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3 MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA
Gutierrez e Prieto (1994, p. 61) assinalam que, para a compreensão desse conceito,
Essa postura necessária ao professor remete a Belloni (2012, p. 177), que defende
a perspectiva da mídia-educação.
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A mídia-educação propõe uma perspectiva metodológica que transcende o
domínio da técnica e se ancora em uma concepção construtivista, que
concebe a educação como um processo ativo, de formação do cidadão
autônomo capaz de usar, como protagonista, os meios de comunicação
disponíveis para assegurar seus direitos e ter uma participação ativa na
sociedade. Trata de uma educação com as mídias, mas também para as
mídias e por meio das mídias.
Saiba mais
Moore (apud MOORE; KEARSLEY, 2007, p. 241) aponta que um dos elementos
essenciais para a mediação/interação é o diálogo e o caracteriza da seguinte forma:
Até aqui, percebemos que a mediação pedagógica pode ser traduzida como a postura,
o comportamento, as artimanhas e estratégias que o professor utiliza para promover o
encontro dos alunos com os conteúdos, desenvolvendo habilidades e competências.
Agora vamos analisar o cenário escolar atual. Será que o professor apresenta este
perfil? Podemos generalizar e dizer que o grupo de professores de uma escola apresenta
uma mesma postura pedagógica?
Nesta análise vamos perceber que os perfis docentes são diversos, apresentando
mediações pedagógicas variadas, que muitas vezes são definidas pelo modelo de
comunicação entre os professores e os alunos.
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Segundo Bordenave e Pereira (2002), em uma situação de aprendizagem, podem
ocorrer três padrões/modelos principais de comunicação entre professor e alunos: o
linear, o bidirecional e a rede.
Agora pense em você como professor, como você se comunica com seus alunos? Será
que você se identificou com o modelo apresentado? Imagine-se como o professor não
permitindo a interação e a troca entre os seus alunos, preferindo que eles se mantenham
parados com o foco em sua explicação, sem questionar. De que adianta incluir tecnologias
nesta prática docente?
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Por sua vez, o terceiro modelo propõe mudanças marcantes na comunicação e no
papel do professor. Neste, a interação e a comunicação entre os alunos é favorecida, de
modo que não ocorra o que observamos nos modelos anteriores, ou seja, a transmissão e
exposição dialogada. Aqui o papel do professor também muda. Vamos à imagem:
Ouça o podcast
Lembre-se
No modelo de comunicação em rede, as leituras possuem propósitos claros para
o aluno, pois poderão ajudá-lo a resolver a situação que o professor propôs.
Assim, com a adoção de uma mediação pedagógica baseada na comunicação
em rede, as TIC/TDIC, poderão transformar a educação.
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Finalizando o Tema
Vimos que as tecnologias por si não irão transformar a educação como se imaginou,
e sim a mudança na postura docente que irá proporcionar mudanças nos processos de
ensino e aprendizagem. O acesso à informação e novas formas de comunicação são
manuseados quase que de forma intuitiva pelos nativos digitais, o que não significa que o
professor, imigrante digital, será a pessoa que sempre terá mais dificuldades no uso das
tecnologias.
Referências
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. MEC, Brasil, 2017. Disponível em: < http://
basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/06/BNCC_EI_EF_110518_
versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2018.
MOORE, M. G.; KEARSLEY, G. Educação a distância: uma visão integrada. São Paulo:
Thomson Learning, 2007.
PRENSKY, M. Digital natives, digital immigrants. On the Horizon. NBC University Press,
v. 9, n. 5, oct. 2001.
SILVA, L. W. Internet foi criada em 1969 com o nome de “Arpanet” nos EUA. Folha de
São Paulo, São Paulo, Cotidiano, 12 ago. 2001. Disponível em: < https://www1.folha.
uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u34809.shtml>. Acesso em: 11 jun. 2018.
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