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Figura Complexa Rey - Dox
Figura Complexa Rey - Dox
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA
1º ANO - II SEMESTRE DE 2020
REGIME LABORAL
DISCIPLINA: Testagem da Psicologia
Discentes:
Camila Luzia
Diane Esrael Seba
Ester Malia
Nilza Maló
Zaquia Sumail
Dr Alcidio Cumbe
1. Introdução............................................................................................................................3
2. Metodologia.........................................................................................................................4
3.Objectivos.................................................................................................................................5
3.1. Objectivo geral:.................................................................................................................5
Compreender o teste de Figura Complexa de Rey...........................................................5
3.2. Objectivos específicos.......................................................................................................5
4. Breve Historial da Figura Complexa de Rey.......................................................................6
4.1. Figura Complexa de Rey.................................................................................................6
4.2. Dimensões avaliadas pela Figura Complexa de Rey...................................................8
4.2.1. Material Utilizado.............................................................................................8
4.2.2. Condições de Aplicação do teste......................................................................9
5. Aplicação do teste da Figura A.............................................................................................9
5.1. Tempo de intervalo...................................................................................................10
5.2. Reprodução por Memória Imediata...........................................................................11
5.3. Reprodução por Memória Tardia..............................................................................11
5.4. Pontuação e correção do teste...................................................................................11
6. Aplicação da figura B........................................................................................................13
6.1. Correção e pontuação da figura B.............................................................................14
7. Análise dos resultados........................................................................................................17
8. Relatório dos resultados.....................................................................................................18
9. Fidedignidade do teste de FCR...........................................................................................18
10. Validação......................................................................................................................19
11. Vantagens......................................................................................................................19
12. Desvantagens.................................................................................................................19
13. Países que utilizam o teste Complexo de Rey................................................................19
14. Importância do teste de FCR.........................................................................................20
15. Conclusão......................................................................................................................21
16. Referências....................................................................................................................22
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1. Introdução
3
2. Metodologia
3.
4
3.Objectivos
3.1. Objectivo geral:
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4. Características Gerais
4.1. Ficha Técnica
Nome Original: Teste de Cópia de Figuras Complexas
Administração: Individual
4.2. Material
É necessário o seguinte material : lâminas da prova, papel branco, lápis de cor., lápis preto é
cronômetro.
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5. Breve Historial da Figura Complexa de Rey
A Figura Complexa de Rey foi originalmente desenvolvida por André Rey (1941) com
o objetivo de avaliar a atividade percetiva e a memória visual em pacientes com lesões
cerebrais. Três anos mais tarde em 1944, Paul Osterrieth procedeu os estudos ,
construindo um sistema de cotação e apresentando dados normativos para o teste com
base num estudo conduzido com 230 crianças e 60 adultos (Boone, 2000; Lezak et al.,
2012; Strauss et al., 2006).
Num estudo realizado por Boone (2000), a Figura Complexa de Rey foi identificada
como o teste neuropsicológico mais usado pelos investigadores, sendo referenciado em
mais de 200 publicações na época. O estudo relata ainda que a Figura Complexa de Rey
se encontra classificada como o 21o teste mais utilizado na neuropsicologia forense.
Mais recentemente, um estudo de Rabin e colaboradores (2005) com 747
neuropsicólogos clínicos, sugere que o uso da Figura Complexa de Rey permanece
elevado, sendo classificado como o 8o teste, num total de 40 instrumentos
neuropsicológicos, mais utilizados pelos investigadores clínicos, e o 2o teste entre 40
instrumentos de medida do funcionamento executivo.
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5.1. Figura Complexa de Rey
Este teste, permite avaliar as capacidades de organização visuo-espacial (percepção) e o
planeamento e desenvolvimento de estratégias relacionadas.
O objetivo do autor foi desenvolver uma figura geométrica sem significação evidente,
de realização gráfica fácil, e com uma estrutura de conjunto complicada com o objetivo
de solicitar uma atividade perceptiva analítica e organizadora. Para Hamby (citado por
Spreen e Strauss, 1998), as Figuras Complexas de Rey parecem ter uma estrutura
organizacional mais complexa e não se permitem prontamente a uma estratégia verbal.
Nesse sentido, segundo Rey (1999), o objetivo do teste é avaliar a atividade perceptiva e
a memória visual, verificando o modo como o examinando apreende os dados
perceptivos que lhe são apresentados e o que foi conservado espontaneamente pela
memória.
As Figuras Complexas de Rey possuem duas formas:
A forma “A” e a forma “ B “.
A forma “A” , figura é direcionada à avaliação de pessoas com idade entre 5 e
88.
A forma “B” pode ser utilizada na avaliação de crianças pequenas, com idade
entre 4 a 7 anos, adultos com suspeita grave de degradação mental (Rey, 1999).
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Figura2. Figura complexa de Rey de forma B
Uma das principais razões da Figura Complexa de Rey ser altamente considerada deve-
se ao facto do teste permitir avaliar um conjunto diversificado de processos cognitivos,
tais como:
a memória visual;
as capacidades visuo-percetivas e visuo- espaciais construtivas;
aspetos do funcionamento executivo como, o planeamento, a organização e a
resolução de problemas.
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5.2.1. Material Utilizado
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O examinando é solicitado a copiar a figura e depois, sem aviso prévio, é solicitado a
reproduzi-la de memória, sem ver a figura.
O modelo da figura a apresentar ao sujeito examinado está impresso numa folha de
papel de formato A4, que deve ser colocada horizontalmente, sobre a mesa, em frente
do sujeito. O sujeito poderá, caso queira, mover a sua folha de papel, mas não pode
mover a folha do modelo.
Tanto memória imediata (a que se refere à eventos que ocorreram a segundos atrás)
como a memória tardia ( a que se refere eventos que ocorreram a minutos atrás) podem
ser avaliadas. Alguns autores utilizam tanto a tarefa de memória imediata como a de
memória tardia da figura, enquanto outros consideram apenas a memória tardia.
Assim que ele começa a desenhar começa-se a contar o tempo.
Os autores preferem a utilização de lápis de cores diferentes para a cópia da figura,
indicando a troca de cor de lápis de acordo com a sequência dos elementos copiados.
Muda-se o lápis de cor cada vez que o sujeito desenha cada uma das estruturas gráficas
que compõem a figura. Faz-se isto estendendo-lhe o novo lápis e retirando activamente
o anterior, e evita-se qualquer tipo de conversa pois o tempo está a ser cronometrado.
Cada vez que se retira um lápis, deve colocar-se à parte, conservando a ordem pela qual
foram retirados. Cada lápis usado não se volta a dar ao sujeito. O objectivo disto é o de
se poder identificar a sequência de cores usadas, ou seja, por onde este começou o seu
desenho, o que desenhou primeiro, a seguir, etc, para podermos depois caracterizar o
tipo de Execução.
Se, usados os lápis de que se dispõe, o examinado ainda não tiver concluído a figura,
não se retira o último lápis, permitindo-se que conclua o seu desenho com essa mesma
cor.
Escreve-se nessa folha a palavra ‘Cópia’, para se poder diferençar da execução seguinte.
Anota-se também o nome do sujeito e a idade (é útil que a data de nascimento seja já
um dado conhecido antes da realização das entrevistas iniciais). Coloca-se a data em
que a prova está a ser realizada.
Após o término da cópia solicita-se ao examinando que reproduza de memória, mas
nesta etapa não há necessidade de uso de cores diferentes. O examinador deve estar
atento para não utilizar outros testes com memorização de figuras no intervalo entre
memória imediata e memória tardia .
A cópia dá-nos indicações sobre a apreensão e representação gráfica dos dados visuais -
supõe portanto uma visão correcta, certo nível de estruturação da actividade perceptiva
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e a capacidade de atenção suficiente. A reprodução de memória faz apelo à memória
imediata - exige uma capacidade mnésica suficiente e sem perturbações.
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6.3. Reprodução por Memória Tardia
A maioria dos indivíduos normais são atraídos pela forma central, um grande retângulo com
as suas diagonais é bissectrizes . Á volta deste retângulo colocam os detalhes exteriores e os
detalhes interiores cuja ordem não é importante.
O Autor P.A Osterrieth , publicou algumas considerações ao que concerne os diferentes tipos de
copia; estão ordenados do mais racional para o menos racional , considerando os nossos hábitos
intelectuais , a rápidas de cópia e os resultados finais .
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VII. Garatujas
O sujeito faz simplesmente umas garantias mas quais é impossível reconhecer
qualquer dos elementos do modelo é tão pouco a sua forma global.
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Figura5. Folha de registo da figura A
7. Aplicação da figura B
É suficiente comparar as as duas A e B para verificar que não são intermutáveis, ou seja,
uma não pode substituir a outra. Com a figura B, a partir dos 7 anos, os progressos são
insignificantes, por esta razão, a aferição realizada compreende as idade entre os 4 e os
8 anos.
A figura B só poderá ser aplicada a adultos nos quais se suspeita de grande deterioração
mental.
Para a aplicação da figura B:
Apresenta-se a criança a figura B, com o quadrado para baixo e entrega-se uma folha de
papel, ao mesmo tempo que se lhe pede para copiar com um lápis.
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Quando tiver terminado anota-se o tempo e retira-se a cópia e o modelo. Após uma
pausa de três minutos pede se para voltar a fazer o desenho de memória numa nova
folha.
ELEMENTOS
Elementos Principais Copia Memória
1. Círculo
2. Quadrado
3. Rectângulo
4. Triângulo
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TOTAL(max=11 pontos)
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POSIÇÃO
Posição Cópia Memória
À direita
À esquerda
Centro da base
4 linhas verticais
Correcta
Ângulo inferior direito
Ponto mais grosso
Dentro da intercepção
TOTAL(máx.=8 pontos)
TAMANHO (PROPORCIONALIDADE)
Entre os elementos Cópia Memória
Círculo/ quadrado
Círculo/quadrado/Triângulo
Altura do quadrado/Rectângulo
Proporcionalidade das 4 formas
TOTAL(max=4 pontos)
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Pontuação máxima: 8 pontos.
SITUAÇÃO RELATIVA
Sobreposição entre elementos Cópia Memória
Triângulo/ Círculo
Triângulo/Rectângulo
Círculo/Rectângulo
Quadrado/Rectângulo
TOTAL(máx.=8 pontos)
a) Tipos de Reprodução:
I. Construção sobre a armação
O sujeito começa o desenho pelo rectângulo central, que passa a funcionar como
armação, sobre o qual dispõe todos os demais elementos da figura. O rectângulo grande
constitui, pois, a base que serve de referência e de ponto de partida
para a construção da figura.
II. Detalhes englobados na armação
O sujeito começa por um ou outro detalhe contíguo ao grande rectângulo, ou traça o
grande rectângulo, incluindo nele algum dos detalhes, utilizando-o como armação do
seu desenho.
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III. Contorno Geral
O sujeito começa o seu desenho pela reprodução do contorno integral da figura, sem
que seja diferenciado, explicitamente, o rectângulo central.
IV. Justaposição de Detalhes
O sujeito vai desenhando os detalhes uns ao lado dos outros, como se de um puzzle se
tratasse. Não existe um elemento director da reprodução.
V. Detalhes sobre o Fundo Confuso
O sujeito desenha um grafismo, pouco ou nada estruturado, no qual não é possível
identificar o modelo, embora existam certos detalhes reconhecíveis, pelo menos na sua
intenção
VI. Redução a um Esquema Familiar
O sujeito transforma a figura num esquema que lhe é familiar e que pode, por vezes,
recordar vagamente a forma geral do modelo ou de alguns dos seus elementos (ex. casa,
barco, peixe, etc)
VII. Garatujas
O sujeito faz simplesmente uma garatuja, na qual é
impossível reconhecer qualquer dos elementos do modelo e, tão pouco a sua forma
global.
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10.Fidedignidade do teste de FCR
Para a fidedignidade deste teste, podem aplicar o método de teste-reteste.
11.Validação
Pode ser aplicada em vários contextos e língua portuguesa.
Verificarmos também que este teste pode ser aplicado na realidade moçambicana.
Consideramos um instrumento válido para realidade moçambicana por apresentar uma
boa consistência interna e de fácil aplicação.
12.Vantagens
O teste da figura complexa de Rey tem a vantagem de ser facilmente aceite por
indivíduos tímidos, inibidos ou com dificuldades de linguagem;
o baixo custo, pois é realizada mediante uso apenas de lápis e papel;
É aferido para a população de língua portuguesa;
A fácil aplicação.
13.Desvantagens
A complexidade da figura;
Não há resultados conclusivas.
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15.Importância do teste de FCR
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16.Conclusão
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17.Referências
Andrade, V.M.; Santos, F.H. & Bueno, O.F.A. (2004). Neuropsicologia hoje.
(pp. 125-163). Porto Alegre: Artes Médicas
Jamus, D & Mader, M. (2005), A Figura Complexa de Rey e seu papel na
Avaliação Neuropsicológica. Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology,
11(4), 193-198.
Rey, A. (1998), Teste de Cópia de Figuras Complexas. Lisboa: CEGOC-TEA.
https://www.scielo.br/j/jecn/a/BQRwqYQShftn7QxhwFYsjzD/?lang=pt
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FIGURA A:
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FIGURA B
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