Professional Documents
Culture Documents
2 DIREITO-CONVIVENCIAL-DIREITO-PARENTAL-DIREITO-ASSISTENCIAL-AUSÊNCIA-PRESCRIÇÃO-E-DECADÊNCIA-Raphaela-Rodrigues-1
2 DIREITO-CONVIVENCIAL-DIREITO-PARENTAL-DIREITO-ASSISTENCIAL-AUSÊNCIA-PRESCRIÇÃO-E-DECADÊNCIA-Raphaela-Rodrigues-1
3 ADOÇÃO .................................................................................................. 24
5 ALIMENTOS ............................................................................................. 42
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 51
2
1 DIREITO CONVIVENCIAL
Fonte: www.paisefilhos.pt
3
indicação da existência de união estável, nela antecipa, por igual, o requisito da
indicação do estado civil. Ou seja, situando no rol dos requisitos, uma aparente
distinção entre o estado civil e o fato do companheirismo que, por si mesmo, apresenta
consequências jurídicas próprias.
De efeito, a necessária boa-fé de a parte expressar uma união estável existente
e o novo dever processual de sua identificação como convivente, importam significar
que essa identificação coincide com a individualização que se extrai do próprio estado
civil, no sentido de dispor e representar como a pessoa natural se situa em suas atuais
condições e circunstâncias.
Fonte: www.osegredo.com.br
Acerca de demais atos relativos ao estado civil, o Livro “E”, do Registro Civil
das Pessoas Naturais, têm sido apresentadas a registro as escrituras públicas
declaratórias de união estável. Ambos os companheiros são legitimados, em conjunto
ou isoladamente, para pedir o registro da escritura ou sentença declaratória da união
estável e/ou o registro ou averbação de sua dissolução no Registro Civil, como refere
o artigo 12 do Provimento nº 10/2014, de 03.09.2014, da Corregedoria Geral de
Justiça de Pernambuco.
De outro lado, a natureza pública das informações de registro civil e os
princípios da eficiência, facilidade de acesso ao público e segurança dos registros
públicos, a teor do que estabelece o artigo 167, inciso II, parágrafo 5º, da Lei 6015/77,
4
recomendam, em bom rigor, que o registro da união estável por meio de escrituras
públicas ou de sentenças declaratórias de reconhecimento, deveria ou deverá ter
natureza cogente e não facultativa.
As relações convivenciais não são menos importantes que as conjugais, já
cumprem as funções constitucionais de família, figurando a união estável como
entidade familiar tipificada em seus elementos, diante dos diversos modelos de
família.
De tal sorte, cuida ainda a disposição do artigo 319, em seu parágrafo 1º, do
CPC/2015, de determinar diligências judiciais necessárias, por requerimento da parte
autora, à obtenção dos dados de qualificação da parte adversa, de forma a demonstrar
o seu atual estado civil, ou mais designadamente, se achar constituída ou não uma
união estável. Na hipótese, requisições, a respeito, ao Registro Civil de Pessoas
Naturais.
Posto isso, impende considerar, para os fins do artigo 319, II, do novo CPC,
que as pessoas que vivem em união estável, sejam elas solteiras, separadas de fato
ou judicialmente, viúvas ou, ainda, divorciadas, não guardam o seu estado civil
anterior; muito ao revés, situam-se em nova entidade familiar, a da união estável. Essa
condição, tem o pressuposto lógico de um novo estado civil, a saber tratar-se de “uma
qualidade de pessoa” condizente com suas atuais relações de união, de onde se
extraem, por ditado da própria lei, direitos e deveres. Sergio Gischkow Pereira (2007)
bem o demonstra, sempre atual, doutrinando:
“Quem era viúvo, por exemplo, e estabeleceu convivência com outrem, como
se casado fosse, deixa de ser viúvo e passa a ser companheiro. Terminada
a união de fato, volta a ser viúvo, já que não é nominada a condição de ex-
companheiro”.
5
maior exatidão, que o estado de convivente é um estado civil, na dignidade de ser um
direito de personalidade reconhecido ao companheiro.
O novo processo civil começa, portanto, a ser determinante no sentido de a
existência de união estável configurar, com exatidão, um estado civil da parte. A
experimentação judiciária, no cumprimento do processo civil justo, de modo a efetivar
o artigo 319, II, do novo CPC, afirma positivamente.
Fonte: www.brunetti.jusbrasil.com.br
A liberdade científica está cada vez maior, portanto se faz necessário que haja
um controle da sua atuação aos princípios do direito à vida e da dignidade da pessoa
humana. Dentro deste prisma é que encontramos a figura do DIREITO, pois é ele que
na atuação conjunta com a Bioética torna-se o mecanismo fundamental para que
exista a pesquisa científica com ética e principalmente com respeito ao ser humano.
A Bioética assim como o Direito de Família está em constante crescimento, em
permanente evolução, devido a isto os princípios que garantem a liberdade, a
igualdade e o respeito à dignidade da pessoa humana, conforme muitas
Constituições, devem ser judicialmente tutelados.
1 Texto extraído do artigo Bioética e filiação: direito à identidade pessoal, direito a conhecer a
6
O Biodireito contêm os direitos, morais relacionados à vida, à dignidade e à
privacidade dos indivíduos, representando a passagem do discurso ético para a ordem
jurídica, não podendo, no entanto, representar “uma simples formalização jurídica de
princípios estabelecidos por um grupo de sábios, ou mesmo proclamado por um
legislador religioso ou moral. O Biodireito pressupõe a elaboração de uma categoria
intermediária, que se materializa nos direitos humanos, assegurando os seus
fundamentos racionais e legitimadores”.
A rede de relações possível de ser estabelecida entre o Direito de Família e a
Bioética constitui suporte na busca da garantia do Princípio da Dignidade da Pessoa
Humana para todos, pois a estruturação da identidade pessoal, depende da
apropriação da história de vida do ser humano, exigindo o conhecimento de sua
origem, assim como dentro do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, a pessoa
necessita ser compreendida na sua integralidade, considerando as suas diferentes
interfaces: social, psicológica e biológica.
2 Apud. SANTOS, M. C. C. L. (org.). Biodireito, ciência da vida, os novos desafios. São Paulo:
7
A ideia inicial de Bioética foi a da Bioética como “ciência da sobrevivência” ou
seja, uma ciência global que envolve a vida selvagem populações humanas, a vida
urbana, a comunidade internacional, entre outros segmentos.
A Bioética era vista na época como uma grande dimensão que abrangia todas
as questões ligadas à interdisciplinaridade, tanto como a ciência com quanto as
humanidades.
Potter deu vida a Bioética como sendo uma grande necessidade ética da Terra.
Agrupando as várias éticas do mundo, como por exemplo, ética de populações, ética
de consumo, ética urbana e ética profissional. Note que estes são mínimos exemplos
das várias éticas existentes, mas que para Potter confluíram para a
interdisciplinaridade da Bioética.
Fonte: www.noticias.bol.uol.com.br
Outro autor importante para o início da Bioética foi Albert Schweitezer, este
trouxe a preocupação referente à ética global, indagou sobre como ter a ética global.
Coloca em seus posicionamentos que uma ética que configure a preocupação com os
homens e a sociedade não pode ter a significação referente ao posicionamento de
Potter, ele diz, “somente aquela que é Universal e nos obriga a cuidar de todos os
seres nos põe de verdade em contato com o Universo e a vontade nele manifestada.”
André Hellergers foi o precursor da aplicação da Bioética no âmbito da
medicina, fisiologista fetal holandês, da Universidade de Georgetown, e colaborador
8
do The Kennedy Institute of Ethics. Para ele a Bioética centraliza-se na figura do ser
humano e às biociências humanas.
O Professor Warren Reich, em 1978, do Instituto Kennedy de Ética, da
Universidade de Georgetown/ EUA, organizou a primeira versão a Enciclopédia de
Bioética, onde defini o termo como: “Estudo sistemático da conduta humana na área
das ciências da vida e a atenção à saúde, enquanto que esta conduta é examinada à
luz dos princípios e valores morais.”
Com o passar dos anos o Professor Reich em uma 2ª edição da Enciclopédia
de Bioética, em 1995, alterou o conceito do termo chegando à seguinte conclusão
referente ao significado da Bioética: “O estudo sistemático das dimensões morais –
incluindo visão moral, decisões, conduta e política das ciências da vida e atenção à
saúde, utilizando a variedade de metodologias éticas em um cenário interdisciplinar.”
É errado dizer que a Bioética restringe-se ao campo da medicina, mas foi neste
campo que ela se firmou inicialmente.
Desde os séculos IV – I a.C., no juramento de Hipócrates se encontram as
premissas sobre quais as atitudes que os profissionais da medicina deveriam ter em
relação ao seu trabalho. Esta situação se repete também em outras culturas, nas quais
se encontram juramentos, mandamentos que são tidos como base para o
desempenho da atividade.
No século XIX se deve atentar para a obra de Thomas Percival (médico Inglês),
conhecido como o pai da “ética médica moderna”, nesta época também há o
surgimento dos conselhos de médicos e os primeiros Códigos Deontológicos.
Todos sabem que o século XX foi marcado pela época nazifascista, tendo como
consequência a prisão de vinte e três médicos alemães, perante o Tribunal de
Nuremberg. Destes vinte e três, dezesseis foram declarados culpados e sete
condenados à morte, devido à prática de atos abusivos e atrozes com a pessoa
humana.
Em 1948, foi adotada a convenção de Genebra, decorrente da grande crise
instaurada pós Segunda Guerra Mundial. Esta Convenção foi adotada na 1ª
Assembleia da Associação Médica Mundial.
Com a segunda Assembleia Mundial se teve a adoção de um Código
Internacional de ética Médica que se baseou e inspirou-se na Convenção de Genebra
e nos Códigos Deontológicos de vários países.
9
Ao final do ano de 1962 foi publicado na Revista Life Magazin, um artigo sobre
os critérios de seleção dos candidatos a serem submetidos aos aparatos da
hemodiálise renal, trazendo também, grande desenvolvimento para a Bioética. Além
desta publicação, no ano de 1966 no New England Journal of Medicine, foi realizado
um trabalho assinado por Breecher que compilava vinte e dois artigos já publicados
em diversas revistas que falavam sobre os vários pontos de vista ético.
A Bioética deve ser compreendida como uma ética aplicada à vida, às várias
dimensões da vida humana.
Quando se fala do conhecimento já adquirido e aplicado pelas ciências da vida,
se tem a motivação de vários desdobramentos psicológicos, socioculturais, jurídicos,
econômicos e políticos.
Fonte: www.urosario.edu.com
10
fatores que influíram na instituição da família, que parece eterna, mas de lenta
mudança, e sua frequente acompanhante, a mais polimorfa e mutável
instituição do casamento.3
3 GLENDON, Mary Ann. The Transformation of Family Law. The University of Chicago Press,
1989, p. 04.
11
A dignidade da pessoa humana restou consagrada como valor nuclear da
ordem constitucional, a partir do momento em que a promoção dos direitos humanos
e da justiça social tornaram-se presentes nas reflexões de nossos constituintes. A
essência deste princípio é muito difícil de ser capturada em palavras, pois recai sobre
um universo infinito de situações que dificilmente podem ser elencadas de antemão,
deste modo, talvez se possa identificá-lo como sendo o princípio de manifestação
primeira dos valores constitucionais abrangendo sentimentos e emoções.
Na atualidade é notória a preocupação com os aspectos éticos que envolvem
as atividades de Ciência e Tecnologia, esta preocupação pode ser observada por
diversos ângulos.
Hoje se tem um número expressivo de publicações e grupos de pesquisa sobre
o assunto, tanto em universidades quanto em instituições de pesquisas, de serviço e
na própria sociedade. A Bioética vem ganhando espaço cada vez maior nos meios de
comunicação, muitas vezes de forma não muito adequada, abusando até mesmo do
sensacionalismo utilizado pela mídia.
Não há como negar que a Bioética veio à tona na atualidade com a grande
evolução científica e tecnológica surgidas das ciências biológicas. No contexto
contemporâneo a Bioética pode ser encarada como uma possibilidade de configurar
um paradigma que viabilize uma comunicação, um novo discurso sobre a vida.
Fonte: www.leieordem.com.br
12
Tudo dentro da Bioética foi nascendo a partir de uma escala exponencial, ou
seja, foram aparecendo inúmeros medicamentos após a primeira Grande Guerra
Mundial, houve a evolução dos aparelhos médicos e principalmente e talvez o mais
temido surgimento ocorreu: a possibilidade do homem de controlar os seus próprios
fundamentos de vida, ou seja, a manipulação genética.
A Bioética, hoje, pode e deve ser encarada como a fundadora de uma nova
perspectiva ética, atentando para que ela não se torne a detentora da verdade, mas
sim como uma fonte de instigação referente à complexidade da tecnociência no
campo da biomédica, tendo a multiplicidade de ideias de maneira criativa e
humanamente possíveis.
O homem contemporâneo encontra-se no curso de uma nova e grande
revolução, inaugurada pela tecnociência, que deverá abalar o modus vivendi do
sujeito humano, instigado por questões de ordem científica, ética e sobretudo política,
visto que ainda vivemos em sociedade.
Na atualidade há urgência em estabelecer normas e comportamentos que
sejam moralmente aceitáveis e praticamente úteis, ou seja, a realização do exercício
de tolerância e pluralidade.
Entende-se que a tolerância deve ser total, se vista como respeito aos
pensamentos e às opiniões alheias, mas o mesmo não se pode afirmar acerca dos
atos que muitas vezes a acompanham.
Nos comportamentos quotidianos e nas atitudes em relação aos problemas de
limites que surgem e que crescem todos os dias, temos como fenômenos frequentes
a intolerância e a unilateralidade.
Existe um núcleo de questões que precisa ser reconduzido dentro de regras de
caráter moral, e não sancionado juridicamente, e outro, no qual estas questões devam
ser mais rigidamente sancionadas e, portanto, codificadas. O primeiro aspecto se
refere ao pluralismo à tolerância e à solidariedade, prevalecendo a ideia de
legitimidade. O segundo diz respeito à responsabilidade e à justiça, em que prevalece
a ideia de legalidade.
Deve-se partir do pressuposto que a vida hoje não é mais algo que pertença
somente aos domínios da natureza. A vida é algo que vem se desenvolvendo, que
vem sendo manipulada como um produto de uma nova cultura que se estrutura a partir
do sistema tecnocientífico. Diante desta afirmação o homem deve ter sua dignidade
preservada.
13
A saúde e a sociedade são interdependentes, indicando vários elementos,
possibilidades, que podem ser compreendidas como elementos constitutivos do
paradigma bioético.
Há diferentes éticas que devem ser respeitadas, como por exemplo: ética
profissional, ética médica, ética dos advogados, entre outras éticas que acabam
resultando em uma só, que se direciona a uma ética de convivência social entre os
homens e entre as sociedades.
Mas a grande questão é justamente: como estabelecer esta ética que abrange
as relações entre os homens? Esta ética que deve ser compartilhada por todos.
Segundo Ello Sgreccia:
Não pode ser vivida apenas na rede das relações interpessoais, deve sê-lo
também nos fatos estruturais e nos mecanismos socioeconômicos. Ela não
pode permanecer num livro de sonhos ou numa contínua divisão entre
exigência das pessoas e mecanismos perversos.4
A ideia que dever estar presente é a de que a ética deve estar em todos os
setores da vida humana. A Bioética se enquadra no âmbito das ciências da vida,
abrangendo aspectos sociopolíticos-econômicos, aspectos jurídicos, aspectos morais
entre outros. Surge, a Bioética, dentro de um universo de muitas e grandes
indagações que muitas vezes encontram-se longe de serem resolvidas.
Os problemas apresentados pela Bioética designam um conjunto de questões
que envolvem a intervenção científica no que tange a vida orgânica, tendo como
principal foco o HOMEM. Estes problemas retratam dimensões do poder que
aparecem no dia-a-dia como um produto da dominação humana sobre seres
humanos.
4 GARRAFA, V.; COSTA, S. I. (org.). A bioética no séc. XXI. Brasília, UnB, 2000, p. 22.
14
Fonte: www.blog.comshalom.org
Aqui, quando se fala em poder, não está se falando em força física, mas sim
do poder que nasce das relações sociais, do mesmo modo que aparecem os conflitos,
vez que as relações sociais sempre são caracterizadas com a dominação e a sujeição.
A causalidade do poder consiste na neutralização da vontade, embora não
necessariamente na ruptura da vontade do subalterno. Ela o atinge também é
justamente quando este quer agir no mesmo sentido e vem, a saber, que teria de agir
assim de qualquer modo. A função da contingência. Como qualquer outro código de
meios, o código do poder se refere também a uma discrepância possível (!) – Não
necessariamente real – dos resultados seletivos de Ater e Ego, ao torná-los ‘iguais’.
O poder se expressa nas decisões de como uma coisa deve ser ou o modo
como uma pessoa deve ou não se comportar, quanto menor for o espaço que uma
pessoa dispõe para decidir a respeito de um determinado fato, menor é o seu grau de
poder.
Um ‘direito garantido’, ou seja, uma ordem normativa cuja observância é
garantida eficazmente por normas e de modo institucionalizado, desenvolveu-se
simultaneamente com o sistema de domínio institucionalizado a que chamamos
‘Estado’, [...] O Estado e o direito garantido são resultado de uma evolução histórica,
um produto da civilização progressiva, um passo no processo da “autodomestificação”
da humanidade.
O homem é dividido em dois: macho e fêmea, gerando as uniões sensuais
dessas duas metades, gerando o mistério da vida.
15
Ao analisar a mitologia grega, mesmo que brevemente, percebe-se que
também se procurava explicar o fenômeno humano. Com os mitos da mitologia, os
gregos passaram a enxergar o homem além dele mesmo.
Do Caos saíram Geia, Tártaro e Eros. Geia, concebida como sendo a Terra,
caracteriza-se pelo princípio passivo (feminino). Dela nascem todos os seres,
porque Geia é a mulher mãe. Uma de suas virtudes básicas é a humildade,
que etimologicamente prende-se a húmus, “terra”, de que o homo, homem,
que igualmente provém de húmus foi modelado.5
O homem aqui é notado com fruto da terra, pois é dela que tudo provém, o
homem vem do útero da terra mãe. O homem se enquadra no estágio mais alto, no
ponto mais alto de todo um processo entre o cosmo e a realidade. O homem é pedra
fundamental desse ciclo que representa a vida, que gira em torno de atividades
incessantes.
Chardin tem o surgimento da vida como um momento revolucionário, onde se
divide na passagem do inanimado à vida e na passagem da vida animal à consciência
do homem, para ele a vida no ponto original é mais real do que os próprios seres
vivos. Ao se tratar do inapreensível momento da origem do homem, Theilhard faz as
seguintes ponderações:
16
Fonte: www.exercicios.brasilescola.uol.com.br
Seria impossível analisar esta questão sem mencionar, pelo menos um pouco,
o pensamento grego. Para os gregos com o nascimento da Polis surgiu um marco
referencial de processo civilizatório, ou seja, o homem como um átomo que compõe
o todo da coletividade, passando então para o surgimento da Agora (praça pública),
servindo como espaço de civismo, ou melhor, um espaço de participação.
Nesta época surge uma nova concepção de justiça, está deixando de ter um
caráter somente moral para ter um caráter político também, nascendo então um novo
homem voltado para sua política, chamado por Aristóteles de zôon politikón.
Partindo do pressuposto que o homem tem a sua natureza moral, para os
gregos ele só poderia atingir sua plenitude na polis, já que esta foi feita para ser viver
bem, estar de bem com os outros, ou seja, para se viver bem em comum da melhor
maneira possível, moral ou materialmente.
A partir deste momento não se vê o homem somente relacionado com o seu
gênesis, mas sim o homem em si, como um ser dotado de faculdades racionais, um
ser que vive em comunidade, que busca a cada dia uma projeção para sua evolução,
ou melhor, um homem que busca algo que ainda deve ser.
O homem além de estar no mundo deve sempre postular uma melhor condição
de vida para estar neste mundo. Deve ter como objetivo principal tornar-se um
humano, verdadeiramente humano.
17
O gênero humano, diante da evolução das técnicas biomédicas passa por um
período de revolução antropogenética, que impõe decisões políticas no que e refere
às etapas de sua evolução.
O homem é aquilo que o seu conhecimento pode indicar que ele é, ou seja, ao
fazer um discurso sobre si mesmo, ele se recria, deixando de ser um objeto inteligível,
ou seja, um número.
O homem imita a natureza, buscando convencer a si mesmo que tem o domínio
sobre as coisas, mas é claro que todo discurso que tenta imitar a natureza sempre se
encontra inacabado, já que a natureza ou a realidade são fontes que a arte não pode
dispensar, mas que a imitação consiste em reproduzir os objetos da natureza, tais
como são em sua existência imediata e exterior. O homem ao nascer torna-se
integrante de uma entidade natural, formada por um grupo de pessoas que mantém
um complexo de relações pessoais e patrimoniais, qual seja, o organismo familiar – a
família.
Nas últimas décadas é notável o avanço do desenvolvimento tecnológico,
assim, a partir do momento que se tornou possível interferir na reprodução humana,
por meios de técnicas, estremeceu-se fortemente um dos fatos geradores do aludido
complexo de relações. A procriação deixou de ser um fato natural, para subjugar-se à
vontade do homem.
O acesso à genética atingiu um dos mais importantes institutos do Direito de
Família – a filiação – que é a relação que o fato da procriação estabelece entre duas
pessoas, uma das quais nascidas de outra. A filiação é a mais importante das relações
de natureza pessoal que surgem com a formação da família.
Toda pessoa que nasce tem o direito de conhecer a sua origem biológica, o
fato do nascimento e a herança genética manifestam-se em situações que escapam
à normalidade do modelo paradigmático da família convencional.
18
Fonte: www.pt.slideshare.net
19
Esses questionamentos demonstram matéria altamente complexa, pois se está
diante de uma colisão de direitos de mesma hierarquia para o ordenamento jurídico
brasileiro, levando a concluir que ao falar em princípio da dignidade da pessoa
humana, não se está falando de um princípio absoluto, mas sim de um princípio que
pode ser relativizado, deste modo se socorre ao princípio da proporcionalidade.
Assim, me parece razoável que no caso em estudo o interesse mais relevante
é o interesse da criança, o direito da criança em conhecer sua origem biológica,
independentemente de como esta foi gerada.
Deve ser levado em consideração o interesse da pessoa que foi concebida
através de auxílio de técnica de reprodução assistida heteróloga, o sigilo da origem
da filiação e o anonimato da identidade da pessoa que doa o material genético são
princípios absolutos relativamente a todas as pessoas, salvo no que tange à própria
pessoa concebida por técnica de reprodução assistida heteróloga.
Guilherme Calmon Nogueira da Gama dispõe que a doutrina civilista admite
que a pessoa humana, nas suas relações em sociedade, desfruta de vários direitos
que se vinculam à tutela e promoção dos valores básicos, tanto no campo individual
quanto no social, que devem ser preservados para que a sociedade e as pessoas nela
inseridas consigam atingir seus objetivos.
Os direitos da personalidade estão dentro do dos direitos à vida, à integridade
físico-corporal, ao corpo, à imagem, à liberdade, à integridade psíquica, à intimidade,
ao segredo, à honra, e à identidade.
O direito fundamental à vida engloba o direito à identidade, o direito da pessoa
em conhecer a sua história, o direito da pessoa em ter acesso à sua ascendência
genética como eminente reflexo na vida da pessoa. Cabe salientar que a identidade
da pessoa se revela, fundamentalmente, no seu nome, mesmo que este não esgote
a noção de identidade pessoal.
20
Fonte: www.noticias.gospelprime.com.br
Carlos Alberto Bittar ensina que a identidade deve ser considerada direito
fundamental da pessoa humana, inserida no âmbito dos direitos morais da
personalidade, já que representa o liame entre a pessoa e a sociedade: o nome e os
outros elementos identificadores da pessoa são os elementos essenciais da
associação que todo restante da sociedade dispõe para individualizar a pessoa na
sociedade, impedindo que haja confusão e, ao mesmo tempo, permitindo que ela
estabeleça seus relacionamentos normalmente.
Resta evidente que a identidade pessoal não se restringe ao nome, mas
abrange outros elementos essenciais para os campos pessoal, familiar, social e
comunitário e, ente eles, se encontra o direito à história pessoal do indivíduo.
Silmara Chinelato e Almeida assim afirmou: “... o conteúdo da identidade não é
exaustivo abrangendo também a origem genética que muito explicará sobre as raízes,
a história pessoal do titular.”
Desta forma não há possibilidade de reconhecer que o anonimato do doador
do material genético possa se sobrepor ao direito de conhecer a origem biológica, até
mesmo para aqueles que consideram o anonimato em caráter absoluto, pois é
necessário ceder a interesses maiores que se revelam por exemplo ao risco concreto
de doenças hereditárias ou genéticas que podem ser prevenidas ou mais bem
tratadas em relação à pessoa concebida com o auxílio de técnica de reprodução
assistida heteróloga.
21
Dentro da bioética se encontram três princípios basilares que se enquadram no
prisma constitucional da dignidade da pessoa humana, a chamada TRÍADE
BIOÉTICA: Princípio da Beneficência8; Princípio da Autonomia9; Princípio da Justiça10.
Estes três princípios são utilizados dentro da bioética para inúmeras situações,
então me questiono: porque não aplicá-los para responder a questão estudada? No
caso de aplicá-los, como fazer?
Ora, se o princípio da beneficência quer dizer, brevemente, FAZER O BEM, o
da autonomia determina que a pessoa tem direito a fazer suas escolhas e buscar suas
respostas e o princípio da justiça, utilizado, como uma VIRTUDE, no presente caso,
onde cada pessoa recebe o que lhe é de direito fica simples responder a questão
formulada.
8 Princípio da beneficência: Este princípio busca atingir o bem da pessoa, ou seja, ele é aplicado
como uma medida para determinados atos que influenciarão na vida do ser humano. Se pode dizer que
em uma fase preliminar este princípio visa adequar e promover a saúde e a prevenção de um dano
maior, e a partir de um segundo momento tenta ponderar entre os bens e os males que poderão ser
causados à pessoa, objetivando que o bem prevaleça. Deve ser encarado e aplicado como aquele que
busca que não seja causado danos e após, havendo dano, maximizar os benefícios e diminuir os
prejuízos.
9 Princípio da autonomia: Este princípio demonstra a autonomia de vontade da pessoa humana
em fazer suas escolhas. Este princípio protege o direito, a liberdade da pessoa em realizar qualquer
conduta desde que não prejudique terceiros, há neste princípio duas faces: a moral pessoal ou a
intersubjetiva. A face moral pessoal também pode ser chamada de “autorreferente”, que segundo Maria
Celeste Cordeiro dos Santos é a dimensão que “prescreve ou proíbe certas ações e planos de vida por
efeito que elas têm no caráter moral do próprio agente e a moral social”. SANTOS, M. C. C. L. dos. O
equilíbrio do pêndulo a bioética e a lei, p. 44.
10 Princípio da Justiça: Este princípio dá a chance de buscar uma distribuição justa, equitativa
e universal dos bens e serviços, podendo esta distribuição ser caracterizada por quatro situações:
igualdade, necessidade, esforço e contribuição social. Estes quatro elementos podem ser chamados
de basilares para a formação e aplicação do princípio da justiça dentro da Bioética. Segundo Pessini e
Bachifontaine: ... a igualdade: divide o montante de recursos pelo número de pessoas e dá a todas uma
porção igual, independentemente das circunstâncias. A segunda, distribuiria os recursos de acordo
com as necessidades. Alguns receberiam somente um pouco. Isto seria determinado e justificado na
base das necessidades particulares de cada pessoa. Uma terceira fórmula regularia os recursos de
acordo com o esforço individual. Finalmente, a norma de distribuição pode ser a contribuição social.
Aqueles que deram muito para a sociedade receberiam muito em retorno, aqueles que deram pouco
receberiam pouco. O princípio da justiça quer que exista a imparcialidade na distribuição de riscos e
benefícios, pois todos devem ser tratados com igualdade, independentemente, de raça, cor, sexo. Ele
tem sua raiz no princípio da beneficência, pois é o amparo para haver uma distribuição justa e em
conformidade com uma visão moral de fazer o bem. PESSINI, Leocir e BARCHIFONTAINE, Christian
de Paul de. Problemas atuais de Bioética. São Paulo: Loyola, p. 22.
22
A tríade bioética interligada com o princípio da dignidade da pessoa humana
confirma que o interesse da criança em conhecer sua origem biológica é superior
aquele que não quer realizar um exame de DNA ou até mesmo não quer ser
reconhecido por ter feito uma doação de material genético para clínicas de fertilização,
doação esta que ocorreu espontaneamente, ou seja, através do direito da autonomia
PRINCÍPIO DA
BENEFICÊNCIA
BIOÉTICA
PRINCÍPIO DA PRINCÍPIO DA
AUTONOMIA JUSTIÇA
da vontade.
11 ALMEIDA, Maria Cristina de. DNA e Estado de Filiação à luz da Dignidade Humana. Porto
23
... o direito à identidade pessoal e o estado de filiação têm conotação pública,
de onde justificar-se que, na hierarquia de valores prevalece o interesse do
filho em relação ao interesse do suposto pai, cujo pleito de proteção à sua
integridade física pode parecer mero interesse particular se contraposto ao
direito à identidade pessoal, o qual, referindo-se diretamente ao estado
pessoal e familiar do ser humano, configura, acima de qualquer dúvida,
interesse de toda coletividade.12
Então eu questiono: É justo deixar uma criança sem conhecer seu pai biológico
pela influência de fatores externos? Creio que não, pois todo ser humano, a partir do
ato da procriação identifica uma forma de transmitir e eternizar as características
físicas e psíquicas de uma determinada genealogia, originando-se da concepção o
liame genético que une pais e filhos.
3 ADOÇÃO
Em termos singelos, a adoção nada mais representa esta figura que o ato
civil pelo qual alguém aceita um estranho na qualidade de filho. Em última
análise, corresponde à aquisição de um filho através de ato judicial de
nomeação. Anteriormente ao Código Civil de 2002, dava-se também contrato
celebrado instrumento de escritura pública.
24
Sabe-se, pois, que a adoção vai muito além do ato jurídico, sendo, sobretudo
um atenho de amor. Nessa relação estão envolvidos não só crianças, embora seja a
mais frequente, mas também adolescentes e até mesmo adultos, pessoas essas que
por trajetória natural da vida acabam por tomar um rumo diverso dos que os genitores
biológicos proporcionariam.
Fonte: www.semprematerna.com.br
25
A adoção é a única forma admitida pela lei onde uma pessoa pode assumir
como filho uma criança ou adolescente nascida de outra família, garantindo ao filho
adotivo os mesmos direitos dos filhos biológicos. Oferecendo um ambiente familiar
suscetível ao melhor desenvolvimento da criança que por algum motivo ficou privada
de sua família biológica. Dando-lhes amor, carinho, respeito, educação dentre outros.
Assim, a adoção se constitui de um processo afetivo, garantido pelo direito
pátrio, onde se transfere os direitos e deveres dos pais biológicos para uma família
substituta, conferindo a criança e/ou adolescente esse direito.
Sabemos que desde os primórdios da civilização, o intuito de se constituir
família é fazer com que sua linhagem cresça através das gerações, assim, o
filho/herdeiro, sempre teve um papel muito importante na sociedade.
Segundo estudos de VENOSA (2009, p. 253) o instituto da adoção detinha
delineamentos de perpetuação do culto familiar, uma vez que falecendo pater famílias
sem deixar descendente o fogo sagrado somente poderia ser cultuado pela figura
masculina, assim, ausente esta figura, ocorria a adoção, com o intento de imitar a
natureza. No mesmo sentido da abordagem acima o Código de Hamurabi apresentou
normas relacionadas à adoção. Neste sistema, ao adotado era permitido regressar ao
lar de seus pais legítimos apenas se o houvessem criado, sendo que na hipótese de
ter o adotante despendido dinheiro e zelo com o adotado tal situação era vedada.
Caso o adotante tivesse filhos naturais supervenientes à adoção, esta poderia ser
revogada, tendo pois, o adotado, direito à indenização.
Nos documentos bíblicos também há menção sobre a adoção, Moisés foi
adotado pela irmã de Faraó, e Mordecai criou Ester como uma irmã. Inicialmente, se
tratava de um arranjo voluntário entre a criança (com idade suficiente para tomar
decisões) e os pais adotivos. Em alguns países assumia um aspecto de gratificação
por serviços prestados e em outros, até uma forma de conseguir mão de obra barata
para a lavoura ou comércio. (GOMES, 2003, p. 564)
No império romano não foi diferente, a necessidade de um herdeiro, em
contraponto às elevadas despesas que o sustento e educação dos filhos obrigava,
levava as famílias da classe alta a tentarem ter pelo menos um filho, evitando,
contudo, uma prole exagerada. A adopção aparecia como uma solução quase óbvia
que, além do mais, permitia o estabelecimento e fortalecimento de laços entre famílias
e o reforço de alianças políticas. Durante o Império Romano, este sistema de adopção
26
serviu muitas vezes para permitir sucessões ao trono pacíficas, ao dar a possibilidade
ao imperador de escolher o seu sucessor, ao assumi-lo como filho adotivo (DO
COUTO, 2008, p. 342).
Fonte: www.institutohopehouse.com
27
3.2.1 Unilateral
A adoção unilateral consiste na adoção, geralmente pelo padrasto ou madrasta,
do filho do cônjuge ou companheiro. Nesta modalidade de adoção, ocorre o
rompimento do vínculo de filiação com um dos pais, para que seja criado um novo
vínculo com o pai adotivo.
Trata-se de forma especial de adoção, que tem caráter híbrido, já que permite
a substituição de somente um dos genitores e respectiva ascendência. Existem três
possibilidades para a ocorrência da adoção unilateral, a saber: quando o filho for
reconhecido por apenas um dos pais, a ele compete autorizar a adoção pelo parceiro;
reconhecido por ambos os genitores, concordando um deles com a adoção, decai ele
do poder familiar; em face do falecimento do pai biológico, pode o órfão ser adotado
pelo cônjuge ou parceiro do genitor sobrevivente (DIAS, 2013, p. 391).
A referida adoção está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo
41, §1º, abaixo disposto:
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos
direitos e deveres, inclusive sucessórios desligando-o de qualquer vínculo com pais e
parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. §1º Se um dos cônjuges ou
concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado
e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes.
3.2.2 Bilateral
No tipo de adoção em questão não há mais vínculos do adotando com a família
consanguínea, salvo os casos de impedimentos matrimoniais. A adoção bilateral é
regulamentada pelo artigo nº 42, § 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente, e
conforme a legislação estabelece é indispensável que os adotantes sejam casados
ou mantenham união estável, sendo necessário comprovar a estabilidade da família
para que possam se tornar aptos a adotar.
Contudo, a lei ainda insere no artigo 42, § 4º do Estatuto da Criança e do
Adolescente, a possibilidade de que os divorciados, os judicialmente separados e os
ex-companheiros possam adotar em conjunto, contanto que estágio de convivência
tenha se iniciado durante o período de relacionamento do casal, que seja
demonstrada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não
detentor da guarda, e ainda, que os adotantes concordem com o regime de guarda
da criança ou adolescente.
28
Fonte: www.justificando.cartacapital.com.br
3.2.3 Internacional
A adoção internacional é prevista na Constituição Federal no art. 227, § 5º,
sendo delegado à lei o estabelecimento de casos e das condições de sua efetivação
por estrangeiros.
Nesta espécie de adoção é necessário o cumprimento do estágio de
convivência, entre o adotante e o adotado. Com o advento da atual Lei de Adoção
esse estágio de convivência deveria ser realizado em território nacional, contudo é de
trinta dias para qualquer dos casos, com exceção de pessoas que já tenha a guarda
e que possa comprovar o vínculo afetivo.
O art. 51 do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece o que vem a ser
uma adoção internacional:
29
Considera-se adoção internacional aquela na qual a pessoa ou casal postulante
é residente ou domiciliado fora do Brasil, conforme previsto no art. 2º da Convenção
de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação
em Matéria de Adoção Internacional, aprovada pelo Decreto Legislativo 1, de 14 de
janeiro de 1999, e promulgada pelo Decreto 3.087, de 21 de junho de 1999.
Nota-se, o que determina a realização da adoção internacional, é justamente,
o adotante residir ou morar fora do país. Isso quer dizer que não seria aquela feita por
estrangeiros, necessariamente, mas é internacional em razão do domicílio, critério
territorial.
A adoção deve ser deferida preferencialmente aos brasileiros, ou ainda à
brasileiros residentes no exterior, porém ainda há casos que estrangeiros podem
adotar uma criança ou adolescente, por exemplo, em casos que tragam mais
vantagens para o adotado. O casal interessado deverá necessariamente ter o
certificado de habilitação expedido pela Comissão Judiciária de Adoção para que
tenha validade o processo de adoção.
Para assegurar e proteger crianças e adolescentes que serão adotados por
estrangeiros, no Brasil só se permite a saída dos adotados do território nacional após
o trânsito em julgado da sentença judicial que concedeu a adoção e após a expedição
de alvará com autorização de viagem (LOBÔ, 2011, p. 293).
Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem;
ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente
ao estado civil: (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981).
30
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
Fonte: www.thandrasena.blogspot.com.br
31
Com a Nova Carta, o interesse a ser preservado, em primeiro plano, passa a ser o da
criança.
Vejamos o que aduz o artigo 6º de nossa Carta Magna:
32
Fonte: www.bbc.com
33
Segundo o art. 145 do aludido estatuto, a competência de juízo para conhecer
do referido procedimento de adoção é da Vara da Infância e Juventude independente
da situação jurídica em que se encontra a criança ou adolescente. É da competência
também da Vara da Infância e Juventude conhecer dos procedimentos de guarda ou
tutela denominados nos arts. 148, III, 28, 33 e 36 do ECA).
O ECA definiu que a adoção é medida definitiva de colocação de membro em
família substituta, devendo-se priorizar as reais necessidades e interesses da criança
ou adolescente. Segundo o Art. 43: “A adoção será deferida quando apresentar reais
vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos”. Assim o artigo 41 do
ECA: “A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e
deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes,
salvo os impedimentos matrimoniais”. Em capítulo específico o Estatuto da Criança e
do Adolescente, referente ao direito à convivência familiar e comunitária, conforme
artigo 19 dispõe que: “Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado
no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a
convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas
dependentes de substâncias entorpecentes”.
O art. 28 do ECA, aduz que; “colocação em família substituta far-se-á mediante
guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou do
adolescente, nos termos desta lei”. Ainda o § 1º deste mesmo art. afirma que a
colocação em família substituta deverá sistematicamente verificar o interesse do
menor, que será ouvido sempre que possível.
Contudo, a consumação da adoção de dá apenas por sentença judicial
mediante ao cumprimento dos requisitos dos art. 47, do ECA. Porém, a sentença que
concede a adoção deve ter cunho constitutivo, já que estabelece uma nova relação
de parentesco entre adotado e adotante, pondo fim ao poder familiar da família de
origem biológica.
A adoção produz o efeito da irrevogabilidade, segundo art.48, do ECA, assim a
devolução da criança ou do adolescente torna-se proibida após adoção, contudo isso
não impede que o adotado possa ser devolvido
A irrevogabilidade da adoção não impede a destituição do poder familiar
daquele que adotou, nem que consinta ele com nova adoção de seu filho, que fora
adotado, devendo, evidentemente, agir com muita prudência os envolvidos neste novo
processo.
34
O Estatuto da Criança e Adolescente trouxe várias inovações ao instituto da
adoção, contudo prioriza que a cima de tudo a criança possa usufruir do seu direito
de viver em uma família onde a base seja o afeto e carinho.
Fonte: www.imperatriznoticias.com.br
35
2º do art. 1.621, que os pais ou os representantes do adotando revoguem
consentimento. Não está assinalada a necessidade de motivar a mudança de posição.
No entanto, parece normal que haja justificação, sob pena de já não atender o
interesse do menor, que possui o interesse último da adoção, de acordo com o art.
1.625.
Código Civil de 2002 inova ao trazer a possibilidade de revogação da
aquiescência dos genitores ou responsáveis até o momento da sentença constitutiva
da adoção.
O art. 1.621 do Código Civil em vigor: “A adoção depende de consentimento
dos pais ou dos representantes legais, de quem se deseja adotar, e da concordância
deste, se contar mais de 12 (doze) anos”, trata do consentimento dos pais biológicos
e do adolescente como requisito para o processo de adoção. Comenta o § 1º sobre a
dispensa do consentimento, em caso de pais desconhecidos ou destituídos do poder
familiar. O Código Civil afirma ainda que o consentimento dos pais para com a adoção,
previsto no caput do art. 1.621, é revogável até a publicação da sentença constitutiva
da adoção.
Contudo, o art. 1.624 do Código Civil:
Tal artigo tem gerado polêmica, pois estaria ferindo o princípio do melhor
interesse da criança ou do adolescente, já que teria que esperar por um ano a
ausência de reclamação de algum parente para posterior a isso ser adotado.
Desta forma preleciona Guimarães (2003, p. 42):
A exigência agora contida no art. 1.624 do novo Código Civil, para que se
aguarde por um ano antes de se promover a adoção do órfão não reclamado
por parentes fere os princípios gerais do Estatuto da Criança e do
Adolescente, no que se refere à proteção integral e prioridade absoluta.
A nova Lei da Adoção foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva
em 03/08/2009, após tramitar por dois anos no congresso. O objetivo desta lei é
36
buscar mecanismos capazes de assegurar sua efetiva implementação, criando regras
destinadas a fortalecer e preservar a integridade da família de origem.
Portanto, a nova lei está baseada em três objetivos centrais: tornar mais célere
o processo de adoção, buscando com isso reduzir o tempo de permanência nos
abrigos, priorizar a permanência do menor na família de origem e ainda unificar o
cadastro de adoção.
Fonte: www.revistacrescer.globo.com
37
Com a nova Lei de Adoção é necessário que o menor seja ouvido pela Justiça
após ser entregue aos cuidados de família substituta. Agora como sendo ato
obrigatório.
Para TARTUCE (2010, p. 43), houve uma reviravolta no tratamento legal da Lei
Nacional da Adoção, pois, não há mais dispositivos no Código Civil regulamentando
o instituto. O seu art. 1.618 determina que a adoção de crianças e adolescentes será
deferida na forma prevista pelo ECA. Ato contínuo, o seu art. 1.619 modificado é claro
ao prever que a adoção de maiores de dezoito anos dependerá da assistência efetiva
do poder público e de sentença constitutiva, aplicando-se, no que couber, as regras
gerais do ECA. Em suma, o que se percebe é que a matéria de adoção, relativa a
menores e a maiores, passou a ser consolidada no ECA.
Em síntese, por meio de todas as mudanças ocorridas com a Nova Lei de
Adoção, nasce uma esperança no sentido de minorar a morosidade no processo de
adoção, de forma eficaz e justa.
38
Sustenta Belmiro Pedro Welter, não sem razão, a inconstitucionalidade do
tortuoso, moroso e desacreditado processo de adoção judicial. O autor
preconiza a dispensabilidade do cumprimento de todos os requisitos legais
(1618 a 1629 e ECA 39 a 52), sob fundamento de que o reconhecimento do
filho afetivo é consensual e voluntário. Argumenta ainda, ser inútil a via
judicial, ou quando é dispensável o consentimento dos pais, por se tratar de
infante em estado de vulnerabilidade social (1621§ 1º e 1624).
Fonte: www.valadaresadvogado.com.br
A morosidade para a adoção justifica-se pelo fato de que a justiça deve esgotar
todas as possibilidades do menor ser adotado dentro de sua própria família biológica,
com a finalidade de se manterem os laços familiares, e mesmo tendo sido adotada a
criança não se desvincularia totalmente de sua árvore genealógica.
A demora produzida pelo processo de adoção provoca consequências
desfavoráveis às crianças e adolescentes envolvidas, uma vez que essa situação
não é decidida, há uma privação do direito à convivência familiar, acarretando muitos
transtornos psicológicos irreversíveis que afetam os seus desenvolvimentos
39
saudáveis. Os adotantes culpam a delonga da tramitação dos processos de adoção
e da habilitação como sendo um dos maiores problemas encarados pelos mesmos.
4 PODER FAMILIAR
40
dissolução do casamento ocorreu pela presença inconveniente de uma terceira
pessoa. Fato que a maior vítima dessa infeliz situação é o menor.
A guarda unilateral é exercida por um dos genitores que possui melhores
condições de afeto e consegue proporcionar ao menor sentimento de segurança
emocional e secundariamente segurança financeira.
Fonte: www.direitodetodos.com.br
41
5 ALIMENTOS13
13
Texto extraído do artigo A perpetuação do calvário para a cobrança dos alimentos no CPC, de Maria
Berenice Dias
42
(CPC 732) ou referendo oficioso (CPC 784 IV). O encargo alimentar a favor dos filhos
é que precisa ser formalizado, para garantir eventual cobrança.
Seja qual for a forma de constituição do encargo alimentar — judicial ou
extrajudicial —, havendo mora, o adimplemento pode ser exigido por qualquer dos
meios executórios (CPC 528 e 911): prisão do devedor ou expropriação de seus bens.
Tudo vai depender da quantidade de parcelas vencidas e não pagas. O débito
acumulado superior a três prestações não comporta execução pelo rito da coação
pessoal (CPC 528, parágrafo 7º).
Fonte: www.saladedireito.com.br
43
formalizem o divórcio, a dissolução da união estável ou estabeleçam obrigação
alimentar extrajudicialmente. Com isso, perde-se a chance de aliviar o Poder
Judiciário. Tudo acaba na Justiça.
No cumprimento de título executivo judicial, o réu ou o procurador que o
representa (CPC 513, parágrafo 2º, I) é intimado, para, no prazo de 15 dias, pagar o
montante atualizado do débito acrescido de multa de 10% e verba honorária de 10%
(CPC 523, parágrafo 1º).
Buscada a cobrança pela via da coação pessoal, o réu deve ser citado
pessoalmente, via postal, para em três dias pagar o crédito executado, provar que já
pagou ou justificar a impossibilidade de pagar. Não ocorrendo o pagamento ou não
aceita a justificativa apresentada, é expedido mandado de prisão. Durante o período
de aprisionamento, prossegue a execução expropriatória, com a penhora e avaliação
dos bens indicados pelo credor (CPC 530 e 829, parágrafo 2º). A dívida é acrescida
do valor da multa e dos honorários, sobre as parcelas executadas e todas as que se
vencerem até a data do pagamento (CPC 528, parágrafo 5º).
Para se livrar dos encargos moratórios, o devedor deve depositar judicialmente
o quantum cobrado (CPC 520, parágrafo 4º e 523, parágrafo 1º), enquanto questiona
o valor da dívida, por meio de justificativa, impugnação ou embargos à execução.
Como se trata de dívida alimentar, o credor pode proceder ao levantamento dos
valores incontroversos.
Quer os alimentos tenham sido fixados liminarmente, quer na sentença final
ainda sujeita a recurso, pretendendo o credor buscar sua cobrança “desde logo”,
precisa abrir mão da possibilidade de prisão do executado (CPC 528, parágrafo 8º).
Ainda que o título não seja líquido certo e exigível, a execução segue o rito do
cumprimento definitivo (CPC 523).
Como a interposição de eventual recurso não dispõe de efeito suspensivo (CPC
1.012 II), o cumprimento da sentença pode ser buscado tão logo ocorra sua publicação
(CPC 1.012, parágrafo 2ª). Caso o valor do encargo venha a ser diminuído ou afastado
— quer na sentença, quer em sede recursal —, é de todo descabido livrar o devedor
da obrigação de proceder ao pagamento das parcelas que se venceram nesse ínterim.
Emprestar efeito retroativo à redução ou à exoneração levada a efeito, pelo fato de os
alimentos não serem definitivos, só estimularia o inadimplemento e a eternização da
demanda.
44
Buscada a cobrança pela via da coação pessoal, para o devedor livrar-se da
prisão, deve pagar o valor atualizado da dívida objeto da execução e as demais
parcelas vencidas até a data do pagamento (CPC 528, parágrafo 7º). O tema
encontra-se inclusive sumulado (Súmula 309 do STJ).
No entanto, na prática mais do que consolidada, o devedor livra-se da prisão
mediante o pagamento das parcelas alimentares que constam no demonstrativo
discriminado e atualizado apresentado pelo credor (CPC 524). Porém, quando do
cumprimento da ordem de prisão, já se venceram novas prestações, e o
demonstrativo do crédito, que acompanha o mandado de prisão, está desatualizado.
Acaba o credor por apresentar novo demonstrativo, requerendo novamente a
prisão do devedor. Antes o juiz dá vistas ao devedor do novo cálculo e, eventualmente,
manda o processo para o contabilista do juízo (CPC 524, parágrafo 2º).
E se nesse ínterim transcorreram mais de três meses, o credor acaba optando
por ingressar com nova execução. E mais uma, e mais uma a cada três meses. O fato
estarrecedor é que existe um número de prestações que integram a condenação, não
são pagas, e o devedor não é preso!
Fonte: www.estevanfg.jusbrasil.com.br
De nada adianta a lei dizer que, para se livrar da prisão o devedor precisa pagar
não só a dívida objeto da cobrança, mas também todas as prestações que se
vencerem até a data do efetivo pagamento (CPC 528, parágrafo 8º). O réu livra-se da
prisão apresentando ao oficial de Justiça comprovante de pagamento das três
45
parcelas que se venceram antes da propositura da execução, conforme demonstrativo
do débito apresentado pelo credor. Essa “garantia” do devedor não tem previsão legal.
Trata-se de construção jurisprudencial viciosa, que precisa ser revertida em benefício
do credor. Além do valor constante do mandado de prisão, referente aos meses
executados, o devedor precisa apresentar ao oficial de Justiça o comprovante do
pagamento das prestações objeto da cobrança e mais das que se venceram até
aquele momento. Sem essa prova, o pagamento é parcial e não afasta a prisão.
Quem sabe outra solução seria já constar no demonstrativo do crédito uma
projeção das prestações vincendas. Caso o credor não apresentar o valor
discriminados das parcelas alimentares futuras, cabe ao juiz determinar a sua
retificação. Claro que os índices de atualização são variáveis, mas, ao menos o valor
do principal, até o dia do pagamento será atendido.
Desse modo, o réu é citado para pagar o valor devido à data do pagamento,
conforme a projeção constante no demonstrativo que acompanha o mandado de
citação.
Ou isso, ou vai se perpetuar o calvário para a cobrança da obrigação de maior
significado que existe: a que garante o direito à vida.
6 DIREITO ASSISTENCIAL
A guarda, pela Lei 8069/90, art. 28, constitui um meio de colocar menor em
família substituta ou em associação, independentemente de sua situação jurídica, até
que se resolva, definitivamente, o destino do menor.
Destinar-se-á à prestação de assistência material, moral e educacional ao
menor, dando ao seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais,
regularizando assim a posse de fato (guarda legal); poderá ser deferida, liminar ou
incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por
estrangeiros.
Tutela é um instituto de caráter assistencial, que tem por escopo substituir o
pátrio poder; protege o menor não emancipado e seus bens, se seus pais faleceram
ou foram suspensos ou destituídos do poder paternal, dando-lhe assistência e
representação na órbita jurídica; portanto, é um complexo de direitos e obrigações
46
conferidos pela lei a um terceiro, para que proteja a pessoa de um menor, que não se
acha sob o pátrio poder, e administre seus bens.
Curatela é o encargo público, cometido, por lei, a alguém para reger e defender
a pessoa e administrar os bens de maiores, que, por si sós, não estão em condições
de fazê-lo, em razão de enfermidade ou deficiência mental; o pressuposto fático da
curatela é a incapacidade; o seu pressuposto jurídico é uma decisão judicial.
Fonte: www.tjdft.jus.br
47
7 AUSÊNCIA NO DIREITO DE FAMÍLIA
Para Clóvis Beviláqua (1908, p. 599), “ausente é todo aquele que está fora de
seu domicílio, mas no sentido em que agora toma o vocábulo, é aquela pessoa cuja
habitação se ignora ou de cuja existência se duvida, e cujos bens ficaram ao
desamparo”.
Ludwig Ennecerus afirma ser “indispensável na ausência a falta de notícias há
tanto tempo a ponto de tornar incerta a existência da pessoa” (ENNECERUS, 1984,
p. 337).
Fonte: www.thiagosousasite.wordpress.com
48
somente pelo fato de ter se ausentado do seu domicílio sem dar notícias ou deixar
representante para cuidar de seus bens, seja incapaz.
O ausente poderá perfeitamente realizar contratos, se casar (desde que já não
o seja), inexistindo qualquer impedimento público ou privado a esse respeito. Serão
atos ou negócios jurídicos perfeitamente válidos. A ausência deixa de ser prevista
como incapacidade, passando a matéria a ser tratada na Parte Geral, “como
continuidade lógica das questões atinentes à pessoa” (REALE, 1986, p. 88).
8 PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
49
Forças Armadas também não corre prazo prescricional. Essas pessoas estão em
situações diferentes das demais, merecendo, portanto, serem tratadas como tais e
terem o benefício de contra elas a prescrição não correr.
A regra geral é que a prescrição ocorra em, no máximo, 10 anos, podendo o
Código Civil, como de fato o faz, determinar prazo menor para situações específicas.
Em suma, prescrição e decadência até podem gerar dúvidas e confusões num
primeiro momento, até mesmo para os operadores do Direito, mas as Leis costumam
ser claras quando há incidência de cada instituto e seus efeitos, por si só, geram
consequências diversas.
Fonte: www.cpt.com.br
50
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Maria Cristina de. DNA e estado de filiação à luz da dignidade humana.
Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003.
COLIN, Peter. The dictionary of law. 3. ed. Londres: Peter Collin Publishing Ltd,
2000.
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. Belo Horizonte, 2013.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil. 20. ed. rev. aum. SP: Saraiva 2003.
51
DO COUTO, Américo Henrique Marquez. A construção de imagens imperiais
romanas: imaginário e representação dos governos de Trajano e Adriano
(século II d.C.). Anais do I Seminário de Pesquisa da Pós-Graduação em História
UFG-PUC Goiás, 2008.
GARRAFA Volnei; COSTA, Sérgio Ibiapina (org.). A bioética no séc. XXI. Brasília,
UnB, 2000.
GLENDON, Mary Ann. The transformation of Family Law. The University of Chicago
Press, 1989.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: direito de família. Vol. 15.
15ª ed. Atual. São Paulo: Saraiva 2013.
LÔBO, Paulo Luiz Netto. Direito ao estado de filiação e direito à origem genética:
uma distinção necessária. Jus Navigandi, Teresina, V. 9, n. 194, 16 jan. 2004.
Disponível em: http://jus.com.br/revista/texto/4752/direito-ao-estado-de-filiacao-
edireito-a-origem-genetica/3. Acesso em 20 de março de 2017.
52
Oliveira (Coord.). Grandes temas da atualidade: DNA como meio de prova da
filiação. Aspectos constitucionais, civis e penais. Rio de Janeiro: Forense, 2000.
NEDEL, José. Ética, Direito e Justiça. 2. ed. rev. e ampl. Porto Alegre: EDIPUCRS,
2000. p. 235. (Coleção Filosofia.)
SANTOS, Maria Celeste Cordeiro Leite (org.). Biodireito, ciência da vida, os novos
desafios. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: Direito de Família. 4.ed. São Paulo: Editora
Atlas, 2010.
53