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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROF. ALBERTO CARVALHO


DFCI – DEPARTAMENTO DE FÍSICA DE ITABAINA

Andeson Andrade Torres

III RELATÓRIO DE LABORATÓRIO DE FÍSICA B:

RESISTÊNCIA INTERNA E INTERFERÊNCIA DOS INSTRUMENTOS NAS MEDIDAS

Itabaiana/SE
2019

1
Sumário
I. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
II. OBJETIVOS................................................................................................................. 3
III. MATERIAIS E METODOS ........................................................................................ 3
Materiais........................................................................................................................... 3
Métodos ............................................................................................................................ 3
IV. RESULTADOS ......................................................................................................... 6
V. DISCUSSÃO................................................................................................................. 8
VI. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 8
VII. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 9

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I. INTRODUÇÃO

Profissionais que trabalham com eletricidade dispõem de um aparelho


chamado multímetro, que pode ser utilizado de diferentes formas, o qual mede a corrente
elétrica (amperímetro), a ddp(voltímetro) e a resistência elétrica (ohmímetro), para isso, basta
colocar a sua chave seletora na posição adequada.

Os melhores aparelhos para obter medidas elétricas são os que não interferem na
grandeza medida, são chamados de medidores ideais. Na prática, os medidores são
considerados ideais quando interferem muito pouco no valor da grandeza a ser medida, ou
seja, a interferência está dentro de limites considerados aceitáveis. Sendo assim, podemos
dizer que um amperímetro é considerado ideal quando a sua resistência interna pode ser
desprezada, ou seja, pode ser considerada igual a zero. Já o voltímetro é
considerado ideal quando sua resistência interna é tal que a intensidade da corrente elétrica
que passa por ele é desprezível, ou seja, sua resistência interna é infinita.

Na prática, tanto o amperímetro como o voltímetro desviam energia para cumprir o


papel de medidor. Assim ambos afetarão as condições de qualquer circuito pelo simples fato
de serem inseridos nele. Dessa forma para medir corrente ou tenção com precisão, passa a ser
importante levar em conta a resistência interna dos instrumentos.

A partir das medidas de V (tensão) e de i (corrente), realizadas com o auxílio dos dois
aparelhos, nós podemos medir, indiretamente, a resistência elétrica do resistor, utilizando a
relação:

= (1)

Onde V é a tensão entre os terminais do resistor, I é a corrente elétrica que o percorre


o circuito.

II. OBJETIVOS
Neste experimento iremos encontrar a resistencia internas dos instrumentos e testar
duas configurações de circuitos, onde iremos posicionar os mesmos e verificar a interferência
dependendo da configuração do circuito.

III. MATERIAIS E METODOS


Materiais
Os materiais necessários para esse experimento são:
 Resistores Ôhmicos
 Multímetro
 Placa de Circuito
 Fonte de Alimentação Tensão

3
Métodos
 Primeiramente ligamos os instrumentos de medições (Fonte, Multímetro);
 Verificamos a configuração do multímetro, colocando em Volt (V) para medir tensão e
outro em Ampère (A);
 Conectamos os cabos na fonte e no multímetro;
 Em seguida montamos os circuitos conforme a figura 1, 2, 3 e 4
 Aplicamos uma ddp no circuito e anotamos os valores ilustrado no visor do voltímetro
é do amperímetro.

 Para encontrar o Rx desejado faremos a seguinte operação a partir da leitura dos


aparelhos conectados nos circuitos. =

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5
IV. RESULTADOS

Parte 1 do experimento: Resistencia interna do voltímetro e amperímetro.

Com o circuito 3 montado iremos encontrar o valor de resistência interna do


voltímetro, para isso usamos uma resistência R = 47 Ω, ligado em série com um amperímetro
que por sua vez foi conectado, em série, com o voltímetro
Para medir a resistência interna do amperímetro usamos a mesma resistência
(R=47Ω), mas dessa vez o amperímetro em paralelo com o voltímetro conforme mostra o circuito
4.
Foram realizadas 2 medidas para o circuito 3 e duas medidas para o circuito 4 e seus
resultados estão mostrados na tabelas 1. Através dessas medidas foram estabelecidos o fundo
que escala que seria utilizado na segunda parte da prática.

Tabela 1.0- Resultados obtidos para a primeira parte do experimento, medida da


resistência interna do voltímetro e do amperímetro;

CIRCUITO
3
Tensão(V) (V) Escala(V) Corrente(A) (A) Escala(A) ( ) ( )
1,00 0,03 2,5 0,000045 0,0000005 0,00005 50 22 1,00

4,20 0,1 10 0,000046 0,0000005 0,00005 200 91 2,00

CIRCUITO
4

6
Tensão(V) (V) Escala(V) Corrente(A) (A) Escala(A) ( ) ( )
1,00 0,03 2,5 0,000024 0,0000005 0,00005 50 50 2,00

4,20 0,1 10 0,000022 0,0000005 0,00005 200 190 5

Parte 2 do experimento: Interferência dos instrumentos nas medidas.

Nesta parte do experimento com o auxilio do circuito 1 e 2, buscaremos uma melhor


configuração de como pozicionar os instrumentos de modo que os mesmos interfiram o
minimo possivel em nossas medidas.

Segue abaixo os resultados coletados durante a realização do experimento com os


valores R medidos a partir da equação 1 para cada circuito.

Tabela 2.0 – Dados coletados circuito 1

CIRCUITO 1
ESCALA ESCALA CORRENTE Rx Rx Medido
TENSÃO (V)
(V) (mA) x10-3 (mA) x10-3 () ()

2,5 250 025 ± 0,03 118 ± 3 2 2,1


0,5 250 0,400 ± 0,005 65 ± 3 3 6,1
0,5 250 0,400 ± 0,005 70 ± 3 5 5,7
0,5 250 0,400 ± 0,005 35 ± 3 10 11,4
0,5 25 0,210 ± 0,005 22,5 ± 0,3 10 9,3
0,5 25 0,400 ± 0,005 12,5 ± 0,3 30 32
0,5 25 0,400 ± 0,005 22,5 ± 0,3 50 17,7
2,5 0,050 1,00 ± 0,03 0,0445 ± 0,0005 5x104 22471
10 0,050 4,2 ± 0,1 0,0460 ± 0,0005 2x105 91304

Tabela 3.0 – Dados coletados circuito 2

CIRCUITO 2
Rx
ESCALA ESCALA CORRENTE
TENÇÃO (V) Rx () Medido
(V) (mA) x10-3 (mA) x10-3
()
2,5 250 0,64 ± 0,03 117 ± 3 2 5,5
0,5 250 0,450 ± 0,005 55 ± 3 3 8,2
0,5 250 0,450 ± 0,005 43 ± 3 5 10,4
0,5 250 0,450 ± 0,005 30 ± 3 10 15
7
0,5 25 0,400 ± 0,005 9,0 ± 0,3 10 44,4
0,5 25 0,400 ± 0,005 6,0 ± 0,3 30 66,6
0,5 25 0,400 ± 0,005 4,5 ± 0,3 50 88,8
2,5 0,050 1,20 ± 0,03 0,0240 ± 0,0005 50000 50000
10 0,050 4,2 ± 0,1 0,0220 ± 0,0005 200000 190909

V. DISCUSSÃO

Com as tabelas 2 e 3 montadas podemos enfim analisar os dados coletados nos


circuitos e notar que a resistência testada Rx pode assumir um valor discrepante do valor
teórico dependendo da configuração do circuito.
Analisando o circuito 1 podemos observar que sua configuração aparenta ser a mais
adequada para medir resistências Rx baixas, pois observando os dados da tabela 2, quando o
valor de Rx da resistencia da decada passa de 30  o valor da resistencia medida através da
expressão = é muito discrepante do valor da resistencia da decada. Isso ocorre pelo
fato da resistência interna do voltímetro desviar o caminho da corrente, corrente essa que
desejávamos que passasse somente pelo resistor. Com isso temos um erro na medida do
amperímetro. Já quando o resistor testado tem valor baixo a corrente indicada pelo
amperímetro é muito mais fiel a corrente que de fato passou pela resistência Rx uma vez que
a resistência interna do voltímetro passa a ser muito grande em comparação com o Rx testado.
Analisando também o circuito 2 podemos observar que sua configuração aparenta ser
mais adequada para medir resistência Rx altas. Observando os dados da tabela 3, quando
usamos o valor de Rx igual a 50 k o valor obtido através da expressão = foi
exatamente igual ao de Rx testado. Isso se da pelo fato de que nessa configuração o
amperímetro consegue medir exatamente a corrente que passa por Rx, fazendo com que
amperímetro nessas condições fique perto de um instrumento ideal.

VI. CONCLUSÃO

Diante do que já foi discutido ate aqui, chegamos a conclusão que para uma medida
confiável do amperímetro e do voltímetro temos que levar em consideração as condições de
configuração dos circuitos e posicionar os instrumentos de modo que a resistência que deseje
medir (neste relatório demos o nome de Rx) seja maior do que a resistência interna
amperímetro é menor do que a resistência interna do voltímetro. Dessa forma conseguimos
minimizar bastante a interferência dos instrumentos nas medidas. Com isso chegamos a
conclusão que o circuito 1 é o mais adequado para medir resistências baixas de modo analogo
concluimos também que o circuito 2 é o indicado para medir resistencias altas.

8
VII. REFERÊNCIAS

[1]HALLIDAY, RESNICK, WALKER. Fundamentos de Física. Vol. 3. 10ed. – Rio de


Janeiro: Editora LTC, 2016.

<https://www.coladaweb.com/fisica/eletricidade/amperimetro-voltimetro>. Acesso em 17 de
fevereiro de 2019.

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