto é auferida ao fim do processo.
Toyotismo: produção baseada no modelo just in time, sem a formação de estoques e respondendo à demanda
conforme ela acontece. Não há a especialização produtiva, visto que o trabalhador pode exercer mais de uma
função. O trabalho pode ser realizado em conjunto, e o trabalhador possui mais autonomia do que nos
modelos anteriores. O controle de qualidade acontece concomitantemente à produção.
O Taylorismo e o Fordismo enfatizaram basicamente os princípios de fabricação. O primeiro iniciou o
estudo da mão de obra na produção industrial, organizando o trabalho de modo a obter grande produtividade
com menor custo. Por sua parte, o Fordismo manteve o mecanismo de produção e organização semelhante ao
taylorismo, porém adicionou a esteira rolante, ditando um novo ritmo de trabalho. O Toyotismo, por sua vez,
se concentrou no aspecto da cultura organizacional e de sua importância para a competitividade de uma
empresa.
Ritmo de Baseado no rendimento Baseado no ritmo das Baseada na demanda dos clientes e
trabalho individual. máquinas e da esteira. no trabalho em grupo.
Objetivo de
Voltada para recursos. Voltada para recursos. Voltada para a demanda.
produção
Taylorismo Fordismo Toyotismo
Espaço de
Divisão espacial. Divisão espacial. Integração espacial.
trabalho
Estado de bem-estar
Ideias Estado de bem-estar social. Estado Neoliberal.
social.
Volvismo:
Modelo de produção baseado no trabalho coletivo, organizado em pequenos grupos de pessoas, que delegam
entre si as suas funções. Os trabalhadores dispõem de elevado grau de autonomia. São importantes a
qualificação do profissional e o treinamento constante oferecido pela empresa, uma vez que o trabalhador
poderá atuar em qualquer etapa da produção – não há especialização. Combina a automação com o processo
produtivo, e não há linhas de montagem: os grupos atuam em paralelo, e cada um deles produz a mercadoria
do início ao fim. O controle de qualidade é feito durante cada etapa produtiva.
Vantagens do volvismo - O volvismo conferia autonomia ao trabalhador individualmente e também aos
grupos de trabalho, garantindo uma produção muito mais criativa e flexível|2|. Tratava-se de um ambiente de
trabalho voltado ao bem-estar do indivíduo, bem equipado para atender às necessidades dos funcionários e
com automatização do fornecimento de peças e materiais que seriam empregados durante a montagem dos
veículos.
A valorização do trabalhador perpassa ainda por ciclos de trabalho mais curtos e pelo alto grau de dinamismo
que o sistema grupal e de rodízio confere, além da sua qualificação incentivada pelo próprio sistema
organizacional da empresa.
Do ponto de vista da produção, os treinamentos constantes do trabalhador permitem rápida adaptabilidade às
variações qualitativas da demanda. O controle de qualidade do produto é realizado enquanto a produção
acontece, durante as suas diversas etapas, otimizando assim o tempo e o próprio processo de montagem.
Além disso, esse modelo foi desenvolvido para ser menos oneroso e também menos intensivo em capital.
Desvantagens do volvismo - Conforme destacamos no início, o volvismo foi pensado para um contexto
socioeconômico específico, o da Suécia na década de 1970. Além disso, a elevada qualificação dos
trabalhadores já era uma realidade à qual ele se adaptou e incorporou, o que facilitou a sua implantação em
caráter experimental no país.
Pensando em outros contextos, o volvismo se torna um modelo com alto custo de implementação quando se
leva em consideração tanto a qualificação da mão de obra exigida quanto a adaptação do ambiente fabril em
locais onde outros sistemas de organização estão em voga. Por se tratar de uma transformação estrutural de
ampla escala, exigiria tempo para a efetivação do processo e para a adequação de todas as normas. Além
disso, em locais onde há pouca oferta de mão de obra qualificada, a automatização de etapas do processo
produtivo poderia levar ao desemprego. Por outro lado, a baixa oferta de mão de obra no geral pode
dificultar a manutenção desse modelo, como ocorreu na Suécia.