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Zoonoses aplicada à Saúde Pública

Aprendizagem baseada em problema:


Raiva
Prof. Erika Yamada

Nome completo: Thiago Fernando da Silva Bezerra

Descrição do caso

Na vigilância epidemiológica de um município, sua equipe recebe a notificação


de uma criança de 5 anos de idade, que foi mordida por seu próprio cão. O
animal estava desaparecido há 3 semanas, mas no momento está na
residência da família. A criança foi atendida no pronto socorro municipal.
Sofreu mordedura na mão esquerda e, após o atendimento médico, já se
encontra em casa.

Objetivos

Juntamente com sua equipe, você, médico veterinário, deve conhecer as


condutas diante da ocorrência. Responda:

1. Determine: período de incubação no cão, transmissibilidade, via de


excreção e porta de entrada do agente viral.
É extremamente variável e depende da concentração do inóculo viral, da
distância entre o local do ferimento e o cérebro, da extensão, gravidade
e tamanho da ferida causada pelo animal agressor. Nos cães pode
variar de alguns dias a anos, mas, em geral, é de cerca de 60 dias,A
transmissão da raiva ocorre quando os vírus da raiva existentes na
saliva do animal infectado penetra no organismo através da pele ou de
mucosas, por meio de mordedura, arranhadura ou lambedura.Em cães e
gatos, a excreção do vírus na saliva pode ser detectada de 2 a 4 dias
antes do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo durante toda a
evolução da doença, que leva ao óbito. A morte do animal ocorre, em
média, entre 5 a 7 dias após a apresentação dos sinais. Por isso, cães e
gatos suspeitos devem ser observados por 10 dias, a partir da data da
agressão,a inoculação das partículas de vírus da raiva no organismo de
um animal suscetível ocorre por lesões da pele provocadas, na maioria
das vezes, pela mordedura de um animal infectado, que esteja
eliminando vírus na saliva. É possível, ainda, que a infecção ocorra por
feridas ou por soluções de continuidade da pele, quando em contato
com saliva e órgãos de animais infectados. A possibilidade de sangue,
leite, urina ou fezes conter quantidade de vírus suficiente para
desencadear a raiva é remota.

2. Qual a conduta em relação ao cão agressor? Justifique.


Observação do animal suspeito por 10 dias (sem instituir tratamento),e
só indicar o tratamento (soro + vacina) se o animal morrer, desaparecer
ou se tornar raivoso.
3. Qual a conduta nas seguintes condições? Justifique.
- após 10 dias, o animal está bem. Essa conduta possibilita a dispensa
do esquema profilático. Portanto, se nesse período de 10 dias
permanecer vivo e saudável, não há riscos de transmissão do vírus
- após 10 dias, foi observado que o animal mudou o comportamento.O
esquema pós-exposição somente deve ser indicado se o cão/gato
morrer, desaparecer ou se tornar raivoso nesse período.
4. Quando um animal é considerado caso suspeito para raiva?
Considera-se suspeito todo cão e gato que apresentar mudança brusca
de comportamento e/ou sinais e sintomas compatíveis com a raiva, tais
como salivação abundante, dificuldade para engolir, mudança nos
hábitos alimentares e paralisia.
5. Qual o primeiro procedimento recomendado após a mordedura de um
animal?Seja qual for o ferimento provocado, a primeira e mais
importante providência a se tomar após uma mordida é a higienização
do local, e a região atingida deve ser lavada imediatamente com água e
sabão. Feito isso, é indicado que um produto anti-bacteriano seja usado
para limpar a região por, pelo menos, cinco minutos ininterruptos;
deixando que água em abundância escorra sobre a ferida nos próximos
cinco minutos após a limpeza.
6. Qual o procedimento pós-exposição recomendado?
• Lavar com água e sabão. • Observar o animal durante 10 dias após a
exposição 1. • Se o animal permanecer sadio no período de observação,
encerrar o caso. • Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso,
administrar 5 doses de vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28).
7. Discussão com a sala: qual a importância das campanhas de vacinação
anti-rábica em cães e gatos? A vacina antirrábica é ainda a única forma
de prevenir a enfermidade e manter os pets saudáveis.Fatal em quase
100% dos casos, a raiva é uma zoonose que pode também afetar o ser
humano e por isso os cuidados se redobram no combate e prevenção da
doença.

Referências sugeridas

https://www.cevs.rs.gov.br/upload/arquivos/201710/13165919-guia-pratico-de-
atendimento-antirrabico-no-rs-2017.pdf

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/esquema_profilaxia_raiva_humana.pdf

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