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GRUPO I

Na resposta a cada um dos itens que se seguem, seleciona a única opção correta.

1. Uma ação intencional:


(A) é algo que se limita a acontecer.
(B) é aquela que o agente realiza procurando atingir um certo propósito.
(C) não tem necessariamente de fazer parte do propósito do agente.
(D) é uma ação involuntária.

2. Consideramos que se trata de ação humana quando:


(A) o sujeito tem um papel passivo naquilo que acontece.
(B) aquilo que sucede implica um movimento realizado por um ser humano, ainda que
involuntariamente.
(C) o que sucede resulta da decisão consciente, voluntária e deliberada de um agente.
(D) algo é realizado por um ser humano.

3. O argumento da causalidade do agente defendido pelo libertismo consiste na


capacidade de o ser humano:
(A) ser causado pelas leis físicas.
(B) ser o efeito de cadeias causais.
(C) transformar causas em efeitos.
(D) ser capaz de iniciar cadeias causais.

4. Podemos recorrer ao argumento da experiência para:


(A) defender que o ser humano é livre.
(B) defender que as ações humanas estão determinadas.
(C) fundamentar a posição do determinismo radical quanto à inexistência de
liberdade.
(D) contrariar o argumento da causalidade do agente.

5. Admitir que as escolhas humanas são ilusórias e que o resultado das nossas ações está
inevitavelmente estabelecido é:
(A) defender que o libertismo é verdadeiro.
(B) recusar a possibilidade de o ser humano ter um destino pré-estabelecido.
(C) aceitar que o determinismo moderado é verdadeiro e que o determinismo radical
é falso.
(D) defender que o determinismo radical é verdadeiro.

Teste de Filosofia | 1
6. O determinismo moderado é uma teoria compatibilista acerca do problema do livre-
arbítrio. Esta afirmação é:
(A) verdadeira, porque todas as formas de determinismo são compatibilistas.
(B) falsa, porque todas as formas de determinismo são incompatibilistas.
(C) verdadeira, porque o determinismo moderado aceita a coexistência de liberdade
e causalidade natural.
(D) falsa, porque o determinismo moderado é uma teoria incompatibilista que rejeita
a possibilidade de coexistência de liberdade e causalidade natural.

7. Analisa as afirmações que se seguem sobre juízos de facto e juízos de valor.


Em seguida, escolhe a alternativa correta.
(A) Os juízos de valor são interpretações subjetivas e expressam avaliações do
sujeito.
(B) Os juízos de facto são descrições objetivas e expressam as emoções do sujeito.
(C) Os juízos de valor são descritivos, neutros, impessoais e empiricamente
verificáveis.
(D) Os juízos de facto são interpretações subjetivas e expressam as emoções do
sujeito.

8. Analisa as afirmações que se seguem sobre a conceção objetivista dos valores. Em


seguida, escolhe a alternativa correta.
(A) De acordo com o objetivismo axiológico, os valores dependem dos critérios
valorativos de cada indivíduo.
(B) De acordo com o objetivismo axiológico, os valores estão nas propriedades
concretas dos objetos.
(C) De acordo com o objetivismo axiológico, o ensino dos valores não faz sentido.
(D) De acordo com o objetivismo axiológico, não há valores absolutos.

9. Lê o excerto que se segue.


O relativismo cultural (…) desafia a nossa crença habitual na objetividade e
universalidade da verdade moral. (…)
1. Culturas diferentes têm códigos morais diferentes;
2. Logo, não há uma «verdade» objetiva na moralidade. Certo e errado são apenas
questões de opinião e as opiniões variam de cultura para cultura.
Podemos chamar a isto o argumento das diferenças culturais. Para muitas pessoas é
persuasivo. Mas, de um ponto de vista lógico, será sólido? Não é sólido. (…) O erro
fundamental no argumento das diferenças culturais é que tenta derivar uma conclusão
substancial sobre um tema partindo do mero facto de pessoas discordarem a seu
respeito.

Teste de Filosofia | 2
James Rachels (2004). Elementos de Filosofia Moral, Gradiva, pp. 36-39.
Na resposta a cada um dos itens de 9.1. a 9.3., seleciona a única opção correta.
9.1. Identifica a tese que James Rachels defende neste texto.
(A) Não há uma verdade objetiva acerca da moralidade.
(B) O argumento das diferenças culturais não é sólido.
(C) Culturas diferentes têm códigos morais diferentes.
(D) O relativismo cultural é uma teoria sólida.

9.2. De acordo com o texto, o erro fundamental do argumento das diferenças culturais
é:
(A) defender que os valores são relativos apenas porque as pessoas não concordam
a seu respeito.
(B) defender a existência de uma verdade objetiva acerca da moralidade.
(C) defender que não existe uma verdade objetiva acerca da moralidade.
(D) defender que os valores são independentes das diferenças culturais.

9.3. Segundo o relativismo cultural:


(A) cada cultura deve procurar universalizar os seus códigos de conduta moral.
(B) os princípios morais são transculturais.
(C) não existe uma verdade moral objetiva.
(D) devemos defender uma postura etnocêntrica acerca dos valores.

GRUPO II

Responde às questões que se seguem.

Lê, atentamente, o excerto que se segue.


[…] A sensação de que «faço isto acontecer» traz consigo a sensação de que «poderia fazer
outra coisa qualquer». No comportamento normal, cada coisa que fazemos suscita a
convicção, válida ou inválida, de que poderíamos fazer outra coisa qualquer, aqui e agora, isto
é, permanecendo idênticas todas as outras condições. Eis, permito-me afirmar, a fonte da
nossa inabalável convicção na nossa vontade livre.

John Searle (2008). Mente, Cérebro e Ciência, Edições 70, pp. 114-118.

1. Partindo do texto, responde às questões que se seguem:

1.1. Identifica a razão apresentada no texto que leva o ser humano a ter a convicção de
que é livre.

1.2. O libertismo recorre à ideia apresentada no texto para defender a existência de livre-
arbítrio. Apresenta um argumento determinista para rejeitar esta tese.

Teste de Filosofia | 3
1.3. Por que razão o compatibilismo defende que a causalidade natural não é incompatível
com a liberdade humana?
GRUPO III

Lê o texto e responde à questão que se segue.

Por agora, o maior problema é este: temos uma série de imagens de nós mesmos,
provenientes do sentido comum, enquanto seres humanos, que é muito difícil de harmonizar
com a nossa total conceção «científica» do mundo físico. Pensamo-nos como agentes
conscientes, livres, atentos, racionais num mundo que a ciência nos diz consistir inteiramente
em partículas físicas sem mente e sem significado. Ora, como podemos nós harmonizar estas
duas conceções?
John Searle (2008). Mente, Cérebro e Ciência, Edições 70, p. 17.

1. De que forma é que os defensores do determinismo moderado resolvem o conflito


apresentado no texto? Apresenta criticamente a tua posição acerca da resolução desse
conflito.

FIM

Teste de Filosofia | 4

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