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Quantidade de

movimento e impulso
Quantidade de movimento e impulso
Introdução
Neste capítulo, definiremos duas grandezas importantes
no estudo do movimento de um corpo: uma caracterizada
pela força aplicada ao corpo e pelo intervalo de tempo
no qual ela atua e outra caracterizada pela massa do corpo
e por sua velocidade. Essas duas grandezas vetoriais são
denominadas, respectivamente, o impulso de uma força
e a quantidade de movimento de um corpo.
Quantidade de movimento e impulso

JAMES RUSSELL SPORT /ALAMY/OTHER IMAGES


Introdução

Na colisão com a raquete, a quantidade


de movimento da bola de tênis varia
em virtude do impulso que ela recebe.
Impulso de uma força constante
O impulso I da força F constante que age no corpo, no
intervalo de tempo t, é uma grandeza vetorial definida por:

CAMERON SPENCER/GETTY IMAGES


O impulso tem a direção
e o sentido da força:

Jogadora brasileira de vôlei


tem a mesma direção
Walewska Oliveira pula para cortar a bola
e o mesmo sentido de
em partida contra os EUA, durante os Jogos
Olímpicos de Pequim (China, 2008).

A unidade da intensidade do impulso no Sistema Internacional


(SI) é newton-segundo (N ∙ s).
Impulso de uma força constante
Observações:

Se a força que age no corpo tiver intensidade variável e direção


constante, a intensidade do impulso deve ser calculada pela
área no diagrama F x t.
ADILSON SECCO
Impulso de uma força constante
A força constante que produz, num corpo, o mesmo impulso

que uma força variável é chamada de força média (Fm) em
relação ao tempo:
Quantidade de movimento
ou momento linear

A quantidade de movimento Q de um corpo de massa m e que



num certo instante tem velocidade v é a grandeza vetorial:


A quantidade de movimento Q tem a direção e o sentido da

velocidade v.

Q tem a mesma direção
e o mesmo sentido de 
v

A unidade do módulo da quantidade de movimento, no


Sistema Internacional (SI), é quilograma vezes metro por
segundo (kg · m/s).
Teorema do Impulso
O impulso da resultante num intervalo de tempo é igual à
variação da quantidade de movimento no mesmo intervalo
de tempo.

: impulso da resultante

: quantidade de movimento final

: quantidade de movimento inicial


Princípio da Conservação da
Quantidade de Movimento
A quantidade de movimento de um sistema de partículas
isolado de forças externas é constante.

ADILSON SECCO
   
Q0 = Q  Qantes = Qdepois
Choques mecânicos
As colisões entre os corpos são chamadas choques mecânicos.
Choque frontal ou direto
Quando os centros das esferas se deslocam sobre uma mesma
reta, antes e depois da colisão, dizemos que o choque é frontal
ou direto.

Conservação da quantidade de movimento


Nos choques, a quantidade de movimento do sistema de corpos
imediatamente antes da colisão é igual à quantidade de
movimento imediatamente depois da colisão.
Coeficiente de restituição

velocidade relativa de afastamento af


e= =
velocidade relativa de aproximação ap

ADILSON SECCO
Tipos de choque
Choque perfeitamente elástico: e = 1
A energia cinética imediatamente antes do choque é igual
à energia cinética imediatamente depois do choque.

Choque perfeitamente inelástico: e = 0

Choque parcialmente elástico: 0 < e < 1


Nos dois últimos tipos de choque, a energia cinética
imediatamente antes do choque é maior do que a energia
cinética imediatamente depois do choque. Portanto, a
energia cinética não se conserva.
ANOTAÇÕES EM AULA
Coordenação editorial: Juliane Matsubara Barroso
Elaboração de originais: Carlos Magno A. Torres, Nicolau Gilberto Ferraro, Paulo Cesar M. Penteado
Edição de texto: Eugênio Dalle Olle, Fabio Ferreira Rodrigues, Fernando Savoia Gonzalez, João Batista Silva dos Santos,
Livia Santa Clara de Azevedo Ferreira, Lucas Maduar Carvalho Mota, Luiz Alberto de Paula e Silvana Sausmikat Fortes
Preparação de texto: Silvana Cobucci Leite
Coordenação de produção: Maria José Tanbellini
Iconografia: Daniela Baraúna, Érika Freitas, Fabio Yoshihito Matsuura, Flávia Aline de Morais e Monica de Souza
Diagramação: Mamute Mídia

EDITORA MODERNA
Diretoria de Tecnologia Educacional
Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida
Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio
Editores: Andre Jun e Natália Coltri Fernandes
Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin
Editor de arte: Fabio Ventura
Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini
Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro e Valdeí Prazeres
Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres

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2012
Gravitação universal
Gravitação universal
A Astronomia é uma das mais antigas ciências da humanidade.
Culturas pré-históricas deixaram vestígios do que seriam
práticas e rituais regidos pelos astros, como o Sol e a Lua.
Neste capítulo, veremos um pouco da história da Astronomia
e estudaremos as leis que regem os movimentos dos corpos
celestes.
Gravitação universal

ADILSON SECCO
O Universo geocêntrico de Aristóteles
Evolução dos sistemas planetários
e cosmológicos

SHEILA TERRY/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK


Sistema geocêntrico de Ptolomeu
Evolução dos sistemas planetários
e cosmológicos

ROYAL ASTRONOMICAL SOCIETY/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK


Sistema heliocêntrico de Copérnico da obra De revolutionibus orbium
coelestium, Nicolau Copérnico (1473-1543).
Leis de Kepler do movimento planetário
Primeira lei: lei das órbitas

Os planetas do Sistema Solar descrevem órbitas


elípticas, com o Sol em um dos focos.

Planeta

Sol

STUDIO CAPARROZ
Órbita elíptica. O Sol ocupa um dos focos.
Leis de Kepler do movimento planetário
Primeira lei: lei das órbitas

Os planetas do Sistema Solar descrevem órbitas


elípticas, com o Sol em um dos focos.

Sol
P A
rmin rmáx

STUDIO CAPARROZ
P é o ponto da órbita mais próximo do Sol e é denominado periélio.
A é o ponto da órbita mais distante do Sol e é denominado afélio.
Leis de Kepler do movimento planetário
Segunda lei: lei das áreas

O segmento que liga o planeta ao Sol “varre” áreas


proporcionais aos intervalos de tempo correspondentes.

ADILSON SECCO
Sol
A1 A2
= = ··· = constante
t1 t2

A2
A1 t2

t1
Áreas proporcionais aos intervalos de tempo
Leis de Kepler do movimento planetário
Segunda lei: lei das áreas

ADILSON SECCO

V
Sol A(min)

P A v A rmín
rmin rmáx  =
v p rmáx

V P(máx) r 
V 1 
V

No periélio, ponto P, a velocidade orbital do planeta é máxima.


No afélio, ponto A, a velocidade orbital do planeta é mínima.
Numa órbita circular, ambas têm o mesmo valor.
Leis de Kepler do movimento planetário
Terceira lei: lei dos períodos

O quadrado do período de translação do planeta, ou


período orbital, é proporcional ao cubo do raio médio,
ou semieixo maior, de sua órbita.

T² = kp · R³

ou
T²1 T²2
= = ···= kp
R31 R32
Leis de Kepler do movimento planetário
Terceira lei: lei dos períodos

Dados usados por Kepler (1618)


Planeta Raio médio (R) Período (T) R3 (UA)3
T² (anos)2
(UA) (anos terrestres)
Mercúrio 0,389 0,240 1,0219
Vênus 0,724 0,615 1,0034
Terra 1,000 1,000 1,0000
Marte 1,524 1,881 1,0004
Júpiter 5,200 11,862 0,9993
Saturno 9,510 29,457 0,9912
Leis de Kepler do movimento planetário
Terceira lei: lei dos períodos

A Unidade Astronômica (UA) é, por definição, a distância


média da Terra ao Sol. Seu valor é 1 UA = 149.597.870,7 km ≃
≃ 149,6 · 106 km, valor que costuma ser aproximado para
150 milhões de quilômetros ou 1,50 · 108 km.
Lei da gravitação universal
Para duas massas m1 e m2 consideradas pontos materiais
e separadas por uma distância d entre si, temos:

Planeta

F

m1 · m 2
F=G·
d2 Sol

ADILSON SECCO
Força radial, com “centro” no Sol
Lei da gravitação universal
Para duas massas m1 e m2 consideradas pontos materiais
e separadas por uma distância d entre si, temos:

ADILSON SECCO
m1 · m 2
F=G·
d2

m1 · m 2
F1 = F2 = G ·
d2
Lei da gravitação universal
G: constante universal de gravitação

Determinada experimentalmente em 1728 pelo físico britânico


Henry Cavendish.
Valor considerado atualmente:

G = 6,67428 ∙ 10–11 Nm2/kg2

Valor adotado para o uso prático: G ≃ 6,67 ∙ 10–11 Nm2/kg2


Energias mecânicas orbitais
Energia potencial gravitacional:
M·m
Epgrav = –G ·
r

Energia cinética orbital:


m · v2 M·m
Ec = =G ·
2 2r

Energia mecânica total:

ADILSON SECCO
Emec = Ec + Epgrav

Velocidade de escape da superfície:

2GM
ve = r
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2012
Estática do ponto material e
do corpo extenso
Estática do ponto material
e do corpo extenso
Estática é a área da Física que estuda as condições de
equilíbrio do ponto material e do corpo extenso.
Estática do ponto material
e do corpo extenso

BUFFINGTON/SPACES IMAGES/CORBIS/LATINSTOCK
Os princípios básicos estudados nesta anotação são empregados
sobretudo pela Engenharia Civil. Seus projetos devem levar em conta
as forças que atuarão na estrutura e como elas serão exercidas.
Ponto material e corpo extenso
Na Física, chamamos de ponto material todo corpo que pode
ter suas dimensões desprezadas, desde que isso não interfira
na análise do problema.
Ponto material e corpo extenso

MAURICIO SIMONETTI/PULSAR IMAGENS


Ao estudar o movimento de
um carro ao longo de uma
rodovia, podemos considerá-lo
um ponto material.

PM
Ponto material e corpo extenso
No caso da foto anterior, podemos concentrar toda a massa do
carro em um único ponto e estudar o movimento desse ponto.
Se o corpo não sofre deformação quando está sob a ação de
forças e se suas dimensões afetam a análise do problema,
tal corpo é considerado um corpo extenso rígido.
Ponto material e corpo extenso
Um carro como o do exemplo anterior deverá ser considerado
um corpo extenso rígido quando, por exemplo, estiver sendo
manobrado para ocupar uma vaga em um estacionamento.

FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM


Baricentro ou centro de gravidade (CG)

Baricentro ou centro de gravidade (CG) é o ponto de


aplicação da força gravitacional resultante, equivalente ao
peso do corpo.
Baricentro ou centro de gravidade (CG)
Exemplos de figuras planas com espessura desprezível e
distribuição homogênea de massa:

ADILSON SECCO
Movimento de translação
e movimento de rotação
Dizemos que um corpo rígido sofre um movimento de
translação quando todos os pontos do corpo seguem
trajetórias paralelas.
Movimento de translação
e movimento de rotação
No movimento de rotação de um corpo rígido, todos os
pontos do corpo descrevem um movimento circular em torno
de um mesmo ponto O.

STUDIO CAPARROZ
Equilíbrio do ponto material
Consideremos um ponto material em repouso sujeito a um
   
sistema de forças F1, F2, F3, …, Fn, conforme mostrado a seguir.
Equilíbrio do ponto material
A condição necessária e suficiente para que esse ponto
material permaneça em equilíbrio estático é que a
resultante dessas forças seja nula:

    
F1 + F2 + F3 + … + Fn = 0 ou
 
Fres = 0

Isso garante que o ponto material não sofrerá translação.


Equilíbrio do ponto material
Para o ponto material considerado anteriormente, temos:

Esse ponto material está em equilíbrio?


Equilíbrio do ponto material
Aplicando a regra do polígono, para que a resultante seja nula
devemos obter um polígono fechado. Então:

Portanto, o ponto material analisado está em equilíbrio.


Momento de uma força
O momento de uma força aplicada
a um corpo, em relação a um dado
ponto, é a grandeza vetorial que
nos dá uma ideia da tendência de
aquela força provocar rotação do
corpo em torno daquele ponto.
Considere o corpo ao lado, que

está sujeito à força F.

STUDIO CAPARROZ
Momento de uma força

O momento da força F em relação
ao ponto O (polo) é dado por:

MF =  F · d

em que d é o braço da força.

STUDIO CAPARROZ
Momento de uma força
No SI, o momento de uma força é medido em Newton-metro
(N · m).
O sinal positivo (+) ou negativo (−) para o momento de uma
força é dado de acordo com uma convenção.
Momento de uma força
Podemos convencionar, por exemplo,
que uma rotação no sentido horário
terá momento positivo e uma rotação
no sentido anti-horário terá momento
negativo. Obtemos então:
 
F1 e F4 terão momento positivo em
relação ao ponto O.
 
F2 e F3 terão momento negativo em

ADILSON SECCO
relação ao ponto O.
Equilíbrio do corpo extenso rígido
Consideremos um corpo extenso rígido sujeito a um sistema
   
de forças F1, F2, F3, …, Fn , como mostrado a seguir.

ADILSON SECCO
Equilíbrio do corpo extenso rígido
Para garantir o equilíbrio estático desse corpo, devemos
impor duas condições:
A 1a condição de equilíbrio visa impedir que o corpo sofra
uma translação.
A 2a condição de equilíbrio visa impedir que o corpo sofra
uma rotação.

ADILSON SECCO
Equilíbrio do corpo extenso rígido
A 1a condição de equilíbrio do corpo extenso rígido é a mesma
usada para impor o equilíbrio do ponto material. Ou seja:

      
F1 + F2 + F3 + … + Fn = 0 ou Fres = 0
Equilíbrio do corpo extenso rígido
Considerando a 1a condição de equilíbrio para um sistema de
forças coplanares, podemos obter duas equações escalares:

F(para cima) = F(para baixo)

 
Fres = 0 e

F(para a direita) = F (para a esquerda)


Equilíbrio do corpo extenso rígido
A 2a condição de equilíbrio do corpo extenso rígido deve
impedir que o corpo sofra rotação ao redor de qualquer
ponto. Assim:
    
MF 1 + M F 2 + MF 3 + … + MF n = 0

ou

 
Mres = 0
Equilíbrio do corpo extenso rígido
Considerando a 2a condição de equilíbrio, para um sistema de
forças coplanares, podemos obter uma equação escalar:

 
Mres = 0

M(no sentido horário) = M(no sentido anti-horário)


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2012
Hidrostática
Hidrostática
Introdução: conceito de fluido
Um fluido é uma substância que tem a capacidade de se
deslocar por algum duto (tubulação ou canal), assumindo a
forma desse duto em cada ponto do caminho.
Devido a essa capacidade, os fluidos oferecem pouca
resistência às mudanças na sua forma.
De acordo com esse conceito, podemos dizer que os líquidos
e os gases são fluidos.
Hidrostática
Modelos atômicos simples de gases e líquidos
Moléculas muito próximas
Moléculas muito distantes entre si. entre si, tornando os líquidos
Isso torna os gases muito compressíveis. pouco compressíveis.

STUDIO CAPARROZ

STUDIO CAPARROZ
O líquido tem uma
superfície bem definida.

As moléculas colidem umas com as outras e Moléculas que deslizam umas


contra as paredes do recipiente. entre as outras, permitindo que
o líquido facilmente tome a
forma do recipiente.
Massa específica e
densidade volumétrica de massa
Massa específica de uma substância pura:  =
m
v

Densidade de um corpo:

Para um corpo maciço e homogênio temos:

dcorpo ≤ substância
Unidades de massa específica
e densidade
No SI, a massa específica e a densidade são medidas em
kg/m3. Entretanto, as unidades g/cm3 e kg/L são muito usadas
e práticas.
Relacionando essas unidades, temos:

g kg
1,0 = 103 = 1,0 kg/L
cm3 m3
Pressão

A pressão p de uma força F aplicada sobre uma superfície de
área A é dada pela razão:

Fn
p=
A

 
Sendo Fn a intensidade da componente de F normal
a superfície.

Pressão é grandeza escalar. Não é vetor.


No SI, a pressão é medida em N/m2, unidade denominada
pascal (Pa).
Pressão
Outras unidades de pressão muito utilizadas são: a atmosfera
(atm), o mmHg (milímetro de mercúrio, também denominado
Torr) e o psi (pound per square inch, que significa libra por
polegada quadrada).
Relacionando-as, temos:

1,0 atm = 1,0 · 105 Pa = 760 mmHg = 14,7 psi


Pressão em fluidos
Há duas contribuições para a pressão exercida pelos fluidos:
a térmica e a gravitacional.
A contribuição térmica é devida ao movimento de agitação
molecular causado pela temperatura. Essa parcela é muito
mais significativa nos gases.
Pressão em fluidos
Gás

ADILSON SECCO
A pressão exercida por um gás em um recipiente
deve-se às inúmeras colisões entre as moléculas
desse gás e as paredes do recipiente.
Pressão em fluidos
A contribuição gravitacional, associada às forças de coesão,
mantém as moléculas aglutinadas no fundo do recipiente.
Essa parcela é muito mais significativa nos líquidos.
Líquido

STUDIO CAPARROZ
O líquido só exerce pressão nas superfícies
com as quais tem contato.
Pressão atmosférica
Devido à distribuição não uniforme do ar atmosférico, a
pressão atmosférica diminui à medida que nos afastamos da
superfície da Terra.
Outros planetas, por terem massa diferente da Terra, têm
valores diferentes de pressão atmosférica em suas superfícies.
Pressão atmosférica
Espaço

Coluna
imaginária
de ar

A pressão atmosférica
diminui com a altitude, por
influência da gravidade

500 km

STUDIO CAPARROZ

Superfície terrestre
Pressão em líquidos – lei de Stevin
A diferença de pressões entre dois pontos de um líquido em
equilíbrio é igual ao produto da diferença de níveis entre esses
pontos (h) pela massa específica do líquido () e pelo módulo
da aceleração da gravidade no local (g).
Pressão em líquidos – lei de Stevin
Matematicamente, escrevemos:

p2 – p1 =  ∙ g ∙ h p3 = p2 = p1 +  · g · h

ADILSON SECCO
1
Caso o ponto 1 esteja na superfície
do líquido, teremos: h

p1 = patm e p2 = patm +  ∙ g ∙ h 2 3
Experiência de Torricelli
A figura mostra o arranjo experimental
necessário para a realização da
experiência de Torricelli.
Nesse arranjo, o tubo de vidro é
76 cm

ADILSON SECCO
totalmente preenchido com mercúrio (Hg)
e emborcado em um recipiente contendo A
B
também mercúrio.
Hg

Barômetro de mercúrio
ao nível do mar
Experiência de Torricelli
Ao nível do mar, observa-se que a coluna de mercúrio dentro
do tubo eleva-se a aproximadamente 76 cm acima do nível de
mercúrio do recipiente.
Sendo patm o valor da pressão atmosférica ao nível do mar,
conhecido como atmosfera normal, temos:

N N
patm = 1,013 ∙ 105 Pa = 1,0 ∙ 105 Pa = 760 mmHg
Princípio de Pascal

Qualquer variação de pressão em um ponto de um fluido é


transmitida integralmente para todos os pontos da mesma
massa fluida.

O aumento de pressão na superfície do líquido é transmitido


para todos os seus pontos.

ADILSON SECCO

F

Êmbolo

A
Princípio de Pascal
Prensa hidráulica

ADILSON SECCO
(a) (b)

F1 A d
= 1= 2
F2 A2 d1
Princípio de Arquimedes
Um corpo, total ou parcialmente
mergulhado em um fluido em

E
equilíbrio, recebe deste uma

ADILSON SECCO
força de direção vertical e
sentido para cima, cuja
intensidade é igual à do
peso do fluido deslocado
pela parte imersa do corpo.
Princípio de Arquimedes
Matematicamente, escrevemos:

E = dfluido ∙ g ∙ Vsubmerso

ADILSON SECCO
Volume
Volume da
equivalente
água em
do objeto
equilíbrio
sólido
Princípio de Arquimedes

ADILSON SECCO
(a) (b) (c)

O empuxo é a força resultante das forças de pressão exercidas pelo


fluido sobre a superfície do corpo imerso.

Na situação da figura (a), o corpo afunda, pois P > E.


Princípio de Arquimedes

ADILSON SECCO
(a) (b) (c)

O empuxo é a força resultante das forças de pressão exercidas pelo


fluido sobre a superfície do corpo imerso.

Na situação da figura (b), o corpo desloca-se para a


superfície, pois P < E.
Princípio de Arquimedes

ADILSON SECCO
(a) (b) (c)

O empuxo é a força resultante das forças de pressão exercidas pelo


fluido sobre a superfície do corpo imerso.

Na situação da figura (c), o corpo fica em equilíbrio


hidrostático, em qualquer profundidade, pois P = E.
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2012
Termometria
Termometria
Temperatura
A Física Térmica, também conhecida como Termologia, é a
área da Física que investiga os fenômenos relacionados à
energia térmica.
Dentre esses fenômenos, podemos citar principalmente:
 a dilatação e a contração dos corpos;
 o aquecimento e o resfriamento dos corpos;
 a mudança de estado físico dos corpos.
No estudo desses fenômenos, um conceito tem importância
fundamental: o conceito de temperatura.
Termometria
Temperatura
O que é temperatura?
O que estamos medindo, na verdade, quando medimos a
temperatura de um corpo?

Temperatura é uma grandeza física que está diretamente


relacionada com a energia cinética média das partículas
(átomos e moléculas) que constituem os corpos.

Assim, a temperatura de um corpo está relacionada com o


“grau de agitação” das partículas que o constituem.
Termometria
Temperatura
Expliquemos isso com mais detalhes.
Sabemos que todos os corpos são formados, essencialmente,
por átomos.
Esses átomos, quando unidos de maneira específica, formam
moléculas.
Termometria
Temperatura
Dizemos, então, que os corpos são formados por partículas
(os átomos e moléculas que os constituem).
Dependendo da maneira como essas partículas se distribuem
pelo espaço e da coesão existente entre elas, os corpos
podem se apresentar no estado sólido, no estado líquido ou
no estado gasoso.
Termometria
Temperatura
Corpos

sólidos líquidos gasosos

têm forma e têm forma indefinida têm forma


volume bem e volume definido e volume
definidos indefinidos

No caso de um corpo no estado sólido, as partículas se


distribuem pelo espaço de forma bem organizada, e a
capacidade de movimentação dessas partículas é muito
limitada. A força de coesão entre elas é mais intensa que no
caso dos líquidos e dos gases.
Termometria
Temperatura
Podemos imaginar um modelo
simples para representar as
partículas que constituem
o corpo sólido.
Nesse modelo, bolinhas

ADILSON SECCO
representam as partículas
(átomos ou moléculas)
do sólido.
Termometria
Temperatura
Essas bolinhas são interligadas por
molas, que representam a coesão
entre as partículas.
As partículas que formam os
corpos estão em constante estado

ADILSON SECCO
de vibração em torno de uma
posição de equilíbrio.

Assim, quanto maior o “grau de agitação” das partículas que


formam o corpo, maior a temperatura desse corpo.
Termômetros
São dispositivos usados para medir, de maneira indireta,
a temperatura de um corpo.

De maneira indireta, pois é impossível medir diretamente


o “grau de agitação” das partículas do corpo.
Termômetros
Quando o “grau de agitação” das partículas de um corpo é
alterado, outras grandezas físicas variam. Muitas dessas
grandezas podem ser medidas.
Exemplos:
 a pressão de um gás, mantido o volume constante;
 o volume de um gás, mantida a pressão constante;
 a altura de uma coluna de líquido em um tubo de vidro.
Termômetros
O termômetro de tubo de vidro
se a temperatura do

RAFALOLKIS/SHUTTERSTOCK
Tubo de vidro bulbo varia

a temperatura do
Capilar (tubo líquido no bulbo
finíssimo por
também varia
onde o líquido
pode fluir)

o volume do líquido varia

o líquido sobe ou
desce no capilar

o comprimento da
coluna varia
Bulbo (reservatório de líquido)
Termômetros
O termômetro de tubo de vidro
Assim, a cada valor da altura da coluna de líquido corresponde
uma temperatura.
Para esse termômetro, a altura da coluna de líquido é a
grandeza termométrica.
Função termométrica
Função termométrica de um termômetro é uma função
matemática do 1o grau que relaciona cada valor da grandeza
termométrica ao correspondente valor da temperatura.
Para um termômetro de tubo de vidro, podemos associar cada
valor da altura h da coluna de líquido a uma temperatura 
correspondente.
A função termométrica, para esse termômetro, seria do tipo:
 = f(h)
Função termométrica
Vamos considerar a situação esquematizada a seguir.

Temperaturas Alturas

ADILSON SECCO
Função termométrica
Podemos montar uma relação de proporcionalidade entre
os segmentos:

 – 1 h – h1
=
2 – 1 h 2 – h1
Escalas termométricas Celsius
e Fahrenheit
A calibração de um termômetro é feita a partir de dois estados
térmicos bem definidos, denominados pontos fixos.

PV

STUDIO CAPARROZ
STUDIO CAPARROZ

PG

1o ponto fixo ou Ponto do gelo 2o ponto fixo ou Ponto do vapor


(gelo em fusão sob pressão normal) (água em ebulição sob pressão normal)
Escalas termométricas Celsius
e Fahrenheit
ADILSON SECCO
Escalas termométricas Celsius
e Fahrenheit
Mais uma vez, podemos montar uma relação de
proporcionalidade entre os segmentos:

c – 0 F – 32   – 32
=  c= F
100 – 0 212 – 32 5 9
100 180
Escala Kelvin
Uma escala termométrica é

BETMANN/CORBIS/LATINSTOCK
denominada escala absoluta
quando associa a temperatura zero
ao estado térmico no qual a energia
cinética das partículas é nula.
A escala termométrica Kelvin, criada
por Lord Kelvin, é a escala absoluta
usada no Sistema Internacional de
Unidades.

Lord Kelvin
Escala Kelvin
A partir de experimentos com termômetros a gás de volume
constante, Kelvin percebeu que, resfriando-se um gás a partir
de 0 oC, sua pressão diminuía em 1 da pressão inicial a
273
cada 1 oC de resfriamento.

STUDIO CAPARROZ
Escala Kelvin
Extrapolando esses resultados, Kelvin concluiu que a pressão
do gás se anularia quando a temperatura atingisse –273 oC.
Assim, na escala Kelvin:

0 K = –273 oC
ADILSON SECCO
Escala Kelvin
Escala Kelvin
Podemos, novamente, montar uma relação de proporcionalidade
entre os segmentos:

c – 0 T – 273
=  T = c + 273
100 – 0 373 – 273
100 100
A escala Kelvin e a escala Fahrenheit
ADILSON SECCO
A escala Kelvin e a escala Fahrenheit
Podemos, novamente, montar uma relação de proporcionalidade
entre os segmentos:

F – 32 T – 273
= 
212 – 32 373 – 273
180 100

F – 32 T – 273
 =
9 5
ANOTAÇÕES EM AULA
Coordenação editorial: Juliane Matsubara Barroso
Elaboração de originais: Carlos Magno A. Torres, Nicolau Gilberto Ferraro, Paulo Cesar M. Penteado
Edição de texto: Eugênio Dalle Olle, Fabio Ferreira Rodrigues, Fernando Savoia Gonzalez, João Batista Silva dos Santos,
Livia Santa Clara de Azevedo Ferreira, Lucas Maduar Carvalho Mota, Luiz Alberto de Paula e Silvana Sausmikat Fortes
Preparação de texto: Silvana Cobucci Leite
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Iconografia: Daniela Baraúna, Érika Freitas, Fabio Yoshihito Matsuura, Flávia Aline de Morais e Monica de Souza
Diagramação: Mamute Mídia

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Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin
Editor de arte: Fabio Ventura
Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini
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Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres

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2012
Dilatação dos sólidos
e dos líquidos
Dilatação dos sólidos e dos líquidos
Agitação térmica

Já sabemos que a temperatura de um corpo está relacionada


ao estado de agitação das partículas que o constituem.

Maior temperatura Maior agitação


Dilatação dos sólidos e dos líquidos
Agitação térmica

STUDIO CAPARROZ
Aquecimento

Temperatura 0 Temperatura  > 0

Maior agitação Maior espaçamento


Dilatação dos sólidos e dos líquidos
Agitação térmica
Vamos considerar a situação mostrada a seguir.
V

V0

ADILSON SECCO
Aquecimento

L0 A0 L A

Temperatura 0 Temperatura  > 0


Dilatação dos sólidos e dos líquidos
Agitação térmica V
V0

ADILSON SECCO
Aquecimento
L0 L
A0 A

Temperatura 0 Temperatura  > 0

Dilatação térmica linear: L = L – L0


Essas três formas de
Dilatação térmica superficial: A = A – A0 dilatação sempre ocorrem
simultaneamente.

Dilatação térmica volumétrica: V = V – V0


Dilatação térmica linear dos sólidos

Temperatura 0 Temperatura 

STUDIO CAPARROZ
L0 L

L
Dilatação térmica linear dos sólidos
Temperatura 0 Temperatura 

STUDIO CAPARROZ
L0 L

L

A variação L no comprimento inicial L0 depende:


 da variação de temperatura  → L ∝ ;
 do comprimento inicial L0 → L ∝ L0;
 do material de que o corpo é feito.

Matematicamente: L = L0 ·  · 
Dilatação térmica linear dos sólidos

L = L0 ·  · 

A grandeza  é o coeficiente de dilatação linear do


material (em oC–1).
Dilatação térmica superficial dos sólidos
Temperatura 

ADILSON SECCO
Temperatura 0 A

A0 A0
Dilatação térmica superficial dos sólidos
Temperatura 

ADILSON SECCO
Temperatura 0 A

A0 A0

A variação A na área de superfície inicial A0 depende:


 da variação de temperatura  → A ∝ ;
 da área de superfície inicial A0 → A ∝ A0;
 do material de que o corpo é feito.
Matematicamente: A = A0 ·  ·  e =2·
Dilatação térmica superficial dos sólidos

A = A0 ·  · 

A grandeza  é o coeficiente de dilatação superficial


do material (em oC–1).
Dilatação térmica volumétrica
dos sólidos
Temperatura 0 Temperatura 

ADILSON SECCO
V0 V
Dilatação térmica volumétrica
dos sólidos
Temperatura 0 Temperatura 

ADILSON SECCO
V0 V

A variação V no volume inicial V0 depende:


 da variação de temperatura  → V ∝ ;
 do volume inicial V0 → V ∝ V0;
 do material de que o corpo é feito.
Matematicamente: V = V0 ·  ·  e =3·
Dilatação térmica volumétrica
dos sólidos
V = V0 ·  · 

A grandeza  é o coeficiente de dilatação volumétrica


do material (em oC–1).
Dilatação térmica dos líquidos
Consideramos, neste caso, apenas a dilatação volumétrica.
Em geral, os líquidos dilatam-se muito mais que os sólidos.
Assim, se um recipiente totalmente cheio de líquido for
aquecido, parte do líquido transbordará.
Dilatação térmica dos líquidos

V0 (líquido) = V0 (frasco) Vlíquido > Vfrasco

ADILSON SECCO
Aquecimento

0 

Dilatação
aparente

Vtransbordado = Vlíquido – Vfrasco


Dilatação térmica dos líquidos
A lei que descreve a dilatação volumétrica dos líquidos é a
mesma que a dos sólidos:

V = V0 ·  · 

A grandeza  é o coeficiente de dilatação volumétrica


(real) do líquido (em oC–1).
Dilatação térmica dos líquidos
Retomando a situação anterior:

Vtransbordado = Vlíquido – Vfrasco

Ou, de modo equivalente:

Vaparente = Vlíquido – Vfrasco

V0 · aparente ·  = V0 · líquido ·  – V0 · frasco · 

aparente = líquido – frasco


A dilatação anômala da água
A água, o líquido mais abundante em nosso planeta, é
constituída por moléculas com dois átomos de hidrogênio
e um átomo de oxigênio: H2O.

STUDIO CAPARROZ
A dilatação anômala da água
A água líquida tem uma estrutura parcialmente ordenada,
na qual pontes de hidrogênio estão constantemente sendo
formadas e rompidas.

STUDIO CAPARROZ
A dilatação anômala da água
Entretanto, quando a água está no estado sólido (gelo), todas
as suas moléculas se estruturam de modo a formar pontes de
hidrogênio.

STUDIO CAPARROZ
A dilatação anômala da água
O efeito dessas pontes é aumentar o espaçamento entre as
moléculas, o que torna o gelo menos denso que a água. Por
isso o gelo flutua na água.

STUDIO CAPARROZ
Água no estado líquido Água no estado sólido (gelo)
A dilatação anômala da água
Por esse motivo uma dada massa de gelo tem um volume
maior que a mesma massa de água.

STUDIO CAPARROZ
Água no estado líquido Água no estado sólido (gelo)
A dilatação anômala da água
E o que acontece com o volume quando o gelo derrete?
À temperatura de 0 oC, ao passar do estado sólido para o
estado líquido, a água diminui de volume devido ao
rompimento das pontes de hidrogênio.

ADILSON SECCO
A dilatação anômala da água
No entanto, no aquecimento de 0 oC a 4 oC, o rompimento das
pontes de hidrogênio ainda prevalece sobre o afastamento das
moléculas devido ao aumento da temperatura.
Nessa faixa de temperatura, o aquecimento da água ainda
provoca uma diminuição em seu volume.

ADILSON SECCO
A dilatação anômala da água
O volume da água só aumenta a partir de 4 ºC, quando ocorre
a predominância do afastamento das moléculas pelo aumento
da temperatura.

ADILSON SECCO
A dilatação anômala da água
Como consequência da variação de volume da água, verifica-se
que sua densidade atinge um valor máximo quando sua
temperatura se encontra em 4 ºC.

ADILSON SECCO
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